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Director: José Luís Araújo | N.º 221 | 31 de Março de 2014 | Preço 2,00 Euros
Por este rio acima!
Festas de Nª S.ª da Boa Viagem com maior participação de sempre Valpaços espera 75 mil pessoas na Festa do Folar I Jornadas do vinho Calum em Oleiros
Sumário 04 Vale de Cambra recebe Fim-de-Semana Gastronómico 06
2015
Câmara de Viseu estuda novo modelo da Agro Beiras para
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Câmara de Arganil vai promover uma feira agrícola mensal
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Albergaria-a-Velha comemora Dia Nacional dos Moinhos
08 Castelo de Paiva Real recebe VI Mostra de Vinho e Produtos Rurais
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09 Constância vai receber a “maior festa de sempre” de Nossa Senhora da Boa Viagem
24 Especialistas desvendam segredos para escolher azeite de qualidade
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Vinho Calum e Cabrito Estonado são destaque em Oleiros
27 Estudo identifica 14 espécies de peixe em rios do Dão, La-
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Sernancelhe organiza certame dedicado ao jardim e aos animais
31 Levantamento de património de 60 paróquias de Viseu pronto até final do verão
13 Feira do Folar de Valpaços espera mais de 75 mil visitantes
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14 “Nem tudo o que borbulha é espumante” no Museu do Vi-
Presidente da Ancose: “Temos que resolver a questão do queijo Serra da Estrela”
fões e Alto Paiva
Portugal é membro da Organização Internacional do Mirtilo
nho da Bairrada
36 Massey Ferguson regressa à Lemos & Irmão
16 Adega Mãe prepara lançamento de novos vinhos
37 Bruxelas quer novas regras para produtos biológicos
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38 Sabores Pascais em Vila Nova de Paiva
Adega de Valpaços pronta para “enfrentar as novas realidades do mercado”
Decorre até 13 de Abril
O melhor peixe apanhado na costa de Setúbal enriquece as ementas dos cinquenta restaurantes envolvidos no Festival da Caldeirada 2014, a decorrer até 13 de Abril, numa organização da Câmara Municipal. Em mais esta edição de um certame dedicado a um dos pratos típicos de Setúbal, que começou a 29 de Março, a caldeirada assume particular importância nos menus de meia centena de restaurantes da cidade, normalmente associados a este programa da Autarquia de promoção de quinzenas dedicadas a um prato específico de peixe ou marisco, agora com novos aderentes. No último dia do festival, organizado com o apoio das empresas Lallemand e Makro, a 13 de Abril, às 18,30 horas, na Casa da Baía, decorre a confecção e degustação de uma caldeirada, a cargo do chef Rui Praxedes, do Restaurante Praxedes. O Festival da Caldeirada é um dos eventos gastronómicos que a Câmara Municipal de Setúbal desenvolve ao longo do ano com o objectivo de promover os produtos regionais e de apoiar a dinamização da restauração local.
Setúbal recebe Festival da Caldeirada 2014
De 4 e 6 de Abril nos restaurantes aderentes
Vale de Cambra promove Fim-de-Semana Gastronómico Vai decorrer em Vale de Cambra, de 4 e 6 de Abril, a VI edição dos Fins-de-semana Gastronómicos, cerca de duas dezenas de restaurantes do concelho a aderirem a uma iniciativa que visa mostrar o que de lhe melhor se serve à mesa naquela região. Oriundo de receitas antigas e ancestrais perpetuadas ao longo de gerações, o Património Gastronómico de Vale de Cambra é histórico e muito rico. Os restaurantes aderentes servirão iguarias como a vitela assada, os rojões ou cozido à portuguesa. É obrigatório provar os enchidos, o presunto ou o queijo com bom vinho verde das castas locais. O leite-creme, a sopa seca ou a aletria são as sobremesas de destaque. Aliado aos paladares, haverá experiências culturais e de lazer para oferecer aos visitantes, com a dinamização de um percurso pedestre ou a actuação das Bandas de Música e da Academia de Música do concelho em apontamentos musicais pelos restaurantes.
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Revela o vereador do pelouro do Desenvolvimento Rural
Câmara de Viseu estuda “novo modelo” da Agrobeiras para 2015 Lançada no início da década de 90, a Agrobeiras deverá voltar em 2015. O regresso, tantas vezes anunciado e adiado, conheceu novos avanços e no próximo ano Viseu deverá ser palco de um grande certame dedicado ao sector primário. O vereador do pelouro do Desenvolvimento Rural assumiu, à Gazeta Rural, que está a ser estudado “o modelo de reaparecimento” da Agrobeiras, que, refere, “faz falta à região”. João Paulo Gouveia que é, também, presidente da Associação de Desenvolvimento do Dão, Lafões e Alto Paiva (ADDLAP), em representação do Município de Viseu, destacou a importância da aposta no sector primário, que considera crucial para o desenvolvimento económico da região. Gazeta Rural (GR): Há uma nova dinâmica na Câmara, mas também na ADDLAP, centrada na região e no sector primário? João Paulo Gouveia (JPG): Há, de facto, um novo conceito do actual executivo, centrado no lema “Viseu, Cidade, Região”. Efectivamente, definimos que a agricultura e o mundo rural seriam um pilar importante desta governação. Sou o primeiro autarca em Portugal a ter um pelouro dignado de “Desenvolvimento Rural”, o que para mim é um privilégio, porque nasci no mundo rural, ao qual estou muito ligado. Nesta nova dinâmica, queremos efetivamente tentar trabalhar em rede, sempre com quem está instalado. O município não se pode substituir à atividade económica e aos operadores da região, mas pode criar uma rede de trabalho e, ao mesmo tempo, criar uma rede de instituições que consiga valorizar, expor e criar um ambiente que possa ser propício à divulgação e realização da actividade económica. GR: No âmbito da ADDLAP, há vários eventos ao longo deste ano centrados no sector primário? JPG: Sim. A ADDLAP acaba por ser um complemento e um instrumento dos vários municípios que a compõem. Vamos ter vários eventos ligados a agricultura e elegemos desde já o vinho como sendo um dos principais atrativos do nosso território. E sobre este ícone queremos dinamizar e, ao mesmo tempo, promover o que de melhor temos no território. O vinho é uma das grandes valências do nosso território, da região, e uma das principais actividades económicas, que pode arrastar uma série de actividades conexas. De 11 a 13 de Abril teremos um evento que trará a Viseu vários jornalistas nacionais, a quem iremos “vender” o nosso território. Claro que o mote é o vinho, mas iremos também falar da maçã, do queijo Serra da Estrela, do turismo religioso, das Termas, para além de outras actividades económicas conexas e complementares ao vinho. Esta é a primeira fase. Iremos também, agregado a este evento, retomar o conceito de colocar no centro histórico de Viseu a peça designada “entra-aduelas”, na Rua Formosa, que os produtores da região do Dão vão dinamizar, dando provas e, eventualmente, vendendo algum vinho, assumindo que Viseu é, também, um grande centro de consumo e não apenas uma região produtora. É claro 6
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que os viticultores e a Comissão Vitivinícola Regional do Dão são nossos parceiros nestas organizações. Iremos ter em Setembro um evento relacionado com as vindimas, cujo programa oportunamente divulgaremos. Para final do ano iremos ter também uma outra iniciativa que marcará o Inverno, agregando o vinho e a gastronomia. Antes disso, em Junho, na aula magna do Instituto Politécnico de Viseu, o município de Viseu em parceria com a Escola Superior Agrária de Viseu, Comissão Vitivinícola Regional do Dão, Associação dos Criadores de Gado da Beira Alta, Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, ADDLAP, FELBA, União das Freguesia de Viseu e outras Juntas, iremos comemorar, no âmbito da FAO, o Ano Internacional da Agricultura Familiar. O programa será divulgado em breve. No âmbito da ADDLAP e do município de Viseu estarmos envolvidos noutras manifestações que a própria comunidade intermunicipal está a desenvolver neste âmbito. GR: Há mais de duas décadas Viseu foi palco da Agrobeiras, um certame virado para o mundo rural. Em 2007 o anterior executivo assumiu o retomar da Feira, assim como a própria Expovis. Pergunto, a Agro Beiras vai ser recuperada? JPG: Sim, vai ser recuperada. Estamos a estudar o modelo de reaparecimento da Agrobeiras em 2015, que tanta falta faz à região de Viseu. GR: Podemos dizer que Viseu é uma cidade rural? JPG: Podemos dizer que Viseu é uma cidade com uma forte componente de Mundo Rural. Permita-me dizer que este novo ciclo de governação vê “Viseu, Cidade, Região”, e não limitada ao seu território. Viseu irá, com certeza, servir de alavanca a todo este vasto e rico território na área rural e a Câmara de Viseu tem essa responsabilidade, servindo de motor para todas estas situações. Viseu tem uma grande componente rural que queremos preservar e, se possível, aumentar. No fundo, criar o ambiente económico para que todos possam mostrar e vender os seus produtos. www.gazetarural.com
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“Palmela – Experiências com Sabor!” está de volta
Queijo de Ovelha em destaque nos Fins-de-Semana Gastronómicos
A Câmara de Palmela, a Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal/ Costa Azul e restaurantes do concelho promovem, nos dias 4, 5, 6, 11, 12 e 13 de Abril mais uma edição dos Fins-de-Semana Gastronómicos do Queijo de Ovelha. O evento dá início ao calendário “Palmela – Experiências com Sabor” 2014 e, ao longo dos dois fins-de-semana, os 20 restaurantes que aderiram ao evento propõem menus requintados e inovadores, onde demonstram toda a qualidade e versatilidade dos queijos de ovelha produzidos no concelho – em especial, o afamado Queijo de Azeitão. A 4, 5 e 6, decorre, em simultâneo, o XX Festival Queijo, Pão e Vinho, constituindo-se como uma oportunidade privilegiada para os visitantes desfrutarem do melhor que o concelho de Palmela e a região têm para oferecer. O projecto “Palmela – Experiências com Sabor!” continua a promover os produtos locais de qualidade e a nossa gastronomia, com um programa intenso em 2014, recheado de Fins-de-Semana Gastronómicos temáticos, show cookings, concursos e mostras para todos os gostos. A este propósito, o vereador Luís Miguel Calha, responsável pelas áreas do turismo e do desenvolvimento económico, manifesta a satisfação do Município “com a adesão dos restaurantes a este projecto, que é um grande aliado para o turismo no concelho de Palmela” e lembra que “a riqueza gastronómica, a qualidade do nosso queijo e a criatividade apresentada pelos nossos restaurantes são os ingredientes certos para o desenvolvimento de um produto turístico que tem um peso cada vez maior na economia local, justificando, claramente, a aposta da Câmara Municipal”.
Em Castelo de Paiva, nos dias 12 e 13 de Abril
Freguesia de Real recebe VI Mostra de Vinho e Produtos Rurais A Freguesia de Real, no concelho de Castelo de Paiva, recebe no fim-de-semana de 12 e 13 de Abril a VI Mostra de Vinho e Produtos Rurais. Vinho verde, artesanato, fumeiro, gastronomia da região, produtos agrícolas e actividades culturais e recreativas protagonizadas pelos nossos conterrâneos são algumas das experiências colocadas ao dispor dos visitantes nesta mostra. À semelhança de anteriores edições, este certame visa promover o que é produzido na nossa freguesia. Sendo certo que o produto central desta mostra é o afamado vinho verde, não é menos verdade dizer que muitos outros produtos são nesta mostra promovidos. O artesanato, os mais variados produtos agrícolas, fumeiro, gastronomia da região entre outros, são os produtos que se podem provar e deliciar nesta mostra. 8
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Festividades do concelho e de Nossa Senhora da Boa Viagem de 19 a 21 de Abril
Constância vai receber a “maior festa de sempre”
“A grande festa do Tejo”, como lhe chamou o historiador António Matias, recebe este ano a maior participação de sempre em número de municípios que se fazem representar nas Festividades de Senhora da Boa Viagem. A 21 de Abril mais de meia centena de barcos e dezenas de canoas, enfeitados, vão subir o Tejo até à confluência com o Zêzere, em Constância, onde decorrerá a tradicional bênção das embarcações. A grande festa dos marítimos tem tudo preparado em Constância, que, engalanada, vai receber milhares de visitantes. Para além dos barcos, o destaque vai também para as ruas enfeitadas com milhares de flores de papel, fruto do trabalho de muita gente, nomeadamente do Agrupamento de Escolas de Constância, que este ano prepararam uma surpresa, com uma cobertura em cordões de lã na zona da praça. A presidente da Câmara de Constância assume que as festas “são um marco importante no concelho, e na região, e um investimento que justifica a sua realização”, considerando que o “retorno é considerável” e bastante superior ao custo das Festas que rondará os 100 mil euros. Júlia Amorim diz que “já ninguém imagina Constância sem as suas festas”, pois “são uma verdadeira obra colectiva, que resulta do esforço, emprenho e dedicação de muitas pessoas e instituições e colectividades do concelho”.
