Director: José Luís Araújo | N.º 216 | 15 de Janeiro de 2014 | Preço 2,00 Euros
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Enchidos na época Conferência debate a Vinha e o Vinho na região do Dão
MAGRIL
Sumário
Máquinas Agrícolas Lda
05 Festa das Fogaceiras em Santa Maria 06 Câmara de Seia organiza Feira do Queijo 07 Feira Gastronómica do Porco de Boticas 08 Clube Caça e Pesca de Vila Formoso 09 VI Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural em Vilar Formoso
10 Artefumo ‘preserva’ a tradição com inovação 11 XVIII Feira da Caça e VIII Feira de Turismo em Macedo de Cavaleiros
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Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros – Entrevista ao presidente
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Gastronomia e vinhos são apostas do Alentejo no mercado inglês
14 Seminário internacional sobre o vinho Alvarinho 15 Quinta do Arcossó: Vinho de Trás-os-Montes 17 Conferência “A Vinha e o Vinho na região do Dão” 19 Vinhos dos Mortos: um ex-líbris de Boticas 21 Exportações de vinhos da Beira Interior cresceram em 2013
23 Proença-a-Nova Origem diversifica produtos
SEDE: Lugar o Barbeiro - Est. Aeródromo 3515-342 CAMPO VISEU Tel.: 232 424 182 - E-mail: geral@magril.mail.pt - www..magril.pt FIlial: EN 111 - Quimbres - 3025-528 SÃO SILVESTRE COIMBRA
24 Penela recria rebanho comunitário 25 Oleiros vai certificar produtos tradicionais 28 Municípios de Viseu e Aveiro vão ter Caminho de Santiago
30 Centro de Biotecnologia de Plantas no Fundão 33 Mata do Buçaco tem novo presidente 34 Concurso quer descobrir o melhor mel português 35 Montaria ao Javali na Lousã 36 Verallia Portugal promove Concurso de Design e Criatividade
38 Festa de Santo Antão em Moimenta da Beira
Desde 1993…
Agenda gastronómica II Festival Gastronómico da Abóbora em Ferreira do Zêzere Ferreira do Zêzere recebe até 26 de Janeiro um dos festivais gastronómicos mais originais e saudáveis em que a Abóbora é “rainha” à mesa. Uma grande diversidade de pratos saborosos está disponível na restauração local, durante os fins-de-semana deste mês de Janeiro. A juntar a tudo isto também os doces, as geleias, as compotas feitas com Abóbora, dão nome e constituem atractivo maior a Ferreira do Zêzere, que com toda a sua grandiosidade e beleza, justificam uma ida até esta terra e certame.
Festival de Sabores do Azeite Novo em Mirandela O Azeite novo transmontano é “rei” durante este mês de Janeiro em Mirandela no âmbito do “Festival de Sabores do Azeite Novo”. A gastronomia, mas também as tradições, como a apanha manual da azeitona, os processos tradicionais de fabrico do “ouro” transmontano e a comercialização deste produto de qualidade, produzido no concelho de Mirandela e na região transmontana, são os principais vectores desta iniciativa levada a cabo, nesta altura do ano, pela autarquia local. O evento conta com o apoio da CAP, da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro, e do Portugal Sou Eu, entre outras entidades. Inclui diversas iniciativas como um festival gastronómico nos restaurantes aderentes, uma apresentação de torradas de azeites nas pastelarias participantes e o workshop “Sabão de Azeite Tradicional”, entre outras.
Semana da Chanfana em Vila Nova de Poiares Decorre até ao dia 20 de Janeiro, em Vila Nova de Poiares, nos restaurantes aderentes, a Semana da Chanfana. Está é uma excelente oportunidade para se deliciar com esta iguaria e aproveitar para descobrir outros sabores tradicionais deste concelho. Organizada pela Confraria da Chanfana, esta iniciativa é uma homenagem a um dos pratos mais tradicionais de Vila Nova de Poiares, considerada a Capital Universal da Chanfana. Carne de cabra velha, vinho tinto, banha de porco, colorau, louro, cabeças de alho e piri-piri são os ingredientes da famosa chanfana, cozinhada nos célebres caçoilos de barro preto de Olho Marinho.
Feira do Fumeiro de Vinhais A Feira do Fumeiro de Vinhais realiza-se de 6 a 9 de Fevereiro, no Parque Municipal de Feiras e Exposições de Vinhais. Considerado o maior evento gastronómico do norte país, torna Vinhais na capital do Fumeiro durante quatro dias. Os visitantes podem ver, provar e comprar os inúmeros produtos em exposição e ainda assistir a um largo programa de actividades, como mostra de artesanato, arraial, luta de touros e espectáculos musicais). Para além disso, o destaque vai para a enorme variedade de fumeiro, como os salpicões, as chouriças de carne, as alheiras, os butelos, chouriços azedos, chouriças doces e presuntos, confeccionados a partir de carne de porco Bísaro, uma raça autóctone da região, alimentada à base de produtos naturais como a castanha.
Festival de Sabores Mirandeses
Miranda do Douro prepara mais uma edição dos “Sabores Mirandeses”, que decorre de 14 a 16 de Fevereiro. Este evento alia a gastronomia, o artesanato e a cultura, nomeadamente as tradiII Feira de Caça & Gastronomia ções locais e o dialecto mirandês, numa festa ímpar e cada ano nas termas de Monfortinho mais concorrida, graças à qualidade e diversidade da oferta em O Município de Idanha-a-Nova e a União das Freguesias de presença no certame. Monfortinho e Salvaterra do Extremo organizam nos dias 18 e 19 Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço de Janeiro a II Feira de Caça & Gastronomia, que decorre em Termas de Monfortinho. Ao longo do fim-de-semana os visitantes Em Melgaço, no distrito de Viana do Castelo, ao fumeiro juntairão desfrutar de um vasto programa de actividades que alia a promoção do sector cinegético, ao turismo e gastronomia re- -se o vinho, na Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço, que este ano decorre de 29 de Abril a 1 de Maio, no Largo do Mercado. gional. Neste certame, realizado desde 1995, marcam presença toA caça promete estar no centro das atenções, não fosse o concelho Idanha-a-Nova um dos maiores territórios cinegéticos dos os produtores de alvarinho e de fumeiro do concelho, atraindo país, com uma área ordenada de 120 mil hectares e 86 zonas do visitantes dos diversos pontos de Portugal, assim como um grande número de espanhóis, sobretudo da Galiza. de caça. Ano X - N.º 216 Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), jla.viseu@gmail.com | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda. Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Fernando Ferreira, José Martins e Helena Morais Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 363 Fracção AT - Lj 11 - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320 E-mail: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS - Inscrição nº 124546 Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís Araújo Sede Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica Sá Pinto Encadernadores - Telf. 232 422 364 | E-mail: ajsapinto@mail.telepac.pt | Marzovelos - Viseu Tiragem média Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores
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Em Santa Maria da Feira de 20 a 25 de Janeiro
Festa das Fogaceiras 2014 cumpre voto a S. Sebastião A mais emblemática festividade do concelho de Santa Maria da Feira regressa de 20 a 25 de Janeiro. A Festa das Fogaceiras é uma tradição secular que, em 2005, completou quinhentos anos, marcados pela devoção do povo das Terras de Santa Maria. A Festa das Fogaceiras teve origem num voto ao mártir S. Sebastião, em 1505, altura em que a região foi assolada por um surto de peste que dizimou parte da população. Em troca de protecção, o povo prometeu ao santo a oferta de um pão doce chamado fogaça. Cumprida em cada dia 20 de Janeiro, esta promessa constitui uma referência histórica e cultural para as Terras de Santa Maria. A missa solene, com sermão, precedida da bênção das fogaças, celebrada na Igreja Matriz, e a procissão, que sai da Igreja Matriz, percorrendo algumas ruas da cidade, integrando as meninas ‘fogaceiras’ vestidas de branco com uma faixa à cintura, que levam as fogaças à cabeça, é o ponto alto da festa A fogaça é um pão doce tradicional de Santa Maria da Feira. É cozida diariamente em várias casas de fabrico do concelho e distingue-se por tradicionais aprestos, quer no preparo, quer na forma como vai ao forno. Os ingredientes base utilizados na confecção desta iguaria são água, fermento, farinha, ovos, manteiga, açúcar e sal. A fogaça é comercializada durante todo o ano e utilizada como voto na Festa das Fogaceiras.
ESCOLA SECUNDÁRIA ALVES MARTINS,Viseu 18 Janeiro, 2014
Conferência
A VINHA E O VINHO
NA REGIÃO DEMARCADA DO DÃO: Sociedade, Economia, Quotidiano
ORGANIZAÇÃO Escola Secundária Alves Martins APOIOS Ass. de Mun. Portugueses do Vinho Câmara Municipal de Viseu Hotel Montebelo/Visabeira Turismo Turismo do Centro MEDIA PARTNERS Gazeta Rural Revista de Vinhos TSF
Inscrições: www.esam.pt 232 419 820/ Ext. 231 (Fernanda Ferreira) fernanda.ferreira@esam.pt Data limite: 13 de Janeiro
PATROCÍNIOS Caixa Geral de Depósitos CVR Dão www.gazetarural.com Ideal Drinks SA Udaca
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No fim-de-semana de 1 e 2 de Março
Câmara de Seia organiza Feira do Queijo
Seia retoma, este ano, a realização da Feira do Queijo, promovendo, no fim-de-semana de 1 e 2 de Março, que antecede o Carnaval, um evento dedicado à promoção do Queijo Serra da Estrela e dos produtos endógenos do concelho. O presidente da autarquia, Carlos Filipe Camelo, confirmou o evento durante uma reunião de Câmara. Como explicou o edil, o certame, com forte tradição neste concelho, foi organizado nos últimos três anos no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Serra da Estrela, em regime de rotatividade nos três municípios que a integravam. Entretanto, face à realidade actual e “à semelhança de Gouveia e Fornos de Algodres, a iniciativa em Seia acontecerá de uma forma individualizada”. O enfoque da Feira do Queijo de Seia recai “nos atores ligados à produção deste produto endógeno de qualidade”, congregando todo este sector numa grande mostra, para a qual são convidados todos os produtores (pastores, queijarias tradicionais, queijo DOP e fábricas) a comparecer na festa dedicada à ampla promoção do queijo. A par desta mostra, como adiantou o presidente, “não deixaremos de chamar responsáveis por outros produtos endógenos, concretamente o pão, o vinho do Dão, os enchidos e o mel”, bem como o artesanato, lã Serra da Estrela, ovinos, o cão Serra da Estrela e as colectividades ligadas ao folclore e à música. A feira, “à semelhança de sempre”, vai ter lugar no contexto do mercado municipal e realiza-se no sábado de Carnaval, tendo como principal novidade o facto de este ano contar “com uma extensão ao domingo”, “dando uma outra dignidade a este evento e possibilitando portas para outros eventos que queremos também desenvolver no decorrer deste ano, como seja a Feira do Outono, um evento traduzido igualmente em torno dos produtos endógenos”, como frisou o presidente da Câmara.
De 23 a 26 Janeiro
Feira do Fumeiro de Montalegre espera milhares de visitantes Montalegre prepara-se para receber milhares de visitantes. De 23 a 26 deste mês realiza-se a XXIII edição da Feira do Fumeiro de Montalegre, uma iniciativa do Município de Montalegre e da Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã A “rainha do fumeiro” prepara-se para quatro dias de festa do maior cartaz gastronómico da região. A apresentação da “rainha da feira do fumeiro” volta às cidades do Porto (16) e Braga (17), nas casas de Trás-os-Montes e Alto Douro do Porto e Braga. O presidente da Câmara, Orlando Alves espera contar “com muita gente que vive sobretudo na área metropolitana de Braga, Guimarães, Felgueiras, Penafiel, Paços de Ferreira, Barcelos, tudo ali à volta da sede distrital. É daí que vem a maioria dos nossos visitantes. Essas pessoas preparam o calendário das suas saídas, a contar que no último fim-de-semana de Janeiro, acontece a Feira do Fumeiro em Montalegre. Quando as coisas acontecem, remata, “no mesmo sítio e com a sazonalidade ou a anuidade que é reconhecida na nossa feira, obviamente que as coisas aí acontecem melhor”. 6
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Afirma o presidente da Câmara de Boticas
“A Feira Gastronómica do Porco vale pelo seu todo”
Boticas recebe de 16 a 19 de Janeiro a XVI edição da Feira Gastronómica do Porco, um certame que o presidente da Câmara de Boticas diz estar “consolidado”. Fernando Queiroga espera alcançar os “resultados da edição do ano passado” e receber “mais de 50 mil pessoas”. O certame tem um peso significativo na economia do concelho, gerando um volume de negócios superior a 350 mil euros. O autarca realça a dinâmica do sector primário do concelho, para o qual contribuiu a Feira Gastronómica do Porco que, diz, “vale pelo seu todo”.
