Gazeta Rural nº 366

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Termas da região Centro já reiniciaram a atividade termal

Aldeias Históricas de Portugal vão estar em festa em 2020 Famalicão promove gastronomia local com ‘Dias à Mesa Especial Verão’ Município da Guarda promove animação de Verão ao ar livre

“Poderemos estar a viver um dos períodos mais difíceis da gestão autárquica”, diz o presidente da Câmara de Tabuaço

Ficha técnica Ano XV | N.º 366 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Luís Serpa | Jorge Farromba | Júlio Sá Rego Departamento Comercial: Beatriz Fonte Sede de Redacção: Lourosa de Cima 3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda Administrador: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/ estatutoeditorial/ Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores. Foto de capa: Créditos ©Joel Oliveira Santos 2 www.gazetarural.com

As Cavalhadas de Vildemoinhos “é um património que todos sentem como seu”

Município apresenta vinho dedicado aos 250 anos da elevação de Pinhel à categoria de cidade Edição Especial – ADLs da região A campanha do mirtilo “está a decorrer bem”, diz presidente da COAPE Centro Tecnológico de Tondela deve abrir no próximo Verão

Crónicas Rurais - Terra Quente, Terra Fria: um quê de tradição da Terra Fria Município de Arcos de Valdevez e Adega de Ponte da Barca lançam Espumante Vez Gazeta Auto - Nissan Micra Exposição coletiva Esperança nas ruas do centro histórico de Sernancelhe


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Cumprindo rigorosos protocolos específicos de higienização e segurança

Termas da região Centro

já reiniciaram a atividade a atividade termal A maioria das 20 estâncias termais que integram a rede Termas Centro já reiniciaram as atividades, depois da suspensão originada pela covid-19. Os portugueses têm assim à disposição uma alternativa de férias saudáveis e tranquilas, em destinos longe das multidões e no seio da natureza.

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ecorde-se que as estâncias termais tomaram a iniciativa de suspender a atividade em meados de Março, no início da fase aguda da pandemia. A Direção-Geral de Saúde autorizou o reinício a 15 de Junho e desde então as Termas têm vindo a reabrir, cumprindo protocolos específicos e rigorosos de higienização e segurança. Nesta altura, já reiniciaram atividade 12 das Termas Centro. A primeira a reabrir foi São Pedro do Sul, logo a 15 de Junho. Ainda em Junho, reabriram as termas de Bicanho (18), Alcafache (22), Monfortinho (27), Piedade (29) e Sangemil (29). Em Julho, foi a vez de Caldas da Rainha, Curia, Luso, Vale da Mó (todas no dia 1), Caldas da Felgueira e Unhais de Serra (no dia 4) e as termas de Almeida (11 de Julho) Antes de abrirem as portas, as estâncias termais cumprem várias medidas adicionais de segurança, incluindo um rigoroso plano de análise bacteriológica solicitado pela DGS. Uma situação que não é novidade na ativida4

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de termal. “As estâncias termais sempre mantiveram o máximo cuidado relativamente às condições de higiene e de segurança das suas instalações. É uma preocupação inerente à atividade termal, que não começou agora. O que as termas agora fizeram foi adaptar os protocolos já existentes à realidade do covid-19. Mais distanciamento entre os aquistas, horários e circuitos que evitem o cruzamento entre pessoas, desinfeção das instalações reforçada e medições constantes de temperatura a clientes e a funcionários são alguns exemplos. Por isso, podemos assegurar a todos os que nos procuram que o poderão fazer com todas as garantias e confiança”, realça Adriano Barreto Ramos, coordenador do consórcio Termas Centro. “Convidamos todos os portugueses a visitar uma das estâncias termais da região Centro neste Verão. Vão ficar agradavelmente surpreendidos, não só com os resultados benéficos para a saúde de quem esteve muito tempo confinado em casa, como também com os locais de grande beleza natural e tranquilidade em que as termas estão implantadas. São o destino ideal para umas férias retemperadoras e longe de multidões, que inspiram momentos de relaxamento e de bem-estar”, diz ainda Adriano Barreto Ramos.


Ciclo “12 em Rede - Aldeias em Festa”

Aldeias Históricas de Portugal vão estar em festa de Setembro a Novembro As Aldeias Históricas vão ter animação entre Setembro e Novembro, no âmbito da quarta edição do ciclo “12 em Rede - Aldeias em Festa”, promovido pela Associação de Desenvolvimento Turístico Aldeias Históricas de Portugal.

A cultura, a gastronomia, a tradição, os costumes, o património, as lendas e os mitos das Aldeias Históricas “voltam a ser o mote” para mais uma edição do ciclo anual de animação que é considerado “um dos momentos altos do ano nas 12 aldeias e um importante contributo para a sua dinamização económica”. “Este ano, a sua realização surge também como uma forma de apoiar a recuperação do tecido empresarial e cultural, não só no território, como no resto associação refere que, este ano, as doze do país, já que uma das apostas é contratar artistas de renome, Aldeias Históricas de Portugal “voltam a para apelar ao público geral”, refere o comunicado. estar em festa, mas com eventos adaptados ao A Associação de Desenvolvimento Turístico Aldeias Históricas contexto atual”, devido à pandemia causada pela covid-19. A iniciativa “continuará a ter como objede Portugal adianta que o ciclo de 12 eventos irá decorrer de 6 tivo divulgar o património cultural material e imade Setembro a 7 de Novembro, entre sexta-feira, sábado e doterial único daqueles lugares, mas em linha com as mingo, realizando-se um dia em cada aldeia. “Cada evento será recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e dedicado a uma atividade cultural, que pode variar entre artes do Governo português no que toca ao cumprimento performativas, música ou instalação audiovisual. Cada atividade das orientações higiénico-sanitárias para o combate será apresentada num espaço exterior ou interior, de relevância à pandemia”, refere a associação, acrescentando que patrimonial, e onde seja possível o controlo do acesso de público e a aplicação de medidas sanitárias adequadas”, indica. “assim, e de modo a garantir a segurança de todos os E para “dar a conhecer as 12 aldeias durante o ciclo - dentro participantes, mas também das comunidades locais, do limite de pessoas a definir -, as Aldeias Históricas de Portuas 12 festas que compõem o ciclo ‘12 em Rede - Algal vão criar pacotes de fim de semana com ‘espetáculo + dordeias em Festa’ vão ser limitadas ao público e sujeitas mida + refeição’, com uma rede de alojamentos que venha a a inscrição prévia”, lê-se. associar-se à iniciativa”. A fonte refere que, “demonstrando uma forte capaciO ciclo começa em Castelo Rodrigo (06 de Setembro) e dade de reinvenção face ao panorama atual, as Aldeias prossegue com eventos em Linhares da Beira (12), Belmonte Históricas de Portugal vão oferecer, via ‘streaming’, ex(19), Trancoso (25), Marialva (26), Castelo Mendo (02 de Ouperiências únicas de imersão e descoberta pelas 12 altubro), Almeida (03), Piódão (04), Sortelha (17), Castelo Novo deias, ampliando assim o alcance do território e da iniciativa”. (24), Idanha-a-Velha (31) e Monsanto (07 de Novembro).

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Rally Fish decorre até 26 de Julho

Há petiscos em 63 restaurantes de Matosinhos A sétima edição do Rally Fish está a decorrer, até 26 de Julho, em 63 restaurantes aderentes, espalhados um pouco por todo o concelho, com particular concentração em Matosinhos, Leça da Palmeira e Angeiras.

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semelhança das edições anteriores, os restaurantes aderentes brindam os seus clientes com uma experiência gastronómica, que inclui a degustação de um petisco e de um copo de vinho pelo valor de três euros. A maioria dos petiscos apresenta o peixe e o marisco como principais protagonistas, mas existem também opções vegetarianas e veganas para saborear. Todos os petiscos desta edição prometem surpreender não só os adeptos desta rota gastronómica, mas também os seus novos seguidores, com entradas tão diversas como o famoso creme de marisco, a sopa de pescador ou as pataniscas e os crepes de bacalhau, bem como o espadarte marinado em molho de vinagrete, os mexilhões ao vapor e a tão apreciada petinga. Estes são apenas alguns dos pitéus que poderá degustar! Este ano, o Rally Fish é a primeira iniciativa gastronómica a realizar-se no concelho após o período de pandemia nacional e todos os estabelecimentos aderentes estão ansiosos por o receber. Recorde-se que os restaurantes locais reabriram portas a 18 de Maio, assegurando todas as condições de segurança e higiene para receberem novamente os seus clientes. Por isso, aproveite o Rally Fish para revisitar determinados espaços e conhecer novos e deliciar-se com os seus petiscos, enquanto aproveita o Verão numa mesa de esplanada. Este evento vai contribuir para a dinamização da economia local e, através desta e de outras iniciativas promovidas pelo município, Matosinhos continuará a divulgar a sua afamada gastronomia local. Os interessados em degustar e descobrir os petiscos desta edição poderão consultar a plataforma digital da Zomato, que mantém a parceria estabelecida com o município de Matosinhos e se apresenta novamente como o guia oficial do Rally Fish. Finda a rota, e o rally pelos diversos restaurantes aderentes, devem votar no seu petisco preferido.


