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Director: José Luís Araújo | N.º 237 30 de Novembro de 2014 | Preço 2,00 Euros
Túnel desactivado faz ‘borbulhas’
Mercado de Natal em Nelas Viseu festeja o Natal “Vinhos de Inverno” no Solar do Dão
Floresta é riqueza! Floresta é vida! www.fnapf.pt | www.facebook.com/FNAPF
Sumário
04 Câmara de Nelas promove II Edição do Mercado de Natal
25 Cooperativa Terras de Besteiros no terreno no próximo ano
06 Mais de 100 produtores vão estar presentes na V Feira Ecoraia
27 Investigadora de Vila Real aponta solução para mosca da azeitona
07 Feira Anual de Santa Luzia em Trancoso a 13 de De-
28 Quintas biológicas atraem estrangeiros aos Açores
08 Mais de 275 mil luzes iluminam Viseu no Natal
30 “Hoje não há uma política florestal”, diz Miguel Freitas, do PS
09 Vinhos do Dão degustados e dados a conhecer em Curitiba
32 Zonas de Intervenção Florestal são o caminho para obter fundos comunitários
10 Solar do Dão recebe salão de “Vinhos de Inverno”
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zembro
12 Feira do Vinho do Dão promovida no Portugal Agro 14 Ari Portugal fez de um túnel uma cave de espuman-
tes
17 Produção de cogumelos: um sector em expansão 24 Neste Natal dê ‘prendas doces’ da Bee Sweet
Dom Daganel entre os 10 melhores no Concurso de Vinhos “A Escolha da Imprensa”
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Sector Cooperativo do Dão mostrou grandes vinhos velhos
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Aldeia Natal de Seia mantém tradição do presépio e exclusão do Pai Natal
Nos dias 12, 13 e 14 de Dezembro, no Mercado local
Câmara de Nelas promove II Edição do Mercado de Natal Tem lugar nos dias 12, 13 e 14 de Dezembro, a segunda edição do Mercado de Natal, promovido pela Câmara de Nelas, envolvendo várias associações, produtores e artesãos do concelho. À semelhança da edição do ano passado, o evento, que conta com o apoio do Crédito Agrícola, decorrerá no recinto do Mercado Municipal e contará com exposições de artesanato, apontamentos gastronómicos, como doçaria tradicional, pastelaria regional, compotas, queijos e enchidos, sessões de showcooking, armazém do Pai Natal, sessões fotográficas com o Pai Natal, uma Feira do Livro, Workshops e muita animação garantida pela autarquia e pelas diversas coletividades e organizações que se associam ao evento. O presidente da Câmara de Nelas diz que esta iniciativa “pretende mostrar à comunidade uma evolução relativamente à edição anterior, pois será um palco onde os artesão, e temos mais de 40 inscritos, vão poder ter um Natal melhor, aumentando a venda dos seus produtos”. Borges da Silva lembra que “há no concelho excelentes artesãos a elaborar presépios de Natal nos mais variados materiais”. Segundo o autarca de Nelas, este ano “haverá uma dinâmica diferente, com sessões de showcoocking todos os dias do evento, onde serão apresentadas receitas de Natal para as crianças e para todas as bolsas, numa época de algum gasto extraordinário”. Por isso, frisou Borges da Silva, “pedimos a todos os chefs que trabalhassem os produtos locais nas receitas natalícias com a preocupação de serem disponíveis para todas as bolsas”. Entre as actividades daquele fim-de-semana, destaque para a iniciativa “Sopa Dourada”, uma sopa que será confeccionada pelo Chef Diogo Rocha, em parceria com alunos da Escola Secundária de Nelas, do curso profissional de Técnico Mesa e Bar, e servida pelos escuteiros a todos aqueles que quiserem “aquecer o coração neste Natal” contribuindo para a adaptação de um espaço e equipamentos que reforcem a capacidade de intervenção no terreno da Unidade de Cuidados à Comunidade, particularmente, no que diz respeito à Intervenção Precoce (crianças até aos 6 anos). Esta será a causa solidária da edição 2014. O Mercado de Natal deste ano aposta no lema “Estrelas de Natal”, uma mensagem de cariz solidário que visa levar a população a entrar no verdadeiro espírito natalício onde mais que receber o mote é oferecer. Seguindo a filosofia da quadra, o Mercado de Natal vai organizar várias atividades com fins solidários como a Sopa Dourada, ou o Armazém do Pai Natal, onde os visitantes podem deixar presentes de Natal que serão distribuídos pelas famílias mais carenciadas do concelho. As escolas do I Ciclo do Ensino Básico e Pré-escolar também foram convidadas a participar na iniciativa através da decoração de Estrelas de Natal que irão decorar o Mercado Municipal, sendo que o primeiro dia do evento será dedicado às crianças, estando prevista a visita de cerca de 700 alunos ao Mercado de Natal. Mais que um espaço onde se podem encontrar produtos alusivos à época natalícia, o Mercado de Natal pretende ser um local onde o espírito desta quadra é vivido em toda a sua plenitude, promovendo a interação e ligação emocio4
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nal entre todos os visitantes, com destaque para o incentivo aos encontros inter-geracionais, que serão promovidos entre a Universidade Sénior e as crianças do concelho através de um workshop sobre a temática “O Natal de Antigamente”. Este workshop, além da vertente pedagógica, pretende reunir gerações e criar laços de empatia, ao mesmo tempo que dá a conhecer alguns dos projetos que a Universidade Sénior representa. “No âmbito de uma estratégia de políticas de proximidade e bem-estar social, a promoção de programas e projetos direcionados às boas práticas alimentares e ao crescimento saudável das crianças do concelho são prioridades deste executivo”, referiu Borges da Silva. Neste âmbito, surgem projectos como o Fruticool, um programa de Intervenção Pedagógica dirigido aos alunos do Ensino Pré-escolar e I Ciclo do Ensino Básico do concelho, num universo de 700 crianças, protagonizado por duas equipas da autarquia, - Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família e Serviços Educativos -, com total cooperação dos dois Agrupamentos de Escolas. Com este projecto a autarquia de Nelas garante a distribuição diária de uma peça de fruta, por aluno, sendo uma medida de apoio social às famílias, uma vez que representa uma diminuição no encargo económico que estas têm com os lanches das crianças, e apoiando produtores locais. O Programa Fruticool estará presente no Mercado de Natal e com a colaboração da Patelaria Salinas será confeccionado um bolo-rei com frutas naturais e frutas desidratadas, assim como o tradicional Tronco de Natal reinventado para crianças saudáveis. O Mercado de Natal é apenas uma das atividades que irão fazer parte das celebrações natalícias em Nelas, sendo que um dos principais objetivos deste evento, “é trazer visitantes e convidá-los a conhecerem o concelho durante esta quadra, estimulando o comércio tradicional e envolvendo todos nesta iniciativa”, refere o autarca de Nelas. Para isso, numa iniciativa da Junta de Freguesia de Nelas, os comerciantes foram convidados a participar num concurso de montras de Natal. As ruas estarão decoradas com motivos alusivos à época, e a iluminação de Natal será ativada no dia 1 de Dezembro. www.gazetarural.com
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Em Salamanca, nos dias 13 e 14 de Dezembro
Mais de 100 produtores vão estar presentes na V Feira Ecoraia Mais de uma centena de produtores portugueses vai estar presente na quinta edição consecutiva da Feira Transfronteiriça Ecoraia, que este ano tem lugar em Salamanca, nos dias 13 e 14 de Dezembro. O certame volta a juntar expositores dos dois lados da fronteira, onde os produtores regionais terão mais uma vez a oportunidade de exporem os seus produtos, de estabelecerem e trocarem saberes e experiências. À semelhança das edições anteriores, irão estar representados vários sectores de actividade, desde vinho ao azeite, do mel aos bolos regionais, do pão aos enchidos, passando pelas compotas, marmeladas, caracóis, cogumelos, frutos secos, crepes, entre outros. O presidente da Associação de Municípios da Cova da Beira refere a presença “de mais de uma centena de produtores, portugueses e espanhóis, que terão oportunidade de exporem, darem a conhecer, a provar e a vender os seus produtos regionais, de excelente qualidade”. É que, refere José Manuel Biscaia, “é muito importante dar oportunidade aos nossos produtores de mostrarem os seus produtos, que são, sem dúvida, o melhor que se produz na nossa região”. O também autarca de Manteigas acrescentou que “a Ecoraia é uma feira tipicamente promocional, mas ao mesmo tempo de carácter comercial, onde os nossos produtores estabelecem e reforçam contactos com o mercado espanhol”. É que, diz José Manuel Biscaia, ninguém tem dúvidas de que o desenvolvimento sustentável da nossa região passa por potenciarmos e dinamizarmos os nossos excelentes produtos regionais e a Ecoraia traduz isso mesmo”. Além disso, “esta feira contribui para o processo de dinamização, modernização e diversificação do sector alimentar e turístico da região da Beira Interior Norte e Província de Salaman-
ca”, refere o presidente da AMCB, mostrando-se convicto de que “esta mostra de produtos terá impacto na dinamização turística desta região transfronteiriça”. Além da exposição dos produtos regionais, haverá também um magusto tipicamente português, com castanhas e jeropiga da Serra da Malcata (Sabugal), bem como a actuação do Rancho Folclórico Flor do Campo de Souropires e do Grupo Trovas da Beira (música tradicional portuguesa). Ao longo dos dois dias de Feira os visitantes poderão degustar vários produtos da região da Beira Interior Norte e da Província de Salamanca e ainda usufruir de várias actividades lúdicas. A Ecoraia é realizada no âmbito do Projecto VIP BIN SAL II, financiado pelo POCTEP.
Até 7 de Dezembro, em oito restaurantes aderentes
Município de Vouzela promove I Rota da Vitela de Lafões O Município de Vouzela promove até 7 de Dezembro a I Rota da Vitela de Lafões, em parceria com a Turismo Centro de Portugal, Confraria dos Gastrónomos de Lafões, Associação Empresarial de Lafões e Cooperativa Agrícola de Vouzela. A iniciativa, que teve inicio a 21 de Novembro, decorre em oito restaurantes que dedicam8 as suas ementas a este produto que é uma das imagens de marca do concelho. Casa Arêde e Quinta D’Avó em Alcofra, Casa dos Pereiras em Cambra, O Sacristão e Tarântula em Campia, Eira da Bica em Paços de Vilharigues e Margarida e Quinta da Cavada em Vouzela são os restaurantes aderentes. Nestes será confeccionada vitela de Lafões certificada, chancela que garante a qualidade deste produto de excelência. A proposta é gastronómica, mas o convite aos visitantes é também para que desfrutem de toda a zona envolvente, quer na vertente do património, percursos pedestres e paisagem. Durante a I Rota da Vitela de Lafões decorrerá um concurso que sorteará no primeiro prémio uma noite na Quinta do Paço (TR), em Figueiredo das Donas; no segundo prémio uma visita guiada à Rota do Pastel de Vouzella, promovida pela Casa Museu (TR) e no terceiro prémio um cabaz de produtos locais. 6
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Realiza-se a 13 de Dezembro
