Director: José Luís Araújo
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N.º 259
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15 de Novembro de 2015
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Preço 2,00 Euros
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Viseu será “Capital do mel” em 2017 "Plantar e cuidar para colher" www.fnapf.pt | www.facebook.com/FNAPF
Sumário 04 Odemira recebe Semana Gastronómica do Mel e Medronho 05 Alcobaça recebe XVII Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais 06 Escola Superior Agrária de Viseu promove Encontro Micológico 07 Viseu será “Capital do Mel” em 2017 09 Fórum Nacional discute problemas da apicultura nacional 10 “No último ano a produção de mel foi preterida pela reposição do efectivo”, diz Manuel Gonçalves 14 Lusovini lança aplicação grátis para telemóveis e tablets 15 Melgaço estreia Festa do Espumante com cartaz muito apetecível 16 Ervidel recebe a grande festa do vinho e da cultura 17 Nelas deu a conhecer e a apreciar o vinho do Dão 18 AMPV promove conferência “VINHO – Uma moda que veio para ficar”
19 Festival ‘Tinto no branco” junta vinho e literatura
em Viseu 21 Concurso Queijos de Portugal elegeu os melhores de 2015 em 20 categorias 22 Concurso Nacional de Bolo Rei é a 3 de Dezembro 24 Aguiar da Beira quer afirmar-se pela gastronomia 26 COAPE prepara novos projectos e “alterações profundas” na sua estrutura física 28 Plano prevê melhoria da cortiça e montados mais produtivos em 27 anos 29 Projecto de promoção de carne de porco alentejano recebe co-financiamento europeu 32 Courgette é cultura da moda na região do Oeste 34 Feira do Mel e da Castanha da Lousã reúne apicultores e outros produtores 35 Festival ‘Beira Interior – Vinhos e Sabores’ é “para repetir” 36 Seminário propõe visão para o futuro do Parque Natural Vouga-Caramulo 38 Evento mostra a melhor gastronomia de caça do concelho de Mora
Morada
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Entre os dias 16 e 22 de Novembro
Odemira recebe Semana Gastronómica do Mel e Medronho O concelho de Odemira recebe de 16 a 22 de Novembro a Semana Gastronómica do Mel e Medronho, evento que com ta com a participação de diversos restaurantes do concelho, com o objectivo de promover dois dos produtos locais com maior qualidade e tradição. Nas ementas dos restaurantes aderentes estarão diversos pratos ou petiscos à base de borrego, porco, peru ou salmão, confeccionados das mais variadas formas com mel ou medronho e aromatizados com hortelã, alecrim, laranja, limão e gengibre. Também as sobremesas terão por base mel e medronho do concelho de Odemira, com propostas como medronhos com chocolate, laranja com canela, mel e azeite, pudim e torta de mel, pudim de mel aromatizado com medronho, semifrio de medronhos e medronhosca. O concelho de Odemira tem bastante tradição na produção de mel, sendo apontado como um produto de elevada qualidade. Também o medronho e a produção de aguardente à base deste fruto conhecem em Odemira grande produção e qualidade. Ambos os produtos são considerados como estratégicos para o desenvolvimento e dinamismo económico do interior do concelho.
Em Marvão, até 29 de Novembro
Quinzena Gastronómica mostra as melhores iguarias feitas com castanha Decorre até 29 de Novembro em Marvão, em dezasseis restaurantes do concelho, uma Quinzena Gastronómica em que os visitantes se podem deliciar com as melhores receitas feitas à base de castanha. Se é um fã deste fruto seco, não perca a oportunidade de prová-lo na sopa, a acompanhar o bacalhau, o porco, o coelho, ou o veado. Durante quinze dias, as ementas dos restaurantes são valorizadas com pratos tão diversos como a sopa de castanha com shitake, alhada de cação com castanha, bacalhau frito com sopas de tomate e castanha frita, choquinhos com castanhas, trutas com castanhas, guache de vitela com castanha, veado estufado com setas e castanhas, perna de borrego leital assada com castanhas e cebolinhas, ou rabo de boi com castanhas. Um dos objectivos desta iniciativa é incentivar a utilização da castanha de Marvão, classificada como produto de Denominação de Origem Protegida (DOP), na gastronomia, motivando a sua inclusão nas ementas e pratos típicos dos restaurantes do concelho. Esta Quinzena Gastronómica pretende ainda promover a marca “Marvão Bom Gosto” e o concelho como “destino gastronómico de eleição”.
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De 19 a 22 de Novembro
Alcobaça recebe XVII Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais O Mosteiro de Alcobaça acolhe uma vez mais a Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais, de 19 a 22 de Novembro. A celebrar a décima sétima edição, o evento conta este ano com a maior projecção de vídeo mapping a nível nacional, percorrendo os 200 metros da fachada do Mosteiro de Alcobaça. Os visitantes podem degustar o melhor do receituário conventual, num evento que este ano conta com a presença de doçaria conventual de Alcobaça, mas também de outros mosteiros, conventos e pastelarias, tanto nacionais como internacionais. A Ilha da Madeira também se faz representar pela primeira vez nesta mostra. Este ano, a grande novidade do certame será o espectáculo de video mapping - Alcobaça – A luz do amor - criado pelo atelier Ocubo.com, que vai preencher todos os 200 metros da fachada do Mosteiro de Alcobaça. Será a maior projecção do género numa única fachada feita em Portugal. Este espectáculo consiste numa viagem pelo tempo, com base na fundação deste edifício, património histórico e cultural, desde a sua construção até aos dias de hoje, evidenciando o extraordinário papel dos monges da Ordem de Cister e a importância das suas actividades no desenvolvimento social, cultural e económico da região. A integração do vídeo mapping na é, pois, o corolário lógico da celebração do legado cisterciense, no ano em que se assinalam os 900 anos da Casa Mãe da Ordem de Cister – a
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Abadia de Claraval, em França, e os 25 anos da classificação do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça como Património Mundial da UNESCO. Promovido pelo Município de Alcobaça, em parceria com o Turismo do Centro e com o apoio da DGPC e do Mosteiro de Alcobaça, o video mapping será um acontecimento inesquecível, uma oportunidade única de assistir a um grandioso espectáculo de luz, som e imagem. A Doçaria Conventual em Alcobaça é riquíssima e herdeira das tradições gastronómicas dos Monges e Monjas de Cister, senhores dos antigos Coutos de Alcobaça que, em mais de oito séculos de permanência na região, deixaram como marca de excelência a sua dedicação aos Doces Conventuais. São famosas as cornucópias, o Pão-de-Ló de Alfeizerão, as trouxas-de-ovos, a ginja de Alcobaça, entre muitas outras iguarias. Em pleno Mosteiro de Alcobaça, eleito pela UNESCO património da Humanidade e uma das Sete Maravilhas de Portugal, poderá degustar o melhor do receituário conventual não só de Alcobaça mas, também, de outros mosteiros, conventos e pastelarias, tanto nacionais como internacionais. Destaque ainda para a estreia da doçaria da ilha da Madeira neste evento, fazendo-se representar pela Casa do Povo de Curral das Freiras, que vem apresentar as suas especialidades: Bolo de Mel, Bolo de Castanha, Broas, Bonecos de Massa, Doces de Castanha e Ginja e Pataniscas de Castanha.
A 20 de Novembro, a partir das 10 horas
Escola Superior Agrária de Viseu promove Encontro Micológico Vai decorrer no dia 20 de Novembro a décima terceira edição do Encontro Micológico da Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV), evento que possibilitará aos participantes a realização de um percurso pela floresta para “apanha” e reconhecimento de cogumelos, bem como a contemplação da bela paisagem de outono. Do programa fazem parte saídas de campo, - no Parque Botânico Arbutus do Demo, em Vila Nova de Paiva, - para recolha e identificação de cogumelos silvestres, sensibilização ambiental relacionada com a micologia e a floresta, exposição de cogumelos silvestres com as espécies identificadas, demonstração de cozinha molecular, palestras sobre micologia e jantar micológico. A temática dos cogumelos que por alturas do Outono é tão debatida, quer por boas, quer por más razões, tem sido matéria de sensibilização nos Encontros Micológicos que se têm vindo a promover anualmente, no Parque Botânico Arbutus do Demo, desde 2003. É reconhecendo o perigo que determinadas espécies representam para a saúde, quando não são conhecidas as maneiras tradicionais de se fazer a triagem dos cogumelos comestíveis, tóxicos ou mortais, que a ESAV, em parceria com a Câmara de Vila Nova de Paiva, têm vindo a realizar este encontros micológicos em forma de acções de sensibilização.
