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Director: José Luís Araújo | N.º 223 | 30 de Abril de 2014 | Preço 2,00 Euros
“No Brasil o Dão é promissor. Só falta divulgação” Diz Raphael Sena
Sumário 04 Presidente da Câmara de Amares: “A Feira Franca é uma grande montra para mostrar o que temos” 06 Feira do Azeite e do Vinho promove ‘produtos âncora’ de
Murça
08 Tomar recebe XXI edição do Congresso da Sopa 10 “GIN tasting 2014” estreia-se em Lisboa a 10 de Maio 11 Vinhos do Dão premiados com 12 medalhas 12
21 Patrius Vini ‘mostra’ KASKUS 18 22 Açores querem aproveitar e relançar potencial da vinha 23 Modelo técnico para a produção de mirtilos apresentado pelo país 24 BLC3 vai criar centro de investigação para a produção de biopetróleo
26 Cooperativa de Olivicultores de Valpaços mantem aposta na qualidade
Fundação Côa Parque assume organização do Festival do Vinho do Douro Superior
28 Espaço ‘Fidalgas de Santar Gourmet’ inaugurado em Santar
14 Essência do Douro vai lançar novo ‘Palácio dos Távora’
29 55% das explorações agrícolas da região Centro desapa-
16 Vinhos de Lisboa querem duplicar vendas na restauração 17
InvestBraga organiza primeira Feira do Vinho Verde, Gastronomia e Turismo
18 Raphael Sena e a imagem dos vinhos do Dão no Brasil:
receram
32 Portugueses pouco preocupados com a origem dos produtos que consomem 34
Governo vai adequar IRS de proprietários a ciclo de produção florestal
“É necessário que a região faça o consumidor entender que o Dão tem carácter e elegância”
36 Moura recebe Congresso Nacional do Azeite
20 Câmara e a Rota dos Vinhos da Península de Setúbal pro-
38 Câmara de Viseu quer dinamizar Mercado 2 de Maio
movem Wine Sunset Party 2014
Presidente da Câmara de Amares à Gazeta Rural
“A Feira Franca é uma grande montra para mostrar o que temos” Num concelho que quer apostar no sector primário, um certame de cariz rural é a melhor forma de mostrar os saberes e os sabores da terra. É o que vai acontecer vem Amares de 9 a 11 de Maio, em mais uma edição da Feira Franca, evento que visa mostrar os saberes e sabores deste concelho, com destaque para a gastronomia, as tradições, o artesanato, o folclore, mas também a pecuária. O presidente da Câmara de Amares destaca a importância do certame para o concelho, no sentido de “mostrar os nossos produtos locais”. Mas Manuel da Rocha Moreira, à Gazeta Rural, defende que o desenvolvimento do concelho passa pela aposta no sector primário, nomeadamente no vinho e na laranja, numa altura em que os pequenos frutos têm ganho adeptos, mas também no turismo, de forma a atrair gente àquele concelho minhoto. Gazeta Rural (GR): A Feira Franca é já um ex-libris de Amares e desta região do Minho? Manuel da Rocha Moreira (MRM): É. Começa a ser uma feira já com alguma dimensão, que pretende mostrar os nossos produtos locais. E esse é o objetivo. Somos um concelho com uma grande componente agrícola. Por isso, acho que a feira é uma grande montra para mostrar aquilo que temos. GR: Amares, como concelho agrícola, o que produz? MRM: Amares é, um pouco, o reflexo do país, fruto de erros políticos das últimas décadas, em que se deixou de investir na agricultura. Pagou-se para não produzir. Portanto, Amares sofreu desse drama e a agricultura foi nas últimas duas décadas votada ao abandono, com laranjais obsoletos e uma vinha muito pobre. Agora, fruto da crise, que nos atormenta a todos, estamos a virar-nos de novo para o campo. Amares tem dois produtos 4
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com a Cooperativa dos Produtores Agrícolas do Concelho de Amares (COPACA), a criar um gabinete de apoio à agricultura, que deverá arrancar em Maio, com um técnico que ajude os nossos agricultores nas suas dificuldades. Esse é o caminho. Durante muito tempo nada se fez. Agora, se temos de traçar um rumo, só se consegue tendo ao nosso lado gente competente e com qualificações. E isso que vamos fazer e em parceria, tentando dar respostas aos anseios e, sobretudo, às dificuldades e neGR: Os jovens têm voltado à terra? MRM: Sou um professor nesta terra há cessidades dos agricultores. 33 anos e conheço quase todos os jovens. GR: Disse que os jovens se estão a viHá um certo número de jovens que estão virados para a terra, mas uma grande parte rar para a produção de pequenos frutos. está a imigrar, infelizmente, gente com co- Amares tem condições para essa aposta? MRM: Penso que sim. Amares é um nhecimento, a quem o Estado pagou para lhes dar cursos e agora manda-os imigrar. concelho que fica entre dois rios e tem Há, contudo, jovem agricultores que muita água. Tem características específiestão a apostar nos pequenos frutos, cas que nos podem, de certeza, dar grancomo nos mirtilos e na framboesa, e que des respostas. Não tenho dúvidas nenhuestão a investir muito neste concelho. mas. Acho que é também um caminho que teGR: Voltando aos eventos. Depois da mos que seguir. Por isso, penso que em Amares, sendo Feira Franca há um conjunto de iniciativas um concelho pequeno com 87 quilómetros que visam atrair gente ao concelho. MRM: Em Junho temos o Santo Antóquadrados, há uma percentagem de jovens que estão a caminhar para a agricultura, o nio, mas antes temos as comemorações dos 500 anos do Foral de Amares. Aliás, que me deixa muito feliz e motivado. temos dois forais, o de Amares e do Bouro. GR: Apontou a aposta no vinho verde, As festividades do Foral de Amares já coe na casta Loureiro, mas disse também que meçaram e vão prolongar-se até Outubro, os laranjais estão obsoletos. Essa aposta com inúmeras actividades. Temos um conjunto de iniciativas que no sector passa também pela reconversão vamos promover, sobretudo para levar dos laranjais? MRM: Naturalmente. Os laranjais já longe o nome de Amares, o que é fundaestão muito velhos, estragados digo eu, mental e é necessários reconverte-los. É preciso GR: O que é Amares hoje? fazer essa aposta e eu entendo que a CâMRM: Pois, essa é a minha grande mara tem aí um papel importante. Já está assumido, comigo e com o senhor reitor da Universidade do Minho, fazer uma parceria com o Departamento de Biologia para tentarmos dar alguma vida, da parte científica, à laranja e ao vinho. É uma forma de caminharmos. fundamenais, que são a laranja, muito típica e com uma característica muito própria, e o vinho verde da casta Loureiro. Por isso, entendo que Amares tem que caminhar e apostar em produzir vinhos verdes de qualidade. A crise fez com que se voltasse ao campo. No concelho, muitas terras estavam cheias de mato e silvas, e espero que esse regresso, nos próximos tempos, comece a dar frutos.
dificuldade. No meu plano estratégico, a aposta é no turismo. Acho que Amares tem de caminhar para aí, numa aposta no turismo, mas num turismo ligado à agricultura que é fundamental. Estou a tentar criar uma marca Amares. Quem vier a Amares tem que ter uma referência, seja pelo vinho, pela laranja, no turismo termal, com as Termas de Caldelas, ou de cariz religioso. Neste aspecto, há muito que visitar, como o Mosteiro de Santo André de Rendufe, o Mosteiro e Pousada de Santa Maria de Bouro, o Museu do Santuário de Nossa Senhora da Abadia. Temos tanta coisa, agora não conseguimos ao longo destes tempos mostrar ao mundo e ao país aquilo que somos. Este é o meu objectivo. GR: Trazer gente e agarrá-la pelo estômago. O que há por aí neste aspecto? MRM: Temos o Festival das Papas de Sarrabulho, que trás muito mais gente a Amares. Mas temos outras actividades que queremos dinamizar. Se calhar é pela boca, ou pelo estômago, que podemos atrair mais gente. GR: O que marca a gastronomia de Amares? MRM: Temos uma gastromania muito própria, sobretudo as Papas de Serrabulho, que têm sido uma referência ao longo dos anos. Este ano fizemos o décimo segundo festival e vamos continuar a apostar neste evento gastronómico. Mas temos outras iguarias, como o cabrito, o frango, vinho, as laranjas, para além da beleza natural, que não se paga e é só nossa.
GR: O que diferencia a laranja de Amares de outras? MRM: A laranja de Amares só se pode comer nos meses sem “r”, portanto só a partir de Maio. Tem uma casca muito fina e com um sabor muito próprio. A nossa laranja é muito diferente da do Algarve ou de Setúbal. É muito mais doce e sumarenta e por isso é que só se pode comer nos meses sem “r”. Essa é a sua grande qualidade. GR: O que pode fazer a autarquia para dinamizar essa aposta no mundo rural? RM: A Câmara tem de fazer muito e tem um papel fundamental. A Câmara não pode ser uma coisa abstracta, tem, de facto, que caminhar. Estamos, em conjunto www.gazetarural.com
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Nos dias 9, 10 e 11 de Maio
Feira do Azeite e do Vinho promove ‘produtos âncora’ de Murça
duz em Murça. Fomos agregando também as juntas de freguesia, no sentido dos diferentes produtores das mesmas trazerem à feira os seus produtos. Começaram também a aderir outros produtores de vinho, abrangendo uma perspectiva para além das cooperativas, e, numa fase seguinte, passaram também a estar presentes na feira produtores de queijo, castanha, amêndoa, além de outros produtos regionais. Mais tarde pudemos também contar com o sector florestal, o que demonstra que este evento tem tido uma evolução contínua. GR: Para além do carácter promocional da Feira, há outra perspectiva? JMGC: Um dos objectivos deste certame foi sensibilizar os produtores locais no sentido de se organizarem, proporcionando-lhes o conhecimento de experiências de outras regiões e de outras pessoas, no sentido de perceberem que, de forma organizada, poderiam ter melhores resultados. Em Murça associámos à feira mais dois produtos da nossa doçaria conventual. É que temos cá doces conventuais muito famosos, como a Queijada e o Toucinho-do-Céu, dois produtos de excelência que fazem parte da nossa cultura gastronómica.
A Feira do Vinho, do Azeite e Produtos Regionais, que se realiza em Murça de 9 a 11 de Maio, tem vindo a ganhar cada vez maior relevância, fruto da dinâmica imprimida pela autarquia, responsável pela sua organização. O certame, que começou por ser um espaço de exposição de artesanato, etnografia e feira do livro, foi recebeu, entretanto, produtores de azeite, vinho, doçaria e demais produtos regionais, captando novos visitantes, resultado da sua consolidação no calendário regional. O presidente da Câmara de Murça sublinha a importância do certame na promoção do vinho e do azeite, dois produtos com grande relevância no concelho. José Maria Garcia Costa, à Gazeta Rural, destaca ainda as Jornadas Agroflorestais, que decorrem a 9 e 10 de Maio numa organização tripartida entre a Câmara de Murça, a Associação Florestal do Vale do Douro 6
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Norte e o Centro de Gestão Agrícola de Murça. Gazeta Rural (GR): Que novidades há este ano na Feira? José Maria Garcia Costa (JMGC): A novidade é a presença do programa ‘Portugal em Festa’, da SIC, que será um elemento marcante para a divulgação da feira, do nosso concelho e do sector. A Feira, que vai na décima edição, nasceu a partir de uma Feira do Livro, que, entretanto, foi tendo alguns artesãos do concelho e da região, a que gradualmente se foram associando produtores de vinho e azeite, que são, digamos, os produtos-chave e determinantes do concelho de Murça. Daí que, e de há 10 anos para cá, se passou a denominar Feira do Vinho, do Azeite e Produtos Regionais. Mudámos a forma da feira e o espaço, onde mostramos o que de melhor se pro-
GR: A Feira tem vindo a crescer ao longo dos anos? JMGC: A feira tem ganho bastante dinâmica. O ano passado teve um ponto alto: Voltámos a alterar o local e passámos a feira para um pavilhão, onde lhe conseguimos dar outro modelo organizacional, associando também outras actividades e produtos, para além da componente de animação sociocultural, onde a música tradicional portuguesa faz parte integrante. GR: Com tudo isso, que feira teremos este ano? JMGC: Nesta edição esperamos manter o nível da feira, tendo a certeza que com a participação da televisão vamos ter muito mais visitantes. E falamos em dois tipos de assistência: o público que vem a feira, e aquele que, não vindo à feira, de sua casa pode ficar a conhecer a dinâmica produtiva do nosso concelho. Dizer também que, integrado na feira, decorrerão as Jornadas Agroflorestais, que vão ocorrer no dia 9 e 10 de Maio, onde
estarão em debate temas como o vinho, o é o aumento do número de produtores, azeite, o mel e outros produtos, além, na- principalmente de produtores-engarrafadores. Se calhar é uma boa profecia, sinal turalmente, da fileira florestal. de que há actividade, por um lado, e que as GR: Falar de Murça é falar de vinho e pessoas estão a tornar-se autónomas, do azeite. Como estão estes sectores? ponto de vista cooperativo. A Cooperativa, JMGC: Estão bem. Quer o sector do vi- porém, continua a ter uma gestão muito nho quer do azeite, neste momento, estão correta, é um projecto autónomo, sustencom a garantia de que a produção é esgo- tável e está com vigor. tada. Portanto, isso é sempre bom sinal e Em Murça em termos de novos emé o princípio. Qualquer uma das coopera- preendedores, centrava-os mais na área tivas não consegue responder a algumas do vinho e um ou outro no azeite. Estão solicitações, porque já têm os seus com- também a surgir projectos na área da pepromissos assumidos e os seus stocks, cuária, nomeadamente no porco e seus penso eu, completamente vendidos. Por- derivados, conseguindo criar aquilo que tanto, o sector está, diria eu, de boa saúde. habitualmente se chama de cozinha tradicional. Vamos ver se esses projectos conGR: Têm surgido outros projectos e seguem ganhar alguma sustentabilidade e novos agricultores? se mantêm. JMGC: O que se tem assistido, em cada GR: Há também produtores de Mel? um dos sectores e principalmente no vinho,
JMGC: Temos produtores de mel. Alguns estarão presentes nas Feira. GR: O que diria a quem queira visitar a Feira do Vinho e do Azeite e Produtos Regionais? JMGC: No contexto regional, transmontano e duriense, Murça é privilegiada por uma boa centralidade e com acessos magníficos. Estamos a meio caminho entre o Porto e Espanha, quer para a fronteira de Bragança, quer para a de Chaves e, por exemplo, a cerca de uma hora do Porto ou de Viseu e, portanto, é fácil as pessoas deslocarem-se a Murça. No fim-de-semana da Feira, podem visitá-la, almoçar nossos restaurantes, onde, de certeza, encontram boa gastronomia, degustando alguns dos melhores sabores transmontanos e durienses.
