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Portugal vai ser “a escolha óbvia” para a Páscoa e Verão de 2021, diz Pedro Machado
Sabores de Natal no Mercado Municipal em Proença-a-Nova
Portugueses preferem o bacalhau para a noite de consoada
Município de Nelas lança campanha de apoio ao comércio local Viseu Compr’Aqui oferece 50% de desconto nas taxas de entrega para
todo o país
ASPOC sensibiliza profissionais da restauração e talhos para consumo de carne de coelho Venda de Queijo Serra da Estrela regista quebras a rondar os 60%
APENO lançou Guia de Segurança Sanitária para o Enoturismo Grupo ‘Terras e Terroir’ compra vinícola ‘Caminhos Cruzados’ no Dão Festival “Tinto no Branco” triunfou no formato online
Ficha técnica Ano XVI | N.º 376 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Júlio Sá Rego | Gabriel Costa Departamento Comercial: Luís Cruz Sede de Redacção: Lourosa de Cima 3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400 E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda Administrador: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Liliana Vaz Impresão: Novelgráfica, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
Aldeias Históricas de Portugal com a maior rede de percursos cicláveis do país
V21Rural está na reta final e empreendedores levam sonhos a sério Projeto PineWALL propõe estratégia inovadora para combater o nemátodo Vaca algarvia salva por projeto de recuperação Investigador da Universidade de Évora propõe nova visão para a proteção da biodiversidade Feira Gastronómica do Porco de Boticas vai decorrer em moldes diferentes
Câmara da Sertã lançou um novo Roteiro Turístico
Loja de vinhos “Encostas de Xira” abriu em São João dos Montes Crónica de Natal – por Gabriel Costa
“Sabores da Terra” em 16 restaurantes de Penacova
Presidente da Turismo do Centro está otimista
Portugal vai ser “a escolha óbvia” para a Páscoa e Verão de 2021 O presidente do Turismo Centro de Portugal (TCP) foi um dos oradores da terceira edição da conferência “Oportunidades e Tendências para o Turismo na Região Dão Lafões e Alto Paiva”, uma iniciativa da Associação de Desenvolvimento Dão Lafões e Alto Paiva (ADDLAP), que decorreu em Vouzela.
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a ocasião, Pedro Machado fez a antevisão dos próximos tempos, das necessidades do setor, mas também as novas tendências do turismo. Em conversa com a Gazeta Rural, o responsável pelo TCP destacou as novas tendências internacionais, como os nómadas digitais, os mochileiros ou aqueles que querem fazer parte das comunidades que os recebem. Nesse sentido, sublinha a necessidade do tecido empresarial se ajustar aos novos turistas. Tendo em conta os próximos tempos, Pedro Machado acredita que Portugal vai ser “a escolha óbvia”, dos turistas internacionais, para a Páscoa e Verão de 2021.
que mercados que discutem com Portugal a opção do turista, como a Turquia, os Estados Unidos, Brasil ou a Ásia, e percebemos que estes países estão fora do perímetro das escolhas dos europeus. Portugal tem uma vantagem competitiva enorme, que é, a curto/médio prazo, ocupar um lugar que não pode ser ocupado por mais ninguém, a partir do momento em que entrarmos no processo de vacinação. O cerne da questão é: como vão as empresas resistir durante os próximos quatro a cinco meses? É por isso que é decisivo, e tão importante, haver programas de acção local, como por exemplo o facto das autarquias terem assumido o transporte das refeições dos restaurantes. Porém, também no alojamento local e no turismo rural tem que haver uma injecção de dinheiro a fundo perdido, têm que se baixar alguns impostos, como a taxa social única, o IVA da restauração e outros que estão agregados, para que as empresas possam resistir até ao primeiro balão de oxigénio, que acredito chegue em Abril/Maio do próximo ano.
Gazeta Rural (GR): A pandemia veio gerar alterações e mesmo antecipar tendências no turismo. Os próximos meses são fundamentais? Pedro Machado (PM): Essa é uma grande preocupação, que é incutir a necessidade das nossas empresas e dos empresários anteverem um período, que é crítico, de quatro meses. Calculamos que até Abril de 2021 estaremos com um baixo fluxo de turismo, sobretudo internacional, pelo que nos teremos que socorrer do mercado interno. A importância de a vacina ser dada durante o primeiro trimestre do próximo ano pode mudar o cenário em 2021 e, sobretudo no segundo semestre. Se nós estivermos no perímetro de vacinação, quando os GR: Apesar disse, esta pandemia trás um conjunto de ingleses já estão a ser vacinados, os alemães e os franceses sê-lo-ão oportunidades? em Janeiro, Portugal vai ser a escolha obvia já para o período da PásPM: Há e são visíveis. Percebemos que a agricultura, e o secoa de 2021 e, sobretudo, para o Verão do próximo ano. E digo ‘estor primário, é um setor que cresceu 8%, no acumulado, entre colha obvia’, porque temos condições vantajosas de produtos, que Janeiro e Outubro de 2020 e essa tendência deve continuar em estão intocáveis, intactos e que podemos continuar a fruir, como o 2021, porque os bens essenciais, com os portugueses confinagolfe, a gastronomia, o turismo ativo, a natureza, a saúde e bemdos e as famílias em casa, acabam por ser mais consumidos. -estar, os vinhos, entre outros produtos. Portanto, tudo aquilo que A questão do teletrabalho e as novas tendências, como os nóé a nossa grande diversidade, que Portugal tem vindo a granjear madas digitais e outros turistas que estão a chegar, que procunos mercados internacionais, mas também o facto de estarmos a ram espaços físicos com as características que a região Viseu Dão pouco mais de duas horas das grandes capitais europeias, e que Lafões e Alto Paiva oferece. Quando pensamos em territórios de são as nossas ‘procuras’ principais, são fatores decisivos. Para baixa densidade, - de pequenas unidades de alojamento em espaalém de tudo isto, porque somos muito mais competitivos do 4
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ço rural, que estão em perfeita sintonia com circuitos pedestres e/ou cicláveis, com a fileira do vinho, com a possibilidade das termas,- há uma oferta integrada que permite acolher os novos consumidores, os novos turistas que já estão a querer viajar, que não o fazem por necessidade, mas porque viajam ao longo de todo o ano. Outra oportunidade que pode surgir é a questão das plataformas digitais. Quando pensamos nas fileiras dos produtos endógenos, do vinho, dos queijos, do mel, da castanha e outros produtos associados ao setor primário, e que são muito úteis para o turismo, temos que entender que as plataformas digitais são uma extraordinária oportunidade para aumentar as vendas.
provam é que são fenómenos globais. E nestes não existem muros suficientemente altos que impeçam a passagem das tempestades, das pandemias e dos vírus. Portanto, os países terão que, cada vez mais, trabalhar em rede e em cooperação. Aliás, há quem diga que a grande chave da resiliência mundial é a cooperação, entre países, organizações, setores, fileiras de produtos, e outros. A cooperação é um fator chave, mas tem que significar um resultado. Eu, enquanto empresário, o que ganho com isso? Esta história da resiliência é muito bonita, tal como o ‘vai ficar tudo bem’, mas quando chego ao final do mês e pagar as minhas contas o que ganho? É aqui que o papel do Estado é crítico. É por isso que defendemos que nos próximos cinco a seis meses tem que haver um investimento a fundo perdido e, sobretudo, um alívio da carga final.
GR: Falou dos novos turistas. A região está preparada para os receber? GR: Os incêndios de 2017, a tempestade Lesly, as PM: A região está a trabalhar muito nesse sentido. Estamos a acoinundações e a pandemia têm sido um ciclo de problelher as novas tendências, como os nómadas digitais, nos mochileiros, mas para a região nos últimos anos? naqueles que querem fazer parte das comunidades que os recebem. E PM: Claramente. A Região Centro, em particular, tem estas são tendências internacionais. sido ‘mártir’ nos últimos anos com as situações que referiu. Falamos daqueles que apostam em diminuir a pegada ecológica e Acredito que está ‘vacinada’ e preparada para poder conque não querem andar de avião ou de carro, mas sim de bicicleta, de correr com as grandes catastrofes que a têm vindo a assocomboio ou de mobilidade suave. Estas são tendências que os novos lar. Isto significa, mesmo assim, que em 2017, 2018 e 2019 a consumidores estão a ter e nós estamos a trabalhar no plano de susregião cresceu, o que significa que houve, da parte das emtentabilidade do Centro de Portugal, quer naquilo que é a inclusão e presas e dos empresários, uma extraordinária capacidade de o turismo acessível para todos, mas também dialogar com os empreresistir e de contrariar aquilo que são as adversidades, como é sários para que tenham a sua perceção e estejam disponíveis para o caso das alterações climáticas que estão e vão continuar aí. poder alterar os seus modelos de negócio, de forma a responder a Vimos há poucas semanas um nevão que assolou grande esses desafios. parte do país, o que não acontecia há muito tempo. As alterações climáticas são um dado que não podemos descorar, mas também são uma oportunidade, porque o que está a acontecer na Europa e no Mundo, e o que estas pandemias, como o Covid, www.gazetarural.com
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Vai continuar no fim de semana de 19 e 20 de Dezembro
Sabores de Natal no Mercado Municipal em Proença-a-Nova Os sabores da época vão continuar em destaque no Mercado Municipal de Proença-a-Nova, no fim de semana de 19 e 20 de Dezembro. No Mercado dos Sabores de Natal os visitantes vão encontrar diversos produtos da época, como as tradicionais filhós.