Venham daí! Duendes da floresta que brotam da terra sem raízes, sem folhas e sem caule, em anéis de fadas ou bruxas, conforme os gostos ou desgostos. E tal como outras alternâncias da vida, eles cá estão de novo. Impudicus phalloides ou deliciosus edulis, todos numa orquestra de silêncios coloridos e aromas perdidos na floresta, que é tão nossa. Passo lento, pulmão aberto e olhar atento… Lá está um!... E afinal outro! Já consigo ouvir o estalar da cama de cebolinhas que os vai aconchegar logo à noite com um naco de pão saloio. As coisas bonitas do monte, as que só tocam quem se deixa tocar pelas raízes, mesmo daqueles que não as têm, mas que nos micorrizam a alma. Venham daí esses sorrisos, venham mais um ano juntar-se a nós e partilhar o dia dos tortulhos, sanchas, frades e míscaros, conhecer um pouco mais deste mundo à parte, ou então, venham só reconhecer caras e corações de outros tempos e pôr as memórias em dia. E faz-nos tão bem saborear estes momentos devagar! Bem-vindos ao XIII Encontro Micológico da ESAV! José Manuel Costa (Docente da ESAV) 6
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Em data ainda a marcar
Viseu será “Capital do Mel” em 2017
_ António Ferreira, presidente da AABA Viseu vai receber, em 2017, o Fórum Nacional de Apicultura e a Feira Nacional do Mel. A confirmação foi dada pela Associação de Apicultores da Beira Alta (AABA), que trabalha no sentido de criar parcerias para levar a cabo este evento que reputa de “muito importante” para o sector apícola da região. O presidente da Assembleia Geral da AABA destacou “as várias dimensões que um encontro desta natureza terá para a região e para o sector”. Segundo Henrique Machado, a organização de um Congresso Ibérico Apícola, integrado no Fórum Nacional de Apicultura, em 2017, conta já com o apoio da Câmara de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu e Federação Nacional de Apicultores Portugueses. “Estamos numa fase de organização, de definição dos temas a debater e de encontrar os parceiros certos, que tenham uma dupla função que vá de encontro àquilo que nos interessa e o conhecimento que importa divulgar”, refere Henrique Machado, defendendo que importa “reflectir sobre o papel da apicultura na sociedade” e também “ter uma dimensão científica e criar conhecimento nesta área”. Segundo o dirigente, “neste novo ciclo da AABA, há várias intervenções de acção, nomeadamente reforçar o apoio aos apicultores, ampliar a rede de relações e tentar desenvolver um conjunto de procedimentos, tendo em vista a afirmação do
sector apícola na região da Beira Alta. Henrique Machado destaca a urgência de se perceber o papel da apicultura e a sua importância para o equilíbrio da natureza. O dirigente associativo defende, deste modo, a realização do Fórum em Viseu, afirmando que será “o ponto de encontro dos apicultores”, onde se “pretende mostrar o que melhor se faz na apicultura mundial”, mas que será também “um espaço de reflecção sobre a importância do sector, numa região que se afirma como ecologicamente sustentável e onde a apicultura tem um papel determinante”. Henrique Machado destaca a “grande dinâmica apícola na região”, cujo reflexo é a própria associação, que tem cerca de 400 associados e representa cerca de 12 mil colmeias. Tudo isto, sublinha, “tem um grande impacto económico complementar”, havendo já apicultores que dedicam a tempo inteiro a esta actividade. Henrique Machado destaca ainda as “características únicas da região no contexto nacional, pelo tipo de flora que lhe está associado, que se reflecte na qualidade excepcional do mel”.
Novos projectos aguardam o período de “abertura das candidaturas” O sector apícola tem vindo a atrair cada vez mais interessados na região. Contudo, os novos projectos estão sujeitos a análise em função dos períodos de candidaturas às diversas medidas, nomeadamente para pequenos investimentos e para jovens agricultores. Porém, “têm-se verificado atrasos na análise das candidaturas já apresentadas”, refere António Ferreira, presidente da AABA. Na região, segundo o dirigente, a quebra de produção, tal como noutras regiões, “foi significativa”, pois “rondou as 100 toneladas”. Ora, se “temos uma capacidade produtiva superior a 200 toneladas, significa uma quebra de 50%”, sublinha. Para o presidente da AABA a realização em 2017 do Fórum Nacional de Apicultura “é importantíssima para a região”, impulsionando o sector, mas também “atrair” gente para a apicultura.
Vendas & Peças & Oficina & Assistência Técnica Tel. 232 430 450 | Avenida da Bélgica - Viseu www
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XVI FÓRUM NACIONAL DE APICULTURA PROGRAMA DOMINGO – 22 DE NOVEMBRO DE 2015
10:00 -11:00: PROGRAMA APÍCOLA NACIONAL MODERADOR: INIAV 10:00 – 10:15 – COLOCAÇÃO RÁPIDA DE ARAMES EM QUADROS JOSÉ CHUMBINHO 10:15 – 10:30 – COLHEITA DE APITOXINA DANIEL CARDOZO (BEE’O) 10:30 – 10:45 – APRESENTAÇÃO DE LINHA DE EXTRAÇÃO MÓVEL JOSÉ CONDE E PAULO CONDE
10:45 – 11:00 – SOFTWARE MELLARIUS: APRESENTAÇÃO DO PROTOCOLO FNAP JOAQUIM BESSA (NORD 11:00 – 11:30 – DEBATE INTERVALO 11:45 – 13:00: DESAFIOS FUTUROS DA APICULTURA MODERADOR: ALBERTO DIAS – APIMIL 11:45 – 12:00 – APRESENTAÇÃO DO PROJETO EXOTIC BIOLOGICALS MARIO OLIVEIRA 12:15 – 12:30 – DESTRUIÇÃO DE NINHOS DE VESPA VELUTINA MARCO PORTOCARRERO 12:30 – 12:45 – NUTRIBEE E HIVE ALIVE VÉTO-PHARMA
12:45 – 13:00 – PREVALÊNCIA DA LOQUE AMERICANA NA CERA E NO MEL MARIANA HOLZ E PAULO RUSSO 13:00 – 13:30 – DEBATE
Organização:
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De 20 e 22 Novembro, em Vila Nova de Cerveira
Fórum Nacional discute problemas da apicultura nacional Os principais problemas que afectam o sector apícola vão estar em discussão, durante os três dias, na XIV Feira Nacional do Mel e XVI Fórum Nacional de Apicultura, que vão decorrer em Vila Nova de Cerveira de 20 e 22 Novembro. O Fórum Nacional de Apicultura vai contar com a presença de especialistas e de instituições de ensino superior, portugueses e espanholas, bem como de mais de 400 apicultores de todo o país e de Espanha. A ocasião será aproveitada para analisar as causas da redução, em cerca de 50%, da produção de mel afectada pela expansão da vespa asiática. O presidente da Associação Apícola Entre Minho e Lima (APIMIL) explicou que a expansão daquela espécie veio “sobrecarregar as preocupações” dos apicultores a braços com outros problemas que ameaçam a produção de mel. “Além da vespa asiática, temos as condições climatéricas, com uma seca intensa, os fogos florestais que destruíram muitas colmeias e conduziram à diminuição da alimentação das abelhas, bem como a proliferação de espécies invasoras na floresta”, referiu Alberto Dias. Organizado pela Federação Portuguesa de Apicultores de Portugal, em parceria com a APIMIL, e com o apoio da Câmara de Vila Nova de Cerveira, o programa do Fórum Nacional de Apicultura vai ainda incluir ‘workshops’, palestras, e uma mostra/venda de produtos ligados à apicultura, que vai contar com a presença de mais de 60 expositores. Para o presidente da 9
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APIMIL a sua realização é de “grande relevância para a apicultura nacional, colocando Portugal na rota dos principais eventos apícolas internacionais”. Alberto Dias diz que “as condições naturais existentes e a relevância histórica e económica da apicultura na região do Minho, foram factores preponderantes na atracção deste evento para Vila Nova de Cerveira”. A organização prevê uma grande afluência de público à Feira Nacional de Mel e espera que o Fórum Nacional de Apicultura tenha a maior participação de apicultores, técnicos e investigadores na área apícola, e onde serão abordados os principais temas com relevância na actualidade do sector, com destaque para as questões técnicas (alimentação, sanidade), as questões políticas (ambiente, ajudas e ordenamento) e as questões comerciais (qualidade e certificação). “Todos estes aspectos, que tão bem conhecemos como motores do desenvolvimento da actividade apícola no país e na europa, são de vital importância para a sustentabilidade do sector num contexto de globalização dos mercados e de forte concorrência nas produções agrícolas”, referiu Alberto Dias. Pela primeira vez o Fórum Nacional de Apicultura vai incluir a vertente gastronómica, com a demonstração de confecção de pratos com este produto, numa parceria com o curso de hotelaria da Escola Tecnológica Artística e Profissional (ETAP) de Vila Praia de Âncora, em Caminha.
Diz o presidente da Associação dos Apicultores do Parque Natural de Montesinho
“No último ano a produção de mel foi preterida pela reposição do efectivo” Na região do Parque Natural de Montesinho a produção de mel conseguiu acompanhar integralmente a produção de 30 toneladas, valor próximo do normal, com uma quebra ligeira. Segundo o presidente da Associação dos Apicultores do Parque Natural de Montesinho (AAPNM), no último ano “a produção de mel foi preterida pela reposição do efectivo”, pois, como referiu Manuel Gonçalves, muitos apicultores “necessitaram de repor o efectivo e viram na oportunidade de venda de abelhas uma injecção de capital essencial a compensar as eventuais perdas de produção”. Ainda segundo Manuel Gonçalves, também presidente da Federação Nacional de Apicultores Portugueses, a “procura crescente e desenfreada de novos apicultores” tem “gerado algum conflito de interesses no ordenamento e encabeçamento da zona”.