ção, as Festas do Concelho apresentam este ano um novo figurino, tornando-o mais atractivo na sua oferta sociocultural e lúdica, com uma nova disposição do recinto das Festas, contando mais uma vez com muitos espectáculos que preencherão os dois palcos e as ruas da vila. O plano da animação juntam-se um grupo de jovens do concelho, com projectos ligados ao Hip-Hop e DJíng – MK´, Pacifico, DJ AMG e DJ Broe –, o grupo Ferro & Fogo, os ABBA MIA (tributo aos ABBA), a Banda às Riscas, os Montes Hermínios e a já tradicional Tarde de Folclore, apadrinhada pelo Rancho Folclórico “os Camponeses” de Malpique, que este ano conta com a participação do Rancho Folclórico da Freguesia da Lapa, Cartaxo, e o Rancho Folclórico da Alegria da Alqueidão de Sto. Amaro, Fer-
reira do Zêzere. Destaque também para a presença da RTP1, com o programa Aqui Portugal, com apresentação de Sónia Araújo, Jorge Gabriel e Hélder Reis, na tarde do primeiro dia das festas. Paralelamente à animação, integram o programa das Festas o XXVI Grande Prémio da Páscoa em Atletismo, com cerca de um milhar de participantes, o II Strongest Man, uma Mega Aula de Zumba, a XXV Mostra Nacional de Artesanato, a VIII Mostra de Doces Sabores, Saberes e Sabores do Concelho, a Exposição Navegar nas Palavras, as tasquinhas típicas, a chegada das embarcações ao cais de Constância, as bênçãos dos barcos e das viaturas, a procissão em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem e um espectáculo piromusical.
José Cid e Mind da Gap são cabeças de cartaz As Festas do Concelho de Constância decorrerão de 19 a 21 de Abril e terão este ano como destaques musicais José Cid & Big Band, os Mind da Gap, e os DJs Carolina Torres (SIC), e Fernando Alvim (Antena 3). Conhecidas pela diversidade da animawww.gazetarural.com
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VI Festival Gastronómico decorre nos dias 12, 13, 19 e 20 de Abril
Vinho Calum e Cabrito Estonado são destaques em Oleiros
A quadra pascal, na região do Pinhal Interior, fica marcada pelo VI Festival Gastronómico do Cabrito Estonado e do Maranho, que decorre nos dias 12, 13, 19 e 20 de Abril em sete restaurantes aderentes do concelho de Oleiros. Durante dois fins-de-semana os visitantes poderão degustar o cabrito estonado, a mais famosa especialidade gastronómica oleirense, como também os mais genuínos maranhos do Pinhal, regados com o vinho típico desta região, o Calum, um acompanhante de excelência para aquelas iguarias. Deste modo, na quadra pascal aproveite e vá até Oleiros degustar algumas das melhores iguarias da gastronomia portuguesa, num evento que começa a atrair muitos turistas e visitantes a este concelho do Pinhal Interior. I Jornadas do Vinho Calum a 12 de Abril A edição deste ano do Festival Gastronómico fica marcada pela realização das primeiras Jornadas do Vinho Calum, numa clara aposta da autarquia local em proteger esta especialidade autóctone de Oleiros. Confirmados estão já os maiores especialistas na matéria, os quais pretendem sensibilizar os produtores locais para 10
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uma produção com escala e qualidade. Recorde-se que este vinho, exclusivo de Oleiros, é o acompanhante de excelência do Cabrito Estonado em destaque no Festival, pelo que as duas iniciativas da autarquia oleirense vêm dar continuidade a uma estratégia de valorização dos produtos endógenos. O vinho Calum é cultivado nalgumas freguesias de Oleiros, em particular no Mosteiro, ao longo das margens da ribeira da Sertã, é bastante reputado e merece uma referência especial. Trata-se dum
vinho branco, muito ligeiro, de baixo teor alcoólico que por vezes se compara com o vinho verde. A sua produção é, no entanto, ainda muito reduzida, não chegando aos circuitos de comercialização. Virgílio Loureiro, conceituado investigador do Instituto Superior de Agronomia e um dos maiores vultos da Enologia, diz que o Vinho Calum poderá inserir-se na categoria dos Vinhos Históricos Portugueses, tal como o vinho de talha, ou os vinhos cistercienses, colares, dos Açores e Verde de enforcado.
No âmbito da LI Feira Nacional de Agricultura
Santarém recebe os melhores produtos nacionais
Reunir e promover no mesmo espaço os melhores vinhos, azeites, queijos, enchidos, méis, compotas, frutas, entre outros bens alimentares e dar a conhecer aos visitantes produtos de qualidade, mas que muitas vezes o consumidor não encontra facilmente, são objectivos do Salão Prazer de Provar que decorre no âmbito da 51ª Feira Nacional de Agricultura/61ª Feira do Ribatejo, no Centro Nacional de Exposições, em Santarém de 7 a 15 de Junho e que terá como temática principal a Produção Nacional. O evento agrupa o VIII Salão Nacional do Azeite, o VII Salão
Nacional da Alimentação e o IX Festival Nacional do Vinho e contará com diversas iniciativas abertas à participação dos visitantes. Este ano realce para a Padaria da Feira, dinamizada pela empresa “O Quentinho”. Neste espaço o visitante poderá encontrar vários tipos e formato de pão. Três vezes por dia, entre as 12 e as 22,30 horas estará disponível pão quente, acabado de sair do forno. A “Mercearia da Feira”, as “Demonstrações de Cozinha ao Vivo”, mostras e degustações de produtos, harmonizações entre Vinhos/Azeites e Iguarias, entre outras actividades, decorrem também durante os nove dias do Salão.
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De 4 e 6 de Abril, no Expo Salão
Sernancelhe organiza certame dedicado ao jardim e aos animais
O Município de Sernancelhe organiza, de 4 e 6 de Abril, no Expo Salão, a primeira edição da Expo Jardim e Animais, certame de referência para retalhistas e profissionais do sector, que aqui poderão contactar directamente com o mercado e com potenciais clientes, num ambiente repleto de novidades, demonstrações práticas, animação e momentos musicais, onde estarão em exposição produtos de jardinagem e decoração, animais exóticos e de estimação, plantas e arbustos, bricolage e piscinas. “Durante três dias, o Expo Salão abre as portas para uma feira de plantas, flores, mobiliário urbano e de jardim, piscinas e acessórios, equipamentos e acessórios para jardinagem, onde poderão ser adquiridas flores, sementes, fertilizantes, vasos, embalagens e outros artigos para floristas; mobiliário urbano e de jardim, iluminação exterior; máquinas agrícolas e de jardinagem, sistemas de rega, ferramentas e acessórios; e obtidas informações técnicas e conselhos práticos sobre manutenção de jardins. Em simultâneo, a Expo Jardim e Animais oferece um espaço dedicado a animais exóticos e de companhia, onde poderão ser 12
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apreciadas diversas espécies e as suas características singulares, numa área de negócio que conhece hoje franca expansão, sendo reconhecido que um número cada vez maior de portugueses têm adquirido animais exóticos para ter em casa, estando na moda espécies tão diversas como, por exemplo, cobras e iguanas”, refere o vereador do Pelouro da Cultura, Armando Mateus. Nos cerca de dois mil metros quadrados de área de exposição do Expo Salão, pretende-se reunir também um considerável número de animais de estimação, como cães e gatos, uma exposição de galinhas de rala e um leque diversificado de expositores, com produtos e serviços para a canicultura, felinicultura e animais exóticos, em particular sobre as áreas da alimentação, higiene, bem-estar e saúde. Durante três dias, Sernancelhe volta a propor um evento capaz de gerar grande interactividade com a comunidade, promover bons negócios e impulsionar a economia local e regional. Do programa contam diversos momentos dirigidos à população estudantil, com particular destaque para a abertura do certame no dia
4, pelas 14 horas, sendo a tarde dedicada às crianças das escolas do concelho e da região, estando já definida uma demonstração de várias habilidades dos animais pela Brigada Cinotécnica da GNR e uma largada de pombos da responsabilidade da Associação Columbófila de Sernancelhe. No dia 5 de Abril, pelas 21 horas, actuará a Academia de Música de Sernancelhe, sendo que o certame pode ser visitado entre as 10 e as 22 horas.
De 11 a 13 de Abril
Feira do Folar de Valpaços espera mais de 75 mil visitantes
O fim-de-semana de Ramos é, anualmente, de romaria até Trás-os-Montes. A Feira do Folar, promovida pela Camara de Valpaços, é o mote para que mais de 75 mil visitantes, segundo as contas da autarquia, sejam esperados nesta vila transmontana. À Gazeta Rural o presidente da Câmara de Valpaços tem elevadas expectativas para um certame que conta, este ano, com a presença da RTP e que abrirá logo pela manhã para que mais visitantes possam passar pelo certame. Quanto ao processo de certificação, Amílcar Castro Almeida está confiante na sua conclusão para breve. “Será o selo de autenticidade e singularidade do Folar de Valpaços, uma marca já com nome e reputação no mercado”, defendeu o autarca. Gazeta Rural (GR): Que novidades haverá na edição deste ano da Feira do Folar? Amílcar Castro Almeida (ACA): Este ano, a Feira do Folar de Valpaços abrirá pela manhã, numa aposta da organização em abranger um maior número de visitantes e também proporcionar aos nossos produtores uma amostragem e o divulgar dos seus produtos durante mais tempo. Por outro lado, teremos uma maior aposta na animação e a transmissão em directo do programa ‘Aqui Portugal’ da RTP, com a apresentação de Sónia Araújo, Jorge Gabriel e Hélder Reis, na tarde de sábado, das 14 às 20 horas, a partir do recinto da feira. Teremos ainda como novidade este ano Show Cooking, com o confeccionar de pratos ao vivo, tendo como base produtos da região.Iremos manter a aposta na divulgação da nossa cultura, com exposições e actuação dos ranchos folclóricos e bandas musicais. Vamos também concentrar os produtos característicos do concelho no
pavilhão principal, disponibilizando o folar, que os produtores dão aos consumidores e o azeite, o vinho, o fumeiro e os frutos se- também uma salvaguarda para quem produz. Será um selo de autenticidade e singularidade cos no mesmo local. do Folar de Valpaços, uma marca já com nome GR: Que perspectivas tem para esta e reputação no mercado. edição? GR: O Folar é um produto que envolve ACA: As perspectivas são as melhores. Temos tido imensos contactos de pessoas e outros e que mexe com a pequena econogrupos que nos querem visitar, comprovan- mia rural. O que representa, efectivamente, do que o certame que realizamos já dispensa este produto para o concelho? ACA: O Folar de Valpaços é um produapresentações, assim como de expositores, mas iremos manter no regulamento a venda to de panificação específico, constituído por uma massa pão que leveda duas vede produtos só do nosso concelho. Este ano o fim-de-semana de Ramos já zes, sendo a segunda na forma de cozer, tem lugar em meados de Abril, o que faz an- enriquecida com ovos, azeite de Trás-ostever bom tempo, que será propício não só -Montes DOP e margarina vegetal ou baa uma maior afluência de visitantes como de nha, com recheio de carnes gordas salgaparticipantes às provas desportivas, que por das e secas, enchidos fumados e presunto curado pelo fumo. São os ingredientes ímsi só atraem centenas de pessoas. pares do nosso concelho que o diferenGR: O processo de certificação que ciam dos demais e lhe conferem um gosto trouxe de novo para esta iguaria de Valpa- marcado. Ao conter tantos ingredientes e especificidades que o tornam único, o folar ços? ACA: O processo de certificação está agita vários sectores da economia rural, em curso, caminhando a passos largos que faz com que se devolvam pequenos para a sua conclusão, conseguiu-se pro- núcleos de negócio. Por outro lado, temos var de forma documental que o folar é um as padarias e pequenos produtores, que já produto tradicional do concelho de Valpa- fazem folar durante o ano inteiro e enviam ços. O documento único deu entrada no para vários pontos do país e estrangeiro Ministério da agricultura em Lisboa onde encomendas de centenas de folares. O número de pessoas que visita o conse encontra na fase final de avaliação e de seguida é remetido para Bruxelas para ser celho nos três dias de certame é de, aproxitraduzido em todas as línguas proferidas madamente, 75 mil pessoas, sendo o valor de negócio estimado em 1 milhão de euros, na União Europeia. A certificação está prestes a sair, mas cla- beneficiando paralelamente outras áreas ro que ao tê-la será uma prova de confiança de restauração, turismo e gastronomia.
