Director: José Luís Araújo | N.º 209 | 15 de Setembro de 2013 | Preço 2,00 Euros
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MIRTILO
Campo Experimental em Sever de Vouga
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O utros destaques
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Sever de Vouga
Manchete
Campo Experimental de Pequenos Frutos
Foi inaugurado o Campo Experimental de Pequenos Frutos, em Sever do Vouga, uma iniciativa da Associação para a Gestão, Inovação e Modernização do Centro Urbano de Sever do Vouga (AGIM), que visa aumentar o conhecimento técnico-científico na fileira dos pequenos frutos, com particular destaque para a cultura do mirtilo.
Moimenta da Beira
Expodemo de 20 a 22 de Setembro
A maçã será o tema central da Expodemo, certame de actividades económicas do concelho de Moimenta da Beira, que decorrerá de 20 a 22 de Setembro, que quer afirmar-se “como uma feira que, em termos regionais, promova um conjunto de produtos onde somos muito bons em termos nacionais”.
Arouca - Feira das Colheitas
As ruas de Arouca vai voltam a encher-se de visitantes, atraídos pela Feira das Colheiras, que ocorre de 26 a 29 de Setembro, onde as gentes da terra celebram o fim da jornada, que culminou com o fruto do seu trabalho arrumado.
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Nelas - Centro Interpretativo do Dão
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Guarda - CVR Beira Interior tem nova sede
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Vai chamar-se “Nelas Wine & Culture – Lusovini by Pedra Cancela” e será o Centro Interpretativo da Vinha e do Vinho do Dão, que terá como função divulgar a região e o seu vinho, assumindo-se como referência do enoturismo do Dão.
Foi assinado entre a Câmara da Guarda e a Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI) o contrato de cedência do edifício dos antigos Paços do Concelho, na Praça Velha, que permitirá a instalação dos serviços da CVRBI até do final do ano.
Valpaços
Vinhos de Trás-os-Montes à conquista do Brasil
A Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM), com sede em Valpaços, fez mais uma incursão por terras de Vera Cruz, no sentido de divulgar e promover os vinhos daquela região. Depois de um primeiro ‘assalto’ ao Rio de Janeiro e S. Paulo, desta vez a opção recaiu no Recife e Rio de Janeiro.
Aveiro
Fumo dos incêndios tem partículas cancerígenas
O fumo proveniente dos incêndios florestais é altamente perigoso para a saúde pública. O alerta do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro (UA) aponta para os malefícios da mistura de gases e partículas emitida pelos incêndios.
Vila Pouca de Aguiar Feira das Cebolas
O centro de Vila Pouca de Aguiar transforma-se a 25 de Setembro numa “mega feira”, onde estarão à venda 25 toneladas de cebolas, produzidas por 40 agricultores.
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De 20 a 22 de Setembro
EXPODEMO mostra o melhor
do concelho de Moimenta da Beira Gazeta Rural (GR): O que representa a Expodemo para o concelho? José Eduardo Ferreira (JEF): A Expodemo vai começar a afirmar-se como uma feira que, em termos regionais, promova um conjunto de produtos onde somos muito bons em termos nacionais. Isto é: Moimenta da Beira e a região têm produtos nos quais somos lideres nacionais, e é preciso que, através da Expodemo e de outras iniciativas, o país saiba da qualidade dos nossos produtos, das quantidades que produzimos e da necessidade que há de continuar a apostar neles. A Expodemo é, por um lado, uma mostra regional, mas é uma montra nacional. Queremos que este certame se constitua como uma montra nacional das nossas actividades económicas, dos nossos serviços e dos nossos produtos. É por isso que temos neste evento uma amostra global das actividades da região, mas centrada na maçã, porque Moimenta da Beira é, por ventura, o concelho do país que tem as melhores maçãs e é, também, dos que mais produz. A região de Moimenta produz 100 mil toneladas de maçã por ano, o que significa metade da produção nacional. Ora, num sector que ainda é deficitário, - importamos metade da maçã que consumimos -, não há nenhuma razão para não impulsionarmos a sua produção e não melhorarmos a sua comercialização, e isso faz-se, também, através da Expodemo.
A maçã será o tema central da Expodemo, certame de actividades económicas do concelho de Moimenta da Beira, que decorrerá de 20 a 22 de Setembro, que quer afirmar-se “como uma feira que, em termos regionais, promova um conjunto de produtos onde somos muito bons em termos nacionais”. A afirmação é de José Eduardo Ferreira, presidente da Câmara de Moimenta da Beira, lembrando que no concelho se produz metade da produção nacional de maçã, considerando importante “impulsionar a sua produção e melhorar a sua comercialização”. Serão três dias cheios de animação com bandas de música alternativa, espectáculos multimédia, teatro de rua com fadistas, actores e grupos locais numa coreografia em torno da obra de Aquilino Ribeiro e das 4
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GR: O que mais destacaria neste certame? JEF: O que aqui mais se destaca é a mistura entre os nossos melhores produtos e a cultura. A Expodemo é uma exposição que tem os melhores produtos, como a maçã, o granito, o mel, os enchidos, os vinhos, os espumantes, e vai caldeando isso com actividades culturais. Temos exposições, teatro, música e um conjunto de actividades, que sendo culturais, as associamos aos produtos. A Expodemo quer manter este registo, de ser uma exposição de produtos, onde também há cultura. O que nos distingue é aliar a cultura a esses produtos de qualidade.
gentes de Moimenta da Beira; encenações de apologia à maçã, a marca e âncora da Expodemo; ilusionistas, uma mulher-estátua, um chef de cozinha, Djs e, no domingo, 22 de Setembro, dia grande com a TVI em directo do palco principal do certame a transmitir o “Somos Portugal” durante seis horas seguidas, das 14 às 20 horas. O programa inclui ainda umas jornadas agro-frutícolas, um festival de acordeão, concurso de maçã e de vídeo amador, duas exposições de pintura, uma delas com a obra do mestre José Rodrigues, e outra de Maria Teresa Bondoso, um parque infantil e quase uma centena de expositores a lotarem o recinto da Expodemo. “Queremos que a Expodemo se constiGR: No sector primário, o que gostaria tua como uma montra nacional das nossas de ter feito e não conseguiu concretizar? actividades económicas”
JEF: O nosso sector primário tem que ser a base do nosso desenvolvimento. Tempos houve em que as pessoas quase se envergonhavam de dizer que tinham agricultura no concelho, ou que se desenvolviam a partir deste sector. Os tempos mudaram completamente e não sei se alguma vez foram benéficos. Temos que nos desenvolver a partir da nossa agricultura e à medida que progredimos vamos criando necessidades. Neste momento, temos muita necessidade de represar água para regar os pomares, exactamente porque temos aumentado muito a nossa capacidade de produção, quer por hectare, quer de área plantada. Gostava de ter conseguido neste mandato represar água para rega. Isso não foi possível, mas espero vir a fazê-lo. Outra coisa que gostava de ter feito mais era investimento nas acessibilidades agrícolas, que são muito importantes para as pessoas circularem com facilidade para as suas propriedades. Os nossos pomares são as nossas fábricas e não se pode admitir que não tenham acessibilidades condignas. Aliás, não se admitiria, no resto do país, que as pessoas fossem para as fábricas por caminhos esburacados. Neste mandato fizemos um conjunto de pavimentações que melhorou um bocadinho, mas se me pergunta o que gostaria de ter feito mais, era isso. Já agora, também não é compreensível, que o Estado não aposte nada nestas acessibilidades locais. Espero, todavia, que no futuro isso possa mudar. Da nossa parte haverá um maior investimento nessa área.
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Feira das Colheitas Programa DIA 26 - Quinta-feira 09:30 - Concurso Nacional da Raça Arouquesa (Coorganização da Cooperativa Agrí-
cola de Arouca) Espaço Anexo à Rotunda do Agricultor A partir das 16 horas, abertura: - Feira das Actividades Tradicionais de Arouca – Avenida 25 de Abril - Feira dos Produtos Regionais – Avenida 25 de Abril - Feira de Artesanato Internacional – Rua do Mercado - Feira de Artesanato da Entidade Regional de Turismo Porto e Norte – Alameda D. Domingos de Pinho Brandão -Tasquinhas – Parque Municipal - Feira dos Produtos do Campo – Frente ao Parque Municipal - Exposição de Pintura “Para Além da Medicina”- Biblioteca Municipal - Exposição de Fotografia “Feira das Colheitas – Retrospectiva Fotográfica” – Museu Municipal - Exposição de Escultura “Para Além da Medicina” – Museu Municipal - Exposição de Máquinas Agrícolas – Frente ao Museu Municipal - Vivências Agrícolas – Cerca do Mosteiro de Arouca - Exposição de Gado – Cerca do Mosteiro de Arouca - Exposição das Actividades Económicas – Pavilhão da Escola Secundária de Arouca (Coorganização da AECA) 16:00 – Desfile de Gado Ruas da Vila 22:00 – Concerto: QUIM BARREIROS Praça Brandão de Vasconcelos (Palco 1)
DIA 27 - Sexta-feira 12:30 – Almoço-Convívio entre os Sócios da Cooperativa Agrícola de Arouca, com Distribuição dos Prémios dos Diversos Concursos (Org.: Cooperativa Agrícola de Arouca) Restaurante Local 15:00 – Concurso da Broa “A Melhor Broa Caseira 2013” Cerca do Mosteiro de Arouca 16:00 – Encontro de Empreendedorismo “Colher Empreendedores” Org.: GIP de Arouca Pavilhão da Escola Secundária de Arouca 18:00 – Concurso/Prova do Vinho Verde de Arouca Pátio Interior do Mosteiro de Arouca 21:00 – Encontro de Concertinas Praça de Brandão de Vasconcelos (Palco 1) 22:00 – Concerto de Música Tradicional: RONDA DOS QUATRO CAMINHOS com a Participação Especial do Cultural, Recreativo e Desportivo de Santa Maria do Monte e do Grupo Etnográfico de Moldes de Danças e Corais Arouquenses Terreiro de Santa Mafalda (Palco 2) 23:00 – CANTARES AO DESAFIO – Com o Duo Adília Ribeiro e Américo Silva Com o Duo Maria do Carmo e Domingos Soalheira Praça Brandão de Vasconcelos (Palco 1)
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DIA 28 - Sábado 08:00 - Feira Tradicional Espaço da Feira Quinzenal 09:30 – Torneio Interassociações de Jogos Tradicionais Cerca do Mosteiro 14:30 – Passeio Colheitas BTT 2013 (Org.: BTT AROUCA) Local de Concentração: Praceta das Laranjeiras 15:00 - Concerto pelas Bandas Musicais de Arouca e de Alvarenga Praça Brandão de Vasconcelos (Palco 1) 15:00 – Chega de Carneiros (Coorganização da Cooperativa Agrícola de Arouca) Espaço Anexo à Rotunda do Agricultor 15:30 – Chega de bois (Coorganização da Cooperativa Agrícola de Arouca) Espaço Anexo à Rotunda do Agricultor 21:30 - Concerto pelas Bandas Musicais de Arouca e de Figueiredo Praça Brandão de Vasconcelos (Palco 1) 22:00 - Desfolhada, seguida de Baile com os “FINFAS DE NESPEREIRA” Cerca do Mosteiro de Arouca 22:00 – Espectáculo de Rua “O Sonho” pelo Teatro Experimental de Arouca Parque Municipal 23:00 - Concerto: OS AZEITONAS Terreiro Santa Mafalda (Palco 2) 00:35 – Espectáculo Piromusical Junto ao Edifício dos Paços do Concelho DIA 29 - Domingo 11:15 - Missa (Org.: Cooperativa Agrícola de Arouca) Igreja do Mosteiro de Arouca 14:00 às 20:00 – Programa da SIC em Directo “Portugal em Festa” Terreiro de Santa Mafalda 15:00 – Desfile Etnográfico com Carros de Bois e Cortejo de Açafates Ruas Centrais da Vila 15:30 - Actuação de Ranchos Folclóricos: - Infantil da A.C.R. de Mansores - Casa do Povo de Alvarenga - Provisende - As Lavradeiras de Canelas - As Lavradeiras de Mosteiro Praça Brandão de Vasconcelos (Palco 1) 21:30 - Desfile e Actuação de Ranchos Folclóricos: - Casa do Povo de Arouca - Etnográfico de Moldes - Lourosa de Matos - Fermêdo e Mato - Infantil da Casa do Povo de Arouca Praça Brandão de Vasconcelos (Palco 1) 00:00 - Sessão de Fogo de Artifício Junto ao Edifício dos Paços do Concelho
De 26 a 29 de Setembro
Arouca sai à rua para a Feira das Colheitas As ruas de Arouca vai voltam a encher-se de visitantes, atraídos pela Feira das Colheiras, onde as gentes da terra celebram o fim da jornada, que culminou com o fruto do seu trabalho arrumado. Depois de a semente ter sido lançada à terra, os campos voltaram a ficar verdejantes, e com mais ou menos chuva, com mais ou menos sol, os frutos foram pontuando a vasta paisagem agrícola de Arouca. Agora é tempo de festejar o fim de um ciclo de vida. Tempo de reencontros. Arouca volta a sair à rua para dar vida à Feira das Colheitas. De 26 a 29 de Setembro a festa é feita à mesa, com o sabor do arouquês bem presente e com a doçaria conventual como sobremesa. Depois, os motivos para a boa disposição não faltam, com exposições, concertos, feiras e, claro, o folclore e a etnografia sempre presentes.
