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itores p a r a ex p o s s e õ iç r c s s in giões tem aber ta 1 2 0 2 s u a d e d a s re d te a ie r M to o o ã n S ra a • Feira de lho tribuam pa n o c e itar o sore u e v q o s r p to a n e e r v re ara is quer apoia e solução p lv o v n e biomateria s e • Governo m d e a r e b e d im ú na sa o de Co aplicação • Politécnic m tê lo o c www.gazetarural.com 1 tos do bró • S u b p ro d u
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Câmara do Fundão promove Festival Gastronómico com Sabores da Páscoa
Feira de São Mateus 2021 tem abertas inscrições para expositores Feira da Alheira de Mirandela 2021 é em formato digital
Valpaços promove plataforma online para venda de folar e outros produtos locais
Politécnico de Coimbra desenvolve solução para reaproveitar o sorelho Festa do Queijo Serra da Estrela decorre até 13 de Abril em formato digital
Fileira dos Queijos DOP da Região Centro acredita na recuperação a partir de Março Criadores da serra do Alvão seguem pelo telemóvel cabras e vacas com coleiras GPS Aldeias Históricas com animação de Junho a Novembro Governo quer apoiar eventos que contribuam para aumentar a notoriedade das regiões Concurso Vinhos de Portugal 2021 reagendado para Maio Caminhos Cruzados lançou novos ‘Teixuga’ branco e tinto UTAD lidera laboratório Inov4Agro que quer promover agricultura sustentável
Ficha técnica Ano XVI | N.º 381 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Luís Serpa | Jorge Farromba Júlio Sá Rego | Gabriel Costa Departamento Comercial: Luís Cruz Sede de Redacção: Lourosa de Cima 3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400 E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda Administrador: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Beatriz Pereira Impresão: Novelgráfica, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
Subprodutos do brócolo têm aplicação na saúde e em biomateriais Governo aumenta apoio para a instalação de jovens agricultores no interior do país
Instituto de Investigação ‘Raiz’ integra Clube UNESCO das Nações Unidas Programa Nacional de Ação sobre gestão de fogos prevê 6.987 M€ para 11 anos
Ministra da Coesão Territorial diz que interior precisa de “um olhar mais atento” Acesso de Sever do Vouga à A25 deverá estar concluído até 2026 CIM Viseu Dão Lafões quer construir 38 quilómetros de ciclovias ou vias pedonais Nelas recebe investimentos superiores a 10 milhões de euros
Há quatro milhões de euros para monumentos em Coimbra e Viseu
Certame decorre de 19 de março a 4 de abril
Câmara do Fundão promove Festival Gastronómico com Sabores da Páscoa O município do Fundão vai promover, de 19 de Março a 4 de Abril, a mostra gastronómica “Fundão, Aqui Come-se Bem - Sabores da Páscoa”, em oito restaurantes e cinco pastelarias do concelho, apenas em serviço take away e entrega ao domicílio.
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gastronomia é também reflexo das tradições da Quaresma e com este festival pretende-se valorizar o receituário desta época, desafiando restaurantes a aliar a tradição à inovação, a criar ementas de excelência gastronómica e a preservar a identidade gastronómica do Fundão”, refere a autarquia da Cova da Beira em comunicado. Das entradas às sobremesas, do bolo de azeite ao folar, os interessados poderão provar deliciosas receitas ancestrais ou inovadoras que enriquecem o património deste território. “Com a manutenção desta iniciativa, num formato diferente face ao período de pandemia que vivemos, pretende-se divulgar o melhor que cada um dos estabelecimentos participantes tem para oferecer nesta época, apoiar restaurantes e pastelarias nesta fase de dificuldade e proporcionar à população o acesso às iguarias gastronómicas características desta região na Páscoa”, acrescenta o documento. Neste festival serão ainda disponibilizadas as ementas digitais na plataforma www.saboresdapascoa.cm-fundao.pt, local onde os interessados também poderão consultar quais os restaurantes e pastelarias que fazem entregas ao domicílio perante agendamento, que estão apenas em serviço take away ou que têm entregas através da empresa The Xico’s. Participam neste festival os restaurantes As Tílias, Boguinhas, Cantinho dos Grelhados, Marisqueira Bela Vista, O Telhas, Paladar’te e Sítio do Vale (Fundão) e Fiado Restaurante (Janeiro de Cima), assim como as pastelarias A Laranjinha, Almma Pastelaria, Arte e Doce, Flor do Fundão e Formiga (Fundão).
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Inscrições decorrem em www.feirasaomateus.pt até 15 de abril
Feira de São Mateus 2021 tem abertas inscrições para expositores Decorrem até 15 de Abril as inscrições para expositores da edição de 2021 da Feira de São Mateus, que se realizará de 5 de Agosto a 12 de Setembro. Não obstante o atual contexto pandémico, a Viseu Marca encontra-se a trabalhar para a realização do evento.
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segurança e garantindo a qualidade do certame”. Bárbara s candidaturas decorrem exclusivamente online, na secção “ExposiSobrado acrescentou que “dificilmente será um reencontores”, através de formulário disponível para cada área de atividade tro como em 2019, mas será já um passo muito importan(alimentar, comercial, diversões ou stand no Pavilhão Multiusos). te no sentido de retomarmos a Feira que conhecemos e Todas as inscrições e comunicações com potenciais expositores, assim beneficiar da aprendizagem que foi o Cubo Mágico”. como o próprio regulamento do certame deixam claro que “a organização, Este ano os operadores cujo espaço havia sido deferido inscrições, participação, realização, datas de início e fim, duração, formato em 2020 foram já contactados no sentido de confirmar o da Feira e outros aspectos relativos aos moldes de organização do certaseu interesse para esta edição, com prioridade em relação me estão sujeitos às consequências que resultem direta ou indiretamena novas inscrições. Recorda-se que, segundo dados do mais te da pandemia da COVID-19, bem como a todas as imposições admirecente estudo económico realizado em 2018, a feira regista nistrativa, legalmente fixadas ou que decorram de decisão unilateral da um volume de negócio superior a 82 milhões de euros, núViseu Marca, desde que para cumprimento de todas as regras de saúde mero que duplicou face a 2015, com mais de 300 expositores pública em vigor a cada momento.” permanentes e temporários. A presidente da Viseu Marca adiantou que “trabalhar para criar as para esclarecimento de dúvidas ou informações adicionais, os condições para a realização da Feira de São Mateus é o nosso dever”. interessados deverão contactar a Viseu Marca, através do telefoCristina Paula Gomes referiu que “o impacto que representa para a ne 232 422 018 e do e-mail feira@viseumarca.pt. economia de toda a região e num ano em que as dificuldades para a globalidade dos setores se agravou, precisamos de uma luz ao fundo do túnel”, pelo que “acreditamos muito que este será o ano do reencontro com a nossa Feira”. Por sua vez a gestora da Feira de São Mateus destaca ainda que “se em 2020 tivemos que reservar a Feira de São Mateus, em 2021 estaremos mais preparados que nunca para a realizar, com toda a
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Certame decorrerá durante o mês de março
Feira da Alheira de Mirandela 2021 em formato digital até 31 de Março
A Feira da Alheira, que há 22 anos promove o enchido emblemático de Mirandela, passa este ano da margem do rio Tua para o formato digital, devido à pandemia covid-19, divulgou o município.
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dos outros produtos locais, com destaque para o enchido à base de diversos Câmara é a promotora da iniciativa em torno tipos de carnes, pão e azeite. do produto com Indicação Geográfica Protegida O certame que, inicialmente, era uma montra de produtos locais, transfor(IGP), que só no concelho de Mirandela movimenta 30 mou-se num “evento de referência nacional e internacional, que conjuga a milhões de euros por ano e dá emprego diretamente a vertente comercial com entretenimento e gastronomia”, como descreve a cerca de 700 pessoas em cozinhas regionais, mas sobreautarquia, lembrando os 93 expositores que se juntaram há um ano. tudo nos 12 grandes produtores e fábricas. “A localização geográfica no Parque do Império, junto ao rio Tua, a qualiApesar da pandemia, a autarquia não quis deixar de dade dos produtos expostos, a possibilidade de degustação de iguarias no realizar a feira, mas transportando para formato digital o pátio da restauração, o cartaz musical, bem como o programa complemenevento ao longo de todo o mês de Março, na plataforma tar desde sempre motivaram anualmente a deslocação de milhares de viside venda online www.mirandelamarket.pt e nas redes ditantes a Mirandela para participarem neste evento”, sustenta. gitais da autarquia. O programa da feira, como divulgou a Câmara Municipal, contará com ações dedicadas à divulgação da alheira, que é uma das 7 Maravilhas da gastronomia portuguesa. Em simultâneo com as vendas na plataforma que a autarquia já tinha criado para promoção dos melhores produtos do concelho, como forma de resposta às avultadas quebras de receitas de todo o comércio local devido às restrições impostas pela pandemia. A Feira da Alheira de Mirandela realiza-se desde 1999 por iniciativa da Associação Comercial e Industrial de Mirandela com o principal objetivo de dar suporte ao pedido de certificação, com IGP, do produto Alheira de Mirandela. O município de Mirandela tem assumido a realização da feira anualmente, no início de cada mês de Março, em que são vendi6
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Feira do Folar estava marcada para os dias 26, 27 e 28 de março
Valpaços promove plataforma online para venda de folar e produtos locais O município de Valpaços vai lançar uma plataforma ‘online’ para venda de produtos locais, com destaque para o folar, e assim conquistar novos mercados e proporcionar negócios por um período mais longo. A Câmara de Valpaços tinha marcado a Feira do Folar para os dias 26, 27 e 28 de Março, mas a pandemia obrigou a autarquia transmontana a mudar os planos.
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anos anteriores, ou seja, damos espaços aos produtos da terra e seus sabores, neste caso para o rei da feira, que é o folar, mas também aos produtos da terra, que estiveram presentes em edições anteriores das Feira, como o vinho, azeite, compotas, bolo podre, mel, produtos de panificação associados à castanha, e frutos secos. Os produtores de folar do concelho vão ter uma loja virtual, numa plataforma criada pela Câmara Municipal, que é disponibilizada de forma gratuita, onde promoverão os seus produtos da forma que entenderem. Ali poderão ser adquiridos, para além do folar, todos os outros produtos que atrás referi. Para além disso, a entrega do produto é acordada com o produtor, atentando à especificidade e características do mesmo. É mais fácil fazer o transporte de um vinho ou de um azeite, mas haverá outros cuidados com um produto fresco e acabado de fazer, como o folar ou o bolo podre. As compras serão feitas online e os produtos chegam a casa do consumidor, com os portes associados. A Câmara Municipal estará em sintonia com o produtor no que diz respeito à promoção de uma política de apoio ao escoamento dos produtos dos nossos produtores.