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Patente até 27 de Abril
“Nem tudo o que borbulha é espumante” em exposição no Museu do Vinho da Bairrada Subordinada ao tema “nem tudo o que borbulha é espumante”, está patente até 27 de Abril, no Museu do Vinho da Bairrada, em Anadia, uma exposição, de João Amílcar, com pintura a vinho e a instalação “pegada ecológica do vinho”, concebida especificamente para as características arquitectónicas daquele museu. A exposição é uma homenagem à enocultura, com vinho tinto. Quem disse que vinho é só para beber? João Amílcar deu outra função para a bebida: usá-la como tinta. Na colecção intitulada “vinho com papel”, ele explora a tonalidade de diversos tipos de vinho em 38 desenhos. No processo, dilui a pseudo-tinta em água ou vinho tinto com branco e adquire um resultado parecido com a aguarela. A colecção tem obras sobre motivos do vinho e da uva e é fruto de uma etapa de pesquisa por novas formas de expressão com materiais inovadores, como é o caso do vinho. “Depois de conhecer a riqueza vitivinícola que temos em Portugal, foi curioso saber como certos vinhos se expressam, não somente no paladar, mas também no papel, isto é, envolver todos os sentidos desta descoberta”, explicou o artista.“...trabalhar com o vinho nos pincéis é muito especial, é um material vivo, sua resposta na tela é evolutiva, surpreendente”, afirmou o pintor.
De 3 a 30 de Abril
Exposição “Cestaria de Portugal” em Fornos de Algodres
Está patente de 3 a 30 de Abril no Centro de Interpretação Histórica e Arqueológica de Fornos de Algodres (CHIAFA) a exposição “Cestaria de Portugal”, com peças em miniatura, acervo da Câmara de Vila Nova de Paiva, que poderá ser visitada das 10 às 13 e das 14 às 17 horas de segunda a sexta-feira “A exposição responde ao programa de dinamização e rotatividade de exposições temporárias do Museu. “A Cestaria é entendida como um conjunto de utensílios, obtida através de objectos trançados. Ela compreende a técnica de fabricação de cestos e designa a arte de trabalhar fibras. No sentido mais lato como um conjunto de 14
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objectos ou utensílios, obtidos através de fibras de origem vegetal”. A grande variedade de cestos existentes em cada uma das regiões portuguesas, está intimamente ligada ao fornecimento das matérias que o ambiente envolvente oferece. As técnicas usadas são por isso distintas. A região transmontana, reflecte uma maior ancestralidade e pobreza dos recursos, recorrendo-se à palha de centeio e à silva. Mais para sul, a preferência pela cana e o emprego da empreita de palma, tornam as peças mais leves, permitindo um maior arejo nos produtos transportados. Nas zonas de floresta, o recurso ao castanheiro é usual, tal como nas zonas húmidas se recorre ao junco.
De 15 de Abril a 4 de Maio
Festival de actividades radicais decorre em 7 concelhos dos distritos de Aveiro e Viseu
Sete concelhos dos distritos de Aveiro e Viseu vão acolher, de 15 de Abril a 4 de Maio, um festival de actividades radicais, com centenas de participantes, adiantou fonte da Câmara de Castelo de Paiva. As acções decorrerão nos territórios de Castelo de Paiva, Arouca, Cinfães, Sever do Vouga, Castro Daire, S. Pedro do Sul e Vale de Cambra, municípios que integram a Associação Desenvolvimento Rural Integrado das Serras de Montemuro, Arada e Gralheira. O festival “Beck Fest”, como se designa a iniciativa, basear-se-á em desportos radicais, caminhadas e música, organizados por uma empresa da região. “O público será constituído por habitantes locais, apaixonados pelo desporto e por festivais, atingindo várias idades e classes sociais”, acrescentou a fonte da autarquia. A organização sublinha que aquela região montanhosa reúne condições únicas para este tipo de eventos, sobretudo “paisagens naturais suportadas por elementos como riachos, rápidos, pequenas falésias, trilhos e escarpas”. O programa contempla actividades de bicicleta, canoagem, escalada, pedestrianismo, música e dança. A sessão de boas-vindas aos participantes está prevista para Castelo de Paiva, no Largo do Conde, na manhã de 18 de Abril.
11 a 13 abril · Centro Histórico
Provas de Vinhos Brancos e Rosados Entre Aduelas, Rua Formosa
Concertos e animação de rua Viseu&Vinho Dão mais Festa: Festa das Vindimas (setembro) · Vinhos de Inverno (dezembro)
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Projecto vitivinícola do Grupo Riberalves
Adega Mãe prepara lançamento de novos vinhos Inaugurado a 26 de Novembro de 2011, a Adega Mãe, um projecto do Grupo Ribeiralves, tem vindo a implantar-se no mercado de vinhos de forma sustentada. Situada em Torres Vedras, na Região de Lisboa, a Adega Mãe tem cerca de 40 hectares de vinha, produzindo vinhos de qualidade reconhecida. Recentemente foram lançados no mercado dois monocastas, Cabernet Sauvignon e Touriga Nacional, e um Rosé de 2013. Bernardo Alves, administrador da Adega Mãe, em conversa com a Gazeta Rural, adiantou que “nos próximos meses haverá novidades”, com o lançamento de quatro novos vinhos. “Umas surpresas”, garantiu. Dory, Adega Mãe e Pinta Negra são as marcas com que está no mercado.
Gazeta Rural (GR): O projecto Adega Mãe já entrou em velocidade de cruzeiro? Bernardo Alves (BA): Desde que foi inaugurado, em 2011, temos vindo a fazer um trabalho de fundo. É um projecto criado de raiz, que procurámos fosse o mais completo possível, com enoturismo, com a organização de eventos, com o vinho, sendo este o nosso principal negócio. Desde então, o trabalho tem sido o de nos colocarmos no mercado, a nível nacional e internacional, trabalho que tem sido feito com sucesso, achamos nós. Reflexo disso, é o facto de hoje estarmos presentes nas principais cadeias de distribuição em Portugal e termos ganho já alguns prémios, de que nos orgulhamos muito e estamos muito satisfeitos com isso. GR: Que tipos de castas plantaram nas vinhas? BA: Temos um mix de castas nacionais e internacionais, mas essencialmente castas portuguesas autóctones da nossa região, como o Fernão Pires, mas também de outras regiões, como o Viosinho, a Touriga Nacional, o Alvarinho, entre outras. A região onde estamos implementados tem uma influência do ambiente oceânico muito forte. Então, seleccionámos as castas para esse tipo de clima e ambiente que existe à volta da Adega Mãe. GR: O ambiente oceânico remete-nos para o bacalhau? BA: Sim, claramente, para tudo o que é o bacalhau e o mundo do peixe. Aliás, os nossos vinhos também são feitos, e é uma das nossas preocupações, para harmonizarem com bacalhau. Temos essa preocupação interna, ou não pertencesse a adega ao grupo Riberalves. Ainda falando das castas, o Diogo Lopes e o Anselmo Mendes, enólogos da Adega, e o engenheiro Amândio, responsável pelas vinhas, tiveram a preocupação de fazer uma grande selecção para que, nos 40 hectares que temos plantados, as castas fossem rigorosamente direccionadas para o clima e adaptadas às potencialidades do que é a região de Lisboa, o que, infelizmente, nos últimos anos não 16
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tem seguido por muita gente. Tem-se procurado castas com grande produção, onde o álcool não é muito importante. Está mais que provado que a quantidade é inimiga da qualidade e isso aconteceu até há meia dúzia de anos. Nos últimos anos há uma consciência diferente de todos os produtores desta região, precisamente para fazer vinhos de qualidade.
‘nova’ Lisboa, como região vitivinícola. Esse trabalho tem sido muito profundo. Uma das questões que tento sempre é sensibilizar a restauração da grande Lisboa para apostarem nos nossos vinhos, que são óptimos e de qualidade. Se não começarmos pela nossa região, quem vai começar? Tenho-me batido muito por essa ideia.
GR: Foi importante a mudança do nome da Comissão Vitivinícola, aproveitando o potencial da marca ‘Lisboa’? BA: Lisboa é uma marca muito forte e nós, pela Adega Mãe, estamos muito satisfeitos com a alteração de Estremadura para a Região de Lisboa, pela força que tem no país e a nível internacional. Lisboa não está conotada como região produtora, como o Porto está para o Douro, mas isso é uma questão de tempo, porque o nome é recente, a região é muito forte, é a principal região do turismo em Portugal, é a capital e dai só podem vir coisas boas.
GR: Como olha para os próximos tempos? BA: Hoje não há tempos fáceis. Quem o esperar é melhor desistir. Há, sim, tempos diferentes. Estamos numa região que, a nível de vinhos, está a evoluir, que está a aparecer cada vez mais, quer a nível nacional quer internacional. Quando ao futuro da Adega Mãe, hoje temos uma cadeirinha no mercado nacional, que é muito competitivo, mas amanhã acho que podemos ter uma cadeira mais confortável e um lugar entre os melhores produtores nacionais. Acho que o caminho vai nesse sentido e é para isso que lutamos todos os dias.
