Director: José Luís Araújo | N.º 247 | 15 de Maio de 2015 | Preço 2,00 Euros
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Por detrás dos Montes
Sumário
04 Confraria Gastronómica do Cabrito Estonado apresentada no final de Maio 05 Street Art celebra a Primavera e os vinhos do Dão em Viseu 06 Feira aposta nos produtos locais e no turismo de Vila Velha de Ródão 07 “Montado e Lezíria – a sua importância para a conservação dos solos" é o tema da FICOR 2015 08 Mangualde volta a promover os Produtos da Terra e o Cabrito 09 Quinta Mendes Pereira mostra nova imagem 10 Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais 2015 em Ponte de Lima 11 Refresh - Bairrada Meets Coimbra 2015 desafia-o a brindar com espumantes 13 Leitão é rei em quinzena gastronómica na Mealhada 15 Quinta das Corriças apresenta novo branco Colheita Seleccionada 2014 16 “O sector primário é fundamental para Trás-osMontes”, diz director da EPADR 18 MONTEL: um DOC Douro diferente e… “de produção familiar” 21 Quinta do Arcossó lança monocasta Bastardo 2012 23 Head Rock: Vinhos de Trás-os-Montes 24 Vinhos ‘José Preto’ virados para o mercado da saudade 25 “O azeite teve um aumento de preço no mercado de cerca de 50%”, diz presidente da COMC 26 Topitéu aposta na matéria-prima nacional e na exportação 28 Indústria quer aumentar área florestal certificada em Portugal 29 FNAPF fez pré apresentação do primeiro livro publicado em Portugal sobre a doença 30 Expoflorestal bateu recorde de visitantes e de expositores 33 Investigadores portugueses criam enzima que protege abelhas e colmeias 35 Expo Mortágua alargada a todos os sectores de actividade 36 Prazo de candidaturas para PAC alargado até 31 Maio 38 Castro Daire revive Rota da Transumância
Com apresentação marcada para dia 31 de Maio
Confraria Gastronómica do Cabrito Estonado nasce em Oleiros No próximo dia 31 de Maio, Oleiros vai ser palco da apresentação da Confraria Gastronómica do Cabrito Estonado, no âmbito de uma acção promocional do Cabrito Estonado organizada pelo Município de Oleiros, em parceria com a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, sendo apoiado no âmbito do PROVERE – Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos. O evento, aberto a toda a população, terá lugar numa tenda no recinto das Devesas Altas, a partir das 15 horas. Naquele que será um evento variado, onde não faltará a visualização de um vídeo promocional, a escritura pública de constituição, a apresentação do logótipo e do traje da Confraria, um showcooking com o chef Nuno Diniz, a actuação do Rancho Folclórico e Etnográfico de Oleiros ou a degustação desta iguaria. Na ocasião, o actor Ruy de Carvalho e sua família vai ler o conto “A Paz por um Cabrito”, da autoria de Sérgio Luís de Carvalho. A promoção deste prato medieval que se confecciona desde sempre em Oleiros dá assim o mote para a reunião. Também conhecido como “Cabrito da Paz”, recorde-se que este era consumido igualmente pelas três religiões descendentes do profeta Abraão, ou seja, por cristãos, judeus e muçulmanos.
De 16 a 31 de Maio em 15 restaurantes do concelho
Marvão promove Quinzena Gastronómica do Bacalhau O Município de Marvão promove, de 16 a 31 de Maio, a VI Quinzena Gastronómica do Bacalhau, uma iniciativa que conta com a participação de 15 restaurantes do concelho e tem como principais objectivos promover Marvão, enquanto destino gastronómico, os seus produtos endógenos e atrair mais visitantes. Durante quinze dias, os restaurantes aderentes vão apresentar, nas suas ementas, mais de 40 pratos de bacalhau, confeccionados com azeite produzido no concelho e que podem ser acompanhadas por um bom vinho marvanense. O intuito é recriar e trazer para o quotidiano da nossa alimentação o tradicional bacalhau, prato genuíno da gastronomia portuguesa, e depois saboreá-lo com os familiares e amigos. Lombo de bacalhau e bacon frito em azeite “Castelo de Marvão”, bacalhau assado com alecrim e batatinhas novas, açorda alentejana com poejo e bacalhau, tiborna de bacalhau, sopa de batata com bacalhau, bacalhau com capa de grão, bacalhau dourado, cataplana de bacalhau com gambas, ou lombo de bacalhau assado com pimentos, são alguns dos pratos que poderá degustar nos restaurantes aderentes.
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Festival vai decorrer de 20 a 24 de Maio
“Street Art” celebra a Primavera e os vinhos do Dão em Viseu O Festival “Street Art” será a principal atracção e novidade do “Tons da Primavera” 2015 – o primeiro evento enoturístico deste ano em Viseu, integrado no programa “Viseu & Vinho Dão Festa”. Sete artistas aceitaram o desafio de interpretarem a Primavera e os vinhos do Dão e darem mais cor a algumas ruas da cidade de Viseu, no âmbito deste evento que vai decorrer de 20 a 24 de Maio. Aka Corleone, Fidel Évora, Frederico Draw, Gustavo Mesk, Marco Mendes, Mariana a Miserável e Martinho Costa são os artistas que vão deixar as suas marcas em paredes da Avenida Capitão Homem Ribeiro, das ruas Capitão Silva Pereira e Augusto Hilário, da central de transportes, dos largos S. Teotónio e Pintor Gata e de vários pontos entre a Praça da República e Santa Cristina. Para o presidente da Câmara de Viseu, “o ‘Tons da Primavera’ celebra a estação mais emblemática da Cidade-Jardim com a sua identidade vinhateira. Apostar e tirar partido destas grandes marcas de Viseu é irresistível na melhor cidade para viver e visitar”. Almeida Henriques destacou o naipe de artistas convidados. "Não fomos buscar produtos pronto-a-vestir. Convidámos sete jovens reputados para marcarem a imagem da cidade de Viseu", frisou o autarca, considerando que "um bom grafite é uma forma de arte", mas lembrou que há muitos desenhos de mau gosto que são "um atentado contra o património". Nesse âmbito, durante esses dias, andarão jovens pela cidade a limpar as paredes onde há maus grafitos. Haverá também dois momentos em que os artistas estarão disponíveis para conversar com a comunidade 5
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sobre as suas criações e as práticas do grafite e da arte urbana. O “Tons da Primavera” contempla um mix de eventos anual de cariz criativos, culturais, urbanos, vinhateiros e turísticos alusivos à identidade vinhateira, sendo a primeira iniciativa deste ano da agenda de eventos vinhateiros promovidos pelo município de Viseu, que levará também muita animação ao Mercado 2 de Maio. Este será, aliás, em permanência o palco de destaque para os néctares do Dão, acolhendo provas vínicas na peça Entre Aduelas, com dezenas de produtores da região representados. A acompanhar, esta praça de eventos do coração da cidade recebe os sabores tradicionais do Dão (pela Taberna da Milinha) e um programa próprio de animação e música. A 23 de Maio, sábado, actua em Viseu a banda portuguesa We Trust, conhecidos por temas como “Better Not Stop” e “Once at a Time”. Prometem uma praça cheia nessa noite, no patamar superior do Mercado 2 de Maio. As “Dão Party” voltam em força, com um “warm-up” a 22 de Maio, no Mercado, e uma colheita especial, sábado, dia 23, nos Claustros do Museu Grão Vasco. Também as ruas terão um décor específico para o evento e condizente com o mote. O Banco BIG será o principal patrocinador da iniciativa. O Município de Viseu conta também com as parcerias da Comissão Vitivinícola da Região do Dão, do Turismo do Centro e do Museu Grão Vasco. O autarca de Viseu adiantou que os jardineiros do município vão também associar-se aos Tons de Primavera, colocando novas flores nos espaços ajardinados da cidade.
Em Coruche, de 28 a 31 de Maio
“Montado e Lezíria
a sua importância para a conservação dos solos” é o tema da FICOR 2015 Numa iniciativa do Município de Coruche, decorre de 28 a 31 de Maio a VII edição da FICOR - Feira Internacional da Cortiça, que este ano tem como temática principal o “Montado e Lezíria – a sua importância para a conservação dos solos”, destacando o papel vital destes para os ecossistemas e biosfera. Ao longo dos anos a FICOR tem vindo a afirmar-se no contexto nacional e internacional pelo carácter interprofissional, agregando os principais agentes da fileira, desde a produção florestal à indústria, passando pela investigação e I&D. Uma das novidades desta edição, é a associação da FICOR 2015 às Comemorações do Ano Internacional dos Solos, através da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), e alertar para a necessidade de gerir os solos de forma sustentável, com vista a um sistema alimentar produtivo, qualidade de vida no mundo rural e um meio ambiente sustentável, tanto na perspectiva florestal como agrícola. A FICOR irá ser realizada no Centro de Exposições de Coruche, que para além da excelente área, goza de uma importante localização estratégica. Toda a componente científica, irá decorrer no Observatório do Sobreiro e da Cortiça, num ciclo de seminários, os quais se irão focar na importância da conservação dos solos, com visitas de campo ao montado e à lezíria, mas também à indústria. Entre as novidades da VII edição está o reforço da ligação entre a Cortiça e o Mundo do Vinho. E por isso, tendo em conta que o Concurso Internacional “Selezione del Sindaco” se realiza este ano em Portugal, na cidade de Oeiras, a FICOR será também palco de uma acção de sensibilização realizada pelo júri do concurso internacional, demonstrando que a cortiça é a melhor matéria-prima natural para assegurar a correcta evolução do vinho em garrafa. Destaque ainda para a aposta da FICOR na ligação da inovação à criatividade e à moda, tendo o seu auge com o desfile - Coruche Fashion Cork - onde jovens designers e estilistas de renome são desafiados a criar com esta nobre matéria-prima, natural e ecológica. A FICOR integra inúmeras propostas de animação, actividades de natureza e passeios no montado, gastronomia, provas de vinho, entre outras, que motivam uma visita à Capital Mundial da Cortiça.
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Nos dias 26 e 28 de Junho
Feira aposta nos produtos locais
e no turismo de Vila Velha de Ródão A II Feira de Sabores do Tejo decorre entre os dias 26 e 28 de Junho, em Vila Velha de Ródão, e aposta na promoção dos produtos locais e no turismo. “Na edição deste ano vamos apostar forte na promoção dos produtos e das instituições locais e vamos criar um novo espaço, dedicado exclusivamente às quatro empresas de turismo que estão localizadas em Vila Velha de Ródão”, disse o presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira. O autarca explicou ainda que o certame vai ter, este ano, 160 expositores e que o município vai in-
vestir 150 mil euros na sua organização, um montante igual ao da primeira edição. “Paralelamente à feira vai abrir o restaurante do Bar do Cais, um investimento do município que rondou os 200 mil euros”, adiantou Luís Pereira. Do programa de espectáculos musicais destaca-se no dia da abertura da feira, 26 de Junho, o concerto dos Amor Electro e, no dia seguinte, a presença de João Pedro Pais. No dia 28 de Junho, cabe aos D.A.M.A. o encerramento da feira. Durante os três dias, vai ainda haver provas de azeite, vinhos e mostra de produtos regionais, “workshops” culinários, espectáculos de magia e tasquinhas com produtos locais.
De 23 de Maio a 10 de Junho
Carne de Vitela “domina” mostra gastronómica em Arraiolos Os pratos à base de carne de vitela vão dominar as ementas de 19 restaurantes de Arraiolos, durante uma mostra gastronómica a realizar de 23 de Maio a 10 de Junho. O evento “Semanas da Vitela” é promovido pela Câmara de Arraiolos, no distrito de Évora, integrado nas mostras gastronómicas anuais e vai coincidir com o certame “O Tapete está na Rua”. Entre os dias 23 deste mês e 10 de Junho, indicou o município, a vitela vai “imperar” nos pratos confeccionados nos 19 restaurantes aderentes. Mão de vaca, vitela de caldeirada, peitos de vitela na brasa com esparregado, posta à alentejana com migas à carvoeiro, bife na caçarola, escalope de vitela recheado com cogumelos ou naco de vitela com migas de hortelã vão ser algumas das iguarias disponíveis. “As ofertas gastronómicas, elaboradas por mãos experimentadas no tempero, não se irão esgotar”, afiançou a entidade organizadora. O evento promete ainda, segundo a autarquia, “a melhor gastronomia da cozinha alentejana confeccionada com produtos do concelho, nomeadamente 7
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carne de vitela certificada da região”. Dos 19 restaurantes participantes na mostra gastronómica, 10 estão localizados em Arraiolos e quatro na povoação de Vimieiro. As localidades de Igrejinha, Sabugueiro, Santana do Campo, S. Pedro da Gafanhoeira e S. Gregório vão estar representadas, cada uma, por um estabelecimento de restauração. Ao longo do ano, a Câmara de Arraiolos vai promover outras iniciativas gastronómicas no concelho, nomeadamente o evento “Semanas das Sopas Alentejanas”, de 25 de Julho a 09 de Agosto.
