Gazeta Rural nº 234

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Director: José Luís Araújo | N.º 234 15 de Outubro de 2014 | Preço 2,00 Euros


Sumário

Especial Fruticultura

Que futuro?

04 Mercado Magriço mostra o melhor de Penedono 05 Rural Castanea promove castanha de Vinhais 07 Festa promove produtos de Montanha de Alfândega da Fé 09 Wine in Azores surge renovado e promete bater todos os recordes de adesão 10

Festa da Vinha e do Vinho em Borba junta dezenas de expositores

12 Quinta do Granjal produz vinhos e azeites de qualidade 33 Falta de matéria-prima condiciona crescimento de indústrias florestais 34 Investigadores visitaram povoamentos de pinheiro bravo infectados pelo nemátodo

35 Agim organiza acção prática de instalação de pomares

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de mirtilos

36 Ministra da Agricultura defende recurso aos seguros agrícolas 39 A floresta portuguesa precisa de competitividade – Opinião 40 Feira Nacional Do Mel e Fórum de Apicultura no Fundão 41 Secretário de Estado ‘abre’ Festa da Castanha de Sernancelhe

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MANGUALDE www.cmmangualde.pt

FEIRA DOS SA

NTOS

apoio

organização



Entre os dias 7 e 9 de Novembro

Mercado Magriço mostra o melhor de Penedono “Fomentar o empreendedorismo valorizando as iniciativas locais” é o slogan que serve de mote à realização de mais uma edição do Mercado Magriço, que decorre de 7 a 9 de Novembro, e que mais não do que uma montra do tecido empresarial de Penedono e o espelho dos empreendedores locais. Empreendedores esses que, perseguindo os seus sonhos, arriscam, que desafiando dúvidas e anseios trilham caminhos que muitos temem, que chamam a si atitudes que vincam as suas características de verdadeiros líderes. Enfim, homens e mulheres conscientes de que vencer sem ultrapassar obstáculos é inglório, homens e mulheres que não se apoiam numa herança para construir a sua história, homens e mulheres que não esperam que o futuro aconteça… constroem-no! É esta a verdadeira génese do Mercado Magriço, evento que congrega em si todas as actividades empresariais e comerciais de Penedono, um concelho que, graças ao saber destes empresários, se agiganta no mercado, conquistando-o! É este o pulsar de um concelho que não aceita o rótulo da interioridade, que acredita nas suas potencialidades e alimenta a crença de poder singrar numa sociedade económica e extremamente competitiva. É também por acreditar que o Município de Penedono persiste na senda de apoiar os seus empresários, fê-lo no passado, fá-lo no presente e fá-lo-á no futuro pois deles depende o sucesso económico do concelho. Assim o Mercado Magriço, enquanto espaço comercial, é o aglutinador de todas as actividades económicas concelhias, um espaço de encontro, de troca de ideias e, acima de tudo, de

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oportunidades de negócio. Tem sido assim nas últimas quatro edições, estamos em crer que o será nesta quinta na medida em que o número de participantes aumentou, prova de que a economia em Penedono afinal ainda respira. A par da exposição daquilo que melhor se faz e produz neste concelho, várias são as actividades que decorrem neste evento, das quais se destacam o Concurso de Castanha, o Concurso de Ovinos e Caprinos, o Concurso de Doçaria de Castanha “Penedoce”, o Percurso Pedestre “Pelos Trilhos do Ouriço e da Castanha”, o Desfile de Moda organizado pelo comércio local, assim como diversos ateliers que vão do artesanato às artes plásticas promovidos por artistas locais. Porém, e porque a alegria é uma constante das gentes que nos visita, estão agendados para os três dias do certame diversos espectáculos musicais e animação que têm como intuito, proporcionar uma dinâmica constante dentro do espaço, pelo palco do Mercado Magriço passarão artistas como Rosinha, Sons do Minho e como estrela maior de cartaz, a seguir aos nossos empreendedores, claro está, o cantor José Malhoa. O Mercado Magriço é uma realidade proveniente da vontade dos empreendedores penedonenses, uma iniciativa que visa promover as potencialidades concelhias, nas quais se incluem as turísticas, um cartão-de-visita para todos aqueles que passam por Penedono e que aqui fazem negócios ou pura simplesmente escolhem estas terras como local de descontracção e lazer. De 7 a 9 de Novembro visite o Mercado Magriço, reencontre Penedono e descubra os seus encantos.


De 24 a 26 de Outubro

Rural Castanea promove castanha de Vinhais Vinhais, no nordeste transmontano, vai ser o destino de muitos visitantes no fim-de-semana de 24 a 26 de Outubro. A realização da IX Rural Castanea, evento que promove a castanha, um dos produtos que mais mexe com a economia deste concelho, é razão para uma visita. O programa é vasto e variado. A IX RuralCastanea, que decorre em simultâneo com o fim-de-semana Gastronómico da Castanha, tem vários motivos de interesse, que começam com o magusto no Maior Assador de Castanhas do Mundo e que é Recorde do Guinness, que estará a assar castanha durante todo o fim-de-semana. As Jornadas Técnicas do Castanheiro, organizadas pela Arbórea, que vão decorrer no Auditório Municipal, são um dos pontos altos da Festa da Castanha, onde vão ser discutidos e abordados alguns temas que afectam, nesta altura, os soutos de castanheiros, nomeadamente a prevenção da entrada na região da vespa asiática. O Raid TT – IV Rota do Javali TT; o concurso da Castanha, organizado pela Arbórea; a apresentação do “Guia do Castanheiro”, uma publicação Câmara de Vinhais; o Magustão da Família do Tio João; Chegas de Touros de Raça Mirandesa; Concurso da Doçaria com Castanha, sessões de show cooking, com os chefs Luís Portugal, ex-concorrente do Master Chef, e Óscar Gonçalves, do Restaurante G - Pousada de São Bartolomeu e Eurico Castro, da Rota dos Sabores; o Campeonato Regional de Perícia Equestre; a II Cimeira das Confrarias Transmontanas, o desfile

“Moda Castanha” e a transmissão do programa Da Sic – Portugal Em Festa, na tarde de domingo, são alguns dos motivos para a atracção de muitos milhares de visitantes, numa festa que tem como rainha a castanha.

Um ano de boa produção nas aldeias a vender castanha a um preço que ronda os 2,5 euros o quilo, o que é excelente, pois estamos a falar de um produto agrícola de altíssimo valor. As chuvas que caíram nas últimas semanas vieram ajudar bastante e, por isso, acredito que vamos ter um ano excelente, tanto ao nível do calibre como de quantidade. A expectativa é para uma boa campanha.

Este vai ser um ano bom ano de produção de castanha. Carlos Alves, responsável pela organização da IX Rural Castanea, diz que as chuvas que caíram nas últimas semanas “vieram ajudar bastante”, pelo “vamos ter um ano excelente, tanto ao nível do calibre como de quantidade”.

Gazeta Rural (GR): Como está a ser a produção de castanha em Vinhais? Carla Alves (CA): Vai ser um bom ano de produção de castanha. A precoce é de grande calibre e há já muita gente

GR: Como está a questão da comercialização? (CA): Nota-se que o escoamento está cada vez mais organizado. Hoje em dia o agricultor não tem esse problema, pois toda a castanha é vendida. A organização deste mercado começa a sentir-se. Este ano, em Vinhais, há duas organizações que recebem castanha, uma que reabriu e a outra que trabalhava na área das madeiras e que se virou para a castanha. Estas duas empresas vão receber e comercializar muitas toneladas de castanha. Se na produção e comercialização as coisas estão a andar bem, no concelho ainda não há a transformação de castanha e o futuro passará por aí. Essa é a aposta para os próximos tempos. Sabemos que quem está no sector anseia por isso, para que as mais-valias deste produto possam ser maiores para os produtores, mas também para a criação de mais postos de trabalho. Em vez da castanha sair em fresco, se o fruto aqui for transformado isso significa que mais dinheiro fica na terra.

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Apelo dos serviços regionais de agricultura

Autoridades pedem controlo de plantas para impedir vespa asiática na zona da castanha

Os serviços regionais de agricultura pediram aos agricultores transmontanos que comprem apenas novas árvores para plantações de castanheiro devidamente certificadas para prevenir a entrada da vespa asiática na região maior produtora portuguesa de castanha. O plano de acção nacional de controlo da vespa das galhas do castanheiro foi apresentado em Bragança, com apelos aos agricultores para colaboraram na prevenção, aquela que até ao momento parece ser a forma mais eficaz de combate a este insecto capaz de destruir produções agrícolas. Paula Carvalho, a subdirectora-geral de Alimentação e Veterinária, deixou um apelo aos produtores “para que adquiram plantas devidamente controladas com as etiquetas de certificação e de passaporte fitossanitário e aquando da sua chegada solicitem aos serviços regionais de agricultura uma inspecção ao material antes de procederem à sua plantação”. O primeiro e único foco deste parasita detectado em Portugal está, para já, confiando à região de Entre o Douro e Minho, mas aquela responsável manifestou preocupação com a salvaguarda da principal região de produção de Castanha, a de Trás-os-Montes. A Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte tem vindo, como explicou, a fazer, há vários anos, trabalho de vigilância dos soutos e vão ser priorizados os mais recentes, que são os de maior risco porque poderão ter vindo com plantas que eventualmente tenham vindo contaminadas e importa agora verificar 6

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todas as novas plantações”. Em conjunto com as associações de produtores, os serviços oficiais prometem estar vigilantes e, na eventualidade de se detectar algum foco, “há medidas que podem ser tomadas dentro dos condicionalismos da biologia desta praga, que é complicada de controlar”, como admitiu. A luta biológica é para já a única arma de extermínio, mas que em Portugal só deverá começar a ser testada na próxima primavera, com a largada dos primeiros parasitóides, um outro insecto também oriundo da China, e que será capaz de aniquilar esta vespa. A sessão em Bragança contou com a presença do secretário de Estado Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Brito que realçou a importância da castanha a nível regional e nacional, já que em Trás-os-Montes concentra-se 85 por cento desta produção. A praga da vespa asiática já provocou quebras acentuadas de produções noutros países e actualmente ocupa entidades oficiais, associações e produtores e investigadores na procura de um combate e prevenção eficaz. O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) é uma das entidades envolvidas no trabalho de investigação ao nível da bioecologia da praga e parasitóides associados, trabalho que está a ser desenvolvido em ensaios montados em Barcelos, na zona do Minho.


De 7 a 9 de Novembro em Sambade

Festa mostra produtos de Montanha de Alfândega da Fé No mês de Novembro Alfândega da Fé vai celebrar a montanha com a realização de uma Festa que pretende afirmar as potencialidades da montanha no contexto económico, turístico e cultural. A primeira edição da Festa da Montanha acontece de 7 a 9 de Novembro na freguesia de Sambade. Trata-se de uma aldeia situada em plena Serra de Bornes, uma das maiores freguesias do concelho, que sempre soube “tirar” da serra o seu sustento. É essa mesma riqueza das áreas de montanha que a Câmara Municipal, responsável pela organização do evento, em conjunto com a Junta Freguesia, quer ver valorizada e potenciada durante os três dias da Festa da Montanha. A primeira edição deste evento traduz a vontade de ver dinamizadas as áreas rurais do concelho, fazendo das suas características endógenas factores de crescimento e desenvolvimento. Muito mais do que um simples mercado ou mostra de sabores e actividades económicas, a Festa da Montanha vai ser momento de debate, reflexão, divulgação e fruição de todas as potencialidades destas áreas. Daí que à mostra e venda de

produtos característicos da montanha, se juntem actividades desportivas e lúdicas, se elogiem as actividades económicas e as histórias e lendas associadas à serra, que noutros tempos foi conhecida como Serra de Monte-Mel. Um evento cultural, turístico e económico, que no fim-de-semana que antecede o S. Martinho vai fazer da castanha um dos “pratos” principais. Mas, se a castanha é um produto de excelência desta freguesia do concelho de Alfândega da Fé, as potencialidades da montanha não se esgotam neste fruto. Quem passar por Sambade pode ser surpreendido por um convite para apanhar e degustar cogumelos silvestres, passear pelos trilhos da Serra de Bornes ou até descobrir a importância de actividades como a apicultura e a pastorícia. Quem for amante de caça ficará a conhecer o porquê desta ser considerada uma das melhores zonas de caça da região. O evento faz-se também à mesa, altura em que decorre o fim-de-semana gastronómico da Turismo Porto e Norte nos restaurantes aderentes.