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Iniciativa decorre a 3 de Maio
Tomar recebe XXI edição do Congresso da Sopa
Vinte e um anos depois, o Congresso da Sopa vai acontecer, mais uma vez, em Tomar, a 3 de Maio. Iniciativa pioneira na promoção da sopa no nosso país, revê hoje o sucesso da ideia nas muitas dezenas de eventos que, à sua sombra, foram nascendo de norte a sul de Portugal. Fiel aos seus princípios, todavia, continua a promover a alimentação saudável para toda a família. Foi em 1983 que a ideia de Manuel Guimarães foi posta em prática. Nessa época, havia em Portugal muitas iniciativas gastronómicas, proliferavam as tasquinhas, mas a sopa era um parente pobre da promoção turística da cozinha. Com um título irreverente, hoje devidamente registado, o Congresso tomarense atreveu-se a fazer da sopa a vedeta. A ideia, que juntou o apelo dos sabores e a consciencialização da necessidade de uma alimentação saudável, caiu bem no estô-
mago e no espírito, fazendo do evento um sucesso e começando a criar desde logo uma sucessão de réplicas pelo país além. Este ano existe ainda uma novidade absoluta: Condeixa é o concelho convidado do Congresso, numa partilha de saberes e sabores que vai valorizar ainda mais o evento. Mais uma vez, privilegia-se a modalidade de entrada que favorece os grupos familiares e as opções de baixo custo, com o preço do bilhete a não incluir o kit de participante (tigela de barro, copo e colher), que será adquirido à parte apenas pelas pessoas que o quiserem. Quem preferir, pode vir devidamente preparado de casa, tendo em conta que precisará de um recipiente e de uma colher para comer as sopas que entender, e de um copo no caso de pretender provar os vinhos locais também presentes (as águas são disponibilizadas em garrafas individuais), poupando assim 3 euros por pessoa. Mas o Congresso tem ainda, como desde sempre, um carácter de solidariedade, com as receitas a reverterem para o CIRE – Centro de Integração e Reabilitação de Tomar. Durante o Congresso estarão disponíveis várias dezenas de diferentes tipos de sopas, bem como diversos vinhos provenientes dos produtores do concelho. Os participantes terão ainda direito a pão, água e café. Por seu lado, o Continente, patrocinador do evento, além da divulgação nas suas lojas, promoverá no local actividades de promoção de produtos locais e alimentação saudável, com destaque para as sopas. Evento que se integra no Ciclo Gastronómico Tomarense, que começou com a Mostra da Lampreia e a Mostra de Doçaria De Tomar e dos Conventos e termina em Outubro com o Todos com o Feijão… O Feijão com Todos. Organizado pelo Município de Tomar, em colaboração com os restaurantes e produtores de vinho aderentes, conta com os patrocínios do Continente, Unicer/Vitalis, Coca-Cola e Delta Cafés e com o apoio da Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo e da Associação Portuguesa de Turismo Cultural, além das parcerias com O CIRE e com a CP.
Em Lamego até 4 de Maio
Cavalo volta a ser “rei e senhor” na Feira de Santa Cruz
A beleza ímpar do mundo equestre está de volta à cidade de Conhecida popularmente por “3 de Maio”, a Feira de Santa Lamego, de 1 e 4 de Maio. A Feira de Santa Cruz quer afirmar-se Cruz, uma iniciativa organizada pela Câmara de Lamego, em parcomo o maior evento de arte equestre realizado na região, ofe- ceria com outras instituições, visa valorizar a arte equestre e prorecendo para isso um programa de iniciativas de grande qualida- mover o convívio e a boa disposição entre a população. de e abrangência, no qual o cavalo é “rei e senhor”. No conjunto de eventos, de carácter gratuito, que a edição deste ano apresenta destaca-se a realização das Corridas de Passo Travado – Concurso Único, o Prémio “Rufino Rilhado”, a atribuir ao conjunto cavaleiro/cavalo que melhor se apresentar na corrida e que demonstra de uma forma fidedigna o passo travado segundo as regras de que há memoria neste concelho e a Corrida de Galope Amador. Mas os milhares de aficionados que por estes dias costumam acorrer à cidade de Lamego vão ter muito mais para ver, colmo a tradicional Feira Anual, uma noite de fados no Teatro Ribeiro Conceição com a presença de artistas locais e regionais e o desfile de passeios de charretes que promete fazer as delícias de todas as gerações. 8
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Ciclo de eventos arranca em Vilarinho de S. Roque
“Há Festa na Aldeia” está de regresso este Verão Os fins-de-semana “Há Festa na Aldeia” estão de regresso este Verão, com o segundo ciclo de eventos a arrancar nos dias 14 e 15 de Junho em Vilarinho de S. Roque, no concelho de Albergaria-a-Velha, numa organização da Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria (ADRITEM). “O projecto lançado no passado ano tem dado um impulso às cinco aldeias envolvidas no sentido de serem capazes de atrair, por elas próprias, visitantes interessados no contacto com o património natural, nos usos e costumes das suas gentes”, diz o presidente da ADRITEM, Emídio Sousa, convicto de que o “êxito alcançado em 2013 irá ser repetido”. A programação do ciclo de eventos-âncora para 2014 – a divulgar oportunamente - incluirá, entre outras actividades, espectáculos, animação de rua, folclore, exposições, jogos tradicionais, gastronomia e venda de produtos regionais, destacando-se nesta edição “um ainda maior” envolvimento dos habitantes locais que “desde a primeira hora têm vestido com brio a camisola do ‘Há Festa na Aldeia’”. Estes eventos são o “ponto alto” do “Há Festa na Aldeia” que ao longo de todo o ano, “num processo contínuo”, desenvolve os cinco eixos fundamentais que moldam este programa - valorização do património natural e paisagístico; reforço do tecido económico e criação de emprego; desenvolvimento do sector turístico; valorização do património rural; melhoria dos serviços sociais e culturais. Após Vilarinho de S. Roque, é a vez da aldeia de Couce, no concelho de Valongo, receber o evento a 05 e 06 de Julho, mais um dia do que em 2013. O “Há Festa na Aldeia” prossegue em Areja, Gondomar, nos dias 12 e 13 de Julho. Também com o rio Douro como pano de fundo, a 9 e 10 de Agosto, Porto Carvoeiro (Santa Maria da Feira) acolhe este projecto da ADRITEM, voltando a englobar no programa a festa em honra de S. Lourenço. Tal como no ano passado, a aldeia de Ul, em Oliveira de Azeméis, encerra o ciclo de eventos a 13 e 14 de Setembro. “Há Festa na Aldeia” é um projecto pioneiro de desenvolvimento do território, criando um novo foco de atractividade em espaços rurais com características próprias - Areja, Couce, Porto Carvoeiro, Ul e Vilarinho de S. Roque, precisamente as cinco “Aldeias de Portugal” em Terras de Santa Maria. Promovido pela ADRITEM - em parceria com os municípios de Albergaria-a-Velha, Gondomar, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira e Valongo -, o projecto financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) propõe o envolvimento activo da população estimulando os usos e costumes, as tradições culturais e a gastronomia. www.gazetarural.com
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O primeiro grande evento em Portugal dedicado ao mundo do gin
“GIN tasting 2014” estreia-se em Lisboa a 10 de Maio
O “GIN tasting” chega a Lisboa e a estreia acontece já no próximo dia 10 de Maio, no Pestana Palace, das 15 às 21,30 horas. O primeiro grande evento em Portugal dedicado ao mundo do gin, que em 2013 conheceu as etapas inaugurais em Leiria e no Porto, terá a presença de mais de 50 grandes marcas de gin e uma selecção das melhores águas tónicas, além de um programa de master classes e workshops com especialistas. O “GIN tasting” surge na sequência daquele que é descrito pelos especialistas no sector como um verdadeiro fenómeno de procura do destilado em Portugal. Nos últimos quatro anos, o consumo de gin tem aumentado de forma significativa, sobretudo em regiões como o Algarve, Grande Lisboa e Grande Porto, Leiria e Guimarães. De acordo com dados apurados pelo sector, estima-se que em 2013 tenham sido vendidas mais de 300 mil garrafas de gin no nosso país, o que ajuda a comprovar a importância do mercado português no contexto europeu de consumo do destilado, ao ponto de a generalidade das grandes marcas internacionais estar representada e equacionar o reforço da presença em Portugal. A crescente popularidade da bebida motivou entretanto a produção de gin português, com algumas marcas já em comercialização (o quarto gin português, o “alentejano” Sharish Gin, acaba de ser lançado), bem como a abertura de bares que têm no gin a âncora do conceito. De igual modo existe um crescente movimento na restauração que defende as capacidades de harmonização gastronómica do gin, tendo por base a plasticidade da bebida, que pode maridar com cozinhas como a asiática. E vários desses locais já apostam em cartas específicas de gin. Mais recentemente, foi anunciada a publicação da portuguesa “Zest”, a primeira revista do mundo exclusivamente dedicada ao gin, um projecto do grupo “Gin Lovers” que lançara, anteriormente, uma aplicação sobre gin para smartphones. Depois do Pestana Palace, em Lisboa, dia 10 de Maio, o “GIN tasting 2014” conhecerá novas etapas em Leiria, 20 de Setembro, e no Porto, 4 de Outubro. O “GIN tasting” é uma organização da EV - Essência do Vinho, a empresa líder em Portugal na produção de iniciativas enogastronómicas.
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No “Challenge International du Vin – Bordeaux”
Vinhos do Dão premiados com 12 medalhas
Na edição de 2014 do Challenge International du Vin, que decorreu em Bordéus no início do mês, a Região Demarcada dos Vinhos do Dão obteve cinco medalhas de ouro, uma medalha de prata e seis medalhas de bronze. As Caves da Montanha conquistaram uma medalha de ouro com o vinho Quinta da Gandara – Touriga Nacional 2010 e uma medalha de bronze com o vinho Quinta da Gandara 2011. Por sua vez a Quinta da Ponte Pedrinha viu o seu vinho Quinta da Ponte Pedrinha 2007 ser premiado com uma medalha de ouro. A Adega Cooperativa de Vila Nova de Tazem arrecadou uma medalha de ouro com o vinho Tazem – Grande Escolha 2010 e uma medalha de bronze com o vinho Tazem Touriga nacional 2011. A Casa da Passarella recebeu duas medalhas de ouro com os vinhos Casa da Passarella Vinhas Velhas 2010 e Casa da Passarella Reserva Abanico 2010. A Sogrape conquistou uma medalha de prata com o vinho Quinta dos Carvalhais Touriga Nacional 2011 e uma medalha de bronze com o vinho Callabriga Reserva 2011. O Grupo Enoport recebeu duas medalhas de bronze com os vinhos Catedral Reserva 2012 e Solo Reserva 2012; o vinho regional Terras do Dão, D. Fuas Reserva 2012, também do Grupo Enoport, foi premiado com uma medalha de ouro. A Udaca arrecadou uma medalha de bronze com o vinho Tesouro da Sé Private Selection 2009. O Challenge International du Vin é um dos concursos mais importantes e com maior reputação no mundo. Todos os anos, cerca de 800 membros do júri provam mais de 5.000 vinhos provenientes de 38 países.
Em Mirandela, a 9 de Maio
“Organizações de Produtores no Ciclo de programação 2014-2020” em debate Com a presença do secretário de estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) vai realizar no dia 9 de Maio, no Auditório Municipal de Mirandela, o Colóquio “Organizações de Produtores no Ciclo de programação 2014-2020”. Na região Norte existem 23 Organizações de Produtores (OP) reconhecidas, sendo que duas delas o estão para mais do que um produto e/ou sector. O reconhecimento destas organizações abrange os sectores das frutas, hortícolas, frutos de casca rija, carne de bovino, carne de ovino e caprino, mel e vinho. Apesar da existência destas Organizações, a sua representatividade ainda é muito reduzida. Note-se também a inexistência de Organizações de Produtores em alguns dos sectores/produtos com maior peso económico na região. No Programa de Desenvolvimento Rural do Continente 2020, a “Organização da Produção” é considerada como um dos objectivos fulcrais e prioritários. A promoção da organiza-
ção da produção, através do apoio a agrupamentos e organizações de produtores, bem como à fusão e aumento de escala das existentes, e a majoração das taxas de apoios a projectos de investimento nas explorações agrícolas de promotores que pertencem a Organizações de Produtores, são alguns dos aspectos consignados no PDR 2014-2020. Neste contexto, a DRAPN considera que o Colóquio ‘Organizações de Produtores no Ciclo de Programação 2014-2020’ “é uma oportunidade para sensibilizar os produtores da região para as vantagens da organização da produção, nomeadamente na melhoria dos seus rendimentos, e informá-los sobre os apoios previstos paras estas Organizações e para os seus membros”. Este Colóquio contará com oradores da DRAPN e Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura. Será apresentado também um caso exemplar de crescimento e ganho de escala duma organização cooperativa espanhola da Região de Castela-Leão, a COBADU.