Folar de Valpaços é uma iguaria presença obrigatória na mesa dos transmontanos durante a celebração da Páscoa e é um produto com indicação geográfica protegida (IGP). Para alavancar a venda deste produto, a Câmara de Valpaços vai lançar uma plataforma ‘online’ em Março. Para além do folar, os consumidores podem adquirir outros produtos de Valpaços, como vinho, azeite, compotas, bolo podre, mel, produtos de panificação associados à castanha, mas também aos frutos secos. “Uma feira atípica” Teresa Ataíde Pavão, vereadora da autarquia transmontana, com os pelouros da Educação, Comércio em geral, mercados e feiras, Desporto e Cultura, diz, em entrevista à Gazeta Rural, que esta “é uma feira atípica”, mas acredita que “podemos ter uma expressão de compra significativa”. Gazeta Rural (GR): Como vê a edição deste ano da Feira do Folar? Teresa Ataíde Pavão (TAP): É uma feira atípica, uma vez que não a podemos fazer no espaço físico, que é o Pavilhão Multiusos, com toda a dinâmica associada. Vai ser em formato digital, com todas as possibilidades que o online pode proporcionar, mas também com algumas ‘fragilidades’ para o consumidor, que não pode ‘in loco’ verificar a qualidade do produto, degustá-lo e contactar com os produtores. O ‘online’ é apenas uma versão visual dos nossos produtos, pois não podemos fazê-los chegar ao consumidor de outra forma, mas é que podemos fazer perante a realidade vivemos. GR: Como vai a Câmara ajudar os produtores de folar e de que forma o produto vai chegar aos consumidores? TAP: A feira online vai proporcionar uma abertura igual aos 8
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GR: A impossibilidade da realização da feira nos moldes habituais, que efeitos isso tem na economia local? TAP: Sabemos que esta pandemia trás realidades e vivências menos positivas para todos, não só aos empresários, no caso das nossas padarias, mas também a todos quantos, por altura da Páscoa, se organizavam para uma visita a Valpaços. Isso não vai
especificamente da castanha, dos vinhos e dos azeites. Os canais de distribuiacontecer este ano. ção mantêm-se, mas sabemos também que houve quebra no consumo, uma Havia famílias e microempresas, que se constivez que grande parte destes produtos é destinada à restauração e hotelaria, tuíam por altura do fim do ano, que produziam fuque estão a passar dias muito difíceis, de grande amargura. Por outro lado, meiro para, nesta altura do ano, fazerem o folar arestes produtos podem ficar algum tempo armazenados, pelo que, acredito, tesanal, o que não vai acontecer. As famílias não se que podem encontrar os canais adequados para o seu escoamento durante organizaram, porque, impedidas de conviver e não este ano, logo que possamos voltar a ter uma vida normal. havendo o momento físico de venda do folar, provavelmente não poderiam escoar com tanta facilidade o GR: Como olha e antecipa os novos tempos? produto. TP: Diria que muito difíceis. Acho que que as fragilidades começam agoSabemos que a parte empresarial e comercial está ra a sentir-se dia após dia. Acredito que 2021 ainda será um ano muito condicionada e este ano vamos viver isso mais intensacomplicado, em termos empresariais e comerciais, mas também em termente, tal como o ano passado em que não conseguimos de dinâmica da vida familiar e em comunidade. mos realizar a Feira. Não vai ser fácil adaptáramo-nos a um novo normal e ser-nos permiNão há afluência física de consumidores, é tudo feito de tido o que até agora era possível. Mesmo assim vai ser sempre com alforma virtual, mas queremos acreditar que podemos ter gumas reservas e muitas cautelas, pois para quem vive das feiras, das uma expressão de compra significativa, mas não haverá a atividades culturais, não está fácil. Tudo o que se fizer este ano vai ser romaria habitual ao nosso concelho, por altura da Páscoa. condicionado e mais diminuído, o que traz algumas incertezas. Prevejo Há uma quebra considerável no movimento económico do momentos muito complicados até final do ano. concelho nesta altura do ano, que afeta particularmente a hotelaria e a restauração. GR: O setor primário tem respondido bem nestes tempos difíceis. Como tem reagido o setor no concelho? TAP: O setor primário organiza-se bem, porque tem uma estrutura diferente das demais. Não há confinamento, nem regras apertadas para os trabalhos agrícolas. Os agricultores já têm os canais de distribuição para os seus produtos e conseguem faze-los chegar aos diferentes canais para posterior incremento no mercado, nacional e internacional. Estou a falar mais
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Um subproduto do requeijão
Politécnico de Coimbra desenvolve solução para reaproveitar o sorelho O Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) desenvolveu uma solução para reaproveitamento do sorelho, que permite valorizar aquele que é o principal subproduto da produção de requeijão, anunciou hoje a instituição.
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solução, que tem uma patente submetida, passa por obter um “concentrado líquido de sorelho”, um produto “rico em proteína e gordura”, que pode ser “usado para produzir molhos para saladas ou bebidas lácteas fermentadas, uma vez que as proteínas do soro são consideradas das melhores proteínas do ponto de vista nutricional”, afirmou o IPC em nota de imprensa. A instituição salienta que o sorelho, caso seja eliminado no ambiente sem tratamento, acaba por ser “um subproduto poluente, devido à sua riqueza em lactose”. “Esta sua nova transformação traduz-se em produtos de valor acrescentado com baixos custos de produção e baixos custos energéticos”, realçou o IPC. O processo permite diversificar “o portefólio de produtos das empresas” e diminuir “o impacte ambiental através da eficiência energética dos processos produtivos”, destacou o
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docente do Politécnico de Coimbra e coordenador do projeto, Carlos Dias Pereira, citado na nota. O processo de obtenção do concentrado líquido de sorelho poderá ter aplicação em pequenas e médias empresas associadas à produção de queijo e de requeijão que processem leite de ovelha ou de cabra, esclareceu. A invenção desta solução esteve a cargo de vários investigadores da Escola Superior Agrária de Coimbra, que faz parte do IPC.
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Certame não esquece os emigrantes que o costumam visitar Oliveira do Hospital
Festa do Queijo Serra da Estrela decorre até 13 de Abril em formato digital A edição deste ano da Festa do Queijo Serra da Estrela, em Oliveira do Hospital, vai decorrer em formato digital até 13 de Abril e não esquece os emigrantes que costumam visitar o certame.
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aos nossos clientes, que tinham uma certa fidelização, que estamos cá e quana inauguração da feira, que decorreu a 13 de do isto melhorar podem voltar a Oliveira do Hospital, não só para comprarem Março, o presidente do Município de Oliveira o queijo, mas também para conhecerem o património.” do Hospital, José Carlos Alexandrino, anunciou que a Devido à pandemia da covid-19, “o evento foi transformado numa festa Festa do Queijo Serra da Estrela tem três objetivos e um digital, com o objetivo de apoiar os produtores nas vendas do afamado queidos quais é “chegar perto dos emigrantes”. “Já tínhamos jo Serra da Estrela”, informa o município em comunicado, indicando que a grupos que vinham da Suíça, Canadá, África do Sul ou feira, pelo segundo ano consecutivo, será realizada pela plataforma Dott, Brasil, que marcavam as suas férias nesta altura da feira disponível na página de internet da Câmara de Oliveira do Hospital: www. do queijo”, referiu o autarca de Oliveira do Hospital, sacm-oliveiradohospital.pt. lientando que “esta é também uma forma virtual de che“Os produtores de vinho do Dão também vão juntar-se à festa ‘online’, garmos facilmente a eles, para que também se sintam um vendendo, através da mesma plataforma, alguns dos melhores néctares bocadinho em casa”. que se produzem no concelho de Oliveira do Hospital, que integra a ReOutro dos objetivos apresentados por José Carlos Alegião Demarcada do Dão”, acrescenta. xandrino é o escoamento dos produtos, quer seja o queijo José Carlos Alexandrino informou que a feira tem um programa “tal da Serra da Estrela, mas também os vinhos e gastronomia. como seja presencial”, mantendo-se as “atividades lúdicas para crianças Mas, segundo sublinhou, “não se esgota nisso”. “A feira tem e o ‘show cooking’”. milhares de visitantes e precisamos que essas pessoas não se Foi ainda lançado um livro que reúne as receitas premiadas dos conafastem. Vendíamos o queijo Serra da Estrela, mas também o cursos de gastronomia realizados nos últimos dez anos e está agendanosso património natural, o património arqueológico e os nosda uma prova desportiva. “As pessoas vão correr e registam os tempos sos monumentos nacionais. Não quisemos que houvesse um ‘online’”, explicou o autarca. “Esta feira é o sinal de que não desisticorte e, por isso, esta feira está a ser altamente mediatizada, mos dos nossos sonhos e dos nossos projetos, para continuar a deinvestimos bastante”, revelou. senvolver o nosso concelho e território”, rematou. José Carlos Alexandrino pretende que os habituais frequentaProdução ao vivo de queijo e requeijão, apresentação de “produdores da feira possam continuar a fazê-lo agora, de maneira virtos endógenos de qualidade” e artesanato, palestras, exposições e tual. “O objetivo é que as pessoas possam comprar o queijo pela animação cultural são outras das atividades programadas, tendo plataforma. Quisemos mostrar que a nossa feira está viva e dizer 12
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sempre presente “aquela que é uma das ‘sete maravilhas’ da gastronomia portuguesa”, refere a nota do Município de Oliveira do Hospital. Numa vertente lúdico-pedagógica para os mais novos, estará em funcionamento a Escolinha do Queijo, com a execução de várias atividades centradas no queijo Serra da Estrela e na atividade ligada à pastorícia”, destaca ainda o comunicado. O município recorda que a “Festa do Queijo Serra da Estrela tem sido uma das grandes alavancas da economia local, estimando-se que tenha um impacto económico de sensivelmente 2,5 milhões de euros e um retorno mediático superior a 40 milhões de euros, de acordo com os últimos estudos de monitorização realizados”. Há um ano, a Festa do Queijo, agendada para 14 e 15 de Março, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo quarto ano consecutivo, foi cancelada já no contexto da pandemia, “dando lugar àquela que foi considerada a primeira feira digital do país”.
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Produtores e queijarias não baixam os braços e apostam na valorização do produto
Fileira dos Queijos DOP da Região Centro acredita na recuperação a partir de março Há um ano que pastores, produtores de leite, queijarias e distribuidores se mantêm resilientes para não deixar cair por terra a produção dos melhores Queijos com qualificação DOP na Região Centro do país. Manter todo o circuito produtivo do Queijo Serra da Estrela DOP, Queijo da Beira Baixa DOP e Queijo Rabaçal DOP em pleno estado de emergência e confinamento geral não está a ser tarefa fácil. Mas, face à atual evolução da situação epidemiológica, o setor está deposita esperança na retoma, ainda que lenta, a partir deste mês de Março.
