Director: José Luís Araújo
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N.º 255
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15 de Setembro de 2015
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Preço 2,00 Euros
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Tempo de colheitas
Sumário 4 Viseu será capital europeia do folclore em 2018 5 Espaço Visual organiza Feira de Empreendedorismo Agrícola 6 Festa das Colheitas 2015 mostra sector primário de Castro Daire 7 Rally Vinho do Dão vai para a estrada a 24 e 25 de Outubro 8 Festival Chocalhos é o mais importante dos últimos 15 anos na região 10 Congresso Latino-Americano debate os desafios do enoturismo 11 Plataforma de Inovação da Vinha e do Vinho com dotação de 1,5 milhões 12 Festa das Vindimas de Viseu anima região do Dão durante três dias 14 Turistas visitam Portugal à procura da história dos vinhos 16 Confraria Feminina do Vinho de Curitiba visitou o Dão e o Douro 18 Mais de 40 mil visitantes passaram pela Feira do Vinho do Dão 20 Lusovini lançou Vinho do Porto para ser bebido com gelo 23 Mais de 30 vinhos portugueses premiados em concurso na China 24 Candidaturas ao título de “Cidade do Vinho 2016” abertas até dia 23 de Outubro 25 Mondeco é a nova marca da Quinta do Mondego 26 Lavoura dos Açores quer reforço de 20ME para o sector no Plano e Orçamento de 2016 28 Governo aprova Plano de Acção para Apoio ao Sector Leiteiro 30 Feira de São Mateus 2015 teve uma edição histórica 31 Encontro internacional debateu aumento da produção de castanha e as doenças dos soutos 32 Seca provoca quebras na produção de azeite e castanha em Trás-os-Montes 33 Autarcas de Trás-os-Montes querem plano para erradicar doenças do castanheiro 34 Município de Viseu apoia produtores de gado do concelho 35 Olga Cavaleiro recandidata-se à liderança das Confrarias Gastronómicas 37 Festa das Adiafas e Festival Nacional do Vinho Leve no Cadaval 38 Região Centro eleita melhor região de turismo nacional
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Receberá mais de 25 grupos provenientes das principais regiões
Viseu será capital europeia do folclore em 2018
Viseu será a capital europeia do folclore em 2018, ano em que deverá receber mais de 25 grupos provenientes das principais regiões europeias com tradições de dança e música popular, anunciou a autarquia viseense. O município viu recentemente aprovada a sua candidatura junto do Comité Internacional da Europeade, que é a organização do maior festival europeu de folclore, cultural e música popular, com sede na Bélgica. “A organização deste festival em Viseu é um trampolim para a qualificação do nosso folclore e a internacionalização da cidade-região”, considerou o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques. Segundo a autarquia, em 2018, Viseu deverá receber “mais de 25 grupos provenientes das principais regiões europeias com tradições de dança e música popular, num universo de cerca de cinco mil participantes”. Almeida Henriques sublinhou que se trata da “maior manifestação europeia de cultura tradicional”. “Será um forte vitamínico para a nossa identidade e uma oportunidade única de 4
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promoção externa”, acrescentou. Na sua programação, o município tem apostado em várias apresentações de grupos locais e regionais de folclore e cultura tradicional. A candidatura viseense foi aprovada por unanimidade, atendendo a factores como a dimensão histórica e patrimonial da cidade, as acessibilidades, a capacidade hoteleira e a experiência na organização de grandes eventos. O primeiro festival da Europeade realizou-se em 1964, em Antuérpia. Em 2015, a organização está entregue a Helsinborg (Suécia) e, em 2016, a Namur (Bélgica). “O principal objectivo do festival é a salvaguarda e a promoção da identidade e do património cultural imaterial europeu, numa lógica intergeracional”, explica a Câmara de Viseu. O Comité Internacional da Europeade é constituído por representantes da Bélgica (que preside), da Alemanha, da Bulgária, do Chipre, da Espanha, da Estónia, da Finlândia, da França, da Itália, de Portugal, do Reino Unido, da República Checa, da Roménia e da Suíça.
Nos dias 25 e 26 de Setembro, em Gondomar
Espaço Visual organiza Feira de Empreendedorismo Agrícola A empresa Espaço Visual (www.espaco-visual.pt), líder de mercado na consultoria agrícola, vai realizar pela primeira vez a Feira de Empreendedorismo Agrícola, que decorrerá nos dias 25 e 26 de Setembro. Este evento tem como objectivo principal ajudar os jovens agricultores a prepararem melhor o seu negócio agrícola e a conhecer as novas “ferramentas” ao dispor do empresário agrícola. A Feira, a realizar nas instalações da Espaço Visual, na zona industrial de Gondomar, será um espaço privilegiado para quem quer investir na agricultura no curto prazo. Esta iniciativa é dirigida a todos os “players” agrícolas, e concentra num mesmo espaço uma mostra com 16 actividades diferentes; sessões de “networking”; seminário sob o tema “O empreendedorismo agrícola como base do desenvolvimento regional”; Sessão de apresentação das melhores ideias do “Concurso de Novas Ideias de Negócio Agrícola”, destinado a estudantes e jovens agricultores; Seminário sob o tema “Organização de Produtores”; Mesa Redonda: Crédito Bancário e Apoio ao Investimento na Agricultura. Para José Martino, CEO da Espaço Visual e impulsionador
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desta iniciativa, “esta feira é a nossa resposta a um apelo do mercado e dos diferentes atores agrícolas, que nos fizeram sentir a existência desta lacuna para quem quer ter acesso a contactos e informações sem necessidade de frequentar as feiras internacionais. Estou certo que será um sucesso”. Programa inclui um concurso agrícola Integrado na Feira de Empreendedorismo Agrícola, a Espaço Visual organiza o Concurso “Novas Ideias de Negócio Agrícola” terá a divulgação dos vencedores e entrega de prémios. Este concurso, cujo prazo para a apresentação de projectos agrícolas inovadores, termina a 18 deste mês, visa promover o empreendedorismo de jovens agricultores e eleger as melhores ideias, seguindo os critérios de inovação e de potencial rentabilidade para o mercado. As candidaturas podem ser submetidas através do link https: //docs.google.com/forms/d/ 1A9ynkYgCpViZp_sHH1ZqL8mmbIM2BfIQbCmJDuYc0bI/viewform?usp=send_form
Nos dias 15 e 16 de Outubro
Concurso Queijos de Portugal vai decorrer em Tondela A Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL) vai promover a sétima edição do Concurso Queijos de Portugal, que decorrerá nos dias 15 e 16 de Outubro de 2015, nas instalações da Controlvet/Fullsense em Tondela. Nesta edição a ANIL propõe manter a constância e determinação na persecução do seu compromisso inicial de promover e estimular o desenvolvimento da indústria e melhorar o conhecimento e posicionamento do produto junto do consumidor. O Concurso Queijos de Portugal é já uma referência nacional, premiando ano após ano o que se faz de melhor, tendo
vindo a crescer sustentadamente desde a sua primeira edição. Queijos para Barrar é nova categoria a concurso. Os queijos apresentados a concurso serão alvo de uma avaliação objectiva e técnica por parte de provadores especialistas, com formação específica, representando o sector queijeiro, gastronómico, a distribuição, a imprensa e os consumidores. A cerimónia de entrega de prémios terá lugar no Centro de Congressos de Lisboa, no decorrer do Encontro Com o Vinho e os Sabores 2015, entre os dias 30 de Outubro e 2 de Novembro.
De 18 a 20 de Setembro no novo Parque Urbano
Festa das Colheitas 2015 mostra sector primário de Castro Daire O novo Parque Urbano de Castro Daire vai receber de 18 a 20 de Setembro a edição 2015 da Festa das Colheitas do Concelho, iniciativa que este ano conta com um cartaz de actividades e de espectáculos muito apelativo e diversificado, que promete trazer muitos visitantes a este evento. Esta Festa das Colheitas terá a habitual gastronomia regional, valorizando os produtos e as tradições da região, nomeadamente nesta época das Colheitas. O gado também estará em destaque neste evento, tendo como pontos altos o Concurso Nacional de Bovinos de Raça Arouquesa e a desfile de carros de vacas pelas ruas da Vila de Castro Daire. A Festa e animação cultural terão lugar em todos os dias do evento, com muita animação às noites do certame. Estão ainda prometidas muitas surpresas aos visitantes, com actividades onde a interacção e participação do público terá um papel importante neste evento. Aguarda-se com expectativa o arranque desta Festa das Colheitas de Castro Daire, iniciativa que vai ganhando cada vez mais adeptos na região. 6
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D達o Festa
18 a 21 setembro
Saiba mais em www.vindimasviseu.pt e www.facebook.com/municipioviseu
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De 18 a 20 de Setembro, em Alpedrinha, Fundão
Festival Chocalhos é o mais importante dos últimos 15 anos na região O presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, afirmou que o Festival Chocalhos, que se realiza entre 18 e 20 de Setembro, em Alpedrinha, é o evento mais importante que surgiu na região nos últimos 15 anos. “O Chocalhos é o evento mais importante que surgiu na região nos últimos 15 anos, no panorama das actividades culturais, temáticas, ambientais e económicas”, referiu o presidente da Câmara do Fundão. A XIV edição do Chocalhos - Festival dos Caminhos da Transumância é organizado pela Câmara do Fundão e Junta de Freguesia de Alpedrinha. Segundo o autarca, este evento realizado anualmente no concelho do Fundão, no distrito de Castelo Branco, tem um movimento em termos económicos, “muito significativo” para a região. “O festival movimenta sensivelmente um milhão de euros o que é um impacto muito significativo para a economia local e para a região, sobretudo, se pensarmos no modelo de evento que temos”, adiantou. O autarca deixou ainda uma palavra de apreço aos pastores, sem o trabalho dos quais o Chocalhos não faria sentido. “Sem os pastores e o vosso trabalho, não estaríamos aqui hoje 8
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a celebrar. Os pastores são a fonte primeira de inspiração deste evento. Há um antes e um depois nesta região, desde que se criou o Chocalhos”, disse. O orçamento para esta décima quarta edição do festival ronda os 35 mil euros, sendo que 85% do financiamento é a fundo perdido. “Trata-se de um evento que em termos de custo/benefício está bem defendido”, sublinhou. Do programa, destaque para a animação de rua, com vários grupos nacionais e internacionais a percorrerem as diversas ruas de Alpedrinha, para as actividades do Terreiro de Santo António, que irão promover o património material e imaterial pastoril da Beira Interior, com conversas, oficinas, apontamentos musicais, mostras de artesanato e produtos da terra, actividades infantis, entre outras. Durante os dias do festival vão decorrer ainda a quarta edição da Exposição Canina Especializada de Cães de Protecção de Rebanhos e o segundo Concurso “Francisco Galvão”, ligado à cabra serrana. Para os três dias do Chocalhos são esperadas cerca de 40 mil visitantes na vila de Alpedrinha, no distrito de Castelo Branco.