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Gazeta Rural (GR): Como decorreu a cresta deste ano e qual a quantidade de mel? Manuel Gonçalves (MG): A produção de mel foi no último ano preterida à produção de abelhas. Muitos apicultores necessitaram de repor o efectivo e viram na oportunidade de venda de abelhas uma injecção de capital essencial a compensar as eventuais perdas de produção. Com este cenário de reposição do efectivo produtivo, a Associação dos Apicultores do Parque Natural de Montesinho conseguiu acompanhar integralmente a produção de 30 toneladas “Mel do Parque” DOP, das quais 12 acumulam a certificação MPB. Apesar de ser um valor mais baixo que o normal, não surpreende, tendo em conta quer o comportamento do apicultor, quer das condições ambientais, mas também pelo crescente escoamento pelas marcas próprias criadas pelos produtores e que não são qualificados com a certificação da Denominação de Origem Protegida. GR: Que tipo ou tipos de mel se produz nessa região e qual a diferença? MG: O “Mel do Parque” é um mel de zona de montanha, multifloral, produzido na área dos concelhos de Bragança e Vinhais, onde se encontram predominantemente manchas de
carvalho-negral e castanheiro, para além da existência de muitas lamas com freixo-de-folha-estreita e, junto às linhas de água, salgueiros e amieiros, mas também múltiplas plantas silvestres de importância apícola. Nas áreas de matos, a vegetação é representada pelas urzes, carquejas, arçã, sal puro, giestas e esteva. O Caderno de Especificações da Denominação de Origem Protegida (DOP) prevê que produção de mel multifloral com uma única cresta após as florações de Verão, e que as colónias estejam permanentemente na zona geográfica de produção. Este simples maneio confere ao “Mel do Parque” de Montesinho um perfil sensorial muito equilibrado com sabor e aromas muito ricos e persistentes. GR: Quais os problemas que mais afectam os apicultores? MG: Os apicultores da Terra Fria sempre estiveram adaptados às condições de produção particulares da região, com invernos rigorosos e uma época estival muito longa. Desde 2004 as questões sanitárias foram encaradas com um rigor crescente desde a homologação da Zona Sanitária Controlada e com a execução do maneio sanitário integrado e consolidado permite a redução para níveis perfeitamente aceitáveis a presença de algumas patologias endémicas no efectivo. A procura crescente e desenfreada de novos apicultores se instalarem com grandes projectos de investimento com vista à criação do próprio emprego e, desta forma, afastando-se do perfil tradicional do apicultor que tinha nas colónias de abelhas um suplemento ao rendimento, tem gerado algum conflito de interesses no ordenamento e encabeçamento da zona. O potencial apícola da terra fria ultrapassa o que a lei lhe impõe, considerando as distâncias entre apiários e densidade de colónias e essa capacidade produtiva pode ser afectada negativamente. Acresce ainda a esta questão de ordenamento algumas ameaças que adquiriram maior agressividade por evolução natural do equilíbrio entre espécies, como é o caso da vespa crabro, que se assume como predadora da abelha doméstica, assim como a pilhagem entre colónias de abelhas com a instalação temporária de apiários transumantes oriundos de zonas mais quentes e por isso com níveis de actividade colectora muito superior ao das colónias que permanecem na Terra Fria. GR: Há novos projectos apícolas na região? MG: A procura de apoios previstos no PRODER por jovens para criação de empresas apícolas foi muito evidente. Também a aparente simplicidade, e até ingenuidade, na viabilização financeira de projectos nesta vertente atraiu muitos jovens para a inclusão de colónias em projectos agrícolas, florestais ou pecuários, tendo os projectos de plantação de castanheiro e outros frutos liderado na integração de colónias de abelhas. A Associação dos Apicultores do Parque Natural de Montesinho conta no ano 2014 com a instalação de 45 novos apicultores e em 2015 mais 48. A estes dados acrescem os apicultores cujo registo de actividade não é feito através dos nossos serviços. Para o universo de apicultores que permanentemente recorrem à AAPNM, estes 93 novos correspondem a um aumento de 17, 78%, compensando desde logo os 24 apicultores fecharam a actividade (0.05%) GR: Quantos associados representam e que tipo de serviços presta? MG: A AAPNM tem os seus associados instalados nos concelhos de Bragança e Vinhais. Contudo, dada a gestão da Zona Controlada da Terra Fria todos os apicultores dos concelhos Miranda do Douro e Vimioso tem o apoio técnico da Associação. Por uma questão de antiguidade, embora agora haja uma outra associação de apicultores a apoiar também esses concelhos, durante anos os apicultores raianos tinham apenas o contacto com a AAPNM e os congéneres espanhóis. Actualmente contam-se nos registos de 815 Apicultores com ligação à AAPNM, sendo que destes 523 mantêm um contacto permanente e dos quais 328 são associados. Há a diferenciação positiva nos serviços prestados ao associado e ao apicultor-cliente, principalmente no valor cobrado por serviços, que ao associado são na maioria gratuitos. Também nas actividades promovidas pela associação, a preferência é dada ao associado. Todavia, o melhor apoio que podemos prestar a qualquer um associado é garantir que o seu vizinho não tem comportamentos nocivos para com as suas colónias e que possam ser transmissíveis às dos nossos associados. Qualquer apicultor pode obter na AAPNM todos os serviços necessários ao exercício da apicultura. 11
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Apilegre - Associação de Apicultores no Nordeste do Alentejo
A Apilegre é uma associação de apicultores no nordeste do Alentejo e a sua área de actuação inclui os concelhos de Gavião, Nisa, Castelo de Vide, Crato, Marvão, Monforte, Arronches, Elvas e Campo Maior, contando actualmente com cerca de 350 sócios distribuídos por todo o país. As nossas actividades incluem a assistência técnica às explorações, formação, colaboração em projectos de investigação e criação de rainhas, entre outras, que consideremos interessantes para o desenvolvimento da Apicultura regional e nacional. As produções apícolas da região são maioritariamente o mel, mas também se produz pólen, própolis, cera, enxames e rainhas. O mel monofloral de rosmaninho é produzido principalmente no concelho de Nisa, Gavião e Crato; o monofloral de soagem,
nos concelhos de Portalegre, Arronches, Monforte e Campo Maior. Os Multiflorais são uma junção de todas estas flores, na Planície estes méis têm a presença de néctares de plantas como rosmaninho, soagem, cardo, azinheira, sobreiro. Nos Multiflorais de Montanha há néctares de urzes, castanheiro, alecrim e algum rosmaninho. Esta diversidade deve-se à riqueza de paisagem de transição entre Alentejo e Beira. A Apilegre está inserida numa região bastante pobre e de difícil apicultura, com anos muito maus e apenas, de tempos a tempos, se consegue um ano excepcional, que não foi o caso deste. Inicialmente a produção foi regular e tudo fazia prever que fosse um ano com proveito maior que o custo, mas as constantes chuvas e o frio exagerado na época da Páscoa fez com que as flores deixassem de produzir o néctar essencial à produção de mel. Para além, deste facto as abelhas perante o frio da páscoa, começaram a comer as reservas que tinham conseguido armazenar até então, deixando as colmeias sem grandes reservas de mel, para o apicultor poder coletar. As produções de mel deste ano foram cerca de 25 a 30% de uma produção regular. Uma exploração que em médias de 10 anos tem 1000 Kg de mel, este ano teve cerca de 300 Kg. O investimento na apicultura nesta região é de difícil gestão. As produções são cada vez mais irregulares de ano para ano. Existem muitos anos com ausência de produção de mel. Num período de uma década, é frequente existirem três ou quatro anos com produções abaixo do custo de manutenção da exploração, e apenas dois com produções rentáveis. Qualquer exploração profissional tem de apostar em mais do que um produto, para contrabalançar os custos com proveitos. Há que desenvolver muito trabalho, no sentido das políticas de apoio à apicultura. A baixa oferta formativa em apicultura, o baixo nível de ordenamento do território para a distribuição de colmeias, a deficiente organização da fileira do mel, são apenas algumas das questões em que a Apilegre tenta encontrar soluções. Dulce Alves
Região teve quebra de produção de cerca de 50%
Dificuldade na comercialização do mel preocupa Associação Pinus Verde A comercialização do mel está no topo das preocupações da Associação Pinus Verde, sedeada em Bogas de Cima, no concelho do Fundão. É que devido às condições meteorológicas adversas, nesta campanha houve quebras de produção de 40 a 50%, assim como a perda de efectivo, por falta de alimento. Numa região onde predomina o mel de urze, caracterizado por ser ter uma cor âmbar escuro, bastante rico em substâncias aromáticas, sais minerais e polifenóis, existem nesta altura vários projectos apícolas que, segundo a Pinus Verde, “aguardam aprovação na medida de jovens agricultores”. Esta associação representa mais de duas centenas de apicultores, a quem presta serviços de apoio técnico ano âmbito do programa apícola.