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um queijo único com características próprias determinadas a época natalícia, o stock do Queijo Serra da Estrela DOP foi sendo escoapela flora da região de Sicó,- o Queijo Rabaçal DOP- os prodo e até superou as expectativas. Segundo a Estrelacoop, nessa altura dutores são escassos e, à APRORABAÇAL, reportam a fraca foram vendidas 86.240 unidades, o equivalente a cerca de 64.680 quilos. Em procura de um produto diferenciador. Janeiro, as vendas abrandaram, mas com as atuais feiras online do queijo e a O caminho é longo, mas há avanços na Fileira dos Queiaposta cada vez maior nas plataformas digitais de venda, é de esperar que a jos com DOP da Região Centro e os exemplos de superação produção de Queijo Serra da Estrela DOP armazenada nos meses anteriores e resistência em áreas como a qualificação, digitalização, forseja vendida gradualmente, aproveitando a época da Páscoa. A Estrelacoop mação e empreendedorismo deixam aberta esperança num adianta que em 2020 foram produzidos menos 14% do Queijo Serra da Escenário de recuperação. trela DOP, comparativamente com 2019. Do queijo produzido, 6,7% não foi vendido, ou seja, continua em conservação. No caso dos Queijo Beira Baixa DOP, a Associação de Produtores de QueiQueijos com DOP - estratégia de rejuvenescimento e inovajo do distrito de Castelo Branco (APQDCB) adiantou que as vendas no Natal ção em tempos de pandemia foram globalmente abaixo dos valores dos anos anteriores. Constatou-se ainda um decréscimo de vendas em 2020 de 14.2% face a 2019. No ano Apesar das restrições vividas no atual contexto, o Programa de passado foram vendidos 131.460 quilos, ao passo que em 2019 foram Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro não abrandou e, comercializados 153.209 quilos. Porém, é de esperar que esta retração em plena pandemia, foram dinamizadas “ações integradas, disruptitenha tendência a esbater-se à medida que os setores da restauração e vas e de caráter inovador na Fileira do Queijo da Região Centro, com da hotelaria comecem a retomar a atividade. vista a dar um contributo fundamental para a valorização económica Os obstáculos que a Fileira dos Queijos qualificados com DOP da de um importante recurso endógeno existente nesta Região, como é Região Centro enfrenta são ainda muitos. Na região, onde se produz o queijo com qualificação DOP”, concretiza Cláudia Domingues Soa14
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res, presidente da Inovcluster, Associação do Cluster Agroindustrial do Centro. Ao nível da qualificação e mesmo durante a crise pandémica, algumas queijarias das áreas geográficas de produção das DOP Beira Baixa e Serra da Estrela decidiram dar início ao processo de qualificação dos seus queijos. Na Beira Baixa por exemplo, em 2019, existiam cinco operadores a usar DOP, hoje são sete os autorizados e mais quatro estão em período de aprovação. Também na Serra da Estrela, em plena pandemia, surgiu uma nova Queijaria em Fornos de Algodres, que está atualmente a produzir Queijo Serra da Estrela DOP. A parceria do Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro manteve firme a vontade de apoiar e impulsionar a fileira, dando continuidade à dinamização de diversas iniciativas. É o caso da atribuição dos prémios Vale Pastor e Pastor+ no valor total de 355 mil euros para impulsionar a produção de leite nas três regiões DOP da região Centro; A rota digital será lançada no site oficial do projeto (www. queijoscentrodeportugal.pt), dá a conhecer algumas das queijarias produtoras de queijo com DOP da Região Centro, os seus dados de contacto e localização. Foram ainda concretizadas a ação formativa “Escola de
Queijeiros”, para captação de novos atores na produção de Queijo com qualificação DOP em toda a Região, e ainda o Banco de Terras para pastores na área geográfica de produção do Queijo Serra da Estrela DOP com vista ao incremento da atividade a ajuda à fixação de população ao território. Em curso, e com o mesmo objetivo, será também implementado o Banco de Terras nas áreas de produção do Queijo Beira Baixa DOP e Queijo Rabaçal DOP. O Programa de Valorização da Fileira dos Queijos da Região Centro é um “Projeto cofinanciado pelo CENTRO 2020, Portugal 2020 e União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional”.
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Através de uma aplicação de telemóvel e no âmbito do projeto “Rebanhos +”
Criadores da serra do Alvão seguem pelo telemóvel cabras e vacas com coleiras GPS Criadores da serra do Alvão estão a colocar coleiras GPS em cabras bravias e vacas maronesas para acompanharem as movimentações dos animais à distância, através de uma aplicação de telemóvel e no âmbito do projeto “Rebanhos +”.
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rata-se, segundo os promotores, de uma iniciativa piloto e, num território com problemas de cobertura de rede de todas as operadoras telefónicas, vão também ser colocados retransmissores próprios da rede sigFox para tornar o sistema mais viável. A cabra de raça bravia Parda foi a primeira do rebanho de António Teixeira a receber a coleira com o dispositivo de GPS. “Pode ser uma ajuda grande e pode ser uma coisa boa”, afirmou o pastor de 39 anos, residente na aldeia Lamas, concelho de Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real. António Teixeira é pastor desde que se lembra. Disse que foi assim criado, que possui 200 cabras bravias e 10 vacas maronesas e que os seus dias são todos de cuidado com os animais. A serra do Alvão é o seu local de trabalho e é por lá que às vezes as cabras se perdem. Podem adoecer, magoar-se, ser feridas por outros animais e adormecer e ficar para trás. “Ou até numa necessidade em que a gente tenha que as deixar um pouco, com a coleira GPS já se consegue dar com elas rápido. Senão temos que andar muito tempo à procura delas. É vantajoso”, salientou. Avelino Rego, criador ligado ao projeto, explicou que se trata de um sistema GPS, com uma autonomia estimada de 16
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seis meses a um ano, e que a cada 30 minutos emite um sinal que indica a localização do animal. “Essa posição é enviada para um servidor central e ao qual os criadores, através de uma aplicação instalada nos seus telemóveis, podem aceder e perceber como os seus rebanhos se estão a movimentar na serra”, salientou. Esta é, na sua opinião, uma ferramenta que pode facilitar o maneio animal. Mas é também, frisou, importante para ajudar “a compreender o impacto que os animais têm pela sua passagem e permanência na serra”. “Teremos os dados de onde andaram a pastar e podemos, depois, confrontar com o impacto que teve na vegetação e, com isso, conseguir de uma forma documentada melhor explicar à opinião pública o trabalho fundamental que estes rebanhos fazem na gestão da paisagem”, frisou. Nesta fase piloto do projeto vão ser distribuídos 30 dispositivos por produtores dos concelhos com área na serra do Alvão: Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar, Mondim de Basto e Vila Real. Este é, no entanto, um território onde a falta da cobertura de rede é um problema que tem grande impacto. “Mesmo nas aldeias não temos uma boa cobertura de rede. Se avançarmos para a serra essa cobertura de rede é residual”, referiu Avelino Rego. Para ultrapassar o problema vão ser instalados retransmissores de rede sigFox ao longo da serra para, segundo salientou, se “ter um sinal que garanta a conectividade destes dispositivos que os animais transportam com a Internet”. Avelino Rego adiantou que os retransmissores deverão estar a funcionar em duas semanas. O projeto “Rebanhos + Clima Positivo” resulta de um consórcio que junta a associação AguiarFloresta, sediada em Vila Pouca de Aguiar, e a Associação Nacional de Criadores de Cabra Bravia (Ancabra), a Associação
queima, que está a dar formação a 18 pastores e produtoNacional de Caprinicultores da Raça Serrana (Ancras) e a Associação de res, que ficarão credenciados para executarem as queimas. Criadores do Maronês. O “Rebanhos +” procura também melhorar a rentabilidaDuarte Marques, da AguiarFloresta, afirmou que o projeto visa o rede da atividade e, nesse sentido, está a ser criado um “selo curso a rebanhos para uma melhor gestão e conservação das áreas naverde” que indica aos consumidores que a origem da carne turais e, ao mesmo tempo, para ajudar a reduzir o risco de incêndios. está, segundo Duarte Marques, “numa cabra ou vaca que faz O objetivo é, frisou, “modernizar e melhorar as condições para o deum trabalho positivo do ponto de vista ambiental e de redução senvolvimento da atividade”. “Há bloqueios que fazem com que haja de risco de incêndios”. cada vez mais dificuldade em ter criadores na atividade e, havendo O projeto estende-se até ao início de 2022, tem um orçamenmenos rebanhos, há menos intervenção no território, há menos gesto de 230 mil euros e é financiado pela Fundação “La Caixa”, no tão e há mais problemáticas como os incêndios”, frisou. âmbito do programa “Promove Regiões Fronteiriças”. Para além das coleiras GPS, o projeto incide ainda em outros utensílios de apoio ao maneio como cercas, bebedouros, comedouros e na capacitação como, por exemplo, o curso de operacional de
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Com o ciclo ‘12 em Rede - Aldeias em Festa’
Aldeias Históricas com animação de junho a novembro As Aldeias Históricas vão ter animação entre Junho e Novembro, no âmbito da quinta edição do ciclo ‘12 em Rede - Aldeias em Festa’, promovido pela Associação de Desenvolvimento Turístico Aldeias Históricas de Portugal.
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egundo a associação, este ano, as doze Aldeias Históricas de Portugal voltam a receber “uma dúzia de eventos que estão a ser preparados para a participação presencial de público, ainda que mantendo a aposta no ‘live streaming’, que se revelou um sucesso em 2020”. “Entre Junho e Novembro, a cultura, a gastronomia, as tradições, os costumes, o património, as lendas e os mitos de cada uma das 12 aldeias que integram a rede, voltam a ser o mote para mais uma edição - a quinta! - do Ciclo ‘12 em Rede -- Aldeias em Festa’”, refere a associação em comunicado. De acordo com a organização, trata-se de uma iniciativa que “celebra e promove o património cultural material e imaterial das Aldeias Históricas de Portugal, através de uma programação cultural genuinamente diferenciadora, assente em animações diversas, como visitas teatralizadas, ‘workshops’, novo circo, música e, claro, na gastronomia”. O ciclo de 2021 começa no dia 5 de Junho, em Trancoso (Guarda), e termina a 6 de Novembro, em Monsanto (Castelo Branco). Tal como nas edições anteriores, no ponto de partida de cada evento “estará sempre algo que pertence à memória coletiva de cada aldeia, como uma personagem, uma lenda ou um conto tradicional, um acontecimento histórico ou um elemento patrimonial”, é anunciado. A Associação de Desenvolvimento Turístico Aldeias Históricas 18
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de Portugal refere tratar-se de uma iniciativa que, tendo em conta a conjuntura, “também constitui uma excelente oportunidade para ajudar à recuperação e dinamização económica do território, uma vez que será realizada com ‘portas’ abertas ao público, se as regras de desconfinamento assim o permitirem, mas nunca descurando a segurança sanitária e a aplicação das medidas que, na altura, estiverem em vigor”. “No entanto, independentemente da abertura do Ciclo ‘12 em Rede - Aldeias em Festa’ ao público presencial, os eventos voltarão a beneficiar de cobertura ‘live streaming’. Uma aposta de enorme sucesso em 2020, como confirmam os números: quase meio milhão de pessoas alcançadas em 14 países e quase 82.000 minutos de visualizações”, lê-se. O ‘12 em Rede - Aldeias em Festa’ começa em Trancoso (5 de Junho), seguindo-se Castelo Novo (19), Castelo Mendo (26), Sortelha (3 de Julho), Belmonte (10), Almeida (17), Linhares da Beira (31), Castelo Rodrigo (28 de Agosto), Marialva (18 de Setembro), Piódão (25), Idanha-a-Velha (30 de Outubro) e Monsanto (6 de Novembro). Por ser organizado de acordo com os requisitos internacionais de sustentabilidade, o ciclo será, pelo terceiro ano consecutivo, o único ciclo de eventos em rede, a nível mundial, com certificação BIOSPHERE© Events, remata a organização.