No fim-de-semana de 23 e 24 de Maio
Mangualde volta a promover os Produtos da Terra e o Cabrito No fim-de-semana de 23 e 24 de Maio, Mangualde acolhe mais uma edição da Feira dos Produtos da Terra e do Fim-de-semana Gastronómico do Cabrito. A Feira, que decorre no Largo Dr. Couto no sábado das 14 às 20 horas e no domingo das 10 às 20 horas, procura dinamizar os produtores e promover os produtos da terra que a região nos oferece. Estes são os objectivos pelos quais a Câmara de Mangualde, em parceria com a Cooperativa Agropecuária dos Agricultores de Mangualde (COAPE), voltam a promover esta feira que conta com o apoio da Cidade d’Excelência Associação e do Gabinete de Agricultura de Mangualde. Diversos produtos, como vinho, mel, queijo, fruta (maçã, cereja, mirtilo), licores, doçaria, batatas, cebolas, ervilhas, favas, couves, feijão, azeitonas, ovos, frutos secos, azeite, enchidos, pastelaria, artesanato, fazem parte integrante deste fim-de-semana gastronómico que será de novo um marco no município de Mangualde. A IV Feira dos Produtos da Terra contará com muita animação, a cargo de vários grupos, e com uma vasta lista de restaurantes que se associaram ao Fim-de-semana Gastronómico do Cabrito, onde será possível deliciar-se com esta iguaria, confeccionada de diferentes maneiras.
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Presidente da COAPE destaca crescimento do sector primário no concelho O presidente COAPE, entidade parceira na Feira dos Produtos da Terra, sublinha a importância desta iniciativa para os pequenos produtores da região. “Procuramos, desta forma abrangente, dar dignidade e relevo aquilo que os agricultores do concelho produzem, desde o queijo de ovelha Serra da Estrela, ao vinho, aos frutos secos, às compotas, ao mel, às hortícolas, aos pequenos frutos, entre outros”, refere Rui Costa. Para o dirigente, o sector “teve um crescimento substancial nos últimos anos, dado que só nos pequenos frutos houve a implementação de mais de uma centena de hectares, permitindo que terrenos abandonados tenham agora aproveitamento agrícola e estejam a produzir alguma coisa”. Isso, diz Rui Costa, “mexeu com a nossa economia, gerou trabalho, emprego e é uma mais-valia para o concelho”. O presidente da COAPE destaca também o sector avícola, onde “houve grandes investimentos na construção de aviários e na produção de frango do campo, a par de outros investimentos na vinha e no olival”, refere Rui Costa.
Produtor mostra novas colheitas do Dão
Quinta Mendes Pereira mostra nova imagem É numa das mais antigas regiões demarcadas de Portugal que a Quinta Mendes Pereira produz vinhos austeros e elegantes, como manda a tradição do Dão. A arte do vinho que também chega à garrafa com imagem renovada e novas colheitas no mercado. A Quinta Mendes Pereira, empresa familiar localizada no coração da aldeia histórica de Oliveira do Conde, no concelho de Carregal do Sal, apresenta as suas novas colheitas com imagem renovada. Esta é uma das maiores explorações particulares em toda a região com produção de vinhos que aliam a moderna tecnologia às mais antigas tradições do Dão. Considerada uma das mais antigas e nobres regiões demarcadas, o Dão é o berço de vinhos frescos, austeros e elegantes, características típicas deste terroir. Esta “terra com mão de Deus”, como escreveram gerações, desafia a mão humana com a ilusão de sol todo o ano e com imprevisíveis mudanças de clima. Desafio aceite pela Quinta Mendes Pereira que trabalha colheita após colheita com a missão de preservar esta essência em garrafa. A propriedade, cuja construção remonta a meados do séc. XIX, é actualmente gerida por Raquel Mendes Pereira, que agarrou este projecto dando continuidade aos primeiros passos do pai há mais de 20 anos. Ali, alia-se a tradição à modernidade e inovação que resultou na renovação de toda a adega com tecnologia de ponta. Esta visão arrojada expandiu-se também à garrafa que apresenta este ano uma imagem mais estilizada, em tons dourados e prateados, com traços simples que uniformizam todos os rótulos do produtor. Esta mudança ocorre numa altura em que são apresentadas as novas colheitas, sugestões perfeitas para a estação quente. A completa gama Quinta Mendes Pereira inclui um espumante, um rosé, dois brancos e quatro tintos. Em destaque estão o imbatível Encruzado Reserva, casta típica da região, o monocasta Reserva Touriga Nacional e o intenso Rosé 2011 Touriga Nacional. Encruzado Reserva 2012 foi engarrafado apenas em Setembro de 2013, um ano depois de vinificado, resistindo à pulsão do mercado pelo consumo dos vinhos brancos demasiado jovens o que lhe confere características únicas de acidez, volume e fruta capazes de ombrear com muitos tintos na degustação de carnes e pratos mais densos e temperados. É um Branco único feito a pensar em finais de tarde mais frescos. Para apreciadores de tintos únicos, a sugestão é o Touriga Nacional Reserva 2010, que pode ser consumido acompanhando pratos de carne fortes e enchidos ou no final de uma refeição com uma selecção de queijos da Serra. Se preferir aproveite a excelente capacidade de evolução em garrafa por alguns anos, onde vai ganhar muito mais complexidade e vai ficar mais aveludado. Já para os dias quentes e festas de verão que se aproximam o Quinta Mendes Pereira Rosé 2011 é a escolha do produtor. Um vinho com paladar muito jovem e fresco, com aromas de boca intensos e fruta vermelha bem viva. Na boca apresenta-se fresco, estruturado e algo volumoso com final persistente. Para consumo imediato, este vinho acompanhando todos os pratos de peixe e mariscos, algumas carnes mais leves e sardinhas. Seja qual for o pretexto, parta à descoberta da complexidade e elegância do Dão, uma das mais misteriosas e desafiantes regiões do país, com sugestões de topo para celebrar os convívios da nova estação. 9
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De 12 a 14 de Junho, na ExpoLima
Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais
de Ponte de Lima comemora bodas de prata Ponte de Lima recebe de 12 a 14 de Junho a XXV Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais, evento que comemora as bodas de prata e que visa promover e divulgar o afamado vinho verde e os melhores sabores que compõem a cozinha regional deste região minhota. Sendo Ponte de Lima um concelho afamado pela produção do Vinho Verde, uma herança que herdou dos seus antepassados com o cultivo de diversas castas de vinho, com destaque para o Loureiro e o Vinhão, e um microclima propício a esta actividade vinícola, justifica-se a aposta neste sector e na realização anual deste evento. Numa parceria conjunta entre o Município, a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima e a Escola Superior Agrária de Ponte de Lima do Instituto Politécnico de Viana Castelo, há 25 anos que em Ponte de Lima se celebra a Festa do Vinho Verde. O evento promove a mostra de Produtos Regionais, organizando em simultâneo o Concurso de Vinhos Verdes de Ponte de Lima, dirigido a produtores, garrafeiras, engarrafadores e distribuidores, acção que permite aos produtores obter condições especiais para apresentar os seus vinhos a segmentos de mercado estratégicos, traduzindo-se seguramente numa boa oportunidade de negócio. A Festa do Vinho Verde promove em paralelo outros produtos endógenos, típicos do concelho, como os Enchidos e Fumados, que aliados à confecção tradicional, contribui para promoção dos sabores tradicionais. O programa da Feira inclui
ainda a realização de Shows Cookings, Workshops, XIII Concurso de Vinhos Verdes, VII Concurso de Leite-Creme, VII Concurso Regional da Raça Frísia do Alto Minho e uma Jornada do Campeonato Regional de Ensino.
Prova realiza-se nos próximos dias 3 e 4 de Junho
Minho Wine Tasting reúne especialistas em Monção e Melgaço
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Os vinhos elaborados nos 24 municípios que integram as Comunidades Intermunicipais (CIM) do Alto Minho, Cávado e Ave estarão em prova nos próximos dias 3 e 4 de Junho, em Monção e Melgaço. A “Minho Wine Tasting” reúne um painel de conceituados especialistas em vinho, de países como Portugal, Brasil, França, Holanda, Suécia e Polónia. Ao longo de dois dias, jornalistas e críticos de vinhos terão oportunidade de provar algumas dezenas de vinhos elaborados no Minho, percepcionando não apenas a actualidade desses vinhos como ainda visitar, in loco, alguns locais de produção da sub-região de Monção e Melgaço, particularmente famosa pelos vinhos da casta Alvarinho. A prova decorrerá nas manhãs de dia 3, no Museu do Alvarinho, em Monção, e de dia 4, no Solar do Alvarinho, em Melgaço. No período da tarde serão efetuadas visitas a produtores. A comitiva de especialistas será constituída pelos brasileiros Alexandre Lalas (crítico de vinhos no portal www.alexandralalas.com.br) e Miguel Icassati (especialista em gastronomia e vinhos, revistas “Veja” e “Gosto”), o francês Eric Riewer (editor de vinhos do famoso guia “Gault Millau”), o polaco Pawel Bravo (crítico da revista “Magazyn Wino”), o sueco Fredrik Âkerman (especialista em vinhos que colabora com o projeto “Din Vinresa”), a holandesa Leonie Mooijekind (jornalista da revista “Jan Magazine”), e os portugueses Manuel Moreira (sommelier, formador e crítico de vinhos, colabora com as revistas “WINE” e “Escanção”), Rui Falcão (jornalista e crítico de vinhos, colabora com o suplemento “Fugas” do jornal “Público” e a revista “WINE”) e Nuno Guedes Vaz Pires (director da revista “WINE”). A “Minho Wine Tasting” integra o projecto Essência do Minho, promovido pelo Consórcio Minho IN, que integra as CIM do Alto Minho, Cávado e Ave, com produção da empresa EV – Essência do Vinho. Além da prova de vinhos com especialistas internacionais, Essência do Minho realizará ainda um evento enogastronómico nos dias 5, 6 e 7 de Junho, em Braga – o “Minho
IV Edição decorre nas Piscinas do Mondego a 31 de Maio
‘Refresh - Bairrada Meets Coimbra 2015’ desafia-o a brindar com espumantes No último dia do mês, Domingo, 31 de Maio, o convite é para ir até Coimbra provar a excelência dos espumantes Bairrada. A cidade vai ser palco de uma apetecível mostra que reunirá muitos dos players de uma das mais singulares regiões vitivinícolas do país. A quarta edição do ‘Refresh - Bairrada Meets Coimbra’ volta a realizar-se nas Piscinas do Mondego, localizadas à beira do rio que lhe empresta o nome e integradas no Parque Verde, com a silhueta da cidade como pano de fundo. Com alguns dos mais emblemáticos vinhos espumantes à prova, em ambiente informal e num local propício ao convívio e a momentos de descontracção, o ‘Refresh - Bairrada Meets Coimbra’ é também um privilegiado espaço de contacto com os produtores. Para a mostra de 2015 está prevista a presença de 15 a 20 produtores e mais de 80 referências de espumantes com certificados pela Comissão Vitivinícola da Bairrada, numa saudável combinação de produtores já estabelecidos no mercado. O evento é um projecto promovido pela Catarino & Associados, contando com o apoio da Comissão Vitivinícola da Bairrada. É um evento que tem vindo a crescer de forma sustentada, tendo a edição de 2014 contado com cerca de mil 11
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visitantes, entre apreciadores de espumantes e representantes da indústria. Pedro Soares, presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada, afirma que “os espumantes Bairrada são um produto versátil na oferta e no (momento de) consumo, sendo crescente a sua valorização. Isso deve-se ao esforço e trabalho dos produtores da região, que trilham um incansável caminho para melhorara a qualidade do mesmo”. Para Eduardo Gonçalves, porta-voz da organização, “o objectivo desta mostra – a maior do país, segundo sabemos – é a divulgação e promoção do espumante, abrindo para isso as portas da cidade de Coimbra, não só ao público especializado, mas chamando também a atenção da comunicação social e do consumidor final para o enorme potencial deste produto originário da nossa região”. Aberto ao público entre as 14 e as 20 horas, com entradas pagas, o ‘Refresh Bairrada Meets Coimbra’ integra-se na estratégia de divulgação da região, um esforço levado a cabo pela CVB e que tem dado frutos nos últimos anos, com a sua transformação num modelo a seguir e com a afirmação dos seus singulares espumantes, nomeadamente dos da casta Baga, ex-libris da região.
