w w w. g a z e t a r u r a l . c o m
Director: José Luís Araújo | N.º 228 | 15 de Julho de 2014 | Preço 2,00 Euros
“A floresta tem que ser encarada e gerida como uma empresa” diz José Vasco Campos
Agroleite ‘mostra’ sector em S. Pedro de Rates
Sumário
04 Agroleite 2014 mostra momento actual do sector do leite
19 Vinho do Pico colocado em restaurantes de topo mundial
07 FICAVOUGA ‘virada’ para a natureza e gastronomia
21 Seminário debate “A nova Politica Agrícola Comum
08 Feira do Petisco, Vinhos e Produtos Regionais decorre em Mesão Frio
e as áreas de montanha da Europa”
22 Loja “Granja de Cister” aposta na venda directa do
09 Festival da Melancia promete refrescar o verão
produtor ao consumidor
10 “Doce Vouzela” conta com mais de dezena e meia
24 “O problema da floresta portuguesa é estar na mão
de produtores
de milhares de proprietários”
11 Mostra Gastronómica da Sopa Seca de Alcofra a 19
27 Medalhas de ouro para azeite de Murça ajudam a
de Julho
abrir portas à exportação
12 Feira de São Bartolomeu para movimentar o concelho e a região
28 Associação Agrícola de S. Miguel vai criar centro de interpretação da agricultura
13 Sernancelhe comemora 10 anos de Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra
29 Rede de ciências agrárias vai nascer nas três universidades da região Norte
14
Expo Montemuro mostra produtos endógenos de Cinfães
34 Ex-ministro da Agricultura defende protecção do comércio local
16 VINAL promove o Vinho do Dão e a Alambicada
35 Escola Mariana Seixas vai abrir polo em Mangualde
17 Vinhos da Adega de Tazem já levam nove medalhas
em 2014
37 Parque Verde de Penacova recebe Festas do Município
18 Três vinhos do Dão receberam o prémio Prestígio
38 Mira promove tradicionais festas de S. Tomé
De 17 a 20 de Julho em S. Pedro de Rates
Agroleite 2014 mostra momento actual do sector do leite
É o maior certame dedicado ao sector do Leite e tem lugar em S. Pedro de Rates, no concelho da Póvoa do Varzim, de 17 a 20 de Julho. A Agroleite 2014 promete muita animação, num certame especializado e com muitos motivos de interesse. O seminário “ A Nova PAC” abre o programa no dia de abertura, a que segue na sexta-feira o primeiro Concurso de Manejadores e Preparadores de Animais. Para o fim-de-semana está reservado um dos pontos altos do programa, com o concurso da raça Holstein Frísia, este ano o maior de sempre, com 143 animais inscritos de 16 criadores. O director técnico da Leicar - Associação de Produtores de Leite e Carne, entidade que promove o certame, tem “as melhores expectativas” para a Agroleite 2014. Joaquim Cruz lembra que este é um evento especializado, em que será possível conhecer o momento actual do sector do leite. Seminário “A Nova PAC” - Programa 14.30 h – Sessão de Abertura José Oliveira – Presidente da LEICAR Eng.º Aires Pereira – Presidente da Câmara Póvoa de Varzim João Machado – Presidente da CAP Eng.º José Diogo – Secretário de Estado da Agricultura 15.00 h – Pagamentos Directos Regime de pagamento base; Greening; Ajudas ligadas e Outras ajudas. 15.45 h – PDR – Programa de Desenvolvimento Rural 1 – Arquitectura e medidas mais relevantes. Oradores: Engª Ana Carrilho, Engª Cláudia Gonçalves e Engª Anabela Piçarra 16.30 h – Debate 4
www.gazetarural.com
Gazeta Rural (GR): O que vai ser a Agroleite 2014? Joaquim Cruz (JC): A feira deste ano será a continuação do que temos feito ao longo das 10 edições anteriores. Vai ser um evento que vai congregar as pessoas ligadas ao sector leiteiro, já que tentamos sempre vocacionar a feira para os produtores de leite. GR: A feira arranca com um seminário sobre a nova PAC. Tem sido uma preocupação continua, no sentido de dotar os produtores de instrumentos que lhes permitam candidatar-se aos fundos comunitários? JC: Efectivamente. Logo no dia da inauguração vamos ter um seminário que vai tratar de todos os temas da nova PAC. Contaremos com a presença do secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, que não estará na inauguração, mas será um dos oradores desse seminário, elementos do Gabinete de Planeamento do Ministério da Agricultura e da CAP para esclarecer todas as ajudas e o que se prevê com o novo quadro comunitário até 2020. Julgo que será interessante a presença de muitos agricultores, até para o seu próprio conhecimento e para que não aleguem de desconhecimento de todas as situações que vão ocorrer com implementação da nova PAC. Nos restantes dias vamos ter animação e algumas novidades. Na sexta-feira vamos ter o primeiro Concurso de Manejadores e Preparadores de Animais. Esta foi a forma que a Leicar encontrou para dar resposta às solicitações de muitos produtores. A dificuldade que tinham não era ter bons animais, mas sim prepará-los para o concurso. Aliás, temos feito uma aposta em cursos de preparadores, o que faz com que agora tenhamos mais participantes no concurso da vaca leiteira e, para alem disso, vamos fazer o primeiro concurso de preparadores, o que vai ser muito interessante, pois tem jovens que estão a iniciar-se nestas artes. Será um dia aliciante. Outro ponto alto será, no sábado, o concurso da raça Holstein Frísia que já é uma tradição e que este ano será o maior de todas as edições. Temos, até agora, 143 animais inscritos de 16 criadores. Portanto, será o maior concurso de sempre.
GR: O presidente José Oliveira dizia que houve mais candidaturas a expositores. Isso vai reflectir-se na Feira? JC: Não. Temos sensivelmente o mesmo número dos anos anteriores, até porque temos uma estrutura física que não nos permite crescer muito mais. Temos, mais ou menos, o mesmo número de expositores. Diria que na área dos equipamentos, teremos sensivelmente o mesmo número de expositores. Há mais na área das raçoes, na alimentação animal, do que em anos anteriores. Vamos ter uma novidade, que é um sistema de refrigeração na nave onde estão os animais, o que é importante, pois vai traduzir-se em melhor bem-estar nos animais para concurso. Vamos conseguir arrefecer o ambiente em cerca de 8 graus, o que é importante, pois normalmente nesta altura as temperaturas são um bocado elevadas. Este conforto que queremos dar aos animais é também benéfico para os visitantes, que dentro da nave se vão sentir um pouco melhor.
mos num ano complicado, em que a crise ainda não nos deixou e isso reflecte-se no número de visitantes e nos gastos que as pessoas fazem. Ainda assim, contamos ter um número elevado de visitantes. Esta é uma feira especializada, dedicada efectivamente aos produtores de leite e, portanto, nunca contamos com as enchentes das grandes feiras que se realizam por esse país fora, porque não é esse o objectivo. Esta não é uma feira de gastronomia ou de artesanato, mas sim um evento especializado na área do sector leiteiro. Teremos, com certeza, todas as pessoas que ligadas e que estão interessadas no sector. E vai correr bem certamente.
GR: Quanto à animação? JC: Vamos ter a animação do costume. A novidade deste ano é para a malta jovem que nos visita e que se queixava que a feira encerrava cedo. Na sexta e no sábado vamos ter DJs a passar música pela noite dentro, que certamente vai agradar à juventude. Outro ponto aliciante do programa é o concurso Miss Leicar na noite de sábado, que vai na terceira edição, que vai atrair muita gente, pois a maior parte das jovens participantes são filhas de agricultores. Este é um concurso de beleza, com prémios muito aliciantes. GR: Tem, por isso, boas expectativas para a edição deste ano? JC: As expectativas são as melhores. E evidente que continua-
PROGRAMA AGROLEITE 2014 S. PEDRO DE RATES – PÓVOA DE VARZIM 10.00 h - Abertura ao Público 11.30 h - Inauguração Oficial da AGROLEITE 2014
Dia 17 JULHO Quinta-feira
14.30 h - Seminário “ O FUTURO DA POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM” Auditório LEICAR 21.30 h - FESTIVAL DE FOLCLORE
Rancho Folclórico de S. Pedro de Rates Rancho Regional de Paredes - Paredes Grupo Folclórico de Palmeira de Faro - Esposende Rancho Folclórico Poveiro 00.30 h – Encerramento 10.00 h - Abertura ao Público Concurso de Manejadores e Preparadores de Animais 11.00 h – Agroleite Infantil “ As Escolas visitam a Feira”
Dia 18 JULHO Sexta-feira
22.00 h – NOITE MÙSICA BRASILEIRA Rogerinho do Acordeon e sua Banda 24.00 h – Animação Dj (Som, luz, robótica) 02.00 h – Encerramento 10.00 h - Abertura ao Público 11.00 h – Jogos Populares
Dia 19 JULHO Sábado
14.30 h - Concurso da Raça Holstein Frísia AGROLEITE 2014 (1ª parte) Classificação dos animais das Secções 1.ª a 11.ª 22.00 h – Desfile / Concurso “MISS LEICAR 2014” 24.00 h – Animação Dj (Som, luz, robótica) 02.00 h – Encerramento 10.00 h - Abertura ao Público
Dia 20 JULHO Domingo
10.30 h - Concurso da Raça Holstein Frísia AGROLEITE 2014 (2ª parte) Classificação dos animais das Secções 12.ª a 23.ª Eleição da Vaca Grande Campeã 15.00 h – Actuação e animação de rua pela TERTÚLIA VALASARENSE 20.00 h – Encerramento
HORÁRIO DOS STANDS E EXPOSITORES – 10 às 23 horas HORÁRIO DA AGROLEITE – 10 às 02 horas (Domingo – 10 às 20 horas)
www.gazetarural.com
5
Diz o presidente da Junta de S. Pedro de Rates
Apoio da Câmara da Póvoa do Varzim “é fundamental na afirmação da Agroleite” ter a Agroleite num produto turístico de referência, cujas consequências sociais, económicas e culturais contribuirão seguramente para a Póvoa de Varzim, como um município activo, dinâmico, atento e sensível à realidade do sector agrícola e a todas as actividades que lhe são inerentes.
A realização de um certame da dimensão da Agroleite é, por si só, um motivo de atractividade para a freguesia de S. Pedro de Rates. À Gazeta Rural o presidente da Junta considera que o certame “representa a oportunidade de todos os agricultores e profissionais da agro-pecuária verem voltados para si a atenção” de diversas entidades. Todavia, Paulo João Silva considera que o apoio, este ano mais efectivo, da Câmara da Póvoa do Varzim ao certame “é fundamental na afirmação” do mesmo, mas também convertendo-o “produto turístico de referência”. Gazeta Rural (GR): O que representa a Agroleite no contexto do sector primário da freguesia? Paulo João Silva (PJ): Sendo o maior certame agrícola da região, a Agroleite representa a oportunidade, por excelência, de todos os agricultores e profissionais da agro-pecuária verem voltados para si a atenção de um conjunto de entidades, que vão desde investidores, clientes nacionais e internacionais e parceiros de negócio. Este facto, por si só, afirma a importância, ao nível económico, desta iniciativa, resultante da constante proactividade da empresa que a organiza e do reconhecimento, por parte das entidades institucionais que a apoiam, nomeadamente a Câmara da Póvoa de Varzim e a Junta de Freguesia de S. Pedro de Rates, cuja economia assenta, maioritariamente, na agricultura, usufrui das externalidades positivas desta Feira, na medida em que milhares de pes-
soas, durante os quatros dias, visitam não só o certame agrícola, mas também toda a riqueza do património histórico, paisagístico e cultural que a Vila tem para oferecer. GR: O apoio da Câmara da Póvoa do Varzim pode ser fundamental para tornar este certame a referência maior do sector do leite em Portugal? PJS: O apoio da Câmara da Póvoa de Varzim é fundamental na afirmação deste certame, quer em termos de crescimento do sector do leite a nível nacional, a partir desta região e desta iniciativa, quer no apoio financeiro e logístico para conver-
GR: Como está o sector primário na freguesia, numa altura em que muito se fala no regresso à terra? PJS: A Junta de Freguesia tem desenvolvido, junto de toda a população, iniciativas que promovem a valorização de práticas que contribuem para uma melhoria quer da qualidade ambiental, quer da optimização de todos os recursos locais, no sentido de proporcionar à população meios para que cultivem as suas terras, colocando à disposição dos que não a têm, hortas comunitárias para que desenvolvam a sua própria agricultura. Por outro lado, atenta e sensível às fragilidades deste sector, a Junta de Freguesia, com base no sentido de comunidade e associativismo, colabora com os pequenos e médios agricultores, recorrendo aos recursos técnicos e logísticos de que dispõe. O número de empresas agrícolas da freguesia estagnou nos últimos anos, reflexo do contexto socioeconómico europeu, e não obstante todos os esforços para contrariar a tendência, os produtores de leite e produtos agrícolas, nem sempre vêm devidamente reconhecido o seu trabalho.
