Gazeta Rural nº 350

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Ficha técnica Ano XV | N.º 350 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Paulo Barracosa | Catarina Simões Departamento Comercial: Beatriz Fonte Sede de Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda Administrador: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/ estatutoeditorial/ Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

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5 Largo de São Bernardo em Sátão é palco da Feira do Míscaro 2019 6 Há Sabores do Campo à Mesa no concelho de Vila Franca de Xira de Outono promove gastronomia de Manteigas e as potencialidades naturais 7 Festival 8 Carrazedo de Montenegro promove a castanha da região da Padrela 11Trancoso promove Feira da Castanha e Paladares de Outono 12Festival Gastronomia de Bordo está de volta com sabores dos mares longínquos 14Alcobaça mostra doçaria conventual de excelência 15Feira do Porco e do Enchido promove produtos da terra e a gastronomia local 16Expositores portugueses marcam presença na Feira Internacional de Enoturismo 19Investigação da UTAD aponta potencial anti-inflamatório da casta Rabigato 20Alcobaça recebe Colóquio Internacional sobre Enoturismo Cooperativa de Vidigueira inaugurou Casa das Talhas e aposta no enoturismo 22Adega 23Engaço de uva pode ajudar na cura de feridas do Pé Diabético 24Campanha de consumo de carne de coelho inverte tendência de queda acentuada 26Diminuição de chuva põe em causa ecossistemas 29Licor produzido em Proença-a-Nova conquista prémio em Londres 31Governo dos Açores quer sector apícola mais forte e sustentável 33CIM Viseu Dão Lafões vai sinalizar quatro circuitos de Subidas Épicas 35Aguiar da Beira prepara edição 2019 do Certame Gastronómico do Míscaro 36Seia recebe seminário nacional das alterações climáticas 37Criada a Bio Região da Margem Esquerda do Guadiana 38Boticas prepara Feira Gastronómica do Porco 2020


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Feiras Agrícolas

Eventos Gastronómicos

De 20 a 24 de Novembro Agrovouga

A 16 e 17 de Novembro Feira do Míscaro 2019 em Sátão

A Agrovouga vai reaparecer em Novembro dedicada à agro sustentabilidade. O objectivo é fazer uma feira com uma nova e distinta personalidade, em complemento a outras feiras do país, “tendo na agro-sustentabilidade a ideia central”.

Feiras Sectoriais Nos dias 1,2,3 e 9 e 10 de Novembro Feira da Castanha e Paladares de Outono

O município de Trancoso promove a Feira da Castanha e Paladares de Outono, certame que pretende divulgar um dos frutos com maior importância na economia local bem como os paladares a ela associados.

De 8 a 10 de Novembro XIII Feira da Castanha Judia em Carrazedo de Montenegro

Carrazedo de Montenegro, Valpaços, vai receber a XIII Feira da Castanha Judia, evento que pretende promover a castanha em geral e a variedade Judia, em particular, que se destaca na região.

De 22 a 24 de Novembro XX Fórum Nacional de Apicultura em Viseu

O maior evento do sector apícola, o Fórum Nacional de Apicultura e a Feira Nacional do Mel, decorrerá em Viseu. Há 20 anos que este evento percorre o país, reunindo apicultores e organizações portuguesas, projectando e dando visibilidade à apicultura nacional,

A 23 e 24 de Novembro Feira do Cogumelo e do Medronho em Almodôvar

O Município de Almodôvar, a Junta de Freguesia de São Barnabé e “A Medronheira - Associação de Defesa do Património de São Barnabé” estão a preparar a edição de 2019 de um evento que visa promover o cogumelo e o medronho do concelho.

A 23 e 24 de Novembro Certame Gastronómico do Míscaro em Aguiar da Beira

O pavilhão municipal de Aguiar da Beira volta a receber mais uma edição do Certame Gastronómico do Míscaro, evento que pretende promover e divulgar a gastronomia associada ao míscaro amarelo, abundante no concelho, mas também a outros produtos da terra. 4

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O Largo de São Bernardo, em Sátão, volta a ser palco da Feira do Míscaro, onde será instalada uma tenda gigante, e pretende, mais uma vez, promover e divulgar um produto endógeno do concelho que se intitula “Capital do Míscaro”.

No mês de Novembro Sabores do Campo à Mesa em Vila Franca de Xira

A receita é regional, os sabores apurados e tradicionais e o eleito é o torricado com bacalhau assado. Numa iniciativa da Câmara de Vila Franca de Xira esta iguaria estará em destaque em 26 restaurantes do concelho que participam nesta campanha gastronómica.

De 9 a 12 de Janeiro de 2020 Feira Gastronómica do Porco em Boticas

O município de Boticas prepara a edição 2020 da Feira Gastronómica do Porco. Reuniu com os produtores com o intuito de valorizar cada vez mais a produção do fumeiro tradicional, através do cumprimento das regras sanitárias estabelecidas e sob o máximo rigor, o que permite obter produtos de excelente qualidade.


Nos dias 16 e 17 de Novembro, em Sátão

Largo de São Bernardo recebe Feira do Míscaro 2019

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Largo de São Bernardo, em Sátão, volta a marcada para as 10 horas, com uma visita aos stands, seguida de almoço ser palco da Feira do Míscaro, onde será com as entidades presentes e uma tarde com muita animação, com instalada uma tenda gigante. A edição 2019 vai actuação de dois ranchos folclóricos, do grupo Satam e de uma artista decorrer nos dias 16 e 17 de Novembro e visa, que irá animar o resto da tarde. mais uma vez, promover e divulgar um produto Depois de anos a fio em que a apanha de cogumelos silvestres era endógeno do concelho que se intitula “Capital feita sem regras, “hoje as pessoas estão mais sensibilizadas para a do Míscaro”. importância das boas regras da colheita do míscaro”, afirmou Paulo As chuvas que caíram nas últimas semanas Santos, realçando o facto de “no primeiro dia da Feira do Míscaro ajudaram a que 2019 seja um bom ano para os mantermos a campanha de sensibilização para que os míscaros sejam cogumelos silvestres e, em particular, ao míscaro apanhados para cestos de vime e não para sacos plásticos, para amarelo, que tem grande expressão no concelho que a micorrização (queda dos fungos) se faça e dê origem a novos de Satão, onde algumas dezenas de pessoas se cogumelos”. dedicam à sua apanha. Os expositores (artesãos, produtores locais e vendedores de O presidente da Cámara de Sátão, em conversa míscaros) interessados em participar no certame podem fazer a sua com a Gazeta Rural, diz que, nesta altura, já há inscrição no Gabinete de Atendimento ao Munícipe da Câmara de muito míscaro, ainda que pequenos. Paulo Santos Sátão até ao dia 08 de Novembro. começou por referir a importância económica do míscaro para a economia do concelho, onde existe uma empresa, a FrutiSilves, sediada em Mioma, que comercializa e exporta os cogumelos. “É uma actividade sazonal, desta altura do Outono e é um complemento bastante bom para o orçamento de muitas famílias”, referiu Paulo Santos. O autarca adiantou que no dia 16 haverá “um workshop pedagógico no sentido de esclarecer e informar as pessoas de quais os cogumelos que são comestíveis”. Ou melhor, gracejou, “todos eles são comestíveis, mas alguns só se comem uma vez”. Para além disso, haverá uma sessão de showcooking de como confeccionar o míscaro. No dia 17, terá lugar a feira propriamente dita, onde, na tenda gigante, estarão os expositores, com vendedores de míscaros, produtos locais e artesanato. A abertura está www.gazetarural.com

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No concelho de Oliveira de Frades, a 16 e 17 de Novembro

Durante o mês de Novembro, em 26 restaurantes

Há Sabores do Campo à Mesa no concelho de Vila Franca de Xira

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receita é regional, os sabores apurados e tradicionais e o eleito é o torricado com bacalhau assado. Numa iniciativa da Câmara de Vila Franca de Xira esta iguaria estará disponível e em destaque, durante o mês de Novembro, em 26 restaurantes do concelho que participam nesta campanha gastronómica. Saborear esta iguaria é ir ao encontro das raízes da região, naquele que pode ser o mote para uma visita a este concelho ribatejano. Uma receita que tem na sua origem a dura vivência no campo dos campinos e de outros trabalhadores rurais, que muitas vezes tinham no seu farnel o bacalhau, o pão, o azeite e o alho. Substancial e reconfortante, este é um prato que merece ser saboreado quando chega o frio. Nos fins-de-semana de Novembro, a Câmara Municipal convida os visitantes a conjugar o prazer de uma boa refeição com outras propostas de lazer, que incluem visitas ao núcleo museológico barco varino “Liberdade”, com passeio a bordo, visitas aos equipamentos culturais, entre outras actividades, nas quais se envolvem um conjunto de entidades parceiras do Município. Até 23 de Novembro, aos sábados pelas 11 horas, a Campanha de Gastronomia “Sabores do Campo à Mesa” chega também aos Mercados Municipais, com sessões de showcooking que convidam à degustação do Torricado com Bacalhau Assado e a uma prova de vinhos “Encostas de Xira”. 6

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Souto de Lafões recebe VI edição da Feira da Castanha O Parque de Lazer Moinho da Ponte, em Souto de Lafões, vai receber nos próximos dias 16 e 17 de Novembro a VI edição da Feira da Castanha, evento promovido pela União das Freguesias de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães em parceria com o Município e com a Comissão de Festas do São João e do Santo António. Esta iniciativa contará com um programa diversificado, com mostra e venda de castanha, doçaria, produtos locais e artesanato; jogos tradicionais; caminhada solidária, cujo donativo reverte a favor da ASSOL; um magusto e diversas actuações musicais (Grupo de Bombos de Souto de Lafões, Rancho Vozes d´Aldeia e Grupo de Cavaquinhos de Alcofra) que animarão o evento.