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De 31 de Maio a 1 de Junho, em Vila Nova de Foz Côa
Fundação Côa Parque assume organização do Festival do Vinho do Douro Superior
A Fundação Côa Parque assume pela primeira vez a organização do Festival do Vinho do Douro Superior, numa parceria com a Câmara de Vila Nova de Foz Côa, anunciou a organização. “Este certame surge na sequência de uma candidatura que a Côa Parque apresentou ao programa PROVER do Vale do Côa para a realização de um certame vinícola que é já uma referência no Douro Superior”, disse o vogal do Conselho de Administração da Fundação Côa Parque, Gustavo Duarte. A festa do vinho no Douro Superior está agendada para os dias 31 de Maio e 01 de Junho na ExpoCôa, em Vila Nova de Foz Côa. A organização do certame quer desta forma reforçar a sua aposta na valorização e promoção da sub-região vínica do Douro Superior e nos seus demais sabores e produtos autóctones da região. A edição do Festival do Vinho do Douro Superior mantém pretende afirmar a sub-região do Douro Superior como produtora de vinhos de qualidade e com identidade e carácter próprios, capitalizando para o aumento da notoriedade de ambos: território e vinhos. 12
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No certame marcam produtores do concelho de Vila Nova de Foz Côa, mas também dos concelhos vizinhos de Carrazeda de Ansiães, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Mêda, São João da Pesqueira e Torre de Moncorvo. Com a organização da Fundação Côa Parque, em parceria com a autarquia de Vila Nova de Foz Côa, este é um evento multifacetado, pelo “carácter profissional em torno do vinho”, mas também pela sua vertente “de festa popular”, que se desenrola em paralelo, que pretende abranger a um público muito vasto. No que toca ao elemento protagonista do festival, para além da Feira de Vinhos e Sabores no ExpoCôa, haverá lugar paras as Provas Comentadas por Especialistas (três de vinhos e uma de azeites), o Concurso de Vinhos do Douro Superior e o colóquio, cujo tema deste ano é “O Douro Sustentável: Vinho e Turismo”, uma realidade por muita identificada, mas por pouca trabalhada. Outras das novidade deste ano passa por um Jantar Vínico que se vai realizar na abertura do festival e que decorrerá no restaurante do Museu do Côa, com a presença de diversos produtores de vinhos da sub-região vinícola do Douro Superior.
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Com vinhas situadas nas Regiões Demarcadas do Douro e Trás-os-Montes
Essência do Douro vai lançar novo ‘Palácio dos Távora’ A Essência do Douro Wines & Gourmet é uma empresa familiar, propriedade de António e Raquel Boal, que um dia decidiram deitar mãos à terra, nomeadamente à vinha e olival. Com vinhas situadas nas Regiões Demarcadas do Douro e Trás-os-Montes, a empresa está no mercado com as marcas Flor do Tua e Paredes Meias. Os vinhos têm origem em vinhas com 40 anos, cujas característica dos terrenos e variedades de castas permitem fazer vinhos de alta qualidade. Com 30 hectares de vinha e mais quatro em plantação, a empresa aposta em vinhos de qualidade superior, que distribui no mercado nacional, mas também no mercado da saudade, nomeadamente em França, Luxemburgo e Suíça. António Luís Costa Boal adiantou, à Gazeta Rural, que em breve será lançado o novo ‘Palácio dos Távora’, um vinho feito a partir de uvas de vinhas velhas da casta Alicante Bouchet. O produtor vai estar presente no Festival do Vinho do Douro Superior, que se realiza em Foz Côa. Gazeta Rural (GR): É produtor no Douro e Trás-os-Montes? António Boal (AB): Sim, sou produtor nas duas regiões com as marcas Paredes Meias, Flor do Tua (Branco e Tinto), Reserva e Rosé. No Flor do Tua temos dois vinhos, um de Trás-os-Montes e outro Douro. Em breve vai ser lançada outra marca, o Palácio dos Távora, feito a partir de vinhas velhas, com um estágio de 18 meses de barrica nova de carvalho francês. GR: Estamos a falar de um novo vinho, com algumas novidades? AB: É feito com uvas de vinhas velhas da casta Alicante Bouchet. São vinhas com 50 anos de história. Este novo vinho estagia 18 meses em barrica de carvalho francês, mais seis meses a estagiar em garrafa. É um vinho sem qualquer filtração, sem qualquer tratamento conforme é produzido, é vinificado. Só tem a aplicação de leveduras para melhor controlarmos a fermentação. De seguida é feita a fermentação em barrica onde permanece até ao engarrafamento. É um vinho com bastante cor, muito frutado, equilibrado e com uma excelente acidez, difícil de encontrar na maior parte dos vinhos Trás-os-Montes, mas nós conseguimos equilibrar as duas situações. Bastante futa e bastante acidez. Trata-se de um vinho bastante fresco. GR: Tem já cerca de 30 hectares de vi14
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nha, no Douro Superior, Cima Corgo e Trás-os-Montes, mas vai plantar mais vinha? AB: Sim, estamos a plantar mais quatro hectares, com as castas Touriga Nacional e Alicante Bouchet. Além disso, vamos fazer uma experiência com duas mil videiras de Baga. GR: Porquê Baga? AB: Porque se trata de uma casta bastante fresca, utilizada na Bairrada, e com bastante acidez para utilizarmos em lotes de vinhos onde falte alguma frescura. Contamos que a baga possa reagir bem a esses lotes de vinhos, que espero de excelente qualidade. GR: Como é que foi a produção da última vindima? AB: Foi uma boa produção. Para além de produzirmos, ainda temos necessidade de comprar a outros viticultores, cuja vinha acompanhamos. Ou seja: nós verificamos e prestamos o apoio técnico a essas vinhas durante todo o ano. Esta operação permite-nos fazer vinhos de qualidade e vindimar quando queremos. Fazemos controlo de maturação com os nossos enólogos, o que nos permite depois fazer a vinificação à medida que nós queremos. No que toca à produção, poderei adiantar que este ano fizemos cerca 150 mil litros. Este ano vamos atingir a ordem das 200 mil garrafas. GR: Como está o mercado? AB: Temo-nos centrado essencialmente no mercado nacional e no mercado da ‘saudade’, nomeadamente Luxemburgo, França e Suíça, onde estamos com alguns negócios. Temos também alguns contactos com os Estados Unidos e Angola, onde prevemos chegar ainda este ano. GR: Integrado num projecto da Câmara de Murça, participou, juntamente com outros produtores da região, numa deslocação a Itália a uma freira de Azeite. Como correu e qual o objectivo? AB: Correu muito bem. Verificámos o tipo de agricultura e as diferenças na forma como produzem, no que concerne a olivicultura, e chegámos a conclusão que o azeite que lá produzem é igual ao que temos aqui. É o trilho que deve ser seguido. Ou seja, apanham a azeitona bastante cedo, no mês de Novembro, o que confere características organolépticas excelentes ao azeite. Encontramos lá azeites 0.1, 0.2, 0.4 de acidez no máximo. Isto já está a ser feito nalguns produtores da região, que é o caso da Cooperativa dos Olivicultores de Murça, e no nosso próprio azeite. Começamos a apanhar a azeitona em Novembro e houve pessoas a chamarem me de doido por apanharmos a azeitona nessa altura. www.gazetarural.com
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Até ao final deste ano
Vinhos de Lisboa querem duplicar vendas na restauração
Os Vinhos de Lisboa querem, até ao final de 2014, duplicar as vendas na restauração, fidelizando, assim, um total de aproximadamente 100 restaurantes de referência na capital portuguesa. Presentes já em cerca de 50 restaurantes da cidade e com o lema ‘Beber Vinhos de Lisboa em Lisboa’, a Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa) vai organizar durante o ano uma série de acções que têm como objectivo penetrar neste canal de distribuição, conquistando este novo target. “Consideramos a restauração um meio muito importante para chegar ao consumidor final. Para isso, e porque achamos que são formas de entrar mais facilmente na restauração, já participamos, este ano, em eventos como o ‘Peixe em Lisboa’ e somos parceiros do ‘Lis-
boa à Prova’”, afirma Vasco d’Avillez, presidente da CVR Lisboa. Para além da organização de eventos de grande calibre, os Vinhos de Lisboa acreditam que as visitas a restaurantes são, também, uma forma de aumentar a presença neste canal, onde contam, até 2015, conseguir estar em 200 restaurantes de referência. Mas não é só através de estratégias Business to Business (B2B) que os Vinhos de Lisboa pretendem aumentar as vendas em território nacional, também o Business to Consumer (B2C) representa uma fatia importante do investimento em promoção em Portugal. “Para 2014 prevemos um investimento em marketing de cerca de um milhão de euros, do qual 20% diz respeito a acções nacionais. Destes 200 mil euros investidos em acções nacionais, 50% refere-se ao canal B2B e os outros 50% ao canal B2C”, explica o presidente dos Vinhos de Lisboa. Para o efeito, cerca de 20 referências de vinhos da região de Lisboa irão estar disponíveis para prova no El Corte Inglês até dia 4 de Maio. Com esta acção, os Vinhos de Lisboa, à semelhança do que tem vindo a acontecer, prevêem fidelizar cerca de 30% dos consumidores com quem contactarem. O evento ‘Há prova em Oeiras’, que decorre de 2 a 4 de Maio no Palácio do Marquês de Pombal, é outro dos exemplos de acções definidas pelos Vinhos de Lisboa para conquistar consumidores no mercado nacional. “Os consumidores de Vinhos da região de Lisboa são indivíduos da classe média e alta, citadinos, com interesse em conhecer vinhos diferentes e que têm, em especial atenção, a relação qualidade preço e, por isso, os eventos que organizamos querem alcançar, precisamente, esse tipo de público”, conclui Vasco d’Avillez.
Na comemoração dos seus 60 anos
Adega do Cartaxo lança os novos vinhos ‘Bridão’ branco e tinto
No ano em que comemora os seus 60 anos, a Adega do Cartaxo vai lançar dois novos vinhos da marca Bridão, um Reserva Tinto colheita 2011 e um Reserva Branco colheita de 2012, já foram reconhecidos nacional e internacionalmente. Ao fazer um ligeiro restyling gráfico na sua logomarca, a Adega do Cartaxo reforça a sua institucionalidade. Presente no mercado há 60 anos, este ano a Adega criou um selo que é representativo da importância da história e da sua cultura. Gestão, expansão, internacionalização e inovação são alguns dos atributos que fizeram a adega ser reconhecida pelo IAPMEI e receber o estatuto de PME Excelência em 2013. Os novos vinhos, agora lançados, já receberam inúmeras medalhas, o que diz bem da qualidade dos mesmos. O Bridão Reserva Tinto colheita 2011 recebeu a Medalha de Ouro no IV Concurso de Vi16
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nhos Engarrafados do Tejo; a Medalha de Excelência no IV Concurso de Vinhos Engarrafados do Tejo; a Medalha de Ouro no Concurso Mundus Vini; a Medalha de Prata no Concurso Challenge International du Vin e a Medalha de Ouro no Concurso Internacional de Vinos Bacchus. Por sua vez o Bridão Reserva Branco foi galardoado com a 0Medalha de Ouro no IV Concurso de Vinhos engarrafados do Tejo; a Medalha de Excelência no IV Concurso de Vinhos engarrafados do Tejo; a Medalha de Prata no Concurso de Mundus Vini; a Medalha de Prata no Concurso Vinalies Internationales e a Medalha de Bronze no Concurso Challenge International du Vin Associada ao chef Igor Martinho, considerado em 2009 o melhor chef de cozinha, a Adega irá lançar os seus vinhos no restaurante Mãe Luísa, em Arrouquelas, onde fará a apresentação dos mesmos, seguida de almoço de harmonização.
Promove VI Concurso do Leite-Creme
Ponte de Lima prepara Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais
tronómico, em articulação paralela com a valorização dos recursos patrimoniais, culturais e etnográficos. Neste contexto, a Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais promove o VI Concurso do Leite-Creme, que visa eleger o melhor Leite-Creme convencional, sendo o concurso coordenado pela Escola Superior Agrária de Ponte de Lima. As inscrições estão abertas até ao dia 6 de Junho. XII Concurso de Vinhos Verdes
A XXIV Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais de Ponte de Lima, que se realiza de 13 a 15 de Junho na Expolima, aposta numa mostra dinâmica, que a par
Ano após ano visitam a Festa do Vinho Verde e Produtos Regionais milhares de visitantes, que repetem a experiência dos melhores paladares do mundo rural, motivando a organização a fazer deste evento um espaço de negócio aliado ao prazer. Neste contexto, a edição 2014 reforça o investimento em promoção além-fronteiras e promove o XII Concurso de Vinhos Verdes de Ponte de Lima, dirigido aos produtores, garrafeiras, distribuidores, engarrafadores, onde os produtores terão condições especiais para apresentar da actividade vitivinícola e de uma produ- os seus vinhos a segmentos de mercado ção de vinhos de excelência, permite, por estratégicos, traduzindo-se seguramente outro lado, estimular o potencial turístico numa boa oportunidade de negócio. da região ao promover o Turismo Enogas-
De 16 a 18 de Maio, em Braga
InvestBraga organiza primeira Feira do Vinho Verde, Gastronomia e Turismo
Decorre, em Braga, de 16 a 18 de Maio, a primeira Feira do Vinho Verde, Gastronomia e Turismo. Esta feira, com o carimbo da InvestBraga e que visa a promoção de “três áreas chave para o Minho”, aposta na promoção do que melhor se faz no vinho verde, gastronomia e turismo na região. Ao longo dos três dias em que decorre o evento, os visitantes poderão participar em várias conferência e workshops, para além de acções de formação. Também irão decorrer várias provas e degustações de vinhos, para além de concursos e encontros de confrarias. Depois do sucesso da AGRO 2014, que se realizou no passado mês de Março e contou com a presença de cerca de 100 mil pessoas, a InvestBraga, a nova agência de dinamização económica de Braga, parte para a organização do seu segundo evento no Parque de Exposições com expectativas redobradas. Para Humberto Carlos, administrador da InvestBraga, “esta é uma excelente oportunidade para dar espaço aos nossos produtores e mostrar o que melhor se faz na nossa região”, acrescentado que “somos uma região com uma grande tradição na produção de Vinho Verde, mas também somos um destino turístico de referência, muito pela qualidade da nossa gastronomia”, disse Humberto Carlos.