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Mercado dos Sabores de Natal decorrerá entre as 10 e as 19 horas de sábado e entre as 10 e as 16 horas no domingo. Em termos de programa, destaque para a chegada do Pai Natal com a companhia do Balão Mágico (10,30 horas), o espectáculo de magia com o palhaço Mário Faísca (16 horas) e a arruada com Fábio Farinha (17,30 horas), no sábado; e o espetáculo Tradições de Natal (14,30 horas), uma das Rotas de Visitas Guiadas e Encenadas do projeto Beira Baixa Cultural, cofinanciado no âmbito do Centro 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional da União Europeia, com o grupo Váatão, no domingo. Filhós solidárias distribuídas pela linha da frente e por quem mais precisa 250 filhós foram distribuídas aos operacionais em serviço da GNR, UEPS – Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR, Bombeiros Voluntários, Força Especial de Bombeiros e Centro de Saúde no âmbito da iniciativa Filhó Solidária, promovida pelo Município de Proença-a-Nova, que decorre no Mercado dos Sabores de Natal. “Este projeto nasce no sentimento que todos temos nesta quadra que atravessamos. O Natal convoca-nos este espírito de partilha e estamos todos mais despertos para essa condição”, explicou o presidente da Câmara de Proença-a-Nova. “É destinada a todos aqueles que desde o início da pandemia têm estado a tratar de todos nós, aquilo que também é o normal em situação sem pandemia, mas que se tornou mais exigente devido a este surto”, salientou João Lobo. O autarca destacou ainda os colaboradores do Município que também estão na linha da frente, ainda que de forma mais invisível, nomeadamente os “que tratam dos nossos resíduos sólidos urbanos todos os dias e o piquete das águas que não pode falhar”. O gesto simbólico vai ser alargado ainda ao Banco Solidário e à Cáritas que irão distribuir posteriormente as filhós pelas famílias que acompanham. Juntaram-se à iniciativa algumas associações do concelho que vão confecionar o doce mais típico do Natal proencense e amplificar este gesto de partilha. A Câmara de Proença-a-Nova ofereceu os ingredientes, nomeadamente farinha, óleo e açúcar. Os ovos utilizados foram ofertados pela empresa Rica Granja, com sede junto ao Parque Empresarial de Proença-a-Nova, a quem o município agradece o gesto. 6
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Serão consumidas entre quatro e cinco mil toneladas
Portugueses preferem o bacalhau para a noite de consoada P
ortugal é responsável por 20% do consumo de bacalhau no mundo e neste Natal os portugueses vão continuar a preferir o ‘fiel amigo para a noite de consoada. Entre quatro e cinco mil toneladas de bacalhau é a estimativa de consumo, cerca de 30% do consumo total, um número que não deverá ser impactado pela pandemia, adiantou o Conselho Norueguês dos Produtos do Mar. “O consumo de bacalhau da Noruega na época natalícia representa cerca de 30% do total anual, estimando-se que na noite de consoada sejam consumidas entre quatro a cinco mil toneladas de bacalhau em Portugal”, apontou o diretor para Portugal do Conselho Norueguês dos Produtos do Mar (NSC), Johnny Thomassen. Já no que se refere à origem, 70% de todo o bacalhau consumido em Portugal vem da Noruega. Conforme afirmou Johnny Thomassen, estes números não deverão ser impactados pela pandemia de covid-19. No total, Portugal é responsável por 20% do consumo de bacalhau no mundo, posicionando-se assim como o mercado que mais prefere este peixe.
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Será publicada nos próximos meses
Coletânea ‘Viseu sabe bem’ mostra património gastronómico do concelho O primeiro passo para a carta gastronómica de Viseu, que deverá ser publicada nos próximos meses, foi dado a conhecer durante o festival encontros literários ‘Tinto no Branco’.
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lacuna importante na investigação, conhecimento e dintitulada ‘Viseu sabe bem’, é uma coletânea de gastronomia, composvulgação da gastronomia de Viseu, cidade e região que ta por doze cadernos com textos e fotografias originais dedicados às têm especiais pergaminhos históricos neste domínio”. “Alprincipais referências do património gastronómico de Viseu e da Feira de berto Correia empreendeu uma nova consulta de fontes São Mateus e resultou de uma encomenda da Câmara de Viseu ao antrode informação e uma auscultação a protagonistas do setor, pólogo e historiador Alberto Correia, em 2019, ano em que a cidade se que permitiram novas aquisições sobre produtos tão icóniassumiu como “destino nacional de gastronomia”. cos da nossa oferta, como os viriatos”, explicou. “É uma galeria dos emblemas de Viseu à mesa”, realçou o vereador A coleção dedica ainda dois fascículos às tabernas de ViJorge Sobrado, responsável pelas pastas do Património e do Turismo, seu e à figura de D. Zeferino, que, com a mulher, Maria de adiantando que é também um primeiro passo para a carta gastronómica Lurdes Gonçalves (D. Mimi), fundou o restaurante “O Cordo concelho, que deverá ser publicada nos próximos meses. tiço”, considerado um dos mais “incontornáveis tópicos do Com textos e fotografias originais de Alberto Correia e de José Alroteiro gastronómico de Viseu”. fredo, respetivamente, estes cadernos foram produzidos durante ano Jorge Sobrado avançou que, nesta publicação, D. Zeferino e meio, numa perspetiva histórica, etnográfica e cultural, e incluem é visto na ótica do “consagrado intérprete moderno da traditambém os receituários dos produtos culinários e de doçaria. ção beirã à mesa”, com a criação de pratos “que se tornaram Segundo Jorge Sobrado, entre os emblemas gastronómicos estão célebres da sua casa e da cidade”, como o arroz de carqueja, a broa de Vildemoinhos, o pão de São Bento, os pastéis de feijão, o bacalhau podre apodrecido na adega e o cabrito assado no as castanhas de ovos, os viriatos (pastéis doces criados nos anos 50 forno à pastor da serra. do século XX), o rancho à moda de Viseu, o pão de Santos Êvos e as Nos encontros literários “Tinto no Branco” foi também aprefilhós de mel de Várzea de Calde. sentado o álbum fotográfico “A voz do Dão”, dos fotojornalistas As enguias da Murtosa e as farturas da Feira de São Mateus, “que Adriano Miranda e Nuno André Ferreira, que retrata “uma viaconquistaram um lugar simbólico e cultural no certame e que são gem livre, sem guião, realizada ao longo de um ano por quintas, hoje muito mais do que um produto estritamente agroalimentar”, adegas e vinhas da região do Dão, num contacto próximo com os marcam também presença na coletânea, acrescentou o vereador, autores mais anónimos dos seus vinhos”. que é gestor da feira. Na opinião de Jorge Sobrado, “esta publicação preenche uma 8
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Decorrerá até dia 30 de Abril de 2021
Município de Nelas lança campanha de apoio ao comércio local
“Vamos dar uma nova luz aos produtos portugueses”
Campanha “Portugal Sou Eu” quer proteger o país durante este Natal
A Câmara de Nelas lançou uma campanha de apoio ao comercio local, que vai decorrer de 16 de Dezembro a 30 de Abril de 2021. Sob o mote
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iga o Espírito de Natal e compre no Comércio Local”, a iniciativa é destinada ao comércio e serviços locais do Concelho de Nelas e visa incentivar as pessoas a comprar no comércio tradicional e a utilizar os serviços locais, procurando fomentar, desta forma, a dinamização da economia local num período de particular dificuldade devido à pandemia por Covid-19. O Município de Nelas entregará a cada um dos estabelecimentos comerciais e serviços locais aderentes um dístico para identificar o local como tal, bem como entregará, os cupões de participação, caixas para depósitos dos cupões e o regulamento. Para se habilitarem a participar e usufruir desta iniciativa, os compradores que efetuem compras no valor de 20,00 euros, ou superior, receberão, por cada compra, um cupão por cada múltiplo daquele valor, “Portugal Sou Eu” lançou a campanha de Natal, que até ao máximo de 5 cupões por pessoa/compra. Os cupões, depois de se prolonga até 30 de Dezembro, para sensibilizar preenchidos, deverão ser depositados nas caixas que serão colocadas os consumidores para a escolha de produtos e serviços que para esse efeito em cada estabelecimento comercial e serviço aderengeram valor acrescentado em Portugal, confrontando-os te. com uma tomada de consciência necessária perante a atual O Município sorteará, mensalmente, 40 “vouchers” no valor de conjuntura. 25,00 euros cada um deles, sendo que se realizarão quatro sorteios, Em termos criativos, a campanha, que tem como foco alcom início em Janeiro de 2021 e termo em Abril do próximo ano, após guns dos produtos mais representativos do programa “Portua Páscoa, atribuindo-se assim um valor total de 4.000€, que serão gal Sou Eu”, explica a necessidade de mudar de atitude, pois obrigatoriamente utilizados em compras no comércio tradicional ou não sendo este um ano normal, é ainda mais premente ajudar na utilização de serviços do concelho. as empresas portuguesas. Para os comerciantes tradicionais ou serviços locais que ainda Um peixe, uma garrafa de azeite, um sapato ou uma peça de não aderiram à campanha “Siga o Espírito de Natal e compre no roupa são o que são, mas o objetivo visual desta campanha é Comércio Local”, informamos que o poderão fazer até ao final do colocá-los numa posição de destaque para os contemplarmos mês de Fevereiro de 2021, contactando o Município através do núde uma forma mais sofisticada e complexa. Esta disrupção visual mero 232941305, através do endereço eletrónico empreende@ é causada pela estranheza de ver dois elementos à partida incm-nelas.pt ou dirigir-se pessoalmente às instalações da Unidade compatíveis - o produto e as luzes de Natal - criando uma imagem Empreende, sito no Edifício Multiusos na Praça do Município em inusitada e nunca vista. Nelas.
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Conta já com 34 lojas aderentes
Viseu Compr’Aqui oferece 50% de desconto nas taxas de entrega para todo o país Neste Natal o mote lançado pelo Município de Viseu – “Escolha bem, Escolha Local” – estende-se também ao digital e ao projeto ‘Viseu Compr’Aqui’. Trinta e quatro lojas já aderiram à iniciativa de apoio ao comércio local. A campanha de Natal que decorre até 31 de Dezembro e os interessados podem aceder à aplicação “CTT – Comércio Local”, que oferece descontos nas taxas de entrega de todo o país.
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negócios e, consequentemente, o seu alcance e notorieté ao final do mês de Dezembro todas as compras realizadas nas dade, foi o objetivo do Município de Viseu ao firmar esta lojas aderentes de Viseu, através da aplicação “CTT – Comércio parceira com os CTT. Local”, usufruem de um desconto de 50% na taxa de entrega, que se Por outro lado, o lançar deste projeto constitui também estende também a todo o país. uma medida de resposta aos efeitos da crise económica O processo é bastante simples. O cliente apenas tem de descarregar junto deste setor, provocada pela pandemia COVID-19. Nesa APP “CTT – Comércio Local” (disponível na Play Store ou na Apple te contexto, o Município de Viseu assumiu o compromisso Store), navegar pelas lojas disponíveis online, escolher e encomendar de garantir a gratuitidade do primeiro ano a todos os adeos seus produtos de eleição. Toda a parte associada ao pagamento e rentes. entrega ao domicílio é assegurada pelos CTT, com toda a comodidade Os interessados em aderir ao projeto e lançar a sua loja e segurança. online poderão fazê-lo em www.viseucompraqui.pt, o site onDesde o seu lançamento, o projeto Viseu Compr’Aqui conta já com line onde poderá aceder ao formulário e condições de ade34 lojas online aderentes. Do artesanato às frutas e carnes, dos visão, mas também a contactos úteis de entidades e serviços nhos e licores à doçaria, do azeite a outros produtos endógenos, do que prestam apoio nesta inscrição/gestão. vestuário à sapataria, dos produtos para casa e jardim aos de limSão ainda parceiros deste projeto a Associação Comercial do peza automóvel, há uma oferta bastante diversificada nesta plataDistrito de Viseu, a Associação da Hotelaria, Restauração e Siforma digital dedicada ao comércio local. A par de Viseu, integram milares de Portugal (AHRESP) e a Viseu Marca. O portal “Centro também já esta APP os municípios de Caldas da Rainha, Penafiel e Market” é parceiro de divulgação do projeto. Vila Real. Apoiar os pequenos produtores, comerciantes e empresários locais, através da criação de lojas online onde possam promover e vender os seus produtos, incentivando a transição digital dos seus 12
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mesmo: em família, mais perto ou mais afastado, mas sempre a cuidarem uns dos outros. É com este espírito, de coração aberto, que nesta quadra natalícia, dirigimos a todos, em particular aos aguiarenses, votos de um Feliz Natal e de um Ano Novo repleto de esperança. Um abraço amigo dos Presidentes da Assembleia e Câmara Municipal de Aguiar da Beira.