Feira Santa Luzia é um dos maiores eventos socioeconómicos de Trancoso os antigos capotes e roupa à base de algodão ou lã, mais indicados para agasalho para o Inverno e esta uma feira com uma característica muito própria, até pelo convívio das pessoas que enchem Trancoso, vindas de outras localidades, muitas vezes de regiões da Beiras mas também de Além Douro ou Trás -os – Montes”. Reconhecem, contudo, que “ à medida que se avança no tempo, a Feira de Santa Luzia tem vindo a decrescer, fruto da crise em que o país se encontra e de que esta região sofre e é prejudicada pela situação económico-financeira que este país vive”. Estão, porém, esperançados em que a feira de Santa Luzia – em cuja igreja o pároco de Trancoso, Joaquim António, aproveita neste dia para fazer uma romagem à Santa – venha a ressurgir até porque “ as famílias trancosenses, cristãs, não deixam de ir ao templo medieval e fazer uma oração para que todos continuem a pugnar pela terra, pelos amigos, pela família e pela comunidade”. Antigamente na feira vendia-se de tudo: agasalhos, tecidos, alfaias, sementes, quinquilharias, animais. “É uma feira de negócio, de convivência, de participação, em que as pessoas convivem e, antigamente, era tradição os forasteiros trazerem o seu farnel e espalharem-se pelos largos e praças ou em torno da Capela de Santa Luzia para conviverem e comerem. Era uma festa “, dizem os trancosenses. Era, assim, “uma feira de trabalho, de sacrifício, em que as pessoas procuravam participar e conviver, numa altura em que as terras já estão semeadas e transformadas em semeadura, porque esta é uma altura de as pessoas colherem a azeitona, quando as couves já estão na terra. Vinha gente de longe, como ainda hoje, para fazerem uns o seu negócio e outros conviverem”. Chamam-lhe a Feira dos Capotes ou das Samarras. A Feira Anual de Santa Luzia é em Trancoso um certame marcante, de origens recuadas no tempo, mas que antevê um Inverno rigoroso onde as gentes procuram o necessário agasalho face ao frio intenso que se avizinha. A feira é anual e realiza-se a 13 de Dezembro. As referências históricas não são abundantes mas que, embora sem elas, permanece a tradição de um mercado grande, associado ao culto da Santa Luzia cuja capela, de origem medieval, chegou a ser centro de outras e de várias localidades do concelho de Trancoso. Era costume as pessoas deslocarem-se a esta feira para comprarem as roupas que usariam nas festas que se avizinham, mas também um tanto de alfaias agrícolas para a labuta da terra difícil beirã, entrecortada por penedias e vales, lameiros e hortas, soutos e olivais. A Feira de Santa Luzia foi sempre um evento económico com uma característica muito especial e diferente das outras feiras que se realizam em Trancoso, de grande impacto económico no concelho e região interior e do nordeste da Beira. “Foi sempre considerada a feira dos capotes e das samarras, porque esse saber tradicional que aponta Trancoso como uma terra muito fria, leva a que as pessoas procurassem vir e participar para comprarem agasalhos para o Inverno e como a Feira de Santa de Luzia, a 13 de Dezembro, vinha muita gente para se prevenir do frio”, afirmam os locais. E, em jeito de tertúlia às Portas d’El Rey, acrescentam: “Eram
Feira e Mostra/Exposição de Gado Uma das características principais da Feira de Santa Luzia baseia-se na tradição de ser um certame onde a transacção de gado tinha grande peso. Por isso, a Câmara de Trancoso, com o objectivo de a valorizar e promover essa actividade promove, no Mercado de Gado da cidade, a II Mostra/Exposição de Gado, que compreende a realização das Jornadas Técnicas de divulgação dirigidas aos produtores pecuários e uma exposição de Raças Autóctones. Programa: 09H00 - Abertura Visita das entidades oficiais 10H00 - Jornadas técnicas e de divulgação - Churra mondegueira problemas e perspectivas APROMEDA - Bordaleira Serra da Estrela problemas e perspectivas - Licenciamento Agroindustrial | Dr. António Mendes (Veterinário Municipal - Actividade produtiva local, produção primária, licenciamento e comercialização | Dr.ª Eugénia Lemos (Directora Regional de Alimentação e Veterinária) 11H30 - Animação 12H00 - Entrega de lembranças aos participantes 12H30 - Almoço convívio www.gazetarural.com
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Mais de 275 mil luzes iluminam a cidade no Natal
Programa do Viseu Natal Sonho Tradicional estende-se por 35 dias Mais de 275 mil luzes e 200 peças decorativas com desenhos inspirados na figura do anjo vão iluminar na época de Natal a cidade de Viseu, que este ano tem uma programação orçada em cem mil euros. O programa do Viseu Natal Sonho Tradicional estende-se por 35 dias, entre o final de Novembro e os Reis. O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, afirmou que a iluminação colocada em 25 ruas, praças, largos e jardins da cidade será “quente e, ao mesmo tempo, inteligente”, no âmbito de um projecto de tecnologia LED de baixo consumo. Apesar de, neste período, Viseu querer tornar-se numa “cidade luz”, não foi esquecida a sua condição de “cidade jardim”, sendo criados três jardins de Natal no centro histórico, nomeadamente nas ruas Direita e da Paz e na Praça D. Duarte. Almeida Henriques contou que os jardineiros vão também colocar plantas alusivas à época natalícia em duas rotundas e em alguns canteiros da cidade. “Viseu reforça a sua atractividade nesta época”, sublinhou o autarca, acrescentando que serão valorizadas as suas tradições natalícias, fugindo o mais possível à figura do Pai Natal, e também “o seu património cultural, a sua vocação comercial e a sua dimensão solidária”. Durante os 35 dias, estão previstas mais de 50 iniciativas, 550 horas de animação para crianças em oito espaços diferentes, 40 concertos de Natal, Ano Novo e Reis e muitas parcerias. Almeida Henriques referiu que o Montepio Geral patrocina a iniciativa em 50 mil euros, “dentro de uma lógica de cultura de parceria e de responsabilidade social” que considera estar a ser 8
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criada. As freguesias não vão ficar de fora da programação, estando a ser formada “uma rota de presépios em Viseu que faz um périplo por todas as freguesias”. “Em cada uma haverá um concerto de Natal, descentralizando o acesso à música nesta época. Os grupos de cantares tradicionais terão também um palco frequente na cidade”, acrescentou. Um mercado de Natal, actividades de conto centradas no escritor Aquilino Ribeiro, um concerto dos Clã destinado ao público infanto-juvenil e um ateliê onde as crianças poderão pintar 500 anjos inspirados na figura de um anjo do pintor Grão Vasco são outras actividades previstas. A programação inclui também galas de solidariedade de diversas instituições, um mercado de rua solidário e a comemoração do Dia Internacional da Pessoas com Deficiência. A passagem de ano será assinalada com o espectáculo “Águas Dançantes”, que consiste no movimento sincronizado de 360 jatos de água e 13 projectores ao som de música, com projecção de imagens em três dimensões, 134 vulcões multicores e 2.100 efeitos pirotécnicos, no Adro da Sé. O presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu, Gualter Mirandez, mostrou-se satisfeito com a programação e com o impacto que prevê que aquela vá ter nas ruas da cidade. “O que pedimos para as ruas de Viseu é gente. Creio que, para esta altura do ano, a resposta está aqui”, frisou.
No charmoso restaurante Asdrubal Bistrô
Vinhos do Dão degustados e dados a conhecer em Curitiba serviu um Crepe de ganache de chocolate e sorvete, que foi harmonizado com um tinto muito especial e Invulgar. Este foi momento mais esperado da noite, poder degustar o ‘Invulgar’ que foi especialmente trazido por nosso enófilo em sua mala. Este vinho é engarrafado pela UDACA - União das Adegas Cooperativas do Dão, em parceria com as quatro adegas cooperativas do Dão (Vila Nova de Tazem, Silgueiros, Penalva do Castelo e Mangualde) juntamente com a união do trabalho e dedicação de cinco enólogos, produzido com uvas Touriga Nacional e Alfrocheiro. A noite não poderia ter sido melhor, numa deliciosa sequência de crepes franceses harmonizados com alguns dos melhores vinhos da região do Dão. O ambiente, muito agradável e aconchegante, é indicado para quem gosta de boa gastronomia, degustar um bom vinho, ouvir uma boa música e com um serviço impecável. Este evento contou com colaboração da Lusovini (Nelas), através do seu distribuidor em São Paulo, e também de Raphael Senna Evangelisti, da La Plastina, que distribui o Morgado de Silgueiros, produzido pela Adega de Silgueiros, para o Brasil.
Asdrubal Bistrô No passado dia 20 de Novembro, o charmoso restaurante Asdrubal Bistrô, sediado em Curitiba, Brasil, recebeu um selecto grupo de convidados e apreciadores de vinhos para uma noite muito agradável, com uma deliciosa sequência de crepes franceses, preparados pela chef Cris Veríssimo e harmonizado com vinhos portugueses da região do Dão. A noite contou com a presença especial do enófilo e jornalista português, José Luís Araújo, que encantou a todos os presentes com sua simplicidade e simpatia. O primeiro prato da noite a ser servido foi um crepe de legumes “jardineira”, harmonizado com o vinho Morgado de Silgueiros 2013 branco, produzido com 50% de uvas Malvasia Fina e 50% Encruzado. A seguir chegou o vinho Ribeiro Santo Encruzado 2013, produzido pela Magnum - Vinhos, do enólogo Carlos Lucas. A casta Encruzado é a ‘rainha’ dos brancos no Dão e é autóctone desta região. A seguir a chef Cris Veríssimo serviu uma nova sequência de crepes, sendo que nesta fase era possível a escolher entre duas opções: Crepe de lascas de bacalhau ao velouté e crepe de tiras de frango ao molho funghi. A partir daí José Luís deu início à degustação dos tintos escolhidos para noite, iniciando pelo vinho Morgado de Silgueiros 2011, produzido com 40% Touriga Nacional, 30% Tinta Roriz e 30% Jean Tinto. Na continuação da degustação, o expert em vinhos serviu o tinto Pinhanços, produzido ao sopé da serra da Estrela, a uma altitude de 550 metros, na Quinta de Pinhanços, pertencente ao produtor Álvaro de Castro. Este vinho é produzido com uvas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro e Jaén. Esta opção foi o casamento perfeito com o crepe de lascas de bacalhau ao velouté. Dando continuidade à explanação sobre os vinhos do Dão, antes de a sobremesa ser servida, o nosso guia em terras Lusitanas passou para o penúltimo vinho da noite, o Pedra Cancela, produzido pelo enólogo João Paulo Gouveia, com uvas Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz. Para fechar a noite em grande estilo a chef Cris Veríssimo
O Bistrô foi inaugurado no passado dia 21 de Julho e tem à frente a Chef Cris Veríssimo, com uma equipa competente, com formação em Paris e no Brasil. A casa tem como filosofia a formação e a divulgação de vinhos e a boa gastronomia, além de ser um espaço com vocação cultural e artística, para exposições de arte e lançamentos de livros. Asdrubal Bistrô para conhecer em sua próxima vinda ao Brasil, localizado na Rua Conselheiro Araújo, nº 385 – Alto da Glória – Curitiba – PR. Bruno Bertani | Cidadão Gastronómico Com a colaboração de Alice Varjão, jornalista portuguesa radicada em Curitiba.
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De 5 a 7 de Dezembro, no âmbito do Viseu & Vinho Dão Festa
Solar do Dão recebe salão de “Vinhos de Inverno” Viseu volta a promover mais um evento vínico, denominado “Vinhos de Inverno”, e que terá por palco o Solar do Vinho do Dão, em Viseu, um programa de eventos vinhateiros indoor que pretende ajudar a redescobrir a região, os vinhos, os aromas e sabores do Dão e Viseu como Cidade Vinhateira. A iniciativa realiza-se no âmbito do programa de eventos promocionais vínicos designado “Viseu & Vinho Dão Festa”, uma iniciativa da Câmara de Viseu em parceria com a Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR Dão), a Associação de Desenvolvimento Dão, Lafões e Alto Paiva (ADDLAP), com o apoio do Turismo do Centro. O certame oferece durante três dias um mix de eventos e experiências, como provas vínicas e degustação de produtos gourmet, espaço de venda de vinhos, sabores do Dão à mesa, workshops para enófilos e iniciados, animação musical, duas wine parties, cinema e conversas à volta do vinho. A iniciativa também será marcada pela entronização de novos confrades, pela Confraria dos Enófilos do Dão, a partir das 15,30 horas de sábado, dia 6 de Dezembro. Participarão do certame cerca de 50 operadores económicos ligados aos vinhos do Dão e ao sector agro-alimentar de Viseu, nomeadamente de produção de queijos, enchidos, compotas, pão e biscoitos de forno. Os “Vinhos de Inverno” terão também um espaço infantil entre as 17 e as 20 horas, onde as crianças poderão personalizar adereços vínicos para os pais e realizar quizzes temáticos sobre o mundo rural, com acesso a prémios, e outras actividades. O programa do evento inclui a realização de mais um capítulo de entronização da Confraria dos Enófilos do Dão. João Paulo Gouveia, vereador do pelouro das Freguesias e Desenvolvimento Rural e Grão-Mestre da Confraria dos Enófilos do Dão, à Gazeta Rural, traçou os objectivos da iniciativa, adiantando alguns nomes que irão jurar defender o vinho do Dão. to?