Gazeta Rural (GR): Em Outubro, na reunião que teve com produtores, procurou conhecer aspectos que poderão ser melhorados no certame. Que alterações ou melhorias serão feitas? Fernando Queiroga (FQ): Foram introduzidas pequenas alterações, sobretudo a nível organizativo e que não têm visibilidade junto do público, nomeadamente ao nível da optimização da entrada dos produtos na feira, marcando horários de entrada aos produtores que evitem que estejam muito tempo à espera que os produtos que irão vender na feira passem pelo controlo de qualidade. É uma medida que facilita a vida aos produtores, que não têm que perder tempo à espera da sua vez para entrar na Feira, evitando ainda uma acumulação de viaturas junto à entrada da feira. O número de estacionamentos disponíveis junto ao Pavilhão também aumentou, fruto de obras recentes, passando os produtores e expositores a beneficiarem de estacionamentos próprios e reservados. De resto, foram ainda alterados outros pequenos aspectos, de menor relevância, mas que no seu conjunto permitem uma maior funcionalidade da Feira Gastronómica do Porco. GR: O sector primário tem ganho crescente relevância. A pecuária no concelho, em particular o porco, ganhou dimensão? Que melhoria notou? FQ: Neste momento de crise que o país enfrenta, nem tudo é mau. No concelho notamos efectivamente que começa a haver o regresso à terra e à agricultura de muitas pessoas, havendo também um aumento do número de jovens que apostam na agricultura. Felizmente, e contrariando a tendência das últimas décadas, a agricultura e o mundo rural começam a ganhar outra notoriedade e a ser-lhe reconhecida a importância devida e justa na economia do interior do país e, neste caso concreto, no concelho de Boticas. Com a recuperação da agricultura notamos também um aumento ao nível das explorações pecuárias, para o qual também muito tem contribuído a Feira Gastronómica do Porco. Este certame dá aos produtores a garantia da venda dos produtos e isso é o mais importante, já que não basta apenas produzir, sendo fundamental que os produtos produzidos sejam procurados e vendidos, garantindo aos agricultores os necessários rendimentos à sua actividade. Felizmente, já vemos alguns jovens a fazerem desta actividade o seu “ganha-pão”, o que nos dá também a garantia de que a produção de fumeiro de forma artesanal e de acordo com tradições seculares está garantida, abrindo boas perspectivas quanto ao futuro da Feira Gastronómica do Porco.
celho. Não só pelo que ela representa em termos directos, mas também por que se assume como um cartão-de-visita do concelho e é responsável por trazer muita gente à nossa terra. Essas mesmas pessoas acabam por voltar noutras ocasiões, contribuindo para o incremento do turismo e de toda a economia a ele associada. A Feira do Porco é sobretudo uma grande montra que permite dar a conhecer o que de melhor se faz nesta região. GR: Que perspectivas tem para esta edição? FQ: As expectativas passam por alcançar os resultados da edição do ano passado, ou seja, receber a visita de mais de 50 mil pessoas e realizar um volume de negócios superior a 350 mil euros. E acredito que será mesmo possível superar estes objectivos, pois os produtos de qualidade são sempre procurados.
GR: O que mais destacaria do programa deste ano? FQ: Este certame, que cumprirá este ano a sua XVI edição, está perfeitamente consolidado, pelo que não há necessidade de fazer grandes alterações nem acrescentar muitas melhorias. Trata-se de dar continuidade ao que de bom tem sido feito e seguir o modelo que adoptámos para esta Feira e que tanto sucesso tem alcançado. Eu diria que a Feira Gastronómica do Porco vale pelo seu todo, sem que se destaque este ou aquele aspecto. A qualidade deste certame resulta da conjugação perfeita dos GR: O que representa, em termos económicos, para o con- produtos à venda com a gastronomia, o artesanato, os cantares celho de Boticas? tradições, as chegas de bois e toda a animação que temos no FQ: É óbvio que a Feira Gastronómica do Porco, por toda a recinto. Acrescentaria que a Feira Gastronómica do Porco é, por sua envolvência, tem um grande peso económico para o con- si mesma, motivo de destaque. www.gazetarural.com
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Presente na Feira de Caça e Desenvolvimento Rural
Clube Caça e Pesca de Vila Formoso preserva sector cinegético na região
O Clube Caça e Pesca de Vila Formoso, criado em 1982, é uma das associações com mais actividade na região, promovendo, ao longo do ano, diversas iniciativas em torno do sector cinegético, mas também a sua preservação. Potenciar e promover o turismo cinegético é o objectivo do clube, numa região onde “há boas reservas”, como referiu José Manuel Pataco. O clube, com cerca de uma centena de associados, vai estar presente na VI Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural com uma tasquinha onde os visitantes poderão provar diversos pratos feitos à base de caça da região. No âmbito daquele certame, o Clube vai ainda levar a cabo um a largada de perdizes, contando com uma boa adesão de caçadores, a que seguirá almoço convício com os praticantes. Nesta zona fronteiriça a caça é uma das actividades que atrai inúmeros visitantes de várias regiões do país, desde Viseu, Aveiro e região do grande Porto e que contribui para a pequena economia local. No sentido de poder atrair caçadores, o clube trata as
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zonas de caça, pois, de outro modo, “não tínhamos animais”, refere José Manuel Pataco, apontando “os incêndios e alguns produtos usados em plantas”, como “prejudiciais para a caça existentes”. Para que isso seja minimizado, o clube faz repovoamentos e cultiva algumas zonas. José Manuel Pataco refere o facto de este ser um serviço gracioso e sem apoios, em prol de uma actividade importante para a região. Na zona de caça sob a égide do clube predominam a perdiz, “a rainha do campo”, o javali, num ano “muito mau para o coelho”, mas, em contrapartida, “muito bom para a lebre”, sublinha o presidente do Clube Caça e Pesca de Vila Formoso. Mas nem tudo são rosas. O sector, em geral, também atravessa algumas dificuldades, nomeadamente com os aumentos de custos dos equipamentos, dos combustíveis e das taxas. “Há muito que é reclamada “uma percentagem sob as licenças”, que, apesar de “prometida, nunca foi concretizada”, refere José Manuel Pataco.
Av. das Tilias - Casa das Associações * 6365-909 Vilar Formoso * Telm: 966 794 740
Nos dias 1 e 2 de Fevereiro
Vilar Formoso recebe VI Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural Programa: 26 de Janeiro (domingo) 08h30 - Montaria ao Javali (Local: Freineda – Clube de Caça e Pesca da Freineda) 01 de Fevereiro (sábado) 08h30 - Montaria ao Javali (Local: Nave de Haver - Associação Recreativa de Nave de Haver) 10h00 - Abertura da Feira 10h30 – Inauguração da Feira 11h30 – Demonstração de Aves de Rapina 11h30 – Animação musical 12h00 – Exibição de Cães de Madriguera 15h00 - Animação musical 15h30 – Demostração de Tiro ao arco e Besta 16h00 – Exibição de Cães de Madriguera 21h30 – Espectáculo de música com a Bandinha Tintus Brass O Pavilhão Multiusos de Vilar Formoso volta a ser palco da sexta 23h00 - Encerramento da feira. edição da Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural, nos dias 02 de Fevereiro (domingo) 1 e 2 de Fevereiro/2014, uma organização da Câmara de Almeida. Entre as actividades programadas destacam-se as monta- 09h30 – Largada de Perdizes e Pombos (Local: Vilar Formoso - Clube de Caça e Pesca de Vilar rias ao javali, largada de perdizes e de pombos, demonstração de aves de rapina, tiro com arco e besta e, como novidade, uma de- Formoso) monstração de cães de “madriguera”. Haverá, também, mostras 10h00 - Abertura da feira de fauna viva e espécies cinegéticas, animação em trampolim, 11h30 - Demonstração de Aves de Rapina pinta faces, moldagem de balões para os mais pequenos, exposi- 12h00 – Exibição de Cães de Madriguera 15h00- Demonstração de Tiro ao arco e Besta ção de artigos de caça e pesca, taxidermias, entre outros. No plano gastronómico haverá degustação, exposição e venda 15h30 – Espectáculo Musical com o grupo “Santacruz” de produtos regionais, como enchidos, queijos, licores, compotas, 16h00 – Exibição de Cães de Madriguera 19h00 - Encerramento da 6ª Feira de Caça, Pesca e pão e doçaria e expositores com artigos de caça e pesca. Integradas no espaço de gastronomia, as já tradicionalmen- Desenvolvimento Rural. te conhecidas “tasquinhas” acolhem os gostos e paladares mais Actividades no decorrer da feira exigentes e as mais diversificadas iguarias regionais. Na animação há a destacar os espectáculos musicais com os - Exposição de Fauna Viva grupos “Tintus Brass” e “Santacruz”, que animarão o certame ao - Tasquinhas com pratos e petiscos de caça e pesca - Exposição de cães de raça longo dos dois dias. A Câmara de Almeida conta com a colaboração da Associa- - Jogos tradicionais ção Recreativa de Nave de Haver, Clube de Caça e Pesca de Vilar - Arco e flecha e Zarabatana Formoso e Clube de Caça e Pesca da Freineda, tendo os apoios - Trampolim dos Programas PROVER, Mais Centro, QREN, União Europeia e - Pinturas faciais e moldagem de balões Territórios do Côa.
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Criada há cerca de 20 anos, em Chaves
Artefumo: da cozinha tradicional à inovação Há um ditado que diz que “o caminho faz-se caminhando”. Porém, há quem caminhe e fique atento aos passos que deu, percebendo o momento certo para mudar de rumo. É o caso da Artefumo, criada por Antónia Gonçalves, em 1991, em Chaves. A empresa começou por produzir as tradicionais alheiras de porco, mas com o tempo foi dando conta das necessidades dos consumidores, cada vez mais exigentes. Hoje produz cerca de duas dezenas de variedades de alheira e já está no mercado da exportação, nomeadamente da saudade. Os últimos anos foram de inovação. À receita tradicional, Antónia Gonçalves juntou a cozinha de fusão. Assim apareceram as alheiras de ananás com presunto, de cogumelos ou de azeitona. Em 2012, a empreendedora voltou a dar um passo em frente. O folhadinho de alheira é um enorme sucesso. À Gazeta Rural, a empresária contou um pouco da história da empresa e os passos que foi dando ao longo de 20 anos. Gazeta Rural (GR): Quais as maiores dificuldades que sentiu nestes 20 anos? Antónia Gonçalves (AG): As dificuldades foram muitas, mas neste momento julgo que estamos no caminho certo. Nestes 20 anos a Artefumo teve coisas boas e outras menos boas, até porque, a nível pessoal, houve também alguns problemas. Costumo dizer que a empresa teve dois inícios. Um há cerca de 20 anos, quando foi criada e licenciada. Impusemo-nos no mercado pela qualidade e sempre conseguimos ter boas vendas, num caminho percorrido com cuidado e com um crescimento sustentado. Há cerca de 15 anos tive um problema familiar, que me afastou da empresa por alguns meses, e que me obrigou a ‘recomeçar’ e voltar a colocar a empresa no trilho que vinha a fazer. GR: Os últimos anos foram de mudanças e novas apostas? AG: Nos últimos anos apareceram muitas cozinhas regionais e o mercado começou a ficar saturado de produtores de fumeiro tradicional. Daí que começámos a pensar noutra maneira de manter a empresa e de nos impormos no mercado.
decidimos, perante os resultados que obtivemos, que o futuro passava pela inovação. A partir daí tem sido um descobrir de novos sabores, novos situações, que nos trouxeram, ao fim de 20 anos, à posição de relevo que ocupamos no mercado.