GR: Uma das preocupações da Adega é o facto de procurar que o consumidor perceba o que está a beber. Têm feito várias acções de formação nesse sentido? BA: Sem dúvida. Estamos sempre disponíveis para participar em ações junto da restauração, supermercados, no canal Eureca ou no retalho para consciencializar o consumidor para os novos produtos que a região tem para oferecer, do que é a
GR: O mercado internacional é prioritário? BA: É o mercado onde mais vendemos, nomeadamente em Angola, China e Brasil. A Suíça está também a correr muito bem e estamos a abrir novos mercados, como a Dinamarca, Irlanda, Holanda e outros. Penso que o futuro passa, em grande parte, por aí, nunca decorando o mercado nacional, que é o nosso berço. www.gazetarural.com
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Garante o presidente José Manuel Teixeira Vieira
Adega de Valpaços pronta para “enfrentar as novas realidades do mercado”
Numa região onde a produção de vinho é secular, a Adega Cooperativa de Valpaços assume-se como o principal agente económico da região de Trás-os-Montes. Com quase seis décadas de existência e cerca de 1.500 associados tem vindo a apostar na modernização das instalações, de modo a produzir vinhos de qualidade, potenciando mais-valias para os seus associados. O presidente da ACV, José Manuel Teixeira Vieira, à Gazeta Rural, diz que a cooperativa está em condições de “enfrentar as novas realidades do mercado”, referindo o esforço de divulgação não só no mercado nacional, mas também internacional. Gazeta Rural (GR): O sector cooperativo passou por alguns momentos difíceis. Neste âmbito, como está a Adega de Valpaços? José Manuel Teixeira Vieira (JMTV): A Adega Cooperativa de Valpaços, neste sector, é o principal agente económico da região, já conta 57 anos de existência, foi fundada em 14 de Junho de 1956. Actualmente tem cerca de 1.500 associados, com uma produção média de quatro milhões de quilos de uvas, representando cerca de 50% da produção de vinho da região vitivinícola de Trás-os-Montes e cerca de 60% dos vinhos certificados com Denominação de Origem Trás-os-Montes. 18
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A Adega afirma-se como agente de desenvolvimento rural, com provas dadas no contexto regional, nacional e internacional. Não descora a sua vertente social, uma atenção intransigente com os seus associados, cumprindo os princípios do movimento cooperativo e contribuindo para uma melhor qualidade de vida e para a dinamização e o rejuvenescimento do tecido social da sua área de influência. Tenta fazer a articulação entre a sustentabilidade dos espaços rurais e a potenciação e aproveitamento dos recursos endógenos da região em que se insere, tendo como objectivo final o incremento da qualidade dos seus produtos e da qualidade de vida dos seus associados. A elevada qualidade dos seus produtos contribuíram para o seu crescimento e afirmação, levaram à necessidade de fazer investimentos em instalações e equipamentos modernos e actualizados, que lhe permitem continuar a produzir vinhos de reconhecida qualidade, cumprindo com as apertadas normas de segurança e higiene alimentar. Este esforço de modernização, sustentado na qualificação da matéria-prima oriunda dos nossos associados, que reestruturaram e modernizaram as suas vinhas, teve custos que ainda estamos a pagar. GR: O Encostas do Rabaçal é uma das mais prestigiadas referências da Adega,
tem recebido inúmeros prémios, mas também dos vinhos transmontanos. O que representa esta marca para a Adega? JMTV: A história da Adega Cooperativa de Valpaços é caracterizada pelo esforço constante na qualificação da matéria-prima oriunda dos seus associados. Foi a Adega de Valpaços que, nos anos noventa, iniciou, na região, a produção de vinhos VPQRD, numa pequena área de vinha de alguns associados. Hoje, dispondo de instalações e equipamentos enológico modernos, o que lhe permite que mais de 60% da sua produção seja de vinhos certificados, DOC Trás-os-Montes, sendo assim, capaz de enfrentar as novas realidades do mercado. Temos hoje a oportunidade de propor ao consumidor de todo o mundo em geral e ao consumidor português em especial, uma vasta gama de produtos de qualidade que, continua a surpreender os consumidores. Os excelentes vinhos da Adega têm granjeado fama nacional e internacional obtendo várias medalhas de ouro, prata e bronze, em certames de referência no sector. São já mais de oitenta os prémios conquistados em mostras e concursos em Portugal e no estrangeiro. Para os Encostas do Rabaçal são mais de vinte, e os mais recentes foram para o Encostas do Rabaçal Trincadeira (2007) a medalha de prata no concurso internacional Selezione del Sindaco 2013 (Itália); a medalha de prata no II Concurso de vinhos de Trás-os-Montes 2012 e a medalha de ouro no concurso internacional CINVE Valladolid 2012 (Espanha). Para o Encostas do Rabaçal Touriga Franca (2007) a medalha de prata no concurso internacional cidade de Coimbra (2012) e a medalha de prata no concurso internacional CINVE Valladolid 2012 (Espanha). Podemos afirmar que estes são os verdadeiros embaixadores dos vinhos de Valpaços e demonstramos como valorizamos o trabalho árduo dos nossos associados, que produzem uvas, que nós transformamos num produto de excelência. GR: Um dos aspectos que mais preocupa os produtores é a comercialização. Que apostas tem feito a Adega de Valpaços? JMTV: A nossa aposta é seguir uma estratégia orientada para o mercado e centrada na qualidade. Nos últimos anos
a AVC faz investimentos em instalações e equipamentos modernos e actualizados, enquanto os seus associados têm investido muito nas técnicas de cultivo e na reconversão das suas vinhas, o que lhe permite continuar a produzir vinhos de reconhecida qualidade. Agora, é fundamental apostar agora no “marketing”. Esta direcção tem presente a necessidade de planear tudo muito cuidadosamente, para que a vitivinicultura seja rentável, conhecendo uma concorrência forte, defende que o diálogo entre o produtor e o consumidor tem de ser aprofundado, pelo que a aposta deve ser numa comunicação para o consumidor, sem descorar os peritos (críticos, jornalistas, etc.) uma vez que a reputação de um vinho se sobrepõe a tudo. Por esta razão, se tem apostado na divulgação dos nossos produtos, quer em Portugal, quer no estrangeiro, estando presente em vários certames do sector. Recentemente a ACV estive presente em mostras de vinhos na Dinamarca (Copenhaga), na Bélgica (Bruxelas), na Noruega (Oslo) e no âmbito de um projecto da CVRTM, com verbas provenientes do Fundo Europeu de Garantia Agrícola FEAGA, no âmbito da Organização Comum de Mercado, para a Promoção em Mercados de Países Terceiros (países fora da União Europeia), no Brasil (S. Paulo e Rio de Janeiro) e em Moçambique.
Por isso, é possível encontrar os produtos da ACV em praticamente todos os países da Europa, com destaque para os mercados de França e Suíça e em países como Brasil, Estados Unidos da América, Angola, Moçambique, S. Tomé e Príncipe, e recentemente a China. GR: Como olha, neste momento, para o panorama dos vinhos de Trás-os-Montes? JMTV: É certo que os vinhos de Trás-os-Montes, ainda estão um pouco arredados do panorama mediático, mas também é verdade que a sua notoriedade se deve aos vinhos da ACV. Desde a década de 1980, que o seu vinho Terra Quente se tornou numa referência dos vinhos de Trás-os-Montes. Esta região possui condições climáticas que favorecem a produção de vinhos de elevada qualidade. Esta qualidade foi reconhecida por decreto-Lei de Outubro de 1989 e devido à importância dos vinhos provenientes desta grande região vitivinícola, quer do ponto de vista tecnológico, quer a nível económico, foi reconhecida em 9 de Novembro de 2006 a Denominação de Origem Trás-os-Montes. A sub-região de Valpaços, onde se localiza a produção da Adega, é a principal responsável pela produção de vinho em Trás-os-Montes, porque é rica em recursos hídricos e situa-se numa zona de planalto o que potencia boas produções e de
grande qualidade. Aqui, o cultivo da vinha é secular. Existem referências que comprovam a produção de vinho durante a ocupação romana na região. Estes vinhos são conhecidos pela sua grande qualidade. Por tudo isto, não é de estranhar que a vinha seja uma das principais culturas desta região. Verifica-se que nos últimos anos quem havido, por parte dos vitivinicultores, uma aposta na reconversão das suas vinhas. Se por um lado se verificou o arranque de algumas vinhas, mais velhas, pouco produtivas, por outro lado, assistimos a reconversão e plantação de novas vinhas. Houve uma diminuição em área, mas houve um grande aumento na qualidade com a aposta em castas regionais que permitem produzir vinhos de elevada qualidade. Estou convencido que este é o caminho para conduzir a região a um lugar de destaque no mapa dos vinhos portugueses. GR: Como foi a última campanha? JMTV: Foi de excelente qualidade, embora as chuvas precoces e já no final tivessem contribuído para um decréscimo, aliás um problema que afectou todas as regiões. Como estamos numa Região com vários microclimas, possibilita-nos de planearmos a vindima por regiões, daí podermos contornar por vezes os problemas climatéricos.
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No último sábado de cada mês
Câmara de Arganil vai promover feira agrícola mensal
A Câmara de Arganil vai promover uma feira agrícola no último sábado de cada mês, entre as 9 e as 13 horas, no mercado municipal da vila. A decisão da autarquia surge “depois de uma edição piloto” da feira “Arganil + Agrícola”, realizada a 1 de Março, que, apesar das “condições meteorológicas adversas”, se revelou “muito bem-sucedida no que respeita ao escoamento de produtos dos participantes”. Com o certame, que resulta de uma parceria entre a Câmara e as assembleias de freguesia do concelho, os seus promotores pretendem conciliar “a conveniência dos produtores em escoar os seus produtos”, com “o interesse em adquirir produtos agrícolas endógenos, sendo muitos deles de cultura puramente biológica, numa simbiose que potencia a economia local”. Os interessados em venderem na ‘Arganil + Agrícola’ deverão contactar uma das juntas de Freguesia do concelho para “conhecimento do regulamento e condições de participação”, sendo que não é necessária “qualquer autorização prévia” ou “pagamento de qualquer taxa”, sublinha a Câmara de Arganil.
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Nos dias 4 e 5 de Abril
Albergaria-a-Velha comemora Dia Nacional dos Moinhos
Nos dias 5 e 6 de Abril, a Câmara de Albergaria-a-Velha vai celebrar o Dia Nacional dos Moinhos com a inauguração da Rota dos Moinhos, um percurso turístico que engloba dez engenhos restaurados, onde é possível apreciar como se moía o cereal no passado e conhecer as histórias dos antigos moleiros. No dia 5 de Abril, pelas 14 horas, vai ter lugar a sessão oficial de inauguração da Rota dos Moinhos no Arquivo Municipal. Nesta cerimónia serão celebrados protocolos para a integração de dois moinhos - Moinho de Baixo (Rancho Folclórico da Ribeira de Fráguas) e Moinho do Porto de Riba (APPACDM) – seguindo-se a inauguração da Exposição Fotográfica “Moinhos de Albergaria-a-Velha”, composta por imagens dos fotógrafos do Albergariótipos – núcleo de fotografia do Clube de Albergaria. Uma hora mais tarde, em frente ao Edifício dos Paços do Município, partirão autocarros para um percurso por três núcleos de moinhos da Rota: Moinho do Maia (Fial de Baixo), Moinho do Ti Miguel (Fontão) e Moinho do Chão do Ribeiro (Mouquim). As visitas aos moinhos de autocarro são gratuitas, mas carecem de inscrição prévia pelo endereço electrónico turismo@cm-albergaria.pt. No domingo, logo pelas 9,30 horas, será dinamizado um percurso pedestre aos Moinhos da Freirôa, no Rio Caima. Autocarros partirão do Edifício dos Paços do Município até ao estradão florestal junto à Senhora do Socorro, ponto a partir do qual os participantes poderão percorrer troços do antigo Caminho dos Moleiros que, no passado, era uma das vias mais utilizadas na região. Ao início da tarde serão efectuadas visitas a outros moinhos da Rota, desta vez, ao Moinho do Porto de Riba (Soutelo), ao Moinho de Baixo (Ribeira de Fráguas) e aos Moinhos do Regatinho (Vilarinho de S. Roque). Nos vários locais, para além de conhecer o núcleo molinológico, os visitantes poderão participar em inúmeras actividades promovidas pelas colectividades da terra - workshops de broa de milho e pão doce, recriações etnográficas, exposições, não faltando a música tradicional.
Com cerca de 70 alunos
IV edição “EMRC – Disciplina Carbono Zero” decorre em Albergaria-a-Velha
Cerca de 70 alunos de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) estão a participar na IV edição do projecto “EMRC – Disciplina Carbono Zero”, uma iniciativa promovida pelo grupo de EMRC, em parceria com a Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha e o grupo de Ciências Naturais. As actividades realizadas encerram um processo que começou com a sementeira de bolotas, em Outubro, momento em que todos os alunos levaram para suas casas cinco bolotas e cinco sacos de plantação, as quais cuidaram ao longo destes últimos seis meses. 22
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Nesta fase, os alunos estão a plantar, em terrenos cedidos pela autarquia, as árvores resultantes dessa sementeira feita no início do ano lectivo, assim como outras de maior porte também disponibilizadas pela edilidade. “EMRC – Disciplina Carbono Zero” visa, deste modo, promover nos alunos a consciência do valor do cuidado e do dever da protecção do meio ambiente, recorrendo a uma estratégia que não se limita ao ato de plantar árvores, mas envolve cada aluno em todo um processo que exige persistência, paciência e sentido de responsabilidade.
Presidente da Ancose está preocupado
“Temos que resolver a questão do queijo Serra da Estrela”
Há muito que há preocupação no sector quanto ao futuro do queijo Serra da Estrela. Com o preço do leite, tal como do queijo, estagnado há cerca de duas décadas, o aparecimento de raças exóticas na região tem levantado algumas questões aos responsáveis do sector. É o caso do presidente da Associação Nacional de Criadores de Ovinos Serra da Estrela (ANCOSE), que afirma a existência de problemas que urge resolver. Manuel Marques assume que a associação que dirige vai ter “uma intervenção mais activa nessa matéria”, no sentido de “defender os interesses dos ovinocultores”.