De 18 a 20 de Julho, na Expolima
Ponte de Lima promove VI Feira de Caça, Pesca e Lazer Ponte de Lima promove de 18 a 20 de Julho a VI edição da Feira de Caça, Pesca e Lazer, que terá por palco a Expolima. O sector da caça e pesca, associado às actividades de lazer, contribuem para mostrar a vitalidade das associações e das empresas ligadas à temática, sendo uma referência no desenvolvimento da região e do país. Neste contexto, a Feira visa divulgar todos os ramos, serviços e actividades relacionadas com a temática através dos recursos naturais de excelência que o concelho dispõe para a prática destas modalidades. Durante os dias da exposição realizar-se-ão demonstrações de Aves de Cetraria, de Cães de Parar, demonstração de Dança com Cães, prova de Pesca no Rio Lima, III Concurso de Mel, I Concurso de Beldades Caninas de Ponte de Lima; IV Concurso Canino de Beleza e a final do Campeonato Nacional de St. Huberto. Referência ainda para o colóquio subordinado ao tema “Sani6
www.gazetarural.com
dade das Espécies Cinegéticas”, no domingo, dia 20, às 11 horas, seguido do início dos julgamentos da IV Exposição Especializada do Cão Castro Laboreiro. Abrangendo toda a área de exposição da Expolima, outras actividades decorrem ao longo do evento, desde o baptismo de mergulho, passeios de póneis, jogos de rio, exposição de carros clássicos e um conjunto de desportos aventura, como Rapel, Air Bungeee, Tiro, Teambuilding Race, demonstrações de Skate e de Trial Bike, esta promovida pelo Trial Portugal com os finalistas do Portugal tem Talento. Destaque ainda para o Torneio de Jogos tradicionais no domingo, dia 20 de Julho, durante a tarde, dirigido às diversas associações do concelho, do desporto à juventude, da cultura às juntas de freguesia e grupos de amigos que pretendam desfrutar de um dia de saudável competição e confraternização.
De 26 de Julho e o dia 2 de Agosto
FICAVOUGA ‘virada’ para a natureza e gastronomia
Sever do Vouga vai estar em festa com a XXIV edição da FICAVOUGA, este ano virada para a promoção da natureza, do património e da gastronomia, três itens em que este concelho do Baixo Vouga é rico. O certame vai decorrer de 26 de Julho a 2 de Agosto e retoma a área do sector de exposições, que terá lugar no pavilhão gimnodesportivo, dedicada às empresas, serviços, comércio e artesanato do concelho, assim como eventuais expositores de outras regiões. Para facilitar esta retoma, a autarquia de Sever do Vouga, entidade promotora do certame, optou pela não existência de custos para os expositores dentro do pavilhão e para o artesanato. Este ano, foram introduzidas algumas alterações no desenho da programação, através de um novo conceito - promover a natureza, património e gastronomia. Para o efeito, foram contactados agentes locais, designadamente, as empresas de animação de desporto e de aventura, colectividades e associações locais, no sentido de serem criados programas com um conjunto de actividades destinados, fundamentalmente a visitantes, envolvendo outros parceiros ou agentes locais, como a restauração e o alojamento. “Pretendeu-se criar um programa cultural diferenciador, que articule a apresentação dos vários talentos locais, com desta-
que para as bandas de garagem, as marchas populares e a demonstração do Portefólio - Espectáculo Comunitário, para além dos artistas e grupos de referência nacional, no âmbito da música”, refere a Câmara de Sever do Vouga, entidade promotora do certame. The Gift, Linda Martini, Miguel Araújo, Cais Sodré Funk Connection, Batida e Augusto Canário & Amigos são os grupos de renome nacional que preenchem o cartaz desta edição da FicaVouga. O certame integra ainda o XIII Circuito Nacional de Montanha – Trilho dos Mouros e ao longo da semana são asseguradas várias actividades de animação infanto-juvenil e outras de saúde e bem-estar para os visitantes da FicaVouga. A gastronomia local, através do seu X Festival Gastronómico “Comeres de Se Ver” conta com presença de alguns restaurantes e tasquinhas locais, bem como os bares, que, no seu conjunto, irão proporcionar um ambiente de festa e de convívio entre os severenses e seus visitantes. A gastronomia local, através do X Festival Gastronómico “Comeres de Se Ver”, conta com presença de alguns restaurantes e tasquinhas locais, bem como os bares, que, no seu conjunto, irão proporcionar um ambiente de festa e de convívio entre os severenses e visitantes.
Em Oliveira de Frades de 16 a 20 de Julho
Festas do Concelho sob o mote “Capital do Frango do Campo” O Município de Oliveira de Frades promove, de 16 a 20 de Julho, as Festas do Concelho, que este ano terão como cabeça de cartaz Rui Veloso, “o pai do rock português” que, em 2010, comemorou 30 anos de carreira. Estas festas, à semelhança do ano transacto, cujo mote é a Capital do Frango do Campo, contarão com a V Mostra Gastronómica do Frango, que tem o apoio da empresa Campoaves, e a participação das Confrarias dos Gastrónomos da Região de Lafões e do Frango do Campo, assim como um showcooking apresentado por conhecidos chefes de cozinha. Durante esses dias, iremos ter uma diversidade de espectáculos e atracções culturais que incidem sobre várias áreas, des-
de a música ao desporto. De realçar o “Oliveira Racing Day”, um festival de acrobacia aérea e de desportos motorizados, que decorrerá no dia 20 de Julho e os Jogos Tradicionais Interfreguesias. Em termos musicais, registar-se-á, ainda, a actuação das Bandas Red, Acoustica e FK, bem como de diversos DJs, dos quais sobressai o nome de Carlos Manaça. De destacar, também, o espectáculo do humorista Marco Horácio que vai contagiar o público com a personagem Rouxinol Faduncho. A acrescentar a tudo isto, decorrerá, no Largo da Feira, a exposição da mostra das potencialidades do concelho, nomeadamente o artesanato e a gastronomia e, ainda, o espectáculo Piromusical que encerrará as Festas do Concelho. www.gazetarural.com
7
De 25 a 27 de Julho
Feira do Petisco, Vinhos e Produtos Regionais decorre em Mesão Frio Mesão Frio promove de 25 a 27 de Julho mais uma edição da Feira do Petisco, Vinhos e Produtos Regionais, que decorrerá na Avenida Conselheiro Alpoim. O evento, de cariz gastronómico, é organizado pela Câmara de Mesão Frio, com o objectivo de apresentar a gastronomia local, os seus sabores tradicionais, os vinhos produzidos na Região Demarcada do Douro e os típicos petiscos. Não vão faltar certamente a saborosa marrã, cabrito assado, pataniscas, bolinhos de bacalhau, rojões, entrecosto, moelas, caldo verde, chouriço assado e o restante fumeiro típico de Mesão Frio, assim como os excelentes vinhos produzidos no concelho. A Feira do Petisco, Vinhos e Produtos Regionais, onde se confeccionam os sabores tradicionais que em outros tempos eram frequentes em qualquer mesa duriense, conta com muita animação musical, uma exposição, um torneio de sueca e o habitual encontro e passeio de carros clássicos. A mostra gastronómica do concelho de Mesão Frio será realizada numa tenda onde os restaurantes, cafés, produtores de vinho e associações vão estar representados. Durante a feira, visite Mesão Frio e descubra os melhores sabores da região que o concelho tem para lhe oferecer.
De 26 de Julho a 3 de Agosto
Vila de Rei prepara XXV Feira de Enchidos, Queijo e Mel Vila de Rei recebe, de 26 de Julho a 3 de Agosto, a XXV edição da Feira de Enchidos, Queijo e Mel, evento organizado pelo Município de Vila de Rei, que apresenta um programa com muitas e diversificadas atracções, que voltarão certamente a traduzir-se em milhares de visitantes. A inauguração do evento está marcada para as 17 horas do dia 26 de Julho e contará com a presença do Secretário de Estado do Emprego e Formação profissional, Octávio de Oliveira. Na programação musical, destacam-se os concertos no palco 1 de Rita Guerra, Irmãos Verdades, Graciano Ricardo, Zé do Pipo, Anaquim, UHF e Cuca Roseta. O palco 2 irá contar com as actuações de grupos musicais de Vila de Rei – Orquestra Clássica e Tradicional da Escola de Música de Vila de Rei, Grupo de Cantares “A Bela Serrana”, Grupo de Concertinas da Casa do Benfica de Vila de Rei e Villa d’el Rei Tuna – e com grupos de música popular como o Rancho Folclórico do Carlão, Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra e Rancho Folclórico e Etnográfico de Oleiros. A Feira de Enchidos, Queijo e Mel prepara-se assim para voltar a receber cerca de 110 expositores, largos milhares de visitantes e o melhor do artesanato e gastronomia regional, com os deliciosos enchidos, queijo e mel da região. 8
www.gazetarural.com
Nos dias 19 e 20 de Julho, em Ladoeiro, concelho de Idanha-a-Nova
X Festival da Melancia promete refrescar o verão A freguesia de Ladoeiro, concelho de Idanha-a-Nova, recebe nos dias 19 e 20 de Julho o X Festival da Melancia, dedicado ao fruto mais fresco da época. Provas de sumo, compotas e outras iguarias de melancia, esculturas do mesmo fruto, feira de produtos regionais, tasquinhas, restaurantes e jogos tradicionais são alguns dos ingredientes do certame, que já se tornou uma referência no panorama nacional. No sábado, após a inauguração do festival, pelas 15 horas, e domingo depois da 11 horas será possível usufruir das mais variadas propostas de animação musical, cultural e infantil, tudo durante este festival que promove a melancia, contribui para a dinamização da economia local e para a promoção dos produtos regionais. Como habitualmente, a organização irá eleger a melancia mais pesada do festival e promover o VIII Concurso de Escultura em Melancia. Na programação musical, o destaque para The Lucky Duckies, às 22 horas de sábado, e para o espectáculo Cuba Libre, a partir das 21 horas de domingo, com dança e música cubana, desde a salsa ao tcha tcha tcha. Atuam ainda o Grupo de Bombos “Raia dos Sonhos”, Tok’Avakalhar, Culturin Ensemble, Rancho Folclórico da ACD Ladoeiro, Grupo de Cantares de Oledo e Rancho Folclórico “As Costureirinhas de Cavernães” e a animação de rua de Marlon Fortes e dos Patati-Patata, entre outros. O festival é uma organização conjunta da Câmara de Idanha-a-Nova e da Junta de Freguesia de Ladoeiro, promovida
pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa e pelo PROVERE Beira Baixa, e co-financiada pelo QREN, no âmbito do Programa Mais Centro e da União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
SEMINÁRIO A nova Política Agrícola Comum e as áreas de montanha da Europa
Co-financiado pela Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia
European Association of Mountain Areas
18 de julho de 2014 Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança Auditório Dionísio Gonçalves Programa e inscrições: http://esa.ipb.pt/novapac/
www.gazetarural.com
9
Certame realiza-se a 26 e 27 de Julho
“Doce Vouzela” conta com mais de dezena e meia de produtores Promover a doçaria da região é o objectivo do VI Doce Vouzela – Festival de Doçaria, que terá lugar na Alameda D. Duarte de Almeida, em Vouzela, nos dias 26 e 27 de Julho, que este ano conta com cerca de duas dezenas de produtores. Pastéis de Vouzela, caladinhos, beijinhos, almendrados, raivas, cavacas, tigeladas, natas, queijadas, tartes e bolos diversos é tudo o que os muito visitantes que são esperados podem encontrar ao longo de dois dias. Para além dos espectáculos musicais, a edição deste ano conta com o terceiro encontro de coleccionadores de pacotes de açúcar, que no ano transacto juntou vários coleccionadores de todo o país. A vereadora do pelouro da cultura da Câmara de Vouzela diz que todos os anos a autarquia tenta “introduzir algo de inovador”, nomeadamente “na parte da animação” porque faz parte do cartaz e “atrai os visitantes a este festival”. Mas para Carla Maia ”as grandes novidades são os produtores, que nos trazem sempre novas iguarias, nova gastronomia e novas experiências ao nível
10
www.gazetarural.com
da doçaria. Claro que o rei é o pastel de Vouzela e a doçaria de Vouzela, mas neste certame participam também produtores de outros concelhos, nomeadamente de São Pedro do Sul e Oliveira de Frades”, sublinha a responsável. Para Carla Maia, “os aspectos inovadores deste evento, têm mais a ver a animação e atracção, pois é por aí que podemos mobilizar as pessoas para virem ao festival, para além, naturalmente, da doçaria”. A vereadora da Câmara de Vouzela destaca também a importância de outras actividades paralelas, “para tentar envolver os pais e os filhos”, como “workshops de culinária de confecção de doçaria, animação infantil, concertos, um encontro de carros clássicos, tudo no sentido de trazermos mais pessoas para dar a conhecer a riquíssima doçaria da nossa região”. O processo de certificação dos pastéis de Vouzela, diz Carla Maia, “tem dado passos importantes”, nomeadamente com o registo do ‘Pastel de Vouzela”, através da Associação.