Adiantou a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques
Governo quer apoiar eventos que contribuam para aumentar a notoriedade das regiões O Governo quer avançar com um mecanismo financeiro para apoiar eventos, incluindo os que contribuam para aumentar a notoriedade das regiões em que acontecem, adiantou a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, numa conferência, organizada pela Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (Apecate).
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para prolongar por mais três meses até Setembro”, adiantou. o evento a governante disse que o executivo Durante a conferência, o presidente da Apecate, António Marques Vidal, deu está a “trabalhar na criação de um mecanismo conta de uma série de problemas com que o setor dos eventos se tem depafinanceiro que visa a concessão de apoios a organirado desde o início da pandemia, sobretudo no que diz respeito à burocracia zação dos eventos de interesse turístico”. O objetivo, e falta de clarificação de regras. “Não podemos continuar a gastar forças e segundo Rita Marques é “sobretudo apoiar eventos de dinheiro e a perder qualidade perante situações de falta de competência grande dimensão internacional nomeadamente desporque existiram na primeira abertura”, referiu. “No primeiro desconfinamento tiva, artística, cultural, mas também espetáculos que conassistimos a leis feitas a pressa, que não eram claras. Gastávamos imenso tribuam para a imagem do destino turístico regional em tempo a pedir esclarecimentos se podíamos fazer isto e não podíamos faque se realizam”, ou sejam para o “aumento da notoriezer aquilo. Temos que ter leis que sejam claras e que tenham uma leitura dade da região, quer no mercado interno quer no mercado sem dúvidas, sobretudo no setor do turismo”, adiantou. externo”. Por sua vez, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Tu“Este novo mecanismo responde às necessidades das mirismo de Portugal (CTP) disse que o “Governo esteve muito bem no inícro, pequenas e médias empresas”, indicou, realçando ainda cio da pandemia”, mas desenhou medidas para “três ou seis meses”. as “associações e organizações não governamentais que mui“Continuamos preocupados com o défice numa altura de guerra. Quem tas vezes são detentores dos direitos de organização destes paga os impostos são as empresas e se elas não se mantiverem vivas eventos. “Estamos a trabalhar na mobilização de mais recursos não há impostos”, disse, alertando ainda para a possibilidade de “mipara esta linha”, adiantou. O Governo vai ainda relançar o selo lhares de desempregados”. Clean & Safe, em Maio, tendo em conta que este instrumento tem a duração de um ano e termina em Abril. Rita Marque recordou que o setor do turismo, no total, já foi alvo de apoios de cerca de dois mil milhões de euros, distribuídos por linhas de crédito, programa Apoiar, entre outros. “Aqui não considero o apoio à retoma e o “’lay-off’ que estamos a trabalhar www.gazetarural.com
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Prazo de inscrições, com condições especiais para produtores, alargado até 26 de março
Concurso Vinhos de Portugal 2021 reagendado para Maio
A edição de 2021 do Concurso Vinhos de Portugal, uma iniciativa promovida pela ViniPortugal, vai ter lugar de 17 a 21 de Maio. Inicialmente previsto para o final de Abril, o evento foi reagendado devidos às restrições de circulação relacionadas com a pandemia de Covid-19.
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esta forma procura-se criar as melhores condições para que os jurados nacionais e internacionais possam participar e eleger, pelo oitavo ano consecutivo, os melhores vinhos nacionais. As inscrições mantêm-se abertas. Os produtores que se inscreverem até 26 de Março vão beneficiar de um desconto de cinco euros por cada referência inscrita, uma vantagem exclusiva durante este período, que não será aplicada nas duas fases seguintes de inscrição. O registo pode ser feito no site http://concursovinhosdeportugal.pt até 30 de Abril. Para além da avaliação da qualidade dos vinhos portugueses, de Norte a Sul do País, a cargo de um painel de jurados nacionais e internacionais de renome, o Concurso Vinhos de Portugal constitui uma iniciativa com carácter promocional junto de especialistas, sommeliers e influenciadores de mercados externos estratégicos para a marca “Wines of Portugal” que, ao longo de uma semana, têm oportunidade para conhecer melhor a realidade da fileira do vinho nacional. A primeira fase do Concurso decorrerá de 17 a 19 de Maio, no CNEMA, em Santarém, na qual os vinhos inscritos serão avaliados por um júri, composto por especialistas em vinhos portugueses e internacionais, entre os quais jornalistas, sommeliers, wine educators e outras profissões ligadas ao sector. Setúbal é o distrito anfitrião da fase final. O Grande Júri, composto por especialistas nacionais e internacionais de reconhecido mérito do sector, vai reunir nos dias 20 e 21 de Maio para a selecção dos Grandes Ouros e os Melhores no Ano. Os grandes vencedores serão conhecidos na Cerimónia de Entrega de Prémios, no dia 21 de Maio. Em 2019, foram a concurso 1.382 vinhos que arrecadaram 423 medalhas, das quais 29 na categoria Grande Ouro, 98 Ouros e 296 Pratas. O Concurso Vinhos de Portugal é uma iniciativa da ViniPortugal, que pretende ser um ponto de encontro e de troca de experiências entre produtores e especialistas de todo o mundo, reafirmando a aposta na produção nacional de vinho de qualidade com o intuito de se afirmarem enquanto produtos de excelência nos mercados de exportação.
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Produtor do Dão diz que são “vinhos únicos e memoráveis”
Caminhos Cruzados lançou novos ‘Teixuga’ branco e tinto O produtor do Dão ‘Caminhos Cruzados’ lançou duas novas referências da gama de vinhos ‘Teixuga’, o expoente máximo do melhor que a Região Demarcada do Dão tem para oferecer. Produzidos com as melhores uvas das vinhas velhas da quinta homónima, os vinhos Teixuga revelam caráter, elegância e ousadia e cada exemplar é considerado único e memorável.
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s duas novas referências já lançadas, daquela que é a marca topo de gama do produtor de Nelas, - o Teixuga Branco Dão 2015 e o Teixuga Tinto Dão 2015, - chegam ao mercado para continuar a história de sucesso dos seus antecessores e marcar presença nos melhores e mais especiais momentos. As uvas de eleição da casta branca ‘Encruzado’ reinam no Teixuga Branco Dão 2015, que estagiou durante 19 meses em barricas de carvalho francês novas, até alcançar uma total integração com a barrica, revelando aí a sua estrutura e complexidade, característica desta casta tão típica do Dão. Após o engarrafamento, o Teixuga Branco Dão 2015 estagiou 12 meses em garrafa, já que a Encruzado é uma das que conferem maior capacidade de envelhecimento em garrafa. Com uma cor amarelo palha e aroma de grande intensidade, de acordo com as notas de prova assinadas pelos enólogos Carlos Vieira, Carlos Magalhães e Carla Rodrigues, este vinho revela ainda complexidade aromática devido às particulares condições de estágio. No nariz destaca-se a perfeita integração da madeira. Com 14 graus de teor alcoólico, na boca o ataque é intenso, volumoso, revelando uma acidez viva, mas muito integrada. O final é longo e memorável. Este vinho, que deve ser servido a uma temperatura entre os 10 a 12ºC, harmoniza bem com caldeirada de peixe, cataplana, feijoada de chocos, bacalhau no forno, cabrito assado, saladas frias e queijos são algumas das harmonizações perfeitas. A Touriga Nacional, a casta rainha do Dão, predomina no Teixuga Tinto Dão 2015 que se apresenta como a “essência do Dão”. Tal como o branco, este vinho tem origem nas vinhas velhas da Quinta da Teixuga. Tendo estagiado cerca de 24 meses, divididos entre barricas de carvalho francês novo e barricas usadas, este néctar apresenta uma cor intensa e profunda e tem grande complexidade aromática. Devendo ser servido a uma temperatura entre os 16 a 18ºC, na boca surpreende pelo impacto vivo, terminando com grande persistência e elegância. Com elevado potencial gastronómico, o Teixuga Tinto Dão 2015 tem um teor alcoólico de 14 graus e casa na perfeição com queijos fortes, presunto e enchidos, assim como cabrito assado no forno, rabo de boi estufado, rojões ou perdiz estufada. “Cada garrafa é um encontro com a vinha, rodeada pelas montanhas, e pelos omnipresentes pinhais, num encontro com o Dão, em todo o seu esplendor”, revela o produtor. 22
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Universidade integra também o laboratório associado AL4AnimalS
UTAD lidera laboratório Inov4Agro que quer promover agricultura sustentável A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, lidera o laboratório associado Inov4Agro, que quer promover a agricultura inteligente, a adaptação às mudanças climáticas e optimizar os recursos endógenos. Além do Inov4Agro, a UTAD integra também o laboratório associado AL4AnimalS.
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Por sua vez, o AL4AnimalS pretende desenvolver “ciência e conhecimenrata-se de um resultado histórico, sobretudo to focado na necessidade de alimentar uma população humana, em consnuma instituição de ensino superior do intetante crescimento com produtos animais seguros e nutritivos, o controlo rior, o que confirma o considerável aumento na produde doenças emergentes e zoonoses, que têm um impacto devastador na ção científica da instituição, confirmando novas centrasaúde pública e, encontrar novas soluções terapêuticas para doenças hulidades em Vila Real, Braga, Évora e Bragança, além do manas usando os animais como modelo”. reforço dos principais centros urbanos”, afirmou o reitor A iniciativa é liderada pelo Centro de Investigação Interdisciplinar em Fontainhas Fernandes, num comunicado divulgado pela Sanidade Animal (CIISA) e agrega o Centro de Estudos de Ciência Animal UTAD. (CECA) e o Centro de Ciência Animal e Veterinária (CECAV/UTAD). O diO Inov4Agro resulta do consórcio liderado pelo Centro rector será Luís Costa, da Faculdade de Medicina da Universidade de de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas Lisboa e, na UTAD, a responsável será a docente e investigadora Cristina (CITAB) e o Centro de Investigação em Produção AgroaliMiranda Guedes. mentar Sustentável (GreenUPorto) e pretende “apoiar a Este laboratório associado vai abordar as temáticas de produção anitransição do sector agrícola para a sustentabilidade”. “Irá mal verde, doenças e zoonoses emergentes e medicina comparada e utilizar uma abordagem multilayer para promover a agricultranslacional e biotecnologia, e tem um financiamento de 1,1 milhões tura inteligente e de conservação - em particular no sector de euros por ano até 2025. da horticultura - fomentar a adaptação às mudanças climátiA nível nacional, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) cas, aumentar a atractividade dos territórios de baixa densiaprovou a criação de 40 laboratórios associados, com um financiadade e optimizar os recursos endógenos”, salientou o investimento anual total estimado em 77 milhões de euros (23,8 milhões gador e director deste laboratório, Eduardo Rosa. dos quais devido relacionados com o estatuto de laboratório assoO trabalho a desenvolver, explicou, está estruturado nas ciado), com início em 2021 e por um período de cinco anos. linhas temáticas: eficiência no uso de recursos e qualidade Os laboratórios associados agregam uma ou várias unidades de dos produtos produzidos, recursos hídricos, saúde dos solos investigação científica. O seu estatuto é concedido por um período e alimentação, alavancar os sistemas de produção alimentares até dez anos, que pode ser renovado, mas está sujeito a avaliações locais e o desenvolvimento tecnológico e inovação. Este labointercalares. ratório tem um financiamento de cerca de 650 mil euros por ano até 2025. www.gazetarural.com 23
Revela tese de doutoramento defendida na Universidade de Aveiro
Subprodutos do brócolo têm aplicação na saúde e em biomateriais Uma tese de doutoramento recentemente defendida na Universidade de Aveiro (UA) por Sónia Ferreira, aluna do Programa Doutoral em Ciência e Tecnologia Alimentar e Nutrição, propõe novas vias para a valorização económica dos subprodutos do brócolo, para além das que já existem e que são, por exemplo, a aplicação em rações para animais e na confeção de sopas em pó. Destes subprodutos fazem parte caules, folhas e restos de inflorescências.
