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Brinda-se em Anadia!
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sumário
5 Toy e a sul-africana Nomfusi são cabeças de cartaz na Feira Nacional do Mirtilo 6 Agora que os novos capítulos do cardo estão a entrar em floração, no CENTRO! 8 Cavalhadas de Teivas e Vildemoinhos são os momentos altos das Festas Populares de Viseu 11Feira dos Sabores do Tejo com cartaz de luxo e preocupações ambientais 12Quinzena Gastronómica promove o consumo do carapau 14ExpoBairrada anima Oliveira do Bairro com cartaz atractivo 15Vinhos da UDACA já obtiveram 11 medalhas em 2019 16Anadia “Capital do Espumante” com cartaz de espectáculos para todos os gostos 18Adega de Penalva tem obtido medalhas com vinhos diferenciados 20Pedra Cancela recebeu a medalha de ouro nos prémios mundiais da Decanter 27Município de Tondela está a reabilitar rios e ribeiros do concelho 28Sever do Vouga quer nova ligação à A25 para facilitar exportações 32Riscos das alterações climáticas podem custar cerca de 900 mil milhões 34Feira de São Mateus celebra “idade de ouro” dos 80 com dois espectáculos familiares 37Manteigas recebe prova do campeonato mundial de parapente
Ficha técnica Ano XIV | N.º 341 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Paulo Barracosa Dep. Comercial: Cária Sousa | Beatriz Fonte Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/ estatutoeditorial/ Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 1000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
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Momento Dia de Portugal “viveu-se” em Toronto
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diáspora portuguesa vive o seu país de uma forma diferente. O texto que publicamos é da autoria de Bernardino Nascimento (post no facebook), um beirão que ‘vive’ a sua terra, mesmo longe dela, e um grande impulsionador da Casa das Beiras de Toronto, que promove e divulga a cultura, a tradição beirã e a língua portuguesa naquela região do Canadá. “Pelo 26º ano consecutivo a Casa das Beiras de Toronto participou, com muito orgulho, na Parada do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no passado dia 9 de Junho. Mais uma vez o nosso carro alegórico foi feito com muita dedicação e empenho, ficando como sempre acima das nossas expectativas. Quero parabenizar todos os participantes, voluntários e sócios que ajudaram a Casa das Beiras a marcar presença, e a diferença na Parada, mesmo havendo figuras da nossa Comunidade que queriam fazer com que passássemos despercebidos! Gostaria de destacar a presença do Rancho Folclórico Académico de Viseu, representante da Casa das Beiras, e também a primeira participação da Confraria Saberes e Sabores “Grão Vasco” da Casa das Beiras de Toronto”. Bernardino Nascimento
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agenda > Eventos vínicos e gastronómicos < Até 30 de Junho Quinzena Gastronómica do Carapau
> eventos sectoriais <
A I Quinzena Gastronómica do Carapau em 17 restaurantes da área costeira dos concelhos de Torres Vedras e da Lourinhã, aderentes a um evento que pretende sensibilizar o público em geral para o consumo do carapau. De 5 a 14 de Julho
Festival do Pão de Mafra 2019 O Jardim do Cerco vai receber o Festival do Pão, evento promovido pela Câmara local. Volvidas nove edições, o evento, que é uma montra da identidade saloia, onde os visitantes serão desafiados a “pôr a mão na massa”, confeccionando o delicioso pão de Mafra. De 18 a 21 de Julho
Festival de Gastronomia do Maranho na Sertã O Município da Sertã está a preparar a edição 2019 do Festival de Gastronomia do Maranho. A nona edição do certame contará com um programa variado e com muita animação. De 24 de Outubro a 3 de Novembro
Festival Nacional de Gastronomia
De 21 a 23 de Junho
X Feira de Caça, Pesca e Lazer O município de Ponte de Lima e a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima organizam este evento visando a promoção dos recursos cinegéticos do concelho, assim como as suas potencialidades. De 28 a 30 de Junho
Feira dos Sabores do Tejo Promover e valorizar os produtos locais, mas também sensibilizar os visitantes para as questões ambientais são o mote da Feira dos Sabores do Tejo, que vai decorrer em Vila Velha de Ródão. Entre 3 e 7 de Julho
ExpoBairrada em Oliveira do Bairro
A edição 2019 vai decorrer como habitualmente na Casa do Campino, em Santarém. O tema deste ano será a vinha e o vinho.
O Espaço Inovação volta a acolher a feira industrial, comercial e agrícola organizada pelo município de Oliveira do Bairro, tendo como mote “dar a conhecer o que de melhor se faz no coração da Bairrada”.
> feiras agricolas <
De 8 de Agosto a 15 de Setembro de 2019
De 27 a 30 de Junho
XI Feira Nacional do Mirtilo Sever do Vouga vai receber um dos principais eventos do calendário local, sendo esperados muitos milhares de visitantes durante os quatro dias. De 13 a 15 de Setembro
Expodemo 2019 A Expodemo 2019, em Moimenta da Beira, tem nova imagem gráfica. Nova, mas com o mesmo símbolo identitário de sempre: a icónica maçã, fruto tentação! 4
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Feira de São Mateus Viseu prepara a edição deste ano da Feira de São Mateus. A Viseu Marca reforça a aposta internacional, com um cartaz “mais carismático e irreverente”. De 29 de Junho a 7 de Julho
Eventos em Manteigas Manteigas vai viver dias intensos com três eventos que vão atrair milhares de pessoas ao maciço central da serra da Estrela. Taça do Mundo de Parapente, VI Granfondo Serra da Estrela e Feira Antiga vão atrair milhares de pessoas.
De 27 a 30 de Junho, em Sever do Vouga
Toy e a sul-africana Nomfusi são cabeças de cartaz na Feira Nacional do Mirtilo
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Parque Urbano da vila de Sever do Vouga vai receber, de 27 a 30 de Junho, a XII Feira Nacional do Mirtilo, um dos principais eventos do calendário local, sendo esperados muitos milhares de visitantes durante os quatro dias. Toy, AbbaMia e a sul-africana Nomfusi são os cabeças de cartaz do evento. O certame, que vai na sua décima segunda edição, tornou-se numa referência no calendário das feiras nacionais, tem vindo ao longo dos anos a contribuir para a consolidação da marca “Sever do Vouga: Capital do Mirtilo”. A Feira volta a atrair milhares de visitantes, que se deslocam à “Capital do Mirtilo” para saborear este pequeno fruto, seja em fresco ou transformado em compota, licor, infusão, gelado ou noutras aplicações culinárias. O presidente da Câmara de Sever do Vouga tem “as melhores expectativas” e a edição deste ano “será uma grande feira”, esperando, naturalmente, que “o tempo esteja bom”. Se assim for, “será uma grande feira, melhor e maior que as outras, com mais público”, afirmou António Coutinho. O autarca diz que este ano “há muito mirtilo e de qualidade”, numa campanha que, acredita, “vai ser boa”. A feira tem uma “forte componente técnica” dirigida aos profissionais do sector, mas é igualmente pensada para as famílias, com “dezenas de iniciativas” preparadas. Muitos visitantes procuram o certame para aumentarem o seu conhecimento técnico ou estabelecer contactos comerciais. Para estes, a organização preparou um conjunto de palestras técnicas, nas tardes de sexta e sábado (dias 28 e 29), de participação gratuita, e que irão abordar um conjunto de temas actuais e de interesse para quem esteja (ou pretenda vir a estar) na fileira do mirtilo e dos pequenos frutos.
Há ao dispor do visitante uma área técnica, com cerca de duas dezenas de expositores, que têm ao dispor produtos e serviços para quem esteja instalado ou queira vir a instalar-se. A estes juntam-se comercializadores de fruto e viveiristas. Visitas guiadas ao Campo Experimental de Pequenos Frutos e a plantações de mirtilos do concelho completam o programa destinado ao visitante profissional. Mas a Feira é também um evento destinado às famílias. Decorre num espaço verde, aprazível, de entrada gratuita, onde é possível passar um dia e usufruir de um conjunto de actividades para miúdos e graúdos. Assim, todos os dias há sessões de showcooking para crianças e adultos, animação itinerante pelo recinto, jogos tradicionais, área de animação infantil com insufláveis e pinturas faciais, passeio pela vila em comboio turístico, entre outras iniciativas. A completar, o visitante tem ao seu dispor uma área de gastronomia e outra de artesanato e produtos regionais, bem como um programa de animação musical onde se destacam as actuações de Toy (dia 30 à tarde), de AbbaMia, banda de tributo aos Abba (dia 29 à noite) e da sul-africana Nomfusi (dia 28 à noite).
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opinião Agora que os novos capítulos do cardo estão a entrar em floração, no CENTRO!
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Cardo apresenta-se, hoje, como uma oportunidade na região Centro de Portugal, porque, para além de bem adaptado às condições edafoclimáticas e atendendo à tendência das alterações climáticas, é no Centro que se encontram as indústrias que podem valorizar de forma muito significativa a biomassa proveniente desta espécie. Em primeiro lugar o cardo justifica-se na região pela existência dos queijos Serra da Estrela e Beira Baixa DOP, que pela regulamentação vigente são obrigados a usar extractos de flor de cardo como ingrediente para o processo de coagulação. Mas ainda existem todos os restantes queijos não DOP que poderiam usar a flor de cardo no fabrico de queijos de leite de ovelha, cabra e vaca com vantagens acrescidas que permitiriam aumentar o leque da diversidade dos queijos do Centro. Esta opção viria a reforçar a designação DOP, na qual todos os ingredientes deverão ser originários do Território de Denominação de Origem, colocando assim todo o foco no Centro, no que toca ao leite, ao cardo e até ao sal. Dando particular atenção à restante biomassa poderemos afirmar que o caule, pela excepcionalidade da sua estrutura que confere simultaneamente resistência e leveza, e que esteve à prova na maior feira de mobiliário do Mundo em Milão, pela mão do Departamento de Madeiras do IPV, terá uma larga aplicação na produção de estruturas de madeira leves e resistentes com função de “esqueleto” onde pode fazer toda a diferença pelo notável desempenho. Acredito que o grande destaque possa advir de peças de design capazes de arrebatar prémios de excelência no design a nível internacional e abrir um novo capítulo do cardo e que as instituições de investigação, associadas com o sector agro-pecuário e a indústria do Centro temos que assumir essa responsabilidade e esse desafio. Desde há muito, que venho defendendo que a área das embalagens pode vir a assumir-se como um dos grandes desígnios do Cardo nos tempos mais próximas, aliando estrutura, função e design numa lógica que poucos biomateriais poderão proporcionar de uma forma natural. O grande trunfo do cardo no Centro assume-se pela proximidade entre a produção de cardo e as mais diversas formas de transformação que é de crucial importância porque a leveza do material onera em muito o seu transporte, constituindo-se uma oportunidade de futuro a curto prazo, especialmente para terrenos incultos e de matos em toda a vasta região centro.