Em Alcofra, No concelho de Vouzela, a 19 de Julho
Alcofra promove I Mostra Gastronómica da Sopa Seca A Junta de Freguesia de Alcofra e o Município de Vouzela vão promover, no dia 19 de Julho, a I Mostra Gastronómica da Sopa Seca. O evento pretende promover e valorizar aquele que é um dos principais ex-libris gastronómicos daquela freguesia e do concelho, a sopa seca de Alcofra. O programa tem início pelas 12 horas, no Cabeço de Alcofra, com o descerramento de lápide na casa onde viveram os pioneiros da sopa seca na freguesia. A abertura da iniciativa decorrerá, na torre medieval, 15 minutos mais tarde, altura em que será apresentado um vídeo promocional e efectuada uma visita ao interior da torre e museu. Segue-se às 12,30 horas a degustação da sopa seca e a partir das 15 horas o programa cultural com a actuação do grupo musical “Chá de Sexta”, às 16h30 o Grupo de Cantares da Misericórdia de Oliveira de Frades e às 21h a actuação do grupo Vozes da Terra. Durante o dia haverá restaurantes em permanência e artesanato.
www.gazetarural.com
11
De 15 a 24 de Agosto, em Trancoso
Feira de São Bartolomeu para movimentar o concelho e a região
Trancoso tem, secularmente, como característica marcante, uma tradição comercial que assume a sua expressão máxima nas feiras e mercados de Trancoso e Vila Franca das Naves A Feira de São Bartolomeu, que este ano se realiza de 15 a 24 de Agosto, é a maior e mais importante certame de Trancoso, criado por Carta Régia de D. Afonso III em 8 de Agosto de 1273. De facto, com raízes na Idade Média, os mercados de Trancoso são dos mais importantes do país, sobretudo no interior Norte e Nordeste das Beiras e Alto Douro. Semanalmente às sextas-feiras, a cidade (antiga vila medieval) anima-se com gente proveniente das mais diversas regiões e de povo que tem por hábito aqui encontrar-se com parentes e amigos em animada tertúlia e convívio. No mercado semanal de Trancoso vende-se de tudo: animais e aves, automóveis, máquinas e alfaias agrícolas, produtos para a agro-pecuária, tecidos e pronto-a-vestir, calçado, louças, quinquilharia e artigos de decoração, mobílias, artefactos e mobiliário em verga, queijos, fumados e enchidos, frutas, flores, produtos agrícolas e árvores, carne e peixe, material áudio e vídeo, aparelhos electrónicos e electrodomésticos. Porém, a Feira de São Bartolomeu ocupa um lugar de destaque no conjunto de feiras, assumindo-se como um dos principais cartazes económico-sociais e culturais de Trancoso, ocorrendo precisamente num tempo de férias e de reencontro dos portugueses residentes no estrangeiro com as suas famílias e amigos mas também de afluência de turistas oriundos da mais diversas proveniências. Foi com origem nesta feira que outras surgiram em Portugal como Bragança (1383) Covilhã (1411), Castelo Branco e Sertã (1390), Amarante, Coimbra e Pinhel (1391), Viseu (1392), Arronches, Barcelos, Chaves, feira, Salzedas e Porto (1403). É de destacar o desenvolvimento e engrandecimento que a Feira de São Bartolomeu teve com a fixação da Comunidade Judaica em Trancoso que contribuiu para que ganhasse maior dimensão e dinâmica. Aliás. Os Judeus, sobretudo da Beira Interior, continuam a afluir às feiras e mercados de Trancoso.
O tempo passou e a Feira de São Bartolomeu é hoje um importante certame onde é mostrada e promovida a vitalidade de Trancoso e sua região, sobretudo da área de acção da AENEBEIRA- Associação Empresarial do Nordeste da Beira, compreendida entre o Douro e a Serra da Estrela, apesar de alguns expositores sejam oriundos de outras proveniências. A Feira de São Bartolomeu é tempo de encontro e reencontro de pessoas e de manifestações artísticas e culturais, designadamente artesanato, criatividade artística, de gastronomia regional, da actividade do sector agro-pecuário, mas também de diversão, convívio, alegria e animação musical. E assim, exposições diversas, artesanato, diversões, restaurantes, tasquinhas típicas, doçaria regional e outras, comércio e serviços, automóveis, maquinaria e alfaias agrícolas vão dar um ambiente diferente a Trancoso nestes dias de azáfama e alegria. Toda esta dinâmica e colorido vai ocupar o Pavilhão Multiusos e zona envolvente, com uma área total de exposição de 32.000m2, que reúne todas as condições necessárias para a realização de um evento desta envergadura. O certame é uma organização da Associação Empresarial do Nordeste da Beira (AENEBEIRA), Câmara Municipal de Trancoso e Trancoso Eventos – Entidade Empresarial Municipal. PROGRAMA Dia 15 - 22h30- Toca a Rufar / Sete Saias Dia 16 - 22h30 – Ruth Marlene Dia 17 - 22h30 – Tributo aos Abba Dia 18 - 22h30 – Contra Peso Dia 19 - 22h30 – Augusto Canário Dia 20 - 22h30 – Banda Red Dia 21 - 22h30 – Stereo Attic Dia 22 - 22h30 – Blind Zero Dia 23 - 22h30 – José Malhoa Dia 24 - 16h00 – Festival de Folclore
Vendas & Peças & Oficina & Assistência Técnica Tel. 232 430 450 | Avenida da Bélgica - Viseu 12
www.gazetarural.com
www
De 26 de Julho a 3 de Agosto
Sernancelhe comemora 10 anos de Festival da Amizade e Feira Sementes
O Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra de Sernancelhe completa 10 anos. Na edição que vai decorrer de 26 de Julho a 3 de Agosto, o cartaz apresenta artistas como Toy, Augusto Canário, Ruizinho Penacova, Vítor Rodrigues e André Sardet. A par do festival, o certame reforça a aposta na vertente comercial e na exposição de stands, tasquinhas, automóveis, artesanato, diversões e insufláveis. Durante mais de uma semana a zona da Feira e Central de Camionagem de Sernancelhe transformar-se-á num mega recinto de espectáculos e animação, confirmando o Festival da Amizade como um evento visitado por milhares de pessoas de todo o país, em especial emigrantes que por esta altura do ano se encontram de férias no Concelho e na Região. Em simultâneo, decorrerá a Feira Sementes da Terra, iniciativa reconhecida pela sua importância económica, para a qual estão já inscritas mais
de 100 empresas dos mais diversos sectores de actividade, destacando-se a presença de grande número de empresários locais. A organização, da responsabilidade da Associação Sementes da Terra, Associação Comercial e Industrial de Sernancelhe (ACIS), Associação dos Funcionários do Município de Sernancelhe (Âmbula) e Escola Profissional de Sernancelhe (ESPROSER), com o apoio do Município de Sernancelhe e Aquisern, procura manter a fórmula do sucesso que caracteriza o evento, já com uma década. A longevidade desta iniciativa constata-se também pelo envolvimento que conseguiu gerar ao longo de dez edições, havendo este ano o dia da responsabilidade dos Bombeiros Voluntários de Sernancelhe, do Clube Desportivo e da Casa do Benfica de Sernancelhe, revertendo as receitas de bilheteira para cada uma das organizações, tendo em vista a prossecução das suas actividades socioculturais e desportivas ao longo do ano. Aos grupos do Concelho será dada, como sempre, a possibilidade de actuarem perante um público tão numeroso, estando reservado o palco para a Banda Musical 81 de Ferreirim na noite de 28 de Julho e para o Grupo Inkógnitus, de Sernancelhe, na noite de 29. Também já com adeptos de todas as idades, a tarde da criança, a 3 de agosto, com insufláveis, animação de rua e pinturas, tem este ano como desafio a construção da maior pulseira de elásticos do país, actividade que será desenvolvida pelas crianças. Entre 26 de Julho e 3 de Agosto há muitas e boas as razões para visitar Sernancelhe e usufruir de um bom cartaz, de uma feira atractiva, alegre e de muita interactividade com a comunidade sernancelhense.
No dia 26 de Julho, no concelho de Mangualde
Abrunhosa-a-Velha recebe I Encontro Gastronómico Amador A Junta de Freguesia de Abrunhosa-a-Velha, com a colaboração da Câmara de Mangualde e o patrocínio da Quimirep e da COAPE, organiza no próximo dia 26 de Julho o I Encontro Gastronómico Amador, promovendo assim a região e a gastronomia local. O encontro ficará marcado pela presença de vários chefs que irão confeccionar pratos deliciosos e maravilhosos, tais como o “Chef” João Tomé, que confeccionará Sopa de barbo, o “Chef” Constantino, Arroz de Feijão com pernil de presunto grelhado, o “Chef” José Carvalho, Feijão-frade com açorda e bacalhau, e o “Chef” Gonçalves apresentará Caldeirada de Cabrito. Poder-se-á ainda degustar pão cozido no forno a lenha, confeccionado por Américo Sousa, relembrando assim épocas de outrora. A entrada para o encontro será de um preço simbólico de três euros que permitirá aos visitantes provar os quatro “pratos”. A iniciativa, que pretende ser muito animadora, decorrerá das 18 às 21 horas e conta com o apoio do Grupo Desportivo e Recreativo de Vila Mendo de Tavares, da Associação Humanitária e Cultural de Abrunhosa-a-Velha e do Estrela do Mondego Futebol Clube. www.gazetarural.com
13
De 16 a 20 de Julho
Expo Montemuro mostra produtos endógenos de Cinfães GR: Quanto à animação, há nomes de primeiro plano? PS: No plano de animação damos enfase à música. Para além de nomes nacionais bem conhecidos, vamos ter no evento ênfase maior aos grupos do concelho, como rancho folclórico, grupo de concertinas e grupos de bombos, todos com trabalho excelente e que demonstram a capacidade e a força que esta terra tem para ir sobrevivendo, para demonstrar que do pouco se faz muito.
De 16 a 20 de Julho Cinfães recebe a I Expo Montemuro – Feira Regional, certame que pretende ser uma referência na região. Este evento vem na sequência da experiência adquirida ao longo das dezassete edições da Feira de Artesanato, Gastronomia e Vinho Verde, que resultaram num factor crítico de sucesso para o município, especialmente nas áreas do vinho verde e gastronomia local. Pedro Semblano, vereador da autarquia de Cinfães, sublinha o trabalho realizado, justificando a nova designação da feira, porque, diz, “achámos que a promoção não se poderia cingir a dois ou três produtos desta terra, que tem muito mais para oferecer”, considerando que “a mudança de nome é estratégica a quatro anos”, numa aposta naqueles produtos, mas também dando maior enfase à agricultura e à industria do concelho. Gazeta Rural (GR): A Expo Montemuro surge na sequência de um evento que mudou de nome, mas que tem os mesmos objectivos? Pedro Semblano (PS): É bom relembrar os 17 anos de história da Feira de Artesanato, Gastronomia e Vinho Verde que permitiram ao certame crescer. Foi um trabalho excelente do executivo anterior,
14
www.gazetarural.com
mas achámos que a promoção não se poderia cingir a dois ou três produtos desta terra, que tem muito mais para oferecer e vender. Daí surgiu a ideia da mudança de nome, numa abordagem estratégica a quatro anos. Nesta I Expo Montemuro, em que os produtos chave deste território, como o artesanato, a gastronomia e o vinho já eram promovidos nas edições anteriores, entendemos que devíamos dar ênfase especial às vertentes da agricultura e da indústria. Apesar de sermos um concelho do interior, temos a nossa indústria, que não é muita, mas que nos permite também mostrar que sabemos fazer bem alguns produtos em determinadas áreas, nomeadamente na agroindústria, através daquilo que hoje sai da terra. Para além disso, devido às condições fantásticas que os nossos rios oferecem, como o Douro, o Paiva, o Bestança ou o Cabrum, que descem a serra de Montemuro, achamos que o desporto ligado à aventura é outras das nossas apostas. A vertente natural é um dos nossos pontos fortes e um dos pontos-chave. Nesta área, ainda recentemente tivemos um grande evento, que reuniu 700 inscritos, o que demonstra a capacidade deste território para atrair gente para este tipo de actividade.
GR: Como está o sector do vinho no concelho? PS: Em Cinfães está a atravessar um excelente momento. O vinho de uma das quintas está entre os cinco melhores. A Quinta das Almas já é um ‘best-off’ da região de vinhos verdes. Todas as outras quintas têm feito um trabalho muito interessante, produzindo vinhos verdes com características diferenciadas, mais frutados e com uma característica jovem, cada vez mais apreciada pela nossa juventude, e que acompanha bem a nossa gastronomia. Neste momento penso que falta em Cinfães aumentar a capacidade produtiva, para que tenhamos vinhos de excelência, de qualidade, durante todo o ano, e que ganhem escala para que o mercado perceba que, apesar de estarmos numa região de transição, estas encostas produzem vinhos de excelência. GR: Tem aparecido novos projectos a nível da agricultura? PS: Sim. Cinfães teve nos últimos anos um ‘bum’ de novos projectos, sobretudo de jovens agricultores. Neste momento, são projectos que já estão implementados no terreno e que estão a amadurecer, desde a cultura de mirtilo, de cogumelos e de vários tipos de frutos. São perto de meia centena de projectos instalados, mas ainda é cedo para dizer qual vai ser o caminho que vão seguir. Temos esperança que destes nasçam bons exemplos para o território.