Gazeta Rural (GR): O que espera deste even-
João Paulo Gouveia (JPG): Este evento faz parte de uma estratégia de dinamização do nosso território, em que Viseu se assume como capital vinhateira. Portanto, pensamos que, efectivamente, o vinho é um dinamizador e agregador de vontades e, ao mesmo tempo, um produto que consegue arrastar outros. Por isso, entendemos que Viseu poderá contribuir para o desenvolvimento da região, nomeadamente dos seus 10
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produtos endógenos, numa relação Dão. Esse é o nosso propósito. onde todos têm a ganhar, mas também GR: São iniciativas para repetir nessa tentativa de Viseu, como dizia o senhor presidente da câmara, respirar em 2015? JPG: Na estratégia que Viseu tem vinho 365 dias por ano. como cidade capital vinhateira, com cerGR: Depois de um evento com os teza que teremos muitas novidades para Vinhos de Verão, temos os “Vinhos 2015. de Inverno”? GR: No âmbito deste evento, a JPG: O nome do evento tem apenas a ver com a época em que ocorre e está Confraria dos Enófilos do Dão prointegrado numa estratégia mais vasta a move mais um capítulo de entronizaque chamamos “Viseu, Vinho, Dão”. Este ção, em que algumas figuras de reserá um evento que vai arrastar outros levo da vida política, social e cultural produtos do território e, naturalmente, da região e do país vão jurar defennão vai ter apenas tintos, mas uma pa- der o Vinho do Dão? JPG: Convém referir que a Confraria nóplia alargada de outros vinhos. dos Enófilos do Dão é umas mais antigas GR: Que perspectivas tem para em Portugal no sector do vinho e tem como propósito promover e defender os esta iniciativa? JPG: Este evento fecha um ciclo de produtos vínicos e a região do Dão. Para esta entronização, que fazemos comemorações e manifestações ligadas ou vinho em 2014. O que pretendemos é de dois em dois anos, congregamos esforque o Dão tenha mais notoriedade, fa- ços, com a Comissão Vitivinícola Regional zendo com que a região seja mais fala- do Dão e com a Câmara de Viseu, juntanda e que, cada vez mais, se afirme como do vontades, e convidámos uma série de uma região próxima do consumidor. Esse personalidades que aceitaram ser nossos é o nosso objectivo, que é valorizar e confrades. Referia, por exemplo, no âmbipromover cada vez mais os vinhos do to desportivo, o maratonista Carlos Lopes,
que apadrinhou a Meia Maratona do Dão, mas também pessoas da esfera política ou comercial, como o senhor Embaixador do Japão, que será nosso confrade; ou outras ligadas à agricultura, como a Directora Regional de Agricultura e Pescas do Centro, assim como os senhores presidentes das câmaras da Região Demarcada do Dão. Convidamos também personalidades de diferentes áreas e várias pessoas que têm defendido o nome do vinho do Dão. Falo, por exemplo, de um movimento que existe nas redes sociais, o DãoWineLovers, e convidamos os dois maiores promotores, para além de várias entidades do sistema científico e tecnológico de Portugal, bem como alguns jornalistas de renome da nossa praça. Portanto, vamos ter uma panóplia de pessoas que nos irão ajudar, no futuro, a defender os vinhos do Dão. GR: Está em final de mandato na Confraria? JPG: Este é o meu último mandato enquanto Grão-Mestre da Confraria dos Enófilos do Dão. Há um plano para a confraria, mas convém deixá-lo nas mãos de quem vier a ser eleito. www.gazetarural.com
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Câmara de Nelas esteve representada por Borges da Silva
Feira do Vinho do Dão 2015 promovida no Portugal Agro O Município de Nelas esteve presente no Portugal Agro, que decorreu na FIL de 20 a 23 de Novembro, aproveitando para promover o concelho e em especial a Feira do Vinho do Dão que decorrerá de 4 a 6 de Setembro de 2015. o espaço partilhado entre a Câmara de Nelas e a Associação Nacional dos Escanções, os visitantes tiveram a oportunidade de ficar a conhecer mais pormenores acerca da próxima edição da Feira e puderam participar no concurso que levará à escolha da melhor frase que será, aquando do evento, utilizada em material promocional da Feira. A promoção deste concurso foi feita através da distribuição de Bombons de Touriga Nacional, confecionados pela chocolateria Delicia de Viseu, contendo uma frase alusiva ao vinho e que fizeram as delícias dos visitantes. O concurso decorre no facebook da Feira do Dão, em www.facebook.com/feiradovinhododao, até 31 de janeiro, e a frase que obtiver maior número de “gostos” será a vencedora dando, ao seu autor, a oportunidade de passar um fim-de-semana para duas pessoas no concelho de Nelas. Um dos momentos altos do certame foi o I Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, numa parceria com a Associação de Escanções de Portugal, destinado a produtores e cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. O concurso teve lugar no dia 20 e os prémios foram entregues no dia 21 numa cerimónia que contou com a apresentação de Sílvia Alberto e com a participação especial do presidente da Câmara de Nelas, José Borges da Silva, que teve a oportunidade de, uma vez mais, promover e representar a região e os vinhos do Dão, destacando a qualidade dos vinhos e dos produtores da região, que têm vindo a conquistar notoriedade um pouco por todo o mundo, revelando ser uma das melhores marcas que Portugal tem para exportar e que o Município de Nelas, em particular, tem para explorar. Este evento contou com a participação de várias personalidades de destaque no mundo vinícola e gastronómico, como os Chefs Nuno Diniz e Henrique Sá Pessoa, assim como a jornalista Maria João de Almeida, conhecida crítica de vinhos, ou Virgílio Gomes, crítico gastronómico, com quem o executivo nelense teve a oportunidade de estabelecer pontes de trabalho futuro bastante sólidas para a estratégia de promoção da próxima feira do Vinho do Dão de 2015, no primeiro fim-de-semana de Setembro de 2014. 12
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Sucede a Jerez de La Frontera
Reguengos de Monsaraz escolhida para Cidade Europeia do Vinho 2015 Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, foi escolhida como Cidade Europeia do Vinho para 2015, pela Rede Europeia das Cidades do Vinho (RECEVIN), uma decisão tomada pelo júri reunido na assembleia-geral deste organismo, realizada em Jerez de La Frontera (Espanha). Além de Reguengos de Monsaraz, existiam, este ano, outras duas candidaturas portuguesas a esta distinção: uma da Bairrada, envolvendo os municípios de Cantanhede, Anadia, Mealhada, Águeda e Oliveira do Bairro, e outra das câmaras de Monção e Melgaço. O presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, manifestou-se honrado por o seu concelho ter sido eleito, referindo que a escolha do júri “não foi fácil”. “O que foi tornado público pelo júri, no acto solene depois do anúncio da candidatura, foi uma enorme dificuldade devido à grande qualidade que possuíam as três candidaturas portuguesas”, disse. O autarca alentejano frisou que a escolha de Reguengos de Monsaraz implica também “uma enorme responsabilidade”, a qual se vai “traduzir em trabalho a partir de agora e durante os 12 meses da programação da Cidade Europeia do Vinho”. Esta distinção, argumentou, “é um veículo de promoção importantíssimo” para o vinho de Reguengos de Monsaraz e, igualmente, para o vinho do Alentejo e para a própria região. “É um canal óptimo para divulgarmos uma região que está transformada para melhor e, durante a apresentação da candidatura, foi notório que os jurados não conheciam esta região”, referiu. O júri ficou “visivelmente agradado” com o que lhe “foi mostrado”, ou seja, “todas as componentes que envolvem o concelho e o Alentejo”, partido “da biodiversidade e do ambiente e do Alqueva”, passando pela “cultura, megalitismo e património, artesanato, gastronomia e turismo em espaço rural”. “Foi notório que estávamos a divulgar uma região que o mundo talvez ainda não percepcione do modo como julgamos que deve ser percepcionada”, frisou José Calixto. Reguengos também “não tem a dimensão em termos de população” de outras cidades, como é o caso da actual Cidade Eu-
ropeia do Vinho, Jerez de La Frontera, onde decorreu a reunião, mas a sua candidatura “representou 43% do mercado nacional dos vinhos de denominação de origem” e foi “em nome de um Alentejo que deixou de ser o ‘celeiro da Nação’ e tem hoje outras mais-valias”, disse. A Cidade Europeia do Vinho 2015, que arranca oficialmente em Reguengos de Monsaraz com uma gala de passagem do testemunho, a 21 de Fevereiro do próximo ano, é uma iniciativa da RECEVIN e da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV). O concurso visa distinguir, anualmente, uma cidade símbolo do desenvolvimento vitivinícola a nível europeu e, por ter um carácter rotativo entre os diversos países que fazem parte da rede, cabe a Portugal a organização da edição de 2015.
“É uma grande vitória”, afirmou o presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo O presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo considerou “uma grande vitória” a escolha de Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, para Cidade Europeia do Vinho 2015, pela Rede Europeia das Cidades do Vinho (RECEVIN). Ceia da Silva salientou que o trabalho que tem sido desenvolvido, em parceria com o município e empresários do sector, está a traduzir-se no “reconhecimento internacional”. “Trata-se de uma grande vitória do Alentejo e de mais um reconhecimento de um produto importantíssimo como é o vinho, associando-se aqui ao enoturismo, ao turismo rural e às dinâmicas de desenvolvimento turístico”, sublinhou. O presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo adiantou que, no próximo ano e em parceria com o município de Reguengos de Monsaraz, vão ser desenvolvidas acções para promover o vinho e o enoturismo. “Vamos aproveitar todo o ano de 2015 para realizar diferentes actividades, como um congresso sobre enoturismo”, referiu.
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Caves Colinas de Pedra ficam nos arredores de Curitiba, no Brasil
Ari Portugal fez de um túnel uma cave de espumantes cave de maturação de espumantes. Nessa altura, abortámos o projecto inicial e começámos a investir só no projeto da cave de envelhecimento de vinho espumante.
Foi num túnel desactivado em Piraquara (arredores de Curitiba), com 400 metros de comprimentos, que fez parte da linha férrea original construída na década de 80 do século 19, que liga Curitiba a Antonina, no Paraná, que um descendente de transmontanos instalou uma cave para maturação de espumantes. Ari Pinto de Portugal é o protagonista desta história. A sua família de origem ainda hoje produz um dos mais renomados vinhos em Trás-os-Montes (Vale Padrinhos) e talvez daí o gosto de Ari pelos vinhos e espumantes. O seu tetravô, Diogo Pinto de Azevedo, tenente-coronel, viajou para o Brasil com o Imperador D. Pedro II, por lá casou e teve seis filhos. Porque lhe chamavam de ‘Portugal’, um dia pediu autorização a D. Pedro II para o incluir no seu sobrenome, passando a chamar Diogo Pinto de Azevedo Portugal, que Ari hoje mantem e que está perpetuado num quadro à entrada do restaurante. Mas o projecto é algo de inovador no mundo e já foi mesmo permeado mesmo antes de abrir. A sua inauguração ocorreu no passado dia 29 de Novembro e está a gerar uma enorme expectativa no meio curitibano, mas também no Brasil e no Mundo. Tivemos o privilégio, juntamente com um grupo alargado de amigos, de visitar o local. Ari Portugal foi o cicerone. Irradiou simpatia e mostrou paixão pelo projecto e pelos es14
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pumantes. No final da visita conversou com a Gazeta Rural. Gazeta Rural (GR): Quando se iniciou e quando começou a idealizar este projecto? Ari Pinto de Portugal (APP): Comprámos esta área 1999, que tem de 45 hectares, para construir um Hotel-Fazenda. Na sequência desse projecto, acabamos por comprar a estação de caminho-de-ferro e comprámos também um túnel desactivado, com 400 metros de comprimento que faria parte do projecto turístico do Hotel-Fazenda. Em 2007 uma pessoa que passou por aqui constatou a temperatura do túnel, conversou comigo e recomendou-me que estudasse a possibilidade de lá fazer uma
GR: Para o efeito, fez um acordo com um parceiro (Mário Geisse) que lhe vai fornecer o espumante? APP: Na verdade, como não temos terroir para produzir uvas de qualidade das castas Chardonnay e Pinot Noir, tivemos que procurar uma parceria, que aconteceu com a Cave Geisse, uma vinícola de porte médio do Brasil, mas que é considerada a melhor cave de espumante do Brasil. O proprietário é o Mário Geisse, que é assessor em várias vinícolas do Chile, Argentina e Uruguai e, actualmente, é também director técnico na Viña Casa Silva, no Chile. O Mário Geisse veio para cá e contatou que efetivamente o túnel tinha as melhores condições para acolher uma cave de maturação de espumante e avançámos com a parceria comercial e tecnológica. Ele fornece o vinho espumante semi-elaborado e nós fazemos a parte de maturação. Nos contra-rótulos das nossas garrafas vai constar que o vinho base para espumante e produzido por eles e finalizado por nós. Esse é o projeto que temos há quase 8 anos e que inauguramos no final deste mês de Novembro GR: O que vai oferecer aos visitantes? APP: Vamos abrir de quarta a domingo das 9 da manha às 5 horas da tarde. Em primeiro lugar este projeto tem o foco na área do vinho espumante. Vamos ter cinco qualidades. Vamos ter um espumante
GR: Este é um projecto de um sonhador ou de um louco? APP: Olhe, em princípio era de um sonhador, mas depois… Quando você está projectando é um projecto. Então, você pode falar o que quiser sobre ele. Mas, depois de pronto, quando olha a coisa feita, você diz que, realmente, é um pouco de louco. Mas, que se não tiver um pouco de louco, um pouco de ousadia, você acaba não fazendo o projectos. Se calcular muito, se fizer muitos exercícios de taxa de retorno, você não faz nada. Quem faz projectos diferentes são pessoas que são desprendidas dos valores monetários e se prendem mais a uma coisa sustentável, que dure muitos e muitos anos. Não de projecto efémeros, mas de projectos de muito longo prazo. GR: Aquela cave não é efémera? APP: Não. Aliás este local inteiro não é efémero. Primeiro, estamos na Mata Atlântica uma das matas mais preservadas do planeta. É um património natural tombado onde não se se pode construir nada nem se pode destruir nada. Tem uma altitude de 952 até 1100 metros, o que confere uma temperatura maravilhosa e uma humidade relativa do ar maravilhosa. A temperatura média anda pelos 19’. No Inverno chega aos 2’ negativos e no Verão aos 34’. A humidade relativa do ar anda entre 75% e 80% praticamente o ano inteiro e temos índice pluviométrico fantástico. branco feito com as castas Chardonnay e Pinot Noir, o Nature Brut e um Rosé de Pinot Noir. Teremos também dois espumantes feitos pelo método de ‘Asti’, um com a casta moscatel e um rosé. Haverá também sucos de uva e sucos orgânicos. No nosso restaurante (antiga estação) vamos ter um ‘brunch’ para os nossos visitantes e na litorina (carruagem) teremos a parte de doces. A degustação de espumantes ocorrerá durante a visita ao túnel, paralelo à actual linha férrea que liga Curitiba a Antonina. O projecto base assenta em três pontos, que será o brunch, a casa de chá e a cave de envelhecimento, numa área de 45 hectares onde temos várias trilhas, que vão dos 952 a 1100 metros de altitude. As pessoas podem andar pele espaço e
aqueles que são mais atletas e gostam da GR: É um lugar fantástico? natureza podem fazer os percursos. HaveAPP: Basta olhar para este verde rá guias que vão orientar as pessoas para maravilhoso, para a exuberância da Mata fazerem as suas caminhadas. Atlântica. Tudo o que você planta aqui fica bonito. Tem insolação e faz uma fotossínGR: O objectivo é fazer com que tese maravilhosa. As árvores são bonitas e as pessoas venham e que passem tem uma biodiversidade muito grande. aqui o dia? Tudo isto é um património que, na minha APP: Exactamente. Podem chegar às visão de empresário e de pessoa, se vai se nove horas da manha e às cinco da tarde perpetuar durante muitos séculos, partindo ir embora. O projecto tem apoio, há uma da premissa que aqui não é permitido destruir, linha de ónibus para 45 pessoas, que po- nem construir. Tudo foi feito com materiais de dem vir com os seus próprios carros. longa duração, com pedras e aço inox. A minha alegria num projeto destes é GR: Como serão feitas as reservas? perceber que não é uma coisa efémera, APP: Serão feitas pela internet. Va- mas de longo prazo e que pode receber mos disponibilizar o nosso site até final do gente de todos os cantos do nosso plamês. Vai se chamar: cavecolinasdepedra. neta. Cá estarei sempre de braços abertos para acolhe-los. com.br.