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ta e de cada elemento da biomassa a melhor rentabilidade possível que dependerá da Estamos ainda a dar particular atenção vocação definida e da forma como cada um dos seus utilizadores a valoriza. Os pigmenàs folhas de cardo que, pela diversidade tos são um bom exemplo. Se a indústria queijeira não valoriza as antocianas, compostos em compostos bioactivos, podem assumir diversas aplicações desde os biocidas fenólicos e flavonoides que existem nos pigmentos, porque não os disponibilizamos à tinturaria mais evoluída que também temos. Ou então passemos a afirmar com todas as e protecção de plantas até à farmacêutica, letras que os queijos contêm na sua composição estes elementos que são vitais para a cosmética, nutrição, dietética e alimentanossa saúde. O que não podemos é desperdiçar o potencial que nos é proporcionado ção. pelas mais diversas formas de biomassa, seja a flor, caule, sementes ou folhas. As sementes têm sido uma das formas de biomassa onde mais se tem avançado, desigApesar de todos os esforços que têm sido feitos, e dos bons exemplos que proliferam, em termos gerais a investigação ainda anda algo afastada da indústria e da nadamente na produção de óleos e bioplássociedade e vice-versa e são normalmente os mesmos que têm acesso direito aos ticos, embora ainda possam assumir-se como órgãos de decisão da política regional que define os desafios e os novos paradigmas complemento na alimentação animal pelo do desenvolvimento. elevado teor de proteínas. Desenhar formas de produção adequadas Na minha modesta opinião estes têm que ser muito bem definidos e desenhados, em complementaridade, e devidamente ajustados ao potencial produtivo já existenas diversas tipologias de exploração é o obte e alinhados com as tendências de futuro no que toca à sustentabilidade, economia jectivo a que nos propomos quando solicitam circular e de proximidade e redução de emissão de gases com efeito de estufa. Mas a nossa colaboração. Não queremos unicidafaçamos mais, atentemos na inovação com olhos de ver ao pormenor e inteligência des, mas formas de diferenciação valorizadas. sensorial! Este tem sido o nosso desígnio desde há anos, mas nunca senti estar tão perto de alcançar uma Paulo Barracosa parte significativa dos objectivos a que nos propomos inicialmente. Temos que saber retirar de cada órgão da plan-
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Decorrem na cidade de Viriato até 24 de Junho
Cavalhadas de Teivas e Vildemoinhos
são os momentos altos das Festas Populares de Viseu
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s Festas Populares animam Viseu até 24 de Junho, com destaque para as seculares Cavalhadas de Teivas e Vildemoinhos, que se apresentam como uma manifestação de tradição e cultura. A gastronomia é a temática que vai ser enfatizada nos carros alegóricos e em todos os elementos que constituem o corso. Em ambos os desfiles, junto ao Rossio, uma bancada será disponibilizada para os espectadores. As Cavalhadas de Teivas ocupam o centro da cidade na tarde de dia 16. O tema oficial é a “Gastronomia em Viseu”, sendo que o desfile traz à rua 11 carros, entre carros alegóricos tradicionais e artísticos. Diversos subtemas estarão representados nos carros, entre os quais a imaginação e o mundo de fantasia infantil, a consciencialização para os desperdícios alimentares, o tratamento das vinhas e a elaboração do vinho, o pastoreio das ovelhas e o fabrico do queijo. O encerramento das Cavalhadas de Teivas contará com a presença de diversos grupos, dançando a famosa “Morgadinha” e tocando fanfarras, bombos e concertinas. Já no dia de São João, 24 de Junho, as Cavalhadas de Vildemoinhos desfilam também pela zona central da cidade, ao longo da manhã, iniciando o seu cortejo pelas 9 horas. Dedicadas, também, à gastronomia local, onde a broa de Vildemoinhos é rainha, a temática foca-se nas “Memórias e Sabores”. 22 carros alegóricos serão exibidos, onde 14 são tradicionais e 8 artísticos. Este ano é feito um tributo à GNR, pelo seu centenário em Viseu, podendo o público assistir ao percurso histórico da instituição, através de uma mostra de veículos, desde as bicicletas aos carros eléctricos. Entre os dias 21 e 25, Vildemoinhos estará em festa e, no dia 21, a programação será inteiramente dedicada à cultura. Nesse dia, o grupo etnográfico “As Tricanas de Vildemoinhos”, projecto que surge no âmbito da linha Revitalizar do programa Viseu Cultura, sobe ao palco. O Rancho Folclórico do Mundão, que apadrinha o evento, e a Infantuna darão música e animação à festa. Os desfiles das Cavalhadas de Teivas e Vildemoinhos inserem na programação das Festas Populares de Viseu, que se iniciaram a 14 de Junho. O programa, ideal para todos os públicos, comunica a identidade das diferentes freguesias e mostra aos viseenses e visitantes a autenticidade da cultura popular tradicional. Ao longo destes dias, a tradição espelha-se na gastronomia, na música e na dança. “As Festas Populares são uma montra de cultura tradicional e social da região. São os doces, petiscos e vinhos que tão bem caracterizam o coração da Beira Alta, não esquecendo os talentos criativos que inspiram toda a população”, evidenciou o presidente da Câmara, Almeida Henriques, na apresentação da iniciativa.
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Certame tem lugar de 13 a 15 de Setembro em Moimenta da Beira Vai decorrer de 18 a 21 de Julho
Sertã prepara IX Festival de Gastronomia do Maranho
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Expodemo 2019 tem nova imagem gráfica
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Expodemo 2019, que vai decorrer de 13 a 15 de Setembro, tem nova imagem gráfica. Nova, mas com o mesmo símbolo identitário de sempre: a icónica maçã, fruto tentação! A imagem evoluiu, inovou-se, mas retém os tons alegres, coloridos e harmoniosos que vêm desde a primeira insígnia, em 2012. O símbolo apareceu primeiro em formas reais, e depois estilizado, sobreposto. Em 2018 a forma gráfica mudou. Sofreu uma transmutação, quase uma metamorfose, para traços e linhas subtis, ténues, marcadas pela cor graciosa e teimosamente colorida. Mas a representação da maçã está lá toda! Essa forma transmutada repete-se este ano de 2019, porém, acrescida de uma nova expressão, escrita quase em assinatura: “toda uma região”. Esta enunciação “reforça o testemunho e o propósito aglutinador que persegue o evento desde a sua primeira edição, em 2012, quando ostentava então a frase ‘Mostra de Produtos, Actividades e Serviços da Região’”, explica José Eduardo Ferreira, presidente da Câmara de Moimenta da Beira. A Expodemo, Festa da Maçã, realiza-se nos dias 13, 14 e 15 de Setembro, no recinto nobre e central de Moimenta da Beira. A programação vai começar a ser divulgada dentro de dias.
Município da Sertã está a preparar a edição 2019 do Festival de Gastronomia do Maranho, que ali vai decorrer de 18 a 21 de Julho. A nona edição do certame contará com um programa variado, com muita animação, naquela que é uma aposta da Câmara da Sertã, com o objectivo de contribuir de forma sólida e consistente para a divulgação deste importante recurso socioeconómico da região que é a gastronomia tradicional. O maranho é o elemento destaque por ser “um produto depositário de uma herança cultural e etnográfica muito própria. É um produto que importa defender e divulgar, dando-lhe visibilidade e permitindo que a sua fama atravesse as fronteiras da nossa região. A sua história está intimamente ligada à da própria Sertã. Já desde o século XIX é confeccionado e muito apreciado pelas gentes do concelho, que lhe souberam dar o sabor único e tradicional apresentado, ainda, hoje em dia”, refere a autarquia local. Para além do maranho, o rei do certame, estarão presentes outros produtos locais como o Bucho Recheado, Sopa de Peixe, Cartuchos de Amêndoa de Cernache do Bonjardim, filhós, coscoréis, merendas doces, vinhos e artesanato, entre outros produtos. O Festival, tal como em 2018, é um eco evento pelo compromisso em reduzir o impacto ambiental, através de uma gestão adequada de resíduos, em parceria com a Valnor. O certame contará com perto de centena e meia de expositores, com destaque para os sectores agroalimentar, artesanato, doçaria e sector primário. Estarão também representados outros sectores de actividades deste concelho do Pinhal, naquela que é também uma mostra das potencialidades do concelho.
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Em Vila Velha de Ródão, de 28 a 30 de Junho
Feira dos Sabores do Tejo com cartaz de luxo e preocupações ambientais
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romover e valorizar os produtos locais, mas também sensibilizar os visitantes para as questões ambientais são o mote da Feira dos Sabores do Tejo, que vai decorrer no concelho de Vila Velha de Ródão de 28 a 30 de Junho, no parque de feiras, com o Tejo e as Portas de Ródão como pano de fundo. Mickael Carreira, Matias Damásio e Calema são os cabeças de cartaz no plano da animação musical. A Feira dos Sabores do Tejo procura dar a conhecer o que de melhor se faz no concelho em termos de actividades, serviços e produtos, numa perspectiva integrada que põe em evidência o turismo, a economia, a gastronomia e a cultura da região”, refere o município do distrito de Castelo Branco. O evento, promovido pela Câmara de Vila Velha de Ródão, apresenta uma programação diversificada e variados expositores, sendo que o certame tem-se também distinguido nos últimos anos por levar a Vila Velha de Ródão alguns dos principais artistas do panorama musical nacional, tradição que a autarquia pretende manter. de promoção importante para o concelho”, disse Luís Assim, no dia 28 de Junho, o cabeça de cartaz do certame será MiPereira, explicando que o Ródão foi considerado, no ano ckael Carreira e, no dia seguinte, um sábado, o grande destaque no passado, pela Ordem Oficial dos Contabilistas “como palco principal do certame é a presença do músico angolano Matias o melhor município da sua dimensão a nível nacional e Damásio. O certame encerra no dia 30 de Junho, com a actuação dos este ano também a Ordem dos Economistas classificou o Calema, uma dupla composta pelos irmãos Fradique e António Menconcelho em oitavo lugar”, divulgou o autarca, considerando des Ferreira, naturais de São Tomé e Príncipe e que residem em Porque tal facto “diz bem daquilo que tem sido o rigor na gestão tugal há dez anos. das finanças municipais”. Este será um eco evento e nesse sentido, a Câmara de Vila Velha Este investimento acontece num ano em que, segundo Luis do Rodão tem vindo a promover debates e iniciativas em torno das Pereira, a autarquia tem o maior plano de investimento para o alterações climáticas, tema que este ano será o mote da feira, com a concelho de sempre “em obras públicas sem apoios comunitá“abolição total de plásticos ao longo do evento, promovendo a utirios e sem recursos a créditos”. lização talheres, pratos reutilizáveis e também de um copo reutiliDe regresso à programação da feira, para os três dias foi zável, abolindo os copos de plástico”, disse Luís Pereira, presidente pensado um programa “ecléctico” que tenta agradar o maior da câmara. Assim, por cada copo será cobrado um valor e 25% do número possível de pessoas. Foram criados vários espaços de mesmo reverterá “a favor de uma instituição de solidariedade do animação ao longo da feira. Este é também o segundo ano em nosso concelho que irá também colaborar com a câmara”, adianque a marca Terras d’Oiro ali vai estar presente, dando seguitou o autarca. Esta iniciativa acontece em parceira com a Valnor. mento à promoção de vários produtos concelhios, à semelhança Segundo dados da autarquia, realizar esta certame representa do que tem feito em outras feiras e espaços de grande afluência investir cerca de 2% do orçamento da câmara. “É um investimento de público. www.gazetarural.com
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Vai decorrer de 18 de Julho a 04 de Agosto
Mercado Medieval de Óbidos 2019 dedicado ao “Fogo”
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Mercado Medieval de Óbidos vai decorrer entre os dias 18 de Julho e 04 de Agosto, numa edição que tem por tema “O Fogo” e que, segundo a organização, promete “festa e folgança” na Cerca do Castelo. “A importância do fogo na Idade Média” é, segundo a câmara de Óbidos, a temática em destaque na XVIII edição do Mercado Medieval, que a partir de 18 de Julho estará aberto ao público de quinta-feira a domingo, na Cerca do Castelo. O fogo é o mote para um programa de animação que remete o público para a época medieval, com “actores, malabaristas, manipuladores de fogo e jograis a mostrar as suas artes e cantorias” em ambiente de “real festança”, divulgou a câmara numa nota de imprensa. Espectáculos de fogo, teatro, artesãos, ofícios e mesteres, torneios a cavalo e combates apeados são alguns dos atractivos do certame visitado anualmente por milhares de pessoas. Mais de duas dezenas de associações do concelho participam no Mercado, dinamizando tasquinhas onde são servidas refeições recriando os costumes medievais. A “folgança e festa” que, segundo a autarquia, marcam o Mercado Medieval, passa ainda por serões medievais (com entradas a 19,90 euros para crianças até aos 11 anos e a 49,90 para maiores de 12 anos) e visitas à cerca (acrescendo 2,5 euros ao bilhete geral) com a possibilidade acampamento para as crianças. O bilhete geral para o Mercado Medieval mantém-se, nesta edição, nos 7 euros, havendo
Em 17 restaurantes de Torres Vedras e da Lourinhã
Quinzena Gastronómica incentiva consumo do carapau
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ecorre até 30 de Junho a I Quinzena Gastronómica do Carapau em 17 restaurantes da área costeira dos concelhos de Torres Vedras e da Lourinhã, aderentes ao evento, onde o consumidor encontrará sempre um prato, de cariz tradicional ou com uma abordagem contemporânea, dedicado ao carapau. Esta Quinzena Gastronómica é um evento que pretende sensibilizar o público em geral para o consumo do carapau, uma espécie abundante na nossa costa, de elevada qualidade e de grande valor nutritivo. A iniciativa tem enquadramento numa campanha nacional intitulada “Carapau é boa onda!” levada a cabo pela Docapesca, sendo esta entidade também parceira da iniciativa levada a cabo pelo Grupo de Acção Local ecoMAR. Esta acção promove o carapau como sendo um peixe saudável, saboroso, que pode ser confeccionado de diversas formas. O carapau é, ainda, um peixe com um valor acessível, ao alcance de todos e que pode ser consumido sem restrições pois não está comprometida a sua disponibilidade de stock. Segundo a Docapesca o carapau pode ser considerado um “verdadeiro peixe português, porque representa o que o nosso país tem de melhor, como o mar, a genuinidade, a tradição, os sabores intensos, os bons momentos à mesa e a popularidade”. Considera-se que esta quinzena dedicada à promoção do carapau, pode traduzir-se numa mais-valia para este território, promovendo o tecido empresarial local e as empresas bem como valorizar uma espécie que não se encontra em risco, nem com quotas à sua captura e que tem diversos benefícios associados ao seu consumo.