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SÁBADO 25 - 15h00

Magustão da Família do Tio João (Local: Tenda de Espetáculos)

DOMINGO 26 - 14h00 Programa da SIC

Portugal em Festa

TODOS OS DIAS Castanha assada no maior assador do mundo

24 a 26 de Outubro 2014

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Paços do Concelho - 5320-326 VINHAIS - Tel: 273 770 300

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Câmara Municipal de Vinhais


Está a chegar o maior evento vínico

Wine in Azores surge renovado e promete bater todos os recordes de adesão Pelo sexto ano consecutivo realiza-se em Ponta Delgada, de 24 a 26 de Outubro, o evento Wine in Azores. O sucesso das edições anteriores é o motor da Gorgeous Azores, empresa organizadora do evento, pois em cada ano que passa é batido o recorde de adesão. Mais de 12 mil pessoas marcaram presença em 2013, atraídos pelas largas centenas de vinhos em prova, produtos regionais, show cookings com Chefes de Cozinha reconhecidos e muita animação. A ilha de São Miguel ganha nova vida nestas datas. Aproveitando a época baixa, o evento mobiliza pessoas, anima o turismo e ajuda a divulgar a gastronomia dos Açores contribuindo para a criação de riqueza. Aliás, uma vez mais, a organização do Wine in Azores investe no convite a Chefes de Cozinha para que, nestes três dias, as pessoas possam com eles aprender novas técnicas de cozinha e de confecção dos alimentos, utilizando os produtos regionais, sendo que este ano o peixe é rei. De facto, na edição de 2014, todas as atenções estarão voltadas para o pescado de águas açorianas. E são muitos os Chefes convidados, como por exemplo Leonel Pereira, do Restaurante São Gabriel (Algarve), Cláudio Fontes, do restaurante Aviz (Lisboa), Dalila e Renato Cunha, do restaurante Ferrugem (Vila Nova de Famalicão), Álvaro Lopes, do restaurante Genuino (Faial), Paulo Mota, do restaurante Escuna (Hotel Marina Atlântico, Ponta Delgada), César Arruda, do restaurante Let it be (Ribeira Grande), Justa Nobre, do restaurante O Nobre (Lisboa), António Alexandre, professor da Chefs Academy RTP e restaurante Citrus Marriott Hotel (Lisboa), Vicente Quiroga, do restaurante O Marineiro (Ponta Delgada), Vítor Silva,

do restaurante Trás D’Orelha (Torres Vedras), Nuno Santos da Escola de Formação Turística e Hoteleira de Ponta Delgada e, também, Francisco Gomes, da confeitaria A Colonial (Barcelos), responsável pelas propostas mais doces, e João Couto da Escola de Formação Turística e Hoteleira de Ponta Delgada para ensinar a fazer saborosos cocktails. Para acompanhar as iguarias preparadas pelos cozinheiros de serviço, há mais de dois mil vinhos, difícil vai ser escolher! Nesta sexta edição do Wine in Azores estão presentes 120 expositores, sendo 80 ocupados por produtores de vinhos de todo o país, ou quase, porque pela primeira vez o certame conta com um produtor de vinhos espanhol. No ano que se comemora o décimo aniversário do reconhecimento das vinhas do Pico como Património da Humanidade, os vinhos da Ilha do Pico também se fazem representar. Este que é já considerado o maior e melhor evento empresarial dos Açores, vai este ano surpreender todos os participantes com uma nova imagem. Joaquim Coutinho Costa, da Gorgeous Azores e organizador do evento, afirma que “juntar o mar e a beleza da Ilha aos negócios, ao prazer de provar bons vinhos e degustar saborosos petiscos, é único, e apesar da contenção financeira, vamos continuar a investir neste que é o melhor evento de São Miguel”. Em negócios ou em férias, São Miguel é o destino de eleição entre os dias 24 e 26 de Outubro. Uma oportunidade única de provar vinhos e petiscos, aprender e desfrutar de todas as atracções das Portas do Mar, em Ponta Delgada. E depois partir à conquista da Ilha! www.gazetarural.com

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De 8 a 16 de Novembro

Festa da Vinha e do Vinho em Borba junta dezenas de expositores

A Festa da Vinha e do Vinho, em Borba, que vai decorrer de 8 a 16 de Novembro, conta com a participação de várias dezenas de expositores, com destaque para os produtores do Alentejo, divulgou o município.

A XXIII edição do certame dedicado ao vinho e à vinha, que recebe todos os anos milhares de visitantes, decorre no pavilhão de eventos e vai promover, sobretudo, os vinhos do Alentejo, com a participação de vários produtores que apresentam as suas marcas para degustação e venda. A festa inclui um conjunto de eventos temáticos dedicados aos vinhos e enoturismo, gastronomia, produtos e doçaria regionais, artesanato e equipamentos e serviços vitivinícolas. O certame, que serve de apresentação do vinho novo dos produtores locais pelo São Martinho, pretende ainda promover os produtos regionais, dando especial realce à produção vinícola regional e aos queijos, enchidos, pão, azeite, mel, frutos secos e doçaria regional. O artesanato conta com expositores oriundos de várias localidades do país, nas mais diversas expressões, como o barro, tapeçaria, madeira e cortiça. Com palco numa das mais importantes regiões vitivinícolas do Alentejo, o certame está a cargo do município, Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA), Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e Turismo do Alentejo. O programa inclui um circuito das tascas no dia inaugural e, ao longo dos nove dias, engloba provas de vinhos, animação musical, conferências e actividades culturais e desportivas. Para o dia de São Martinho, está previsto um arraial com oferta de castanhas.

VI Mostra Gastronómica Sabores de Ansião de 17 a 19 de Outubro

Tradição e boa mesa para promover região de Sicó O salão de exposições do centro de negócios de Ansião, localizado no Parque Empresarial do Camporês, acolhe de 17 a 19 de Outubro a VI Mostra Gastronómica Sabores de Ansião. Orientada para a promoção da cultura, produtos e sabores populares, a Mostra conta, ao longo dos três dias, com a presença de cerca de duas dezenas de expositores dedicados aos produtos mais autênticos e demonstrativos das especificidades do maciço de Sicó. O mel, o queijo, o vinho, os licores, os doces tradicionais, o pão e as geleias são alguns dos produtos que os visitantes ali poderão descobrir. Mas serão os restaurantes de cada junta de freguesia a proporcionar ementas verdadeiramente regionais, alicerçadas nas tradições locais. As couves com cominhos, a cacholada, o bacalhau com batatas a murro ou o cabrito de Sicó assado são apenas exemplos dos pratos a não perder nesta Mostra Gastronómica que, paralelamente aos prazeres da boa mesa, apresenta um

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programa de animação acompanha estes três dias. A Mostra Gastronómica abre ao público pelas 19 horas do dia 17 e, às 21,30 horas, apresenta-se a Rancho Folclórico de Pousaflores. Na noite do sábado, dia 18, novamente às 21,30 horas, é a vez da Orquestra Ligeira de Ansião subir ao palco e levar ao Centro de Negócios o seu tributo à Canção Portuguesa. A animação prossegue na tarde de domingo, dia 19, com a presença do Grupo de Cantares da Câmara de Ansião, às 14 horas, do Rancho Folclórico Margaridas da Serra, às 16 horas, e da banda da Sociedade Filarmónica Avelarense, às 18 horas. Animação, gastronomia e autenticidade são, portanto, os ingredientes principais desta VI Mostra Gastronómica Sabores de Ansião que visa, mais uma vez, contribuir para a divulgação e preservação dos costumes e sabores de toda a região em torno do maciço calcário de Sicó.


Adega Cooperativa de Cantanhede, Aliança e Casa de Sarmento subiram ao pódio

Bairrada elegeu ‘Os Melhores Vinhos e Espumantes’ pelo quarto ano

Integrado, pela primeira vez, no ‘Encontro com o Vinho e Sabores’ (2014) teve lugar a IV edição do ‘Concurso de Vinhos e Espumantes Bairrada’, no qual estiveram à prova cega de 17 jurados – críticos, jornalistas especializados, enólogos, escanções e representantes do comércio – 76 vinhos, entre espumantes, brancos, rosés e tintos. Os três grandes vencedores foram o ‘Marquês de Marialva Arinto Reserva branco 2013’, da Adega Cooperativa de Cantanhede, o ‘Aliança Vintage branco 2008’,

da Aliança - Vinhos de Portugal, e o ‘Casa de Sarmento Brut de Baga branco 2009’, da Casa de Sarmento, nas categorias ‘Melhor Vinho’, ‘Melhor Espumante’ e ‘Melhor Espumantes de Baga’, respectivamente. Entre vinhos brancos, rosés e tintos e espumantes foram 21 as referências premiadas com medalhas de ouro (14) e prata (7). No que toca a produtores (caves e vitivinicultores-engarrafadores) foram 12 os que viram os seus vinhos

serem galardoados: Adega Cooperativa de Cantanhede (6), Aliança Vinhos de Portugal (1), António Selas (1), Casa Agrícola António Santos Lopes Herdeiros (1), Caves da Montanha - A. Henriques (1), Casa de Sarmento (1), Caves de São João (1), Caves Primavera (1), Caves Solar de São Domingos (2), Hélder Manuel Ferreira dos Santos (1), Quinta dos Abibes (2) e Quinta do Encontro (3). A Adega Cooperativa de Cantanhede, o maior produtor da região da Bairrada, surpreendeu ao arrecadar seis medalhas, quatro de ouro e duas de prata, todas atribuídas a vinhos da marca ‘Marquês de Marialva’. O vinho branco premiado com ouro – ‘Marquês de Marialva Reserva Arinto branco 2013’ – conseguiu ainda a proeza de ser eleito o ‘Melhor Vinho’ do Concurso. De destacar o facto de todos os vinhos em prova serem certificados pela Comissão Vitivinícola da Bairrada, entidade organizadora do Concurso. Para uma região em que o espumante é rei e tem a Baga como casta bandeira – que se destaca pela originalidade e versatilidade para produzir grandes vinhos tintos e frescos espumantes brancos e rosés – foi criada uma categoria para eleger o ‘Melhor Espumante de Baga’, tendo este ano sido eleito um branco da colheita de 2009, o ‘Casa de Sarmento Brut’, premiado com medalha de ouro.

Segundo o presidente da Cooperativa de Felgueiras

Menos produção de vinho verde aumentará preço A produção de vinho verde da Cooperativa Agrícola de Felgueiras vai diminuir até cerca de 20 por cento face a 2013, provocando o aumento do preço, preveniu Casimiro Alves, daquela organização de viticultores. Para o presidente de um dos maiores produtores e exportadores de vinho verde do país, a situação de perdas na produção deverá abranger o conjunto da região dos vinhos verdes, antecipando que o vinho fique mais caro entre 10 e 15 por cento. Casimiro Alves explicou que os primeiros dias de vindima apontam na região para uma quebra generalizada nas entregas dos viticultores. “Temos constado isso praticamente com todos”, contou. A menor quantidade de uvas deverá, segundo a Cooperativa de Felgueiras, traduzir-se numa maior valorização do valor a pagar aos produtores. O dirigente assinalou, por outro lado, que o grau do vinho poderá ser ligeiramente mais baixo, em resultado das condições meteorológicas deste ano. Apesar da quebra de produção, a Cooperativa Agrícola de Felgueiras estima que possa atingir os quatro milhões litros, me-

nos 800 mil do que em 2013. Até 20 de Outubro, centenas de produtores de Felgueiras e de concelhos próximos entregam as suas uvas na instituição. Todos os dias, chegam dezenas de tractores com toneladas de uvas de várias castas. Em 2013, as exportações de vinho verde da Cooperativa Agrícola de Felgueiras aumentaram 50 por cento, impulsionadas pelas subidas nos mercados russo, ucraniano, brasileiro e norte-americano, que apreciam as marcas de branco e rosado dos segmentos médio e alto de preço. As exportações permitiram escoar nesse ano 22 por cento da produção, cerca de 1,2 milhões de garrafas. Para 2014, estima-se que as vendas no exterior possam crescer mais 10 por cento, face ao aumento dos pedidos que se regista, sobretudo dos mercados do Leste da Europa. Os resultados dos últimos anos, observou o dirigente, têm permitido à instituição ser “uma das cooperativas agrícolas mais sólidas do país”. A Cooperativa de Felgueiras foi em 2012 a maior produtora nacional de vinho verde e kiwi. www.gazetarural.com

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Sedeada no concelho de Vila Flor

Quinta do Granjal produz vinhos e azeites de qualidade

A Quinta do Granjal é um produtor de vinhos e azeites situada no concelho de Vila Flor. A aposta em vinhos e azeites de qualidade tem dado os seus frutos, sendo reconhecidos no mercado, recompensando o trabalho e o investimento feito em novas infra-estruturas e novas plantações pelo actual proprietário, Fernando Trigo. A Quinta está situada nas encostas do famoso Vale da Vilariça, já descoberto nos tempos pré-romanos pelas suas potencialidades para o cultivo da vinha e posteriormente para o cultivo do olival, e que tem um microclima único e solos xistosos, o que lhe confere um “terroir” excelente para a produção de qualidade superior de vinhos e azeites. Fernando Trigo, em conversa com a Gazeta Rural, destaca os investimentos feitos e na aposta em vinhos e azeite de qualidade, mostrando-se confiante no futuro. Gazeta Rural (GR): Quantos hectares têm de vinha? Fernando Trigo (FT): Na Quita do Granjal temos cerca de 12 hectares de vinha e 30 hectares de olival e na Quinta de S. Gonçalo 7,5 hectares de vinha. As Quintas têm mais alguns hectares, com plantas autóctones, como zimbros, carvalhos e outras. Produzimos entre 120 a 150 mil litros de vinho. Este ano acredito que vamos ter vinho de excelente qualidade, como tem sido apanágio da quinta, desde que a adega foi feita, e que entrou em funcionamento, em 2012, mas o que faz um bom vinho são as boas uvas boas. 12

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GR: Qual é a grande aposta da Quinta do Granjal? FT: É uma empresa nova, num projecto que se iniciou há 14 anos, com plantações novas, e na Quinta do Granjal, com o emparcelamento, conseguimos ficar com perto de 50 hectares, dos quais 42 de área útil de plantação. Numa primeira fase apostamos no sector produtivo, com a instalação das vinhas, com as nossas castas tradicionais (Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca), adequadas ao tipo de solo e à região. No olival a aposta foi a mesma e nesta altura temos cerca de 30 hectares de olival, com variedades autóctones desta região (cordovil, verdeal e cobrançosa), pelo que produzimos azeite de elevada qualidade. No início fazíamos o vinho numa adega vizinha, assim como o azeite, que era feito num lagar da região. Chegámos ao mercado com a marca Quinta do Granjal, criada em 2006, nos vinhos e nos azeites. Apostámos em produtos de qualidade e tivemos uma boa reacção do mercado e temos fidelizado os clientes, que sempre que lhes faltam os nossos vinhos ou azeites nos pedem a entrega urgente. Depois de termos começado com a comercialização, demos conta da necessidade de criar instalações próprias, pelo que construimos uma adega e um lagar de azeite, num investimento de mais de um milhão de euros. GR: Com o mercado nacional conquistado, como vai a exportação? FT: Procuramos dar passos seguros. Apresentámos um projeto ao AICEP, de algum montante, para encetarmos o processo de internacionalização da nossa empresa, pelo que vamos começar a exportar para o Brasil e para Polónia. GR: A Quinta de S. Gonçalo é um projecto diferente? FT: Sim, é outro projecto. É uma Quinta que comprámos há cerca de ano e meio. Arrancámos a vinha velha, que tinha cerca de 7 hectares e fizemos a restruturação e plantámos vinha nova. Tem uma adega com uma capacidade grande, que ainda não está totalmente em funcionamento. Estamos a pensar na melhor forma de a viabilizar, já que tem uma capacidade de armazenamento de um milhão de litros de vinho de mesa e para cerca de 750 mil litros de Vinho do Porto em toneis de madeira. É um projecto diferente e vamos ter que lhe pegar de uma forma diferente.