GR: Mercado que ditou a mudança? AG: Temos que estar atentos ao mercado e, naturalmente, ao consumidor, percebendo que está disposto a ‘receber’ novos produtos. As pessoas gostam de comer alheiras ou enchidos, mas querem experimentar novos sabores e novos temperos. Foi aí que decidimos avançar com produtos novos e diferenciados. Pegámos nas receitas tradicionais e juntámos-lhe com um pouco da chamada ‘cozinha de fusão’. Assim, criámos a alheira de ananás com presunto, a alheira de cogumelos, de azeitona, e
GR: O folhadinho de alheira foi a última aposta e a entrada na gama gourmet? AG: Foi um projecto que desenvolvemos durante o ano de 2012 e que colocámos no mercado no final desse ano, a 18 de Dezembro. Teve um enorme sucesso e neste momento representa 41% das nossas vendas, vindo confirmar que o caminho que seguimos estava certo. Se queremos estar com uma postura diferente, temos que estar atentos àquilo que o mercado nos pede e inovar.
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De 30 de Janeiro a 2 de Fevereiro
Macedo de Cavaleiros recebe XVIII Feira da Caça e VIII Feira de Turismo A caça e o turismo estão lado a lado na promoção do concelho de Macedo de Cavaleiros. De 30 de Janeiro a 2 de Fevereiro os visitantes terão a oportunidade de participar num evento de referência em toda a região e de explorar um território único e inspirador. Tendo como mote a caça e as suas diversas vertentes, na Feira da Caça e Feira de Turismo destacam-se por oferecer um programa vasto, com expositores de grande qualidade e um conjunto de actividades para toda a família. Exposições de falcoaria e de fauna viva de espécies cinegéticas estão á disposição dos visitantes, para além da prática de tiro com arco e besta, no parque aventura, e passeios a cavalo. No Parque Municipal de Exposições Macedo de Cavaleiros mostra a oferta turística da região, mas também sabores e aromas singulares. A rica e variada gastronomia macedense, com produtos como os enchidos, o vinho, o azeite, as casulas secas, os queijos e os pratos de caça, tem o merecido destaque, seja nas bancas tradicionais ou nos restaurantes regionais. Nos restaurantes da cidade aderentes, quem demandar o nordeste transmontano pode deliciar-se com os pratos de javali, na rota gastronómica que nestes dias decorre. Para os caçadores aguardam-se grandes jornadas de caça, com destaque para as afamadas montarias (sábado e domingo). Destaque para a Prova de Santo Huberto, que decorre no sábado, no VIII Prémio Galaico-Português. Os adeptos da Cetraria têm também nestes dias a VII Copa Ibérica, a única prova realizada a nível nacional. Pelo final da tarde de sábado decorre o leilão de javalis e, após o jantar, os julgamentos são momentos a não perder. A RTP, com o programa “Aqui Portugal”, com apresentação de Sónia Araújo e Jorge Gabriel, estará em directo do recinto da Feira da Caça e Feira de Turismo durante toda a tarde de sábado. A Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e a Federação das Associações de Caçadores da I Região Cinegética, são as entidades organizadoras destes eventos. www.gazetarural.com
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Afirma o presidente da Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros
“Esperamos que a renovação na agricultura se mantenha” A Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros (CAMC), com cerca de 2000 cooperantes activos, é uma instituição de referência neste concelho transmontano. Responsável pelo escoamento de dois produtos importantes no concelho, como são o azeite e o vinho, a instituição é o ‘motor’ do desenvolvimento do sector primário naquele concelho. O presidente da instituição, à Gazeta Rural, espera que “a renovação na agricultura se mantenha”, apontando a pequena dimensão das explorações como um óbice à rentabilização das áreas de cultivo. Gazeta Rural (GR): O que representa a Cooperativa para o concelho? Luís Rodrigues (LR): Além da importância ao nível dos postos de trabalho, representa para todos os seus sócios uma instituição de confiança onde podem depositar os seus produtos, sabendo que a estes será dado o melhor tratamento. Serão depois vendidos e pagos aos cooperantes pelo maior valor possível, tendo sempre em conta as condições de mercado. No sector agrícola, cada vez mais abandonado pelos nossos governantes, o concelho pode contar com uma instituição que dá escoamento a produtos como azeite e vinho. No complexo da Cooperativa Agrícola estão também instaladas várias empresas que empregam algumas dezenas de trabalhadores. Importância também ao nível de parcerias com algumas instituições, nomeadamente com o Instituto Jean Piaget. GR: Azeite e vinhos são os principais produtos da cooperativa, tendo o primeiro, se bem entendi, maior peso. O que mais destacaria nestes dois produtos em comparação com os produzidos noutros concelhos da região? LR: O azeite da região apresenta características muito próximas uns dos outros, uma vez que as variedades de azeitona que se encontram presentes na região são maioritariamente a verdeal, madural e cobrançosa. Os métodos de extracção é que poderão diferenciar o produto, uma vez que o método de apanha e as variedades são muito idênticas em toda a região. No que diz respeito ao vinho, e se tivermos em conta a Região Demarcada do Douro, não se poderá comparar com o dessa região, pois trata-se de um vinho de mesa bastante harmonioso com cerca de 12º de teor alcoólico. GR: Como olha para a agricultura do concelho? Tem havido renovação no sector? LR: Hoje em dia, e tendo em conta a minha experiência de varias décadas no que diz respeito à agricultura, principalmente na região e no concelho, penso que apesar da renovação não ter ocorrido em grande escala, ela tem sido de forma gradual. Isso deve-se também aos apoios concedidos aos jovens agricultores para a sua instalação, com as ajudas comunitárias dadas no âmbito da Politica Agrícola Comum. Estando agora a começar o quadro de apoio comunitário para o período de 2014 a 2020, esperamos que essa renovação se mantenha e previsivelmente aumente nos próximos anos, uma vez que o sector agrícola é de enorme importância para o país. GR: Para além do vinho e do azeite, que outros produtos se produzem no concelho e que são mais-valias para a cooperativa e para o concelho? 12
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LR: Neste momento a CAMC apenas recebe vinho e azeitona dos seus cooperantes. Há, no entanto, algumas culturas na região que se têm revelado mais-valias para os agricultores, principalmente no que diz respeito ao cultivo da castanha. GR: Acha que se tem olhado para a agricultura da região como ela merece? LR: De facto, essa é uma questão pertinente. A região norte do país tem um problema estrutural na sua génese, que é a reduzida dimensão das suas explorações que não permite rentabilizar as áreas de cultivo. Apesar de ser um sector predominante na região, a dimensão das explorações dificulta a obtenção de lucros por parte dos agricultores. A formação profissional e a introdução de novos e modernos métodos de produção e colheita permitiriam melhorar a agricultura desta região, tantas vezes esquecida pelos nossos governantes.
Avançou o presidente da Agência Regional de Promoção Turística da região
Gastronomia e vinhos são “cartão-de-visita” do Alentejo no mercado inglês
O produto “Gastronomia e Vinhos” vai ser a “âncora” para “vender” o Alentejo no mercado turístico inglês, este ano, com a agência regional de promoção externa a apresentar este destino como a “alma gastronómica” de Portugal. “A gastronomia e vinhos são um produto muito forte no Alentejo e acordámos com os operadores ingleses com os quais trabalhamos que, este ano, esse é o tema ‘âncora’ para esse mercado”, disse Vítor Silva, presidente da agência turística. O responsável pela Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA), sediada em Grândola, realçou que esta já é uma área fulcral para “vender” o destino alentejano, mas, no mercado inglês, vai ser dada “ainda mais atenção” a este produto. “Um dos mercados estratégicos para o Alentejo é o inglês e vai ser tratado com a mesma intensidade de anos anteriores. Só que, este ano, sem esquecer outros potenciais da região, a promoção turística vai estar focada na gastronomia e vinhos”, explicou. A campanha, a desenvolver em parceria com a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo, ainda está a ser ultimada, mas o lema vai ser “Alentejo - The Gastronomic Soul of Portugal”, ou seja, “Alentejo – a Alma Gastronómica de Portugal”. O objectivo é promover o território alentejano como “um destino onde existe, ao longo de todo o ano, um festival de gastronomia”, explicou Vítor Silva. “Esta ideia é materializada num conjunto de eventos gastronómicos existente no território e que, como produto turístico,
pensamos estar ‘amadurecido’ para apresentar ao mercado inglês”, frisou. Como exemplo, o responsável indicou as semanas gastronómicas da região, quase todas promovidas pela Turismo do Alentejo e dedicadas à caça, porco, borrego ou sopas e tomatadas, entre outros temas. “São realizações perfeitamente calendarizadas e que podemos comunicar para o mercado inglês, identificando até os restaurantes que participam”, argumentou Vítor Silva. O que os restaurantes aderentes vão ter de fazer, alertou o presidente da ARPTA, é “adaptar para inglês as ementas ou, pelo menos, os pratos da semana gastronómica”. “Outro dos eventos importantes que temos e que podemos apresentar ao mercado inglês é o Festival das Gastronomias Mediterrânicas, que vai decorrer no litoral, este ano, com o peixe em foco”, acrescentou. A abordagem centrada na gastronomia “é validada” pelos operadores britânicos, mas a região tem também “trunfos” vitivinícolas a promover: “A qualidade dos nossos vinhos é grande e temos muitos enoturismos, abertos vários dias da semana”, destacou Vítor Silva. “Os ingleses têm dos melhores críticos de vinho do mundo e interessam-se muito por esta área, além de não podermos esquecer que foram eles que inventaram o vinho do Porto e que há muito produzem vinhos no Douro”, vincou. Caso esta “âncora” da “Gastronomia e Vinhos” tenha resultados positivos na captação de mais turistas ingleses para o Alentejo, a ARPTA admite poder vir a implementar estratégias idênticas para outros mercados externos. www.gazetarural.com
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Agendado para o mês de Fevereiro
Seminário internacional debate futuro do vinho Alvarinho A sub-região de Melgaço e Monção vai promover em Fevereiro um seminário internacional dedicado ao vinho alvarinho, encontro em que os promotores pretendem definir uma “estratégia” de futuro para a produção e comercialização daquela casta regional. O objectivo foi definido em Melgaço, durante um encontro de trabalho dedicado ao vinho alvarinho que, além das duas autarquias abrangidas pela sub-região, reuniu ainda produtores e especialistas. Este encontro, que antecede o seminário internacional a realizar em “finais de Fevereiro”, surgiu precisamente numa altura em que, garantem as duas autarquias, se coloca a possibilidade de alargamento da denominação exclusiva de produção de vinho alvarinho à restante região dos Vinhos Verdes. “A possibilidade de alargamento é um problema, mas não será o único. Temos outros, como melhorar a qualidade do produto, a sua comercialização e o marketing internacional, necessitamos de definir uma estratégia de futuro para tal”, explicou o presidente da Câmara de Melgaço, Manoel Batista. A definição de formas para potenciar a comercialização deste vinho, cuja produção se distribui por 1.500 hectares encepados com uvas da casta alvarinha envolvendo 1.800 produtores e mais de 150 marcas, será, por isso, um dos objectivos do seminário internacional a realizar em Monção. “Desde logo pretendemos, também, arrancar com um projecto de caracterização, de forma técnica, desta sub-região. Para explicar porque é adequada especificamente para a produção de vinho alvarinho, o que servirá para sustentar posições de princípio contra o eventual alargamento da produção”, disse ainda Manoel Batista. Este estudo, acrescentou, ficará a cargo do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. As autarquias de Melgaço e Monção assumem “preocupação” com a possibilidade de a “denominação exclusiva” de produção de vinho alvarinho, vir a ser “alargada” à restante área da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV). Garantem que o tema tem sido “abordado” dentro daquela estrutura, mas asseguram que “a manutenção dessa exclusividade é fundamental”, não apenas “como garantia da singularidade e da fama já conquistada” para o vinho alvarinho, mas “também pela extrema importância que tem para a economia local”. Segundo números da Associação de Produtores Alvarinho, a actividade reúne 60 empresas desta sub-região demarcada centenária, Monção e Melgaço, onde são produzidos quatro milhões de quilogramas daquela uva, anualmente. A selecção “das melhores” dá origem a mais de 1,5 milhões de garrafas de vinho alvarinho. A exportação representa 10 por cento do total das vendas anuais do vinho alvarinho de Melgaço e Monção, sobretudo para mercados da América do Norte e norte da Europa, além de outros países com forte presença de emigrantes portugueses, como a França. Trata-se também da casta cuja uva “mais rende ao produtor”, com excepção da uva utilizada para o vinho do Porto de mesa, chegando a valer 1,10 euros por cada quilo. É por isso a “matéria-prima mais cara” do país, garantem os produtores. 14