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Entre 3 e 7 de Julho, com bilhetes a um euro
ExpoBairrada anima Oliveira do Bairro com cartaz atractivo
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ui Veloso, Ana Moura, Carolina Deslandes, Agir e Quinta do Bill são os exterior, junto à tenda onde se vão realizar os cabeças de cartaz da ExpoBairrada, evento com bilhetes a um euro, concertos”, explica a autarquia. que terá lugar de 3 a 7 de Julho, em Oliveira do Bairro. Como é tradicional, o palco destinado aos artistas do O Espaço Inovação volta a acolher a feira industrial, comercial e agrícola concelho, “na sua vertente mais tradicional e sinfónica, organizada pelo município de Oliveira do Bairro, tendo como mote “dar a ficará localizado junto à área de restauração, criando conhecer o que de melhor se faz no coração da Bairrada”. assim um ambiente propício a que as famílias possam “Depois da nova dinâmica implementada no ano passado pelo município saborear os pratos da Bairrada enquanto assistem a de Oliveira do Bairro, a edição de 2019 da ExpoBairrada mantém a aposta concertos e actuações dos músicos e dançarinos da na componente empresarial do concelho e na vertente ambiental, ao “casa”. Por este palco vão passar fadistas, grupos de nível da sustentabilidade do próprio evento, com melhorias ao nível da cantares, bandas filarmónicas e ranchos folclóricos. distribuição e localização dos vários espaços de exposição, restauração A ExpoBairrada conseguiu obter a certificação ambiental e recreio”, explicou, em conferência de imprensa, a autarquia liderada “Sê-lo Verde 2019″, garantindo financiamento para o por Duarte Novo. desenvolvimento de medidas de valorização e promoção da Para além da programação musical, que inclui também o rapper responsabilidade ambiental. É ainda um EcoEvento, através ProfJam, para além de vários DJ e bandas locais, a ExpoBairrada da parceria estabelecida entre o Município de Oliveira do funciona como montra da gastronomia bairradina e sobretudo da Bairro e a empresa ERSUC. Neste âmbito, a empresa irá cultura do vinho e da vinha da Bairrada, destacando-se os famosos oferecer aos expositores sacos para a recolha selectiva de espumantes da região demarcada. O bilhete diário custa apenas um resíduos recicláveis. No final do evento, o peso da totalidade euro. dos resíduos recolhidos será revertido em valor monetário, “A nova assinatura do município, ‘No Coração da Bairrada’, que depois será entregue a uma instituição de solidariedade assume agora protagonismo no certame que destaca o património social do concelho. do concelho e da região, como a indústria cerâmica, a agricultura, Das várias iniciativas, destaca-se a oferta de copos a enologia e a gastronomia, regressando às origens e tradições da reutilizáveis a todos os visitantes, entregues à entrada, região, quer económicas, quer culturais e etnográficas”, explica o eliminando a utilização de copos de plástico descartáveis no líder do executivo. certame, e a oferta de cinzeiros portáteis aos fumadores, assim A feira dispõe de três palcos, voltando a contar com uma tenda como a colocação de cinzeiros altos de exterior em vários de espumantes e com um reforço dos espaços de restauração, que pontos do Espaço Inovação. passam a 15, explorados por associações do concelho de Oliveira O município bairradino destaca ainda a disponibilização do Bairro, “onde se poderão degustar os mais tradicionais aromas de pontos/bebedouros de água potável, da rede pública, para e paladares da Bairrada”. consumo dos visitantes, e a instalação de sanitários verdes na “O pavilhão será ocupado por expositores primordialmente ExpoBairrada, com a inclusão de telhados e fachada verde do tecido empresarial do concelho de Oliveira do Bairro. As evaporativa e a utilização principal de materiais cem por cento associações e entidades institucionais vão ocupar o espaço naturais, como a cortiça. 14
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Em concursos nacionais e internacionais
Vinhos da UDACA já obtiveram 11 medalhas em 2019
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om a mais recente distinção do Invulgar, no concurso Decanter World Wine Awards (medalha de prata), que decorreu em Maio, os vinhos da União das Adegas Cooperativas do Dão (UDACA) já obtiveram 11 medalhas em concursos nacionais e internacionais em 2019, sendo uma Grande Ouro, 7 de Ouro, 2 de Prata e 1 de Bronze. Os vinhos galardoados, só nos últimos 5 meses, foram o Adro da Sé, que recebeu a medalha de Grande Ouro no Portugal Wine Trophy; o Tesouro da Sé, com 5 medalhas (4 Ouro, 1 Prata); o Invulgar, com 4 (2 Ouro, 1 Prata, 1 Bronze), e o Touriga Nacional, com 1 medalha de Ouro. Os vinhos UDACA foram distinguidos, com as colheitas assinaladas, nos seguintes concursos: Tesouro da Sé Private Selection (2015) - Medalha de Ouro – Mundus Vini 2019 (2015) - Medalha de Ouro – Catavinum World Wine & Spirits Competition 2019 (2015) - Medalha de Prata – Concurso Interncional de Vinos Bacchus 2019 (2015) - Medalha de Ouro – Citadelles Du Vin 2019 (2015) - Medalha de Ouro Concurso Vinhos de Portugal 2019, ViniPortugal - (2015) Invulgar (2015) - Medalha de Ouro – Mundus Vini 2019 (2015) - Medalha de Bronze - International Wine Challenge 2019 (2015) - Medalha de Ouro Concurso Vinhos de Portugal 2019, ViniPortugal - (2015) - Medalha de Prata Decanter World Wine Awards 2019 (2015) Touriga Nacional - Medalha de Ouro - Portugal Wine Trophy 2019 (2014) Adro da Sé Reserva 2015 - Medalha de Grande Ouro - Portugal Wine Trophy 2019 (2015)
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Feira da Vinha e do Vinho de 22 a 30 de Junho
Anadia “Capital do Espumante” com cartaz de espectáculos para todos os gostos
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nadia Capital do Espumante - Feira da vinha e do Vinho” é um dos momentos altos da promoção e animação no concelho de Anadia e que este ano tem lugar entre os dias 22 e 30 de Junho. José Cid, Amor Eletro, 4 e Meia, Mayra Andrade, Áurea, David Careira e Xutos e Pontapés são os nomes de destaque que subirão ao palco. Promover e divulgar o que de melhor o concelho tem para mostrar, nomeadamente a vinha e o vinho, são os propósitos do evento, que atrai muitos milhares de pessoas. O cartaz de espectáculos e a participação dos produtores vitícolas da região privilegia a qualidade e a diversidade do certame. A novidade da edição deste ano é o novo layout da feira, como adiantou Ricardo César Manão, vereador da autarquia de Anadia responsável pelo certame. “A feira ficou melhor ordenada” e “esperamos que seja muito participada e com grande retorno em termos de visibilidade para o exterior” adiantou à Gazeta Rural. Gazeta Rural (GR): A Feira, este ano, aparece com novo figurino? Ricardo César Manão (RCM): Sim, fizemos algumas remodelações, não só dos espaços da feira, mas, especialmente, no layout da feira, com a criação de algumas dinâmicas distintas, com zonas de laser diferentes daquelas a que os visitantes estavam habituados. Penso que a feira ficou melhor ordenada. Criámos melhores condições para a restauração, nomeadamente para as tasquinhas típicas associadas às associações de cada uma das nossas freguesias. Avançamos para um modelo de tasquinha totalmente equipada, em que, por exemplo, já ali podem cozinhar, uma vez que antes a comida era feita fora e depois transportada para o local. A zona institucional muda de sítio. Vamos ter uma tenda dedicada aos produtores de vinhos da região, onde vão estar 16
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seis por cada noite, bem como um wine bar, onde os visitantes podem adquirir as senhas para provar os vinhos e espumantes em exposição. Vamos ter também um pequeno auditório, onde decorrerão sessões temáticas dedicadas ao vinho e à vinha. Nesta zona estará o stand da Câmara de Anadia, que pretendemos seja mais dinâmico e com maior relevo para quem nos visita, com informação sobre o concelho, não só no plano empresarial como social. A zona de expositores gerais foi reformulada. Por exemplo, a zona agrícola vai ficar mais próxima dos vinhos. No resto não haverá muitas alterações, para além de uma melhor arrumação geral. A décima sexta edição levou a que pudemos fazer algumas alterações para dar uma lufada de ar fresco ao evento. As ruas terão nomes associados às castas homologadas pela CVR Bairrada. Este ano temos o patrocínio da Super Bock, bem como espaços Delta, entre outros.
GR: O cartaz musical da Feira tem sempre nomes de primeiro plano? RCM: Este ano temos menos um dia de feira. Passámos de 10 para 9 dias, com um cartaz para todos os públicos. De José Cid a Amor Eletro, passando por Áurea e Xutos e Pontapés, bem como as nossas marchas populares, no último dia, que termina com uma sessão de fogo de artificio. O preço dos bilhetes é a 2 euros, todos os dias. O bilhete único custa 12 euros. Uma das grandes novidades da feira é ser considerado um eco
evento e também nos candidatámos ao selo verde. Nesse sentido, tudo o que é plástico é banido da feira. Haverá pontos de água no recinto, que são obrigatórios, utilizando a moda do copo reutilizável, que será vendido a um preço simbólico de 50 cêntimos. Como estamos na zona do espumante haverá também flutes reutilizáveis. O café será serviço em copo de papel. GR: Que expectativa tem para a edição este ano? RCM: Temos uma boa expectativa para a Feira em termos de afluência de público. Esperamos, em primeiro lugar, que S. Pedro nos ajude e não tenhamos, como é costume, um ou dois dias de chuva. Esperamos bom tempo para as pessoas visitarem a feira. Depois o cartaz de artistas, que foi consensual. Lançámos o cartaz em Abril e as críticas, das gentes de Anadia e de fora, são muito positivas, porque abrange todas as faixas etárias e vários gostos musicais. Esperamos uma feira muito participada e com grande retorno em termos de visibilidade para o exterior. Vamos ter uma zona dedicada ao sector vitivinícola, com expositores não só de maquinaria agrícola, mas também ligada às rolhas, à metalomecânica associada e às garrafas.
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José Frias Clemente, à Gazeta Rural
“A Adega de Penalva tem obtido medalhas com vinhos diferenciados”
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em sido um bom ano para a Adega de Penalva do Castelo, com os seus vinhos a serem medalhados em vários concursos. A aposta na recuperação de vinhas antigas, onde ainda há castas como Bical, Cerceal, Tinta Pinheira, Baga e outras, têm resultado em vinhos monovarietais de grande qualidade, medalhados em vários concursos, como no último concurso da CVR Dão, em que a Adega obteve seis medalhas. Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Adega salienta a importância dos vários galardões obtidos em diversos concursos, “com vinhos diferenciados”. José Frias Clemente destaca também a aposta no mercado externo, que tem vindo a ser bem sucedida, com o aumento da cota de exportação.
em vinhos diferentes, como no Dão Primores em que tivemos seis medalhas em castas diferentes. Vamos dar continuidade a este trabalho, que é importante. Não são as medalhas que fazem a qualidade, mas é importante para a Adega de Penalva, que é sobejamente conhecida, mas é, também, o reconhecimento do trabalho que tem sido feito pela estrutura da Adega, mas principalmente dos nossos associados, pois é para eles que trabalhamos e procuramos, diariamente, fazer mais e melhor.