Apresentado na XXIV Feira do Vinho do Dão em Nelas
“Rally Vinho do Dão” vai para a estrada a 24 e 25 de Outubro O Município de Nelas promoveu no espaço da Dão Sul Global Wines, a activação da Marca “Rally Vinho do Dão”, bem como o seu slogan de promoção “Tás Aqui, Tás Rally!”. A cerimónia contou com José Borges da Silva, presidente da Câmara de Nelas; Arlindo Cunha, presidente da Comissão Vitivinícola do Dão; Luís Carlos Santos, da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, José Augusto, do Clube Automóvel do Centro, bem como dos parceiros do evento, Jorge Pina, da Global Wines, Carlos Torres, das Casas do Lupo e o piloto de Ralis João Ruivo, o que veio reforçar ainda mais a união das diversas entidades envolvidas na promoção da região e do Município de Nelas, potenciando-o enquanto território turístico aprazível. A marca “Rally Vinho do Dão”, titulada pela Comissão Vitivinícola do Dão e activada pelo Município de Nelas, pretende ser uma referência nacional no âmbito do desporto automóvel. Durante três dias, no recinto da Feira do Vinho do Dão, os milhares de visitantes que por ali passaram apreciaram os carros Renault Clio do piloto João Ruivo e o Citroen Saxo de Luis Bor9
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ges, este natural de Nelas. João Ruivo agradeceu o convite que lhe foi formulado pela Comissão Organizadora e enaltecido a forma de promoção do “Rally Vinho do Dão”, que se espera ser um sucesso. Nomeado director do Rally Vinho do Dão pelo Clube Automóvel do Centro, José Augusto adiantou que o rali contará com uma prova super especial, a realizar no dia 24 de Outubro, na zona urbana de Nelas, junto às piscinas e biblioteca municipais. No dia seguinte o rali percorrerá três troços distintos: Vilar Seco/Quinta da Cerca, Santar/Vinhas do Dão e Termas das Caldas da Felgueira. Os detalhes técnicos estão a ser ultimados pelo Clube Automóvel do Centro e brevemente serão apresentados com todos os detalhes sobre horários, zonas de espectáculo e prémios a atribuir aos participantes. A cerimónia culminou com um Workshop de Vinhos para todos os convidados no espaço da Dão Sul Global Wines. O Rally Vinho do Dão conta com o apoio da Comissão Vitivinícola do Dão, Dão Sul Global Wines, Casas do Lupo e Jc Automóveis
De 17 a 19 de Setembro, em Montevideu
Congresso Latino-Americano debate os desafios do enoturismo Os desafios do enoturismo vão ser abordados na quinta edição do Congresso Latino-Americano de Enoturismo, que se realiza em Montevideo, no Uruguai, de 17 a 19 de Setembro. O secretário-geral da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) vai participar no encontro com a apresentação das conclusões da última edição do congresso, que teve lugar em Portugal e Espanha. Depois de Portugal ter já recebido uma edição deste encontro em Julho – nos municípios de Viana do Castelo, Melgaço, Monção, Ponte da Barca, Ponte de Lima e também Cambados (Espanha) – a temática do enoturismo será agora abordada num dos países que mais tem registado o crescimento deste sector e que pretende responder aos desafios e expectativas dos turistas interessados em conhecer o património associado ao vinho. Esta é mais uma iniciativa da Associação Internacional de Enoturismo (AENOTUR), que nasceu em Cambados (Espanha) em 2014 e cuja presidência foi assumida em Julho deste ano pela AMPV, que por sua vez a entregou ao município de Viana do Castelo, onde esta associação tem também a sua sede institucional. A organização desta edição do congresso está a cargo da Associação de Enoturismo do Uruguai e, segundo o seu presidente Wilson Torres Chávez, “nos últimos anos o turismo associado ao vinho tem vindo a ganhar grandes impactos a nível mundial e o Uruguai não tem estado fora desse crescimento, por isso assumimos o compro10
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misso de organizar este congresso latino-americano”. As instalações do Sheraton Hotel Montevideo será o local onde se vão reunir os participantes, oriundos de vários pontos do mundo e um painel de oradores, cuidadosamente seleccionado tendo em conta a sua formação e experiência no mundo do enoturismo, designadamente, Ivane Fávero, Edgar Leme e Rogerio Ruschel, do Brasil; Clay Gregory, dos Estados Unidos; Gail Thornton, do Chile; Carina Valicati, Ernesto Barrera, Guillermo José Barletta e Romanella Paggi, da Argentina; e Sebastián Celestino Pérez, de Espanha. A AMPV vai estar também representada neste congresso do Uruguai, com a presença do seu secretário-geral, José Arruda, que na sua intervenção vai apresentar as conclusões da quarta edição do congresso, realizado em Julho, em Portugal e Espanha. José Maria Costa, presidente da Câmara de Viana do Castelo e presidente da AENOTUR vai também estar presente neste encontro no Uruguai. O congresso estará centrado na temática da procura e oferta de enoturismo, do ponto de vista técnico, económico e comercial. O perfil do enoturista, a visão de Napa Valley, a origem do consumidor do turismo enológico, o contributo da internet e das redes sociais para a procura e oferta de destinos enoturísticos e políticas governamentais para o desenvolvimento do enoturismo são alguns dos temas a abordar neste congresso pelos oradores convidados.
O primeiro de três centros de excelência foi apresentado em Tabuaço
Plataforma de Inovação da Vinha e do Vinho com dotação de 1,5 milhões A Universidade de Vila Real apresentou em Tabuaço a Plataforma de Inovação da Vinha e do Vinho, que conta com uma dotação de 1,5 milhões de euros por ano, canalizada pelo programa Norte 2020. Trata-se de uma iniciativa conjunta com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e visa, segundo a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), “potenciar a utilização das infraestruturas científicas da academia e do Régia Douro Park - Parque de Ciência e Tecnologia. A Plataforma, que vai nascer em Vila Real até ao final do ano e deverá ser o primeiro de três centros de investigação projectados para o interior do país, envolve investigadores de diversos centros de investigação nacionais e internacionais relacionados com o vinho e do território, as competências multidisciplinares instaladas na UTAD e os centros de investigação do consórcio de universidade UNorte.pt. Os objectivos são a “competitividade, a internacionalização e actividades de incorporação de conhecimento e inovação para a fileira vitivinícola, para acrescentar valor e tornar o sector mais competitivo e sustentável ao nível económico, ambiental e social”. Uma das primeiras medidas a tomar, segundo a academia, será a criação de uma Comissão Científica Internacional (International Advisory Group), composta por três investigadores internacionais líderes nesta área temática, que funcionará até estar concluído o processo de criação da Plataforma e adop11
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tado o seu primeiro plano de actividades. O funcionamento da Plataforma de Inovação da Vinha e do Vinho terá uma dotação de 1,5 milhões de euros por ano, canalizada pelo NORTE 2020. A plataforma foi na Quinta do Seixo, em Valença do Douro, Tabuaço, numa sessão presidida pelo ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional. Miguel Poiares Maduro explicou que a dotação é apenas uma base, pois a Plataforma “pode candidatar-se ao financiamento de outros programas para a investigação, sejam europeus ou os geridos pela Fundação de Ciência e Tecnologia”. Para o governante, a criação de três centros de excelência, nas regiões Norte, Centro e Alentejo, justifica-se “com a necessidade de associar o conhecimento ao território e ao tecido empresarial”, porque “é nos territórios que podemos conquistar a competitividade global”. Esta plataforma resulta da assinatura, em agosto, de um memorando de entendimento entre a UTAD e a CCDR-N. De acordo com o memorando, pretende-se criar uma forte interactividade entre as empresas, as instituições de investigação e desenvolvimento e as associações que representam o sector, fomentando a experimentação, a inovação e, ainda, concertar saberes especializados e informação do mercado. No norte a Plataforma vai ser instalada na Regia Douro Park, um parque de ciência e tecnologia lançado pela Câmara de Vila Real, UTAD e a Portuspark, uma entidade de capitais privados que gere uma rede de incubadoras no Norte do país.