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Quando está a celebrar o terceiro aniversário
AdegaMãe lança três monocastas e a nova colheita Dory Tinto 2012 A AdegaMãe entra no Inverno de 2014 renovando a sua gama de vinhos tintos, apresentando ao mercado uma interpretação muito especial de três castas originárias de Bordéus – Petit Verdot, Merlot e Cabernet Sauvignon – e também a nova colheita do Dory Tinto 2012. Para além da original expressão atlântica destas castas bordalesas, que demonstram mais três casos de excelente adaptação à Região Oeste, a AdegaMãe lança ainda o Dory Colheita Tinto 2012, um lote Syrah e Aragonez, com estágio parcial em barrica, apostando num vinho bastante gastronómico e moderno, no que é já uma característica da marca Dory, referência de casa de Torres Vedras. Este lançamento surge num momento muito especial para a AdegaMãe, não apenas porque coincide com a celebração do terceiro aniversário, mas também porque surge em plena fase de reconhecimento nacional e internacional do projecto, graças aos diversos prémios conquistados e entre os quais se destaca a Medalha de Ouro (AWC Vienna) e o prémio Escolha da Imprensa portuguesa atribuídos ao Dory Reserva Tinto 2011. “No fundo este é o patamar onde pretendemos posicionar os nossos vinhos. Queremos que sejam originais, que expressem as condições únicas que temos na Região e os novos Monocastas ou o novo Dory Colheita apontam exactamente nesse sentido: demonstrar que podemos fazer vinhos únicos, de grande qualidade e acessíveis aos consumidores”, explica o director-geral da AdegaMãe, Bernardo Alves. Os novos monocastas tintos da AdegaMãe continuam com um preço referência de sete euros, enquanto o novo Dory Colheita Tinto, um lote Syrah e Aragonez, com estágio parcial em barrica, se mantém na fasquia dos 4 euros. A AdegaMãe, inaugurada em 2011, resulta do investimento do Grupo Riberalves numa nova área de negócio e surge como uma homenagem da família Alves à sua matriarca, Manuela Al-
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ves. O conceito de “Mãe” é a inspiração para um espaço de nascimento, de criação, no qual se pretende potenciar as melhores uvas e fazer nascer os melhores vinhos. Localizada no Concelho de Torres e vocacionada para a produção de vinhos com características muito próprias, graças à proximidade do mar e influência do Clima Atlântico, a AdegaMãe é, igualmente, uma referência para o enoturismo da Região de Lisboa, destacando-se pela arquitectura exclusiva e por todas as actividades desenvolvidas em torno da vinha e do vinho. Sendo uma empresa do Grupo Riberalves, a marca Dory (inspirada nos Dóris, embarcações antigamente utilizadas pelos portugueses na pesca do bacalhau) representa a principal gama de vinhos comercializados. A exportação assume 60 por cento do volume de vendas.
Notas de prova dos novos vinhos: AdegaMãe Petit Verdot 2012 é um vinho de cor rubi, com aroma a frutos silvestres, ginjas e cerejas e um ligeiro toque de especiaria. Muito elegante na boca, equilibrado e intenso. AdegaMãe Merlot 2012 tem cor rubi profunda e um aroma marcado pelas notas de pimentão, ameixa e cravinho. É encorpado, com taninos gulosos e final muito persistente. AdegaMãe Cabernet Sauvignon 2012 tem aroma muito característico à casta, com notas de pimento, grafite e ligeiro silvestre. Na boca é um vinho composto, com taninos macios e acidez equilibrada. Ligeiro tostado no final da boca. Vinho persistente. Perfil muito gastronómico. Dory Colheita Tinto 2012 de cor rubi brilhante e aroma intenso com notas de fruta preta e especiarias. Bom corpo na boca, com presença e equilíbrio. Final redondo e persistente.
E… de repente, a produção de cogumelos está na moda. O sector tem aparecido com alternativa a muita gente que, de um momento para o outro, se viu no desemprego ou para quem viu no sector primário uma forma de iniciar a sua vida empresarial. Há, contudo, problemas, espelhados nalguns dos testemunhos que deixamos nesta edição, mas que nos obrigam a reflectir. O sector emergiu, mas a falta de organização é um dos principais problemas a ultrapassar, assim como o escoamento da produção. Esta última é mesmo a principal preocupação dos produtores, sabendo-se que a exportação não é solução imediata, tendo em conta que os custos de produção por cá são superiores. Urge, por isso, que o sector se una, procure soluções para diminuir a distância com o que chega de fora, para que possa ser competitivo, para entrar no ‘mercado global’. Por outro lado, o consumo no mercado interno ainda não é o desejável, pois, para muitos, o cogumelo ainda ‘impõe’ dúvidas, seguindo o velho ditado de que “alguns só se comem uma vez’. Ora, este conceito só pode ser aplicado por desconhecimento, uma vez que todos os cogumelos que se encontram no mercado podem ser comidos as vezes que nos apetecer. José Luís Araújo
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OPINIÃO
Produção de cogumelos: um sector em franca expansão
José Vasconcelos criou o projecto “Ementa Saudável”
Do desemprego à produção de cogumelos para produzir mais, só que o escoamento não é garantido. Ou seja, temos escoamento mas o preço não nos agrada. Porque as condições não são as que nos interessam, optamos por produzir aquilo que sabemos que vamos vender. GR: Qual o preço médio de venda? JV: No shiitake o preço de referência nas grandes superfícies, em que nos baseamos, ronda os 23 euros. Nos produtores anda em torno dos 12,50 a 15 euros. GR: Pela sua experiência, como desempregado, a produção de shiitake ou de cogumelos pode ser uma opção? JV: Sim. Acho que pelas suas propriedades é um cogumelo bastante saboroso e com uma boa textura. Tem todas as características para ser um cogumelo comestível por massas. No entanto, tem em handicap não ser pouco conhecido e as pessoas associam-no a um cogumelo com preço elevado. Acho que o cogumelo será uma mais-valia caso os produtores se associem e formem uma organização de produtores
Era professor de línguas e de um momento para o outro viu-se desempregado. José Vasconcelos não perdeu tempo e ‘atirou-se’ aos cogumelos. Juntamente com a esposa criou o projecto “Ementa Saudável” e, aproveitando um terreno como que abandonado, avançou para a produção de shiitake. Crescer de forma sustentável é a meta, que tem como objectivo criar a sua própria distribuição e exportar. Para tal, defende a constituição de uma organização de produtores, de forma a ganhar escala e relevância no mercado. Gazeta Rural (GR): O que é o projecto “Ementa Saudável”? Como começou? José Vasconcelos (JV): Nasceu de uma situação má, de desemprego. Sou professor de línguas, não estava colocado, e como tínhamos um terreno como que abandonado e decidi, juntamente com a minha mulher, rentabilizar o espaço. Juntou-se o útil ao agradável e fizemos um projecto de produção de shiitake. É uma área do nosso interesse, pois 18
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sempre foi um assunto que nos chamou a atenção. Sempre estivemos ligados ao cogumelo silvestre e então surgiu a ideia do shiitake. GR: Há quanto tempo começou o projecto? JV: O projecto foi entregue em 2012, mas só começamos a trabalhar em Fevereiro deste ano, altura em que começamos a inocular os troncos. GR: Tinham alguma experiencia na área ou foi curiosidade? JV: Não tinha experiência nenhuma, excepto algum conhecimento. Sou professor, tenho amigos engenheiros que já estavam ligados, de uma maneira ou de outra, aos cogumelos e em associação ‘não muito vinculativa’, mas numa junção de vários amigos, cada um fez o seu projecto e surgiu o cogumelo. GR: Já fez a primeira colheita? JV: Sim. Começámos a produzir efectivamente em Agosto, apesar da nossa primeira produção ter sido em Fevereiro. Desde Agosto produzimos, em média, 80 quilos por semana. Temos capacidade
GR: Há algum novo projecto em mente? JV: Para já estamos a ver até que ponto esta é uma actividade rentável e se conseguimos viver do cogumelo. O nosso projecto futuro será excluir os intermediários e conseguirmos encontrar um canal de distribuição. Nesse caso, teremos todo o interesse em ampliar a estufa e meter mais matéria-prima para termos uma produção semanal mais significativa. Para já temos 150 toneladas de matéria-prima e estamos a pensar meter mais 50 para encher a estufa, que tem 1140 metros quadrados. GR: O escoamento do produto é a grande preocupação? JV: Estamos vender uma grande parte da produção a um intermediário que está a exportar. O resto, estamos a escoar localmente, através de frutarias, talhos, restaurantes e cafés. A exportação será sempre um caminho. O único, talvez. Para conseguirmos crescer será exportando directamente com a tal organização de produtores. Se vários produtores se conseguirem juntar, as produções passam a ter relevância no mercado e conseguiremos exportar. Esse é o nosso projecto e a nossa ambição.
Diz a gerente da Bioinvitro Biotecnologia Lda
“Ainda existe muito medo associado ao cogumelo” O gosto pela biotecnologia levou Sandra Ferrador a constituir a Bioinvitro Biotecnologia Lda, empresa sedeada em Vila do Conde que se dedica cultivo de cogumelos. A responsável da empresa realça o percurso feito, as parcerias criadas e a forma de se relacionar com os clientes para o sucesso da empresa. Sandra Ferrador, à Gazeta Rural, diz que o mercado português necessita ainda de ser muito trabalhado, pois “ainda existe muito medo associado ao cogumelo”. A abertura de uma loja no passado mês de Março foi decisiva para dar um novo conceito ao cogumelo. Ali as pessoas podem ver o que é possível fazer com cogumelos, falar de cogumelos e provar. Gazeta Rural (GR): Como nasceu a Bioinvitro Biotecnologia Lda? Sandra Ferrador (SF): A empresa surgiu do gosto pela biotecnologia, especialmente na área da micropropagação de plantas e na área da micologia, em particular no cultivo de cogumelos. Foi o aliar do gosto pelo laboratório e pela área comercial que tornou possível a sua existência. A Bioinvitro tem laboratórios próprios onde fazemos investigação e produzimos produtos de elevada qualidade. O nosso laboratório inicial tornou-se pequeno face à elevada procura e, por isso, em 2013, foi tomada a decisão de crescer e aumentar significativamente a nossa produção. Neste momento, temos laboratórios específicos para cada uma das nossas áreas de intervenção, como a produção de inóculos de fungos produtores de cogumelos, micropropagação de plantas e transformação de cogumelos. Na área da micologia, começamos por fazer testes com diferentes tipos de substrato e estirpes de fungos, colocando os mesmos em diferentes condições para ver qual, ou quais, que melhor se adaptariam ao nosso
país e às nossas condições de cultivo. GR: Testaram diferentes variedades? SFD: Sim. Testámos diversas variedades, melhorámos protocolos e, neste momento, conseguimos obter plantas prontas para atempar num viveiro. Nesta área e por opção, trabalhamos apenas com viveiristas. No entanto, desenvolvemos uma parceria com um viveiro que nos permite comercializar várias espécies de plantas. Da mesma forma, foram desenvolvidas parcerias na área dos fungos com empresas internacionais e entidades públicas e privadas do ensino superior. Estas parcerias permitem-nos desenvolver e experimentar novos conceitos e produtos. Desde que iniciamos a actividade sempre estabelecemos uma relação comercial privilegiada com os nossos clientes, com base na personalização dos serviços e produtos assim como na confiança nos técnicos que trabalham diariamente na empresa. Temos tido muitos sucessos mas também fracassos, no entanto, são as ideias que correm menos bem que nos tornam capazes de chegar mais à frente. E é esse o objectivo da Bioinvitro enquanto empresa nas suas áreas de intervenção. GR: Como se relacionam com os vossos clientes?
SF: Oferecemos diversos produtos e serviços. Para complementar a nossa actividade comercial e, especialmente, para dar um novo conceito ao cogumelo abrimos a nossa loja em Março deste ano, onde as pessoas podem ver o que é possível fazer com cogumelos, falar de cogumelos e provar, se assim o desejarem. GR: Como está o mercado nacional? SF: O mercado português ao nível do cogumelo necessita ainda de ser muito trabalhado. Existe muito medo associado ao cogumelo, por causa das notícias que ouvem todos os anos, mas estamos a falar de cogumelos silvestres e que são apanhados por pessoas que não conhecem nem sabem identificar os mesmos. Nos cogumelos de cultivo, não existe esse risco. Nos últimos anos, o cultivo mundial de cogumelos tem vindo aumentar, o mesmo está acontecer em Portugal. Estamos, mesmo, a assistir um aumento exponencial de produção de cogumelos shiitake em tronco, muito impulsionado pelo projecto de jovem agricultor (PRODER). No entanto, e apesar, do nosso cogumelo ter melhor qualidade, continuamos a importar e muitas vezes de qualidade duvidosa, o que leva a que haja uma necessidade crescente e urgente de esclarecer o consumidor final.
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Explorando as virtudes gastronómicas e medicinais dos cogumelos
“Aromas e Boletos” aposta no ambiente e na sustentabilidade da floresta produção de cogumelos desde o micélio até à unidade de produção, e produtores agro-florestais, fornecemos plantas micorrizadas (produtoras de cogumelos silvestres) entre as quais se destacam o castanheiro, o carvalho e o pinheiro. Nesta área, prestamos ainda aos nossos clientes todos os serviços de implementação de projetos florestais, que vão desde o levantamento topográfico, engenharia florestal, plantação das árvores micorrizadas e fornecimento de soluções para calibragem, higienização e embalamento do produto final.