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Segundo o presidente da Associação Apícola Entre Minho e Lima
“Condições climatéricas” estão na origem da quebra de produção de mel Com cerca de 150 associados, a Associação Apícola Entre Minho e Lima (APIMIL”, sedeada em Vila Nova de Cerveira tem procurado desenvolver uma sector em expansão na região, mas que este ano ‘sofreu’ uma quebra significativa na produção, como em que quase toda a região centro e norte do país. A APIMIL promove formações para associados e não-associados, acções de sensibilização de vários assuntos apícolas, envolvendo entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais, estabelece protocolos com entidades de ensino para estudo de casos na apicultura na região, bem como prestando assistência técnica. O presidente da APIMIL diz que o “objectivo principal é formar e informar o associado para melhor compreender o mundo global que o rodeia”. Alberto Dias diz que a “baixa produtividade por colmeia por razões climáticas e a vespa velutina são, nesta altura, algumas das preocupações que mais afectam os apicultores da região. Gazeta Rural (GR): Como foi a produção de mel na região? Alberto Dias (AD): De uma maneira geral, na região do Alto Minho, a quantidade do mel crestado na época de 2015 decresceu significativamente em cerca de 50%, que se deveu às condições climatéricas de pouca precipitação ao longo do ano. Na zona litoral, a produção de mel de eucalipto foi escassa devido a floração desta espécie surgir em épocas de seca e, portanto, a produção de néctar foi escassa. Em zonas de maior altitude, a urze falhou a produção de néctar devido à seca e também, em alguns períodos do ano, houve alguma precipitação o que fomentou a enxameação durante o fluxo de néctar de urze. Este fenómeno natural das abelhas agravou a pequena produção deste tipo de mel em zonas mais interiores do Alto Minho. GR: Que tipo, ou tipos de mel, se produz nessa região? AD: Os principais méis monoflorais são o de eucalipto e de urze. O mel de eucalipto é produzido na zona litoral (Viana do Castelo, Caminha, VN Cerveira, Ponte de Lima), sendo a cresta feita em Março e Abril. Os méis de urze são mais característicos das zonas de montanha (Melgaço, Monção, Ponte da Barca) sendo a sua cresta feita partir de Junho e Julho. Outros méis são possíveis, como é o caso da melada, em zonas onde predomine o carvalho, embora a sua produção esteja dependente de temperaturas médias-altas e elevada humidade relativa durante os meses de verão. GR: O que afecta os apicultores nesta altura? AD: Existem vários tipos de preocupação, desde a baixa produtividade por colmeia por razões climáticas, incêndios, até 13
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à situação da vespa velutina e falta de comparticipação do medicamento pelo plano apícola, apesar de ser zona controlada. As alterações do clima têm vindo a acentuar-se no Alto Minho, o que faz com que haja consequências na qualidade alimentar das abelhas. Por exemplo, a diversidade em pólen diminui o que promove a falta de imunidade nas abelhas. A vespa velutina é um outro factor de desmotivação por parte de uns, e preocupação económica para outros, sendo de salientar que nestes últimos apicultores é “normal” um aumento na factura de alimentação artificial para a manter as colónias atacadas pela vespa velutina. GR: Há novos projectos apícolas na região? AD: Existem alguns projectos apícolas para jovens agricultores. A dimensão da exploração apícola pode variar de 100 colónias, onde geralmente existem associadas outro tipo de produções vegetais (mirtilos, cogumelos, etc) a 2000 colónias, sendo a média dos projectos na ordem das 500 colónias. Em particular, alguns projectos de jovens agricultores estão a ser concluídos. Em Melgaço, um apicultor associado dedica-se ao melhoramento da raça Buckfast, tendo já obtido um pedigree desta mesma raça. Em Ponte de Lima, um apicultor está a avançar para instalações de melaria, de maneira a obter o número de controlo veterinário (NCV) o que permite que qualquer apicultor possa extrair o seu mel nesta melaria e comercializar para todo o país, inclusive para o estrangeiro.
Para ajudar o consumidor a tirar o melhor partido do vinho
Lusovini lança aplicação grátis para telemóveis e tablets Chama-se “ViniDikas, by Lusovini”, pode ser instalada no telemóvel ou no tablet, e dá cerca de 200 conselhos simples, úteis e práticos para valorizar o vinho das garrafas que se pedem no restaurante, no bar ou que se compram para beber em casa. Dirigida aos mercados da Lusofonia, onde há cada mais consumidores exigentes e curiosos, a ViniDikas interessa tanto a quem se inicia como a consumidores sofisticados. A distribuidora e produtora de vinhos portugueses Lusovini lança este mês de Novembro uma aplicação para smartphones e tablets com quase duas centenas de dicas e de conselhos simples para quem gosta de vinho e quer tirar o melhor partido das garrafas que compra para casa ou que pede no restaurante. A aplicação chama-se “ViniDikas”, estará disponível gratuitamente nas lojas da Apple (AppStore), Android (Googleplay) e Windows (Microsoft Store) e será muito dinâmica, com actualizações constantes. O consumidor alvo desta aplicação são as pessoas que gostam de vinhos e que, de vez em quando, precisam de pequenas ajudas para os escolher, ou para avaliar em que ocasião os devem beber, ou para saber como os devem preparar antes de os servir. No total, é muita informação, mas cada dica é, em si própria, não só muito curta, mas clara, directa e esclarecedora. Os mercados a que se dirige a ViniDikas são os da Lusofonia, principalmente aqueles onde o grupo Lusovini tem as suas empresas próprias, como Portugal, Angola, Brasil e Moçambique. “São mercados onde os consumidores se tornaram rapidamente muito exigentes e onde têm acesso a tanta informação sobre vinhos que, muitas vezes, lhes será útil existir um acesso 14
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rápido a pequenas sínteses que respondam, num determinado momento, a uma dúvida”, explica Casimiro Gomes, presidente da Lusovini e o principal mentor deste instrumento ao serviço dos enófilos. “A nossa ideia foi ter uma aplicação que seja útil, tanto para consumidores que por exemplo não têm presente que o álcool vem do açúcar natural das uvas (através da fermentação alcoólica), como para entendidos que precisam de reflectir sobre a temperatura a que querem servir um vinho especial, o tipo de copo que vão utilizar ou a antecedência com que devem abrir a garrafa”. São quase de duas centenas de dicas apresentadas de forma simples e intuitiva, de fácil compreensão, abordando temas muito diferentes como a vinha (o ciclo da videira, a vindima, as castas internacionais e as portuguesas); da uva ao vinho (a vinificação e suas variantes) . O vinho (os vários tipos e estilos existentes); as regiões do vinho (de mundo e, com algum pormenor, de Portugal); a prova (a apreciação de um vinho e a linguagem adequada para o descrever); a conservação (a garrafeira em casa); o serviço (abertura da garrafa, copos, decantação, temperaturas) e o vinho à mesa (as harmonias entre o vinho e a comida). Depois desta primeira versão da aplicação, a Lusovini promete mantê-la sempre actualizada e com capacidade de interagir com os seus utilizadores. “Nós já estamos a dar o nosso contributo com o lançamento da ViniDikas”, afirma Casimiro Gomes. “A partir de agora, terão de ser todos os amantes de vinho que a vão utilizar a ajudar a torná-la cada vez mais interessante e mais útil”.