GR: Com tudo isso, que expectativa tem para o futuro? FT: Se não tivéssemos esperança, não tínhamos feito todas estas apostas, porque esta é uma empresa familiar criada quase do zero. Fomos investindo e andando, sempre de forma auto-sustentada. Hoje já tem alguma dimensão e até já houve um investidor estrangeiro que nos quiz comprar uma percentagem da empresa, mas a família não quis vender. GR: Vale a pena investir em Vila Flor? FT: Eu gosto muito. Em Vila Flor a Câmara está recetiva a apoiar novos projectos, não em termos financeiros, mas facilitando, dentro da legalidade, os licenciamentos, etc. GR: O que diria a alguém que nunca provou o seu vinho? FT: Diria que vai gostar muito. O IVDP aprovou-nos recentemente um vinho Grande Reserva e outro Reserva com 14’, que são raros e excepcionais. O nosso deve ser bom, porque vendemos bem. Acompanha muito bem assados e pratos fortes. O vinho branco harmoniza bem com aves e peixe. Ou seja, vale a pena provar. GR: E o azeite? FT: Temos mais de 30 hectares de olival e os nossos azeites Extra Vigem são considerados dos melhores a nível nacional e também do mundo. Os nossos olivais são novos e ainda não entraram totalmente em produção. Neste momento temos uma produção a rondar os 15 mil litros de azeite.


Especial Fruticultura

Que futuro?

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De 24 a 26 de Outubro, em Armamar

Feira mostra “Maçã de Montanha” Organizada pela Câmara de Armamar em parceria com a Associação de Fruticultores de Armamar e com os vários agentes económicos, sociais e culturais do concelho, a Feira da Maçã é já um dos pontos altos na região duriense. O evento, que se realiza de 24 a 26 de Outubro, terá lugar junto à praça em frente ao tribunal local. A VII edição anima o Município e garante um vasto programa cultural. Os motivos de atracção são muitos, com destaque para os espectáculos de variedades que vão desde a música popular ao folclore. Tasquinhas com petiscos e iguarias, feira de artesanato, recriações das muitas tradições populares e diversões fazem parte do programa de actividades. Por tudo isto, “é um certame clássico, com exposições de produtos regionais, com a Maçã de Montanha à cabeça, os nossos vinhos, uma vez que pertencemos à Região Demarcada do Douro, a gastronomia, com as tasquinhas, mas também o parque de equipamentos, promovendo as máquinas e alfaias agrícolas”, refere Carla Damião, vereadora da Câmara de Armamar, que espera contar com a presença de Assunção Cristas na abertura da feira. A vereadora salientou a boa adesão de expositores, nomeadamente “com um aumento da participação de fruticultores”. Carla Damião destacou o aumento, “nos últimos anos, da capacidade produtiva do concelho, nomeadamente em área de plantação, que se reflectiu na produção, que andará pelas 55 mil toneladas”. A vereadora reconheceu, contudo “uma quebra de produção, num ano de calibres elevados e de coloração extraordinária”.

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Belarmino Alves, presidente da Cooperativa dos Fruticultores da Beira Alta

“O seguro de colheitas não funciona na fruticultura” de produção. Estamos a receber a fruta dos nossos associados e vamos tentar vendê-la ao melhor preço possível. Mas é um ano mau. GR: Disse que os calibres são grandes. Em que medida isso afecta a comercialização? BA: A fruta com calibres grandes não é a melhor para se vender, porque hoje as pessoas fazem contas à vida e em vez de um quilo de maçãs médias vão comprar uma ou duas e dividem. GR: Voltando aos seguros. O problema que apontou também afecta a viticultura? BA: Este foi, também, um ano mau para o vinho. O seguro da vinha está normal e com um PMI de 5% é indemnizável. Agora para a maçã o PMI é de 30%. No vinho houve uma quebra significativa de produção, que, acredito, ultrapassa os 30% de que se fala. É um ano mau para os fruticultores associados da Cooperativa dos Fruticultores da Beira Alta, sedeada em Viseu. Segundo revelou o presidente da Cooperativa, a quebra de produção deve chegar aos 40%, o que provocou prejuízos elevados aos agricultores, que o seguro de colheitas não cobre. Belarmino Alves é crítico em relação ao seguro de colheitas para a fruticultora, que tem um Prejuízo Mínimo Indemnizável (PMI) de 30%, enquanto na vinha é de 5%. O dirigente diz que é o governo que tem que encontrar uma solução para esta situação, pois nenhuma cooperativa está a fazer seguro. “Os governantes têm que decidir se querem ou não agricultura”, afirma Belarmino Alves à Gazeta Rural.

Gazeta Rural (GR): Como está a campanha deste ano? Belarmino Alves (BA): As últimas chuvas complicaram a vida dos produtores, mas, de resto, decorre normalmente. É, todavia, um ano mau, de pouca fruta. Há pouca maçã Bravo e todas as restantes variedades foram afectadas. Houve má floração e mau vingamento do fruto, que afectaram logo a produção. Foi um ano em que houve muita coisa a influenciar a produção, especialmente os granizos de Setembro e as chuvas das últimas semanas, que vieram complicar ainda mais a vida dos fruticultores.

GR: Estamos a falar de uma quebra de produção de quanto? BA: Na ordem dos 40%. Os produtores este ano foram muito prejudicados, porque tivemos um ano anormal, comparado com outros. Aliás, desde início que isto era previsível, pois tivemos logo sinais muito cedo. Houve menos maçã e os custos de produção aumentaram, devido aos condicionalismos que atrás referi. Contudo, temos que ter em atenção o facto de muita maçã ter caído por causa do granizo e a que vingou tem calibres bastante elevados. GR: O seguro de colheitas cobre esses prejuízos? BA: O seguro de colheitas, na fruticultura, não funciona. Os agricultores nunca mais vão ter condições de fazer seguro de colheitas. Com um PMI de 30% é impossível os agricultores fazerem seguro, porque nunca recebem nada. Se não forem alteradas as condições, nenhuma cooperativa de fruta fará seguro de colheitas. Os governantes têm que encontrar soluções e têm que decidir se querem ou não agricultura. GR: Na Cooperativa como estão as coisas? BA: Temos uma quebra significativa

GR: Como vê a fruticultura em Portugal, tendo em conta que tem responsabilidade noutras organizações, como a Fenafrutas, de que é presidente? BA: A fruticultura era, até há pouco tempo, das poucas actividades que tinha projectos e em que as pessoas apostavam. Agora, não havendo garantias de seguros, de que num ano complicado com este a situação esteja garantida, penso vai passar por dificuldades e pode estar em risco o futuro desta actividade, com muitos produtores a deixarem de produzir. GR: Ainda assim, nesta fase, há gente nova no sector? BA: Na maior parte dos casos, os jovens que aparecem na agricultura são filhos de pais bem instalados na vida e que o insucesso noutras áreas conduziu-os para a agricultura. Mas quando as pessoas não têm sucesso noutras áreas, não é na agricultura que o vão ter, porque neste sector é preciso trabalhar muito. Os agricultores, para produzir, têm que se agarrar à terra e normalmente muita dessa juventude vem para o sector atrás dos subsídios. O agricultor tem que nascer para o ser e tem que ter vontade de trabalhar. Aqueles que vêm para a agricultura como último recurso não têm sucesso.

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Revela Duarte Correia, sócio das Frutas Dumi

“Preço da maçã é igual ou inferior aos praticados há 10” nha, devido à grande qualidade dos frutos, com as novas plantações que fizemos. tanto a nível de calibres, como de coloraGR: Quais são as principais difição e degustação. culdades dos produtores? GR: Recebem fruta de outros proDC: No nosso caso as dificuldades dutores? principais passam pela falta de mão-deDC: Cerca de 80% da maçã que co- -obra qualificada. Nesta área, acho que se mercializamos é de produção própria, devia apostar mais na formação e na fixasendo a restante de outros produtores da ção das nossas populações jovens. zona, com quem já trabalhámos em conPara além disto, verifica-se o aumento junto há vários anos, e cujo produto está exponencial, de ano para ano, dos factodentro dos elevados padrões de qualidade res de produção, designadamente produtos químicos, energia e investimentos, sem que exigimos. A produção deste ano foi afectada pe- que o preço de venda do produto tenha las condições climatéricas, mas devemos acompanhado essa evolução dos custos. atingir cerca de 2.000 toneladas. Preve- Os preços da maçã são iguais, ou até mesmos um aumento de produção média de mo inferiores, aos praticados há 10 ou 15 20% nas próximas campanhas, devido a anos, enquanto as despesas mais do que aumento e renovação da área produtiva, duplicaram.

Há muitas questões que afectam a produção de maçã, desde as condições climáticas até à comercialização. A estes Duarte Correia, sócio das Frutas Dumi, acrescenta outros, como os factores de produção que “mais que duplicaram e os preços da maçã são iguais ou inferiores aos praticados há 10 ou 15 anos”. Mas o empresário aponta ainda uma outra situação, como um factor importante, que é a “falta de mão-de-obra qualificada”.

Gazeta Rural (GR): O que são as Frutas Dumi e há quantos anos existe? Duarte Correia (DC): Somos uma empresa familiar, criada em 1996, que tem como sócios eu e o meu pai (Euclides Correia). No entanto, a família já se dedica há produção de maçã há mais de 40 anos. GR: Como vai ser a campanha deste ano? DC: Perspectiva-se uma boa campa-

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Os benefícios da maçã para a saúde Um estudo publicado no Journal of Medicine Food analisou os efeitos do consumo de maçã e sumo de maçã sobre os níveis de LDL oxidado. Conhecido como colesterol ruim, o LDL provoca danos cardiovasculares, e quando oxidado, forma placas ao longo das paredes da artéria coronária, causando a aterosclerose. Nesse estudo participaram 25 pessoas que durante 12 semanas consumiram cerca de 400ml de sumo de maçã (100%) ou duas maçãs diariamente. As variedades usadas no estudo foram Fuji, Golden Delicius, Granny Smith e Red Delicius. Após as 12 semanas, os níveis de oxidação foram avaliados e verificou-se diminuição de 20% em média, nos níveis de LDL oxidado. Outro estudo realizado na Universidade de Cornell, publicado na Revista Nature, mostrou que 100g de maçã fresca pode ser mais benéfico que um comprimido de 1500mg de vitamina C. Os antioxidantes naturais presentes na maçã fresca seriam mais eficazes do que aqueles encontrados em suplementos dietéticos. Testes laboratoriais também foram realizados e mostraram que extractos retirados da casca da maçã inibiram o crescimento de células cancerígenas em cerca de 43% e os da polpa 29%. Em células de câncer de fígado, os testes foram ainda mais eficazes. Os extractos da casca reduziram o crescimento dessas células em 57% e os da polpa 40%. In: www.uol.com.br

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Diz o gerente da Frutas Fonseca, de Armamar

“Se tivermos que vender a esse preço não conseguimos sobreviver” José Manuel Fonseca é o espelho do desânimo que reina entre os fruticultores. Este facto tem a vercom o preço da maçã paga ao produtor no início da campanha. “Os preços estão péssimos. Só se fala entre 20 a 25 cêntimos e a este preço não dá para produzir. Vamos esperar para ver, mas se tivermos que vender àqueles preços não conseguimos sobreviver. Não temos hipótese”, diz o gerente da Frutas Fonseca. Para este produtor, a campanha “foi boa em termos de qualidade, superior ao ano passado”, mas houve quebra na produção, afectada pela trovoada, que “destruiu a maior parte dos pomares na zona de Santa Cruz”. A produção deste ano deverá ficar pelas 900 toneladas, menos 350 que no ano passado. José Manuel Fonseca acredita que as coisas podem mudar com a criação de uma Organização de Produtores, mas também numa maior aposta na divulgação da Maçã de Montanha. “Com a ajuda da Associação e da Câmara Municipal penso que isto pode melhorar”, refere José Manuel Fonseca, para quem a Feira da Maçã “é bem-vinda e é uma mais-valia”. A falta de água é outra preocupação deste produtor. “A barragem foi benéfica para quem está dentro do perímetro, mas quem está fora, como é o nosso caso, temos problemas muito graves. Temos que abrir furos e puxar a electricidade a quilómetros de distância. É uma despesa enorme”, diz José Manuel Fonseca.

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Sob o lema “Gente bonita come fruta feia”

Cooperativa evita desperdício de mais de 50 toneladas de fruta feia O projecto Fruta Feia evitou que mais de 50 toneladas de desperdício de frutas e hortaliças tenham ido para o lixo, com os fundadores da cooperativa a mostrarem-se surpreendidos com o número alcançado. “É uma grande emoção para nós. Estamos a trazer do campo cerca de duas toneladas por semana, o que para os agricultores significa uma rentabilidade extra já bastante significativa e esse era o maior objectivo do nosso projecto”, explicou Isabel Soares, uma das mentoras do projecto. A jovem reconhece que no início da Cooperativa Fruta Feia não estava à espera de uma adesão “tão grande” por parte dos consumidores, lembrando que há 41 semanas eram 100 os associados, enquanto agora, passado quase um ano do arranque do projecto, contam já com 450 e uma lista de espera de cerca de 2.500. A cooperativa Fruta Feia resulta de uma ideia de quatro amigos para aproveitar cerca de um terço da fruta e vegetais que os supermercados desperdiçam, por considerarem que não têm o aspecto perfeito que os consumidores procuram. “O primeiro objectivo deste projecto foi largamente alcançado, que era o de valorizar estes produtos junto dos agricultores”, frisou Isabel Soares, lembrando que o próximo passo será a abertura de uma terceira delegação, ainda nas imediações de Lisboa, mas a funcionar de forma autónoma. “Queremos abrir o terceiro ponto de entrega no início do próximo ano, mas queremos que funcione como unidade piloto para replicação a nível nacional fora de Lisboa. Funcionará independentemente da nossa gestão de forma também a podermos optimizar o modelo de gestão”, explicou. Para colocar em prática este novo desafio, Isabel Soares contou que é só preciso encontrar financiamento, já que há

pessoas interessadas em dinamizar uma delegação em outros pontos do país, lembrando que o desperdício de fruta não se dá somente na região oeste. “Temos muitas pessoas que se revêem nos valores da cooperativa, pessoas interessadas em consumir e agricultores. Temos todos os recursos chaves» para a abertura de mais pontos, avançou. Isabel Soares explica ainda que cada ponto de entrega torna-se “auto-sustentável financeiramente” quando é iniciada da venda da fruta e alcançado o número mínimo de sócios, mas para a sua abertura existem custos iniciais como a compra de algum material e uma carrinha de transporte. “Se formos depender do lucro da cooperativa, a replicação nunca vai acontecer com a celeridade que o programa impõe. Os espaços onde é vendida a fruta são grátis cedidos por associações, isso faz parte do nosso modelo de negócio, mas é complicado arranjar alguém já com uma carrinha”, acrescenta Isabel Soares, adiantando ser necessário o recurso a fundos europeus para colocar em prática a expansão. Actualmente, as cestas de fruta feia, pequenas com três a quatro quilos e cinco a sete variedades e a grande com seis a oito quilos e sete a nove variedades, compostas por frutas e hortaliças, que variam semana a semana conforme a altura do ano, podem ser recolhidas às segundas-feiras na Casa Independente, no Intendente, e às terças-feiras no Ateneu Comercial de Lisboa. “Gente bonita come fruta feia” é o lema do projecto que pretende associar “bons ideais às pessoas que estão dispostas a comer” esta fruta não normalizada para evitar o desperdício alimentar, explicou Isabel Soares. www.gazetarural.com

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Alerta o presidente da Associação de Fruticultores da Beira Távora

“Os operadores da região estão a comprar maçã sem definição de preço” Há desânimo nos produtores de maçã da região do Douro. É que “os operadores da região estão a comprar maçã sem definição de preço”. O alerta é deixado pelo presidente da Associação de Fruticultores da Beira Távora em entrevista à Gazeta Rural. Humberto Matos diz que a situação “é difícil”, num ano “em que a qualidade da maçã é excelente”. O dirigente alerta para as dificuldades que fruticultores estão a passar, numa altura em que há um previsível aumento da área de produção, com os problemas que daí advêm, nomeadamente a falta de capacidade de armazenamento e para as incertezas crescentes dos produtores. Esta atitude, a continuar, colocará graves problemas socioeconómicos a toda região.