www.gazetarural.com
15
De 18 a 20 de Julho, em Vila Nova de Tazem
VINAL promove o Vinho do Dão e a Alambicada
Vila Nova de Tazem, no concelho de Gouveia, promove de 18 a 20 de Julho a quinta edição da VINAL – Feira do Vinho e da Alambicada, certame que visa promover os néctares produzidos nesta região, mas também um prato típico que tem vindo a ser recuperado. E serão muitos os que passarão por Vila Nova de Tazem para saborear a alambicada, provar alguns dos melhores vinhos da região do Dão e assistir a diversos espectáculos, que prometem preencher o espaço com um ambiente de grande animação. Para o presidente da Junta de Vila Nova de Tazém, este evento sofrerá alterações em 2015, com “um novo figurino naquilo que se refere à divulgação do nosso produto de excelência que é o Vinho Dão”. Gazeta Rural (GR): Que novidades haverá na edição deste ano e que respectiva tem para a mesma? Marco António Martins (MAM): A Vinal conta já com quatro edições e esta será a quinta. É um evento organizado, juntando sinergias quer da Junta de Freguesia, quer do Município de Gouveia. 2015 será para nós um ano charneira para aquilo que são os objectivos da Vi16
www.gazetarural.com
nal. Haverá um novo figurino naquilo que se refere à divulgação do nosso produto de excelência que é o Vinho Dão. Esta edição contará com diversas novidades, começando desde já pela introdução da temática dos “Vinhos de Altitude”, dando ênfase à produção vitivinícola efetuada em concelhos com características semelhantes às de Gouveia, com a realização de um workshop. No sábado haverá a “Rota de Vinhos”, com passeios pelas quintas de produção de vinho do concelho de Gouveia, com destaque para Quinta da Nespereira, Quinta da Bica, Quinta da Espinhosa e Quinta Seacampo. Durante esses passeios, será servido um almoço na Quinta da Espinhosa em Vila Nova de Tazem, cujo prato principal será, como não poderia deixar de ser, a Alambicada. No final da tarde de sábado decorrerá uma tertúlia sobre o “Vinho Dão”. Tanto a Rota de Vinhos, como a tertúlia resultam da co-organização do Município e do blog “Dão Wine Lover”. Na manhã de domingo decorrerá uma visita e prova de vinhos na Casa da Passarela. Para além destas novidades, a VINAL conta também com a habitual exposição
e prova de vinhos de diversos produtores da região na Av. Dr. Joaquim Borges em Vila Nova de Tazem, contando ainda com a presença de diversas associações e colectividades desta freguesia. GR: O que representa a VINAL para Vila Nova de Tazem? MAM: Ao longo dos últimos quatro anos, o Município e a Junta de Freguesia têm procurado levar ainda mais longe os produtos de excelência da nossa terra: O Vinho e a Alambicada. Não só de Vila Nova de Tazem mas também vinhos de produtores de fora da freguesia e até de fora do concelho. A VINAL funciona como um meio de divulgação, num certame que recebe centenas de visitantes mas é também o evento ideal para que as empresas ligadas ao comércio do vinho se desloquem a Vila Nova de Tazem e fechem negócio com os muitos produtores que aqui expõem e divulgam os seus produtos. Prevê-se que a marca ‘VINAL’ chegue ainda mais longe nesta edição de 2014. O workshop, os passeios vínicos e a tertúlia, são mais um motivo para que Vila Nova de Tazem seja visitada por ainda mais amantes do vinho e da alambicada.
No ano em que comemora 60 anos
Vinhos da Adega de Tazem já levam nove medalhas em 2014
O ano de 2014 tem sido muito positivo para a Adega Cooperativa de Vila Nova de Tazem. Os seus vinhos já obtiveram este ano nove medalhas em vários concursos nacionais e internacionais. O Tazem Tinto Grande Escolha 2010 obteve duas medalhas de ouro e três de prata, enquanto que o Tazem Touriga Nacional Unoaked 2011 já obteve um medalha de ouro, uma de prata e duas de bronze.Esta é uma boa prenda para uma instituição que este ano comemora 60 anos e que tem vindo a recuperar credibilidade, não só junto dos seus associados, mas também dos consumidores, que reconhecem a qualidade do trabalho produzido pelo enólogo Pedro Pereira e do presidente Herminio Félix. “Tem sido um esforço grande, porque a adega estava quase em fim de vida”, refere o presidente da Cooperativa. Herminio Félix tem apostado no mercado nacional, deixando a exportação para mais tarde, uma vez que, refere o enólogo Pedro Pereira, “ainda não conseguimos ter um projecto a 100% para o mercado externo, o que implica alguns custos e investimento que tem de ser feito”. “Vamos fazendo os nossos contactos e tentando por todos os meios conseguir chegar a mais pessoas la fora”, diz o enólogo, acrescentando que “se quisermos ter uma perspectiva de longo prazo, teremos que investir no mercado externo e está na altura de o fazer”. Com uma situação económica mais favorável, o projecto de internacionalização deve seguir por diante, mas Herminio Félix quer dar passos sustentados. “A Adega só saiu do buraco em que estava com muito rigor e, ao mesmo tempo, apostando na qualidade dos vinhos”, refere o dirigente. É que o presidente da
Adega não quer sair da linha de rigor nas contas que traçou. “Já pagamos a campanha de 2012, o que nem todos podem dizer”, salienta o presidente, que quer continuar a pagar aos associados as mais-valias do seu trabalho. “Estamos em contacto permanente com os associados, acompanhando as vinhas e aconselhando-os nas melhores opções, para que com as uvas que nos entregam possamos fazer vinhos de grande qualidade”, refere Herminio Félix, que reputa o trabalho do enólogo Pedro Pereira, como “muito importante”, na recuperação feita e na credibilização da Adega junto dos consumidores.
Apostas que deram ‘frutos’ Os vinhos Tazem Tinto Grande Escolha 2010 e Tazem Touriga Nacional Unoaked 2011 já obtiveram este ano nove medalhas, o que não surpreende o enólogo. “São dois vinhos em que apostámos, pois sentíamos que tinham muito potencial”, sublinha Pedro Pereira. “Foi uma aposta que correu bem”, pois “houve boa aceitação por parte dos consumidores”, refere o enólogo, admitindo que “não contávamos receber tanta distinção em tão curto espaço de tempo, mas ficamos muito satisfeitos, pois é bom para nós, para a Adega e para os nossos associados”. Quanto à campanha deste ano Pedro Pereira acredita que “vai ser uma boa colheita e com grandes vinhos”. Houve alguma instabilidade no tempo, mas, diz Pedro Pereira, “se a partir de agora tivermos temperaturas contantes, teremos uma boa vindima, com produções não muito elevadas, mas equilibradas”.
www.gazetarural.com
17
V Concurso “Os Melhores Vinhos Engarrafados do Dão” atribuiu 31 medalhas
Três vinhos do Dão receberam o prémio Prestígio
Os vinhos Casa de Santar branco Reserva 2013; Paço de Santar Nature tinto 2010 e Adega Tazem, Touriga Nacional, 2011 foram os grandes vencedores do V Concurso “Os Melhores Vinhos Engarrafados do Dão”, promovido pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVRD), ao conquistarem o Prémio Prestígio. O júri atribuiu, ainda, oito Medalhas de Ouro e 22 de Prata. Durante o concurso, que decorreu no início deste mês de Julho, o júri avaliou 96 amostras de 32 diferentes Agentes Económicos, agrupadas nas categorias Vinhos Brancos Categoria I - brancos multicasta (20); Vinhos Tintos Categoria II - tintos multicasta (41); Vinhos Tintos Categoria IV – monovarietais (20); Vinhos Brancos Categoria. IV (8); Vinhos Rosé Categoria III – rosados (5) e Vinhos Espumante Categoria V (2). O júri foi composto por dois elementos da Câmara de Provadores da CVR do Dão, por três representantes das Câmaras de Provadores das CVR’s da Beira Interior, dos Vinhos Verdes e da Bairrada, respectivamente, por dois provadores representantes da Confraria dos Enófilos do Dão e pelo crítico de vinhos João Afonso, que presidiuVINHOS ao júri. ENGARRAFADOS DO DÃO" - 2014 V CONCURSO "OS MELHORES LISTA DE PREMIADOS PRÉMIO PRESTÍGIO EMPRESA /AGENTE ECONOMICO SOCIEDADE AGRÍCOLA DE SANTAR, S.A.
MARCA COMERCIAL Casa de Santar
Reserva
Branco
2013
CATEGORIA
Quantidade (Hl)
I
75
CATEGORIA
Quantidade (Hl)
MEDALHA DE OURO - VINHOS BRANCOS EMPRESA /AGENTE ECONOMICO
MARCA COMERCIAL
SOCIEDADE AGRÍCOLA DE SANTAR, S.A.
Casa de Santar
DÃO SUL - SOCIEDADE VINÍCOLA, SA SOCIEDADE AGRÍCOLA DE SANTAR, S.A.
Reserva
2013
I
75
Four C
2010
I
17
Casa de Santar
2013
I
50
MEDALHA DE PRATA - VINHOS BRANCOS EMPRESA /AGENTE ECONOMICO
CATEGORIA
Quantidade (Hl)
JÚLIA KEMPER WINES, S.A.
JULIA KEMPER
MARCA COMERCIAL 2013
I
66
QUINTA DO SOLAR DO ARCEDIAGO - AGROTURISMO, SA
Dão Maria João
2012
I
15
ADEGA COOPERATIVA DE SILGUEIROS, CRL
Morgado de Silgueiros
2013
I
120
2013
I
250
2013
I
100
2011
IV
16
CATEGORIA
Quantidade (Hl)
V
15
CATEGORIA
Quantidade (Hl)
UDACA - UNIÃO DAS ADEGAS COOPERATIVAS DO DÃO, UCRL
D. Divino
DÃO SUL - SOCIEDADE VINÍCOLA, SA
Cabriz
O ABRIGO DA PASSARELA, LDA
Casa da Passarela
Colheita Seleccionada Encruzado
MEDALHA DE PRATA - VINHOS ESPUMANTES EMPRESA /AGENTE ECONOMICO EMPREENDIMENTOS TURISTICOS MONTE BELO, S.T.R, SA.
MARCA COMERCIAL Casa da ìnsua
Branco
2012
MEDALHA DE PRATA - VINHOS ROSADOS EMPRESA /AGENTE ECONOMICO
MARCA COMERCIAL
CM WINES - SOCIEDADE VINÍCOLA, LDA
ALLGO
2013
III
37
ADEGA COOPERATIVA DE PENALVA DO CASTELO, CRL
ADEGA DE PENALVA
2013
III
37
MEDALHA DE OURO - VINHOS TINTOS EMPRESA /AGENTE ECONOMICO
MARCA COMERCIAL
PAÇO DE SANTAR - VINHOS DO DÃO, S.A.
Nature
ADEGA COOPERATIVA DE VILA NOVA DE TÁZEM, CRL
TAZEM
V CONCURSO ADEGA COOPERATIVA DE VILA NOVA DE TÁZEM, CRL SOCIEDADE AGRÍCOLA DE SANTAR, S.A. SOCIEDADE AGRICOLADO CASTRO PENA ALBA, S.A.
Touriga-Nacional
CATEGORIA
Quantidade (Hl)
2010
II
40
2011
IV
53
II
60
2011
II
100
2009
II
25
CATEGORIA
Quantidade (Hl)
"OS MELHORES VINHOS ENGARRAFADOS DO DÃO" - 2014 TAZEM Grande Escolha 2010 Casa de Santar
LISTA DE QUINTA DO SERRADO
Reserva
PREMIADOS Reserva
MEDALHA DE PRATA - VINHOS TINTOS EMPRESA /AGENTE ECONOMICO
MARCA COMERCIAL
VINASSANTAR - SOC. AGRÍCOLA UNIPESSOAL, LDA
Fidalgas de Santar
QUINTA DE LEMOS, S.A.
QUINTA DE LEMOS
CM WINES - SOCIEDADE VINÍCOLA, LDA
ALLGO
ADEGA COOPERATIVA DE MANGUALDE, CRL
CASTELO DE AZURARA
DÃO SUL - SOCIEDADE VINÍCOLA, SA
Four C
VIRGÍNIA MARQUES BARBOSA FORMOSO
ADEGA DA CORGA
JOÃO PAULO GOUVEIA VINHOS, LDA
PEDRA CANCELA
ALBERTO FERNANDO RAMOS MOURAZ ALEXANDRE
FAMILIA MOURAZ ALEXANDRE
LADEIRA DA SANTA , LDA
LADEIRA DA SANTA
SOCIEDADE AGRÍCOLA DE SANTAR, S.A.
Conde de Santar
ADEGA COOPERATIVA DE SILGUEIROS, CRL
MORGADO DE SILGUEIROS
ALIANÇA VINHOS DE PORTUGAL,S.A.