Virgílio da Cunha
Joaquim António Marques Bonifácio
Faça deste Natal, um Natal especial. O espírito vai sempre permanecer o mesmo: em família, mais perto ou mais afastado, mas sempre a cuidarem uns dos outros. É com este espírito, de coração aberto, que nesta quadra natalícia, dirigimos a todos, em particular aos aguiarenses, votos de um Feliz Natal e de um Ano Novo repleto de esperança. Um abraço amigo dos Presidentes da Assembleia e Câmara Municipal de Aguiar da Beira.
Virgílio da Cunha
Joaquim António Marques Bonifácio
Portugal é o quinto produtor europeu
ASPOC sensibiliza profissionais da restauração e talhos para consumo de carne de coelho A Associação Portuguesa de Cunicultura (ASPOC) realizou, no âmbito da Campanha de Promoção ao Consumo de Carne de Coelho, visitas aos profissionais da restauração e talhos com o objetivo de sensibilizar para as vantagens nutricionais do consumo desta carne.
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ação de sensibilização, que se estendeu até início de Dezembro, decorreu nas cidades de Lisboa, Leiria, Setúbal, Porto, Aveiro e Braga, junto de cerca de 500 talhos e 100 churrasqueiras. Através da distribuição de merchandising da campanha - para decorar os pontos de venda - a visita, realizada por promotores qualificados, traduziu-se na apresentação da carne de coelho, dos novos cortes, praticidade e das suas características para uma alimentação saudável. Portugal é o quinto produtor europeu de carne de coelho, com uma produção total de 5.840 toneladas. A integração com Espanha (política de preços, comércio internacional e programas de marketing) tornaram a Península Ibérica no maior produtor da Europa. Em 2019, o consumo reportado de carne de coelho foi de 0,68kg per capita, excluindo a produção própria das famílias para autoconsumo, tradição que ainda perdura em algumas regiões do país. Para o presidente da ASPOC, “o objetivo desta iniciativa é sensibilizar os profissionais dos talhos e churrasqueiras para o consumo de carne de coelho e reforçar que é uma carne saborosa e fácil de confecionar, transmitindo-lhes, também, informação relevante sobre os seus benefícios nutricionais numa dieta equilibrada”, referiu Firmino de Sousa. “Nos dois últimos anos, a ASPOC promoveu, com sucesso, várias ações de formação em diversas regiões do país. Este ano, tendo em conta o contexto de pandemia, as ações de formação e eventos previstos não foram possíveis de implementar. Assim, desenvolvemos alternativas, onde se enquadra esta iniciativa que decorreu até ao início de Dezembro”, acrescenta o presidente da ASPOC.
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Circuito associado à produção pode ser posto em causa
Venda de Queijo Serra da Estrela regista quebras a rondar os 60% A venda de queijo com Denominação de Origem Protegida (DOP) Serra da Estrela regista quebras na ordem dos 60%, na sequência da pandemia provocada pela Covid-19, garantiu a Estrelacoop - Cooperativa dos Produtores de Queijo da Serra da Estrela.
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ace à redução drástica das vendas das queijarias nossas associadas, registamos uma quebra superior a 60% e estamos a entrar numa fase crítica da nossa atividade. Caso não seja efetuada uma inflexão agora, durante o mês de Dezembro, com as vendas do Natal, no limite, todo o circuito associado à produção do queijo Serra da Estrela DOP pode ser posto em causa”, alertou a direção daquela associação, com sede em Celorico da Beira. A Estrelacoop explicou que a situação está relacionada com o cancelamento das múltiplas feiras e eventos em todo o país, que noutros anos “garantiam vendas significativas”. “Com a atual crise pandémica, a grande maioria dos pastores, dos produtores de leite e queijo da Serra da Estrela estão a braços com uma crise sem precedentes”, afirmou a associação, explicando que “há excesso de produto e matéria-prima resultante do decréscimo de escoamento nos canais de vendas e divulgação”. Lembrando que há 27 queijarias com selo DOP e 125 pastores com rebanhos na Serra da Estrela totalmente dependentes da atividade, aquela associação ressalvou o “papel crucial” dos consumidores no momento da compra e deixou um apelo para que estes optem pelo produto com selo DOP e que o juntem nas suas mesas de Natal. Ao comprarmos este queijo, temos a certeza de que esta cadeia de valor composta por pastores, queijeiras/os credenciados e produtores não se perde e que a qualidade, essa prevalece”. A região demarcada de produção do Queijo Serra da Estrela abrange 18 municípios, como Guarda, Fornos de Algodres, Celorico da Beira, Gouveia, Manteigas, Seia, Trancoso, Oliveira do Hospital, Nelas, Penalva do Castelo, Mangualde e Covilhã. A cooperativa Estrelacoop é a entidade gestora da Denominação de Origem Protegida (DOP) do Queijo Serra da Estrela, que só pode ser produzido com leite de ovelha das raças Serra da Estrela ou Churra Mondegueira. www.gazetarural.com
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Com a chancela da Biosphere Portugal
APENO lançou Guia de Segurança Sanitária para o Enoturismo A Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO) e a Biosphere Portugal elaboraram um guia de Segurança Sanitária para o enoturismo, tendo por base os requisitos e critérios estabelecidos pela Direção Geral de Saúde,
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rganização Mundial de Saúde e organismos governamentais e sectoriais, com o objetivo de informar os agentes do setor do Enoturismo, para a normalização da actividade turística no actual contexto de pandemia do coronavírus. “Na ausência de regras específicas para o enoturismo que nos pudessem orientar durante a pandemia, a APENO procurou preencher esta lacuna o mais rapidamente possível para poder proporcionar anos seus associados um guia de segurança sanitária que contribuísse para a normalização da actividade turística no actual contexto em que ainda nos encontramos”, afirmou a presidente da APENO, Maria João de Almeida. Para produzir este documento, a equipa consultou diversas fontes públicas, dando assim a possibilidade de passar informação fidedigna e completa, validada por técnicos de saúde pública. As recomendações apresentadas neste documento são válidas à data da sua publicação, face à natural e necessária atualização constante, emanadas pelas entidades de saúde competentes. “Estaremos atentos e por isso procederemos às actualizações que forem sendo necessárias”, informou ainda Maria João de Almeida. O documento foi elaborado exclusivamente para os associados da APENO e, como complemento, será disponibilizado um webinar de interpretação e sensibilização, que contará com a participação de especialistas em higiene, segurança e saúde pública, com vista ao esclarecimento de dúvidas sobre este processo. Recorde-se que a APENO é a primeira associação portuguesa dedicada exclusivamente ao Enoturismo. Lançada em Julho de 2020, o seu objectivo passa por dar expressão ao Enoturismo em Portugal, afirmando-o como um sector de relevo na economia portuguesa, fomentando a sua internacionalização e tornando-o numa referência a nível mundial. A Biosphere é a primeira organização internacional para o turismo sustentável. A certificação Biosphere é concedida pelo Instituto de Turismo Responsável (ITR), entidade independente criada em 1995 com o objetivo de promover ações e programas de desenvolvimento sustentável em destinos turísticos e empresas. O ITR nasceu apoiado pela UNESCO através de um Memorando de Entendimento que tem possibilitado o desenvolvimento de atividades, projetos e eventos de cooperação entre as duas organizações, sendo também membro fundador do Conselho Global de Turismo Sustentável (GSTC), patrocinado pela Fundação das Nações Unidas. 16
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No XI “The Drinks Business Green Awards 2020”
Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo recebeu distinção internacional O Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA) foi galardoado na décima edição do “The Drinks Business Green Awards”, prestigiados prémios internacionais que distinguem a liderança de organizações ou empresas no mundo do vinho e bebidas espirituosas no que concerne a boas práticas ambientais e de sustentabilidade.
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com grande satisfação que anunciámos esta distinção do PSVA. Este prémio enche-nos de orgulho, dada a qualidade da competição e o seu caracter de abrangência mundial. Reforça igualmente a nossa mensagem de que a sustentabilidade não é uma moda, mas sim o novo paradigma do século XXI. No Alentejo temos a perfeita noção que para que possamos continuar a produzir vinhos de excelente qualidade, temos a responsabilidade de aumentar a capacidade de regeneração e resiliência dos recursos naturais”, salienta João Barroso, coordenador do PSVA. O PSVA, que assinalou este ano o seu quinto aniversário, é da responsabilidade da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana e foi criado com o objetivo de trazer a produção sustentável, como um todo, à produção vitivinícola da região, ao trabalhar de forma transversal e integrada a atividade económica, o tecido laboral e social e a envolvente ambiental. Foi na categoria “The Amorim Sustainability Award” para uma associação que o PSVA foi distinguido, concorrendo com o projeto “International Wineries for Climate Change” e também com os “Wines of Great Britain”.
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Com esta nova distinção, o PSVA encerra o ano 2020 com chave de ouro, contabilizando já oito galardões, entre os quais se destacam os Prémios Europeus de Promoção Empresarial, uma iniciativa da Comissão Europeia e coordenada, em Portugal, pelo IAPMEI, o recebimento do título de Embaixador Europeu de Inovação Rural pelo projeto LIAISON, uma Parceria Europeia de Inovação para a Produtividade Agrícola e Sustentabilidade lançada, igualmente, pela Comissão Europeia, ou a “Iniciativa do Ano 2019”, por parte dos Prémios Grandes Escolhas, organizados pela revista com o mesmo nome. Os “The Drinks Business Green Awards” distinguem organizações e empresas do setor vitivinícola mundial que têm vindo a liderar práticas e programas na área da sustentabilidade e do bom desempenho ambiental. Este ano a cerimónia de divulgação dos galardões ocorreu online e poderá consultada aqui.