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Gazeta Rural (GR): O que esteve na génese do slogan: “Beira Douro – O Verdadeiro Sabor”? Humberto Matos (HM): No nosso entender é aquilo que nos parece lógico e que tem viabilidade, porque os fruticultores passam a vida a queixar-se de que têm problemas e nós conhecemo-los. Todavia, temos sido impotentes para resolver grande parte dos problemas, face à organização associativa que se encontra pulverizada. Queixam-se de que ninguém quer saber de nada, que o associativismo não está bem, etc. De facto, há muitas associações de fruticultores e de viticultores na região. Só falta em cada paróquia haver uma associação… Nós temos que atingir escala e temos que ser ouvidos. Por esse facto, teimosamente, continuo a falar na Maçã da Beira

Douro, que é a fruta do Douro Sul e do Douro Norte. Os problemas dos fruticultores são os mesmos nestas duas regiões. Portanto, não há outra coisa a fazer senão juntarmo-nos para, nos sítios próprios, termos força e escala para sermos ouvidos e conseguirmos mais-valias. De outra maneira ninguém nos ouve. Se temos os mesmos problemas, temos que os defender juntos e tentar resolve-los em conjunto. Quando há várias associações que, passe a expressão, tem meia dúzia de associados e que dão tiros, uma para norte e outra para sul, não se resolve nada. Temos que nos convencer que só com a união de todos conseguiremos atingir escala. Nem as nossas confederações nos ouvem, quanto mais as instituições oficiais, que nem tempo tem para ouvir tamanha


panóplia de associaçõeszinhas. Assim, não vamos lá. Será que estou a inventar algo de novo? GR: Essa é a sua luta há, pelo menos, dois anos? HM: Continuo a defender isso até que a voz me doa, porque me parece ser a atitude lógica e correcta. O associativismo de base tem que se unir e criar escala, porque não basta dizer que é necessária a união e nada fazer. No dia em que o conseguirmos, teremos peso na resolução dos problemas da produção, que não são poucos. Depois, os produtores ao juntarem-se, numa região que produz cerca de 50% da maçã nacional, terão força. Deste modo, os operadores,- sejam organizações, cooperativas ou empresas -, quando virem o seu exemplo naturalmente vão acordarem para a nova realidade e também eles terão que se unir, concentrando a oferta, e colocarem o nosso produto no mercado, sem se guerrearem, concertando estratégias Por exemplo, este ano com uma propara valorizarem o produto de todos nós dução de grande qualidade na região, com e defendendo a região. grande quantidade de maçã, vai haver GR: Fala-se de maçã de Moimen- problemas de preços pagos ao produtor. O ano passado também houve situações dita, maçã de Montanha… HM: Há muitas capitais, até as há de fíceis, nomeadamente de ordem climática, mais… Há uns anos atrás, apareceu essa mas esta é a primeira campanha em que ideia castiça de chamarmos à nossa terra haverá problemas gravíssimos de valoricapital disto e capital daquilo. Não somos zação da nossa produção. Por exemplo, ‘capital’ de nada. É mais uma denomina- na região os operadores estão a comprar ção bairrista, provinciana, do que outra maçã sem definirem o preço. Portanto, coisa. Eu não penso assim. Eu penso no veja-se o descalabro que paira sobre os todo e não na parte. Continuo com a ideia produtores que, já não bastavam os problemas que vêm de trás, agora não sabem de pé. Isso foi moda que já passou. Custa-me quanto vão receber pelo fruto do seu traa compreender como numa região como balho, num ano em que a produção é de o Douro, com as condições climáticas que grande qualidade. Esta atitude do mercapossui se denomine uma maçã, como sen- do é o mais grave que pode acontecer. Quando as grandes superfícies soubedo de montanha, assim como perdermos tempo, com a maçã desta freguesia ou rem o que se está a passar, naturalmendaquela outra, cada qual a melhor. São os te vão agir. Essa atitude recairá sobre os operadores que a imputarão aos produtotais tiros para o ar e é o fácil vaidosismo. A maçã da Beira Douro é toda ela de res. Assim está a cadeia, que é uma miséria qualidade inegável, a melhor que o País e uma pouca-vergonha. tem. GR: O produtor é que paga? Os senhores directores associativos HM: Quem está no fim da linha é semterão que pensar novo, actual e moderno. Estaremos sujeitos futuramente a ser pre o mais prejudicado, principalmente acusados de nada ou pouco fazermos e sem meios reivindicativos, porque não acarretarmos com as responsabilidades, somos sindicalizados. E à falta do tal sindicato, têm que ser as suas associações, quando já for tarde. pela melhor forma possível, a procederem GR: Falou nos problemas que à defesa dos produtores. afectam a produção. Quais são, em concreto? GR: Que outros problemas exisHM: São mais que muitos.E se juntar- tem? mos aos problemas da produção os da HM: Há problemas ao nível da consercomercialização são muitos mais. Repare- vação, embora a região esteja a responder -se que cerca de 60% do preço da maçã à positivamente, nomeadamente no municívenda numa grande superfície é o valor da pio de Moimenta da Beira. Houve operadistribuição, restando 40%, para os opera- dores que aumentaram a sua capacidade dores e produtores. de frio, o que se torna uma mais-valia para

a região. É claro que não chega para as necessidades dos próximos anos, mas há esse esforço. Sabemos, contudo, que outros operadores vão investir nessa área, aguardando a abertura de candidaturas ao novo quadro comunitário. GR: Apesar das dificuldades que apontou, há novos fruticultores na região? HM: Tem havido um crescendo, nomeadamente de jovens agricultores que se têm instalado, fruto das condições ímpares que temos para a produção de maçã, mas também do ProDeR, que ajudou a esses novos investimentos. Com o aumento da área de produção dos fruticultores já existentes e os que estão a instalar-se, quer dizer que daqui a três ou quatro anos não sabemos onde armazenar a maçã que por estas bandas se produz. Se hoje a região produz cerca de 50% da produção nacional, daqui a três a quatro anos acredito que andaremos pelos 60%. Neste sentido, terá que haver um reforço da capacidade de armazenamento e conservação da maçã. Na Associação estamos a tentar promover a internacionalização de maçã do produtor directamente para alguns países que estão interessados, e isso será com certeza, uma mais-valia.Estão a decorrer negociações e vamos ver se conseguiremos levar o barco a bom porto, para que possamos melhorar a situação dos nossos produtores. Continuamos convictos das nossas obrigações.

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OPINIÃO

Os bons resultados só são duradouros se todas as partes envolvidas comungarem dos mesmos A Pereiras & Almeida, Lda (P&A) é uma empresa que se dedica à comercialização de produtos fitofármacos, adubos, bem como materiais e equipamentos relacionados com a produção agrícola. A aposta nesta atividade surgiu, precisamente, há 25 anos, devendo-se o seu crescimento ao empenho e dedicação de todos os que participaram e participam, direta ou indirectamente, na empresa. Destacamos o posicionamento, pouco usual, que a empresa sempre teve nas suas relações com os clientes e fornecedores. No entendimento da P&A os bons resultados só são duradouros se todas as partes envolvidas comungarem dos mesmos. Só assim é possível encarar o negócio numa perspetiva de futuro. A Pereiras & Almeida não se basta com a obtenção de resultados financeiros positivos, pois encara os mesmos como sendo apenas uma parte dos seus reais objetivos. É preocupação constante da empresa é que os seus clientes tenham produções rentáveis e com resultados que justifiquem o esforço financeiro e humano que dedicam às suas culturas. Perceber os problemas e as dificuldades com que se deparam os clientes e tentar encontrar soluções é um dos objectivos primordiais da P&A. Seguindo esse caminho, a empresa tem hoje, na região, seis estações meteorológicas que permitem obter dados essenciais à prevenção de eventuais doenças e pragas. É um investimento que se traduz numa ferramenta de apoio de grande utilidade para os nossos clientes. Pereiras&Almeida_anúncio2013_√.pdf 1 12/18/12 12:00 PM Relativamente à fruticultura, atualmente, a P&A comercializa em exclusivo na região, em parceria com a “Selectis”, um

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o produto mais inovador na conservação de fruta, denominado “Smartfresh”, indo de encontro a uma das maiores preocupações dos nossos fruticultores, obtendo-se excelentes resultados na conservação. Relativamente à fruticultura, actualmente a P&A comercializa em exclusivo na região, em parceria com a “Selectis”, o produto mais inovador na conservação de fruta, denominado “Smartfresh”. A sua aplicação tem obtido excelentes resultados, indo assim de encontro a uma das maiores preocupações dos nossos fruticultores. Estando a fruticultura na região com crescimento acima da média, surge no entanto uma área que se encontra descurada e cuja falta de intervenção urgente pode fazer depender o sucesso de todo o esforço que, atualmente, está a ser efetuado na produção. Referimo-nos à questão da comercialização da maçã. É uma preocupação e um tema que, embora já há muito se encontre a ser debatido, em concreto ainda nada foi feito para que também nessa área fique assegurado que os nossos produtores têm escoamento garantido e a preço justo, daquilo que tão bem sabem fazer. Resolvida essa questão, somos de opinião que a região tem todas as condições para manter, no futuro, um produto com reconhecimento não só nacional, mas também internacional.

Luís de Araújo Rego Sócio Gerente | Pereiras & Almeida, Lda


Diz Diogo Marta, da Martifrutas

“Há menos produção mas a qualidade compensa” Sedeada em Gogim, no concelho de Armamar, a Martifrutas produz e comercializa maçã. Segundo Diogo Marta, a campanha deste ano “está a decorrer bem, com menos produção, mas compensa em qualidade”, apesar da chuva que caiu nas últimas semanas e “que atrasou na colheita durante algum tempo”. Com uma produção a rondar as 900 toneladas, o gerente da Martifrutas mostra-se preocupado, pois “não há nenhum preço de referência”. Para Diogo Marta, “a maior dificuldade prende-se com o escoamento da maçã”, dado que “os preços não têm sido os melhores”. Daí que a aposta passa pela exportação. “Já vendemos parte da produção para o mercado externo, nomeadamente para exportadores espanhóis. A questão da água é outro problema. “Sentimos esse problema, apesar da barragem se encontrar bem perto, pois estamos numa cota superior e os nossos pomares não são atingidos pela área de regadio da barragem”, refere o gerente da Martifrutas.

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Diz Jorge Augusto, proprietário da empresa maçã BemBoa, e membro da direcção da Associação de Fruticultores de Armamar

“As grandes empresas da distribuição devem valorizar mais o produto nacional” Vivem-se tempos difíceis na agricultura, nomeadamente no sector frutícola, onde os nossos produtos são de excelente qualidade, verificandose de ano para ano um aumento de produção, mas o escoamento deixa a desejar. Jorge Augusto, proprietário da empresa maçã BemBoa, e membro da direcção da Associação de Fruticultores de Armamar, diz que “os custos da produção são altos e não há sensibilidade por parte das grandes empresas de distribuição, que impõem baixos preços o que prejudica os produtores nacionais”. Na maioria das grandes superfícies comerciais é notória a preferência pelos produtos estrangeiros em detrimento dos nacionais, certamente porque são adquiridos a preços mais baixos. “Julgo que um dos caminhos para ultrapassar essas dificuldades será com a exportação”, sustenta Jorge Augusto.

qualidade e características da nossa maçã e que pedem para nos visitar e conhecer o produto. A “Maçã BemBoa” está agregada a FELBA, é certificada, beneficia do uso do IGP-Indicação Geográfica Protegida “Maçã da Beira Alta”, e Denominação de Origem Protegida (DOP) “Maçã Bravo de Esmolfe” e da Protecção e Produção Integrada. Trabalhamos com absoluto rigor, temos implantado o sistema de HACCPAnálise de Perigos e Controlo de Pontos G.R. Como surgiu a empresa Críticos, de forma a garantir aos nossos clientes segurança plena no consumo dos “Maçã BemBoa”? JA: A empresa maçã BemBoa foi nossos produtos. criada em 2011. Através dos meus pais e GR: Que perspectivas tem para a irmãos ganhei grande experiência no que diz respeito a produção de maçã, pois Feira da Maçã? JA: As expectativas são boas, já que no este sempre foi o meio de subsistência da família. Assim, em 2011 juntamente com a ano passado foi um sucesso. Esperamos minha mulher criamos a empresa “Maçã que esta edição mantenha o mesmo nível, BemBoa, Lda”. Vimos que havia potencial se não conseguirmos fazer ainda melhor. no mercado para aliarmos a marca “Maçã Temos mais expositores, quer fruticultores, BemBoa” à maçã de Armamar. Temos tido quer expositores de máquinas e alfaias Gazeta Rural (GR): Como foi a bastante sucesso e diariamente temos agrícolas. campanha deste ano? pessoas que nos ligam a perguntar pela Jorge Augusto (JA): Vai ser uma boa campanha. A produção é boa e os calibres são melhores. Esperemos que o preço também acompanhe a qualidade. Infelizmente está a começar com preços baixos, face à qualidade e calibre da maçã. Apesar de tudo, esperamos que seja um ano positivo, pois mau bastou o ano passado. GR: O que faz com que o preço da maçã seja baixo? JA: A oferta é muita e as grandes empresas da distribuição impõem preços muito baixos ao produtor, mesmo sabendo que estes precisam de ter alguma margem. Há empresas que ameaçam os produtores para baixar o preço, dizendo que não querem mais maçã e depois vão comprálas noutros países, nomeadamente a Espanha, Itália, Chile, Brasil e até na Nova Zelândia. GR: Tem-se divulgado a Maçã de Armamar? JA: Sim, têm-se dado passos importantes e temos evoluído bastante. A nossa região, por exemplo, através da Associação dos Fruticultores de Armamar 24

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e a Câmara Municipal, tem apostado na divulgação da Maçã de Armamar, com a criação e participação de eventos, publicitação nos meios de comunicações, etc. Sem dúvida, que a Maçã de Armamar tem características próprias, pois é uma maçã de montanha, o que a torna diferente de todas as outras, quer em termos da doçura, da crocância, da cor, da apresentação, durabilidade, etc., características especiais que o cliente já começa a conhecer.