De 8 e 10 de Novembro, na Praça Municipal

Festival de Outono divulga gastronomia de Manteigas e as potencialidades naturais

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município de Manteigas promove de 8 Aromáticas e Medicinais’, com recolha e exposição posterior dos a 10 de Novembro, na Praça Municipal, exemplares no recinto do Festival. Para o início da tarde está agendado o Festival de Outono, certame que visa a um showcooking promovido pela Escola Profissional de Hotelaria de promoção e divulgação da gastronomia local Manteigas. e de todas as potencialidades naturais, numa No final da tarde do último dia do evento, o público será convidado estação do ano onde as cores douradas dão outro a participar no concurso ‘Doce e Salgado de Outono’ e no ‘Magusto colorido às encostas e vales. e Prova de Jeropiga Caseira’. A animação será uma constante do O desfile de moda ‘Manteigas Dourada’, centrado Festival, com a presença do Grupo de Concertinas de Mangualde, nas cores do Outono, promete ser arrojado e Tukariouppa BBU Fanfare e Grupo Manuk. inovador, logo na primeira noite do certame, dia 08 Uma das novidades da edição do Festival de Outono deste ano é a de Novembro. Nessa mesma noite, o espectáculo implementação do Cantinho do Chefe, onde os mais novos vão ter do Rouxinol Faduncho garante animação e muita oportunidade de assistir a um espectáculo de magia temática de gargalhada. comida, ateliers de showcooking, experiências na cozinha e caça O dia 9 de Novembro será marcado pela realização ao tesouro. do Trail ‘Trilhos do Burel’, que irá percorrer veredas e caminhos do concelho em três diferentes distâncias (36km, 25km e 13km), bem como uma caminhada de 13 quilómetros, cujo evento conta com a parceria da Associação Desportiva de Manteigas e do Grupo BTT de Manteigas. A prova das Sopas de Outono encerra a tarde do dia 9 de Novembro, um concurso que irá levar à mesa os melhores sabores locais da época, numa iniciativa conjunta com o Agrupamento 232 São Pedro - Manteigas - Corpo Nacional de Escutas. A noite do segundo dia será animada pelo concerto do Grupo Coral de Manteigas e a Festa das Cores, com o Dj Trindade & Luís Serra - Sax Live Act. O dia 10 de Novembro inicia-se com a saída de campo Foto: Miguel Serra ‘Conhecer e Reconhecer Cogumelos Silvestres e Plantas www.gazetarural.com

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De 8 a 10 de Novembro, no concelho de Valpaços

Carrazedo de Montenegro promove a castanha da região da Padrela

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arrazedo de Montenegro, no concelho de Valpaços, vai receber comum a toda a gente em Trás dos Montes, a XIII Feira da Castanha, de 8 a 10 de Novembro, evento que pois quem nos visitar vai deparar-se com um pretende promover um fruto com grande importância na economia acolhimento único, ímpar no nosso país, porque local, em particular a variedade Judia, que se destaca na região. De o trasmontano sabe receber como ninguém”, referir que a Padrela tem a maior mancha de soutos desta variedade salientou o autarca de Valpaços. em toda a Península Ibérica, daí associar a variedade à feira. O investimento da autarquia na feira é de “Não queremos que esta seja mais uma Feira da Castanha, como cerca de 80 mil euros. Amílcar Almeida diz que outras que se realizam no país, mas que as pessoas associem esta “não é uma despesa, mas sim um investimento, variedade a Carrazedo de Montenegro, uma vez que somos a Capital porque o retorno é muito maior do que aquilo da Castanha Judia”, afirmou o presidente da Câmara de Valpaços, que investimos, para além da visibilidade, que esclarecendo que “todas as variedades são bem-vindas à Feira não tem preço, para estas gentes que labutam no e todas são importantes na economia deste concelho”. Amílcar sector primário, mas acima de tudo para a Vila de Almeida quer que “as pessoas se interroguem e fiquem a saber Carrazede de Montenegro”. que, no nosso concelho, há a maior mancha de castanha Judia da Península Ibérica e a maior produção desta variedade em todo Candidatura para a construção de uma país”. barragem foi apresentada A previsão para este ano é de uma produção “entre 12 a 15 mil toneladas”, que “não diminuirá em relação ao ano anterior, Há muito que o autarca de Valpaços luta embora possa haver uma quebra numa ou noutra em alguma para melhorar o sector primário do concelho, freguesia, mas haverão outras que superam a produção do ano nomeadamente com a questão da água. transacto”, adiantou o autarca, referindo que nesta altura o “Apresentámos uma candidatura para a construção de preço pago ao agricultor ronda os 2,50€ o quilo. uma barragem no concelho, que tem como objectivo Na Feira os visitantes “podem encontrar, acima de tudo, assegurar a produção da castanha, procurando produtos de excelência, não só na castanha, mas também tudo aumentá-la, porque entendemos que é uma maisque gira a volta dela, como a doçaria e a gastronomia”, mas valia no nosso concelho”, referiu Amílcar Almeida, também “o que de melhor tem a nossa terra, como o vinho, o sustentando que a castanha representa mais de 50 azeite, o mel, o folar, as compotas e o fumeiro”, referiu Amílcar milhões de euros para a economia do concelho. Almeida, sustentando que Valpaços é “um concelho rico e que “Hoje há uma grande procura de terrenos para oferece qualidade”. plantação de castanheiros e sabemos perfeitamente O certame receberá 80 expositores ligados ao sector que só podemos pensar na agricultura se tivermos água agrícola, com destaque para a castanha, mas também e o castanheiro precisa de cerca de 900 litros por ano”. um pavilhão dedicado à gastronomia, com restaurantes e “Queremos acreditar que a candidatura será aprovada e tasquinhas locais, e magustos. Haverá também artesanato e a barragem construída na zona da Padrela, que servirá de muita animação, com grupos locais, ranchos folclóricos e a apoio a toda a agricultura, nomeadamente para a castanha, banda de Carrazedo de Montenegro. mas também para outras culturas, como o olival, vinha, “São três dias diferentes, em festa, com uma característica maça, mirtilo, goji e outras produções. 8

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Nos dias 9 e 10 de Novembro

Feira em Marvão homenageia a castanha e o castanheiro

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município de Marvão promove, dias 9 e 10 de Novembro, a como de “origem protegida”. Numa zona do XXXVI Feira da Castanha - Festa do Castanheiro, em homenagem distrito de Portalegre onde predominam nos a uma espécie endógena do concelho e da região, o castanheiro, e o campos as espécies Bária e Clarinha, o produtor seu fruto, a castanha, certificado como produto de Denominação de lamentou haver “pouca procura” por parte Origem Protegida (DOP). dos consumidores em adquirir este fruto. “As Com o intuito de preservar, valorizar e divulgar os produtos temperaturas também não têm estado a ajudar, endógenos do concelho, na festa em que a castanha é rainha, ao estão altas. Ao não estar frio não puxa a comer longo deste fim-de-semana celebra-se a colheita de um fruto de castanhas”, observou. características únicas, proporcionadas pelo microclima da Serra de Receando que a castanha ainda por apanhar São Mamede. seja “mais miúda”, com “pouco calibre”, José O certame apresenta-se como a “grande mostra” de produtos Mário referiu que o produto está actualmente a ser locais e regionais, com dezenas de pontos de venda, onde os comercializado a cerca de um euro por quilo. Apesar visitantes podem encontrar também produtos hortícolas, frutos do cenário negativo, o empresário afirmou que os secos, enchidos, queijos, vinhos, licores, azeite, compotas ou produtores da zona vão assegurar o fornecimento doces caseiros. Pelas ruas da vila histórica, vão estar espalhados na Feira da Castanha de Marvão, que vai decorrer vários magustos onde os visitantes poderão saborear as castanhas nos dias 9 e 10 de Novembro. assadas e os vinhos produzidos na região. O presidente da Câmara de Marvão, Luís Vitorino, A animação do evento está assegurada com a presença de mostrou-se igualmente preocupado com a situação grupos folclóricos, de música popular portuguesa, fanfarras, em que vive o sector na região, explicando que estão grupos de bombos, de cante alentejano, animação circense a ser desenvolvidos vários trabalhos para encontrar e teatro de rua. Para o palco principal estão agendadas as uma solução para o problema. “Estamos a fazer um actuações de Iran Costa, Os Dona Zéfinha, Cristiana Sá & grande esforço para que esta fileira perdure no tempo. Companhia e dos marvanenses Cant’Areias. Nós temos um grande problema que são as alterações climáticas e os castanheiros a sul do Tejo começam a Castanha da região afectada pelo tempo seco sentir isso”, disse. No entanto, avançou o autarca, o município está a realizar trabalhos no terreno com O tempo seco está a prejudicar a produção e a qualidade outras espécies para “tentar perceber” se, além das da castanha na zona de Marvão, no Alto Alentejo, além de se espécies Bária e Clarinha, poderão ser implementadas verificar uma escassa procura por parte dos consumidores. outras variedades na região. “Este ano está complicado, não choveu. A castanha que está O município de Marvão adquiriu aos produtores locais a cair dos ouriços vem seca”, disse o produtor e empresário cinco toneladas de castanha e 1.500 litros de vinho para José Mário. assegurar a realização da Feira da Castanha - Festa do O microclima da Serra de São Mamede, propício à Castanheiro. produção de castanha, já levou a que as entidades que tutelam o sector considerassem a castanha de Marvão 10

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Nos fins de semana de 1,2,3 e 9 e 10 de Novembro

Trancoso realiza Feira da Castanha e divulga Paladares de Outono

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cinco a seis milhões de euros”. Amílcar Almeida justifica a realização, município de Trancoso promove nos fins este ano, do certame em dois fins de semana, porque “a castanha não de semana de 1,2,3 e 9 e 10 de Novembro tem altura certa para ser apanhada”, explica. a Feira da Castanha e Paladares de Outono, O autarca diz que nesta campanha o preço da castanha ao produtor certame que pretende divulgar um dos frutos ronda os 2,5 a 3 euros, considerando que “é uma actividade de grande com maior importância na economia local bem importância para a economia do concelho, pelo que apostámos na como os paladares a ela associados. realização deste certame, com um programa excelente para estes De referir que Trancoso é o concelho com cinco dias”. maior produção de castanha da Comunidade Para além da vertente comercial, com produtores de castanha, Intermunicipal das Beiras e da Serra da Estrela e expositores de outros produtos locais e concursos de doçaria um dos cinco municípios que lideram a fileira da tendo por base a castanha, de destacar a realização de uma castanha com Denominação de Origem Protegida mostra gastronómica que decorrerá em 12 restaurantes da cidade, (DOP) Soutos da Lapa. com pratos relacionados com a castanha e muitos workshops e Terra de grandes feiras e mercados como a Feira conferências sobre a castanha. Haverá jornadas técnicas e também do Fumeiro, a Feira de S. Bartolomeu e a Feira de grandes espetáculos. A música e animação vão estar presentes no Santa Luzia, Trancoso promove a Feira da Castanha evento, destacando-se Ruizinho de Penacova (2 de Novembro) e nos dois primeiros fins de semana de Novembro no Toy (dia 9), como cabeças de cartaz. pavilhão de exposições local. O presidente da Câmara de Trancoso, numa alusão à importância da castanha, diz que o concelho “é responsável por cerca de três mil toneladas de produção de castanha que gera na economia cerca de

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Em Ílhavo de 8 a 17 de Novembro

Festival Gastronomia de Bordo está de volta com sabores dos mares longínquos

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Festival Gastronomia de Bordo está de regresso ao Município de Ílhavo de 8 a 17 de Novembro, que oferece uma ementa repleta de sabores (e saberes) ancorados na cozinha tradicional e bacalhoeira. A Câmara de Ílhavo volta, assim, a promover um Festival que, na sua primeira edição em 2018, registou uma adesão e um impacto bastante expressivos, quer no município, quer na região, mas também em vários pontos do país, dado o número de pessoas que se deslocaram a Ílhavo para saborear as experiências e especialidades gastronómicas apresentadas pelos restaurantes. Com uma programação alargada a dez dias e a participação confirmada, até ao momento, de 19 restaurantes, a segunda edição do festival promete levar à mesa verdadeiras iguarias inspiradas em pratos emblemáticos de bacalhau e seus derivados, como a famosa Chora, uma sopa feita com a cabeça do bacalhau, caldeirada de espinhas de bacalhau ou línguas fritas. A feijoada de chispe, feijão assado, o “pão da pana” e o “queque dos domingos”, entre outros, também faziam parte do “cardápio”, comida retemperante para climas hostis e mares inóspitos enfrentados por heróicos pescadores. O festival enaltece a cozinha tradicionalmente produzida a bordo das embarcações, não só através do paladar, mas também de visitas orientadas e outras experiências, um capítulo emblemático da história portuguesa que tanto impacto teve nas vidas e nas famílias dos ilhavenses ao longo dos últimos séculos: a pesca do bacalhau. Esta iniciativa insere-se numa trilogia de festivais com o mesmo nome, que ocorrem também em Peniche, centrado na pesca costeira (que teve lugar de 18 a 20 de Outubro) e vai acontecer na Murtosa, de 27 de Novembro a 1 de Dezembro, centrado na pesca lagunar. Este municípios do Centro de Portugal, inseridos no projecto “Territórios com História: o Mar, as Pescas e as Comunidades”, um programa cultural assente na valorização do património através de iniciativas que incrementem o turismo e contribuam para o aumento da competitividade regional do Centro de Portugal, sendo co-financiado pelo CENTRO2020, PORTUGAL2020 e pela União Europeia, através do FEDER.