“A Feira das Colheitas é a celebração da vida”
Arouca volta a sair à rua para celebrar a colheita. Chega ao fim o ciclo iniciado com a semente lançada à terra, que foi germinando, cuidada pelo agricultor. A planta cresceu, floresceu, deu fruto. A Feira das Colheitas é isto mesmo: a celebração da vida. Saímos à rua, revemos rostos que, muitas vezes, só nesta altura é possível reencontrar. Convivemos como se todos estivéssemos em casa, porque nós arouquenses vivemos esta festa assim. A Feira das Colheitas é algo nosso, que traduz bem a nossa identidade. Que transmite bem a mensagem de que, apesar das contrariedades, apesar das dificuldades, podemos dar uma resposta positiva, e responder à altura. Quando, há quase 70 anos, em plena II Guerra Mundial, Arouca via os seus campos abandonados, a sua etnografia quase esquecida e a sua população a braços com uma crise como
nunca havia vivido, o Grémio da Lavoura, na pessoa do seu presidente, António de Almeida Brandão, tomou a dianteira, e avançou com este certame, que rapidamente fez com que os campos voltassem a dar vida a este ciclo, da semente à colheita. Hoje, voltamos a sentir esse fantasma da crise, mas este exemplo, com 70 anos de vida, faz-nos perceber que há vida para além dessa crise, que há respostas firmes que podemos dar, se para isso estivermos disponíveis. A Feira das Colheitas é a prova viva de que é possível prosperar, juntando esforços e estabelecendo um objectivo comum. É isso que celebramos, esse espírito empreendedor, inovador, de preservação da nossa identidade que sempre nos caracterizou. O tecido económico, a inovação, o turismo voltam a dar a conhecer os seus projectos e actividades, na exposição das actividades económicas. O artesanato, cada vez com mais expressividade e qualidade, volta a surpreender. Os produtos do campo voltam a colorir as bancas. A cerca do Mosteiro faz-nos reviver as vivências agrícolas de outrora, mostrando-nos o quanto a agricultura mudou para melhor. Voltam a música, as delícias gastronómicas. É tempo de festa. Festa que só é possível graças ao esforço e dedicação de uma equipa a quem me cabe agradecer e enaltecer o excelente trabalho. Festa que só é possível porque também você nos visita, porque também você vem à rua, porque também você vem tomar parte na festa, visitando as exposições, assistindo aos concertos, provando os petiscos. Agradeço a todos por tornarem esta festa possível. Creio que, todos, ao vivermos a Feira das Colheitas em pleno, honramos Arouca e honramos a memória dos nossos antepassados, que nos deixaram esta mensagem bem clara de que é possível ultrapassar a crise. Bem-vindos a Arouca, bem-vindos à Feira das Colheitas. José Artur Neves, Presidente da Câmara de Arouca www.gazetarural.com
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Com cerca de uma centena de produtores presentes
AGIM inaugurou Campo Experimental de Pequenos Frutos Foi inaugurado o Campo Experimental de Pequenos Frutos, em Sever do Vouga, uma iniciativa da Associação para a Gestão, Inovação e Modernização do Centro Urbano de Sever do Vouga (AGIM), que visa aumentar o conhecimento técnico-científico na fileira dos pequenos frutos, com particular destaque para a cultura do mirtilo. Localizado na vila de Sever do Vouga, o campo é composto por uma área de cerca de seis mil metros quadrados, onde, para já, estão plantados mirtilos e groselha em vaso, mas em breve irá acolher também variedades de groselha, amora, framboesa e morango em cultura protegida. O Campo Experimental de Pequenos Frutos resulta da aposta que a AGIM se encontra a efectuar no incremento do conhecimento técnico e de inovação para a fileira dos pequenos frutos em Portugal e cujo investimento roda os 68 mil euros, financiados em 40% pelo Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR). Os restantes 60% são da responsabilidade da AGIM, sendo que os terrenos onde este projecto está instalado são cedidos em regime de comodato pela Câmara de Sever do Vouga, que os adquiriu por 84 mil euros. O Campo Experimental conta com a parceria do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e de várias empresas do sector. Os objectivos gerais deste Campo Experimental passam por contribuir para o aumento da produtividade e da qualidade dos pequenos frutos a nível nacional. Desta forma, serão realizados ensaios experimentais em matérias de controlo de variedades (estados fenológicos, produção, época de colheita, campanhas, etc.), fertilização, rega, produção ao ar livre e sob coberto, produção em solo e em vaso e controlo das pragas e doenças. Além de ser um instrumento de investigação e desenvolvimento da fileira dos pequenos frutos em Portugal, a AGIM entende que o Campo será fundamental para a produção de conhecimento nesta área, com particular destaque para o mirtilo, e irá permitir que a AGIM se posicione como instituição de referência a nível nacional na fileira dos pequenos frutos. Com a entrada em funcionamento deste Campo Experimental, a AGIM dá mais um passo para se afirmar como entidade que pretende abranger e defender os interesses socioprofissionais de todos os intervenientes da fileira dos pequenos frutos em Portugal, sejam eles produtores, técnicos ou organizações de comercialização. “Tínhamos que criar este campo experimental” O presidente da Câmara de Sever do Vouga entende que para “liderar o cluster dos pequenos frutos e afirmar Sever do Vouga como Capital do Mirtilo, tínhamos que criar este campo experimental”, afirmou Manuel Soares. Para o edil, e também presidente da AGIM; “não vale a pena andar a incentivar os produtores a produzir mirtilo se depois não temos nada para fazer investigação, inovação, aumento de produtividade e melhoria do conhecimento. Queremos, por isso, que este campo experimental, em parceria com o INIAVE, seja um centro de investigação e conhecimento na área dos pequenos frutos, nomeadamente no mirtilo”. Melhorar os sistemas de poda, de rega, de fertilização, aumentar a produção, torná-la mais competitiva e com capacidade de inovação, como correu já noutros países, são os objectivos do 8
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centro. Para Manuel Soares, “temos que copiar os melhores modelos e trazer valor acrescentado”. O autarca de Sever do Vouga defende que a AGIM deve assumir um papel mais activo na fileira, admitindo que “possa vir a assumir-se como uma organização de produtores (OP)”. Os apelos à união dos produtores têm vindo de diversos lados e Manuel Soares alerta para essa necessidade. “Têm que se organizar e criar uma OP para poderem concorrer às verbas do novo quadro comunitário de apoio”, diz o presidente da AGIM, admitindo, porém, “que não é fácil”, mas “terá que ser esse o caminho e isso anda a ser dito, há algum tempo. Temos que ir por aí. Há que organizar os produtores, sem isso o caminho fica mais curto e não conseguimos ser competitivos”. A explicação para este desinteresse resulta do facto de “ainda venderem o fruto sem dificuldade”, mas “quando, no próximo quadro comunitário, não poderem concorrer a alguns fundos, que só serão disponibilizados a OPs ou a quem faça parte dela, começam a perceber que só unidos serão mais fortes e irão mais longe”, alerta aquele responsável, lembrando que “com o aumento da produção, a oferta é maior e se não forem competitivos ficam samos perceber a evolução do campo e o estado fenológico da para trás”. planta, para possamos emitir informação de natureza técnica que seja útil ao produtor”. “O ano foi bom, com uma procura muito superior à oferNa campanha que terminou recentemente trouxe alguns prota disponível de produto, nomeadamente para exporta- blemas. “Com as chuvas tardias houve fruto que apodreceu, em ção” estado da maturação (ganhou botritis) e daí resultaram algumas perdas de produção”, salientou Sofia Freitas. Mas se este foi um Sofia Freitas estava satisfeita com a adesão à iniciativa. “Tive- aspecto negativo, o lado positivo foi a comercialização, uma vez mos cerca de uma centena de pessoas na apresentação daquilo que a procura foi muita, nomeadamente no mercado externo. que pretendemos seja este campo experimental”. A inauguração “O ano foi bom, com uma procura muito superior à oferta discontou com a presença do director científico do campo, Dr. Pe- ponível de produto, nomeadamente para exportação, em Junho dro Vaz de Oliveira, para além de uma visita onde foi explicado, e parte de Julho”, frisou a responsável, salientando que países de forma pormenorizada, todo processo, desde a instalação à como a Holanda, Inglaterra, França, Alemanha, Rússia e Polónia, preparação do terreno, a compra das plantas, as variedades, os entre outros, “mostraram muito interesse no fruto nacional, por compassos, o tipo de fertilização, o tipo de matéria organiza e sua causa da nossa janela de produção”. Para além disso, o mercacolocação, a produção em túnel, vaso e ao ar livre, a colocação do nacional “tem-se mostrado muito dinâmico e o consumidor de redes antipássaros. “Mostrámos um conjunto de técnicas apli- nacional já começa a mostrar maior apetência para o consucadas no terreno, para o produtor ou potencial produtor possa mo de pequenos frutos, especialmente o mirtilo. As perspectiperceber a sua funcionalidade e as vantagens e desvantagem, vas são muito boas, pelo que a comercialização não deve ser para que no futuro melhor possa decidir”, referiu a Coordenadora uma preocupação, pelo menos nos próximos cinco a seis anos”, da AGIM. refere Sofia Freitas, lembrando que “têm é que haver capacidaCom dois meses de instalação, ainda não há conclusões a tirar. de organizativa para se conseguir ganhar escala, produzir com Todavia, Sofia Freitas diz que qualidade e exportar em quantidade”. Irão ser feitos registos “para que dentro de algum tempo pos-
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Restaurante e Hotel Rural no ambiente tranquilo da Serra da Estrela
Quinta Madre de Água é um refúgio ... com bons vinhos Situado a cinco minutos de Gouveia, junto à aldeia de Vinhó, e a pouco mais de 20 quilómetros da Torre, na Serra da Estrela, a Quinta Madre de Água é um conceito orientado para a agricultura e agropecuária, a que se junta um Hotel Rural, onde os visitantes podem desfrutar de um ambiente tranquilo, ou um restaurante onde se pode apreciar a gastronomia, que tem por base os produtos da quinta, acompanhada pelos vinhos ali produzidos. Vítor Hugo Mendes, responsável pela Quinta, explica como a mesma funciona tendo em conta as actividades que realiza, mas também a ???? Gazeta Rural (GR): Que conceito oferece a Quinta Madre de Água? Vítor Hugo Mendes (VHM): A Quinta Madre de Água é um empreendimento com core business orientado para a agricultura e agropecuária, que obviamente combina muito bem com um Hotel Rural. Os produtos Madre de Água são produzidos com a maior intervenção humana - não descorando as vantagens e eficiência da tecnologia -, de alta qualidade, destinados a consumidores informados e que vêm na qualidade a satisfação das suas necessidades. A alimentação fornecida aos nossos 10