Com a participação de doze quintas de cinco concelhos
Festa das Vindimas de Viseu anima região do Dão durante três dias Uma dúzia de quintas de cinco concelhos abrirão as portas para os turistas e outros visitantes durante a Festa das Vindimas, uma iniciativa da Câmara de Viseu, que irá decorrer de 18 a 21 de Setembro. Depois da primeira edição em 2014, com a participação de seis quintas do concelho de Viseu, este ano “a Festa das Vindimas ganha braços”, alargando-se a Nelas, Mangualde, Carregal do Sal e Penalva do Castelo, afirmou o presidente da Câmara de Viseu. Almeida Henriques frisou que “são já 50 as instituições e as empresas que em 2015 participam deste grande evento”, no âmbito de uma estratégia de divulgação da “cidade-região de Viseu e dos vinhos e das paisagens do Dão”. Além das 12 quintas onde será possível ter “experiências reais de vindima”, 30 operadores económicos vão participar no Mercado de Vinhos e Lavradores, no Mercado 02 de Maio, e 16 restaurantes na semana enogastronómica. Do programa, destaque para o recuperar de tradições como o baile das vindimas, no dia 18, no Clube de Viseu, e a inovação da primeira maratona fotográfica, dedicada ao tema “Viseu cidade vinhateira”, no dia seguinte. O concerto das vindimas, no dia 19, no Adro da Sé, é outro dos pontos altos, com a actuação do grupo Deolinda, que se inspira nas raízes do fado e da música popular portuguesa. Na manhã de dia 20, terá lugar a segunda meia maratona do Dão, que integrará o circuito “Running Wonders”, ao lado de sítios classificados Património da Humanidade como o Douro Vinhateiro, Coimbra e Évora. Para além da meia maratona, será organizada uma minimaratona e uma caminhada solidária, re12
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vertendo 50% das receitas a favor dos Bombeiros Voluntários de Viseu. No total, a Festa das Vindimas de Viseu - que tem o slogan “Viseu e Vinho Dão Festa” - terá 60 horas de programação, em 10 eventos diferentes. Academia Dão Petiz vai às vindimas a 17 de Setembro O pré-arranque da Festa das Vindimas fica nas mãos das meninas e meninos que integram a Academia Dão Petiz, um serviço educativo de Viseu ligado aos ciclos da terra. Neste ano de arranque do projecto, em que o ciclo da vinha está em estudo, é chegada a vez de passar pela vindima. A apanha da uva, o estudo da evolução das cores das folhas e o ritual da pisa são algumas das actividades asseguradas nesta nova actividade. A Academia é promovida pelas Escola Superior Agrária (ESAV) e Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV), em parceria com o Município de Viseu, e visa proporcionar um programa educativo ao longo do ano que permita um contacto directo e de “campo” com os ciclos da terra e os produtos identitários de Viseu cidade-região. O ciclo que estreia a Academia é o da vinha e terminará em Fevereiro de 2016. As actividades têm lugar em contexto real, nas Quintas parceiras da iniciativa (Falorca, Lemos, Pedra Cancela, Vinha Paz, Reis, Turquide), e os professores da ESAV e da ESEV acompanham a sua realização, tendo alunos das Escolas como monitores dos grupos de crianças.
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A convite da distribuidora Lusovini
Turistas visitaram Portugal à procura da história dos vinhos Empresários e jornalistas do Brasil, Angola, Moçambique e Estados Unidos andaram a visitar Portugal, a convite da distribuidora Lusovini, para conhecerem melhor a história por detrás dos vinhos nacionais. Os vinhos portugueses não são uma novidade para o jornalista e crítico de vinhos Marcelo Miwa, da revista brasileira Prazeres da Mesa, que já vai na sua sétima visita a Portugal. No entanto, “há sempre regiões e castas para conhecer melhor”, aponta. Apesar de uma visita motivada pelo vinho, a descoberta não se resumiu a provas: “o vinho não é só vinho. Precisa de um contexto”, disse Marcelo Miwa, aquando do passeio que a comitiva realizou pela Universidade de Coimbra. “O vinho é uma ferramenta para se falar de uma cultura, de um lugar, de um povo”, defende. 14
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Clientes da distribuição, garrafeiras, restaurantes, hotelaria, jornalistas e críticos de vinhos dos Estados Unidos, do Brasil, de Angola, de Moçambique, da China, de França, da Polónia e de Inglaterra visitaram as principais regiões vitícolas portuguesas e respectivos vinhos, conhecendo não só adegas do Alentejo, Tejo, Bairrada, Douro e Dão, mas a gastronomia, paisagem, cultura e património destas zonas. Fausto Martins, dono de uma casa de vinhos em Maputo, Moçambique, não encontrou “nenhuma surpresa”, no que toca a vinhos. No entanto, salienta a importância de se “falar com os produtores”, porque os consumidores, num nicho “cada vez maior e mais exigente”, querem saber “a história, a maneira de fazer e a região” associada ao vinho. “Um vinho sem história é muito difícil de vender”, afirma o empresário de New Jersey, Estados Unidos, José Dias, que
aponta para esta iniciativa como uma forma de se “contar muito melhor a história”, num mercado em que o vinho português “está a crescer”. Serge Pereira, também empresário sediado nos Estados Unidos, frisa essa necessidade de se conseguir “contar uma história”, até “antes sequer de se falar do vinho”. “É importante um contacto directo com quem faz os vinhos e estabelecer um elo mais profundo com os produtores”, refere. Já Laerte Monteiro, de uma rede de supermercados no Rio de Janeiro, Brasil, diz estar maravilhado com os vinhos que tem provado nos primeiros dois dias da viagem. No Brasil, o vinho tinto do Douro “é o que tem mais saída”, mas com a visita poderá apostar em “novas marcas” e novas regiões, como a Bairrada, que não conhecia e não vende. “Todo o mundo está adorando”, comenta. O escanção brasileiro João de Araújo Pereira, de uma cadeia com restaurantes “por todo o mundo”, conhece bem os vinhos portugueses, aliás a cadeia tem na carta “950 vinhos de Portugal”. A viagem, na sua óptica, permitiu conhecer novidades e “coisas diferentes”, tendo-se deixado encantar por vinhos como o alentejano Sericaia. “Poder conhecer uma grande herdade, com uma tradição de séculos, como a da Alorna, é muito agradável”, comenta José Sebastião, proprietário de um restaurante em Luanda, que, com a visita, ficou a perceber melhor as diferentes fases da produção do vinho. “Ainda imaginava que fosse com os pés”, diz a mulher de José, Hortência Sebastião, mostrando-se “fascinada” com a visita. Segundo Carlos Moura, da Lusovini, distribuidora que exporta cerca de 70%, os grandes mercados são Angola e Brasil, com os Estados Unidos também a crescer “imenso”. No entanto, “ainda há muito trabalho a fazer e muito mercado a conquistar”, comenta.
“Serão embaixadores de Portugal” O presidente da Lusovini considerou que a visita de quatro dezenas de estrangeiros às principais regiões vitícolas portuguesas ultrapassou as expectativas e fez com que aqueles se tornassem “embaixadores de Portugal nos seus territórios”. “Saíram daqui cerca de 40 embaixadores de Portugal, que vão ainda influenciar fortemente outros a serem embaixadores. O vinho tem esse aspecto interessante do ‘boca-a-boca’: quando um deles estiver a abrir uma garrafa de um Pedra Cancela do Dão ou de um Sericaia do Alentejo vai conseguir explicar as suas diferenças tão bem como nós, credibilizando os nossos produtos”, sustentou Casimiro Gomes. Cerca de quatro dezenas de clientes estrangeiros estiverem em Portugal a convite da distribuidora Lusovini para conhecerem as principais regiões vitícolas portuguesas e os seus respectivos vinhos, além da gastronomia e monumentos. “Começámos em Lisboa e seguimos ao Alentejo, fazendo um circuito de sul para norte. Ultrapassou todas as nossas expectativas e não tenho qualquer dúvida de que os nossos vinhos passam agora a ser defendidos por estas pessoas nos seus territórios”, afirmou Casimiro Gomes, explicando que esta foi a primeira vez que realizaram uma acção deste género com um grupo grande, constituído por clientes de vários países. “Até agora só tínhamos feito este tipo de acção com grupos até 10 pessoas, de um só país de cada vez. Ao juntarmos todos estes países, provocámos um choque cultural, o que fez com que se criasse uma empatia e vivência única”, acrescentou. No seu entender, esta viagem serviu para valorizar os produtos endógenos, indo muito mais além do negócio do vinho. “Tivemos o cuidado de mostrar, em cada região, a cultura, o património, a paisagem, a gastronomia. O vinho vinha quase como um complemento e isso valoriza imenso os produtos endógenos, ou seja, não vendemos o vinho isolado em termos de apresentação, inserindo-o no nosso ambiente cultural, patrimonial e paisagístico”, descreveu. A viagem de seis dias incluiu uma visita à Biblioteca Joanina de Coimbra, ao centro histórico de Évora ou de Viseu e até ao Palácio da Bolsa, no Porto. “No Palácio da Bolsa participaram no lançamento de um vinho do Porto, servido com gelo. Ficaram completamente fascinados porque muitos deles nem tomavam Vinho do Porto”, sublinhou. O êxito desta iniciativa vai fazer com que seja repetida já no próximo ano, com um grupo da mesma dimensão. “Um dos americanos que integrou este grupo disse-nos que o maior medo que tinha de Portugal eram as estradas, porque as notícias que tinham era de que somos muito maus condutores. Com esta visita, puderam ver também que Portugal tem estradas magníficas e estes detalhes fazem toda a diferença”, concluiu. 15
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A convite da Confraria Saberes e Sabores da Beira
Confraria Feminina do Vinho de Curitiba visitou o Dão e o Douro Uma delegação de Curitiba esteve de visita à região a convite da Confraria Saberes e Sabores da Beira ‘Grãs Vasco’, iniciativa que contou com o apoio da Câmara de Nelas. A comitiva, que ficou alojada no novo complexo Moinhos do Pisão, em Nelas, incluiu 8 das 12 confreiras que compõem a Confraria Feminina do Vinho de Curitiba e que esteve na região durante quatro dias. A ocasião foi aproveitada para a celebração de um protocolo de colaboração entre as duas confrarias, que passam a representar-se mutuamente. Depois de uma visita à sede da Confraria Saberes e Sabores da Beira ‘Grãs Vasco’, a comitiva foi recebida no salão nobre da Câmara de Viseu, pelo vereador Joaquim Seixas, que lembrou as afinidades existentes entre as duas cidades, nomeadamente a sua relação com o vinho. O primeiro dia terminou com um jantar, que decorreu em Oliveira do Conde, na Magnum Vinhos, que teve como anfitrião Carlos Lucas, durante o qual José Ernesto Silva, Almoxarife da Confraria Saberes e Sabores da Beira, e Sandra Zottis, presi16
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dente da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba, assinaram o protocolo e trocaram lembranças. A cerimónia foi presidida por Alexandre Borges, vice-presidente da Câmara de Nelas. O segundo dia da visita levou a comitiva até Pinhanços, à Quinta da Pellada, do produtor Alvaro Castro, onde puderam ver o ciclo da vindima. A visita terminou com uma prova de vinhos. Depois do almoço, que decorreu nas Caldas da Felgueira, a comitiva acompanhou a cerimónia de abertura da Feira do Vinho do Dão, bem como a visita aos produtores presentes, tento tido breves encontros com o crítico de vinhos Paul White, bem como com a ministra da Agricultura, Assunção Cristas. A manhã de sábado foi aproveitada para uma visita às vinícolas Caminhos Cruzados e Lusovini, em Nelas, a que se seguiu uma tarde livre. A visita terminou no domingo, depois de uma visita à Vindouro – Festa Pombalina, em São João da Pesqueira. Na visita ao Douro a comitiva ficou alojada na Aldeia de S. Xisto, ocupada integralmente pela comitiva paranaense.