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Situada na Ribeira de Oura, perto de Vidago
Quinta do Arcossó: Vinhos de Trás-os-Montes para o mundo
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É já um dos produtores de referência da Comissão Vitivinícola de Trás-os-Montes. A Quinta do Arcossó tem vindo a despontar na região transmontana e um produtor a ter em conta. Em 2005, Amílcar Salgado decidiu investir nos vinhos e hoje possui 12 hectares de vinha, situados em Ribeira de Oura, perto de Vidago, uma zona com um microclima muito especial, que lhe permite fazer vinhos de elevada qualidade. A Quinta do Arcossó lançou recentemente novos vinhos no mercado, um branco 2012, um rosé e três novas referências nos tintos, como o Bago a Bago 2009; um tinto 2010 e um Reserva de 2008 nos quais Amílcar Salgado tem elevadas expectativas. Brevemente ao mercado deverão chegar dois monocastas tintos: um Syrah 2011 e um bastardo 2012. “Temos procurado fazer cada mais e melhores vinhos”, numa região onde “ancestralmente eram transaccionados de camponês para camponês e que hoje se tornaram vinhos de excelência”, refere o produtor. Amílcar Salgado continua a acreditar e quer “continuar a crescer”. Para tal apostou na exportação, que já significa cerca de 30% do volume de negócios da Quinta do Arcossó. “O objectivo é consolidar os mercados para onde exportamos e encontrar outros”, afirma o produtor, reafirmando a sua aposta na qualidade e em vinhos de gama média, média alta. Por isso, “não exportamos em volume”. www.gazetarural.com
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Sábado 18 janeiro 2014 ESCOLA SECUNDÁRIA ALVES MARTINS
Conferência
A VINHA E O VINHO
NA REGIÃO DEMARCADA DO DÃO:
Sociedade, Economia, Quotidiano 09h00 RECEPÇÃO AOS PARTICIPANTES 10h00 SESSÃO SOLENE DE ABERTURA . Presidente da Câmara Municipal de Viseu . Presidente da CVR Dão . Director da Escola Secundária Alves Martins . Presidente da UDACA . Organização 10h30 Painel PRODUÇÃO E CONSUMO DE VINHO EM PORTUGAL: O CONTRIBUTO BEIRÃO Professora Doutora Dulce Freire Inst. de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa 11h10 DEBATE 11h25 COFFEE BREAK 11H45 Painel O VINHO E A DEFESA DA RURALIDADE NO PORTUGAL CONTEMPORÃNEO Professora Doutora Ana Lavrador Fac. de C. Sociais e Humanas, Univ. Nova de Lisboa
14h15 Painel O VINHO NA CONFLUÊNCIA DE INTERESSES LOCAIS E DO PODER CENTRAL DURANTE A I REPÚBLICA E O ESTADO NOVO (1910-1939) Professor Doutor António Rafael Amaro Fac. de Economia, Universidade de Coimbra 15h00 DEBATE 15h15 Painel ESTILOS DE VINHO DO DÃO: DOS LAGARES ESCAVADOS NA ROCHA À TECNOLOGIA DO SÉC. XXI Engenheiro Professor Doutor Virgílio Loureiro Instituto Superior de Agronomia, Univ. de Lisboa 15h55 DEBATE 16h10 COFFEE BREAK 16h30 Painel O VINHO E AS CASTAS. AS CASTAS AUTÓCTONES E AS OUTRAS (DITAS NOVAS) Engenheiro Mestre João Paulo Gouveia Escola Superior de Agronomia. Inst. Pol. de Viseu 17h10 DEBATE 17h25 CONCLUSÕES 17h40 SAÍDA PARA A UDACA
12h20 DEBATE
18h15 PROVA EXPLICADA
12h35 www.gazetarural.com 16 ALMOÇO LIVRE
19h45 JANTAR VÍNICO
Dia 18 de Janeiro, na Escola Alves Martins, em Viseu
Conferência debate a vinha e o vinho na região do Dão Realiza-se no dia 18 de Janeiro, na Escola Alves Martins, em Viseu, um seminário sobre “A Vinha e o Vinho na Região Demarcada do Dão”, em que serão debatidos temas gerais de elevado interesse para os viticultores, mas também para a generalidades dos consumidores do mais emblemático produto da região. Paulo Albernaz, da Escola Secundária Alves Martins (ESAM) e responsável pela organização do evento, traçou à Gazeta Rural as expectativas para esta conferência, mas também o que esteve na essência da sua realização.
sublinhará, ainda mais, essa intervenção. Uma escola é tanto mais importante, é tanto mais referencial quanto mais souber interpretar e imiscuir-se, no bom sentido, no meio que a rodeia, em que se insere e com quem interage. Sublinharemos que a melhor relação de uma escola com o seu mundo social é aquela que chamaremos de simbiótica. Permito-me, mesmo, dizer que esta é a chave, que esta tem sido a chave do sucesso da ESAM. No concreto da vitivinicultura direi que um copo de vinho tem muito mais atrás de si do que, apenas, técnicas/conhecimentos vitícolas e vinícolas. O vinho do Dão é nesta região muito mais Gazeta Rural (GR): O que esteve na génese da realização do que um sector em expansão. O vinho é uma das nossas mardesta conferência e que expectativa tem para a mesma? cas identitárias. Urge, pois, potenciá-la, exponenciá-la. Paulo Albernaz (PA): Esta conferência decorre de uma vasta planificação de actividades que irá acontecer ao longo de GR: Porquê a vinha e o vinho na Região do Dão? Tem-se vários meses, abrangendo não só este ano lectivo, mas também discutido pouco sobre o tema na região? o próximo (2014/2015). O facto de começarmos pela abordagem PA: Na resposta anterior já terá sido, porventura, dito quase da vitivinicultura na Região Demarcada do Dão prende-se, des- tudo. No entanto sublinharei que, sendo a vinha e o vinho marde logo, pela transversalidade da temática, no contexto da nossa cas identitárias da nossa terra é importante assumi-las fora de comunidade sócio escolar. A cidade e o concelho de Viseu estão uma lógica meramente comercial. Estou em crer que o enotuindissociavelmente ligados ao vinho, desde a sua produção até rismo só vingará se se fizer apelo dessas marcas e se se incutir à comercialização. Nesta Escola tudo o que se faz, faz-se com nos mais díspares públicos-alvo o gosto pelo Dão, numa lógica paixão, empenho e espírito de missão. Depreenderá, então, que ampla, global e não confinado a um “perímetro vítreo”. Beber temos boas expectativas, direi legítimas expectativas. vinho não é apenas um acto degustativo, mas sim um acto culA realidade do vinho do Dão para se consubstanciar não pode tural, com o seu óbvio lastro endógeno. Como em tudo na vida, viver só do “microcosmos” dos vitivinicultores, tem que saber só gostamos do que conhecemos. valer-se do que gostamos de chamar ‘públicos improváveis do vinho’, que só por si, de forma discreta, podem relevar a notorieGR: O que mais destacaria do programa deste seminário? dade desta região e dos seus vinhos. PA: Procurámos que o programa fosse transversal de molde a captar o maior número de adesões. Diz-nos a imodéstia GR: A realização desta iniciativa é uma forma da Escola inter- que todas as suas componentes nos parecem bem gizadas e vir na sociedade, olhando para um sector em expansão e impor- sobretudo fica-nos, já, a vontade de organizar outras iniciativas tante na região? dentro desta temática. Quem sabe se não estaremos a dar o PA: A ESAM – os seus responsáveis, o seu corpo docente, pontapé de saída para um grande evento, em Viseu, em que o todo o pessoal administrativo e auxiliar – há muito que intervém vinho, a gastronomia e as gentes sejam o grande cartaz promona sociedade viseense (lato senso). Dir-lhe-ei que esta iniciativa cional que falta. www.gazetarural.com
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Revelados no próximo dia 16 de Janeiro
Estados Unidos conhecem os 50 grandes vinhos portugueses Os 50 grandes vinhos portugueses para os EUA seleccionados por Joshua Greene, crítico e especialista norte-americano, são revelados no próximo dia 16 de Janeiro, na emblemática Biblioteca de Nova Iorque, nos EUA. A selecção de Joshua Greene foi composta após a degustação de 600 vinhos nacionais, de várias regiões nacionais. Joshua Greene destaca que “os vinhos portugueses sempre me agradaram porque são tão diferentes dos vinhos de outras partes do Mundo, pois é quase como se Portugal tivesse um microcosmo” que lhe permite ter “um mundo inteiro de vinhos num só país”. “Portugal é concentrado porque tem as suas variedades que mais ninguém tem”. O especialista considera que “os vinhos portugueses já têm um grande sucesso nos EUA” e salienta que “há oportunidades para os produtores nos EUA”, mas aconselha-os a “escolher uma área geográfica pois o mercado norte-americano é enorme para atacar.” Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, precisa “ os EUA são já o maior mercado mundial de vinho e continuarão a apresentar um elevado potencial de oportunidade e crescimento para as exportações da produção nacional. No Plano de 2014 a ViniPortugal atribui novamente o maior investimento da promoção internacional de vinho português a este mercado”.
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Armindo Pereira é o único produtor que mantem a tradição
“Vinhos dos Mortos”: Um ex-líbris de Boticas Bem se poderia dizer que “a culpa” foi dos franceses. Em Boticas, aquando das Invasões Francesas, a população procurou esconder dos saqueadores os seus pertences. Soltaram o gado para o monte, esconderam os cereais e enterraram o vinho nas adegas ou debaixo dos lagares. “Depois da retirada, o povo voltou a procurar os seus haveres. No caso do vinho, encontraram-no mais saboroso e com algum gás natural. A partir daí ficou a chamar-se “Vinhos dos Mortos”, conta Armindo Sousa Pereira, que detém o registo da designação e o único produtor da região
que comercializa este néctar. “Hoje, tal como no tempo dos meus avós, continuo a manter tradição. O vinho é engarrafado em Janeiro/ Fevereiro e fica enterrado até Agosto”, conta o produtor. Apesar das dificuldades, Armindo Pereira persiste em manter a tradição. É que já são poucos os agricultores da região que a mantêm viva. O ‘Vinho dos Mortos’ é feito a partir de uvas colhidas nas vinhas da região, em terrenos xistosos nas encostas de Boticas e da Granja, que possuem condições de clima e solo adequadas à produção deste precioso néctar.
A história * Foram as Invasões Francesas que vieram originar o aparecimento do que hoje é um verdadeiro ex-libris de Boticas – o Vinho dos Mortos. Foi durante a II Invasão Francesa (1808) e em face do avanço das tropas comandadas pelo General Soult, que na sua passagem tudo saqueavam, pilhavam e destruíam, que a população de Boticas, para tentar defender o seu património, decidiu esconder, enterrando, o que tinha de mais valioso. O vinho foi enterrado no chão das adegas, no saibro, debaixo das pipas e dos lagares. Mais tarde, depois dos franceses terem sido expulsos, os habitantes recuperaram as suas casas e os bens que restaram. Ao desenterrarem o vinho, julgaram-no estragado. Porém, descobriram com agrado que estava muito mais saboroso, pois tinha adquirido propriedades novas. Era um vinho com uma graduação de 10º/11º, palhete, apaladado, e com algum gás natural, que lhe adveio da circunstância de se ter produzido uma fermentação no escuro a temperatura constante. Por ter sido “enterrado” ficou a designar-se por “Vinho dos Mortos” e passou a utilizar-se esta técnica, descoberta ocasionalmente, para melhor o conservar e optimizar a sua qualidade. O Vinho dos Mortos é, por isso, o símbolo de uma guerra de subsistência, não só material e económica, mas também e essencialmente moral. É o exemplo da sagacidade e da resistência do Povo de Boticas, “obrigado” a usar das mais inimagináveis formas de preservar o seu património. * CM Boticas
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Anunciou a Comissão Vitivinícola Regional
Exportações de vinhos da Beira Interior cresceram 21% em 2013 Os vinhos produzidos na Beira Interior conheceram em 2013 um aumento das exportações de 21 por cento relativamente a 2012, anunciou a Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI). Segundo a CVRBI, os vinhos da Beira Interior “terminaram o ano de 2013 com um aumento das exportações de 21 porcento relativamente ao ano transacto, com mais de 620 mil garrafas de vinho exportado”. “Os mercados que mais se destacaram, fora da União Europeia (UE), foram Angola, Brasil, China e Estados Unidos da América (EUA). Na Europa, os mercados da Polónia, França, Suíça e Luxemburgo foram os mais importantes”, refere a Comissão Vitivinícola Regional. Numa altura em que a conjuntura económica “não é a mais favorável” para o negócio dos vinhos, a fonte assinala que o aumento nas exportações é o resultado da estratégia que a CVRBI tem vindo a implementar “na internacionalização e na presença em alguns dos eventos vínicos mais importantes a nível nacional”. As acções realizadas estão a aumentar “gradualmente” a notoriedade da região e a “tornar possível aumentar as vendas dos vinhos da Beira Interior”, reconhece. Aquela entidade, que tem sede na cidade da Guarda, anuncia que este ano “continuará a dar ênfase aos mercados externos”, com uma acção prevista para os EUA, para finais de Fevereiro, e para a presença na London International Wine Fair (Londres), de dois a quatro
de Junho. A nível nacional, os vinhos da Beira Interior marcarão presença no SISAB - Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas 2014, a realizar em Lisboa, nos dias 17, 18 e 19 de Fevereiro, indica a direcção da CVRBI liderada por João Carvalho. Em Maio, aquela entidade também realizará o sétimo concurso de vinhos produzidos na região demarcada da Beira Interior, que abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Cova da Beira e Pinhel.