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animais é seleccionada e a sua exploração extensiva permitindo que os animais vivam sem stress e tenham uma vida o mais saudável possível. Desta forma teremos a melhor matéria-prima e, consequentemente, o melhor produto final. O responsável pelo sector agropecuário é Jorge Lima, com mais de 30 anos de experiência com o gado ovino e caprino, que tem à sua responsabilidade 300 ovelhas, 50 cabras, 7 cavalos e várias dezenas de cães. A quinta também tem um papel na solidariedade animal. Já na exploração agrícola, a Quinta Madre de Água dispõe de uma equipa permanente, chefiada por um Engenheiro/Enólogo, que acompanha o desenvolvimento das vinhas, olival e horta biológica de forma cuidada e pormenorizada. GR: Qual a reacção dos hospedes, quando no mesmo local lhe oferecem paisagem, natureza, vinhos, ovinicultura…? VHM: O feedback que temos é extremamente positivo. Todos os hóspedes mostram um interesse extraordinário em participar e/ou observar nas actividades agrícolas e agropecuárias. Experiências como a par-
ticipação na vindima, apanha a azeitona, poda, apanha da cereja, apanha da maçã e pera, ordenha, a tosquia, o assistir ao nascimento de um borrego, o contacto com os animais, as perguntas umas vezes ingénuas outras pertinentes mostram que existe um segmento da nossa sociedade preocupado e interessado neste sector económico. Estas pessoas procuram, de facto, perceber o espírito com que nós trabalhamos e têm a possibilidade de conhecer in loco os produtos que lhes são servidos no nosso restaurante e que também podem comprar. GR: Como tem corrido o projecto? VHM: O projecto está numa fase muito embrionária, os nossos vinhos são novos mas já conseguimos perceber a reacção dos clientes, pois alguns já estão disponíveis para venda e consumo no nosso restaurante. O facto dos nossos vinhos serem os mais consumidos no nosso restaurante e vendidos para clientes que os querem levar no regresso a casa, leva-nos a crer que num futuro próximo estaremos ao nível das melhores quintas do país. O esforço dos proprietários, Maria de Lurdes Perfeito e Luís Gonçalves, numa conjuntura tão difícil como a que atravessamos, mostra o sério o empenho no projecto, sempre dedicados e com uma alta exigência em todos os departamentos do empreendimento. Os queijos e requeijão são de uma quali-
dade fabulosa e em Setembro de 2014 vamos inaugurar uma queijaria de última geração tecnológica, com sala de visitas participativas e sala de degustação. De seguida vamos arrancar com as obras da adega na Quinta da Caramuja, - uma das 4 quintas, Quinta Madre de Água, Quinta de Santo António, Quinta da Regada e Quinta da Caramuja -, pois de momento a nossa adega situa-se em Penalva do Castelo. A nova adega foi desenhada para poder receber visitas, terá uma taberna (sala de provas), uma mercearia (para compra de produtos da quinta) e, claro, será um local onde os nossos clientes vão poder perceber o espírito de trabalho e dedicação do Projecto Madre e Água. Esta adega será parte integrante de outro novo projecto, que para já vai ficar em segredo! GR: No que concerne aos vinhos, como tem decorrido o projecto? VHM: Os vinhos, como já foi referido, são extremamente novos, mas motiva-nos os prémios que temos recebido da CVR do Dão (Medalha de prata - Vinha 2011 e Ouro - Blend tinto 2012). Para além dos prémios, a maior recompensa é perceber a apreciação dos nossos clientes, que para além de o terem como escolha principal no nosso restaurante, são comprados para consumo doméstico. A partir do primeiro trimestre de 2014 estaremos certamente com um maior leque de ofertas no que diz respeito aos vinhos. GR: São apenas para consumo na quinta ou têm marca para o mercado? VHM: Como já foi referido, os vinhos neste momento são consumidos essencialmente no nosso restaurante e a venda feita aos clientes do hotel/restaurante. Apesar disso, e quando os vinhos estiverem em ponto óptimo, pretendemos alcançar mercados como o Brasil, Angola, França, Estados Unidos, China, japão e Países Nórdicos. www.gazetarural.com
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A iniciativa da Espaço Visual e a Naturalfa
Visita mostrou bons exemplos de produção de “Maça da Beira Alta“ Produtores e outros agentes ligados à fileira visitaram a região de produção de “Maçã da Beira Alta”, no sentido de aquilatarem das condições de produção, dando a conhecer pomares de macieira onde as tecnologias de produção utilizadas se traduzem em excelentes produções de maçã, quer em quantidade, quer em qualidade. A iniciativa da Espaço Visual e a Naturalfa, com o apoio da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, foi bem acolhida e deixou José Martino satisfeito, ele que tem promovido diversas iniciativas no sentido de dar maior conhecimento aos agentes desta e doutras fileiras, traduzindo-se em resultados que são uma mais-valia para todos os participantes. À Gazeta Rural, José Martino, responsável da Espaço Visual, salientou a importância desta visita, traduzida no conhecimento de “bons exemplos” e “com excelentes resultados”. Do que viu nas visitas recentes feitas no estrangeiro, José Martino trouxe uma certeza, que ao mesmo é um alerta. “Trabalhamos pouco e com pouco rigor”.
José Martino (JM): Pretendemos mostrar o que existe de melhor na produção de maçã na região e nos país e que isso sirva de exemplo para elevar o nível tecnológico, organizativo e empresarial de quem está ou se quer dedicar a esta actividade. Só vendo bons modelos é que se podem fazer boas coisas. Com isto queremos provar que pode fazer muito bem em Portugal, com excelentes resultados, quer em termos de produtividade, quer de ganhos económicos e financeiros.
Gazeta Rural (GR): Quais os objectivos desta visita?
GR: Tem levado produtores nacionais a visitar explorações, nomeadamente
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GR: Em que patamar estamos? JM: Nestas explorações estamos bem. A média do país face a outros não é famosa, mas as explorações que visitámos prova que temos matéria para evoluir no bom sentido. GR: O que nos falta para atingir produções de 60 a 70 toneladas por hectare? JM: Falta fazer as coisas bem e trabalhar. No fundo, é preciso conhecimento, organização e trabalho. São os três pilares fundamentais.
na área dos pequenos frutos, na Holanda e nos Estados Unidos. O que trouxe de lá? JM: No fundo é o mesmo que fizemos com esta visita. Vimos o que lá se faz de melhor e depois é aplicar cá a mesma tecnologia, com as adaptações respectivas. O caminho é esse. Temos que aprender com quem vai à nossa frente e depois temos que andar e queimar etapas, Não vale a pena cometermos os mesmos erros. Temos ser inteligentes, ver o que os outros fizeram, para mais rapidamente estarmos na linha da frente. GR: Como podemos queimar essas etapas com os constrangimentos que temos, nomeadamente na pequena dimensão das explorações? JM: O fazer bem ou mal não tem a ver com a dimensão da parcela e até podemos juntar várias e fazer explorações maiores. Para mim o ponto-chave é fazer bem. A dimensão pode ajudar nalguns aspectos das economias de escala, mas no fundo o que conta é o perfil do empresário, o seu rigor e sua capacidade organizativa. GR: O que fazemos menos bem? JM: Sobretudo, trabalhamos pouco e com pouco rigor.
Os vinhos mais gastronómicos do mundo Há uns anos atrás o meu estimado amigo João Paulo Gouveia convidou-me para fazer uma comunicação sobre os vinhos do Dão e a gastronomia da nossa região. Hoje, novamente pelo convite do também amigo, José Luís Araújo, deixo a minha opinião sobre o mesmo tema. Depois de ter bebido muitos vinhos e provado muitas das comidas da nossa região, algumas que eu mesmo confecionei, de ter dedicado algum do meu tempo ao estudo desta arte de harmonizar gastronomia com os vinhos do Dão, não me sinto especialista, mas sinto-me alguém capaz, com o conhecimento que obtive ao longo destes anos de experiência, de formar uma opinião fundamentada sobre este tema. A grande conclusão a que chego, tal como muitos de nós, é de que o vinho do Dão é um vinho altamente gastronómico pela sua complexidade, mas também pela sua frescura e acidez, completando a harmonização de pratos da nossa região, sendo inevitável falar de duas das grandes castas, o Encruzado e a Touriga Nacional. Proponho a sua degustação com um belíssimo Queijo da Serra da Estrela e um qualquer Encruzado do Dão, fugindo da tão apregoada fórmula de queijo e vinho tinto e, no capítulo dos vinhos tintos, em especial o Touriga Nacional a harmonização que melhor mostra a nossa autenticidade é sem dúvida com o Cabrito Assado. Outras seguirão igualmente fantásticas, como a nossa Vitela de Lafões ou o Arroz de Carqueja ou ainda um Bacalhau à Lagareiro regado com o nosso maravilhoso azeite, fazendo o equilíbrio da sua gordura com a acidez encontrada no vinho do Dão. Estas são apenas algumas sugestões que deixo. Desafio todos vós a provarem o vinho do Dão e a fazer as vossas harmonizações, sabendo que estas são dependentes do dia, local, temperatura, disposição ou até mesmo da companhia, com o sentido de serem o “melhor crítico gastronómico do mundo”, porque essa sim é a nossa certeza e não a certeza de outros. Diogo Rocha
Selecção será divulgada no próximo dia 25 de Setembro, em S. Paulo
Dirceu Vianna Júnior escolheu 50 melhores vinhos de Portugal para o Brasil O único Master of Wine sul-americano e de língua portuguesa, Dirceu Viana Júnior, vai revelar a lista dos 50 melhores vinhos de Portugal para o mercado brasileiro no próximo dia 25 de Setembro, na Casa Leopolldo Jardins, em S. Paulo. Esta é uma iniciativa integrada na estratégia de promoção dos vinhos portugueses no mercado brasileiro, associada a um investimento de um milhão de euros da ViniPortugal. Nesta selecção Dirceu Viana Júnior procurou combinar qualidade com boa relação qualidade preço. O Master of Wine degustou cerca de 460 vinhos, tendo ficado surpreendido pela homogeneidade que os vinhos portugueses oferecem, assumindo que pretende ajudar o consumidor brasileiro a descobrir os vinhos lusos e educá-lo para que este consiga apreciar vinhos mais estruturados e diferentes. Vasto conhecedor dos vinhos portugueses, Dirceu Viana Júnior afirma que “njão há outro país tão pequeno e com uma oferta tão ampla” A lista do Master of Wine será apresentada num almoço formal, entre as 12 e as 14h00, no final do qual serão divulgados os vinhos selecionados ao grupo de convidados composto por importadores, jornalistas, líderes de opinião e trade brasileiro.
