Gazeta Rural nº 353

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Fogo-de-artifício da passagem de ano em Viseu ‘viaja’ pelos grandes êxitos do cinema Feira Gastronómica do Porco 2020 terá quatro dias

Ferreira do Zêzere abre o ano com o IX Festival Gastronómico das Migas Festival ‘Geada’ promete aquecer o Inverno em Miranda do Douro

Mensagens recebidas Conservante natural sem toxicidade para vinhos vence distinção Born from Knowledge

Eventos ‘Wine in Azores’ já têm datas marcadas para 2020 Em 25 anos ADD “financiou mais de 300 projectos”, diz Emanuel Ribeiro Consórcio europeu desenvolve colmeias inteligentes de baixo custo

Regantes criam nova ferramenta para optimizar uso da água e da energia na agricultura Rendimento da agricultura deverá aumentar 5,8% em 2019

Jovens são imprescindíveis para uma agricultura mais forte e competitiva

Ficha técnica Ano XV | N.º 353 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Paulo Barracosa | Rita Barata | Catarina Simões Departamento Comercial: Beatriz Fonte Sede de Redacção: Lourosa de Cima - 3500891 Viseu | Telefone: 232 436 400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda Administrador: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/ estatutoeditorial/ Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da 2 www.gazetarural.com responsabilidade dos seus autores.

Governo quer promover bioeconomia circular com evolução da agricultura CIMs de Viseu e Coimbra preparam a implementação de sistema de videovigilância florestal Criadores de ovinos e caprinos obrigados a declarar animais Opinião de António Guimarães da Associação Florestal do Baixo Vouga

Mercado de Gado de Trancoso recebeu mais de 400 animais Alunos da Licenciatura de Turismo visitaram Lar Viscondessa de São Caetano

UTAD é parceira de projecto europeu no âmbito da regeneração das florestas

Governo quer apoiar em mais 29 milhões der euros a agricultura biológica Caretos de Podence ajudam a promover subdestino menos procurado no Norte

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cartaz da Feira de São Mateus de 2020 começou a ser divulgado. O músico brasileiro Kevinho e as bandas portuguesas Mão Morta e Jafumega vão subir ao palco da Feira de Viseu, que se realizará de 6 de Agosto a 13 de Setembro de 2020.

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Município de Manteigas dinamiza esta quadra com um conjunto de iniciativas para os residentes, mas também para aqueles que nesta época visitam a Serra da Estrela.

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ertã ‘Terra do Pinheiro de Natal’ inaugurou a iluminação da época, cujas festividades decorrem até 5 de Janeiro de 2020 4

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edição deste ano do Festival Literário Tinto no Branco, que englobou a mostra Vinhos de Inverno, e que decorreu em Viseu, repetiu êxitos anteriores. Cerca de cinco mil pessoas passaram pelo Solar do Vinho do Dão.

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Câmara Horta promoveu o Festival de Sopas do Mercado, no âmbito do projecto de animação natalícia “Natal com Tradição”, que contou com 12 sopas a concurso.

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ontalegre é o palco de uma das “maiores festas de rua do país”, aonde acorrem milhares de pessoas. O padre Fontes protagoniza o ponto alto da festa ao preparar uma bebida que “esconjura todos os males”.

HMB e Plutonio são os cabeças de cartaz

Fogo-de-artifício da passagem de ano em Viseu viaja pelos grandes êxitos do cinema

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MB e Plutonio são os cabeças de cartaz da passagem de ano em Viseu, iniciativa com um investimento de 150 mil euros e que terá 15 minutos de fogo-de-artifício. “O recinto do Campo de Viriato é a partir das 20 horas uma sala de jantar com 27 operadores de gastronomia e consumo. Depois, a partir das 22,30 horas, converte-se numa praça de concertos e depois da meia noite vira um salão de festas. Será uma metamorfose entre as 20 e as 04 horas”, adiantou o director da Viseu Marca que organiza a festa do fim do ano.

Jorge Sobrado explicou que, enquanto o recinto está transformado em sala de jantar, o Tribal, grupo de novo circo e teatro de rua, do concelho de Viseu, e o “grupo icónico viseense” Hi-Fi animam os populares.

A partir das 22,30 horas, a música é da responsabilidade dos HMB, asseguram animação até à meia note, momento em que haverá 15 minutos de fogo-de-artifício. Depois, sobe ao palco Plutonio, que animará a noite até à chegada, às 01:30, da dupla de DJ Kiss Kiss Bang Bang.

“O fogo-de-artifício será o maior de sempre em Viseu, terá 15 minutos de fogo temático, este ano, dando as boas vindas ao lema de promoção em 2020 - Viseu Destino Cinematográfico. Fotografia e cinema serão destaques de Viseu em 2020 e, por isso, este fogo fará uma viagem pelos grandes êxitos do cinema e dará as boas vindas ao novo ano”, contou Jorge Sobrado.

Uma festa organizada, há quatro anos, pela Viseu Marca, que investe “cerca de 150 mil euros, à semelhança do ano anterior.

“Os lucros da Feira de São Mateus permitem este investimento na passagem de ano” e a associação “garantirá, ainda assim, um resultado positivo no final do ano”, assumiu a presidente da direcção, Cristina Paula Gomes.

Uma “aposta ganha”, considerou o presidente da Câmara de Viseu, na apresentação do programa festivo do fim de ano, uma vez que, “ao fim de quatro anos, a Viseu Marca está em condições de retribuir aos viseenses”, já que “é a primeira vez que assume todo o investimento” das festividades.

“No ano passado, a festa foi suportada pelo município e, este ano, é um evento oferecido pela Viseu Marca (...). Quantos municípios existem que vão ter um fim de ano, com este nível, e em que o dinheiro dos contribuintes só assegurará a limpeza do recinto e o plano de segurança?”, destacou António Almeida Henriques.

No recinto, onde também se realiza a Feira de São Mateus, a organização espera “entre 40 a 50 mil pessoas, porque 50 mil é o limite do espaço, e são esperados mais do que no ano passado, ou seja, mais de 43 mil pessoas”.

“O cartaz é atractivo tanto para a comunidade viseense como para turistas. É um cartaz forte, para famílias, dos mais pequenos aos mais crescidos, e tenho a certeza de que a passagem de ano em Viseu irá - tal como a Feira de São Mateus, que é única e inigualável no país - conquistar o seu lugar a nível nacional”, desejou Cristina Paula Gomes. www.gazetarural.com

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Realiza-se de 9 a 12 de Janeiro

Feira Gastronómica do Porco de Boticas terá quatro dias em 2020 B

oticas abre, anualmente, o ciclo de eventos dedicados ao porco do Porco de Boticas o primeiro certame do e ao fumeiro. A vila barrosã recebe a Feira Gastronómica género a realizar-se na região é natural que as do Porco de Boticas, que ali acontece desde 1998, no segundo responsabilidades sejam acrescidas. fim de semana do mês de Janeiro, oferecendo aos milhares de Sabemos o impacto económico que este visitantes uma vasta oferta de produtos endógenos, experiências evento tem no nosso concelho e na região, mas gastronómicas únicas e actividades culturais. A edição 2020 terá temos consciência de que as características únicas mais um dia e decorrerá de 9 a 12 de Janeiro. dos nossos produtos, associadas à arte de bem As mais de duas décadas de experiência tornaram a Feira receber, são garantia de sucesso.

Gastronómica do Porco num certame de renome nacional e Assim que termina uma edição da feira, internacional, principalmente do outro lado da fronteira, pela começamos logo a pensar na seguinte. Trabalhamos proximidade geográfica com Espanha. afincadamente, durante o ano, para que corra O evento, organizado pelo Município de Boticas em conjunto tudo pelo melhor, para que os nossos produtores com a empresa intermunicipal Empreendimentos Hidroeléctricos tenham todas as condições necessárias para mostrar do Alto Tâmega e Barroso (EHATB), tem vindo a conquistar um e divulgar o que de melhor há e se faz no nosso lugar de destaque entre os certames gastronómicos realizados concelho e, sobretudo, para que os visitantes vão de no norte do país e na região do Alto Tâmega em particular, pelo Boticas maravilhados e com vontade de regressar. carácter impulsionador e dinamizador que assume.

O modelo que definimos para a Feira Em entrevista à Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Gastronómica do Porco está consolidado e adequaBoticas diz que o facto de realizar o primeiro certame do ano, se às características que pretendemos dar a esta feira. dedicado ao porco, “é natural que as responsabilidades sejam Digamos que quem nos visita sabe o que vai encontrar acrescidas”. Porém, Fernando Queiroga salienta “o impacto e não são de todo necessárias grandes alterações para económico” que o evento tem no concelho e na região, e garantir valor e prestígio a este evento. destaca o cariz “diferenciador”, dadas “as características únicas dos nossos produtos”.

GR: Qual a novidade, ou o que mais destaca, da edição de 2020?

Gazeta Rural (GR): Boticas abre, anualmente, o ciclo de FQ: Tendo em linha de conta os interesses daqueles feiras dedicadas ao porco e seus derivados. Esse facto que fazem parte da história e do sucesso deste evento, traz mais responsabilidade à autarquia na organização a vigésima segunda edição vai ser marcada por uma do certame? novidade que acreditamos ir de encontro aos anseios Fernando Queiroga (FQ): Sendo a Feira Gastronómica de todos. Quem visitar a feira terá mais um dia para o 6

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GR: A autarquia reúne periodicamente com os criadores e fazer, porque o certame tem início no dia 9 produtores de fumeiro na preparação da Feira. Quais as suas (quinta-feira) e termina a 12 (domingo). Serão principais preocupações? quatro dias dedicados inteiramente ao porco e FQ: As nossas principais preocupações são a qualidade e aos seus derivados e à excelente gastronomia genuinidade daquilo que é produzido e vendido na Feira. Uma boa local. A essência da Feira mantém-se inalterada. apresentação, aliada ao sabor autêntico, é meio caminho andado Atingimos um patamar muito elevado de para que o certame seja um sucesso, daí todos os produtos excelência e é esse nível que pretendemos comercializados durante o evento serem alvo de um rigoroso manter. controlo de qualidade, pois acreditamos que este é o elemento É óbvio que o nosso desejo é que o número de diferenciador desta feira. visitantes e o volume de negócios associado à feira De nada vale vender grandes quantidades de fumeiro e aumente a cada edição, porém temos consciência enchidos se estes não forem genuínos e feitos através de métodos que o mais importante é a autenticidade dos tradicionais. As pessoas procuram, cada vez mais, produtos em nossos produtos. Esse sim continua a ser o nosso que o sabor e o aroma sejam perceptíveis ao primeiro contacto e foco principal e o elemento diferenciador da Feira a nossa preocupação prende-se em garantir que tudo aquilo que Gastronómica do Porco. é vendido e consumido no certame seja de excelente qualidade.