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Nos dias 23 e 24 de Novembro

Feira em Almodôvar divulga cogumelo e o medronho

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Município de Almodôvar, a Junta de Freguesia de São Barnabé e “A Medronheira - Associação de Defesa do Património de São Barnabé” estão a preparar a edição de 2019 da Feira do Cogumelo e do Medronho, evento agendado para os próximos dias 23 e 24 de Novembro. A feira decorre como habitualmente no centro da Aldeia de São Barnabé e tem como principal objectivo a promoção das potencialidades da Serra do Caldeirão e de todo o concelho de Almodôvar, pretendendo contribuir para a sua divulgação a nível turístico e socioeconómico e desenvolvimento sustentado, fundeado nos recursos, artes, ofícios e tradições seculares. Até 11 de Novembro estão abertas inscrições de expositores que queiram integrar o certame, sendo convidados a fazer inscrição todos os produtores legalizados de aguardentes e de licores sediados em Almodôvar ou em concelhos limítrofes, bem como artesãos, produtores, industriais, associações do concelho e de concelhos limítrofes nas áreas do artesanato, produtos agroalimentares, gastronomia, turismo, espectáculos e outras actividades de cariz regional.

Vila Franca de Xira Em novembro

Sabores do Campo à Mesa

NOS RESTAURANTES PARTICIPANTES DO CONCELHO

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De 14 a 17 de Novembro no Mosteiro local

Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais de Alcobaça com muitas novidades

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lcobaça recebe mais uma edição da Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais, este ano com muitas novidades. De 14 a 17 de Novembro poderá degustar o melhor do receituário conventual não só de Alcobaça, mas também de outros mosteiros, conventos e pastelarias, nacionais e internacionais. A Câmara de Alcobaça promove, há mais de duas décadas, a Doçaria Conventual assente na herança e na identidade dos Monges e das Monjas de Cister, senhores dos antigos Coutos de Alcobaça que, em cerca de oito séculos de permanência na região, deixaram como legado a dedicação à terra, à arte e, também, à requintada doçaria conventual. Devido às obras de requalificação do Mosteiro de Alcobaça esta edição terá uma nova entrada – pela Igreja do Mosteiro. Contará ainda com uma tenda que albergará os expositores de licores situada na Praça D. Afonso Henriques - a “Botica dos Monges”. A “Divina Gula”

largas horas de experiências, perceberam que os pontos de calda também permitiam a conservação dos doces. Entre os séculos XVIII e XIX, Portugal era o maior produtor de ovos da Europa. Boa parte das claras dos ovos eram exportadas e usadas para engomar roupas elegantes da corte europeia. Os nomes dos doces conventuais derivam da cultura católica e da vida monástica: são as “barrigas de freira”, os “papos de anjo”, o “toucinho-do-céu”, nomes celestiais que tão bem conhecemos. “Sons do Silêncio” são concertos exclusivos na igreja do mosteiro

No âmbito da XXI Mostra Internacional de Doces & A doçaria conventual portuguesa tem origem nos seus Licores Conventuais e tendo em conta a importância conventos e mosteiros. Pelas mãos dos frades e freiras, monges e monumental e turística do Mosteiro de Santa monjas, criaram-se doces verdadeiramente divinais. Foi a partir Maria de Alcobaça, obra-prima do génio criativo da de 1834, com a extinção das ordens religiosas, que as receitas humanidade, Património Mundial da UNESCO, o saíram dos conventos e passaram de mão em mão, de geração Município de Alcobaça celebra esta herança única em geração, para que, hoje, para nossa “devoção”, as deliciosas presenteando a população com um ciclo de concertos receitas de doces conventuais permaneçam bem vivas na nossa de Coros na Igreja do Mosteiro, a maior igreja monástica mesa. cisterciense e uma das maiores da Europa, trazendo um Os doces conventuais sempre estiveram presentes nas reportório de música sacra e espiritual a esta imponente refeições, por vezes parcas, outras vezes faustosas, que eram sala. servidas nos conventos e nos mosteiros. Os muito apreciados Assim, a majestosa Nave Central do Mosteiro de licores, destilados a partir de bagas e de várias plantas, eram Alcobaça será palco de vários concertos únicos, dos usados para fins medicinais. quais destacamos, em estreia absoluta em Portugal, Os ingredientes principais desta doçaria requintada, feita o coro inglês “The Choir of Saint Paul’s Cathedral” – de de amor, labor, dedicação e muita paciência, são as gemas, o Londres. Haverá ainda oportunidade de ouvir outros coros açúcar e as amêndoas. de referência como o Coro Gregoriano de Lisboa, o Coro Foi a partir do século XVI, com a expansão do comércio Capela Nova e o Coro de Câmara Lisboa Cantat. do açúcar, que os doces atingiram maior notoriedade. O açúcar possibilitava obter vários pontos de calda e as mãos sábias dos que o trabalhavam pacientemente, durante 14

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A 10 de Novembro, em Meruge, no concelho de Oliveira do Hospital

Feira do Porco e do Enchido mostra produtos da terra e gastronomia local

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rroz de suã, feijoada, torresmos e porco JG: Sim, a economia local e regional, pois a maior parte dos no espeto são algumas das iguarias que expositores nem são do concelho. Vêm de Trás-os-Montes, da Beira os visitantes podem degustar na tradicional Litoral e de outras regiões. Feira do Porco e do Enchido, que vai decorrer É, todavia, uma forma de dinamizarmos a economia, que tem boas a 10 de Novembro em Meruge, no concelho repercussões na nossa freguesia, e no concelho, com destaque de Oliveira do Hospital. O palco da feira é a para as instituições que temos em Meruge, como a Associação imponente Lage Grande e o Terreiro do Santo, de Desenvolvimento, da Associação dos Amigos de Meruge ou a onde, à volta da capela, estarão expositores Associação Nossa Senhora do Rosário, pois são elas que promovem de produtos locais, enchidos, queijos, vinho, a gastronomia na feira e é uma fonte de receita para eles. Para além artesanato e os sabores únicos da gastronomia disso, a feira promove e divulga os produtos da nossa agricultura local. Haverá muita animação, este ano com a familiar, que ali estarão para venda. participação de grupos que nunca pisaram aquele palco. GR: A Feira já ganhou raízes e é um marco nesta altura do ano A expectativa da Junta de Meruge para a décima na região? sétima edição do certame é grande, como referiu à JG: Já vamos na décima sétima edição. Na região só a Feira do Gazeta Rural o tesoureiro da Junta. “Esperamos ter, Queijo de Oliveira do Hospital é que supera a nossa. Nós estamos este ano, o tradicional Verão de S. Martinho para limitados ao espaço da Lage Grande, que é um lugar mítico e termos uma grande feira”, referiu Joaquim Garcia. imponente, mas não queremos mudar a feira para outro lugar. E até temos espaço maior, mas não a vamos mudar, porque aquele Gazeta Rural (GR): Há algo de novo na edição lugar é o ex-libris da freguesia. Aliás, a feira tem algum impacto a deste ano? nível nacional devido ao local onde se realiza. Joaquim Garcia (JG): Procurámos em cada edição ter sempre algo de novo. Este ano haverá grupos GR: Que expectativas têm para a edição este ano? novos, que nunca cá estiveram e que vão animar a JG: São muito grandes todos os anos, mas estamos dependentes feira. Quanto a expositores não varia muito dos anos do tempo e à espera que o S. Pedro nos ajude. O ano passado anteriores, com produtos agrícolas provenientes da tivemos muita gente, mas ficámos aquém das expectativas, agricultura familiar, para além dos enchidos, queijos, porque tivemos um grande temporal. Esperamos ter este ano o frutos secos, artesanato e outros. tradicional Verão de S. Martinho para termos uma grande feira. De destacar a componente gastronómica, com alguns Já tivemos edições em que era difícil circular, tantas eram as pratos que já são emblemáticos da nossa feira, como o pessoas que por lá passaram. É isso que esperamos este ano. arroz de suã, a feijoada, os torresmos e o porco no espeto. GR: Este evento é também uma forma de dinamizar a economia local? www.gazetarural.com

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Nos dias 12 e 13 de Fevereiro de 2020, em Valladolid

Expositores portugueses marcam presença na Feira Internacional de Enoturismo

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alladolid, em Espanha, vai receber nos dias 12 e 13 de Fevereiro como a afirmação de uma oferta turística de 2020 a Feira Internacional de Enoturismo (FINE), considerado diferenciada; o reforço da geração de valor no o mais importante evento internacional de enoturismo. O certame já sector da vinha e do vinho e o fortalecimento tem mais de 70 compradores internacionais confirmados, provenientes de um motor de desenvolvimento económico da França, Portugal, Espanha, Itália, Holanda, Noruega, Suécia, Suíça, e de ordenamento do território. Visa também Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, México, estimular as exportações de vinho português, Brasil, Argentina, China, Áustria, Austrália, Dinamarca, Finlândia e contribuindo para o aumento da competitividade Singapura. das empresas nacionais no mercado global. Em Com um perfil do visitante 100% profissional, já estão confirmados 2018 vieram a Portugal 2,5 milhões de turistas diversos expositores portugueses como Turismo do Centro, atraídos pelo enoturismo (mais 300 mil do que Viniportugal, com uma embaixada de produtores vitivinícolas, em 2016), sendo que 80% dos que nos visitam Turismo do Porto e Norte e várias CVR´s. afirmaram que a nossa gastronomia e os nossos A FINE tem um alcance claramente global e atrairá as principais vinhos os farão voltar. Se Portugal acompanhar empresas de vinhos europeias e internacionais como expositores. a evolução verificada noutras regiões do mundo, Na área de exposições de FINE, as empresas de vinho, as estrelas é previsível que nos próximos anos os turistas do evento, serão acompanhadas por organizações regionais de enófilos aumentem os seus consumos nos centros promotores, permitindo os contactos com compradores nacionais de enoturismo nacionais em cerca de 20%. e internacionais e profissionais de turismo, previamente inscritos. O constante desenvolvimento do turismo na Contará com duas áreas exclusivas para networking, “B2B FINE” última década fomentou a criação de oportunidades e “Networking Restaurant”, várias áreas comuns “Be FINE” especiais para um visitante cada vez mais exigente. para partilha de conhecimento e “Wine Bar” para contactos Neste panorama, o enoturismo estabeleceu-se como espontâneos e informais. um produto extremamente rentável a curto e a médio prazo, tal como confirmado por quase 80% das Enoturismo: um produto turístico em alta empresas consultadas para o estudo de viabilidade do negócio do vinho recentemente realizado pela Great O turismo será a principal alavanca de crescimento do sector Wine Capitals. A oferta excede a procura, pelo que o do vinho em Portugal, com o enoturismo a proporcionar um futuro deste sector será marcado por novas estratégias aumento de vendas que pode chegar aos 50%. Os dados de marketing e pela criação de produtos inovadores de apontam para que as vendas à porta das quintas aumentem enoturismo com um forte carácter cultural, que realcem de valor entre 30% e 50% nos próximos cinco anos, uma os valores das regiões vitícolas e vitivinícolas. subida que dará às empresas do sector uma margem A FINE, Exposição Internacional de Enoturismo, será adicional significativa, para além de qualificar a imagem das uma oportunidade ímpar para partilhar experiências, respectivas marcas. num ambiente de negócios estimulante, com o objectivo O enoturismo posiciona-se como uma vertente de desenvolver e alavancar oportunidades de negócio em importante da actividade da indústria do vinho e contribui torno do vinho. para criar valor através de três pilares complementares, 16