Abriu a 1 de Maio de 1980
Restaurante Pic Nic comemorou 35 anos “a bem servir” Abriu no Dia do Trabalhador, no ano de 1980. Já lá vão 35 anos e o restaurante Pic Nic, na Mealhada, continua apostado em oferecer aos seus clientes o mesmo serviço de sempre, em que a qualidade e o bem servir andam juntos há mais de três décadas. Sandra Alves, filha dos actuais proprietários, à Gazeta Rural, fala do trajecto dos pais, que depois de terem trabalhado noutros restaurantes da região, adquiram o espaço, onde, curiosamente, a mãe de Sandra tinha trabalhado.
qualidade e “ser feito com carinho”. Depois, o cliente é que julga.
Gazeta Rural (GR): Como foram estes 35 anos? Sandra Alves (SA): Os meus pais já tinham trabalhado noutros restaurantes e a minha mãe já tinha trabalhado neste como empregada. Mais tarde decidiram investir no ramo e acabaram por comprá-lo. São eles que ainda estão à frente do negócio. Eu estou cá há meia dúzia de anos, mas o caminho que os meus pais fizeram foi longo e rigoroso. Foram-se mudando algumas coisas, pois a casa era muito mais pequena e fomos tentando acompanhar os tempos. Foi “um trajecto longo e rigoroso”, diz a progenitora, referindo que o segredo de um bom leitão é ter matéria-prima de
GR: Muito se diz e se fala sobre o segredo do Leitão da Bairrada. Há, na sua opinião? SA: Diria que a matéria-prima é o mais importante. No nosso caso é o meu pai e o meu marido que escolhem os leitões, que não excedem os cinco quilos, num fornecedor da nossa região.
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GR: Entretanto, aderiram ao projecto 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada? SA: Sim, foi muito bom para o nosso restaurante, porque tem muita adesão, é falado, e tem uma grande divulgação. Para além disso, há a Quinzena Gastronómica que atrai mais visitantes à região.
GR: E têm algum segredo? SA: O nosso… está no segredo dos deuses. Não. É claro que a matéria-prima é importante. Tem de ter qualidade. Depois, gostamos que o cliente fique bem servido e que volte. É sinal que ficou satisfeito. Fazemos tudo com carinho e, muito importante, gostamos do que fazemos.
De 16 a 31 de Maio em 11 restaurantes aderentes
Leitão é rei
em quinzena gastronómica
na Mealhada Onze restaurantes que integram o projecto 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada aderiram à quinzena gastronómica “Leitão à Mesa” que decorre de 16 a 31 de Maio, promovida pela Câmara local e pela Associação Maravilhas da Mealhada. A iniciativa pretende promover a qualidade do produto leitão e reforçar a marca gastronómica municipal, impulsionando a actividade económica deste concelho da região da Bairrada. Os restaurantes aderentes têm menus especiais e vão oferecer aos clientes as mais diversas entradas feitas com leitão, da cabidela às iscas, dos croquetes aos rissóis, das empadas à bôla. São duas semanas dedicadas ao prato rei do concelho. Para o presidente da Câmara da Mealhada, esta quinzena gastronómica visa “dar a conhecer um produto que é marcante no concelho” e a sua realização “serve para dizer aos potenciais consumidores que os nossos produtos, neste caso o leitão, continuam a ter muita qualidade”, refere Rui Marqueiro, explicando isto com o velho ditado popular de que “quem não é visto, não é lembrado”. Para além disso, acrescenta o autarca, “o concelho da Mealhada é conhecido, nacional e, talvez, internacionalmente, como a terra do leitão”, deixando um desafio aos restaurantes aderentes no sentido de fazerem um esforço para “servirem ainda com mais atenção e melhor”. No fundo, sublinha Rui Marqueiro, pretende-se “divulgar um dos grandes produtos da gastronomia nacional e, sem dúvida, o mais importante embaixador da nossa terra”. O leitão é dos produtos das 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada, juntando-se à água, ao vinho e ao pão. Para o autarca da Mealhada, este projecto “teve a grande vantagem de juntar as pessoas que tinham muita dificuldade em o fazer, desde a restauração, aos produtores de vinhos, às padarias e à Sociedade das Águas do Luso”. Rui Marqueiro diz que “tradicionalmente há um certo individualismo, que faz parte das gentes das Beiras e a iniciativa 4 Maravilhas, no caso da Mealhada, teve o condão de as juntar à volta da mesma mesa”. Isso permitiu – acrescenta Rui Marqueiro -, desafiar os produtores de vinho a apresentarem um néctar ‘4 Maravilhas’, o que foi conseguido”. Já foram produzidos dois tintos, de grande qualidade. O autarca elogiou também os vinhos da Bairrada, destacando que “têm como principal característica sua capacidade de envelhecer por força da presença da baga, casta que, segundo o próprio, “encontrou na Bairrada as condições ideais”. Durante duas semanas, os visitantes para além de poderem saborear o melhor leitão, vão poder ainda apreciar as mais diversas iguarias feitas com este produto, que vão ser oferecidas pelos restaurantes. Cada um terá ainda menus especiais e outras surpresas, que poderão ir de degustações de vinhos e espumantes às mais variadas, e criativas, ofertas. O “Leitão à Mesa” vai na terceira edição e tem consagrado o seu sucesso de ano para ano. Tal como no ano passado, vai haver um sorteio de refeições para duas pessoas por cada restaurante aderente. De 16 a 31 de Maio, todos os que consumirem leitão num dos 11 restaurantes aderentes receberão um cupão por cada refeição efetuada que, no final do evento, irá a sorteio, cujos resultados serão conhecidos posteriormente. 13
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Aposta de António Lopes e Eduardo Martins
Restaurante “Celso dos Leitões” foi a concretização de um projecto A crise, por vezes, gera novas ideias e projectos que ganham corpo devido à vontade de vencer dos seus intervenientes. Foi o que aconteceu com António Lopes e Eduardo Martins que, com as esposas desempregadas, - ambas professoras -, decidiram ‘atirar-se’ ao leitão. Depois do projecto ter sido iniciado na Mealhada, há dois anos, em Fevereiro de 2013, surgiu a oportunidade de criarem o “Celso dos Leitões”, uma vez que o pai de António Lopes, (Celso Lopes – na foto), trabalhou durante 61 anos no restaurante “Pedro dos Leitões”. António Lopes, um dos sócios, em conversa com a Gazeta Rural, sublinhou a importância de uma boa matéria-prima para oferecer aos clientes um prato de qualidade. Se o leitão não for bom… Gazeta Rural (GR): O que vos levou a apostar na restauração? António Lopes (AL): Foi por gosto. Era um projecto que já vinha de trás, com o meu sócio, Eduardo Martins, especialmente depois das nossas esposas, que eram professoras, terem ficado desempregadas. Sentimos que tínhamos de criar uma actividade para elas, que estava prevista para a Mealhada. Isto foi evoluindo e, entretanto, apareceu esta casa, que acabámos por adquirir. GR: Têm facilidade de encontrar matéria-prima? AL: Em tempos a situação foi pior, pois havia muito leitão que viria de Espanha e até de outros países. Hoje isso já não aconte-
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ce, pois há um controlo rigoroso por parte dos restaurantes na sua aquisição, o que faz com os fornecedores tenham também essa exigência. A maior parte do leitão fornecido aos restaurantes é criada no nosso país, onde há pocilgas com grande capacidade de produção, nomeadamente no Alentejo e na região de Leiria. GR: Qual o maior segredo para um bom leitão assado? AL: São todos os factores que entram na sua confecção. Sem dúvida que a qualidade do animal é a mais importante. Depois os temperos, o forno e os molhos fazem o resto. Agora, se o leitão não for bom, não há temperos nem forno que lhe valham. Isso nota-se na pele. Se o leitão não for de qualidade, se sair do forno e for logo para a mesa o cliente, menos conhecedor, pode nem se aperceber, mas 15 ou 20 minutos depois a pele começa a ficar tipo borracha. GR: Que importância tem os eventos que a Câmara promove? Nota-se o aumento de clientes? AL: Ainda não temos um termo de comparação. Este ano é que o vamos poder fazer relativamente ao ano anterior. Acredito que todas as acções de promoção são benéficas para atrair mais pessoas. O município da Mealhada tem estado na linha da frente e tem sido uma boa ajuda na divulgação destas actividades e dos produtos do nosso concelho.
Av. da Restauração 3050-375 Mealhada Tel.: 231 281 148 | Tlm.: 925 670 113 E-mail: geral@celsodosleitoes.pt
Vinhos têm recebido rasgados elogios
Quinta das Corriças apresenta novo branco Colheita Seleccionada 2014 A Quinta das Corriças, de Trás-os-Montes, prepara-se para lançar no mercado três novos vinhos, um branco e dois tintos, que têm recebido críticas muito positivas. “São vinhos que nos enchem a alma”, diz o produtor Telmo Moreira. O branco Colheita Seleccionada 2014 recebeu “uma nota de vinho de topo”, na análise efetuada pelos serviços enológicos. “É um vinho notável e extraordinário”, diz o produtor, referindo que o Colheita Seleccionada 2013 é, também, “um grande vinho, reconhecido pelo consumidor (está quase esgotado), mas o de 2014 está excelente e que surpreende pela positiva”. A Quinta das Corriças vai também lançar, paralelamente, o prestigiado Reserva Tinto 2011 e um novo Reserva Tinto 2013. O produtor tem apostado claramente em vinhos de um patamar de qualidade elevado, o que lhe tem valido inúmeros
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galardões a nível nacional e internacional. Para Telmo Moreira são o reconhecimento “em dois sentidos”. Por um lado, “pelo trabalho e enorme esforço que temos demonstrado e gerido ao longo dos últimos quatro anos para manter viva uma actividade desenvolvida ao longo de séculos ou mesmo milénios” e, por outro, “são a certeza da qualidade dos nossos vinhos, que tem aumentado significativamente, surpreendendo tudo e todos”. Para o produtor transmontano, estes “são aspectos nos orgulham e encorajam para continuar a trilhar este difícil e árduo caminho, porém, temos a certeza que estamos no sentido certo, pelo que seguiremos com esta determinação e certeza, a bem da região e do País, contribuindo para a melhoria do bom nome da vitivinicultura portuguesa”, refere Telmo Moreira”.