Junta-se à Quintas da Pacheca e de São José do Barrilário, no Douro
Grupo ‘Terras e Terroir’ compra vinícola ‘Caminhos Cruzados’ no Dão A ‘Caminhos Cruzados’, com sede em Nelas, na região Demarcada do Dão, foi adquirida pelos empresários Paulo Pereira e o casal Maria do Céu e Álvaro Lopes, que detêm no Douro a Quinta da Pacheca, em Lamego, e a Quinta de São José do Barrilário, em Armamar.
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vinícola do Dão junta-se à Quinta da Pacheca e dá origem à formação do grupo empresarial ‘Terras e Terroir’, que que passa a integrar as propriedades vinícolas e de enoturismo. Do Douro ao Dão, o mundo da viticultura já há alguns anos que se transformou numa das grandes paixões de Maria do Céu, do seu marido Álvaro Lopes, assim como do sócio Paulo Pereira, unidos pelos negócios desde 1999. Depois de em 2012 terem adquirido a Quinta da Pacheca e em 2017 Quinta de São José do Barrilário, os empresários avançam agora para uma nova ‘viagem’. “Temos uma real paixão por produtos de origem portuguesa e por tudo aquilo que é mais genuíno no nosso País, e uma dessas coisas é o vinho, secularmente ligado à nossa história e às nossas raízes”, referem os empresários, acrescentado que, com o investimento feito agora na Caminhos Cruzados, “pretendemos criar sinergias entre as empresas do Grupo, bem como estender o nosso know-how económico e técnico a outras regiões do País, também elas afamadas pela qualidade dos seus vinhos e terroir”. Com uma rede de distribuição bem montada e consolidada, quer a nível nacional quer no mercado externo, os proprietários do Grupo Terras e Terroir entendem que podem oferecer à Caminhos Cruzados “um modelo de gestão mais profissional, alguma folga financeira e um projeto integrado que vai fazer cimentar a posição das marcas no mercado”. Apesar da vertente mais economicista ter de estar presente, os empresários enfatizam que “sem paixão tudo é mais difícil e este, sendo negócio apetecível, representa também um desafio, já que queremos que continuem negócios familiares, com identidade própria, história, tradição, cultura e valores”. Grande parte da atual equipa da Caminhos Cruzados, cerca de 15 pessoas no total, irá manter-se, pelo que a transição dar-se-á de forma fácil e sem constrangimentos de maior. “Temos uma história empresarial de partilha, de criar verdadeiras equipas e cedo percebemos que isso ia ser possível, onde para lá da competência das pessoas e do ambiente familiar há uma grande vontade de criar projetos inovadores, capazes de serem uma referência nas suas regiões”, acrescentam os já referidos empresários. O Grupo Terras e Terroir dá desta forma corpo empresarial à paixão que Paulo Pereira e o casal Maria do Céu e Álvaro Lopes sentem pelo fantástico mundo dos vinhos, das vinhas ou do enoturismo, uma paixão que se estende por várias regiões onde os néctares contam as histórias de um povo. “Sempre acreditamos nas nossas empresas, na nossa gestão, nas nossas marcas, e, claro, na nossa equipa”, referem os administradores do Grupo Terras e Terroir, que irão continuar atentos a novas oportunidades em outras regiões do País, onde os seus valores possam ser implementados e criar riqueza, respeitando sempre a genuinidade, as raízes e as tradições. “Por agora, vamos trabalhar para ajudar a dar à região do Dão o estatuto que merece, depositando no projeto ‘Caminhos Cruzados’ todo o nosso entusiasmo e saber”, concluem os administradores. www.gazetarural.com
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De Viseu para o mundo
Festival “Tinto no Branco” triunfou no formato online O Festival “Tinto no Branco” teve este ano uma edição diferente, mais digital e com o êxito de sempre. O evento contou mais de 35 mil visualizações. Portugal, Brasil e Angola estão entre os países que fizeram o auditório dos “Encontros Literários” de Viseu.
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Neste que é o único festival simultaneamente litesexta edição do “Tinto no Branco” de Viseu – realizada em formato rário e vínico do país, a edição deste ano fica ainda digital – reforçou o seu auditório internacional, conquistando uma esmarcada pela participação da aclamada crítica de vipecial ligação com países da comunidade lusófona como o Brasil e Angola. nhos britânica Jancis Robinson, que se declarou “fã Os vídeos das 14 atividades realizadas registavam já 35 mil visualizações, em dos vinhos do Dão”, destacando o potencial de castas direto e diferido, tirando partido da distribuição multicanal e das parcerias regionais como o Encruzado e a Touriga Nacional. criadas com projetos culturais, instituições ou livrarias, como o Centro NaNa sua estreia no “Tinto no Branco”, para uma encional de Cultura (Portugal) e o festival “Sempre um Papo” (Brasil). trevista de vida conduzida por Tito Couto, o ator brasi“A aposta digital é vencedora e deverá continuar”, considera António Alleiro Antonio Fagundes conquistou as audiências, com meida Henriques, presidente da Câmara de Viseu, entidade organizadora 3700 visualizações. Logo a seguir, as atrizes Patrícia Pido festival. “A digitalização do evento permitiu mantê-lo no difícil contexto llar e Rita Blanco, numa mesa de debate moderada por da pandemia, mas também ampliar o seu auditório e a sua influência temHelena Teixeira da Silva, registaram 3400 visualizações. poral. O modo online deverá combinar-se no futuro com a sua realização Estes foram igualmente dos momentos do programa que presencial”, sustentou o autarca de Viseu. mais suscitaram a interação e participação em direto por O facto de o festival assumir uma vertente 100% digital permitiu capparte do público. tar novos espectadores, não só a nível nacional, mas sobretudo interAinda no “top 3” de visualizações, figura a apresentanacional, alcançando três continentes e públicos residentes em países ção da coleção “Viseu Sabe Bem”, edição do Município de como Brasil, Angola, Noruega ou Bélgica. Viseu, da autoria do investigador Alberto Correia. A apre“O ‘Tinto no Branco’ consolidou a sua posição no mapa nacional e sentação ao público dos 12 fascículos – que são à data o lusófono dia festivais literários. É hoje uma referência incontornável, mais importante referencial documental, escrito e fotográficom um carácter distintivo”, explicou o vereador da Cultura e Turismo, co, sobre o património gastronómico de Viseu – reuniu 3200 Jorge Sobrado. visualizações. Uma conversa que juntou em torno da mesa “30 por cento do auditório desta edição é de Viseu, concelho e o Chef Diogo Rocha e o historiador Luís Fernandes, com a região, mas mais de metade corresponde a públicos não residentes, moderação de Jorge Sobrado. A maioria das sessões dos “enindicador promissor para a retoma do turismo cultural no próximo contros literários” foram transmitidas em direto, com os conano”, avançou. “A região de Lisboa foi líder e representa quase 40% vidados, a partir da Casa do Miradouro, em Viseu. do público da edição”. Os indicadores recolhidos permitem ainda O Município de Viseu foi responsável pela organização dos concluir que a influência do festival é especialmente preponderanEncontros Literários “Tinto no Branco”, tendo a VISEU MARCA te no público feminino, na faixa etária entre os 45 e os 54 anos. sido parceira na produção e comunicação. A GALP, a Litocar e a Em 2020, as histórias, os testemunhos e as experiências em torFNAC foram patrocinadores da iniciativa. A produção executiva no da literatura e da poesia, do cinema e da fotografia, do teatro esteve a cargo da The Book Company/Booktailors. e da televisão, da gastronomia e dos vinhos, reuniram 34 convidados, entre autores, artistas e moderadores, com uma plateia “virtual” de fiéis fãs e leitores, mas também com novos curiosos e amantes deste universo artístico multidisciplinar. 20
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Além de hi-fi gratuito nas 12 aldeias
Aldeias Históricas de Portugal
com a maior rede de percursos cicláveis do país A rede das Aldeias Históricas de Portugal (AHP) realizou, através de plataformas digitais, uma sessão pública de apresentação de mais dois projetos estruturantes para o território: “Aldeias Históricas de Portugal | Um Destino Mais Inteligente” e “Aldeias Históricas de Portugal | Um Destino Mais #Bikelife”, dois projetos são financiados pelo Programa Valorizar. A iniciativa que contou com a participação da Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, para além de representantes de entidades envolvidas nas iniciativas.