GR: Mas essa aposta não é, também, uma resposta ao Gazeta Rural (GR): A Adega tem vindo a estar, cada vez mais, na mercado, que procura cada vez mais vinhos diferentes? ribalta, com vinhos de grande qualidade, com a aposta em castas JFC: Vai nesse sentido. Os vinhos do Dão, de há uma menos conhecidas, a atestar pelas medalhas que tem obtido em década para cá, têm vindo a ter melhores dias. O Dão bateu diversos concursos? no fundo e tem feito uma recuperação notável, tanto a nível José Frias Clemente (JFC): Há mais de 20 anos que estou como nacional como internacional. Hoje os vinhos do Dão são dirigente da Adega e neste período fizeram-se muitas mudanças. Desde muito procurados e algumas castas que noutros tempos, a reconstrução, primeiro, e alargamento, depois, das instalações da em lote, faziam os grandes vinhos do Dão, continuam a ser Adega, trabalhámos para produzir vinhos de grande qualidade. Foi excelentes estremes. necessário fazer muitas mudanças, mas, para além de tudo isso, a Hoje o mercado pede vinhos de lote, mas também os aposta em castas da região, algumas quase extintas, foi uma das vias monovarietais. Um exemplo disso é a Baga, que teve algum que seguimos. Lembro a Tinta Pinheira, a recuperação da Alfrocheiro, peso no encepamento na nossa região, mas que está em vias mas também o Bical (Cerceal branco ou Borrado das Moscas), mas de extinção. Nós ainda temos algumas vinhas na nossa região teremos em breve outras novidades, seguindo esta linha, como a com Baga e o vinho já obteve uma medalha de ouro. Baga, que faz um grande vinho. Temos, junto dos nossos associados, escolhido algumas vinhas GR: Todos estes vinhos têm uma quantidade limitada? velhas, onde essas castas ainda existem, e temos feito a vindima JFC: Esses vinhos têm um engarrafamento limitado. Por separada. E vamos continuar com esta aposta, porque entendemos exemplo, o Tinta Pinheira, que obteve uma medalha Grande Ouro, que essas castas nos permitem fazer vinhos de grande qualidade engarrafamos cerca de 12 mil garrafas, que ‘desapareceram’ num e diferenciadores. instante. Felizmente, essa aposta na qualidade tem sido traduzida em Os vinhos monovarietais já foram mais procurados, mas se medalhas, mas com vinhos diferenciados. Temos sido galardoados forem bons continuam a vender-se muito bem. Para o mercado
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externo estamos também a vende-los, bem como os nossos vinhos de lote. Felizmente, o Dão tem estado a crescer e isso é muito bom para a região e para a Adega de Penalva do Castelo, pois isso tem-nos trazido um incremento bom. Temos vendido bem, o que se traduz no pagamento aos nossos associados. As cooperativas têm como missão fazer o melhor trabalho possível e ressarcir os seus associados da mesma maneira. É isso que temos vindo a fazer. Temos pago bem, mas deveríamos pagar melhor, mas o mercado não tem dado para isso, mas penso que estamos no caminho certo, para que os nossos associados possam continuar a tratar das suas vinhas. Houve um período em que se falou muito do abandono, mas hoje já há jovens na região a tratar das vinhas dos seus familiares, o que é um bom indicio para o futuro. GR: A Adega tem vindo a apostar no mercado externo, aliás uma lacuna que apontava há uns tempos, mas que tem vindo a ser ultrapassada? JFC: Sim, temos vindo a fazer uma aposta forte na exportação. Foi um trabalho duro, continuado, encontrámos muitas dificuldades, que continua a haver, mas temos conseguido entrar nalguns mercados, com vendas interessantes e, acredito, vamos continuar a crescer nas exportações. O mercado nacional está lotado, com uma concorrência grande, tal como o mercado externo, que não está fácil. Porém, se continuarmos a trabalhar, como temos vindo a fazer, a nossa cota de exportação vai aumentar, com retorno financeiro para a adega e para os nossos sócios.
Marca da Lusovini recebeu 96 pontos
Pedra Cancela recebeu a medalha de ouro nos prémios mundiais da Decanter
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júri da revista britânica valorizou a extrema elegância e frescura do Pedra Cancela – Seleção do Enólogo, Tinto, 2016. Com preço abaixo dos 5 euros, este Dão ombreou nos prémios com grandes marcas mundiais. Para além desta referência de excelente relação qualidade/preço, a Pedra Cancela – marca da Lusovini – tem vinhos de topo. Em tintos e em brancos. O Pedra Cancela – Seleção do Enólogo, Dão, Tinto, 2016 ganhou uma medalha de ouro – e foi classificado com 96 pontos (em 100) – nos World Wine Awards de 2019 da revista britânica Decanter, uma referência global nas publicações do mundo do vinho. O feito é tanto mais relevante quanto este tinto produzido e distribuído pela Lusovini é um vinho do quotidiano com um preço de prateleira de cerca de 5 euros, em Portugal, e de 11 dólares nos Estados Unidos. “Esta classificação e esta medalha têm um grande significado para a marca Pedra Cancela, uma vez que a melhor crítica mundial colocou um vinho tinto do Dão, que é acessível a todas as bolsas, lado a lado com vinhos famosos que custam dez vezes mais”, afirma Sónia Martins, a enóloga da Lusovini que divide com João Paulo Gouveia a autoria do Pedra Cancela – Seleção do Enólogo, Dão, Tinto, 2016. A viticultura esteve a cargo de João Paulo Gouveia. Para além da Seleção do Enólogo, a marca Pedra Cancela tem referências de tintos e de brancos que vão desde propostas intermédias até aos topos de gama. Dois exemplos: o Pedra Cancela Amplitude, Dão, Tinto 2013 foi posto em 2017 no Top 10 dos vinhos portugueses pelo evento Essência do Vinho; e o Pedra Cancela Malvasia Fina-Encruzado Dão Reserva 2014 foi considerado “um tesouro dos vinhos brancos de Portugal” pela revista norte-americana Wine Spectator. “Percebe-se o que levou agora o júri da Decanter a dar 96 pontos ao Seleção do Enólogo 2016, porque o vinho é encantador: tem um estilo ainda mais elegante do que é habitual no Dão, com boa estrutura e uma grande frescura na boca, o que o torna muito gastronómico”, afirma Sónia Martins. “É muito aromático, com fruta vermelha. Mostra bem as grandes amplitudes térmicas que teve no seu ciclo de maturação e o facto de ter sido vindimado no ‘timing’ certo”. A Lusovini produz e distribuiu cerca de 90 marcas de vinhos portugueses em todo o mundo. Tem empresas de direito local nos Estados Unidos, Brasil, Angola e Moçambique, e um escritório de representações na China, em Macau. O seu portfólio integra vinhos produzidos em todas as regiões de Portugal, incluindo os Portos da Andresen, e tem marcas e referências para todos os segmentos de mercado. “A Lusovini orgulha-se de continuar a contribuir com o seu trabalho para o reconhecimento da qualidade dos vinhos portugueses pelo mercado mundial”, afirma Sónia Martins. “Os vinhos portugueses são hoje mais competitivos em todos os segmentos de mercado do que alguma vez foram no passado.” Recorde-se que em 2015 a revista americana Wine Enthusiast escolheu o Pedra Cancela Seleção do Enólogo Dão Tinto como a sétima melhor escolha mundial nos vinhos vendidos a menos de 15 dólares. 20
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Produzido em Mortágua, na Região Demarcada do Dão
Quinta da Gândara tinto obtém Medalha de Ouro em concurso mundial
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Quinta da Gândara Reserva 2013 tinto, das Caves da Montanha, venceu a medalha de ouro no Concurso Mundial de Bruxelas, um dos mais importantes concursos internacionais de vinhos, que este ano se realizou em Aigle, na Suíça. Produzido em Mortágua, na Região Demarcada do Dão, naquela que é mais antiga propriedade da zona que lhe dá nome, o tinto Quinta da Gândara Reserva, nasce de uvas Touriga Nacional, que em 2013 produziram este vinho, o qual mereceu agora o ouro na opinião do painel de 340 provadores da vigésima sexta edição do Concours Mondial de Bruxelles. Os enólogos Joana Cunha e Bruno Seabra assinam esta produção de 2013 da Quinta da Gândara Reserva, que apresenta uma cor vermelha cereja. O seu aroma é jovem, com boa fruta (cereja preta e amora) e notas discretas de baunilha. Taninos maduros em equilíbrio com acidez elegante, aveludado e harmonioso, boa persistência. O Quinta da Gândara, acompanha bem tudo especialmente peixe assado, mas também pode ser servido com pratos de caça e bons queijos de pasta. Alberto Henriques, director geral das Caves da Montanha, destaca a aposta que foi feita na recuperação dos 25 hectares de vinhas da Quinta da Gândara, “a qual tem dados os seus bons frutos, uma vez que têm sido vários os prémios obtidos, com vinhos provenientes das suas castas, não só esta medalha de ouro no concurso internacional de Bruxelas, mas também a obtenção de 92 pontos da prestigiada revista Wine Enthusiast, que considerou altamente recomendados um branco e um tinto Quinta da Gândara.” As Caves da Montanha, têm estado a aumentar a sua produção de vinhos do Dão, uma aposta que Alberto Henriques, quer continuar a fazer crescer, “uma vez que estes prémios demonstram estarmos a seguir a estratégia correcta e a produzir bons vinhos. Exemplo, disso mesmo, é este Tinto Quinta da Gândara Reserva, ter ganho recentemente medalha de ouro em dois concursos, o Internacional de Bruxelas e no Concurso de Vinhos de Portugal, o mais importante concurso realizado em Portugal e que é organizado pela ViniPortugal. O Quinta da Gândara, neste momento, ganha em tudo o que concorre,” conclui Alberto Henriques. Situada na Bairrada, numa das zonas mais tradicionais de vinhos em Portugal, a Caves da Montanha é uma companhia de bebidas portuguesa fundada em 1943 e que, ao longo destes mais de 75 anos, sempre se pautou pela mesma visão: a qualidade dos seus produtos e o enfoque nos seus clientes, sendo disso prova os inúmeros prémios ganhos ao longo dos anos. As Caves da Montanha dedicam-se à produção, distribuição e divulgação de produtos de alta qualidade, como espumantes, vinhos de diversas regiões demarcadas, bebidas espirituosas, destilados, licores, xaropes e aguardentes.
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No antigo edifício do Instituto da Vinha e do Vinho
Torres Vedras vai criar Polo de Inovação do Vinho e da Gastronomia
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Este polo contará com um conjunto de valências, como um centro de antigo edifício do Instituto da Vinha e do Vinho interpretação, uma exposição permanente (de que constará um núcleo sobre (IVV) de Torres Vedras vai ser transformado o património arquitectónico do respectivo espaço e do IVV; um outro sobre em Pólo de Inovação do Vinho e da Gastronomia. A a cultura vitivinícola e gastronómica do território envolvente; um núcleo de apresentação do projecto foi feita por Carlos Martins. exposições temporárias e ainda uma oferta enogastronómica também da Recorde-se que a Câmara de Torres Vedras adquiriu região) e um arquivo e documentação (o que inclui um arquivo especializado, há alguns anos as antigas instalações do Instituto da um arquivo de memória colectiva e de construção contínua, a produção de Vinha e do Vinho, construídas em 1948, um complexo pensamento e discurso e o mapeamento dos recursos do território); uma edificado com valor patrimonial muito significativo. Colab, que será constituída por um centro de investigação aplicada (centro A refuncionalização deste espaço constitui uma gerador de soluções digitais inovadoras para a agricultura, com enfoque oportunidade histórica para promover a regeneração na horticultura, fruticultura e viticultura) e laboratórios especializados urbana e económica de uma área importante da cidade (Smart Equipment Lab, Fruit Lab, Wine Lab, Horto Lab, Socio&Territorial de Torres Vedras e para o reforço da centralidade do Lab, Inovation&Business Lab e Sustainability & Quality Lab), que contarão concelho ao nível regional e nacional, nos planos cultural, com ligações a redes internacionais (Future Food, Unesco Creative Cities científico, empresarial e turístico. Network e Gastronomic Cities European Network); uma incubadora que se O futuro Pólo de Inovação do Vinho e da Gastronomia constituirá como um centro de suporte a empreendedores emergentes, a pretende-se que seja uma estrutura polinuclear, em qual proporcionará a facilitação de infraestruturas, serviços e programas diálogo com a paisagem e suportada em rede por (composta por escritórios com espaços individuais e em coworking, outros centros de interpretação, investigação, mediação infraestruturas comuns, serviços de apoio empresarial, networking, e empreendedorismo, nos planos regional, nacional e programas de mentoria e lançamento de negócios); e unidades de internacional. Fornecerá contexto de colaboração para comércio e oficinas (o que inclui oferta comercial, com uma unidade de o fomento de novas soluções participadas pelo sector alojamento hoteleiro, restauração e serviços e produtos gastronómicos científico e tecnológico e sector empresarial, em resposta de valor acrescentado, bem como oferta educativa e cultural, que aos desafios societais de hoje. Relevará a cultura da vinha e passa pela existência de uma cozinha e uma horta comunitária, um do vinho, o seu potencial para a economia, o conhecimento, FabLab culinário, programas educativos e culturais, visitas educativas o turismo e a cultura, contribuindo para a execução das ao território e à sua cadeia de produção alimentar e actividades de agendas regionais. Englobará toda a cadeia de valor do sector sensibilização para a gastronomia sustentável e saudável). agroalimentar, sob o sentido amplo de cultura gastronómica De referir, ainda, que as instalações da Comissão Vitivinícola – património de saberes e rituais que afirmam uma identidade da Região (CVR) de Lisboa, da VITICER – Associação Nacional de territorial. Viveiristas Vitícolas e da Associação de Agricultores de Torres Vedras O processo de criação do Pólo de Inovação do Vinho e da (AATV) irão permanecer em funcionamento no antigo espaço de Gastronomia teve início em 2017, estando relacionado com Torres Vedras do IVV. a candidatura apresentada pela Câmara de Torres Vedras ao Laboratório Colaborativo para a Inovação Digital na Agricultura. Os destinatários pensados para este equipamento são o sector científico e tecnológico, o turismo, o sistema empresarial e empreendedor e o sector cultural e criativo. www.gazetarural.com
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Anunciou o secretário regional da Agricultura, João Ponte.