No final do almoço a ViniPortugal elegerá ainda o Melhor Importador do ano, Melhor Varejista e Melhor Restaurante, 2013. A Casa Leopolldo Jardim será ainda palco de duas provas de degustação, a primeira organizada para o trade, a partir as 15h30, e a segunda aberta ao consumidor final, entre as 19h00 e as 21h00. “Consolidar a quota de Portugal no Brasil sem perda de posicionamento é o objectivo da ViniPortugal para este mercado prioritário, almejando aumentar 25% as vendas em três anos. Embora muito alinhados com os vinhos da América do Sul, os consumidores brasileiros possuem uma grande apetência pelos vinhos portugueses. Consideramos que existe ainda um longo trabalho a promover ao nível da divulgação e educação tanto dos consumidores, como do canal Horeca brasileiro para os vinhos portugueses.” destaca Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal. O mesmo responsável explica que ““ Colocar um especialista brasileiro a falar para o consumidor brasileiro é o objectivo da ViniPortugal. Sabemos que a afirmação da qualidade dos nossos vinhos por um especialista tem mais impacto e que a sua opinião credibiliza a imagem dos vinhos portugueses”. www.gazetarural.com
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Nos próximos dias 20 e 21, nas Caves Sandeman, em Vila Nova de Gaia
“Sogrape Wine Experience“ Uma viagem virtual pelo mundo do vinho Conceito inovador permitirá conhecer marcas emblemáticas num evento que também terá mais de 50 vinhos em degustação. “Imagine que viaja pelo mundo do vinho num ambiente futurista”. É assim que começa por ser descrita a grande novidade da edição deste ano da “Sogrape Wine Experience” que se realiza nos próximos dias 20 e 21 de Setembro nas Caves Sandeman, em Vila Nova de Gaia. Rompendo com o formato mais tradicional das provas de vinhos, a SOGRAPE decidiu este ano desafiar os visitantes para uma viagem virtual que dará a conhecer de forma inovadora rótulos como o Mateus Rosé, Casa Ferreirinha Barca Velha, Quinta dos Carvalhais, Herdade do Peso, entre outras marcas de Espanha, Chile, Argentina e Nova Zelândia. Os visitantes são convidados a entrar numa estrutura – Dome – instalada no Largo Sandeman, e a partir daí serão surpreendidos com uma experiência multimédia inédita no sector português do vinho. Durante alguns minutos serão conduzidos por uma dezena de atmosferas distintas, de terroirs de produção a momentos de consumo, através de uma ousada linguagem de prova que pretende seduzir novos e potenciais públicos. Noutro cenário, o interior das Caves Sandeman, mais de 50 vinhos estarão em prova e degustação. Na “Sogrape Wine Experience” haverá a oportunidade de conferir os novos lançamentos da Casa Ferreirinha, Quinta dos Carvalhais, Herdade do Peso, Portos Ferreira, Offley e Sandeman, sem esquecer os incontornáveis Mateus Rosé e Gazela ou ainda o portefólio internacional SOGRAPE, que inclui os vinhos da Lan (Espanha), Los Boldos (Chile), Finca Flichman (Argentina) e Framingham (Nova Zelândia). A equipa de enologia do grupo estará presente ao longo dos dois dias, pelo que se antevê um imenso workshop sobre vinhos. “Sogrape Wine Experience” é uma organização da SOGRAPE Vinhos, com produção da EV – Essência do Vinho. Vai decorrer das 18,30 às 23 horas, tendo o bilhete de ingresso para a viagem virtual e a degustação de vinhos um custo de 9€ por pessoa. Informações complementares estão disponíveis online, em www.sograpewineexperience.com 14
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Um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros
Lusovini transforma Adega de Nelas em Centro Interpretativo do Dão
Vai chamar-se “Nelas Wine & Culture – Lusovini by Pedra Cancela” e será o Centro Interpretativo da Vinha e do Vinho do Dão, que terá como função divulgar a região e o seu vinho, assumindo-se como referência do enoturismo do Dão. A Lusovini, distribuidora de vinhos portugueses para os mercados lusófonos e mundial, irá investir 1,5 milhões neste projecto. A primeira pedra foi lançada durante a Feira do Vinho do Dão, em Nelas.
A Adega de Nelas, comprada no final de 2012 pela Lusovini para instalar a sua sede e espaço de produção, vai transformar-se num Centro Interpretativo da Vinha e do Vinho do Dão, um projeto de 1,5 milhões de euros. O centro irá chamar-se “Nelas Wine & Culture – Lusovini by Pedra Cancela”. A Lusovini é a principal distribuidora de vinhos portugueses para os mercados lusófonos, sobretudo Angola e Brasil, tendo também uma presença muito importante nos mercados do Norte da Europa, nos Estados Unidos da América e no mercado asiático. A maioria dos vinhos distribuídos pela Lusovini são marcas que resultam de parcerias entre a empresa e prestigiados produtores e enólogos de Portugal, entre os quais avultam no Dão os vinhos Pedra Cancela, do produtor e enólogo João Paulo Gouveia. “O ‘Nelas Wine & Culture’ vai ser mais um activo turístico para a região do Dão”, afirma Casimiro Gomes, presidente do grupo Lusovini. “Os seus objectivos principais são o de contribuir para prolongar o tempo médio de estadia dos turistas, por um lado, e, por outro, o de fixar no interior rural do país mais profissionais
qualificados”. O “Nelas Wine & Culture – Lusovini by Pedra Cancela” pretende contar as melhores histórias das vinhas, dos vinhos e das gentes da região. Por isso a organização do espaço contará com expositores multimédia, a maioria dos quais interactivos, com maquetes, projecções de vídeos e animação de espaços temáticos. A coordenação do projecto estará a cargo de vários professores universitários. O espaço descreverá os principais períodos da história vinícola do Dão, que se inicia no período romano e que prossegue, depois das invasões árabes, na Reconquista cristã e, depois de Afonso Henriques, na chegada dos monges agricultores. A passagem no século XV do Infante D. Henrique, um viticultor do Dão, a vinda no século XIX das pragas da América ou, já no século XX, a demarcação da região, serão outros períodos históricos em destaque. Está prevista igualmente a recriação de uma adega medieval, a qual deverá ser usada durante as vindimas para fins turísticos. Nos terrenos anexos será também implantada uma vinha medieval, com os sistemas de empa e de poda usados no passado. Outro espaço será dedicado às tabernas e às lojas de vinhos ao longo da história, explicando o seu papel social nas aldeias, vilas e cidades da região do Dão, estando previsto o seu uso para actividades culturais e tertúlias. Paralelamente, será criada uma colecção ampelográfica que identifique, estude e classifique as diferentes castas, vocacionando-a para os usos científico e didáctico.
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Diz Carlos Jesus, director de Marketing e Comunicação da Amorim & Irmãos S.A.
“A Corticeira Amorim terá sempre um papel determinante na evolução qualitativa da Cortiça”
A Corticeira Amorim é líder de mercado no sector da cortiça, com um conhecimento profundo do sector, não só em Portugal, como no Mundo. Carlos Jesus, à Gazeta Rural, espera que “o futuro da cortiça seja ainda mais brilhante que o seu passado pelo que tudo o que foi alcançado até hoje é encarado como uma boa base para futuros avanços” Gazeta Rural (GR): A cortiça, como vedante natural, ganhou claramente a corrida aos vedantes alternativos. Que importância tem para o sector em Portugal? Carlos Jesus (CJ): O facto de a cortiça ter, hoje, uma quota de mercado mundial que rondará os 70% é um claro testamento à preferência de enólogos e consumidores por aquele que, indiscutivelmente, é o melhor vedante para vinho. Ao contrário do que alguns vaticinaram, não só a cortiça natural não foi substituída por vedantes artificiais, como tem visto a sua quota de mercado em relação a estes aumentar. Dada a característica eminentemente exportadora da indústria 16
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e o valor acrescentado nacional criado pela cortiça, esta boa base de partida permite encarar os desafios futuros com um algum optimismo. Mas pensar que nenhum outro material alguma vez tentará, de novo, discutir a liderança da cortiça como vedante de eleição para o vinho seria um erro. GR: Portugal é líder mundial no sector da cortiça. Em que patamar estamos em relação aos aspectos tecnológicos de melhoramento da produção de rolhas? CJ: A Corticeira Amorim enquanto líder mundial do sector, teve e terá sempre um papel determinante na evolução qualitativa da cortiça. São dezenas e dezenas de milhões de euros investidos em investigação, desenvolvimento, inovação e formação e, também, na criação de activos industriais de nova geração que permitem crescer em quantidade ao mesmo tempo que se geram ganhos de qualidade. O reconhecimento nacional e internacional que é outorgado à Corticeira Amorim pelos enormes avan-
ços alcançados é claro e está amplamente demonstrado. Mas se esse reconhecimento advém de todo o trabalho de I&D efectuado, também sabemos que a melhoria deve ser contínua. Queremos que o futuro da cortiça seja ainda mais brilhante que o seu passado pelo que tudo o que foi alcançado até hoje é encarado como uma boa base para futuros avanços, nunca como a etapa final de um percurso. GR: Quando ouvimos dizer: “este vinho sabe a rolha”, significa o que? CJ: Sobretudo significa um desconhecimento dos mecanismos de criação e propagação de 2, 4, 6 Tricloroanisol. Este composto é completamente inócuo mas, em concentrações tão baixas quanto alguns nano gramas, é reconhecível pelo nariz humano e erradamente identificado por alguns como cheiro ou sabor a rolha. O resultado sensorial é um cheiro a mofo que todos conhecemos de várias situações e, hoje, a ciência sabe que o TCA está presente em variadíssimos produtos e situações, desde o café à cerveja, da madeira ao próprio plástico. Também na cortiça ele pode estar presente, daí o enorme investimento feito pela indústria da cortiça e que permitiu derrotar este problema nas rolhas. GR: Tem investido o suficiente na área do conhecimento neste sector? CJ: Sem o investimento realizado a cortiça não teria maximizado as suas vantagens competitivas e a claríssima quota de mercado acima mencionada teria sido difícil de manter. Os investimentos foram enormes, guiados pela mais moderna ciência à nossa disposição e o trabalho feito em Portugal é objecto de reconhecimento internacional, incluindo algumas das principais figuras do sector vinícola mundial. GR: O Grupo Amorim é líder no sector. Como analisam o actual momento do mesmo? CJ: Com moderado optimismo. A evolução do sector nos últimos anos é patente, quer no sector das rolhas quer noutras aplicações de cortiça que agora são utilizadas pelas indústrias mais exigentes a nível mundial. Mas também sabemos que a performance passada não é garantia de desempenho futuro, pelo que é importante reforçar a capacidade de toda a fileira em responder às contínuas evoluções dos mercados.
Na Praça velha, junto à Sé da Guarda
Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior vai ter nova sede Foi assinado entre a Câmara da Guarda e a Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI) o contrato de cedência do edifício dos antigos Paços do Concelho, na Praça Velha, que permitirá a instalação dos serviços da CVRBI até do final do ano. O edifício, onde funcionou a Mediateca VIII Centenário, vai sofrer algumas obras de remodelação, nomeadamente a parte administração, laboratório e Câmara de Provadores, que serão efectuadas com recursos da CVR, enquanto a segunda fase das obras, de maior envergadura, serão objecto de uma candidatura ao QREN e a outros fundos comunitários. A centralidade do edifício, numa zona nobre da cidade da Guarda, por onde passam muito milhares de visitantes, faz com que a CVRBI possa ali receber turistas, mas também ter uma loja de vinhos. Para o presidente da Câmara da Guarda, o protocolo assinado com a CVRBI “tem amplitude transversal”, permitindo cumprir um dos objectivos da autarquia, que passa “por dar vida à sala de vistas da Guarda”. Joaquim Valente sublinhou o papel importante da CVRBI na região e o seu contributo para a economia regional”, congratulando-se com o facto de este ter sido o seu último acto público, enquanto presidente da Câmara, ao mesmo tempo que deixou o desejo de que “este seja um passo de sucesso para os vinhos da Beira Interior”. Por sua vez o presidente da CVRBI começou por referir a importância do acto, que permitirá dar maior visibilidade aos vinhos da Beira Interior e que a nova sede, “será uma mais-valia para a cidade da Guarda”. João Carvalho começou por lembrar os primeiros passos da CVR em Pinhel, em 1990, e o caminho percorrido até agora, nomeadamente na reconversão das vinhas, a utilização das melhores castas para a região e uma maior aposta na qualidade dos vinhos. O dirigente diz que está na hora de dar um novo impulso, especialmente na promoção e divulgação dos vinhos. Neste âmbito, e externamente, o presidente da CVRBI diz que há necessidade de “divulgar e promover os vinhos da região e do país”, mas falar “dos vinhos de Portugal”.