Temos sempre bem presente que aquilo que É feito um acompanhamento pormenorizado à forma como realmente valoriza e distingue a nossa feira das os animais são criados e alimentados, bem como a maneira restantes é a qualidade dos produtos, não só para como os enchidos e o fumeiro são produzidos e secos. Todas as venda, mas também para degustação, uma vez etapas são importantes para que o produto final seja exímio e que os visitantes têm a possibilidade de provar a os produtores têm plena consciência disso, facto que permite excelente gastronomia local, sobretudo os pratos confeccionados à base de carne de porco, no próprio que estejam receptivos e disponíveis para acatar as nossas exigências. recinto da feira.

Além da componente gastronómica, quem nos visitar GR: Como está o sector da pecuária no concelho? pode desfrutar também de um diversificado programa FQ: Boticas é um concelho rural onde a agricultura e cultural, constituído por muita animação musical e pela a pecuária ainda são actividades com algum impacto no divulgação de algumas das nossas tradições, como é rendimento de grande parte das famílias, que vêem no o caso das “Chegas de Bois”, um costume secular que sector agropecuário uma forma de vida e isso reflectecontinua bem enraizado nas nossas gentes. se, naturalmente, na economia local. Se queremos fixar www.gazetarural.com

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entre os dias 9 e 12 de Janeiro, pode degustar população temos que implementar medidas que vão de encontro a outras iguarias típicas como, por exemplo, a estas duas necessidades. carne de vitela barrosã, produto de excelência A autarquia tem vindo a reforçar os apoios ao sector agropecuário desta região e detentor de denominação de e os incentivos, sobretudo à fixação de jovens no nosso concelho, origem protegida (DOP). Os restaurantes estão porque eles são, indiscutivelmente, o futuro da nossa terra. de portas abertas para receberem todos aqueles Temos consciência que estes estímulos por si só não são que queiram conhecer e deliciar-se com a nossa suficientes para reverter o flagelo da desertificação do interior do maravilhosa gastronomia. país, mas são, na nossa óptica, uma importante ajuda para aqueles Contudo, Boticas tem muito mais para oferecer. que vivem da agricultura e pecuária e, consequentemente, da Há um vasto património cultural, arqueológico produção de fumeiro. e natural, classificado como Património Agrícola Sabemos que este sector requer muito esforço e dedicação, Mundial, que pode ser visitado em qualquer altura no entanto, graças ao espírito de sacrífico e força de vontade do ano. Existem, um pouco por todo o concelho, da nossa população, as actividades ligadas ao mundo rural vão vários locais para conhecer. Temos, por exemplo, resistindo e acrescentando valor no concelho de Boticas. o Boticas Parque – Natureza e Biodiversidade e o Os produtos quando são de qualidade têm sempre muita Parque Arqueológico do Vale do Terva, dois espaços procura, o que de certa forma contribuiu para que o trabalho que reflectem aquilo que de melhor a mãe natureza dos produtores seja valorizado e tenha o devido retorno em tem para oferecer no seu estado mais puro, o Centro de termos económicos.

Documentação e Interpretação da Escultura Castreja, A realização da Feira do Porco permite aos produtores local onde se podem observar réplicas do ex-líbris do escoarem uma parte bastante significativa do seu stock e concelho de Boticas, o Guerreiro Calaico, o Centro de terem algum lucro do seu trabalho. É também a oportunidade ideal para se criarem boas perspectivas de negócio fora do Artes Nadir Afonso, espaço dedicado à memória e obra do pintor Nadir Afonso, entre outros. período em que se realiza o certame.

Esta é, sem dúvida, uma oportunidade única para conhecer e se deixar seduzir pelos encantos de Boticas.

GR: A gastronomia é uma das atractividades do concelho de Boticas. O que mais destaca?

FQ: Quem nos visitar não vai ficar indiferente aos sabores e encantos de Boticas. É óbvio que o porco e os seus derivados são “os reis da festa”, mas quem nos visitar, 8

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De 10 a 26 de Janeiro, em 15 estabelecimentos do concelho

Ferreira do Zêzere abre ano novo com IX Festival Gastronómico das Migas “M

igas com todos” é a proposta gastronómica que o município de Ferreira do Zêzere propõe a abrir o ano de 2020. O IX Festival Gastronómico das Migas vai decorrer de 10 a 26 de Janeiro, em dez restaurantes e cinco estabelecimentos de tapas e doces.

O desafio é que as migas sejam o acompanhamento perfeito para pratos locais, como o Leitão à Ferreirense, o cabrito assado, peixe do rio frito, “entre outros maravilhosos pratos e inovações preparados pelos nossos chefes cozinheiros dos diferentes restaurantes”, como sublinhou Hélio Ferreira Antunes, vereador da Cultura, Educação, Turismo, Juventude e Acção Social, em entrevista à Gazeta Rural.

Gazeta Rural (GR): Ferreira do Zêzere abre o ano com um festival gastronómico. O objectivo é que se olhe para o concelho como um destino gastronómico?

Hélio Ferreira Antunes (HFA): Sim, o Festival Gastronómico das Migas vai decorrer no mês de Janeiro com 15 estabelecimentos aderentes, sendo que ao longo do ano são cinco os diferentes festivais gastronómicos que temos no concelho.

Estes festivais têm como estratégia promover, preservar e estimular a gastronomia local definindo pratos diversificados e genuínos aos ingredientes da nossa terra.

Neste contexto estes festivais aliam-se à prática de um “turismo gastronómico” através de sabores e aromas genuínos da região, permitindo assim atrair novos turistas 10

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que pretendem experimentar os sabores únicos das iguarias locais.

Para além da parte gastronómica, o concelho está preparado para receber os turistas em diferentes tipos de alojamentos, desde hotéis, estalagem, rede de turismos rurais ou campismo, incluindo também diferentes experiências para todos os gostos e todas as idades.

GR: Porque um festival de migas em Janeiro e quais as espectativas para o mesmo?

HFA: O festival gastronómico das migas foi escolhido para Janeiro pois é a altura propícia desta iguaria devido às condições meteorológicas – neste caso devido às baixas temperaturas registadas e à própria qualidade dos ingredientes.

Neste mês temos tudo disponível e “fresco” desde o vinho novo e o azeite que acabaram de sair do lagar/ adega que são óptimos acompanhantes para este evento gastronómico. Este festival é muito mais que simples migas, é, no entanto, um bom pretexto para provar os nossos diversos pratos tradicionais, pois tratase de um excelente acompanhamento para o nosso Leitão à Ferreirense, o cabrito assado, peixe do rio frito, entre outros maravilhosos pratos e inovações preparados pelos nossos chefes cozinheiros dos diferentes restaurantes.

GR: Este evento gastronómico junta o melhor do Ribatejo e da Beira Baixa. Como se reflecte a influência destas duas regiões?

HFA: Tratam-se de duas regiões riquíssimas em gastronomia, onde em Ferreira do Zêzere é possível encontrar o melhor desses dois grandes mundos. As nossas migas têm muita couve ao estilo beirão, mas já também com broa de milho ou outros tipos de pão, riqueza que vem do ribatejo.

O nosso concelho tem uma forte tradição gastronómica devido aos nossos produtos regionais, como por exemplo as hortaliças, minifúndio, peixe proveniente do rio Zêzere; temos também bons enchidos que, para além da confecção tradicional por parte dos talhos, temos também uma grande empresa de indústrias de carne que fornece diversos produtos para todo o país. Devido à nossa posição geográfica, conseguimos a confluência e influência do melhor destas duas grandes regiões.

a Mostra da Tigelada na Feira de S. Brás (início de Fevereiro) em Ferreira do Zêzere; a Feira da Ascensão, em Areias (domingo da Ascensão); a Feira/Mostra da Cereja (final de Maio/início de Junho); o evento Depenicar com Tasquinhas (7, 8 e 9 de Agosto); também a Feira dos Bolinhos dos Santos (final de Outubro) em Frazoeira, e a Mostra dos Licores e Doçaria Tradicional (em Novembro) em Águas Belas. Dispomos por isso de um programa anual riquíssimo em gastronomia e na afirmação dos nossos produtos locais.

GR: Esta é a primeira iniciativa gastronómica de 2020. Que outras já estão calendarizadas?

HFA: São cinco os festivais gastronómicos no concelho de Ferreira do Zêzere. “Migas com todos” (Janeiro), “Festival do lagostim” (Abril), “Vai à fava” (Maio), Festival do ovo (Junho) e “Festival da Abóbora” (Novembro). Para além destes eventos, existem também

GR: O que ganha o sector primário do concelho com estas iniciativas?

HFA: Neste contexto, o sector primário tem desde logo uma maior afluência e procura com estas iniciativas. Estamos a falar de produções muitas vezes sazonais e de excelente qualidade (quase biológica) em que muitos dos estabelecimentos já são clientes destes produtores.

Em termos ambientais, isto constitui uma boa prática que queremos incentivar ainda mais, pois estamos a falar de cadeias curtas de mercado e com baixíssima pegada de carbono, pois os produtos são consumidos perto da sua origem.

Em suma, isto é uma acção de valorização de produtos locais, sendo que acaba por se tratar de um incentivo à produção local, aliando boas práticas ambientais, traduzindo-se assim num melhor proveito e melhoria da economia local.

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Em quatro dias plenos de magia e cor

Nos dias 27 e 28 de Dezembro

Festival “Geada” promete aquecer o Inverno

“Festa das Luzes” ilumina Belmonte a terminar o ano

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elmonte vai despedir-se de 2019 com muita alegria e animação. É a “Festa das Luzes”, o último evento do Ciclo “12 em Rede - Aldeias em Festa”, promovido pela Rede das festival de música e cultura mirandesas “Geada” promete Aldeias Históricas de Portugal que, de 27 a 30 aquecer os dias de Inverno, de 27 e 28 de Dezembro, com de Dezembro, vai levar música, gastronomia, concertos de músicas do mundo e sonoridades locais, a par de oficinas e visitas temáticas, celebrando assim algumas “das mais belas tradições” da região. “Este ano vamos a cultura e as tradições daquela vila e Aldeia chamar novos sons de base folk ao festival, com influências da Histórica, a par com o que será o último fim-dechamada ‘música do mundo’, sem desvirtuar as sonoridades e semana do ano. cultura mirandesas”, explico um dos elementos da organização “Festa das Luzes” é também “Hanukkah” em do festival transmontano, Sérgio Vaz. hebraico, que assinala a libertação e purificação O festival é tido, pela organização, como “único”, dado o seu do Templo de Jerusalém e a revolta contra os compromisso com a língua e a cultura mirandesas, e as novas selêucidas liderada por Matatias Macabeu e os apostas que surgem ano após ano, recebendo algumas centenas seus cinco filhos, conforme está descrito no Antigo de jovens oriundos de todo o país e da vizinha Espanha. Ao longo Testamento. do festival, os participantes terão a possibilidade de conhecer Assim, tendo Belmonte acolhido uma das maiores algumas “das mais belas tradições” de Inverno, no Planalto comunidades de judeus sefarditas de Portugal, o Mirandês. Quem visitar Miranda do Douro, no decurso do Ciclo “12 em Rede - Aldeias em Festa”, que durante festival, poderá dançar à volta da tradicional fogueira do galo o ano tem vindo a dar destaque aos costumes das e ao som das gaitas-de-foles, ou experimentar as dança dos Aldeias Históricas de Portugal, não podia deixar de se aliar à celebração do “Hanukkah” naquela vila e Aldeia pauliteiros.