Diz Manuel Taveira Pereira, da EPADR de Carvalhais/Mirandela
“O sector primário é fundamental para Trás-os-Montes” Com cerca de duas centenas de alunos oriundos de vários concelhos da região transmontana, mas também de Moçambique, Angola e Cabo Verde, a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais/Mirandela (EPA) tem vindo a levar a cabo um trabalho importantíssimo para o meio rural da região. Herdeira da escola mais antiga do concelho de Mirandela, que se iniciou na quinta onde está instalada há mais de meio século, a EPA Carvalhais/Mirandela, tem a responsabilidade de ser a única escola profissional de agricultura pública em Trás-os-Montes. À Gazeta Rural, Manuel Taveira Pereira, director da EPADR, diz que “o sector primário é fundamental para Trás-os-Montes” Gazeta Rural (GR): Que cursos a Escola oferece? Manuel Taveira Pereira (MTP): Temos vários cursos em funcionamento. Vamos propor para o próximo ano lectivo a abertura dos Cursos Técnico de Produção Agrária, na variante de Produção Animal, de Viticultura e Enologia, de Gestão de Recursos Florestais e Ambientais, Mecatrónica, Instalações Elétricas e Gestão Equina. Propomos também um curso vocacional de Agroturismo de nível básico e equivalência ao 9.º ano de escolaridade, cursos EFA’s e Formações Modulares. GR: Os alunos são todos oriundos desta região? MTP: Sim, na sua maioria. Do total de alunos da escola, apenas 37 são do concelho de Mirandela. Temos alunos originários de 24 concelhos da região, mas também alguns, num total de 12, vindos de Moçambique, Angola e Cabo Verde, devidamente acompanhados e enquadrados. Ao mesmo tempo que mostramos o que de melhor fazemos na nossa agricultura e os nossos produtos endógenos, são oportunidades que damos aos nossos países irmãos, nomeadamente aos alunos no sentido de estabelecerem contactos e relações de futuro, que podem ser de índole técnico e comercial. GR: Como olha para o sector agrícola? É uma opor16
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tunidade para fixar pessoas nesta região? MTP: Somos uma escola regional. O nosso objectivo e os nossos alunos, que são oriundos de diferentes concelhos da região, possam regressar à sua terra, criar riqueza e constituir família. Achamos que, para Trás dos Montes, o sector primário é fundamental e uma alavanca essencial para o seu desenvolvimento. Daí, termos a certeza de sermos imprescindíveis para a região. GR: A Escola, além do ensino, tem a componente prática, que resulta na produção de vários produtos? MTP: O nosso projecto educativo, desde há seis anos, está virado para o empreendedorismo, com sustentabilidade social e ambiental. Cientes disso, procedemos a uma alteração produtiva da quinta, atendendo a esse desiderato, mas também ao facto de termos poucos funcionários. Daí que as aulas práticas são vocacionadas para uma ideia de negócio e a criação de riqueza. Os nossos alunos acompanham desde a produção até a comercialização, passando pelo embalamento, rotulagem e conservação. Por outro lado, temos neste momento uma queijaria licenciada, cujo queijo já dá cartas e é conhecido em todo o país. É muito procurado, não só no minimercado que temos em funcionamento, mas também por todo país, para onde enviamos pelos vários meios disponíveis. Temos também um projecto, que está em fase terminal e já foi vencedor de um prémio, que é uma loja rural online. Além do queijo, temos um lagar de azeite tecnologicamente muito avançado, ecológico, que funciona no período da colheita 24 horas por dia. Temos quatro hectares de vinhas, na sua grande maioria recentemente instaladas, com uma colecção de castas regionais bastante importantes, brancas e tintas, cujas uvas são laboradas no nosso lagar e na adega. Iremos fazer uma intervenção no edifício, onde estão os lagares, pois é um edifício antigo, muito lindo e com interesse cultural e patrimonial. Temos também na quinta cabras serranas e duas raças de
ovelhas, uma para produção de leite e queijo e outra de carne (Churra da Terra Quente, uma raça autóctone). Iremos instalar em breve uma exploração extensiva de porcos bísaros e um centro hípico. Neste âmbito, temos feito uma série de parcerias, que nos permitem levar a cabo todos estes projectos e que nos ajudam imenso. Queria destacar a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte que nos facilita a partilha de pastos de uma quinta próxima da nossa, que nos permite também ter lá uma raça autóctone de ovinos, vocacionada para a produção de carne. Estamos certos que os projectos avançarão e, nesse sentido, temos trabalhado bastante com diferentes entidades da região, publicas, privadas e associativas. Trabalhamos diariamente com todos os parceiros, não só na realização de estágios, mas também para desenvolver outros projectos ao longo do ano. GR: Em relação ao vinho, a Escola criou uma marca própria? MTP: Sim. Todos os produtos que saem da escola têm a marca “EPA” Escola Profissional de Agricultura, associada a Vinha Nova. Por sugestão dos antigos alunos e amigos, adotaremos a marca “Charrua” para os vinhos mais nobres. A produção de vinho vai levar um impulso, com a modernização da adega, pois estávamos a faze-lo pelo método tradicional. O Ministério da Educação tratou do processo e as instalações já foram a concurso para serem modernizadas. Actualmente, conseguimos ter tecnologia avançada via adegas ou Comissão Vitivinícola Regional, onde os nossos alunos fazem o estágio. No último ano tivemos os melhores resultados de Portugal no concurso de jovens provadores de vinho em França. Tivemos um segundo lugar, um oitavo, um décimo quarto e um décimo quinto, entre muitos concorrentes de vários países da União Europeia. Somos uma verdadeira escola profissional. Temos capacidade para alojar e alimentar os alunos deslocados em regime de internato, sem qualquer custo para as respectivas famílias, isto é, proporcionamos todas as condições para a aprendizagem e 100% gratuito.
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ESPECIAL TRÁS-OS-MONTES
Produzido em Modo Biológico
MONTEL: um DOC Douro diferente e… “de produção familiar” A aposta na produção em modo biológico tem vindo a ganhar adeptos, com o sector dos vinhos a seguir essa tendência. Foi o que aconteceu com Elisa Pimentel e Luís Miguel Monteiro, dois enólogos com experiência no Douro, que decidiram apostar na produção de vinhos biológicos. Assim nasceu o MONTEL, que segundo a produtora, Elisa Pimentel, é “um vinho de qualidade, de produção familiar”. Gazeta Rural (GR): Como surgiu a ideia de fazerem Agricultura Biológica? Elisa Pimentel (EP): Eu e o Miguel Monteiro somos enólogos e com formação no âmbito da viticultura. Estamos ligados, há cerca de 20 anos, à Consultadoria Técnica e à Formação Profissional na área da Enologia e da Viticultura, em concreto no incremento de formas de agricultura sustentável, como o Modo de Produção Integrada e a Agricultura em Modo Biológico. Assim, sempre fez sentido gerirmos as nossas propriedades, dentro dos conceitos que defendemos. GR: Porquê e quando iniciaram a produção de Vinhos Biológicos? EP: O Regulamento (UE) 203/2012 da Comissão, de 8 de Março de 2012, alterou o anterior, no que respeitava ao vinho que até aí era apenas “vinho produzido a partir de uvas biológicas”. Este novo regulamento permitiu aos produtores passarem a utilizar a designação “Vinho Biológico” no rótulo dos vinhos 18
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certificados de acordo com este modo de produção, ou seja, nos vinhos que tenham respeitado as regras da vinificação em modo biológico, e isto apenas a partir de 2012, mas com retroactividade às colheitas de 2011 que tenham sido certificadas. Foi nesta altura que o MONTEL nasceu. O Miguel Monteiro tem vindo a elaborar vinhos que têm obtido vários prémios, e daí resolvermos apostar num produto nosso, diferente, proveniente de um modo de produção sustentável como sempre defendemos. GR: O que marca a diferença dos vinhos produzidos em Modo Biológico? EP: Para começar, as uvas têm de ser produzidas e certificadas segundo o Modo de Produção Biológico. Não é possível fazer vinho Biológico (certificado) a partir de uvas convencionais. Porém, ao contrário do que muitas pessoas pensam, um vinho biológico não é um vinho sem sulfuroso, mas o seu limite legal é muito mais baixo, o que permite que seja menos agressivo para quem é sensível aos sulfitos. Assim, com muito menos sulfuroso e sem resíduos de químicos de síntese (fertilizantes, pesticidas, reguladores de crescimento e aditivos), é um produto mais natural e mais amigo do ambiente. É também mais saudável, mais intenso em termos de sabor e aroma, onde são realçadas as características organolépticas naturais das castas. GR: Em que patamar coloca os vossos vinhos? EP: O facto de ter nascido pela vontade de fazer um vinho diferente, sustentável e de qualidade, permite-nos que apenas comercializemos como MONTEL as colheitas que lhe defendam a qualidade que ambicionamos, ou seja que lhe “vistam a capa”. Dai não termos a pretensão de lançar o MONTEL todos os anos,
mas apenas colocar no mercado as colheitas com o patamar de qualidade que nós exigimos. Diria que é um “vinho familiar”, criado com muito trabalho e dedicação, mas também com muito amor e prazer. GR: Já foram premiados? EP: Sim. O MONTEL 2011 teve uma medalha de Bronze em 2014, no Decanter de Londres. De realçar, porém, que o concurso não era de vinhos Biológicos. Estivemos a competir com vinhos convencionais de todo o mundo. Se o concurso fosse apenas entre vinhos biológicos, seria uma medalha de ouro. Porque não? Mas não faltarão oportunidades de pôr novas colheitas à prova! GR: Como está o mercado? EP: Independente de ser biológico, o MONTEL tem boa saída, porque é um bom vinho. Encontra-se em várias garrafeiras, restaurantes e hotéis de gama média e alta. É consumido por quem é apreciador, independentemente de ser biológico, o que, neste caso, é uma mais-valia e que surpreende muita gente. Está também disponível em lojas e casas de Produtos Biológicos, principalmente no Porto e Lisboa. GR: A exportação continua a ser a tábua de salvação dos produtores? EP: Quando se fala no vinho de uma maneira geral, e com as produções e concorrência que temos no nosso país, a exportação é sem dúvida o caminho a trilhar. Com o MONTEL não é diferente. Somos uma empresa familiar focada na qualidade e pretendemos ganhar clientes para os vinhos que vêm aí. O nosso primeiro objectivo, neste momento, é darmos a conhecer os vinhos MONTEL. Os vinhos Biológicos são uma realidade e já são também de qualidade. São uma experiência a não ser descorada pelo consumidor atento.
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Com sede em Mirandela
“Avô Moleiro” aposta nos formatos e na… alheira doce De vendedor de produtos de farinha, Eduardo Libório decidiu, há 10 anos, deixar a estrada e ‘entregar-se’ à massa e ao forno. Do avô, conhecido por Manuel Moleiro, aproveitou o apelido e assim nasceu o projecto “Avô Moleiro”. A pastelaria de Mirandela é conhecida pelos formatos dos seus produtos. “Somos especialistas em formatos grandes, desde pão de azeitonas com azeite, de passas, de chocolate, de sementes, de milho, de centeio e o pão de água, tudo em tamanho grande, com pesos a rondar os 7 a 8 quilos, enquanto o pão milho pode chegar aos 15 quilos”, refere Eduardo Libório. Na busca de novos produtos e outros formatos, descobriu que Mirandela “não tinha um bolo típico”. “Tentamos desenvolver um bolo típico e daí que pegámos no formato e no nome da alheira. É folhado e tem um recheio composto à base de coco, creme, passas, amêndoas, noz e canela. Assim nasceu a alheira doce”, refere o empresário. As matérias-primas que usa na confecção dos seus produtos são oriundas de Trás-os-Montes e Nordeste da Beira. A excepção é mesmo a farinha de trigo, uma vez que o nosso país importa grande parte do trigo que consome.
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A chegar brevemente ao mercado
Quinta do Arcossó lança monocasta Bastardo 2012 O Bastardo cultiva-se em quase todas as regiões vitícolas do país, nomeadamente no Douro, sendo uma casta que tem vindo a perder preponderância na maior parte das mesmas. Há, contudo, quem continue a acreditar que a partir do Bastardo se podem fazer vinhos de excepção. Amílcar Salgado, proprietário da Quinta do Arcossó, entre Vila Pouca de Aguiar e Chaves, acreditou e fez um monocasta Quinta do Arcossó Bastardo, colheita de 2012, que agora chega ao mercado. As reacções não se fizeram esperar. “Um verdadeiro achado” ou “dos melhores monocasta Bastardo” de tudo já se disse deste vinho. O produtor transmontano lançou também recentemente o Quinta do Arcossó Grande Reserva 2011, para além de um Reserva Branco 2013, um Colheita Branco 2013, um Rosé 2014, bem como um Reserva e um Colheita tinto 2009. Mas a cereja no topo do bolo, ou, se quiserem o top dos tops deste produtor é o Quinta do Arcossó Bago-a-Bago de 2011, um grande vinho para grandes apreciadores, do melhor se produz em Trás-os-Montes. Um vinho fresco, potente, mineral, de terroir e muito equilibrado. Se ficou entusiasmado, com este e com os outros vinhos da Quinta do Arcossó resta procura-lo, nas boas garrafeiras ou directamente no produtor.
Quinta do Arcossó - Sociedade Vitivinícola, Lda. Lugar do Penedo do Lobo, 9 5425 - 023 Vidago - Chaves Telefone: +351 276 999 109 Telemóvel: 00 351 9 653 9914 E-mail: quintadearcoso@sapo.pt 21
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ESPECIAL TRÁS-OS-MONTES
Tanodouro fica em Mogadouro
Alexandre Fernandes
virou-se para a tanoaria artística Aos 12 anos Alexandre Fernandes começou a trabalhar numa tanoaria em Palaçoulo. Com 33 anos de experiência no ramo, decidiu há 11 virar a agulha e trabalhar por conta própria, estando neste momento instalado na Zona Industrial, em Mogadouro. O tempo em que ia cortar as árvores para depois as serrar, moldar a madeira e fazer pipos para o vinho já lá vai, embora hoje Alexandre Fernandes ainda o faça. Desde há algum tempo que apostou na tanoaria artística, uma área onde a concorrência é menor e o negócio, segundo o próprio, até nem tem corrido mal. “Não tenho razões de queixas”, diz. “Na tanoaria artística a concorrência é menor e não há muitas pessoas com capacidade para fazê-la”, afirmou à Gazeta Rural. Hoje, em vez de ir cortar a árvore, aproveita “peças mortas, a que as pessoas já não dão utilidades, às quais damos vida e conseguimos fazer peças de luxo”, refere Alexandre Fernandes com um brilhozinho nos olhos. Os seus trabalhos já são conhecidos no estrangeiro, nomeadamente em Espanha, o seu melhor mercado, e onde são muito apreciados. O turismo rural, que em Trás-os-Montes está em expansão, é um mercado a ser explorado. Porém, Alexandre Fernandes salienta a pouca divulgação da região, “que merecia ser mais e melhor promovida”, mas também dos seus produtos, “que são de grande qualidade”.