Vinhos da Beira Interior premiados em Espanha No IX Concurso Internacional de Vinos – Prémios Arribe 2013que se realizou em Trabanca – na Província de Salamanca – Espanha, os vinhos da Beira Interior obtiveram quatro medalhas, uma de Ouro para o Vinho Óptima Pergunta DOC Beira Interior tinto 2011, da Cooperativa Beira Serra (Vila Franca das Naves - Trancoso), uma medalha de Prata para o Vinho Fora de Jogo Branco DOC Beira Interior 2011 da mesma Cooperativa, uma medalha de prata para o vinho Aforista Branco DOC Beira Interior 2012 do produtor Daniel Cavaleiro Saraiva e uma medalha de prata para a Adega Cooperativa de Pinhel com o vinho D. Manuel I DOC Beira Interior Tinto 2010. Estes prémios mostram a qualidade e consistência dos Vinhos da Beira Interior e o ressurgimento das Adegas de Pinhel e Beira Serra, como produtores de vinhos de grande qualidade fruto da aposta forte que ambas fizeram para se modernizar, acompanhando deste modo a qualidade cada vez maior dos Vinhos da Beira Interior.
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Mostra no Recife e no Rio de Janeiro
Vinhos de Trás-os-Montes conquistam Brasil A Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM) fez mais uma incursão por terras de Vera Cruz, no sentido de divulgar e promover os vinhos daquela região. Depois de um primeiro ‘assalto’ ao Rio de Janeiro e S. Paulo, desta vez a opção recaiu no Recife e Rio de Janeiro. A reacção do público consumidor deixou Francisco Pavão satisfeito e convicto de que os vinhos de Trás-os-Montes têm espaço de crescimento naquele mercado emergente. Para o presidente da CVRTM, os vinhos da região, “marcados pela nossa região”, combinam bem com a gastronomia do Brasil, em especial os grelhados, o que pode ser uma mais-valia. “As pessoas entraram na prova algo curiosas e acabaram por sair encantadas, com os vinhos de uma região que não conheciam”, referiu Francisco Pavão à Gazeta Rural. Gazeta Rural (GR): Como decorreu a deslocação ao Brasil? Francisco Pavão (FP): Essa visita decorreu no âmbito do projecto de promoção da CVRTM para mercados terceiros, em que escolhemos como países preferenciais Moçambique e o Brasil, porque para além de serem mercados emergentes em termos e consumo, falam a mesma língua que nós, pelo que nos é mais fácil comunicar, transmitindo emoções e sensações. Há dois anos estivemos no Rio de Janeiro e S. Paulo, desta vez optámos pelo Recife e pelo Rio de Janeiro. No caso do Recife, tem a ver com o facto do nordeste do Brasil estar com um crescimento económico muito interessante, para além de ser um mercado que começa a despontar para os vinhos. Sendo Trás-os-Montes uma região pouco conhecida no Brasil, vamos mostrar para um consumidor novo vinhos diferentes, que não melhores nem piores do que aqueles que já lá estão, mas são marcados pela nossa região, desde os diferentes solos, mas especialmente das nossas castas autóctones, que é o que mais preservamos. GR: O que pode marcar a diferença num mercado como o Brasil? FP: Penso que os vinhos de Trás-os-Montes ligam muito bem com a comida brasileira, sobretudo os grelhados. Os 18
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nossos vinhos são muito gastronómicos. Os brancos são frescos e com boa acidez, enquanto os tintos são vinhos que, apesar de terem algum álcool, têm muita frescura na boca. Para além disso, são vinhos de guarda. Levámos vinhos de 2006, 2007 e 2008, que ainda têm muita capacidade para envelhecer. No Brasil foram muito apreciados, tendo em conta as críticas que lemos em vários meios de comunicação, nomeadamente na blogosfera, mas pelas pessoas que estiveram presentes na nossa apresentação. As pessoas entraram na prova algo curiosas e acabaram por sair encantadas, com os vinhos de uma região que não conheciam. GR: Trás-os-Montes é uma região emergente nos vinhos em Portugal? FP: Acreditamos que sim e é para isso que trabalhamos todos os dias. Na CVR temos procurado desenvolver um trabalho próximo dos produtores, produtores/ engarrafadores e adegas cooperativas, que acreditam que é possível tirar rentabilidade das explorações vitícolas em Trás-os-Montes. Podemos falar do renascimento dos vinhos de Trás-os-Montes de há 10 anos para cá. A CVR existe desde 1997 e começou a certificar muito poucos vinhos. Neste momento está estabilizado, devido ao momento que atravessamos. Temos, porém, algo de muito interessante. Muitos enólogos de outras regiões vêm ter connosco para provarem vinhos e sentirem novas experiências, sobretudo porque tentamos ligar os nossos vinhos às nossas castas autóctones. Estamos a potenciar o Bastardo, que levámos ao Brasil, para além de haver muita gente que vem à nossa região comprar uvas desta casta para fazer vinhos. Associamos tudo isto àquilo que queremos preservar, que é a biodiversidade das nossas castas e o potencial genético das nossas vinhas velhas, Temos centenas de hectares de vinhas velhas, algumas com mais de 100 anos. Temos cerca de 10 mil hectares na região, reconvertemos cerca de 600 nos últimos cinco anos. Estas vinhas velhas dão vinhos muito característicos e muito marcados.
Hoje temos que aliar a tradição à tecnologia e ao saber fazer. Há também uma outra questão, que é saber comunicar. Eu que venho de um sector diferente, que é o azeite e as pessoas já conhecem a notoriedade do azeite de Trás-os-Montes. Quando entramos com os nossos vinhos, acontece a mesma coisa que há 10 anos com os azeites. As pessoas tinham dúvidas e eram algo expectantes. Depois, vinham às provas e as pessoas gostavam. Nos vinhos está a acontecer a mesma coisa. Há uma primeira reacção de dúvida, mas no final as pessoas saem extremamente agradadas, o que para nós é salutar. Infelizmente, temos apenas 62 agentes económicos, dos quais somente 40 certificam vinhos, o que é manifestamente pouco. Esta é a nossa realidade. Somos uma região pequena, mas vamos da pequena aldeia transmontana para o mundo. É para isso que estamos a trabalhar e para promover os nossos vinhos.
“Um passo para mostrarmos ao mundo a nossa realidade” Manuel Cruz foi um dos produtores presentes nesta deslocação ao Brasil. Para o também responsável da Trasvinis, uma organização de produtores, esta deslocação foi um passo “para mostrarmos a realidade” dos vinhos da região, que têm grande potencial e que foram muito apreciados.
gios aos vinhos e azeites de Trás-os-Montes.
GR: O que mudou em Trás-os-Montes? MC: Mudou muita coisa. Começamos a adoptar mais enologia e mais técnica, mas respeitando a melhor parte, que são as uvas de excelência produzidas em toda a região. Não queremos suplantar outras regiões, mas conseguimos produzir uvas, quase, biológicas, e isto Gazeta Rural (GR): Para os produtores, o que significou a veio demonstrar que conseguimos fazer bons vinhos. Agora, apurámos as técnicas de produção e os vinhos ida ao Brasil? Manuel Cruz (MC): Foi mais um passo para mostrarmos ao evoluíram bastante. É um facto. mundo a nossa realidade, que tem vinhos genuínos, diferentes GR: Estão a fazer mostras em vários locais, mormente no e personalizados, e que mostra que a aposta é séria e não uma aventura. Já há alguma consistência, porque, de facto, os nos- Porto? MC: São desenvolvimentos positivos. Não são negócios na sos vinhos foram muito apreciados e foi uma surpresa muito hora, mas são a apresentação e a afirmação duma região, agradável. No Recife, foi com surpresa que encontrámos uma Confraria que já foi grande, que hoje é pequena, mas que quer voltar de Senhoras apreciadoras de vinhos que fizeram grandes elo- aos seus tempos áureos, pela qualidade dos seus produtos.
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Durante a Feira do Vinho Dão
“Quinta do Carvalhão Torto” colheita de 2008 lançado em Nelas “Quinta do Carvalhão Torto” colheita de 2008, elaborado com Touriga Nacional e Tinta Roriz, foi apresentado durante a Feira do Vinho do Dão, em Nelas, apresentando-se este vinho na linha de continuidade dos seus antecessores. A par deste a Carvalhão Torto, produtor de Nelas, lançou também o “Estrada da Corte” colheita de 2011 elaborado com Touriga Nacional, Tinta Roriz, Jaen e Alfrocheiro. Com estes dois lançamentos a empresa apresentou uma nova imagem comercial. Numa altura em que o mercado nacional está estagnado, as pequenas empresas produtoras vivem algumas dificuldades, obrigando-as a redefinir estratégias. Para Maria João Oliveira “a semelhança de todos os agentes económicos, não só os de pequena dimensão mas também os de maior dimensão, nos últimos tempos a falta de liquidez tem sido a principal dificuldade, com implicações directas no consumo em geral, bem como, no perfil e tipologia de produto consumido. Claro está, que não deixa de existir mercado, mas é, no entanto, mais restrito levando-nos por vezes a redefinir estratégias, afirma a responsável da empresa. Em relação à posição do Dão no mercado, Maria João Oliveira diz que “é opinião geral de todos os agentes económicos de que falta notoriedade, falta pôr na boca dos consumidores a marca chapéu “DÃO”, como sinónimo de uma região produtora de vinhos de elevada qualidade, portadores duma elegância e caracter díspar”.
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No Instituto da Vinha e do Vinho
Vinhos de Lisboa apresentam estratégia de investimento e internacionalização para 2014/2015
NBD -
Lu
A Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa) vai na próxima terça-feira, dia 17 de Setembro, apresentar a estratégia de investimento e internacionalização para os anos 2014/2015, numa sessão que decorre no Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), pelas 16h30, na Sala ‘Embaixada do Vinho’. A sessão irá começar com uma divulgação da lista dos premiados no Concurso de Vinhos de Lisboa 2013, onde o presidente da CVR Lisboa, Vasco d’Avillez, irá fazer as honras. Depois de apresentados os melhores vinhos de Lisboa em 2013, será dado a conhecer o plano estratégico de investimento e internacionalização dos Vinhos de Lisboa para 2014/2015, que envolve a promoção em novos mercados. O presidente dos Vinhos de Lisboa irá, ainda, fazer um balanço das vindimas da região até à data e uma análise ao crescimento da região de Lisboa no 1º semestre de 2013, que já apresenta um resultado de 5% face ao período homólogo anterior. A sessão terminará com uma prova aos melhores vinhos da região, premiados no seu último concurso de 2013.
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Voltou a acolher milhares de visitantes
Feira do Vinho de Nelas mostrou o melhor do Dão Terminou a XXII Feira do Vinho do Dão, uma organização do Município de Nelas, por onde passaram milhares de visitantes, que tiveram oportunidade de provar vinhos de cerca de 40 produtores da região do Dão, em contacto directo com produtores e enólogos, e, ao mesmo tempo, visitar inúmeros expositores de artesanato, produtos regionais, passando pelas tasquinhas gastronómicas, que ofereceram aos visitantes a oportunidade de provarem deliciosos petiscos e pratos regionais, doçaria conventual, queijos Serra da Estrela, enchidos e chocolate. Foram ainda concorridas as sessões de cozinha ao vivo e cozinha infantil promovidas pelo Chef Carlos Fernandes, da Quinta do Cabriz - Dão Sul, bem como as provas de vinhos do Dão, orientadas pelo enólogo Osvaldo Amado, provas de azeite, mel, pão, chocolate, doçaria conventuais, fumeiros e enchidos, e momentos de opinião sobre Queijo Serra da Estrela e Vinho do Dão.