Histórica.

Outras das propostas do festival “Geada” passam pela Visitas temáticas, música, workshops, gastronomia oportunidade de tocar instrumentos tradicionais, descobrir e mostras de produtos regionais são “só” algumas das a língua mirandesa, conviver nas típicas adegas do centro histórico de Miranda do Douro. Além da música e da actividades que vão ser desenvolvidas. Um extenso componente cultural, quem participar no “Geada” poderá, e diversificado programa para todas as idades, com ainda, apreciar paisagens do Parque Natural do Douro entrada gratuita.

Internacional e os sabores da gastronomia tradicional Este evento é promovido pela Associação de mirandesa.

Desenvolvimento Turístico Aldeias Históricas de Portugal, O festival é organizado pela Associação Recreativa da numa organização do Município de Belmonte. É uma Juventude Mirandesa (ARJM), em parceria com diversas iniciativa apoiada pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União entidades locais, associações, empresas e agentes Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento culturais regionais e nacionais.

Regional.

em Miranda do Douro

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Mensagens de Natal onta Delgada é um concelho que está a viver um período de crescimento. Está P na moda! Importa dar continuidade a este per-

m 2019 tivemos uma colheita de vinho do Dão próxima de um ano médio, que E equilibra relativamente a quebra de cerca de

50% da produção que tivemos na vindima de 2018.

Esperemos que 2020 traga uma melhoria do nível de vida dos Portugueses para que, entre outras coisas, possam comprar mais vinhos de qualidade e ajudar, assim, os nossos produtores.

Arlindo Cunha

curso e assegurar o título, que nos atribuíram, de um dos melhores concelhos para visitar, para viver e para fazer negócios. Sem deslumbramentos, reconhecemos que Ponta Delgada está melhor. Com determinação, afirmamos que ainda há muito para fazer.

A todos um Feliz Natal e um Bom Ano Novo!

Em especial para todos os que vivem no nosso concelho, e a todos os que carregam Ponta Delgada no coração e no seu ser.

José Manuel Bolieiro

Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada

Presidente da CVR Dão

Natal reflecte a história de um passado, o valor do presente e a confiança O no futuro. Acredito nesta simbologia, até por-

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ano de 2019 foi bastante positivo a vários níveis. No Município da Sertã, continuámos o excelente trabalho que encetámos nesta última década e com os excelentes resultados que são conhecidos.

No entanto, estamos focados nos desafios que temos pela frente e 2020 será um ano fundamental nessa caminhada. A equipa encontra-se motivada e no Município da Sertã tudo faremos em prol do desenvolvimento e do bem-estar da população do nosso Concelho.

José Farinha Nunes

Presidente da Câmara Municipal da Sertã

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que este Natal é especial. Com muito esforço e dedicação conseguimos implementar vários projectos, entre eles, o ambicionado Hospital de Valpaços que já está ao serviço de todos.

Com alegria e orgulho nas etapas que eu e a minha equipa temos conseguido conquistar, desejo a todos Um Feliz Natal e um Ano Novo com muita saúde e sucesso para todas as regiões rurais que lutam pelo seu crescimento económico através dos seus produtos de excelência, como Valpaços.

Amílcar Castro de Almeida

Presidente da Câmara Municipal de Valpaços

ano de 2019, para os sectores que a Associação Figueira com Sabor a Mar, O representa foi excelente, esperando continui-

dade em 2020.

Outro ponto não menos importante, foi o de trabalharmos convosco representando uma mais valia para a Associação.

Mário Esteves

Presidente da Associação Figueira com Sabor a Mar

a qualidade de presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, N e também como cidadão gostaria de trans-

mitir a todos uma mensagem de Natal, cheia de Esperança e Confiança no futuro. Vivemos uma quadra especial, num Concelho que tem percorrido caminhos de prosperidade e de desenvolvimento inegáveis.

Acreditamos num futuro cada vez melhor, empenhados na prossecução de uma estratégia eficiente para a qualidade de vida no Concelho. Em 2020 desejamos manter a aposta em investimentos auto-sustentáveis, promotores de uma maior dinâmica económica, assente na valorização dos recursos endógenos.

Victor Mendes

Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima

Município de Anadia manteve, em 2019, o seu trabalho de proximidade ao mundo ruO ral, tendo, entre outros aspectos, reforçado o seu

investimento na defesa da floresta e na promoção das amenidades locais, como o vinho, em especial o espumante, a gastronomia, onde pontua o leitão, ou o termalismo.

Fechamos o ano com o sentimento de dever cumprido, mas também conscientes de que há projectos que ainda aguardam as circunstâncias certas e necessárias para se tornarem uma realidade. A administração local é sinónimo de trabalho em progresso, de desafio constante, de proximidade exigente…

Um novo ano é sempre sinónimo de mais oportunidades. Para o Município de Anadia, será também o tempo para continuar a trilhar o caminho da valorização do concelho, investindo na nossa especificidade e tradição, mas também na inovação, no empreendedorismo e no saber, sempre com a mira apontada a uma qualidade de vida sustentada. É um caminho que percorremos juntamente com a comunidade local, com a região, com o país e com o mundo, desejando que 2020 nos proporcione mais e melhores conquistas em prol de um futuro risonho.

Maria Teresa Belém Cardoso

Presidente da Câmara Municipal de Anadia

atal é tempo de valorizarmos o que mais gostamos, de termos a família N por perto e de celebramos a vida. É isso que a

UDACA deseja a todos os seus clientes, fornecedores, amigos e parceiros.

Que tenhamos saúde, felicidade e um Vinho do Dão para brindarmos juntos.

Bruno Cardoso

Director Comercial da UDACA

Nota da redacção A Gazeta Rural enviou um pedido de envio de uma mensagem a inúmeras personalidades, sobre 2019 e um desejo para 2020. Publicamos as que nos foram enviadas atempadamente e pela ordem de chegada. www.gazetarural.com 15

Projecto de investigadores do Instituto Politécnico de Bragança

Conservante natural sem toxicidade para vinhos vence distinção Born from Knowledge

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ChestWine, desenvolvido por uma equipa de investigadores do Universidade Nova de Lisboa. O PEICA é organiInstituto Politécnico de Bragança, é o vencedor da distinção Born zado pelo Crédito Agrícola e pela INOVISA, em from Knowledge (BfK), atribuída pela Agência Nacional de Inovação articulação com a Rede Rural Nacional.

(ANI), no âmbito do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito AgríEste é o sexto ano consecutivo que o Crédicola (PEICA). to Agrícola apoia os empreendedores e os seus O projecto, que acumulou o BfK com o PEICA na categoria “Produção, projectos inovadores, numa iniciativa que preTransformação e Comercialização”, utiliza a flor de castanheiro como tende contribuir para a modernização, a compeconservante natural isento de toxicidade para o vinho, criando uma titividade e o crescimento do sector agrícola em alternativa aos sulfitos adicionados e proporcionando ao consumidor Portugal. Aos vencedores são atribuídos prémios um vinho biodinâmico, diferenciado, seguro e portador de propriedano valor de 25 mil euros (cinco mil cada). des bioactivas. A ANI considerou o ChestWine como o melhor can“O sector agroalimentar é, actualmente, um dos didato de base científica e tecnológica a concurso, que lhe valeu o mais inovadores no país. As alterações climáticas troféu “Árvore do Conhecimento” e um prémio monetário de cinco e a necessidade de criar valor em torno da marca mil euros.

Portugal, como certificadora de produtos de grande A potencialidade económica deste projecto é grande num país em qualidade, representam novos desafios para o sector, que o sector vitivinícola é de grande importância tanto pelo valor que tem procurado na inovação tecnológica as reseconómico que gera como pela população que ocupa e pelo papostas de que precisa. O ChestWine reúne todos os pel que desempenha quer a nível social como de conservação do critérios de um vencedor BfK: originalidade, resposta meio ambiental. De acordo com o Instituto do Vinho e da Vinha, a uma necessidade da sociedade e inovação de base em 2018/19, foram produzidos cerca de 6,1 milhões de hectolicientífica e tecnológica”, adianta António Bob Santos, tros de vinho. No primeiro semestre deste ano, Portugal exportou administrador da Agência Nacional de Inovação. aproximadamente 1,4 milhões de hectolitros, o correspondente a Refira-se que o Born from Knowledge é promovido 369 milhões de euros. no âmbito do SIAC – Iniciativa de Transferência de CoA distinção BfK foi entregue na cerimónia da setxa edição do nhecimento, cofinanciada pelo COMPETE 2020, atraPEICA, no âmbito do encontro “Centros de Competência e a Inovés do Portugal 2020 e do Fundo Europeu de Desenvolvação na Agricultura”, que se realizou no Auditório da Reitoria da vimento Regional.

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Em Março na Ilha Terceira e em Outubro em São Miguel

Eventos ‘Wine in Azores’ já têm datas marcadas para 2020

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Gorgeous Azores já tem datas para os eventos Wine in Azores do próximo ano. Assim, o Wine in Azores - Terceira realizar-se-á de 27 a 29 de Março de 2020 em Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, enquanto o Wine in Azores vai decorrer de 16 a 18 de Outubro de 2020 no concelho da Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel.

Depois do grande êxito conseguido com o evento da Ilha de S. Miguel, que começou no Pavilhão Portas do Mar, na Marina de Ponta Delgada, e que, dado o seu crescimento, passou para o Pavilhão da Associação Agrícola de São Miguel, no concelho da Ribeira Grande, a Gorgeous Azores tem vindo a apostar num evento similar na Ilha Terceira, um mercado que se tem vindo a revelar bastante interessante e, como diz Joaquim Coutinho, “é um filão por explorar”.