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contextual, eventos e outras notícias úteis e é também projeto “Aldeias Históricas de Portugal | Um Destino Mais Inteuma aplicação inclusiva, uma vez que disponibiliza áudio ligente”, desenvolvido em parceria com a Altice Portugal, foi o guias em várias línguas e com conteúdos que cumprem primeiro a ser apresentado, tendo sido desenvolvido com o objetivo de com a regra da infoacessibilidade. O download da aplicadotar as 12 Aldeias Históricas de Portugal de tecnologias wireless de ção já está disponível em https://aldeiashistoricasdeportuqualidade, entre outras estruturas digitais. Um investimento particulargal.com/app-ahp/ mente importante, já que para além de melhorar a qualidade de vida Paralelamente, as Aldeias Históricas de Portugal também dos residentes, incrementa a experiência do turista, bem como as conpassam a poder monitorizar o fluxo de visitantes com base dições dos profissionais que exercem a sua atividade no território e dos nos dados revelados pela utilização da aplicação móvel e peque ponderam essa possibilidade. los acessos à tecnologia wireless. Recentemente concluído no terreno, o projeto confere às Aldeias O projeto “Aldeias Históricas de Portugal | Um Destino Históricas de Portugal o estatuto de primeiro destino, em rede, totalMais Inteligente” tem como executores as Aldeias Histórimente coberto com fibra ótica e com wi-fi gratuito. Uma infraestrucas de Portugal e os municípios integrados na sua Rede, notura igualmente decisiva para o desenvolvimento de iniciativas e de meadamente Almeida, Arganil, Belmonte, Celorico da Beira, projetos que não dispensam o digital como ferramenta ou instruFigueira de Castelo Rodrigo, Fundão, Idanha-a-Nova, Mêda, mento de trabalho. Ou seja, o reforço das Aldeias Históricas de PorSabugal e Trancoso. tugal como um destino (também) inteligente e isto num território localizado no “interior profundo” do país. Uma rede de percursos cicláveis com 3.500 quilómetros O projeto proporcionou a instalação de uma rede wi-fi gratuita no espaço público e em pontos de interesse de todas as 12 Aldeias Históricas de Portugal, além de ter implementado um sistema O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino beacon, por tecnologia bluetooth, e de ter criado uma aplicação Pereira, abriu o painel dedicado ao projeto estruturante “Aldeias móvel para os turistas. Esta app permite às aldeias interagirem Históricas de Portugal | Um Destino Mais #Bikelife”, delineado com os visitantes, fornecendo informação georreferenciada e com o objetivo primordial de promover as práticas de mobilidade 22
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Aldeias Históricas de Portugal. No entanto, também será produzida uma suave e sustentável - da bicicleta - entre as 12 Aldeias edição em suporte físico, exclusivamente para a promoção em certames. Históricas de Portugal, através da criação de uma estruPara o presidente da Associação das Aldeias Históricas de Portugal, “o tura permanente de percursos cicláveis. percurso que se tem realizado em torno de uma estratégia assistida pelo A iniciativa resultou na criação da Rede de Percursos princípio do crescimento inteligente, sustentável e inclusivo tem sido deCicláveis Aldeias Históricas de Portugal. O projeto levou safiante, mas também tem demonstrado que este é o caminho certo. O à identificação e categorização de uma rede de percursos foco nas dinâmicas colaborativas e integradas, como é o exemplo destes cicláveis em estrada, num total de cerca de 3.500 quilódois projetos, tem alavancado a cultura de trabalho em rede e acentuametros, divididos por 46 percursos - a maior rede de perdo a capacidade das comunidades de contribuírem para o desenvolvicursos cicláveis em todo o país! mento local”, afirmou António Robalo. Assim, as Aldeias Históricas de Portugal reforçam“A nossa missão assenta na criação de ativos e de mecanismos fa-se como um destino de excelência para os cicloturistas e cilitadores para dotar a Rede de maior competitividade. Os projetos para todos os amantes de bicicleta, com impacto positivo “Um Destino Mais Inteligente” e “Um Destino Mais #Bikelife” são disna promoção das Aldeias Históricas de Portugal e dos terso exemplo. Duas apostas que, no quadro societário e empresarial ritórios envolventes. Uma aposta que também tem o conatual e tendencial, são valias inegáveis para a almejada diferenciadão de permitir o foco na especialização da oferta instalada, ção”, acrescentou. diferenciando-a e direcionando-a para um segmento de mercado com valor aquisitivo e, tendencialmente, com períodos de estadia mais prolongados. Paralelamente, está em fase de conclusão a produção de um Guia dos Percursos Cicláveis da Rede das Aldeias Históricas de Portugal, muito útil para quem pretender conhecer os percursos mais indicados para todas as situações e com uma forte aposta na vertente inclusiva. Um guia que privilegiará a dimensão digital, até por força do posicionamento sustentável das www.gazetarural.com 23
Dão passos para tirar projetos do papel
V21Rural está na reta final e empreendedores levam sonhos a sério São 14 os empreendedores que estão já a desenvolver o Plano de Negócios no âmbito do Programa V21 Rural. “Esta é mesmo uma oportunidade para mudar de vida” é, assim, que os participantes resumem esta iniciativa da Vissaium XXI e do Município de Viseu.
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a primeira edição os resultados estão à vista e os participantes terão em breve todas as ferramentas para tirar finalmente os seus negócios do papel para ação. Trata-se de um grupo de empreendedores pluridisciplinar, de várias faixas de idade, percursos e setores de atividades diversificados que vão desde o artesanato, ao turismo, à produção, à educação, à comercialização, entre muitos outros setores de base rural. “São oportunidades destas que nos fazem querer ficar na nossa terra” Lídia Neves, tem 54 anos e é uma das finalistas. A pouco e pouco o seu projeto começa a desenhar-se. A empreendedora quer levar pedaços de Viseu ao mundo. “Através de produtos endógenos de qualidade, maioritariamente certificados, o objetivo passa por promover a região de Viseu”. Quanto ao programa, Lídia Neves não podia estar mais satisfeita. “Está a ser um grande desafio”, afirma, referindo que “antes, para mim, um plano de negócios era um verdadeiro ‘bicho-papão’. É uma grande oportunidade para aprendermos e testarmos as nossas ideias. Temos um acompanhamento permanente e recebemos sempre feedback do que estamos a fazer. Sinto que o meu projeto está cada vez mais solidificado”, explica. A empreendedora não tem dúvidas que este é um programa exemplar, que permite desenvolver a região e fixar os jovens “É uma aposta no capital humano, são oportunidades destas que nos fazem querer ficar na nossa terra”, sublinha, acrescentando que “esta é uma capacitação importante para os que querem 24
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agarrar novas oportunidades e enveredar por novas áreas. É uma oportunidade para mudar de vida”, desabafa. “Trabalhar em rede faz toda a diferença” A mesma opinião tem Maria Paula Freitas, 44 anos, professora universitária e designer industrial. Foi há cinco anos que começou a idealizar o seu plano de vida. O projeto está ligado ao turismo rural e ao artesanato e pretende reinventar o Turismo Rural em Portugal, associando experiências turísticas sustentáveis ao artesanato, como forma de preservar memórias, promover a identidade social e a sustentabilidade cultural. A empreendedora não tem dúvidas, este era o clique que faltava para tirar o seu projeto da gaveta. ““O programa tem sido fundamental para conseguir estruturar o meu negócio e perceber qual a direção que tenho que tomar”, resume Paula Freitas. Para a finalista são muitas as mais valias do V21 Rural. “Temos a oportunidade de ouvir, na primeira pessoa, testemunho de empresários que já passaram pelas dificuldades que hoje estamos a sentir e que neste momento estão já do outro lado do muro”, destacando, também, a importância do trabalho de grupo. “O programa tem-nos permitido criar uma rede importante de contactos”, além de que “trabalhar em rede faz toda a diferença”, sublinha. “Muitos destes projetos vão germinar” Sérgio Lorga faz um balanço muito positivo do caminho já percorrido. “É evidente o processo de evolução dos participantes, que estão entusiasmados e motivados em construir os seus proje-
tos. Cada um desenvolve o seu plano de negócio, mas aqui têm o conforto de, a nível metodológico, terem um caminho partilhado, acompanhado e orientado”, sublinha. O diretor executivo da Vissaium XXI não tem dúvidas que muitas destas sementes vão dar frutos. “Estamos certos que deste programa vão surgir novos negócios. Acreditamos, inclusive, que alguns vão germinar muito brevemente, outros podem até não avançar, no imediato, mas estamos certos que o V21 Rural será um passo importante para consolidar as suas ideias e, no futuro, quando avançarem, vão fazê-lo de forma muito mais consistente e mais facilmente atingirão o sucesso”, sustenta. De olhos postos no futuro, em cima da mesa, na Vissaium XXI, estão já a ser ponderadas novas edições. “Tendo em conta a avaliação positiva desta primeira edição, o estímulo é cada vez maior. Estamos empenhados em ter sempre respostas ajustadas às necessidades dos empreendedores”, remata. Depois de o programa ter dado a oportunidade de todos porem à prova o seu perfil de empreendedor, o V21 Rural seguiu em frente com os projetos finalistas que estão a ser munidos das competências necessárias para criar um negócio de sucesso. Na reta final, os empreendedores estão, agora, a trabalhar o seu plano de negócios. São 24 horas de capacitação nos mais diversos temas: Estratégia de negócio, análise de mercado, plano de marketing, recursos humanos, modelo de negócios, análise económico-financeira, digitalização do negócio, financiamento e o modelo LASEr, no âmbito do qual são trabalhadas várias competências de comunicação e os participantes são preparados para o pitch do projeto. Paralelamente, cada participante recebe um acompanhamento personalizado semanalmente. Depois, os diversos Planos de Negócio serão apresentados ao grupo e apreciados pelo júri. Segue-se a última fase: estágio e cooperação. É a reta final, antes dos projetos nascerem.
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Conta com investigadores da Universidade de Coimbra
Projeto PineWALL quer estratégia inovadora para combater a doença da murchidão do pinheiro Por que razão umas espécies de pinheiro resistem à doença provocada pelo nemátode da madeira do pinheiro (NMP), uma grave ameaça para as florestas de Portugal e do resto do mundo, e outras não? Esta questão foi o ponto de partida para um estudo internacional liderado por investigadores da Universidade de Coimbra (UC), e que acaba de obter 240 mil euros de financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
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e variedades de pinheiro. A parede celular é o que dá projeto PineWALL, que conta com a participação de investigadores forma às células e é a base para muitas funções vitais da Universidade do Porto (UP), Centro de Investigação Florestal de das plantas, tais como fornecer suporte e resistência, Lourizán (Espanha), Universidade de Gales (Reino Unido) e Universidanomeadamente através da formação de barreiras defende da Geórgia (Estados Unidos da América), apresenta uma abordagem sivas contra agentes patogénicos, desidratação e outros inovadora e multidisciplinar, focada na parede celular do hospedeiro do fatores ambientais”. nemátode (árvore) e não apenas no agente que provoca a doença da Para descobrir porque é que a doença se desenvolve murchidão do pinheiro. Além disso, o estudo pretende entender em nuns pinheiros e noutros não, a equipa vai estudar três esque medida a suscetibilidade ao nemátode da madeira do pinheiro é pécies de pinheiro - pinheiro-bravo (Pinus pinaster), que é a agravada pelas alterações climáticas. espécie mais afetada pela doença e economicamente mais Tipicamente, os vários estudos sobre este problema centram-se no importante; o pinheiro-manso (Pinus pinea) e o pinheiro-deinseto vetor e no nemátode. O projeto PineWALL “foca-se, pela pri-alepo (Pinus halepensis), duas espécies menos suscetíveis, meira vez, na relevância da composição e estrutura da parede celular ou até tolerantes ao ataque do NMP. de pinheiros de diferentes espécies para a resistência ao nemátode “O que nós vamos fazer é estudar do ponto de vista bioda madeira do pinheiro num cenário de alterações climáticas. Para químico, comparar a composição e ultraestrutura molecular tal, partimos de estudos prévios realizados por nós, que têm melhoentre espécies tolerantes e não tolerantes. Vamos efetuar uma rado o conhecimento acerca dos mecanismos de patogenicidade do caracterização celular exaustiva das três espécies para tentar NMP e das relações biológicas estabelecidas com a árvore hospedescobrir se existe alguma propriedade que impeça a propadeira”, explica Ricardo Costa, coordenador do projeto. gação da doença nas espécies que não são suscetíveis, ou que A parede celular vegetal, explica o investigador da Unidade de I promova a sua propagação em espécies suscetíveis”, esclarece & D ‘Química-Física Molecular’ e do Centro de Ecologia Funcional Ricardo Costa. da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de CoimPara realizar esta caracterização geral e aprofundada da parebra (FCTUC), é uma estrutura altamente complexa e dinâmica, “e de celular de árvores das três espécies de pinheiro, inoculadas e o seu estudo é fundamental para desvendar causas de resistênnão inoculadas com o NMP, vão ser usados vários métodos de escia/suscetibilidade variável ao NMP entre diferentes espécies 26
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pectroscopia vibracional e de química analítica, métodos que são usados, por exemplo, para diagnóstico de cancro, uma vez que permitem fazer um screening de um muito elevado número de amostras num curto espaço de tempo, por forma a encontrar biomarcadores que possam estar associados à resistência ou à suscetibilidade das árvores ao verme. Depois, com base na informação química adquirida no estudo da parede celular do hospedeiro e com base em modelos climáticos, a equipa vai desenvolver modelos que permitam correlacionar fatores e efetuar previsões que consigam dizer quais as espécies que poderão ser mais suscetíveis à doença face às alterações climáticas, problema que tende a agravar-se, “permitindo trabalhar no melhoramento de espécies, ou seja, criar pinheiros resistentes, contribuindo, assim, para a definição de uma espécie que melhor se adapte a condições climáticas e fitopatológicas em mudança”, adianta Ricardo Costa. “Este projeto providenciará uma compreensão mais ampla desta infeção pelo NMP e dos mecanismos de resposta do hospedeiro e será um recurso de extrema utilidade em futuros projetos que lidem com a mitigação dos efeitos devastadores desta doença”, conclui. A doença da murchidão do pinheiro é um problema complexo, com impacto económico devastador nas regiões afetadas, uma vez que, identificada a doença, a única solução é o abate imediato das árvores e a sua destruição.