Parque Industrial CoimbrĂľes, Lote 76 Apartado 5002, 3501-997 VISEU Tel.: 232 470 760 | Fax: 232 470 769 | E-mail: viseu@soveco.pt www.soveco.pt

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Até ao dia 04 de Outubro, com atividades itinerantes

Município da Guarda promove animação de Verão ao ar livre O município da Guarda vai promover um programa de animação de Verão, até ao dia 4 de Outubro, que inclui atividades itinerantes e ao ar livre, em diversos locais da cidade. A iniciativa “Isto (não) é um festival!”, que começou no passado dia 10 de Julho, integra um programa de animação urbana multidisciplinar e terá o espaço público como palco principal, assim como varandas e jardins, seguindo as recomendações de segurança exigidas pela Direção-Geral da Saúde devido à pandemia causada pela covid-19.

do centro urbano da Guarda “ganham vida com músicos a atuar, inesperadamente, em balcões e varandins”, com a iniciativa “Varandas Com Vida”, de acordo com a organização. Outra das novidades da programação estival prende-se com uma atividade para as famílias que decorrerá em três fins de semana de Agosto (dias 1, 2, 8, 9, 15 e 16) nos jardins da cidade mais alta do país, onde haverá iniciativas culturais, comida saudável, aulas de ioga e meditação, um espaço com atividades dedicadas às crianças, entre outras egundo a Câmara da Guarda, o programa é “bastante eclétiatividades. co” e inclui teatro, música, cinema, arte pública e animação O programa de “Isto (não) é um festival!” também de rua. Segundo a fonte, “as propostas de Verão deste ano englointegra a Feira de Antiguidades e Colecionismo (que bam o ‘Música sobre rodas - Trio Elétrico’, que vai circular com se realiza na Alameda de Santo André, no primeiro bandas locais a oferecer concertos itinerantes um pouco por domingo de cada mês), e o evento “Cinema no Mutodo o centro urbano e bairros da cidade”, de 23 a 30 de Julho. seu”, promovido pelo Cineclube da Guarda (dias 11, O projeto ‘Música sobre rodas’ envolve as bandas Cem En18 e 25 de Agosto e 1 e 8 de setembro). saios, Sexta-feira Santa, Contraband, Prós e Contras, Vozes Segundo o município da Guarda, o programa de de Burro não Chegam ao Céu, Red Mustang, Volta e Meia e animação de Verão da cidade é diversificado e “tem o Remexido. intuito de envolver os criadores locais no restabelecer Também será realizada a iniciativa “Terra d’artes”, a realida cultura na Guarda, após paragem de vários meses zar no Parque Urbano do Rio Diz, de 22 a 29 de Julho, com das iniciativas culturais em geral devido à pandemia por sete artistas que vão criar sete obras interpretativas do ciclo covid-19”. de festivais de cultura popular do concelho, a que se juntam “Este programa, criado para apoiar os artistas e criaartesãos a trabalhar ao vivo. Participam na iniciativa Pedro dores locais, e apoiar a economia local, tem por base as Figueiredo (escultura), Rui Miragaia (escultura em ferro), regras extraordinárias determinadas pelas autoridades Sofia Gralha (cerâmica), Sara Teixeira (ilustração), Pedro de saúde no contexto da pandemia, podendo sofrer alteAmaral (pintura), Sidney Cerqueira (pintura) e Sérgio Lerações para melhor segurança de todos”, sublinha. mos (escultura/madeira). Até 30 de Agosto as varandas

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Entre 24 de Julho e 6 de Setembro em 14 restaurantes aderentes

Famalicão promove gastronomia com ‘Dias à Mesa Especial Verão’ O Verão chegou em força e em Vila Nova de Famalicão, a Câmara Municipal decidiu lançar uma edição especial da iniciativa “Dias à Mesa”, para valorizar e promover a gastronomia do concelho como um produto turístico transversal neste período, oferecendo descontos nas refeições que poderão chegar aos 40%. A edição Dias à Mesa – Especial Verão arranca a 24 de Julho e decorre até 6 de Setembro, em 14 restaurantes aderentes.

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ara o vereador do Turismo, Augusto Lima, “esta iniciativa tem como grande objetivo atrair mais pessoas para a nossa restauração, dinamizando o sector, e ajudando a reconquistar a confiança das pessoas depois das consequências que a pandemia trouxe para o sector”, frisou o responsável. “Cada restaurante servirá o seu menu mediante uma política de descontos que consideramos muito atrativa para que as pessoas possam deslocar-se aos restaurantes durante o Verão”, acrescentou. O também vereador da economia e empreendedorismo destacou ainda que os restaurantes de Famalicão estão preparados para receber os clientes durante a pandemia. “A nossa restauração tem as devidas condições sanitárias para receber os clientes de forma segura e, por isso, apelamos para que as pessoas venham aos restaurantes sem qualquer tipo de receio de forma a apoiar também os restaurantes e ajudar o sector a recuperar”. Augusto Lima explicou que a iniciativa assenta numa forte campanha de descontos e ofertas, associada a uma prática de incentivo à partilha de experiências gastronómicas nas redes sociais. Na semana de abertura (de 24 de Julho a 2 de Agosto) e na semana de encerramento (de 28 de Agosto a 6 de Setembro), os menus apresentados pelos restaurantes aderentes serão comercializados com um desconto de 40% durante os dias da semana e de 20 por cento ao fim de semana (sexta-feira à noite, sábado e domingo). Recorde-se que Dias à Mesa são uma iniciativa de promoção da boa cozinha regional, promovida pelo Município de Vila Nova de Famalicão, em estreita colaboração com os restaurantes locais. Realiza-se ao longo do ano, com um programa atrativo e diversificado, que faz jus à fama que Famalicão granjeia enquanto lugar de boa comida. www.gazetarural.com

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Diz o presidente da Câmara de Tabuaço, Carlos Carvalho

“Poderemos estar a viver um dos períodos mais difíceis da gestão autárquica” O período que atravessamos coloca questões de diversa ordem, desde logo no aspeto social, mas também económico, que se agrava no meio rural, onde a incerteza hoje é maior. Por Tabuaço as preocupações sociais estão na ordem do dia do autarca local, num concelho onde predomina a agricultura, com destaque para a viticultura.

mas em todo o país, o que também levou a que nós, salvaguardando algumas excepções e excessos, tivéssemos tido um comportamento exemplar durante o período de confinamento, - foi a percepção comum de que se tivéssemos muitos casos em pouco espaço de tempo o nosm conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara diz que so Sistema Nacional de Saúde (SNS) não suporos últimos meses têm sido “difíceis”, antecipando que “poderetaria essa ‘avalanche’ e ficaria sem capacidade de resposta. Temos a percepção de que o SNS, mos estar a viver um dos períodos mais difíceis, no que à gestão aupara aquilo que é o dia a dia normal, não chega e, tárquica diz respeito”. Carlos Carvalho mostra preocupação como o na nossa realidade, mais complexo se torna. setor primário do seu concelho e antecipa dificuldades, sublinhando Como fomos vendo em países bem próximos, a que “ninguém estava preparado para uma situação destas”. sobrecarga sobre os serviços de saúde, à partida melhores que os nossos, assustou-nos, porque de Gazeta Rural (GR): Como tem sido vivida esta nova realidaum momento para o outro poderíamos ter uma side em Tabuaço? Carlos Carvalho (CC): Tem sido difícil. Parece-me que é opituação similar. A verdade é que, e sem querer fazer futurologia, nião unânime de que poderemos estar a viver um dos períodos espero que não tenhamos que passar por um períomais difíceis no que à gestão autárquica diz respeito, até porque a maior parte de nós não estava minimamente preparado idêntico e tão complexo. Isso não se verificou em Tabuaço e na maior parte dos municípios ribeirinhos do para uma situação destas. Melhor ainda, ninguém estaria do Douro do norte do distrito de Viseu. sequer crente que uma situação similar poderia alguma vez O que nos ocupava a cabeça era a questão patolóacontecer. Isto leva a que o facto de não haver termo comparativo gica e clínica, agora, atendendo ao desconfinamento com qualquer outra situação que já tenha acontecido, ese à retoma da normalidade, é substituída com outros problemas, nomeadamente as questões económicas, a tejamos a anos luz daquilo que é a realidade atual, o que perda de rendimentos, o que infelizmente aconteceu, faz com que as dificuldades sejam ainda maiores, porque a incerteza que paira no principal pilar da nossa econoestamos todos a navegar à vista. Estamos tenteando decisões, embora na nossa realimia, que é o setor primário, nomeadamente quais serão os rendimentos dos agricultores, no vinho, na maçã, na dade, do Douro Sul, a situação se tenha mantido relaticastanha, entre outros. vamente calma, exceção feita a alguns pequenos focos, Estamos todos a tentar garantir que esses rendimentos mais complexos em lares. Por cá, atuamos sempre numa sejam o mais aproximado possível daquilo que era danestratégia de prevenção, no sentido de antecipar cenários que pudessem tornar-se complexos naquilo que é a tes, mas a verdade é que essa incerteza ainda se mantem. saúde publica. A preocupação económica, hoje, começa a ocupar aquilo Os dos nossos grandes medos, - não só em Tabuaço que era a questão clínica até há umas semana atrás.