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Câmara de Nelas diz que o evento “foi um sucesso”
Mais de 40 mil visitantes passaram pela Feira do Vinho do Dão A XXIV edição da Feira do Vinho do Dão, que decorreu em Nelas, terminou “com saldo bastante positivo”, diz a organização. Vinhos, gastronomia, artesanato, musicais e desporto estiveram reunidos num único evento de elevada qualidade. Durante o fim-de-semana, o evento apresentou um programa atractivo para os milhares de visitantes que por ali passaram. “O balanço da Feira do Vinho do Dão “foi extraordinariamente positivo”, refere a organização. Por ali passaram mais de 40.000 pessoas, a par da qualidade das representações individuais que visitaram o certame, do jornalismo, política, administração pública, banca, produtores, enólogos, chefes de cozinha e empresários do país e estrangeiro, que fruíram num contacto fácil e directo com os protagonistas do vinho”, refere a Câmara de Nelas em comunicado. O certame contou com 51 produtores do Dão, e com outros de produtos regionais, num conjunto de cerca 150 expositores. A Feira do Vinho do Dão 2015 apresentou um programa intenso, iniciativas em que ao vinho e à gastronomia se juntaram “Momentos de Conversas”, artesanato, exposição plástica Professor Luís Branquinho, desporto. Grande destaque para o espectacular e memorável musical, “As Músicas que os Vinhos Dão”, produção da Contracanto, Associação Cultural, sedeada na Lapa do Lobo, concelho de Nelas, com encenação de António Leal e Sandra Leal, ao qual assistiram, no total dos três dias, mais de 30 mil pessoas, que aplaudiram uma história apaixonante que falou e cheirou a rio, a vinho, a vindima... a terras do Dão, e que encheu de luz e cor o recinto do evento, com mais de 150 personagens em palco, e nomes de referência da cultura nacional, como o actor Vítor de Sousa. À volta da gastronomia regional ocorreram os diversos mo18
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mentos de conversas sobre vinho, enchidos, azeite, queijo, mel, doces e compotas, pão e biscoitos, maçã, chocolate, bacalhau e coelho, e a Praça de Alimentação que assegurou refeições num espaço próprio e agradável, por onde passaram mais de 5000 pessoas. “A Feira do Vinho do Dão foi um sucesso. Um sucesso pelos visitantes, pelos produtores e expositores que estiveram presentes. Um sucesso pela qualidade do que foi dado a conhecer, resultado do desígnio do Município de Nelas, numa aposta clara num sector que é uma mais-valia, gerador de investimento e emprego, e que reflecte também o reconhecimento dos produtores acerca da importância da Feira, como local de promoção, divulgação e degustação de vinhos, mas também de negócios”, refere a Câmara de Nelas, entidade organizadora do certame. O evento é a única feira de vinhos de toda a Região Demarcada do Dão, com produtores dos 16 municípios que a compõem e vinhos representativos de todas as sub-regiões do Dão, dando o devido relevo à cultura e costumes da região. Em 2015 o certame comemora as ‘bodas de prata’. “Agora começam as comemorações dos 25 anos da Feira do Vinho do Dão, pelo que se espera um ano cheio de grandes emoções, em que a Feira vai dar que falar”, refere a entidade organizadora. Homenagem a Cristina Cunha Martins Na sessão de abertura da feira, a Confraria dos Enófilos do Dão entronizou Assunção Cristas, Ministra da Agricultura, e homenageou Cristina Cunha Martins, gerente da União Comercial da Beira/Quinta do Cerrado, uma das mais antigas empresas a operar no Dão.
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Uma parceria entre a Lusovini e o produtor Anderson
Lançado Vinho do Porto para ser bebido com gelo A Lusovini apresentou o primeiro Vinho do Porto branco para ser bebido à mesma temperatura que o champanhe e que foi feito para as mesmas ocasiões. O “Cambridge Ice” é o resultado de uma parceria entre a distribuidora de vinhos Lusovini e a Anderson, um dos poucos produtores de vinho do Porto cujo capital é totalmente português. O “Cambridge Ice” é para ser bebido gelado, ou sobre gelo, ficando assim com a mesma sofisticação do champanhe. “É fundamental ser bebido muito frio, para que o doce não se torne desagradável”, refere a distribuidora.
Programa 25.Setembro
26.Setembro
Mostra de Empreendedores Agrícolas
Mostra de Empreendedores Agrícolas
9:00 – Hidroponia 9:15 – Ovinicultura 9:30 – Kiwicultura 9:45 – Avicultura
9:00 - Suinicultura 9:15 – Vitivinicultura 9:30 – Caprinicultura 9:45 – PAM’s
10:10 – 10:30 – Networking
10:10 – 10:30 – Networking
Seminário – Empreendedorismo Agrícola como base do desenvolvimento regional
Seminário – Organização de Produtores
11:00 – Projeto Aldeia do Futuro - Baião: Empreender no Setor da Agricultura Associação para a promoção da gastronomia e vinhos (Dr. António Souza-Cardoso)
11:00 - Legislação e regulamentação das organizações de produtores DRAPN (Eng.ª Celina Bouça - a confirmar)
11:30 – Programa Novos Povoadores: Empreendedorismo Social Co-Autor do Projeto (Frederico Lucas) 12:00 – Promoção de Marcas Territoriais Bloom Consulting (Filipe Roquette) 12:30 – Debate Mostra de Empreendedores Agrícolas 14:30 – Apicultura 14:45 – Pequenos Frutos 15:00 – Cunicultura 15:15 – Fisális 15:30 – 15h50 – Networking Apresentação das Melhores Candidaturas ao Concurso Novas Ideias de Negócio Agrícola ESTUDANTES 16:30 - Apresentação das melhores Ideias 17:00 - Intervenção dos jurados JOVENS AGRICULTORES 17:10 - Apresentação das melhores Ideias 17:40 - Intervenção dos jurados 17:50 - ENTREGA DE PRÉMIOS
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11:30 –A visão da FNOP sobre as organizações de produtores Federação Nacional das Organizações de Produtores (Domingos Santos) 12:00 – Um caso prático de criação de uma OP BFruit – Nature Flavors (Eng.ª Fernanda Machado) 12:30 – Debate Mostra de Empreendedores Agrícolas 14:30 – Horticultura 14:45 – Bovinicultura 15:00 – Cogumelos 15:15 – Helicicultura 15:30 – 15h50 – Networking Mesa Redonda – Crédito Bancário e Apoio ao Investimento na Agricultura 16:30 - Apresentação das opções de crédito e financiamento por parte das várias instituições presentes 17:30 - Debate 18:00 - Porto de Honra Encerramento
Este vinho começou a ser elaborado há três anos e levou um ano a ser concluído, sendo feito com uvas oriundas essencialmente de Ervedosa do Douro e tem cerca de três anos em madeira. O “Cambridge Ice” chega ao mercado, numa altura em que é reconhecida a extraordinária qualidade do Vinho do Porto branco. Foram colocadas no mercado dez mil garrafas de meio litro, a um preço que ronda os 10 euros. O objectivo dos promotores é captar novos consumidores e novos mercados.