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tese conclui que, para além das vantagens já conhecidas do brócolo, dientes funcionais, melhoram a função imunológica e as suas partes com menos valor comercial, que correspondem a promovem a saúde. cerca de 70% do brócolo e que não se vêem nas prateleiras dos supermer“Uma vez que os estudos sobre a influência destes cados, têm constituintes que funcionam como ativadores do sistema imucompostos na atividade dos linfócitos B e no sistema imunitário. Por outro lado, outro tipo de compostos, também identificados nitário foram realizados in vitro, ou seja, no laboratório e nestes subprodutos do brócolo, poderão ser adicionados para produzir em ambiente muito controlado, ficaram várias questões bioplástico com possível utilização em embalagens alimentares, repelinpor responder e analisar”, comenta Sónia Ferreira. Mas a do a água e prolongando o tempo de vida dos produtos. vantagem daqueles compostos na melhoria a função imuForam estudados vários métodos para extrair a água e melhor obter nológica ficou clara, afirma. os compostos presentes nos subprodutos do brócolo, dado que a eleO estudo permitiu ainda perceber que os compostos vada quantidade de água (cerca de 90%) e consequente perecibilidade extraídos dos subprodutos do brócolo com água foram os limitam a valorização destes subprodutos. A liofilização é adequada principais contribuintes para as alterações observadas nas para obter pigmentos e glucosinolatos; a secagem por convecção de propriedades mecânicas no bioplástico produzido a partir de ar é adequada para obter glucosinolatos, enquanto a tecnologia de amido (extraído da batata). A adição destes compostos anmicro-ondas por hidrodifusão e gravidade (MHG) promove a extrates das etapas de gelatinização e filtração do amido permitiu ção de compostos fenólicos. Os métodos, portanto, devem ajustar-se obter filmes de bioplástico com maior resistência, rigidez e à finalidade pretendida, à aplicação de cada tipo de composto ou elasticidade. conjunto de compostos. A tese de doutoramento foi apresentada no final de 2020 por Sónia Ferreira, sob orientação de Manuel António Coimbra e Susana Cardoso, respetivamente, professor e investigadora do Polissacarídeos pécticos estimulam sistema imunitário Departamento de Química da UA, e ainda de Dulcineia Ferreira Wessel, do Instituto Politécnico de Viseu. Sabendo-se que havia pouca informação sobre a bioatividade das fibras de brócolo, os polissacarídeos pécticos foram extraídos, fracionados e caracterizados, e a sua atividade imunoestimuladora foi avaliada por incubação in vitro. Após algum processamento, comprovou-se que os polissacarídeos pécticos, como ingre24
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Dotação passa de 10 para 20 milhões de euros
Governo aumenta apoio paraa instalação de jovens agricultores no interior do país O Governo vai duplicar o apoio para instalação de jovens agricultores em territórios de baixa densidade. Segundo a ministra da Agricultura, “vão ser mais 242 jovens a serem instalados”.
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Governo vai duplicar o apoio para instalação de jovens agricultores em territórios de baixa densidade, para 20 milhões de euros, anunciou a ministra da Agricultura. “Muito recentemente abrimos dois avisos que se complementam. Disponibilizámos dez milhões de euros para a instalação de jovens agricultores nos territórios do interior, mas a procura foi de tal maneira grande que vamos duplicar e disponibilizar mais dez milhões de euros para podermos acomodar mais candidaturas”, revelou Maria do Céu Antunes, na abertura virtual da Festa do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital. Segundo a ministra da Agricultura, “vão ser mais 242 jovens a serem instalados em territórios do interior do país e onde estes territórios também são considerados vulneráveis aos fogos rurais numa percentagem muito significativa”. Com uma dotação global inicial de 10 milhões de euros - a que agora vão acrescer mais 10 milhões de euros -, este apoio destina-se a jovens agricultores dos 18 aos 40 anos que se instalem pela primeira vez numa exploração agrícola, através de um prémio à primeira instalação e apoio ao respetivo investimento na exploração agrícola. Adiantando que a tutela acredita “muito no mundo rural e nos agricultores, na pequena transformação e no turismo associado a tudo isto”, Maria do Céu Antunes recordou que, em 2016, foram disponibilizados 1.600 milhões de euros para o setor. “Estamos a criar condições para o próximo ciclo de investimento, agora presidindo ao Conselho da Europa, onde temos uma reforma de ataque muito alicerçada nesta dimensão da digitalização e numa arquitetura mais verde, mais consentânea com a sustentabilidade ambiental, mas também garantindo o rendimento aos agricultores e com isso o desenvolvimento sustentável que não deixa ninguém para trás”, afirmou. A governante lembrou ainda que, a 4 de Março, no Conselho de Ministros extraordinário sobre setor florestal, foram apresentadas “medidas muito concretas para fazer face aos efeitos negativos dos incêndios de 2017 e também a algum desinvestimento público e privado”. “A Agricultura apresentou uma resolução de Conselho de Ministros, que entendemos ser crucial, onde queremos dar uma oportunidade aos territórios vulneráveis aos fogos rurais. Serão políticas públicas que se complementam entre fundos comunitários e os atores do território, onde público e privados têm um papel importante, mas que sejam inclusivas e que não deixem ninguém para trás”, reforçou também Maria do Céu Antunes. A União Europeia atribuiu aos seus Estados-Membros o pacote financeiro “Next Generation”, que dispõe para a agricultura de cerca de 312 milhões de euros, disse, ao referir que o Governo irá comprometer este valor em 2021 e 2022 e executar até 2025. “Vamos alocar 140 milhões de euros para a agricultura biológica, e aqui neste domínio da pastorícia e da produção de leite para o queijo, e 172 milhões de euros para o desenvolvimento económico e social das zonas rurais”, anunciou. Com este investimento, a tutela prevê “diminuir os custos de produção, promovendo o investimento na eficiência energética e da produção de energia para autoconsumo, a agricultura de precisão, a economia circular, a instalação de jovens agricultores e a renovação de equipamentos e de grupos operacionais”. Durante este trimestre, o Governo prevê abrir avisos para a “renovação de tratores, instalação de redes antigranizo e instalação de painéis fotovoltaicos”. “Vamos dar privilégio aos territórios vulneráveis aos fogos rurais, majorando aquilo que é a elegibilidade para estes territórios. Queremos promover a transição digital e climática que se impõe em relação ao nosso futuro coletivo, que queremos mais sustentável tanto ambiental como económica e social”. www.gazetarural.com
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Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Fevereiro foi o quinto mais quente desde 1931 em Portugal continental O mês de Fevereiro foi o quinto mais quente desde 1931 e muito chuvoso, levando à inexistência de situação de seca em praticamente todo o território de Portugal continental, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
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e acordo com o resumo do Boletim Climatológico disponível no ‘site’ do IPMA, o mês de Fevereiro foi o quinto mais quente desde 1931 com uma temperatura média do ar de 11,66 graus Celsius, +1,68 graus em relação à normal 1971-2000. O mês de Fevereiro mais quente (12,43 graus) ocorreu em 2020. O valor médio de temperatura mínima do ar, 7,93 graus, foi muito superior à normal, +2,35 graus, sendo o terceiro maior valor desde 1931 (mais altos em 1985 e 1990: 7,96 e 7,94 graus). No que diz respeito ao valor médio de temperatura máxima do ar, 15,40 graus, também foi superior ao valor normal. O IPMA indica que ao longo do mês de Fevereiro, os valores diários da temperatura mínima do ar estiveram sempre acima do valor médio mensal, exceto nos dias 7 e 22. O menor valor da temperatura foi registado em Vinhais, distrito de Bragança, com -2,6 graus no dia 07 de Fevereiro e o maior valor da máxima no dia 14 em Mora (Évora) com 24,1 graus. Quanto ao valor médio da precipitação, foram registados em Fevereiro 158,7 milímetros (mm), o que corresponde a 159 % do valor normal 1971-2000 (100,1 mm). Durante o mês ocorreu precipitação na maior parte dos dias, sendo de destacar os dias 09 e 20 de Fevereiro com valores diários muito elevados, tendo sido ultrapassados em algumas estações do Norte e Centro do território. O IPMA salienta que nos dias 04 e 05 de Fevereiro ocorreu precipitação muito intensa na região sul. O Boletim Climatológico, disponibilizado pelo instituto, inclui também o índice meteorológico de seca (PDSI), que aponta para a não existência no final de Fevereiro de seca meteorológica em praticamente todo o território do continente. Segundo o IPMA, apenas a zona de Castro Marim/Vila Real de Santo António (Faro) está na classe de seca fraca e corresponde a apenas 0,1 % do território. 26
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No final de Fevereiro, 59,6% do continente estava em chuva fraca, 29,5% em normal, 10,4% em chuva moderada, 0,4% em chuva severa e 0,1% em seca fraca. O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”. De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica. A seca meteorológica está diretamente ligada ao défice de precipitação, quando ocorre precipitação abaixo do que é normal.
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Conhecimento, Educação, Ciência e Sustentabilidade determinantes no processo
Instituto de Investigação ‘Raiz’ integra Clube UNESCO das Nações Unidas O RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel acaba de integrar a Rede Portuguesa de Clubes UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, após a aprovação da sua candidatura.