Gazeta Rural (GR): Há 10 anos o antigo presidente da Câmara de Fornos dizia o futuro do queijo Serra da Estrela estava em risco. Continua em risco? Manuel Marques (MM): Temos que admitir que sim. Já pedimos ao Governo para fazer umas derrogativas sobre o fabrico do queijo na Região Demarcada, porque, por este andar, qualquer dia não temos, efectivamente, queijo Serra da Estrela. Não entendo como é que, por exemplo, nalgumas feiras na região se podem vender cinco queijos por 20 euros. É impossível. Acho que temos de tomar uma posição rapidamente e ando muito preocupado com isso. Fui acusado por uma pessoa de Oliveira do Hospital, apenas por motivações políticas, de que a Ancose é incompetente nessa matéria, o que não é verdade. Temos que resolver a questão do queijo Serra da Estrela e temos que ter a coragem de o dizer. É um ex-libris e uma das 7 Maravilhas da gastronomia portuguesa. Um amigo disse ao senhor Presidente da Republica, em Celorico da Beira, que em Lisboa, e noutros locais, relativamente ao Queijo Serra da Estrela, se come gato por lebre e nós não podemos permitir que isso continue a acontecer. A Ancose, enquanto organização ligada à produção, irá continuar a lutar para defender a genuinidade do queijo produzido nesta Região Demarcada. GR: À parte das questões relativas à produção, há ainda a quebra no efectivo? MM: De facto, o efectivo caiu para cerca de 80 mil ovinos. Porém, a questão fundamental é que ainda não conseguimos fazer com que a agricultura seja rentável. A minha família, que ainda tem ovelhas, nomeadamente o meu irmão
mais velho, está a vender o leite ao mesmo preço de há 15 anos, quando todos sabemos que os factores de produção subiram e muito. O preço do queijo mantem-se há cerca de 20 anos e esta é uma das questões que afasta o aparecimento de novos produtores. GR: Mas há uma questão fundamental neste processo, que é o aparecimento de raças exóticas, que, diz-se, andam misturadas nos rebanhos com ovelhas Bordaleira e Churra Mondegueira! MM: A Ancose tem competência na selecção das raças Bordaleira e Churra Mondegueira, cujo leite está aprovado para o fabrico do queijo Serra da Estrela. De facto, andam para aí umas misturas e penso que isto tem que ser, de uma vez por todas, solucionado. Tenho batido muita nessa tecla e não me têm ouvido. Se num rebanho há ovelhas que não são das raças autorizadas, não se pode
certificar como sendo queijo Serrada Estrela DOP. Isso compete à EstrelaCoop, organismo que controla a marca. GR: A verdade também é que há cada vez menos produtores a certificar? MM: É verdade, porque a certificação é cara e inflaciona o preço do queijo. Não consigo perceber como se consegue vender Queijo Serra da Estrela a menos de 15 euros o quilo. Não pode ser e não é normal. Durante algum tempo a minha preocupação foi estabilizar as contas da Ancose, o que já foi conseguido, agora vamos ter uma intervenção mais activa nessa matéria e vamos defender os interesses dos ovinocultores. Vamos partir para essa guerra e para a luta. Vamos até onde for necessário para defender e salvaguardar um produto genuíno como é o queijo Serra da Estrela. Não podemos permitir que se continue a enganar o consumidor, vendendo gato por lebre.
Maioria dos consumidores selecciona o azeite de acordo com a acidez
Especialistas desvendam segredos para escolher azeite de qualidade Para desvendar os segredos de um bom azeite, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) recebeu um Curso de Prova de Azeite, conduzido por peritos em olivicultura e destinado a produtores, estudantes e público em geral. “Devemos valorizar as qualidades sensoriais do azeite como os aromas e sabores frutados, amargos, picantes e doces, bem como detectar possíveis defeitos. A acidez não deverá ser o único factor de qualidade”, declara o especialista Francisco Pavão. A maioria dos consumidores escolhe o azeite de acordo com a acidez, um “procedimento que está completamente errado“, de acordo com o responsável, “pois esta constitui apenas um dos parâmetros de qualidade”. Outros consumidores deixam-se influenciar pela cor do azeite, optando por azeites com cores mais claras. No entanto, na análise sensorial, a cor não é avaliada. Os participantes provaram Azeites Virgens Extra e Azeites Virgens “com o objectivo de dar a conhecer as características sensoriais” do produto. “Os dois foram extraídos directamente da azeitona, pelo que podem ser denominados de ‘sumo de azeitona’, enquanto o Azeite resulta da mistura de azeite refinado (através de produtos químicos) com um pouco de Azeite Virgem”, explica Francisco Pavão. Os especialistas defendem que os consumidores devem optar, em primeiro lugar, por Azeites Virgem Extra e depois Virgem, dependendo da aplicação que querem dar ao azeite. “O Azeite Virgem Extra não tem defeitos sensoriais e apresenta acidez expressa em ácido oleico até 0,8%. Já o Azeite Virgem poderá ter alguns defeitos sensoriais, ainda que ligeiros, e acidez compreendida entre os 0,8% e os 2%,” elucida o perito. Além disso, o especialista salienta que a acidez apenas é detectada através de análise físico-química, não sendo perceptível na prova. O curso vai também sublinhar os benefícios para a saúde do azeite que, além da acção antioxidante das vitaminas A, D, E e K, tem efeitos analgésicos, anti inflamatórios, tónicos e protectores da pele, auxiliando ainda na fixação de cálcio, na melhoria do sistema digestivo e no controlo da diabetes. Questionado sobre o uso de fitofármacos (pesticidas e fertilizantes) no olival, Francisco Pavão defende que “o uso deste tipo de produtos está associado à manutenção da superfície do solo e ao combate a pragas e doenças.” No entanto, “são usados no âmbito de sistemas de agricultura que minimizam impactos no ambiente, nomeadamente a Produção Integrada e a Agricultura Biológica.” O evento resulta da iniciativa do Projeto Olivatmad – Redes Temáticas de Informação e Divulgação da Fileira Olivícola em Trás-os-Montes e Alto Douro, organizado em parceria com o Departamento de Agronomia e o Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas da UTAD. 24
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No IV Concurso Internacional Azeite Ovibeja
Azeites de Portugal foram os mais premiados
O IV Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja está em crescendo qualitativo, assim como os azeites portugueses. Das 100 amostras entregues para apreciação, Portugal participou com 41 azeites, dos quais foram premiados 11. O país que apresentou mais amostras foi a nossa vizinha Espanha, com 44 azeites, dos quais foram seleccionados nove vencedores. Entre os distinguidos estão ainda azeites italianos que, com cinco amostras, recebeu três prémios, e azeites do Chile que participou com quatro amostras e viu reconhecida uma delas. Entre os países participantes destaque ainda para Grécia, Eslovénia, Uruguai e Alemanha. O júri do concurso, reconhecido pelo Conselho Oleícola Internacional, integrou 19 especialistas portugueses em representação de todas as regiões produtoras, 10 jurados espanhóis e um de cada um dos principais países produtores, incluindo Israel, Alemanha, Tunísia, Argentina, Chile e Eslovénia. O presidente do júri, Professor José Gouveia, reconhecido internacionalmente como um dos maiores especialistas em azeite, destaca que “a qualidade dos azeites entregues nesta edição reflecte, mais uma vez, o que tem estado a acontecer com os concursos Ovibeja, que têm vindo em crescendo. A grande importância deste concurso, que já começa a ter fama internacional deve-se à quantidade e qualidade das amostras de diferentes países, ao facto de ter jurados conceituados e à excelente organização que este ano superou as expectativas”. Estes são os principais factores que colocam o Concurso Ovibeja em segundo lugar no ranking dos “50 Melhores Azeites do Mundo”. “Os elementos do Júri ficaram encantados com os azeites que estavam a provar”, prossegue o presidente do Júri, José Gouveia, para descrever a grande qualidade dos azeites recebidos este ano. Os prémios do IV Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra vão ser entregues no dia 3 de Maio, às 13 horas, numa ce-
rimónia a realizar na Ovibeja, no Pavilhão Sabor Alentejo. É neste espaço que os visitantes podem provar os azeites concorrentes, assim como participar em provas comentadas de modo a melhor conhecer as diferentes características dos azeites e os seus diversos usos culinários, desde entradas, sobremesas, doçaria, grelhados, assados, frituras. É também para dar a conhecer e potenciar as características e a qualidade dos azeites portugueses que a Ovibeja e a Casa do Azeite – Associação do Azeite de Portugal – investem cada vez mais na organização do Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja, o segundo melhor do mundo.
Em Vila Pouca de Aguiar
Agricultura é estratégia para fixar jovens no concelho A Câmara de Vila Pouca de Aguiar colocou em funcionamento o Conselho Municipal de Agricultura, para delinear estratégias de desenvolvimento deste sector que envolve um terço da população e é encarado como prioritário para fixar jovens. “Todos os agricultores do concelho, através das suas associações, estão representados neste conselho para que, em conjunto, possamos desenvolver uma estratégia de futuro para o mundo rural”, afirmou hoje à agência Lusa o presidente da autarquia, Alberto Machado. O autarca referiu que Vila Pouca de Aguiar é um concelho envelhecido e que, por isso, precisa de conseguir fixar e atrair os mais jovens e criar oportunidades de emprego. E, para Alberto Machado, a agricultura é a estratégia para atingir esse objectivo. Actualmente, um terço da população do concelho dedica-se ao sector, mas, na sua maioria, é apenas para autoconsumo. O autarca quer que o concelho produza aquilo que “se pode colocar no mercado”, aproveitando, para o efeito, a diversificação deste território, que se estende por montanha e vales, e onde se destacam já as produções de castanha, de hortícolas, de carnes, mel ou até mesmo cogumelos. “É uma nova visão da agricultura. Não é a agricultura de subsistência, policultural, mas mais especializada e a pensar nos novos mercados, logo numa produção que vai criar mais-valias, emprego e fixar a população”, frisou.
Nestes últimos meses, a câmara organizou 10 acções de formação dedicadas ao licenciamento de cozinhas tradicionais, cultivo de cebola, à produção de queijo de cabra, leite, gado maronês e cabra bravia, ainda bagas de sabugueiro, resina e até está a procurar o doce característico do concelho. “As acções de formação são sempre fundamentadas nas nossas potencialidades agrícolas e são sempre direccionadas para os mercados. Não nos interessa ter um agricultor a produzir tudo, pretendemos ter um agricultor especializado numa determinada área de sucesso”, sublinhou. E, segundo Alberto Machado, já há resultados. “Há jovens, quase todos os dias, a pedirem informações aos nossos serviços”, frisou. Um interesse que o autarca espera que se concretize em investimentos, até porque referiu que “se tudo isto fracassar, fracassa o próprio concelho”. “Se não conseguirmos inverter o ciclo de desertificação e de perda populacional, poderá fracassar, ficar em causa, a própria sobrevivência dos concelhos do interior”, frisou. Neste plano de inventivo ao mundo rural, o município atribui já inventivos à produção pecuária, ajudando a pagar a vacinação dos animais, e quer ainda diminuir as taxas de licenciamento de estábulos e explorações pecuárias. www.gazetarural.com
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Em Oliveira de Barreiros
Selectis promoveu acção sobre utilização de produtos fitofármacos
A Selectis, em colaboração com a JCG – Distribuição, levou a cabo uma acção no sentido de sensibilizar para agricultores para as melhores práticas na utilização de produtos fitofármacos. A JCG Distribuição, sedeada em Oliveira de Barreiros, Viseu, comercializa produtos da Selectis, promovendo todos os anos várias acções no sentido de apoiar os seus clientes e agricultores em geral. Para o gestor de marketing da Selectis, estas acções “são muitos importantes”, para que os agricultores conheçam as melhores práticas de utilização, mas, especialmente, “como devem posicionar adequadamente os nossos produtos para que tenham sucesso”, afirmou André Alpalhão. Para este responsável da Selectis, há que ter agricultores “bem informados”, porque “o seu rendimento acaba por ser o nosso também e temos interesse em divulgar o máximo conhecimento possível sobre as doenças e a melhor forma de posicionarmos os nossos produtos na protecção das mesmas”. André Alpalhão sublinha, ainda, a importância do “conhecimento”, para que os agricultores possam ter mais-valias nas suas produções. Segundo o técnico, a Selectis, pertencente ao Grupo Sapec Agro, todos os anos procura colocar à disposição dos seus clientes “novas soluções”, para dar respostas aos novos desafios que se colocam aos agricultores.