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PARA CONHECER
Head Rock:
Vinhos de Trás-os-Montes
Os vinhos Head Rock são o fruto do renascimento de pequenas parcelas de vinha abandonadas no chamado Bolhão, como é conhecido entre os habitantes mais antigos da região, ou encosta de Arcossó, em Vidago. O facto de as vinhas terem sido reconvertidas na sua totalidade em 2008 e 2009 torna-as muito jovens e, sendo castas pouco produtivas, os primeiros anos de produção resultaram em quantidades ainda reduzidas para a capacidade total da plantação. A prova disto são os 8000 litros resultantes da campanha 2013/2014 produzidos nos cinco hectares de terreno. As castas escolhidas para a plantação foram de encontro às qualidades minerais do terreno, à altitude a que está implantada, que varia entre os 450 e os 650 metros, mas também resultam da intenção de querer inovar e optar por uma casta invulgar em Trás-os-Montes, o Alvarinho. Para completar a família de castas brancas, o Gouveio é a escolhida. O terroir, assim como o microclima característico da encosta de Arcossó, em Vidago, faz com que o vinho Head Rock Branco seja muito frutado, com um aroma e paladar muito próprios do Alvarinho, mas aqui, por ser um vinho maduro, torna-se mais intenso. A interacção entre o Alvarinho e o Gouveio resulta num vinho leve, aromático, mineral, com uma acidez correta e um paladar que persiste na boca Nos tintos, e de acordo com as características do terreno, foram plantadas as castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Syrah. A interacção entre estas castas, aliadas a um estágio em barricas de carvalho por um período mínimo de seis meses, resulta num vinho equilibrado, frutado e encorpado. O mercado português continua a ser bom para os vinhos, embora a multiplicação de novos produtores e a imensa oferta de marcas e referências faça com que seja complicado entrar no circuito comercial. Também é preciso chamar a atenção para a região de Trás-os-Montes que, apesar dos esforços, continua ainda a ser erradamente ligada ao Douro e ao tipo de vinhos ali produzidos. O mercado externo acaba por representar uma alternativa
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válida e interessante, pois a facilidade de penetração no mercado e o facto de, desde logo, a opção recair numa marca com um nome inglês, torna mais simples a comunicação e divulgação. Os vinhos de Trás-os-Montes são diferentes de todas as outras regiões. São néctares com mais carácter, mais encorpados, que nada ficam a dever a qualquer uma das outras regiões vitícolas do nosso país. Na realidade existe ainda a confusão com os vinhos do Douro, mas quem prova os vinhos de Trás-os-Montes fica rendido à sua qualidade.
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Produzidos em pleno Planalto Mirandês
Vinhos J ‘ osé Preto’
virados para o mercado da saudade Albas e Escadouços são propriedades localizadas no parque natural das Arribas do Douro em Sendim, no concelho de Miranda do Douro. É nestas duas exploração que José Francisco Lopes Preto, formado em Enologia se dedica à produção e engarrafamento de vinhos. As vinhas já pertencem à família há três gerações. A vinha das Albas, com 5 hectares, e Escadouços, com 10 hectares, foram mecanizadas e reconvertidas com as castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Amarela. Em pleno planalto mirandês, o produtor apostou no refinamento das castas e na importância do controlo de maturação, por forma a obter vinhos que preservam todas as suas qualidades naturais. Em tudo se manteve fiel aos procedimentos tradicionais, livres de tratamentos fitossanitários, com produções de pequena escala e em adega própria. As características típicas do Planalto Mirandês nas arribas do Douro e em Sendim, são especialmente propícias a produzir bons vinhos. Em 2001 o produtor reconverteu a adega, que era do seu avô, dando uma nova expressão aos seus vinhos. Aliás, a reestruturação da adega continua, com a construção de uma sala de provas. Em breve José Preto vai plantar castas brancas, para iniciar também a produção de vinhos brancos. Para o produtor, “o Planalto mirandês, apesar de proporcionar boas condições para produzir bons vinhos, ainda não tem grande expressão em Trás-os-Montes e nota-se uma falta da divulgação dos mesmos”. O mercado externo é uma aposta a seguir, uma vez que “a concorrência interna é muito forte e, por vezes, até desleal”, o que levou José Preto a virar-se para alguns nichos no chamado ‘mercado da saudade’. Os vinhos deste produtor acompanham bem queijos, enchidos, carnes vermelhas, de porco, vaca e borrego, abundantes no cardápio da região. Referenciado como o Néctar dos Deuses, os Vinhos José Preto encontram-se desde Novembro de 2014 numa das mais prestigiadas garrafeiras de Lisboa, situada no restaurante do mediático Chef Cordeiro.
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Diz o presidente da Cooperativa de Olivicultores de Macedo de Cavaleiros
“O azeite teve um aumento de preço no mercado de cerca de 50%” A produção de azeite na área da Cooperativa de Olivicultores de Macedo de Cavaleiros (COMC) teve uma quebra de produção de cerca de 10%, num ano em que as perspectivas eram pouco animadoras. O mercado reagiu e, com a quebra de produção significativa em Espanha e Itália, os preços do azeite aumentaram. Luís Rodrigues, presidente da COMC, diz que o azeite teve um aumento do seu preço no mercado de “cerca de 50%”, o que é bom para os produtores que viram os seus produtos melhor remunerados. À Gazeta Rural, o dirigente adiantou também que na região se tem verificado um aumento da área de olival, o que garante “as produções”. Gazeta Rural (GR): Como foi a produção de azeite nesta campanha? Luís Rodrigues (LR): Houve uma quebra ligeira, um pouco inferior a 10%, até porque se perspetivava uma queda bastante grande na produção. Felizmente isso não se veio a verificar. Tivemos 4.300 toneladas de azeitona. Houve regiões no país que tiveram também uma quebra significativa, efeitos das pragas, como a gafa e a mosca, mas também devido às chuvas tardias. GR: Com a quebra na produção houve um aumento do preço do azeite? LR: Houve um aumento significativo, não só pela quebra de produção em Portugal, mas também em Espanha, Itália, onde foi mais significativa. Com tudo isto, o azeite teve um aumento de preço no mercado de cerca de 50%, o que é bom para os produtores. O ano passado o preço na produção rondou os 2 euros o quilo, enquanto este ano andará perto dos três euros, o que é um aumento significativo. 25 www.gazetarural.com
GR: Tem havido novos projectos de olivicultura na região? LR: No nosso concelho tem havido investimentos na área do olival, o que nos deixa satisfeitos, pois temos produções asseguradas, se os agricultores continuarem a tratar e a preservar o olival. GR: Na região o olival não foi muito afectado com as pragas? LR: Não estamos habituados a tratar os nossos olivais. Porém, devido às condições climatéricas dos últimos anos, se calhar vamos ter que começar a pulverizar em relação a mosca, nas alturas certas. Temos os avisos agrícolas que referem isso mesmo. Com condições adversas, como no último ano, vamos ter que combater a mosca. A gafa aqui não se verifica muito. GR: O olival é uma boa aposta na região, para quem quiser iniciar um projecto agrícola? LR: Gostaria de dizer que sim. Nesta região temos uma área de minifúndio, o que implica custos de produção muito elevados. Verificamos que há muita gente a voltar à terra e, bem ou mal, as pessoas vão conseguindo gerar rendimentos com este tipo de produção. GR: Há algum projecto novo para a Cooperativa? LR: Sim. Já começamos a trabalhar nesse sentido. Se tudo correr bem, vamos fazer uma candidatura para aumentar a capacidade de laboração e limpeza, no sentido de melhorar as condições de trabalho e de capacidade, tanto de transformação como de armazenamento.
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Com mais de 30 anos de experiência na produção de enchidos
Topitéu aposta na matéria-prima nacional e na exportação Constituída em 1980, a Topitéu - Alheiras de Mirandela agrega know how, experiência e tradição na confecção de enchidos tradicionais, resultantes da fusão de três pequenas empresas artesanais produtoras de alheiras segundo preceitos e receitas ancestrais. Com vista ao seu desenvolvimento no mercado nacional e internacional, procedeu à realização de investimentos entre 1980 e 2000, que lhe permitiu autonomia no que concerne à matéria-prima usada nos seus produtos, como um matadouro de suínos e a aquisição de uma unidade pecuária. Apostada num crescimento organizacional sustentado, a Topitéu implementou em 2005 um Sistema de Segurança Alimentar, HACCP e obteve a Certificação do seu Sistema de Gestão de Qualidade, de acordo com o normativo NP ISO 9001. Em breve vai renovar as instalações, para assim acompanhar a evolução e exigências do mercado. Sedeada em Mirandela, a TOPITÉU afirma-se como uma organização conquistadora de novos horizontes e geografias, centrada na satisfação integral dos seus clientes, no investimento contínuo das competências dos seus colaboradores e inovadora nos seus produtos e processos de gestão. Carla Caldeira é, desde 2010, uma das actuais responsáveis pela empresa e, em conversa com a Gazeta Rural, traça os destinos de um projecto com três décadas, que se afirmou no mercado por via da qualidade dos seus enchidos e no ‘saber fazer’ de gerações. Gazeta Rural (GR): Como surgiu à frente da Topitéu? Carla Caldeira (CC): Aqui há sempre quem queira vender e alguém com vontade de comprar. Neste caso, os antigos sócios quiseram vender e nós achámos que a Topitéu é uma empresa com muito potencial de crescimento, tanto no que diz respeito à distribuição de carnes frescas como na produção de alheiras e outros produtos transformados. O turismo e a boa gastronomia são um trunfo para o desenvolvimento e dinamização na nossa região transmontana. O facto de ter formação académica na área alimentar (engenheira alimentar) foi também outra das razões que me levaram abarcar este projecto juntamente com o meu sócio e irmão, Pedro Caldeira. GR: Quais os enchidos que mais destacaria da Topi-
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teu? CC: A Topitéu tem neste momento 28 referências de produtos transformados, entre os quais a Alheira de Mirandela-IG, que é um produto certificado e reconhecido como uma das 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa; a alheira silvestre vegetariana, à base de cogumelos e espargos, e a Tua Alheira que foi desenvolvida em parceria com a Faculdade de Ciências da Nutrição do Porto juntamente com o mentor do projecto Dr. Nunes de Azevedo (TECSAM- clinica de hemodiálise em Mirandela) com baixo teor de potássio e elevado teor proteico. O butelo, salpicão do lombo, chouriça tradicional, linguiça regional, bacon fumado, pernil fumado, chouriço azedo, farinheira, morcela, presunto, chouriço de carne, chourição, fiambre da perna extra, filete afiambrado, chourição tradicional e a chouriça doce que, em 2015 foi premiada pelo júri do Concurso Nacional de Enchidos, Ensacados e Presunto Tradicionais Portugueses, com a medalha de ouro, são outros produtos que oferecemos ao mercado. GR: O que marcaria a diferença dos vossos produtos? CC: Para além do know how e experiência de uma empresa com 35 anos no mercado, a selecção de matérias-primas é uma mais valia para a qualidade dos nossos produtos. GR: Sente dificuldade na aquisição de matéria-prima na região ou recorrem a outros mercados? CC: É política da Topitéu seleccionar a fornecedores na região, como é o caso dos produtores de vinho, azeite, etc. Na eventualidade de não poderem ser adquiridas na nossa região recorremos a matérias-primas de origem portuguesa. Relativamente à carne de porco, para a produção da Alheira de Mirandela-IG feita exclusivamente com carne de porco Bísaro, temos tido bastantes dificuldades na sua aquisição. GR: Os diferentes certames realizados na região transmontana são um bom veículo de promoção dos produtos de qualidade desta região? CC: A Câmara de Mirandela, e o seu actual presidente, têm feito um esforço nesse sentido. Aliás, como mirandelense e
trasmontano que é, tem aptidão para promover os nossos produtos, como é o caso dos azeites e dos enchidos da nossa região, sendo certo que o nome ‘Alheira de Mirandela’ é uma mais-valia para a região e tudo tem sido feito no sentido de promover a cidade e a alheira. Costumo dizer que a alheira é nossa. Não se produz em nenhum outro país, nem há um produto que seja similar. E daí, muitas vezes, a dificuldade de a exportar. Diria que todos os contributos são importantes para que possamos promover um produto que é nosso, que é português. GR: A Topitéu vai entrar em remodelação? CC: Sim, a fábrica vai sofrer obras de remodelação. Será um processo gradual, pois as infra-estruturas são bastantes antigas. Vai sofrer uma grande intervenção, com investimentos em novos equipamentos e novos layouts, para satisfazer as necessidades dos nossos clientes, que têm aumentado desde que tomamos posse aqui da empresa. GR: A Topiteu já está a exportar? CC: Sim. Somos uma empresa empenhada em exportar os nossos produtos para outros mercados. Nesse sentido, temos marcado presença junto da comunidade portuguesa por esse mundo fora. Estamos presentes em 11 países, nomeadamente Alemanha, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Suíça, Luxemburgo, Andorra, Bélgica, Inglaterra. Esta é uma aposta para continuar. Estivemos recentemente em Bordéus e em Londres e estaremos nos próximos dias 3, 4 e 5 de Julho em Bruxelas. Nada cai do céu e temos que ir à procura de novos mercados.