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GR: Tem algum feedback dos prejuízos causados no setor primário, nomeadamente no vinho? CC: O feedback que temos é o que qualquer incerteza trás. O facto a destacar é que os viticultores ainda não percepcionaram de que forma irão ser ressarcidos por aquilo que é o rendimento normal do seu produto. No vinho do Porto há o Benefício, que garante um determinado valor mediante a letra de classificação das uvas que produzem, e nos vinhos DOC sabia-se que o preço andava por um determinado valor. Neste momento isso não existe, uma vez que as vendas de vinho caíram, nomeadamente na restauração, e não se sabe se os grandes compradores irão adquirir uvas na mesma quantidade de anos anteriores e a que preço estão dispostos a pagar.

confinamento e da pandemia, em toda a acepção da palavra, quando estávamos todos em pânico, o Governo Central foi, muitas vezes, substituíGR: Têm tentado encontrar soluções? do pelas autarquias, porque, se assim não fosse, isto teria sido um caos CC: Temos tentado, de alguma forma, criar incomparavelmente maior. Nessa altura não vi ninguém preocupado condições para que isso aconteça através da com a esfera de competências dos municípios, quando trabalhávamos Comunidade Intermunicipal do Douro (CIMD). na área social, da saúde ou da educação. Há bem pouco tempo, e, penso eu, fomos a priAinda hoje, e estou convicto disso, que 20 a 30% dos meninos que estavam em casa não tinham acesso a computadores ou internet, meira e única CIM do país a apresentar ao Gocomo também acredito que muitos testes não seriam feitos e que verno, e à Comissão de Coordenação e Desenmuitos lares, IPSS e Centros Hospitalares não tivessem equipamenvolvimento da Região (CCDR) Norte, um plano que, entendíamos, deveria ser aplicado na nossa tos de proteção individual. Portanto, se servimos para colmatar essas região. competências que são do Estado, também entendemos que deveríaTínhamos cerca de 20 milhões de euros, desmos poder aplicar diretamente aqueles valores. Isto era uma forma de minimizarmos essa incerteza. tinados às Câmaras para áreas como o empreenNos outros anos, os agricultores já contam com a incerteza da nadedorismo e a eficiência energética, valores esses candidatados, que entendíamos, nesta fase seriam tureza a que o setor está sujeito e essa não mexe tanto com o nosso mais importantes colocarmos à economia local e imaginário e com a sustentabilidade do negócio. Neste caso entraà sua sustentabilidade, para além de uma série de mos num território completamente desconhecido, numa incertemedidas, nomeadamente a questão de suportarza que há cinco meses não se colocava, nem ninguém fazia ideia. Parece-me que isto destabiliza mais as pessoas. Esta preocupação mos a Segurança Social das empresas durante um económica vai resultar, no dia de amanhã, numa preocupação soperíodo de tempo, de forma a evitar o despedimento de trabalhadores, e apoios à produção na área da cial ainda maior. Isto vai ser complexo, quando falamos em previmaçã, da castanha e da baga do sabugueiro. sões de quebra do PIB são maiores do que alguma vez tivemos. No setor do vinho, o objetivo era criar uma linha de Se das outras vezes foi difícil, esta pode ser pior, embora não crédito, em que a CIM suportaria os juros, a todos os se vá refletir no imediato, pelo que acredito irá ser ainda mais compradores que adquirissem as uvas em quantidades difícil, a não ser que a “bazuca” financeira de que tanto se fala dependentes da produção do ano, mas proporcionais viesse toda de uma vez e fosse aplicada diretamente na econoao ano passado, e garantir o preço a 80 ou 90% dos mia e em medidas concretas que pudessem garantir o tal valor valores pagos o ano passado. acrescentado e o rendimento aos agricultores, no nosso caso. A realidade é que, neste momento, temos tido alguComo muito dificilmente isso acontecerá, iremos ter mais carência social, sendo que esta nova forma de encarar as coimas dificuldades na aplicação dessas medidas, porque a própria CCDR e o Governo, dizem que algumas destas sas vai criar uma nova ordem, até que estejamos completapropostas não se enquadram na esfera de competências mente mentalizados da segurança relativamente ao vírus, dos municípios e não vêem enquadramento legal para como tem criado no nosso comportamento e na forma como as mesmas. Nós entendemos que ‘tempos excecionais nos relacionamos. Isso, consequentemente, acabará por ter exigem medidas excecionais’. É que durante os meses de reflexos no foro mental das pessoas. www.gazetarural.com

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Candidata às 7 Maravilhas da Cultura Popular

As Cavalhadas de Vildemoinhos “é um património que todos sentem como seu” É uma história que começou em 1652, de água, moinhos e moleiros. As Cavalhadas são o cumprir da tradição, um ritual anual de agradecimento a São João, o santo que ouviu as preces de moleiros e padeiras em épocas de desespero. É uma história de resistência que ainda hoje se mantem. Anualmente, a 24 de Junho, as Cavalhadas de Vildemoinhos ‘sobem’ à cidade para gáudio de muitas dezenas de milhares de pessoas. Este ano a história foi interrompida devido à pandemia, mas isso não fez esmorecer o espírito trambelo. A candidatura às 7 Maravilhas da Cultura Popular deu novo alento e há boas expectativas de chegar à final nacional.

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ara a direcção da Cavalhadas de Vildemoinhos, presidida por Acácio Braguêz, este é “um património que todos sentem ser seu”. Num ano atípico, o espírito trambelo “saiu reforçado”, referiu Anabela Abreu, responsável pela comunicação das Cavalhadas de Vildemoinhos, em conversa com a Gazeta Rural. Gazeta Rural (GR): Como nasceu a ideia da candidatura? Anabela Abreu (AA): Nasceu pela oportunidade das 7 Maravilhas regionais crescerem. O programa já teve várias edições, desta vez assente na Cultura Popular. Vimos que as Cavalhadas de Vildemoinhos reuniam todos os critérios, com uma tradição de 368 anos. Concorremos na categoria de “Rituais e Costumes”, um pouco a medo, e a candidatura foi aceite pela Comissão Científica. A partir desse momento o entusiasmo cresceu, os medos passaram e tudo vamos fazer para passar à fase seguinte. GR: Falou em medo. Porquê? AA: Porque não sabíamos quais as nossas reais possibilidades. A nível nacional houve 540 participações de Patrimónios (54 do distrito de Viseu), tendo sido seleccionadas 140 de todo o país, sete das quais do distrito de Viseu. Sabemos que no nosso distrito existem patrimónios riquíssimos, fortes, muito bairristas, também com muitos anos e tínhamos algum receio, medo, que não passássemos no ‘crivo’ dessa Comissão Cientifica, apesar de acreditarmos muito na história das Cavalhadas, que são o 12

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segundo maior evento da cidade de Viseu, realizadas anualmente no mesmo dia e na mesma hora, que atraem a Viseu muitos milhares de pessoas. A Comissão Científica validou a nossa candidatura e agora cá estamos com toda a garra e força como finalistas regionais, apostando na nossa passagem à final das 7 Maravilhas da Cultura Popular.

GR: Agora já não há medos. O objectivo é a final? AA: É, sem dúvida, o nosso objectivo. Sabemos que são 7 Patrimónios riquíssimos do nosso distrito, como a Feira de São Mateus, que é nossa parceira e de que todos os trambelos gostam, mas, apesar disso, estamos a defender a nossa causa e levar ao conhecimento público, nacional e internacional, aquela que é a nossa tradição, pela qual os nossos antepassados tantos lutaram (pela disputa das águas do rio Pavia) e que merece ser conhecida pelo país e reconhecida como uma das 7 Maravilhas da Cultura Popular.

GR: Qual é o marco diferenciador das Cavalhadas? AA: Em primeiro lugar as nossas pessoas. Uma coisa é verdade: mesmo que as Cavalhadas de Vildemoinhos não passem dos finalistas regionais, esta iniciativa trouxe-nos algo muito importante. Num ano tão triste, atípico e pandémico, que nos tirou aquilo que mais gostamos, que é o cortejo das nossas Cavalhadas, o espírito bairrista trambelo saiu reforçado e ultrapassou as fronteiras de Vildemoinhos, da cidade de Viseu e de Portugal. Prova disso foi que no nosso cortejo de cumprimento da promessa, a 24 de Junho, estivemos em direto nas plataformas digitais e tivemos apoiantes de todo o mundo, - dos Estados Unidos, da Ásia, do Brasil, de toda a Europa, de África e, especialmente de Portugal, - que nos felicitaram por esta iniciativa, o que é bastante motivador.


A coisa mais importante que as 7 Maravilhas nos trouxe foi esta união a que assistimos, mas também a força, o apoio e o incentivo a esta candidatura, sentindo-a como delas. Isto mostra que as Cavalhadas não são só de Vildemoinhos, mas sim de todos os que as vivem, que vêm a Viseu no dia 24 de Julho para ver o cortejo, de quem não perde a noite de São João em Vildemoinhos. É um património que cada um sente ser um pouco seu. As pessoas são e fazem a grande diferenciação em relação a todas as outras candidaturas. Fizeram-no no passado, estão a fazê-lo no presente e farão, com certeza, no futuro. Vai continuar a haver Cavalhadas em Vildemoinhos, todos os anos a 24 de Julho, independentemente do resultado desta candidatura.

ao cumprimento da promessa, com as três voltas à capela e, depois, o regresso e a chegada emotiva a Vildemoinhos, que ainda hoje, quando falamos, ficamos arrepiados. As Cavalhadas deste ano foram vividas da forma mais tradicional e emotiva das últimas décadas.

GR: Vildemoinhos, tal como outras localidades à volta da cidade, foi sendo ‘invadida’ por pessoas que vêm de fora. Quem chega incorpora facilmente o espírito trambelo? AA: Quem chega vive muito o espírito trambelo, o que não se consegue explicar. É algo transcendente. As pessoas passam o ano inteiro a trabalhar para as Cavalhadas, para a noite de São João, ansiosas para receber as visitas em ‘sua casa’, porque é o ponto alto de Vildemoinhos e, arriscaria a dizer, é o ponto alto da cidade durante um dia. As Cavalhadas são de todos, são de quem vem, pois as portas estão sempre abertas e cabe sempre mais um naquele largo tão pequenino de Vildemoinhos. Aos milhares na noite de 23 para 24 de Junho e mais de cem mil pessoas nas tuas a ver o cortejo, de Viseu, da região, do país, mas também muitos turistas estrangeiros que nessa altura encontramos na cidade. As Cavalhadas são de todas GR: 2020 foi um ano atípico. Não fazer o corteestas pessoas, de toda a gente que as aplaude nas ruas da cidade. jo foi uma decisão difícil? A convivência de quem vem de fora, como foi o meu caso, acaba AA: Foi uma decisão muito difícil e adiada até primeiro por se estranhar, depois entranhar. E entranha-se de tal ao limite, mas a direção teve que a tomar. No moforma que começamos a viver as nossas vidas em função das Camento em que decidimos o cancelamento os carvalhadas, não só da direção, mas de todas as pessoas que nelas ros já deveriam estar a ser contruídos. Porém, não trabalham. Quando falamos de um evento marcante de Viseu, podíamos permitir que as equipas, os homens e as as Cavalhadas de Vildemoinhos são-no, quer pela noite de São mulheres de Vildemoinhos, que tanto se dedicam João, a melhor da região, quer pelo cortejo de 24 de Junho, que às Cavalhadas, pudessem pôr a sua saúde em caué único. E é único porque as comemorações do São João é a noisa. Esperámos até ao último momento para tomar a te de 23 para 24 de Junho e em Vildemoinhos é a noite e o dia. decisão, que entendemos ser a melhor, pois a seguColamos a queima do pinheiro, ao fim da tarde de 23 de Junho, rança e a saúde das pessoas, das nossas gentes, está ao cortejo no dia de São João. Temos o São João mais forte da em primeiro lugar. Mas foi, na nossa opinião, a melhor região e queremos mostrá-lo ao país inteiro. que podíamos tomar. Depois tivemos que arranjar formas alternativas Nota: Os finalistas regionais são: para realizar o cumprimento da promessa a 24 de JuAs Cavalhadas de Vildemoinhos; a Última Rota da Transunho, que foi um momento maravilhoso, num dia muito mância – Castro Daire”; os Bordados de Tibaldinho; o Canto emotivo, não só a ida à capela de São João da Carreira, a 3 vozes de Manhouce; a Feira de São Mateus; as Festas mas também porque foi possível ser acompanhada pelo em Honra de Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego, mundo. É que há muito gente que não conhece a orie a Louça Preta de Molelos são os finalistas regionais. gem das Cavalhadas de Vildemoinhos, que nunca assistiu www.gazetarural.com