Já para Carlos Oliveira, presidente da InvestBraga, “esta é mais uma oportunidade para promovermos a economia regional e nacional, razão pela qual a Investbraga continua a fazer a sua aposta neste formato de eventos”, disse o ex-Secretário de Estado do empreendedorismo.
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Raphael Sena e a imagem dos vinhos do Dão no Brasil
“É necessário que a região faça o consumidor entender que o Dão tem carácter e elegância” Com raízes em Passos de Silgueiros, Raphael Sena Cardoso Evangelisti cedo se apaixonou pelo mundo dos vinhos e do Dão em particular. Depois de se ter formado em Relações Internacionais, e com o vinho sempre presente, Raphael Sena resolveu fazer o curso de sommelier. A trabalhar numa das mais importantes importadoras de vinhos no Brasil, não esqueceu a suas origens, sendo um dos responsáveis pela presença e promoção dos vinhos do Dão no Brasil, em particular de Silgueiros. À Gazeta Rural, Raphael Sena aponta a falta informação sobre a região do Dão e dos seus vinhos, num mercado com enorme potencial, mas também de consumidores cada vez mais exigentes. “É necessário que a região faça o consumidor entender que o Dão tem carácter e elegância”, sublinha. Gazeta Rural (GR): Como chegaste aos vinhos? Raphael Sena Cardoso Evangelisti (RSCE): Sou formado em Relações Internacionais, mas como o vinho sempre esteve presente em casa, resolvi juntar à minha formação universitária um curso de Sommelier (escanção) de vinhos que fiz numa das melhores instituições do Brasil, chamada Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Actualmente, trabalho numa das maiores importadoras de vinhos e alimentos do Brasil. GR: Quando olhamos para o mercado do Brasil, nomeadamente São Paulo e Rio de Janeiro, de que tipo de consumidor falamos? (RSCE): São Paulo e Rio de Janeiro são dois grandes Estados que possuem uma boa condição financeira. São Paulo, por exemplo, é considerada a capital dos negócios. Quando falamos de vinhos, nessas duas regiões, falamos de um público de classe C, B até AA, ou seja da classe média até à classe alta. GR: Que imagem tem os vinhos portugueses no Brasil? (RSCE): Os vinhos portugueses têm uma imagem boa no Brasil. Passam tradição, qualidade e seriedade. GR: E os vinhos do Dão? 18
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(RSCE): Os vinhos do Dão já foram dos mais vendidos no Brasil, porém a falta de acções de marketing fez com que os antigos consumidores esquecessem um pouco a região. Para os novos consumidores de vinho falta informação sobre a região do Dão, que tem tudo para crescer. GR: As tuas origens estão em Silgueiros e, por isso, tens sido um dos grandes
embaixadores dos vinhos do Dão no Brasil. Foi difícil fazer entender aos consumidores que os vinhos do Dão, em termos de qualidade, estão ao nível dos melhores do mundo? (RSCE): As minhas origens são de Silgueiros, mais precisamente da aldeia de Passos, e a minha ligação com esta terra foi sempre muito grande desde criança. Resolvi defender a região do Dão no Brasil, por conhecer a qualidade que tem o vinho que ali se produz, para além de ser o berço da Touriga Nacional, uma das castas mais famosas de Portugal, e que tem um terroir fantástico. Dá muito trabalho fazer com que o consumidor entenda o que é o Dão, num primeiro momento, pois há uma falta grande de acções de marketing para que se faça chegar ao consumidor as particularidades que existem nesta região. Eu tenho feito um trabalho de divulgação por minha conta, pois acredito com toda a força e me disponho a realizar este trabalho, pois, como disse, sei que o Dão é promissor. Só falta uma boa divulgação.
patamar que merecem e que lhes é reconhecido? RSCE: Olhando de fora e conhecendo o mercado, é preciso que o Dão se apresente, e reapresente quanto for necessário, para que esteja sempre em evidência. É preciso que o consumidor saiba as peculiaridades dos vinhos e da região. É necessário que a região faça o consumidor entender que o Dão tem carácter e elegância.
GR: Que conselho, ou conselhos, darias a um produtor que queira exportar para o Brasil? RSCE: O Brasil é um país promissor, mas é muito jovem na cultura do vinho. É preciso que o produtor, que queira entrar no mercado, no Brasil, esteja disposto em fazer o trabalho de educador e promotor do seu vinho. Não basta estar numa importadora, é preciso fazer bons planeamentos de marketing em parceria com sua distribuidora/ importadora, para que o consumidor final veja que o seu vinho não é mais um no mercado, mas que tem algo mais, ou seja, GR: Olhando de fora, o que falta aos uma história e um estilo diferente. Algo vinhos do Dão para serem elevados ao que seja marcante.
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Nas tardes de sábado de Maio a Setembro
Câmara e a Rota dos Vinhos da Península de Setúbal promovem Wine Sunset Party 2014 Provas de vinhos e degustações de produtos regionais em passeios de barco ao pôr-do-sol é a proposta do Wine Sunset Party, programa a dinamizar entre Maio e Setembro, ao largo de Setúbal. Em cada cruzeiro enoturístico, com a duração aproximada de três horas, realizam-se provas de vinhos comentadas por enólogos ou produtores vinícolas de uma de 21 adegas da região de Setúbal. Os passeios, que se realizam pelo segundo ano consecutivo, resultado de uma parceria entre a Câmara, a Rota dos Vinhos da Península de Setúbal e o operador turístico Sado Arrábida, incluem igualmente degustações de produtos da região. Além das sensações e dos conhecimentos gastronómicos adquiridos no decurso do cruzeiro ao longo da foz do rio Sado, os participantes desfrutam de um cenário com o pôr-do-sol na Serra da Arrábida. A bordo da embarcação Mil Andanças, o público, se as condições naturais o permitirem, pode observar aquela que é uma das três comunidades de golfinhos sedentários da Europa. Os passeios enoturísticos estão agendados para os dias 10, 17, 24 e 31 de Maio, 7, 14, 21 e 28 de Junho, 5, 12, 19 e 26 de Julho, 2, 9, 16, 23 e 30 de Agosto e 6, 13, 20 e 27 de Setembro. Os cruzeiros, realizados sempre ao final das tardes de sábado, com saídas do cais das Fontainhas, em Setúbal, às 18,30 horas, e da Marina de Tróia, às 18,45 horas, custam 25 euros por pessoa. A iniciativa é gratuita até aos 4 anos, enquanto as crianças até aos 12 pagam 15 euros.
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Afirmou o presidente do Governo Regional
Açores querem “aproveitar e relançar” potencial da vinha
O Governo dos Açores quer “aproveitar e relançar o potencial” vitivinícola das ilhas, disse o presidente do executivo, Vasco Cordeiro, revelando que há cerca de 1.400 hectares de vinha que podem ser recuperados. “A genuinidade dos produtos açorianos é algo a que precisamos de aliar a inovação, a tecnologia, a experimentação e a qualidade. É isso que queremos fazer, desde logo, no sector da vinha e do vinho”, disse Vasco Cordeiro. O presidente do executivo regional falava em Santa Cruz da Graciosa, na cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra de requalificação e ampliação do edifício da Adega e Cooperativa Agrícola da ilha Graciosa, onde considerou que os Açores têm “um potencial imenso por explorar e aproveitar” a nível de alguns produtos agrícolas. Além do vinho, citou a horticultura e a produção de frutas. Neste contexto, sublinhou que o executivo quer “aproveitar e relançar o potencial da vinha” através de medidas que passam pela “recuperação de áreas”, pela formação, por “novos campos de multiplicação”, para que se disponibilize o material para as castas tradicionais dos Açores”. O objectivo é que este sector assuma “maior importância” no “desenvolvimento” dos Açores, afirmou, dizendo que as estimativas apontam para cerca de 1.400 hectares que ainda podem ser recuperados para a produção de vinho. “É um potencial imenso que urge aproveitar, que pode ser transformado num factor de valorização da nossa agricultura e da nossa economia e que depende de nós, da capacidade que todos nós, açorianos, tivermos de o aproveitar, de o mobilizar, de o colocar ao serviço
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do desenvolvimento, da criação de riqueza e da criação de emprego”, afirmou. A obra da Adega e Cooperativa da Graciosa tem um prazo de conclusão de um ano e prevê um investimento de 1,14 milhões de euros, financiados em 75 por cento por fundos europeus. O projecto prevê a construção de uma unidade de processamento hortofrutícola, para recepção, tratamento, embalamento, armazenagem e expedição de produtos. Será ainda criada uma unidade de processamento de mel e compotas e outra específica para a produção de alhos. Por outro lado, mantém a unidade de vinificação, que já existe, mas que será remodelada, para se adequar às exigências atuais a nível higienossanitário. Sobre este projecto, Vasco Cordeiro sublinhou que é “uma mensagem de esperança no futuro”, mas “não pode ser entendido por ninguém como um ponto de chegada”. “Os objectivos deste investimento e do apoio do governo” são, reforçou, criar condições para o reforço da competitividade empresarial na ilha, para a criação de riqueza e para a criação de emprego. O cumprimento destes objectivos, “a partir daqui, dependem mais” da direcção e dos associados da adega e cooperativa do que do Governo regional, sublinhou Vasco Cordeiro. O Governo dos Açores iniciou ontem uma visita de dois dias à Graciosa, que cumpre o estatuto político-administrativo da região autónoma, que determina que o executivo tem de ir a todas as ilhas uma vez por ano, pelo menos, e reunir-se em conselho durante a estadia.
Elaborado pela Agim, COTHN e INIAV
Modelo técnico para a produção de mirtilos apresentado pelo país
No âmbito do projeto Cluster dos Pequenos Frutos, está a decorrer em vários municípios do país a apresentação do Modelo Técnico para a produção de mirtilos ao ar livre nas regiões Norte e Centro de Portugal. Trata-se de um documento elaborado no âmbito do projeto Cluster dos Pequenos Frutos com o objetivo de disponibilizar a todos os técnicos e produtores interessados um conjunto de orientações técnicas para a produção de mirtilo ao ar livre na região Norte e Centro do país. No entanto, a consulta deste documento não dispensa o aconselhamento técnico. O Modelo Técnico para a produção de mirtilos ao ar livre nas regiões Norte e Centro de Portugal já foi apresentado nos municípios de Resende, Braga e Vila Real. Marcadas estão já as datas para Viseu (a 2 de Maio); Vila Verde (10 de Maio, 10 horas, na Sala de Atos da Biblioteca Municipal); Viana do Castelo (16 de Maio, 14,30 horas, auditório da Biblioteca Municipal); e Guarda (23 de Maio, 10,30 horas , auditório da Quinta da Maúnça).
Pretende-se ainda que o Modelo Técnico, elaborado pela Agim, COTHN e INIAV e discutido com técnicos da fileira, seja um guia que contenha as principais orientações técnicas do que deve ser adotado para a produção em solo do mirtilo em Portugal, nas zonas Norte e Centro. Com este documento pretende-se elevar o nível do conhecimento técnico na cultura do mirtilo em Portugal e contribuir para criar o consenso possível ao nível dos princípios e orientações básicas desta cultura de modo a elevar o potencial produtivo das plantações em quantidade e qualidade das suas produções e minimizar/reparar os erros de instalação que estão a ser cometidos um pouco por todo o país. O Cluster dos Pequenos Frutos é promovido pela Agim e tem como co-promotor o COTHN – Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional e como parceiros o INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e a associação PortugalFoods.
Tradicional Festa da Flor decorre de 1 a 7 de Maio
Mercado de flores da Madeira vale seis milhões de euros
O mercado de flores da Madeira movimenta todos os anos seis milhões de euros, de acordo com os dados fornecidos pela Direcção Regional de Agricultura (DRA), que regista uma redução das exportações. “Estes valores variam anualmente, já que dependem de variados factores como as cotações alcançadas nos mercados pelas produções, e os factores climáticos adversos e suas consequências. Há a registar várias intempéries que afectaram de forma muito significativa o sector, como temporais, incêndios e ventos fortes”, referiu o Director Regional de Agricultura, Bernardo Araújo. A floricultura de estufa ao ar livre é aquela que representa mais para este sector, ainda que se note “um aumento das estufas” devido ao facto de as explorações terem apostado “mais no factor tecnológico”. A tradicional Festa da Flor constitui também um importante marco turístico na Madeira e, por essa via, do mercado de flores. Os dados da DRA indicam que “a esmagadora maioria das flores de corte exportada é constituída pelo cymbidium (orquídea) e pelas próteas e, mais recentemente, pelas helicónias”, mas as exigências desta altura do ano dizem também que há um esforço de substituição da redução das importações por produção local. Isso reflecte-se nos dados, já que, “de 2011 para 2012, o valor das importações terá decrescido cerca de 150 mil euros, passando de 765 mil para 614 mil”, refere. O mercado interno de flores continua muito centrado nas culturas tradicionais: crisântemos, gerberas, rosas e cravos. A maioria da produção está no concelho de Santa Cruz, a sul da
ilha, com 52% da área total de plantação e 43% das explorações, seguindo-se depois o Funchal. Destas plantas, há um aumento significativo de folhagens, um complemento às flores de corte. Bernardo Araújo explica que “o interesse por este produto era praticamente inexistente em 2002, reduzido na maioria dos casos a áreas marginais quase de produção espontânea”. Em 2012, já se registam áreas específicas para este tipo de produção, “representativas de uma aposta concreta dos agricultores neste sentido, que acompanham as tendências do mercado”. A produção geral esperada pela DRA situa-se nas 601.926 hastes, com relevo para o feto. A Festa da Flor decorre de 1 a 7 de Maio e, numa ocasião em que a ocupação hoteleira deverá rondar os 90%, Bernardo Araújo espera que os turistas possam continuar com o costume de comprar plantas durante o evento. “É possível constatar que, embora a grande maioria das explorações comercialize a sua produção de flores de corte através da venda directa ao consumidor e às floristas, obedecendo a uma certa tradição, aparece já com maior importância a produção vendida para o mercado grossista (52%), o qual, quebrando um circuito económico do sector menos eficiente, tem vindo a assumir um protagonismo interessante nos últimos anos”, explicou. Os últimos dados da DRA - ainda relativos ao ano de 2012 indicam que existem 135 explorações de flores, ocupando já uma área de 45 hectares.