Coop Macedo
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Dos atuais 10% para 50% até 2018
Indústria quer aumentar área florestal certificada em Portugal As indústrias florestais querem fazer crescer a área florestal com gestão certificada dos atuais 10% para 50% até 2018, apostando na simplificação dos processos e diminuição dos custos, revelou a directora executiva da associação que representa o sector. Sara Pereira explicou que o objectivo do projecto Certifica+, que vai ser desenvolvido nos próximos três anos e representa um investimento de 500 mil euros, se destina a “garantir o futuro da floresta portuguesa”, valorizando ao mesmo tempo a produção nacional. Segundo a responsável da Associação para a Competitividade da Indústria da Fileira Florestal (AIFF), a certificação visa “o equilíbrio entre os pilares ambiental, social e económico”, com normas técnicas, a nível do corte das árvores ou dos solos, mas também considerações sociais, privilegiando o emprego local. O tema da certificação foi um dos destaques da edição 2015 da Expoflorestal, a maior feira florestal nacional, que decorreu em Albergaria-a-Velha. Para Sara Pereira, a certificação é uma garantia de “sustentabilidade a longo prazo”, mas representa também uma mais-valia económica para os proprietários que querem vender os seus produtos em mercados exigentes que “pagam melhor e valorizam esta distinção”, como a Europa, os Estados Unidos da América ou o Canadá. Muitos países só compram rolhas de cortiça, resmas de papel A4 ou mobiliário com o selo de qualidade que comprova 28
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que os produtos foram obtidos a partir de florestas certificadas. A responsável da AIFF adiantou que a área florestal com gestão certificada em Portugal ronda actualmente os 10%, “muito pouco” para um país “com aptidão florestal”. Sara Pereira considerou que a baixa percentagem se deve aos “mitos” que foram criados em torno da certificação, nomeadamente a complexidade e o custo elevado, e que o projecto Certifica+ quer destruir. A directora executiva da AIFF estimou que o Certifica+ permitirá reduzir os custos de implementação do sistema em 40 a 50% e simplificar os procedimentos, tendo sido já criada uma ferramenta informática em que as entidades gestoras poderão gerir as informações dos proprietários florestais. Actualmente, as ferramentas “estão em fase de testes”, adiantou. A certificação baseia-se em sistemas internacionais (Forest Stewardship Council (FSC) e Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC), cujas normas são adaptadas à realidade nacional. Sara Pereira assinalou, por exemplo, que “em poucos países do mundo há sobreiros”, o que implica uma norma específica, sendo necessário também ter em consideração a estrutura fundiária nacional, que se caracteriza por múltiplos proprietários e terrenos de pequena dimensão. O projeto Certifica+ está a ser desenvolvido em conjunto com a APCOR, Celpa e Centro Pinus, que representam as fileiras da cortiça, celulose e pinho.
FNAPF fez pré apresentação do primeiro livro publicado em Portugal sobre a doença
Vasco Campos quer “mais empenho” do Governo no combate ao nemátodo O presidente da Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF), Vasco Campos, alertou para a ameaça do desaparecimento do pinheiro bravo “adulto” em Portugal, caso as autoridades com responsabilidades no sector florestal, não coloquem “mais empenho” no combate à doença da murchidão do pinheiro. O apelo foi deixado no decorrer da Expoflorestal, em Albergaria à Velha, onde a FNAPF aproveitou para fazer a pré apresentação daquele que é o primeiro livro publicado em Portugal sobre este tema, realizado em co-autoria com várias entidades científicas e académicas, tendo sido financiado no âmbito do PRODER (Acção 4.2.2 “Redes Temáticas de Informação e Divulgação”). A apresentação prévia contou com a presença de autores e editores, que foram unânimes em considerar esta publicação “inédita” não só em Portugal, como no resto da Europa – a versão final do projecto contempla ainda uma versão em inglês, um guia de campo, um filme, dois panfletos e um cartaz - compilando informação técnica e científica, que tem como objectivo dar um forte contributo para o conhecimento de uma doença que constitui, neste momento, uma das principais ameaças à fileira do pinho em todo o espaço europeu. Preocupado “com a dimensão que o problema atingiu em Portugal e a forma como se está a expandir”, Vasco Campos não tem dúvidas que “se nada for feito, o pinheiro bravo adulto, como sempre o conhecemos, vai acabar”. Pretendendo com este livro trazer para “à discussão pública” a problemática do nemátodo, porque “até agora não havia nenhum trabalho com esta profundidade”, o presidente da FNAPF congratulou-se com a articulação mantida ao longo de mais de três anos entre os vários parceiros, nomeadamente a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e a Escola Superior Agrária de Coimbra, agradecendo ainda o apoio do Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF) e do Grupo Portucel que, apesar de estar ligado à fileira do eucalipto, foi a entidade que mais se mostrou receptiva a apoiar o projecto. “Fazer um livro com esta qualidade técnica não é uma tarefa fácil e não tenho dúvidas que os 1500 exemplares a editar vão
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desaparecer num instante”, assegurou Vasco Campos, pedindo “mais empenho” das entidades com responsabilidades florestais no tratamento deste tema, pois “não se pode assobiar para o ar e pensar que esta doença não vai passar para o resto da Europa, estando já em Espanha”, advertiu no decorrer da apresentação do livro “A Doença da Murchidão do Pinheiro na Europa: Interacções Biológicas e Gestão integrada”, na Expoflorestal. Uma publicação que, apesar do seu teor científico, é dirigida a um grupo-alvo bastante alargado e cuja leitura é recomendada a todos os proprietários florestais e até a “curiosos” que queiram saber um pouco mais sobre este tema. “Está feito para que todos possam ter acesso a ele”, afirmou uma das autoras, Isabel Abrantes, sublinhando o contributo que esta publicação pretende dar para o controlo e gestão de uma doença que afectou e continua a afectar severamente o pinheiro bravo. Também o engenheiro florestal da FNAPF e Editor do livro, Fernando Vale, não tem dúvidas que este projecto vem contribuir para a “afirmação” do país em termos de conhecimento da doença da murchidão do pinheiro, cujo problema vai chegar, no futuro, com grande “probabilidade” a outros países europeus.
A maior feira do sector da Península Ibérica regressa em 2017
Expoflorestal bateu recorde de visitantes e de expositores A nona edição da Expoflorestal chegou ao fim batendo o recorde de 30 mil visitantes. Na verdade, a maior feira do sector florestal da Península Ibérica chegou à barreira dos 35 mil visitantes e teve mais de duas centenas de expositores. No primeiro dia a chuva não demoveu mais de três mil crianças de marcarem presença na feira, mostrando um enorme interesse por todo o tipo de negócio feito no certame. Os estudantes foram mesmo desafiados a fazer entrevistas aos expositores, chegando alguns a dizer que estariam interessados pela fileira florestal, por força de negócios de familiares. Da parte da tarde, já se notou uma maior adesão dos profissionais do sector, aproveitando a melhoria das condições climatéricas para marcarem presença na feira. O certame teve a sua inauguração oficial, presidida pela Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, que fez questão de visitar todos os stands, falando com os representantes das empresas, ouvindo as suas preocupações e prometendo novidades para o sector, nomeadamente ao nível dos apoios comunitários. A governante, neste acto de inauguração, contou com a presença dos presidentes da Câmara de Albergaria-a-Velha e Estarreja, António Loureiro e Diamantino Sabina, respectivamente, e da CIRA, Ribau Esteves, que pediu a atenção da Ministra para a problemática do Baixo Vouga Lagunar. Ao longo do fim-de-semana, aproveitando o bom tempo, fo-
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ram muitos os milhares de visitantes que marcaram presença no certame, que subiu na qualidade do espaço fornecido aos expositores pelo parque da Portucel Soporcel. Isso mesmo foi dito pela maioria das empresas presentes e que foram ouvidas pela organização. Um dos grandes destaques da feira, ao longo dos três dias, foram as demonstrações profissionais, com os expositores a mostrarem a mais-valias dos seus produtos. De registar a qualidade dos stands existentes e das máquinas expostas, com alguns expositores a fazerem demonstrações para profissionais do sector. Ao longo da feira foram ainda processadas cerca de 500 toneladas de madeira. “Penso que conseguimos atingir os objectivos que pretendíamos para esta edição, uma vez que passámos a barreira dos 30 mil visitantes, mas também devemos destacar o recorde do número de expositores, que foram mais de duas centenas”, disse Luís Sarabando, membro da Associação Florestal do Baixo Vouga, uma das entidades responsáveis pela organização, com a ANEFA e os Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha. Luís Sarabando destacou “as opiniões” dos expositores sobre a Expoflorestal, “todas realçando a qualidade da feira e do espaço”, pelo que “só temos de estar satisfeitos com o resultado final”. O certame regressa no ano de 2017, uma vez que esta feira realiza-se bienalmente.
Ministra da Agricultura desafia produtores florestais a aproveitar novos fundos A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse que o contributo da floresta para as exportações pode ser intensificado se o sector souber aproveitar as oportunidades dos novos fundos comunitários. Assunção Cristas esteve presente na inauguração da Expoflorestal, onde realçou que o sector exporta já 4,5 mil milhões de euros, sendo o saldo da balança comercial florestal positivo em 2,5 mil milhões de euros. “Este é um caminho que podemos intensificar e obter ainda melhores resultados se os pequenos proprietários se juntarem nas organizações de produtores florestais, para que possam concorrer melhor aos novos instrumentos comunitários e com isso terem melhores produções”, disse. A ministra observou que existe procura de matéria-prima, pelo que é preciso aproveitar os novos fundos comunitários para aumentar a produção, devendo abrir em Junho as candidaturas ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020). Assunção Cristas aproveitou para realçar o “trabalho muito
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intenso nos vários domínios da floresta” que tem sido desenvolvido pelo Governo e pelo seu ministério, “seja no domínio da estruturação fundiária, com forte impulso às Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), seja no domínio dos baldios, ou ainda no licenciamento, dispensando-o em muitas áreas e optando pela comunicação prévia, conforme o novo regime de arborização e rearborização”. A ministra lembrou o novo regime fiscal, introduzido com a fiscalidade verde e “possível após a saída da ‘troika’, que pela primeira vez se adequa àquilo que é o ciclo de produção na floresta e que procura fomentar uma gestão cada vez mais agrupada e cada vez mais activa”, indo ao encontro do que defendiam os produtores. “São tudo instrumentos que dão os seus resultados, nunca no curto prazo porque esse não é o tempo da floresta, mas no médio e longo prazo. A floresta já está a dar um contributo extremamente importante para o nosso crescimento económico, para a criação de emprego e para a valorização do património e o ambiente, e se soubermos aproveitar esses instrumentos que favorecem mais produção primária, a indústria fará o restante, porque está também interessada em mais matéria-prima para a sua diversidade de usos”, concluiu.