Diz Nuno Bico Matos, da Cooperativa Agrícola de Mangualde

“A produção de maçã é uma boa opção” Numa altura em que o futuro de muita gente passa pela agricultura, há imensas opções que se colocam aos candidatos. “A produção de maçã é uma boa opção”, diz o presidente da Cooperativa Agrícola de Mangualde. Nuno Bico Matos sustenta a afirmação nos problemas que atravessa o sector do vinho, referindo que nos pequenos frutos “ainda ninguém sabe bem o que vão dar”. Num ano em que há quebras de produção na Bravo e na Golden, Bico Matos diz que a Cooperativa de Mangualde recebeu mais fruta, devido a fruticultores que voltaram.

Gazeta Rural (GR): Há mais menos maçã que em anos anteriores? Nuno Bico Matos (NBM): Recebemos mais maçã do que o ano passado, excepto Bravo e Golden. Nas restantes variedades recebemos mais quantidades, com bons calibres. Diria que é um ano bom. A maçã que passa nas máquinas é óptima. Agora vamos ver. Sabemos que bons calibres às vezes dão problemas de conservação. rondará os 30%. Nas restantes não é significativa. No caso da Cooperativa até teGR: E de comercialização tam- remos mais, também devido a entrada de bém? maçã de novos associados. NBM: Com calibre superior a 90 ninNa minha exploração, posso dizer que guém quer. Temos de arranjar outros na Gala e na Vermelha a produção é igual clientes que a queiram. ao ano passado. Nas outras, as produções foram francamente menores. GR: Disse-me que houve fruticultores que voltaram a entregar maçã GR: O investimento feito na Coona Cooperativa. Esse aumento de perativa preparou-a para os próxifruta que receberam tem a ver com mos anos? esse facto? NBM: A cooperativa tem uma estruNBM: Houve agricultores que anda- tura velha, que data da sua fundação, em ram desviados e voltaram, porque soube- 1951, mas as pessoas que aqui trabalham ram por outros que os resultados no ano estão imbuídas num espírito jovem. Está passado foram bons, pois a Cooperativa equipada com equipamentos novos e diria remunerou melhor as maçãs do que onde que esta preparadíssima. As paredes são eles entregaram. antigas, mas tecnicamente estamos bem preparados para enfrentar os próximos GR: Foi um ano muito instável? anos. NBM: Sim, mas um ano bestial para O equipamento de frio é recente e não a produção de fruta, para o vinho, e, em temos problemas de conservação. geral, para a agricultura. O granizo afectou alguns pomares, que foram bastante GR: A Cooperativa mandou fazer danificados, mas muito localizado, mas a alguns estudos sobre as variedades maioria sofreu. Diria que não terá sido pior regionais. Como ficou a situação? do que noutros anos. NBM: As variedades regionais vendem-se muito pouco. Felizmente quem GR: Falou de uma quebra de produção. as produzia já caiu na realidade e já não Tem uma estimativa? produz. Uns arrancaram, outros reconverNBM: No Bravo deve haver metade, teram. A Bravo de Esmolfe é uma variedaou talvez menos, do que no ano passado. de que ainda se vende, mas atendendo à A Golden também tem uma quebra que quantidade que se produz num ano bom é

muito difícil escoar, porque o grande canal de escoamento -, que são os mercados tradicionais, os mercados abastecedores e a grande distribuição, que representam 80% do consumo nacional -, só compra bravo de Esmolfe acima dos 65 mm de diâmetro. Toda a outra não tem venda. Só em promoções ou casos pontuais. Portanto, a remuneração para o agricultor é muito pequena. Como técnico e agricultor, dá mais rendimento um pomar de golden, que é a variedade menos bem paga, do que um pomar de Bravo Esmolfe. GR: Qual a média de produção por hectare na região? NBM: Temos uma produção média baixa, atendendo à idade dos pomares. Penso, contudo, que com pomares novos é fácil chegar 40/50 toneladas por hectare. GR: Essa reconversão vai ter que ser feita? NBM: Se queremos continuar, sim. Pouco a pouco ela vai-se fazendo, não ao ritmo que gostaríamos. Vamos ver agora com o novo Quadro 20-20 se as pessoas estão apostadas na fruticultura, até porque a viticultura está a passar um mau bocado. Tirando os pequenos frutos, que ainda ninguém sabe bem o que vão dar, a produção de maçã é uma boa opção. www.gazetarural.com

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OPINIÃO

Atmosfera controlada dinâmica A Articold Project é uma empresa de referência em todo o mercado nacional, cuja actividade principal é a instalação e manutenção de equipamentos de frio industrial-câmaras frigoríficas para conservação de frio normal e de Atmosfera Controlada/Dinâmica (DCS), tendo sempre como objectivo a satisfação do cliente, indo ao encontro das suas necessidades na elaboração de projectos que se enquadrem dentro dos parâmetros pretendidos e que sejam os mais eficientes energeticamente. Estamos também focados na execução de câmaras de congelados e túneis de arrefecimento rápido para vários fins como por exemplo para empresas de logística e para fábricas de congelados, como a Olá-Unilever. Já com vários anos de experiencia, a Articold Project conta com um leque alargado de clientes, visto que tem como legado dar continuidade ao trabalho que Sérgio Pires, pai dos atuais sócios gerentes da empresa Articold, iniciou a actividade com a Friopires, Lda, empresa que após o desaparecimento do seu sócio gerente se manteve ainda alguns anos até à altura em que os filhos, após concluírem os seus estudos em Engenharia Mecânica, decidiram dar continuidade ao trabalho do pai, apoiados pelos muitos clientes que se mantiveram fieis até hoje. A esses clientes, a Articold gostaria de mostrar a sua profunda gratidão, prometendo não os desiludir. Sem eles tudo teria sido diferente. A eles, os nossos mais sinceros agradecimentos. Com uma postura dinâmica no mercado, competente e sempre disponível, a Articold Project tem uma equipa de colaboradores, orientada para a satisfação do cliente, certificados para garantir uma boa qualidade dos serviços prestados. Nos últimos anos a produção de maçã de montanha na região de Armamar e Moimenta da Beira tem aumentado exponencialmente. Com o crescimento da oferta e custos de produção torna-se cada vez mais importante para os produtores produzirem com qualidade e conservar bem, mantendo os custos com energia e produtos pós-colheita o mais reduzido possível. A Articold possui já muitos clientes nesta região, trabalhando com a maior parte dos produtores e armazenistas, e nota que cada vez mais, especialmente em anos em que há muita oferta e pouca procura, que o cliente se preocupa bastante com os custos energéticos, que, por vezes, podem ter um carácter decisivo na continuidade das empresas. Outro factor importante, embora seja muitas vezes menosprezado, é a desidratação do produto. 1% ou 2% de desidratação a mais num sistema de frio desajustado leva a perda de milhares de euros todos os anos enquanto o produto está armazenado. Por estas razões a Articold preocupa-se com as necessidades reais do cliente, realizando projectos que sejam eficientes energeticamente, económicos, e optimizados para o tipo de fruta que se vai armazenar, mesmo que o custo inicial possa ser ligeiramente superior, mas em apenas 2 ou 3 anos a diferença é rentabilizada. Além do acompanhamento no projecto e a realização da obra, a Articold, devido à grande carteira de clientes que possui na região, consegue oferecer um serviço rápido de assistência, e acompanhamento ao cliente, o que será ainda mais importante com a legislação que entrará em vigor num futuro breve, devido as alterações climáticas do planeta que impõe algumas regras em relação à periodicidade de manutenções e revisões a sistemas de frio, o que vai trazer custos adicionais para os produtores e armazenistas, assim como para as empresas da actividade no que diz respeito à certificação de pessoal e equipamentos de manuseamento de gases. Além da área da refrigeração, a Articold também presta serviços de atmosfera controlada para a fruta e outros sectores de 26

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actividade. No que diz respeito à fruta, a atmosfera controlada permite que os produtores e armazenistas consigam conservar fruta durante muitos meses, mantendo a cor e sabor característicos. Alguns produtores conseguem conservar fruta até à nova campanha, devido às dificuldades de escoamento em alguns anos. Este sistema é, por isso, muito importante no que diz respeito a conservação da maçã. Mais recentemente surgiu um novo sistema, a ‘atmosfera controlada dinâmica’, em que se consegue optimizar a conservação. Em vez de serem usados valores “standard” de oxigénio e dióxido de carbono, que permitem abrandar a respiração e maturação da fruta, o valor de oxigénio é ajustado consoante a necessidade da própria fruta, durante todo o período de conservação. A fruta é mantida aos níveis mínimos de oxigénio. Este sistema é diferente de outros sistemas dinâmicos, na medida em que alguns apenas fazem este tipo de teste uma vez por ano. Duas no máximo. O nosso sistema permite análises diárias da fruta, não destrutivas, e mantem-na sempre no limiar da produção de etanol, durante toda a campanha, o que permite uma melhor qualidade final do produto. A ideia é criar no mercado nacional e internacional facilidade de exportação e escoamento da fruta, para quem use sistemas de alta qualidade, devido à maior procura e interesse em fruta que é tratada com o mínimo de produtos químicos possível, ou seja, mais biológica. Todo o sistema é supervisionado remotamente, via internet, por engenheiros agrónomos e pessoal especializado, com o acompanhamento da universidade que desenvolveu este sistema, conceituada a nível mundial: A Wageningen University Food & Bioresearch, na Holanda. Paulo Sérgio Pires Gerente | Articold Project


Com um investimento de cinco milhões de euros nos últimos anos

Frusantos aposta forte na internacionalização

A Frusantos tem sede em Ferreirim, no concelho de Sernancelhe, e cresceu em 2013 cerca 55%, face ao período homólogo, passando dos 7000 para 12000 milhões de euros. Um crescimento perspectivado com base no potencial das novas instalações em Ferreirim e Samora Correia e numa aposta forte na internacionalização. A Frusantos iniciou a sua actividade, em nome individual, em Fevereiro de 1982 pelas mãos de João da Silva Santos, em plena região Douro Sul, com comercialização de castanha e maçã. Tradicionalmente conhecida pela exportação da castanha, a empresa dedica-se à compra, selecção, embalamento e comercialização de produtos agrícolas, tendo na sua base de comercialização também a batata, cebola, cereja, melão e a maçã, com destaque para três produtos distintos que, nos últimos três anos, asseguraram um aumento médio de 20% na

facturação da empresa. “As nossas vendas, neste momento, estão centradas, principalmente, em três produtos: castanha, batata de consumo e batata de semente. É claro que, pela sazonalidade do produto, também estamos a abranger a maçã, cereja, melão, melancia, cebola, entre outros, mas o produto de eleição da empresa continua a ser a castanha. Estamos radicados numa região com denominação de origem protegida Souto da Lapa”, afirmou Luís Alves, gerente da Frusantos. Esta PME Excelência, fundada há três décadas, ganhou uma nova dimensão quando, poucos anos após o seu início, começou a trabalhar com as grandes superfícies. “Actualmente, 90% dos nossos produtos destinam-se às grandes superfícies. Foram, e continuam a ser, um dos motores de desenvolvimento da empresa”, referiu o empresário, destacando que “nos últimos anos investimos cerca

de cinco milhões de euros para melhorar estrutura e organização da empresa”. Primeiro, com a abertura de instalações em Samora Correia, com 2200m2 de área coberta e capacidade para 3000 toneladas de frio, e depois com a construção de novas instalações em Ferreirim, no concelho de Sernancelhe, com 3400m2, quatro câmaras de frio com capacidade para 3000 toneladas. “Estas unidades tornaram-se muito importantes para cumprir o objectivo de assumir a liderança nacional na distribuição deste produto”, afirma Luís Santos, que lamenta “o abandono galopante da produção agrícola em Portugal, que nos obriga à importação. Para uma empresa que valoriza a produção nacional, é uma situação preocupante”. Ainda assim, a Frusantos exporta castanha para Espanha, França, Itália, Brasil, Canadá e EUA. “Até ao final do ano queremos avançar com projecto de internacionalização da empresa, focado nos mercados do Brasil e norte Europa, de forma a ter mais rentabilidade e diminuir parte da dependência das grandes superfícies”, salienta o empresário. Certificada pela norma ISO 22000 e 14001, Globalgap de Castanha, a Frusantos assegura ao consumidor final produtos de elevada qualidade.

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Pedro Pinheiro, da Pradifrutas, e a campanha deste ano

“Há menos quantidade mas a qualidade é superior” Há unanimidade quanto à campanha deste ano na produção de maçã. Há quebra de produção, mais acentuada nalgumas regiões, mas a qualidade é bastante superior a anos anteriores. É que, diz o gerente da Pradifrutas, empresa sedeada em Travanca, no concelho de Armamar, “preferimos a qualidade à quantidade”. Pedro Pinheiro destaca a importância do trabalho feito na região pela Associação de Fruticultores de Armamar. “A nível técnico estamos bem apoiados pela Associação, que nos ajuda nos aspectos técnicos e sanitários”, destaca o produtor. A produzir cerca de 1000 toneladas de maçã, Pedro Pinheiro diz que “há alguns problemas nos preços”, lembrando que “no ano passado houve muita maçã, mas de fraca qualidade, o mercado ressentiu-se e o preço desceu bastante”. Este ano, apesar da melhor qualidade da maçã, “estamos a começar com preços baixos”. Para ultrapassar a situação, Pedro Pinheiro defende a aposta no mercado externo. “Temos que alargar os nossos horizontes e apostarmos noutros mercados, nomeadamente África, América e Brasil”, refere o produtor, que aponta a organização comercial como “o maior problema” do sector, defendendo a criação de Organização de Produtores, embora reconhecendo que seja difícil, mas “seria um passo essencial”.