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Objetivo é passar dos atuais 11 para 150 animais até 2022
Vaca algarvia “salva” por projeto de recuperação Vários produtores e entidades do Algarve estão empenhados em recuperar o bovino de raça algarvia, que chegou a ser dada como extinta, e assumem querer passar dos atuais 11 para 150 animais até 2022.
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a década de 1950 chegaram a ser mais de 20.000 exemplares, mas a O processo passa agora por uma fase muito técnica, mecanização da agricultura, a introdução de raças exóticas e o procom uma nova recolha de embriões, em 2021, de vacas gressivo abandono dos campos diminuiu o seu efetivo e a vaca algarvia desta raça, que serão depois colocados em vacas recechegou mesmo a ser dada como extinta. toras. Vão ser também adquiridos “mais 150 animais” É na Boca do Rio, em Budens, no concelho de Vila do Bispo, que se para inseminação artificial e realizados “cruzamentos de encontram oito dos 11 exemplares que estão oficialmente classificados absorção”, processo que permite diminuir a consanguinicomo sendo bovinos de raça algarvia. Entre as cinco fêmeas há já crias, dade e aumentar a pureza da raça, explica. e mais uma prestes a nascer, nas quais é colocada a esperança de se Com origem no mesmo tronco da vaca alentejana, garconseguir restaurar uma linha pura. Além destes, há ainda um casal na vonesa e mertolenga, a algarvia distingue-se por uma barQuinta Pedagógica de Silves e um touro na propriedade de criador em bela - pele pendente da parte inferior do pescoço -, mais Tavira. pequena que a da alentejana, uma cabeça de forma piraEm 2005, num esforço conjunto da Associação de Criadores de midal, pelagem e membros mais curtos, úmero malhado de Gado do Algarve (ASCAL), da Direção Regional de Agricultura e Pescas branco, entre outras características. Segundo Carla Santos, (DRAP) do Algarve e da Direção-Geral de Veterinária, foi realizado um “são animais dóceis e precoces” na gestação. estudo que permitiu a recuperação de 19 animais. Tratava-se de 16 Desde 2011 que a ASCAL é responsável pelo Livro Geneafêmeas e três machos que ainda reuniam as características para falógico da Raça Algarvia, estando atualmente a implementar zerem parte de um núcleo inicial para a recuperação da raça, revela um programa numa parceria com o INIAV e a Faculdade de Carla Santos, da ASCAL. Medicina Veterinária de Lisboa para conservação de sémen A responsável técnica da vaca algarvia adianta que existe atuale transferência de embriões. O objetivo é elaborar o Plano de mente “sémen de quatro machos reprodutores” no Banco PortuAção de Salvaguarda da Raça Bovina Algarvia, de forma a ser guês de Germoplasma Animal, no Instituto Nacional de Investigaassegurada a preservação da raça. ção Agrária e Veterinária (INIAV), em Santarém, que vão servir de António Figueiras é o presidente da ASCAL e proprietário base à recuperação da raça. dos nove animais que habitualmente pastam nas suas terras na Com um tão reduzido número de animais, é “difícil fugir da conBoca do Rio, mas a existência de fêmeas prenhes ou com crias sanguinidade”, alerta, daí a importância dos embriões e do sémen obriga, agora, a algum resguardo. que se encontra preservado no INIAV, uma vez que vão permitir fazer a gestão da variabilidade genética. 28
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Integrante do Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento
Investigador da Universidade de Évora propõe nova visão para a proteção da biodiversidade Diogo Alagador, investigador na Cátedra para a Biodiversidade, integrante do Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED) da Universidade de Évora (UÉ), é o primeiro autor de um estudo que propõe um conceito de trajetória adaptativa (para cada espécie) como unidade de análise e seleção nos modelos de seleção, o que se traduz como um avanço conceptual que assume intervenções inovadoras na gestão dos espaços protegidos.
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apenas um valor ecológico local, mas também um valor investigador da UÉ apresenta uma nova ferramenta analítica para a estendido a uma rede de áreas protegidas”, resume. priorização de áreas para conservação em contextos reais de muPara Diogo Alagador, com o atual incremento do ritdança ambiental, uma vez que, segundo o autor, “no contexto de alteramo da mudança climática, as redes de áreas protegidas ções globais os planos de conservação necessitam de integrar a dinâmica “devem assegurar a proteção das espécies e dos seus ecológica invocada por tais mudanças, de uma forma antecipativa e fleprocessos de adaptação à mudança”. Um destes procesxível”, contribuindo “para um avanço conceptual na área, ao se perspesos traduz-se na redistribuição das espécies (em particular tivar as trajetórias adaptativas das espécies ao longo do tempo como as suas unidades evolutivas -as populações), “no sentido unidades de conservação integrais que assegurem a persistências as de se ajustarem aos novos padrões espaciais do clima e se espécies ao longo do tempo”. manterem em domínios climaticamente favoráveis” justifica Atualmente, explica o investigador, a base instrumental da conserassim o investigador, ganhando sentido desta forma, “comvação de espécies e ecossistemas centra-se, em grande medida, no plementar a visão espacial dos modelos de identificação efeito regulatório das áreas protegidas, “tradicionalmente as áreas otimizada de áreas protegidas com a dimensão temporal e protegidas assumem-se como zonas com estatuto de conservação adaptativa”. permanente, estando implícita uma visão estática da natureza”, “É neste contexto que o nosso trabalho introduz o conceiacrescentando que, nesta medida, “os planos de conservação assim to de trajetória adaptativa (para cada espécie) como unidade baseados centram-se no uso de modelos para identificação otimizade análise e seleção nos modelos de seleção, e que se traduz da de áreas protegidas sustentada em análises focadas unicamente como um avanço conceptual que assume intervenções inovana dimensão espacial das opções (que áreas melhor traduzem o doras na gestão dos espaços protegidos” frisa Diogo Alagador. valor ecológico a conservar?). Mais recentemente, a nova teoria Nesta abordagem dinâmica a flexibilidade surge como proprieda conservação da biodiversidade “assume e integra a dinâmica dade fundamental na gestão das áreas a proteger. Por exemplo, ecológica, em particular aquela movida pelas alterações climáticas nesta visão adaptativa, o investigador refere que “assume-se a e/ou alterações no uso do solo” realça o mesmo investigador. Daí perda de valor ecológico de certas áreas ao longo do tempo e a importância do planeamento otimizado no estabelecimento de a possibilidade de transferência de esforços conservacionistas áreas protegidas se ter focado numa análise preditiva, “a médiolocais para áreas que ganhem relevância ecológica, sem que se -longo prazo e sistémica, onde cada área protegida assegura não 30
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mam o mais possível às metas de persistência traçadas para cada espécie)” perda a coerência e a continuidade temporal das trajeadianta o investigador da UÉ. tórias adaptativas”. A dissemelhança dos três modelos foi ilustrada para um estudo de caso Importa salientar que para cada espécie existem inúonde se procurou identificar as áreas que definem, de forma otimizada, as meras trajetórias adaptativas possíveis, mas que a abortrajetória adaptativas de dez espécies de mamíferos com interesse para a dagem se restringe, em particular, naquelas que proconservação, na Península Ibérica e num horizonte temporal de 60 anos piciam uma expectativa de persistência maior. De igual (até 2080), em cenários plausíveis de mudança climática, como o Armiforma, a abordagem que este investigador da UÉ defennho; Visão europeu; Lebre-europeia; Lobo ibérico; Urso pardo; Lince ibéde, traduz “o princípio da precaução ao limitar a quantifirico; Cabra montesa; Rato de água; Rato de Cabrera e a Toupeira de água. cação do efeito de cada trajetória sobre a persistência de Dos três modelos surgem diferentes áreas a proteger ao longo do temcada espécie às trajetórias que não convirjam num mespo, mas ainda assim com um núcleo comum de regiões cobertas, nomo lugar num mesmo período temporal”, promovendo-se meadamente zonas dispersas a norte e a sudeste da Península Ibérica. assim a redundância nas respostas adaptativas de cada “Cremos que o uso de trajetória adaptativas das espécies ao longo do espécie. Esta propriedade ganha especial preponderância tempo permite uma intervenção mais realista e flexível na planificação em contextos antecipativos, largamente dominados por inde redes de áreas protegidas” destaca Diogo Alagador. certeza preditiva. “Áreas que se mantenham relevantes ao longo do tempo devem Diogo Alagador destaque que neste estudo “usamos a constituir o núcleo basilar de áreas protegidas onde medidas mais teoria de redes e programação matemática para a formularígidas de proteção local devem ser instituídas” propõe Diogo Alação de três modelos de seleção de áreas protegidas”, congador, já as restantes áreas, com valor transitório, o investigador tando nesta área com Jorge Orestes Cerdeira, Professor da considera que “poderão sustentar um leque maior de atividades Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de económicas admissíveis e sustentáveis e poderão decorrer de noLisboa. Ou seja, “um dos modelos foi mais focado na minimivos instrumentos de ocupação do solo, mais flexíveis e suportados zação dos custos associados às decisões das áreas a proteger em metas ecológicas claras e explícitas, bem como de incentivos à (e seus timings), outro mais focado no número de espécies a sustentabilidade alicerçados em mercados emergentes de apoio ao cobrir de forma eficaz e outro, intermédio, que minimiza a subfuncionamento de ecossistemas”. -eficácia das soluções (isto é, garante que as soluções se aproxiwww.gazetarural.com
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Bio Zêzere já está no mercado
Rações Zêzere lançou gama de produtos biológicos A Rações Zêzere SA, fábrica de alimentos para animais de criação, aposta em produtos biológicos. Com certificação aprovada para produção de alimentos biológicos desde o final de 2019, lança agora a marca Bio Zêzere no mercado. Bio Zêzere está disponível para Pintos, Frangos, Galinhas, Coelhos, Suínos, Ovinos, Caprinos, Bovinos com matérias-primas provenientes do método de produção biológico. Entrevista à Direção Geral da Rações Zêzere, Luís Guilherme: Por que motivo decidiram apostar no mercado dos produtos biológicos? O consumidor está cada vez mais preocupado com a sua alimentação, por isso, há um aumento considerável na procura de bens alimentares biológicos. Consequentemente existe procura de alimentos biológicos para nutrir os animais de forma mais natural possível. Por este motivo criámos a gama Bio Zêzere, alimentos biológicos para animais à base de cereais, exclusivamente provenientes de agricultura biológica. Sendo alimentos sem organismos geneticamente modificados. O público deste produto será apenas o pequeno produtor ou também o profissional? Mantendo sempre os valores que nos distinguem, como o Rigor, a Competência, a Responsabilidade, a Transparência e a Inovação, dispomos de duas gamas distintas e capazes de satisfazer as necessidades de ambos os mercados. Na gama profissional os produtos são formulados tendo em consideração as especificidades e objetivos das explorações agrícolas de maior dimensão. A gama Bio Zêzere é considerada a gama da distribuição, os produtos são elaborados tendo em vista uma utilização extensiva. 32
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Qual a maior diferenciação da Bio Zêzere? A marca Bio Zêzere mantem o abrangente Controlo de Qualidade da marca “Zêzere”. Garantindo sempre a Segurança e a Qualidade dos alimentos que produzimos através do amplo plano de análises que dispomos, em que as matérias-primas assumem uma grande importância na qualidade de todos alimentos para animais, sejam convencionais ou biológicos. Nos produtos biológicos as matérias-primas assumem maior importância devido ao modo como são cultivadas. Sendo provenientes de agricultura biológica, a sua produção não utiliza pesticidas de síntese, adubos químicos de síntese, nem que quer semente geneticamente modificada, utiliza sim e reutiliza, os recursos da própria terra, com o intuito de valorizar o próprio solo e toda a sua fauna e flora.