O evento a realizar em Outubro, na ilha de São Miguel, mantem a aposta num concurso de vinhos e rótulos, realizado pelo grupo “Cegos por Provas”, que tem vindo a merecer cada vez mais atenção por parte dos produtores.

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Gazeta Rural (GR): Que balanço faz de 2019, ano em que a ADD completa 25 anos?

Emanuel Tinoco Ribeiro (ETR): 2019 representa um marco para a ADD, pois é o ano em que se completam 25 anos de trabalho em prol do desenvolvimento local, pela gestão do Programa de Iniciativa Comunitária LEADER (LEADERII e LEADER+), do PRODER e do PDR2020-DLBC Rural, estes últimos usando a metodologia LEADER. Nestes 25 anos muitos foram os entraves colocados ao desenvolvimento rural, mas, apesar desses condicionamentos foi possível financiar pequenos projectos de investimento em áreas tão diversas como o turismo, a agroindústria, os serviços, a indústria transformadora, o sector social, a recuperação de património e o sector associativo cultural e desportivo. Assim entre 1996 e 2013 foram financiados mais de 300 projectos, num total de investimento de 20 milhões de euros, que permitiu a criação de mais de 300 postos de trabalho.

No actual período de programação, os investimentos associados ao sector agrícola passaram a ser uma das competências centrais da nossa intervenção. Assim, a produção agropecuária, a diversificação da actividade nas explorações agrícolas, a promoção dos produtos de qualidade, os mercados locais e os circuitos curtos de comercialização são áreas de apoio mediado pelas ADL (Associações de Desenvolvimento Local), via Medida 10 do PDR2020.

O ano que agora termina consolidou o trabalho de gestão do PDR2020 e do Centro2020 dentro das competências das ADL, iniciado em 2016 e 2017 respectivamente, por atraso na aprovação e homologação das EDL – Estratégias de Desenvolvimento Local, agravado pela existência, pela primeira vez em toda a história da abordagem LEADER, de

Emanuel Ribeiro, coordenador do GAL/ADD2020, à Gazeta Rural

Em 25 anos a ADD “financiou mais de 300 projectos” A

Associação de Desenvolvimento do Dão (ADD), sedeada em Penalva do Castelo, comemorou este ano 25 anos de existência, altura para fazer um balanço de um período em que “foram financiados mais de 300 projectos”, num “total de investimento de 20 milhões de euros”, conforme adiantou, em entrevista à Gazeta Rural, o coordenador do GAL/ADD2020.

Emanuel Ribeiro, depois de detalhar o que foi feito e deixar alguns recados ao poder executivo, deixou algumas propostas para quem quiser apresentar projectos na área da ADD. “Inovar na agroindústria, de pequena escala, para nichos de mercado, usando os produtos endógenos, produzidos com preocupações ambientais e transformados com o recurso a componentes naturais”, são as melhores opções.

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O seu empenho permitiu, a par da análise de dezenas de pedidos de distintas Autoridades de Gestão e Portarias, pagamento no âmbito do PDR2020, com o consequente acompanhacom plataformas electrónicas e procedimenmento físico das operações, para posterior liquidação pelo IFAP, e do tos igualmente diferenciados. Apesar disso, atendimento ao público em geral, sem hora marcada, recuperar o atrae de um orçamento reduzido (quase metade, so inicial na atribuição das competências às ADL, e atingir a atribuição, face ao anterior período de programação) foi por parte da Autoridade de Gestão do PDR2020, de um reforço finanpossível, até à presente data, a contratação de ceiro superior a 0,5 milhões de euros no ano de 2019. De salientar 95 candidaturas, num total de investimento de que, no anterior período de programação, a ADD acedeu também à 4.5 milhões de euros, distribuídos, principalReserva de Eficiência, mas com valores substancialmente superiores, mente (80%), pelo sector agrícola e da transforque atingiram os 3 milhões de euros, o que demonstra a preocupamação e serviços. ção atribuída ao espaço rural pelos decisores do actual período de Não posso, neste momento, deixar de recoprogramação. nhecer o trabalho das técnicas analistas da ADD (Teresa Pinto, Cristina Saraiva e Carla Moreira), GR: Quais as áreas ou sectores em que mais projectos foram envolvidas na análise dos 280 projectos recebidos, apresentados e qual o investimento total estimado? em áreas tão diversas e com procedimentos tão ETR: As actividades económicas foram sempre os que captaram distintos de validação, como a abertura de poços mais investimento, com valores superiores a 70% das verbas das ese charcas, passando pela instalação de novas cultutratégias, por contraponto da recuperação de património, com valoras, com diferentes especificidades (como os frutos res a rondar os 10%. A prioridade foi sempre a criação de emprego vermelhos, a vinha, a castanha, o olival, a maçã Bravia o investimento nos diferentes sectores económicos, sem desvo de Esmolfe…), a aquisição de alfaias, a produção corar a importância superior da preservação do património consde energias renováveis, bem como a transformação truído, natural e imaterial, quanto mais não seja, para a criação de industrial dos produtos de origem agrícola (uva, mel, condições de atractividade às aldeais ou simplesmente melhorar castanha, azeitona…), turismo em espaço rural, anio sentimento de pertença a esses territórios. mação turística, serviços e recuperação de património.

ADD - Venha à descoberta…

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GR: De entre os projectos apresentados, algum merece especial destaque?

ETR: Todos merecem destaque, pelo esforço e coragem dos empreendedores, que em período de intervenção da Troika e actualmente, com a falta de apoios e aumento da carga burocrática, não deixaram de investir, em sectores como o da transformação, da agricultura, saúde humana e animal, de base tecnológica (um em Nelas com Prémio Gazela), ou a simples renovação de património que resulta, como o forno comunitário de Sangemil, freguesia de Ínsua, Penalva do Castelo, num polo dinamizador de relações sociais, ou o da Citânia da Raposeira em Mangualde, que constituiu numa excelente recuperação de património romano, ou os diferentes percursos de walking ou cicling.

GR: O actual quadro comunitário está a terminar. Foi positivo para a ADD? ETR: Para as associações de desenvolvimento local poder acolher e apoiar todos os pequenos investidores empenhados em investir em meio rural é algo que gratifica o nosso trabalho, mas não posso dizer que foi positivo.

Não sendo necessariamente negativo, tenho inevitavelmente de referir a falta de apoios via CENTRO2020 para o sector empresarial, não abrangido no PDR2020 e claramente fora dos outros sistemas de incentivos. Os territórios rurais perdem inúmeras oportunidades de investimento de pequena escala, que criam economia local, emprego e fixam pessoas.

Positivo é, claramente, a vontade das pessoas do território, que apesar dos obstáculos na obtenção de apoios procuram outras alternativas, bem como a nossa resiliência, enquanto agentes de desenvolvimento nestes territórios.

GR: Como olha para ano de 2020?

ETR: Espero que o actual Governo, que assumirá responsabilidades na programação do próximo quadro de apoio (o atual foi herdado), compreenda, tanto mais que criou o Ministério da Coesão, que o desenvolvimento local se faz em proximidade com os territórios/pessoas, e que as ADL são, via a metodologia LEADER, o melhor meio de promover a fixação de todos os que pretendem viver e investir em territórios rurais.

O trabalho iniciado pelos GAL – Grupos de Acção Local (liderados pelas ADL), no início dos anos 90 pelo PIC-LEADER implementado pela DG-AGRI (UE), e mantido por três períodos de programação pela Comissão UE, passando pela sua importância, no anterior período, para o programa opera20

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cional nacional PRODER, com uso apenas da metodologia, isto é, estratégias desenvolvidas e geridas por parcerias locais, em territórios organizados em função das relações de proximidade e funcionalidade, deve, no futuro, ser fortemente valorizado, pelas competências adquiridas por estas entidades, apesar do esforço de muitos, em denegrir o trabalho e os resultados obtidos, em proveito de interesses que não são os das pessoas destes territórios.

Alerto também para o discurso que continua, do período anterior, que é o de ganhar escala, ganhar dimensão… O mundo rural funciona com a pequena dimensão, em proximidade, em relação directas com o consumidor e é assim que deve ser valorizada, estimulada apenas a ganhar criatividade e a atrair clientes a si direccionados. Não esquecer que a escala pode comprometer a qualidade de vida.

A grande escala deve ser responsabilidade de outras medidas e entidades regionais e nacionais, sem perturbar o ambiente rural fundamental ao desenvolvimento sustentado de Portugal, por constituir factor de diferenciação.

Outro desafio ao Estado Português prende-se com o futuro orçamento, pelo que se espera que o desenvolvimento rural não seja, uma vez mais, afectado. O Parlamento Rural Europeu e o Conselho Economico e Social Europeu têm instado a Comissão e os Estados Membros a aumentar a dotação para o desenvolvimento rural via o DLBC geridos pelos GAL, porque reconhece os benefícios directos dessa intervenção na criação de riqueza e fixação da população.

GR: Se um promotor lhe pedisse uma sugestão para efectuar um investimento, qual área lhe indicava e porquê?

ETR: Inovar na agroindústria, de pequena escala, para nichos de mercado, usando os produtos endógenos, produzidos com preocupações ambientais e transformados com o recurso a componentes naturais.