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O primeiro do produtor de Nelas
Carvalhão Torto lançou primeiro branco Encruzado 2014 A Quinta do Carvalhão Torto lançou no início do Verão o seu primeiro vinho branco. O produtor de Nelas escolheu a casta nobre dos vinhos brancos do Dão para se estrear. Luis Oliveira diz que este é um vinho clássico, sem qualquer intervenção de madeira, em que foi explorada a tipicidade da casta. Gazeta Rural (GR%): O Encruzado é o primeiro branco da Carvalhão Torto? Luis Oliveira (LO): É primeiro branco que lançamos com a marca Quinta do Carvalhão Torto. É da colheita de 2014 e chegou ao mercado no início do Verão e tem um perfil que vem do seguimento daquilo que temos nos tintos. É um vinho clássico, sem qualquer intervenção de madeira, do qual procurámos explorar a tipicidade da casta, aproveitando o terroir que lhe dá também características muito próprias. É um vinho bastante mineral, volumoso de boca, independentemente de ter madeira ou não. Na minha opinião está bom para beber já, mas acredito que com os anos vai evoluir muito bem. GR: Como está a ser o ano comercial de 2015? OL: Está a ser bastante melhor que os anteriores, mas precisamos de muito mais. Precisamos de comunicar as marcas e de dar a conhecer os produtos, pois só assim o barco chegará a bom porto. GR: Vamos ter uma boa vindima? LO: Parece-me que há mais quantidade do que em anos anteriores. 2014 foi um ano bastante fraco em quantidade, mas, para nós, em termos de qualidade foi bastante bom, pois conseguimos vindimar antes das chuvas. Este ano a uva, quer a branca quer a tinta, está bastante sã. Houve, nalguns casos, stress hídrico, que poderá causar problemas de maturação. GR: Falando da Rota do Vinho do Dão. Já se notam mais visitantes? LO: Para já não. Quem nos visitava, continua a vir. São pessoas que conhecem os nossos vinhos e as nossas marcas. Poderei dizer que não tivemos, até agora, uma pessoa que viesse indicada pelo Welcome Center da Rota. Por aquilo que vou ouvindo, esta situação é um pouco transversal a muitos agentes económicos. Acho que é uma situação para reflectir, mas haverá coisas para corrigir, pois a Rota tem pouco tempo. 22
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Sociedade de Vinhos Borges mantem aposta no Dão
‘Meia Encosta’ e ‘Borges’ consistentes nos segmentos super e ultra premium Gazeta Rural (GR): Como estão as duas marcas do Dão? Pedro Guerreiro (PG): A aposta da Borges na região do Dão tem-nos permitido crescer como empresa e afirmar as melhores tradições portuguesas um pouco por todo o mundo. A marca Meia Encosta está a crescer no segmento popular premium, mas a marca Borges (associada à Quinta de São Simão da Aguieira, aos vinhos reserva e ao colheita tardia) continua também a afirmar-se de forma consistente nos segmentos super e ultra premium.
A Sociedade de Vinhos Borges, proprietária da Quinta de São Simão da Aguieira na Região Demarcada do Dão, tem vindo a manter-se no mercado, de forma consistente, com as marcas ‘Meia Encosta’ e ‘Borges’, que segundo Pedro Guerreiro, director de Marketing da empresa, continuam a afirmar-se nos segmentos super e ultra premium. A empresa, presente em cerca de 60 países, mantem o reforço da exportação, tendo também o mercado nacional como alvo.
GR: Que expectativa tem para a vindima deste ano? PG: São boas. A evolução na vinha foi muito favorável. Agora aguardamos por condições igualmente positivas durante a vindima para termos a certeza de estarmos num excelente ano vitivinícola. GR: No plano comercial, como está a ser 2015. PG: A Borges está presente em cerca de 60 países dos cinco continentes e é nos mercados de exportação que continua a crescer de forma mais notória. O mercado português está a registar um aumento dos vinhos do Dão para a nossa empresa. Finalmente, a atenção dos apreciadores portugueses começa a reorientar-se para o Dão e para a evolução assinalável que a região tem sabido fazer.
No concurso China Wine & Spirit Awards
Mais de 30 vinhos portugueses arrecadam duplo ouro Trinta e cinco vinhos portugueses foram galardoados com duplo ouro no China Wine & Spirit Awards, um dos mais prestigiados concursos de vinho na China e com forte impacto nas vendas naquele país. A capital portuguesa foi a região nacional mais premiada com duplo ouro - a mais alta distinção do concurso - ao somar 14 medalhas, com destaque para os tintos ‘Amoras Reserva 2011’, ‘Escada 2014’, ‘Infinita e Reserva 2011’ e o branco ‘Bigode 2014’. “No mercado dos vinhos, as medalhas conquistadas funcionam como referência nos processos de decisão de compra, pelo que, com a renovação destas distinções, antevemos excelentes impactos comerciais”, comentou Vasco d’Avillez, presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa. Ao todo, Portugal obteve mais de 100 medalhas, atribuídas por um painel de uma centena de jurados, seleccionados entre os maiores distribuidores de vinhos da China, numa competi23
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ção que incluiu vinhos provenientes de 35 países. Conhecido como “Faguojiu” (literalmente álcool da França, em chinês), o vinho é cada vez mais consumido entre a emergente classe média chinesa, mas o potencial de crescimento continua a ser considerado muito grande. Per capita, o consumo na China não chega a um litro e meio - em Portugal ronda os 40 litros - mas só em 2014 o país importou cerca de 383 milhões de litros de vinho, posicionando-se como o maior consumidor do mundo, segundo dados das alfândegas chinesas. A França é de longe o principal fornecedor de vinho para a China, e Portugal está no 11.º lugar, atrás da Espanha, Itália e Alemanha. Pelas contas da ViniPortugal, a associação que tem como missão promover a imagem de Portugal enquanto produtor de vinhos, no espaço de seis anos (2008-2013) as exportações de vinhos portugueses para a China subiram de 1,8 milhões de euros para 14 milhões de euros.
Uma iniciativa da Associação de Municípios Portugueses do Vinho
Candidaturas ao título de “Cidade do Vinho 2016” abertas até dia 23 de Outubro Face à vindima do ano passado
Produção de vinho verde vai subir “cerca de 15 por cento” A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) prevê uma colheita superior em “mais cerca de 15 por cento” na vindima deste ano face à do ano passado, disse o seu presidente. Manuel Pinheiro acrescentou que “vai ser um belíssimo ano de qualidade”, nomeadamente para castas como o alvarinho e o loureiro. A vindima naquela região começou “em cheio”, mas a CVRVV assinalou “a abertura oficial da vindima” com a presença do embaixador dos Estados Unidos em Portugal, Robert Sherman, na Estação Vitivinícola Amândio Galhano, em Arcos de Valdevez. O diplomata percorreu a propriedade, gerida pela CVRVV, visitou a adega local, e participou ainda em experiências de vinificação. A Comissão convidou Robert Sherman para este ato simbólico porque, como salienta, “os Estados Unidos são o primeiro destino das exportações de Vinho Verde”. Segundo Manuel Pinheiro, as vendas de vinho verde para aquele país devem ficar este ano “muito perto dos dez milhões de euros”. “Actualmente, o Vinho Verde representa mais de 50 por cento das exportações de vinho português para os Estados Unidos», refere ainda a CVRVV. Condições climáticas favoráveis explicam as boas perspectivas para a vindima deste ano. «Vamos produzir aquilo de que precisamos”, realçou Manuel Pinheiro, que tem alertado para o facto de ser preciso aumentar produção de vinho verde porque a procura externa continua em alta e os “stocks” estão praticamente esgotados. Manuel Pinheiro salienta ainda que os Estados Unidos são um mercado “óptimo em valor, ao passo que a Alemanha, segundo maior destino externo do vinho verde, registaram um crescimento significativo em volume”. A Comissão começou “pela primeira vez a fazer promoção no Japão”. Por outro lado, “em Portugal há um ligeiro aumento de volume e de valor”, isto depois de um período de estagnação. 24
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Os municípios portugueses interessados em apresentar uma candidatura ao título de “Cidade do Vinho 2016” podem fazê-lo até dia 23 de Outubro, junto da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV). A “Cidade do Vinho” é uma iniciativa promovida pela AMPV, com o intuito de contribuir para valorizar a riqueza, a diversidade e as características comuns da cultura do vinho e de todas as suas influências na sociedade, paisagem, economia, gastronomia e património dos territórios. Aos municípios cabe elaborar um programa anual de acções culturais, de formação e sensibilização ligadas ao vinho, com visibilidade nacional, e respectivo orçamento. O programa apresentado pela cidade candidata deve ter dimensão nacional e deve explorar as suas particularidades e dar provas de criatividade, tendo em conta critérios como o reforço da sensibilidade para a cultura e tradições do vinho, mobilização da comunidade, consolidar os vínculos com a região e com todos os territórios vitivinícolas portugueses, entre outros. Como requisitos para a apresentação da candidatura, há que ter em conta o facto de o município ser sócio da AMPV, caso não seja, deverá primeiramente formalizar a sua adesão antes de apresentar a candidatura. A cidade candidata deverá igualmente fazer acompanhar um plano anual de actividades e um orçamento para a realização das mesmas. As candidaturas serão valorizadas tendo em conta alguns factores, entre os quais a realização de actividades com parcerias público/privadas, elaboração de campanha de difusão nos meios de comunicação locais/regionais/nacionais, a periodicidade ou distribuição temporal das actividades, a diversidade das mesmas, o número de entidades envolvidas e a criação de um projecto catalisador para o desenvolvimento da cidade. O formulário de apresentação de candidatura e respectivo regulamento podem ser obtidos no site www.ampv.pt.
Para além do novo Branco 2014
Mondeco é a nova marca da Quinta do Mondego A Quinta do Mondego, sedeada nas Caldas da Felgueira, em Nelas, lançou ‘Mondeco’ a nova marca do produtor, que tem sido bastante bem recebida pela criticas e pelos consumidores. Joana Cunha, enóloga da Quinta do Mondego, antecipa uma boa vindima numa ano em que a empresa reforçou a aposta nos mercados externos. Gazeta Rural (GR): Que importância atribui à Rota do Vinho do Dão e como olha para a sua implementação? Joana Cunha (JC): Atribuo a importância merecida. A Rota do Vinho do Dão é uma oportunidade única para atrair mais visitantes a esta região tão rica. Rica de história e em produtos tão nacionais. Claro que é bom para promoção do vinho do Dão, mas acredito que acaba por ser mais que isso, o que é ótimo. A Quinta do Mondego ainda não faz parte da Rota, mas é um projeto que está para breve, pois estamos a terminar a construção da nossa sala de provas. GR: Têm uma marca nova? JC: Sim, é uma marca muito recente – o Mondeco. Tem sido muito bem recebido pela crítica e pelo consumidor, pelo que me faz sentido reforçar esta aposta que se mostra já um sucesso. 25
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Recentemente lançamos também o Quinta do Mondego Branco 2014, que se caracteriza por um blend de Encruzado e Gouveio, em que o Encruzado fermenta e estagia 6 meses em barricas de carvalho francês usadas, dando o seu toque único ao vinho. Temos as novas colheitas do Mondeco Branco, Quinta do Mondego Rose e Munda Encruzado JC: Como antecipa a vindima deste ano? JC: Prevejo que boa. É de conhecimento geral que existe mais produção, as maturações estão equilibradas e a prova da uva é interessante mas, como diziam os mais antigos, “até ao lavar dos cestos é vindima” e só teremos a confirmação no final. Na vertente comercial, cada ano tem sido relevante na Quinta do Mondego, mas 2015 tem-se mostrado um ano quase de viragem. Estamos a aumentar as vendas nos mercados externos e exemplo disso é o facto de já estarmos presentes em nove estados dos EUA e em três no Canadá. Relativamente à Europa, aumentamos as vendas nos mesmos distribuidores que trabalhamos há muitos anos como Suíça, Alemanha, Bélgica, Espanha, Reino Unido, entre outros.