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Próxima edição vai decorrer na Sertã a 9 de Fevereiro
“Os Quintais nas Praças do Pinhal” repetiram sucesso em Vila de Rei Largas centenas de pessoas voltaram a marcar presença na terceira edição do projecto “Os Quintais nas Praças do Pinhal”, realizada no Parque de Feiras de Vila de Rei. O evento, organizado pela Pinhal Maior com o apoio dos Municípios de Mação, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei, tem como objectivo o aproveitamento dos excedentes agrícolas dos pequenos produtores da zona do Pinhal, oferecendo-lhes a possibilidade de os comercializarem em mercados periódicos, realizados nos cinco concelhos. Nesta edição, o certame repetiu o sucesso que tinha vindo a alcançar ao longo dos catorze mercados anteriormente realizados, com cerca de 40 expositores e com uma grande adesão
de visitantes. Ricardo Aires, presidente da Câmara de Vila de Rei, referiu que “as largas centenas de pessoas que visitaram esta terceira edição do mercado “Os Quintais nas Praças do Pinhal em Vila de Rei confirmaram o sucesso desta iniciativa que, uma vez mais, se comprovou ser um importante meio de dinamizar o comércio local, através da comercialização dos excedentes agrícolas dos produtores da região. Iniciativas como estas permitem que as pessoas tenham acesso a produtos frescos e biológicos de elevada qualidade, servindo ainda como possível incentivo para a produção agrícola”. A próxima edição está marcada para a Sertã a 9 de Fevereiro.
Prazo de candidaturas termina a 31 de Dezembro
Anadia promove concurso de ideias de negócio da vinha e do vinho Termina a 31 de Janeiro o prazo para a entrega das candidaturas ao Concurso de Ideias de Negócio da Vinha e do Vinho, promovido pela Câmara de Anadia e pelo Instituto Politécnico Coimbra, que irá distinguir, naquele sector, o melhor projecto de negócio original com aplicabilidade no concelho de Anadia. A iniciativa visa estimular o desenvolvimento de conceitos de negócio em torno dos quais se perspective a criação de novas empresas ou apoiar o desenvolvimento de novos produtos e serviços com viabilidade de implementação e sucesso naquele concelho da Bairrada. As candidaturas devem ser submetidas através do site www. economiadavinhaedovinho.com, e podem ser individuais ou apresentadas por equipas até três elementos, devendo explorar uma ideia ainda em fase de concepção ou um plano de negócio. Os candidatos a concurso, que podem ser singulares ou colectivas, é dada total liberdade de escolha quanto ao tipo de oportu22
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nidade de negócio quer pretendem desenvolver. A ideia vencedora receberá um prémio no valor de cinco mil euros, dois mil e quinhentos em valor monetário e os restantes convertidos no equivalente a um ano de serviços de incubação na Incubadora de Empresas do Curia Tecnoparque, caso os promotores avancem para a constituição de uma empresa resultante da sua ideia de negócio. O período definido para o vencedor poder beneficiar desta segunda vertente do prémio, isto é, constituir a sua empresa, será até seis meses após a data de atribuição do prémio. Para a avaliação das candidaturas, o júri, que integrará representantes do Município de Anadia, do Instituto Politécnico de Coimbra e dos restantes parceiros, terá em conta a viabilidade do projecto, a criatividade e a inovação, o perfil dos promotores e a qualidade da candidatura.
Loja online estuda venda de maranho
Marca “Proença-a-Nova Origem” diversifica produtos Ervas aromáticas, licores, doces e compotas, queijo e vinho são alguns dos novos produtos que preparam a adesão à marca Proença-a-Nova Origem. Está igualmente a ser estudada a possibilidade de colocar o maranho na loja online, com perspectivas positivas ao nível do embalamento – o factor mais crítico para assegurar que a qualidade do produto se mantém intacta. Um ano depois do lançamento, a marca comprova ter sido decisiva a impulsionar os produtos locais, com um total de 11 500 visitas ao site e cerca de 200 produtos vendidos. Cerca de 88% das visitas à loja online são feitas em território nacional, mas há uma curiosidade significativa do outro lado do Atlântico: 4,21% dos acessos vêm do Brasil. Suíça, Estados Unidos, França e Alemanha são os países que se seguem nas visitas ao site da marca, que contempla produtos e serviços exclusivamente do concelho. Embora o artesanato e o alojamento sejam os produtos mais visualizados, no momento de comprar destacam-se a charcutaria (23%), pão e bolos (15%) e o vinho (14%). A apresentação da primeira edição do manual que apoia os produtores no acesso à marca decorreu a 8 de Janeiro de 2013 e um ano depois vai ser lançada uma segunda edição que incorpora alterações na legislação. A par das vendas propriamente ditas, a marca tem-se revelado um incentivo ao licenciamento, sendo dado apoio a todos os interessados através do Gabinete de Apoio ao Empresário e Agricultor. Foram também aprovadas as cartas de três artesãos – um processo demorado, mas que agora permite a sua participação em feiras em qualquer ponto do país. Mais difícil de medir é o impacto que a marca teve no mercado dos produtos associados, já que foram abertas portas através da participação em feiras, como foi o caso da Feira dos Vinhos e Sabores, em Lisboa. O site permitiu ainda dar visibilidade a produtores que isoladamente não tinham canais de promoção. Apesar de o Google ser a principal via de acesso à loja online, destacam-se encaminhamentos a partir de sites como o do Centro Ciência Viva da Floresta, havendo igualmente alguma procura gerada por parceiros da marca.
Para produzir queijo certificado do Rabaçal,
Penela recria rebanho comunitário com apoio de novas tecnologias A falta de leite de cabra para produzir queijo certificado do Rabaçal, em Penela, levou a autarquia a investir na recriação de um antigo rebanho comunitário, tirando partido das modernas tecnologias de comunicação. Integrado na rede Aldeias do Xisto, o lugar de Ferraria de São João, na Serra da Lousã, chegou a ter um rebanho com mais de mil caprinos, mas esta actividade foi-se extinguindo à medida que a desertificação avançava, desde meados do século XX. Premiado no Brasil, em Setembro, o projecto FarmReal, envolvendo a Câmara de Penela e o Instituto Pedro Nunes (IPN) da Universidade de Coimbra, visa “contribuir para a conservação de uma actividade tradicional” com peso económico nos territórios de baixa densidade demográfica da Região Centro. O queijo com Denominação de Origem Protegida (DOP) do Rabaçal distingue-se pela sua pasta mole, com sabor e aroma determinados por pastagens nas quais abunda a tomilhinha, popularmente conhecida por erva-de-santa-maria. Segundo processos de produção ancestrais, este queijo DOP inclui leite de ovelha, mais disponível no mercado local, e leite de cabra, cuja escassez acompanhou o decréscimo do pastoreio nos maciços montanhosos da Lousã e de Sicó, de xisto e calcário, respectivamente, que se encontram no concelho de Penela. “Tínhamos um problema, que era a falta de leite de cabra”, afirma o presidente da Câmara Municipal, Luís Matias, realçando a necessidade de “criar valor com base num produto muito forte” como o queijo DOP Rabaçal. A autarquia, quando o ex-governante Paulo Júlio era presidente do executivo, aliou-se ao IPN, tendo o investigador António Cunha coordenado a concepção das soluções tecnológicas do projecto. “Temos de induzir alguns elementos inovadores na 24
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actividade do pastoreio e pensamos que esta é uma forma de resolver o problema”, refere Luís Matias. Contando com a participação da Associação de Moradores na gestão do projecto, a Câmara e o IPN querem repor o antigo rebanho comunitário em Ferraria de São João. “O dono dos animais pode ser um brasileiro, um japonês, um inglês ou um lisboeta”, revela António Cunha, ao explicar que, em qualquer ponto do mundo, uma pessoa pode comprar uma ou mais cabras, podendo ainda optar pela adopção. Actualizando “um conceito que já existia” em Penela, os promotores querem “manter o rebanho comunitário, mas os proprietários já não vão ser os habitantes da aldeia, mas sim quem acede à internet”, adianta. Com apoio de fundos comunitários, a Câmara recuperou e adaptou vários currais em Ferraria de São João, que os donos disponibilizaram por um período de 12 anos. Nas obras, foram gastos 25 mil euros, enquanto a parte imaterial do projecto representa um investimento de 50 mil euros, segundo Luís Matias, que está entusiasmado com as perspectivas de fazer regressar à aldeia o numeroso rebanho de outrora. ”Estes territórios vão ganhando mais massa crítica”, regozija-se o autarca, ao salientar que, nos últimos dois anos, nasceram quatro crianças em Ferraria de São João, o que não acontecia há muito tempo. António Cunha partilha deste optimismo. O investigador do IPN prevê que a instalação dos primeiros animais ocorra em 2014. Em qualquer ponto do mundo, um cibernauta poderá consultar as imagens da sua cabra em tempo real. Como num jogo virtual, saberá também o leite que ela produz por dia. Desta vez, um sonho chamado FarmReal, concebido como aposta na economia real.
Depois de contactos com o Ministério da Agricultura
Oleiros avança com certificação de produtos tradicionais Os produtos tradicionais de Oleiros, como o cabrito estonado, o medronho, a broa da Isna e o vinho Callum, vão ser certificados, disse o presidente do município. Segundo Fernando Marques Jorge, a câmara desenvolveu contactos com o Ministério da Agricultura “ao longo das últimas semanas”, que vão culminar com uma reunião, no dia 17 deste mês. A reunião, explicou, irá juntar responsáveis e técnicos do Ministério da Agricultura em Oleiros para “apresentar o processo de certificação dos produtos”, referiu Fernando Marques Jorge. O autarca salientou que a câmara corresponde, assim, a um desejo antigo da população do concelho de Oleiros, estando “totalmente disponível para colaborar em todo o processo de certificação”, que dá agora os primeiros passos. Fernando Marques Jorge considerou que a certificação dos produtos tradicionais “constitui um valor acrescido” para o concelho e para a região. “Estes produtos são produzidos há décadas de uma forma artesanal. Com a certificação e com um selo de garantia, vão ter maior promoção, mesmo em termos turísticos, e podem ainda servir como incentivo ao aumento de produção e, consequentemente, à criação de mais postos de trabalho no concelho”, disse o autarca. Para já, o processo de certificação vai abranger o cabrito estonado, a broa da Isna, o medronho e o vinho Callum.