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Projecto reúne perto de 70 cientistas de 17 instituições de 13 países europeus

Consórcio europeu desenvolve colmeias inteligentes de baixo custo

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o próximo mês de Janeiro, uma equipa de cientistas da Univertorizações dos apiários e aplicando tratamentos sidade de Coimbra (UC) vai iniciar um conjunto de testes com adequados quando necessário”. colmeias inteligentes de baixo custo, instaladas num apiário do norte Numa segunda etapa do projecto, os cientisdo país (Douro), no âmbito de um projecto europeu que visa dotar os tas vão também desenvolver um modelo fenoapicultores de ferramentas de monitorização remota em tempo real, lógico dos recursos alimentares para as abelhas, quer em termos da avaliação da saúde das colónias quer do potencial isto é, “mapear as flores que são importantes apícola de áreas ao nível de recursos para as abelhas, para uma melhor para as abelhas sob o ponto de vista nutricional, gestão dos seus apiários. período de floração ao longo do ano e a quantidaDesignado B-GOOD “Giving Beekeeping Guidance by Computatiode de recursos que podem providenciar”. Será um nal Assisted Decision Making” (desenvolvimento de sistemas de detrabalho de elevada complexidade, porque, claricisão para uma apicultura sustentável – novas ferramentas assistidas fica o docente da FCTUC, “implica trabalhar muita por computação), este projecto reúne perto de 70 cientistas de 17 informação: trabalhar dados ao nível das paisagens instituições de 13 países europeus, bem como apicultores e especiaagrícolas, florestais e de áreas naturais e as assolistas em tecnologias informáticas, e tem um financiamento global ciações florísticas destes elementos da paisagem, e de mais de sete milhões de euros da União Europeia através do validar em campo o modelo fenológico identificando Programa Horizonte 2020. as flores ‘amigas’ das abelhas e avaliar o teor de açúEstas colmeias inteligentes, que vão ser testadas simultaneacar, néctar, pólen, etc.”. mente em mais sete países participantes no projecto, estão insO objectivo final será “não apenas mapear os retrumentadas com um conjunto de sensores que recolhem e monicursos importantes para as abelhas à escala europeia, torizam continuamente vários parâmetros, tais como humidade, mas criar mapas dinâmicos de adequação do habitat temperatura, vibração das abelhas e peso da colmeia, entre ouem termos de quantidade e qualidade de recursos tros, permitindo conhecer o estado da colónia de acordo com o que cada zona geográfica pode providenciar por ano denominado índice do estado de saúde das abelhas (do inglês às abelhas, informação muito relevante não só para os Health Status Index - HSI), um índice desenvolvido pela Autoriapicultores, como também para entidades estatais que dade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla original). estabelecem os limites para o número de apiários que Com estes estes dados, aliados a outras ferramentas, explica podem ser instalados em cada zona do território”, salienJosé Paulo Sousa, vice-coordenador do projecto e docente da ta o docente da FCTUC. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de CoimJosé Paulo Sousa sublinha que esta ferramenta de gesbra (FCTUC), “vai ser possível testar, padronizar e validar os tão assume particular relevância: “devido às alterações métodos para medir e reportar os indicadores seleccionados climáticas, a disponibilidade de recursos florais constitui que afectam a saúde das abelhas, através de uma simples um grave problema, pois pode haver espécies que deixem aplicação informática (app), permitindo que os apicultores de florir a determinada altura, o período de floração pode tenham informação rápida e fidedigna em tempo real sobre variar, podendo causar um desfasamento entre o período o estado de cada uma das suas colónias, podendo detectar de floração e as necessidades nutricionais das abelhas e, antecipadamente fenómenos de enxameamento e sintoconsequentemente, originar uma alteração do estado de mas de diversas doenças, evitando assim constantes monisaúde das colónias, com uma diminuição da capacidade de 22

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reprodução e uma redução na resistência a diversas doenças”.

O investigador declara ainda que “é essencial uma gestão adequada dos recursos ao nível da paisagem, adoptando medidas que incentivem a implementação de infraestruturas verdes em áreas agrícolas com misturas florais ajustadas a cada região que permitam períodos de floração mais alargados”.

O B-GOOD “abre caminho para uma apicultura saudável e sustentável na União Europeia, se-

guindo uma abordagem colaborativa e interdisciplinar”, afirma o também investigador do Centro de Ecologia Funcional da FCTUC, realçando que o que torna único este projecto “é a utilização de uma ampla rede espacial de recolha de dados em colónias de abelhas com estreita ligação a dados apícolas já existentes, assim como o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e autónomas para a monotorização de colmeias”.

Toda a tecnologia que suporta as colmeias inteligentes do projecto B-GOOD, o que irá permitir a implementação de acções de mitigação adaptáveis destinadas a minimizar o impacto de diferentes agentes de stresse nas abelhas, deverá estar no mercado dentro de dois a três anos.

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Projecto centra-se num estudo em três aproveitamentos hidroagrícolas

Regantes criam nova ferramenta para optimizar uso da água e da energia na agricultura

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ptimizar o uso da água e da energia no regadio, reduzindo perdas, gre, responsável do LNEC-Laboratório Nacional é o objectivo de uma nova ferramenta de diagnóstico e avaliação de Engenharia Civil, um dos parceiros do AGIR. desenvolvida pelo Grupo Operacional AGIR. Mais de 50 entidades gesNa opinião de Cláudia Brandão, chefe da Divitoras de água e 200.000 hectares de regadio podem vir a beneficiar são de Infraestruturas Hidráulicas da Direcção de desta nova matriz de avaliação.

Serviços do Regadio da Direcção-Geral de AgriculOs parceiros do projecto AGIR estão a desenvolver um sistema de tura e Desenvolvimento Rural, entidade que tuavaliação de desempenho da eficiência do uso da água e da energia tela o regadio público em Portugal, “este sistema nas redes de transporte e distribuição de água para agricultura, que de avaliação será uma ferramenta importante para ajudará as entidades gestoras dos perímetros de rega públicos a todesenvolver uma agricultura sustentável, porque mar decisões fundamentadas sobre investimentos de modernização contribui para preservar os recursos - água e solo e gestão das infraestruturas.

-, valorizando as boas práticas e os investimentos O projecto centra-se no estudo de casos-piloto de três aproveitano regadio”. mentos hidroagrícolas – Odivelas, Vigia (ambas no Alentejo) e Vale Para a FENAREG, entidade que coordena este Grudo Sorraia (no Ribatejo) –, a partir do qual está a ser desenvolvida po Operacional, “o projecto AGIR vem demonstrar o uma matriz de avaliação universal. empenho do sector agrícola em praticar um regadio Nos primeiros dois anos do AGIR, e na sequência do diagnóstico eficiente e sustentável, dando o seu contributo para realizado, estas entidades aferiram perdas de água em canais e hique Portugal atinja as metas de descarbonização prodrantes; investiram em programas de telegestão para controlo da postas pelo Governo e pela União Europeia”, afirma distribuição de água e na melhoria da automatização das estações Carina Arranja, secretária-geral da FENAREG. elevatórias, entre outras medidas.

O projecto AGIR teve início em 2017, com duração Os resultados preliminares do projecto apontam para a necesde três anos, sendo financiado pelo PDR2020, na Opesidade de reabilitar as infraestruturas, investir na manutenção ração 1.0.1 – Grupos Operacionais. Da parte da invesdos equipamentos de medição e melhorar o controlo operaciotigação participam neste Grupo Operacional: LNEC, nal da rede de distribuição de água.

Universidade de Évora, Instituto Politécnico de Setúbal; Instituto Nacional de Investigação Agrária e VeterináManual de Boas Práticas de Rega ria; Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio. Estão Ao nível da parcela agrícola estão a ser identificados factoenvolvidas 3 entidades gestoras de Aproveitamentos res críticos de intervenção e serão feitas recomendações para Hidroagrícolas: ABORO - Associação de Beneficiários da melhorar os sistemas de rega e o uso da água e da energia Obra de Rega de Odivelas; ARBVS - Associação de Regan(dimensionamento ou reconversão de sistemas, alterações tes e Beneficiários do Vale do Sorraia e ABOVIGIA - Assonas dotações e intervalos de rega). Do projecto resultará um ciação de Beneficiários da Obra da Vigia – e 3 agricultores: Manual de Boas Práticas de Rega destinado aos agricultores.

Sociedade Agrícola Bico da Vela II; AGRO-VALE Longo, Lda “O AGIR é uma porta que se abre para uma mudança de e Mencoca Agricultura, Lda. paradigma na forma de avaliar o desempenho dos sistemas de rega em Portugal. Esta ferramenta pode vir a ser usada no apoio à definição de políticas públicas”, explica Helena Ale24

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Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística

Rendimento da agricultura deverá crescer 5,8% em 2019 O

rendimento gerado pela actividade agrícola em Portugal deve auvisto para os vegetais e produtos hortícolas rementar 5,8% em 2019, face a 2018, após ter diminuído 0,1% no flecte sobretudo a evolução dos hortícolas fresano passado, segundo a primeira estimativa das contas económicas da cos, incluindo o tomate que aumentou 12,4%. agricultura divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A produção de batata registou um aumento De acordo com o Instituto, este aumento de 5,8% do rendimento de área e de produtividade, prevendo o instituto da actividade agrícola, em termos reais, por unidade de trabalho ano um aumento em volume de 14,9%, enquanto nos (UTA), surge “em consequência dos acréscimos perspectivados para o frutos se estima um acréscimo de 8,9% no voluValor Acrescentado Bruto (VAB)”, de mais 4,4%, e para os outros subme, destacando o INE os contributos da maçã, pesídios à produção, de mais 6%, enquanto o volume de mão-de-obra quenos frutos, amêndoa e azeitona. “Com efeito, a agrícola deve cair 1,8%. produção de maçã terá aumentado cerca de 35%, O INE diz ainda que o aumento de 5,5% da produção do ramo agrípodendo atingir a maior produção dos últimos 30 cola, conjugada com um crescimento menos acentuado do consuanos, beneficiada pelas condições meteorológicas mo intermédio, de mais 2,9%, concorreu para o aumento de 4,4% e pela entrada em produção de pomares novos”, do VAB em valor, e que, em termos reais, o VAB “deverá aumentar afirma o instituto, adiantando que a os preços de4%”. vem cair 2,5%.

A produção do ramo agrícola vai aumentar 2,8% em volume, A produção de pêra, afectada por problemas fitosenquanto a produção vegetal deve aumentar 4,3%, em resultado sanitários que conduziram à queda precoce do fruto de um acréscimo em volume (mais 4,8%) e de uma redução dos ou impediram a sua comercialização, levaram o INE a preços de base (menos 0,5%). prever uma diminuição de 5% em volume.

As estimativas apontam para um volume inferior ao do ano anPara a produção animal a estimativa é de aumento terior na produção de cereais, com uma descida de 3,9%, uma de em valor de 2,1%, face a 2018, em resultado de um vez que, excepto o milho, todos registam menor volume de proaumento dos preços de base, uma vez que o volume dução, segundo o INE. “Com efeito, a escassez de precipitação, caiu. A estimativa para este ano prevê uma redução em associada a altas temperaturas durante a Primavera, interferiu volume de 3,4% nos bovinos, tendo em conta a diminegativamente nos cereais de sequeiro”, explica, adiantando nuição dos abates, enquanto a produção de suínos, em prever-se, no entanto, um aumento de 0,2% no volume da provolume, se deve manter próxima dos valores de 2018. dução de milho, dado que o tempo quente e seco não afectou Para a produção de leite, o INE estima um decréscimo o desenvolvimento desta cultura de regadio. de 0,9% da produção em volume e um aumento de 1,2% Para o arroz, o instituto estima que a produtividade por hecdo preço. tare fique abaixo da do ano anterior, devido às temperaturas O Consumo intermédio (CI) deve aumentar este ano mais amenas e a menor luminosidade no Verão. “A produção 2,9%, em termos nominais, em resultado de um aumendeverá ser inferior à da campanha anterior, posicionando to generalizado dos consumos de vários produtos, como esta campanha como a menos produtiva da última década”, alimentos para animais (mais 2,7%), energia (mais 2,9%), lê-se no documento, adiantando o INE que o preço no proadubos e correctivos do solo (mais 6%) e produtos fitossadutor para os cereais deve aumentar 2,8%. nitários (mais 9%).