QUINTA DA GARRIDA
O ABRIGO DA PASSARELA, LDA
Casa da Passarela
18
www.gazetarural.com
Reserva
Touriga-Nacional Reserva Touriga-Nacional Grande Reserva
Reserva Touriga-Nacional
2011
II
26
2009
II
37
2012
II
45
2010
IV
40
2009
II
18
2011
II
60
2012
IV
25
2010
II
15
2011
II
25
2009
II
15
2011
II
92
2011
II
1003
2009
IV
20
Feito com a casta Arinto
Vinho do Pico colocado em restaurantes de topo mundial
O produtor e consultor de vinho António Maçanita conseguiu colocar um vinho de origem da ilha do Pico em vários restaurantes europeus com três estrelas Michelin. “Em relação à vinha do Pico, desenvolvemos um projecto, no ano transacto, em parceria com um produtor, a Insula Vinus, através da minha interpretação do vinho Arinto dos Açores”, declarou António Maçanita, à margem de um colóquio que decorreu no concelho da Madalena e que assinalou os dez anos da classificação da vinha do Pico como património da humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). O jovem produtor considera que o vinho ficou com um perfil “muito interessante” e, em alternativa ao mercado regional e aos restantes locais, foi ao topo do topo da restauração europeia e apresentou o produto. “O sucesso foi, basicamente, esgotar o Arinto dos Açores em três dias, a um preço, em média, superior duas vezes ao vinho do Pico”, disse o consultor de produtores, que apontou como exemplo de um dos restaurantes que recebeu o produto o belga “Carlet”. António Maçanita, que recordou que não existem em Portugal restaurantes com três estrelas Michelin, considera que este episódio prova que existe mercado e potencial nos vinhos de castas autóctones dos Açores. O produtor defendeu que os Açores devem apostar em nichos de qualidade para colocarem os seus vinhos, portadores de aromas únicos, em todo o mundo, potenciando assim as vendas, em alternativa ao mercado regional. “Ouvimos hoje aqui dizer que na hotelaria se deve dar ao cliente o que ele quer. Nos vinhos digo exactamente o contrário. Deve-se mostrar algo que o clien-
te não sabe que quer”, declarou. António Maçanita considerou que, em matéria de vinhos, os Açores são portadores de uma “unicidade e algo tão diferente” que os potencia em muitos nichos de mercado lucrativos. “Hoje em dia estamos num patamar de qualidade que permite isso. Há muitos mercados que querem o que não conhecem e a potencialidade em termos comerciais é praticamente infinita”, frisou. Já o presidente da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores, Paulo Machado, considerou, no âmbito de um painel do colóquio, que o trabalho desenvolvido no arquipélago, nos últimos anos, faz com que os vinhos regionais sejam já uma “marca reconhecida”. Paulo Machado apontou como pontos fracos dos vinhos dos Açores a dimensão da região, a sua estrutura fundiária, custos de produção e dificuldade de promoção. “Os pontos fortes dos vinhos dos Açores são a autenticidade, a singularidade, o património genético que está envolvido nas nossas castas, as características que têm e que, normalmente, são muito apreciadas pelos especialistas”, declarou. Depois de dois dias de colóquio, os especialistas que discutiram as questões mais prementes que se colocam à vinha do Pico classificada como património da humanidade vão visitar no domingo, para concluir os trabalhos, a paisagem da vinha. Mesmo no seio da vinha património da humanidade vai nascer brevemente uma unidade hoteleira de quatro estrelas, da responsabilidade de um empresário madeirense, que tem como temática justamente o vinho. www.gazetarural.com
19
Diz a directora da Escola Profissional de Cinfães
“Oferta formativa vai ao encontro das necessidades locais e regionais” Numa região marcada pelo Douro, pelo turismo e gastronomia, a Escola Profissional de Cinfães procura adequar a sua oferta formativa às necessidades da região, marcada. Um Curso de Técnico de Restauração nas variantes de cozinha-pastelaria e restaurante-bar são as ofertas da escola para o próximo ano lectivo. A directora da Escola, Regina Pinto, diz que a formação, na área da restauração, está intimamente ligada ao desenvolvimento integrado das áreas rurais, nomeadamente aos sectores do vinho, da pecuária e da pesca.
serviço de qualidade, contribuiremos para o bem-estar de quem cá vive e para o regresso de quem nos visita.
áreas associadas ao turismo, à valorização da gastronomia, aos sabores locais e regionais e à crescente procura por unidades hoteleiras, em franca expansão neste Douro Verde.
GR: Numa altura em que o sector primário é bastante procurado, que respostas a Escola dá nesta área? RP: A nossa formação, na área da restauração, está intimamente ligada ao desenvolvimento integrado das áreas rurais, o qual associa a agricultura, a pecuária, a viticultura, a caça, a pesca. Ora estes proGR: Quais as áreas mais procura- dutos vão à mesa “pela mão” dos nossos das? diplomados! A excelente carne associada a RP: A oferta formativa vai ao encontro um excelente vinho constitui a combinação das necessidades locais e regionais pois são perfeita em qualquer refeição. Prestando um
Gazeta Rural (GR): Que curso a escola oferece no próximo ano lectivo? Regina Pinto (RP): A Escola Profissional de Cinfães possui como oferta formativa o Curso de Técnico de Restauração nas duas variantes: cozinha-pastelaria e restaurante-bar.
20
www.gazetarural.com
GR: Neste âmbito, que ligação tem a escola ao meio que a envolve? RP: A Escola Profissional de Cinfães tem muito gosto em se associar ao meio que a envolve, numa estreita ligação com instituições locais. Tenta levar o seu saber e valorizar os produtos endógenos, pois acredita que poderá contribuir para a criação de mais riqueza, para a fixação da população e para a melhoria da qualidade de vida destas gentes. A comunidade reconhece o nosso trabalho, valoriza o desempenho dos nossos diplomados e sabe que pode contar connosco na afirmação da nossa região. Temos as portas abertas aos jovens do nosso concelho e/ou da nossa região que possuam o 9º ano de escolaridade e pretendam enveredar por um sector que possui ofertas de trabalho, com a garantia de aprendizagens relevantes, que os capacitem para serem bem-sucedidos na vida activa!
Dia 18 de Julho, no Instituto Politécnico de Bragança
Seminário debate “A nova Politica Agrícola Comum e as áreas de montanha da Europa” Inserido num projecto europeu liderado pela Euromontana, que envolve organizações de vários países e que culminará com a realização do Fórum Europeu da Montanha em Outubro, em Bilbao, Espanha, o Centro de Investigação de Montanha (CIMO) do Instituto Politécnico de Bragança, com o apoio da Direcção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia, Euromontana, ADRAT, ADVID e AJAP, organiza um Seminário Nacional sobre as oportunidades que a nova Política Agrícola Comum (PAC) abre para as Zonas de Montanha e para as Zonas Desfavorecidas em geral. O Seminário Nacional subordinado ao tema “A nova Politica Agrícola Comum e as áreas de montanha da Europa” terá lugar no Auditório Prof. Dionísio Gonçalves da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança no dia 18 de Julho, A abertura do evento contará com a presença da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas.
www.gazetarural.com
21
Um projecto inovador da Cooperativa Agrícola de Alcobaça
Loja “Granja de Cister” aposta na venda directa do produtor ao consumidor Abriu portas a 5 de Julho e é uma loja única dos produtos da terra, originários da região de Alcobaça, numa aposta directa do produtor ao consumidor. Agregando uma oferta regional de produtos de excelência, a “Granja de Cister” é um projecto inovador da Cooperativa Agrícola de Alcobaça, que reúne e promove num único espaço produtos como a fruta e hortícolas, os vinhos e licores, azeite, queijos e enchidos e ainda doces e sabores com origem nos produtos da terra. O projecto da Cooperativa de Alcobaça assume uma importância excepcional para a cidade, para o concelho e para a região. “Seleccionamos os nossos produtores, tendo em conta a sua certificação, garantindo os requisitos de segurança alimentar indispensáveis à mostra dos produtos de excelência da nossa região, sendo valorizado todo o contexto de produção e transformação. Todo este processo é sempre supervisionado pelos nossos técnicos garantindo assim, um produto de excelência”, refere a Cooperativa. “Granja de Cister” é um espaço showroom do produto agrícola da região, a que se liga o novo projecto Somos da Terra, a iniciar em simultâneo, e cujo objectivo é dar visibilidade ao produto de Alcobaça através de circuitos turísticos que possibilitem o contacto com os métodos de produção. 22
www.gazetarural.com
A Granja de Cister tem como objectivo a promoção e a divulgação da agricultura da região e dos seus produtos projectando a sua qualidade e excelência. É um espaço único de exposição do produto de Alcobaça, que tem como principal objectivo oferecer visibilidade ao que de melhor se faz na região, nomeadamente, o produto agrícola. O dinamismo da agenda do novo espaço “Granja de Cister” oferece a quem o visita, a oportunidade de observar a história, o património, a arte, as gentes, a gastronomia, tudo o que Alcobaça e a região tem de melhor para oferecer. “Seleccionámos os melhores produtos da nossa região, com características de cor e sabor únicas, produzidos por produtores regionais, nomeadamente a fruta, os hortícolas, os vinhos e licores, o azeite, os queijos e os enchidos, e outros doces e sabores com origem do produto da terra”, diz a Cooperativa. Naquele espeço haverá sempre eventos a acontecer. O visitante da Granja terá a oportunidade de assistir a provas e degustações dos produtos da região, bem como, observar os melhores Chefs a confeccionarem o produto de Alcobaça com receitas deliciosas.
Um projecto para servir a região e as pessoas A Granja de Cister nasceu em Alcobaça para servir a região e as pessoas que fazem desta terra um local repleto de valor. “Queremos reunir o que de melhor temos, dar oportunidade aos verdadeiros produtores para mostrar a paixão que os move diariamente e premiá-los com a oportunidade de mostrarem com o que produzem”, pode ler-se num comunicado da Cooperativa. Elevar a marca Alcobaça é o objectivo fundamental deste projecto. “Temos o compromisso de aproximar o mundo urbano ao mundo rural, promover produtos de excelência e promover experiências únicas a que nos visita”, acrescenta o documento. Este projecto visa também promover a ruralidade e divulgação dos produtos e da imagem de Alcobaça na senda das suas melhores tradições agrícolas; contribuir directa e indirectamente para a revitalização dos territórios rurais e para a dignificação social das actividades agrícolas; reforçar o estímulo ao empreendedorismo a montante, quer reforçando a produção de produtos de qualidade já existentes, quer promovendo a criação de outros produtos de excelência para integrar nesta montra; promover o aconselhamento sobre as condições de produção, de higiene, de embalamento e apresentação de produtos através de uma linha de aconselhamento técnico agrícola; promover a formação técnica quer nas áreas de produção quer da preparação e confecção transformação de produtos agrícolas sobretudo junto de jovens investidores contribuindo para o reforço do emprego; promover
as condições de atractividade e exemplaridade junto do associados da Cooperativa e dos agricultores em geral no sentido de os incentivar a adoptar os mesmos parâmetros de qualidade e reforçar o espírito de pertença e orgulho dos cidadãos alcobacences espelhado na elevada qualidade e diferenciação dos seus produtos agrícolas.
Promoção da agricultura da região e dos seus produtos A Cooperativa Agrícola de Alcobaça tem-se renovado sempre no caminho da protecção ambiental promovendo em simultâneo uma agricultura sustentada, contribuindo assim para a melhoria das práticas agrícolas e consequentemente da preservação Ambiental. O seu mais recente projecto tem como objectivo a promoção da agricultura da região e dos seus produtos numa perspectiva turística. Alcobaça é uma região de excelência de produção agrícola com maior foco na fruticultura. As condições edafoclimáticas desta região entre a serra e o mar e a tenacidade e profissionalismo do sector agrícola da região, alavancado pelos fundos comunitários de apoio ao sector, são boa parte da razão dessa qualidade. A par da inovação para o sector agrícola, a Cooperativa reassume o seu papel social, nomeadamente com o lançamento de novas formas de elevar os produtos e produtores da região.
www.gazetarural.com
23
José Vasco Campos, presidente da Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais
“O problema da floresta portuguesa é estar nas mãos de milhares de proprietários”
A floresta em Portugal “está no bom caminho”, mas há ainda muito por percorrer. O presidente da Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF), em entrevista à Gazeta Rural, aponta algumas questões que afectam o sector, nomeadamente o facto da maior parte da floresta portuguesa “estar na mão de milhares de proprietários” e a falta de políticas de continuidade para o sector. José Vasco Campos considera, também, que “o apoio público à floresta é das coisas mais justas que pode haver em termos de mundo rural”, pois “tem uma função pública extremamente importante”. O presidente da FNAPF considera que “a floresta tem que ser encarada e gerida de forma profissional” e que as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) têm sido um instrumento muito importante, mas que não resolvem todos os problemas com um “passe de magia”. Por fim, Vasco Campos, que acredita que a floresta “é um bom investimento”, aponta falhas no processo de certificação florestal que muitas vezes “só existe no papel”. Gazeta Rural (GR): Como está a floresta em Portugal? José Vasco Campos (JVC): É uma pergunta complicada, pois há de tudo. Como sou optimista, acredito que a floresta está no bom caminho, pois as questões florestais não se resolvem de um ano para o outro, já que são estruturantes. O que tem que existir são políticas de continuidade, independentemente dos governos. Os ciclos florestais, que são de 20, 30, 40 ou mais anos, não são, por isso, iguais aos ciclos dos governos. Nós precisamos de políticas delineadas e de continuidade, 24
www.gazetarural.com
que não podem mudar cada vez que há um novo governo. Acredito, todavia, que a floresta está no bom caminho. O problema da floresta portuguesa é estar na mão de centenas de milhares de proprietários – e não se sabe quantos são. Diz-se que são 400 mil, mas acho que são muitos mais, divididos por centenas de milhares ou milhões de parcelas. E este é o problema da floresta portuguesa, que está perfeitamente identificado. Isto só se resolve com o associativismo, com incentivos à gestão, com o apoio às ZIFs, às áreas agrupadas e outras medidas que façam com que haja união e gestão conjunta de parcelas. Algumas medidas têm sido tomadas, mas falta tomar outras. A floresta, hoje, tem que ser encarada de forma profissional, seja ela de produção ou de conservação. Há muita gente que não consegue perceber que há floresta de conservação, que também é floresta, que tem que ter um tipo de intervenção e de apoios diferentes. Hoje a floresta tem que ser encarada e gerida como uma empresa. Quem não pode tratar de um terreno tem que o arrendar, ceder ou vender. A grande maioria dos proprietários florestais tem que se convencer que a floresta tem que ter uma gestão minimamente profissional e que é impossível andar a gerir meia dúzia de parcelas de meio hectare ou menos. Isto não faz sentido. Por isso, as pessoas têm que entregar a gestão a quem a faça de forma profissional. O que se passa é que as pessoas, como não têm penalizações, não fazem qualquer tipo de gestão e deixam andar. É que, a par disto, temos outro problema estruturante. Temos o valor da terra florestal e agríco-
la inflacionada e isto tem que se resolver com medidas fiscais, entre outras. GR: Mas isso não é um problema recente? JVC: É um problema de há muitos anos. GR: Mas o tão falado regresso à terra não veio agudizar essa questão? JVC: Não. GR: Durante muito tempo falou-se na criação e na importância das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF). Não acha que entretanto as ZIFs ficaram em ‘banho-maria’? JVC: Não concordo. O que se criaram foram expectativas muito elevadas, a pensar que as ZIFs vinham resolver tudo e que, com um passe de magia, teríamos os terrenos todos limpos como se fossem os jardins das nossas casas. Esqueceram-se que temos um clima mediterrânico, com chuva, com calor e que a vegetação cresce todos os anos. Portanto, as ZIFs não vêm resolver os problemas todos, são sim uma medida muito importante e continuo a acreditar nelas e no seu funcionamento. A maior parte delas estão a funcionar bem, mas algumas pessoas imaginavam que entravam numa ZIF e tinham a sua parcela num jardim. Não se pense que pelo facto de se estar numa ZIF se consegue actuar no território todo. Posso mostrar-lhe mosaicos de gestão de combustível de há um ano atrás, que continuam a ter uma enorme importância na defesa e combate a incêndios, mas que agora já têm alguma vegetação. Diria que as ZIFs são importantes, que
estão a resolver problemas e a maior parte delas estão a funcionar bem, com o apoio do ProDeR, mas ainda há muito a fazer, nomeadamente os proprietários aderentes, e os não aderentes, terem a consciência de que têm que entregar a gestão a uma entidade, ZIF ou outra, e sujeitarem-se ao seu plano de gestão florestal.