Para retirar proveitos económicos da floresta e do mundo rural
Vila Pouca de Aguiar cria grupos sectoriais de produção Os Conselhos Directivos do concelho de Vila Pouca de Aguiar vão participar em grupos sectoriais de produção para retirar proveitos económicos da floresta e do mundo rural. Cerca de meia centena de pessoas participou na reunião, que decorreu no auditório municipal, onde ficou estabelecida a criação de grupos sectoriais de produção, designadamente na castanha, resinagem, pinheiro- bravo, entre outras áreas. O presidente da autarquia, Alberto Machado, referiu a importância da Câmara em “estar ao lado” dos Conselhos Directivos e poder ajudar na criação de riqueza e postos de trabalho. Na reunião, ficou estabelecido que o vereador Duarte Marques vai impulsionar a agregação de representantes de conselhos directivos em grupos de trabalho para criar dimensão de produção com impacto. Nesta reunião, foi aprofundada a gestão florestal para o concelho com a dinamização económica dos baldios (castanha; fogo controlado; resinagem; micologia; pastorícia; aproveitamento florestal e biomassa em pinheiro-bravo), a defesa da floresta contra incêndios através da limpeza de faixas combustíveis e de pontos de água, e a aquisição de máquina de rastos. A produtividade da floresta passa também por saber aproveitar o quadro comunitário de apoio. www.gazetarural.com
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“Retorno tem-se revelado muito promissor”
Carne de bovino de raça mirandesa à conquista do mercado russo
A Cooperativa Agropecuária Mirandesa (CAM) iniciou a exportação de carne de bovino de raça mirandesa para a Rússia, país que começa a dar “nota positiva” a esta raça autóctone do Nordeste Transmontano. “Estamos a exportar para a Rússia através de uma plataforma comercial existente no Luxemburgo e o retorno tem-se revelado muito promissor”, disse o administrador da CAM, Nuno Paulo. Segundo o responsável, os russos estão mesmo a “render-se” ao paladar desta carne produzida e embalada na região nordestina. No entanto, países como Angola ou o Dubai fazem já parte da lista de clientes da carne mirandesa. No mercado europeu, a CAM já exporta de forma regular carne para países como a França, Suíça, Luxemburgo e Andorra. Face a esta política de “expansão” adoptada pela CAM, através da sua unidade transformadora situada em Vimioso, o volume de negócios para 2013 vai crescer cerca de 12 por cento, o que se traduzirá numa facturação que rondará os três milhões de euros. Em 2013 foram comercializadas mais de 300 toneladas de carne em carcaça em Portugal e no estrangeiro. O mercado francês já representa cerca de oito por cento das vendas de carne mirandesa da cooperativa, que actualmente comercializa mais de 2.500 carcaças por ano. Por isso, a CAM está a incrementar uma estratégia de promoção junto de outros mercados, de forma a incentivar o consumo. Os dirigentes da cooperativa estão cientes de que há outros mercados com potencial, embora reconheçam a necessidade de se ter “algumas cautelas” com os negócios. “Não estamos a vender mais carne
para o estrangeiro porque as garantias de pagamento apresentadas por alguns países não são fiáveis”, acrescentou o técnico. O Solar da Raça Mirandesa, que engloba os concelhos nordestinos de Miranda do Douro, Vimioso, Mogadouro, Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vinhais, dispõe de um efectivo pecuário de cerca de 4.000 vacas. Espalhados por todo o país estão mais de 5.100 animais de raça bovina mirandesa, uma espécie autóctone protegida por denominação comunitária e que já esteve ameaçada de extinção. Para satisfazer as necessidades do mercado externo será preciso aumentar o efectivo de animais e, para o efeito, é “importante incentivar os produtores a criarem mais animais”, já que trata de uma raça “com potencial de mercado”.
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Revela um estudo recentemente publicado
Gado bovino encabeça emissão animal de gases do efeito estufa As criações de gado, presentes em grande parte do território terrestre, fazem com que bois e vacas criados com propósitos alimentares emitam mais de três quartos de toda a emissão de gases com efeito de estufa entre os animais da pecuária. O dado é de uma pesquisa financiada pelo Instituto Internacional de Pesquisas em Pecuária e pela Organização Comunitária de Pesquisas Científicas e Industriais (ambos órgãos de actuação global) e divulgada na mais recente edição do jornal científico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). O estudo é descrito pelos seus autores como o mais detalhado já feito sobre o assunto e aponta a Europa e Américas como os epicentros das emissões por gado de gases prejudiciais à camada de ozono. O estudo comparou emissões no mundo todo geradas por criações de gado bovino, animais ruminantes de pequeno porte, porcos e aves. No total, foram analisadas 28 regiões da Terra. De acordo com os condutores do estudo, foram recolhidos dados sobre alimentação de todas as culturas pecuárias abordadas pelo estudo, sobre o quão eficientemente os animais estavam a produzir leite, ovos e carne, e o volume de gases pró-efeito de estufa emitidos por eles. Assim, os cientistas observam que as maiores emissões de gases que fazem mal à camada de ozono, propiciando o efeito de estufa, dão-se pelo gado bovino. “Temos observado muitas pesquisas focadas nos desafios referentes a isso a nível mundial, mas se os problemas são mundiais, as soluções mostram-se praticamente locais e muito específicas a cada situação”, disse à BBC o cientista Mario Herrero, autor da pesquisa. “O nos-
so objectivo é fornecer os dados necessários para que haja um debate sobre o papel da pecuária nas nossas dietas e no nosso meio ambiente e para que possamos procurar as soluções para os seus desafios”.
Dirigido pelo Instituto de Investigação Biomédica de Málaga
Estudo em consórcio pretende valorizar o leite de cabra e derivados
O Instituto de Investigação Biomédica de Málaga - IBIMA (Espanha) e seis empresas da Andaluzia (Espanha) estão a desenvolver um estudo sobre o leite de cabra e seus derivados. O projecto, denominado Capritec --Tecnologías para la Optimización de la Sanidad, Producción y Productos de la Leche de Cabra en Andalucía, pretende desenvolver produtos lácteos de elevada qualidade microbiológica e nutricional, conseguidos por meio de acções integradas em toda a cadeia, desde a produção primária, processo tecnológico até ao produto final, segundo informou a Junta de Andalucía em comunicado. A investigação focar-se-á na diferenciação e no acréscimo de valor destes alimentos e terá em conta os aspectos sanitários e de produção, assim como as propriedades nutricionais do leite de cabra e os benefícios do seu consumo para a saúde. O consórcio, liderado pela Cooperativa Ganadera del Valle de los Pedroches (Covap), é constituído por seis empresas pertencentes a diferentes âmbitos: agroalimentar, com a participação de Covap, Los Balanchares e Corsevilla; o da biotecnologia, com Domca e Biomedal; e o da restauração colectiva, com a participação da Serunion. Os investigadores do Instituto de Málaga terão como linhas de investigação estudar o consumo de produtos lácteos e os
seus determinantes na população espanhola, bem como avaliar as alterações na composição do leite de cabra durante os processos de transformação industrial, comprovando os efeitos fisiológicos que produz no consumo humano. O consórcio das seis empresas de Andaluzia investigará em várias linhas, como a aplicação de tecnologias a nível de parâmetros sanitários e produtos de rebanhos para a melhoria da qualidade do leite; o desenvolvimento de novas tecnologias para a conservação e melhoria das propriedades do produto; a revalorização dos subprodutos das indústrias lácteas; a inclusão de novos produtos em dietas específicas e a obtenção de um leite de cabra e produtos derivados de Qualidade Certificada. A partir dos resultados deste projecto pretende-se dar a conhecer ao consumidor as propriedades do leite de cabra e dos seus produtos derivados. O projecto desenvolver-se-á ao longo de 2014 e conta com um orçamento que ascende a 2.620.075 euros, procedente do Programa Feder-Interconecta, cofinanciado pelo Fundo Tecnológico e gerido pelo Centro para el Desarrollo Tecnológico Industrial (CDTI). Este programa destina-se a fomentar a cooperação público-privada em investigação e desenvolvimento (I&D), em áreas de importância estratégica para o desenvolvimento da economia espanhola. www.gazetarural.com
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Terá cerca de cem quilómetros e ligará ao existente no litoral
Cinco municípios do Centro vão traçar caminho de Santiago pelo interior Os municípios de Vouzela, Tondela, Oliveira de Frades, Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha e a Turismo Centro de Portugal assinaram um protocolo para implementação do Caminho de Santiago, no âmbito de uma estratégia de reforço do turismo religioso. Os cinco municípios do Centro de Portugal comprometeram-se a elaborar, até Novembro, um traçado oficial do Caminho Português de Santiago pelo interior, com cerca de cem quilómetros e que ligará ao existente no litoral. Aqueles municípios ficam responsáveis pela conservação, limpeza e sinalização do traçado, bem como pela sua promoção, em parceria com a Turismo Centro de Portugal, no âmbito do protocolo celebrado. Com a assinatura deste protocolo, os cinco municípios esperam beneficiar do potencial cultural e turístico de desenvolvimento económico que as peregrinações a Santiago de Compostela representam. “Queremos investigar o contexto e todo o conteúdo técnico dos Caminhos de Santiago e que seja homologado devidamente”, disse o presidente da Câmara de Vou28
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zela, Rui Ladeira, durante a cerimónia. O autarca espera que os municípios consigam durante este ano preparar a versão final do traçado e de todas as informações de que ficará dotado, para que depois possa ser promovido no contexto nacional e internacional. O protocolo estipula que no traçado devem constar informações relativas a farmácias, restaurantes, centros de saúde, pontos de água, igrejas, pontes e outros pontos de interesse existentes num raio de um quilómetro. Rui Ladeira avançou que os municípios tencionam candidatar este projecto a fundos comunitários, de forma a não sobrecarregar os orçamentos camarários. “Se não houver enquadramento comunitário, há vontade dos municípios de assumir as despesas, a sinalização e toda a informação”, garantiu. O presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus, lembrou que a repercussão deste tipo de investimentos não é facilmente mensurável. “Há um conjunto de investimentos que, não sendo facilmente avaliados, trarão implicações a montante no
desenvolvimento económico e, acima de tudo, em territórios de baixa densidade”, afirmou, sublinhando que muitos dos impactos acontecerão fora dos principais centros das cidades e das vilas. A vereadora da Câmara de Oliveira de Frades, Elisa Oliveira, considerou importante não só fazer um traçado que ajude os peregrinos a chegarem a Santiago de Compostela, mas que também beneficie as populações que vivem nos territórios. Já o presidente da Câmara de Sever do Vouga, António Coutinho, sublinhou a importância das parcerias entre municípios, independentemente de onde se localizem. “Não somos das mesmas Comunidades Intermunicipais e juntamo-nos num projecto que vai ser uma mais-valia para o território”, referiu. O vice-presidente Câmara de Albergaria-a-Velha, Delfim Ferreira, lembrou que o concelho já faz parte do Caminho Principal e se encontra a desenvolver várias actividades. Além da preparação de sinalética mais pormenorizada que será colocada brevemente, está a ser ultimado “um albergue que abrirá ao público em Março ou Abril, com uma capacidade que rondará as 15 camas para dar apoio aos peregrinos”. O autarca lançou o desafio aos colegas de organizarem em conjunto uma peregrinação anual.
Turismo do Centro aposta no reforço do turismo religioso O presidente da Turismo Centro de Portugal considerou que “a assinatura deste protocolo casa na perfeição num calendário em que o turismo religioso em Portugal é efectivamente um produto turístico”. Pedro Machado disse que tem havido “um trabalho afincado no reforço de um produto que é o turismo religioso, nos seus três eixos”, nomeadamente o culto mariano, o turismo judaico e o Caminho de Santiago. Pedro Machado adiantou que haverá uma parceria com a associação de peregrinos Via Lusitana, entidade com a qual a Turismo Centro de Portugal tem trabalhado desde o início. “A associação Via Lusitana trabalha a dimensão do caminho e, em particular, da peregrinação. Portanto, nós desde o início trouxemos a associação Via Lusitana connosco para que reforçássemos essa identidade e a autenticidade do caminho”, justificou.