O INE diz ainda que o aumento de 7,7% em volume prewww.gazetarural.com

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Segundo o Secretário Regional da Agricultura e Florestas dos Açores

Jovens são imprescindíveis para uma agricultura mais forte e competitiva

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Secretário Regional da Agricultura e Florestas dos Açores destacou, lhores condições de trabalho aos agricultores, em Angra do Heroísmo, a importância dos jovens para o futuro da reduzir os custos de produção das exploraagricultura nos Açores, que se quer mais forte e competitiva, consideranções, melhorar o rendimento dos produtores do que o seu contributo activo é determinante para o desenvolvimento e a rentabilidade das empresas”, afirmou João sustentável do sector, para a fixação de pessoas nos meios rurais e para Ponte, frisando que, para isso, é necessário que o desenvolvimento económico da Região. exista “mais abastecimento de água e de ener“Saúdo todos os jovens agricultores e relevo a importância da activigia eléctrica nas explorações e melhores camidade que exercem e que muito contribuiu para o desenvolvimento econhos agrícolas, como referenciais de padrões de nómico, social e ambiental da nossa Região e desta ilha, em particular”, modernidade e capacitação de índices mais eleafirmou João Ponte, que falava sexta-feira nas comemorações do trivados de competitividade e de melhoria directa gésimo aniversário da Associação de Jovens Agricultores Terceirenses. no rendimento”.

“Os jovens, vencendo desafios estruturais e ultrapassando conjunO Secretário Regional frisou também que está turas difíceis ao longo do tempo, construíram um percurso notável em já em implementação a Estratégica para a Agricultermos de progresso na agricultura”, acrescentou. tura Biológica, confirmando a aposta do Governo Na sua intervenção, João Ponte indicou que existem várias evidos Açores numa agricultura ainda mais sustentádências do “sólido trajecto” feito nesta legislatura, concretamente vel e que gere mais valor, sendo que, no âmbito das na ilha Terceira, apontando o facto da produtividade média das exalterações ao programa POSEI para o próximo ano, plorações leiteiras ter aumentado 8%, a receita directa da produção foram criados incentivos ao desenvolvimento da de leite ter crescido 12% e o volume de negócios das indústrias de agricultura biológica. “Estão disponíveis suplemenlacticínios aumentado 7%. tos aos prémios ao abate, à vaca leiteira, aos produParalelamente, no mesmo período, a exportação de carne de botores de leite, às culturas arvenses e às hortofrutívino na Terceira cresceu 10%, representando 53% dos abates de colas. Isentamos de rateio a quase totalidade destes bovinos, entraram no sector mais 50 jovens agricultores e foram suplementos e alargamos estes incentivos ao períoaprovados 190 projectos de modernização, com um investimento do de conversão”, referiu João Ponte, considerando de 20 milhões de euros. que estes são “bons exemplos” da determinação e da O Secretário Regional destacou que, apesar de, nos Açores, os aposta que o Governo dos Açores está a fazer na proprodutores agrícolas apresentarem uma idade média de 53 anos, moção da agricultura biológica. é objectivo estratégico do Governo rejuvenescer o sector e gaPara o governante, a determinação do Executivo em rantir o seu futuro no arquipélago. apoiar a agricultura e os jovens agricultores acontece Para isso, João Ponte salientou que, já no próximo ano, será porque existe a forte convicção de que “sem jovens na implementado o programa Jovem Agricultor e o novo regime agricultura o futuro deste sector e o futuro das zonas de cessação da actividade agrícola, proporcionando condições rurais não está assegurado”. para atrair mais jovens agricultores e permitir que os mais ido“Se não tornarmos a agricultura e as zonas rurais atracsos possam dar lugar a uma nova geração de agricultores. tivas aos jovens, provavelmente estes irão procurar outras Perante os jovens agricultores terceirenses, o governante alternativas”, alertou. disse ainda que em 2020 serão lançados os programas PROAJoão Ponte fez votos para que a paixão e a dedicação GRI e I9AGRI, que permitirão apoiar projectos nas áreas da dos agricultores e dos jovens agricultores de hoje se esinovação, da agricultura de precisão e melhorar a eficiência e tendam com a mesma intensidade à transformação e à coa rentabilidade das explorações. mercialização, em prol da melhor valorização dos produtos “Temos ainda uma preocupação permanente em dar meaçorianos e da melhoria do rendimento dos agricultores.

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Com evolução da agricultura

Governo quer promover bioeconomia circular

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Governo quer promover a bioeconomia circular, que representa 320 mil postos de trabalho, devendo a agricultura, a floresta e o mar evoluir no seu perfil de descarbonização, “dando lugar a uma rede industrial de base biológica”. “Portugal é um dos países europeus com maior potencial na área da bioeconomia, estimando-se que esta represente cerca de 43 mil milhões de euros de volume de negócios e 320 mil postos de trabalho a nível nacional”, lê-se no documento Grandes Opções do Plano 2020-2023.

Segundo o executivo, a bioeconomia circular, “sendo uma componente fundamental de uma sociedade neutra em carbono”, tem em conta a regeneração dos sistemas naturais e a extracção de materiais de valor acrescentado “a partir de fluxos de materiais orgânicos residuais”, por exemplo, materiais de embalagem a partir de compostos vegetais.

O Governo comprometeu-se a desenvolver uma estratégia nacional para a bioeconomia sustentável 2030, a rever o plano nacional de promoção de biorrefinarias “à luz das novas orientações europeias” e ampliar e diversificar as oportunidades de negócio ligadas ao “uso eficiente e regenerativo” de recursos locais.

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Serão instaladas 37 torres de videovigilância nos dois territórios

CIMs Viseu Dão Lafões e Coimbra preparam

a implementação de sistema de videovigilância florestal

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s Comunidades Intermunicipais de Viseu Dão Lafões e da Região de Com vista à preparação da implementação Coimbra estão a preparar a implementação de um Sistema Intedo referido sistema, decorreu uma reunião grado de Videovigilância para a Prevenção de Incêndios Florestais, que no Salão Nobre da Câmara de Mortágua com visa contribuir para a detecção precoce dos incêndios e para o despao objectivo de proceder à apresentação dos locho rápido dos meios de combate, para além da definição de estratécais para a instalação das torres, definidos com gias de combate e de apoio à decisão. base num estudo realizado pelo Instituto SupeO objectivo geral do projecto apoiado pelo Programa Operacional rior Técnico, de forma a possibilitar a abertura de Sustentabilidade e Uso dos Recursos (POSEUR), Fundo de Coesão e do procedimento de contratação pública para a Portugal 2020, submetido no âmbito de uma parceria entre ambas as aquisição do sistema.

Comunidades Intermunicipais, centra-se na instalação de uma rede Na referida reunião estiveram presentes os técde 37 torres de videovigilância para a prevenção de incêndios flonicos dos Gabinetes Técnicos Florestais de ambas restais com abrangência nos 33 municípios, num investimento total as regiões, bem como responsáveis dos Comandos de 3.8M€.

Distritais de Operações de Socorro, Guarda NacioDo desiderato desta implementação espera-se uma cobertura nal Republicana, Instituto de Conservação da Natuadequada de ambos os territórios, tendo em consideração as áreas reza e Florestas e Agência para a Gestão Integrada de maior risco, as zonas sombra e as áreas com maior histórico de Fogos Rurais. A candidatura, elaborada por amde incêndios florestais, de forma a desenvolver uma estratégia bas as CIM’s, obteve parecer favorável da GNR e da supramunicipal que permita minimizar os impactos dos incêndios ANEPC. florestais, potenciando os meios disponíveis para a sua vigilância, detecção e combate.

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Durante o mês de Janeiro de 2020

Criadores de ovinos e caprinos obrigados a declarar animais

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s criadores de ovinos e caprinos estão obrigados a declarar os seus animais em Janeiro de 2020, considerando o efectivo detido até ao final do ano anterior, segundo um aviso da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

“Durante o mês de Janeiro de 2020, todos os criadores de ovinos e de caprinos ficam obrigados a declarar os animais detidos por marca de exploração a 31 de Dezembro de 2019”, lê-se no aviso publicado na página da internet da DGAV. A ausência da declaração de existência constituí uma contra-ordenação punível com uma coima mínima de 100 euros e determina a perda do direito de emissão de guias de circulação para a exploração e para o detentor. O documento poderá ser submetido, directamente pelo produtor, no portal do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) ou em qualquer departamento dos serviços de alimentação e veterinária regionais. É ainda possível efectuar esta declaração nas entidades protocoladas pelo IFAP, através da aplicação SNIRA/iDigital. A DGAV é um serviço central da administração directa do Estado, com autonomia administrativa.

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Opinião

Portugal precisa da floresta e dos produtores florestais

em simultâneo com a floresta produtiva. Ao assumirem o papel de autênticos guardiões da Natureza e da Floresta, prestam um serviço incalculável à sociedade, sem que, no entanto, haja qualquer reconhecimento público digno de registo.

Apesar disso, o território nacional e o meio rural continuam cada vez mais esquecidos. Os produtores florestais já não conseguem disfarçar o cansaço e o desânimo, resultado da descrença e do abandono por parte do Estado e da sociedade civil em geral. Se nada for feito, o país corre o sério risco de converter-se num matagal floresta da Região de Aveiro ocupa mais de 75 mil hectares e destinado aos incendiários, colocando em causa o contribui para a economia familiar de mais de 30 mil produtoesforço de um trabalho de décadas. res florestais. Após 20 anos a incentivar o planeamento e a gestão Agora, pelas informações que nos chegam pelos da propriedade privada de mais de 1.300 associados, a Associação meios de comunicação social, parece poder ver-se Florestal do Baixo Vouga (AFBV) influencia directamente, hoje, cerca alguma luz ao fundo do túnel. O programa deste de 20 mil hectares da floresta da Região de Aveiro, dos quais mais de XXII Governo reconhece finalmente, que as Orgaseis mil hectares são de área certificada. O resultado desse trabalho nizações de Produtores Florestais desempenham intensivo, dedicado à floresta e aos produtores florestais, fazem da um papel essencial na gestão ordenada da floresta e AFBV uma das maiores associações do país, no que diz respeito ao promete reforçar o papel do associativismo florestal, impacto no território. aumentar a área com gestão agregada de pequenas Partimos de um contexto de base muito difícil: uma floresta de propriedades através de Organizações de Produtores minifúndio, cada vez mais abandonada, ocupada maioritariamenFlorestais, elaborar contratos programa para a gestão te pelo eucalipto, espécie amada por uns e odiada por outros. A do território pelas Organizações de Produtores Floresfalta de rentabilidade, os riscos elevados de incêndio, os ataques tais, entre outros. de pragas e doenças e, sobretudo uma política que se esquece Queremos acreditar que as políticas públicas estão dos produtores florestais e do meio rural, tem promovido o deatentas e darão finalmente uma resposta ajustada às sinteresse pela actividade florestal. exigências do sector Florestal, saudando as declarações Os desafios para contrariar esta realidade continuam a ser do Sr. Ministro do Ambiente: “Temos que ter uma colimuitos e complexos, mas estamos convictos que o associativisgação com os donos da terra”, porque 97% da área flomo é a base para a mudança. É isto que defendemos. É nisto restal em Portugal é dos privados. que trabalhamos.