Secretário Regional da Agricultura e Ambiente esteve em Santa Maria
Luís Neto Viveiros destaca importância
das reservas florestais de recreio dos Açores O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente destacou, em Santa Maria, a importância das reservas florestais de recreio dos Açores enquanto espaços de lazer vocacionados para servir as comunidades, mas também na oferta turística e enriquecimento da paisagem. Luís Neto Viveiros falava durante uma visita aos viveiros e à Reserva Florestal de Recreio das Fontinhas, em Santo Espírito, onde se inteirou das obras de recuperação e beneficiação que foram realizadas pelo Serviço Florestal da ilha na sequência dos estragos provocados pelos
temporais. Esta Reserva Florestal de Recreio, situada a uma altitude de cerca de 250 metros e com uma área de cerca de três hectares, dispõe de várias espécies de flora, parque de merendas, parque infantil, sanitários, miradouros, zona de viveiros e veredas. A Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente, através da Direcção Regional dos Recursos Florestais, gere 27 reservas florestais de recreio e 18 viveiros em todo o arquipélago, que produzem anualmente cerca de dois milhões de plantios de criptomérias, meio milhão de plantios de plantas endémicas e algumas dezenas de milhares de plantas ornamentais.
Governo dos Açores apoia aumento da produção de carne e meloa em Santa Maria O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente revelou que o Governo dos Açores, através da cedência de terrenos e
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de protocolos de cooperação com a Associação Agrícola de Santa Maria e com a Associação de Criadores de Ovinos e Caprinos, pretende contribuir para o aumento da capacidade de produção e consequente concretização de mais negócios com cadeias de distribuição nacionais. Luís Neto Viveiros, que falava após uma reunião com a Associação Agrícola de Santa Maria e a Agromariensecoop, salientou que vai ser instalada uma unidade de engorda e acabamento em terrenos cedidos junto ao aeroporto, que “permitirá aglomerar um conjunto significativo de bovinos em regime de acabamento”. O titular da pasta da Agricultura frisou que esses animais serão abatidos na Região e a carne expedida para cadeias de consumo nacionais, gerando mais-valias e contribuindo “para a consolidação da produção de carne na ilha de Santa Maria, dando-lhe mais dimensão, valorizando melhor o seu produto final e permitindo um escoamento regular”. Por outro lado, para atingir o objectivo de produção anual de 400 toneladas de meloa, o Secretário Regional adiantou que foi estabelecido um protocolo de colaboração que visa “alargar as áreas de produção” através da cedência de cerca de três hectares de terreno que estavam sob gestão do Serviço de Desenvolvimento Agrário de Santa Maria. Luís Neto Viveiros, que também reuniu com a Direcção da ARCOA - Associação de Criadores de Ovinos e Caprinos, destacou a parceria com o Governo no desenvolvimento de projectos “muito interessantes” com esta associação. Além da cedência, por concurso público, de um terreno com cerca de três hectares para permitir aumentar a produção privada de borregos, o Secretário Regional anunciou que o Governo dos Açores vai apoiar de novo, em 2015, a importação de ovinos reprodutores. Vai também ser prestado apoio à contratação de um técnico que ajude os produtores a “encontrar soluções que maximizem a produção” e a rentabilidade das suas explorações.
Revelou o Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho
Investigadores portugueses criam enzima que protege abelhas e colmeias Um grupo de investigadores do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho desenvolveu uma enzima capaz de destruir a bactéria responsável pela doença Loque Americana, que afecta abelhas jovens e pode matar toda a população de uma colmeia. Em comunicado, o Centro de Engenharia Biológica (CEB) da academia minhota explica que a Loque Americana (AFB) é uma das "mais graves" doenças bacterianas que afectam abelhas em Portugal mas principalmente na Europa e na América do Norte. De acordo com o texto, o objectivo da investigação em curso é "desenvolver uma estratégia terapêutica para utilização em apicultura que constitua uma alternativa à administração de antibióticos nas abelhas". Isto porque, explica o CEB, "com a actual restrição à presença de resíduos de antibióticos no mel, impostas pela legislação da União Europeia, há uma dificuldade acrescida no combate terapêutico à AFB, impondo-se um desenvolvimento urgente de métodos antimicrobianos alternativos." A AFB começa por "afectar as abelhas jovens, as larvas, e rapidamente se espalha por toda a colónia de abelhas" e, alerta o texto, "se não for tratada, pode resultar na morte de toda a população da colmeia num curto espaço de tempo".
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Os investigadores, refere o CEB, "já confirmaram que a enzima desenvolvida tem capacidade para destruir a bactéria responsável pela Loque Americana nas concentrações que ocorrem no campo quando a doença se verifica, e que não é tóxica para as larvas". O produto em desenvolvimento deve, assim, ser aplicado oralmente às abelhas adultas para que o possam fornecer posteriormente às larvas e/ou por pulverização directa às larvas que se encontram nos favos. "Com isto, pretende-se que quando a bactéria em causa emergir dos esporos que a protegem no intestino das larvas, a enzima que anteriormente foi ingerida impeça a sua proliferação e consequente morte lavar", explana Ana Oliveira, investigadora do CEB. A próxima fase será a de "ensaios in vivo em larvas de abelha criadas em laboratório e posteriormente em colmeias naturalmente infectadas." O CEB da Universidade do Minho, em actividade desde 1995, é um centro de investigação que opera nas principais áreas da Biotecnologia e Bioengenharia apresentando como "principal objectivo" a integração entre a engenharia e as ciências da vida, de forma a potenciar o desenvolvimento de bioprocessos industriais inovadores.
Iniciativa decorreu em Lisboa e Caldas da Rainha
IV Curso Mundial de Formação
de Dirigentes Associativos
da Diáspora superou expectativas
Numa iniciativa da Confraria Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’, com o Alto Patrocínio do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, decorreu entre Lisboa, Foz do Arelho e Caldas da Rainha a IV edição do Curso Mundial de Formação de Dirigentes Associativos da Diáspora. Mais do que as palavras, ficam dois testemunhos que ilustram a importância que este tipo de iniciativas tem para quem está fora do país e tem raízes em Portugal.
“O que realmente importa é a valorização das nossas raízes”
A IV edição do Curso Mundial de Formação de Dirigentes Associativos da Diáspora, tratou de temas como Organização Associativa, Gestão, Projectos e Dinâmicas em Lisboa, Foz do Arelho e Caldas da Rainha - Portugal. A impecável organização esteve a cargo da Confraria de Saberes e Sabores da Beira "Grão Vasco", com patrocínio do Governo de Portugal, através da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. Foram dias memoráveis, com troca de experiências que resultou em uma valiosa contribuição para a divulgação de Portugal, junto da comunidade internacional. Os desafios foram lançados, agora cabe a cada um de nós, Dirigentes Associativos, expandir as informações para, desta forma, aumentar as participações nas comunidades. A vida é realmente um presente e dá-nos momentos incríveis, que jamais pensamos pudessem acontecer. E assim foi o meu encontro com 22 representantes de diversos países em Portugal, agora nomeados "Embaixadores de Portugal". Cada um em seu país, levamos em nossos corações o encantamento da união, a descoberta de que a distância não é nada, quando o que realmente importa é a valorização das nossas raízes. Todos unidos pela mesma causa e falando a mesma língua e linguagem. Só posso agradecer a cada um a atenção e o carinho dispensados. E digo que sozinhos, até podemos existir, mas juntos somos mais fortes. Lara Silva / Rio Grande do Sul (Brasil)
“Pensei que o Curso não passaria de uma mera troca de contactos e de uma acção de marketing para a Diáspora. Enganei-me redondamente”
Há momentos que se tornam marcantes na nossa vida e tenho que admitir que por vezes as nossas expectativas enganam-nos. Tinha na organização do evento alguns amigos e pensei que a ida ao IV Curso Mundial de Formação de Dirigentes Associativos da Diáspora não passaria de uma mera troca de contactos e de uma acção de marketing para a Diáspora. Enganei-me redondamente e desde já peço desculpa, mas fui induzido em erro pela falta de comunicação dos meus predecessores idos do Luxemburgo. Vim mais rico, não só em conhecimentos para a prossecução do meu trabalho associativo, mas também porque conheci gente que, como eu, quer mudar o mundo, tornar mais fácil a vida daqueles a quem a sorte não bafejou, que têm Portugal, a sua língua e cultura no coração e querem levar o seu bom nome e dos portugueses às 4 partidas do mundo. É pena que os ‘media’ nos “vendam”, para o exterior, Portugal como um país pobre, deprimido, sem iniciativa, onde a cultura se resume a acções para elites e onde o desporto se resume ao futebol. Não foi nada disso que estes 24 dirigentes da Diáspora viram. Viram uma Lisboa onde as instituições funcionam, uma Lisboa e um país que sabe acolher, viram um país onde as associações locais, nomeadamente do concelho das Caldas da Rainha, são parceiras da autarquia e promovem o desporto, a cultura e a solidariedade social. Viram homens e mulheres que não baixam os braços e fazem de Portugal um país onde é bom viver. Ter feito parte deste grupo de ‘novos navegadores’, espalhados pelos 4 cantos do mundo, que em alguns casos com algumas dificuldades para manterem o contacto com a ‘terra mãe’ afirmam com orgulho as suas origens lusitanas e dão o exemplo de participação como cidadãos activos nos diversos países de acolhimento. Este Curso Mundial de Formação de Dirigentes Associativos da Diáspora, organizado pelo Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas - Dr. José Cesário, na pessoa do Dr. José Carlos Governo, e pela Confraria Grão Vasco – na pessoa do meu ilustre amigo, Professor Zé Ernesto Silva, foi um momento de troca de experiências e de aprendizagem que pode solidificar laços e criar novas sinergias entre vários países onde se encontra a Diáspora portuguesa. Espero que a minha contribuição para o sucesso do evento e o meu testemunho sobre o Luxemburgo e o nosso movimento associativo, tenha estado à altura dos desafios e possa ser útil para novas parcerias. Resta-me agradecer a todos os que nos proporcionaram esta experiência magnífica, à associação Pimpões, que nos presentearam com a sua presença, acolhimento e com gestos e lembranças do nosso país do coração. Aos colegas de jornada, Luís Neves, Mónica Reis, Agostinho Fonseca, Amândio Mestre, Tito Mota, Bruno Martins, Rui Reis, Daniel Melo, José Rodrigues, Gabriela Banchero, Fernanda Silva, João Almeida, Luís Macedo, Arnaldo Vidal, José Sampaio, Gabriel Marques, Cipriano Rodrigues, Rui Magalhães, Melissa Simas, Lara Silva, Augusto Pereira e Manuela Figueiredo, o meu bem-haja, pela partilha, amizade e companheirismo. Um abraço para todos. José António Matos / Luxemburgo
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ÚLTIMA HORA
Vai decorrer de 29 a 31 de Maio
Expo Mortágua alargada a todos os sectores de actividade O sucesso alcançado na primeira edição da Expo Mortágua e o pedido de outros sectores de actividade, para além dos relacionados com a floresta e as energias, levou a organização a realizar este ano o certame, que inicialmente estava previsto decorrer apenas de dois em dois anos. Segundo dados da Câmara de Mortágua, a edição 2014 contou com cerca de uma centena de expositores, recebeu mais de 15 mil visitantes, tendo gerado um volume de negócio superior a um milhão de euros. “Estes números são a prova de que valeu a pena”, diz a autarquia. O certame vai decorrer no mesmo local, de 29 a 31 de Maio, e receberá expositores de todas as áreas de actividade do concelho, com natural destaque para a floresta e as energias. Luís Filipe Martins Rodrigues, Comandante Operacional Municipal da Protecção Civil e responsável pelo Gabinete Técnico Florestal da Câmara de Mortágua, adiantou à Gazeta Rural algumas das novidades do certame. Gazeta Rural (GR): Que novidades haverá este ano na Feira? Luís Filipe Martins Rodrigues (LFMR): A Expo Mortágua, este ano, além de ter um cariz comercial e industrial, para além dos sectores que inicialmente estavam previstos, tem também algumas novidades, nomeadamente nas áreas de gastronomia, animação e espaços lúdicos de divertimento. Depois da edição do ano passado, verificámos que a oferta gastronómica e lúdica era insuficiente, face ao número de expositores e visitantes. Deste modo, teremos uma ala isolada, com espaços lúdicos e tasquinhas, exploradas por associações locais de cariz diferenciado, que estará aberta para além do horário de exposição da feira. Neste espaço haverá um palco, que no sábado receberá o programa Portugal Aqui, da RTP, em directo. Tínhamos previsto concertos nas três noites, que entendemos cancelar devido ao infortúnio que nos afectou recentemente. GR: Foi o êxito da primeira edição que levou a autarquia a tornar o certame anual?