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Sedeada em Britiande, no concelho de Lamego

Joeldifrutas produz maçã e pêra rocha Sedeada em Britiande, no concelho de Lamego, a empresa Joeldifrutas produz e comercializa maçã e pera rocha, colocando também no mercado outro tipo de frutas, como cereja, pêssego, nectarina, marmelo e outras variedades de pêra. Joel Francisco, gerente da empresa, diz que a região sofre com “a pouca união dos produtores”, que, de outro modo, poderiam produzir mais e melhor com menores custos. Quanto à campanha deste ano, diz houve alguma quebra na produção, mas “com maior qualidade”. Porém, acrescenta, “vamos ver o será em termos de escoamento e de preços”. Nesta altura “a concorrência é muita, o que nos obriga a baixar o preço”, mas a partir de Janeiro, “quando todos os pequenos produtores esgotarem a produção, o preço da maçã, nos calibres médios, rondará os 50 a 60 cêntimos o quilo”, refere Joel Francisco. A Joeldifrutas, para além de comercializar a produção própria, importa frutas que distribui no mercado nacional. Porém, a aposta passa pela exportação e o alvo são os mercados do Magrebe, no norte de Africa. A empresa recebe também frutas de outros produtores da região, a quem presta apoio e aconselhamento técnico, nomeadamente qual a melhor altura para a colheita de cada variedade. A Joeldifrutas comercializa um total de cerca de 800 toneladas de fruta.

Maçã: um dos alimentos mais saudáveis do mundo A maçã é um fruto áspero, com o interior branco, de pele vermelha, amarela ou verde. A maçã é um membro da família das rosas, o que pode parecer estranho até nos lembrarmos que as rosas dão bagas, que são frutos semelhantes à maçã. As maçãs têm um sabor moderadamente fresco e refrescante e uma acidez presente em maior ou menor grau, dependendo da variedade. Por exemplo, as maçãs Golden e Red Delicious são suaves e doces, enquanto as Pippins e Granny Smith têm sabor forte e ácido. As maçãs ácidas, que conservam melhor a sua textura durante a cozedura, são as preferidas para sobremesas cozinhadas como a tarte de maçã, enquanto as Delicious e outras variedades mais doces como a Braeburn e Fuji são normalmente comidas cruas. Nutricionalmente, possui boas concentrações de fibras e de vitamina C. In: www.alimentacaosaudavel.org www.gazetarural.com

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Diz José Osório, presidente da Associação dos Fruticultores de Armamar

“O cancro principal de toda a fileira da fruticultura é a comercialização” A Associação dos Fruticultores de Armamar (AFA) representa os anseios e apoia cerca de meio milhar de agricultores da região. Uma das preocupações, sempre presente, é o escoamento da produção, que vive dias difíceis. Os apelos à união dos produtores sucedem-se, mas o processo não avança. À Gazeta Rural o presidente da AFA põe o dedo na ferida, afirmando que “o cancro principal de toda a fileira é a comercialização”, José Osório salienta que “é importante” que os produtores se organizem.

Gazeta Rural (GR): Como está a campanha deste ano e que expectativa tem para a mesma? José Osório (JO): O concelho de Armamar é o maior produtor nacional de maçã. Está a ser um bom ano agrícola. Produzimos bem, mas o cancro principal de toda a fileira da fruticultura é a comercialização. Tenho dito várias vezes que quem ganha com os produtos agrícolas, neste caso com a fruticultura, é quem está no fim da fileira, quem comercializa. Compram a maçã a 25/30 cêntimos e no hipermercado está a cerca de 1,20 € o quilo. Somos um país virado para fora e não acautelamos o produto nacional. Este ano, fiz ver a quem direito que não era admissível que os produtores tivessem as câmaras cheias e se importasse fruta da União Europeia, mas também da Argentina, do Chile e de outros países da América do Sul. Muitos do produtores tiveram prejuízos elevadíssimos, porque não conseguiram vender a maçã. O Governo e o Ministério da Agricultura têm que estar atentos para esta problemática. Há dezenas de jovens que se dedicam a fruticultura, que investiram o seu dinheiro e o dos pais e depois a produção não é rentável. Cada quilo de maçã custa ao produtor cerca de 18 cêntimos. Se andarem a vender 23/24 cêntimos ainda ficam com alguma coisa para sobreviver. Porém, no ano anterior houve fruticultores que receberam entre 12 e 15 cêntimos por quilo. Essas pessoas perderam muito dinheiro. Era necessário que toda a fileira ganhasse. Mas os agricultores, que são os principais interessados, não estão organizados e isso era importante. Juntarem-se e verem que o problema não e só de um, mas de todos. 30

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GR: Durante anos, uma das grandes lutas dos fruticultores desta região foi a questão da água. Agora há uma barragem, mas nem tudo corre bem? JO: A Associação de Regantes foi criada com apoio da AFA. Os sócios da Associação e são, simultaneamente, sócios da Associação de Regantes. Mas eu não aceito esta situação, pois uma barragem onde anualmente se gastam 2 a 3 metros de água de toda a sua largura, em extensão, haja agricultores que não possam usufruir dessa água. Eu sei que a Associação de Regantes tem tido alguma abertura, mas é preciso fazer mais. É preciso que o Ministério da Agricultura, de uma vez por todas, apoie projectos para que a água seja levada para cotas mais altas, onde estão a grande maioria dos pomares do concelho. GR: Está para assinar um protocolo para aproveitar fruta que não pode ir para comercialização, para produzir produtos derivados? JO: Sim. Está para breve a assinatura de um protocolo com a Escola de Hotelaria

de Lamego para que se aproveite a maçã com mais defeitos, com menores calibres, que não pode ser comercializada para que se faça maçã fatiada e maçã desidratada. Sabemos que temos que aproveitar todas as variáveis da maçã, fatiada e desidratada, mas também farinha lácteas e rações. Se o conseguíssemos, eram mais-valias para os produtores. A maçã de refugo vai para empresas que depois a transformam e vendem para o exterior. GR: Tem havido novos projectos na região? JO: Temos muitos já aprovados e outros em aprovação. Isso faz com que a desertificação são se sinta na nossa região e esperemos que essas pessoas vejam na fruticultura um trabalho interessante e que lhes dá alguma rentabilidade. GR: A AFA organiza juntamente com a Câmara a Feira da Maçã. Que expectativa tem? JO: Temos uma boa adesão dos fruticultores e que vamos ter uma grande feira.


Vítor Pereira, gerente da TarouFrutas

“Produzir sem ter capacidade de escoar o produto não vale a pena” É uma das dificuldades dos produtores e o gerente da TarouFrutas, sedeada em Tarouca, toca na ferida. “Produzir sem ter capacidade de escoar o produto não vale a pena”, diz Vítor Pereira, referindo que esse “é o mais grave e urgente problema a resolver”. O fruticultor usa a ‘figura’ de “construir a casa pelo telhado” para tocar noutra realidade. “A produção irá ter um grande aumento nos próximos anos e os agricultores não estão organizados e com vocação para escoar as suas produções”. Para Vítor Pereira, “o mercado, para já, está a reagir normalmente ao excesso de oferta sazonal, enquanto não estiver regularizada a situação de armazenamento em palox e frio, os preços são muito instáveis”. Para o gerente da TarouFrutas “a exportação é sempre uma saída, e a melhor, de certeza”, mas “os entraves logísticos torna-a impraticável para a maioria dos agricultores”, sublinha. Quanto à campanha deste ano “decorreu normalmente” e a quebra de produção “não é notória” para este fruticultor, “devido, em parte, ao facto das novas plantações estarem a aumentar produção”. Ainda assim, “mesmo sem esse aumento, teríamos um ano normal de produção”.

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OPINIÃO

Sucesso do cliente é o nosso sucesso Nas últimas semanas, vários clientes da Naturalfa pronunciaram-se publicamente sobre o nosso trabalho. Fizeram-no de uma forma muito positiva. É estimulante perceber que o trabalho realizado tem um retorno significativo para quem investe na certificação e no controlo dos seus produtos agrícolas. Estas opiniões, que registamos com agrado, não nos fazem abrandar, nem desleixar, nem pensar que o caminho que temos pela frente é mais fácil. Tal retribuição pública pelo nosso trabalho apenas nos aumenta a responsabilidade, porque sabemos que não podemos defraudar quem dá a cara por nós, nos elogia e nos dá mais força e mais ânimo para continuar a trilhar um caminho de sucesso. Na Naturalfa aprendemos desde o princípio que o sucesso obriga a muito trabalho, a muito rigor, a muito profissionalismo. A competência que temos demonstrado nesta área de negócio é “certificada” pela opinião dos nossos clientes. Como já várias vezes tenho dito, a certificação é um negócio que exige muito de todas as partes intervenientes. Exige do cliente/empresa um comprometimento total com um “caderno de requisitos” que impõe um processo que vai mexer com toda a organização empresarial: administrativa, produtiva e de comercialização. Exige da entidade certificadora um grau de rigor e credibilidade que se traduza em competência, profissionalismo e eficácia. No final do processo – se as duas partes assumirem as suas responsabilidades integralmente – todos ficam a ganhar. O cliente/empresa porque dá um passo fundamental para garantir a sustentabilidade e o sucesso futuro do seu negócio, principalmente nos mercados de exportação. A entidade certifi-

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cadora porque garante uma imagem pública no mercado que a qualifica e credibiliza perante os potenciais clientes. É por isso que na Naturalfa a opinião positiva e elogiosa dos nossos clientes justifica-se porque estamos com eles desde o primeiro dia e nunca deixamos de os acompanhar. É com este envolvimento total que o mercado sabe que pode contar. Liliana Perestrelo Gerente | Manager | Naturalfa


Há “condições de mercado” para o crescimento das fileiras

Corticeira Amorim pede plano de acção para aumentar produção florestal O presidente da Corticeira Amorim, António Rios de Amorim, disse que “há condições de mercado” para o crescimento das fileiras florestais e apelou a um plano de acção que permita aumentar a produção florestal. “É claramente prioritário tratar do aumento da produção florestal nas três fileiras (sobreiro, pinheiro e eucalipto) ”, afirmou, à margem do III Congresso da Associação das Indústrias de Base Florestal, salientando que há condições de mercado para as três fileiras crescerem bastante, se houver uma capacidade de produção florestal superior. Questionado sobre se a saída do secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural representa uma desvalorização do sector, o responsável da Corticeira Amorim expressou o desejo de que a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que chamou a si as competências que anteriormente pertenciam a Francisco Gomes da Silva, tenha tempo para a floresta. “Queremos que a ministra tenha o tempo disponível para se dedicar a esta fileira porque, se calhar, no seu ministério não tem nenhum sector que contribua tanto para as exportações do país como o sector florestal contribui. Se as exportações são um desígnio do país temos de aproveitar (…) para elaborar um plano de acção que possa ser executado operacionalmente no terreno”, frisou.

Revela um estudo encomendado pela AIFF

Falta de matéria-prima condiciona crescimento de indústrias florestais

A falta de matéria-prima condiciona o crescimento das indústrias florestais e é “desastrosa para a competitividade das empresas”, conduzindo ao aumento das importações, conclui um estudo sobre o sector florestal apresentado em Lisboa. O estudo, encomendado pela Associação para a Competitividade das Indústrias da Fileira Florestal (AIFF) ao Instituto Superior de Agronomia e à Universidade Católica, adianta que a actual tendência de diminuição da área florestal e aumento da área de matos/improdutivos levará a um “aumento significativo” das importações, “fazendo prever a inevitabilidade do encerramento de unidades industriais”. Entre os efeitos directos e indirectos,

contam-se o aumento do desemprego e abandono do território real “potenciando riscos como incêndios e dispersão de pragas e doenças por ausência de intervenção no território”. Segundo o documento, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da floresta portuguesa representa 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), uma percentagem ultrapassada apenas pela Finlândia e Suécia no contexto da União Europeia. Em 2010, a floresta ocupava 35% do território continental, predominando o eucalipto (812 mil hectares), o sobreiro (737 mil hectares) e o pinheiro-bravo (714 mil hectares), que representa, 72% da área florestal. “Em relação ao pinheiro-bravo, observou-se um decréscimo de área significativo, tendo passado de uma representação de 49% do total da área de floresta, na década de 60, para 23% na actualidade”, destaca o estudo. Perante o “desequilíbrio entre a procura e a oferta de matéria-prima nacional” e as “pressões crescentes” relacionadas com a produção de energia (substituição de combustíveis fósseis, ‘pellets’, centrais térmicas de biomassa, etc.), sobretudo sobre o pinheiro-bravo, o estudo sugere que se criem condições para atrair “capital para o sector”, aumentar a produtividade e a área de novas plantações e reduzir o risco de incêndio e pragas. Os especialistas sugerem a adopção de várias medidas, entre as quais a realização de cadastro florestal, a isenção de IMI, IMT e imposto de selo, a certificação da gestão florestal e da cadeia de responsabilidade, apoio financeiro público a projectos florestais e agroflorestais, incentivos fiscais para o investimento, limites às taxas de licenciamento de projectos florestais e vigilância policial da floresta. www.gazetarural.com