termos paisagísticos, na gestão do carbono, no combate à erosão dos solos, no turismo, etc. Não é só usufruir de tudo isto, de olhar e ver tudo verde. Alguém tem que pagar isto. Por isso, repito, o apoio para a floresta é fundamental. A grande maioria das culturas florestais, no minifúndio, só é rentável com apoios públicos.
GR: Recentemente alguém disse “Temos um caminho longo a fazer quanto aos processos de certifica- que Portugal deveria apostar mais no eucalipto. Concorda? ção” JVC: Não sou a favor do aumento da GR: A floresta é um bom investi- área de plantação de eucalipto, mas sim do aumento da gestão na actual área do mento? JVC: Considero que sim. Continuo a eucalipto. É uma espécie muito importanacreditar na floresta. Há, contudo, um te para a economia nacional, mas há muiproblema estruturante que já referi. Se ta plantação de eucalipto abandonada e eu comprar a terra e quiser fazer investi- mal gerida. Essa deve ser a grande aposta mento, vou ter muitas dificuldades em o e não o aumento da área de plantação. rentabilizar, porque, como disse, o custo Isso, penso eu, é consensual na maioria da terra está inflacionada. Se eu tiver ter- das pessoas ligadas a este sector. Temos é que fazer uma aposta nas renos próprios, a floresta é um bom invesoutras espécies. Quando a indústria do timento. Mas também lhe digo que em grande eucalipto criou centros de investigação e parte das culturas florestais só é compen- desenvolveu a espécie, que está com prosatório se houver apoio público. As flores- dutividades altíssimas, - muito mais altas tas receberem apoio público é das coisas que há 20 ou 30 anos -, nas outras espémais justas que pode haver, em termos de cies não houve esse passo. Portanto, temundo rural, em Portugal. As florestas têm mos que fazer mais investigação, melhoria uma função pública extremamente impor- genética e selecção nas outras espécies, tante e por isso alguém tem que ajudar os nomeadamente no pinheiro manso, no proprietários florestais nessa função. Não pinheiro bravo, - onde temos o problema é só usufruir dos espaços florestais, em grave do nemátodo -, no carvalho e no
sobreiro. GR: A certificação é um passo importante, tendo em conta que o mercado quer, cada vez mais, madeira certificada? JVC: Têm-se dado passos importantes nesse sentido, mas, infelizmente, digo-lhe que alguns processos de certificação não estão devidamente controlados e deitam por terra quem faz as coisas bem. A mim não me interessa ter certificações no papel e é isso que me parece existir. Há certificação burocrática, que não se verifica na prática. Portanto, aceito que tenha que haver certificação, que tenha que haver controlo, que os consumidores queiram saber que aquele produto vem de uma floresta gerida de uma forma correcta. O que não aceito é que na prática, em muitos casos, isso não aconteça. Acho que temos um caminho longo a fazer quanto aos processos de certificação, mas também de controlo do próprio processo. (GR): Há uma medida que vai ser tomada pelo Governo, no que toca aos produtores florestais, que tem a ver com o IRS, que passará a ser espaçado no tempo, tendo em conta que o investimento só é rentável algumas décadas depois? JVC: É uma excelente medida e só podemos estar de acordo com ela.
www.gazetarural.com
25
26
www.gazetarural.com
Ajudam a abrir portas à exportação
Azeite Porca de Murça conquistou duas medalhas de ouro em Israel e Estados Unidos O azeite da Cooperativa dos Olivicultores de Murça conquistou duas medalhas de ouro em Israel e Estados Unidos da América (EUA), que ajudam a “abrir portas à exportação” nesta organização que tem a China como principal cliente externo. “Estas medalhas são extremamente importantes principalmente para a exportação, porque são dois concursos importantes em duas zonas do mundo completamente distintas”, afirmou o presidente da direcção da cooperativa, Rui Dias. O azeite Porca de Murça recebeu a medalha de ouro Prestige no Concurso TerraOlivo 2014, em Israel, e conseguiu, mais uma vez, conquistar a medalha de ouro no concurso internacional “Los Angeles International Olive Oil Competition 2014”, nos EUA. “Estamos já a receber pedidos de cotação de vários sítios do globo para exportar para destinos onde já estamos implementados e para novos mercados. As notícias foram-se espalhando pelos especialistas”, acrescentou. Os azeites de Murça estão presentes em 40 mercados, desde o mercado da saudade na Europa, ao Brasil, Angola, Moçambique, Canadá, EUA e China, para onde se iniciou a exportação há mais de dois anos. O dirigente salientou que a China é considerada “um dos maiores clientes” da Cooperativa que prepara, neste momento, mais um contentor para seguir para aquele país do oriente, que consome na ordem dos “50 a 100 mil litros de azeite” de Murça por ano. Em 10 anos, a cooperativa ganhou pelo menos seis medalhas de ouro nos EUA, país para onde as vendas têm aumentado precisamente, na opinião de Rui Dias, devido “à boa performance” nos concursos. A exportação representa já cerca de 60% do volume de negócios da cooperativa. Segundo aquele responsável, a produção média anual ronda o meio milhão de litros e o volume de negócios os dois milhões de euros por ano. Rui Dias considerou a conquista do ouro nos dois concursos internacionais como o reconhecimento pela qualidade e trabalho dos agricultores do concelho e da cooperativa. “Satisfaz-nos imensamente termos conseguido um azeite desta qualida-
de e que é reconhecido, por incrível que possa parecer, apenas e só fora de Portugal”, sublinhou. Contabilizando cerca de 900 associados, a cooperativa agrícola representa a maioria dos pequenos produtores do concelho de Murça.
Secretário de Estado inaugurou Bienal do Azeite
Nuno Vieira de Brito diz que azeite é “um factor de crescimento e riqueza” O secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar classificou o azeite português como “um factor de crescimento, inovação e riqueza”. “Em poucos anos, o azeite passou a representar um pouco aquilo que o agroalimentar tem representado para o país, um factor de crescimento, inovação e riqueza”, referiu Nuno Vieira de Brito. O governante, que inaugurou IV edição da Bienal do Azeite 2014, que durante três dias decorreu em Castelo Branco, destacou o trabalho das “câmaras municipais e as regiões que têm olhado de uma forma muito positiva para as suas capacidades endógenas. Hoje olham para a optimização dos seus recursos endógenos”, referiu Nuno Vieira de Brito. Nuno Vieira de Brito mostrou-se agradado por um certame que celebra o azeite, “que é um bom motor daquilo que é o sec-
tor agroalimentar em Portugal”. “O país não era auto-suficiente neste sector e em poucos anos conseguiu tornar-se hoje numa referência no mercado nacional e internacional, com empresas e expositores que produzem, exportam e têm um papel importante a nível mundial, pela qualidade que apresentam e pelo grau de profissionalismo”, referiu. Nuno Vieira de Brito felicitou o autarca de Castelo Branco, Luís Correia, pela estratégia com que olha para o agroalimentar, “como factor de desenvolvimento”. “Castelo Branco tem feito isso. Tem um ‘cluster’ que é reconhecido a nível nacional, que pode ser um prestador de serviços não só a nível nacional como internacional”, sublinhou. “Esta estratégia será certamente ganhadora, e tem todo o nosso apoio e colaboração”, concluiu o secretário de Estado da Alimentação. www.gazetarural.com
27
Destacou o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural
Nova PAC retira “teia burocrática” de cima dos pequenos agricultores A nova Política Agrícola Comum (PAC) vai “simplificar” os apoios aos pequenos agricultores e retirar a “teia burocrática” que estes enfrentavam, destacou o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva. “Houve um grande esforço de simplificação de tudo o que está ligado aos pequenos agricultores, no âmbito do primeiro pilar da PAC, que tem a ver com as ajudas directas e que entra em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2015”, disse. Segundo o governante, o objectivo é “retirar de cima dos pequenos agricultores a teia burocrática grande” que enfrentavam e “simplificar todos os pagamentos e apoios”, entre outras vertentes. “E dá-se também fôlego às iniciativas LEADER, que têm carácter local, acabando por estar relacionadas com as explorações agrícolas”, acrescentou o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural em Évora, depois de participar no seminário “Agricultura Familiar e Sustentabilidade dos Territórios Rurais”, na universidade local. Alertando tratar-se de um conceito vasto, Francisco Gomes da Silva afirmou que “a agricultura familiar não se esgota na pequena agricultura”, pois, abrange, igualmente, “grandes explorações”. “Hoje em dia, quase toda a agricultura portuguesa é agricultura familiar”, embora o país tenha uma grande diversidade de explorações agrícolas, e a nova PAC pretende simplificar” a vida de “todos os agricultores”, sublinhou. “Houve uma preocupação grande, não só dentro da PAC, mas também no Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020, para adequar os instrumentos e subir os níveis de apoio”, por forma a mostrar que “a agricultura é importante para o país e que não podemos descuidá-la”, disse. O seminário em Évora inseriu-se nas comemorações do Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF), decretado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Segundo a FAO, a agricultura familiar inclui todas as actividades agrícolas de base familiares (operadas por uma família e predominantemente dependente de mão-de-obra familiar) e está
ligada a diversas áreas do desenvolvimento rural. O secretário de Estado afirmou que um dos grandes desafios deste ano internacional passa por “ficar a conhecer melhor” o que é a agricultura familiar em Portugal, para melhor direccionar os instrumentos de política pública para o sector. O seminário na cidade alentejana foi da responsabilidade da Associação Portuguesa de Economia Agrária, Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais, Associação Portuguesa de Desenvolvimento Regional, Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Alentejo, Federação Minha Terra e da Animar.
Projecto estará concluído até final de 2015
Rede de ciências agrárias vai nascer nas três universidades da região Norte Uma rede de centros de ciências e tecnologias agrárias da região Norte vai ser criada pelas universidades do Porto, Trás-os-Montes e Alto Douro e Minho, num investimento de quatro milhões de euros que estará concluído até final de 2015. Em Abril deste ano, estas três universidades do Norte assinaram um memorando de entendimento, sendo esta rede criada com o objectivo de estimular a inovação no sector agrícola o primeiro resultado efectivo desse acordo. A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) antecipa que esta rede de centros de ciências e tecnologias agrárias da região Norte deverá estar concluída em final de 2015, sendo o investimento de quatro milhões de euros, 80% dos quais do FEDER, pelo “ON.2 - O Novo Norte”. A Universidade do Porto terá que criar em Vairão “um espaço que concentre os vários centros de saberes da universidade e que 28
www.gazetarural.com
sirva de apoio ao ensino laboratorial, desenvolvendo investigação científica especialmente direccionada para hortícolas e flores”. A criação de um Centro de Segurança e Inovação Tecnológica no Sector Agroalimentar acontecerá na Universidade do Minho, estando prevista “a aquisição de diversos equipamentos para complementar os meios já disponíveis e incrementar as actividades de investigação”. Já na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro serão requalificados os laboratórios de análises de alimentos para submissão a processos de acreditação de metodologias de ensaio, estando ainda prevista a mudança de laboratórios da universidade para um novo edifício, já existente, que “reúne condições de excelência para a criação de laboratórios de referência”.