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No próximo dia 25 de Julho, às 21,30 horas, no Jardim 5 de Outubro

Município apresenta vinho dedicado aos 250 anos da elevação de Pinhel à categoria de cidade No ano em que ostenta o título de ‘Cidade do Vinho’, o município de Pinhel, no distrito da Guarda, vai proceder neste mês de Julho ao lançamento de um vinho comemorativo dos 250 anos da elevação de Pinhel à categoria de cidade. A autarquia presidida por Rui Ventura refere que a sessão de apresentação do vinho “Pinhel Cidade Falcão 1770 - 2020”, que o município encomendou à Adega Cooperativa local, terá lugar pelas 21,30 horas do dia 25, um sábado, no Jardim 5 de Outubro.

“T

endo por base uma reserva de 2015, o “Pinhel Cidade Falcão 1770 - 2020” (Beira Interior - DOC Tinto) começou a ser engarrafado em meados de Fevereiro”. O município adianta que o lote de vinho “contempla a produção de 13.000 garrafas de 0,75 litros (l), e 250 garrafas de 1,5l, 3l e 5l (respectivamente)”. O presidente da Câmara de Pinhel, Rui Ventura, refere que a iniciativa “visa não só assinalar uma data de relevo, como são os 250 anos da cidade de Pinhel (a 25 de Agosto de 2020), mas também homenagear todos aqueles que trabalham a terra e contribuem para a excelência dos vinhos de Pinhel, sem dúvida um dos melhores embaixadores do concelho”. O “Pinhel Cidade Falcão 1770 - 2020”, que assinala os 250

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anos da cidade de Pinhel, é lançado no ano em que aquela cidade também ostenta o título de “Cidade do Vinho”. Sobre o vinho comemorativo, o município refere: “Das vinhas com mais de 20 anos tratadas de modo tradicional, na região de Pinhel, e após apurada selecção das mesmas, nasceu este néctar que se destina a homenagear a história da nossa cidade, bem como os nossos viticultores”. “Distingue-se este néctar, que, pela sua qualidade intrínseca, possui agradáveis notas de frutos vermelhos e rebuçado, na boca a elegância e a harmonia é a nota dominante. Decidimos apresentar o mesmo de forma a preservar e salientar aquilo que de melhor têm as uvas de casta Touriga Nacional, Aragonês e Rufete”, remata. O concelho de Pinhel integra a área de abrangência da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI) que também abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo e da Cova da Beira, nos distritos de Guarda e de Castelo Branco.


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Um território 5 sentidos O território da ADICES, situado na zona Norte da Região Centro, na confluência dos distritos de Aveiro e Viseu, desperta os sentidos dos visitantes pela sua diversidade. Abrange os concelhos de Águeda, Carregal do Sal, Mortágua, Santa Comba Dão e Tondela, com uma área de 1.186,54 km2 e uma boa rede de acessibilidades.

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ituado entre o litoral e as terras altas do interior, oferece uma paisagem marcada pelas linhas de água e por vastas áreas de floresta, enquadradas por zonas de montanha, vale e encostas, bem como planalto e planície. Delimitado pelo rio Mondego, pela várzea do Rio Vouga e pelas serras do Buçaco e do Caramulo, proporciona cenários deslumbrantes e um contacto estreito com ambientes naturais e rurais. No concelho de Águeda, em zona de lagoas naturais, a Pateira de Fermentelos, a maior lagoa natural da Península Ibérica, constitui um verdadeiro oásis de biodiversidade, propício à observação da natureza, mas também à pesca e a desportos náuticos. Mais para o interior, junto a Mortágua, aguarda-nos a Barragem da Aguieira, área igualmente privilegiada para a prática de desportos náuticos. As linhas de água dos concelhos em torno da barragem oferecem-nos recantos sedutores, onde não faltam praias fluviais, algumas em estado selvagem. Os percursos pedestres são incontornáveis em todos os concelhos, pelo contacto mais próximo com a natureza, com as tradições rurais e até com o património arqueológico. Mas, tanto para os amantes dos passeios pedestres como para os praticantes do cicloturismo, a Ecopista do Dão é uma experiência a não perder. É a ecopista mais extensa de Portugal, seguindo o percurso de 49 km da desactivada Linha do Dão, antiga ligação ferroviária entre Santa Comba Dão e Viseu. A saúde e bem-estar em contexto termal tem nas Caldas de Sangemil um marco importante, com a sua água sulfúrea sódica, adequada ao tratamento de várias patologias. Nos núcleos urbanos ou em ambiente rural podemos apreciar o rico Património Cultural da região, quer sejam a arte rupestre e os monumentos megalíticos, a arquitetura civil como o Solar de Vilar e o Solar do Morgadio ou a arquitetura religiosa como a Capela de Nossa Senhora dos Carvalhais. Merece também uma visita a Casa do Passal, em Cabanas de Viriato, antiga residência do Cônsul Aristides de Sousa Mendes, cuja atuação permitiu salvar milhares de judeus durante a 2ª Guerra Mundial. Os museus da região apresentam um leque muito variado de temáticas. Sem esgotar todas as propostas disponíveis, podemos viajar pela história do comboio na Linha do Vouga no Núcleo Museológico de Macinhata do Vouga, conhecer o património histórico e etnográfico local no Museu Municipal de Soares de Albergaria ou no Museu Terras de Besteiros. E no local da antiga Estância Sanatorial do Ca-


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ramulo encontra-se o Museu do Caramulo, um dos primeiros museus de automóveis da Europa. As tradições populares estão bem presentes no artesanato da região, sendo emblemática a louça preta de Molelos, a cuja cozedura tradicional é possível assistir. Por outro lado, a arte urbana contemporânea tornou-se um ícone de Águeda, com o projeto “Umbrella Sky” que enche de cor as ruas, cobertas de chapéus de chuva suspensos, aos quais se associa um roteiro de obras de “street art”, ampliado a cada mês de Julho, no decurso do Festival AgitÁgueda. Naturalmente, os sentidos dos visitantes da região não deixarão de ficar ainda mais despertos com a gastronomia local. Os sabores fortes imperam nos concelhos deste território. Mas não podemos esquecer o leitão assado em Águeda, a lampantana em Mortágua, o cabrito assado em Tondela, o ensopado de lampreia de Santa Comba Dão, entre outros manjares. E, para adoçar a boca, os pasteis de Águeda, a regueifa doce de Carregal do Sal, o bolo de páscoa de Mortágua, broinhas de Santa Comba Dão e as papas de mel de Tondela. Entre tantas emoções, as diversas tipologias de alojamento turístico disponíveis na região, em contexto urbano e rural, permitem prolongar a experiência com conforto e qualidade. Este é um território que apela aos seus cinco sentidos. Vai querer voltar!

ADICES

Associação de Desenvolvimento Local

Estatuto: Entidade privada sem fins lucrativos / Entidade de utilidade pública Sede: Avenida General Humberto Delgado, n.º 19 3440-325 Santa Comba Dão Data de constituição: 21 de Janeiro de 1991 Objeto estatuário: Promoção do desenvolvimento local e regional integrado. Contactos: Tel.:(+351) 232 880 080 E-mail: adices@adices.pt | Site: www.adices.pt www.gazetarural.com

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Serra da Estrela, uma Montanha de Oportunidades O

território da ADRUSE, situado no distrito da Guarda, abrange os concelhos de Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Manteigas e Seia, com uma área de 1.237 km2 e uma baixa densidade demográfica. A rede de acessibilidades envolvente permite uma ligação fácil a grandes centros urbanos da região (Guarda, Covilhã e Viseu) e a Espanha, atendendo à proximidade com a fronteira de Vilar Formoso. A Serra da Estrela define a paisagem e os costumes desta região, proporcionando experiências fascinantes para toda a família, particularmente em contexto de turismo ativo e de natureza, mas também no segmento do turismo cultural. A descoberta da natureza em ambiente serrano tem no Parque Natural da Serra da Estrela um ambiente ideal, reconhecido internacionalmente pela recente classificação como Geopark Mundial pela UNESCO. Cascatas, praias fluviais e trilhos com paisagens deslumbrantes convidam à descoberta da Serra e do seu património geológico durante o Verão e não apenas em tempo de neve. Os “Trilhos Verdes” da Serra da Estrela permitem descobrir os segredos da montanha. E, junto a Manteigas, o Vale Glaciar do Zêzere, memória da última glaciação e um dos maiores da Europa, deslumbra-nos ao longo dos seus 13 quilómetros. Aqui encontra-se o berço do rio Zêzere. As quedas de água, como o Poço do Inferno, são outro dos pontos de interesse da zona. E, em tempo quente, são também incontornáveis as praias fluviais como a de Loriga e da Lapa dos Dinheiros, em Seia, Valhelhas em Manteigas ou, já em Gouveia, a do Vale do Rossim, considerada a mais alta de Portugal. Por ali nasce outro grande rio, o Mondego. Para saber um pouco mais sobre o Património Natural da região estão disponíveis o Centro Interpretativo do Vale do Zêzere, em Manteigas, o Centro de Interpretação do Geopark Estrela e o Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE), em Seia. Para os mais novos, é também aconselhável uma visita ao Parque Ecológico de Gouveia, espaço onde podemos apreciar o cão Serra da Estrela, o javali, o veado, a raposa, entre outras espécies autóctones da região. O património arqueológico e edificado deste território é também diversificado. Podemos viajar desde os tempos mais antigos, com vestígios como os povoados fortificados da Idade do Bronze da Fraga da Pena ou de São Romão às marcas medievais, como a necrópole de sepulturas esca-