Governo dos Açores vai lançar novo concurso para a reabilitação da vinha
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Governo dos Açores vai lançar um novo concurso para apoiar a reestruturação da vinha, reservando para o efeito um montante de quatro milhões de euros, anunciou o secretário regional da Agricultura, João Ponte. “Posso anunciar que vamos lançar um novo concurso, no valor de quatro milhões de euros para darmos continuidade a este processo de restruturação da vinha”, explicou o governante, na sessão de abertura da Assembleia das Regiões Europeias Vitícolas, que decorreu na cidade da Horta. Segundo explicou João Ponte, o executivo vai iniciar, entretanto, um processo de auscultação com os produtores regionais, em relação ao nível de apoios, critérios de ponderação das candidaturas e às obrigações dos promotores. “Respondendo ao desafio de vários parceiros do sector, vamos iniciar com estes um processo de auscultação, por forma a melhorarmos o regime de apoios, numa perspectiva de assegurar a sustentabilidade da actividade vitivinícola no futuro”, sublinhou o titular da pasta da agricultura nas ilhas. O governante lembrou que, nos últimos anos, foram investidos, através do programa VITIS, 21 milhões de euros na reconversão de 800 hectares de vinha, sobretudo na ilha do Pico,
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que os participantes nesta Assembleia das Regiões Europeias Vitícolas terão também oportunidade de visitar durante esta semana. João Ponte referiu-se ainda a algumas castas que são proibidas na Europa, como é o caso da Isabellla e do vinho de cheiro, que são, no entanto, muito apreciadas na ilha do Pico e na diáspora, defendendo mesmo um regime de excepção para este tipo de produções. “Seria importante para os Açores poderem comercializar o designado vinho de cheiro, sem restrições e para fora da região, já que, no continente americano, onde se localiza uma grande comunidade açoriana, não existem restrições às castas em causa, e poderá constituir um mercado muito apetecível”, advertiu o secretário regional da Agricultura. A Assembleia das Regiões Europeias Vitícolas, que decorreu nas ilhas do Faial e do Pico, juntou representantes de 75 regiões.
Afirma Director Regional da Agricultura
Produção em modo biológico nos Açores está em “contínuo crescimento”
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Director Regional da Agricultura afirmou que a produção agrícola em modo biológico está em “contínuo crescimento” nos Açores, tanto nas áreas da diversificação agrícola, como nas produções tradicionais, atraindo cada vez mais produtores e conquistando mais área. “Em 2012 existiam 53 produtores registados e uma área total em conversão ou já em modo de produção biológico de 428 hectares. Presentemente, existem 121 produtores certificados ou em conversão, a explorar uma área total de cerca de 1.200 hectares, e registam-se ainda 26 preparadores e distribuidores certificados de produtos biológicos”, revelou José Élio Ventura. O Director Regional da Agricultura falava, na Praia da Vitória, na abertura da VI BioFeira, organizada pela Cooperativa BioAzórica, que também contou com a presença do Director Regional do Desenvolvimento Rural, Válter Braga. No caso do leite biológico, José Élio Ventura destacou que, ainda este ano, deverá entrar em fase de comercialização este novo produto, que resulta de uma “decisão estratégica acertada das indústrias, que permitirá uma maior notoriedade e valorização” do leite açoriano, além de ser “uma oportunidade para captar novos mercados, mais riqueza para os agricultores e para a indústria”. Ao nível da carne bovino também já ocorreram avanços importantes e estão reunidas condições para a sua comercialização a breve prazo, acrescentou. “Estou convicto que, nesta área do biológico, tudo o que se produz é bem remunerado pelo mercado e totalmente absorvido”, afirmou o Director Regional, acrescentando que “as reais dimensões que este segmento de produção pode alcançar
estão por calcular”. “Neste caso, podemos mesmo dizer que esta é uma oportunidade que não podemos desaproveitar”, frisou. Produzir mais e melhor, com mais qualidade, apostando em produtos diferenciadores e que tragam mais valor acrescentado são metas já apontadas pelo Governo dos Açores e que se aplicam, na integra, à agricultura biológica. Para o Governo dos Açores, esta é claramente “uma nova e estimulante oportunidade” para continuar a diversificar a agricultura, proporcionando novas oportunidades de negócio, com mais valias confirmadas para os produtores, que tem mercado assegurado e que encontra muitos consumidores sempre desejosos de produtos novos, frescos e com benefícios específicos para a saúde. O Director Regional salientou que, por iniciativa do Governo, foi definido um plano estratégico específico para as produções biológicas para a próxima década, com medidas concretas para desenvolver, ainda mais, o modo de produção biológico na Região. “O surgimento desta estratégia não acontece porque a produção em modo biológico está na moda, mas por opção convicta do Governo dos Açores”,
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Liderado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
Projecto europeu recorre a drones para detecção de pragas florestais
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m projecto europeu, liderado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), recorre a drones e ao programa de satélites Copernicus para detecção remota de pragas florestais. “O uso combinado de informação obtida através de imagens fornecidas pelo programa europeu de satélites de observação da Terra Copernicus e por drones é eficaz na detecção precoce de pragas florestais, especialmente do nemátode da madeira do pinheiro”, de acordo com os primeiros resultados do projecto europeu FOCUS, afirma a FCTUC. Com um financiamento de 1,9 milhões de euros da União Europeia, através do programa Horizonte 2020, Embora o FOCUS pretenda abranger várias perturbações da floresta, o projecto FOCUS (Forest Operational monitoring using Copernicus and UAV hyperSpectral data), que envolve no momento o caso de estudo é a detecção de árvores afectadas pelo equipas dos departamentos de Ciências da Terra, nematode da madeira do pinheiro (doença da murchidão do pinheiro), Ciências da Vida e Engenharia Civil da FCTUC, centraum problema complexo com elevado impacto económico nas regiões se no desenvolvimento de “métodos inovadores para a afectadas. Além do mais, explica o coordenador do projecto, “ao detectar detecção e monitorização remota, através de satélites o nematode, como os primeiros resultados demonstram, vai ser possível e veículos aéreos não tripulados”, de pragas e doenças detectar outras doenças com sintomas semelhantes”. florestais. A grande mais-valia destas tecnologias inovadoras que os “Num território florestal de grandes dimensões, é investigadores estão a desenvolver com recurso a drones e satélites é, extremamente difícil e dispendioso detectar a presença desde logo, as grandes manchas de floresta que conseguem monitorizar. de árvores doentes através dos métodos tradicionais”, “De uma forma muito mais rápida, e com custos muito menores, sublinha Vasco Mantas, investigador do Departamento de em comparação aos métodos convencionais, conseguimos ter uma Ciências da Terra da FCTUC e coordenador do estudo. cartografia das árvores afectadas que de outra forma teria de ser feita “Com os nossos sistemas, o objectivo é precisamente no terreno, com elevado dispêndio de horas, de recursos humanos e detectar as árvores infectadas que estão nesses contextos materiais, etc.”, exemplifica Vasco Mantas. mais complexos, de forma detalhada, para permitir que Com essa informação espacial detalhada, também é possível, por os utilizadores da floresta possam ir aos locais correctos outro lado, uma análise da distribuição, ou seja, avaliar quais são os efectuar as acções de remoção (abate de árvores), evitando processos que governam a distribuição do nematode e do insecto que o problema se alastre”, explica Vasco Mantas, citado pela vetor. FCTUC. A opção de combinar dados de satélite e de drones neste O objectivo final do projecto, iniciado há um ano, é contribuir projecto, a que se junta uma forte componente de trabalho de para “um serviço operacional e acessível, desenvolvido num campo, é vantajosa, porque “enquanto os dados provenientes dos projecto anterior (Silvisense), que monitorize todo o território satélites dão uma visão mais global, a informação obtida através florestal e faça chegar informação aos utilizadores finais, que dos drones é interessante para a cartografia muito detalhada das também participam neste projecto”, refere o investigador. zonas afectadas”, destaca o coordenador do FOCUS. Entre os participantes no projecto, contam-se “associações de Outro dos objectivos do projecto, adianta a FCTUC, é, através produtores florestais, centros de investigação ligados à floresta, dos estudos de campo, identificar árvores que aparentem ser como é o caso do SerQ, e indústrias do sector”, além de parceiros tolerantes a pragas, para que sejam estudadas e eventualmente da Noruega (S&T) e da Bélgica (VITO). possam servir de base ao repovoamento de zonas afectadas. 26
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Uma intervenção de cerca de 180 mil euros.
Município de Tondela está a reabilitar rios e ribeiros do concelho
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Câmara de Tondela anunciou que tem em curso a reabilitação de ecossistemas de rios e ribeiros que foram afectados pelos incêndios de Outubro de 2017, no âmbito de uma intervenção de cerca de 180 mil euros. “Esta intervenção surge no domínio da regularização fluvial no após incêndio de 2017 e reveste-se de primordial importância para a salvaguarda dos ecossistemas ribeirinhos”, explicou a vice-presidente da Câmara de Tondela, Carla Antunes. O objectivo é “repor as condições de funcionamento e estabilização da galeria ripícola, mitigando-se desta forma as consequências do incêndio”, acrescentou. Segundo Carla Antunes, a intervenção nas zonas de bacias e albufeiras arrancou em Abril e deverá prolongar-se até ao final deste mês. Os trabalhos estão em curso no Rio Criz, junto à zona de Lazer de Várzea do Homem, estando também prevista a intervenção na zona de Caparrosa /Silvares, no Couço e ainda na Lajeosa do Dão, que foram locais atingidos pelos incêndios de Outubro de 2017. A autarquia explica que a intervenção “consiste em acções de silvicultura (corte de silvas e mato), de forma que haja regeneração natural das espécies” e se garanta “a sobrevivência da fauna e flora características destes locais”. A intervenção integra também “a recuperação dos taludes ribeirinhos da margem dos rios, com a construção de ‘muros’ naturais, recorrendose para o efeito à madeira das árvores queimadas pelo incêndio”, acrescenta. Está também prevista a plantação de espécies arbóreas, arbustivas e helófitas, entre outras medidas. De acordo com a autarquia, “em curso estão também obras de engenharia civil”, estando previstos desassoreamentos, passagens hidráulicas, pontes e muros de alvenaria junto às linhas de água ou enrocamentos. A verba para esta intervenção provém do Fundo Ambiental, gerido pela Agência Portuguesa do Ambiente.