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No concelho de Tábua

Investigadores internacionais visitaram povoamentos de pinheiro bravo infectados pelo nemátodo A Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) acolheu, em Tábua, uma visita de campo de cerca de 25 investigadores oriundos de vários países da União Europeia que estão a estudar fórmulas de controlar mais eficazmente a doença do nemátodo da madeira do pinheiro, responsável pela morte, nos últimos anos, de largos milhares de árvores. A desenvolver a investigação no âmbito projecto europeu REPHRAME, os especialistas que, escolheram Portugal e Espanha para o meeting final, visitaram alguns povoamentos florestais afectados pela Doença da Murchidão do Pinheiro que estão a ser intervencionados pela CAULE - Associação Florestal da Beira Serra, nos concelhos de Tábua e Oliveira do Hospital. O grupo teve oportunidade de observar “in loco” os trabalhos que estão a ser executados, nomeadamente de prospecção, identificação e erradicação de árvores sintomáticas, destruição de sobrantes e colocação de armadilhas para captura do insecto causador da doença, tendo concluído que a região da Beira Serra, concretamente a CAULE, está a fazer um “trabalho gigantesco” nesta área. Coordenador do projecto, o britânico Hugh Evans deu nota da pesquisa que tem estado a ser realizada no âmbito do REPHRAME cuja informação “ajuda no trabalho que está a acontecer aqui”. “Parece ser uma tarefa impossível passar por todas as árvores infectadas numa vasta área e pertencente a proprietários diferentes”, constatou ainda assim o investigador, confessando-se “particularmente interessado” em estudar “os insectos que transportam o nemátodo de árvo-

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re para árvore”, e encontrar formas eficazes de o controlar. O projeto é parcialmente financiado pela União Europeia e está a decorrer há 3 anos e meio, contando com onze parceiros em oito países diferentes. Também o chairman da Confederação Europeia da Indústria de Madeira, Marc Michielsen considerou este trabalho “muito importante” para um sector que emprega 2,5 milhões de pessoas em toda a Europa, num total de mais de 380 mil empresas. Com várias acções de controle e erradicação da doença a decorrer na região da Beira Serra, o presidente da FNAPF, José Vasco Campos, salientou igualmente a importância do trabalho que possa ser desenvolvido em “laboratório”, uma vez que se trata de um problema que assume dimensões “muito graves” em Portugal, ameaçando estender-se a toda a Europa. “Tudo o que contribua para que a doença diminua é muito importante para nós proprietários florestais”, afirmou Vasco Campos que fala em centenas de milhares de árvores intervencionadas pela CAULE – marcadas, cortadas e estilhaçados os seus resíduos - de forma a “conter esta doença, o que felizmente está a acontecer nesta região”, garante. Apesar de dar a situação como controlada nesta área de intervenção, o presidente daquela federação florestal entende que “todos estes estudos podem ser muito úteis para o nosso fim que é termos um pinheiro bravo resistente ao nemátodo”, pelo que “nesse aspecto a investigação é fundamental”, considerou.


A 31 de Outubro na Figueira da Foz

Agim organiza acção prática de instalação de pomares de mirtilos A Agim – Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial vai promover uma acção prática de instalação de pomares de mirtilos no próximo dia 31 de Outubro na Figueira da Foz. A formação será dividida em duas turmas: uma durante a manhã, outra durante a tarde e será composta por uma componente teórica e uma componente prática. Na parte teórica, serão abordados vários temas relacionados com uma correta instalação de um pomar de mirtilos, nomeadamente os princípios básicos para a cultura deste fruto e técnicas de instalação de um pomar. A segunda parte desta acção é composta por uma parte prática onde os participantes poderão observar ao vivo o modo como se faz um camalhão, como se aplica o sistema de rega, como se coloca a tela e, por fim, como se faz a correta plantação do mirtilo. Pretende-se que esta acção prática de instalação de pomares de mirtilos contribua para esclarecer dúvidas sobre os primeiros passos a dar para quem queira iniciar-se na cultura deste fruto. Pretende-se ainda que os participantes observem ao vivo o modo correto de instalar um pomar de mirtilos. O preço de inscrição é de 15 euros (IVA incluído) para associados da Agim e de 25 euros (com IVA incluído) para não associados. As inscrições são limitadas e podem ser feitas através dos números 234597020 ou 912010596 ou pelo e-mail eventos@agim.pt.

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Para que os preços possam baixar

Ministra da Agricultura defende recurso aos seguros agrícolas A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, considerou ser necessário aumentar o recurso aos seguros agrícolas, para que os preços possam baixar. “Quantos mais agricultores fizerem seguros, mais generosos podem ser”, referiu a governante, questionada sobre as queixas no sector quanto ao aumento dos custos. Assunção Cristas lembrou que o Governo fez uma transformação do sistema de seguros no sector agrícola, o que se reflectirá no PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural), que tem o início de candidaturas previsto para dia 15 de Novembro. “O PDR2020 vai contar pela primeira vez com seguros apoiados pelos próprios fundos comunitários”, sublinhou, acrescentando que o Governo espera que, nalguns domínios, possam existir apólices de seguros ajustadas aos produtores. “Não tenho dúvidas de que o caminho é por aí, muito mais do que dar pontualmente apoios que na prática funcionam como um desincentivo a que os agricultores façam os seus contratos de seguro”, defendeu a governante, que apontou também a solução dos seguros para os prejuízos recentes na colheita de tomate. “Com certeza que os seguros não apoiam tudo. Há sempre uma margem de perdas que não são apoiadas sob pena de serem incomportavelmente caros, mas isso também é o que está dentro do risco próprio do agricultor”, avisou. No final de Setembro, a Associação Portuguesa dos Produtores de Tomate (APPT) anunciou que queria reunir-se com a ministra da Agricultura, para a sensibilizar para os elevados custos dos seguros e o preço baixo pago à produção, face aos prejuízos sofridos no sector.

Ministra assumiu área das florestas Assunção Cristas disse que a falta de substituição do secretário de Estado das Florestas “não é nenhuma desvalorização do sector, antes pelo contrário”. “Não tenho memória de nenhum ministro que tenha assumido directamente a área das florestas e é isso que me proponho fazer. Muito me agrada e honra assumir o sector florestal, que é um sector com muito trabalho feito, grande potencial e enormes desafios e cá estamos para os agarrar”, afirmou a ministra. Assunção Cristas lamentou a saída 36

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do Governo do professor Gomes da Silva, realçando as suas qualidades profissionais e humanas, mas entender mais conveniente assumir ela própria a responsabilidade do sector.

Concurso da bolsa de terras está em marcha A ministra da Agricultura anunciou o lançamento do concurso público para a bolsa de terras do Estado, que privilegiará os jovens agricultores e os proprietários confinantes e que está disponível no site Direcção-Geral. “São 730 hectares que vão a concurso, havendo um pré-aviso de 20 dias, para as pessoas terem tempo para se candidatarem, que privilegiará muito a lógica dos jovens agricultores e das propriedades confinantes, para ganharmos escala”, anunciou assunção Cristas, que disse estarem reunidas as condições para a bolsa de terras avançar, após ter já sido publicado em Diário da República o regulamento para os contratos de arrendamento, que estabelece as regras.

Prémios “Inovação Crédito Agrícola” A ministra esteve presente na ceri-

mónia de entrega dos prémios “Inovação Crédito Agrícola”, patrocinados pelo banco Crédito Agrícola em parceria com a Inovisa, com o objectivo de incentivar a inovação no sector. Os prémios, que foram atribuídos em cinco categorias, foram entregues à CleanBiomass (categoria Inovação Empresarial), ao projecto Fruta Feia (Empreendedorismo e Inovação Social), e à produção de Forragem Verde Hidropónica (Agricultura Familiar e Micro-Empresas). Quanto à categoria de Investigação e Inovação Tecnológica, os premiados pertencem a uma equipa de investigadores da Universidade do Algarve, ligada ao desenvolvimento de processos para a produção de fibras têxteis a partir de recursos agro-florestais. Já na categoria Projecto de Elevado Potencial Promovido por Associado do Crédito Agrícola, foi distinguida a máquina autónoma de classificação de fruta com colheita automática, da responsabilidade de uma equipa de investigadores do Centro de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra. Cada um dos vencedores recebeu 5000 euros do Crédito Agrícola, passando a dispor também de condições especiais no banco.


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Situada em Coruche

Anpromis revitaliza Estação Experimental António Teixeira

No âmbito da sua política de crescimento, inovação e apoio à fileira do milho, a Anpromis leva a cabo um projecto de investigação na Estação Experimental António Teixeira, em Coruche, onde se encontra a decorrer um ensaio com 24 variedades de milho. O projecto aprovado no início deste ano pelo Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR) resulta de uma parceria entre a Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis), o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e a Terramilho (agrupamento local de produtores de cereais). Os primeiros resultados do projecto SaniMilho foram apresentados no passado dia 24, numa cerimónia que contou com

a presença dos vários parceiros e do Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito. O projecto, que terá a duração de 8 anos, avança agora com o estudo do Chephalosporium maydis e das novas técnicas de produção capazes de prevenir esta doença que afecta o milho com perdas substanciais para os produtores. Com uma área de 10 hectares dedicada à investigação e um investimento de 80.000 euros assumido pela Anpromis com uma comparticipação de 25% do Proder, este é um projecto que conta com o apoio técnico do INIAV, que disponibilizou quatro investigadores para acompanharem o projecto, e da Terramilho que terá um importante papel no diálogo com os agricultores da região que constitui o quarto concelho do país com maior área de milho (4.300 hectares). O Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, apontou a investigação aplicada e a disseminação do conhecimento para os produtores como “o caminho certo”, opinião partilhada por Luís Vasconcellos e Souza, presidente da Anpromis que, apesar de reconhecer a rapidez e celeridade do presente modelo de acordo encontrado com o Estado, considera ser importante reformar os modelos de investigação agrária. “É fundamental apoiar tecnicamente os nossos associados de forma a garantir a sua constante competitividade. Como tal, pretendemos fazer deste local um verdadeiro centro científico onde se estude os principais problemas que afectam a cultura do milho no nosso país e onde possam ser ministrados acções de formação e encontros com especialistas nacionais e internacionais” acrescenta Luís Vasconcellos e Souza.

Alertam os orizicultores da região

Fungo está a destruir cultura de arroz do Mondego A cultura de arroz do vale do Mondego, mais concretamente na zona dos rios Pranto e Arunca, está a ser afectada por um fungo e há já perdas de 30 a 60 por cento nas colheitas. Isménio Oliveira, coordenador da Associação dos Orizicultores Portugueses (APOR), disse que os prejuízos nos cerca de 4.000 hectares daquela zona “são muito elevados”, existindo muitas searas “que não conseguem pagar a ceifa”. A APOR exige que o Ministério da Agricultura, numa primeira fase, “faça um levantamento dos prejuízos efectivos” que afectam os produtores do vale do Mondego - existindo igualmente situação no vale do Vouga, frisa Isménio Oliveira - e que, depois, possa decidir “medidas compensatórias” que reponham os prejuízos. A doença que afecta o arroz, conhecida pelo termo francês “piriculariose” ou o italiano “brusone”, é um fungo cuja maior ou menor prevalência nas culturas “está relacionada com o clima”, disse, por seu turno, Ferreira de Lima, presidente da associação de beneficiários da obra hidroagrícola do Mondego. “Em anos como este, é complicado. Recentemente choveu 15 dias seguidos e no pico do verão também choveu em Agosto e quando há grande humidade os fungos aparecem”, explicou. Adiantou que no vale do Mondego, “habitualmente, não se fazem tratamentos” antifúngicos. “É uma realidade a que não estamos muito habituados”, sustentou. 38

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O também produtor de arroz indicou, a esse propósito, que a aplicação de fungicidas no terreno tem um custo que ronda os cerca de 120 euros por hectare “e o rendimento da colheita não chega para tudo”, enfatizou. No entanto, segundo Isménio Oliveira, a aplicação prévia de fungicidas não estará a resultar, já que “houve quem o fizesse e o problema aconteceu na mesma. Além de ser cara e muitas vezes incomportável”, sublinhou.


“O pinho hoje está doente em Portugal” - Foi esta a manchete do Jornal de Negócios na reportagem que publicou sobre o III Congresso da AIFF. Todavia, antes de prosseguir, devo acrescentar que a doença que afecta a fileira do pinho já é crónica. Há já mais de duas décadas que os sintomas são por demais evidentes – abandono generalizado da resinagem e dos pinhais, que os tornou pasto fácil das chamas ou da “reconversão” em eucaliptais (mais ou menos produtivos), perda da rentabilidade económica da madeira de pinho, encerramento de serrações por todo o interior de Portugal, etc., etc. Uma situação de crise desta fileira que viria a ser agravada pela incidência do Nemátodo da Madeira do Pinheiro e que materializa na redução progressiva da área de pinheiro bravo. Portanto, os problemas que afectam os pinhais em Portugal, que nos anos 80 do século ocupavam mais de um milhão de hectares do território nacional e serviam de suporte a toda uma fileira transformadora de produtos e subprodutos que, por sua vez, mantinha postos de trabalho no interior do Pais e asseguravam rendimento a milhares de pequenos proprietários, são uma evidência da falta de rumo que tem pautado a política florestal em Portugal. E é neste ponto que importa saudar a iniciativa da Associação para a Competitividade das Industrias da Fileira Florestal, que procurou com a realização do “estudo prospectivo sobre o sector florestal” apresentar propostas de políticas públicas para aumentar a competitividade deste importante sector da actividade económica em Portugal, nomeadamente a montante, na produção, por forma a assegurar a sustentabilidade do abastecimento de matéria-prima à indústria. No entanto, a receita que a AIFF prescreve para os “males” da floresta portuguesa não é nem inovadora, nem ambiciosa. Os “remédios” propostos pela AIFF assentam na promoção e capacitação de formas de gestão florestal agrupada, profissional e certificada, no desenvolvimento da investigação, da formação e da extensão e na reforma do modo de governação do sector florestal. A AIFF também reclama o estabelecimento de contratos-programa plurianuais, isenções de IMI, IMT e imposto de selo, incentivos fiscais ao investimento, apoio financeiro público a projectos florestais e agro-florestais, bem como limites às taxas de licenciamentos, vigilância policial nos espaços florestais, entre muitas outras medidas. Da leitura da “uma visão para o sector florestal” da AIFF, um “resumo não-técnico para decisores políticos”, destaco o capítulo dedicado às propostas para “reformar o modo e governação do sector florestal” que estabelece seis linhas de intervenção – (1) publicitação dos financiamentos públicos; (2) produção e publicação de relatórios de execução e de impacto; (3) Conselho Consultivos Florestais; (4) Informação pública de apoio à decisão; (5) Relatório sobre o estado do Sector Florestal e (6) Programa de comunicação e educação cívica. Desde logo, sobressai um aspecto crítico, mas recorrente, a completa omissão sobre o papel que o sector industrial deverá desempenhar no fomento da competitividade da fileira florestal. Do meu ponto de vista, essa postura de desresponsabilização da indústria transformadora na política florestal constitui um dos principais pontos críticos para o desenvolvimento sustentável da floresta em Portugal. Numa floresta maioritariamente privada, atomizada e fragmentada, e num mercado florestal opaco, a inexistência de um compromisso de médio/longo entre a produção e a transformação no que respeita ao apoio técnico para a melhoria da produtividade e à estabilização de um preço base para a matéria-prima retira o necessário capital de confiança ao proprietário privado que faz um investimento cujo retorno demora pelo menos 10 anos (no caso do eucalipto).