Edição Especial vadas na rocha de Forcadas, em Fornos de Algodres, ao Castelo de Celorico da Beira. E, na rota das aldeias históricas, encontramos a ruralidade quase intemporal de Folgosinho ou de Linhares da Beira, que das muralhas do seu castelo faz a ponte para aventuras mais radicais, oferecendo a possibilidade da prática de parapente. Os diversos museus e núcleos museológicos da região são uma janela aberta para os mais diversificados olhares sobre o património e as tradições. Do Centro de Interpretação Histórica e Arqueológica de Fornos de Algodres ou do Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta em Gouveia ao Museu do Brinquedo e ao Museu Natural da Eletricidade, em Seia, não deixarão miúdos e graúdos indiferentes. E, ainda junto a Seia, todos se juntarão em algum momento no Museu do Pão, que nos quer contar tudo sobre a história do pão e do seu fabrico, mas também deixa os mais pequenos “meter a mão na massa”. Em terra de pastores, há que conhecer dois ícones da região – o burel, tecido feito a partir da lã da ovelha bordaleira, e o Queijo da Serra da Estrela. Na região é possível visitar unidades de produção de ambos os produtos. Mas a viagem gastronómica destas serranias não pode deixar de incluir, entre outras iguarias, os pratos de cabrito, borrego, javali ou as trutas de Manteigas. E, se há sobremesa, o arroz doce e o leite-creme estão habitualmente presentes, o requeijão fresquinho, com mel ou doce de abóbora, merece a nossa atenção. Parar e relaxar para o dia seguinte é uma experiência cada vez mais diversificada numa região com excelentes unidades de alojamento turístico, onde o alojamento em espaço rural está cada vez mais presente na oferta local. A neve é naturalmente um dos ex-libris das experiências na Serra da Estrela. E a Torre, o ponto mais alto de Portugal Continental com 1993 metros de altitude, é um local incontornável. Mas, para além da neve, este vasto território serrano é mesmo uma “montanha de oportunidades”. Vai querer descobri-lo!

ADRUSE

Associação de Desenvolvimento Rural da Serra da Estrela Sede: Largo Dr. Alípio de Melo 6290-520 Gouveia Data de constituição: 1991 Objeto estatutário: Promoção do desenvolvimento rural e a melhoria das condições de vida das populações do território. Contactos: Telefone: +351 238 490 180 Fax: +351 238 490 188 Telemóvel: 96 1403352 Email: adruse@adruse.pt

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Rural-Urbano, onde a tradição gera inovação O

território da ADDLAP, situado no distrito de Viseu, abrange os concelhos de Oliveira de Frades, S. Pedro do Sul, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela, tendo uma área de 1.372,00 km2. É um território de tipologia rural e com baixa densidade demográfica. Neste território situa-se a cidade de Viseu, importante núcleo urbano a nível regional e nacional. A rede de acessibilidades envolvente inclui importantes eixos viários de ligação entre o litoral e o interior. A região é marcada pelo relevo das serras da Gralheira (S. Pedro do Sul), de Leomil (Vila Nova de Paiva) e do Caramulo (Oliveira de Frades e Vouzela). As paisagens de montanha e as abundantes linhas de água, com destaque para os rios Vouga, Paiva, Dão, Teixeira e Alfusqueiro, convidam à prática do turismo ativo e de natureza. Entre os espaços que integram a Rede Natura, a icónica Reserva Botânica do Cambarinho (Vouzela) preserva uma importante e rara mancha de loendros, planta protegida que confere à paisagem envolvente um colorido deslumbrante durante a floração. Numa perspetiva de educação ambiental, em Vila Nova de Paiva, o Parque Botânico “Arbutus do Demo”, situado no espaço do antigo Viveiro de Queiriga, reúne mais de mil espécies botânicas diferentes. Para o património geológico, destaca-se o Museu do Quartzo, no Monte de Santa Luzia, próximo de Viseu. Todos os concelhos disponibilizam percursos temáticos que permitem a prática do turismo de natureza e do turismo ativo. Salienta-se ainda, na zona de Viseu, parte do percurso da Ecopista do Dão, a mais extensa do país e que retoma o traçado da extinta Linha do Dão, entre Santa Comba Dão e Viseu e alguns troços da Ecopista do Vouga no traçado da extinta linha do Vouga, entre Viseu e Oliveira de Frades. O percurso do Rio Paiva, que integra também a Rede Natura, proporciona a fruição de praias fluviais, no concelho de Vila Nova de Paiva e São Pedro do Sul; não é difícil encontrar outros espaços de lazer e desportos náuticos nos restantes concelhos como, por exemplo, a Lapa da Meruge (Vouzela), no alto da serra do Caramulo, ou o espelho de água da Barragem de Ribeiradio (Oliveira de Frades), junto ao Vouga. A qualidade das águas da região estende-se à saúde e bem-estar, nas Termas de S. Pedro do Sul, consideradas as mais importantes da península ibérica, cujas águas medicinais são utilizadas desde a época romana, ou ainda nas Termas de Alcafache (Viseu), junto ao rio Dão. Ou podemos conhecer, na aldeia de Várzea de Calde (Viseu), as tarefas árduas do ciclo do linho, ainda presente no quotidiano local e explicado no Museu do Linho ali instalado. A região é também rica em património arqueológico e


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monumental. Salientam-se os monumentos megalíticos, os castros da Idade do Bronze e do Ferro, os troços de via romana, as termas romanas de S. Pedro do Sul, as torres senhoriais medievais, os solares e igrejas barrocas, outras tantas chaves de regresso às nossas raízes. Na gastronomia regional, a Vitela à moda de Lafões é um prato omnipresente, mas o cabrito assado, o Rancho à moda de Viseu e as trutas de escabeche de Vila Nova de Paiva são também uma referência, a acompanhar com os vinhos de Lafões e do Dão. A doçaria regional regista alguns saborosos ícones como as Tigelinhas de Lafões (Oliveira de Frades), as Caçoilinhas do Vouga (S. Pedro do Sul), as Papas de Relão de Vila Nova de Paiva, os Pasteis de Vouzela, as Castanhas de Ovos e os Viriatos de Viseu. E para os amantes do enoturismo, o território oferece um interessante leque de experiências na zona que integra a Região Demarcada do Dão. O alojamento turístico do território oferece diversas possibilidades, desde o parque de campismo ao turismo em espaço rural ou sofisticadas unidades hoteleiras no espaço urbano. E há ainda Viseu, auto-intitulada “cidade jardim” desde os anos 30 do século XX. Os seus jardins, o Parque Aquilino Ribeiro e o Parque do Fontelo, com raízes no século XVI, comprovam o título e irão agradar a toda a família. A cidade possui um valioso património arqueológico e monumental; e mantém um mistério, a Cava de Viriato, a maior fortificação em terra da Península Ibérica. Existe também uma variada oferta museológica, adequada a famílias, desde o Museu Nacional de Grão Vasco à rede municipal de museus, passando pelos museus da Misericórdia e de Arte Sacra da Diocese. Mas novos patrimónios vão surgindo, destacando-se o roteiro de “street art” que anima as ruas da cidade e alguns espaços nas freguesias rurais. Uma agenda cultural com eventos que marcam todos os meses do ano (incluindo a emblemática Feira de São Mateus) e uma oferta gastronómica de excelência constituem também bons motivos para visitar a melhor cidade para viver. Da ruralidade à criatividade, este é, pois, um território a descobrir. Deixe-se surpreender!