Defendeu o presidente da Federação Agrícola dos Açores
Lavoura dos Açores quer reforço de 20ME para o sector no Plano e Orçamento de 2016 O presidente da Federação Agrícola dos Açores (FAA) defendeu um reforço de 40% a 45% das verbas para o sector no Orçamento da região do próximo ano, o que se traduz num acréscimo de 20 milhões de euros. “Queremos um aumento de 40% a 45% nas verbas do Plano e Orçamento para 2016, com a justificação das baixas que o sector atravessa, derivado às quebras substanciais do preço do leite”, declarou Jorge Rita à saída de uma audiência com o presidente do Governo dos Açores, sem referir, contudo, o valor proposto pelo executivo. O Plano e Orçamento de 2015 disponibilizou, de acordo com Jorge Rita, 64 milhões de euros para o sector, montante que só será alcançado em 2016 com o aumento de verbas reivindicado. O responsável, ouvido em Ponta Delgada no âmbito da auscultação dos parceiros sociais sobre o Plano e Orçamento dos Açores para 2016, considera que só assim, e continuando a reestruturar o sector através de novos resgastes, se poderá colmatar a crise do sector. Jorge Rita preconizou a criação de uma linha de crédito semelhante à SAFIAGRI, um sistema de apoio financeiro à agricultura, que promova uma ajuda aos custos financeiros que as explorações têm neste momento e que vão aumentar de “forma substancial”, face à redução de receitas. “Todas as medidas que têm sido anunciadas pelo Governo da República e pela 26
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União Europeia são importantes, mas estão muito aquém daquilo que são as expectativas dos produtores regionais e não só”, declarou o presidente da FAA. Jorge Rita afirma que a lavoura dos Açores vai aguardar por mais algumas soluções nacionais e pela adopção das propostas sugeridas ao Governo dos Açores, uma vez que se vai assistir a uma descapitalização do sector, por via da redução do preço do leite. Os prejuízos, apontou, são de 30 milhões de euros. O dirigente responsabilizou ainda a União Europeia pela situação do sector, que referiu ser já dramática. Sandro Paim, da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores (CCIA), defendeu que o Governo Regional deve rever os valores dos impostos sobre o rendimento colectivo (IRC) e sobre o valor acrescentado (IVA) em baixa, para potenciar a economia do arquipélago. O líder do tecido empresarial da região entende que o executivo deve criar um grupo que estude quais as empresas públicas regionais que estão em condições de serem privatizadas e podem contribuir para o crescimento da economia, mas não referiu nomes. O responsável identificou também a necessidade de o governo implementar, ao abrigo do quadro comunitário Açores 2020, os subsistemas de incentivos direccionados para os apoios às exportações e para o urbanismo, bem como afectar mais verbas à formação profissional.
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Inclui uma linha de crédito especial de 50 milhões de euros
Governo aprova Plano de Acção para Apoio ao Sector Leiteiro O Governo aprovou um plano de acção para apoio ao sector leiteiro que inclui a isenção contributiva para a Segurança Social, durante três meses, a criação de uma linha de crédito, o incentivo às exportações e ao consumo. O plano foi aprovado em Conselho de Ministros e detalhado pela ministra da Agricultura, Assunção Cristas, num momento em que o sector leiteiro atravessa uma crise, tanto em Portugal como na Europa, devido ao fim das quotas leiteiras e ao embargo russo aos produtos alimentares da União Europeia. Um dos quatro eixos do plano é uma “medida excepcional e temporária de isenção contributiva para a Segurança Social, por um período de três meses”. A ministra afirmou que “a medida está pensada para ser reavaliada ao fim desse período (de três meses)” e tem “um custo estimado de 1,9 milhões de euros” e admitiu que a mesma poderá ser eventualmente prolongada se houver necessidade. Outra vertente do plano é a criação de uma linha de crédito especial no valor de 50 milhões de euros para apoio à tesouraria das empresas ou ao investimento, ou seja, “para ajudar o sector que tem dívida” e que, desta forma, poderá torná-la mais barata. Assunção Cristas anunciou ainda a antecipação para Outubro de 2015 dos pagamentos ao sector do leite, “na percentagem máxima autorizada pela Comissão Europeia”. O plano visa ainda estimular o consumo interno e incentivar as exportações, 28
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destacando aqui Assunção Cristas que “vale a pena trabalhar ainda mais intensamente para agarrar mercados terceiros” e recordou ainda a visita a Portugal que o maior comprador chinês do sector agroalimentar realizou na semana passada. “Esperamos que daí possam sair negócios. É preciso definir uma acção ainda mais intensa ao estrangeiro e trabalhar com o sector para identificar que outros mercados externos à união Europeia podemos trabalhar”, disse. Sobre a decisão da Comissão Europeia de criação de um pacote de ajuda no valor de 500 milhões de euros para apoiar os produtores agrícolas europeus, Cristas disse que se trata de “um início de plano de acção que precisa de ser detalhado” e que ainda não está definido quanto caberá a cada país, lembrando que este pacote destina-se “maioritariamente para o sector leiteiro, mas não só”. Questionada sobre se os Açores receberão uma maior fatia deste apoio, já que a sua economia está muito dependente da produção de leite, sendo responsável por uma percentagem elevada do leite nacional, a ministra da agricultura reiterou não ter expectativa quanto ao valor concreto e afirmou que os instrumentos da Política Agrícola Comum “diferenciam de forma muito significativa a Região Autónoma dos Açores”, afirmando que existem 6.000 mil produtores em Portugal, metade nos Açores e metade no continente.
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Internacionalização é o próximo passo
Feira de São Mateus 2015 teve uma “edição histórica” A Feira de S. Mateus registou este ano um total de 950 mil visitantes, um número considerado “histórico” pelo presidente da Câmara de Viseu. “É um número histórico de uma edição histórica da Feira de São Mateus. Ficamos com a ponta dos dedos das mãos a tocar na marca do um milhão de visitantes”, sublinhou Almeida Henriques. Os 950 mil visitantes da 623.ª edição do certame, que durou 38 dias, correspondem a um aumento de 100 mil visitantes comparativamente à edição de 2014. “O projecto de revitalização que temos em curso está a dar bons frutos. A feira reconciliou-se com a sua identidade, com a sua cidade, e tornou-se mais atractiva do que nunca”, considerou Almeida Henriques. Para a organização, houve vários factores a contribuir para o sucesso deste ano, como o novo “layout” da feira, com a recuperação da avenida central e o palco com vista para o perfil da Sé de Viseu. Um cartaz de espectáculos e eventos “mais forte e atractivo para todos os públicos”, o desenho de luz das portas e do campo da feira e a nova imagem de marca com “uma estratégia de comunicação mais moderna, jovem e urbana” foram outros factores. “Feirar está-nos no sangue” foi frase usada na estratégia de comunicação deste ano. Almeida Henriques apontou “a forte adesão do público 30
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jovem” como “o sinal mais positivo desta edição”. “Os jovens voltaram à feira. E voltaram em força. Esta conquista é para consolidar no próximo ano”, garantiu. Terminada a 623.ª edição, o próximo objectivo consiste em internacionalizar a secular feira. “Queremos explorar a proximidade a cidades como Salamanca e a empatia do público espanhol pelas tradições populares portuguesas”, frisou o autarca, avançando que será feito “um investimento na qualificação da oferta gastronómica e de artesanato” e uma “promoção além-fronteiras”. Nos próximos meses, serão conhecidos os resultados de um inquérito independente realizado ao longo do certame, estando em análise questões como o impacto económico, a satisfação dos visitantes, a influência de públicos-alvo como os emigrantes e os jovens e a procura por parte de turistas. Em 2014, segundo a autarquia, a Feira de São Mateus tinha representado “um volume de negócios directo, indirecto e induzido de mais de 44 milhões de euros, com um impacto positivo na economia local de mais de 6,5 milhões de euros e na criação de 197 postos de trabalho (num total de 1.071 empregos)”.