A “Aromas e Boletos” nasceu da paixão dos seus três sócios pela floresta e pela micologia, mas que aposta no ambiente e sustentabilidade da floresta. Sedeada no distrito de Leiria, a empresa desenvolve produtos à base de cogumelos, explorando as suas virtudes gastronómicas e medicinais, prestando também apoio e serviços na área da floresta, nomeadamente fornecendo todos os produtos e serviços para produção de cogumelos. Maria João Costa, uma das sócias da empresa, afirmou à Gazeta Rural que as principais dificuldades no sector prendem-se “com a falta de escala por produtor, bem como a falta de organização e cooperação entre produtores”.
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Gazeta Rural (GR): como nasceu a Aromas e Boletos? Maria João Costa (MJC): A Aromas e Boletos é uma empresa que trabalha na área da micologia, ambiente e sustentabilidade. Desenvolve produtos à base de cogumelos, explorando as suas virtudes gastronómicas e medicinais, aproveitando o que a natureza nos oferece de forma sustentável, sem esquecer as preocupações ambientais. A empresa nasceu da vontade de três sócios apaixonados pela floresta e pela micologia, que puseram mãos-à-obra. GR: Que produtos e serviços a empresa oferece aos empresários do sector micológico? MJC: Temos como como principais clientes produtores de cogumelos, fornecendo todos os produtos e serviços para
GR: Na área florestal a empresa é operadora registada pelo ICNF? MJC: Sim. Dispomos de formação especializada na produção de cogumelos e micorrização. Aos distribuidores de produtos alimentares a empresa fornece cogumelos frescos, desidratados e congelados, para além de outros produtos aromatizados com cogumelos, tais como azeite, vinagre, sal, temperos e chocolates. A empresa, nesta área, procura sempre soluções inovadoras tendo sempre em vista as necessidades dos clientes. GR: Há novos projectos micológicos na vossa região? MJC: Sim. A cada dia surgem projetos relacionados com a micologia, desde a exploração, passando pela interpretação/identificação de espécies cultivadas e silvestres, bem como eventos relacionados com esta temática. GR: Pela experiência adquirida no contacto com empreendedores do sector, quais as principais dificuldades que nota no sector? MJC: Prendem-se, sobretudo, com a falta de escala por produtor, bem como a falta de organização e cooperação entre produtores.
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Diz o gerente da Fungifresh
“O mercado continua a ser o principal obstáculo” A Fungifresh, sedeada no concelho de Braga, dedica-se à produção e comercialização de cogumelos frescos, tendo com o principal meio de escoamento o canal Horeca no norte do país. Pedro Capela é o fundador da empresa, fruto do gosto pela micologia. À Gazeta Rural diz que o principal problema do sector é o mercado, que “continua a ser o principal obstáculo”. A exportação é uma possibilidade, mas urge baixar os custos de produção, tendo em conta os preços praticados no mercado internacional. Gazeta Rural (GR): Como surgiu a Fungifresh? Pedro Capela (PC): O gosto e a paixão pela macromicomicologia (vulgo cogumelos) acompanha-me desde 2002, altura em que comecei a trabalhar exclusivamente com cogumelos. Após algumas experiências profissionais nesta área, fundei em 2010 a Fungifresh, que nasceu da necessidade de fazer chegar ao consumidor um produto fresco, diversificado e com elevada qualidade. A Fungifresh dedica-se exclusivamente ao mundo da micologia. A sua principal actividade é a produção e distribuição de cogumelos frescos. Além das espécies cultivadas, a oferta disponibilizada semanalmente aos nossos clientes é complementada com cogumelos silvestres recolhidos em vários pontos do país, o que nos permite garantir uma oferta contínua e diversificada ao longo de quase todo o ano. Paralelamente, prestamos apoio técnico na produção de cogumelos saprófitas a outros produtores.
produzida pela FungiFresh em substrato à base de palha e em salas de ambiente controlado, rondando a produção anual as 16 toneladas. Como complemento, a outra espécie produzida é o Lentinus edodes (shiitake) que é realizado em toros de carvalho, sob o método tradicional japonês, com uma produção anual de duas toneladas.
GR: Qual o principal mercado alvo? PC: É o canal Horeca da região Norte Litoral, onde fazemos distribuição porta a porta várias vezes por semana, com duas viaturas refrigeradas. As exportações para a vizinha Galiza são pontuais e apenas se verificam em períodos de excesso de produção. O facto de ser respeitada a cadeia de frio em todo o circuito comercial, desde a produção à distribuição, permite-nos GR: Que tipo de cogumelos produz apresentar um produto com qualidade ao nosso cliente. e qual a média de produção anual? O preço médio de venda ao consumiPC: Os Pleurotus ostratus (repolgas, dor final é de 6 €/kg Pleurotus ostreatus cogumelo ostra) são a principal espécie e 11 €/kg Lentinus edodes.
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GR: Quais são, na sua opinião, as principais dificuldades que o sector atravessa? PC: A principal dificuldade sentida pelos produtores que se estão a instalar prende-se com a garantia de escoamento do seu produto. A falta de conhecimento técnico já não é um factor limitativo para a instalação de novos produtores, uma vez que o aparecimento de empresas ligadas ao sector veio colmatar essa lacuna. O mercado, ou falta dele, continua a ser o principal obstáculo. Embora o consumo interno de cogumelos frescos esteja a aumentar, não cresce na proporção necessária para dar resposta ao aumento da produção. No entanto, este é o mercado mais atractivo para os produtores, porque conseguem diminuir os intervenientes na cadeia de distribuição. A exportação é a alternativa presente desta actividade, mas a generalidade dos preços no mercado europeu são inferiores aos praticados em Portugal. Para trabalhar neste mercado, teremos que conseguir baixar os custos de produção, através de sinergias e cooperações entre produtores.
Sedeada na freguesia da Ramada, no concelho de Odivelas
Cogumelos de Portugal aposta na produção em modo biológico Criada em 2013, a Cogumelos de Portugal é uma empresa familiar, sedeada no concelho de Odivelas, que aposta na produção de micélio de várias espécies de cogumelos saprófitas, comestíveis e medicinais em modo de produção biológica, destinado a produtores profissionais e amadores. Patrício Costa, administrador da empresa, sublinha a aposta na produção biológica, adiantando que a empresa vai começar a exportar a partir do próximo ano.
Para além de prestar serviços de assessoria técnica ao produtores de cogumelos, a Cogumelos de Portugal tem vindo, e irá continuar, a organizar, promover e realizar diversos Workshops, direccionados a produtores profissionais e/ou a aficionados, os quais foram e serão sempre dinamizados por formadores devidamente credenciados na área micológica. A Cogumelos de Portugal dedica-se também, e mais recentemente, à distribuição e comercialização de cogumelos frescos, congelados, desidratados e transformados, de várias espécies comestíveis e Gazeta Rural: Como começou a medicinais, cultiváveis e silvestres. Cogumelos de Portugal? Patrício Costa (PC): A empresa GR: A produção de cogumelos nasceu em início de 2013, na freguesia pode ser uma mais-valia para o merda Ramada, no concelho de Odivelas. cado português, face ao contexto É uma empresa familiar constituída por económico que atravessamos? dois sócios, Patrício Costa (CEO) e Helena PC: Sim, sem dúvida. A grande maioria Costa (Bióloga Professora e Directora de dos projectos estão a ser desenvolvidos Laboratório), detentores de um profun- por jovens agricultores, que face ao condo conhecimento técnico-científico de texto económico actual de “desemprego”, cogumelos saprófitas, dominando varias viram-se obrigados a criar o seu próprio técnicas de cultivo em troncos de madeira negócio, muitos deles regressando à sua e em diversos tipos de substratos pasteu- (ou dos seus pais) aldeia natal, aproveirizados e esterilizados, peritos e especia- tando infra-estruturas e terrenos que lizados na produção de micélio (semente se encontravam inutilizados e quase no de cogumelos), sendo actualmente esta abandono. A produção de cogumelos é, principalúltima a actividade principal. mente, em troncos de madeira, uma técniGR: Prestam e fornecem material ca de cultivo muito recente no nosso país e, posso mesmo acrescentar, pioneira na aos vossos clientes? PC: A empresa desenvolve e produz Europa, relativamente à realidade de oumicélio de várias espécies de cogumelos tros países, tais como Japão, China, Brasil saprófitas, comestíveis e medicinais em e EUA. Esta técnica de cultivo em troncos modo de produção biológica, destinado permite produzir cogumelos de altíssia produtores profissionais e a amadores, ma qualidade no que respeita ao sabor, à sendo uma das poucas com certificação consistência e ao valor nutricional, quanbiológica na área em que trabalha. O pro- do comparados com os que são produziduto é manuseado por pessoal especiali- dos em substrato. E este aspecto é uma zado, em instalações apetrechadas com mais-valia do ponto de vista económico equipamentos de vanguarda, de forma pois podemos oferecer ao consumidor a garantir a segurança e a qualidade do cogumelos de alta qualidade. material biológico produzido, tentando-se GR: Que conselho deixa a um posatisfazer as expectativas e as necessidatencial novo empreendedor na área des dos nossos clientes. Recentemente, e com o intuito de dos cogumelos? PC: Aconselhava às pessoas que prepromover a produção e o consumo de cogumelos, criamos dois novos produtos tendam iniciar uma produção de cogudestinados ao público em geral (amado- melos que, antes de iniciar qualquer prores, curiosos e amantes dos cogumelos) jecto/investimento, pequeno ou grande, que pretenda aprender a cultivar cogu- obtenham informações junto de empresas melos em troncos de madeira em casa ou credíveis e de produtores já implementano seu jardim. Em ambos os produtos, o dos no sector, que frequentem formações cliente tem disponíveis várias espécies de na área com o intuito de adquirem conhecimentos teórico-práticos, o que lhes cogumelos.
permitirá compreender a orgânica e a dinâmica do processo e dessa forma iniciar a sua actividade o mais autonomamente possível e com redução de despesas desnecessárias. GR: O mercado internacional é uma aposta? PC: Os dois primeiros anos da nossa empresa foram direccionados 100% para o mercado nacional. Apesar de sermos ambiciosos, somos igualmente realistas e conhecedores da realidade actual, pelo que, inicialmente, apostamos muito na qualidade do nosso produto e em desenvolver soluções diversificadas viradas para os diferentes tipos de clientes, profissionais e amadores. A partir de 2015, vamos exportar a marca Cogumelos de Portugal. Vamos entrar nos mercados internacionais, mais particularmente nos europeus. Vamos estar envolvidos em vários projectos em diversos países europeus, nos quais participaremos, inicialmente, com o fornecimento dos nossos produtos. Logo, o mercado internacional é uma aposta em parte alcançada.
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Marca criada por duas primas… desempregadas
Neste Natal dê ‘prendas doces’ da Bee Sweet Duas primas, residentes em Estarreja, deram de caras com o desemprego e não perderam tempo. Com tradição familiar na área da apicultura, lançaram no mundo do mel, “redescobrindo” uma actividade familiar. Aproveitando a paixão do avô pelas abelhas e pelo mel, Ana e Carla apostaram na criação de novos sabores, incluindo o inédito mel de mirtilo. “Quando nos vimos desempregadas, resolvemos olhar para as nossas raízes e cultura da nossa famílias”, conta Ana Pais, de 31 anos, licenciada em turismo e com uma especialização em tradução. A experiência do avô como apicultor fê-las “fervilhar de ideias”, até que decidiram trazer “uma lufada de ar fresco ao mercado do mel”. A ideia passou por criar “algo diferente, com impacto e sabores diferenciadores”, pegando no “mel monofloral de qualidade que Portugal” e, com base na sua tradição familiar, “colocar-lhe um sabor” que pode ir “desde os mais frescos, como os cítricos, aos mais intensos”. Desta forma, o mel chega ao consumidor com “roupagem completamente diferenciadora e inovadora, como se de um perfume raro se tratasse, com vários sabores, cheiros, texturas e cores”. Nesse sentido, e com o apoio da prima, Carla Pereira, de 28 anos, lançou em Julho passado a ‘Bee Sweet’, cujo catálogo conta com “uma gama fresca e uma gama quente, mais intensa”. Graças a estes ‘flavors’ diferenciados, os consumidores po-
dem utilizar o mel em diferentes situações e aplicações gastronómicas. Além disso, será ainda confeccionado um mel raro e específico, feito a partir da floração de mirtilo, e que, actualmente, só existe no Canadá: o Beeblue. Para caracterizar o mel e estudar as suas propriedades antibacterianas, assim como a sua actividade cicatrizante e capacidade antioxidante, as duas primas estabeleceram contactos com a Faculdade de Ciências de Nutrição do Porto, a Universidade de Aveiro, e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. “Queríamos fazer o nosso mel de forma certificada e garantida, de maneira a que este tenha benefícios diferenciadores em comparação com outro tipo de mel”, afirma Ana Pais, segundo a qual os novos produtos se destinarão ao mercado ‘Premium’. Uma outra novidade passa pela embalagem “leve, ergonómica, com zero desperdícios e glamorosa”. A Bee Sweet já está no mercado nacional premium, mas o mercado externo já tem algumas portas abertas. A presença na Feira Internacional Interwine, em Guangzhou, na China, abriu algumas portas. Para este Natal, e se ainda não pensou numa prenda, nada como oferecer uma das muitas propostas da Bee Sweet. Por exemplo, o Beesweet nº 25 Christmas, um mel a lembrar aromas natalícios, ou o Beesweet nº 1 Citrus, com um aroma mais cítrico.