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No âmbito do projecto Atlantic Aquatic Resource Conservation
Estudo identifica 14 espécies de peixe em rios do Dão, Lafões e Alto Paiva Catorze espécies de peixe, três das quais invasoras, foram identificadas durante um estudo de monitorização da fauna piscícola e da qualidade da água na área de intervenção da Associação de Desenvolvimento Dão, Lafões e Alto Paiva (ADDLAP). A ADDLAP integra, em consórcio com outras entidades europeias de investigação técnico-científica e de desenvolvimento regional, um projecto comunitário denominado Atlantic Aquatic Resource Conservation (AARC). O estudo, iniciado em 2011, baseia-se em cinco a sete pontos de amostragem por cada concelho da ADDLAP - Vila Nova de Paiva, Viseu, S. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades - nas bacias hidrográficas do Douro, do Vouga e do Mondego. “O concelho de Viseu tem as 14 espécies, noutros houve três ou quatro espécies que não apareceram”, explicou José Manuel Costa, da Escola Superior Agrária de Viseu, que está a trabalhar neste projecto. O investigador alertou que entre elas estão “três espécies exóticas, invasoras, que foram introduzidas e estão a acabar com o ecossistema e com algumas das espécies locais”. “Estas três espécies, conhecidas por gambusia, achigã e a perca-sol, introduzidas inadvertidamente em locais de ambientes muito sensíveis, vão provocar um dano em dois ou três anos. Algumas, infelizmente, já estão implantadas”, acrescentou. Exemplificou que a perca-sol “é muito resistente e muito migradora, facilmente passa de uns sítios para os outros, até infelizmente com a ajuda do homem”. José Manuel Costa congratulou-se por esta espécie não ter sido ainda detectada no concelho de Vila Nova de Paiva, “porque depois de introduzida é muito difícil conseguir eliminá-la”. No que respeita à qualidade da água, o investigador explicou que, globalmente, e tendo em conta as amostragens feitas no inverno e no verão, os concelhos de Vila Nova de Paiva e de Viseu conseguiram a classificação “boa”, o de S. Pedro do Sul “fraca mais” e os de Vouzela e de Oliveira de Frades de “fraca”. “É normal que, se seguirmos o curso do Vouga, os concelhos mais a montante - Vila Nova de Paiva e Viseu - tenham uma qualidade de água para fins de vida piscícola melhor do que aqueles concelhos que estão mais próximos da foz, ou seja, S. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades. Isso confirmou-se”, sublinhou. No entanto, ressalvou que, se for analisado individualmente cada ponto de amostragem, “há uns excelentes e outros muito fracos”. “Portanto, é de esperar que, a tomarem-se acções, seja sabendo o local onde se quer intervir. E aí, só nesse local, e não no valor médio do concelho, é que temos de ver se a água é boa ou má”, afirmou. Segundo José Manuel Costa, para sobreviverem e se reproduzirem, os peixes, em vez de o fazerem “no Vouga, no local onde está contaminado, se não tiverem obstáculos podem subir pelos seus afluentes, onde vão certamente encontrar qualidade da água muito melhor”. “Ainda não estamos atrasados demais para tentar salvaguardar estes ecossistemas. Temos é de estar atentos para que qualquer intervenção que façamos não seja irreversível”, avisou. Neste âmbito, destacou a importância deste estudo de monitorização, para “ver o estado de conservação das comunidades piscícolas e para que as acções que se tomem não sejam avulsas”. O estudo encontra-se neste momento numa fase de tratamento de dados. O relatório final deverá estar pronto dentro de dois ou três meses. www.gazetarural.com
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Passadas as Festas das Amendoeiras em Flor
Mogadouro prepara novos eventos para atrair visitantes Passadas as Festa das Amendoeiras em Flor, Mogadouro prepara já novos eventos para o que resta deste ano. O objectivo é cativar visitantes, numa região procurada por turistas nacionais, que oferece produtos de excelente qualidade, a começar pela gastronomia. As festas da Amendoeira em Flor não correram como a autarquia desejaria. O lamento é de Virgínia Vieira, vereadora do pelouro da Cultura da Câmara de Mogadouro. “Temos de cativar as pessoas para que venham a Mogadouro ver o que temos e comprar os nossos produtos”, afirmou à Gazeta Rural, sublinhando as elevadas expectativas em relação às festas da Amendoeira em Flor, que, reconheceu, “este ano estiveram um pouco fracas”. É que o tempo não ajudou. Todavia, Virgínia Vieira não desarma e diz que a autarquia vai continuar, no próximo ano, a apostar nestas festas e na Feira que as encerra. Para quem nunca foi a Mogadouro, fica o desafio. Conheça as magníficas paisagens que a região oferece, mas também a gastronomia, “vasta e muito boa”, atalha Virgínia Vieira. “Queremos trazer as pessoas, mostrar-lhes o que temos, aquilo que somos capazes de fazer e de dar”, refere a autarca, destacando a hospitalidade das gentes do concelho, a gastronomia e o artesanato.
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A atracção de pessoas ao nordeste é, segundo Virgínia Vieira, uma aposta que tem que passar pela conjugação entre os municípios da região. “Temos que nos juntar para termos mais força”, desafia a autarca. Neste âmbito, o município de Mogadouro prepara novos eventos para os próximos meses. A Feira do Livro, em Maio, as Festas de Nossa Senhora do Caminho e de Santa Ana, realizada pelos jovens solteiros, “uma tradição” de Mogadouro são atractivos. Lá mais para o final do ano a Feira dos Gorazes é o evento marcante no concelho e na região, naquela que é uma das mais antigas e a principal feira do distrito de Bragança, que anualmente atrai milhares de visitantes, onde de tudo se compra. A par disso, a autarquia transmontana prepara para Julho uma recriação histórica na zona envolvente ao castelo, que diz Virgínia Vieira, “é muito bonito” e “é ai que vamos fazer a nosso próximo grande evento”. O concelho de Mogadouro, encravado entre o Douro Superior e o Planalto Mirandês, é um dos grandes produtores de azeite da região, mas a vereadora da Cultura diz que a produção de vinho poderia ser “uma aposta” a ter em conta.
Segundo dirigente da Associação Nacional de Industriais de Arroz
Falta central de secagem e armazenamento para tornar arroz do Mondego competitivo O vice-presidente da Associação Nacional de Industriais de Arroz (ANIA) defendeu a necessidade dos orizicultores do Vale do Mondego criarem uma central de secagem e de armazenamento de arroz comum para serem mais competitivos. O Mondego é a única região orizícola do país, as outras são os vales do Tejo e do Sado, cujos produtores não dispõem uma estrutura de secagem e armazenamento comum, salientou Mário Coelho, em Montemor-o-Velho, à margem da conferência “Em defesa do arroz carolino”. A central é “indispensável para optimizar a rentabilidade”, sustentou o dirigente da ANIA, salientando que a este acrescem outros problemas, como a pequena dimensão da generalidade dos arrozais e falta de emparcelamento, que explicam a fraca competitividade do arroz naquela região. “A elevada quantidade de variedades de arroz carolino” contribuiu igualmente para a dificuldade de afirmação do produto, alertou, durante a conferência, Mário Coelho, defendendo que “grande parte da sustentabilidade” do sector no Mondego passa pela selecção e aposta numa muito reduzida gama de variedades. “A escolha e aposta numa variedade não é fácil” e chegar a um entendimento sobre a variedade de carolino que garante mais qualidade e rentabilidade e convencer os produtores dessa necessidade “é trabalho para anos”, advertiu. No vale do Mondego “temos variedades interessantíssimas de arroz carolino para o mercado interno e para exportação”, desde que “consigamos promovê-lo e produzi-lo em condições capazes de competir”, sublinhou Mário Coelho. “O carolino não é uma, mas um vasto conjunto de variedades”, frisou, durante a sua intervenção, Reis Mendes, presidente da Casa do Arroz, partilhando a opinião de Mário Coelho e considerando que “o ideal seria que cada variedade” de arroz carolino fosse identificado, pelas suas “características e origem” na embalagem.
Reconhecendo que Portugal não tem condições para competir, “desde logo com os nossos vizinhos” de Espanha, na produção de arroz agulha, Reis Mendes entende que, por isso, mas também pela qualidade do carolino português, se deve apostar neste tipo de arroz. Todo o sector da orizicultora em Portugal, desde a produção à distribuição, tem “um longo caminho a percorrer”, desde a “organização da fileira”, envolvendo todos os seus agentes, até à “promoção do produto”, afirmou Reis Mendes. É preciso “ter uma visão integrada do negócio do arroz” para garantir a sustentabilidade do sector, defendeu Reis Marques, explicando que é nesta perspectiva que se explica a criação, em 2012, da Casa do Arroz, instituição que representa “cerca de 80 por cento dos produtores de arroz do país e cerca de 60 por cento dos industriais” do sector. Também para o presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, os orizicultores do vale do Mondego devem, antes mais, apostar na qualidade do arroz que produzem. “Os produtores não podem continuar a investir numa variedade de carolino” que produza mais quantidade, pensando que assim conseguirão concorrer, alertou o autarca, defendendo que “o negócio é, tem de ser, a identidade e a qualidade do nosso arroz, que é único”. O desafio do município é a promoção dos seus “produtos endógenos” e, portanto, do arroz carolino, mas compete aos produtores garantirem a sua qualidade, sublinhou Emílio Torrão, que falava no encerramento do debate. Integrado no Festival do Arroz e da Lampreia, dos Sabores do Campo e do Rio, o encontro foi promovido pela Câmara de Montemor-o-Velho. www.gazetarural.com
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Presidente da CAP e a PAC 2014-2020
Agricultores deverão receber “mais dinheiro do que recebem hoje”
O presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP) antecipou em Arouca, numa reunião sobre a Política Agrícola Comum (PAC), que, até 2020, 92% dos agricultores nacionais deverão receber em ajudas directas “mais dinheiro do que recebem actualmente”. A PAC para o período 2014-2020 foi tema prioritário no encontro que envolveu os dirigentes associativos do Entre Douro e Minho, dado que, devido ao atraso nos procedimentos europeus, a respectiva legislação só poderá entrar em vigor a 1 de Janeiro de 2015, caso o Governo apresente a Bruxelas, até 1 de agosto deste ano, a respectiva lista de opções. João Machado afirmou que “a margem de manobra para cada Estado-membro é muito pouca”, mas anunciou que, em alternativa ao incentivo de acordo com o número de hectares, a opção adoptada por Portugal deverá ser a de que as ajudas aos pequenos agricultores sejam todas aumentadas para um mínimo de 500 euros. “Isto significa que 92% dos agricultores portugueses vão receber mais dinheiro do que recebem actualmente”, declarou o presidente da CAP. “Não é coisa pouca, considerando
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que em Portugal há 100.000 agricultores que recebem até 500 euros e que, entre esses, se calhar são 90.000 os que não recebem sequer 100 euros”, realçou. A opção por esse regime simplificado vem sendo “a que tem merecido mais consenso” nas quatro reuniões que a CAP já realizou com conselhos directivos de diferentes regiões, mas João Machado observou que, “independentemente do que venha a ser decidido, o orçamento já definido tem que ser cumprido”. Para o presidente da Confederação, a questão de esse orçamento “ser grande ou pequeno já não se coloca, porque o assunto ficou fechado o ano passado”. O que importa considerar é que em causa está uma verba na ordem dos 590 milhões de euros anuais em ajudas directas aos cerca de 200.000 agricultores portugueses, até final de 2019. “A soma dos orçamentos da PAC diminuiu, até porque passámos de 26 para 28 Estados-membros, mas o primeiro pilar, das ajudas directas, aumentou 7% e o segundo pilar, do apoio ao investimento, mantém-se mais ou menos igual”, notou João Machado. Portugal mantém-se como um dos países que recebem menos apoios per ca-
pita e ocupa o “22.º ou 23.º lugar da lista”, o que “não agrada nada” ao presidente da CAP, que admite que a verba em causa resulta daquela que foi “a negociação possível”. “Pode dizer-se que é pouco, mas, se o orçamento global diminuiu e nós tivemos um aumento no primeiro pilar, isso significa que houve outros países que perderam mais do que nós”, concluiu.