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Tem inscrições abertas até 31 de Maio

Guarda prepara edição 2020 da Feira Ibérica de Turismo

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Parque Urbano do Rio Diz, na cidade da Guarda, vai receber de 30 de Abril a 3 de Maio de 2020, a VII Feira Ibérica de Turismo (FIT). A Câmara da Guarda, entidade promotora do certame, tem inscrições abertas até ao dia 31 de Março de 2020 e Cuba será o país convidado. Segundo a autarquia da Guarda, os interessados em participar “podem aceder ao sítio de internet da feira em fit.mun-guarda.pt para consultar o regulamento e aceder às fichas de inscrição”, e podem efectuar a inscrição ou pedir mais informações através do ‘email’ fit@mun-guarda.pt. A FIT é considerada pela organização como sendo o “maior certame de turismo do Interior do país e o único de âmbito ibérico”. Em 2019, na sua sexta edição, a feira “registou mais de 35 mil visitantes, 500 entidades representadas e a maior área coberta de sempre: 11.000 metros quadrados”, refere a autarquia em comunicado. De acordo com a fonte, os principais objectivos da FIT são a promoção do sector do turismo ibérico, fomentar o intercâmbio transfronteiriço, estimular o relacionamento comercial e o progresso dos vários sectores e segmentos da economia e, consequentemente, o desenvolvimento dos territórios. “A feira tem vindo a afirmar-se como uma plataforma transfronteiriça no panorama ibérico dos eventos ligados ao Turismo, uma oportunidade singular de divulgação, promoção, captação e desenvolvimento de fluxos turísticos e de valorização dos recursos endógenos desta vasta e riquíssima região transfronteiriça”, lê-se. O município refere ainda que a Guarda “tem uma localização privilegiada na península ibérica, estando equidistante das duas capitais, entre Madrid e Lisboa, sendo por isso uma plataforma estratégica para a realização de um certame desta natureza”. O certame anual dedicado ao turismo é organizado desde 2014 pela Câmara da Guarda, no Parque Urbano do Rio Diz, e tem por lema “Uma feira. Dois países. O mundo”. www.gazetarural.com

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De 5 a 8 de Novembro, numa organização da ADVID

Douro recebe Conferência Internacional IOBC-Protecção Integrada em Viticultura

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Com uvas das castas Arinto e Alvarinho de 2014

Adega de Borba apresentou novo Montes Claros Espumante Reserva 2014

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ara marcar a época festiva que se avizinha com um vinho de requinte, a Adega de Borba apresenta o novo Montes Claros Espumante Reserva Branco. As uvas de 2014, das castas Arinto e Alvarinho, permitiram criar um espumante bruto com aroma elegante a frutos tropicais e ligeiro fruto seco, que se revela perfeito como aperitivo ou para acompanhar uma refeição. A vindima executou-se na parte da manhã para que a temperatura da uva à entrada na adega fosse óptima. Após o esmagamento e desengace total das uvas, procedeu-se à prensagem, decantação pelo sistema de frio e fermentação alcoólica a temperatura controlada. Seguiu-se uma segunda fermentação do vinho, em garrafa pelo método clássico, com estágio prolongado durante 3 anos. Por fim foi efectuado o dégorgement. O Espumante Montes Claros é um Branco Bruto de bolha fina, aspecto cristalino e cor citrina de nuance amarelada, deixando adivinhar, ainda antes de abrir a garrafa, o seu sabor aveludado, com frescura cítrica que permanece no palato. Este é um espumante com equilíbrio gustativo pela harmonia entre acidez e álcool. Deve ser consumido de imediato ou deixado a estagiar por um período máximo de cinco anos, sendo a temperatura ideal de consumo entre os 6º e os 8ºC. 18

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Conferência Internacional IOBCWPRS “Protecção Integrada em Viticultura” decorrerá de 5 a 8 de Novembro, numa organização da ADVID, sob a égide da International Organisation for Biological and Integrated Control (IOBC). Nos dias 6 e 7 de Novembro, a conferência terá lugar no Teatro de Vila Real e a 8 de Novembro na Quinta da Pacheca. O evento reunirá cientistas, investigadores, técnicos de viticultura e empresas subsidiárias do sector vitícola que desenvolvem ou aplicam estratégias fitossanitárias de protecção integrada ou controlo biológico. Explica a organização que “a protecção das plantas em viticultura é assunto de discussão, devido aos efeitos indesejáveis do uso de pesticidas na saúde humana e no meio ambiente. A UE lançou várias medidas para reduzir os impactos negativos de práticas de gestão intensivas e promover a transição para métodos de gestão fitossanitária mais ecológicos e sustentáveis. A Investigação, neste campo, está a produzir excelentes resultados, mas a sua implementação prática ainda é um desafio”. O Douro será, por estes dias, o palco para a partilha dos principais resultados da investigação conduzida a nível nacional e internacional na área da protecção da vinha, com ênfase na maximização da protecção biológica por conservação, na utilização sustentável dos pesticidas e na avaliação de alternativas ao seu uso. Pretende-se, ainda, identificar áreas de investigação promissoras para o futuro do sector vitivinícola.


Pode ser usada na indústria farmacêutica e cosmética

Investigação da UTAD aponta potencial anti-inflamatório da casta Rabigato

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engaço de uva da casta portuguesa do pé diabético, utilizando como creme anti-inflamatório ou algo desse Rabigato tem potencialidades antigénero”, acrescentou. inflamatória e antioxidante e pode ser usada Com os estudos a decorrerem na aplicação na área da cosmética, Ana na indústria farmacêutica e cosmética, revelou Barros explica que os resultados ainda não podem ser tornados públicos, a investigadora da Universidade de Trás-osapesar de “muito interessantes”, por estar a decorrer uma fase de Montes e Alto Douro (UTAD) Ana Barros. concurso de projecto para co-produção com uma empresa conceituada Os investigadores do Centro de Investigação do Douro. “A ideia é comercializarmos um produto de cosmética no e Tecnologias Agroambientais e Biológicas da âmbito do enoturismo, por uma empresa que tem hotelaria própria e UTAD, em Vila Real, utilizam extractos de engaço terá marca própria”, referiu. de uva, um subproduto vitícola que resulta de A investigação iniciada em 2014 tinha como objectivo inicial cada vindima, para aferirem a sua potencialidade a caracterização do engaço de uva, por haver poucos artigos ao nível farmacêutico ou para a criação de publicados a nível mundial e por representarem 25% dos resíduos produtos cosméticos. orgânicos da indústria vitivinícola. “Apesar de não ser considerado Após o teste em bactérias do trato tóxico, é produzido sazonalmente e em grandes quantidades e pode gastrointestinal, num estudo realizado em 2014 que comprometer a competitividade e sustentabilidade da indústria”, envolveu sete castas, os investigadores entenderam diz. que as potencialidades desta casta utilizada na Num trabalho que tem sempre como base a economia circular região do Douro pode ter uma aplicabilidade ao para valorizar um subproduto que pode ser utilizado com outro nível farmacêutico. “Houve uma casta que se fim, Ana Barros lembra que este pode ser utilizado na área revelou extremamente promissora, a Rabigato, que, da cosmética e na área farmacêutica, como alternativa aos apesar de ser casta branca, apresentou resultados antibióticos, cuja resistência a estes medicamentos é apontada superiores ao próprio antibiótico”, assinalou. pela Organização Mundial de Saúde como uma grande ameaça A investigadora responsável pelo estudo explica à saúde pública. “Não queremos criar novas moléculas, nem que esta casta autóctone portuguesa é muito rica entrar na área da síntese orgânica, queremos aproveitar o que num dímero do resveratrol, utilizado por empresas de existe na natureza dando-lhe um valor acrescentado, seja a nível produtos cosméticos. “Verificámos que, além de ter cosmético, farmacêutico ou por outras indústrias”, concluiu. capacidades como antioxidante, ajuda a diminuir o mau colesterol e o aumentar o bom colesterol”, assinalou. O objectivo agora é fazer ensaios com a vineferina, o composto que a distingue relativamente às outras castas, ou com o extracto completo, em linhas solares da pele para verificar a sua actividade anti-inflamatória, revelou. “Entendemos que poderá vir a ter uma aplicabilidade ao nível farmacêutico, de utilização tópica, tal como utilizamos em outras castas para tratar a ferida www.gazetarural.com

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No Museu do Vinho a 9 de Novembro

Alcobaça recebe Colóquio Internacional sobre Enoturismo

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Museu do Vinho de Alcobaça acolhe a 9 de Novembro mais uma produto único enquanto representante da edição do Colóquio Internacional ‘Enomemórias & Enoturismo, cultura secular do vinho. Ao longo dos tempos, a Os Territórios Culturais do Vinho’. Este ano dedicado à temática dos técnica de produzir vinho foi passada de geração vinhos históricos, o colóquio visa debater a noção actual do território em geração em alguns casos, de forma quase do vinho associado à memória secular, quer no que toca à sua imutável. Não há apenas uma forma de fazer vinho, identidade histórica, cultural, imaterial e material, cujos simbolismos já que a produção varia consoante a tradição local. têm vindo a evoluir com o passar do(s) tempo(s). Esta condição confere uma dimensão territorial, Como se estabelece hoje essa fronteira entre o passado e o devir paisagística e proto tecnológica, diferenciadora da memória vinhateira. De que falamos hoje, quando se fala do(s) e posiciona-os como expressões potenciadoras património(s) histórico(s) do vinho? Estas são algumas das questões de uma patrimonialização do vinho com um forte que especialistas convidados de Portugal, Espanha e Arménia irão cunho identitário para as regiões. debater na véspera do Dia Internacional e Europeu do Enoturismo Nesta posição, encontramos em Portugal um que se comemora a 10 de Novembro. rico lastro patrimonial: vinhos de Talha no Alentejo, O colóquio organizado pela Comissão Instaladora do Museu o vinho Palhete de Vila de Frades, o Colares com do Vinho de Alcobaça e com o patrocínio científico do Instituto as vinhas plantadas em chão de areia, o vinho de Universitário da Maia, contempla ainda no seu programa o Enforcado na região dos vinhos verdes, o Verdelho lançamento da obra científica “Enomemórias & Enoturismo: os nos Açores ou, finalmente, os vinhos de tradição territórios culturais do vinho. Paisagem, museus, comunidade” monástica, como os de inspiração cistercienses de resultante das comunicações proferidas no colóquio iberoAlcobaça, Lamego ou Ourém. americano do ano transacto no Museu do Vinho de Alcobaça. Respeitando as castas autóctones, bem como a arte O evento encerra com a projecção do Filme Mother Vine: A e o engenho da tradição, por vezes quase primitivos, Mátria do Vinho, do realizador norte-americano Ken Payton estão ainda ligados à qualificação e valorização, mesmo cuja obra regista centenas de anos de tradições e costumes do ponto de vista económico, do produto. Importa nacionais na arte de produzir vinho. A participação à gratuita e descortinar então quais os requisitos elementares decorre entre as 10 e as 20 horas na Adega dos Vinhos Tintos. desse cunho valorativo histórico do vinho. Qual a O colóquio visa debater a noção actual do território do sua real expressão e incidência no desenvolvimento vinho associado à sua memória secular, quer no que toca à do(s) território(s) vinhateiros em Portugal e no mundo. sua identidade histórica, cultural, imaterial e material, cujos Perspectivas e realizações patrimoniais seculares na simbolismos têm vindo a evoluir com o passar do(s) tempo(s). paisagem contemporânea do vinho. Como se estabelece hoje essa fronteira entre o passado e o devir da memória vinhateira. De que falamos hoje, quando falamos do(s) património(s) histórico(s) do vinho? Seguindo os processos mais clássicos ou adoptando a modernização, os vinhos históricos mantêm-se como um 20