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LFMR: De facto, a primeira edição em 2014 ultrapassou todas as expectativas, desde o número de visitantes, superou os 15 mil, aos expositores, que chegou quase à centena, pelo que decidiu a organização e o município de Mortágua promover o certame este ano, o que inicialmente não estava previsto, pois era para ser de dois em dois anos. Aliado a este facto, pelo sucesso e dinâmica que o evento criou a nível local e regional, os outros sectores de actividades, para além da floresta e energias, solicitaram ao município poderem estar presentes no certame. Foi também por esta razão que se decidiu pela sua realização anual e aberta a todos os sectores de actividade do concelho. GR: Como está a sector florestal no concelho? LFMR: Está de saúde e recomenda-se. Em termos de infra-estrutura, o que cabe à autarquia, continua a ser feito como há várias décadas. Todos os dias fazemos a manutenção da rede viária florestal, com protocolos com as juntas de freguesia, e a rede de pontos de água tem vindo a ser alargada. Neste momento temos a concurso a contratação sazonal para a vigilância florestal e o plano operacional também já foi aprovado.
Num investimento que ronda os 350 mil euros
Tondela aposta em 10 projectos diversificados e muito ligados ao território O presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus, anunciou que os 10 projectos seleccionados no âmbito do "Tondela+10" são de áreas diversificadas e possuem uma forte ligação ao território e à indústria instalada no concelho. "Os projectos escolhidos são muito diversificados, mas acima de tudo muito ligados ao território e à indústria aqui instalada. Temos ideias da área do estudo das alterações climatéricas, prevenção e tratamentos sobre culturas agrícolas, turismo, recursos locais, como também de áreas da microbiologia e, eventualmente, um projecto interessante ligado à investigação na área farmacêutica, revelou. Em Fevereiro de 2014, a Câmara de Tondela anunciou o projecto de desenvolvimento para o concelho - "Tondela+10 -, com o intuito de apoiar e ajudar a desenvolver 10 potenciais ideias de negócio de 10 jovens com forte ligação ao território. O autarca apontou que na selecção dos projectos foi conseguido "um equilíbrio importante entre jovens naturais do concelho e os jovens de fora", "com ideias de mérito para o território". "O grande mérito deste projecto é a capacidade de articular os recursos locais e o sector empresarial de acolhimento excepcional com a ligação ao tecido universitário. As pontes hoje criadas são determinantes para que esta correlação entre conhecimento científico e tecnológico, sector empresarial e recursos locais sejam altamente estimuladores e favorecedores do desenvolvimento destes projectos", sustentou. Entre as 10 melhores potenciais ideias de negócio está a de Bruno Dias, de Molelos - Tondela, que vai desenvolver um projecto no âmbito da agricultura de precisão; e a de Joana Ramos, da Nazaré, que vai trabalhar na produção de óleo essenciais de plantas aromáticas e medicinais. A jovem Zaida Fernandes, de Castelões - Tondela, apresentou como ideia aproveitar a fertilidade agrícola do território, promovendo a ligação à saúde e bem-estar como marca de origem do concelho; enquanto Francisca Elias, de Tondela, tem como ideia de projecto a desenvolver a "A Fábrica" - centro de formação pessoal e escolar. De Ovar, Joana Costa apresenta como projecto a micronização do fusidato de sódio, composto "bacterioestático" utilizado para o tratamento de infecções dermatológicas e oftalmológicas; e o jovem Pedro Rainho, de Porto Alto, sugere desenvolver o tema da Reutilização - Orientação alargada, um caso de estudo
e aplicação extremamente positivo. O tondelense José João da Silva pretende apostar na Bestbus - Rede de transportes públicos regulares de passageiros ao nível urbano no Município de Tondela; e o jovem Ricardo Figueiredo, de Carvalhais - S. Pedro do Sul, vai procurar desenvolver a criação de um directório de micro e pequenas empresas, distinto e inovador, com um conceito "low cost". De Pedaçães - Águeda, Rui Manuel Marques apresentou como ideia de projecto a desenvolver o turismo sustentável, reconstrução e reabilitação de edifícios e valorização das paisagens, produtos e arquitectura locais; com a última ideia a chegar de Canas de Santa Maria - Tondela, através da jovem Marta Daniela Antunes, que propõe um parque de campismo com bungalows energeticamente sustentáveis na Serra do Caramulo. Os 10 jovens vão desenvolver as suas ideias no edifício Carmelitana, situado no coração da cidade, e que recentemente foi alvo de obras de recuperação. O investimento, incluindo a aquisição do edifício, ronda os 350 mil euros, tendo sido comparticipado em 85 por cento por fundos comunitários.
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Breves
Lourinhã promove Quinzena Gastronómica do Polvo A Lourinhã volta a ser palco da maior mostra gastronómica de polvo. De 21 a 30 de Maio, 19 restaurantes do concelho irão apresentar algumas das melhores receitas confeccionadas com polvo. Esta iniciativa, promovida pela Câmara da Lourinhã, já conta com sete edições e este ano irá apresentar 49 iguarias que prometem conquistar os paladares mais requintados. Fernando Oliveira, vice-presidente da Câmara da Lourinhã, diz que com esta iniciativa “a autarquia pretende contribuir para divulgar não só a gastronomia regional como o concelho”. Neste sentido, acrescenta, “anualmente organizamos dois eventos gastronómicos e que têm tido um enorme sucesso. Consciente de que a gastronomia é um factor potenciador da oferta turística, o município irá continuar a apostar nestas actividades”.
Brasil receberá Congresso Mundial do Vinho em 2016 O município de Bento Gonçalves, no Brasil, será a sede do Congresso Mundial do Vinho de 2016, com realização prevista entre os dias 24 e 28 de Outubro. A informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura do Brasil, com a ressalva de que o anúncio oficial ainda será feito no evento deste ano, na Alemanha, em Julho, depois de no ano passado se ter realizado na Argentina. “O evento é conhecido por definir as directrizes para o sector, como as recomendações para boas práticas de produção de uva e vinho até condições adequadas para a conservação da bebida”, diz uma nota do Ministério da Agricultura brasileiro. Na avaliação dos responsáveis brasileiros, a realização do Congresso para o Brasil vai possibilitar maior participação da vitivinicultura brasileira nas discussões internacionais sobre o sector.
II Jornadas do Medronho realizam-se na ESAC Têm lugar no dia 22 de Maio, no auditório da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), com início às 09 horas, as II Jornadas do Medronho. Dar a conhecer aos interessados a situação actual da cultura do medronheiro no nosso país, as diferentes aplicações e as condições de financiamento são os objectivos destas jornadas, que têm como temas gerais o “Melhoramento do medronheiro”; a “Cultura do medronheiro”; os “Produtos do medronheiro” e a “Valorização do medronho”. Por ocasião do evento será lançado ainda o “Manual de Boas Práticas de Fabrico de Aguardente de Medronho”.
Azeite Acushla recebeu medalha de Ouro em Itália O azeite virgem extra biológico Acushla foi distinguido com medalha de Ouro no concurso Biol 2015, em Itália, dedicado aos azeites de produção biológica sendo uma referência mundial no sector. O azeite Acushla é premiado neste concurso pelo terceiro ano consecutivo Este ano o Acushla foi já premiado no Olive Japan com medalha de ouro e também no Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra de Los Angeles, com a atribuição da medalha de bronze.
I Workshop de Introdução à Floricultura A Formtivity promove, a 6 de Junho, das 9 às 17 horas, em Azurara, Vila do Conde, o Workshop de Introdução à Floricultura, cujo público-alvo são os interessados em adquirir conhecimentos teóricos e práticos no que diz respeito á produção de flores. Esta formação é ministrada pelo Eng.º José Fernando Silva, o qual possui bastante experiência na área.
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No Concurso Internacional realizado no âmbito da Ovibeja
Azeites portugueses entre os melhores do Mundo Seis azeites portugueses foram considerados os melhores do mundo nas categorias “Frutado Maduro” e “Frutado Verde Ligeiro”, no âmbito Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra, cujo patrocinador exclusivo é o Grupo Crédito Agrícola. Os prémios foram entregues no decorrer da Ovibeja. A Cooperativa de Olivicultores de Valpaços conquistou a Medalha de Ouro, considerado pelo júri como o melhor dos melhores entre os “Frutados Maduros”, seguindo-se a Quinta do Vallado premiada com Prata e a Fio da Beira com Bronze. Na categoria “Frutado Verde Ligeiro”, o pódio foi também totalmente ocupado por azeites portugueses. A Cooperativa de Olivicultores de Valpaços conquistou mais uma Medalha de Ouro, seguindo-se Prata para a Elosua Portugal e Bronze para a Elaia Lagar. Fora do pódio, mas com a qualidade a ser distinguida pelo júri, receberam ainda menções honrosas a Casa Anadia (categoria Frutado Maduro); Sovena Portugal, Esporão Azeites e Lameira de Cima (Frutado Verde Ligeiro); João B.P. Paulo e a Cooperativa de Olivicultores de Valpaços (categoria Frutado Verde Médio); e a Cooperativa de Olivicultores de Valpaços (categoria Frutado Verde Intenso). O V Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra, organizado pela Associação de Agricultores do Sul, em parceria com a Casa do Azeite - Associação do Azeite de Portugal, é a única competição de âmbito internacional realizada no país e que é já considerada um dos mais prestigiados concursos do mundo. Pela primeira vez, o Crédito Agrícola foi patrocinador exclusivo da iniciativa e pretendeu, deste modo, reforçar o seu posicionamento de apoio ao sector agrícola e mais concretamente à produção de azeite, uma área com elevado potencial no contexto da economia nacional. Para além da promoção da imagem desta área o CA revela assim o seu apoio às empresas e produtores para gerar novas oportunidades de negócio e dinamizar as comunidades onde desenvolvem o seu trabalho.
No próximo dia 27 de Junho
Castro Daire revive Rota da Transumância Numa iniciativa do Município de Castro Daire, no âmbito do programa das Festas de S. Pedro, terá lugar a 27 de Junho o evento “Castro Daire – A Última Rota da Transumância”. Este projecto integra a Carta Europeia de Turismo Sustentável das Montanhas Mágicas aprovado em 2013 pela Federação de Parques Naturais e Nacionais da Europa (EUROPARC). Há já algum tempo que o Município de Castro Daire tem vindo a trabalhar neste projecto, tendo feito vários contactos com pastores que ainda experienciaram esta tradição, o que possibilitou recolher informações para o levantamento e revitalização da Última Rota da Transumância, permitindo vivenciar as histórias que dela fizeram parte. Este projecto tem como objectivo recuperar, revitalizar e dinamizar esta Rota, transformando-a num produto turístico, aumentando, assim, a procura do território. Pretende-se, ainda, recuperar a tradição, a cultura e histórias da transumância, tendo sido Castro Daire palco da última Rota. Este evento irá recriar a passagem dos rebanhos e pastores, que outrora calcorreavam as “canadas”, rumo à Serra do Montemuro.
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Tons da Primavera 20 - 24 maio
20 MAIO 17H30 – Brinde ao Dão Animação musical por Pedro Duvalle Mercado 2 de Maio 18H30 – Visita guiada ao roteiro de Martinho Costa, artista convidado Saída do Mercado 2 de Maio
21 MAIO 19H00 – Conversa com os artistas Mariana, a Miserável; Fidel Évora e Akacorleone 21H00 – Animação musical por Jotabêzê, NB Mercado 2 de Maio
22 MAIO 19H00 – Conversa com os artistas Draw, Gustavo Mesk e Marco Mendes 21H00 – Animação musical – Dina Pinto (fadista), Tiago Santos (guitarra portuguesa) e Carlos Viçoso (viola) 22H30 – Dão Party warm up Mercado 2 de Maio
23 MAIO 16H00 – Ateliê criativo Dão Petiz, por José Almeida Mercado 2 de Maio 18H00 – Animação musical por LBB 22H00 – Concerto We Trust Mercado 2 de Maio 00H00 – Dão Party Claustros do Museu Grão Vasco
© Aka Corleone
24 MAIO 16H00 – Roteiro pelas intervenções do Festival de Street Art Partida do Mercado 2 de Maio 16H00 – Ateliê criativo Dão Petiz, por José Almeida Mercado 2 de Maio 18H00 – Animação musical por Pedro Duvalle Mercado 2 de Maio
Organização:
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E a acompanhar… O nosso Mercado 2 de Maio terá provas dos néctares do Dão na Entre Aduelas e Petiscos da Taberna da Milinha!
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