Aprovado projecto de três milhões de euros
BLC3 vai criar centro de investigação para a produção de biopetróleo
A BLC3 – Plataforma para o Desenvolvimento da Região Interior Centro viu aprovado o projecto para a criação de um “Centro Bio: Bioindústrias, Biorrefinarias e Bioprodutos”, no valor de 3,018 milhões de Euros. A Associação, sedeada em Oliveira do Hospital, tem estado a trabalhar há dois anos para conseguir financiamento para arrancar com um dos mais importantes projectos tecnológicos nacionais. Trata-se da criação do primeiro centro de investigação dedicado à região interior e à valorização dos recursos naturais para a produção de biopetróleo, substitutos de gasolina e gasóleo e outros bioprodutos para a produção de materiais e produtos “Verdes”. O projecto tem como objectivo a criação de um centro tecnológico e de inovação de excelência ligado às áreas das bioindústrias, biorrefinarias e bioprodutos e com a centralização de uma
rede de cientistas, técnicos e empresas internacionais. O segundo objectivo é a construção de um piloto (prova de conceito) para a produção de biopetróleo através de matos e incultos. Portugal apresenta cerca de três milhões de hectares de matos e incultos, denominados por territórios abandonados e sem actividades económica os quais originam o grave problema dos incêndios florestais. Além disso, tem cerca de 3,1 milhões de hectares de floresta que gera resíduos que não estão a ser valorizados por dificuldades de viabilidade económica. Portugal apresenta uma elevada dependência petrolífera e prejuízos económicos elevadíssimos com os incêndios florestais que prejudicam muito a balança comercial do sector florestal. O caminho é o desenvolvimento de tecnologias que valorizem estes territórios e recursos com maior valor acrescentado: as denominadas bioindústrias e biorrefinarias.
A decorrer até ao mês de Outubro
Armamar apresentou rota turística “Maçã de Montanha” O Município de Armamar em parceria com os agentes locais de fruticultura, restauração, promotores de eventos e agentes de viagens criaram uma nova rota turística, denominada “Maçã de Montanha”. Este produto turístico é oferecido entre os meses de Abril a Outubro com o objectivo de acompanhar o ciclo vegetativo da macieira. Um plano diversificado que concilia a beleza da paisagem duriense em contraste com paisagem beirã situada a sul do município, onde se cultivam os pomares de macieiras, a riqueza histórica do património cultural e o melhor da gastronomia de Armamar. O programa permite ao visitante o contacto directo com a maçã desde o pomar até às unidades de frio e sua expedição para os mercados. 24
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Programa promovido pela Federação Nacional de Apicultores de Portugal
Programa “A Excelência do Mel” quer promover o sector Foi apresentado o programa “A Excelência do Mel”, uma iniciativa promovida pela Federação Nacional de Apicultores de Portugal (FNAP), co-financiado pela União Europeia em conjunto com o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP). O programa conta com o financiamento de 1.206.406,29 euros e terá a duração de 36 meses, divididos em três fases, durante os quais serão dinamizadas diversas acções de forma a divulgar o produto mel e, dessa forma, aumentar o seu consumo no espaço da União Europeia, criando a preferência e promovendo o consumo desse produto com base na sua qualidade, enquanto alternativa mais saudável para uma correta alimentação, adequada a qualquer fase do ciclo do ciclo de vida e a diferentes vivências, num universo de cerca de 1.500.000 consumidores, independentemente da idade, género, formação ou nacionalidade. De forma a atingir estes objectivos serão desenvolvidas, durante o decorrer do programa “A Excelência do Mel”, diversas acções tanto no território nacional, como em algumas das principais cidades europeias, com destaque para a realização do evento “A Aldeia do Mel”, a ter lugar em Portugal, numa cidade estratégica e que contará com edições anuais no decorrer dos três anos de vigência do programa. A “Aldeia do Mel” pretende ser um certame dedicado exclusivamente ao mel, com uma componente apelativa transversal à enogastronomia e a actividades lúdicas e pedagógicas, transformando uma cidade numa aldeia gigante onde o produto mel será rei durante três dias. Trata-se de um evento que se quer distinguir de feiras ou vendas de mel tradicionais. Terá um formato com conteúdos de enorme potencial de evolução, envolvimento do consumidor, e capaz de gerar a visibilidade de um evento de referência nacional e internacional. O programa “A Excelência do Mel” irá também desenvolver acções em diversos meios, de modo a atingir o número de consumidores pretendido, intervindo em áreas onde a exposição do mel não é comum como o caso do universo relacionado com a moda, conferindo ao produto mel, características dessa área como o charme, modernidade, qualidade e irreverência. Com esse propósito o programa estará presente nos dois principais eventos de moda a nível nacional, o “Portugal Fashion”, ainda no decorrer deste ano, e no “Moda Lisboa” em 2015. Aproveitando as épocas de maior trafego de passageiros no nosso país (Natal e Verão), serão desenvolvidas acções nos ae-
roportos portugueses, de modo a apresentar o mel como um elemento importante na gastronomia. Outra das acções de maior impacto no programa são as intervenções junto das escolas, com o intuito de dar a conhecer o produto mel a um público mais jovem, desmistificando alguns preconceitos e mostrando o mel como uma alternativa saudável e deliciosa na alimentação, ensinando às crianças a importância do consumo do mel, bem como sensibilizando este público quanto à questão da importância das abelhas na manutenção da biodiversidade e o seu impacto nos diferentes ecossistemas de cada região. Durante o programa “A Excelência do Mel” pretende-se, nos três anos da sua vigência, visitar 225 escolas e chegar a 112.500 crianças do primeiro e segundo ciclo do ensino básico. O programa estará presente em algumas das feiras e eventos mais importantes a nível europeu, contando com stands em certames como o SIAL em Paris, França, no ANUGA em Colónia na Alemanha, na Alimentaria em Barcelona, Espanha, estará ainda presente no Salon del Gourmets em Madrid, Espanha, no IFE em Londres no Reino Unido, no Love Food & Wine Fair em Malmo na Suécia, na Feira Nacional da Agricultura – Salão Alimentar “Prazer de Provar” em Santarém, no SISAB Salão Internacional do Vinho, Pescado, e Agro-Alimentar Lisboa. A par da participação em cada feira internacional será montado um stand nas principais praças das cidades que acolhem cada evento, alargando o alcance a outros públicos. Em todas as acções a importância do mel na gastronomia será explorada, no entanto e para dar a conhecer todas as potencialidades deste produto na cozinha, será realizado um evento, de carácter anual, para celebrar o mel, o Meliséme (trocadilho com a palavra Milésime, a colheita de champagne “must” raríssima, única e exclusiva que só acontece de décadas em décadas), que será um encontro de produtores, provadores e jornalistas, onde serão realizadas degustações em ambiente de charme, elevando o produto mel à qualidade e excelência dos grandes vinhos ou azeites. Este programa será apoiado por uma estrutura de comunicação e divulgação junto do público através da criação de um website, da Rede Social com mais utilizadores no mundo, o Facebook, e através do envio de uma Newsletter trimestral a quem se encontrar registado no site do Programa “A Excelência do Mel”. www.gazetarural.com
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Azeite Rosmaninho é dos mais premiados e um dos mais vendidos em 2013
Cooperativa de Olivicultores de Valpaços mantem aposta na qualidade GR: Qual o estado atual dos olivicultores em Trás-os-Montes, tendo em conta o momento que o país atravessa? PR: Os olivicultores estão muito desanimados. Primeiro, porque toda a gente é obrigada a colectar-se. Na nossa região só temos pequenas explorações. Temos 1200 sócios, que nos entregam cerca de 9 milhões de quilos de azeitona. Na grande maioria são muito pequenos agricultores. O facto de serem obrigados a colectar-se só tem vindo a criar dificuldades. Já não bastava a crise que o país atravessa. Na nossa região há gente que não vive exclusivamente da agricultura, desenvolvendo uma agricultura familiar, trabalhando ao sábado e nas folgas. Ao serem obrigados a colectar-se, deixam de ser associados porque se tiverem pouca sorte da empresa onde trabalham forem à falência, e a maior parte deles estão no ramo da construção civil, não têm direito ao subsídio de desemprego. E isso fez com que muitos tenham deixado de ser associados da cooperativa.
O azeite Rosmaninho, produzido pela Cooperativa de Olivicultores de Valpaços (COV), é um dos mais premiados a nível nacional e internacional, tendo sido dos mais vendidos em 2013. A qualidade é aposta forte da Cooperativa, que mantem um técnico a trabalhar próximos dos pequenos olivicultores seus associados. Fundada a 1 de Junho de 1951 por 28 associados, a COV tem actualmente cerca de 1200 cooperantes, que entregam anualmente cerca de nove milhões de quilos de azeitona. A verdade é que o número de associados tem vindo a decair. Pedro Ribeiro, presidente da COV, faz um balanço positivo da última campanha, lamentan26
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GR: O azeite de Trás-os-Montes tem estado entre os melhores do mundo. As condições edafoclimáticas propícias têm sido decisivas para que novos produtores apostem na região? PR: O azeite de Trás-os-Montes, e no caso concreto de Valpaços, tem ganho muitos prémios a nível nacional e internacional e esse é um factor de atracção para mais gente se dedique à agricultura. Há cada vez mais jovens a fazer novas plantações, porque a oliveira é uma árvore que se dá bem na nossa região e a produção de azeite, embora com todas as dificuldades, é uma opção. Estamos a exportar e o azeite, não digo ao preço que queríamos, mas está a vender-se bem.
do a posição do governo, que obrigou os pequenos produtores a colectarem-se, o GR: O azeite Rosmaninho, a vossa marque fez com que alguns abandonassem a ca de eleição, voltou há pouco tempo a ser actividade. premiado? PR: O nosso azeite é todo Rosmaninho, Gazeta Rural (GR): Que balanço faz embora tenhamos várias marcas, porque o da última campanha? cliente assim o exige. Paulo Ribeiro (PR): Foi uma campanha Nós apostamos na qualidade e para isso maior que a anterior, com um aumento de temos que incentivar os olivicultores a proprodução de cerca de 25 a 30%. A qualidade duzir bem. Temos um técnico a acompanháé óptima, mas para o fim da campanha, com -los e a dar-lhes assistência técnica todo o as chuvas, o azeite não foi tão bom. Temos, ano. Nós sabemos tratar a azeitona e daí sai contudo, azeite de boa qualidade, mas não o azeite. Cuidamos o azeite, e é isso que o faz na totalidade. No ano passado todo o azeite ganhar prémios a nível nacional e internaque produzimos era extra virgem e este ano cional. Aliás, todos os anos o nosso azeite há algum que não o é. é premiado.
Pretende ter uma rede de estruturas no vale do rio Varosa
Projecto Vale do Varosa integra mais três monumentos na sua rede O projecto Vale do Varosa passou a contar com mais três monumentos na sua rede, nomeadamente a Ponte e Torre de Ucanha e a Casa do Paço, em Tarouca, e a Capela de S. Pedro de Balsemão, em Lamego. Os três monumentos integram um projecto que está no terreno desde 2009 e que pretende ter uma rede de estruturas no vale do rio Varosa, de forma a optimizar os investimentos e a potencializar o desenvolvimento turístico da região. “A entrada da Ponte e Torre da Ucanha, da Casa do Paço e da Capela de S. Pedro de Balsemão vem assim dar força ao projecto e à rede que pretende transformar o território histórico do Vale do Varosa, intimamente ligado, geográfica e historicamente, ao Douro, num destino turístico de eleição”, refere uma nota de imprensa dos responsáveis do projecto. O projecto Vale do Varosa, desenvolvido no âmbito da Direcção Regional de Cultura do Norte, “arrancou determinado a recuperar três monumentos tidos como essenciais nesta rede, pela sua elevada carga histórica e, no caso dos mosteiros cistercienses, pelo seu papel exemplar na fundação da nacionalidade e na imposição do Douro como zona vinícola de excelência, agora reconhecida como Património da Humanidade”, recorda. Esses três monumentos são os mosteiros de Santa Maria de Salzedas e de São João de Tarouca e o Convento de Santo António de Ferreirim, que estavam praticamente votados à ruína na sequência da extinção das Ordens Religiosa, em 1834. Segundo os responsáveis do projecto, “intervenções importantes, mas esporádicas e sem articulação, não possibilitavam a criação do conceito de rede, onde uma só imagem e um só logótipo facilitam a comunicação do todo”. Depois de cerca de cinco anos de trabalho, o projecto Vale do Varosa “permitiu a recuperação e abertura do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas e a recuperação da Igreja e musealização das ruínas do Mosteiro de São João de Tarouca”, estando a sua abertura integral prevista para este ano, depois de concluída a obra na Casa da Tulha. Para este ano, está também prevista a conclusão da recuperação do Convento de Santo António de Ferreirim.