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Rede Clubes UNESCO junta parcerias, a nível nacional, entre as Cointernacional. Com esta parceria, o RAIZ irá contribuir missões Nacionais da UNESCO e as instituições do Estado e da Sopara tornar a cidadania mais consciente e participativa, ciedade Civil que seguem objetivos comuns, suscitando e encorajando a promovendo a realização de seminários e debates, atradefesa dos valores proclamados pela UNESCO. Estes objetivos visam convés de um Think Tank, que irão ao encontro dos objetivos tribuir para a promoção do exercício de uma cidadania mais consciente e valores da UNESCO. Está definida, também, a sua coe mais participativa ao nível da educação; constituir-se como parceiro na laboração com instituições locais, regionais, nacionais e promoção da educação para todos; contribuir para a divulgação dos ODS internacionais em ações ligadas aos objetivos da UNESCO, – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e promovê-los através das de forma a promover os seus valores. suas ações e atividades; desenvolver e produzir materiais pedagógicos que potenciem a cidadania ativa e a participação dos jovens; desenvol“Floresta do Saber”, um projeto educativo com foco na ver programas de formação; e promover seminários, reuniões, debasustentabilidade tes e exposições enquadráveis nos objetivos propostos. A candidatura, levada a cabo pelo RAIZ em Novembro de 2020, Enquanto Clube UNESCO, o RAIZ irá executar várias ativifoi aceite no dia 11 de Dezembro do ano passado, após a análise e dades, entre as quais o “Floresta do Saber”, projeto de educaparecer da Comissão de Avaliação e da consequente validação pela ção e comunicação na área da sustentabilidade, apoiado pela Comissão Nacional da UNESCO. Recentemente, foi assinado um ProFundação Calouste Gulbenkian. O objetivo passa por aliar o tocolo de Colaboração que formaliza esta parceria e faz do RAIZ o conhecimento de ponta gerado pelo RAIZ (nos Polos do Eixo mais recente Clube UNESCO em Portugal. e da Herdade de Espirra) e a natureza particular da Quinta de Os Clubes UNESCO são um reconhecimento do Governo PortuSão Francisco (local onde se situa o RAIZ). guês e da Comissão Nacional das Nações Unidas a organizações O projeto “Floresta do Saber” pretende divulgar novos procom projetos que vão ao encontro das missões e valores que vidutos derivados da floresta (resultantes da IDI&T), com origem sam a divulgação da Educação, da Ciência e do Conhecimento, da em fontes renováveis, promovendo padrões de vida mais sustenConservação e promoção do Património e Herança Cultural e ODS táveis nas gerações do futuro e contribuindo para a redução da – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que torna estas orpegada ecológica. Procura, também, sensibilizar para a importânganizações e/ou projetos em extensões da atividade da Comissão cia das florestas plantadas, que assumem um papel fundamental Nacional da UNESCO, promovidas como best practices a nível na preservação das florestas naturais, e alertar para a relevância 28
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dos bioprodutos onde o papel e os materiais celulósicos se inserem. Numa altura de crescente consciencialização mundial para as alterações climáticas, estes bioprodutos conquistam um lugar de relevo dentro do paradigma da sustentabilidade e da economia circular, e cuja origem em matérias-primas naturais e renováveis são capazes de substituir os de proveniência fóssil, como o plástico. O “Floresta do Saber” pretende, assim, que as gerações atuais e futuras tenham experiências enriquecedoras num ambiente florestal bio diverso. Dar a conhecer o património histórico-natural que constitui a Quinta de São Francisco (espaço florestal com 14 hectares, mais de 400 espécies de flora e centenas de árvores nativas e exóticas, habitat para inúmeras espécies animais e uma das bases para a educação ambiental e para o conhecimento da floresta portuguesa); contribuir para a valorização e proteção das florestas e da biodiversidade, promover a discussão sobre políticas públicas e conhecimento da bio economia; sensibilizar para a importância das florestas como fonte renovável de produtos naturais, recicláveis e biodegradáveis; introduzir o conceito de bio refinarias; e permitir a realização de experiências laboratoriais que despertem a curiosidade e o interesse pelo tema da floresta são outros dos objetivos que fazem parte do “Floresta do Saber”. Carlos Pascoal Neto, diretor geral do RAIZ, considera que “este é um reconhecimento, com elevada visibilidade nacional e internacional, ao trabalho realizado pelo do RAIZ no domínio do Conhecimento, da Educação, da Ciência e da Sustentabilidade”, reforçando que “outros benefícios da in-
tegração do RAIZ na Rede Portuguesa dos Clubes UNESCO são as sinergias com a rede nacional e internacional da organização, com ganhos relevantes no desenvolvimento das atividades previstas, além de ser, também, uma oportunidade para uma colaboração mais estreita e dinâmica com a UNESCO internacional”. Em Portugal, o primeiro Centro UNESCO foi criado em 1989, no Porto. Atualmente, a rede portuguesa de Clubes UNESCO conta com 64 Clubes, de Norte a Sul do País. Mais informações sobre a Rede Portuguesa de Clubes UNESCO estão disponíveis em https://www.rpcu.pt/.
O RAIZ – Centro de I&D e transferência de conhecimento, promotor do desenvolvimento sustentável e da bioeconomia baseada na floresta do eucalipto, é um centro de investigação privado, sem fins lucrativos, reconhecido como entidade do Sistema Científico e Tecnológico Nacional e como Centro de Interface - Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia. Desenvolve as suas atividades, visando a produção e transformação de conhecimento em produtos, tecnologia e serviços nos domínios da floresta, pasta, papel e bio refinarias de base florestal. A sua ação pretende otimizar, numa ótica de custo/benefício, as vantagens competitivas da fileira silvo-industrial nacional e da The Navigator Company, garantindo a sua sustentabilidade. Tem como missão contribuir para a competitividade e sustentabilidade da fileira do eucalipto.
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Está em consulta pública até 21 de março
Programa Nacional de Ação sobre gestão de fogos prevê 6.987 milhões de euros para 11 anos O Programa Nacional de Ação do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais está em consulta pública até 21 de Março, propondo um orçamento de 6.987 milhões de euros para 11 anos.
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que permitem até 2030 tratar 1,2 milhões de hectastima-se que os recursos financeiros necessários ao Programa Naciores”, inclusive assegurar que a exploração florestal de nal de Ação [PNA] terão um impacto acrescido de +371 milhões de pinhais, eucaliptais e montados são objeto de gestão euros/ano face ao despendido anualmente no Sistema Nacional de Gestão ativa e que “as áreas que arderem com mais de 500 Integrada de Fogos Rurais [SGIFR] – considerando 2019 como ano de rehectares têm planos de emergência e recuperação exeferência – passando de 264 milhões de euros para 635 milhões de euros cutados e mais de 80% dos aglomerados rurais e envolanuais, o que representa no horizonte dos 11 anos do programa uma desvente das áreas edificadas prioritários estão adaptados pesa total do SGIFR de 6.987 milhões de euros”, é referido na proposta. ao fogo”. Aprovada no Conselho de Ministros dedicado às florestas, que se reaNa orientação estratégica para modificar comporlizou na quinta-feira, a proposta de PNA concretiza, no território contitamentos, estão previstos 15 projetos que reduzem em nental português, as opções estratégicas definidas no Plano Nacional de 80% as ignições (intencionais e negligentes) nos dias de Gestão Integrada de Fogos Rurais (PNGIFR), com a estratégia 2020-2030, elevado risco de incêndio, face à média 2010-2019, indica apresentando 12 objetivos estratégicos, “através de 28 programas e 97 a proposta do PNA. projetos que permitem alcançar a visão ‘Portugal protegido de incênNa proposta é igualmente defendido que a totalidade do dios rurais graves’”. território com maior risco de incêndio deve estar coberta Elaborado pela Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais com mecanismos de vigilância e que as escolas do 1.º e 2.º (AGIF), em articulação com as entidades públicas do SGIFR, o PNA visa ciclo devem desenvolver trabalho de conhecimento sobre melhorias no desempenho dos processos do SGIFR, para atingir as meprevenção de incêndios. tas do PNGIFR, designadamente a proteção de vidas humanas, a reduCom o objetivo de gerir o risco eficientemente, através ção da percentagem dos incêndios com mais de 500 hectares, para se de 43 projetos, o programa quer que as instituições sejam fixar abaixo de 0.3% do total, e “a área ardida acumulada no período reforçadas em recursos humanos qualificados e mecanismos da década seja inferior a 660.000 hectares”. de governança e gestão do risco, para que “em 2023 cerca de Para valorizar os espaços rurais, dispondo o país de um sistema 80% do programa de qualificação esteja concretizado e 10.000 que monitoriza a cobertura e ocupação do solo, nomeadamente o agentes do SGIFR operem com base em formação revista e cerSistema Nacional de Informação cadastral, o programa propõe 18 tificada e que, em 2030, todas as decisões estratégicas à escala projetos, incluindo a obrigatoriedade de as partilhas serem realizaregional e sub-regional sejam informadas por análise de risco das num horizonte temporal curto. de base probabilística”. É também proposto que os 20 programas de reordenamento da “Prevê-se ainda que o dispositivo opere com múltiplas entipaisagem sejam geridos de forma conjunta por associações que dades e contabilize e divulgue os custos por evento, os reacenrepresentam os proprietários, que “são melhor remunerados pedimentos não sejam superiores a 1% e o sistema de supressão los bens e serviços que prestam e que pelo menos 20% das áreas minimize o dano potencial e gere de forma eficiente os recursos geridas vejam “reconhecida a gestão por sistemas de certificação e a exposição ao risco (este expresso em euros)”, aponta o PNA. florestal”. No sentido de cuidar do território, o PNA prevê “21 projetos 30
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Na segunda Conferência da Estrela de 2021
Ministra da Coesão Territorial diz que interior precisa de “um olhar mais atento” A ministra da Coesão Territorial disse que o interior “precisa de um olhar mais atento” e considerou o Geopark Estrela um exemplo de como os atores locais “são os mais importantes no desenvolvimento dos territórios”.
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a minha perspetiva, os diagnósticos estão feitos e as causas estão identificadas. O interior precisa de um olhar mais atento, por parte do poder público, político e mediático”, afirmou Ana Abrunhosa na segunda Conferência da Estrela de 2021, com o tema “Territórios do Interior: Desafios e oportunidades”, que foi hoje organizada ‘online’ pela Associação Geopark Estrela, com sede na Guarda. Segundo a governante é preciso “perceber que modelo de desenvolvimento” se pretende para as regiões do interior do país. “Se é um modelo de mão estendida, do interior contra o litoral ou apenas da valorização dos recursos endógenos. Ou, pelo contrário, aquele modelo que acredita que a não valorização devida do interior prejudica o país como um todo, na sua globalidade, que o interior tem um enorme potencial por explorar, e que a não exploração desse potencial empobrece o país como um todo”, explicou. Na sua intervenção também referiu que o interior “tem qualidade de vida e segurança” que permitem que se crie valor, a partir dos recursos endógenos, mas também a partir da ciência e da tecnologia.
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Considerado um investimento prioritário no “Plano de Recuperação e Resiliência”
Acesso de Sever do Vouga à A25 deverá estar concluído até 2026 O acesso rápido de Sever do Vouga à A25, uma das reivindicações e anseios dos autarcas de Sever do Vouga das últimas décadas, pode avançar em breve, pois está contemplado no Plano de Recuperação e Resiliência, que está em discussão pública.