Sobre a Rações Zêzere S.A. A Rações Zêzere fabrica e comercializa cereais, misturas de cereais e alimentos compostos para animais de criação. É uma empresa 100% portuguesa, inserida num grupo com mais de 40 anos de experiência no setor agroalimentar. A Rações Zêzere é certificada em Gestão da Qualidade (Norma NP EN ISO 9001) desde 1999, em Gestão da Segurança Alimentar (Norma NP EN ISO 22000) desde 2010 e em Gestão Ambiental (Norma NP EN ISO 14001) desde 2012, tendo sido sempre a primeira empresa do setor a certificar-se nas referidas normas. Também tem igualmente a certificação SGS “Produto certificado” em alguns dos seus principais produtos.
Última Hora
Restaurantes ‘100 Maneiras’ e ‘Eneko Lisboa’ são os novos galardoados
Portugal tem mais dois restaurantes com uma estrela do Guia Michelin
Os restaurantes lisboetas ‘100 Maneiras’ e ‘Eneko Lisboa’ foram distinguidos com uma estrela do Guia Michelin, enquanto o ‘São Gabriel’ (Almancil) perdeu a estrela que detinha, por ter fechado no final de 2019.
A
a primeira estrela. No total, o Guia Espanha e Portugal 2021 contempla 11 s duas novas estrelas para estes dois restaurestaurantes com três estrelas (inalterados em relação a 2020), 38 com rantes de Lisboa são as novidades portuguesas duas estrelas (três novos) e 203 com uma estrela (21 novos). do Guia Michelin Espanha e Portugal 2021, anunciaNoutra categoria do Guia Michelin, os ‘Bib Gourmand’ (uma ótima relado numa cerimónia virtual a partir de Madrid. Portução qualidade/preço), há cinco novidades em Portugal: ‘Avista’ (Funchal), gal passa a contar, assim, com um total de sete restau‘CHECK-In Faro’ (Faro), ‘O Javali’ (Bragança), ‘O Frade’ (Lisboa) e ‘Semea rantes com duas estrelas (‘cozinha excecional, merece by Euskalduna’ (Porto). No conjunto dos dois países, há 53 novos restauo desvio’) e 21 com uma estrela (‘cozinha de grande rantes nesta categoria, perfazendo um total de 300 estabelecimentos. nível, compensa parar’), mais um do que na edição de Há ainda 105 novos estabelecimentos que recebem a distinção ‘O 2020. Prato Michelin’, uma categoria lançada em 2017 e que “constata uma O restaurante ‘100 Maneiras’ é liderado pelo chef Ljucozinha de qualidade e representa um reconhecimento do trabalho e bomir Stanisic. Por sua vez o restaurante ‘Eneko Lisboa’, serviço oferecido nessa casa”. No total, há 880 restaurantes na Penínque abriu em Lisboa em Setembro de 2019, garante assula Ibérica com esta classificação. sim a sexta estrela Michelin ao chef basco Eneko Atxa. O A gala de apresentação do Guia Michelin Espanha e Portugal 2021 estabelecimento na capital portuguesa “traz a filosofia” decorreu na Real Casa de Correos, em Madrid, numa cerimónia do ‘Azurmendi’, perto de Bilbau (três estrelas Michelin transmitida de forma virtual, devido à pandemia de covid-19. ‘uma cozinha única, justifica a viagem’), proporcionando “boa comida com matizes locais”, como é descrito na página oficial do restaurante. Quanto ao ‘São Gabriel’, sai do guia ibérico na sequência do seu encerramento, anunciado Mesa de Lemos mantem estrela do Guia Michelin em Novembro de 2019 pelo seu então responsável, o chef Leonel Pereira, devido à mudança de proprietários. Depois de em 2019 ter alcançado a tão desejada estrela do Guia Portugal continua sem ter nenhum restaurante com a clasMichelin, o restaurante Mesa de Lemos, - situado em na Quinta de sificação máxima do Guia Michelin, que este ano também Lemos, em Passos de Silgueiros, Viseu, - liderado pelo chef Diogo manteve o número de três estrelas em Espanha - 11. Entre as Rocha, mantém o galardão em 2021. novidades em Espanha, subiram à categoria das duas estrelas três restaurantes- ‘Bo.TiC’ (Corçà, Girona), ‘Cinc Sentits’ (Barcelona) e ‘Culler de Pau’ (O Grove, Pontevedra) - e 19 alcançaram www.gazetarural.com
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A realizar de 15 a 17 de Janeiro de 2021
Feira Gastronómica do Porco de Boticas vai decorrer em moldes diferentes A XXIII Feira Gastronómica do Porco, em Boticas, vai decorrer de 15 a 17 de Janeiro de 2021, realizando-se, por força da pandemia de Covid-19, em moldes distintos do habitual.
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do momento que o mundo atravessa, o Município de certame vai cumprir todas as regras emanadas pela Direção GeBoticas irá disponibilizar testes rápidos, tendo também ral de Saúde, mas mantendo a qualidade a que habituou os visium enfermeiro em permanência, caso alguém manifeste tantes, promovendo os produtos tradicionais de reconhecida qualidade sintomas compatíveis Covid-19, de modo a poder debeproduzidos na região, em especial o fumeiro e os derivados do porco, e lar rapidamente qualquer caso suspeito. Simultaneamenproporcionando oportunidades de negócio únicas àqueles que se dedite, serão colocados dispensadores de álcool gel distribuícam à produção do fumeiro tradicional, com importantes reflexos para dos por diversos pontos do Pavilhão Multiusos. a economia local. Na sexta-feira, 15 de Janeiro, o funcionamento da Feira A disposição do Pavilhão Multiusos e dos stands foi pensada para será entre as 14 e as 19 horas, enquanto no sábado e doque seja respeitado o distanciamento social entre os vários postos de mingo funcionará das 10 às 19 horas. venda, sendo também implementados circuitos para deslocação no interior, com a entrada e saída a serem feitas por locais distintos, para Feira terá também vendas online evitar o cruzamento de pessoas, o numero de pessoas no interior do Pavilhão, o uso de marcara, havendo ainda a medição da temperatura Em simultâneo com a realização da feira no Pavilhão Mulà entrada para a Feira e a obrigatoriedade de uso da máscara. Não tiusos, a Câmara de Boticas irá disponibilizar uma plataforma haverá animação musical, nem as chegas de bois, tampouco manide vendas online, através do qual os produtores poderão reafestações culturais improvisadas. lizar complementarmente os seus negócios. Esta plataforma A Feira de 2021 não contará com as habituais “Tasquinhas” no funcionará de 15 a 27 de Janeiro, por ocasião do início da Feira interior do Pavilhão, sendo que os restaurantes do concelho se asdo Fumeiro de Montalegre. sociam à iniciativa e disponibilizarão, nos seus próprios espaços, O modelo de negócio, a gestão, acondicionamento e expeementas adequadas, tendo por base da sua confecção as carnes dição de encomendas estará a cargo do Município de Boticas, e os derivados do porco. No pavilhão estarão apenas presentes contando com a parceria da Associação Empresarial Botiquense os stands com venda de fumeiro, alguns produtos da panificação Mais Boticas, enquanto os produtores terão apenas que garanlocal, licores, compotas e afins, sendo que estão proibidas a detir a entrega dos produtos que lhes são solicitados, recebendo o gustação e provas de fumeiro ou a venda de vendidas bebidas a respectivo pagamento. copo, como licores e afins. À semelhança do que acontece no espaço da feira, nas vendas Assegurando que todas as condições de segurança, em face 34
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O presidente da Câmara de Boticas garante que “existirão todas as condições, tanto ao nível do espaço da feira como na restauração, para que quem se desloca a Boticas sinta total segurança, possa comprar e degustar os nossos produtos, sendo recebido sempre com a habitual hospitalidade do povo barrosão. E, para quem optar por ficar no seu lar, poderá encomendar o fumeiro através da plataforma na internet e receber comodamente os produtos em sua casa”. “Pese embora todas as restrições e as adaptações necessárias, a Feira do Porco não deixará de se realizar”, referiu o autarca, garantinUm certame que “nos prestigiem a todos e que seja do que estão equacionados diferentes cenários e soluções pensadas economicamente rentável” para cada situação”. 2Numa situação extrema, - acrescentou - poderemos mesmo avançar para a realização de uma Feira ao estilo A autarquia de Boticas reuniu com os produtores, na pre‘drive-in’, na certeza de que procuraremos sempre ajudar os nossos paração do certame. O presidente da Câmara, Fernando Queiagricultores a obterem os rendimentos do seu trabalho. É o mínimo roga, garantiu que se está “a trabalhar para realizarmos uma que podemos fazer, atendendo à enorme dívida de gratidão que Feira em moldes que nos prestigiem a todos e que, sobretudo, temos para com eles, que tanto nos têm ajudado a promover o seja economicamente rentável para os produtores de fumeiro, nosso concelho, a nossa região e os nossos produtos tradicionais”, que têm nesta atividade uma importante fatia do rendimento sublinha Fernando Queiroga. familiar. Acredito que a qualidade dos nossos produtos tradicionais e do nosso fumeiro continuarão a atrair gente a Boticas e a nossa principal responsabilidade é garantir que estão reunidas todas as condições de segurança e de salvaguarda da saúde pública”. O autarca acredita que “o modelo ‘misto’ que vamos implementar, com a feira física e as vendas online, irão garantir as oportunidades que os nossos agricultores necessitam para venderem o seu fumeiro e conseguirem os rendimentos de que tanto precisam”. online há igualmente o compromisso na qualidade do fumeiro e o controlo de qualidade do mesmo, aplicando-se, no geral, as regras pelo qual se rege o comércio electrónico, com todas as garantias de cumprimento dos direitos do consumidor. A adesão dos produtores a esta plataforma é facultativa, tendo por objectivo garantir um rendimento extra e criar canais para escoamento do produto produzido.