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Assumida como a segunda prioridade regional
Sever do Vouga quer nova ligação à A25 para facilitar exportações
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presidente da Câmara de Sever do Vouga disse que é essencial um condições ao escoamento dos produtos industriais”, novo acesso do concelho à A25, para quebrar o isolamento e facilitar descreve. a exportação de mercadorias. António Coutinho revelou que a nova ligação à A25 e, consequentemente à rede nacional de autoestradas tem já traçado Edifício dos Paços do Concelho definido, estudo de impacto ambiental e estimativa de custos. vai ser alvo de remodelação “A perspectiva agora é de estarmos mais próximos de se poder concretizar do que havia há uns tempos”, comentou o autarca, referindo que a nova O edifício dos Paços do Concelho de Sever do Vouga ligação de Sever do Vouga à A25 é assumida como a segunda prioridade vai ser alvo de obras de remodelação, com o objectivo regional. de dar melhor acessibilidade e concentrar serviços do Segundo o presidente da Câmara de Sever do Vouga será um acesso município. Sever do Vouga foi um dos contemplados no “relativamente fácil” em termos de traçado, já que aproveita um troço Programa de Beneficiação de Equipamentos Municipais abandonado do antigo IP5, segue em terrenos florestais e não implica (BEM), pelo que o Estado irá apoiar a remodelação do qualquer desvio ou demolições. edifício principal da Câmara Municipal em 150 mil euros. No entanto, reconhece, exige uma ponte de alguma dimensão para A remodelação contempla a criação de espaços e a travessia do Rio Vouga, mas o autarca sublinha que a estimativa de gabinetes para vários serviços, como o serviço social, o custos “não chega a 30 milhões de euros”. “Temos isso como uma serviço educativo e o gabinete de psicologia, “com vista a grande prioridade do plano intermunicipal de mobilidade da região concentrá-los e torná-los mais acessíveis para a população”. de Aveiro, de que é a segunda prioridade, a seguir à ligação Aveiro/ Segundo o presidente da Câmara de Sever do Vouga, Águeda, sendo que, para mim, é mais fácil de avançar do que a ligação António Coutinho, “era uma intenção antiga dotar o edifício de Águeda”, disse. de melhores condições, mas a requalificação acabava António Coutinho salienta que a nova ligação à rede de sempre por ser remetida para segundo plano, em detrimento autoestradas é essencial para escoar as mercadorias de grandes de outras situações de maior urgência e com um impacto dimensões que são produzidas no concelho, onde a indústria mais directo para a população”. “Esta é uma oportunidade transformadora, nomeadamente do sector metalomecânico, a não perder, tendo em conta a taxa de comparticipação e contribui para as exportações nacionais, além de permitir quebrar o com este apoio. Vamos garantir uma melhor funcionalidade isolamento do concelho, cuja interioridade tem condicionado o seu do edifício que terá reflexo na prestação dos serviços à nossa desenvolvimento. comunidade”, comentou o autarca. O nó das Talhadas da A25, que serve Sever do Vouga, fica na encosta oposta àquela em que se concentram as empresas de metalomecânica, responsáveis pela fabricação, entre outras, de estruturas para energias renováveis e equipamentos de transporte e tanques ou depósitos para armazenamento de combustíveis. “A ligação que temos agora, além de não ser uma estrada por aí além, anda para trás e o que queremos é uma ligação que siga em frente e nos aproxima da rede de autoestradas, da linha de caminho-de-ferro, do Porto a Aveiro, e que crie melhores 28
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Teve por palco o Solar do Vinho do Dão
Dia Nacional da Gastronomia com “balanço positivo”
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urante dois dias Viseu foi o a “capital” da gastronomia em Portugal. A iniciativa da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, em parceria com a Câmara de Viseu, levou até à capital da Beira Alta mais de meia centena de Confrarias de todo o país, bem como um conjunto de iniciativas que promoveram o que de melhor se faz no nosso país. Para o presidente da Câmara de Viseu, o balanço da iniciativa “foi positivo”, destacando o facto de ter sido a primeira vez decorreu “no interior do país”. Almeida Henriques adiantou que “as confrarias envolvidas sentiram o acolhimento das nossas populações, a partilha da gastronomia, do vinho, das tradições e de toda a nossa cultura popular que está por trás da vivência destas confrarias”, afirmou o autarca. Por sua vez o presidente do Turismo do Centro de Portugal, depois de salientar que o título de Melhor Destino Turístico europeu conquistado pelo nosso país “resulta também daquilo que se serve à mesa”, afirmou que “muito deste sucesso que Portugal está a ter se deve à afabilidade dos portugueses, à forma como somos hospitaleiros e, naturalmente, à nossa gastronomia”, disse. “Viseu fortaleceu a ideia de projectos maiores para os anos que se avizinham” A declaração é de Olga Cavaleiro, presidente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas (FPCG), no encerramento da quarta edição das comemorações do Dia Nacional da Gastronomia, que depois de Lisboa, Aveiro e Vila Nova de Gaia, fizeram do Solar do Vinho do Dão, em Viseu, o ponto de encontro de todos os sabores de Portugal. A festa dos produtos portugueses decorreu com um vasto programa da responsabilidade da FPCG e co-organizado pelas Edições do Gosto, com o intuito de celebrar o melhor de Portugal à mesa, com meia centena de expositores a exibirem o melhor dos produtos nacionais e a presença de 50 confrarias gastronómicas. Por entre os momentos “Palcos”, “Exposições”, “Tours Gastronómicos” e “Jantar Solidário”, passaram os melhores profissionais do sector da restauração e hotelaria, a par dos amantes de gastronomia, vindos de todo o país. No evento foi também entregue o Troféu Portugal, galardão do concurso de cozinha que junta chefes de cozinha profissionais, produtos e produtores, ao chef Duarte Eira, do restaurante Salpoente, em Aveiro. De destacar o Jantar Solidário, no encerramento das comemorações, que reuniu 2000 euros para duas associações - Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Viseu e a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Viseu. “Viseu marca uma evolução muito positiva do Dia Nacional da Gastronomia. Uma comemoração que começou tímida no seio das confrarias gastronómicas de todo o país, mas que esta edição nos mostrou que criou raízes por toda a sociedade portuguesa. É muito importante a junção de mundos diferentes e a integração de novos protagonistas! Sem dúvida que tivemos aqui novos acrescentos que tornaram esta versão mais enriquecida e que nos fazem prever projectos maiores para os anos que se avizinham”, adiantou Olga Cavaleiro. Paulo Amado, director Geral das Edições do Gosto, a empresa responsável pela organização do Dia Nacional da Gastronomia, também comunga da opinião que Viseu foi um marco “extremamente positivo”, afirmando que “o que aconteceu em Viseu, foi uma celebração de uma ideia de país completo, com a diversidade da nossa geografia e cultura representada”. “A gastronomia esteve representada na sua expressão essencial, com destaque para os produtos e conhecimento, a técnica dos cozinheiros e a conexão com uma ideia de arte, com visão social”, rematou. www.gazetarural.com
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Evento visa valorizar o património histórico existentes no Concelho
Festa Castreja atraiu milhares de visitantes a Carvalhelhos
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Parque Aventura de Carvalhelhos acolheu a Festa Castreja, iniciativa que se realizou pelo quarto ano consecutivo e que se constituiu como uma recriação das vivências de outrora dos povos castrejos e romanos que estiveram na origem do Concelho de Boticas. Foram dois dias repletos de muita animação, música tradicional, oficinas temáticas sobre artes e ofícios de outros tempos, nomeadamente a arte de trabalhar o ferro, as peles, a lã, entre outros, sendo que algumas das recriações foram encenadas por associações locais que, mais uma vez, participaram e abrilhantaram este evento cultural. À componente cultural associaram-se também a componente gastronómica, onde não faltaram alguns dos melhores produtos locais como, por exemplo, o mel e o pão centeio e a componente solidária, com a realização de uma caminhada em prol dos Bombeiros Voluntários de Boticas. Os milhares de visitantes puderam, assim, desfrutar de um fim de semana diferente, recuando no tempo e percebendo o quotidiano e as vivências dos povos castrejos e romanos. O presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, referiu que “este evento visa valorizar e promover o vasto património cultural e histórico existentes no Concelho e, simultaneamente, homenagear os povos que estiveram na origem deste território”. O autarca destacou “o empenhamento e a dedicação das associações locais em participar e manter bem vivas as tradições, usos e costumes de outros tempos”, referindo ainda que “é gratificante constatar que as nossas gentes sentem orgulho das suas raízes e continuam a valorizar o legado deixado pelos nossos antepassados”. A Festa Castreja foi uma organização conjunta do Município de Boticas, Associação Ambiental e Cultural Celtiberus (AACC) e da empresa intermunicipal Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso (EHATB).
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Estimam algumas das maiores empresas do mundo
Riscos das alterações climáticas podem custar cerca de 900 mil milhões de euros
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CDP, salientou, citada no documento, o facto de haver s alterações climáticas representam riscos financeiros de quase 900 “uma infinidade de riscos” que resultam das mudanças mil milhões de euros, estimam algumas das maiores empresas do no clima e de as respostas serem “mais urgentes do mundo num relatório recentemente divulgado. Os números são sugeridos que nunca”. E considerou “extremamente encorajador” tendo em conta três quartos (366) das 500 maiores empresas do mundo, o facto de as empresas indicarem que o potencial das que no conjunto estão avaliadas em 15 biliões de euros. “oportunidades climáticas supera em muito os custos de O documento foi divulgado pela organização internacional Carbon investir nessa transição”. Disclosure Project (CDP) e alerta que muitos desses impactos resultantes No relatório as empresas de produção de energia são dos riscos climáticos poderão ocorrer nos próximos cinco anos. dos poucos sectores onde os custos de transição superam Do valor de perdas estimado, cerca de 446 mil milhões de euros são os das novas oportunidades. O relatório envolveu 6.937 classificados como altamente prováveis ou quase certos, nomeadamente empresas de todo o mundo que enviaram dados ao CDP no devido a custos operacionais mais elevados, relacionados com ano passado. Das 500 maiores empresas mundiais por valor mudanças nas leis e nas políticas. em bolsa 366 enviaram informação ao CDP. As empresas relatam ainda perdas potenciais de 223 mil milhões O CDP tem o maior sistema de divulgação ambiental, com de euros devido aos activos relacionados com combustíveis fósseis e dados de milhares de empresas e de mais de 150 cidades só mudanças no mercado para economias de baixo carbono e energias na Europa, incluindo Lisboa. O objectivo do CDP é motivar alternativas. Neste número inclui-se as empresas que estejam muito empresas e cidades para medirem os impactos sobre o expostas aos impactos físicos das alterações climáticas. ambiente e recursos naturais e assim procurarem reduzi-los. De acordo com o relatório, as empresas, no entanto, também O estudo agora divulgado foi o primeiro do CDP a calcular admitem ganhos acumulados nas oportunidades de negócios o impacto financeiro das alterações climáticas nas empresas. relacionadas com as alterações climáticas, que podem ser mais do dobro das perdas (mais de dois biliões). Oportunidades, por exemplo, nos veículos eléctricos, mas também no fornecimento de produtos que resultam das mudanças nas preferências dos consumidores. No documento salienta-se que o valor potencial das oportunidades relacionadas com o clima é quase sete vezes superior ao custo de as alcançar, pelo que se esperam mudanças significativas nos produtos e serviços “amigos do clima”, por parte das maiores empresas do mundo. Nicolette Bartlett, directora para as alterações climáticas do 32
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Última Hora Encontro Internacional sobre Paleoclima, a 18 e 19 de Junho em Coimbra
Como as mudanças climáticas do passado são fundamentais para o futuro do planeta