Colocar toda a responsabilidade da política florestal no sector público, num Estado que tem vindo progressivamente desde 1995 a desmantelar a Administração Florestal, é um exercício de alto risco e que pode comprometer toda a estratégia pela base. E, para agravar os problemas de fundo do desinvestimento no sector florestal, há que somar a inercia deste Governo e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que foi incapaz de assumir as suas competências de Autoridade Florestal Nacional no consulado de Assunção Cristas. O relatório do estado da floresta portuguesa não existe, o investimento produtivo nas matas públicas não acontece, o Fundo Florestal Permanente não apoia, o Cadastro Florestal não avança, a operacionalização das ZIF não se concretiza (excepto no papel e na retórica de alguns discursos governamentais), a revisão dos PROF que não tem fim à vista, as medidas florestais do novo PDR que são desconhecidas e a promessa dos benefícios fiscais em IRS para os investimentos na floresta que não passam disso mesmo, de uma promessa. Enfim, os aspectos centrais para desenvolver o sector florestal produtivo tardam em concretizar-se, excepção feita para o diploma que regulamenta o licenciamento das (re)arborizações, cujos pedidos autorizados incidem em mais de 80 porcento na (re) arborização de eucalipto, de acordo com a informação disponibilizada pelo ICNF em Junho. Mas, voltando ao estudo da AIFF e às suas conclusões. Em 2071, em qualquer dos cenários de evolução, a fileira do pinho vai apresentar um défice de significativo de oferta face às necessidades da indústria, constituindo a situação mais grave do ponto de vista do crescente desequilíbrio entre a oferta e a procura de matéria-prima que “compromete e condiciona o futuro das indústrias do sector florestal em Portugal”. No entanto, a fileira do pinho não teve capacidade (ou interesse…) em se organizar em torno de um plano mobilizador de desenvolvimento de fileira, de um “PROPINHO” que a partir dos muitos diagnósticos conhecidos consiga encontrar o caminho e as soluções que o sector necessita para evoluir e que foram apresentadas (ainda que de forma avulsa) no seminário “Mais e melhor pinhal”, organizado pelo Centro Pinus em Dezembro de 2012. Enfim, é preciso acção e, sobretudo, maior assertividade das federações de produtores florestais na definição desse caminho junto da industria e das instâncias governamentais. Sai do Congresso com duas questões por esclarecer: Qual é o compromisso da indústria da fileira florestal nesse novo desígnio nacional de aumentar a competitividade do sector e quando irá Portugal ser dotado de uma verdadeira Estratégia Florestal Nacional que estabeleça o rumo da política florestal nos próximos 50 anos? Concordo que o desenvolvimento da produção florestal em Portugal carece de uma aposta duradoura na redução dos riscos, na melhoria (e profissionalização) das práticas de gestão silvícola e no melhoramento genético das essências florestais que estão na base das indústrias da fileira florestal. Mas, onde estão escritas as linhas orientadoras da politica florestal em Portugal no médio e longo prazo? Com a demissão do Secretário de Estado das Florestas no passado dia 2 de Outubro (o segundo, na vigência do actual Governo), a responsabilidade política sobre a conclusão da actualização da Estratégia Nacional para as Florestas recai exclusivamente na Ministra Assunção Cristas. Aguardemos, pois, por um desfecho sensato e útil. Como expressou o Professor Daniel Bessa no Congresso da AIFF, o estudo prospectivo do sector florestal “não bate certo” com a Estratégia Nacional para as Florestas e é “preciso dizer ao Governo que não estamos a ir pelo bom caminho”. Assino por baixo! Miguel Galante (Eng. Florestal) www.gazetarural.com

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OPINIÃO

A floresta portuguesa precisa de competitividade


De 24 a 26 de Outubro, no Multiusos do Fundão

Feira Nacional do Mel e Fórum de Apicultura são pontos de encontro Numa organização conjunta da Federação Nacional de Apicultores de Portugal (FNAP), da PINUS VERDE – Associação de Desenvolvimento, Câmara do Fundão e da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, realiza-se de 24 a 26 de Outubro, no Pavilhão Multiusos do Fundão, a XIII Feira Nacional Do Mel e o XV Fórum Nacional de Apicultura. Ambos os certames já fazem parte do calendário apícola nacional, sendo não só o ponto de encontro dos apicultores, dirigentes associativos, técnicos e investigadores com as principais empresas fornecedoras de factores de produção a operar na fileira apícola, mas também a principal mostra da diversidade e qualidade dos produtos da apicultura nacional, constituindo a oportunidade ideal para a sua divulgação, quer junto dos consumidores, quer dos principais operadores do mercado nacional e internacional do mel. O sábado dia 25 de Outubro decorrerá, no Edifício Octógono do Fundão, o XV Fórum Nacional de Apicultura, um espaço que se pretende aberto à discussão entre apicultores, dirigentes associativos, técnicos, investigadores e os responsáveis pelas entidades oficiais com competências no sector apícola. Para além da apresentação dos projectos de investigação

em execução, no âmbito da Medida 6 do PAN 2014-2016, do programa destaque para a mesa redonda dedicada ao Mercado de Mel, onde se junta a produção, a distribuição e o comércio, cujo objectivo é discutir e analisar o presente e a evolução da produção nacional de mel. A XIII Feira Nacional do Mel terá lugar no Pavilhão Multiusos do Fundão, um moderno equipamento que reúne todas as condições e requisitos para receber os expositores participantes na Feira, mas também, e sobretudo, os visitantes. Para esta edição da Feira, a organização oferece aos apicultores a possibilidade de assistirem a um conjunto de workshops, na sexta-feira, dia 24 de Outubro. As temáticas a abordar são a polinização de culturas; as boas práticas no processamento de cera; a produção de cosméticos a partir de produtos apícolas e a multiplicação de colónias. Esta iniciativa pretende contribuir para o enriquecimento técnico dos apicultores da região, sendo todos os formadores profissionais do sector, com vasta experiência, e provas dadas nas respectivas matérias. Todas as sessões se realizam no Casino Fundanense, um moderno equipamento que reúne todas as condições.

Ano X - N.º 234 Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), jla.viseu@gmail.com | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda. Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Fernando Ferreira, José Martins e Helena Morais Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 363 Fracção AT - Lj 11 - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320 E-mail: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS - Inscrição nº 124546 Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís Araújo Sede Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica Sá Pinto Encadernadores | Telf. 232 422 364 | E-mail: sapinto@sapinto.pt | Zona Industrial de Coimbrões, Lote 44 - 3500-618 Viseu Tiragem média Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores

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ÚLTIMAS

De 31 de Outubro a 2 de Novembro

Secretário de Estado da Agricultura ‘abre‘ Festa da Castanha de Sernancelhe

O Secretário de Estado da Agricultura, José Albuquerque, abre oficialmente, no dia 31 de Outubro, pelas 18 horas, no Expo Salão, a edição 2014 da Festa da Castanha de Sernancelhe, o certame do género com maior longevidade na região. Durante três dias, o concelho justifica o porquê de ser a “Terra da Castanha”, associando no mesmo acontecimento a tradição, a cultura, a etnografia, a gastronomia, o desporto de natureza e acções técnicas de valorização da castanha, sem nunca esquecer a valorização económica do fruto castanha, um produto determinante para a economia local e regional mas cada vez mais para o País. A edição deste ano da Festa da Castanha, organizada pelo Município de Sernancelhe, mantém a capacidade de dinamizar as freguesias, os produtores, as empresas, os grupos de animação locais para uma grande manifestação de autenticidade de um Concelho que, ao longo de décadas, acreditou sempre que, com valorização, divulgação e profissionalismo do sector, a castanha poderia ser um produto de excelência. Grande dinamizadora do tecido empresarial local, a castanha conseguiu, em poucos anos, passar de produto subvalorizado para um dos mais procurados no mercado, atingindo preços elevados e muito compensadores para os agricultores. Foi responsável igualmente pela visibilidade que Sernancelhe e a região tiveram, permitindo que a castanha e as magníficas paisagens de soutos das encostas de Sernancelhe fossem aceites como inigualáveis para a prática de desportos de natureza, como o BTT pela Rota da Castanha e do Castanheiro, já na sétima edição, e que este ano conta com mais de meio milhar de inscritos. Ou os já obrigatórios passeios pedestres pela Seara, a maior mancha de castanheiros da variedade martainha do nosso País. Em 2010, a aposta do Município de Sernancelhe na castanha ganhou um impulso assinalável fruto da celebração do protocolo com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), trazendo os técnicos ao terreno, dando apoio aos agricultores no tratamento dos soutos, na análise dos solos, na criação de campos de ensaio e, mais importante, na procura de novas soluções que combatam as doenças dos soutos e,

ao mesmo tempo, permitam aumentar a produção. Este ano, a UTAD terá um gabinete na Festa da Castanha para dar apoio e informações aos produtores de castanha durante todo o evento. Durante três dias, o Expo Salão preenche-se de verde e castanho, as cores da castanha. Produtores e transformadores de castanha, juntas de freguesia e restaurantes, - que proporcionarão uma mostra constante da gastronomia local associada à castanha -, grupos de concertina e ranchos, crianças e jovens músicos, filarmonias, entre tantos outros, mostrarão aos visitantes que a castanha é sinónimo de festa e motivo de celebração. Os produtos à base de castanha estarão em exposição e para comercialização, sendo vasta a oferta de gastronomia de castanha, não faltando os concursos da melhor castanhada da Denominação de Origem Protegida Soutos da Lapa (DOP), e também do melhor doce, iniciativa em crescendo e que demonstra o espaço que a castanha conquistou na doçaria local e regional. Aqui ficam as nossas propostas para que visite Sernancelhe durante o fim-de-semana de 31 de Outubro, 1 e 2 de Novembro. Ao longo destes três dias, a Festa da Castanha é motivo de animação, cultura, desporto, gastronomia, convívio e homenagem à castanha.

Crédito Agrícola lança concurso de vinhos O Grupo Crédito Agrícola lançou, em parceria com a Associação de Escanções de Portugal, o “I Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola”. A iniciativa destina-se a produtores e a cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. A concurso estarão vinhos brancos e tintos produzidos em Portugal, agrupados por região vitivinícola e diferenciados por produtores e cooperativas. Para cada região vitivinícola e para as categorias “Vinho Branco” e “Vinho Tinto”, assim como “Produtores” e “Cooperativas” será atribuída a distinção Tambuladeira dos Escanções de Portugal, nas categorias de ouro, prata e bronze. O concurso decorrerá na Feira Portugal Agro, de 20 a 23 de Novembro, na FIL, em Lisboa.

VIII Mostra do Medronho e da Castanha de Oleiros já tem data marcada A VIII edição da Mostra do Medronho e da Castanha, iniciativa do Município de Oleiros, já tem data marcada e nos dias 1 e 2 de Novembro todos os caminhos vão dar àquela vila do Pinhal. Mostra gastronómica e de produtos locais, passeio pedestre ou maratona de BTT, são só alguns dos argumentos que justificam uma visita a Oleiros.

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Criada em Junho, em Montalegre

Cooperativa Agrícola do Barroso quer ganhar escala e novos mercados A Cooperativa Agrícola do Barroso, sedeada em Montalegre, quer criar, já no próximo ano, uma Organização de Produtores Pecuários (OPP) e Agrupamentos de Produtores para a Comercialização para ganhar escala e novos mercados. O presidente da cooperativa, Rui Duarte, explicou que é “muito importante” criar uma OPP para tratar da sanidade animal porque isso é, actualmente, feito pelas OPP de Chaves, Cabeceiras de Basto e Vieira do Minho. “Como Montalegre não tem OPP, são os outros concelhos que decidem por nós, o que é mau”, frisou. Para poder requerer o reconhecimento da OPP de Montalegre, Rui Duarte realçou ser necessário ter uma “representatividade significativa” que só se consegue se os agricultores estiverem unidos. Além disso, Rui Duarte frisou a necessidade de criar Agrupamentos de Produtores para a Comercialização porque tem “várias vantagens” com o novo Quadro Comunitário 2014 - 2020. A título de exemplo, o responsável realçou que os agricultores que se associarem aos agrupamentos conseguem projectos agrícolas com maior taxa de aprovação e maior comparticipação, além de verem aumentar o valor dos subsídios. “Ao abrigo do novo Quadro Comunitário todos os projectos são majorados e melhor classificados se os candidatos fizerem prova que vão comercializar os seus produtos através dos agrupamentos”, afirmou. Segundo o presidente da cooperativa, o objectivo destes agrupamentos é ajudar os produtores a ganhar “novos canais de comercialização” de norte a sul do país. “O principal problema dos produtores é que vendem apenas o produto ao talho do vizinho, mas é preciso mais”, considerou. Rui Duarte quer levar os produtos de Montalegre a “novos mercados” nacionais, e numa

SEMEANDO Sementes comunitárias

Esta é uma iniciativa da ACTUAR para assinalar o Dia Mundial da Alimentação. Pretende ser um espaço aberto para a aprendizagem e o diálogo sobre o papel das sementes comunitárias na defesa do Direito Humano à Alimentação.

Atividades Seminário; Lançamento da Publicação The Right To Food And Nutrition Watch 2014; Preparação de Refeição Comunitária e Recolha de Sementes.

19 OUT 2014 Bencanta (Escola Superior Agrária de Coimbra - ESAC) e Castelo Viegas Organização:

Apoio:

RIGHT TO FOOD AND NUTRITION WATCH

Mais informações: www.gazetarural.com 42 geral@actuar-acd.org 961 585 638

fase posterior, apostar na exportação. A Cooperativa Agrícola do Barroso, criada em Junho, conta já com 38 sócios, entre os quais elementos das três associações de agricultores do concelho de Montalegre. “Estamos em fase de angariação de sócios. É fundamental ganharmos dimensão para, depois, dar maior visibilidade aos nossos produtos”, salientou. Rui Duarte destacou que, neste momento, Montalegre têm “imensos” produtores novos que, devido à crise económico, decidiram regressar às origens e investir em projectos inovadores.


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