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Novo espaço de homenagem ao Vinho de Talha

Adega Cooperativa de Vidigueira inaugurou Casa das Talhas e aposta no enoturismo

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Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito (ACVCA) espaço localizado na ACVCA, apresenta também inaugurou a Casa das Talhas, o seu novo espaço de enoturismo a opção de aluguer para eventos, desde festas de que pretende dignificar e valorizar as artes associadas à produção de aniversário a kick-off meetings. vinho de Talha. O evento contou com a presença do ex-secretário de “Pela herança histórica, cultural e o peso Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas e económico que a Adega tem nesta região, do presidente do Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva. consideramos que é uma mais valia investir neste Com um investimento que ultrapassou os 375 mil euros, projecto de enoturismo, onde damos a conhecer o financiado a 90% pelo Programa Valorizar do Turismo de Portugal, processo tradicional de produção do Vinho de Talha, a Casa das Talhas é uma aposta na valorização e dinamização e ao mesmo tempo preservamos uma tradição que do vinho de Talha e da sua produção artesanal, que promove o conta com mais de dois mil anos. A Casa das Talhas desenvolvimento turístico e económico da região alentejana, acrescenta valor à rota de enoturismo do Alentejo e numa altura em que se dá passos para um projecto de candidatura esperamos que contribua para o aumento de número desta prática milenar de vinificação a Património Cultural da de visitantes na região e alavanque o desenvolvimento Humanidade pela UNESCO. económico”, afirma José Miguel Almeida, presidente Na Casa das Talhas - Centro de Valorização e Dinamização do da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito. Vinho de Talha é possível conhecer todo o processo tradicional A partir de Novembro, a Casa das Talhas estará de desta produção artesanal, levado pelos romanos para o Alentejo portas abertas, todos os dias da semana, para receber há dois milénios. A oferta enoturística da Casa das Talhas inclui os visitantes que pretendam usufruir de uma experiência visitas guiadas com provas de vinhos à Casa das Talhas, à Adega, de enoturismo diferente, em torno de um saber milenar, às Ruínas de S. Cucufate, ao Convento de Nossa Senhora das de um vinho de origem em vinhas centenárias. Relíquias e às vinhas centenárias dos produtores, que, nas As vistas são efectuadas por marcação prévia e últimas duas colheitas, têm produzido os Vinhos de Talha da decorrem todos os dias, incluindo feriados, entre as 10 ACVCA com castas brancas tradicionais como a Antão Vaz, e as 16 horas. Roupeiro, Manteúdo, Diagalves, Larião e Perrum. Provas organolépticas e provas exclusivas de vinhos, workshops vínicos, eventos, actuações de cante alentejano, assim como almoços e jantares sob encomenda, feitos à base de especialidades gastronómicas locais e regionais, são outras das actividades promovidas pela Casa das Talhas. Com capacidade para 100 pessoas, este novo 22

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Esta alternativa natural foi já testada e comparada com antibióticos comerciais

Engaço de uva pode ajudar na cura de feridas do Pé Diabético

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m estudo feito por investigadores do meio sólido, os extractos de engaço da casta Sousão apresentam CITAB da Universidade de Trás-osactividade antibacteriana, maioritariamente bacteriostática, ou seja, Montes e Alto Douro está a aplicar extratos de impede o crescimento bacteriano”, explica Ana Barros, investigadora engaço de uva das castas Sousão e Syrah para responsável pelo estudo, e directora do CITAB. avaliar o efeito antibacteriano num conjunto A aplicação destes extractos mostrou um efeito antibacteriano de microrganismos associados às feridas do pé entre 50 a 100%, quando comparados com o efeito do antibiótico diabético. comercial gentamicina. Além disso, os extratos da casta Syrah, na O estudo engloba isolados bacterianos obtidos concentração testada, “afectam a taxa específica de crescimento dos desde Fevereiro de 2009 em mais de 120 doentes, isolados Staphylococcus aureus e revelam um efeito bacteriostático”, no âmbito de um protocolo estabelecido com o acrescenta a investigadora. Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro Os extratos de engaço destas castas apresentam-se assim como e aprovado pela Comissão de Ética do mesmo. uma “alternativa natural com potencial de acção efectiva contra a O potencial biológico dos extratos foi já Staphylococcus aureus”, pelo que o uso na prevenção das infecções avaliado em isolados de úlceras do pé diabético, das úlceras do pé diabético “poderá ser de grande utilidade”, refere nomeadamente Staphylococcus aureus (bactéria a equipa de investigação. que representa a maior ameaça para a Saúde Pública Os resultados obtidos através deste estudo tornam-se ainda e incluído no grupo de prioridade alta pela OMS mais relevantes já que se sabe que a infecção do pé diabético é em 2017 como “agente patogénico prioritário”), uma complicação tardia da diabetes mellitus que, quando não resistente à meticilina - antibiótico utlizado no controlada, pode levar à amputação dos membros. Em Portugal tratamento do pé diabético. Os resultados mostram estima-se que possam ocorrer anualmente cerca de 1.200 que, através do “método de difusão em disco, em amputações dos membros inferiores.

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Segundo Associação Portuguesa de Cunicultura

Campanha de consumo de carne de coelho inverte tendência de queda acentuada

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olvido um ano e meio após o arranque da campanha europeia televisão, cinema, imprensa escrita e online, de promoção ao consumo de carne de coelho, a Associação redes sociais e pontos de venda aderentes. Portuguesa de Cunicultura (ASPOC) fez um balanço positivo da acção, A campanha europeia recorre ao claim “Carne num evento gastronómico que decorreu no espaço FLAT, em Lisboa. de Coelho – Como a vai cozinhar hoje?”, numa Firmino Sousa, presidente da ASPOC, referiu que “ainda que o mensagem simples e directa ao consumidor final, consumo não tenha aumentado de forma expressiva no mercado na qual uma carinhosa e simpática avó, ícone do português, resultou, de acordo com os dados do INE, numa subida conhecimento, mostra ao seu jovem e ousado neto do preço médio (+4,21%) e no aumento do número de abates (+7,6% a infinidade de possibilidades culinárias que a carne em número de animais e +8,3% em toneladas de carne limpa), de coelho permite. invertendo a tendência de queda acentuada registada nos últimos Recorrendo a peças gráficas e audiovisuais, onde anos.” e acrescentou “Apesar de não ser possível quantificar o a realidade e o humor coexistem, o consumo de efeito da campanha em termos de exportação, confirmamos que Carne de Coelho torna-se numa opção que se adapta houve um incremento das trocas intracomunitárias”. ao estilo de vida das novas gerações, graças à sua Para os responsáveis da ASPOC, a campanha serviu também versatilidade culinária, ao baixo teor de gordura, para mobilizar o sector para a necessidade de diversificarem e às proteínas e ainda à facilidade de confecção. A modernizarem as formas de corte e de apresentação do produto importância da Carne de Coelho como elemento e ainda para elucidar os consumidores sobre as vantagens indispensável na nossa dieta alimentar, recai no dietéticas e a facilidade de confecção desta carne branca. conhecimento geracional de uma avó, que conhece e Recorrendo ao apoio do Chef Hélio Loureiro e da Associação ensina mil e uma deliciosas maneiras de cozinhar. Portuguesa de Nutricionistas foi possível sensibilizar jovens Financiada pela União Europeia, a campanha prolongade estabelecimentos de ensino profissional e escolas de se até ao fim de 2020 e tem como principal objectivo hotelaria, para a versatilidade da carne de coelho e para as promover o consumo de carne de coelho de origem suas propriedades dietéticas, conferindo-lhe um estatuto europeia, recorrendo à activação de memórias dos mais moderno. Até ao final do ano serão ainda desenvolvidas consumidores e à passagem de testemunhos geracionais, acções de sensibilização semelhantes junto dos profissionais destacando o valor nutricional e a flexibilidade de da restauração e dos talhos. adaptação desta carne branca aos tempos modernos. Na sessão de balanço da campanha, que contou com a presença de representantes de Entidades Nacionais, da INTERCUN (Organização interprofissional espanhola do sector cunícola), jornalistas, bloggers e parceiros, foram também apresentados os filmes e outras peças promocionais, que em Portugal têm sido visíveis nos meios 24

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“O aumento da temperatura global do planeta potencia alterações no ciclo global da água, aumentando o contraste entre regiões secas e húmidas”, explica Paula Quinteiro. Isto significa que o planeta terá uma dualidade de cenários, nomeadamente em áreas com um aumento de precipitação e com o consequente agravamento do risco de inundação e áreas com uma redução da precipitação e com o consequente aumento do risco de secas. No caso português, as projecções realizadas apontam para uma redução dos níveis de precipitação durante todo o ano, com excepção dos meses de Inverno. Ao longo do território nacional, os investigadores da UA avaliaram as condições de disponibilidade e de escassez de água da Segundo uma investigação da Universidade de Aveiro chuva, considerando diferentes coberturas de solo - agrícola, florestal, urbano e solo predominantemente com vegetação natural. “Na actualidade já se identifica alguma pressão nos recursos de água verde [água da chuva] sendo que esta pressão irá aumentar significativamente no futuro, dando a indicação ntre os anos 2046 e 2065, Portugal continental vai sofrer uma de que em algumas situações, e dependendo diminuição da precipitação média anual de 10% na zona norte e dos requisitos de água necessários para garantir em todo o litoral e de cerca de 30% nas zonas interiores e no sul. As e maximizar o crescimento de vegetação, devem previsões, realizadas na Universidade de Aveiro (UA), apontam para um cenário de escassez de água no ecossistema e, naturalmente, ser implementadas medidas de gestão/captação e para consumo humano. Face ao cenário, os investigadores apelam à eficiência de consumo dessa água”, explica Paula implementação de medidas urgentes para, no futuro, melhor captar Quinteiro, a investigadora que assina o trabalho e gerir a água da chuva. do CESAM juntamente com Sandra Rafael, Bruno “A diminuição severa de água da chuva disponível no solo Vicente, Martinho Marta-Almeida, Alfredo Rocha, pode resultar na diminuição de disponibilidade de água dos rios Luís Arroja e Ana Cláudia Dias. e dos aquíferos, o que numa situação limite pode condicionar Entre as medidas podem, por exemplo, “ser a quantidade de água disponível para consumo humano e do implementados sistemas de recolha de água da chuva ecossistema”, alerta Paula Quinteiro, coordenadora do estudo por forma a garantir a respectiva disponibilidade e investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar para irrigações agrícolas e florestais”. A investigadora (CESAM), uma das unidades de investigação da UA. aconselha ainda a realização de um planeamento Os resultados da investigação antecipam um cenário integrado de uso de solo e disponibilidade de água preocupante se não forem tomadas medidas que resultem da chuva, dos rios e dos aquíferos. Em situações mais na optimização da água disponível. “Os valores médios de prementes, Paula Quinteiro diz que “pode ser necessária precipitação previstos para o período compreendido entre uma realocação do cultivo para zonas com uma maior 2046 e 2065 apontam para uma diminuição média anual da disponibilidade de água da chuva, atendendo também precipitação em Portugal Continental de cerca de 10% na zona às condições do solo e características da vegetação em norte e em todo o litoral e de cerca de 30% nas zonas do interior causa”. e do sul do país”, revelam os investigadores. Estas previsões A pressão nos recursos de água verde em Portugal da precipitação foram realizadas pelo Departamento de Física foi calculada através da metodologia de Avaliação de da UA no âmbito do projecto CLICURB - Urban atmospheric Ciclo de Vida (ACV), no âmbito dos projectos SustainFor quality, climate change and resilience coordenado pelo e SABIOS coordenados pelo grupo LiSAT- Life Cycle Based Grupo de Emissões Modelação e Alterações Climáticas do Sustainability Assessment Tools Team do DAO e financiados Departamento de Ambiente e Ordenamento (DAO) da UA pela FCT. A quantidade de água verde evaporada e e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia transpirada pela vegetação foi calculada tendo por base os (FCT). dados climáticos presentes e futuros simulados, por forma A redução da precipitação em território nacional está a compreender o potencial impacte de consumo de água relacionada com o fenómeno das alterações climáticas. verde pelas plantas na escassez deste recurso.