Grande Final realiza-se no próximo dia 6 de Junho em Santo Tirso
Escola Profissional Mariana Seixas é finalista do Festival de Vídeo Ecológico- Bgreen A Escola Profissional Mariana Seixas conseguiu pela quarta vez consecutiva estar na Grande Final do Bgreen - Festival de vídeo ecológico, promovido pela OFICINA – Escola Profissional do Instituto Nun’Alvares- Santo Tirso, que se realizará no próximo dia 6 de Junho. Este Festival tem como principal objectivo sensibilizar os jovens para as questões ambientais através de spots vídeo. Os critérios que levaram à selecção dos melhores spots de vídeo foram a criatividade, originalidade, inovação, impacto social e ambiental. Os vídeos finalistas concorrerão nas categorias: Grande Prémio bgreen/ecological film festival; Menção Honrosa, Melhor Mensagem, Melhor Making-of e Prémio do Público. Esta competição dirigida a estudantes do ensino secundário ou equivalente, com idades compreendidas entre os 14 e os 21 anos, solicitava a realização de um spot vídeo sobre questões ambientais como a poluição, o aquecimento global, a desflorestação, a escassez de água potável, energias renováveis, reciclagem, entre outras.
A Escola Profissional Mariana Seixas e o seu curso de Multimédia participarão na Grande Final com dois vídeos e vai continuar a estimular nos jovens a criatividade, a inovação e a responsabilidade social e ambiental. Escola ganha prémios no Concurso Nacional de Ideias - INOVA A Escola Profissional Mariana Seixas conquistou o prémio INOVA Social, em Coimbra, no âmbito do concurso nacional de ideias - Inova - Jovens Criativos e Empreendedores para o Século XXI, promovido pelo Ministério da Educação e Ciência e que tem como objectivos desenvolver um ambiente propício à inovação e à criatividade, fomentar nos jovens, a capacidade analítica e o espírito crítico em contexto de detecção de oportunidades de negócio, incentivar os jovens para a assunção do risco, proporcionar a experiência de participação numa competição e premiar e divulgar as ideias mais inovadoras. www.gazetarural.com
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Em Santar, junto à estrada Viseu - Nelas
Espaço ‘Fidalgas de Santar Gourmet’ oferece o melhor da região
conceito onde deixamos de ser “o coitadinho” e encontrar espaços que estejam ao nível do nosso produto, que, sem dúvida, é fantástico.
Quem passa em Santar, junto à estrada que liga Viseu a Nelas, encontra agora um espaço denominado ‘Fidalgas de Santar Gourmet’, onde pode encontrar alguns dos melhores produtos que a região oferece, como o vinho do Dão, as compotas, o mel, o azeite, o queijo da Serra da Estrela, a broa de milho, entre outros. O espaço oferece um conceito inovador, num ambiente acolhedor, desenvolvido a pensar no bem-estar do cliente, que ali poderá degustar os produtos regionais e gozar um bom momento. A empresa Vinassantar, proprietária da marca ‘Fidalgas de Santar’, foi fundada em 2011 no coração de Santar. A sua estratégia empresarial é dirigida para o mercado nacional, assim como trabalhar no mercado europeu e, destacar-se em ambos. Sendo o mercado vinícola extremamente competitivo, o vinho Fidalgas de Santar distingue-se pela sua personalidade única, sendo a sua qualidade reconhecida em eventos da especialidade a nível nacional e internacional. A empresa pretende, com esta nova aposta, dar continuidade à tradição marcada pela história e dinamizar os sabores da região, contribuindo para o desenvolvimento da economia local. O
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GR: Este é um espaço de venda de produtos regionais, com o vinho do Dão em destaque? JR: Santar é um ponto de passagem para centenas de milhares de pessoas durante o ano, que não tem noção do que é Santar e daquilo que cá produzimos. Neste espaço apresentamos produtos locais feitos num raio de muito poucos onde o proempresário João Rego garantiu, à Gazeta duto ancora é o vinho ‘Fidalgas de Santar’. Rural, que este foi um sonho tornado rea- Porém, vamos apostar forte no queijo lidade. Serra da Estrela, no azeite, no mel e nas compotas, produtos que podem contribuir Gazeta Rural (GR): O que o levou a para o desenvolvimento da região. investir neste conceito inovador? João Rego (JR): Acho que era imGR: É um sonho tornado realidade? portante criar um espaço diferente, onde JR: Sim, é verdade, era um sonho. A conseguíssemos promover os nossos pro- produção do vinho está comigo desde dutos, atingindo um cliente exigente. No muito novo e a criação deste espaço foi a Dão, e na região, precisávamos de criar um sequência dessa paixão pelo vinho do Dão.
Afirmou a directora Regional de Agricultura e Pescas do Centro
55% das explorações agrícolas da região Centro desapareceram
A directora da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, Adelina Martins, disse que cerca de 55 por cento das explorações agrícolas da região Centro desapareceram nos 20 últimos anos, a maioria delas com menos de cinco hectares. “Muita coisa mudou nos últimos 20 anos, em especial na região Centro, onde se constatou um desaparecimento de cerca de 55 por cento das explorações agrícolas, grande parte delas com uma área inferior a cinco hectares. Em contrapartida, as explorações com mais de 50 hectares aumentaram ligeiramente”, informou. Na sua intervenção na jornada sobre empreendedorismo agrícola, que decorreu em Viseu, Adelina Martins destacou que também a área da vinha diminuiu 46 por cento na zona Centro. Já em termos de área destinada a frutos e olivais, registou-se uma diminuição na ordem dos 17 por cento. “Com a reorientação da produção, vemos que aumentaram as
pastagens e a produção extensiva”, acrescentou. De acordo com a directora da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, no distrito de Viseu foram aprovados perto de mil projectos nesta área, sendo dois terços desenvolvidos por jovens agricultores. “Há efectivamente uma apetência para os jovens se instalarem na agricultura, especialmente em áreas tradicionalmente pouco conhecidas, como é a dos pequenos frutos ou cogumelos”, evidenciou. Na sua opinião, estes empreendedores chegam ao mundo agrícola para ganhar dinheiro, produzindo da melhor forma. No entanto, ainda há muito a fazer em termos de organização da produção, defendeu. A quarta conferência da iniciativa Empreendedorismo Agrícola: Cultivar o Futuro, que teve por objectivo mostrar o que há de novo na agricultura nacional, foi promovida pelo Jornal de Notícias, Diário de Notícias e Millennium BCP.
Formação Profissional
Zona Verde está a promover acções sobre aplicação de produtos fitofarmacêuticos Tempos vão em que a protecção das plantas contra as pragas e doenças era realizada com recurso à aplicação de pesticidas de forma “cega”, sem regras e sem o necessário cuidado pela preservação do ambiente, do aplicador, dos consumidores e da fauna auxiliar. A implementação da Lei n.º 26/2013 trouxe mudanças no sentido de promover uma utilização mais criteriosa destes produtos. Os utilizadores habituais de produtos fitofarmacêuticos sujeitam-se agora ao cumprimento obrigatório de um conjunto de normas, sob pena de virem a ser alvo de coimas bastante pesadas, que podem ir de 500 a 44000 euros, caso se verifique incumprimento. Um número significativo de agricultores/aplicadores possuem já licença (cartão de aplicador) que lhes confere habilitação legal para a compra e aplicação de tais produtos, mas muitos há ainda que se encontram em situação de incumprimento de acordo com o previsto na recente legislação. A ZONAVERDE, entidade formadora certificada, em parceria com algumas entidades locais, como por exemplo o “CAMPOCHEIO”, em Viseu, tem promovido várias acções de formação (financiadas e não financiadas), realizadas à medida que as pessoas se inscrevem, dando resposta às inúmeras solicitações nesta área. Tais formações têm como objectivo a obtenção do cartão de aplicador emitido pela Direcção Regional de Agricultura e Pescas (DRAPC), mas procura de igual forma informar e sensibilizar os agricultores para a necessária implementação de boas práticas fitossanitárias e ambientais, entre outras normas, também elas de cumprimento obrigatório. www.gazetarural.com
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Feira de Produtos Regionais Portugueses e da Ruralidade decorreu em Nanterre
Câmara de Arcos de Valdevez promoveu produtos locais em França
compotas, os licores, a broa de milho, a laranja de Ermelo e o artesanato, no entanto o concelho também esteve representado por diversas empresas arcuenses. Durante estes três dias a feira contou com a afluência de milhares de portugueses, emigrados em França, ávidos pelos produtos originários dos seus concelhos natais. Integrado na programação deste certame decorreu um encontro de arcuenses, que contou com mais de duzentas pessoas, no espaço Chevreuil, onde o presidente da Câmara, João Manuel Esteves solicitou à comunidade o seu envolvimento na promoção do concelho e dos seus produtos. Aproveitando a ida a Nanterre, também reuniu com Carlos Vinhas Pereira, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa, no sentido de analisar as possibilidades de captar investimento para o concelho arcuense e incrementar a interacção entre as empresas sedeadas no concelho e as francesas. De realçar que, no âmbito desta presença em França, João Manuel Esteves também participou num jantar convívio com a A Câmara de Arcos de Valdevez voltou a marcar presença Casa dos Arcos em Paris onde foram realçadas as ligações com numa das maiores feiras de produtos regionais, realizada pela as comunidades, bem como o plano de actividades desta AssoAssociação Recreativa e Cultural dos Originários de Portugal em ciação. Nanterre, França, a “Feira de Produtos Regionais Portugueses e Oficina de Cogumelos Silvestres de Primavera da Ruralidade”. Esta é uma feira essencialmente destinada a levar para junto A ARDAL – Porta do Mezio vai organizar uma oficina de Coguda comunidade emigrante em Paris produtos e actividades económicas de Portugal, e que faz a ligação da exposição, degusta- melos Silvestres de Primavera, no dia 10 de Maio, entre 14,30 às ção e comercialização de produtos, com a animação popular e 17,30 horas. Esta Oficina tem como objectivo dotar os participantes de conhecimentos sobre a identificação de cogumelos silvestradicional. A autarquia e a ARDAL – Porta do Mezio estruturaram-se tres de forma segura e as boas práticas na colheita dos mesmos, como entidade promotora dos produtos de Arcos de Valdevez, bem como o seu papel na natureza, na sociedade e na economia. organizando o cabaz da marca Terras do Vez. Os produtos que Inclui uma saída de campo na floresta do Mezio para colheita de estiveram presentes foram os vinhos, os fumeiros, os doces, as cogumelos e posterior identificação.
Visou promover oportunidades de negócios no ramo agroalimentar
Nelas presente na iniciativa Agronegócios da Região de Viseu
Porque a dinamização de canais de comercialização para os produtos endógenos assume cada vez mais importância na conjuntura económica regional, designadamente em matéria de promoção e inovação do desenvolvimento agrário, o concelho de Nelas fez-se representar na iniciativa Agronegócios da Região de Viseu, com três agentes económicos locais, nomeadamente Supermercados Mathias, que promoveram a sua produção de azeite, Quinta da Lagoa de Vale de Madeiros e Quinta da Lapa de Vilar Seco, produtores de Queijo Serra da Estrela e requeijão. Ao longo do evento, foi possível aos participantes divulgar e comercializar os seus produtos, ao mesmo tempo que se pretendia criar um espaço privilegiado para contactos de negócios e criação de futuras parcerias entre os presentes. O Executivo, na pessoa da vereadora Dra. Sofia Relvas, não poderia deixar de estar presente, apoiando e estimulando as unidades produtoras do Concelho, numa aposta de sucesso que será cada vez mais o mercado rural com todas as suas potencialidades. Promovida pela CERV-Conselho Empresarial da Região de Viseu, cúpula associativa constituído pela AIRV, ACDV, AEL e AEM, em parceria com as associações de desenvolvimento local, 30
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ADD, ADDLAP, ADICES e ADRIMAG, e com a Escola Superior Agrária do IPV, esta iniciativa teve como principal objectivo promover oportunidades de negócios no ramo agroalimentar, consciencializando para a necessidade crescente em se consolidar sinergias entre todos os agentes económicos, de forma a dar resposta a um mercado cada vez mais competitivo.
Em Carvalhal Redondo, Nelas
Selectis promoveu acção de informação e promoção dos seus produtos
A Selectis, empresa de produtos fitofármacêuticos, promoveu em Carvalhal Redondo, no concelho de Nelas, uma acção de informação técnica acerca do posicionamento dos seus produtos. A iniciativa decorreu no âmbito do projecto Select, que visa aproximar a marca dos agricultores, através dos seus distribuidores, (SAEP, de Penalva do Castelo), e agentes (Loja do Agricultor, de Nelas). João Faria, director de marketing da Selectis, sublinhou à Gazeta Rural a importância desta iniciativa, no sentido de dotar distribuidores e clientes de ferramentas e informação técnica para que possam “desempenhar melhor o seu trabalho e rentabilizando as suas explorações”. Gazeta Rural (GR): Que tema foi abordado e qual a importância desta acção? João Faria (JF): A Selectis é uma empresa que tem uma vasta gama de produtos fitofarmacêuticos para a agricultura. Nesta acção focamo-nos mais sobre os produtos que estão mais adaptados a esta região, essencialmente para a vinha. Também tivemos oportunidade de falar de
produtos relacionados com a cultura da batata, trocando ideias com os agricultores. Nestas ações privilegiamos uma conversa aberta, onde se possam tirar dúvidas acerca da acção dos nossos produtos e do posicionamento que cada um deve ter. O nosso principal objectivo nestas ações é dotar os agricultores e distribuidores de mais informação, para desempenhar melhor o seu trabalho e rentabilizando as suas explorações.