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quatro conferências plenárias e uma mesa redonda, destacando-se as os próximos dias 18 e 19 de Junho, a Faculdade conferências de David Grinspoon e Jefferson Cardia Simões. de Ciências e Tecnologia da Universidade de David Grinspoon, astrobiólogo norte-americano que estuda a evolução Coimbra (FCTUC) acolhe um encontro internacional do clima e a habitabilidade de outros planetas, é conselheiro da NASA e sobre paleoclimatologia, a ciência que estuda o registo tem sido galardoado com múltiplos prémios pela sua actividade enquanto das alterações do clima ao longo do tempo. comunicador de ciência, dos quais se destaca a atribuição do seu nome a um Intitulado “International Meeting on Paleoclimate: pequeno planeta, o asteróide Grinspoon. Jefferson Cardia Simões, pioneiro Change and Adaptation”, o grande objectivo do da glaciologia no Brasil, é actualmente vice-presidente do Scientific encontro, organizado, em conjunto, pelo Centro de Committee on Antarctic Research/Conselho Internacional para a Ciência Geociências e pelo Centro de Investigação da Terra e do (SCAR/ISC). Espaço, ambos da FCTUC, é mostrar como as mudanças Com início às 9 horas do dia 18 de Junho, este encontro internacional climáticas do passado são uma peça-chave para melhorar reúne participantes de vários países, entre os quais, além de Portugal, a compreensão da dinâmica do clima no presente e no Brasil, Espanha EUA, França e Marrocos. A discussão vai centrar-se em futuro próximo do planeta. cinco grandes temas: paleoclima no sistema solar: forças externas e Maria Helena Henriques e Rui Pena dos Reis, do evoluções divergentes; mudanças climáticas no tempo geológico: lições comité organizador, salientam que “só compreendendo a para aprender; memória climática no registo geológico; as adaptações natureza das alterações climáticas do passado é possível humanas às alterações climáticas ao longo do Quaternário; eventos estabelecer, de forma séria e sustentada, modelos de climáticos e interacções homem-ambiente. previsão para o futuro. A discussão internacional sobre No fundo, concluem Maria Helena Henriques e Rui Pena dos Reis, as alterações climáticas tem sido muito politizada, não “vamos discutir como é que o clima é influenciado por factores externos tem aproveitado as lições do que o passado fornece - as à Terra, como é que a Terra exprime essas alterações climáticas ao alterações climáticas já acontecem há muitos milhões de longo do tempo geológico, que memórias ficaram na superfície da anos – para estabelecer padrões e cenários da variação do Terra e o que testemunham, como foi a adaptação da espécie humana clima para o futuro”. ao longo do Quaternário e as interacções pessoas-ambiente e os O conhecimento, sempre baseado na ciência, “é crucial eventos climáticos”. para enfrentar os desafios actuais. Por isso, com este No âmbito do encontro, os participantes vão efectuar uma viagem encontro pretendemos estimular uma discussão aberta sobre de estudo ao Geoparque da Serra da Estrela, que está em processo os sinais paleoclimáticos, a fim de melhorar o nosso olhar de avaliação para vir a ser integrado na rede global de geoparques para o presente e fundamentar as perspectivas futuras sobre da UNESCO. Neste geoparque existem vários locais com registos as alterações climáticas”, realçam os também docentes do exuberantes da acção glaciar ocorrida há cerca de 20 mil anos. Departamento de Ciências da Terra da FCTUC. Do programa do encontro, que conta com a apresentação de mais de meia centena de comunicações científicas, constam www.gazetarural.com
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Espectáculos “Paião” e “Top Genius” convidam a feirar
Feira de São Mateus celebra “idade de ouro” dos 80 com dois espectáculos familiares
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De 1 a 7 de Julho, com mais de 200 propostas culturais
Festival Mescla anima centro histórico de Viseu
menos de um mês da sua apresentação oficial, o cartaz da Feira de São Mateus conta com duas novas confirmações. Em 2019, o certame propõe dois pretextos inéditos para feirar em família, nas noites de Verão de 11 e 13 de Setembro. O espectáculo “Paião” tem entrada gratuita na quarta-feira, dia 11 de Setembro, para assistir à “superbanda” de homenagem ao cantor Carlos Paião, autor dos êxitos dos anos 80 “Play-back” e “Cinderela”. O músico de centro histórico de Viseu será, na primeira semana “Os Azeitonas”, Marlon, e Jorge Benvinda, dos “Virgem Suta”, são dois dos de Julho, animado por mais de 200 propostas membros do grupo. culturais do festival Mescla, uma resposta da autarquia Os radialistas Vasco Palmeirim e Nuno Markl são “Top Genius”, na terçaao “espaço vazio” deixado pela suspensão dos Jardins feira de 13 de Setembro, e irão reinterpretar e discutir o imaginário e o Efémeros, anunciada há três meses. cancioneiro da época, num concerto divertido que traz a palco os guilty “A programação vem responder a um repto que a pleasures de muitas gerações. O espectáculo foi a escolha de Sónia população nos lançou. Os comerciantes e operadores da Sanches para 2019, a visitante 1 Milhão da Feira do ano passado. cidade, todos os que gostam do centro histórico, lançaramPara Jorge Sobrado, gestor da Feira de São Mateus e vereador da nos este desafio”, explicou o presidente da autarquia, Cultura do Município de Viseu, “estes são dois espectáculos para juntar Almeida Henriques, durante a apresentação do Mescla. gerações e reviver, na guardiã das feiras populares, temas marcantes da Segundo o autarca, o repto foi no sentido de ser criado música portuguesa dos anos 80”. “um evento cultural de animação urbana, inclusivo e não Os bilhetes para “Top Genius” já podem ser adquiridos online, no elitista, que abrisse a temporada de Verão em Viseu e site da Feira de São Mateus (www.feirasaomateus.pt) e da Blueticket que fomentasse a frequência da zona antiga da cidade, a (www.blueticket.pt/), ou na sua rede de lojas associadas (Fnac, Worten, actividade económica e o turismo, assim como os hábitos Media Markt, ACP, El Corte Inglés e Pagaqui). A Viseu Marca possui, culturais”. também, um ponto de venda, no Pavilhão Multiusos. A 21 de Março, a fundadora e directora dos Jardins Até agora, são quinze os artistas anunciados pela organização para a Efémeros, Sandra Oliveira, numa nota de imprensa conjunta edição deste ano. Em 2019, a Feira de São Mateus decorre entre 8 de com a Câmara de Viseu, que apoiava o evento, anunciou a sua Agosto e 15 de Setembro. São 39 dias para feirar em Viseu. suspensão. “Este projecto, que envolve toda a nossa comunidade, Novas esplanadas para as farturas carece de uma pausa para reflexão”, justificou Sandra Oliveira, mostrando-se convencida de que “da pausa renascerão, já em Os pavilhões de farturas da Feira de São Mateus vão ter este 2020, uns Jardins memoráveis para todos”. ano novas esplanadas, de acordo com o projecto de arquitectura A Câmara de Viseu que, no âmbito do programa municipal encomendado pela Viseu Marca. Uma nova estrutura de Viseu Cultura, tinha atribuído um apoio de 125 mil euros para a sombreamento com toldos tipo sevilhana, novo mobiliário com o edição de 2019, lamentou a suspensão e, logo na altura, adiantou modelo de cadeira portuguesa e floreiras a delimitar os diferentes que estava a analisar a possibilidade de assegurar alguma espaços são os principais elementos do projecto. programação cultural durante esse período de Julho. Após a aposta na constituição do novo Bairro da Restauração, “Em três meses foi possível criar esta dinâmica”, afirmou hoje em 2018, a Viseu Marca apresentará nesta edição o novo layout Almeida Henriques, acrescentando que o Mescla é um festival das esplanadas da iguaria histórica do certame. com “uma marca cultural própria e distintiva”.
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Última hora Certame decorre entre 17 e 21 de Julho
Director-geral da FAO inaugura Feira Raiana em Idanha-a-Nova
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director-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Graziano da Silva, vai estar na Feira Raiana, que decorre entre 17 e 21 de Julho em Idanha-a-Nova. A Feira Raiana, cujo local de realização é alternado entre Portugal e Espanha, decorre este ano em Idanha-a-Nova, entre os dias 17 e 21 de Julho, e vai receber o primeiro Congresso Mundial das Biorregiões e o Fórum Internacional Territórios Relevantes para Sistemas Alimentares Sustentáveis (FISAS), cuja abertura oficial será feita pelo director-geral da FAO, Graziano da Silva e que conta também com a presença do secretário-geral da FIDA (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola), Gilbert Houngbo. «A FAO olhou para o nosso trabalho e lançou-nos o desafio de co-organizar, no âmbito da Feira Raiana, o primeiro Congresso Mundial das Biorregiões, que nunca se fez e que vai decorrer em Monsanto, e o Fórum Internacional Territórios Relevantes para Sistemas Alimentares Sustentáveis, com o apoio do FIDA», revelou hoje à agência Lusa o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto. O autarca deste município do distrito de Castelo Branco explicou que a XXIII Feira Raiana vai seguir o caminho que sempre a norteou desde o início, ou seja, a cooperação transfronteiriça entre Portugal e Espanha. «Este ano é a Idanha-a-Nova a organizar [o certame]. Foi neste âmbito que nasceu o Fórum de Inovação Rural, nas suas diferentes edições, foi também aqui que começámos o trabalho de adesão às biorregiões. Aderiu Idanha e Moraleja (Espanha) também está a dar passos nesse sentido», afirmou. Armindo Jacinto realça a preocupação das Nações Unidas com o desenvolvimento sustentável, o fomento da agroecologia, com os circuitos curtos de comercialização, a economia familiar e a produção biológica em territórios relevantes. «Este é o grande desafio, muito ambicioso para Idanha-a-Nova. Sentimo-nos muito orgulhosos. O FISAS abre no dia 18 de Julho e o director-geral da FAO estará presente, oficialmente, bem como o secretário-geral do FIDA. No dia 17, decorre o Fórum Mundial de Inovação Rural e depois a 19 teremos o Fórum Mundial das Biorregiões», concluiu. www.gazetarural.com
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Entre as 375 zonas balneares nacionais
Com um consumo diário de 150 gramas
Comer mirtilo diariamente reduz o risco de enfarte até 15%
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Turismo do Centro destaca as 93 “praias douradas” da região eleitas pela Quercus
ma equipa de cientistas da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, descobriu que o consumo diário de 150 gramas de mirtilos reduz em 15% o risco de sofrer doenças do foro cardiovascular. Centro de Portugal é a região que apresenta Os especialistas queriam perceber de que forma é que este fruto afecta mais praias classificadas com “qualidade de ouro” pela Quercus, num total de 93 praias as pessoas que sofrem de síndrome metabólica, o conjunto de factores que aumentam o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Este síndrome distinguidas entre as 375 zonas balneares nacionais, revelou a Turismo Centro. tem como factores de risco a tensão alta, elevados níveis de açúcar no sangue, taxas reduzidas de colesterol “bom” no sangue ou excesso de Das 93 praias galardoadas no Centro de Portugal, 67 gordura na zona da cintura. são costeiras, 25 são interiores e uma é de transição. “Merecem destaque, pelo número, as 12 praias do Nesta pesquisa, a equipa dividiu os 138 participantes com sobrepeso e síndromes metabólicas, com idades entre 50 e 75 anos, em três grupos. Os concelho de Torres Vedras, as 11 de Peniche e as nove da Figueira da Foz”, destaca a Entidade Regional membros do primeiro grupo comeram o correspondente a uma chávena de mirtilos (150 gramas) diária, os da segunda metade desta quantidade presidida por Pedro Machado. (75 gramas) e o terceiro grupo consumiu um placebo semelhante em cor Para poderem receber a distinção “qualidade de ouro” e sabor ao desta fruta. da Quercus, as praias têm de ter obtido classificações “Comer uma chávena de mirtilos por dia gerou melhorias sustentadas de “Excelente” nas análises da água durante as últimas na função vascular e na rigidez arterial de forma suficiente para reduzir o quatro épocas balneares. risco de doenças cardiovasculares entre 12 a 15%“, explicou Peter Curtis, Além disso, em 2018, não poderão ter registado um dos autores do estudo, cujos resultados foram publicados na revista ocorrências ou avisos de desaconselhamento da prática científica The American Journal of Clinical Nutrition. balnear. Curiosamente a dose de 75 gramas de mirtilos não causou nenhum “Esta lista é mais uma confirmação da excelência das efeito positivo na saúde dos participantes e, por isso, Curtis concluiu, praias do Centro de Portugal. Longe das zonas balneares citado pelo portal Eureka Alert, que a saúde cardiovascular só melhora massificadas, onde muitas vezes se torna difícil encontrar com “uma chávena de mirtilos diária”. lugar para estender uma toalha, nestas praias há espaço Os mirtilos têm sido apontados por vários nutricionistas como um e tempo - para usufruir de um descanso merecido”, refere “super-fruto”, tendo em conta os seus poderes antioxidantes e o baixo Pedro Machado, que preside a uma entidade que agrupa cem teor calórico. O mirtilo é “um fruto com um teor calórico interessante municípios. do ponto de vista do controle de peso, tendo 57 quilocalorias por Entre as localidades galardoadas, destacam-se no litoral 100 gramas de alimento, rico em vitaminas C e K e beta – caroteno, todas praias situadas entre São Jacinto e a Figueira da Foz, um precursor da vitamina A”, explicou a nutricionista Filipa Teixeira nomeadamente Vagueira e Areão (Vagos), São Jacinto (Aveiro), Morgado, em declarações ao Notícias ao Minuto. “Têm, como a Barra e Costa Nova (Ílhavo), Mira e Poço da Cruz (Mira), maioria dos frutos vermelhos, um valor calórico pouco significativo, Palheirão e Tocha (Cantanhede). são ricos em diversas vitaminas (…) ricos em compostos fenólicos Destaque também para o número (mais de 20) praias do e carotenóides”. interior contempladas, a maioria de rio ou de barragem. Tendo em conta as potencialidades do fruto e os estudos As praias do Centro de Portugal, quer estejam junto à beirarecentes, os especialistas recomendam um consumo diário entre mar quer sejam de interior, nos rios, lagos e albufeiras, têm 50 a 150 gramas de mirtilo. verdadeira qualidade de ouro. São um luxo nos dias de hoje”, sublinha Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal. IN: ZAP 36