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Entre um vasto rol de acções, o programa do evento contemplou a homenagem a Fernando Guedes, o grande impulsionador da Sogrape na região, prestada pela Confraria dos Enófilos do Dão. Foi efectuada ainda a entrega de medalhas do Concurso La Selezione del Sindaco aos produtores premiados do concelho, pela Associação de Municípios Produtores de Vinho. Os serões foram animados pela excelente sonoriedade do Grupo Fado a 02, Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra e pela Alma do Luso. Destaque ainda para a emissão em directo do Programa “Somos Portugal” da TVI, proporcionando aos milhares de visitantes que se concentraram na Praça do Município muita animação e convívio. Com este evento o Município de Nelas deu um contributo decisivo para a afirmação crescente dos vinhos do Dão e outros produtos regionais, promovendo as potencialidades de um concelho e de uma região que têm apresentado uma evolução significativa, que está e merece ser reconhecida.
Feira do Vinho D達o
Flashes
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Processo de certificação começou há seis anos
Pastel de Tentúgal incluído na lista de Indicações Geográficas Protegidas O Pastel de Tentúgal foi incluído na lista de Indicações Geográficas Protegidas (IGP) aprovada pela Comissão Europeia, num processo que começou há seis anos. “O pastel de Tentúgal é diferente, singular e distintivo e o processo não foi nada fácil”, frisou Olga Cavaleiro, da Associação de Pasteleiros de Tentúgal (APT), aludindo à certificação que, entre outros aspectos, passou pela uniformização da qualidade daquele doce conventual. O pastel, que se distingue por possuir uma massa obtida da junção de farinha e água (com uma espessura que varia entre os 0,06 e 0,15 milímetros) e um recheio cremoso resultante da mistura de gema de ovo e calda de açúcar, é produzido em Tentúgal por uma dezena de produtores, seis dos quais deram origem ao processo de certificação. Depois de concluída a componente nacional, junto do ministério da Agricultura, a APT levou o pedido de reconhecimento da Indicação Geográfica Protegida - que designa os produtos que estão ligados de uma forma estreita a uma zona geográfica na qual decorre pelo menos uma das fases da produção, transformação ou elaboração - à Comissão Europeia, em Janeiro de 2012. Luís Leal, presidente da autarquia de Montemor-o-Velho, manifestou “satisfação e orgulho” pelo reconhecimento da Comissão Europeia, lembrando o “esforço” da Câmara Municipal, associação de pasteleiros e confraria da doçaria conventual na certificação publicada no jornal oficial da União Europeia. “É um património da doçaria conventual que a vila de Tentúgal produz e o melhor doce do mundo”, frisou Luís Leal. Com a certificação, a Comissão Europeia circunscreve a área geográfica da produção do pastel à vila de Tentúgal, entre as localidades de Lamarosa, Portela e Póvoa de Santa Catarina. Na publicação, a Comissão Europeia sublinhou os “valores históricos” ligados àquele doce conventual, nomeadamente o facto de “desde o século XVI a produção do pastel ter sempre decorrido na localidade de Tentúgal”, com origem no Convento das Freiras Carmelitas daquela localidade do concelho de Montemor-o-Velho. Destacou também a importância de factores climáticos, como a temperatura amena e humidade relativa elevada, para a produção do produto originário da zona do Baixo Mondego. A nível europeu, cerca de 1.200 produtos são protegidos pela legislação no âmbito das indicações geográficas protegidas, denominação de origem (DOP) - categorias nas quais Portugal possui cerca de 120 produtos registados ou especialidades tradicionais (ETG). www.gazetarural.com
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Associação ambiental enviou carta ao governo
Oikos apelida nova lei florestal de incendiária A associação ambiental Oikos enviou uma carta ao Governo na qual constam medidas e iniciativas que devem ser tomadas para prevenir fogos e na qual se apelida a nova lei florestal de incendiária. “A nova Lei das Florestas, ao invés de vir responder a estas necessidades apresenta-se como uma lei verdadeiramente perniciosa em termos ambientais e incendiária em termos de fogos florestais”, sustenta a Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria. Para os dirigentes da Oikos, o combate aos fogos florestais deve assentar numa política de prevenção que passa por “uma medida de emergência” que inviabilize “a reflorestação anárquica e desordenada, evitando a reflorestação com espécies exóticas que venham a contribuir para a erosão dos solos e redução da recarga de aquíferos no próximo inverno, agravando ainda mais o estado de calamidade e dos ecossistemas ora destruídos”, ler-se no comunicado.
Tornar obrigatória a limpeza atempada das matas e florestas, repensar os incentivos prestados pelo Estado e “equacionar a integração excepcional dos efectivos das Forças Armadas Portuguesas, particularmente a Força Aérea e Exército, nas missões de prevenção e combate aos incêndios florestais” são algumas das medidas que a Oikos aconselha num documento enviado ao ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia. A associação expressa, por um lado, “a sua profunda consternação pela perda de vidas humanas e destruição de habitações” e, por outro, salienta, em comunicado, “o esforço e o empenho colocado pelas diversas instituições que combatem os incêndios no terreno”, mas salienta “a necessidade de se repensar todo o sistema florestal nacional”. A Oikos é uma Associação de Defesa do Ambiente e do Património, de âmbito regional, fundada em 1990, e uma ONGA - Organização Não Governamental do Ambiente.
Um projecto ainda em elaboração
Oliveira do Hospital aposta em percurso turístico das levadas de rega A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital anunciou a criação de um percurso turístico, em Alvoco das Várzeas, que tira partido das antigas levadas de irrigação dos campos. O Percurso Pedestre das Levadas de Alvoco das Várzeas, um projecto ainda em elaboração, “acompanhará estes canais de irrigação comunitária, com origem remota”. Em comunicado, a Câmara de Oliveira do Hospital refere que a construção de algumas dessas levadas remonta provavelmente às ocupações romana e árabe. “Desde sempre, serviram para conduzir a água aos terrenos de cultivo, atravessando o próprio povoado em algumas zonas”, adianta. A futura rota permitirá “aos amantes do pedestrianismo atravessar locais de interesse turístico com paisagens deslumbrantes”, acompanhando as valadas, “com passagem por locais de intensa beleza”, como os açudes do Candam e da Quinta da Moenda e a 28
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ponte românica junto da praia fluvial de Alvoco das Várzeas. Com esta iniciativa, o município “pretende aumentar a oferta turística no concelho, à imagem do sucesso dos percursos turísticos das levadas” da ilha da Madeira. A elaboração do projecto de execução “encontra-se na sua fase inicial, de levantamento e mapeamento do circuito e georreferenciação para localização da sua extensão” com interesse turístico. Este trabalho, segundo a nota, está a ser desenvolvido pela Câmara Municipal, em colaboração com a Junta de Freguesia de Alvoco das Várzeas e a Junta dos Agricultores dos Regadios da localidade. Esta aposta visa “criar um novo produto turístico muito atractivo e de características únicas, associado ao gosto pelas caminhadas que fazem bem à saúde e ao contacto com a natureza”, segundo o vice-presidente da Câmara, José Francisco Rolo, que detém o pelouro do Turismo.
Estudo do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar
Universidade de Aveiro garante que fumo dos incêndios tem partículas cancerígenas O fumo proveniente dos incêndios florestais é altamente perigoso para a saúde pública. O alerta do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro (UA) aponta para os malefícios da mistura de gases e partículas emitida pelos incêndios. Estas últimas, de natureza ultrafina, têm grande capacidade de penetração nas vias respiratórias transportando até aos alvéolos compostos cancerígenos como os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. O estudo, conduzido pela investigadora Célia Alves no meio das equipas de combate aos fogos florestais, garante também que, para além dos prejuízos para a saúde, o fumo contribui em muito para alterar o clima. “Verificámos que 80 a 90 por cento da massa das partículas emitidas pelos incêndios é de natureza carbonosa, englobando centenas de compostos orgânicos distintos”, aponta Célia Alves. Entre os compostos detectados nas partículas pelo CESAM encontram-se os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, “de elevado potencial cancerígeno”, e vários compostos fenólicos que “têm sido associados a stress oxidativo das células”. A investigadora explica que “quando ocorre stress oxidativo os mecanismos celulares de remoção de oxidantes fica desequilibrado e a desintoxicação através de sistemas biológicos que removem estas substâncias ou reparam os danos por elas causados fica comprometida”. Suspensas na atmosfera e espalhadas pelo vento por vastas áreas, o tamanho das partículas garante-lhes uma entra-
da fácil nas vias respiratórias. “As partículas emitidas apresentam diâmetros da ordem dos nanómetros ou poucos micrómetros [um nanómetro é mil milhões de vezes inferior a um metro e um micrómetro é um milhão de vezes inferior ao metro]”, explica Célia Alves cuja equipa chegou a detectar, nas proximidades dos incêndios, concentrações de 50 mil microgramas de partículas por metro cúbico de ar quando a legislação para a qualidade do ar estipula um tecto de segurança de 50 microgramas por metro cúbico. Para além das partículas, também os gases emitidos pelo fumo proveniente dos incêndios florestais constituem um perigo para a saúde, entre os quais, e “em quantidades apreciáveis”, o monóxido de carbono “conhecido pela sua elevada toxicidade”. É também de referir que os óxidos de azotos e os compostos voláteis, depois de emitidos, reagem entre eles na atmosfera e formam um novo poluente perigoso: o ozono, “um oxidante muito forte que ataca as vias respiratórias e provoca danos nas culturas agrícolas”. Célia Alves adianta ainda que “o principal gás emitido pelos incêndios é o dióxido de carbono, o qual é um dos principais gases com efeito de estufa”. As conclusões do estudo da UA apontam que grande parte da massa das partículas é de natureza carbonosa, ou seja são constituídas por carbono orgânico e por carbono negro. Enquanto o carbono orgânico dispersa a radiação, o carbono negro absorve-a. Portanto, diz Célia Alves, “estas partículas interferem com o balanço radiactivo da atmosfera”. Por outro lado, explica, “por serem tão finas, atuam na atmosfera como núcleos de condensação de nuvens, alterando os padrões de precipitação”. www.gazetarural.com
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A floresta é muito mais de que incêndios e destruição Ninguém pode ignorar os cenários dantescos com que nos temos deparado nas últimas semanas. A floresta, ou o que dela resta, voltou a abrir noticiários e tem feito as primeiras páginas dos principais jornais nacionais, mas infelizmente pelas piores razões. Os incêndios têm consumido milhares de hectares de espaços florestais, destruíram já inúmeras habitações, e levaram a vida a cinco bombeiros que tudo fizeram para combater este “mar de chamas”. E infelizmente, para a maioria dos portugueses, a floresta é isto… incêndios e destruição. São incidentes como estes que cada vez mais desacreditam o potencial da nossa floresta. Quem no seu perfeito juízo, e após ver as imagens com que somos “bombardeados” todos os dias, vais querer investir em floresta? Mas importa referir que esta mesma floresta é sinónimo de preservação do ambiente, de economia nacional e de desenvolvimento rural! Esta mesma floresta representa o maior recurso natural renovável, representa 12% das exportações e 3% do PIB, e emprega 260.000 pessoas. Naturalmente esta “importância” não é suficiente para ser capa de jornal… e assim que as primeiras chuvas caírem, a floresta volta a cair no esquecimento. Quando vamos então dar o devido valor à floresta? Com um cenário severo de alterações climáticas, pouco resta fazer em relação às condições meteorológicas que se anunciam. Não podemos esperar por um Verão menos quente, ou um
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Inverno menos húmido e propício ao desenvolvimento de vegetação, é preciso investir na floresta, na sua manutenção e preservação! Portugal é até o único país europeu que desenvolveu um Fundo de apoio à floresta. Aquando dos incêndios de 2003, onde se perdeu quase meio milhão de hectares de floresta, foi criado o Fundo Florestal Permanente (FFP), gerado através de um imposto aplicado aos combustíveis e pago por todos os contribuintes. Este fundo, que visava relançar o investimento no sector, gera anualmente entre 20 a 30 milhões de euros, que deveria ajudar a ultrapassar alguns destes constrangimentos, no entanto, dez anos e cerca de 250 milhões de euros volvidos, o FFP contribuiu ZERO% para a sustentabilidade da floresta nacional! Contas feitas, estes cerca de 250 milhões de euros, dariam para arborizar mais de 170 mil hectares ou para limpar cerca de 350 mil, ajudariam na criação de mais de 17 mil postos de trabalho permanentes, e ao nível de receitas do Estado, representaria cerca de 62 milhões de euros de contribuição para a Segurança Social. Acima de tudo, estes 250 milhões de euros, que são por direito da nossa floresta, ao serem investidos em silvicultura preventiva, evitariam grande parte dos incêndios e a perda de muitas vidas… Certamente valerá o esforço! Vamos olhar para a floresta nacional com a importância que ela merece, e se o melhor momento para o fazer era há 20 anos atrás… o derradeiro será AGORA! A direcção da ANEFA