ADDLAP

Associação de Desenvolvimento Dão Lafões e Alto Paiva Estatuto: Associação privada, sem fins lucrativos Sede: Rua dos Loureiros, nº 16 r/c 3500-148 Viseu Data de constituição: 22 de Julho de 1994 Contactos: +351 232 421 215 +351 232 426682 addlap@mail.telepac.pt www.gazetarural.com

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Um Dão, Cinco Destinos O

território da ADD abrange os concelhos de Aguiar da Beira, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Sátão, situados nos distritos de Viseu e da Guarda, e tem uma área de 886 km2. A rede de acessibilidades envolvente inclui eixos viários importantes na ligação entre o litoral, o interior beirão e a fronteira com Espanha. É um território de baixa densidade demográfica, marcado por uma ruralidade ainda intensa. O rio Dão configura a paisagem da região, diversificada e rica em linhas de água, com áreas de planalto que contrastam com a paisagem serrana envolvente, onde se destaca o perfil da Serra da Estrela. Os diversos percursos pedestres ou de bicicleta permitem um contacto em família com a natureza e a paisagem rural, surpreendendo o visitante a cada curva do caminho. A abundância de águas permite atividades de lazer e a prática de desportos náuticos em locais emblemáticos como a Praia Fluvial do Trabulo (Sátão), e a praia artificial de Mangualde. Existem também águas com valor medicinal que permitem experiências no segmento de saúde e bem-estar em ambiente termal, nas Caldas da Cavaca (Aguiar da Beira) e nas Caldas da Felgueira (Nelas). O Património Arqueológico e Arquitetónico é abundante e presente em todo o território, suscitando roteiros temáticos culturais; é também possível conhecer um pouco da história e das tradições da região em diversos museus e coleções visitáveis. Das origens pré-históricas destacam-se os monumentos megalíticos como a Anta do Penedo do Com (Penalva do Castelo) ou a Anta da Cunha Alta (Mangualde); do mundo castrejo existem vestígios como o Castro do Barrocal (Sátão), edificado na Idade do Bronze mas que foi reocupado durante a Idade Média. A civilização romana deixou também vestígios, dos quais o mais notável é a Estalagem romana da Raposeira (Mangualde). As vivências da Idade Média estão registadas em diversos vestígios de sepulturas e lagares escavados na rocha e na arquitetura, como o notável Largo dos Monumentos em Aguiar da Beira, com torre, pelourinho e fonte. A arquitetura do século XVIII, presente em solares, igrejas e fontanários, abunda no território, com exemplares notáveis como a Casa da ínsua (Penalva do Castelo), o Palácio 24

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dos Condes de Anadia (Mangualde) ou os solares da Vila de Santar (Nelas). A devoção das gentes da região proporcionou a edificação de imponentes santuários e ermidas como o Santuário do Senhor dos Caminhos (Sátão) e a Ermida de Nossa Senhora do Castelo (Mangualde), sem esquecer a Capela da Sra. da Esperança (Sátão), imóvel de Interesse Público. A vocação agrícola do território proporciona um conjunto de produtos endógenos de grande qualidade como o vinho do Dão, a Maça Bravo de Esmolfe, a Maça da Beira Alta, a Castanha Souto da Lapa ou ainda os produtos da pastorícia, o queijo e o requeijão Serra da Estrela e o borrego. Em diversas localidades é possível contactar com as tradições locais, nomeadamente os fornos comunitários, onde se coze o pão de mistura, de centeio e broa de milho. E à mesa, o visitante encontrará uma grande variedade de produtos e sabores. São incontornáveis os pratos de cabrito assado em forno de lenha, a vitela na púcara, o arroz de entrecosto ou os pratos de míscaros, acompanhados pelos vinhos do Dão. O leite-creme é uma sobremesa sempre presente, mas a doçaria tradicional inclui uma série de pastéis irresistíveis, desde os pastéis de feijão do Patronato (Mangualde), aos pastéis de feijão de Castendo (Penalva do Castelo), sem esquecer as tradicionais cavacas. Parte do território está no coração da Região Demarcada do Dão, pelo que as experiências ligadas ao enoturismo, desde o contacto com as paisagens vinhateiras e com o ciclo de produção até à degustação dos néctares do Dão vão seduzir o visitante. O alojamento turístico da região é variado e garante uma imersão das tradições e sabores da região. Este é um território que desafia os sentidos e promete surpresas. Aventure-se e parta à descoberta dos tesouros do Dão!

ADD

Associação de Desenvolvimento Dão Estatuto: Associação privada, sem fins lucrativos Sede: Rua D. Manuel I, Lote 2cv 3550-147 Penalva do Castelo Data de constituição: 07 de Abril de 1993 Contactos: +351 232 642 632 E-mail: add@mail.telepac.pt | www.add.pt www.gazetarural.com

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Diz Rui Costa, presidente da COAPE

A campanha do mirtilo “está a correr bem” na região de Mangualde Na região de Mangualde a campanha dos pequenos frutos “está a correr bem”, apesar de alguns problemas na maturação do fruto. Apesar disso, o presidente da Cooperativa Agropecuária dos Agricultores de Mangualde (COAPE) está otimista numa boa campanha, com uma produção superior a 2019 na ordem das 100 toneladas, quando falta cerca de um mês e meio para o final.

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ui Costa, em entrevista à Gazeta Rural, salientou a aposta nos pequenos frutos na região, que a curto/médio prazo pode chegar aos 150 hectares. O dirigente mostra-se confiante na agricultura da região, nomeadamente no concelho de Mangualde, onde, destaca, existem cinco estruturas de carácter associativo, que podem alavancar o setor. Gazeta Rural (GR): Como têm decorrido a campanha do mirtilo na área da COAPE? Rui Costa (RC): A campanha do mirtilo iniciou-se com grande expectativa. Tivemos boas notícias relativamente ao preço e constatamos que estava acima da média em relação ao período homologo de 2019. Iniciamos, por isso, a campanha com muita motivação e com mais fruta, pois estamos a crescer em capacidade de produção e no número de produtores associados. Estávamos também com expectativas elevadas em relação a um investimento que fizemos, que foi a aquisição de uma máquina processadora, no Estados Unidos, no valor 28

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de 400 mil euros, e que está a ser testada na nossa região, para já com resultados muito positivos. A campanha começou bem, mas rapidamente percebemos que, do ponto de vista edafoclimático, o ano não é assim tao bom. É que tivemos um período com temperaturas muito baixas e humidades muito elevadas, o que fez com que a maturação do mirtilo não decorresse com a normalidade desejada. Tivemos alguns problemas na qualidade do fruto, mas também na apanha, porque houve manhãs muito húmidas e, logo a seguir, temperaturas muito elevadas. Apesar disto, a campanha está a correr bem. GR: A quantidade de fruta está acima das expectativas? RC: Sim. Iniciámos a campanha no final de Maio, de forma um pouco precoce, e temos mais cerca de um mês e meio. Esperamos superar na ordem das 100 toneladas a produção de 2019.

GR: O mirtilo predomina na região, mas há produtores a opar por outros pequenos frutos? RC: Sim, o mirtilo predomina. Contudo, começamos a ter produtores a apostar na framboesa, e bem. Contudo, a alteração do PDR das candidaturas dos Jovens Agricultores possa vir a condicionar a aposta dos jovens neste tipo


de cultura, porque exige um investimento maior. É que a produção de framboesa tem que ser em túnel, o que acarreta custos superiores. Dado que as novas candidaturas não prevêem apoios a fundo perdido para a parte do investimento, as coisas complicam-se para quem quiser apostar neste fruto e pode haver algum ‘travão’ nestas candidaturas. Esta alteração pode fazer com que haja maior investimento no mirtilo, pois hoje consegue-se fazer um campo deste fruto com cerca de 35 a 40 mil euros. Deste modo, basta o prémio de instalação e o jovem consegue ter 70 a 80% do custo do campo garantido. GR: Qual é a área de mirtilo na região? RC: Temos à volta de 100 hectares em produção e mais cerca de 20 em candidaturas já aprovadas ou em início de produção. A curto/médio prazo acredito que poderemos chegar perto da centena e meio de hectares na região. GR: Neste momento, como vê a agricultura na região? RC: Sobretudo no concelho de Mangualde, tenho uma grande esperança naquilo que são as nossas estruturas cooperativas. Mangualde tem a felicidade de ter cinco cooperativas, que dão resposta àquilo que são as nossas fileiras. Desde logo a COAPE, com à fileira dos pequenos frutos e a produção de leite de ovelha; a COOPBEI, na área da apicultura; a Adega Cooperativa de Mangualde, no setor da vinha e do vinho; a Cooperativa Agrícola de Mangualde, na área da fruta, nomeadamente a maçã, e recentemente foi constituída uma cooperativa na área da floresta, o que vem preencher uma lacuna que não existia no concelho. Deste modo, olho com grande esperança para o setor primário no concelho. O município já aprovou e lançou um regulamento de apoio ao setor primário, através das cooperativas, pelo que qualquer uma delas tem uma ferramenta ao seu dispor para ajudar e apoiar o desenvolvimento de projectos no âmbito do setor primário.

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Começou em 15 de Maio e tem um prazo de execução de 18 meses

Centro Tecnológico de Tondela deve abrir no próximo Verão O Centro Tecnológico e de Empreendedorismo de Tondela começou a ser construído há um mês, deve abrir no próximo Verão e, entre os parceiros pretendidos, a Universidade de Coimbra já está confirmada, avançou o presidente da Câmara.

nio Jesus destacou “o setor automóvel, biotecnologia, transformação agroalimentar e farmacêutica” e defendeu uma “coexistência entre o conhecimento científico e universitário, a investigação, mas também em resposta sta obra começou em 15 de Maio e tem um prazo de execução ao tecido empresarial” da região. “Há sinergias de 18 meses, mas cremos que é possível antecipar o prazo e interesses comuns. Interessa à universidade e o nosso desejo é o de que no próximo Verão quer esta obra, quer ter onde investigar e com quem investigar, e a frente ribeirinha, estivessem concluídas”, sintetizou José António interessa às empresas ter capacidade de estraJesus. tégia, de visão e de formação contínua ao longo No decorrer de uma visita às obras do Centro Tecnológico e de da vida, porque temos de nos preparar para os Empreendedorismo de Tondela, na Estrada Nacional 2 (EN2), na desafios recentes e da inovação”, disse. antiga adega da Federação dos Vinicultores do Dão, o autarca lemPresente na visita estava o vice-reitor da Unibrou que adquiriu o edifício “há cerca de dois anos por cerca de versidade de Coimbra, com o pelouro dos Re250 mil euros”. “Esta obra em si representa em grosso modo 2,5 cursos Humanos e Financeiros, que se revelou milhões de euros (ME) e, se lhe adicionarmos a frente ribeirinha, “satisfeito com a materialização do projeto”, que “já conhecia há cerca de três anos”. “É muito inestimamos que este conjunto tenha um valor de investimento de teressante para a universidade toda a dinâmica quatro milhões”, disse o autarca, que anunciou a abertura de proque tem sido imprimida em Tondela no setor empostas para a zona ribeirinha. presarial que nos permite intensificar as relações José António Jesus esclareceu que o edifício que começou a que já existem há muitos anos (...) mas é sempre ser intervencionado tem 750 metros quadrados por piso e que possível fazer mais e melhor e é isso que queremos irá ser trabalhado ao longo de três pisos, sendo que “no primeie há aqui instalações novas que nos vão permitir ro será aberto para trabalho colaborativo, que permitirá desenexplorar da melhor maneira”, assumiu Luís Neves. cadear a existência de vários postos de trabalho, em espaços Sem querer revelar em que áreas a Universidade abertos, de grupo”. “Neste outro piso, haverá uma solução de Coimbra poderá intensificar a sua relação com onde a generalidade destas cubas passarão a ser gabinetes de trabalho de microempresas ou de áreas adequadas a formao Centro Tecnológico e de Empreendedorismo de ção. E no piso superior será um espaço mais vocacionado para Tondela, Luís Neves admitiu que será “em função áreas de reuniões e de ‘coworking’”, explicou. das necessidades que sejam identificadas”. “A UniO autarca acrescentou ainda que “o somatório destes três versidade de Coimbra é de enorme abrangência de pisos representará 2.100 metros quadrados de área de acoconhecimento e temos praticamente todas as áreas lhimento a projetos embrionários, de microempresas” e possíveis. Não quer dizer que sejamos as melhores que, a partir daí, “também possa ter uma área funcional liem todas, mas felizmente em muitas delas somos gada à formação”, que entendeu ser o desafio do futuro. muito fortes e as áreas das engenharias e das ciências “Que possamos ter um plano de cooperação e de articulada vida são setores onde temos uma capacidade instação com o tecido universitário, onde a formação, principallada muito grande”, disse. mente nas áreas empresariais onde somos mais relevanO autarca disse ainda que o espaço “terá ligações petes, possa ocorrer em contexto local ligado a este centro donais pelo Rio Dinha, pela EN 2, e também ao Parque tecnológico”, defendeu. Urbano e ao centro da cidade através de um corredor Entre as áreas mais relevantes do concelho, José Antóde mobilidade suave e de sustentabilidade”.