Evento decorrerá de 20 a 22 de Novembro, no centro do Município
Melgaço estreia Festa do Espumante com cartaz muito apetecível Se o clique que lhe faltava para visitar Melgaço era o de um pretexto absolutamente irresistível, pois bem, desta vez terá mesmo de ir. De 20 a 22 de Novembro, aquele município minhoto promove a primeira edição da Festa do Espumante, evento que propõe um programa bem tentador, que incluiu degustações de espumantes, de gastronomia e produtos regionais, sessões de show cooking e provas comentadas, música ao vivo e novos lançamentos. Em prova estarão duas dezenas de espumantes elaborados no concelho pelos produtores Soalheiro, Dona paterna, Quintas de Melgaço, Quinta do Regueiro, Reguengo de Melgaço, Alvaianas, Terras da Aldeia, Adega do Sossego, Casa de Canhotos, Encostas da Cabana, Terras de Real e Memória a S. Marcos. A diversidade de espumantes ronda as duas dezenas de diferentes opções, desde rosados a brancos, boa parte dos quais elaborados a partir da casta rainha da sub-região, o Alvarinho. O sommelier Manuel Moreira, wine educator, ministra provas comentadas de espumantes de Melgaço, em cada um dos dias do evento. Serão autênticos workshops educativos, que ajudarão os participantes a captar as especificidades dos espumantes de Melgaço, aquilo que os diferencia dos demais, as harmonizações gastronómicas que permitem. A Festa do Espumante terá também uma forte componente gastronómica, desde logo com a presença no evento, em permanência, dos restaurantes O Brandeiro e Paris, que no total confeccionarão mais de 30 propostas distintas – petiscos como bifes de presunto, alheira de bísaro, salpicão, chouriça de sangue assada, salada de polvo e de bacalhau, pataniscas, iscas de fígado, moelas, picadinho e hambúrguer de carne Cachena, a pratos mais substanciais, como cabrito assado, naco de cachena, dobrada, feijoada, entre outros. No dia 21, pelas 14,30 horas, o mediático chefe Hernâni Ermida protagoniza a primeira sessão de cozinha ao vivo. O chefe, dos mais populares e mediáticos cozinheiros do país, devido às constantes aparições televisivas, na imprensa escrita e através de livros de receitas, vai apresentar criações com produtos identificados com Melgaço. À mesma hora, mas no dia 22, será a vez do chefe Vítor Matos. Detentor de uma cozinha apurada que traduz muita investigação, técnica imaculada e criatividade apoiada no conhecimento das raízes dos produtos e dos “terroirs” gastronómicos, após alguns anos com estrela Michelin na Casa da Calçada, em Amarante, enfrenta agora um desafio pessoal, o restaurante Antiqvvm, na cidade do Porto. Em Melgaço promete uma reinterpretação surpreendente da cozinha local. Ainda do cartaz da Festa do Espumante consta a participação de produtores regionais – Melgaço em Sabores, Prados de Melgaço e Quinta de Folga. Queijos, enchidos e doçaria não faltarão, sendo ainda de realçar os momentos das apresentações e lançamentos de novos produtos como o “sushi doce de Alvarinho” e a “trufa de Alvarinho Casta Boa” e queijos de cabra “Prados de Melgaço”. A Festa do Espumante é uma organização da Câmara de Melgaço, com produção da EV-Essência do Vinho.
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Exportação e vendas no mercado interno confirmam tendência positiva
Vinhos da Região do Tejo consolidam crescimento
Os valores acumulados até ao fim do terceiro trimestre deste ano permitem à Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) assinalar uma tendência positiva, já consolidada, com um crescimento de 5% face ao período homólogo do ano anterior.
Este aumento reflecte a retoma desta região e permite perspectivar a consolidação do crescimento das vendas quer no mercado interno como no mercado de exportação. A certificação dos Vinhos do Tejo compreendeu um primeiro período de forte crescimento entre 2007 e 2011, de cerca de 9 milhões de garrafas em 2007 para cerca de 15,5 milhões em 2011 (em garrafas de 0,75 ltr.). Depois verificou-se uma estabilização do volume certificado entre 2012 e 2014. Com os resultados agora apurados é possível constatar que a Região do Tejo retomou de forma sustentada um novo ritmo de crescimento, resultante quer da forte aposta feita no mercado de exportação, nomeadamente nos países definidos como estratégicos pelo Estudo entretanto elaborado e aprovado pela Região, quer da consolidação das vendas dos Vinhos do Tejo no mercado interno. O objectivo continua centrado em atingir um crescimento a dois dígitos e para isso os agentes económicos da Região continuam fortemente empenhados em acções de promoção em mercados estratégicos internacionais, sendo que o último trimestre do ano é aquele que geralmente apresenta um melhor comportamento de vendas. Recentemente, nos eventos onde tem participado, a CVR Tejo adoptou a expressão “Team Tejo”, um branding criado pela consultora Wine Intelligence e que corporiza o espírito de equipa dos produtores desta importante região vitivinícola de Portugal.
Vin&Cultura 2015 decorre nos dias 21 e 22 de Novembro
Ervidel recebe a grande festado vinho e da cultura A freguesia de Ervidel, no concelho de Aljustrel, promove mais uma edição da Vin&Cultura. A grande festa do vinho e da cultura vai decorrer, este ano, nos dias 21 e 22 de Novembro, com animação garantida durante os dois dias. As adegas vão dar a provar o vinho dos produtores locais e as barraquinhas com os produtos locais e o artesanato vão marcar presença na praça da aldeia e oferecer alguns os produtos que mais caracterizam a actividade económica da aldeia e da região. O evento é promovido pela Câmara de Aljustrel e Junta de Freguesia de Ervidel, com os produtores de vinho locais e o movimento associativo, que vão assim, uma vez mais, envidar esforços para divulgar e contribuir para o desenvolvimento local e revitalização do mundo rural. Promover, valorizar e comercializar o vinho e outros produtos agrícolas do concelho são alguns dos objectivos que a Vin&Cultura quer atingir, evento que, de ano para ano, tem vido a atrair cada vez mais visitantes. Mais do que uma mostra e venda de produtos agrícolas, a Vin&Cultura é igualmente uma festa, onde a música, a gastronomia local e principalmente o convívio entre amigos e familiares à volta de uma mesa constituem outros grandes atractivos. 16
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No Dia Europeu do Enoturismo
Nelas deu a conhecer e a apreciar o vinho do Dão A antiga Federação dos Viticultores do Dão, em Nelas, foi p palco de um conjunto de actividades que tiveram como protagonista o Vinho do Dão, num “casamento perfeito” com o chocolate e produtos regionais, num evento promovido epla Câmara de Nelas e que serviu para assinalar o Dia Europeu do Enoturismo. Cerca de meia centena de pessoas participou na Prova Comentada pela enóloga Patrícia Santos, em harmonização com o chocolate da Chocolateria Delícia e com outros produtos regionais, como queijo Serra da Estrela, da Quinta da Lagoa, requeijão da Quinta da Lapa, enchidos do Fumeiro Flor do Sal, miniaturas de pão da Arte em Massa de Pão e doces e compotas da Casa do Miradouro de Santar. A ocasião foi aproveitada para a entrega de prémios do XIV Concurso Internacional de Vinhos “La Selezione del Sindaco”, que trouxe para os produtores do concelho de Nelas cinco Medalhas de Ouro, duas atribuídas à Quinta da Fata, com o Touriga Nacional 2009 e o Reserva 2010, e as restantes à Quinta do Sobral, com o Reserva 2012; Quinta do Carvalhão Torto 2008 e à Casa de Santar, com o Reserva Branco 2014. Estes resultados atestam a qualidade e prestígio dos vinhos do Dão, enaltecendo o empenho, o esforço e a dedicação dos produtores e do Município, que contribuem cada vez mais para o desenvolvimento do sector vitivinícola na Região. Na ocasião, o presidente da Câmara de Nelas agradeceu a presença e participação de todos, afirmando a importância destas acções na promoção do Vinho do Dão enquanto ex-líbris da região. Borges da Silva reafirmou a posição privilegiada que o concelho de Nelas ocupa na Rota dos Vinhos do Dão, que se 17
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repercute na economia local com a fixação de novos investimentos privados e públicos, potenciais geradores de emprego qualificado para a região, promovendo também o empreendedorismo dos agentes locais. Durante todo o dia, doze protutores de vinho do concelho (Caminhos Cruzados, Casa de Santar/Paço dos Cunhas, CEVDQuinta da Cale, Fidalgas de Santar, Lusovini, Quinta da Boiça, Quinta da Fata, Quinta de São Simão, Quinta do Carvalhão Torto, Quinta do Mondego, Quinta do Sobral, Quinta do Tralcume e Vinícola de Nelas), estiveram de portas abertas, tendo recebido a visita de mais de uma centena de pessoas, que tiveram a oportunidade de conhecer a cultura e as paisagens vínicas do Dão, degustar sabores, vinhos, que estimularam os cinco sentidos numa experiência única. Ainda neste âmbito, a autarquia promoveu uma visita às instalações da Verallia Portugal, na Figueira da Foz, para trinta e sete produtores que participaram na XXIV Feira do Vinho do Dão, com passagem pelo Museu do Vinho da Bairrada, Anadia, onde a partilha de experiências foi evidente. O Dia Europeu do Enoturismo, evento promovido pela Rede Europeia de Cidades de Vinho (RECEVIN) em Associação de Municípios Portugueses de Vinho (AMPV), contou este ano, com a adesão de cerca de 30 municípios portugueses, numa comemoração que tem como objectivo global tornar o enoturismo numa realidade única e múltipla em todos os estados-membros da rede (RECEVIN), através do incentivo ao consumo dos produtos locais, como argumentos de qualidade intrínseca da vida na Europa, promovendo uma homogeneização dos padrões de qualidade das diferentes vias de vinho europeu.
A 3 de Dezembro, em Setúbal
AMPV promove conferência
“VINHO – Uma moda que veio para ficar?” A Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) promove no próximo dia 3 de Dezembro, em Setúbal, uma conferência intitulada “VINHO – Uma moda que veio para ficar?” e que pretende abordar os desafios e oportunidades que se colocam actualmente aos municípios e seus territórios. A iniciativa dirige-se a técnicos de comunicação das autarquias e tem como objectivo debater a importância do trabalho em rede para uma promoção conjunta e mais integrada do território e das iniciativas associadas ao vinho, ao mundo rural e ao enoturismo. O ponto de encontro está marcado às 10 horas, para uma visita ao Museu do Trabalho Michel Giacometti. O restante programa decorre na Escola de Hotelaria e Turismo, onde pelas 11 horas tem lugar uma palestra com Vasco d’Avillez. À tarde, a partir das 14 horas, os participantes reúnem-se para uma reunião de trabalho, que contempla a apresentação dos resultados de um inquérito que a AMPV desenvolveu junto dos gabinetes de comunicação dos municípios; a apresentação dos casos práticos Reguengos de Monsaraz – Cidade Europeia do Vinho 2015 e Rota dos Vinhos da Península de Setúbal; e a intervenção de José Arruda, secretário-geral da AMPV, sobre a importância do trabalho em rede entre territórios com o mesmo denominador comum, o vinho.