Na região de em Trás-os-Montes
Albufeiras para regadio com dobro da água de 2012 As principais albufeiras que garantem o regadio em Trás-os-Montes apresentam níveis de reserva de água superiores em quase o dobro aos registados em Setembro de 2012, segundo dados do Ministério da Agricultura. De acordo com um relatório da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, a média do volume útil das 14 albufeiras desta região era, a quatro de Setembro, de 61, 5 por cento, enquanto no mesmo período do ano anterior não chegava aos 34 por cento. As albufeiras situam-se nos concelhos de Alfândega da Fé, Mirandela, Bragança, Vinhais, Chaves, Armamar e Vila Flor, e apenas quatro apresentam um volume útil de armazenamento inferior a metade da capacidade. As reservas mais baixas são as das albufeiras da Burga, no Vale da Vilariça, da Prada, em Vinhais, e Arcossó e Mairos, em Chaves, ainda assim com valores na ordem dos 40 por cento. Há um ano, algumas destas barragens apresentavam níveis de armazenamento inferiores ou na ordem dos 20 por cento, segundo ainda o relatório oficial. Estas albufeiras são responsáveis pelo regadio de algumas das zonas agrícolas mais férteis de Trás-os-Montes e Alto Douro. A direcção regional de Agricultura divulgou também que está aberto concurso público para aquisição de equipamento para melhorar a eficácia do sistema de regadio do Vale da Vilariça através da automação e telegestão. A obra é financiada pelo Programa de Desenvolvimento Regional (ProDer) com um prazo de execução de “nove a 12 meses”. O preço base do concurso ronda os 893 mil euros, sem IVA incluído, para trabalhos de construção civil, rede de comunicações e telecomunicações e sistema informático. www.gazetarural.com
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Montanhas Mágicas do Montemuro, Arada e Gralheira certificados como Destino Sustetável O território das “Montanhas Mágicas”, constituído pelas serras do Montemuro, Arada e Gralheira, foi confirmado como parte integrante da Carta Europeia de Turismo Sustentável e irá receber a devida certificação oficial a 06 de Novembro, em Bruxelas. A informação foi avançada pela Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das serras de Montemuro, Arada e Gralheira (ADRIMAG), que promoveu a candidatura dessa região turística à certificação pela Federação Europarc e defende que a sua aprovação constitui “um importante reconhecimento” do trabalho desenvolvido por sete municípios em prol do turismo local. “A certificação das Montanhas Mágicas como destino de turismo sustentável constitui um importante reconhecimento do valor dos recursos naturais e culturais do território em causa, e também do esforço que tem vindo a ser feito para os preservar e valorizar”, declara a ADRIMAG, em comunicado. “Em simultâneo, a atribuição deste galardão compromete os atores locais, públicos e privados na organização conjunta da oferta turística e no respeito pelos princípios de sustentabilidade ambiental, económica, social e cultural que devem estar subjacentes ao processo de desenvolvimento turístico sustentável do território”, acrescenta o mesmo documento. As Montanhas Mágicas abrangem a área geográfica correspondente aos municípios de Arouca, Castelo de Paiva, Castro
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Daire, Cinfães, S. Pedro do Sul, Sever do Vouga e Vale de Cambra. Toda essa região integra, por sua vez, vários sítios classificados pela Rede Natura 2000, como as serras da Freita e da Arada, o Montemuro, os rios Paiva e Vouga, e ainda o Geoparque de Arouca. Sob a coordenação da ADRIMAG, os referidos municípios têm desenvolvido, “ao longo dos últimos 20 anos”, um conjunto de projectos e acções que, além de preservarem e valorizarem os recursos do território, vêm criando “condições favoráveis ao desenvolvimento turístico sustentável” da região. Entre essas medidas inclui-se a criação de infraestruturas turísticas, percursos pedestres, museus e centros de interpretação ambiental, unidades de turismo rural, restaurantes e parques de lazer. A ADRIMAG acrescenta que a estratégia tem passado ainda pela recuperação do património rural construído, pelo apoio às artes e ao artesanato, pelo incentivo à produção e comercialização de produtos agroalimentares, e pela dinamização de todos esses recursos através de acções de animação, promoção e divulgação. Todo esse esforço tem contado com o envolvimento de “um número significativo de parceiros locais ligados ao sector turístico”, do que resultou, aliás, a elaboração da candidatura da Carta Europeia de Turismo Sustentável das Montanhas Mágicas, apontada como “fundamental para definir uma estratégia de desenvolvimento e um plano de acção para cinco anos”.
Um estudo de Rossana Santos, da Universidade de Aveiro
Emigrantes portugueses desejam regressar para investir no turismo Cerca de metade dos emigrantes portugueses em idade activa gostaria de regressar ao país para investir no sector do turismo. A conclusão é de um estudo da Universidade de Aveiro (UA) que acrescenta ainda que o sector da hotelaria e outros serviços de alojamento, seguido pela restauração e serviços recreativos e outros serviços de lazer, lidera as preferências de negócio que os emigrantes querem implementar futuramente nas respectivas regiões natais. O estudo faz parte da tese de doutoramento da investigadora Rossana Santos sobre “O regresso dos emigrantes portugueses e o desenvolvimento do turismo em Portugal”. Os dados resultaram de um inquérito realizado entre Julho e Outubro de 2012 junto das comunidades portugueses no estrangeiro e contou com um total de 5157 respostas, sendo que a faixa etária mais representada é a dos 18 aos 39 anos (54,4%). “Há um segmento de emigrantes portugueses em idade activa, sobretudo entre os 29 e os 39 anos e com residência em áreas rurais ou carenciadas em Portugal, com maior propensão para regressar, investir e ter um emprego no sector do turismo”, afirma Rossana Santos, autora do estudo realizado no Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial (DEGEI) da UA e que teve como orientador o docente Carlos Costa. Esses emigrantes saíram do país na sua maioria entre 2005 e 2011, têm um tempo de estadia no país de emigração entre 1 a 4 anos, têm espírito empreendedor, um curso superior, capital suficiente para investir e desejam regressar às raízes rurais.
“São também estes emigrantes que mais referem ter uma residência própria, no local de origem, com potencial valor patrimonial cultural e aceitar vir a alugar quartos a turistas nessa residência”, diz Rossana Santos que não tem dúvidas: “O regresso destes emigrantes e do respectivo investimento no sector do turismo podem contribuir para aumentar e inovar a oferta turística, bem como para aumentar a procura turística em Portugal”. O facto de poderem regressar com os filhos, a procura de um estilo de vida rural e exercerem uma atividade remunerada por conta própria no sector do turismo estão entre os principais motivos que pesam no desejo de regresso dos emigrantes. Na tese de doutoramento Rossana Santos defende que a vontade de regresso dos emigrantes portugueses, aliada à existência de um património cultural lusófono na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que pode vir a ser explorado turisticamente, e à relação da proximidade linguística com os fluxos migratórios e o investimento directo no estrangeiro, “permitem igualmente argumentar pelo contributo dos emigrantes que falam a língua portuguesa para o desenvolvimento do turismo nas áreas mais carenciadas da CPLP”. Este será um dos temas que a investigadora vai aprofundar em futuros trabalhos. Membro da unidade de investigação Governança, Competitividade e Políticas Públicas da UA, Rossana Santos vai editar em livro com mais detalhes da investigação sob o tema “Turismo e Emigração”. A obra vai ser publicada ainda este ano. www.gazetarural.com
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No próximo dia 24 de Setembro
Anpromis e Agromais promovem acções sobre a competividade da cultura do milho No âmbito da sua política de crescimento, inovação e apoio ao sector, a Anpromis e a Agromais desenvolvem no próximo dia 24 de Setembro, em parceria com a consultora Manuela Varela Unipessoal, o projecto MaisMilho, cujo objectivo é contribuir para o conhecimento e divulgação de alguns factores que possam ser limitantes para a competitividade da produção de milho, na região da Golegã. Destinado a produtores, técnicos e todos os profissionais ligados ao sector de produção de milho, a acção de formação conta com várias visitas guiadas aos diversos campos de ensaio, onde é possível analisar as várias opções escolhidas para tentar minimizar os estragos provocados pelo Chephalosporium. Nesta campanha, estão em curso alguns ensaios sobre os meios de luta contra o Chephalosporium, doença que provoca avultados prejuízos no milho. A realização destes ensaios envolve as empresas que aceitaram participar neste projecto, nomeadamente as empresas de sementes Monsanto, Pioneer, Syngenta e Fitó, que disponibilizaram as suas variedades para o estudo da doença. Esta iniciativa conta ainda com a participação de empresas de agroquímicos, como a Sapec e a Syngenta, que garantiram o melhor controlo das infestantes e pragas, e as empresas de fertilização, ADP, Fertinagro, Tecniferti e Timac Agro, com um contributo muito importante ao nível da nutrição das plantas. Produção nacional de milho cresceu cerca de 50% em quatro anos Os dados recolhidos pela ANPROMIS, junto das Organizações de Produtores que constituem o seu Conselho Geral - as quais concentram cerca de 75% da produção nacional de milho grão – apontam para que a campanha de comercialização que agora se inicia, seja a mais produtiva de sempre, contribuindo de forma significativa para o tão necessário aumento do nosso auto-abastecimento em cereais. Comparando as previsões para 2013, face a 2010, constata-se que no espaço de quatro campanhas a produção de milho comercializada pelos membros do Conselho Geral da ANPROMIS, aumentou cerca de 50%. Analisando com maior pormenor os dados recolhidos, conclui-se que o maior aumento se verificou nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo em consequência, por um lado, da recuperação de áreas anteriormente semeadas com esta cultura e por outro, pelo surgimento de novas zonas de regadio, entre as quais Alqueva, onde esta cultura aumentou desde a última campanha agrícola cerca de 70%, passando de 3.558ha para os actuais 5.925ha. Segundo Luís Vasconcellos e Souza, presidente da ANPROMIS, “as últimas campanhas foram sem dúvida positivas para quem apostou nesta cultura. Os resultados obtidos em 2011 e 2012, constituíram uma clara prova do interesse determinante que a cultura do milho tem para os agricultores portugueses e para a economia nacional. No entanto, há que não esquecer que nem sempre os mercados respondem às legítimas expectativas dos produtores”. Apesar da crescente volatilidade dos preços que caracteriza o mercado mundial de cereais nos últimos anos, os produtores nacionais de milho têm revelado, consistentemente, capacidade não só de responder às necessidades do mercado, como também de ir ao encontro dos novos desafios que lhe são colocados. A comprová-lo, está o aumento da área de milho grão em Portugal no último ano (+ 6.982ha), que traduz de forma inequívoca a capacidade de investimento e de afirmação dos produtores nacionais de milho, numa altura de acentuadas restrições financeiras. 34
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Empresa iniciou a actividade em 2007
J. Amaral & Almeida aposta na assistência técnica de qualidade É uma empresa com seis anos de existência na área de equipamentos agrícolas. A J. Amaral & Almeida, sedeada junto ao nó do IP3, em S. Miguel de Outeiro, na estrada para Tondela, tem vindo a apostar na prestação de serviços de assistência ao cliente de qualidade, sem descurar, contudo, a venda de equipamentos. McCormick e LS são as marcas de tractores que a empresa representa, sendo a primeira de equipamentos de maior porte, com alguns modelos específicos para a vinha, enquanto a segunda é de mini-tractores, para propriedades de pequena dimensão. “Apostamos mais na assistência técnica. As vendas têm tido uma evolução pouco crescente, pelo que tentamos vender o que é viável, sem guerras com a concorrência”, afirma João Amaral, gerente da empresa, frisando que a “parte técnica tem sido a nossa aposta”, embora “tenhamos equipamentos para venda nas áreas da floresta e agricultura, ou os mini-tractores para pequenas propriedades”. Um dos sectores que a empresa quer desenvolver é a floresta, onde já dispõe de algum ‘know-how’, não só na reparação, mas também na venda de máquinas e equipamento. Porém, a vinha e o pomar são, ainda, as duas áreas onde a empresa mais se tem desenvolvido. “Trabalhamos mais com agricultores instalados, especialmente na área da vinha e do pomar”. Numa altura em que muito se fala do regresso à terra, João Amaral diz que há “alguma procura de pequenos tractores”, que muitas vezes esbarra no custo dos mesmos, havendo “quem pense duas vezes”. Nota-se, diz João Amaral, que “há mais gente a voltar à terra e já vendemos alguns motocultivadores”.