Diminuição da pluviosidade coloca em causa ecossistemas

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Uma investigação da Universidade de Aveiro

Descoberto papel essencial do musgo na gestão de solos queimados

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s musgos têm um papel fundamental O investigador, autor do trabalho a par com os investigadores do CESAM na conservação do solo afectado Diana Vieira e Jacob Keizer, e de Els van der Spek, da Universidade de por um incêndio florestal e, por isso, o Wageningen (Holanda), garante que “os musgos podem ser encarados seu crescimento deve ser estimulado. A como ‘engenheiros’ de ecossistema naturais que constituem o primeiro descoberta da Universidade de Aveiro (UA) passo para a preservação da fertilidade dos solos, proporcionando todas prova que os musgos não só previnem a as condições para o desenvolvimento da biodiversidade subsequente”. erosão dos solos como retêm a humidade e “Os musgos são espécies pioneiras em solos recentemente ardidos, conservam a fertilidade da terra. embora a sua proliferação dependa de condições ambientais específicas”, A investigação do Departamento de refere Flávio Silva. No entanto, o estudo sugere que estimular o Ambiente e Ordenamento (DAO) e do grupo desenvolvimento de musgos em áreas ardidas pode ser um importante de Planeamento e Gestão do Zonas Costeiras instrumento de gestão de solos após incêndios florestais. “Os musgos (CZPM) do Centro de Estudos do Ambiente e do são espécies vegetais cosmopolitas e desenvolvem-se muito bem em Mar (CESAM) da UA quantificou, pela primeira solos pobres e, por isso, a sua proliferação é fácil e rápida, requerendo vez em Portugal, o papel ecológico dos musgos apenas alguma humidade e luz solar baixa ou moderada”, explica o na conservação do solo após incêndios florestais. investigador, acrescentando que “como são tolerantes a contextos Realizado no âmbito do projecto RECARE, o de seca extrema, embora pareçam mortos quando sujeitos ao calor, estudo demonstrou que os musgos previnem a basta alguma humidade para que se reabilitem, e os esporos também erosão em áreas ardidas, ajudando a consolidar continuam viáveis”. a estrutura dos solos, a reter a sua humidade e a À venda no mercado, podem ser encontrados esporos de várias conservar a sua fertilidade. espécies de musgos. A abordagem indicada para utilização de Na investigação, os cientistas da UA musgos para prevenção da erosão pós-incêndio passa por incluir monitorizaram, durante um ano, uma encosta de esses esporos ou fragmentos triturados de musgo seco, a baixo uma plantação florestal ardida, na qual ocorreu uma custo adicional, nos lotes de misturas de sementes já habitualmente colonização espontânea de musgos nas primeiras utilizados em medidas de estabilização de emergência póssemanas após o incêndio florestal. incêndio. Normalmente esta técnica de sementeira, lembra Flávio Foi quantificada a escorrência superficial induzida Silva, “é aplicada por hidrossementeira [mistura de água com as pela chuva, assim como a perda de sedimentos e de sementes e outros componentes que promovem a estabilização matéria orgânica, em parcelas de solo com diferentes do solo] ou por helicóptero como se tem feito nos Estados frações de musgo na sua cobertura. Estes parâmetros Unidos”. foram correlacionados com a evolução do coberto No entanto, para diminuir os custos operacionais, e tal como vegetal ao longo do primeiro ano após incêndio e deve acontecer com todas as medidas de estabilização de mostraram que o desenvolvimento de uma cobertura emergência pós-incêndio, os investigadores aconselham que se anual média com 67 por cento de musgos permitiu devem identificar previamente as áreas mais críticas sujeitas a reduzir a erosão anual em 65 por cento (de 1150 para erosão e fazer a aplicação da sementeira apenas nessas áreas. 400 quilogramas de solo por hectare). Como os musgos se desenvolvem rapidamente, eles retêm Enquanto recurso não renovável, aponta o investigador o solo e a humidade necessários para o desenvolvimento Flávio Silva, “o solo é um compartimento ecológico posterior de plantas vasculares. estratégico que está nas prioridades da agenda de O estudo, publicado na revista Ecological Engineering, foi políticas europeias, sendo a sua conservação fortemente destacado pela Comissão Europeia na importante newsletter encorajada”. Science for Environment Policy. www.gazetarural.com

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Flashes Mortรกgua: Aldeia de Quilho promoveu a castanha o mel e (muita) gastronomia

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O melhor, com baixo teor alcoólico

Licor produzido em Proença-a-Nova conquista prémio em Londres

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85% da sua produção, mostra-se naturalmente orgulhoso deste licor Espírito da Floresta, produzido na prémio, resultado de quatro anos de trabalho num produto que é cozinha partilhada dos Montes da Senhora feito localmente e com matérias-primas do concelho de Proençapela empresa Wild Bunch & Co., conquistou o a-Nova. “Ser nomeado para este prémio pelos media e comércio é prémio The Finest New Low-Alcohol Spirit (o melhor particularmente gratificante para nós”, refere. Katherine Benton, licor com baixo teor alcoólico numa tradução livre), da Lux, justificou a atribuição do prémio com o facto de o licor atribuído pela Lux Life 2019 Food & Drink Award que Espírito da Floresta da Wild Bunch & Co., com baixo teor alcoólico, premeia projectos de todo o mundo, especialmente se relacionar com “o gosto, o estilo e as crenças do consumidor os que se conseguem adaptar às necessidades do actual, mais consciente, ao apresentar um produto natural que consumidor moderno. utiliza ingredientes locais e design contemporâneo. E fazem-no “É sempre com satisfação que recebemos a partir do Centro de Portugal, o que significa que trabalham de notícias deste género, sinal de que havendo forma sustentável”, refere empreendedorismo os nossos recursos podem ser Os licores com sabor a folha de figo, Espírito da Floresta e transformados com inovação, dando origem a produtos limão queimado da Wild Bunch & Co. podem ser encontrados no de elevado valor acrescentado”, revela João Lobo. Para supermercado Meu Super, em Sobreira Formosa, estando para o presidente da autarquia é de destacar a utilização de breve o licor de folha de louro. um equipamento municipal que dá condições a que pequenos projectos possam cumprir com as exigentes normas de segurança e higiene alimentar, beneficiando ainda do Sistema Municipal de Segurança Alimentar que é prestado de forma gratuita pela autarquia, além de que a cozinha se encontra equipada para dar resposta a várias actividades agroalimentares. Mais informações estão disponíveis no Gabinete de Apoio ao Agricultor e Empresário do Município. Mark Walker, co-fundador da empresa que exporta www.gazetarural.com

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Presente na Web Summit, em Lisboa

Sustainable Fast Track UK quer atrair empresas com soluções sustentáveis para o Reino Unido

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ustainable Fast Track UK é o maior programa europeu de sustentabilidade, promovido em 25 países da Europa, com vista a atrair empresas com soluções sustentáveis para o Reino Unido. No âmbito da Web Summit, responsáveis por esta iniciativa vêm a Lisboa para reunir Portuguese Forest Fund foi com algumas empresas e dar-lhes a conhecer o programa, que tem aprovadopela CMVM candidaturas abertas até ao dia 29 de Novembro. O Sustainable Fast Track é um novo programa do Department for International Trade (DIT) do Reino Unido para atrair empresas com soluções sustentáveis, sejam produtos ou serviços, em seis áreas distintas – serviços financeiros, agricultura, economia circular, infraestruturas, energia e cuidados de saúde – e que se queiram basear no Reino Unido para fazer crescer os seus projectos. Aos vencedores é garantido apoio em todo o processo de fixação no país, um escritório em Londres, aconselhamento legal, acesso a financiamento e a oportunidade de se tornarem membros premium do Hub Digital da Sustainary, uma comunidade mundial que junta líderes com preocupações ambientais. Adicionalmente, as empresas podem também ter a possibilidade de entrar nos mercados africanos em crescimento, ao abrigo de um protocolo do Reino Unido. A todos os candidatos que se inscrevam online, até ao dia 29 de Novembro, mas fundo de investimento privado ‘Portuguese que não se figurem vencedores, a organização também assegura Forest Fund’ foi aprovado pela Comissão apoios, que passam por descontos significativos na instalação em do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e quer espaços empresariais em Londres e acesso ao Sustainary Digital atingir os 100 milhões de euros de investimento na Hub (basic membership). floresta portuguesa. De todos os candidatos, um júri composto por dois representantes Trata-se de uma iniciativa privada de criação de de cada um dos 25 países participantes irá escolher 100 finalistas, um fundo de investimento de longo prazo no sector a anunciar em meados de Dezembro. Os grandes vencedores florestal que resulta da conjugação de esforços serão conhecidos numa cerimónia a 21 de Janeiro, em Londres. entre a CMVM, enquanto entidade supervisora, a “Este é um programa que responde às necessidades e desafios Lynx Asset Managers, sociedade gestora de fundos que sentem as empresas com soluções e produtos sustentáveis de investimento, a Smart Forest, empresa promotora e que querem expandir internacionalmente. Através desta vocacionada para a gestão florestal e a Crowe, iniciativa, o Reino Unido facilita todas as questões operacionais, especialista na área da consultoria financeira. garantindo não só a o acesso a financiamento sustentável (green Segundo o comunicado, “durante mais de dois anos foi desenvolvido um trabalhado conjunto entre as finance) mas também aos canais e projectos de expansão para quatro entidades que culminou com a autorização para os mercados globais emergentes”, explica Christina Liaos, a constituição de um fundo de investimento alternativo directora da rede de investimento do DIT na Europa e directora especializado, focado na gestão profissional das áreas dos mercados nórdicos e bálticos. florestais e na rentabilização e aproveitamento dos Para dar a conhecer a iniciativa, além de marcar presença recursos endógenos”. na Web Summit, no Stand E442 do Pavilhão 4, o DIT irá reunir A meta de 100 milhões de euros de investimento a com algumas empresas e irá promover o programa, no dia 5 longo prazo é orientada, sobretudo, para a instalação e de Novembro, no auditório da Beta-i. No dia 6 de Novembro, gestão de 50 mil hectares de povoamentos de espécies terá num almoço de networking no Hotel VIP Arts em de crescimento lento e autóctones. O prazo de duração Lisboa. O Sustainable Fast Track UK é organizado pelo DIT do ‘Portuguese Forest Fund’ é de 20 anos, podendo ser em parceria com a associação Sustainary, a Impact, a RSM prolongado até aos 40 anos. e a Bates Wells.