Deverá abrir ao público em 2016
Associação Agrícola vai criar centro de interpretação da agricultura A Associação Agrícola de S. Miguel vai avançar com a criação de um centro interpretativo da agricultura, para retractar o passado, o presente e perspectivar o futuro de um dos sectores mais importantes da economia regional. “Em relação ao centro de interpretação da Agricultura, que nós queremos no espaço do antigo restaurante [do recinto da associação em Santana, Ribeira Grande], nas duas salas, criar ali um espaço em que se retracte o que foi a agricultura no passado, o que é no presente e o que poderá ser no futuro”, afirmou o presidente da Associação Agrícola de S. Miguel, Jorge Rita. O dirigente associativo adiantou que a nova valência, que só deverá abrir ao público em 2016, contará com fotografias actuais e antigas, alguns utensílios de menor dimensão utilizados pelos agricultores no seu trabalho diário e quadros explicativos em português e inglês. “Estamos a preparar um projecto para candidatarmos ao próximo quadro comunitário de apoio para recebermos os devidos apoios que estão adstritos a este tipo de medidas”, disse Jorge Rita, sem adiantar quanto irá custar a concretização desta “ambição” da direcção da Associação Agrícola de S. Miguel. Segundo explicou, já foi constituída uma equipa para trabalhar neste projecto, que envolve a recolha de mais alguns utensílios agrícolas entre os associados e pequenas obras de adaptação do antigo espaço onde funcionava o restaurante da Associação Agrícola de S. Miguel antes da inauguração do novo pavilhão multiusos, também em Santana. Jorge Rita estima que a nova valência possa criar mais cinco a seis postos de trabalho e atrair ainda mais turistas do que já atrai ao local onde está instalada a sede da Associação Agrícola de S. Miguel. “Queremos aqui, em Santana, potenciar também o espaço e criar um roteiro turístico, principalmente às quintas-feiras”, disse Jorge Rita, que pretende dar outras condições à
tradicional feira semanal, apostando em melhores condições de higiene, novas bancadas para expor os produtos hortícolas e albergarias para os animais. Ao centro interpretativo da agricultura e à tradicional feira, Jorge Rita soma o novo espaço do restaurante da associação, com horário alargado, a abertura em breve de uma loja com produtos 100% regionais e todo o espaço verde envolvente como motivos mais do que suficientes para justificar uma visita ao local.
POR CINFÃES
“Cerrado dos Outeirinhos”: O saber receber bem
A casa onde se situa o empreendimento ‘Cerrado dos Outeirinhos’ foi construída na segunda metade do Séc. XIX e recuperada de forma a preservar as suas características originais, utilizando a madeira, o granito e a lousa, acrescentando-lhe o conforto necessário para lhe proporcionar uma estadia inesquecível. Situada em plena vila de Cinfães, a casa permite aos hóspedes acederem facilmente ao rio Douro e à serra de Montemuro. O empreendimento dispõe de 6 suites com aquecimento central, ar condicionado e internet wirless gratuita. Dispõe ainda de uma esplanada para relaxar e usufruir de refeições ligeiras, além de uma sala de estar e lazer. Quem necessitar de programar um evento, pode também contar com este empreendimento, que dispõe de um espaço para o efeito. O conselho que deixamos é desafiá-lo para uma estadia e aproveite para apreciar a gastronomia, o artesanato e as belezas naturais de Cinfães.
www.gazetarural.com
29
30
www.gazetarural.com
Um projecto de uma farmacêutica escocesa
Alentejo já colhe papoilas e fábrica para produzir morfina em Beja Os “frutos” da primeira plantação industrial de papoila no Alentejo estão a ser colhidos, num projecto de uma farmacêutica escocesa, que está a construir uma fábrica para produzir morfina em Beja, a partir de papoilas semeadas na região. Na zona do Alqueva, uma máquina especializada colhe as papoilas semeadas, em Novembro de 2013, em 800 hectares de cerca de 40 agricultores alentejanos, através do projecto da Macfarlan Smith. Para “reduzir o risco e aumentar a segurança do abastecimento”, a empresa precisava de expandir a sua área de plantação de papoilas no Reino Unido e, após analisar vários sítios na Europa, optou pelo Alentejo, que tem “os ingredientes para produzir uma boa colheita”, conta o director de operações para Portugal da Macfarlan Smith, Jonathan Gibbs. “O que o Alentejo oferece é a luz do sol, o calor, os solos, a forte capacidade dos agricultores e, mais importante, a barragem do Alqueva, que fornece a água”, frisa Jonathan Gibbs, entre papoilas prontas a colher de uma das plantações na zona de Beja. Após os resultados positivos de experiências feitas pela Macfarlan Smith no Alentejo, a empresa obteve, em Março de 2013, a licença do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde para plantar papoilas na zona do Alqueva, para depois extrair e produzir morfina para fins medicinais. A primeira colheita “parece ser bastante aceitável”, congratula-se, indicando que a empresa quer dobrar a área de plantação no Alentejo para 1.600 hectares em 2015 e para 3.200 hectares em 2016 e espera obter maiores concentrações de morfina por hectare de papoilas semeado na região em relação às obtidas nas plantações no Reino Unido. De olho na colheita das papoilas plantadas nas suas terras, Filipe Cameirinha, um dos agricultores envolvidos no projecto, explica que aceitou o “desafio” da farmacêutica por considerar “interessantíssima” a cultura de papoila. No Alentejo, devido ao
potencial produtivo do Alqueva, “temos das melhores condições para produzir papoila e foi isso que nos levou a aceitar este desafio”, frisa Filipe Cameirinha, referindo que a primeira sementeira “correu muito bem” e é para “repetir”. A Macfarlan Smith, no âmbito do seu plano de investimentos no Alentejo, está a construir a primeira fase da fábrica para produzir morfina para fins medicinais em Beja, a partir das papoilas semeadas na região através de agricultores locais. A fábrica, em construção nos arredores de Beja, vai servir, numa primeira fase, para armazenar e fazer o processamento inicial das papoilas, indica Jonathan Gibbs. Trata-se da “primeira fase do processo de produção de morfina”, através da qual são separadas as palhas e as sementes das cápsulas das papoilas, as quais serão depois moídas e processadas, seguindo depois para a unidade da Macfarlan Smith em Edimburgo, na Escócia, para a fase de extracção e produção de morfina, explica. Segundo Jonathan Gibbs, a primeira fase da fábrica, num investimento de cerca de quatro milhões de euros, deverá estar pronta no final deste ano e a empresa espera ter a produção da primeira colheita de papoilas no Alentejo totalmente processada em Beja e pronta para seguir para Edimburgo em Fevereiro de 2015. A “longo prazo”, os planos da empresa passam por construir a segunda da fase da fábrica, que ainda precisa de ser licenciada pelo Infarmed e poderá implicar um investimento entre 20 e 40 milhões de euros, para que a fase de extracção e produção de morfina a partir das papoilas semeadas no Alentejo possa ser feita em Beja, refere. A Macfarlan Smith vai continuar a semear papoilas no Reino Unido para a unidade de produção de morfina em Edimburgo e o objectivo é que as papoilas semeadas no Alentejo possam ser encaminhadas para produzir morfina na fábrica em Beja, explica.
www.gazetarural.com
31
32
www.gazetarural.com
POR VOUZELA Hospedaria Casa Museu cria a rota dos pastéis de Vouzela
Celeste Carvalho adquiriu uma casa abrasonada dos fins do séc. XVI no centro de Vouzela há cerca de 10 anos, que era propriedade de Margarida Sousa Franco (também ela de Vouzela) e passados quatro anos fez a sua recuperação. “A Hospedaria Casa Museu dispõe de 11 quartos, mas não é um espaço que tenha grande luxo, mas é uma casa acolhedora e familiar. Chama-se Casa Museu por causa da exposição de arte sacra que temos no hall de entrada desde o século XVI a XIX”, afirma Celeste Carvalho. Proporcionando, normalmente, alojamento com pequeno-almoço, Celeste Carvalho diz que, nalgumas situações, “também podemos proporcionar jantar para grupos por encomenda”. Neste momento, Celeste Carvalho prepara o lançamento de um projecto ambicioso, criando a “rota dos pastéis”, que visa a harmonização dos pastéis de Vouzela com o vinho de Lafões. “A rota é um projecto turístico, com o qual pretendo promover e divulgar Vouzela, a região, a doçaria conventual e regional e do património da cultura também. Esta rota, que terá lugar a 2 de Agosto, pelas 15 horas na Praça Marquês de Carvalho, vai passar por todas as casas onde se confecionaram os pasteis de Vouzela desde o início do Século IX até hoje, por algumas igrejas e pelas partes mais bonitas da vila”.
Vouzelpastéis: ‘Vouzelinhas’ é a novidade exclusiva da casa Os irmãos Victor e Miguel Correia são uma referência quando se procura um produtor de pastéis de Vouzela. Há cerca de 28 anos, com cerca de 15 anos, já os dois irmãos trabalhavam com o pai, na casa que habitavam, onde foi criado um espaço para confeccionar esta iguaria. À medida que se iam angariando novos clientes, quer em Vouzela, quer em São Pedro do Sul, Viseu e Aveiro, em 2007 inauguraram as novas instalações na zona industrial de Vouzela. Praticamente todas as pastelarias da região têm à venda os famosos Pastéis de Vouzela, fornecidos pelos irmãos Correia. Apesar de não haver um número certo de produção diária, pois têm de ajustar o fabrico à procura, Victor Correia refere que Agosto é o mês de maior procura, quer pelos turistas, quer pelos emigrantes que ali se deslocam. O ponto alto da produção foi atingido aquando da tomada de posse do Presidente da República, com uma encomenda de 2 mil pastéis. No ano passado a empresa apostou num novo pastel, os Vouzelinhas, uma iguaria onde a massa é idêntica ao pastel de Vouzela, acrescentado o doce de ovos e o mirtilo. Foi apresentado no Festival de Doçaria do ano passado. Em relação aos pastéis de Vouzela, além do mercado nacional e regional, há já alguns projectos de exportação, nomeadamente um emigrante na Suíça que se desloca à região para levar e vender nesse país. Há também no mercado brasileiro grande interesse, mas, para já, as taxas de exportação para esse país ainda são incomportáveis.
Flor do Zela… É uma referência na doçaria típica de Vouzela A pastelaria Flor do Zela, situada no centro de Vouzela, existe desde 1995. Carlos Nunes, após alguns anos de experiência adquirida em Aveiro no ramo da confeitaria, comprou a pastelaria em 2007. Para além das “delícias de Vouzela”, um pastel confeccionado com a pasta folhada e amêndoa, que é o ícone da casa, pode ali encontrar também o folar de Vouzela, as regueifas de canela e as regueifas recheadas (maçã, gila, ou chocolate, consoante a preferência). Em breve, Carlos nunes pretende remodelar o espaço, que é o seu próximo projecto. Além da doçaria, toda ali confeccionada, os clientes poderá ainda usufruir de refeições diárias ou o frango no churrasco. Segundo Carlos Nunes, “neste momento a doçaria de Vouzela está a ser bem divulgada e a certificação do pastel de Vouzela é um passo muito importante para que o concelho seja mais conhecido”.
www.gazetarural.com
33
Contra o grande poder das cadeias comerciais de grande distribuição
Arlindo Cunha defende protecção do comércio local O antigo ministro da Agricultura Arlindo Cunha defendeu a protecção do comércio local contra o grande poder detido pelas cadeias comerciais de grande distribuição, que “representam 85% da distribuição alimentar” em Portugal. “O Governo devia usar o músculo regulador para impor certas regras. Hoje temos uma desintegração dos circuitos comerciais locais e precisamos de fazer algo para recriar as cadeias comerciais locais, isso é muito importante”, disse o antigo ministro de Cavaco Silva. “O país vive uma nova realidade incontornável, da grande distribuição que se estende de forma tentacular até às terras de baixíssima densidade, através de médias superfícies em que o que vendem não vem do próprio território”, disse Arlindo Cunha. O controlo de “85% da distribuição alimentar no país” é, para antigo governante, “um poder louco”. Arlindo Cunha defendeu ainda a necessidade urgente de rejuvenescer a estrutura etária da agricultura portuguesa, que é “das mais envelhecidas” da Europa. Apesar de nos últimos três anos se terem instalado no sector mais jovens que na última década, o ex-ministro da Agricultura, referiu que “é muito perigoso ficar por aqui”. “O que fez a mudança foi a crise económica que o país vive e que fez com que muitos jovens vejam na agricultura uma oportunidade interessante. Mas, se não fizermos mais nada, terminados os cinco anos de presença obrigatória na exploração agrícola, corremos o risco de muitos desses jovens se irem
embora”, alertou. Para evitar que isso aconteça, Arlindo Cunha defendeu a criação de uma estrutura no âmbito do Ministério da Agricultura, “que enquadre muitos desses jovens, com formação superior e que vêm da cidade, para que não corram tanto risco de insucesso”.
Dez mil candidaturas em carteira transitam para o PDR 2020
Ministra da Agricultura admite reabertura de candidaturas no PRODER A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, admitiu que poderá haver ainda “um curto período” de novas candidaturas ao regime de transição do PRODER, até que entre em vigor o novo Programa de Desenvolvimento Regional 2020 (PDR 2020). De acordo com a ministra, que falava numa audição parlamentar na Comissão de Agricultura e Mar, nesse caso, o financiamento virá já do PDR 2020, mas as regras a aplicar serão ainda as do actual programa. As candidaturas ao regime de transição do PRODER foram suspensas sem aviso prévio no passado dia 30 de Junho, no que Assunção Cristas qualificou como uma “pausa para permitir fazer um ponto da situação”. A governante afirmou também que as quase dez mil candidaturas que neste momento estão em carteira irão transitar igualmente para o PDR 2020 e “não serão perdidas”. “Acreditamos que a aprovação final de Bruxelas quanto ao novo programa seja em Setembro, mas certamente que será até ao final do ano”, indicou. Questionada pela oposição sobre as razões para a suspensão repentina das candidaturas, criticada pelo sector, a ministra defendeu que em processos semelhantes não costuma haver avisos prévios e defendeu que este regime de transição “foi vítima do seu extraordinário sucesso”: “Tivemos uma duplicação de candidaturas nos últimos meses”, que passaram de 6.000 para 12.000 por mês. As associações do sector criticaram na última semana a sus34
www.gazetarural.com
pensão de novas candidaturas ao PRODER, afirmando que esta pode comprometer projectos agrícolas e florestais já em curso e queixando-se de terem sido apanhadas de surpresa. Com a aplicação do regime de transição agora suspenso, o Governo pretendia poder continuar a financiar as candidaturas aprovadas no PRODER, cujo período de programação decorreu entre 2007 e 2013, com o orçamento do novo PDR 2020, que será aplicado entre 2014 e 2020, para que não houvesse hiatos entre os dois programas.