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De 4 a 6 de Dezembro no Solar do Vinho do Dão
Festival ‘Tinto no branco” junta vinho e literatura em Viseu O Solar do Vinho do Dão, em Viseu, recebe de 4 a 6 de Dezembro um festival que combina os prazeres dos vinhos do Dão com os da literatura. Intitulado “Tinto no branco”, este será o primeiro festival literário de Viseu, a novidade deste ano do evento “Vinhos de inverno”. O presidente da Câmara de Viseu lembrou que o inverno de Viseu é muito convidativo a acender a lareira e desfrutar dos vinhos e dos livros. É isso que, durante os três dias, vai acontecer no Solar do Vinho do Dão, podendo os participantes “usar as pantufas à lareira, mas fora de casa”, referiu Almeida Henriques. Segundo o autarca, “o festival literário dá continuidade à aposta de Viseu como cidade vinhateira, mas é também um factor de dinamização cultural e de atractividade turística diferenciadora, no pico do inverno da Beira Alta”. No festival literário vão participar mais de 20 escritores, com “uma oferta literária para todos os gostos e públicos”, e tendo Aquilino Ribeiro como nome de referência. Almeida Henriques avançou que no grupo de escritores estão duas referências da cidade de Viseu, nomeadamente António Gil e João Luís Oliva, e também nomes de dimensão nacional e internacional, como Afonso Cruz, Rui Cardoso Martins, Fernando Dacosta, Francisco José Viegas e Joel Cleto. Algumas das palavras de Aquilino Ribeiro servirão de mote às conversas e encontros de “Tinto no branco”. Por exemplo, na noite de dia 4, haverá uma conversa baseada na frase “o pior dos crimes é produzir vinho mau, engarrafá-lo e servi-lo aos amigos”, que tem como convidado Francisco José Viegas. “Estou convicto de que, com naturalidade, as pessoas vão aderir a este festival literário”, considerou Almeida Henriques. Além dos encontros com os escritores, no Solar do Vinho do Dão haverá espaços de prova e compra de vinhos, contactos com produtores e enólogos da região, espaços para provar a gastronomia tradicional e animação musical. “Poesia no quarto escuro”, uma conversa sobre “Contos, lendas e facécias do vinho”, um “’Blind date’ literário”, uma visita guiada pela cidade com historiadores e escritores que assumirão o papel de guias e ateliês infantis são outras propostas feitas para os três dias. No total, serão 50 horas de programação, divididas por 30 eventos culturais e vínicos.
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Em Lisboa a 5 e 6 de Dezembro
“Terra Sã 2015” sob o lema “Cultive o Verde - Os Novos Agricultores” O Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, em Lisboa, recebe nos dias 5 e 6 de Dezembro a “Terra Sã Lisboa 2015 - Feira Nacional de Agricultura Biológica” dedicada ao tema ‘Cultive o Verde - Os Novos Agricultores’, numa iniciativa da Agrobio - Associação Portuguesa de Agricultura Biológica. A oferta ao público passará por produtos biológicos que vão desde a alimentação, à cosmética e à roupa. A edição deste ano será natalícia, ocorrerá mesmo ao lado da árvore de Natal gigante do Terreiro do Paço e estará rodeada das luzes da cidade. Além disso, os visitantes, se quise-
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rem oferecer uma prenda a alguém especial, a Feira Nacional de Agricultura Biológica é o local ideal para comprar prendas amigas do ambiente, originais e, em grande parte dos casos, saborosas pois, na sua maioria comestíveis. O tema da feira “Cultive o Verde – Os Novos Agricultores” vai permitir a organização de palestras e oficinas em torno da terra para os mais graúdos e para os mais pequenos. A alimentação saudável e biológica terá também destaque na programação. Todos aqueles que querem iniciar-se na agricultura biológica vão ter espaço para saber o que fazer nesse novo caminho.
Uma iniciativa da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios
Concurso Queijos de Portugal elegeu os melhores de 2015 em 20 categorias O ‘Encontro com o Vinho e Sabores 2015’, no Centro de Congressos de Lisboa, foi o palco da revelação e entrega de prémios do ‘Concurso Queijos de Portugal 2015’, uma iniciativa da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL). Um em cada categoria, foram vinte os eleitos como Melhores Queijos de Portugal, aos quais se juntam 40 referências distinguidas com menções honrosas, num universo de quase duas centenas de queijos que este ano foram postos à prova. A organização de um concurso com esta dimensão é uma tarefa árdua, que requer bastante esforço e disciplina, por parte da ANIL e seus parceiros, mas também do painel de provadores. Um esforço que tem vindo a ser reconhecido desde há sete anos a esta parte, como o comprova a crescente adesão das marcas: este ano estiveram a concurso 184 referências, mais sete que em 2014 e 127 que na primeira edição, na qual participaram 57 queijos. Criado em 2009 com o objectivo de estimular o desenvolvimento da indústria queijeira nacional, promover e divulgar o queijo português de qualidade (e a sua diversidade), reforçar a notoriedade e aumentar o reconhecimento do mesmo junto do consumidor, o ‘Concurso Queijos de Portugal’ é já uma referência nacional, premiando ano após ano o que de melhor se faz em Portugal. “É aliciante continuar com este desafio à indústria, conscientes que a resposta é cada vez maior e, mais importante do que tudo, cada vez com mais qualidade, o que cumpre o objec-
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tivo a que a ANIL se propôs ao lançar este desafio: a sua (e da indústria) evolução quantitativa e qualitativa, permitindo-lhe ter confiança na sua continuidade, procurando sempre alargar a sua abrangência, no sentido de acompanhar a dinâmica das empresas produtoras”, afirma Maria Cândida Marramaque, técnica da ANIL. O queijo, bem como o leite e todos os produtos lácteos, é um alimento nobre que tem acompanhado a evolução da humanidade há milhares de anos. Está presente em cerca de 90% dos lares portugueses e é reconhecido como um excelente complemento alimentar pelas suas propriedades nutricionais. Os hábitos alimentares estão a alterar-se e a indústria tem vindo a acompanhar as novas tendências de consumo, com o desenvolvimento de novos produtos e formatos, embalagens adequadas e demais adaptações às especificidades dos consumidores. O ‘Concurso Queijos de Portugal’ procura a cada edição dar resposta ao dinamismo do sector; este ano adicionou a sua vigésima categoria: Queijos para Barrar. O ‘Concurso Queijos de Portugal 2015’ teve o apoio da Controlvet/Fullsense em Tondela – onde foi realizado –, da Revista de Vinhos, da JP Sá Couto, da Escola Profissional de Tondela e a Dão Catering. O painel de jurados foi composto por representantes dos sectores queijeiro e gastronómico, dos organismos de controlo e certificação, de instituições de ensino, da restauração e distribuição, dos meios de comunicação social e, também, consumidores.
Concurso Nacional de Bolo Rei é a 3 de Dezembro
Premiados de 2014 realçam valorização dos produtos e impacto positivo nas vendas A qualidade e organização da competição, a promoção do Bolo Rei Tradicional Português, a valorização dos produtos apresentados e o impacto positivo nas vendas são destacados pelos vencedores de 2014 do Concurso Nacional do Bolo-Rei, cuja quarta edição decorre uma vez mais no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, a 3 de Dezembro, evento que o CNEMA realiza em conjunto com a Qualifica - Associação Nacional de Municípios e de Produtores para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradicionais Portugueses. Helena Fidalgo da “Padaria e Pastelaria Flor de Aveiro”, de Aveiro, galardoada com a Medalha de Ouro nas últimas duas edições na categoria “Bolo Rei”, lembra que “depois de termos concorrido e sermos galardoados, com Medalha de Ouro, no concurso de “Melhor Bolo Rei tradicional”, em 2013, fomos alvo de notícia nas estações televisivas, bem como noutros órgãos de comunicação social. Quando demos conta, todos falavam da Flor de Aveiro, e do nosso “Bolo Rei”. Recebemos encomendas de todo o País, inclusive além-fronteiras. Nessa altura chegamos a atingir durante alguns dias a nossa capacidade produtiva máxima.” Em 2014 “repetimos a bem feitoria sendo premiados pela segunda vez, com a Medalha de Ouro. Para nós foi uma honra! 22
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Não estou a falar só a nível comercial e vendas, mas sim dado as especificidades do concurso, que se tem tornado cada vez mais rigorosas e exigentes. O nosso “Bolo rei” ser considerado um dos melhores é gratificante para toda a equipa, dando-nos força para continuar a trabalhar.” Por sua vez Rosário Guerra, da Briosa do Mondego”, de Coimbra, - Medalha de Ouro na categoria “Bolo Rainha” – assume que “este tipo de concursos tem sido de grande importância para a pastelaria Briosa, uma vez que vêm comprovar a qualidade dos nossos produtos. As boas classificações que temos obtido têm sido um reforço positivo que mostra que estamos no caminho certo ao tudo fazer para preservar a autenticidade e tradicionalidade da nossa doçaria.” A participação neste tipo de competição acontece porque “acredita que se trata de um evento sério e idóneo levado a cabo por duas instituições altamente conceituadas a nível nacional. De salientar ainda que nos revemos no objectivo e âmbito destes concursos por se destinarem a promover não qualquer tipo de bolo rei mas o tradicional português.” “O impacto foi muito significativo, pois as vendas do bolo rainha medalha de ouro equipararam-se às do bolo rei o que constitui um facto extraordinário no nosso histórico”, acrescenta.