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Situada no centro histórico de Boticas
Casa de S. Cristóvão junta requinte e tradição num espaço familiar
A Casa S. Cristóvão é um espaço que foi reabilitado com o intuito de preservar o património local. Situada no centro histórico de Boticas, era uma casa rústica tornada num dos mais belos e acolhedores locais para se pernoitar. A elegância e a sobriedade arquitectónica sugerem a harmonia entre a tradição e a modernidade que se traduzem no conforto e bem-estar de quem por ali passa. A pureza do ar e da água, a excepcional gastronomia regional e um ambiente familiar e discreto fazem deste um espaço de excelência na região. Pelas mãos de Maria da Conceição, “Mariazinha”, saem os melhores petiscos e paladares da verdadeira carne de porco e de vitela. Da simpatia de “Mariazinha” e seu marido José Moura, o convite de momentos bem passados, de convívio e amizade. A Casa S. Cristóvão é um espaço de traços ancestrais, recuperado e adaptado ao turismo rural. O responsável, José Moura, confessa que “este espaço junta o útil ao agradável; o útil foi a reabilitação de uma casa em ruinas e o agradável foi o de permitir aos clientes, mais do que um simples local para descansar, um espaço aberto a novas amizades. De resto, José Moura não esconde que “é muito difícil lidarmos comercialmente com os nossos clientes, porque não os conseguimos olhar como tal, mas antes como amigos”. A Casa de S. Cristóvão é uma oportunidade inigualável para dar a conhecer a terra e os seus costumes. O belo espaço de magnífico encanto é formado por seis quartos, apenas prejudicado pela imagem de um conjunto de ruinas próximas da casa,
cuja reabilitação o município de Boticas tem vindo a inviabilizar. O simpático casal espera que o ano de 2014 seja “uma continuidade nos serviços que estamos a prestar em defesa da preservação de um espaço histórico”. Os mesmos acrescentam que “desejamos que o próximo ano continue a ser tão satisfatório e que possamos continuar a responder a todas as solicitações dos nossos clientes”.
Em Vilar Formoso
Restaurante STOP TIR reabriu com nova gerência Depois de algum tempo encerrado, reabriu em Vilar Formoso o Restaurante-Snack Bar STOP TIR. Pedro Ribeiro acreditou e reabriu o espaço, apostando na inovação para atrair clientela, numa zona de fronteira. Petiscos, como peixinhos do rio, grelhados, nomeadamente borrego, e o leitão frito são alguns dos pratos mais procurados, mas também em pratos de caça, como lebre, perdiz e coelho à caçador, regados com os bons vinhos portugueses. A clientela do STOP TIR, diz Pedro Ribeiro, “vem gente de toda a parte”, dos dois lados da fronteira. Zona turística e de passagem, os camionistas são clientes habituais, pois há as refeições rápidas ou as famosas bifanas. Também os emigrantes por ali param para apreciar a típica cozinha portuguesa. 30
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Protocolo entre o Politécnico de Castelo Branco e a Universidade da Beira Interior
Centro de Biotecnologia de Plantas nasce no Fundão
O parque agroindustrial de Soalheira, Fundão, vai receber o Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior, no âmbito de um protocolo celebrado entre o Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e a Universidade da Beira Interior (UBI). O IPCB e a UBI assinaram dois protocolos de cooperação que envolvem a Escola Superior Agrária de Castelo Branco e a Faculdade de Ciências da Saúde da UBI. Os documentos assinados pelo presidente do IPCB, Carlos Maia, e pelo reitor da UBI, António Fidalgo, incluem as áreas da biologia da reprodução animal e
da biotecnologia de plantas. Carlos Maia referiu que no âmbito do protocolo da biotecnologia de plantas será criado um novo centro (Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior), “que engloba também a Câmara Municipal do Fundão”. “O centro vai ficar no parque agroindustrial de Soalheira, no concelho do Fundão”, disse. O presidente do IPCB explicou ainda que, neste momento, “estão a lançar-se concursos para adaptar alguns edifícios e para aquisição de equipamentos. Tudo isto foi submetido a uma candidatura e aguarda-se que seja aprovada”. “Hoje é um dia importante, em que consolidamos a nossa posição, e estas parcerias ajudam-nos também a concretizar a missão do IPCB”, referiu Carlos Maia. O reitor da UBI congratulou-se com a assinatura dos dois protocolos, realçou a importância da colaboração entre as instituições de ensino superior e disse que “hoje em dia as instituições dependem muito das actividades de investigação”. “Com estes protocolos estamos a cimentar parcerias estratégicas que darão resultado a breve, médio e longo prazo. É destes pequenos passos que se faz a história das instituições”, disse o reitor da UBI. “Tanto a UBI como o IPCB têm dezenas de anos de actividade a promover a região. Penso que as instituições ainda têm muito mais para dar à região se o fizerem em parceria”, referiu António Fidalgo.
Nova Gerência Restaurante Snack-Bar Menu Diário Petiscos Take Away Refeições Económicas Sr. Pedro - 962 160 625 6355 Vilar Formoso
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Alertam cientistas em estudo recentemente divulgado
Europa precisa de milhares de milhões de abelhas Muitos países na Europa estão a enfrentar uma preocupante falta de abelhas para a polinização das culturas, um problema causado principalmente por uma mudança de política da União Europeia favorável aos biocombustíveis, alertaram cientistas em estudo recentemente divulgado. “A Europa, enquanto tal, só tem dois terços das abelhas de que precisa, com um défice superior a 13,4 milhões de colónias, o que corresponde a cerca de 7 mil milhões de abelhas”, quantificaram. Os cientistas, da Universidade de Reading, no sul do Reino Unido, compararam o número de abelhas domésticas em 41 países europeus com a necessidade de polinização entre 2005 e 2010. Apuraram que em 22 países, as abelhas foram incapazes de responder às necessidades, o que forçou os agricultores a recorrerem a vespas e a outros insectos selvagens. A situação era melhor na Turquia e na Grécia e nos Balcãs, onde há uma forte tradição de apicultura e a oferta preencheu 90% da procura. Mas era pior nas antigas repúblicas da União Soviética e no Reino Unido, com menos de 25, e na Alemanha e França, com uma satisfação da procura entre 25 e 50%. Em resultado, os agricultores dependem cada vez mais de polinizadores selvagens, em vez das abelhas domesticadas, cujos serviços alugam durante o tempo da polinização. Esta dependência crescente é preocupante, dadas as flutuações nas populações de insectos selvagens e a sua vulnerabilidade à agricultura intensiva e caracterizada pela monocultura, com menos plantas com floração para oferecer alimentação ou protecção,
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alerta-se no estudo. “Enfrentamos uma catástrofe no futuro, a não ser que ajamos agora”, afirmou o investigador que liderou a equipa, Simon Potts. “Os polinizadores selvagens requerem uma grande protecção. Eles são os heróis desconhecidos do campo, ao constituírem uma ligação crítica na cadeia alimentar para os humanos e fazerem o trabalho de graça”, acrescentou. Uma estimativa datada de 2009 previu que o contributo da polinização dos insectos para o valor global das colheitas é de 153 mil milhões de euros. A nova investigação, publicada na revista científica norte-americana PLOS ONE, associa o défice de abelhas ao aumento em 38% na área afectada a plantações de oleaginosas, como soja, girassol ou colza. Este número compara com um aumento de 07% no stock de abelhas domésticas, entre 2005 e 2010, de 22,5 milhões de colónias para 24,1 milhões. A expansão da área das oleaginosas resultou de uma directiva da União Europeia, de 2003, que determinou o aumento do consumo de biocombustíveis na Europa para 5,75% dos combustíveis consumidos pelos transportes em 2010. A União Europeia estabeleceu um objectivo de 10% para 2020, o que suscitou um debate sobre a limitação da quota das colheitas alimentares para evitar um efeito negativo nos mercados alimentares mundiais e regionais. O estudo nota ainda que as abelhas domésticas ocidentais (Apis mellifera), usadas na Europa, têm sido vítimas nos últimos anos de pestes, bem como da exposição a pesticidas.
Novo presidente da Fundação tomou posse
Biólogo Fernando Correia aposta na projecção internacional da Mata do Buçaco
O novo presidente da Fundação Mata do Bussaco (FMB), Fernando Correia, disse que uma das prioridades da sua gestão vai ser a projecção internacional deste património natural do concelho da Mealhada. Investido nas funções de presidente da FMB, o biólogo Fernando Correia, investigador da Universidade de Aveiro (UA) disse que irá trabalhar para que a Mata do Buçaco “seja mais conhecida do que é”, no país e no mundo. Na sua opinião, importa “catapultar a Mata a nível internacional”, mas “sem alterar a sua identidade”, através do estabelecimento de “parcerias estratégicas” com outras entidades. “A Mata Nacional do Buçaco é o maior museu vivo de Portugal. É também o museu ao ar livre mais antigo de que temos conhecimento”, afirmou Fernando Correia no discurso de tomada de posse, que se centrou, sobretudo, nas valências da mata nacional e na importância de dar a conhecer este espaço florestal ao mundo. “Temos de valorizar ainda mais este património e divulgá-lo fora de portas. É importante dar projecção internacional à Mata Nacional do Buçaco”, avançou o novo presidente da FMB. Escolhido para o cargo pela Câmara da Mealhada, Fernando Correia (especialista em ilustração científica, autor de mais de 85 publicações, tendo participado em mais de 30 em coautoria, entre artigos e livros) encara as novas funções como “um desafio importante” da sua carreira. “Será um percurso de continuidade em relação ao que eu fazia. A Mata tem necessidade de crescer e evoluir”, afirmou o presidente da FMB. Admitindo que, dentro do possível, vai manter a ligação ao Departamento de Biologia da UA, Fernando Correia realçou que “não podia deixar ao abandono” as responsabilidades que de-
têm nas áreas da formação, pós-graduações e doutoramentos. A apresentação do novo presidente da FMB foi feita pelo presidente da Câmara da Mealhada. “O professor Fernando Correia é sobejamente conhecido nos meios universitários e um apaixonado pela Mata Nacional do Buçaco. Tem reconhecimento científico, vários livros escritos, prémios nacionais e internacionais. É, sem dúvida, a melhor escolha”, avançou Rui Marqueiro, congratulando-se pelo facto do professor ter aceitado o convite da autarquia. “Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para ajudar o novo presidente da FMB”, garantiu o edil, concluindo: “Desejo-lhe as maiores felicidades, sendo certo que lhe arranjei uma grande dor de cabeça”. O convite da autarquia para assumir a liderança da Fundação Mata do Bussaco traduz, também, “o reconhecimento do trabalho feito em prol do concelho”. Em 2011, Fernando Correia publicou o livro de divulgação científica “Mealhada - naturezas sem igual”, com 400 páginas e chancela da Câmara da Mealhada. O novo presidente da FMB reside há 17 anos na Pampilhosa, concelho da Mealhada. Docente universitário e especialista em Ilustração Científica (IC) e Design de Comunicação, Fernando Correia é director do Laboratório de Ilustração Científica e coordenador do Curso de Formação em IC do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro. O novo presidente da FMB substituiu António Jorge Franco, que em Outubro decidiu abandonar o cargo, alegando que o seu projecto para a Fundação Mata do Bussaco é diferente do que é defendido pelo presidente da Câmara, o socialista Rui Marqueiro, que sucedeu a Carlos Cabral, também do PS. www.gazetarural.com
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BREVES Uma iniciativa da UTAD e Confraria do Mel
Concurso quer descobrir o melhor mel português
A 19 de Janeiro na Praça Sacadura Cabral
Pinhel promove Mercado da Agricultura Familiar
A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Confraria do Mel estão a promover um concurso nacional de mel, que visa premiar a qualidade e divulgar duas das principais categorias deste produto. O concurso decorre no dia 15 de Fevereiro, devendo os apicultores fazer a entrega das suas amostras até ao dia 10, na sede da Confraria do Mel, em Macedo de Cavaleiros. Apenas serão admitidos méis constituídos por lotes oriundos de produção nacional, com categorias divididas em mel de Rosmaninho e mel de Urze. Para promover e assegurar a qualidade do mel que se produz em Portugal, a UTAD e a Confraria vão realizar também um curso de análise sensorial do mel, curso de provadores, tendo como formadores: Paulo Russo Almeida, da UTAD e António Gomez Pajuelo, da Universidad Complutense de Madrid.
A Praça Sacadura Cabral, em Pinhel, recebe no dia 19 de Janeiro, a partir das 10 horas, mais uma edição do Mercado da Agricultura Familiar, evento que pretende dinamizar e fomentar a agricultura tradicional familiar, promover o escoamento dos produtos agrícolas, assim como oferecer aos consumidores produtos endógenos de qualidade. Este evento destina-se exclusivamente aos agricultores do concelho que pratiquem uma agricultura familiar e de conservação, proporcionando assim uma oportunidade de comércio e, simultaneamente, contribuindo para manter viva a tradição dos mercados agrícolas e do mundo rural, com a participação de consumidores oriundos da região e daqueles que visitam o concelho. Nas bancas de produtos da agricultura tradicional destacam-se os vinhos, o mel, o azeite, os enchidos, os produtos hortícolas, os frutos secos, os doces, as compotas regionais e também algum artesanato. O Mercado da Agricultura Familiar é um evento mensal, que se realiza sempre no terceiro domingo de cada mês, na Praça Sacadura Cabral, em Pinhel.