JF: Sim, O projecto Select assenta num conceito de proximidade. Procuramos estar com os nossos clientes de proximidade, colaborando com eles, partilhando informação, formação e um vasto leque de outros serviços que achamos serem de interesse comum. Prestamos apoio técnico, de marketing e muitas vezes vamos ao terreno com eles. A ação de hoje faz parte do nosso apoio, ou seja, uma sessão de esclarecimento técnico.
GR: É importante o agricultor estar informado sobre cada produto? JF: Cada produto tem o seu próprio posicionamento e, nesse sentido, tivemos essa abordagem para que os agricultores estejam mais preparados para a campanha deste ano, que está a arrancar, mas onde já houve alguns tratamentos, mas que ainda está longe de estar completa. Portanto, há muito trabalho para fazer e hoje procurámos dar mais um contributo aos agricultores, para estarem melhor preparados.
GR: Estas acções são importantes no sentido, também, de fidelizar o cliente à marca? JF: Procuramos que os nossos distribuidores e clientes de proximidade se sintam bem ao trabalhar a marca Selectis, dando-lhe preferência. A fidelização construi-se todos os dias. Damos o nosso contributo para que juntos consigamos crescer de acordo com aquilo que pensamos serem as prioridades deste sector e a forma de estar que entendemos ser a melhor. Procuramos fazer esse trabalho com eles, para que estejam mais apetrechados GR: Esta iniciativa insere-se no âmbito por forma a encararem os novos desafios, que cada vez são maiores. do projecto Select? www.gazetarural.com
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Segundo dados da Portugal Fresh
Portugal exporta quase 40% da produção de frutas e legumes
Quatro em cada dez frutas, legumes e flores produzidos em território nacional, são exportados, um estudo divulgado em simultâneo com o anúncio de que Portugal será, em 2015, parceiro oficial da maior feira mundial do sector. Os dados são da associação Portugal Fresh, que organizou uma acção de promoção no Largo Camões, em Lisboa, com bancas de frutas e legumes portugueses ao dispor de quem passava, para anunciar a parceria com a Fruit Logistica, que vai decorrer entre quatro e seis de Fevereiro de 2015, em Berlim. O presidente da Portugal Fresh, Manuel Évora, sublinhou que o sector exporta 38 por cento da produção e factura cerca de 2,6 mil milhões de euros, destacando que este foi “um dia histórico para a agricultura portuguesa”, porque Portugal vai estar em destaque num certame que ocupa 17 campos de futebol e recebe 65 mil visitantes de 141 países. Segundo a Portugal Fresh, as exportações de frutas e legumes cresceram 26 por cento nos
últimos três anos. A ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas, assinalou que o facto de Portugal conseguir ser parceiro da feira alemã no seu quinto ano de participação dará “oportunidade” para reforçar as acções de promoção e divulgação dos produtos nacionais e continuar a impulsionar o crescimento do sector. Assunção Cristas sublinhou que as frutas e legumes nacionais têm “margem de progressão” no mercado alemão, onde facturam cerca de 18 milhões de euros, mas acrescentou que o objectivo é diversificar os destinos. “Estar em Berlim não é apenas olhar para o mercado alemão” ou europeu, afirmou, acrescentando que as exportações para o Brasil, por exemplo, atingem já os 40 milhões de euros anuais. África do Sul, América Latina e Ásia são algumas das regiões onde os produtores concentram as atenções, apontou. A ministra avançou que está em curso um processo de acreditação “para abrir o mercado do Japão às cerejas”.
Revela um estudo feito em Março
Portugueses pouco preocupados com a origem dos produtos que consomem
Um estudo conclui que os portugueses preferem comprar produtos frescos nacionais, pela sua qualidade, mas preocupam-se pouco com a região de origem e estão indisponíveis para pagar um pouco mais pela produção de agricultura biológica. O estudo “Consumo Consciente: Percepção do Consumidor Português” apresentado na II Conferência Fórum do Consumo, em Lisboa, pretendeu avaliar o que sabem os portugueses sobre consumo consciente, responsável e sustentável. Realizado pela empresa de estudos de mercado GfK Metris, entre 7 e 18 de Março, o inquérito abrange 1.208 pessoas resi32
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dentes em Portugal continental, com idade igual ou superior a 18 anos. Quarenta por cento das pessoas auscultadas preferem comprar produtos frescos portugueses e não importados, devido à sua maior qualidade (71%) e frescura (30%), e porque, deste modo, ajudam a economia nacional (43%). Quando os inquiridos vão às compras, porém, apenas 12 por cento têm a preocupação de verificar quem produz, qual a região de origem dos produtos ou a certificação de qualidade e apenas uma margem de 10 por cento se importa de pagar um pouco mais por um bem de agricultura biológica.
Encontro de Fruticultura Syngenta decorreu nas Caldas da Rainha
Pragas-chave das pomóideas e pulverização adaptada a pomares intensivos em debate
A Syngenta organizou um Encontro de Fruticultura onde um dos temas centrais do debate foi o bichado da fruta (Cydia pomonella) e a nova solução Syngenta – Voliam Targo – para controlar esta e outras pragas chave das pomóideas. O Encontro abordou também os novos métodos de optimização da pulverização adaptados aos pomares intensivos, como o TRV - Tree Row Volume. A Syngenta reuniu, nas Caldas da Rainha, um conjunto de 30 técnicos da região Oeste, Beira Interior e Trás-os-Montes, num Encontro de Fruticultura, onde teve lugar a apresentação do Voliam Targo, o novo insecticida da Syngenta, que controla três das pragas que mais afectam as pereiras e macieiras - o bichado da fruta, a psila e o aranhiço vermelho. Vanda Baptista, técnica da Direcção Regional de Agricultura do Centro (DRAPC), fez uma apresentação sobre o bichado da fruta (Cydia pomonella) e explicou que nos últimos anos se tem verificado uma diminuição dos estragos causados por esta praga na região Centro, em parte devido ao correcto posicionamento dos produtos em função das suas características biológicas e modo de acção. “Nos anos 2007 a 2009 verificámos uma elevada pressão da praga em toda a região Centro que, nalguns casos, se traduziu em prejuízos. Nesta altura, na Beira Interior, também se verificaram fenómenos de resistência, mas desde então, com o aparecimento de novas substâncias activas, aliada à consciencialização de todos os intervenientes, foi possível encontrar uma solução integrada e racional para o problema. Com recurso aos diferentes meios de protecção disponíveis - cultural, biológico, biotécnico e químico - é possível manter as populações a níveis que não causem prejuízos», concretizou Vanda Baptista. Nos ensaios realizados na Estação Agrária de Viseu, em 2013, o insecticida Voliam Targo foi posicionado na primeira geração do bichado da fruta e a primeira aplicação foi aquando da presença de ovos com “cabeça negra” (6 de Junho) e renovado a 25 de Junho. O posicionamento nesta geração visou uma estratégia anti-resistência, seguindo o preconizado pelo Insecticide Resistance Action Committee (IRAC), e um duplo objectivo: o controlo de bichado e aranhiço vermelho. Vanda Baptista constatou que o Voliam Targo “é mais uma solução que o fruticultor dispõe para controlar o bichado da fruta, com a mais-valia de ter acção sobre o aranhiço vermelho” e remeteu para a necessidade de uma estratégia de Protecção Integrada. “É fundamental que o fruticultor conheça a dinâmica da população da praga ao nível do seu pomar e que pondere sempre
os diferentes factores de nocividade, como o histórico do pomar, susceptibilidade das cultivares, a possível proximidade de pomares abandonados, factores bióticos, etc. Também é fundamental seguir a evolução da praga com recurso a armadilhas de monitorização e à observação visual de forma a avaliar o ataque e recorrer às informações difundidas pelas Estações de Avisos”, recomendou a técnica da DRAPC. Pulverizar em função da volumetria das árvores
A evolução dos pomares de fruteiras para sistemas mais intensivos levam o fruticultor a optimizar também a forma como aplica os produtos fitossanitários, uma preocupação a que a Syngenta está particularmente atenta. Nos pomares intensivos e super-intensivos as árvores desenvolvem-se num espaço tridimensional (altura, largura e espessura da área) cada vez mais reduzido, o que requer a adaptação das técnicas de pulverização a essa “nova” configuração. O conceito TRV - Tree Row Volume, que consiste em determinar os volumes de pulverização em função da volumetria das árvores, é um dos novos métodos de optimização da pulverização adaptado aos pomares intensivos. Como explicado no Encontro de Fruticultura pela equipa da Syngenta, este método, associado à correcta regulação dos equipamentos, nomeadamente a escolha criteriosa dos bicos e o ajustamento do caudal e velocidade do ar produzido, constituem uma forma de optimizar o processo de pulverização, garantindo uma aplicação mais dirigida ao alvo e, por isso, mais eficaz e com menor impacto no meio ambiente. No que respeita ao Voliam Targo, a Syngenta recomenda uma concentração de 50-75 ml/hl na protecção dos pomares de pomóideas. Em macieiras, a primeira aplicação deve ser realizada ao pico da curva do vôo do bichado, antes da eclosão das primeiras larvas, coincidindo com a presença de formas móveis de ácaros na cultura. Em pereiras, a primeira aplicação deve ser realizada ao pico da curva do voo do bichado, antes da eclosão das primeiras larvas, coincidindo com a presença de ovos amarelos/primeiras ninfas de psila na cultura. Em ambas as culturas recomenda-se um máximo de dois tratamentos, com 7 a 10 dias de intervalo se as aplicações forem consecutivas.
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Adiantou a ministra da Agricultura
Governo vai adequar IRS de proprietários a ciclo de produção florestal A ministra da Agricultura e do Mar disse que o Governo está a trabalhar para adequar o IRS (Imposto sobre o Rendimentos de Pessoas Singulares) aos longos ciclos produtivos da floresta. “Estamos a trabalhar para adequar a fiscalidade àquilo que são os ciclos produtivos muito longos da floresta”, no sentido de permitir “amortizações em 25 anos” em sede de IRS, à semelhança daquilo que já sucede em relação ao IRC (Imposto sobre os Rendimentos de Pessoas Colectivas), afirmou Assunção Cristas. “Agora já é possível abater investimentos” na floresta em sede de IRC, sublinhou Assunção Cristas, adiantando que o Governo está a “tentar fazer algo simétrico para o IRS, até porque a propriedade florestal em Portugal é de pequenos proprietários que, muitas vezes, nem sequer têm uma empresa”, são proprietários individuais que têm na floresta “um complemento de
rendimento”. A ministra escusou-se a adiantar aspectos sobre o preconizado “abatimento de investimentos” na floresta, em sede de IRS, argumentando tratar-se de um projecto que ainda está em estudo e que envolve diversos aspectos técnicos. Além da criação de “mecanismos do ponto de vista fiscal”, o Governo também está a promover a agregação de propriedades florestais, no sentido de fazer com que a sua “gestão seja conjunta” e para que “haja uma maior escala nas intervenções”, disse a ministra, salientando que, para isso, a atribuição de fundos comunitários favorecerá os projectos que agreguem propriedades e/ ou proprietários. As medidas visam valorizar a propriedade florestal e fazer com que os seus proprietários “recebam o retorno” dos investimentos para “poderem gerar meios para cuidarem das suas parcelas”, sustentou Assunção Cristas.
Gestiverde é a entidade gestora
Câmara de Abrantes adere à ZIF de Aldeia do Mato A Câmara de Abrantes vai aderir à Zona de Intervenção Florestal (ZIF) de Aldeia do Mato, passando a incluir na zona de abrangência os terrenos propriedade do município localizados no perímetro desta ZIF, em resposta ao convite realizado pela entidade gestora, a Gestiverde. Com esta adesão a autarquia pretende dar o exemplo ao integrar o seu próprio património para ser gerido, limpo e mantido por esta entidade que tem como missão a gestão e defesa das áreas florestais aderentes, contribuindo para a diminuição drástica da possibilidade de ocorrência de incêndios sem que os seus proprietários percam qualquer domínio das suas terras. Implantada numa área de 3,254 hectares e com 101 proprietários aderentes, a ZIF de Aldeia do Mato, no norte do concelho de Abrantes, foi uma das primeiras constituídas em Portugal sen34
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do considerada um exemplo de ordenamento da floresta, como afirmou recentemente numa visita ao local a ministra Agricultura, Assunção Cristas. Foi oficialmente criada em 21 de Março de 2006 num processo à altura dinamizado pela Associação de Agricultores dos Concelhos de Abrantes, Constância, Mação e Sardoal, Câmara de Abrantes, Direcção Geral dos Recursos Florestais, Governo Civil do Distrito de Santarém e Junta de Freguesia de Aldeia do Mato. Sem custos para os associados, esta ZIF tem desenvolvido vários projectos como por exemplo, a recuperação de áreas ardidas, desmatação e arborização de área de matos, implementação de estruturas de defesa da floresta, mosaicos de gestão de combustível e limpeza da floresta nas zonas de aglomerados populacionais e redes viárias.