Se assim for, todos juntos seremos floresta. Porque Em 20 anos, conseguimos, em estreita ligação com os proqueremos o melhor para o nosso país. prietários associados, georreferenciar os seus prédios, introduzir o melhor conhecimento e tecnologia nas práticas silvícolas, conseguimos maiores produtividade e conquistamos Saudações florestais mercados e, com as áreas agrupadas, fomos ainda capazes António Augusto Fontoura de Ataíde Guimarães de inovar na reestruturação das propriedades para ganhar dimensão nos trabalhos florestais.

Presidente da Associação Florestal do Baixo Vouga Em 20 anos, os nossos associados conseguiram ainda demonstrar que é possível valorizar a componente ambiental

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Terminava no final deste ano

Governo prorroga apoios agroambientais até ao próximo período de programação

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Ministério da Agricultura anunciou a prorrogação do apoio aos compromissos agroambientais previstos no Programa de Desenvolvimento Regional 2020, que terminava no final de 2019, até ao próximo período de programação dos fundos europeus.

“Dado o elevado impacto nos rendimentos das explorações agrícolas e na adopção de boas práticas ambientais, factores determinantes para a sustentabilidade do sector, o Ministério da Agricultura decidiu garantir a existência deste apoio até ao próximo período de programação”, refere o gabinete de Maria do Céu Albuquerque em comunicado.

Segundo refere, fica assim “garantida a todos os agricultores actualmente com compromissos de natureza agro-ambiental a possibilidade de, no Pedido Único de 2020, solicitarem a ajuda correspondente à sua prorrogação para uma medida/operação por beneficiário”.

Os agricultores que sejam actualmente beneficiários de mais do que uma medida/operação, esclarece, “poderão escolher a medida/operação em que pretendem assumir a prorrogação do seu compromisso agro-ambiental”.

Assumidos em 2015 no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural – PDR2020, os compromissos de natureza agro-ambiental extinguiam-se no final de 2019 e ultrapassaram em 200 milhões de euros a dotação consagrada no programa para estas medidas, refere o ministério.

ASS. FLORESTAL DO BAIXO VOUGA

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Integrada na Feira Anual de Santa Luzia

Mercado de Gado de Trancoso recebeu mais de 400 animais P

romover e incentivar a criação de gado é o mote para a realização da mostra que a Câmara de Trancoso promove anualmente, a 13 de Dezembro, no mercado de gado, integrada na Feira Anual de Santa Luzia, que este ano coincidiu com o Mercado Semanal.

A mostra teve uma adesão muito significativa, com cerca de 400 animais, entre caprinos, ovinos e outros.

O presidente da Câmara de Trancoso destaca a importância desta mostra, que é também uma forma de homenagear todos aqueles que se dedicam à pecuária no concelho. Amilcar Salvador refere que a Feira Anual de Santa Luzia “já faz parte da cultura popular de Trancoso, uma vez que já realiza há muitos anos e nesta edição coincidiu com a realização do nosso mercado semanal” O edil de Trancoso destacou a presença neste mercado de gado de algumas dezenas de criadores e pastores, numa demonstração de interesse. “Os 40 parques do mercado para o gado estão cheios, o que significa que temos aqui cerca de 400 animais expostos. São os criadores e pastores que se sentem motivados para estarem presentes e a autarquia só tem que estar empenhada em lhes prestar esta homenagem, eles que ao longo do ano passam muitos sacrifícios, sendo que 32

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esta é uma fonte de rendimento importante para a nossa economia local”.

Depois de lembrar que esta mostra de gado se realiza anualmente, desde 2014, o autarca aponta a “importância que a agricultura, e no caso o sector da pecuária, tem para o nosso concelho”. É que, acrescenta, “Trancoso foi sempre uma terra de feiras e muito ligadas ao gado e à sua transacção, sobretudo a 13 de Dezembro, porque os animais são extremamente importantes para o homem, sempre o ajudaram, e são uma fonte de riqueza e de rendimento para muitos dos nossos agregados familiares”.

Amilcar Salvador diz que no concelho “temos mais de 15 mil ovinos, o que é muito significativo, nos bovinos houve algum decréscimo, mas ainda assim estamos a falar nalguns milhares de animais”. “O que sabemos, é que os produtos da pecuária e de todas as outras culturas, em especial das nossas freguesias rurais, são extremamente importantes para o concelho, para a região e para os grandes centros urbanos”. Por isso, “a autarquia procura estar presente, promover estas iniciativas e apoiar os nossos agricultores e os criadores de gado”.

Reforça o crescimento e diversificação das exportações de fruta nacional

Uva de mesa e kiwi nacionais a ‘caminho’ da Costa Rica O

s produtores de uva de mesa e kiwi portugueses já podem exportar para a Costa Rica, uma “conquista” que, para o Governo, reforça o crescimento e diversificação das exportações de fruta nacional. “Esta conquista representa mais um contributo para o reforço do crescimento e da diversificação das exportações de fruta portuguesas, sendo dado mais um passo na prossecução dos objectivos do Governo no âmbito do apoio e do incentivo à internacionalização das empresas e dos produtos portugueses”, defendeu, citada em comunicado, a ministra da Agricultura.

Além da uva de mesa e do kiwi, os produtores portugueses já exportam para a Costa Rica pêras, maçãs e citrinos. Actualmente, podem ser exportados 238 produtos para 58 destinos.

“Nesta legislatura, já foram abertos três novos mercados e temos ainda em vista a abertura de mercado para a exportação de quase 300 novos produtos. Estamos a trabalhar nestas oportunidades, conscientes da importância de conquistas como esta”, sublinhou Maria do Céu Albuquerque. Segundo a governante, o aumento das exportações reflecte o “dinamismo do sector” e “representa um contributo importante para o crescimento” da economia.

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Da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IP de Viseu

Alunos de Turismo animaram ‘Maiores’ do Lar Viscondessa de São Caetano O

s alunos na licenciatura de Turismo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), do Instituto Politécnico de Viseu, visitaram os ‘Maiores’ do Lar Viscondessa de São Caetano, numa iniciativa de cariz social e solidário. A ideia surgiu no início do semestre e foi levada a cabo na quadra natalícia, conseguindo, com esta visita, um ambiente familiar e de fraternidade com os utentes do Lar Viscondessa de São Caetano.

O objectivo de transmitir o espírito académico foi conseguido, ao mesmo tempo que deram a conhecer os vários momentos que a vida académica proporciona, desde os alunos do primeiro ano – “caloiros” – até aos finalistas.

Elisa Batista, diretora do lar, refere que os alunos da Licenciatura de Turismo a contactaram no sentido de tentar criar algo de gratificante e que revelasse o espírito académico a todos os seniores.

Confessa que, apesar de ter ficado com dúvidas, aceitou o desafio proposto recebendo-os, antecipadamente, para alinhavar o que seria apresentado.

O que tornou a sua decisão mais fácil foi o facto de muitos dos utentes terem assistido a alguns dos passos dos netos no caminho académico e agora terem a oportunidade de os vivenciar de uma forma, apesar de resumida, suficientemente capaz de os fazer perceber melhor a vida académica em Viseu.

Elisa Batista já anteriormente tinha recebido tunas académicas de vários institutos no lar, mas no contexto apresentado foi a primeira vez. Agradeceu a paciência e compreensão dos alunos, na medida em que o lar é um instituto de cariz religioso, também faz referência à ótima ideia das cartolas e das bengalas usadas pelos seniores que simbolizam os alunos finalistas.

Para terminar a tarde da melhor forma, a Tunadão 1998 animou todos os presentes com uma atuação exclusiva.

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Decorre até ao fim de semana de 21 e 22 de Dezembro

Sabores de Natal promovidos de diversas formas em Proença-a-Nova

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terior”, referiu João Lobo, incentivando os presentes a regressar e a ecorre até 21 e 22 de Dezembro o Mercadescobrir o concelho noutras ocasiões. Nógados, filhós, jeropiga, endo Sabores de Natal em Proença-a-Nova, chidos, queijo de cabra, afogado da boda e tigelada fizeram ainda parevento que tem vindo a decorrer aos fins-dete da ementa degustada ao longo da caminhada e durante o almoço.