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Com 216 páginas e profusamente ilustrado
Câmara da Sertã lançou um novo Roteiro Turístico A Câmara da Sertã lançou um novo roteiro turístico. Com 216 páginas e profusamente ilustrado, o Roteiro Turístico do Concelho da Sertã é um instrumento que pretende auxiliar todos os que visitam o município, mas também a região envolvente.
“T
rata-se de um produto turístico que vem colmatar uma lacuna há muito identificada, sistematizando, de forma atractiva e clara, uma série de informações para os turistas ou simplesmente para todos aqueles que querem ficar a conhecer melhor a nossa região”, sublinhou o presidente da Câmara da Sertã. Para José Farinha Nunes, “o Roteiro Turístico possui um conjunto de dados que melhoram a experiência e introduz uma série de novidades que não estavam até agora devidamente divulgadas, como é o caso da nossa fauna e flora, mas também das nossas festas populares”. O autarca acredita “na validade deste novo produto e na excelente aceitação que ele terá junto do público-alvo a que se destina”. O Roteiro Turístico do Concelho da Sertã encontra-se dividido em 13 secções, onde é possível ficar a conhecer melhor os argumentos turísticos do concelho, designadamente o património natural e histórico, praias fluviais, percursos pedestres, espaços museológicos, sítios arqueológicos, gastronomia ou os espaços de restauração e hotelaria. Há ainda informação relativa às festas populares do concelho, a locais de geocaching ou aos principais eventos que decorrem ao longo do ano. Em cada secção são destacados determinados pontos turísticos, com fichas identificativas, dados de localização, curiosidades e fotos ilustrativas. Uma das novidades deste roteiro prende-se com a sinalização de uma série de pontos turísticos que é possível visitar a partir da Sertã e que ficam a menos de 90 minutos de distância, como é o caso do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, o Convento de Cristo (Tomar), os mosteiros da Batalha e Alcobaça, o castelo de Abrantes ou a torre templária de Dornes. A gastronomia ocupa uma parte importante deste roteiro, sendo possível ficar a conhecer um pouco melhor as iguarias do concelho e também os locais onde podem ser consumidas. “É uma experiência diferente e que abre um conjunto de novas possibilidades para o turismo do concelho da Sertã”, explicou José Farinha Nunes.
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Última Hora Ponto de venda situado na Quinta Municipal de Subserra
Loja de vinhos “Encostas de Xira” abriu em São João dos Montes A Câmara de Vila Franca de Xira abriu um ponto de venda de vinhos “Encostas de Xira”, em São João dos Montes. A loja dos vinhos “Encostas de Xira” foi criada na Quinta Municipal de Subserra, em São João dos Montes, e já abriu ao público. Está aberta de segunda a domingo, das 10 às 13 e das 14 às 17 horas.
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um momento informal o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, visitou o espaço e assinalou a entrada em funcionamento deste novo ponto de venda do “Encostas de Xira”, de produção 100% municipal. Passa assim a existir um local destinado à venda do “Encostas de Xira” no próprio local onde o mesmo é produzido. A loja foi instalada num dos edifícios existentes na Quinta Municipal de Subserra, que teve obras de beneficiação e foi especificamente decorado para este efeito. Foi igualmente preparada uma Sala de Provas, que terá capacidade para receber grupos que efetuem visitas à Quinta e também para a realização de eventos municipais. Esta é mais uma medida enquadrada no Projeto de Enoturismo que a Câmara de Vila Franca de Xira vem desenvolvendo em torno dos Vinhos “Encostas de Xira”, esperando que se constitua como um novo ponto de interesse e de valorização daquele espaço municipal, de rara beleza.
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Crónica
de
Natal
O Natal… do Guedes O Guedes é o compadre que cobre a minha asa direita. Ele, os três filhos e a mulher são bem 350 quilogramas à moda antiga: cara vermelhusca, bem cheiinhos, carne dura, apetite à prova de gripe, mesa farta, coração aberto, alegria transbordante, voluntários na Igreja, catequese obrigatória para os rebentos, e benfiquistas (todos!).
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om o Guedes, os professores tiveram autorização para uma bofetada na altura certa na fuça dos miúdos. - “Só lhe fizeram bem; vejam esta malta, hoje!” - coloca a mão na testa e franze os olhos. O Guedes é o protótipo do Zé Povinho do Rafael Bordalo Pinheiro, sem a má criação que o boneco tipifica. Com a aproximação do Natal, entra num rodopio habitual todos os anos que contagia também a comadre Isaura. Começa a enumerar, amiúde, os familiares e amigos mais chegados que estão ausentes nos caminhos da emigração, os que estão espalhados por Portugal “continental” (como ele gosta de dizer) e os que lhe estão ao pé da porta, como se algum lhe tivesse falhado na memória. Subtrai os que partiram durante o ano para o país das caçadas eternas e soma os novos rebentos à lista. Repete a contagem vezes sem conta, e, acredito, que lá pela noite fora, acorda, e, de mãos fora dos lençóis, vai fechando um a um os dedos ao pronunciar o nome de cada familiar e amigo que recorda. É aqui que começa a fazer as contas para a aquisição dos modestos presentes que, no dia 25, entregará antes da missa do Galo. No dia 8, dia da Nossa Senhora da Conceição, como gosta de frisar, apresenta uma lista completa com os nomes de todos quantos foi capaz de reSanto Natal e um Ano de 2018 próspero para o amigo cordar, colocando à frente de cada nome uma cruz, um traço ou um ponto Guedes e família”. Aquilo foi uma bomba artesanal na de interrogação. Uma cruz para os merecedores, um traço para os que não alma politicamente ofendida do Guedes. A Isaura, às merecem e um ponto de interrogação para os duvidosos. Mostra a escrita voltas com os tachos, com a alma cheia de contentaà Isaura, acerta com ela o que há para acertar e passa, então, à segunda mento pelo gesto do Lopes, convida-o “para o bacalhau fase da obra: determinar quanto pode gastar nas prendas para aquela da Consoada. E olhe que contamos cá consigo!”. malta toda. O celibato do Lopes retirava-lhe nestas noites mais íntiO Guedes é reformado das Finanças e a Isaura foi uma dona de casa mas, o convívio e o afecto de uma família, que aliás nunca toda a vida, poupada e trabalhadora. Vivem bem, sem grandes luxos, e tivera. O seu liberalismo político e a sua pouca apetência mesmo que celebrar o Natal fosse uma extravagância faria as coisas da e inclinação para qualquer tendência religiosa, não o inimesma maneira. Organizadinho como é, fruto de 40 anos no guiché da bia, contudo, de sentir que o Natal era uma época diferente Repartição, não falha nas suas contas nem foge dos seus objectivos. que aproximava os homens e aquecia as almas mais solitáNo ano passado as coisas complicaram-se. O Lopes, o outro comparias. “Se insiste, virei. Muito obrigado!”. dre que me cobre a asa esquerda, encheu-se de nove horas e cantou O Guedes sentiu que aquelas garrafas de vinho estavam alto de mais. Com a “geringonça” a governar, atreveu-se, inocentearmadilhadas com o explosivo mais potente que um coração mente, a comentar: - “Ó Guedes, isto é o futuro da Europa. A esquerde manteiga, como o dele, poderia aguentar: uma amizade da já lá está no governo! Todos juntos! Como vês, já damos cartas! profunda que nada poderia separar. Fungou, tossiu, assuouChama-lhe geringonça, chama!”. -se para encobrir uma lágrima lamechas e não conseguiu eviO Guedes, antieuropeísta convicto, riscou a cruz e colocou-lhe um tar que o olhar da Isaura o fizesse sentir ainda mais culpado. ponto de interrogação à frente do nome. A minha comadre não gos- “Ora essa, ó Lopes, você é da casa. É mais que família e levava tou e bufou entre dentes (o que era raro!) que “vale mais o Lopes a mal se não viesse”. do que muitos dos da tua família”, coisa que o Guedes levou a mal. Depois, pegou na lista feita com tanto cuidado, rapa do lápis, A conversa azedou e nem a bondade da época natalícia atenuou o risca o ponto de interrogação e coloca uma grande cruz à frente arrufo entre o casal. do nome do Lopes. O coitado do Lopes, na ignorância da ofensa praticada e como O cachecol, que comprara a mais, sempre iria ter dono! era hábito todos os anos, no dia da Consoada pelo meio-dia, atravessou a rua e largou em cima da mesa de cozinha uma caixa de Gabriel Costa “Milénium” tinto, da Adega Cooperativa, com os votos de “um 38
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ara o vice-presidente da Câmara de Penacova “esta é mais uma iniciativa inserida na estratégia de promoção da gastronomia local e da recuperação e divulgação dos hábitos alimentares ancestrais da nossa comunidade, mas igualmente uma iniciativa que, na designada época baixa, pretende contrariar as tendências do mercado e trazer a Penacova os apreciadores destes sabores”. João Azadinho diz que são “sabores únicos que, aliados ao nosso património monumental, às nossas magníficas paisagens e à programação cultural do concelho, permitem que os que nos visitam encontrem na gastronomia mais um motivo para o fazer”, salienta o autarca.
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