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Candidaturas Abertas: Operação 10.2.1.4 – Cadeias Curtas e Mercados Locais 002/ADD/10214/2020 - Mercados Locais 003/ADD/10214/2020 – Cadeias Curtas

Período de Candidaturas: das 09h:00m:00s de 15 de

julho às 16h:59m:59s de 11 de setembro de 2020 Para mais informações consulte: www.add.pt ou www.pdr-2020.pt

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Crónicas Rurais

Terra Quente, Terra Fria: um quê de tradição da Terra Fria

Por Júlio Sá Rego *

E assim escrevo, querendo sentir a Natureza, nem sequer como um homem, Mas como quem sente a Natureza, e mais nada. (Alberto Caeiro, 1925, poema XLVI)

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btive uma boleia na carrinha de uma associação de criadores de ovinos transmontanos em sua ronda periódica a explorações associadas. O destino do dia: explorações situadas no Parque Natural de Montesinho para colheita de sangue e aplicação de brincos de identificação. Lá estava eu, antropólogo curioso, encaixado entre dois engenheiros zootécnicos e uma veterinária. O trajeto de quase meia hora tinha tom de reunião de preparação onde se recapitulou as paragens do dia, se atualizou mutuamente sobre as notícias de cada exploração e se coordenou as funções de cada um na corriça. A minha parecia-me a mais simples: aplicar um questionário sobre as perspectivas econômicas e estratégicas do criador. A primeira paragem era numa exploração gerida por uma pastora de 83 anos e eu já ansiava por perceber sua abordagem e perspectivas sobre a atividade. Ao chegar, a pastora e o neto estavam à porta da corriça à nossa espera e bastou um movimento muito súbito e cadenciado para nos encontrarmos de repente dentro, posicionados e vestidos a rigor. Bem, o “nós” talvez seja um pouco presunçoso. A equipe da associação de criadores estava de prontidão para iniciar o trabalho: macacão, botas e material de colheita de sangue e aplicação de brincos à mão. Eu, um pouco mais tímido e hesitante, tive certa dificuldade para entrar na corriça, elevada pela cama de gado, e ainda me perguntava como abordar a pastora que não sabia nada da minha presença no local. Optei por observar a coreografia sincrônica dos zootécnicos e da veterinária para começar. Puxa e imobiliza uma ovelha, tira o sangue, referencia o tubinho, aplica o brinco, regista no caderno, tudo ao som de identificadores vociferados e de balidos, com o objetivo de obter o ADN de cada animal para inclusão no livro genealógico da raça. Percebendo o meu incômodo e hesitação diante de uma pastora absorvida pelo remelexo em seu rebanho, um dos zootécnicos me apresentou e disse-lhe que eu tinha umas perguntinhas a lhe fazer. Cooperativa, a pastora voltou-se para mim, o rapaz desconhecido que ali estava segurando uma prancheta no meio de uma corriça. Surpreendentemente e apesar de vontade compartilhada de diálogo, eu e a pastora deparámo-nos, no entanto, com uma barreira linguística aparentemente incontornável. Não importava o quanto eu refraseasse as questões, a pastora alternava entre meus olhos e os dos zootécnicos, claramente de32

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sorientada e com um sorriso constrangido a repetir: “não estou a perceber!”. Poderia ter sido um problema de “tradução” entre meu português brasileiro urbano e seu português europeu rural, mas depois de vários infrutuosos ensaios e um crescente constrangimento, arrisquei deixar o questionário de lado e pedi-lhe para me contar um pouco mais sobre ela e o seu dia-a-dia. Seu rosto iluminou-se e dois seres-humanos, por fim, se conectavam. A pastora contou-me que nem sempre foi pastora. Ela trabalhava numa venda e, junto com seu falecido marido, possuía umas parcelas de lameiro. A decisão foi instintiva, havia de por lá umas ovelhas. No começo contrataram um pastor, mas diante da constante ausência de retorno pecuniário e suspeitas de roubo, o casal decidiu desfazer-se do pastor cabendo a ela assumir o rebanho. Com o tempo, as ovelhas e a pastora desenvolveram afeto e relação de amizade. A pastora cantava para suas ovelhas que em troca cuidavam da saúde e bem-estar de sua pastora. As ovelhas tinham consciência de sua idade avançada e debilidade, disse-me ela. Quando porventura cochilava no lameiro, logo vinham as ovelhas averiguar se tudo estava bem. O cotidiano da pastora era semeado de histórias de vida e lições sobre as ovelhas e a natureza. As percepções, consciência e aprendizados que emanavam de sua narrativa apequenavam qualquer questionário que poderíamos ter montado. Convicto pela primazia das vozes pastoris e já de volta na carrinha dragado pela cadência inversa à da chegada, decidi largar o questionário e libertar as falas dos pastores-criadores entrevistados. O dia seguiu nesse ritmo, uma calibrada coreografia reproduzida exploração após exploração, rebanho após rebanho; enquanto eu, de entrevista em diálogo, aproveitava para aprender e crescer um pouco mais. Ao fim e ao cabo, as histórias contadas compartilhavam uma raiz comum: o compromisso com a memória da família e o vínculo cultural e emocional com a terra e os animais. Os criadores da Terra Fria não hesitavam em declarar-se netos de uma ovelha e até aqueles que um dia se apartaram não puderam resistir ao chamado do retorno. Um criador de 70 anos chegou a dizer-me que quando regressou da emigração, tinha uma proposta para trabalhar de enfermeiro. Ele tinha experiência no ramo por haver sido enfermeiro durante as guerras coloniais. Contudo, e apesar da atraente remuneração oferecida, ele preferiu voltar para sua terra natal e comprar um rebanho – inicialmente vacas, progressivamente substituídas por ovelhas –, pois sua família havia sempre vivido da agricultura e da pecuária. Os laços e apego à tradição familiar, à terra e aos animais pareciam nortear as práticas e cotidianos nas ovelhadas da Terra Fria transmontana. Pastores, ovelhas e natureza encontravam-se emaranhados em uma simbiose vital na qual a sobrevivência de cada um dependia do bem querer dos outros. O deambular do rebanho transformava pasto em riqueza e revigorava a natureza. O pastor, em chefe de orquestra informado, garantia a execução harmoniosa dessa partitura milenar que moldou a paisagem e salvaguardou o território através do tempo. * Texto original www.gazetarural.com

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Curtas

Sertã recebe Mercado Produtos da Terra com “Doçaria Tradicional”

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Alameda da Carvalha, na Sertã, volta a receber nova edição do mercado Produtos da Terra, no próximo domingo, 19 de Julho, entre as 9 e as 15 horas, desta feita dedicada à temática “Doçaria Tradicional”. À semelhança da edição de Junho, em contexto de pandemia, esta edição irá decorrer com algumas restrições e medidas de segurança. Para além de “Doçaria Tradicional”, neste mercado poderão também ser adquiridos produtos hortofrutícolas, transformados e artesanato. Promovida pelo Município da Sertã, a iniciativa “Produtos da Terra” baseia-se numa lógica de proximidade entre o cidadão e os produtores regionais: quem procura produtos de qualidade pode assim fazê-lo num local próximo e sem recorrer às grandes superfícies.

Restaurantes de Vila de Rei promovem ‘Ementa Regional’ de 24 a 26 de Julho

tras entidades. O projeto prevê a circulação mista de automóveis e bicicletas, com separação por um canal específico para garantir a segurança de automobilistas, ciclistas e peões, promovendo assim a proteção ambiental, a mobilidade e a prática desportiva. A Ciclovia das Termas de Monfortinho é um projeto que faz parte do Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável para a Beira Baixa.