Em Vila Pouca de Aguiar
Encontro internacional debateu aumento da produção de castanha e as doenças dos soutos O aumento da produção de castanha na Europa e o combate às doenças que afectam os soutos foram temas em destaque num encontro internacional que decorreu em Vila Pouca de Aguiar. Durante quatro dias, Vila Pouca de Aguiar, foi palco de três eventos dedicados à castanha, nomeadamente o II Simpósio Nacional da Castanha, o VI Encontro Europeu da Castanha e a I edição da Castanha Logística Europeia. “O grande desafio neste momento para a Europa é o aumento da produção de castanha e o combate às doenças que estão a levar à quebra de produção, bem como algum abandono dos soutos que se verifica nas zonas rurais”, afirmou o presidente da Associação Nacional da Castanha – Refcast. José Gomes Laranjo defendeu que a Europa precisa de aumentar a área de produção de castanha em cerca de “40 mil hectares” para conseguir dar resposta à procura não só dos consumidores em produto fresco mas também da indústria. Há 50 anos o continente europeu liderava a produção deste fruto, no entanto actualmente produz apenas cerca de 200 mil toneladas contra os cerca de 1,8 milhões de toneladas do resto do mundo. “Não há castanha e esta falta abre portas a castanhas de menor qualidade de outras proveniências e pode ser dramática esta abertura de portas, designadamente à asiática”, salientou o também investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. O responsável sublinhou a importância desta cultura para a economia nacional e frisou que, só no ano passado, foram exportados cerca de 60 milhões de euros de castanha. Esta é também uma produção muito afectada pelas doenças e pragas, nomeadamente o cancro, a tinta e, mais recentemente, a vespa das galhas do castanheiro. O cancro é uma doença que aparece nos ramos e troncos das árvores, enquanto
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a tinta apodrece a raiz. A vespa aloja os seus ovos nos gomos dos castanheiros. Só quando estes formam novos ramos é que se percebem as deformações e inchaços nas folhas. Depois de infectados, os ramos não conseguem dar mais fruto. Estas doenças e pragas afectam a produção, pelo que José Gomes Laranjo defende uma maior investigação na área para combater estas patologias. O investigador salientou que, este ano, a tinta “está a provocar um problema dramático em Trás-os-Montes”. “Estão a morrer imensas árvores devido às condições de secura e de temperatura, que são condições propícias ao desenvolvimento desta doença e não há nenhum antídoto e produto eficaz para tratar, porque é uma cultura que não tem o grau de desenvolvimento de outras”, sublinhou. Enquanto no Encontro Europeu se falou mais da produção e dos apoios estatais e comunitários reivindicados para o sector, o Simpósio Nacional do Castanheiro destacou a investigação nacional e internacional que está a ser feita nesta fileira. José Gomes Laranjo lamentou que candidatura apresentada à Fundação para a Ciência e Tecnologia para estudar a vespa em Portugal não tenha sido aprovada, considerando que “era fundamental” para travar a propagação desta praga no país. Em simultâneo decorreu a Castanha Logística, uma feira de actividades que contou com a participação de cerca de 30 empresas que mostraram equipamentos, serviços, investigação relacionada com o sector, mas onde marcaram também presença viveiristas e vendedores de produtos transformados. O evento foi promovido pela RefCast, em conjunto com as câmaras de Vila Pouca de Aguiar e Valpaços e a Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal. Fonte: Lusa
Segundo o director regional de Agricultura do Norte
Seca provoca “quebras” na produção de azeite e castanha em Trás-os-Montes O director regional de Agricultura do Norte afirmou que se registam, nesta altura do ano, “grandes quebras” na produção de azeite e castanha em Trás-os-Montes, consequência da seca que a região atravessa. Manuel Cardoso disse que há uma disponibilidade muito baixa de água no solo, o que faz com haja culturas agrícolas muito afectadas, bem como a capacidade de sobrevivência de diversas variedades de plantas, sobretudo nas que foram plantadas ao longo do ano. “A percentagem de água existente no solo em relação à capacidade de utilização das plantas ronda os 10 e os 15 por cento, o que significa que se não houver precipitação imediatamente, há a possibilidade de algumas espécies de plantas não sobreviveram, nomeadamente, a plantações novas”, explicou o responsável. As perdas na cultura do olival são para já preocupantes, estando os serviços da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte a fazer um levantamento para se perceber a respectiva quantificação dos prejuízos provocados pela falta de água nos solos, indicado-
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res que só será possível apresentar em finais de Setembro. No que respeita às perdas de produção, há outros problemas, sobretudo na produção de cereais (trigo, centeio e aveia) sendo que para já ainda não é possível apresentar uma estimativa. A sub-região de Trás-os-Montes e Douro está a ser “muito” afectada pela seca, sendo as zonas da Terra Quente Transmontana e o Planalto Mirandês, as mais afectadas. “Nestas regiões começa a verificar-se a queda da azeitona das oliveiras”, destacou. Contudo, numa altura em que está a elaborar o relatório sobre o estado das culturas e evolução das colheitas, para apresentar ao ministério da Agricultura, nem tudo são mas notícias, já que o sector da vinha e da fruta apresentam bons resultados, tudo porque estas culturas estão instaladas em áreas onde existe regadio. A falta de água nos pastos é outras das preocupações, sobretudo, em áreas onde era habitual haver alguns armazenamento de humidade no verão como é caso do Parque Natural de Montesinho, o que não está a acontecer. “Os pastos estão secos, havendo situações aflitivas para os animais e produtores”, concluiu.
Após reunião da Comunidade Intermunicipal
Autarcas de Trás-os-Montes querem plano para erradicar doenças do castanheiro A Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes anunciou que pretende juntar várias entidades para avançar com um plano de acções concretas para erradicar as doenças do castanheiro, uma das culturas com maior peso económico na região. O primeiro passo será promover uma reunião entre Comunidade Intermunicipal, Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos, Instituto Politécnico de Bragança, associações florestais e a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, como adiantou o presidente da CIM, Américo Pereira. O assunto foi discutido numa reunião do Conselho Intermunicipal da CIM, em Vinhais, e os autarcas entendem que existem avanços em termos de investigação que devem ser aplicados e “uma vez que essas doenças, como o cancro ou a vespa das galhas do castanheiro, têm muita mais evidência por altura da primavera, é agora o tempo de começar a tratar e a estabelecer acções concretas de combate a estas pragas”. “É isso que vamos tentar fazer conjuntamente”, afirmou, indicando que o Politécnico de Bragança “está a trabalhar convenientemente esta matéria” das doenças, em termos de investigação, o que pode “dar uma ajuda no que diz respeito à resolução destes problemas”. 33
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Américo Pereira lembrou que “a cultura da castanha em Trás-os-Montes é algo de extremamente importante para as economias rurais”, com 80% da produção nacional concentrada nesta região. O castanheiro debate-se actualmente com algumas pragas, a mais recente das quais a vespa das galhas do castanheiro, que podem pôr em causa a produção e que “necessitam de uma intervenção muito séria por parte das instituições ligadas ao sector, mas também das autarquias, necessariamente apoiadas no conhecimento científico que pode ser dado através das escolas de Ensino Superior, nomeadamente do Politécnico”, explicou. “Isto já não é um assunto que diga respeito apenas ao Ministério da Agricultura, mas diz respeito a todos”, declarou. A reunião do Conselho Intermunicipal da CIM Terras de Trás-os-Montes serviu também para delinear as orientações para aproveitamento das verbas do programa transfronteiriço Interreg, com a aposta direccionada para projectos conjuntos de promoção turística do território. A CIM decidiu também associar-se ao programa “Escolas Saúde” da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste que visa criar, nas escolas, hábitos de saúde aos mais novos.
Protocolo de cooperação foi assinado durante a Feira Anual
Município de Viseu apoia produtores de gado do concelho A Câmara de Viseu e a Associação de Criadores de Gado da Beira Alta celebraram um protocolo de cooperação tendo em vista fomentar a criação de gado no concelho de Viseu e o apoio directo aos produtores. O ato decorreu no Parque de Gado, em Rio de Loba, no âmbito da feira anual. Através desta cooperação, o Município de Viseu disponibilizará um envelope financeiro de 11.200 euros, tendo por objectivo apoiar a vertente sanitária da produção de bovinos, ovinos e caprinos no concelho. O tecto previsto para esse apoio é de
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4,5 euros por cabeça para a espécie bovina e de 1,5 euros para as espécies ovina e caprina. A medida inscreve-se no programa “Viseu Rural”, adoptado pelo Município viseense em Fevereiro passado. O fomento à criação de gado no concelho será ainda traduzido num conjunto de serviços de assistência aos produtores, através da Associação de Criadores de Gado da Beira Alta e do Gabinete de Apoio ao Agricultor de Viseu, instalado no Mercado Municipal.
e preços que são uma tentação!
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viseu
Nas eleições marcadas para 24 de Outubro
Olga Cavaleiro recandidata-se à liderança das Confrarias Gastronómicas A presidente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas (FPCG), Olga Cavaleiro, vai recandidatar-se ao cargo, nas eleições de 24 de Outubro, com um programa que incentiva a produção e a inventariação de produtos tradicionais. Com o objectivo de promover a obtenção de “produtos genuínos”, a FPCG deve criar “uma nova ferramenta de trabalho de utilização fácil”, os regulamentos de produção, que serão “uma tentativa de combinação da tradição e das regras instituídas por lei”, disse a socióloga Olga Cavaleiro. Nas orientações programáticas da única candidatura até ao momento assumida para a gestão da federação nos próximos três anos, é realçado “o sucesso conseguido com o Inventário dos Produtos Tradicionais”, o que obriga “a procurar uma maior participação, sobretudo, junto das confrarias que ainda não participaram”. Segundo o projecto liderado por Olga Cavaleiro, licenciada em Sociologia pela Universidade de Coimbra, importa “sistematizar a informação (ainda) disponível sobre as características organolépticas, geográficas, económicas ou culturais dos produtos”, como forma de combater “o desaparecimento de inúmeros produtos ou receitas” em Portugal. O trabalho de inventariação deve prosseguir “com novos parceiros, como instituições de ensino”, na perspectiva de que “a informação estará ao serviço de um melhor aproveitamento” do património gastronómico dos concelhos e regiões. No mandato que termina em Outubro, a FPCG valorizou “a 35
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gastronomia portuguesa pelo que ela tem de genuíno, de património imaterial, de relevância económica, de sustentabilidade ambiental, de indispensável a uma alimentação saudável, de centralidade turística” e de alguma “cumplicidade com importantes sectores” da economia nacional. Depois da criação do Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa, aprovado pela Assembleia da República - e que se será comemorado pela primeira vez em 2016, no dia 29 de Maio - “deve insistir-se na qualificação dos produtos tradicionais”, incluindo através do inventário que tem sido desenvolvido com as confrarias e com as autarquias. Olga Cavaleiro e a sua equipa apostam também na criação do selo “Produto Tradicional Português”, para distinguir “de forma simples e eficaz os produtos genuínos”, alguns dos quais “com grande peso” económico. Para as seis vice-presidências da FPCG, a lista da presidente da Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal propõe as confrarias do Queijo da Serra da Estrela (Pedro Couceiro), da Fogaça da Feira (Isabel Sousa), Gastronómica da Madeira (Ivo Caldeira), do Anho Assado com Arroz de Forno (Luís Brás), da Broa d´Avanca (Manuel Dias) e das Saínhas de Vagos (Filomena Grave). A candidatura foi apresentada na Igreja da Misericórdia de Tentúgal, no concelho de Montemor-o-Velho, pelo presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, Manuel de Novaes Cabral.