Com cursos nas áreas de produção agrária e de viticultura e enologia
Escola Mariana Seixas vai abrir polo em Mangualde Depois do projecto ter sido elaborado e aprovado pelas diversas entidades envolvidas, ministério da Agricultura incluído, segundo Gonçalo Ginestal falta só “que o Ministério da Educação dê a autorização prévia de funcionamento”, tendo, contudo, dado sinais de que “essa aprovação está para breve”, para que o projecto possa arrancar já no próximo ano lectivo e “dar aos jovens do concelho de Mangualde e dos concelhos limítrofes a possibilidade de frequentarem cursos profissionais de produção agrária e de viticultura e enologia, duas áreas muito fortes para a região do Dão”, pelo que “achamos que poderá e deverá haver público interessado em frequentar estes cursos profissionais de nível 4, que tem equivalência ao 12º ano de escolaridade e também ficam com a certificação profissional de nível 4 da União Europeia”, afirmou Gonçalo Ginestal. A Escola Profissional Mariana Seixas vai abrir um polo em Mangualde nas instalações da Cooperativa Agr-pecuária dos Agricultores de Mangualde (COAPE), com cursos nas áreas de produção agrária e de viticultura e enologia. “É um dos nossos objectivos estratégicos desde há três anos, porque, neste período, temos tido oportunidade de valorizar e potencializar o projecto educativo, mas também acrescentar-lhe valor”, adiantou o director da Escola Profissional Maria Seixas. Gonçalo Ginestal justificou a decisão com o facto de terem diagnosticado “que havia uma lacuna ao nível da formação agrícola no nosso distrito. Fizemos alguns contactos e verificamos que fazia todo o sentido abrir um polo em Mangualde vocacionado exclusivamente para o sector agrícola”, pelo que “falámos com os parceiros locais, nomeadamente a Câmara de Mangualde, a COAPE, a Adega Cooperativa e os Bombeiros Municipais, as forças vivas da cidade de Mangualde, que nos apoiaram desde a primeira hora para a criação desse polo”, adiantou o director daquele estabelecimento de ensino.
Alunos e Professora da Escola vencem Prémio Nacional Os alunos João Mota, João Marques, João Pereira e professora Elisabete Marques, da Escola Profissional Mariana Seixas, foram os vencedores da Fase Nacional da IV Edição do Concurso YPEF - Young People in European Forests, entregues pela Forestis. Entre 29 de Setembro e 3 de Outubro estes alunos vão representar Portugal na Fase Europeia do Concurso YPEF que se realiza em Eberswalde, na Alemanha. Nessa nova etapa, os participantes serão organizados em equipas internacionais constituídas pelos vencedores de Portugal, Albânia, Áustria, República Checa, Letónia, Lituânia, Alemanha, Grécia, Hungria, Polónia, Estónia e Roménia. Desta forma, os alunos terão a oportunidade de se conhecer melhor e apresentar entre si a importância da floresta, do sector florestal e da natureza para os seus países e para a Europa, ao trabalharem em conjunto na resolução das três provas da Fase Europeia.
Publireportagem
Móveis SMPM: de Castro Daire para a exportação Em 1960, os irmãos Fernando e Luís Oliveira, juntamente com Maria de Lurdes Oliveira iniciaram um projecto de serração e caixilharia, a primeira para construção e a segunda para exportação. A partir de 1985, com o desenvolvimento tecnológico, houve uma aposta em nova maquinaria, o que permitiu à empresa produzir mobiliário e criar um ‘showroom’ com diversos estilos, apostando em exposições, nomeadamente na Feira de São Mateus e no Centro de Exposições da Batalha, mas também em projectos individualizados para particulares, ajustando a produção às necessidades dos clientes. Neste momento, além do mercado interno, e uma vez que a grande aposta é na qualidade e inovação, a SMPM já exporta para vários países, nomeadamente para o mercado suíço, onde se tornou uma referência. www.gazetarural.com
35
Na Categoria - Colaboradores
Fun Factory da Verallia Portugal venceu prémio “Estrelas da Comunicação 2013” O Programa Fun Factory, que decorreu em Maio de 2013 na Verallia Portugal, recebeu o Grande Prémio do Jury das Estrelas da Comunicação 2013 na categoria Colaboradores, numa cerimónia que decorreu em Paris no passado mês de Junho e que reuniu todas as direcções da Saint-Gobain e das Verallia’s. O Fun Factory foi um Programa de Yoga do Riso da “Escola do Riso” que num período de três semanas e durante 15 minutos, antes de cada turno de trabalho, ofereceu cinco sessões por dia de risos, danças, simulação de comprimidos de alegria e vacinas de gargalhadas, relaxamento, divertimento e exercícios respiratórios, com os principais objectivos de reforçar/desenvolver as relações interpessoais, o espírito de equipa e a produtividade. Estas dinâmicas de grupo antes de começar o dia de trabalho permitiram aos colaboradores ter os inícios de dias a rir, uma oxigenação e uma elevada vitalidade. O impacto foi medido com um grupo antes e um grupo depois do teste e chegou-se à conclusão que as pessoas que participaram a mais de 11 sessões reduziram a taxa de stress até 25%. O que era pretendido com o Fun Factory, e foi alcançado, era de criar um bom clima organizacional, um forte espírito de equipa e melhor produtividade. Este programa, voluntário, atingiu uma taxa de adesão de 97%. Este Prémio é dedicado a todos os colaboradores que participaram no Yoga do Riso, à “Escola do Riso” e à Direcção da Verallia Portugal que colaborou e participou nesta Aventura do Riso.
Com um aumento de 7%
Vinhos de Lisboa aumentam vendas com novos produtos autorizados pelo Governo A Comissão Vitivinícola Regional (CVR) de Lisboa estima para este ano um aumento de 7% nas vendas dos Vinhos de Lisboa, em parte devido a novos vinhos que foram autorizados em portaria recentemente publicada em Diário da República. Vasco Avillez, presidente da CVR, disse que se prevê um aumento de 7% na rentabilidade do sector para este ano, devendo 2% ser resultante do eventual aparecimento de “vinhos” de mesa, “vinhos frisantes”, “vinhos espumantes de qualidade”, “aguardentes bagaceiras” e “vinagre de vinho”, que vêm juntar-se aos tradicionais. Os novos produtos, que foram autorizados pelo Governo para a região vitivinícola de Lisboa em portaria publicada a 25
36
www.gazetarural.com
de Junho, que actualiza a anterior de há oito anos, “vêm acrescentar valor aos vinhos e abrir novas possibilidades de negócio para os agentes económicos”, afirmou o dirigente. No caso dos vinhos frisantes, os produtores que até agora tinham vinhos leves, com pequenos índices de gás natural ou gaseificado, podem agora fazer vinhos frisantes. Trata-se de uma oportunidade sobretudo para “as cooperativas que já produziam vinhos leves com gás terem condições para, além dos leves, produzirem frisantes. Como já têm a tecnologia, é um pequeno passo”, explicou. Sete dias depois da publicação, “já há um pedido para a criação de um vinho frisante”, adiantou.
ÚLTIMAS De 17 a 20 de Julho
Parque Verde de Penacova recebe Festas do Município O Palco Verde de Penacova recebe, de 17 e 20 de Julho, as Festas do Município 2014, uma iniciativa do município de Penacova que contará com as já tradicionais Tasquinhas Gastronómicas e muita animação. O vila de Penacova prepara-se assim para viver quatro dias de festa, comemorando na quinta-feira o seu feriado Municipal. Com um programa diversificado e bastante atractivo, que promete atrair muitos visitantes ao Parque Verde, tem na fadista Ana Moura (na foto) e os Alcoolemia os cabeças de cartaz das festas, onde se destacam também Ruizinho de Penacova, a fadista viseense Mara Pedro e o grupo Anaquim, entre outros. As comemorações começam, na quinta-feira, com as celebrações do Dia do Município, estando a abertura oficial do recinto das festas marcada para as 20 horas, onde decorrerão os concertos, podendo os visitantes passar pelas tasquinhas, que irão dar a conhecer o que há de melhor na gastronomia regional, bem como os produtos endógenos e tradicionais deste concelho.
Até dia 27 de Julho
Música e arte urbana agitam Águeda A animação das noites de verão na cidade de Águeda e a promoção da aproximação da população ao rio são objectivos do AgitÁgueda, evento que este ano tem a sua nona edição e mistura a arte urbana com espectáculos musicais. Organizado pela Câmara de Águeda, o evento decorre até 27 de Julho, com concertos, animação de rua, mostra gastronómica e instalações artísticas, num cartaz que conjuga, grupos e artistas consagrados com expressões locais e se desenvolve junto ao rio, no renovado Largo 1º de Maio e numa tenda gigante. Paralelamente, o “roteiro” da cidade apresenta um conjunto de instalações artísticas, de que se destaca “The Umbrella Sky”, que enche as ruas da baixa de Águeda com milhares de chapéus-de-chuva coloridos, além da pintura garrida de bancos de
jardim, escadarias e outros elementos dos espaços públicos. O programa de animação nocturna é preenchido com “Mundo Cão” (16 de Julho), “Skatalites” da Jamaica (17), Rui Veloso e a Big Band (18) e GNR e Isabel Silvestre (19). Marta Ren sobe ao palco na noite de 23. Na noite seguinte vão ouvir-se sonoridades do norte de África, com Medhi Nassouli. Completam o programa D8 e Dengaz (25 de Julho), Ritchie Campbell (26) e Nelson Freitas (27). O evento é acompanhado de uma mostra gastronómica, onde se podem comer pratos típicos como rojões, moelas, leitão assado, cabrito e coelho grelhado, ou provar sobremesas como natas do céu, pastéis de Águeda ou tarde de Águeda.
Ano X - N.º 228 Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), jla.viseu@gmail.com | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda. Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Fernando Ferreira, José Martins e Helena Morais Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 363 Fracção AT - Lj 11 - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320 E-mail: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS - Inscrição nº 124546 Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís Araújo Sede Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Delegação Edifício Vouga Park, Sala 42 - Sever de Vouga Capital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica Sá Pinto Encadernadores | Telf. 232 422 364 | E-mail: sapinto@sapinto.pt | Zona Industrial de Coimbrões, Lote 44 - 3500-618 Viseu Tiragem média Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores
www.gazetarural.com
37
De 22 a 27 de Julho, no centro da Vila
Mira promove tradicionais festas de S. Tomé Vai ser uma semana de muita animação no centro da Vila de Mira entre 22 e 27 de Julho, com as tradicionais Festa de S. Tomé, evento promovido pela Associação Cultural e Recreativa do Seixo, com o apoio da Câmara de Mira. Este evento caracteriza-se por serem as festas tradicionais de romaria à Igreja Matriz, em honra do padroeiro, contando com missas e procissões alusivas. Este ano houve uma alteração ao recinto das festas este ano, uma vez que não haverá o corte da Avenida 25 de Abril, estrada de ligação à praia de Mira, pelo que “a zona das tasquinhas vai ser mudada para dentro do recinto das festas”, refere a vereadora da Cultura. Dulce Helena Cainé tem elevadas expectativas para as festas deste ano. “São bastantes altas, pois apostamos num cartaz forte”, refere. Boss AC, Ana Malhoa e a fadista Carminho são cabeça de cartaz de cartaz. “O objectivo é atrair público para além do concelho, numa altura em, que há muitos veraneantes nesta região”, diz Dulce Cainé, lembrando que estas festas já têm muitos anos. Para além da parte religiosa e de um cartaz de espectáculos bastante atractivo, as Festas de S. Tomé oferecem a boa gastronomia local, nas tasquinhas típicas, que são da responsabilidade das associações locais, para além de uma zona de exposição de comércio e artesanato em stands situados no centro da vila, que este ano serão cerca de quatro dezenas, o dobro da edição de 2013. “As expectativas são altas e esperamos que tanto expositores como o público em geral fiquem satisfeitos com as nossas festas, para que no próximo ano haja ainda mais expositores e mais público aderir às nossas festas e se delicie nas tasquinhas com a nossa gastronomia local”, refere a vereadora Dulce Caine, que espera muitos milhares de visitantes durante os seis dias que duram as festas de S. Tomé.
38
www.gazetarural.com
Novo Cartão Galp Frota Business Agrícola com descontos imediatos até 6 Cts/Lt. em Gasóleo Agrícola
SEM CUSTOS ADIRA JÁ!
O novo cartão Galp Frota Business Agrícola mantem todos os benefícios do cartão Galp Frota Business e permite aos titulares do cartão microcircuito obter descontos em gasóleo agrícola na rede de postos aderentes em Portugal Continental.
Saiba mais em www.galpenergia.com ou através do Serviço de Atendimento a Clientes Galp Frota: 707 508 408
www.gazetarural.com
39
40
www.gazetarural.com