Fundo privado quer atingir 100 milhões de euros de investimento na floresta portuguesa

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Apresentado o plano estratégico para a apicultura do arquipélago

Governo dos Açores quer sector apícola mais forte e sustentável

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secretário regional da Agricultura do Governo dos Açores, João Ponte, afirmou, no final da apresentação do plano estratégico para a apicultura, que pretende um sector apícola “mais forte”, “melhor organizado” e “sustentável”. “O grande objectivo desta estratégia é termos no futuro um sector apícola mais forte, melhor organizado, que gere rendimento e que seja sustentável. Na verdade, com esse plano nós queremos desde logo reforçar as questões da sanidade, que são aspectos fundamentais para termos abelhas saudáveis a produzirem produtos de qualidade”, afirmou à Lusa João Ponte, após a apresentação do documento, que decorreu no Serviço de Desenvolvimento Agrário da ilha de São Miguel, em Ponta Delgada. O membro do executivo açoriano assinalou que é “importante” unir um sector apícola que está “muito fragmentado”. “Um outro aspecto, que me parece também importante, tem a ver com o associativismo. Um sector que, apesar de poucos apicultores, está muito fragmentado, não quero dizer dividido. É importante que seja capaz de se unir para no fundo. Se tiverem unidos são mais fortes, e sendo mais fortes é mais fácil cumprir os objectivos que o sector tem em termos de aumentar o número de agricultores, aumentar a produção de mel”, avançou. O secretário regional frisou a importância da apicultura para o desenvolvimento de outras áreas agrícolas. “A apicultura tem um contributo muito importante no desenvolvimento das áreas da horticultura e floricultura. Daí que se tivemos uma apicultura mais forte, melhor organizada e com níveis de sanidade superiores, no futuro estamos a contribuir de forma indirecta para desenvolvimento do sector da diversificação agrícola”, apontou. A apresentação do plano estratégico para a apicultura nos Açores foi feita pelo técnico da secretaria regional da Agricultura e Florestas José Carlos Oliveira. Na sessão elencou quatro objectivos estratégicos para o sector na região: “assegurar a sanidade”, “promover a partilha de informação e de conhecimento científico”, “fortalecer o associativismo” e “aumentar a procura dos produtos apícolas regionais”. www.gazetarural.com

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Associação vai ter congresso a 29 e 30 de Novembro em Vila Real

Municípios portugueses dizem estar na hora de criar as regiões

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s municípios portugueses consideram que está na hora de todos, mais acolhedor, mais estimulante e mais “ultrapassar o tabu da regionalização” e vão empenhar-se para atento às diversas componentes que afectam a concretização das regiões administrativas, afirmou o presidente da a sociedade contemporânea nos dias de hoje, Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Manuel desde a demografia, organização do território, Machado. organização do Estado nas suas funções essenciais O Conselho Directivo da ANMP reuniu-se em Vila Franca de Xira, e as autarquias fazem parte do Estado”, salientou. num encontro descentralizado, que teve como foco a preparação A discussão no congresso, acrescentou, “será o do XXIV Congresso da organização, que se realiza em 29 e 30 de arranque para um novo fôlego para o processo da Novembro em Vila Real. regionalização em Portugal”. No final do encontro, Manuel Machado salientou que o Outro dos temas que os autarcas querem também próximo congresso “propicia a discussão política de temas que desenvolver vai ser a “dignificação do Estatuto dos são muito importantes” para o poder local, como “consolidar a Eleitos Locais”, porque, “para melhoria do regime descentralização, afinar os detalhes que ainda é preciso afinar, democrático, é importante desenvolver, aperfeiçoar, porque há aperfeiçoamentos muito importantes a introduzir actualizar o Estatuto dos Eleitos Locais, que têm sido em determinadas componentes sectoriais em que as coisas têm frequentemente maltratados e injustiçados”. de ter um impulso mais forte”, nomeadamente nas áreas da Escolhido o novo Governo, Manuel Machado educação e da saúde. sublinhou que “é a altura de serem tratados Segundo o autarca, esta aposta na “consolidação da condignamente os eleitos locais”, que estarão descentralização” tem em vista o “grande objectivo” que é a “prontos como sempre” para ajudar Portugal a vencer regionalização. dificuldades. “Pessoalmente desejo boa sorte à vida dos “É tempo de ultrapassar o tabu da regionalização, governantes, do Governo em geral, porque precisamos depois de um referendo - naturalmente pelo referendo, de um olhar especial sobre a realidade portuguesa e novamente. Empenhar-nos-emos em que a regionalização das políticas públicas a empreender, mas, naturalmente, seja efectivamente realizada no nosso país para o a decisão, a constituição de um Governo é sempre desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional, uma responsabilidade directa do primeiro-ministro, em de modo que, sempre com base no poder local democrático, articulação com o senhor Presidente da República. Nós se possam dinamizar novas políticas solidárias integradoras apoiamos, apoiaremos naquilo que considerarmos justo e de proximidade pela regionalização democrática”, afirmou. merecedor de atenção. O nosso próximo congresso vai ser O presidente da ANMP realçou que “isto implica um mesmo um sinal nesse sentido”, sublinhou. modelo de desenvolvimento do país” que irá ser discutido no A ANMP realiza congressos de dois em dois anos - um congresso. “Tudo isto fazemo-lo porque é nossa preocupação logo a seguir às eleições autárquicas, no qual são eleitos os permanente desenvolver Portugal, ter um país melhor para seus dirigentes, e outro a meio do mandato de quatro anos. 32

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Nos concelhos de S. Pedro do Sul, Castro Daire, Vouzela e Tondela

CIM Viseu Dão Lafões vai sinalizar quatro circuitos de Subidas Épicas

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Comunidade Intermunicipal (CIM) altitude, ter uma diferença de cota igual ou superior a 500 metros, ter um Viseu Dão Lafões vai implementar declive médio igual ou superior a 4% e ter, pelo menos, 20% da distância a estruturação de quatro circuitos de com inclinação igual ou superior a 10%. Subidas Épicas no território da região Viseu Estes percursos fazem parte do projecto Bike Roads, que visa a Dão Lafões. Do projecto fazem parte as promoção das estradas como produto turístico, tendo em vista a sua subidas S. Pedro do Sul – Alto da Coelheira utilização na prática do ciclismo ou cicloturismo. O objectivo final é (S. Pedro do Sul), Ponte Pedrinha – Portas de trazer para a estrada os destinos com maior potencial para este tipo de Montemuro (Castro Daire), Campo de Besteiros turismo desportivo em Portugal e fazer deles uma ferramenta crucial – Caramulinho (Tondela) e Vouzela – Adsamo para a captação do público-alvo ao longo do ano. Esta dinâmica surge (Vouzela). como resposta ao crescimento de aficionados pela prática do ciclismo No território abrangido pela região Viseu em todo o mundo, em especial do ciclismo de estrada. Dão Lafões encontram-se algumas das maiores A caracterização e implementação de sinalética informativa montanhas do nosso país, algumas delas servidas nas subidas mais carismáticas de Portugal é uma mais valia para com uma rede de estradas de acesso aos seus a valorização do país e dos territórios de montanha onde elas são pontos mais altos, com características que implementadas como destino para este nicho do turismo desportivo encaixam na perfeição nos critérios que definem as ligado ao ciclismo, numa aposta que segue um modelo amplamente Subidas Épicas. S. Macário, Gralheira, Montemuro implementado em zonas turísticas de montanha no estrangeiro. e Caramulo são já nomes carismáticos na geografia Para Nuno Martinho, secretário executivo da CIM Viseu Dão Lafões, montanhosa de Portugal e são também referências este projecto “vem mais uma vez reforçar a estratégia de Turismo para quem gosta de desafios neste tipo de cenário. de Natureza que a CIM Viseu Dão Lafões está a implementar no A selecção destes percursos teve como base território, através da criação de um produto compósito de turismo o facto de cumprirem os critérios para serem de natureza que associa percursos pedestres com as grandes e consideradas “Subidas Épicas”: uma distância igual pequenas rotas, as ecopistas, as subidas épicas e os centros de ou superior a 6 km, terminar acima dos mil metros de BTT e Trail”.

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Nas Jornadas Equestres Transfronteiriças

De Novembro deste ano a Abril de 2020

Geopark Terras de Cavaleiros vai promover produtos endógenos

Feira do Cavalo de Ponte de Lima apresentada em Almeida

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Municipio de Ponte de Lima apresentou a Feira do Cavalo nas Jornadas Equestres Transfronteiriças de Almeida e Ciudad Rodrigo, que decorreram em Almeida. O programa incluiu a apresentação das temáticas “Turismo Equestre Geopark Terras de Cavaleiros vai promover, de Novembro – Uma aposta transfronteiriça na valorização de deste ano a Abril de 2020, uma série de eventos gastronómicos territórios de baixa densidade” e “Feiras Nacionais que visam a divulgação e promoção dos produtos endógenos deste e Internacionais – Impacto Económico Directo e Geoparque Mundial da UNESCO. Indirecto nos Territórios”. No que diz respeito à gastronomia em Terras de Cavaleiros tudo Neste âmbito abordaram-se os impactos de feiras é bom, do regional ao convencional. Os restaurantes espalhados nacionais e internacionais nos territórios, a utilização pelo concelho, uns com mais requinte que outros, mas todos com do cavalo para fins terapêuticos, o cavalo como gastronomia autêntica, onde se podem apreciar os enchidos elemento cultural dos dois países na zona raiana e as (salpicão, linguiça, bucheira, alheira, azedos, botelo), o cabrito, dificuldades e oportunidades dos criadores de pura a carne de porco, as castanhas, os folares, a posta de vitela raça na região. (Mirandesa) os vinhos e aguardentes da região, o afamado azeite O Município de Ponte de Lima tem apostado que acompanha praticamente todos os pratos. estrategicamente no cavalo como factor de A caça e a pesca são dois dos pratos de substância deste dinamização e promoção económica de uma forma território. Os seus rios, ribeiras e barragens são abundantes de directa e objectiva e que atrai ao concelho milhares de peixe saborosíssimo. Quanto à caça, a zona continua a dar boa pessoas, de todo o país e de vários países do mundo, conta de si e a criar bastantes perdizes, tordos, lebres e coelhos, à Feira do Cavalo de Ponte e aos restantes eventos equestres. e para os amantes de caça grossa, o famoso javali. Para que A Feira foi apresentada como um caso de estudo todos possam deliciar-se com estes repastos o Geopark Terras nacional pelo retorno directo e indirecto para a economia de Cavaleiros, juntamente com os restaurantes aderentes, local, a par da visibilidade internacional que projecta a organizam Rotas Gastronómicas, com datas específicas. Vila Mais Antiga de Portugal, como um Destino Equestre “Castanhas com...” - 1 a 3 Novembro; “Festival das Sopas e Doces” - 7 de Dezembro; “Gastronomia a Norte “ - 14 e 15 de Internacional. Dezembro; “Fim-de-semana Gastronómico do Azedo” - 10 a As Jornadas foram Promovidas pelo Município de 12 Janeiro; “Rota do Javali” - 30 de Janeiro a 2 de Fevereiro; Almeida em colaboração com o Ayuntamiento de Ciudad “Festival do Grelo” - 22 a 25 de Fevereiro; “Rota das Casulas Rodrigo – Espanha, e com o apoio e patrocínio da Comissão e do Butelo” - 20 a 22 de Março e “Cabrito à mesa” - 11 e de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro 12 de Abril. (CCDRC) e da Junta de Castilla y León.