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onsiderado um investimento prioritário, o plano prevê a sua conclusão até 2026, pelo que os trabalhos deverão avançar ainda este ano, nomeadamente ao nível do planeamento. Esta é uma obra que, nos últimos anos, tem vindo a ser debatida e discutida pelos vários executivos da Câmara de Sever do Vouga, existindo um consenso alargado quanto à necessidade da sua construção, uma vez que é fundamental e crucial para o concelho a materialização deste acesso. A sua construção, além de ir desviar o trânsito de pesados da vila e todos os constrangimentos causados, vai permitir uma maior rapidez no escoamento dos produtos das fábricas instaladas, nomeadamente no setor da metalomecânica pesada, reduzindo os custos associados. Para além disso, irá facilitar e permitir mais investimento no concelho, assim como a fixação de trabalhadores vindos de concelhos limítrofes, colmatando assim a falta de mão de obra sentida pelos empresários locais. O presidente da Câmara de Sever do Vouga exalta a decisão, salientando que “foi uma agradável surpresa e é o culminar de anos de reuniões e de pressão sobre os diversos governos”. Sobre o estado do projeto, António Coutinho adianta que “já existe um estudo de impacto ambiental, bem como está já definido o trajeto, faltando o projeto final de construção para que a obra seja lançada a concurso”. O edil mostra toda a “confiança na realização desta obra”, pelo facto de “a mesma integrar o Plano de Recuperação e Resiliência, sendo uma garantia do seu financiamento, dado que este plano considera, acima de tudo, obras estruturantes para o país”. Para António Coutinho, a construção deste acesso elimina alguns “constrangimentos, face ao crescimento e fixação de empresas no concelho”, com os empresários locais a queixarem-se “das acessibilidades e a falta de espaço nas áreas de acolhimento empresarial”. Com este acesso, acrescentou o autarca, “já está definido e previsto no PDM uma área de acolhimento maior, que permita a vinda de mais empresas e maior investimento, criando assim riqueza e mais emprego para o concelho”, conclui o presidente da autarquia severense. Comissão Municipal de Sever do Vouga aprovou plano para a floresta do concelho A Comissão Municipal de Defesa da Floresta (CMDF) de Sever do Vouga aprovou o novo Plano Municipal de Defesa da Floresta contra incêndios, que agora segue agora para validação no Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). A reunião decorreu por videoconferência, no final da qual foi emitido um parecer favorável, após algumas alterações sugeridas, ao Plano Municipal de Defesa da Floresta contra incêndios (PMDFCI) para o período de 2021 a 2030. Este visa operacionalizar ao nível local e municipal as normas contidas na legislação DFCI, em especial no Decreto-Lei n.º 124/2006 de 28 de Junho, na sua redação atual e legislação complementar. O documento seguiu para emissão de parecer vinculativo do ICNF, sendo depois colocado em discussão pública, bem como a sua aprovação em Assembleia Municipal e publicação no Diário de República. O presidente da Câmara de Sever do Vouga, António Coutinho, adianta ainda que o plano agora discutido e aprovado pela faz uma análise à situação do concelho e adianta medidas sobre a forma de atuar na área da prevenção e do combate a incêndios. 32
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Apresentado num webinar em Sever do Vouga
Livro mostra “O Património histórico e arqueológico do Vale do Vouga”
“A importância do Património para o desenvolvimento local” foi o tema de uma mesa redonda, em formato webinar, durante a qual foi apresentado o livro “O Património histórico e arqueológico do Vale do Vouga”
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sessão online contou com António Coutinho, presidente da Câtrabalho desenvolvido durante a construção da barragem, mara de Sever do Vouga; Pedro Pina Nóbrega, coordenador do e os resultados agora obtidos, bem como a interligação Museu Municipal de Sever, bem como Paulo Ferreira, presidente da com os investigadores convidados que para aqui venham. Câmara de Oliveira de Frades, e Filipe Soares, Técnico Superior desta O presidente da Câmara de Sever do Vouga referiu que autarquia, que discutiram “A importância do Património para o desenfalar do seu concelho é falar também de património, consivolvimento local”. derando mesmo que Sever tinha já um património relevanMais de 150 participantes assistiram à cerimónia, que durou cerca te na área do megalitismo e da arte rupestre, valorizandode três horas, e onde foram debatidos temas de grande interesse e -se ainda mais agora com os achados do paleolítico, o que que estão resumidos no livro agora lançado. permite conhecer mais um pouco da história do território. Depois das boas vindas na sessão de abertura pela entidade anfiAntónio Coutinho salientou que estes achados só vêm dar triã, a EDP, promotora do livro, e Suzana Menezes, diretora da Direforça e reforçar o investimento feito na área turística natução Regional de Cultura do Centro; Joel Cleto, autor e apresentador ral e patrimonial ao longo dos anos em diversas intervenções. da série “Caminhos da História” do Porto Canal, abriu a primeira Para o presidente da autarquia severense, este livro é um insmesa redonda, com o tema “O Património no âmbito do projeto do trumento de valorização do património e de transmissão de Aproveitamento Hidroelétrico de Ribeiradio-Ermida” conhecimento, felicitando a EDP Produção pela sua edição em Pedro Pina Nóbrega, coordenador do Museu Municipal de Sever colaboração com a Direção Regional de Cultura do Centro. do Vouga, defendeu que a reserva arqueológica a implementar em O livro não sendo comercializado, estará disponível para conCouto de Esteves, além de um simples depósito de material arsulta no Centro de Documentação do Museu Municipal de Sever queológico, será também um espaço de trabalho para acolher indo Vouga. vestigadores, havendo também uma componente expositiva. Este responsável adianta ainda que esta reserva arqueológica terá um papel na mediação patrimonial, no que tange aos achados, numa forma de dar a conhecer, à comunidade local, a importância do www.gazetarural.com
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Curtas UA integra projeto europeu sobre alimentação saudável Contribuir para a educação nutricional e alimentar da população, especialmente os mais jovens, recuperando alimentos e produtos tradicionais de vários países, e preservando técnicas ancestrais de conservação, confeção e consumo. Estes são os grandes objetivos do FairFood, um projeto europeu focado na Dieta Mediterrânica e que tem no consórcio responsável a Universidade de Aveiro (UA). Os resultados do projeto dirigem-se a toda a população interessada em melhorar a sua saúde e qualidade de vida. Tem, no entanto, o objetivo especial de sensibilizar as gerações mais jovens, nomeadamente através da criação de um conjunto de recursos didáticos concebidos para estudantes do ensino profissional dos ramos de hotelaria e cozinha. O FairFood contempla ainda uma plataforma educativa multilingue de acesso livre que funcionará como repositório de conhecimentos sobre o património cultural gastronómico dos países do Mediterrâneo. O projeto FairFood, coordenado pela Universidade de Málaga, enquadra-se no âmbito do programa Erasmus+ e conta com vários Parceiros Associados de referência em Portugal: a ANESPO - Associação Nacional das Escolas Profissionais, a ACPP - Associação dos Cozinheiros Profissionais de Portugal, a APN - Associação Portuguesa de Nutrição, e a EPA - Escola Profissional de Aveiro. A equipa da UA, composta por docentes do ISCA-UA, confia nos resultados do projeto enquanto dinamizador de práticas educativas inovadoras no Ensino Profissional, contribuindo para a formação e bem-estar da comunidade. “O projeto FairFood acompanha as iniciativas de internacionalização da UA em áreas relevantes a nível global, como a recuperação de hábitos alimentares mais saudáveis, com alimentos de cada estação, numa cultura de proximidade”, refere Cláudia Santos, uma das investigadoras responsáveis pelo projeto. Câmara de Almeida cria “Cartão Municipal Mais Família”
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Câmara de Almeida criou um regulamento municipal que permitirá dar apoio às famílias numerosas e incentivar à natalidade no concelho. A autarquia presidida por António José Machado justifica a criação do ‘Cartão Municipal Mais Família’ com o “envelhecimento e a diminuição da taxa de natalidade” que se tem verificado nos últimos anos no município raiano. E com a introdução desse apoio a edilidade pretende conceder benefícios para as famílias numerosas e incentivos à natalidade, à adoção e à fixação de novos agregados familiares através de “descontos em produtos e serviços da autarquia, promovendo e melhorando a qualidade de vida dos munícipes”, adiantou. Segundo o texto publicado em Diário da República, para as famílias numerosas haverão ajudas nas taxas sobre o consumo de água e desconto de 50 por cento em entradas para “espetáculos culturais desportivos e recreativos organizados pelo município, bem como nos museus municipais, nos tratamentos termais e SPA do complexo das Termas Fonte Santa”. Também existirá “redução de 50 % no transporte integrado (Inter-freguesias) para todos os elementos do agregado familiar”. Nas medidas de incentivo à natalidade será atribuído o valor de mil euros para o primeiro filho e de 1.250 euros para o segundo filho e seguintes.
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Câmara de Penalva do Castelo entregou vouchers para compras
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Câmara de Penalva do Castelo entregou vouchers para compras no comércio local às famílias do concelho. A medida foi tomada pelo executivo como forma de responder à crise provocada pela pandemia da Covid-19 e apoiar as famílias economicamente mais vulneráveis. A autarquia liderada por Francisco Carvalho refere que os vouchers abrangeram um total de 147 famílias e 426 pessoas, num investimento de 7.920 euros. Os vouchers, entregues no valor de 50 euros para agregados familiares de até quatro pessoas, foram majorados em mais 20 euros por um familiar a mais. Eduardo Madeira dá “a cara” pelo Queijo Serra da Estrela DOP de Fornos de Algodres
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duardo Madeira é o rosto da nova campanha do Queijo Serra da Estrela DOP, de Fornos de Algodres. O humorista, escritor, argumentista e ator é um fã confesso de petiscos e sobejamente conhecido e acarinhado pelo público, dada a sua imagem sempre tão bem-disposta e acessível, foi a escolha para dar a cara pelo Queijo Serra da Estrela. “No Bom sabor da Serra achámos que é tão fácil gostar do Eduardo Madeira como gostar do Queijo Serra da Estrela DOP e ambos nos deixam de sorriso estampado no rosto”, refere a autarquia. O objetivo da campanha é dar a conhecer a plataforma a mais consumidores e mostrar que é muito simples ter o verdadeiro Queijo Serra da Estrela DOP, em casa, sem sair de casa, encomendando diretamente online, tal como Eduardo Madeira. A feira, exclusivamente online em www.obomsabordaserra.pt, decorre durante todo o mês de Março Concurso Barcelos Florido está de volta e promete colorir as ruas da cidade
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concurso “Barcelos Florido”, que decorre de Abril a Julho, tem inscrições abertas até 31 de Março. Trata-se de uma iniciativa do Município de Barcelos, através do pelouro do Turismo, que tem como objetivo contribuir para a valorização estética e ambiental da cidade de Barcelos e da freguesia de Barcelinhos, promovendo o embelezamento e a decoração das janelas e varandas com flores e plantas naturais. Este é um evento que se estende a áreas mais afastadas dos centros históricos, sendo uma forma de envolver a comunidade e dar vida a essas ruas, largos e avenidas, criando-lhe mais motivos de interesse e de visita. “Barcelos Florido” é um dos concursos mais antigos na região e tem sido um fator essencial de valorização da experiência do centro histórico de Barcelos, entre os meses de Maio e Junho. É já um atrativo turístico e uma das imagens de marca da cidade de Barcelos neste período, que passou a ser vista pelo imaginário turístico como cidade “florida e colorida”. Por outro lado, abarca o período da Festas das Cruzes, uma festividade, também ela, muito ligada às flores.