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De 29 de Junho a 7 de Julho
Manteigas com três eventos atractivos em Junho e Julho
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dos novos hotéis Vila Galé Serra da Estrela e Santa concelho de Manteigas vai viver dias intensos, de 29 de Junho a 7 de Luzia. Segundo o autarca, o hotel de Santa Luzia, Julho, com a realização de três eventos que vão atrair milhares de com um total de 16 quartos, está “em fase final pessoas ao maciço central da serra da Estrela. De 29 de Junho a 6 de Julho de construção e abrirá em breve as suas portas”, terá lugar uma prova da Taça do Mundo de Parapente, que conta com alguns enquanto a unidade hoteleira do grupo Vila Galé, com dos “melhores pilotos do mundo”, seguindo-se a 7 de Julho o VI Granfondo 91 quartos, deverá ser inaugurada mais para o final do Serra da Estrela, um evento de cicloturismo que vai ligar Seia a Manteigas e ano. onde são esperados mais de um milhar de ciclistas. Esmeraldo Carvalhinho considera que os dois Por fim, no fim de semana de 5 a 7 de Julho vai decorrer a Feira Antiga equipamentos serão “mais um complemento” para no Largo Dr. João Isabel e Praça Luís de Camões. Este certame, sob o mote a oferta do alojamento hoteleiro do concelho de “Nos Trilhos do Pastor”, pretende revitalizar vivências, usos e costumes de Manteigas, no distrito da Guarda. “Neste momento, outros tempos, nomeadamente a vida e as rotinas do pastor, abordando temos 565 camas prontas a serem utilizadas em as ovelhas, os produtos derivados, a sua produção e venda. Para além Manteigas. E há dias em que a hotelaria está esgotada”, da exposição e venda de artesanato, a feira potencializará os produtos observou o responsável. gastronómicos locais, onde a animação será uma constante no decorrer O hotel de quatro estrelas que o grupo Vila Galé está do certame. a construir em Manteigas, no lugar da Fonte Santa, em Na apresentação dos eventos, o presidente da Câmara de Manteigas pleno Vale Glaciar do Zêzere, tem abertura prevista para lembrou que o concelho, que está totalmente integrado na área do o último trimestre de 2019. “O Vila Galé Serra da Estrela Parque Natural da Serra da Estrela e Rede Natura, possui “excelentes será um hotel de montanha, com 91 quartos, no qual serão condições para a realização de eventos desta magnitude” atendendo investidos cerca de nove milhões de euros. Localizada às “condições naturais do vale glaciar do Zêzere, boas descolagens e junto ao Viveiro das Trutas, esta unidade terá ainda piscina meteorologia favorável”, sublinhou Esmeraldo Carvalhinho. exterior aquecida, um restaurante, ‘lobby’ bar, ‘spa’, salão de A Taça do Mundo de Parapente - Manteigas 2019 [PWC - Paragliding eventos e estacionamento”, indica a fonte. World Cup 2019 - Manteigas], a decorrer entre os dias 29 de Junho e 6 Ainda de acordo com o autarca, com a entrada em de Julho, é a terceira prova do campeonato que se realiza este ano. É funcionamento do novo hotel do grupo Vila Galé serão criados organizada pela WIND - Desporto, Natureza e Aventura, sob a chancela “entre 35 a 40” novos postos de trabalho no sector hoteleiro, da Paragliding World Cup, com o apoio da Câmara de Manteigas. que se juntam aos cerca de 100 já existentes no concelho. Esmeraldo Carvalhinho destaca ainda que “o único hotel Concelho aumenta capacidade hoteleira com abertura de cinco estrelas da Serra da Estrela está no concelho de de mais dois hotéis Manteigas, que é a Casa de São Lourenço, que tem uma paisagem idílica sobre o Vale Glaciar do Zêzere, que tem O concelho de Manteigas prevê aumentar este ano a sua condições acima da média, mas que está sempre lotado pela capacidade de alojamento com a entrada em funcionamento de sua qualidade”. dois hotéis, que disponibilizam um total de 107 quartos, foi hoje anunciado. O presidente da Câmara de Manteigas, Esmeraldo Carvalhinho, disse que a capacidade hoteleira do município dispõe actualmente de 565 camas, mas o número aumentará este ano com a abertura www.gazetarural.com
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Última Hora De 21 a 23 de Junho
Feira promove Caça, Pesca e Lazer em Ponte de Lima
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onsiderando a aposta no turismo e lazer como uma mais-valia da região rica em actividades e experiências associadas ao turismo de natureza, Ponte de Lima recebe de 21 a 23 de Junho a XI Feira de Caça, Pesca e Lazer. A iniciativa resulta de uma parceria entre o Município de Ponte de Lima e da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima, Rebranding com assinatura do Atelier que unem esforços e apostam novamente na promoção e divulgação de todos Rita Rivotti os serviços e actividades ligadas ao sector da caça, da pesca e do lazer, como também aos recursos cinegéticos do concelho. Há semelhança das edições anteriores, este evento conta com a colaboração das Federações de âmbito nacional e Associações do concelho, de vários sectores que vão além da caça e da pesca, à apicultura, desporto, floresta, recreação e lazer e que acrescentam novas dinâmicas ao certame. Esta feira, com mais de uma década de existência, vai contar com várias áreas de exposição de artigos da especialidade, demonstrações de aves de cetraria, mostras de espécies cinegéticas, tasquinhas com pratos e petiscos, e como não poderia deixar de ser, provas de caça, pesca, e um leque diverso de outras actividades de desporto, lazer e muita animação musical. hora de dar o salto chegou: o icónico Gatão O concelho limiano dispõe de um numeroso conjunto de recursos apresenta-se nas prateleiras com uma nova de caça e pesca, que juntamente com o lazer formam um forte alvo de roupagem, mais jovem, fresca e vibrante. Uma mudança investimento e de procura. Assim, diversas empresas e associações histórica para este vinho, que fez a sua última renovação dedicam-se a estas actividades e temáticas, permitindo satisfazer as de imagem na viragem do milénio. O rebranding, com exigências dos que procuram o lazer e uma maneira distinta de passar assinatura do reconhecido e premiado Atelier Rita Rivotti, as suas férias ou um fim-de-semana prolongado, possibilitando a fruição revela o seu lado citadino e contemporâneo. de dias diferentes, longe do bulício das grandes cidades. Em simultâneo Do histórico gato das botas à garrafa de cerâmica, esta dinâmica acrescenta valor e sustentabilidade ao desenvolvimento passando pelo cantil com argola, o centenário Gatão já se do concelho através da promoção do turismo activo e de natureza. vestiu de muitas modas e tendências. Agora, chegou a vez de dar mais um passo para firmar a posição de destaque que este vinho tem, não só em Portugal como também nos cinquenta mercados em que está presente, nos cinco continentes. “Com um caráter diferenciador e arrojado, transversal à sua longa vida, o Gatão tem um novo carisma. Artístico e urbano, sem fronteiras nem barreiras, quer conquistar novos consumidores, aproximar públicos mais jovens e potenciar afinidades com os clientes. É assim um marco e um novo ciclo que vai de encontro à essência deste vinho: jovem e fresco”, afirma Ana Montenegro, Gestora de Comunicação e Relações Públicas da Sociedade dos Vinhos Borges. O vinho apresenta-se mais atractivo com todas as suas cores e traços geométrico e está preparado para dar que falar. Para além do Vinho Verde Branco, houve também a aposta no rebranding de todas as outras referências da marca Gatão. De notar que a nova imagem do Gatão dá o mote para uma campanha 360º com a máxima “Segue o teu instinto”. À estratégia das redes sociais juntam-se ainda acções de activações de marca em grandes superfícies e vários eventos em todo o país.
Há novas cores a vestir o centenário Gatão
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Escola Profissional de Torredeita aposta em cursos de agropecuária e vitivinicultura na sua oferta formativa
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Escola Profissional de Torredeita, pertença da Fundação Joaquim dos Santos, tem dois polos de funcionamento. Aquele onde começou e se afirmou, Torredeita, e Viseu, onde criou novas instalações apostando na proximidade urbana. Os dois lugares têm especificidades completamente distintas, pelo que deverão vocacionar-se para ofertas formativas, também elas, muito diferentes. Torredeita, é uma zona rural, a cerca de 12 Km de Viseu, onde a Fundação tem um solar integrado numa quinta com cerca de 5 hectares. No mesmo espaço, tem um Ecomuseu e nos limites da quinta a ecopista do Dão - ciclovia. A 10 minutos, enquadrado pelas serras da Estrela e do Caramulo, o Montebelo Golfe, num cenário de 200 hectares. É intenção da Instituição, começar a desenvolver um projeto de agroturismo que, para além de retirar o maior partido das suas próprias condições, também aproveite, em seu benefício, aquelas que a envolvem, potenciando, assim, a sua atratividade como local de interesse turístico. O simbolismo histórico encontrado num solar da Beira, a marca cultural do Ecomuseu, a valorização do património natural e paisagístico, os trilhos rurais, a gastronomia da região, o enoturismo em Viseu, com uma rota de vinhos, adegas, casas senhoriais, feiras e provas. Neste projeto da Fundação caberia, de igual forma, como fator de promoção, divulgação e identidade, a criação de uma marca, “Morgado da Torre”, (nome do solar) associada a produtos da quinta, tradicionais e caseiros, como o mel, os doces, as compotas, as ervas aromáticas, eventualmente, o vinho e o azeite. O curso de Produção Agropecuária, teria, como já tem, um forte envolvimento com este projeto, não só fazendo a sua formação, como podendo vir a integrar-se nele, técnica e profissionalmente. Os alunos de Produção Agropecuário já têm nos seus projetos para a Prova de Aptidão Profissional, o desenvolvimento, de vários temas que incorporam este “futuro”. Mas o Dão é região de castas e de vinhos, de quintas, de lagares e adegas, de vindima e trabalho árduo em terra do “Demo”, rude e agreste, onde as uvas eram sobrevivência e pão… Hoje, reergueu-se esta tradição com técnica, qualidade e modernismo. Os “rótulos” do Dão representam a excelência de produtores selecionados e das marcas que o mercado exige. É por isso que queremos, neste projeto, juntarmo-nos à recuperação destas origens. Um Curso profissional de Vitivinicultura faz todo o sentido numa ideia agregadora da terra e da região, de um ex-libris que, neste momento, é uma referência regional e nacional, quer pela sua importância a nível económico, quer pela componente cultural. A escola orgulha-se da “coragem” de retomar o setor primário como uma vertente forte da sua oferta formativa, sem receios de que os mais novos, ou muitas vezes os seus pais, continuem a ver a agricultura como uma profissão sem “saída”… Ao contrário, queremos divulgar, junto dos jovens, como a nova geração de agricultores, mais dinâmica e inovadora, virada para os mercados internacionais e que apostou no regresso às terras, melhorou o País! Nesta nossa aposta, gostaríamos de fomentar uma política de parcerias e cooperação que num diálogo com todas as entidades económicas, sociais e culturais, nos colocasse entre os que trabalham para uma dinâmica de iniciativa e promoção da Beira Alta, da sua geografia rural e do seu património ancestral. Escola Profissional de Torredeita www.gazetarural.com
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