Na área de intervenção da ADDLAP
Levantamento de património de 60 paróquias de Viseu pronto até final do verão
A Diocese de Viseu espera ter pronto até ao final do verão o levantamento no terreno do património existente em seis dezenas de paróquias da área de intervenção da Associação de Desenvolvimento Dão Lafões e Alto Paiva (ADDLAP). O levantamento começou a ser feito em Maio de 2012, no âmbito de uma candidatura apresentada à ADDLAP, que abrange áreas dos concelhos de Viseu, Oliveira de Frades, Vouzela, Vila Nova de Paiva e S. Pedro do Sul. A coordenadora do Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu, Fátima Eusébio, explicou hoje, em conferência de imprensa, que este levantamento é fundamental para outras iniciativas a desenvolver no futuro. “Sem conhecermos o que temos, é muito difícil fazer uma programação futura”, seja numa perspectiva religiosa ou de atractividade de pessoas ao território, considerou. Segundo Fátima Eusébio, este levantamento vai mais longe do que os que têm sido feitos noutras dioceses. “Inventariamos tudo o que tenha valor patrimonial. Fazemos inventário não só do edifício, mas também da sua envolvente, das alminhas, dos cruzeiros, das festas que existem”, exemplificou. As informações vão depois sendo introduzidas numa base de dados, “que vai ser fundamental para a gestão do património”, porque “permite ter um manancial de informação”, como a cronologia, o estado de conservação e a função de cada uma das peças. “É um trabalho imenso, que estamos com dificuldades de concretizar em tão pouco tempo”, admitiu, contando que, por exemplo, só para Oliveira de Frades já foram criadas três mil fichas nesta base de dados. Fátima Eusébio estima que esteja feito “60 a 70% do levantamento no terreno”, estando a maior parte da informação já
introduzida nas fichas. Este levantamento representa um investimento total de 150 mil euros, sendo 40% suportados pela diocese e 60% disponibilizados no âmbito da candidatura aprovada pela ADDLAP. O presidente da ADDLAP, João Paulo Gouveia, considerou que “este projecto exprime uma das facetas mais importantes do espírito e da estratégia” da associação, que é “valorizar os recursos do território e usá-los como um activo para a economia, o turismo e o emprego”. “O património religioso local das nossas freguesias é um activo que deve ser protegido, conhecido e valorizado no turismo e na cultura”, sublinhou.´ ADDLAP aprovou 14 novos projectos de desenvolvimento local A ADDLAP anunciou a aprovação definitiva de 14 novos projectos de desenvolvimento local, que representam um investimento de 1,4 milhões de Euros e um financiamento comunitário de 880 mil Euros. O presidente da ADDLAP e vereador do Município de Viseu. João Paulo Gouveia, referiu que este será provavelmente “o último grande pacote de investimentos aprovados neste ciclo de financiamento comunitário” e que a prioridade actual é “executar e executar bem”. Na ocasião foram também apresentados os eventos apoiados pela ADDLAP agendados para os próximos meses. Em Viseu, o destaque vai para as comemorações do Dia da Árvore e do Dia da Água e ainda para o arranque da iniciativa “Viseu & Vinho Dão Festa” com o evento “Tons da Primavera”, no fim-de-semana de 11 a 13 de Abril. www.gazetarural.com
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Através da AGIM - Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial
Portugal é membro da Organização Internacional do Mirtilo
Portugal passou a ser membro oficial da Internacional Blueberry Organization (IBO) (Organização Internacional do Mirtilo) através da Agim – Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial. A decisão foi comunicada durante a Cimeira da IBO, que decorreu durante os dias 11 e 12 de Março na cidade de Guadalajara, no México, perante mais de 200 participantes de diversos países produtores e comercializadores de mirtilo, como Reino Unido, Canadá, EUA, Polónia, Austrália, China, Coreia do Sul, Japão, Nova Zelândia, Chile, México, Peru, África do Sul, Ucrânia e Argentina, entre outros. Para a coordenadora da AGIM, a única entidade portuguesa convidada a participar nesta cimeira, “este foi um dia importante para a fileira do mirtilo em Portugal”. Sofia Freitas foi convidada pela organização da Cimeira da IBO a intervir como oradora na conferência com o tema “O estado da cultura do mirtilo em Portugal: desafios e oportunidades”. A conferência do IBO abordou, durante dois dias, uma análise ao crescimento das plantações de mirtilo a nível mundial, o seu volume de produção, os estudos mais recentes sobre os benefícios do mirtilo para a saúde, uma perspectiva comercial a nível mundial deste pequeno fruto e uma análise completa dos factores que afectam a produção e as exportações do mirtilo mexicano. Para a coordenadora da AGIM esta “foi jornada de muita aprendizagem, muito proveitosa por todos os conhecimentos adquiridos sobre a produção do mirtilo em todo o mundo e por todos os contactos estabelecidos com agentes internacionais desta fileira”. A IBO é uma organização mundial que reúne especialistas de todo o mundo da fileira do mirtilo. A IBO promove conferências para partilhar e trocar informação sobre o mirtilo, juntando sinergias e aumentando, assim, o conhecimento acerca desta cultura, enfrentar em conjunto os desafios que se apresentam e encontrar soluções e explorar oportunidades. Em suma, esta organização existe para promover o crescimento e a sustentabilidade da indústria de mirtilo.
Resolução do Conselho de Ministros publicada em Diário da República
Governo criou grupo de acompanhamento da bolsa de terras
O Governo decidiu criar um grupo de acompanhamento da bolsa de terras, assim como um coordenador nesta área, segundo uma resolução do Conselho de Ministros publicada em Diário da República. O grupo de acompanhamento agora criado surge da necessidade de “promover a dinamização e divulgação da bolsa de terras”. Este grupo vai funcionar junto do Ministério da Agricultura, em articulação com a Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, a entidade gestora da bolsa de terras. Entre as funções deste grupo está a “colaboração na definição e execução da estratégia de dinamização e de divulgação da bolsa de terras” e na “análise, a nível nacional e regional, da evolução do 32
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mercado fundiário e da mobilização das terras rurais”. Ao grupo compete, ainda, colaborar na produção de relatórios anuais e indicadores periódicos de preços e de dinâmica do mercado fundiário rural, a nível regional e sub-regional. A resolução prevê que seja criada a figura do coordenador da bolsa de terras, que vai integrar este grupo e que é designado pelo membro do Governo responsável pela área do desenvolvimento rural. A resolução produz efeitos desde a sua publicação e caduca automaticamente decorridos três anos. Na introdução da resolução lembra-se a lei de Dezembro de 2012, que criou a bolsa nacional de terras para uso agrícola, florestal ou silvopastoril, que estava prevista no programa do Governo.
No próximo dia 11 de Abril
Unimadeiras reúne accionistas em Albergaria GR: Que mais-valia trás a certificação florestal para os produtores? JL: No mínimo, na venda, valoriza 10%, o que é uma mais-valia fundamental no negócio que queremos incrementar, além do que representa em termos ecológicos e na produção. Neste aspecto, não impomos, mas aconselhamos. Se todos os produtores adoptarem as nossas regras, vamos produzir mais por hectare. Na região, nos distritos de Aveiro, Viseu, Coimbra e Porto, em vez das 200 toneladas por hectare, podemos atingir produções na ordem das 300 a 350 toneladas por hectare. Temos processos e os meios humanos ao dispor dos nossos accionistas, produtores ou empresários florestais, para potenciarGR: Como está a floresta na região? JL: Penso que está muito bem. Esta- mos a produção. mos a certificar cada vez mais área, sinal GR: A Unimadeiras entrega a produção de que os produtores estão a aderir ao processo, em que estamos apostar cada aos maiores grupos nacionais? JL: Temos um mercado nacional exporvez mais. Em 2012 a certificação importou, nos negócios da Unimadeiras, em 7% do tador por natureza. Os grupos Portucel/Sovolume total. Penso que em 2013, e ainda porcel, Altri e Sonae exportam 90% do que não fizemos um balanço final, deve ficar produzem. Ao estarmos com eles estamos nos 10%. Em 2020 esperamos que a ma- a exportar, indirectamente. Queremos estar deira certificada represente um quarto do com a indústria nacional e apoiá-la da mesma forma que nos apoiam, porque acresvolume dos negócios da Unimadeiras. centam valor no produto final. Gazeta Rural (GR): Sente o peso da responsabilidade? Jorge Loureiro (JL): Claro que sim. É uma responsabilidade muito grande, mas o António não nos abandonou, pois continua como membro do Conselho Administração da Unimadeiras e que nos representa em diversos eventos para que somos convidados. O António deixou a Unimadeiras muito bem e assim esperamos que ela continue. GR: No dia 11 de Abril conta ter muita gente? JL: Contamos ter os 600 accionistas e mais convidados, na ordem das 800 pessoas. Os cerca de 600 accionistas da Unimadeiras vão reunir, no próximo dia 11 de Abril, em Assembleia-geral na sede da empresa em Albergaria-a-Velha, a primeira com Jorge Loureiro na presidência do grupo, após a saída de António Loureiro para a Câmara de Albergaria. Em conversa com a Gazeta Rural, o novo presidente assume o peso da responsabilidade de substituir António Loureiro, que tornou a Unimadeiras numa das mais fortes organizações florestais em Portugal.
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Integrada na X edição da Feira do Azeite e do Vinho
Murça vai promover jornadas de Agricultura e Floresta
Integrada na X edição da Feira do Azeite e do Vinho de Murça, que este ano decorre de 9 a 11 de Maio, vão realizar-se as jornadas técnicas subordinadas à Agricultura e à Floresta, nos dias 9 e 10. O protocolo de colaboração entre as entidades organizadoras das Jornadas, a Câmara Municipal de Murça, a Associação Florestal do Vale do Douro Norte, e o Centro de Ges-
tão de Empresa Agrícola Vale da Porca já foi formalizado. Está prevista a participação de membros do governo e de serviços descentralizados, para abordarem a temática dos novos fundos comunitários, nomeadamente o plano de desenvolvimento rural 2014-2020 e medidas de apoio ao sector agro-florestal.
Empreender e inovar em Trás-os-Montes, será um dos temas em destaque, com realce para a Imagem, Comercialização e Marketing, bem como para a Certificação, e Energias Renováveis. Cogumelos, Plantas Aromáticas e Medicinais, Olivicultura, Castanha, Apicultura, Vitivinicultura, Pequenos frutos e Frutos Secos, serão temáticas a desenvolver ao longo dos dois dias de jornadas. A degustação de produtos regionais, workshop gastronómicos, provas de vinhos e de azeites serão uma constante no alinhamento do programa das jornadas técnicas. Para além da organização tripartida, a colaboração dos centros de investigação das instituições de ensino superior da região serão o garante da certificação científica das jornadas, bem como a presença das associações empresarias, com destaque para a CAP. Paralelemente à intensa actividade técnica e científica, a Feira do Azeite e do Vinho de Murça, conta com a presença de dezenas de expositores, com particular incidência dos produtores de vinho e de azeite do Município de Murça, mas também artesanato, panificação, doçaria e demais produtos regionais. Desporto, cultura e um alargado programa recreativo complementam os dias em que Murça celebra 790 anos do Foral.