Recorde-se que a quarta edição do Concurso Nacional do Bolo Rei Tradicional Português, pretende ser uma forma de motivar os produtores para continuarem a respeitar os modos de produção, as receitas e o uso dos ingredientes genuínos, que permitem manter a qualidade, a tipicidade e a diferença dos doces de Natal tradicionais; divulgar os genuínos Bolos Rei Tradicionais Portugueses bem como outros doces tradicionais e típicos da época do Natal e possibilitar ainda a valorização de outros bolos ou doces, tradicionais ou de base tradicional resultante da utilização de matérias-primas locais ou nacionais e que possam ser associados à época de Natal. O Concurso está aberto a todos os produtores de “Bolo Rei”, que beneficiem do uso da marca colectiva de associação Équalificado; “Bolo Rei”, cujos produtores demonstrem que o seu produto continua a seguir o modo de produção tradicional, cumprindo os requisitos constantes do Documento 029 CQ 01 – critérios para qualificação de produtos tradicionais, aprovado pela QUALIFICA e outros bolos ou doces de Natal, de base tradicional. Concursos de Doces de Fruta e Frutos Secos O Centro Nacional de Exposições vai ser palco de outras competições como o quarto Concurso Nacional de Doces de Fruta Tradicionais Portugueses, a 26 de Novembro, e o quarto Concurso Nacional de Frutos Secos Tradicionais Portugueses, a 27 de Novembro. Estas iniciativas, que o CNEMA realiza em conjunto com a Qualifica, têm como objectivo estimular a produção de qualidade, dar a conhecer os melhores produtos nas diferentes regiões do país, incentivar o seu consumo, promover o encontro de produtores, empresas, técnicos e apreciadores. Com a promoção destas actividades o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas pretende premiar, promover, valorizar e divulgar a qualidade, especificidade e a diversidade dos produtos portugueses. As competições decorrem no âmbito da 53ª Feira Nacional de Agricultura / 63ª Feira do Ribatejo e de outras acções como os Concursos Nacionais de Queijos, de Enchidos, Ensacados e Presuntos, de Carnes Qualificadas, de Mel, de Azeite Virgem Extra, de Doçaria Conventual e Popular, de Conservas de Pescado, de Pães, Broas, Folares e Bôlas, de Licores, de Azeitonas de Conserva, de Ervas Aromáticas e de Sal, de Vinagres e de Chocolates e do Salão Prazer de Provar.
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Diz o autarca Joaquim Bonifácio
Aguiar da Beira “quer afirmar-se” pela gastronomia No interior do país a aposta no sector primário é crucial para manter as pessoas e evitar a sua fuga para a cidade, criando condições para que tenham melhor qualidade de vida. É o que acontece em Aguiar da Beira, um concelho do distrito da Guarda, que procura tirar o maior proveito daquilo que a terra dá. A autarquia local, liderada por Joaquim Bonifácio, tem procurado dar respostas ao sector primário do concelho, com um Gabinete Municipal de Apoio ao Agricultor bastante activo, que procura responder às solicitações que lhe são colocadas, mas também uma restauração que aproveita o que de melhor vem da terra para as suas ementas, mantendo-se assim a genuinidade de uma gastronomia que cada vez mais procura os sabores de outros tempos. É neste quadro que o autarca de Aguiar da Beira procura afirmar o seu concelho com uma marca distintiva. Joaquim Bonifácio diz que a gastronomia é um bom meio para atingir tal desiderato e atrair gente ao concelho. 24
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Gazeta Rural (GR): Quer afirmar Aguiar da Beira com uma marca distintiva. Num concelho eminentemente rural, a gastronomia é um bom meio para afirmar o concelho? Joaquim Bonifácio (JB): Não tenho dúvidas. A prova evidente é que as pessoas sabem que em Aguiar da Beira podem apreciar pratos variados e de qualidade ímpar. Sem desprimor para os concelhos limítrofes, nenhum tem a qualidade da restauração como Aguiar da Beira, que entre muitas outras razões, tem nos nossos produtos endógenos uma marca de diferenciação. Quem nos visita, pode contar com o saber receber das nossas gentes e, nos nossos restaurantes, degustar pratos confeccionados com a arte tradicional e os sabores de antigamente. GR: Aguiar da Beira pertence a Região Demarcada de Queijo Serra da Estrela. Como está o sector da produção de leite e queijo? JB: Pode considerar-se uma boa produção. Neste momento temos seis queijarias licenciadas e qualidade no queijo aqui produzido, para além da grande expressão da indústria dos lacticínios no concelho, que, com as atuais três unidades de transformação de leite, permitem a criação de postos de trabalho e o escoamento do leite aos produtores locais, reflectindo assim a mais-valia deste sector. Da parte da autarquia
continuamos a apoiar todos aqueles que se dedicam à sua produção. Temos alguma dificuldade em sensibilizar os mais jovens para esta actividade, que muita riqueza traz para o concelho. O Queijo Serra da Estrela aqui produzido é um produto confeccionado de maneira artesanal e muito procurado, não só no país, como nalgumas partes do mundo, nomeadamente no chamado ‘mercado da saudade’. GR: O sector primário do concelho é marcado pela pecuária e pela fruticultura? JB: O sector primário é a actividade económica com maior expressão no concelho. Na fruticultura temos uma produção anual na ordem das quatro mil toneladas de maçã, bem como cerca de 150 toneladas de castanha. Aliás, a câmara municipal tem investido bastante no sector da castanha e, para o efeito, assinámos um protocolo institucional com a UTAD para a criação de um Centro de Interpretação Vivo do Castanheiro e da Castanha. Também o Gabinete de Apoio ao Agricultor tenta dar respostas aos problemas que os nossos agricultores lhe colocam, não
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só esclarecendo, mas também prestando apoio na elaboração de candidaturas a fundos comunitários, tudo isto para que sintam que podem ter alguma valia económica. Aguiar da Beira, e a sua população, tem que viver com aquilo que tem e para isso temos que aproveitar ao máximo os nossos recursos e produzir bem. GR: Tem aparecido gente jovem com novos projectos? JB: Têm aparecido jovens à procura de informações nas áreas da fruticultura, da avicultura e ciprinocultura e como avançar com processos de candidaturas a fundos comunitários. É bom lembrar que em Aguiar da Beira se produzem anualmente cerca de 10 milhões de frangos, o que para um concelho com a nossa dimensão é ótimo. No sector da pecuária o efectivo é significativo e cifra-se em cerca de mil e duzentos bovinos, mil e quinhentos caprinos e quatro mil ovinos. Tudo isto gera pequenas indústrias e há algum investimento nesta área. É sempre bom ver gente jovem empreendedora e activa no nosso meio rural. É com este contributo que contamos para continuar a fixar gente nas nossas aldeias.
Sedeada em Mangualde
COAPE prepara novos projectos
e “alterações profundas” na sua estrutura física Criada em 1978 e com 4.730 associados, a Cooperativa Agro-Pecuária de Mangualde (COAPE) tem vindo a crescer, apresentando-se hoje como uma instituição multissectorial e de referência não só a nível regional, mas também nacional. O presidente da direcção da COAPE destaca o papel da cooperativa no desenvolvimento do sector primário no concelho. Rui Costa destaca a Mberries, a OPLáctea e o Cideca, os novos projectos da COAPE, bem como a criação de Organização de Produtores de Leite. O dirigente diz que em breve estão “previstas alterações profundas na estrutura física da Coape”. Gazeta Rural (GR): O que é hoje a Coape? Rui Costa (RC): A Coape é hoje uma cooperativa multissectorial. Nos últimos quatro anos trabalhámos e organizámo-nos para dotar esta estrutura de um conjunto de valências, por forma a podermos encarar o futuro com a confiança e sustentabilidade que os nossos associados e Mangualde merecem.