Um investimento de 6,8 milhões de euros
CIM Viseu Dão Lafõe quer construir 38 quilómetros
de ciclovias ou vias pedonais
A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões quer construir 38 quilómetros de ciclovias ou vias pedonais no perímetro urbano dos seus 14 municípios, no âmbito de uma candidatura ao Programa Operacional (PO) Centro 2020.
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CIM explica em comunicado que submeteu ao PO Centro 2020 a candidatura “Mobilidade Suave em Viseu Dão Lafões - Projecto Intermunicipal de Promoção da Mobilidade Urbana Multimodal Sustentável”. “Com um montante de investimento previsto de 6,8 milhões de euros, esta candidatura tem como objectivo reforçar a aposta em acções de descarbonização do território, com especial enfoque no transporte nas zonas urbanas, através da promoção da mobilidade urbana multimodal sustentável”, justifica. Neste âmbito, para além da construção dos 38 quilómetros de ciclovias ou vias pedonais, está prevista a aquisição de modos de transporte não motorizados para uso público. Esta medida será “associada à constituição de uma rede pública de bicicletas para uso partilhado”, que prevê, para já, “a disponibilização de mais de uma centena de bicicletas partilhadas, 41 estações e 320 docas”, explica a CIM Viseu Dão Lafões. “A implementação de uma plataforma de mobilidade de suporte à operação e gestão da mobilidade no território, incluindo os transportes públicos e transporte flexível”, e “a integração de todas as soluções de mobilidade do território numa aplicação móvel destinada ao cidadão”, são outras medidas, acrescenta. Segundo o secretário executivo da CIM, Nuno Martinho, o objectivo desta candidatura é dinamizar, um pouco por todo o território, “a adopção de uma política de mobilidade de baixo teor carbónico, tendo presente as vantagens ambientais, sociais e económicas que a adopção de políticas públicas de protecção do meio ambiente e de valorização dos recursos endógenos tem na melhoria da qualidade de vida de todos os munícipes”. “Com esta iniciativa, a que se juntam outras já desenvolvidas e a desenvolver, pretendemos tornar a nossa região mais desperta e activa para atitudes ambientalmente mais responsáveis” e também “criar condições mais favoráveis para a utilização da bicicleta”, sublinha. www.gazetarural.com 35
Nas áreas da Saúde, Educação e reabilitação urbana
Nelas recebe investimentos superiores a 10 milhões de euros O município de Nelas vai receber investimentos superiores a 10 milhões de euros em Saúde e Educação. “Estamos a falar de um investimento de 10 a 11 milhões de euros nas quatro infraestruturas e a Câmara de Nelas terá de suportar do seu orçamento municipal entre um, a um milhão e meio de euros, mas é uma oportunidade histórica nas principais infraestruturas da área da saúde e educação”, defendeu o presidente da Câmara, José Borges da Silva.
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Neste sentido, defendeu que “é uma oportunidade stá em causa as requalificações dos centros de saúde de Nelas e de de ouro aproveitar estes fundos comunitários que comCanas de Senhorim, edifícios da década de 70 do século XX, e as esparticipam em 85% as obras e no caso das escolas pode colas secundárias das mesmas localidades, que remontam aos anos 80 do ser protocolado com que dos outros 15% sejam suportamesmo século. dos em 7,5% pelo Ministério da Educação”. “Dos contactos que tenho tido com os Ministérios da Educação e da José Borges da Silva adiantou que há outras obras em Saúde, o município de Nelas tem a garantia do financiamento para as curso, nomeadamente em Santar, onde arrancou a consobras de requalificação e modernização da Escola Secundária de Nelas, trução do Centro de Artes de Vinho e do Espaço em Santar, um investimento de cerca de quatro milhões, e a de Canas de Senhorim, uma obra da Câmara, que “tinha um projeto inicial de 1,5 prevista em três milhões”. “Vai havendo obras de manutenção, mas as ME, mas como no concurso ficou deserto, foi reprogramado infraestruturas não correspondem à modernidade do ponto de vista de o projeto”. “Esta obra acompanha um investimento grande eficiência energética, da informática, da comodidade e da modernidaprivado que está a acontecer em Santar no âmbito do turisde. Após estas obras, ficaremos com escolas para os próximos 30, 40 mo e, por isso, tem o apoio de 400 mil euros do Turismo de anos”, considerou Borges da Silva. Portugal, sendo que o projeto custa à volta de um milhão, Na área da saúde, as requalificações também recaem sobre Nelas mas a construção civil custa à volta de 800 mil” euros, espee Canas de Senhorim, onde “os centros de saúde são ainda mais vecificou. lhos do que as escolas e aí é mesmo preciso intervir a vários níveis, Para Maio estão agendadas as requalificações do Mercado como o aquecimento, telhados e informática”. Municipal de Nelas, no valor de 460 mil euros, e da Avenida “A Câmara tem dado todo o apoio em várias coisas, porque é João XXIII, de 770 mil euros, obras no âmbito do Programa de para benefício dos munícipes, mas para estas grandes requalifiAção de Reabilitação Urbana (PARU) do Centro 2020. cações tínhamos de contar com financiamento e aproveitámos agora, antes de passarem para a orla da gestão municipal, obrigatoriamente em Abril de 2022”, disse, lembrando que a autarquia não tinha aceitado a transferência de competências. 36
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Aprovadas sete candidaturas no contexto do Programa Operacional Centro 2020
Há quatro milhões de euros para monumentos em Coimbra e Viseu
Quatro milhões de euros vão ser investidos para criar melhores condições de acesso a bens culturais, através da reabilitação, salvaguarda, conservação, restauro e valorização de sete monumentos nacionais dos distritos de Coimbra e Viseu. Na cidade de Coimbra, tiveram também início obras que visam a conserSegundo a Direção Regional de Cultura do Centro vação e beneficiação da Igreja do Carmo e do seu valor patrimonial, com um (DRCC), nos últimos meses, foram aprovadas sete custo total de 203.970 euros, que devem terminar daqui a um ano. candidaturas no contexto do Programa Operacional Em Mangualde, no distrito de Viseu, em Outubro de 2020, arrancou a Centro 2020. Destes projetos, já se encontram em intervenção na igreja do Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão, devido execução as obras do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha à necessidade de suster a sua ruína. Orçada em 500 mil euros, a obra deve (Coimbra), da igreja do Mosteiro de Santa Maria de estar concluída no final deste ano. Maceira Dão (Mangualde) e da Igreja do Carmo (CoimA DRCC conta arrancar, em Abril, com as obras no Mosteiro de Celas bra). (271.402 euros) e na Sé Nova (415.522,50 euros) de Coimbra. No Mosteiro Até ao final do primeiro semestre deste ano devem de Celas, “além da revisão e substituição de elementos danificados no iniciar-se as obras no Mosteiro de Celas, de Coimbra, na revestimento em telha cerâmica, a intervenção abrange ações de conserSé Nova e na Sé Velha da mesma cidade e também na Sé vação e restauro no âmbito da estabilização de elementos em pedra” e de Viseu. “Em 2022, a Região Centro terá ao seu dispor deverá terminar daqui a um ano. Na mesma altura, devem estar concluíum património requalificado e com melhores condições das as obras na Sé Nova, que garantirão “as reparações e o desenvolvipara assegurar a salvaguarda e promoção de parte da sua mento de mecanismos necessários à proteção e salvaguarda do imóvel”. história e identidade e, de igual modo, um património vaNa Sé Velha de Coimbra, a intervenção (orçada em 410.140,95 euros) lorizado que irá contribuir para superar os desafios que se deverá arrancar no primeiro semestre de 2021 e durar um ano. Estão avizinham do ponto de vista do desenvolvimento e promoprevistas “reparações e o desenvolvimento de mecanismos de proteção territorial”, sublinha a diretora regional de Cultura do ção da envolvente do edificado”. Centro, Suzana Menezes. O montante mais avultado (1.348.097,96 euros) destina-se às obras A responsável alerta que, no entanto, “há ainda muito a na Sé de Viseu, cujo concurso público já foi lançado. Esta é uma infazer, porque a preservação e salvaguarda patrimonial é um tervenção considerada estruturante, “que resultará na melhoria das trabalho continuado no tempo”. Neste âmbito, a Estratégia condições de fruição deste espaço através de ações de salvaguarda Regional de Cultura 2030 tem como um dos seus objetivos “a do património, com particular foco na sua capacitação para o acesso reabilitação, valorização e dinamização do património cultude pessoas com mobilidade reduzida”. ral através de um plano sistemático, de escala regional, que A DRCC sublinha que estas sete intervenções são “estratégicas no atenda às necessidades do património móvel e imóvel, matequadro da capacidade de atração e desenvolvimento territorial”, rial e imaterial da região Centro”, acrescenta. sendo a sua concretização uma prioridade. Paralelamente, a DRCC Orçadas em 641.721,21 euros, as obras no Mosteiro de Sanestá a acompanhar mais 57 projetos de reabilitação de património, ta Clara-a-Velha -- consideradas necessárias na sequência das através de protocolos celebrados com municípios e outras entidacheias ocorridas em 2016, que provocaram danos significativos des públicas e privadas. no imóvel - começaram em Maio de 2020 e devem ficar concluídas em Setembro deste ano. www.gazetarural.com
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Feira virtual vai ndecorrer entre os dias 20 de Abril e 3 de Maio
Vinhos do Dão mais perto dos consumidores
CA Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR do Dão), em parceria com a CIM Viseu Dão Lafões, vai realizar uma Feira de Vinhos do Dão na plataforma DOTT, entre os dias 20 de Abril e 3 de Maio.
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uma altura em que o setor vitivinícola é afetado pelo impacto da pandemia, a CVR do Dão e a CIM Viseu Dão Lafões promovem os vinhos da região num evento virtual, no sentido de aproximar os produtores do consumidor final. Assim, para todos aqueles que já são fãs dos Vinhos do Dão e para aqueles que ainda estão a descobrir os verdadeiros tesouros do Dão, podem aceder entre os dias 20 de Abril e 3 de Maio à plataforma DOTT, onde irá decorrer a iniciativa. “O digital tornou-se fundamental durante o confinamento e uma vez que nem todos os nossos produtores possuem loja online, decidimos avançar com esta Feira de Vinhos do Dão de forma a aproximar ainda mais os con-
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sumidores dos nossos vinhos. De realçar que esta plataforma DOTT contém, por iniciativa da CIM Viseu Dão Lafões, um espaço próprio não só para os vinhos do Dão como para outros produtos endógenos da região que continua disponível depois da campanha, refere Arlindo Cunha, presidente da CVR Dão, acrescentando que a instituição “se tem adaptado aos novos tempos para continuar a promover o trabalho dos produtores da região”. A plataforma DOTT, detida pela Sonae e os CTT, é umas das maiores plataformas de e-commerce em Portugal, com um tráfego médio mensal de um milhão de visitas.
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Também disponível no portal Sapo, em https://www.sapo.pt/noticias/voz, e em Factiva, do grupo Dow Jones, em https://professional.dowjones.com/factiva/
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