InovCluster lança campanha para promover fileiras prioritárias do agroalimentar

A Associação do Cluster Agroindustrial do Centro (InovCluster) anunciou o lançamento de uma campanha para promover empresas do setor agroalimentar das suas fileiras prioritárias, Município de Vila de Rei, em parceria com quatro restaurancomo o queijo, mel, vinho e azeite. tes locais, vai aliar-se à Associação de Municípios PortugueA campanha ‘Produtos tão nossos’ tem como ses do Vinho (AMPV) nas comemorações dos 20 anos da elevação objetivo permitir ao consumidor conhecer melhor da gastronomia a bem imaterial do património cultural de Portuas empresas, os empresários e os seus produtos, gal, através da criação de uma ementa com produtos tradicionais facilitando uma relação de proximidade e confiando Concelho que vai estar disponível de 24 a 26 de Julho. ça. “Sendo uma altura de acrescidas dificuldades Durante este período, nos restaurantes ‘O Cobra’, ‘Tasquinha para grande parte das empresas, em que o regresso da Vila’, ‘Churrasqueira Central’ e ‘Toca do Coelho’, os visitantes à normalidade vai sendo gradual e o país combate a poderão optar por uma ementa específica composta por produpandemia covid-19, é fundamental dizer presente e tos locais vilarregenses, nomeadamente o queijo de Vila de Rei, ganhar espaço junto dos consumidores”, refere, em enchidos locais, maranho e bucho, Bacalhau à Vila de Rei e Pucomunicado, Carlos Lima, da Inovcluster. dim de Vila de Rei, sempre acompanhados pelo melhor azeite A iniciativa tem como alvo a promoção das emVilarregense. A iniciativa faz parte da ação ‘Gastronomia e vipresas do setor agroalimentar, permitindo dar a conho: porque ninguém é feliz sozinho’, promovida pela AMPV, e nhecer aos consumidores produtos de reconhecida pretende promover o melhor da gastronomia de cada um dos qualidade e valor acrescentado daquelas que são as Municípios seus associados. fileiras prioritárias para a InovCluster, como o queijo, o mel, o vinho e o azeite. Vai ser promovida com recurso a conteúdos digitais, nomeadamente vídeos, nas redes Termas de Monfortinho vão ter ciclovia sociais da InovCluster, sendo que em cada vídeo será dado a conhecer uma empresa associada. Câmara de Idanha-a-Nova anunciou o projeto de construção de uma ciclovia nas Termas de Monfortinho, que irá criar condições para uma mobilidade mais suave e permitir a requalificação da rede viária da localidade. O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova apresentou o projeto da ciclovia durante a inauguração do novo Posto de Turismo das Termas de Monfortinho, com a presença da Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, e ou-

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Para relembrar o Recontro de Valdevez

Município de Arcos de Valdevez e Adega de Ponte da Barca e Arcos lançam Espumante Vez O município Arcos de Valdevez e a Adega Cooperativa de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez criaram um espumante que relembra um dos momentos mais importantes da fundação da nacionalidade portuguesa, o Recontro de Valdevez. Este novo produto foi apresentado no Paço de Giela, tendo o autarca João Esteves adiantado que o novo Espumante Vez celebra “o fruto da terra, das vinhas e do trabalho do homem”.

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Adega Cooperativa de Ponte da Barca contribui para a criação de riqueza no território e, para o autarca, “a criação deste vinho espumante foi, ao mesmo tempo, a forma de dizermos que tínhamos de inovar, de apresentar novos produtos”, disse, referindo também que “A região dos vinhos verdes também merece este produto, que pretende celebrar a história, a cultura e a terra” O presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes fez questão de realçar o papel das autarquias no relançamento da economia e captação de riqueza para as regiões, “São as autarquias que também nos estão a ajudar a puxar pela atividade económica, a dar confiança para usarmos a restauração, a passar a mensagem de um destino seguro”, adiantando ao mesmo tempo que em Arcos de Valdevez isso acontece “a região tem de se reinventar. Quando o mercado nos traz dificuldades temos de fazer melhor, de forma a atrair mais valor para a região e é isso que acontece aqui”, afirmou Manuel Pinheiro, enfatizando o lançamento do novo espumante e empenho da Câmara Municipal. A apresentação contou também com as presenças do presidente, Amândio Lago, do enólogo e do diretor da Adega Cooperativa de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez, José Oliveira; de Bruno Almeida e de Luís Pedro, os quais enalteceram a qualidade do produto. Também realçaram a importância da parceria para a criação de valor para a Adega, para os produtos, bem como para o desenvolvimento de protocolos futuros.

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Gazeta Auto

Marca – Nissan Micra

Modelo: 1.0 IG-T 100cv MT N-Style

Por Jorge Farromba

Guidelines

Olhar para o novo Micra com este aspeto dinâmico nada nos faz recordar os anteriores modelos mais citadinos e arredondados. Com um desenho que capta as atenções no modelo tradicional, nesta versão especial N-Style os olhares acentuam-se.

Estética – Exterior e Interior

Na versão em ensaio foi-nos disponibilizada com a pintura na cor Warm Silver e Burgundy, com personalização exterior exclusiva, onde a tonalidade cinza em certos ângulos e determinada luz, transmite um tom a tender para o bordeaux e com ligeiros apontamentos na cor Burgundy nos pára-choques, zonas laterais e molduras dos espelhos. Mas a pintura condiz com uma personalizada que este modelo transparece, que alude ao desportivismo ou dinâmica e tal, e colhe adeptos. Este Micra tende a destacar-se no trânsito. Mantendo a frente típica da Nissan – apelativa - uma lateral e traseira estilizada, dá-nos a perceção que temos um motor muito potente com alta cilindrada. Mas já lá vamos! Fazendo escola nalgumas marcas com a traseira desenhada para um formato coupé, as pegas traseiras das portas estão esculpidas no pilar traseiro.

Materiais, User experience

Abrir a porta do N-Style remete-nos para um ambiente

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que não é vulgar neste tipo de modelos deste segmento. Um misto de pele em todos os bancos e plásticos moles. Boa qualidade de construção, montagem e materiais empregues. O espaço interior é bom à frente e razoável atrás, sendo que os bancos dianteiros podiam ter mais apoio lateral. O som emanado pela Bose cria uma envolvência muito interessante, onde além dos vários altifalantes bem colocados e do subwoofer, possui no encosto do banco do condutor uma coluna de som. O tablier e painel de instrumentos é tradicional – o que é uma escolha acertada – pois normalmente os mais estilizados acabam por saturar ao final de algum tempo. Um detalhe para a consola central, onde o espaço para o telemóvel é iluminado.

Em estrada

Através do motor 3-cilindrico foi possível extrair 100cv, o que aliado ao baixo peso do conjunto e a uma caixa de 5 velocidades consegue transmitir uma boa vivacidade do Micra, que muitas vezes surpreende ainda mais pelo seu desempenho, com a direção a conseguir transmitir um bom feedback da estrada, conjugado com as jantes de 17 polegadas que nos dão a segurança e firmeza necessária, num modelo com um ritmo bem próprio e dinâmico.

Consumos, preço e segurança

Os consumos efetuados foram quase sempre 5,8 a 6,1 e o preço base desta versão especial onde desde o ecrã central tátil, aos bancos e tablier em pele, som bose, camara traseira, sensores de estacionamento e já usuais sistemas de segurança activos e passivos, JLL especificas e a pintura “estilizada”, têm como preço final um valor próximo dos 20.500€ www.gazetarural.com

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Para já, até 10 de Agosto

Iniciativa gastronómica nos dias 25 e 26 de Julho

“Prove o que É Nosso” nos restaurantes aderentes de Tabuaço O Município de Tabuaço associa-se à Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) e da Associação das Rotas do Vinho de Portugal (ARVP) na comemoração dos 20 Anos da elevação da gastronomia portuguesa a bem imaterial do património cultural de Portugal. Deste modo, vai decorrer nos dias 25 e 26 de Julho o evento “Prove o que É Nosso” nos restaurantes aderentes do concelho.

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abuaço serve à mesa o melhor da gastronomia local, um desafio que Câmara Municipal propôs a todos os restaurantes e estabelecimentos similares para assinalar os 20 anos da elevação da gastronomia a bem imaterial do património cultural. “Prove o que É Nosso” serve de mote a esta iniciativa. Do cabrito ao javali, destacando ainda os peixinhos do rio ou o bolo-rei, são algumas das muitas sugestões dos restaurantes aderentes para um fim-de-semana que quer, acima de tudo, promover o melhor da gastronomia local. E porque gastronomia e vinho andam de braço dado, o Município de Tabuaço sugere ainda que na melhor mesa esteja o melhor dos vinhos, o que passará sempre pelos néctares dos produtores locais. Recorde-se que a gastronomia portuguesa foi elevada a bem imaterial do património cultural de Portugal, por Resolução do Conselho de Ministro nº 96/2000, publicado no DR nº 171/2000, Série I-B de 26 de Julho de 2000. 38

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Exposição “Esperança” nas ruas do centro histórico de Sernancelhe nstalações, pinturas, fotografias, esculturas I ou literatura são algumas das manifestações artísticas da exposição coletiva “Esperança”, que

estará patente no centro histórico de Sernancelhe, disse um responsável do município. “Trazer desde escultura, fotografia, construções, instalações artísticas, ‘street art’ ou literatura a Sernancelhe, com o propósito e o fundamento principal da dinamização e da revitalização, não de um pequeno espaço, mas de todo um concelho”, explicou o vereador Armando Mateus. O programa municipal “Ser Mais Cultura” iria este ano para a sua sétima edição, mas o programa deste ano foi cancelado por causa da pandemia da covid-19. Esse facto levou a autarquia a criar esta exposição ao ar livre, patente até 10 de Agosto ou, caso justifique, até 10 de Setembro. De forma a cumprir com “os critérios e regras da Direção-Geral da Saúde” (DGS), a mostra decorrerá nas ruas do centro histórico e terá “informações facilmente adquiridas através do telemóvel, com a aplicação “QR Code”, com toda a informação do artista e a sua perspetiva” sobre a peça que elaborou. “Os artistas que irão participar nesta exposição coletiva são todos os que participaram nas edições anteriores do ‘Ser Mais Cultura’, uma vez que os convidámos a trazerem uma visão desta fase que vivemos e daquilo que todos ansiamos que é uma esperança, uma nova oportunidade”, adiantou.


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