-semana. Passeio pedestre “NaTal Rota Gourmet”, Incluída no passeio pedestre, decorreu também a iniciativa Rota rota das visitas guiadas e encenadas, atelier de das Visitas Guiadas e Encenadas do projecto Beira Baixa Cultural, cocultura e gastronomia, foram iniciativas que profinanciado no âmbito do Centro 2020, Portugal 2020 e Fundo Eumoveram os sabores de Natal do concelho. ropeu de Desenvolvimento Regional da União Europeia, dedicada à O passeio pedestre de nove quilómetros, que apanha da azeitona. atravessou as localidades de Vale da Mua, Pedra do No recinto do Mercado dos Sabores de Natal, realizou-se o atelier Altar, Estevês, Vale Videiros, Junceira e Peral, contou de cultura e gastronomia, tendo o chef João Branco apresentado com a presença de 210 caminheiros, 103 dos quais diversas possibilidades utilizando como ingredientes base o azeite oriundos da região de Pataias, concelho de Alcobae as azeitonas. ça, que tiveram a oportunidade de saborear algumas O Mercado dos Sabores de Natal esteve igualmente em destadas especialidades do concelho, a começar pela tiborque na estreia do programa da RTP1 “Domingo à Tarde”, tendo na. O Lagar do Vale da Mua, já em laboração, abriu as sido um dos seis pontos de reportagem a nível nacional. A forma suas portas para dar a conhecer este sabor tradicional de fazer filhós, a música típica, os biscoitos e o artesanato estivee também para que os visitantes pudessem ver ao vivo ram em destaque. o método tradicional de transformação da azeitona em O Mercado dos Sabores de Natal regressa no fim de semana azeite. de 21 e 22 de Dezembro, estando prevista animação circense e Nas boas vindas ao grupo, o presidente da Câmara de de rua, a actuação de Fábio Farinha e da Escola de Concertinas Proença destacou a importância do turismo de natureza dentro da estratégia promovida pela autarquia, muito de Proença-a-Nova. O mercado, que funciona entre as 10 e as 20 horas ao sábado e das 10 às 16 horas de domingo, conta associado naturalmente à gastronomia e à valorização de ainda com espaço infantil com trono do pai natal, pinturas fatradições como a apanha da azeitona. “Para os territórios ciais, balões, marco do correio, pista de carros e insufláveis, e como o nosso, o turismo é um importante veículo de cortambém com ateliers dinamizados pelo Centro Ciência Viva recção das assimetrias que foram sendo permitidas dentro da Floresta. do país que será certamente menos competitivo se forem ignorados estes dois terços que correspondem a todo o inwww.gazetarural.com

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Última Hora

Orçamento total do consórcio é de 1.568.867,98 euros

UTAD é parceira de projecto europeu no âmbito da regeneração das florestas

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o passado mês de Novembro foi realizada em Saragoça a primeira nologia Forestal de Catalunya (CTFC); a Asociareunião do projecto ForManRisk (Forest Management and nación Forestal de Galicia (ASF); a Gistree, Sistemas tural Risks), financiado pela União Europeia, por meio dos fundos do de Informação Geográfica, Floresta e Ambiente, FEDER, que faz parte do programa Interreg SUDOE. No encontro, os Lda. (Gistree) e a Universidade de Trás-os-Monparceiros tiveram a oportunidade de planear e organizar o calendário tes e Alto Douro (UTAD). O projecto integra ainda, dos primeiros seis meses de trabalho do projecto, que visa fornecer como parceiros associados por Portugal, o Instisoluções operacionais e comuns para o espaço SUDOE, com o objectuto da Conservação da Natureza e das Florestas tivo de melhorar a gestão de uma fase chave na vida da floresta: a (ICNF). regeneração.

O orçamento total do consórcio, para o desenCom uma perspectiva transnacional, o projecto organizará activivolvimento das actividades é de 1.568.867,98€, dades de formação e troca de experiências, além de desenvolver sendo 75% cofinanciado pelo Fundo Europeu de ferramentas actuais e partilhadas de apoio à gestão. Uma das prinDesenvolvimento Regional (FEDER) através do Procipais linhas do projecto é a implementação de uma rede de floresgrama de Cooperação Interreg V-B Sudoeste Eurotas piloto e espaços de trabalho de “demonstração” no território peu (2014-2020). O projecto, cujo início formal foi a SUDOE, permitindo experimentar novas técnicas de regeneração 1 de Outubro de 2019, durará até o final de 2022 e e de gestão de riscos, ao mesmo tempo que procede à conscienestá integrado no eixo prioritário 4: combate às mucialização dos actores envolvidos (intervenientes institucionais e a danças climáticas. população civil) acerca dos riscos naturais e se acelera a criação SUDOE de novos padrões de gestão no espaço de colaboração.

O Programa Interreg SUDOE apoia o desenvolvimenPara responder melhor a esses desafios, serão desenvolvidas to regional no sudoeste da Europa, financiando projecactividades para melhorar as técnicas de gestão florestal sustentos transnacionais através do FEDER. Promove a coopetáveis, nas florestas da área SUDOE que apresentam cada vez ração transnacional para lidar com problemas comuns mais problemas de regeneração associados às alterações cliàs regiões desse território, como o baixo investimento máticas. Irá também proceder-se ao desenvolvimento de ferraem investigação e desenvolvimento, a baixa competitimentas de gestão florestal que permitam melhorar a prevenção vidade de pequenas e médias empresas e a exposição a de riscos de incêndio e optimizar a coordenação e a eficiência mudanças climáticas e a riscos ambientais. das operações. Será ainda impulsionada a comunicação de forOs projectos aprovados são o resultado de consórcios ma a sensibilizar e envolver os intervenientes institucionais e a compostos por parceiros públicos e / ou privados, provepopulação civil acerca dos riscos naturais. nientes de regiões de diferentes países do sudoeste da O projecto tem como entidades participantes o Office NaEuropa. As regiões elegíveis são todas as comunidades tional des Forêts (ONF), líder do projecto; o Institut Médiautónomas espanholas (excepto as Ilhas Canárias), as reterranéen du liège (IML); o Institut National de la Rechergiões do sudoeste da França (Auvergne, Occitanie e Nouveche Agronomique (INRA); a Sociedad Aragonesa de Gestión lle Aquitaine), as regiões continentais de Portugal, o Reino Agroambiental (SARGA); o Consorci Centre de Ciència i TecUnido (Gibraltar) e o Principado de Andorra.

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Segundo uma proposta preliminar de Orçamento do Estado para 2020

Governo quer apoiar em mais 29 milhões de euros a agricultura biológica

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Governo deve definir o objectivo de execução de 29 milhões de euros em 2020 em medidas de apoio à agricultura biológica, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural, segundo uma proposta preliminar de Orçamento do Estado (OE).

“O Governo deve estabelecer como objectivo executar, em 2020, mais 29 milhões de euros do PDR 2020 (Programa de Desenvolvimento Rural) em medidas de apoio à agricultura biológica”, pode ler-se no documento. Entre as medidas a que se destinam o apoio em causa, encontram-se acções de apoio técnico e certificação na transição para a agricultura biológica.

Em Novembro, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, garantiu que o Governo tem a intenção de apostar no aumento da valorização da área agrícola em modo biológico e na gestão mais eficiente de recursos. Na altura a governante enumerou o que vão ser as principais linhas de orientação para o sector e a posição a assumir por Portugal na negociação de uma nova Política Agrícola Comum (PAC).

A promoção e valorização da agricultura biológica, com o consequente aumento da área que lhe está afecta, uma gestão mais eficiente da água, da energia e dos fertilizantes, devendo quanto a estes ser dada preferência aos orgânicos, e a recuperação dos efluentes das explorações pecuárias para a produção de biogás, que deverá ser uma fonte de energia para o próprio sector agrícola, são algumas das áreas que enunciou. “A agricultura tem de ser cada vez mais competitiva, conciliando essa actividade com os valores ambientais.

Impõe-se a aposta numa agricultura que consiga contribuir para a sustentabilidade económica, social e ambiental, tendo como foco a eficiência e o bem-estar animal e a circularidade no tratamento dos efluentes”, disse, na altura.

O Programa de Desenvolvimento Rural de Portugal foi aprovado na sequência da decisão de Comissão Europeia em Dezembro de 2014 e visa o apoio às actividades do sector agrícola assente numa gestão eficiente dos recursos. www.gazetarural.com

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Refere o presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal

Caretos de Podence ajudam a promover subdestino menos procurado no Norte

ferida aos Caretos possa dar à promoção turística, “é sempre de festejar o reconhecimento mundial destes nossos territórios, das nossas tradições, da nossa cultura”, observou o dirigente da estrutura nortenha. Significa, disse, “que temos coisas fantásticas no nosso território, um património fantástico, quer seja o Douro vinhapresidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte teiro, as pinturas rupestres, os centros históricos de Portugal (TPNP) sublinhou o contributo que a distinção dos Caretos de Podence pode dar para atrair visitantes a Trás-os-Montes, do Porto e de Guimarães, o Bom Jesus de Braga, o subdestino nortenho menos procurado em 2018. o barro de Bisalhães e agora os Caretos de PodenA declaração dos Caretos como Património Imaterial da Humace”. nidade “é uma marca muito forte”, que “vai ajudar a promoção do Luís Pedro Martins adiantou que todas estas território transmontano nos mercados estrangeiros”, a começar pelo marcas “de grande notoriedade vão ajudar as camespanhol e, dentro deste, nos mercados da Galiza e de Castela-Leão, panhas internacionais que o TPNP vai promover disse o líder do TPNP, Luís Pedro Martins. para captação de turistas, apoiada no que está clas“Os turistas espanhóis serão o primeiro alvo, sem dúvida”, frisou sificado como Património Mundial”. Numa primeira o responsável no dia em que recebeu na loja do TPNP do Aeroporto fase, a entidade regional “vai trabalhar só com os sído Porto a comitiva que acompanhou na Colômbia a declaração do tios Património Mundial e, depois, com o Património Caretos de Podence como Património Imaterial da Humanidade.

Imaterial da Humanidade”.

Em 2018, indicou Luís Pedro Martins, a região Norte alojou 4,5 Os Caretos de Podence foram declarados este mês milhões de turistas - o equivalente a metade da população porPatrimónio Cultural Imaterial da Humanidade pela ortuguesa -, mas a procura de Trás-os-Montes resumiu-se a 2,5% ganização das Nações Unidas, para a Educação, Ciência desse global, ficando os restantes pelo Grande Porto, Minho e e Cultura (UNESCO). A decisão foi anunciada na AssemDouro. Mais ainda: 80% dessa pequena fatia de visitantes que bleia Geral da Convenção para a Salvaguarda do Patriprocuraram Trás-os-Montes era constituída por portugueses”, mónio Cultural Imaterial, que decorreu em Bogotá, na assinalou o responsável.

Colômbia.

No âmbito do esforço de atracção de espanhóis ao subdestiOs tradicionais mascarados do Entrudo Chocalheino turístico de Trás-os-Montes, o TPNP agendou já para 14 de ro da aldeia do concelho transmontano de Macedo de Janeiro uma reunião de trabalho com a Junta de Castela-Leão Cavaleiros passam a estar integrados numa lista mundial visando “tentar desenvolver produtos que sejam transversais onde Portugal já tem o Fado, o Cante Alentejano, a Dieaos dois territórios”, acrescentou. ta Mediterrânica, a Falcoaria e os chamados “Bonecos de A estratégia de conseguir uma melhor distribuição dos turisEstremoz”. tas por toda a região cruza-se com duas outras: tentar atrair As “Festas de Inverno Carnaval de Podence” foram a únimais turistas na chamada época baixa e aumentar a estada ca candidatura seleccionada pelo Governo português para média de turistas na região, fixada em 1,8 dias por visitante e representar Portugal nesta XIV reunião do Comité Internaque Luís Pedro Martins pretende que ultrapasse, “pelo mecional da UNESCO. A decisão suscitou múltiplas reacções de nos, os dois dias”. congratulação, incluindo do Presidente da República, MarIndependentemente da ajuda que distinções como a concelo Rebelo de Sousa.

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