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Centro de Gestão de Murça O Centro de Gestão de Murça é uma Associação de Agricultores, que iniciou a actividade em 1995, conta actualmente com cerca de 500 associados, quer de Murça, quer de concelhos vizinhos. Constituído por uma equipa técnica especializada que presta os mais variados serviços na área agrícola, designadamente Contabilidade Fiscal e de Gestão, Formação Profissional, Elaboração de Projectos Agrícolas VITIS/PRODER, Elaboração de Candidaturas ao Pedido Único de Ajudas/Subsídios, Apoio Técnico nas áreas de Produção Integrada e agricultura Biológica (vinha, olival, frutos secos), Registo de Movimentos Vínicos dos Produtores engarrafadores, Serviços de Parcelário e SAA – Serviço de Aconselhamento Agrícola, entre outros. As exigências do ponto de vista fiscal, contabilístico, Segurança Social e de Gestão e o seu cumprimento, tornam-se tarefas difíceis para cada agricultor. Assim, o Serviço de Contabilidade que prestamos é uma resposta conjunta aos nossos associados. A Formação Profissional continua a ser uma aposta estratégica desta Associação, no caminho da capacitação técnica e de Gestão dos nossos empresários agrícolas, rumo à modernização e dinamização do sector. Produzir implica o cumprimento de regras. É o que acontece no âmbito da Produção Integrada e Biológica. O equilíbrio do ecossistema deve ser o caminho, o fomento da biodiversidade,
com a preservação dos recursos a par das actividades agrícolas. A agricultura sustentável deve ser um sistema integrado de práticas de produção, que mantenha a viabilidade económica da agricultura e que melhore a qualidade de vida de quem trabalha a terra e de toda a sociedade. O Centro de Gestão tem sido o motor do Desenvolvimento da Agricultura do concelho de Murça. A mecanização e modernização estão bem patentes nas explorações agrícolas associadas, bons exemplos no panorama regional, designadamente do Douro. Face aos novos desafios da fileira agrícola, temos vindo a apoiar também os nossos associados na Componente Comercial. Produzir bem e Vender melhor deve ser o lema. Assim temos promovido e participado em Feiras Nacionais e Internacionais, com produtos acabados dos nossos produtores, designadamente Vinho, azeite, mel, frutos secos, etc. Centro de Gestão de Murça Av. Bombeiros Voluntários, Edifício Alameda Loja1, R/Chão - 5090-148 Murça Telef: 259511495 - Fax. 259511473 E-mail: centrogestaomurca@gmail.com Website: www.centrogestaomurca.pt
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A 9 de Maio, integrado na OlivoMoura – Feira Nacional da Olivicultura
Moura recebe Congresso Nacional do Azeite A cidade de Moura recebe a 9 de Maio o I Congresso Nacional do Azeite - Azeite do Alentejo, evento integrado no programa da OlivoMoura – Feira Nacional da Olivicultura, que decorre de 8 a 11 de Maio. Neste certame o sector primário esta em destaque, com especial enfoque no azeite, tendo também uma mostra de artesanato e gastronomia. O congresso é organizado pelo Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo e pela Câmara de Moura e pretende ser um ponto de encontro do sector para estabelecer contactos e discutir a olivicultura em Portugal, com particular incidência no Alentejo, composto por três painéis dedicados “às políticas de qualidade, económicas e comerciais do sector”. Para a organização, “esta iniciativa visa ainda promover o estudo e o debate em torno do sector oleícola, procurando reunir os principais agentes e profissionais ligados ao azeite”. Armando Sevinate Pinto, da empresa Agroges, Jean-Louis Barjol, director executivo do Conselho Oleícola Internacional, João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, e Luís Folque, presidente da Casa do Azeite, são alguns dos oradores presentes.
Durante o mês de Maio
Mais de 50 restaurantes de Viana servem diferentes pratos de sável Mais de 50 restaurantes de Viana do Castelo vão servir, durante o mês de maio, diferentes pratos de sável, confeccionados de várias formas, no âmbito da campanha “Sabores no Coração”, dinamizada pelos empresários locais. A iniciativa arranca com um ‘showcooking’ de sável na Praça da República, ex-libris da cidade, informou a organização, a cargo da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC). Esta demonstração culinária ao vivo incluirá mostras de sável cozinhado com recurso a receitas típicas e que fazem parte da gastronomia tradicional mas também com propostas que resultam da “inovação e criatividade dos cozinheiros locais”. A campanha “Sabores no Coração” começou em Abril, dedicada à lampreia dos rios Lima e Minho, e envolverá até final do ano eventos dedicados à sardinha, ao fumeiro e ao bacalhau, além do sável, que estará em destaque nas ementas de mais de 50 restaurantes de Viana do Castelo durante o próximo mês. De acordo com o presidente da AEVC, Luís Ceia, o evento an-
terior, dedicado à lampreia, “ultrapassou largamente as expectativas”, tendo sido servidas por 41 restaurantes do concelho, em Março, “muito acima” das duas toneladas deste ciclóstomo, valor inicialmente estimado pela organização. “As expectativas criadas com a lampreia foram excelentes, esperamos confirmá-las agora com o sável”, disse Luís Ceia. A promoção do “melhor da gastronomia tradicional” é, de acordo com a AEVC, o objectivo desta acção, que tem a particularidade de ser totalmente dinamizada pelos empresários da restauração que integram aquela associação. Em função dos cinco diferentes produtos gastronómicos a apresentar, conforme a época do ano, a AEVC estima que a campanha “Sabores no Coração” possa mobilizar perto de uma centena de restaurantes de Viana do Castelo até final de 2014. A campanha conta ainda com o apoio da Câmara de Viana do Castelo e do projecto “100% Alto Minho”, que visa “impulsionar o consumo dos produtos endógenos”.
Ano X - N.º 223 Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), jla.viseu@gmail.com | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda. Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Fernando Ferreira, José Martins e Helena Morais Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 363 Fracção AT - Lj 11 - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320 E-mail: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS - Inscrição nº 124546 Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís Araújo Sede Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Delegação Edifício Vouga Park, Sala 42 - Sever de Vouga Capital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica Sá Pinto Encadernadores | Telf. 232 422 364 | E-mail: ajsapinto@mail.telepac.pt | Zona Industrial de Coimbrões, Lote 44 - 3500-618 Viseu Tiragem média Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores
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BREVES A 7 de Maio, no Tecnopólo do Vale do Tejo
Seminário debate Novas Tendências na Agricultura As “Novas Tendências na Agricultura” são o tema de um seminário que vai decorrer no dia 7 de Maio, no Edifício INOV. POINT, no TAGUSVALLEY – Tecnopólo do Vale do Tejo, em Abrantes. O evento decorre no âmbito da “Semana do Desenvolvimento Local”, da Rede Rural Nacional, e é organizado pela TAGUS, em parceria com a Associação de Agricultores de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação e a Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo. Programa: 14h00 Recepção dos participantes 14h15 Sessão de abertura Câmara Municipal de Abrantes Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior Associação de Agricultores de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação 14h30 Enquadramento do PRODER e os Jovens Agricultores Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo Associação de Agricultores de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação 15h00 Hidroponia: Apontamentos de Hidroponia em NFT e NGS - Hortícolas e Morangos Carlos Costa – Plântula 15h30 Framboesas – Condicionantes e oportunidades de negócio António Paisana – Casa Lino Neto Soc. Agrª 16h00 Cogumelos - “A produção de cogumelos sapróbios” Rui Coelho - Quadrante Natural 16h30 Plantas e ervas aromáticas – Enquadramento e Oportunidades João Dias - Hortas da Aldeia 17h00 Como criar o seu negócio Rui Correia - Câmara Municipal de Abrantes 17h30 Apresentação do projecto Bolsa de Terras Pedro Saraiva - TAGUS 18h00 Debate
Torres Vedras vai acolher fórum sobre horticultura Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste (AIHO) promove um espaço fórum dedicado à inovação e à promoção do desenvolvimento tecnológico e científico da horticultura da Região Oeste, na Feira de São Pedro, em Torres Vedras, entre 26 de Junho e 6 de Julho. O Fórum Tecnologia e Horticultura decorrerá no interior de uma estufa de última geração, montada para o efeito. A iniciativa é dirigida para os profissionais do sector hortícola, mas também para o público em geral que pretenda conhecer as técnicas de produção e a excelência dos produtos hortícolas da região. A iniciativa inclui conferências, exposições, demonstrações e workshops, entre outras iniciativas e muito mais.
Prorrogado o prazo para submissão das candidaturas ao Pedido Único 2014 O Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) informou no seu site que a prazo para submissão das candidaturas ao RPU tinha sido prorrogado para 15 de Maio. “Com o objectivo de viabilizar o acolhimento de um maior número de candidaturas e assim optimizar a utilização dos apoios agrícolas disponíveis, foi deliberado prorrogar o prazo para submissão sem penalização das candidaturas ao PU 2014 e transferências de direitos de RPU, até à data limite regulamentar de 15 de Maio de 2014”. Mais se informa que, após aquela data e nos 25 dias subsequentes, aplicar-se-ão as penalizações regulamentares por entrega tardia (1% por cada dia útil). Findo este prazo para entregas tardias, não será possível a submissão de candidaturas. Importa, ainda, esclarecer que os pedidos de pagamento dos Prémios à Manutenção e dos Prémios por Perda de Rendimento no âmbito da Medida da Florestação das Terras Agrícolas - RURIS, bem como os Projectos de Arborização instalados ao abrigo do Reg. (CEE) n.º 2080/92 e Reg. (CEE) n.º 2328/91, não estão sujeitos à aplicação do terceiro travessão do artigo 22.º do Reg. (UE) n.º 65/2011, uma vez que se tratam compromissos iniciados antes de 1 de Janeiro de 2007 (ver ponto 1 do artigo 8.º do mesmo regulamento), pelo que está assegurada a criação e submissão destes pedidos até ao dia 9 de Junho de 2014 sem aplicação de qualquer penalização.
Festival da Doçaria de Vouzela com inscrições abertas O Município de Vouzela informa que estão abertas as inscrições para o VI Festival de Doçaria “Doce Vouzela”, certame promovido pela autarquia e que se realizará nos dias 26 e 27 de Julho. Assim, todos os produtores regionais de doces, oriundos exclusivamente de Vouzela, Oliveira de Frades e S. Pedro do Sul, que pretenderem expor no festival de doçaria poderão inscrever-se até ao dia 31 de Maio, no Posto de Turismo de Vouzela ou através do contacto 232 740 070. A inscrição é gratuita.
Nos dias 3 e 4 de Maio, na Aldeia de Carvalho
Alcafache comemora dos 500 anos do foral com mercado quinhentista Nos dias 3 e 4 de Maio, em Aldeia de Carvalho – Alcafache, vai ser recriado um mercado quinhentista. A iniciativa assinala a comemoração dos 500 anos da atribuição do foral à então Vila de Alcafache. A comemoração, organizada pela Junta de Alcafache, em parceria com a Sagittarius, conta com o apoio da Câmara de Mangualde e colectividades da Freguesia. Neste mercado vai ser possível assistir à recriação da entrega do foral, bem como do ambiente vivido na época: as gentes, as vestes, a gastronomia, os costumes e a religião. A entrega do foral às terras de Alcafache ocorreu a 6 de Maio de 1514, numa época em que os mercados e a expansão do império português, através das descobertas dos caminhos marítimos, estavam no seu auge assinalando assim, de forma muito positiva, aquele tempo de D. Manuel I – XIV Rei de Portugal, cognominado O Afortunado ou o Bem-Aventurado. www.gazetarural.com
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Com agenda de uma dúzia de eventos
Câmara de Viseu quer dinamizar Mercado 2 de Maio
O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, anunciou uma agenda com mais de 12 eventos e um concurso de ideias para tentar dinamizar e “levar vida” ao Mercado 2 de Maio, uma praça histórica da cidade. “Queremos começar desde já com a dinamização do Mercado 2 de Maio, que será objecto de uma agenda de eventos nos próximos três meses, sendo ainda nosso objectivo lançar um concurso público de ideias para esta praça histórica da cidade”, apontou. Durante a reunião descentralizada da Câmara de Viseu, que decorreu em Vila Chã de Sá, o autarca informou que os eventos terão início em Maio, estando prevista uma acção por fim de semana. “Ao todo serão mais de 12 eventos, que têm por objectivo
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qualificar o mercado, ensaiando-se soluções de animação. É um teste para tomarmos opções no futuro”, alegou. No dia 02 de maio, a praça comemora o seu 135.º aniversário, sinalizando a data com uma evocação histórica, música e gastronomia tradicional. “Para esta temporada de eventos, estamos a preparar um mercado de trocas em parceira com a União de Freguesias da cidade e um mercado de lavradores, numa abordagem não concorrencial com o Mercado Municipal”, referiu. Em agenda está também o mercado de Viriato, mais orientado para as crianças e ainda a realização do evento de quatro dias Prove Viseu Dão Lafões.
O topo de gama de vinhos da empresa duriense
Patrius Vini ‘mostra’ KASKUS 18 A Patrius Vini, sediada no concelho de Murça, em plena Região Demarcada do Douro, surgiu com o intuito de comercializar os seus vinhos, azeites e restantes produtos da exploração agrícola. A designação Patrius, proveniente do latim, tem como significado etimológico: hereditário, que vem dos pais, tradicional. A marca pretende homenagear os antepassados ligados à vinha e ao vinho da região do Douro, assim como do sector do azeite produzido em Murça, de prestígio nacional e internacional. Sendo o vinho e o azeite o somatório das memórias culturais e gastronómicas desta região, a Patrius é o resultado do saber acumulado ao longo de muitas e sucessivas gerações. Patrius Vini contitui, de igual forma, o elo de ligação entre o contemporâneo, o respeito pelas boas práticas agrícolas e ambientais e a origem dos produtos de tradição. Acima de tudo deseja, pelo sentimento de partilha, proporcionar a experiência inigualável dos aromas e os sabores do Douro e Trás-os-Montes. Nesse sentido, a Patrius Vini está no mercado com diversos produtos, como vinhos, azeite, mel e as geleias de vinho. A marca Patrius prevalece em todos eles, comercializando também a marca Repto e Pipus. KASKUS 18 é o topo de gama de vinhos da empresa. Um vinho Doc de mesa único, com 17’, proveniente de vinhas velhas e castas rigorosamente seleccionadas, acompanhado por um sistema de controlo de frio no processo de fermentação, que deu como resultado esta preciosidade, uma pérola para bons apreciadores de vinhos raros.
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