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Revelou a Câmara de Tondela
Cooperativa Terras de Besteiros no terreno no próximo ano A Cooperativa Terras de Besteiros - constituída há seis meses para valorizar e desenvolver o sector primário do concelho de Tondela - deve começar a distribuição de produtos no próximo ano, revelou a autarquia local. O vereador da Câmara de Tondela, Pedro Adão, explicou que foi lançado um desafio aos produtores daquele concelho do sul do distrito de Viseu, no sentido de produzir maior diversidade e quantidade de produtos. “Pretendemos desenvolver o sector primário do concelho, valorizando os produtos agrícolas e locais. Constituímos há cerca de seis meses uma cooperativa a que demos o mesmo nome de uma que já existiu no passado e entendemos que está na altura de arrancar”, revelou. A Cooperativa Terras de Besteiros tem por objectivo “a produção, divulgação, promoção e comercialização de produtos locais, quer do sector agrícola, pecuário, artesanato ou outros projectos diferenciadores do território”. Além das questões ligadas directamente à produção, esta entidade servirá também para “apoiar e ministrar formação, ou outros apoios que se acharem pertinentes no decorrer das suas actividades”. Numa sessão de esclarecimento sobre os propósitos e as condições de adesão à recém-criada Cooperativa Terras de Besteiros, Pedro Adão adiantou que sede administrativa vai ficar
localizada num edifício que está a ser reabilitado no centro histórico, “faltando encontrar um espaço que sirva de armazém”. “Está na altura de voltar a repensar o território e lançámos este desafio aos produtores, pois este sector tem potencialidade de criar emprego e riqueza no concelho. Vamos estruturar tudo para arrancar no terreno já no próximo ano, começando a cooperativa a fazer distribuição”, realçou. Pedro Adão referiu que a maior preocupação dos produtores é o escoamento dos produtos, que agora terão destino assegurado. “Reunimos com as IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social] e instituições de grande consumo, que manifestaram interesse em comprar aos produtores. Sabendo que vão ter escoamento, penso que os produtores passarão a olhar para o sector de outra forma”, sustentou. O autarca espera que este venha a ser um sector que atraia os mais jovens, já que muitos contam com terrenos de familiares que estão ao abandono. “Gostaríamos de ver recuperada a produção da laranja do Vale de Besteiros, que praticamente já nem existe. Actualmente, só temos dois produtores, quando antigamente chegamos a ter uma fábrica de laranjada no concelho”, concluiu Pedro Adão. www.gazetarural.com
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Em Moimenta do Dão, Codornelas e Tazem
Lagares de azeite de Francisco Lemos já laboram A campanha da azeitona já começou e com isso os lagares da região já laboram em ritmo pleno. Francisco Lemos está nesta actividade desde 1971, mas, como referiu, “toda a vida vivi com lagares de azeite, pois era uma actividade a que a minha família, nomeadamente o meu avô e o meu pai, se dedicavam”. Este empresário já fez investimentos significativos nesta área e tem três lagares de azeite em plena laboração: Codornelas (Penalva do Castelo), em Moimenta do Dão (Mangualde) e Tazem (Gouveia), que cumprem todas as regras de higiene e segurança no trabalho, mas também as questões de ordem ambiental. O lagar de Moimenta do Dão é o de maior dimensão e de maior capacidade de produção, com um decanter de quatro toneladas. A campanha desde ano não é famosa. Na região as oliveiras foram afectadas por algumas pragas e o tempo também não ajudou. A quebra de produção estimada pode chegar aos 50%. Todavia, há outros aspectos importantes, que Francisco Lemos destaca. “Em primeiro lugar o produtor deve estimar a azeitona, colhe-la e conservá-la em lugar certo, antes de a levar para o lagar. O ideal é que a colha e a leve ao lagar”, salienta o proprietário do lagar. Na região, segundo Francisco Lemos, o aumento da área do olival “tem vindo a aumentar”, embora as características dos terrenos não sejam muito propícios para esta cultura. Todavia, reconhece que “há variedades, como a galega, que se dá bem nesta região e que produz azeite de excelente qualidade”. O empresário também já avançou para a comercialização de azeite com marca própria. ‘Lagares de azeite Francisco Lemos’ é a marca que ostenta em garrafas e garrafões de azeite que comercializa. “É o resultado do azeite que os clientes deixam, mas também de produção própria e outro que compro”, diz, desafiando aqueles agricultores que dizem que não fazem o azeite porque não o vendem, para “levarem a azeitona, fazem o azeite e eu compro na hora”. Depois de ter começado a vender o azeite em vasilhame de cinco litros, Francisco Lemos decidiu avançar para a venda de azeite em garrafa, “o que implicou o investimento numa linha de engarrafamento”. Esta é uma actividade de actualização permanente. “A evolução é grande. Por exemplo, hoje, a partir do momento em que a azeitona é colocada no moinho, todo o processo é feito sem se ver o azeite, até que este chegue ao vasilhame”, diz Francisco Lemos, que procura acompanhar a mais recente evolução no sector, visitando algumas feiras com ele relacionadas. Para os diferentes lagares de que é proprietário, Francisco Lemos diz que os clientes podem fazer a sua marcação, levar lá a sua azeitona, mas também a pode transportar em viaturas próprias.
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Desenvolveu dois modelos de previsão para a Terra Quente Transmontana
Investigadora aponta solução barata e eficaz para mosca da azeitona Uma investigadora da Universidade de Vila Real garantiu que a mosca da azeitona pode ser combatida “rápida, barata e eficazmente” com recurso a modelos de previsão do ataque da praga que está a afectar o olival. De norte a sul do país, são muitos os olivicultores que se queixam do ataque da mosca da azeitona, que está ter consequências a nível da produção de azeite nesta campanha. Fátima Gonçalves, do Centro de Investigação e de Tecnologias Agro-ambientais e Biológicas (CITAB), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro UTAD), garantiu que esta praga pode ser combatida de “forma rápida, barata e eficaz”. “Basta ter um computador ligado a uma estação meteorológica para recolher os dados necessários que permitem prever, por exemplo, quais são os períodos de risco de ataque de ‘Bactrocera oleae’ ou a melhor oportunidade para o olivicultor fazer os tratamentos com insecticida”, explicou a especialista. A investigadora desenvolveu dois modelos de previsão para a Terra Quente Transmontana: o ‘Modelo de Previsão do Ataque’, que permite conhecer a percentagem de frutos atacados a partir do número de capturas de moscas em armadilhas, e o ‘Modelo de Somas de Temperatura’. “Este modelo acumula as temperaturas diárias registadas no olival, a partir de uma fórmula, o que permite prever os períodos de risco da praga e realizar os tratamentos nas fases do ciclo em que é mais vulnerável. O objectivo é reduzir o mais possível o uso de insecticidas no olival”, salientou. Fátima Gonçalves disse que estes modelos serão cada vez mais necessários, pois “as alterações climáticas vão obrigar os produtores a utilizá-los para poderem combater a praga da forma mais rápida e eficaz”. Os dois modelos foram criados para a região da Terra Quente, no âmbito da tese de doutoramento da investigadora, em 2011, mas poderão ser adaptados a outras regiões. A responsável defendeu, por isso, que a ferramenta deve ser recuperada e utilizada por produtores e associações de todo o país para minimizar os riscos no sector, e evitar ataques como os deste ano. As condições climáticas verificadas nesta colheita, com um Verão com temperaturas amenas e chuva muito abundante no final do Verão e no princípio do Outono, foram favoráveis para o desenvolvimento da praga da mosca da azeitona. Os prejuízos originados pela mosca da azeitona são qualitativos e quantitativos. A actividade da larva no interior da azeitona afecta o seu desenvolvimento e provoca a sua queda prematura. www.gazetarural.com
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Uma iniciativa da associação ambiental Gê Questa, da ilha Terceira
Quintas biológicas atraem estrangeiros aos Açores para fazer voluntariado Cidadãos de todo o mundo, sobretudo da Europa e oriundos de grandes centros urbanos, estão a procurar os Açores para fazerem voluntariado em quintas de agricultura biológica, em troca de alimentação e estadia. Trata-se de uma iniciativa da associação ambiental Gê Questa, da ilha Terceira, que se inspirou no WWOOF (World Wide Oportunities on Organic Farms), um programa global de intercâmbio ao abrigo do qual, em troca da prestação de serviços, em regime de voluntariado, os envolvidos são alimentados e alojados em espaços rurais e têm a oportunidade de aprender algo sobre estilos de vida biológica. “Este actual projecto que a Gê Questa desenvolve, inspirado no WWOFF e na nossa edição anterior, teve de se adaptar à realidade que vivemos hoje em dia, ou seja, a falta de financiamento, o que fez com que este seja um projecto mais pequeno mas, simultaneamente, mais abrangente”, afirmou o presidente da Gê Questa. Segundo Dário Silva, que destaca que todos os elementos ligados à associação ambiental se encontram em regime de voluntariado, no Verão, surgem grupos de 15 pessoas para desenvolverem trabalhos em várias áreas, como a agricultura biológica. “Um outro trabalho que nós vamos desenvolver consiste nalgumas obras de recuperação e conservação do património da nossa sede, um forte que se localiza na freguesia de São Mateus”, acrescentou. Os voluntários são ainda, de acordo com Dário Silva, envolvidos numa acção de conservação da natureza, bem como em
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iniciativas da associação ambiental, como a campanha “SOS Cagarro” e monitorização de ribeiras. De acordo com o presidente da Gê Questa, os voluntários chegam aos Açores através de vários meios, designadamente pela publicitação do programa da associação, páginas governamentais, dinamização das redes sociais e partilha de informação com antigos voluntários, que depois a passam a outras pessoas, em rede. Dário Silva acrescentou que a Gê Questa tem, por outro lado, uma parceria com o grupo SATA que permite aos voluntários chegar aos Açores a preços mais reduzidos, com tarifas entre os 100 e os 15O euros. “Outra benesse que as pessoas que vêm realizar voluntariado recebem assenta no facto de ficaram a conhecer os Açores, dando-nos também a conhecer”, declarou ainda. O dirigente associativo aponta que o sucesso do voluntariado nas quintas dos Açores tem levado os interessados a estender os períodos de estadia, algo que a associação tem de controlar, para que cada vez mais pessoas possam participar nestas iniciativas. Para além desta iniciativa da Gê Questa, no âmbito do projecto WWOOF existem vários projectos que estão a ser desenvolvidos em quintas espalhadas por várias ilhas dos Açores. A WOOF Portugal possui uma página na internet (www.wwoof. pt) onde os potenciais interessados em realizar voluntariado podem consultar as opções disponíveis em todo o país.
Numa iniciativa da COAPE
Nova PAC 14-20 e as implicações na região discutidas em Mangualde Decorreu em Mangualde um colóquio subordinado ao tema “A Política Agrícola Comum 2014-2020 – Implicações na região”, numa organização da Cooperativa Agro-Pecuária Agricultores Mangualde (COAPE). A iniciativa teve como palestrantes Capoulas Santos, ex-ministro da Agricultura e relator do Parlamento Europeu para a Nova PAC, Maria António Figueiredo, Secretária-Geral Adjunto da Confagri, Domingo Godinho e Fernando Gonçalves, técnicos da Confagri, assim como Teresa Pinto, técnica da Associação de Desenvolvimento do Dão. O presidente da COAPE fez um balanço positivo da iniciativa, bastante participada, que considerou “uma grande sessão de esclarecimento aos agricultores, nomeadamente naquilo que são as ajudas e os apoios aos investimentos que vão existir no futuro PDR 20-20”. Para Rui Costa “há factores importantes e novidades, nomeadamente no que respeita ao pequeno produtor”, considerando “que foi feito um excelente trabalho e que pode, nesta complementaridade de ajudas, trazer mais-valias aos agricultores”. Na ocasião, o director Regional Adjunto da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro deixou alguns alertas, nomeadamente na área do mirtilo, onde houve um grande incremento. Os números, segundo José Paulo Costa, indicam que se plantaram seis hectares de mirtilo para um de maçã na região centro, referindo que no concelho de Mangualde há 55 produtores de mirtilo.
Rui Costa confirma a existência destes números, acrescentando que a cooperativa “detém cerca de 50 produtores”. O dirigente desdramatiza a situação, uma vez que “nos restruturamos antecipadamente, pensando na situação da comercialização”. Para o efeito, Rui Costa lembrou que a COAPE “tem um contrato de escoamento garantido por 15 anos de toda a sua produção, com a Euroberries, um player mundial, que nos dá alguma tranquilidade”. O presidente da COAPE admite no futuro, se a Euroberries “nos criar condições para receber mais produção, poderemos abrir as portas a outros produtores que, porventura, tenham dificuldade em escoar os seus produtos”. Outro dos alertas lançados prende-se com o alargamento da base social de apoio de organizações como a COAPE, no sentido de terem mais peso e poder reivindicativo. “Nós estamos muito empenhados nessa questão. Aliás, temos vários projectos em mão para lançar a partir de Janeiro, uma vez que vamos a eleições até final do ano e isso é fundamental. Sabemos que, naturalmente, a qualidade de vida das pessoas está fortemente ligada aos rendimentos e às receitas que podem chegar da agricultura”, refere Rui Costa, sublinhando que “esta é uma matéria que nos preocupa e que queremos, investindo na formação e na capacitação dos nossos produtores, poder garantir isso no mais curto espaço de tempo”. www.gazetarural.com
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Diz Miguel Freitas, coordenador do GP do PS na Comissão de Agricultura e Mar
“Hoje não há uma política florestal” verno. Hoje não há uma política florestal. Tapam-se buracos sem sentido estratégico. A actualização da Estratégia Nacional para as Florestas continua por concluir, a revisão dos Planos Regionais de Ordenamento Florestal (PROF) já não será feita por este executivo e não se sabe para quando fica a conclusão do Inventário Florestal Nacional. Tudo porque este sector foi politicamente preterido, e, paralelamente, tem sido sujeito a tremenda instabilidade e grande deriva institucional. Em pouco mais de três anos de governação, depois da implosão do Megaministério que juntou Agricultura e Ambiente, depois da saída de dois Secretários de Estado das Florestas, extingue-se o cargo, com as suas competências a serem pulverizadas. A administração florestal sofreu mais uma mudança orgânica profunda, perdeu identidade e capacidade de acção de proximidade, com uma redução de 300 funcionários e viu o seu orçamento reduzir em mais de 20% face a 2012. Como é possível resistir a isto? À instabilidade institucional, acresce o corte de 200 milhões de euros nas medidas florestais do PRODER, a interrupção do período de transição sem justificação e sem se saber quando se fará a abertura de medidas florestais no novo PDR 2020. Conclusão: falhas no apoio ao investimento e uma política florestal sem rumo.