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Nos dias 23 e 24 de Novembro

Aguiar da Beira prepara edição 2019 do Certame Gastronómico do Míscaro

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pavilhão municipal de Aguiar da Beira volta a receber mais uma edição do Certame Gastronómico do Míscaro, evento que pretende promover e divulgar a gastronomia associada ao míscaro amarelo, abundante no concelho, mas também a outros produtos da terra. “Continuamos a apostar na divulgação dos produtos endógenos como forma de divulgar o território. Tem sido este o espírito do certame e continua a ser nesta sétima edição”, afirmou Anabela Melo, da Divisão Sociocultural de Turismo e Desporto da Câmara de Aguiar da Beira, responsável pela organização. E no evento haverá míscaro. Aliás, “já há bastantes”, mas “na altura do certame haverá mais”, adiantou. A autarquia de Aguiar da Beira tem procurado sensibilizar os apanhadores de cogumelos silvestres para os cuidados a ter com a colheita dos mesmos. “Nas nossas redes socias há um documento, produzido pelo Gabinete de Micologia, a alertar para os cuidados com a colheita”, refere Anabela Melo, acrescentando que no passeio micológico, realizado no âmbito do certame “há sempre o cuidado de alertar os participantes para as normas de colheita no sentido de preservar as espécies”. O míscaro já se tornou num produto turístico, isto porque muitas pessoas demandam o concelho para colher, mas também para degustar nos restaurantes da região. “Já se vêm por aí grupos, nos nossos pinhais, a fazerem a colheita do míscaro”, refere aquela responsável, lembrando que, para potenciar este produto endógeno, o município criou a Rota do Míscaro, um percurso pedestre cuja modalidade de base é a Orientação. Aliamos esta promoção turística à promoção da modalidade desportiva”. Este passeio micológico terá lugar no dia 24 de Novembro. De referir que a animação do certame está a cargo de Ruizinho de Penacova (dia 23) e Raízes da Terra (dia 24). Destaque na tarde do último dia para o III Festival de Folclore do Míscaro.

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A 15 de Novembro no Centro de Interpretação da Serra da Estrela

Seia recebe seminário sobre as alterações climáticas

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Município de Seia, na qualidade de membro da Rede de Municípios para a Adaptação Local às Alterações Climáticas, recebe no próximo dia 15 de Novembro o III Seminário Nacional de Adaptação Local às Alterações Climáticas - adapt.local.19. O debate em torno do desafio de adaptação às alterações climáticas vai decorrer no Centro de Interpretação da Serra da Estrela e é dirigido ao público em geral, mas em particular aos autarcas, técnicos, estudantes e investigadores. O programa junta especialistas, personalidades de reconhecido mérito e autarcas na apresentação de experiências e partilha de soluções em torno da premente discussão no domínio das alterações climáticas. Além das apresentações, o seminário conta também com um conjunto de workshops de capacitação técnica, com abordagens transversais a problemas climáticos recorrentes, como cheias e inundações, ondas Promove práticas sustentáveis de calor, a importância do planeamento territorial, contribuindo para a melhoria do conhecimento e a capacitação dos participantes. A Rede de Municípios para a Adaptação Local às Alterações Climáticas - adapt.local constitui uma parceria liderada por municípios, mas que envolve também instituições de ensino superior, centros de investigação, organizações não-governamentais e empresas, com a finalidade de dinamizar a adaptação local às Alterações Climáticas em Portugal. A adapt.local foi criada a 9 de Dezembro de 2016 pelos 30 municípios portugueses que dispunham de documentos de planeamento estratégico municipais de adaptação às alterações climáticas, através da assinatura da ‘Carta de Compromisso da Rede’, designadamente: consultora agrícola Espaço Visual, líder de Almada, Amarante, Barreiro, Braga, Bragança, Cascais, Castelo mercado, vai lançar um curso inovador de Branco, Castelo de Vide, Coruche, Évora, Ferreira do Alentejo, práticas agrícolas, com o objectivo de fornecer aos Figueira da Foz, Funchal, Guimarães, Ílhavo, Leiria, Lisboa, Loulé, jovens agricultores as ferramentas adequadas para Mafra, Montalegre, Odemira, Porto, São João da Pesqueira, Seia, tornarem os seus projectos de negócios em linha Sintra, Tomar, Tondela, Torres Vedras, Viana do Castelo e Vila com as tendências dos mercados. Franca do Campo. Chama-se ‘Agroecologia’ e trata-se de uma ciência agrícola sustentável que visa promover critérios A rede assume como missão desenvolver em Portugal um de produção de alimentos, de forma a garantir a processo contínuo de elaboração de Estratégias Municipais de sustentabilidade do meio ambiente. Adaptação às Alterações Climáticas, aumentando a capacidade O curso, que arranca a 4 de Novembro, é composto dos municípios portugueses e de outras entidades, públicas ou por 50 horas de formação, a cargo de Luísa Gonçalo, e privadas, em incorporar a adaptação às alterações climáticas pretende dar a conhecer esta ciência agrícola e partir nas suas políticas de actuação, nos seus instrumentos de à descoberta dos alimentos do futuro que irão permitir planeamento e nas suas intervenções. alcançar a sustentabilidade do meio ambiente. A Espaço Visual aposta neste curso inovador porque a agroecologia é uma prática em plena expansão, cujo interesse tem aumentado, assim como, as pesquisas em centros e projectos, de forma a trabalhar as suas características, tanto técnico-científicas, como sociais. A consultora agrícola está consciente da necessidade dos produtores adoptarem medidas mais sustentáveis. Além da produção de alimentos e de outros produtos assentes no esgotamento do solo e dos recursos ambientais, a agroecologia é praticada como uma ferramenta para a auto-subsistência e segurança alimentar.

Espaço Visual lança curso agrícola inovador de ‘Agroecologia’

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Integra cinco municípios alentejanos

Criada a Bio Região da Margem Esquerda do Guadiana

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s municípios de Serpa, Barrancos, Mértola, Moura e Mourão, no Alentejo, criaram a Bio Região da Margem Esquerda do Guadiana (MEG) para a gestão sustentável de recursos com base em modelos de produção biológica certificados. O documento que oficializou a criação da quarta bio região em Portugal foi assinado durante a sessão de adesão da MEG à Rede Internacional de Bio Regiões, explicou a Câmara de Serpa. Segundo este município alentejano, na sessão foi assinado o regulamento interno da MEG e entregue o certificado da adesão àquela rede internacional, que reúne cerca de 50 territórios bio existentes em todo o mundo. “A MEG assume uma estratégia conjunta para a gestão sustentável dos recursos com base em modelos de produção certificados em modo de produção biológico” e “no respeito e na valorização dos recursos locais”, explica o município. De acordo com a autarquia, “a força deste modelo é assente numa estratégia” que envolve agricultores, associações, empresários de turismo e outros sectores económicos e escolas, os quais, “em articulação com o poder local, cumprem objectivos comuns que permitem apresentar e defender o território como um colectivo comprometido com as produções biológicas”. A Câmara de Serpa refere ainda que, ao abrigo do Programa de Desenvolvimento Rural de Portugal para o período de 2014-2020 (PDR 2020), já foi aprovado um pedido de apoio que garante financiamento para a dinamização da Bio Região da MEG na fase inicial. www.gazetarural.com

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Produtores de fumeiro participaram em acção de formação

Boticas prepara Feira Gastronómica do Porco 2020

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município de Boticas promoveu mais uma acção de formação no âmbito da Feira Gastronómica do Porco, com o intuito de valorizar cada vez mais a produção do fumeiro tradicional, através do cumprimento das regras sanitárias estabelecidas e sob o máximo rigor, o que permite obter produtos de excelente qualidade. Dividida em três sessões ao longo do dia, a acção contou com a participação de cerca de 40 produtores de fumeiro inscritos na vigésima segunda edição do certame, que se realiza de 9 a 12 de Janeiro de 2020, no Pavilhão Multiusos de Boticas. O tema da acção, “Produtos cárneos curados. Optimização das condições de cura e secagem visando a redução de defeitos sensoriais e riscos para o consumidor”, permitiu aos participantes adquirir novos conhecimentos relativamente à forma como o fumeiro e os enchidos são produzidos, secos e apresentados ao consumidor final. As sessões foram moderadas pelo médico veterinário municipal, João Paulo Costa, e ministradas por Luís Patarata, docente do Departamento de Ciências Veterinárias da Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro, e por Maria João Fraqueza, professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa. Carne Barrosã e Mel de Barroso galardoados no concurso “Great Taste” Pelo quarto ano consecutivo, a Carne Barrosã e o Mel de Barroso, dois produtos com Denominação de Origem Protegida (DOP) e cuja gestão e comercialização estão a cargo da Cooperativa Agrícola de Boticas (CAPOLIB), foram distinguidos com três estrelas, no concurso “Great Taste” 2019. À semelhança do que aconteceu nos anos anteriores, os produtos barrosões voltaram a surpreender os jurados pelo excelente sabor e qualidade, motivos pelos quais foram 38

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reconhecidos com medalhas de três estrelas, sinónimo de produto de excelência e requinte. Estas distinções foram atribuídas após os produtos terem sido sujeitos a uma rigorosa avaliação, encetada por um júri constituído por vários especialistas, que analisaram as qualidades de cada produto, através de provas cegas. Também em 2019, a Carne Barrosã foi novamente premiada com a medalha de ouro no Concurso Nacional de Carnes Tradicionais Portuguesas com Nomes Qualificados, sendo o Mel de Barroso galardoado com a medalha de bronze no Concurso Nacional de Méis, eventos que decorreram no passado mês de Junho, no CNEMA – Centro Nacional de Exposições, em Santarém. O presidente da Câmara de Boticas demonstrou a sua satisfação e orgulho por, mais uma vez, “os produtos do concelho serem distinguidos com prémios tão importantes, que demonstram a qualidade e valor daquilo que por cá se produz, dando ainda mais força a este território classificado como Património Agrícola Mundial”, afirmou Fernando Queiroga. “Estas distinções são também um reconhecimento para os produtores e associações que se dedicam e contribuem para a preservação e desenvolvimento do sector agropecuário no nosso concelho e na região”, acrescentou o autarca.


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