Projecto concluído até Dezembro deste ano
Câmara de Ourique leva electricidade a 20 montes e explorações agro-pecuárias A Câmara de Ourique anunciou que vai avançar com um novo projecto de electrificação rural do concelho, num investimento de 275 mil euros, que irá beneficiar cerca de 20 montes e explorações agro-pecuárias. O projecto vai abranger cinco troços rurais e permitir “melhorar a qualidade de vida e contribuir para fixar pessoas no interior do concelho”, disse o presidente da autarquia. Por outro lado, frisou Pedro do Carmo, o projecto vai facultar “melhores condições para os agricultores e as empresas situadas no interior do concelho desenvolverem as suas actividades” e, desta forma, “contribuir para a competitividade do mundo rural”. Segundo o autarca, o projecto, que vai abranger os troços de Corredoura, Vale Feixe, Fragosa Nova e Cerro do Vale Feixe, na freguesia de Ourique, e de Malha Ferro, na União das Freguesias de Panóias e Conceição, deverá arrancar no terreno em Junho ou Julho e terminar em Dezembro deste ano. Orçado em 275 mil e 366 euros, é financiado em 85 por cento por fundos comunitários, através do Programa de Desenvolvimento Rural, sendo a restante verba repartida entre a autarquia e os proprietários dos montes e das explorações agro-pecuárias beneficiados. 34
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OPINIÃO
O futuro da floresta em Portugal
Em meados de Fevereiro a Fundação Francisco Manuel dos Santos publicou um ensaio da autoria do Professor João Santos Pereira, do Instituto Superior de Agronomia, que serviu de mote e inspiração para este texto de opinião. Um livro que serviu de base ao debate promovido pela Sociedade Portuguesa de Ciências Florestais no Dia Internacional da Floresta. Trata-se de uma obra que ao longo de 92 páginas apresenta uma caracterização da floresta e do sector florestal em Portugal e dos principais conceitos inerentes à silvicultura, que termina com um capítulo subordinado aos desafios do futuro e às políticas florestais. É sabido que a floresta tem um elevado valor económico, social e ambiental e, sobretudo, cria riqueza que se materializa no elevado volume de exportações das indústrias de base florestal, com saldo amplamente positivo na balança comercial portuguesa. E, como o Presidente da República fez questão de assinalar por ocasião da celebração do Dia Internacional da Floresta, 21 de Março, “é da maior importância sensibilizar os portugueses para a defesa, a protecção e a valorização da nossa floresta”. Mas, que futuro está reservado para a floresta em Portugal? Uma floresta que está nas mãos de privados e que no espaço de 100 anos passou de uma ocupação
residual para ocupar mais de um terço do território e que tem revelado grande dinamismo assente sobretudo no eucalipto, o principal produto florestal em termos de valor de produção, e que assume cada vez maior importância económica. O autor da obra supracitada elenca quatro eixos fundamentais para a política florestal em Portugal: a defesa da floresta contra incêndios, a florestação/reflorestação, a protecção contra pragas e doenças e a adaptação às alterações climáticas. Numa análise atenta é fácil perceber que os riscos que pendem sobre o futuro da floresta são complexos e exigem uma intervenção bastante articulada entre o Estado/Administração Central e os privados, detentores de cerca de 98 por cento da floresta em Portugal. Uma articulação que pode ser estruturada com base no estabelecimento de contratos-programa plurianuais com as organizações de produtores florestais e que permitam a operacionalização no terreno, junto dos proprietários e produtores florestais, das orientações de política florestal. No entanto, verifica-se que o instrumento de política que deveria estabelecer a visão e as orientações estratégicas – a nova Estratégia Nacional para as Florestas, tarda em surgir, correndo o risco de não ter capacidade de influenciar o principal mecanismo de financiamento pú-
blico da floresta portuguesa nos próximos anos, o Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020. O PDR 2020 apresenta os apoios destinados ao sector florestal em duas Medidas – M4. Valorização dos recursos florestais e M8. Protecção e reabilitação de povoamentos florestais, onde se incluem os apoios para a melhoria do valor económico das florestas e que contemplam a elegibilidade dos custos inerentes ao processo de certificação florestal. Tal como o Prof. João Santos Pereira identifica, são muitos os desafios que se colocam à floresta e ao sector florestal em Portugal e que tem na mitigação do risco dos incêndios florestais “o principal factor limitante para o investimento na floresta”. Mas outros desafios carecem de medidas que devem ser inscritas numa política florestal sólida na visão de longo prazo, estável do ponto de vista institucional e de “geometria variável”, ou seja, com a amplitude e flexibilidade necessária para dar resposta às várias realidades e multifuncionalidades das florestas que compõem o coberto nacional. A produtividade da actividade florestal não tem evidenciado uma evolução positiva, para o que têm contribuído os incêndios e danos causados por agentes bióticos nocivos cujos efeitos se têm vindo a agravar com as alterações climáticas. Do meu ponto de vista é aqui que reside o maior desafio de todos – o combate à negligência e ao abandono florestal através da gestão activa e profissional da floresta, ou seja, tornar a floresta um activo rentável e que vale a pena investir! Existe potencial para afirmar a floresta enquanto um recurso endógeno estratégico para o País quer como produtor de bens transaccionáveis, quer como um pilar da sustentabilidade ambiental do território. É preciso olhar para o futuro, estar bem ciente dos impactos dos cenários das alterações climáticas e procurar novas soluções tendo presente o contributo da floresta e do sector florestal para a Economia Verde, nomeadamente em matéria da utilização eficiente e sustentável dos recursos florestais, da produção de energias renováveis e da valorização das amenidades geradas nos ecossistemas florestais através do pagamento dos serviços silvoambientais prestados à sociedade. Miguel Galante (Eng. Florestal) www.gazetarural.com
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A história da Massey Ferguson tem as suas origens em 1847 quando Daniel Massey fundou a Newcastle Foundry and Machine Manufactory, uma pequena oficina para fabricar e reparar instrumentos agrícolas para feitores da cidade de Newcastle, província de Ontário no Canadá. Inicia assim, uma vida plena de inovações, especializações e desenvolvimento, revolucionando tractores e equipamentos agrícolas. A nova empresa começou por fabricar uma das primeiras debulhadoras mecânicas do mundo, lançou o primeiro tractor com tração às quatro rodas, introduziu a primeira ceifeira-debulhadora automotriz, até que em 1953 associou-se ao engenheiro inglês Harris Ferguson formando a mais prestigiosa e conhecida marca em todo o mundo, a Massey Ferguson. Marca esta que conta com alguma tradição na nossa região de Viseu. Veja-se um pouco por essas pequenas e médias propriedades com agricultura, quer profissional, quer familiar, onde existe praticamente um tractor vermelhinho da Massey Ferguson, que apesar dos anos, continua com uma alma indestrutível e igual a ela própria com uma capacidade de utilização em qualquer ambiente e em situações de grande exigência, assegurando-lhe sempre uma reputação sem igual nestas terras beirãs. A LEMOS & Irmão iniciou a sua actividade há 67 anos contando com a especialização e desenvolvimento de várias áreas de negócio, desde a tanoaria, à comercialização de gás, aos postos de combustível e à representação de várias marcas automóvel, agrícolas e máquinas comerciais. Praticamente no seu início,
houve uma marca a quem reservou especial atenção e carinho, a Massey Ferguson, a qual foi uma das suas principais apostas na região de Viseu, com uma forte dedicação e empenho, construiu fortes e estáveis relações que ainda hoje perduram. Aquando da sua reestruturação accionista, o ramo agrícola foi desagregado da sua organização e a Lemos & Irmão focou-se maioritariamente no ramo automóvel, com o portfólio de marcas que vão desde a Opel, Suzuki, Isuzu, Chevrolet e Saab, aos postos de abastecimento Repsol e à Escola de Condução Grão Vasco. Passada uma década, “o bom filho à casa torna” a Massey Ferguson volta a fazer parte dos seus ideais, com os respectivos serviços de Vendas, Pós-venda e Peças localizados na Avenida da Bélgica. A Região de Viseu já pode contar com a Massey Ferguson de novo e em força, com uma vasta gama de tractores compactos, vinhateiros, fruteiros e convencionais, os quais foram concebidos para lidar com a mais ampla gama de tarefas agrícolas, municipais e outras com maior simplicidade e economia, proporcionando simultaneamente um ambiente de trabalho espaçoso, confortável, com polivalência e robustez. Massey Ferguson é um tractor concebido para durar e para satisfazer todas as necessidades. Quando viajar de avião, em qualquer lugar do mundo, e visionar pequeninos pontos vermelhos nos campos agrícolas, não se assuste, tratam-se dos tractores da Massey Ferguson, uma das mais conceituadas marcas de equipamentos agrícolas em todo o mundo!...
Ano X - N.º 221 Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), jla.viseu@gmail.com | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda. Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Fernando Ferreira, José Martins e Helena Morais Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 363 Fracção AT - Lj 11 - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320 E-mail: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS - Inscrição nº 124546 Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís Araújo Sede Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica Sá Pinto Encadernadores - Telf. 232 422 364 | E-mail: ajsapinto@mail.telepac.pt | Marzovelos - Viseu Tiragem média Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores
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BREVES I Encontro AgroEcológico vai decorrer em Coimbra A Agrobio - Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, em parceria com a Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), vai realizar nos próximos dias 4 e 5 de Abril o I Encontro AgroEcológico sob o tema “A Pecuária em AB”. A ideia é reunir saberes e conhecimentos, técnicos e teóricos, na área da Agricultura Biológica, trazendo ao público uma actualização da informação no que se refere ao modo de produção biológico vegetal e animal. Este encontro acontecerá no dia 4 de Abril, mas será complementado com o Dia do Agricultor, dedicado ao tema das sementes, no dia 5 de Abril.
Sátão recebe a I Expo Cultura a 26 e 27 de Abril O Largo de São Bernardo, em Sátão, vai receber a I Expo Cultura nos dias 26 e 27 de Abril. O evento é uma feira de artesanato, de floricultura e coleccionismo e é realizado no âmbito das comemorações dos 40 anos do 25 de Abril. Para exporem os seus produtos, os interessados devem inscrever-se até ao dia 15 de Abril. A iniciativa conta com o apoio da NGestus, associação do concelho, e do Clube de Coleccionadores da cidade de Viseu e tem entrada livre.
Mostra Itinerante de Artesanato percorre associaçõess da Lourinhã De Abril a Dezembro, 15 associações da Lourinhã recebem a Mostra Itinerante de Artesanato (MIA), que leva a vários pontos do território do concelho a riqueza e diversidade do artesanato local. Desenvolvida pelo Município da Lourinhã, em parceria com as associações anfitriãs e os artesãos, esta iniciativa de valorização do património e artesanato concelhios, propicia, em simultâneo, a animação das diferentes colectividades e a dinamização da economia local. A MIA tem início nos dias 5 e 6 de Abril, na Associação Cultural Recreativa e Desportiva da Marquiteira, em horário a divulgar brevemente.
Mercado quadruplicou nos últimos dez anos
Bruxelas quer novas regras para produtos biológicos
A Comissão Europeia propôs novas regras para a produção biológica e respectiva rotulagem, numa procura de adaptação a um mercado que quadruplicou nos últimos dez anos e de aumento de agricultores que produzem ‘bio’. Bruxelas visa, assim, reforçar e harmonizar as normas da agricultura biológica, tanto para os produtos da União Europeia (UE) como para os produtos importados, mediante a abolição de muitas das excepções em termos de produção e de controlos. As propostas contemplam ainda a possibilidade de pequenos agricultores aderirem a um regime de certificação de grupo, além da planeada simplificação da legislação, que reduz os custos administrativos para os agricultores e aumenta a transparência. A Comissão Europeia adoptou ainda um plano de acção para o futuro da produção biológica na UE, que prevê uma melhor informação dos agricultores sobre as iniciativas em matéria de desenvolvimento rural e de política agrícola. “A Comissão pretende mais e melhor agricultura biológica na UE, para o que é necessário consolidar a confiança dos consumidores nos produtos biológicos e eliminar os obstáculos ao desenvolvimento do sector”, disse o comissário europeu para a Agricultura, Dacian Ciolos. A proposta da “Comissão Barroso” terá que passar pelo crivo do Parlamento Europeu e do Conselho de Ministros da UE.
Pedro Pauleta gostou da maçã e do espumante de Moimenta da Beira A antiga estrela de futebol e ex-internacional da selecção portuguesa, Pedro Pauleta, provou o sabor da maçã de Moimenta e degustou espumante Terras do Demo, produzido pela Cooperativa Agrícola do Távora, durante a Bolsa de Turismo de Lisboa. Pauleta assegura que ficou fã dos dois paladares e prometeu alargar os aplausos às duas marcas de Moimenta da Beira, junto do seu vasto círculo de amigos.
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No próximo dia 12 de Abril
Sabores Pascais em Vila Nova de Paiva Vila Nova de Paiva recebe no próximo dia 12 de Abril mais uma edição da Feira dos “Sabores Pascais”, uma iniciativa da Câmara local que pretende promover e comercializar produtos endógenos do concelho, como o pão de ovos, pão caseiro, bôlas, doçaria variada, licores, compotas, fumeiro, entre outros, típicos desta quadra, numa tentativa de dinamizar a economia local. Delfina Gomes, vereadora responsável pelo evento, adiantou a feira “mantem a mesma linha e qualidade das anteriores”, mas, sublinha, “pretendemos sempre mais e melhor”, pois “desta forma encaminhamo-nos para uma maior diversidade e especificidade, para que a Feira seja já como uma rota a não perder, pela qualidade dos produtos”, visando também “recuperar antigos e bons sabores da Páscoa das terras do Alto Paiva, mais precisamente do nosso concelho, onde o gosto das nossas avós foram passando de mão em mão e de saber em saber”. Os visitantes poderão ali encontrar os “Sabores Pascais”, mas também o bom trigo de ovos, as filhoses e sonhos, mas também as afamadas trutas de escabeche ou os queijos com doce de abóbora.
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