O sector florestal esteve em debate no Parlamento, com o Partido Socialista a questionar o governo sobre a “Lei da eucaliptização”, que tem vindo a originar uma presença cada vez mais significativa do eucalipto nas nossas florestas. Miguel Freitas, coordenador do Grupo Parlamentar do Partido Socialista na Comissão de Agricultura e Mar, à Gazeta Rural, questiona o rumo que o Governo tem sido seguido para o sector, afirmando mesmo que “hoje não há uma política florestal”. Gazeta Rural (GR): Que análise faz o PS do actual momento do sector florestal? Miguel Freitas (MF): Muito negativa, sendo exactamente no domínio da floresta que temos maior divergência com o Go30
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GR: O PS questionou o Governo sobre a “Lei da eucaliptização”, que um ano após a sua entrada em vigor tem licenciado sobretudo a arborização com eucalipto. Que apreciação faz o PS deste diploma? MF: O novo Regime Jurídico de Arborização e Rearborização (REJAAR) tem a virtude de procurar agilizar os mecanismos e processos de aprovação de novas plantações, por forma a diminuir a burocracia e o tempo de aprovação e autorização da instalação de novos povoamentos florestais. Mas este novo regime veio revogar legislação importante de salvaguarda ambiental; mais do que passar a tratar todas as espécies por igual (ou seja, espécies de rápido e lento crescimento, autóctones ou exóticas), passou a tratar de forma igual regimes de exploração distintos (intensivo e extensivo); retirou as autarquias do processo de aprovação, deixando-lhes um papel de mera fiscalização; incluiu as aprovações tácitas no processo e
assenta em demasia a sua boa execução na capacidade operacional das entidades que o fiscalizam. Num balanço global, as virtudes deste diploma são, pois, inteiramente secundarizadas pelas dúvidas e questões suscitadas. Dúvidas que o primeiro ano de implementação já veio confirmar. Segundo a resposta do Governo, 52% da superfície total de (re)arborizações é eucalipto, o que confirma uma tendência crescente e irreversível para a consolidação desta espécie como principal espécie nacional florestal. Por outro lado, o Governo não consegue identificar o número de acções de fiscalização, logo pode deduzir-se que não sabe se estão a correr bem ou mal, se há muitas infracções a serem cometidas ou não. GR: Na perspectiva do PS, este diploma foi importante para o desenvolvimento do sector florestal? MF: Para nós este diploma foi extemporâneo e por isso assumiu uma dimensão para a qual não estava destinado. Este diploma só deveria ter sido publicado após a revisão da Estratégia Nacional para as Florestas e a revisão das metas dos PROF, ambas iniciadas ainda sob a égide do anterior governo, bem como conhecidas as orientações globais e a aprovação do PDR 2020. Ora, sem estes instrumentos aprovados, o REJAAR passou a assumir uma dimensão de instrumento de política e de ordenamento florestal. E assume essa dimensão porque se desconhecem quais as medidas e metas que podem contrabalançar a expectativa de aumento de uma espécie florestal em função das demais, quais as medidas e acções que podem promover uma floresta nacional mais heterogénea ou quais as condições e níveis de apoio que tem o sector florestal. Por outro lado, tendo em conta a matéria que estava a ser alvo de alteração, o governo deveria ter promovido uma discussão mais alargada e profícua com os agentes do sector, procurando enquadrar as necessidades das diferentes fileiras florestais, evitando assim o extremar de posições e as manifestações assumidas contra o eucalipto, e que são de todo desnecessárias. GR: Que medidas de política florestal importam concretizar para dinamizar o sector? MF: Actuar no sentido de aumentar a
capacidade de gestão e assim aumentar a rentabilidade dos investimentos no sector florestal deve ser o foco das medidas públicas para esta área. Tendo em conta estes pressupostos, as medidas de política, os incentivos ao investimento privado e o quadro fiscal para dinamizar o sector florestal devem priorizar a promoção da gestão integrada do espaço rural, através de diversas formas de organização territorial, como as Zonas de Intervenção Territorial ou sociedades por quotas com objectivos de gestão dos activos florestais dos sócios que a constituem. Importa também alterar o paradigma da relação existente entre os agentes do sector e entre estes e a Administração Florestal, alargando-se o conceito de contratos-programa a objectivos de gestão activa da floresta, em particular, inovando a acção junto das Organizações de Produtores Florestais e do sector cooperativo. A valorização dos produtos não lenhosos florestais de valor acrescentado, onde o pagamento de serviços públicos prestados pela floresta, semelhante ao existente na agricultura com o “grenning” é um outro aspecto que está por realizar, bem como o enquadramento da actividade florestal através de um alvará próprio, que permita uma maior qualidade na prestação de serviços. Além disso, devem-se desenvolver instrumentos de apoio à decisão dos proprietários florestais (p.ex. sistema nacional de informação sobre os recursos florestais), que permita dar maior transparência ao mercado dos produtos florestais. Por outro lado, e ainda procurando responder à necessidade de uma gestão activa como elemento central da política florestal, o desenvolvimento e respectivo financiamento de um Plano Nacional para a Certificação da Gestão Florestal Sustentável (onde deverão estar incluídas, necessariamente, as matas do Estado), seria um importante passo para uma abordagem nacional à necessidade de matéria-prima certificada, seja ela lenhosa ou não lenhosa. GR: O Governo abriu em 15 de Novembro o PDR 2020. As medidas florestais inscritas serão suficientes para alavancar o desenvolvimento da floresta portuguesa? MF: No presente momento, convém lembrar que o PDR 2020 ainda não foi aprovado por Bruxelas e como as negociações ainda decorrem com a Comissão Europeia pode haver algumas alterações finais.
Relativamente à abertura de candidaturas do PDR 2020 a 15 de Novembro, o sector florestal não foi consagrado, nem existe previsão de quando as candidaturas abrirão. Esta incerteza sobre a aprovação do PDR 2020 e sobre a publicação das portarias que irão regulamentar e operacionalizar as medidas florestais pode conduzir a um atraso irreversível de dois anos para o sector florestal, nomeadamente no que diz respeito a novas arborizações. Quanto ao programa teria sido importante consagrar uma medida que potenciasse a gestão integrada dos espaços rurais, assim como teria sido desejável que as medidas de inovação não estivessem
exclusivamente dependentes dos Grupos Operacionais. A investigação e a inovação são centrais para o desenvolvimento de redes e das fileiras e o estado não se deve ausentar do seu papel neste processo. Quanto à sua operacionalização, neste momento, desconhece-se a versão final das fichas de medida, embora, numa primeira apreciação e segundo o que o sector nos vai transmitindo, não parece ter havido uma grande evolução no processo de simplificação das medidas florestais. De resto, o importante é assegurar desde já 10% dos fundos deste programa para a floresta. www.gazetarural.com
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Diz a Ministra da Agricultura
Zonas de Intervenção Florestal são o caminho para obter fundos comunitários
A ministra da Agricultura afirmou que a criação de Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) e de associações de produtores é o caminho a seguir para obter financiamento comunitário para a floresta. Assunção Cristas visitou a zona que foi intervencionada de emergência devido a um incêndio, em 2012, nos concelhos de Tavira e São Brás de Alportel, e destacou o pouco tempo necessário para replantar cerca de 300 mil novas árvores de sobreiros e medronheiros. “Estamos aqui a assistir a um trabalho digno de realce, por-
que foi um trabalho célere, apoiado pelos fundos do PRODER (Programa de Desenvolvimento Regional), em que logo após o incêndio de 2012, com apoio das câmaras, das ZIF e as organizações de produtores, foi possível termos aqui acções de emergência, que são as adequadas à primeira fase pós incêndio”, afirmou Assunção Cristas durante a visita às novas plantações existentes em Cachopo, cerca de 40 quilómetros a norte da sede de concelho, Tavira. A governante destacou, no entanto, o facto de “logo a seguir, e na primeira oportunidade”, ter havido duas ZIF, organizações que agrupam proprietários de terrenos e centralizam as candidaturas aos fundos comunitários, a “replantar no terreno 300 mil pés” de novas árvores de “sobreiros e medronheiros”. Estas duas espécies foram as mais afectadas pelo incêndio de 2012, que consumiu durante três dias mais de 20 mil hectares de floresta na serra algarvia, tendo também destruído uma dezena de habitações, nos concelhos de Tavira e São Brás de Alportel. Sobre os trabalhos das ZIF, Assunção Cristas explicou que é “feito de forma colectiva, agregada” e está já a constituir-se nas zonas afectadas uma terceira organização que agrega produtores. “Portanto haverá mais uma aqui na região e esse é o caminho que devemos prosseguir, porque se conseguirmos gerir em conjunto as propriedades que normalmente são muito pequenas, então seremos mais eficazes”, acrescentou a detentora da pasta da Agricultura e Pescas. O Algarve é, por isso, um exemplo que, segundo a governante, deve ser seguido em todo o país, porque tem “a rede primária de defesa da floresta contra incêndio já a cobrir muito boa parte da região”, mas continua a ser “um trabalho prioritário para esta zona”. “Tudo isto com apoio de fundos comunitários”, enfatizou, defendendo que o investimento na floresta «passa por um bom aproveitamento dos fundos comunitários” e que o Governo criou já “o regulamento de transição do PRODER”, que permitiu “numa semana a entrada de 1.247 projectos, com um investimento associado de 168 milhões de euros”.
No âmbito da reforma da fiscalidade verde
Ministra da Agricultura anuncia benefícios fiscais para pequenos proprietários florestais A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, anunciou que os pequenos proprietários florestais vão ter benefícios fiscais no âmbito da reforma da fiscalidade verde. “A reforma da fiscalidade verde inclui medidas positivas para dar um impulso também ao investimento na floresta”, disse Assunção Cristas. Segundo a ministra, a reforma da fiscalidade florestal vai incluir oito medidas, nomeadamente ao nível do IRS, Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e Imposto de Selo. Assunção Cristas adiantou que há cerca de 400 mil pequenos proprietários florestais no país que, muitas vezes, não têm os recursos necessários para fazer os investimentos e cumprir com todas as suas obrigações, além de não se sentirem compensados com os investimentos florestais. “Por isso mesmo, foi possível na reforma da fiscalidade verde, incluir a reforma da fiscalidade florestal”, disse a governante. 32
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Promovido pela Casa do Hospital de São Teotónio de Viseu
Penalva do Castelo recebeu Passeio de Automóveis Antigos e Clássicos Numa iniciativa da Casa do Pessoal do Hospital de São Teotónio de Viseu, com o apoio da Câmara de Penalva do Castelo, realizou o “Magusto/Passeio de Automóveis Antigos e Clássicos entre a cidade de Viseu e a vila de Penalva do Castelo. O programa iniciou-se pela manhã com a concentração junto à Casa do Pessoal do Hospital de São Teotónio de Viseu, rumo à vila de Penalva do Castelo. O grupo de cerca de 110 participantes e 60 viaturas, foi recebido nos paços do concelho pelo presidente da Câmara, Francisco Carvalho, que agradeceu a visita e procedeu à entrega de lembranças. Seguiram-se visitas guiadas à Igreja da Misericórdia e ao seu núcleo Museológico; Adega de Penalva do Castelo; Queijaria de Germil; Casa da Ínsua; Capela de Nossa Senhora da Esperança e Forno Comunitário de Sangemil – locais e sabores que ficarão certamente na memória dos participantes. A tarde terminou em Pindo, na Festa da Castanha e do Vinho, onde os participantes puderam apreciar o tradicional caldo
de Castanhas, que, noutros tempos, foi presença assídua na mesa das famílias desta região. A Casa do Hospital de São Teotónio de Viseu é uma associação que tem como finalidade, entre outras, prestar um serviço de carácter cultural, desportivo, recreativo e social a todos os seus associados e respectivos familiares. O Município de Penalva do Castelo apoiou esta iniciativa com o propósito de dar a conhecer o concelho nas várias vertentes; gastronómica, patrimonial, cultural e histórica, e ao mesmo tempo dinamizar a economia local.