Município obriga bares a colocar limitadores de potência sonora
Câmara de Viseu aprova medidas para a qualidade de vida no centro histórico A Câmara de Viseu aprovou novas medidas para melhorar a qualidade de vida dos moradores do centro histórico. O objectivo é conseguir uma boa coexistência com as pessoas que frequentam esta zona da cidade, sobretudo à noite. No final da reunião da câmara, o presidente Almeida Henriques lembrou que quando foi aprovado o novo regulamento de horários para o centro histórico se comprometeu com a concretização de medidas que deveriam ser tomadas em conjunto. É nesse âmbito que foi agora aprovado o programa de apoio directo à insonorização de habitações particulares e também os requisitos técnicos dos “limitadores de potência sonora”, que todos os bares e estabelecimentos emissores de ruído são obrigados a instalar. Com o programa de apoio directo à insonorização de habitações particulares, “passa a haver um regulamento que permitirá à Sociedade de Reabilitação Urbana Viseu Novo, em articulação com os serviços da câmara, avaliar situações concretas de casas que sejam afectadas pelo ruído do centro histórico”, explicou Almeida Henriques. As medidas agora aprovadas implicam que o município passará a comparticipar até 170 euros cada substituição de vidro simples por vidro duplo e respectiva caixilharia, até 100 euros na introdução de portadas interiores e até 200 euros na colocação de caixilharias interiores. Na opinião do autarca, tal permitirá a coexistência “da movida nocturna com a vida das
pessoas que estão no centro histórico”. Ficaram também definidos os requisitos técnicos dos “limitadores de potência sonora” (ou limitadores acústicos), cuja instalação é obrigatória em todos os bares e estabelecimentos emissores de ruído. “Dentro dos que estão homologados no mercado, cada um será livre de adquirir aquele que entender”, frisou Almeida Henriques. Este sistema permitirá não apenas controlar a emissão de ruído, mas também limitar efectivamente o abuso ou desrespeito pelos limites máximos fixados. O presidente da Câmara de Viseu lembrou que já estão a ser aplicadas outras medidas no centro histórico, sendo, por exemplo, “visível a existência de um segundo patrulhamento da PSP nos dias de maior movimento”. No que respeita à instalação de videovigilância, referiu que “está a ser validada com a Comissão Nacional de Protecção de Dados a autorização para a instalação das câmaras” e que se encontra a decorrer o concurso que permitirá adquiri-las e instalá-las. Segundo Almeida Henriques, “o centro histórico está a ganhar qualidade de vida” e “quem aí vive ou queira residir tem hoje melhores condições para o fazer”. “O conjunto de medidas que estão a ser adoptadas são amigas de quem ali reside e atractivas para quem quer visitar e trabalhar [no centro histórico]. Estamos a construir um equilíbrio sustentável entre os diferentes interesses”, considerou.
Ano XI - N.º 254 Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), jla.viseu@gmail.com | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda. Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo e Fernando Ferreira Opinião Miguel Galante, Paulo Barracosa, Maria João Almeida, José Martino, Diogo Rocha | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320 E-mail: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS - Inscrição nº 124546 Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís Araújo Sede Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica NovelGráfica | Telf. 232 411 299 | E-mail: novelgrafica1@gmail.com | Rua Cap. Salomão 121-123, 3510-106 Viseu Tiragem média Mensal Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
FICHA TÉCNICA
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Feira da Maçã de Armamar é em Outubro Armamar há muito que se afirmou no panorama regional e nacional pela excelência dos seus produtos, das suas paisagens, das suas gentes e pelas suas grandes marcas “Capital da Maçã de Montanha”, “Douro Património da Humanidade”, Cabritinho de Armamar” e “Terra de Emoções”. As consecutivas edições da Feira da Maça têm feito eco desta realidade atingindo já um bom patamar de qualidade. “Este ano queremos muito mais e melhor e estamos a trabalhar
para que a Feira da Maçã atinja, à nossa dimensão, um elevado nível de qualidade a todos os níveis”, refere a autarquia em comunicado. A Feira será nos dias 23, 24 e 25 de Outubro, numa organização da Câmara de Armamar, em parceria com a Associação de Fruticultores de Armamar e CP Comboios de Portugal, com o apoio de várias empresas e instituições do sector agrícola.
ÚLTIMA HORA Homenagem ao final das colheitas costuma atrair muitos visitantes
“Festa das Adiafas” regressa em Outubro ao Cadaval A menos de um mês da “Festa das Adiafas e Festival Nacional do Vinho Leve”, que vai decorrer de 10 a 18 de Outubro na vila do Cadaval, já são conhecidos os destaques de um programa que volta a conciliar gastronomia, exposições, espectáculos musicais, colóquios e animação diversa. Em Outubro, no Cadaval brinda-se ao final das colheitas e ao mundo rural. O pavilhão multiusos vai acolher um certame que homenageia as ancestrais tradições rurais, que se fundem com a divulgação da produção económica da região, nas suas mais diversas vertentes. O termo “adiafa” significa, precisamente, o tradicional banquete que os antigos proprietários vinhateiros ofereciam, em tempos remotos, aos seus trabalhadores no fim de cada ano de campanha, pretendendo festejar o final das colheitas ou agraciar o ano agrícola. A passagem para o plural do termo, em 2002, por parte do município, destinou-se a abarcar a celebração de outras “adiafas”, nomeadamente a da colheita frutícola, a par das restantes vertentes da economia local. O âmbito do certame cresceu, sendo que, anualmente, são muitos os participantes empenhados em mostrar a sua oferta produtiva. Os pavilhões de artesanato e de actividades económicas oferecem exposições de um leque variado de produtos, bem como de representações do tecido empresarial e institucional. A fruticultura e a vitivinicultura continuam, porém, a ser os pilares fundamentais da festa, sendo especialmente representadas pela Pera Rocha do Oeste e pelo Vinho Leve da Região de Lisboa, das quais o Cadaval é um exímio representante.
Destaques do certame Na área vitivinícola, a “Festa das Adiafas” contempla o “Festival Nacional do Vinho Leve”, que conta com a participação anual de diversas adegas da região. A este nível, destaque-se a cerimónia de entrega dos prémios do Concurso de Vinhos Leves da Região de Lisboa, que este ano atinge a quinta edição, numa parceria com a Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa. O sector produtivo estará patente não só na mostra de produtos, mas também através de colóquios sobre temáticas de 37
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utilidade agrícola e de promoção da economia rural, a decorrerem no recinto da feira. O pavilhão de gastronomia e animação contará com a presença de vários espaços de restauração, dinamizados por associações locais que incluirão, nas suas ementas, diversos pratos típicos, onde até o ingrediente “Pera Rocha” costuma integrar algumas das iguarias presentes. No mesmo local, estão ainda representadas várias tasquinhas, dinamizadas por colectividades locais, onde não faltarão os habituais petiscos. A angariação de fundos para as colectividades participantes, e a divulgação dos respectivos projectos comunitários, constitui uma mais-valia desta vertente gastronómica, que tantos visitantes costumam atrair à vila do Cadaval. Os espectáculos representam o ponto alto da animação, englobando actuações de música filarmónica, orquestral, popular, folclórica e de baile, contando ainda com o bom humor revisteiro. A animação do evento, que conta com organização do Município do Cadaval, far-se-á ainda através do XI Fim-de-semana Equestre, Prova de Santo Huberto (caça), Largada de Vitelos e 3ª Rota das Adiafas (passeio todo-o-terreno).
TCP recebeu mais um galardão profissional
Região Centro eleita melhor região de turismo nacional A Turismo Centro de Portugal TCP) foi eleita melhor região de turismo nacional durante a cerimónia de entrega dos prémios Publituris Portugal Travel Awards 2015, que decorreu no Algarve. Estes prémios, conhecidos como os “Óscares do Turismo” em Portugal, destinam-se a premiar as melhores empresas, instituições, serviços e profissionais da área do turismo que se destacaram no decorrer do último semestre de 2014 e primeiro semestre de 2015. Após receber o prémio de “Melhor Stand BTL 2015”, entregue no âmbito da participação na Feira Internacional de Turismo de Lisboa – BTL 2015, a TCP recebeu novo galardão confirmando a estratégia promocional delineada para a marca Centro de Portugal e assinalando, desta forma, um ano extraordinário para a Turismo Centro de Portugal. Pedro Machado, presidente da TCP, destaca o trabalho em rede desenvolvido pelas organizações e empresários regionais
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do sector, sublinhando o seu contributo na construção de novos produtos, na qualificação e notoriedade do destino: “Este é um prémio de toda uma Região. Um prémio que pertence a todos os que diariamente trabalham na estruturação, valorização e promoção desta que é a maior e mais diversa região turística do País. Tendo como desafio consolidar uma cultura comum e um sentimento identitário, que una agentes públicos e privados, o individual e o colectivo, a vitória da Região Centro resulta de três principais ingredientes: uma visão para o sector através da reconstrução do plano de marketing; uma estratégia materializada numa nova logomarca; uma decisão arriscada mas absolutamente certa.” A procura turística na região Centro tem registado desde o início do ano um crescimento constante, prevendo-se que 2015 seja o melhor ano turístico de sempre, seja ao nível das dormidas ou dos proveitos totais.
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