No cine-teatro de Vouzela a 25 e 26 de Janeiro
Dia 25 de Janeiro, na Igreja Matriz
Festival de Imagem de Natureza recebe alguns dos maiores nomes da fotografia
À semelhança das três primeiras edições, no último fim-de-semana de Janeiro, dias 25 e 26, Vouzela volta a ser palco para a realização do único festival de imagem de natureza do país. O IV Cinclus Fest, promovido pelo Município de Vouzela, recebe pela quarta vez consecutiva os maiores nomes nacionais da imagem de natureza, numa iniciativa que conta uma vez mais com o apoio do Grupo Generg. Já confirmadas estão as presenças dos fotógrafos Ruben Vicente, Ricardo Lourenço, Rui Bernardo, Pedro Narra e Gonçalo Pereira, este último director da Revista National Geographic Magazine. O fotógrafo internacional convidado é Markus Varevuo, da Finlândia, premiado em numerosos concursos de fotografia de natureza, com destaque no GDT Fotógrafo do Ano Europeu 2011. O programa conta ainda com a exposição “Fragmentos de Vida” de João Petronilho e de David Guimarães, no Museu Municipal e da apresentação informal do livro “Momentos de Montanha” de Miguel Serra e João Gabriel Leitão, no átrio do cine-teatro João Ribeiro, em Vouzela. A iniciativa decorre uma vez mais no cine-teatro e a entrada é gratuita. 34
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Castro Daire recebe XV Encontro de Cantares de Janeiras
O Município de Castro Daire em parceria com a Casa do Povo de Cabril vai levar a cabo a realização do XV Encontro de Cantares de Janeiras do Concelho, que se realizará no sábado, 25 de Janeiro, pelas 17 horas, na Igreja Matriz de Castro Daire, depois da Eucaristia. Neste encontro vão participar quatro grupos. A representação do Concelho de Castro Daire ficou a cargo do Grupo de Cantares da Casa do Povo de Cabril que servirá de anfitrião aos Grupos de Cantares “Cantorias” de Vila Chã de Sá - Viseu; Grupo Orfeão de Arouca e Rancho Folclórico das Lavradeiras – Trofa. Mais do que um espectáculo, esta iniciativa representa um reviver das tradições e da cultura que marcam a região e contribuem para preservar o que de bom temos da nossa cultura. Este Encontro de Cantares de Janeiras é já uma das referências do panorama cultural do concelho de Castro Daire, constituindo um evento para todas as idades e do agrado geral, esperado sempre com grande expectativa pelo público castrense. Espera-se uma participação massiva do público castrense, como acontece sempre nestes encontros, contribuindo para animar ainda mais esta iniciativa que promete uma tarde muito agradável.
No próximo dia 25, na Lousã
Montaria ao Javali com “lotação esgotada”
Numa iniciativa do Clube de Caça e Pesca da Lousã (CCPL), vai decorrer no próximo dia 25 uma Montaria ao Javali, que vai contar com a participação de 120 monteiros, o número máximo de participantes. Mário Rodrigues, secretário da direcção do CCPL, refere, por isso, que as “expectativas são altas”, tendo em conta o trabalho que o clube tem desenvolvido na mancha. O responsável do CCPL refere, também, que na Lousã “a caça maior está no bom caminho”, pelo que as Montarias já são bastante conhecidas. Gazeta Rural (GR): Que expectativa tem para a montaria do próximo dia 25, tendo em conta a edição anterior, em Outubro de 2013? Mário Rodrigues (MR): As expectativas são altas, tendo em conta o trabalho que tem sido desenvolvido na mancha, a qualidade das reses avistadas e os cevadouros têm sido “devorados”. Esta Montaria está esgotada. Estão garantidos 120 monteiros. A Montaria anterior correu bastante bem, mesmo assim teve um lado bom e outro menos bom. Com um resultado de 10 veados e 11 javalis, teve apenas a duração aproximada de hora e meia. Tal fato deveu-se á queda de um matilheiro num barranco, e após entrada, por terra, do INEM, os seus médicos decidiram que o acidentado teria de ser evacuado por via aérea, tendo sida interrompida e terminada de imediato a montaria para a entrada do Helicóptero. Analisado no Hospital de Coimbra foi mandado para casa porque não tinha “nada”.
GR: Como está, neste momento, o sector da caça no concelho? MR: No concelho da Lousã a caça maior está no bom caminho. As aproximações ao veado (troféu) têm sido um sucesso, e as Montarias já não precisam de apresentação. GR: O momento difícil que o país atravessa também se repercutiu o sector? MR: Claro! Se assim não fosse seria estranho, mas, o Município da Lousã, soube estar atento, e aceitou baixar o custo da inscrição para a Montaria permitindo, com bastante esforço, que Monteiros de todo o país nos visitem e usufruam de uma jornada Monteira nesta serra maravilhosa, para além da hospitalidade sincera destas gentes beirãs. GR: Portugal tem aproveitado todas potencialidades do sector? MR: Penso que não. Pese embora o esforço titânico de alguns clubes, federações e outras organizações, existe sempre a inércia e o desconhecimento de quem legisla, por um lado, e os jogos de interesses, mais ou menos confessáveis, por outro. Veja-se, a título de exemplo, e só aqui na nossa terra, o que se passa com o Corço, e mais gritante, com a Zona de Caça Nacional da Lousã. Mas este tema, importantíssimo, terá de ficar para outra oportunidade, porque aqui, hoje não haveria espaço. www.gazetarural.com
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“À Conquista de Novos Mercados e Consumidores”
Verallia Portugal promove Concurso de Design e Criatividade A Verallia Portugal lança, pela primeira vez em Portugal, um concurso de Design e Criatividade subordinado ao tema “À Conquista de Novos Mercados e Consumidores”. O desafio é lançado aos alunos do ensino superior de escolas de design do país e procura encontrar novas tendências de mercado no universo do vidro de embalagem. A Verallia Portugal, empresa de vidro de embalagem sedeada na Figueira da Foz, declara aberto o concurso de Design e Criatividade “À Conquista de Novos Mercados e Consumidores”. Os candidatos deverão estar inscritos no ano lectivo 2013/2014 e frequentar uma instituição de ensino superior nas áreas de arte e design. O desafio consiste em antecipar novas tendências de consumo respondendo a necessidades inexistentes na área do vidro de embalagem. As propostas poderão direccionar-se a nichos de mercado ou a mercado de massas, propondo soluções de embalagem de vidro vantajosas para os consumidores e diferenciadoras no mercado vidreiro. Uma página de Internet foi especialmente criada para este concurso com toda a informação institucional e legal, bem como com a possibilidade de submissão dos projectos e votação online. Os jurados responsáveis por avaliar as candidaturas apresentadas são provenientes de diferentes áreas de negócio e assumem-se como clientes da Verallia Portugal, órgãos de comunicação social especializados em vinho e embalagem, agência de design e tendências e elementos da própria Verallia. A votação decorrerá no segundo trimestre de 2014 após a submissão dos projectos por parte dos alunos. A Verallia Portugal atribuirá prémios aos cinco trabalhos mais apreciados e melhor classificados pelo júri, sendo que as primeiras três propostas receberão prémios monetários. Um estágio de Verão na Verallia Portugal e uma entrevista com o Director Geral e com a Directora de Recursos Humanos, estão reservados para os quarto e quinto prémios, respectivamente. Mais informações: http://criatividade2014.verallia.pt/
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Na cidade flaviense de 31 de Janeiro a 2 de Fevereiro
Fumeiro é protagonista na mostra “Sabores de Chaves” De 31 de Janeiro a 2 de Fevereiro, a cidade flaviense vai de novo encher com mais uma mostra “Sabores de Chaves”. Aqui, o fumeiro é rei - no ano passado foram vendidas cerca de 20 toneladas - e o Pastel de Chaves é príncipe - com 17 mil unidades vendidas na última edição. A juntar aos enchidos, concebidos de forma artesanal, e ao famoso pastel de carne de vitela picada em massa folha, juntam-se os restantes artigos de panificação, os produtos da região (como a couve penca e a batata DOP) e o artesanato, perfazendo um volume de negócios estimado na ordem dos 250 mil euros. Durante os três dias, o pavilhão Municipal da cidade torna-se pequeno para acolher tanta gente. Na edição do ano passado, mais de 30 mil pessoas acorreram ao certame, que visa recuperar toda uma tradição, sempre numa linha de fidelidade ao “saber fazer”, com sabores tradicionais genuínos e autênticos de elevada qualidade e reputação. Este saber, que perdura nas tradições das gentes flavienses, faz hoje parte do rico património cultural e gastronómico de Chaves. Em tempos meio de subsistência essencial para muitas famílias rurais, estes produtos ocupam lugar de destaque à mesa dos portugueses. A crescente procura tem potenciado a sua comercialização e a realização de vários eventos regionais que, a par do surgimento de novas unidades produtivas, se afirmam como importantes agentes de desenvolvimento local. Este ano, a mostra Sabores de Chaves conta com 54 expositores, dos quais 37 produtores agroalimentares, 17 dedicados ao artesanato e 3 institucionais, num total de 72 stands ocupados. De realçar que nesta edição a aposta recai em exclusivo nos produtores de Chaves, em oposição com as anteriores edições, assumindo um grande desafio, ao investirem na imagem e dimensão dos seus espaços. Paralelamente, no Mercado Municipal, existirão tasquinhas que propõem aos visitantes experimentar e degustar muitas das afamadas iguarias flavienses. Do programa do certame, destaque para dois concertos de música tradicional/Folk que terão lugar no recinto da feira, na sexta-feira e sábado, pelas 21,15 horas. “Enraizarte”, um projeto da Academia de Artes de Chaves com música tradicional da região e Galandum Galundaina, um grupo de Miranda do Douro e dos mais internacionais do Folk português, são região, assentes na projecção da marca Sabores de Chaves. Seguir-se-á, na Páscoa, a Feira do Folar, em Agosto a Feira do Pastel e os grupos convidados. para encerrar, em simultâneo com a Feira dos Santos, a Feira do Presunto, Vinho, Castanha e Mel. “Sabores de Chaves” reunidos Sob uma marca comum, “Sabores de Chaves” foi criada pelo muem marca promocional comum nicípio para distinguir os produtos agroalimentares produzidos no conO Município promove a mostra “Sabores de Chaves - Feira celho, em especial os que utilizem matérias-primas locais, tendo em do Fumeiro” pelo nono ano consecutivo, inaugurando assim conta a necessidade de reposicionar no mercado os produtos tradicioum ciclo anual de promoção e valorização dos produtos e da nais flavienses, dando-lhes uma imagem de qualidade e modernidade, capaz de gerar maior atractividade e competitividade.
31 JAN. 1 2 FEV. 2014 www.gazetarural.com
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Em Moimenta da Beira a 19 de Janeiro
Festa de Santo Antão mantém tradição com animais
O Santuário de Santo Antão, em Peva, no concelho de Moimenta da Beira, volta a ser palco da Festa do santo com o mesmo nome e que é o padroeiro dos animais. A 19 de Janeiro o programa promete muita animação, mas cumprindo a tradição. Os festejos começam manhã cedo (8,30 horas) com o início das romagens ao santuário. Depois, pelas 11 horas de manhã decorrerá a cerimónia da bênção aos restauros feitos à capela, seguida da eucaristia. Ao meio-dia, uma segunda bênção, mas desta vez aos animais. A tarde arranca com o leilão das oferendas e prossegue com o período mais aliciante, tradicional e popular do programa festivo: a Marrada de Carneiros, às 15,30 horas; a Luta de Bois, meia hora depois, e a Cagadela da Vaca, a fechar, às 17 horas. Tudo no espaço e nas proximidades do Santuário de Santo Antão. As festas são organizadas por uma comissão de mordomos, com a paróquia à cabeça, e têm o apoio da União de Freguesias de Peva e Segões, da Câmara de Moimenta da Beira e da associação Baldios – Terras de Aquilino Ribeiro.
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