Em Janeiro inicia a construção de mais dois pavilhões
Novo pavilhão da Derovo em Proença-a-Nova pronto em Dezembro Até final de Dezembro deverá estar concluída a montagem de um novo pavilhão do complexo Derovo II, que permitirá a instalação de 150 mil galinhas a juntar ao primeiro bloco, em funcionamento desde Abril de 2013. Em Janeiro irá iniciar-se a construção de mais dois pavilhões e 2015 marca igualmente o arranque da instalação do centro de classificação e embalagem de ovos, no qual também existirão outras valências, nomeadamente todos os serviços administrativos e zona social. Estima-se que em agosto estejam em produção 600 mil galinhas poedeiras. Nessa altura estará concluída a primeira fase dos investimentos. Projetado para vir a produzir, no futuro, 290 milhões de ovos por ano, o complexo terá no total 11 pavilhões, em terrenos localizados nas imediações do Parque Empresarial
de Proença-a-Nova. Apontado como o projecto de avicultura mais importante dos últimos 20 anos, o investimento ultrapassa os 20 milhões de euros. A maior parte da produção destina-se à comercialização em fresco, mas cerca de 40% dos ovos serão encaminhados para quebra e pré-pasteurização, para posterior transformação. Tal como a construção, também a contratação de funcionários tem vindo a ser feita de forma faseada. Actualmente está cerca de meia centena de funcionários na montagem da nova estrutura, cerca de uma dezena dos quais recrutados no concelho. Em pleno funcionamento, a unidade poderá vir a empregar cerca de 60 pessoas. www.gazetarural.com
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Vinho comemorativo dos 50 anos da Adega da Silgueiros
Dom Daganel entre os 10 melhores no Concurso de Vinhos “A Escolha da Imprensa” Produzido para comemorar os 50 anos da Adega da Silgueiros, o Dom Daganel Colheita 2005 foi seleccionado como um dos 10 melhores no Concurso de Vinhos “A Escolha da Imprensa”, uma iniciativa da Revista Vinhos, que decorreu no passado dia 30 de Outubro, no hotel Holiday Inn Continental em Lisboa. Este é um concurso com um conceito original e único no país, pela heterogeneidade do painel de jurados – jornalistas e representantes da imprensa, mas não necessariamente críticos ou especialistas –, que representa de uma forma “mais” fidedigna as escolhas dos consumidores e as tendências do mercado. Estamos perante um Concurso organizado por uma revista da especialidade que convida os colegas do meio para provarem alguns dos melhores vinhos que venham a estar expostos e em prova no ECVS. O facto de nele participarem vinhos topo de gama, que habitualmente não vão a concursos, torna também esta uma competição especial. “O Dom Daganel não é um vinho para sair todos os anos, mas apenas em anos de excepcional qualidade”, refere o presidente da Adega de Silgueiros. Este vinho, destaca Fernando Figueiredo, “foi medalha de ouro no concurso dos Melhores Vinhos do Dão e foi lançado para comemorar os 50 anos da Adega Cooperativa, pelo que tinha que ser um néctar especial”. Com uma produção limitada, “o stock já é muito pequeno”, refere o dirigente, que garante que a Adega está “à procura de um vinho de alta qualidade para engarrafar um novo Dom Daganel”.
No espaço das Fidalgas de Santar, com as vinhas do Dão em fundo
Artistas plásticos ‘casam’ a arte e o vinho Aires Santos, artista plástico e pintor da região do Dão, sentiu que havia necessidade de pintar um quadro, abordando os tons de Outono, onde se podem encontrar as cores quentes, desde os verdes, amarelos, vermelhos e castanhos das vinhas. Foi nesse sentido que Aire Santos se juntou a Nelson Santos e o António Dias, passando o dia em Santar a pintar temas que envolvessem o vinho e os tons de Outono, com as vinhas do Dão como pano de fundo. O espaço das Fidalgas de Santar, junto à estrada Viseu – Nelas, em Santar, foi o local perfeito para pintar os quadros. “A arte é um veículo muito importante para mostrar as cores, os valores, a vinha, o património e a cultura da vila de Santar”, referiu Aires Santos. 34
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Na Pousada de Viseu
Sector Cooperativo do Dão mostrou grandes vinhos velhos
Um tinto da UDACA de 1970 ou um branco da Adega de Tazem de 1985, passando por diversas colheitas da década de 80 e 90 das Adegas de Tazem, Silgueiros, Penalva e Mangualde, foram os vinhos velhos em prova na Pousada de Viseu, uma iniciativa que mostrou a capacidade de guarda dos vinhos do Dão, mas especialmente que o sector cooperativo está bem, há muitos anos, e recomenda-se. A iniciativa inseriu-se na mostra de vinhos do sector, que decorreu naquela unidade hoteleira de referência da cidade de Viseu e que, mais uma vez, atraiu um elevado número de amantes do vinho, um produto cada vez apreciado, também, por gente jovem. Em prova estiveram as melhores referências de cada
Adega, mas também outros produtos regionais marcaram presença, assim como uma sessão de showcoocking. O presidente da União das Adegas Cooperativas do Dão estava “muito satisfeito”, num evento que “foi uma maravilha”. “Considero até que teve mais gente que o ano passado”, afirmou Fernando Figueiredo. O dirigente destacou que “os dois eventos”, na mesma iniciativa, - e referia-se à prova de vinhos velhos -, “tiveram um êxito incrível”. A prova de vinhos velhos, salientou Fernando Figueiredo, “esteve muito animada”, numa prova de que “os vinhos do sector cooperativo têm, efectivamente, muita qualidade, não só os mais antigos como os atuais”.
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CONHECER
Pampimel - Cooperativa de Apicultores e Produtores de Medronho de Pampilhosa da Serra A Pampimel - Cooperativa de Apicultores e Produtores de Medronho de Pampilhosa da Serra foi criada para dar resposta a um conjunto de necessidades existentes neste concelho, nomeadamente a divulgação e promoção dos produtos apícolas das explorações dos seus associados, com maior incidência no mel, mas também a comercialização de materiais apícolas. O mel produzido neste território é monofloral de urze, de qualidade e com bastante procura no mercado, nomeadamente o externo. Neste sentido, a Pampimel lançou o mel com a marca própria, no passado mês de Agosto. Na área de influência da Associação, existem outros méis que são produzidos pelas abelhas não explorados convenientemente, como o mel de Calluna e principalmente o mel de medronheiro, muito valorizado na Sardenha e no Norte da Europa, pela fraca produção por colmeia, epoca do ano que é produzido, falta de informação dos apicultores e falta de canais de comercialização e marketing. A Pampimel tem notado uma procura de oferta formativa por parte dos seus cooperantes, havendo também pessoas sem qualquer ligação à área que se tem denotado interesse, como se tem verificado a nível nacional. Neste sentido, já foi levada a cabo uma acção de formação de iniciação à apicultura, estando prevista a realização na próxima Primavera de um curso de desdobramentos e criação de rainhas. Na área da Pampimel há três projectos de jovem agricultores na área da apicultura, havendo outros em estudo. Num território com pequenos apicultores, e pouca tecnologia usada, os novos projectos são um passo importante, uma vez que à apicultura da região, e mesmo a nível nacional, falta dimensão económica, massa critica e organização com visão empresarial. Luís Estêvão PAMPIMEL Ano X - N.º 237 Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), jla.viseu@gmail.com | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda. Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Fernando Ferreira, José Martins e Helena Morais Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 363 Fracção AT - Lj 11 - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320 E-mail: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS - Inscrição nº 124546 Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís Araújo Sede Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica Sá Pinto Encadernadores | Telf. 232 422 364 | E-mail: sapinto@sapinto.pt | Zona Industrial de Coimbrões, Lote 44 - 3500-618 Viseu Tiragem média Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores
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Uma proposta para este Natal
Vilarouco Reserva 2010 recebe medalha de ouro no Concurso do Crédito Agrícola O vinho Vilarouco Reserva 2010 recebeu medalha de ouro no Concurso do Crédito Agrícola, cuja entrega de prémios decorreu recentemente. O vinho do produtor José Carlos Corte Real, de S. João da Pesqueira, voltou a ser medalhado, o que atesta a qualidade deste vinho do Douro. O produtor, que ainda tem para venda o Vilarouco Colheira 2009, prepara-se para engarrafar no próximo mês de Janeiro um Reserva 2012 e um Colheira 2013, néctares aguardado com enorme expectativa. Estas são algumas propostas para as suas prendas de Natal, num produtor que tem já 16 hectares de vinha nas encostas do Douro. José Carlos Corte Real tem também uma casa de turismo rural, sendo também produtor de amêndoa e azeite.
I Encontro Nacional de Produtores de Amora No próximo dia 9 de Dezembro irá decorrer o primeiro encontro Nacional de Produtores de Amora, englobado no projecto “Cluster dos Pequenos Frutos”. Esta iniciativa conta com o INIAV como parceiro e com o COTHN como co-promotor. O evento que está previsto para se iniciar às 9,30 horas e irá contar com uma visita técnica na empresa Wildbessy, Lda, que se dedica à produção de amoras em Poceirão/Palmela. O encerramento do encontro está previsto para as 17 horas.
Evento gastronómico decorre até 13 de Dezembro
Certificação do Capão à Freamunde vai dar escala nacional à iguaria
A certificação do Capão à Freamunde com Indicação Geográfica Protegida (IGP) vai desencadear uma entidade que assegure a distribuição da iguaria à escala nacional e todo o ano, prevê a associação de criadores. “A certificação vai ajudar a ter o animal disponível, morto, para servir as pessoas que o querem provar e conhecer”, explicou Ricardo Graça. O dirigente recorda que o modelo da entidade ainda está a ser discutido pelo sector, mas o objectivo passa por criar uma estrutura que assegure os processos de abate, embalagem e distribuição do capão. “Estamos a agilizar com a entidade certificadora. É uma coisa morosa. Temos de arranjar operadores de distribuição e matadouros”, assinala, destacando o interesse que aquela especialidade gastronómica tem despertado nos consumidores. “No ano passado vendemos mais de 300 capões para as unidades de restauração em Lisboa, coisa que era impensável há seis ou sete anos”, exemplificou. O Capão à Freamunde (cidade do concelho de Paços de Ferreira) é um frango castrado antes de atingir a maturidade sexual e que se destina exclusivamente à produção de carne. Em 2013, foram comercializados mais de 2.200 capões na região de Paços de Ferreira. No concelho, há 73 produtores registados, a maioria de dimensão familiar.
Uma povoação da Serra da Estrela
Aldeia Natal de Seia mantém tradição do presépio e exclusão do Pai Natal
Em Moimenta da Beira artesãs expõem trabalhos de Natal Carla Rocha e Susana Mendes, duas artesãs que vivem em Moimenta da Beira, apresentam em simultâneo, na Galeria Municipal Luís Veiga Leitão, em Moimenta da Beira, até 19 de Dezembro, trabalhos que produziram para esta quadra natalícia, grande parte deles feitos de materiais reciclados, “lembranças sob o princípio de um Natal mais ecológico”, sublinha Carla Rocha. A mostra, a que se deu o nome de “Especial Natal 2014”, inclui centros de mesa, aproveitando garrafas, frascos, frasquinhos e flores várias, bonecos de neve, utilizando abóboras, bonequinhos de Natal, usando rolos de papel higiénico, etc.
A aldeia de Cabeça, no concelho de Seia, vai ser “Aldeia Natal” até 04 de Janeiro, dando destaque à tradição do presépio religioso e deixando de fora a figura do Pai Natal. Pelo segundo ano consecutivo, aquela povoação da Serra da Estrela, com 190 habitantes, propõe aos visitantes um Natal “autêntico e ecológico”, segundo a organização. Durante a quadra natalícia, a aldeia está enfeitada com cenários inspirados no imaginário de Natal na montanha, na natureza, biodiversidade e respeito pelo meio ambiente. “Depois da experiência francamente positiva do ano passado, a comunidade está empenhada na operacionalização da iniciativa, trabalhando diariamente e voluntariamente na concepção dos enfeites que vão vestir a aldeia de Natal, que este ano verá a sua área de abrangência alargada”, referem os promotores. O evento, que envolve na sua preparação pessoas com idades entre 16 e 90 anos, propõe ao público “uma viagem ao imaginário do Natal” na Serra da Estrela e uma experiência de “autenticidade”. As ruas e as casas foram enfeitadas com decorações ecológicas, como sejam grinaldas de folhas e corações concebidos com musgo e lã da Serra da Estrela. As estrelas são confeccionadas a partir de desperdícios das florestas e a própria árvore de Natal é revestida com pinheiro natural e pinhas. www.gazetarural.com
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Sousa Veloso tinha 88 anos
Faleceu o apresentador do “TV Rural” O engenheiro agrónomo Sousa Veloso, apresentador do programa TV Rural, que durante três décadas deu notícias na RTP sobre a agricultura em Portugal, falaceu no passado dia 27 de Novembro. O programa TV Rural, tal como o apresentador, fazem parte da história da televisão pública portuguesa, e, desde a primeira emissão, a 06 de dezembro de 1960, transmitiu aos portugueses notícias relacionadas com o mundo da agricultura e da lavoura. O tema era caro para Sousa Veloso, licenciado em Agronomia pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, no ano de 1954. Profissionalmente, passou ainda por um departamento do Ministério da Agricultura. O convite para a apresentação do programa partiu do Ministério da Agricultura, que pretendia um programa televisivo que abordasse temas relacionados com a agricultura, tal como existia em vários outros países europeus. Os agricultores tinham voz neste programa que, durante três décadas, correu o país, com Sousa Veloso a apresentar o TV Rural nos mais variados cenários naturais. A música do folclore português “A Tirana” foi o genérico inicial do programa que era apresentado aos domingos e durava 30 minutos. No final, as mesmas palavras de Sosua Veloso: “Despeço-me com amizade até ao próximo programa”. O TV Rural deixou de ser emitido a 15 de setembro de 1990, O estilo de Sousa Veloso foi reconhecido em 1963, quando recebeu o Prémio Imprensa para TV pela autoria do “TV Rural”, ao fim de 1.500 horas de emissão, sendo o programa de maior programa que passou a ser produzido, realizado, montado e longevidade da televisão portuguesa. Na última emissão, o engenheiro despediu-se com um “até sempre”. apresentado pelo engenheiro.
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Dão Festa
5 - 7 Dezembro · Solar do Vinho do Dão
Todos os dias, 17h.
Salão de Vinhos de Inverno
Provas vínicas de produtores e outros produtos locais, até às 23h. Todos os dias, 17h.
Sabores do Dão
Petiscos by Taberna da Milinha Todos os dias, 17h às 20h.
Dão Petiz Espaço Infantil Dia 5 e 6, 23h.
Dão Party Dia 6, 17h.
Workshop com Luis Costa
Torne-se especialista em Vinhos em 60 min. Dia 7, 16h.
Cinema com Vinhos Dia 7, 17h.
Workshop com Luis Costa Vinhos Brancos & Queijos.
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