Aposta na floresta A floresta tem estado na ordem do dia. A empresa quer dar o seu contributo para uma melhor e mais rentável floresta. “A manutenção
será um dos caminhos a seguir”, refere João Amaral, frisando que, muitas vezes, “depois dos incêndios passam-se vários anos sem haver reflorestação. Se isso se inverter, se houver uma maior aposta na manutenção da floresta talvez tenhamos menos incêndios”, refere o empresário, lembrando que “há equipamentos específicos para trabalhar na floresta, - desde as máquinas até às diferentes alfaias, como trituradores e niveladores, reboques, gruas, entre outros -, que poderiam ajudar na prevenção e no melhoramento da mesma e com isso criavam-se postos de trabalho e riqueza”. A área da vinha é outra das apostas da empresa, que dispõe de mo-
delos específicos da McCormic, um tractor desenvolvido para o trabalho na vinha. “Já fizemos algumas demonstrações destes equipamentos e as pessoas ficam satisfeitas com o trabalho e rentabilidade do mesmo, havendo muitos clientes interessados neste tipo de equipamentos, nomeadamente quintas com alguma dimensão”, refere João Amaral, que reconhece alguma retracção no mercado, fruto do tempo que vivemos. “Há clientes que não sabem se devem ou não apostar”, diz. João Amaral e Virgílio Almeida são os sócios da empresa, que dispõe de mais seis funcionários, um na área administrativa, um no sector das vendas e quatro na assistência técnica aos clientes. www.gazetarural.com
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Já neste ano lectivo, em Vila Nova do Campo
EBIS Jean Piaget cria curso de agricultura e preservação dos alimentos O ensino vocacional foi criado o ano lectivo passado como experiência piloto em 12 escolas a nível nacional. Estes cursos são orientados para a formação inicial (equivalência ao 9.º ano de escolaridade) privilegiando tanto a aquisição de disciplinas estruturantes como Português, Matemática e Inglês, como o primeiro contato com diferentes atividades vocacionais, permitindo assim o prosseguimento de estudos no ensino secundário. Finalmente este ano letivo estão criadas as condições para, em Viseu, ser criado o primeiro curso vocacional. A EBIS Jean Piaget, em Vila Nova Campo, atenta aos problemas que o nosso país atravessa e acreditando que o seu desenvolvimento passa pelo desenvolvimento do primeiro sector, criou o curso vocacional que incluiu três áreas vocacionai diferentes mas complementares. As áreas que este curso de dois anos vai desenvolver são a agricultura, a conservação e tratamento de alimentos e comércio. Para a directora da Escola EBIS Jean Piaget “estas três áreas
vão promover a articulação de saberes que se complementam, para que os nossos jovens possam para além de aprenderem técnicas tradicionais e modernas de cultivo, técnicas de conservação dos produtos alimentares ainda técnicas de embalamento e de comércio”. Segundo Cristina Brasete “estas áreas têm uma forte componente teórica, mas também muitas horas de prática simulada, tanto na escola, como em contexto real de trabalho, pelo que foram celebrados protocolos com entidades e empresas locais”. Assim, “estes jovens, para além da formação académica que lhe permitirá prosseguir estudos no ensino secundário, terão o seu primeiro contacto com a realidade empresarial”, sublinha a directora da Escola, referindo que “este será o primeiro passo numa área que nos é tão querida e pretendemos por isso continuar, já no próximo ano, com cursos vocacionais de nível secundário”, refere Cristina Brasete, acreditando que “está na hora de oferecer aos alunos da nossa cidade um percurso académico diferente, mas igualmente de qualidade de forma a estes jovens prosseguirem os seus estudos”.
Ano X - N.º 209 Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), jla.viseu@gmail.com | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda. Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Helena Antunes Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320 Fax: 232461614 - E-mail: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS - Inscrição nº 124546 Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada Administração José Luís Araújo Sede Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica Sá Pinto Encadernadores - Telf. 232 422 364 | E-mail: ajsapinto@mail.telepac.pt | Marzovelos - Viseu Tiragem média Versão Digital: 73000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores
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BREVES Pagamento das ajudas directas aos agricultores antecipado para Outubro A Comissão Europeia autorizou a antecipação para Outubro do pagamento de 320 milhões de euros de ajudas directas aos agricultores, que estava previsto para Dezembro, anunciou o Ministério da Agricultura e Mar (MAM). O Governo tinha pedido a antecipação dos apoios comunitários devido “ao prolongado período de chuvas” deste ano, que prejudicou a execução dos trabalhos agrícolas e levou à perda de rendimento dos agricultores. O pagamento representa 50 por cento das ajudas do Regime de Pagamento Único (RPU) e do prémio aos ovinos e caprinos e 80 por cento do prémio à vaca em aleitamento.
Nos dias 28 e 29 Setembro Alcobaça recebe Festas de Baco A Câmara Municipal de Alcobaça e o Museu do Vinho de Alcobaça, juntamente com a Quinta dos Capuchos, associam-se às Festas de Baco do Parque dos Monges com a organização da visita temática “Da Vinha ao Vinho”, nas manhãs de 28 e 29 de Setembro. O circuito a realizar de autocarro disponibilizado parte do Parque dos Monges às 111 horas em direcção às vinhas da Quinta dos Capuchos e culminará no Museu do Vinho de Alcobaça. O final do percurso será o próprio Parque dos Monges nas Festas de Baco. Nestas Festas de Baco 2013 o programa inclui a recreação de vindimas (apanha e pisa da uva feitas pelos visitantes), exposição de vinhos, conferências com enólogos e produtores, confecção de bebidas com vinhos e pão e variados petiscos.
Município de Aljustrel aprovou projeto de 100 hectares de citrinos O Município de Aljustrel aprovou esta semana o projeto que marca o arranque da plantação de 100 hectares de citrinos situados na herdade da Pedra Alva, na Freguesia de S. João de Negrilhos. O presente projeto agrícola é mais um importante investimento a localizar-se no Concelho de Aljustrel, que se junta a outros, como o maior amendoal da Europa, com cerca de 350 hectares, gerido pela empresa LLopis Portugal, também na freguesia de S. João de Negrilhos. Estes são investimentos fundamentais para o Alentejo e para o país, que só no Concelho de Aljustrel significam a passagem de uma área irrigável de 5 mil hectares para mais de 20 mil hectares e um investimento de mais de 70 milhões de euros, fruto da ampliação da rede secundária de Alqueva.
Recorde-se que o executivo da Câmara de Aljustrel assumiu desde a tomada de posse a agricultura e a agroindústria como vetores fundamentais para o desenvolvimento. Esta aposta é reforçada pela ampliação da rede secundária de Alqueva, que quintuplicará as áreas de regadio disponível no concelho, pelo que o município não se tem poupado a esforços na criação de parcerias com os municípios portugueses e espanhóis, estruturas associativas ligadas ao sector e restantes entidades envolvidas, como é o caso da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, do sentido de viabilizar e potenciar as oportunidades criadas por este grande investimento público em Aljustrel.
Feira Internacional de Gado de Zafra (Badajoz) Todos os anos, quando se inicia o Outono, a cidade de Zafra (Badajoz), transforma-se numa das maiores montras internacionais de gado bovino, ovino, suíno, caprino e equino durante a celebração da Feira internacional de Gado, que este ano terá lugar de 3 a 9 de Outubro de 2013. Esta é uma Feira com mais de cinco séculos de história e a mais importante da península Ibérica, que tem contado ao longo da sua trajectória com uma importante participação portuguesa, sendo celebrado o “Dia de Portugal” entre um dos eventos anuais. Mais de um milhão de pessoas, entre ganadeiros, empresários e público em geral visitam cada ano a Feira Internacional de Gado de Zafra, não apenas para conhecer o gado mais selecto do mundo e fazer negócios mas também para apreciar as exposições, actividades culturais e lúdicas e concursos que se celebram ao longo de toda a semana. A Feira será apresentada em Lisboa pela Presidente da Câmara Municipal de Zafra, Gloria Pons, entre outras autoridades, no dia 12 de Setembro, às 18:00 horas, na Residência do Embaixador de Espanha em Lisboa (Praça de Espanha, 39).
Dia 28 de Setembro Vindimas são na Quinta do Gradil No próximo dia 28 de Setembro vive-se a “Experiência de Vindimas 2013”, naquela que já foi propriedade do Marquês de Pombal, a Quinta do Gradil. Considerada a mais antiga herdade do concelho do Cadaval - a trinta minutos de Lisboa -, o programa inclui um passeio pelas vinhas acompanhado de uma experiência do trabalho de vindima, uma visita guiada pela adega, seguidos de uma prova de vinhos e de um almoço degustação. Poderá viver-se em pleno o espírito desta tradição secular e fazer a colheita da uva com traje a rigor, porque a experiência deste ano inclui a oferta do chapéu e da t-shirt personalizadas. www.gazetarural.com
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A 25 de Setembro
Vinte e cinco toneladas de cebola à venda em Vila Pouca de Aguiar O centro de Vila Pouca de Aguiar transforma-se a 25 de Setembro numa “mega feira”, onde estarão à venda 25 toneladas de cebolas, produzidas por 40 agricultores, anunciou a autarquia. A “Feira das Cebolas”, organizada pela autarquia local, tem como objectivo “recuperar a tradição” das populações do concelho, que semanalmente se encontravam no centro da vila e ali realizavam negócios. A Vila Pouca de Aguiar chegam cerca de 40 produtores regionais, alguns dos quais que já comparecem no certame há meio século, provenientes de vários pontos do concelho e da região transmontana. O certame, que decorre no centro da vila, pretende beneficiar todo o comércio existente e escoar cerca de 25 toneladas deste produto. O concurso da cebola é outro dos momentos altos desta feira com exemplares que podem ultrapassar os dois quilos. Depois há ainda um concurso pecuário, uma desfolhada à moda antiga, chegas de bois e de carneiros e animação musical. Antes, no dia 22, realiza-se uma corrida de burros e outra corrida de cavalos, no Complexo Desportivo.
Formação Básica de Agricultura – 48h Formação específica p/ orientação Produtiva da Exploração – 60h Formação de Gestão da Empresa Agrícola – 45h Componente Prática em Contexto Empresarial – 60h Jovens Agricultores (entre os 18 e os 40 anos) com projetos submetidos no âmbito do PRODER - medida 1.1.3 “Instalação de Jovens Agricultores”
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