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A Coape é hoje uma instituição de referência na região e no país, que responde aos anseios e necessidades dos seus associados em toda a sua abrangência, apresentando-lhes ainda novas propostas e modernizações visando a amplificação do sector primário, nas plurais vertentes que o compõem. Nomeadamente, no acompanhamento de projectos, aconselhamento, escoamento da produção, promoção dos produtos endógenos e formação profissional no seu âmbito sectorial. GR: O que representa o multisectorial? RC: Quando assumimos a direcção da Coape, esta era apenas uma cooperativa constituída por duas secções: a de compra e venda e a de olivicultores, estando esta última desactivada. Neste momento, temos implementadas três novas secções, que são a Mberries, a OPLáctea, ovinos e caprinos, e o Cideca. A primeira centra-se na produção e exportação dos frutos vermelhos, estando já na fase de uma laboração muito profícua e que, a curto prazo, representará para a região um “apport” de três milhões de euros e em ritmo crescente. A segunda está na fase de conclusão e tem como principal objectivo valorizar o produto ‘leite’ de ovinos através da sua concentração e ganhos em escala, gerando maior riqueza para os produtores de leite e estimulando a atracção pelo sector da pecuária, nomeadamente de jovens empresários
agrícolas com novos enfoques sectoriais. A terceira, o Cideca, é um centro de investigação, desenvolvimento, certificação e formação profissional, complementando as outras secções e apresentando exequíveis propostas nos domínios, não só da aprendizagem/formação, como também na investigação e desenvolvimento de novos produtos de valor acrescentado, ademais detendo a capacidade de os certificar, para a melhoria constante da qualidade dos produtos. GR: Quais são os objectivos a curto e médio prazo? RC: A curto prazo pretendemos dotar a secção Cideca com laboratório e cozinha industrial, equipamentos fundamentais para o trabalho de investigação e prestação de serviços aos associados, em domínios como análises diversas e certificações várias. Antevemos também a possibilidade do Centro de Formação certificado pela DGERT vir a ser detentor de uma operativa Escola Profissional, direccionada para o sector primário e em muito estreita colaboração com a oferta formativa educacional existente no concelho, estreitando relações
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com o Agrupamento de Escolas de Mangualde, proporcionando aos jovens um mais alargado leque de opções e, assim, obviando à sua saída para outros territórios. Também está previsto a muito curto prazo o arranque da OP de leite, concentrando os nossos produtos numa linha de exequibilidade que vai da produção à conservação e comercialização. Numa lógica natural de crescimento, não achamos despiciendo protocolar com outros municípios limítrofes e instituições ligada ao sector, por forma a termos uma maior dimensão e capacidade interventiva. A médio prazo estão previstas alterações profundas na estrutura física da Coape, por forma a dar-lhe maior visibilidade e a rentabilizar todo o seu potencial patrimonial de modo mais urbanisticamente aprazível e sugestivo.
Preparado pelo Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça
Plano prevê melhoria da cortiça e montados mais produtivos em 27 anos O Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça preparou um plano de investigação e inovação que visa melhorar a cortiça e obter montados mais produtivos e resistentes ao longo de três ciclos de produção, ou seja 27 anos. A Agenda Portuguesa de Investigação e Inovação no Sobreiro e na Cortiça (Agenda 3i9), apresentada em Lisboa, envolveu 81 investigadores e técnicos de 27 entidades e assenta em cinco planos funcionais: melhoramento do sobreiro, melhoria da produtividade, defesa contra pragas e doenças, qualidade da cortiça e acção territorial. O acrónimo Agenda 3i9 reflecte o horizonte temporal da intervenção: o curto prazo, correspondente a um ciclo produtivo de nove anos, e o médio prazo, correspondente a três ciclos produtivos de nove anos. O documento destaca que esta fileira tem “características únicas para Portugal”, mas apresenta também “algumas fragilidades decorrentes da sua concentração geográfica na bacia mediterrânica e da sua reduzida dimensão global”. Com a aprovação da Agenda 3i9, que será reavaliada no final
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de cada triénio “para redefinição do rumo e estratégia, ficam “definidas as bases para, de acordo com o protocolo de formalização do Centro e o compromisso assumido pelo Estado português, priorizar o acesso aos fundos comunitários”. O sector vinícola é o principal utilizador dos produtos de cortiça, mas a fileira “não se esgota neste segmento, existindo um conjunto de segmentos complementares que aproveitam os subprodutos da indústria da rolha natural e de champanhe, material reciclado e cortiça virgem”, realça a A3i9. Os montados de sobro, que sustentam a fileira da cortiça ocupam uma área de 2,1 milhões de hectares na região mediterrânica, principalmente no sul da Europa, cabendo a Portugal cerca de 737 mil hectares, segundo os dados do inventário florestal de 2006. A Agenda 3i9 acrescenta que os montados “são ecossistemas estáveis, ricos e complexos” que constituem “uma barreira efectiva contra a desertificação” e “desempenham um papel chave em diversos processos ecológicos como a conservação do solo, a regulação do ciclo da água e o sequestro de carbono”.
Em Portugal, Espanha e França
Projecto de promoção de carne de porco alentejano recebe co-financiamento europeu Um projecto da Associação de Criadores do Porco Alentejano para promoção de carne da raça em Espanha, França e Portugal integra a lista de 33 programas que a Comissão Europeia vai financiar. O projecto da ACPA, que visa promover a carne de porco de raça alentejana naqueles três países europeus, tem um orçamento de 465.645 euros, para três anos, tendo sido aprovado um co-financiamento de 232.822 euros por Bruxelas. O presidente da ACPA, Nuno Faustino, congratulou-se com a aprovação do co-financiamento do projecto pela Comissão Europeia, o que “é muito importante” e reflecte “o reconhecimento de Bruxelas do potencial que a raça tem e o acreditar no desenvolvimento económico que pode vir a trazer a Portugal e sobretudo à região Alentejo”. A aprovação do co-financiamento do projecto pela Comissão Europeia reflecte também “o reconhecimento de Bruxelas da importância do sector do porco alentejano e do muito que pode vir a dar a Portugal e à Europa”, frisou. Segundo Nuno Faustino, o projecto, que terá a maior parte das acções centradas em Portugal, “pode ser um ponto de viragem importantíssimo na promoção do porco alentejano e, 29
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por esta via, vir a desenvolver todo o sector ligado à raça, desde a produção à indústria”. A ACPA prevê que o porco alentejano, após o desenvolvimento do projecto, venha a ter “uma nova dinâmica” e que “haja, de facto, mais consumo e, por esta via, mais produção e mais transformação”, admitiu. No total, os projectos aprovados de promoção interna e externa de produtos agrícolas europeus ascendem a quase 108 milhões de euros e captam perto de 54 milhões de euros da Comissão Europeia. Dos 33 programas seleccionados, 20 destinam-se a promover produtos no mercado interno e 13 em regiões ou países terceiros, como China, Médio Oriente, América do Norte, Sudeste Asiático, Coreia do Sul, África, Rússia, Bielorrússia, Cazaquistão, Austrália, Noruega e países balcânicos.
Recentemente apresentada
EV Basto quer dinamizar actividade agrícola na região
A luta contra a desertificação do interior do país foi um dos objectivos da criação da EV Basto – Desenvolvimento Rural Lda. Esta empresa pretende dinamizar a Região de Basto,
abrangendo os concelhos de Mondim de Basto, Celorico de Basto, Cabeceiras de Basto, Ribeira de Pena, Fafe e Vieira do Minho. A ambição da EV Basto é contribuir para o desenvolvimento rural da região através de uma parceria efectiva e comprometida entre a Associação de Desenvolvimento Rural, Mútua de Seguros e Multi-serviços - Mútua de Basto/Norte e a Espaço Visual – Consultores de Engenharia Agronómica Lda, com sede em Gondomar, ambas com provas dadas nas áreas da agricultura e pecuária, bem como nas áreas florestal e turismo. A união do conhecimento intrínseco e acumulado ao longo de muitos anos da Mútua de Basto/Norte com o conhecimento estratégico da Espaço Visual, fará da nova empresa o motor indispensável para a prossecução da sua visão: um futuro onde as terras de Basto e os concelhos envolventes sejam vitais, produtivos e multifuncionais. Neste sentido, a EV Basto pretende desenvolver um conjunto de acções que se prendem com a identificação de actividades rentáveis para a região, viradas para o exterior e com o objectivo de trazer as melhores práticas, exercitando, assim, as suas potencialidades; a promoção de organização de produtores; e a promoção e incremento de actividades já desenvolvidas na região; através de serviços de assessoria ao investimento e assistência técnica; apoio à gestão, formação profissional e marketing e divulgação das empresas.
Um “depositário de memória e tradição”
Famalicão quer criar Centro Interpretativo Ambiental e do Mundo Rural A câmara de Famalicão quer criar um Centro Interpretativo Ambiental e do Mundo Rural na zona este do concelho, um “depositário de memória e tradição” que dê a conhecer “a riqueza arquitectónica” do local, avançou fonte autárquica. A ideia passa por candidatar este projecto, que surge da
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ambição quer da autarquia, quer de entidades locais, a fundos comunitários, conforme explicou o presidente da câmara de Famalicão, Paulo Cunha. “O centro seria depositário de uma memória, de uma história, de um estilo de vida muito marcado pela ruralidade mas em que a questão do património esteja bem presente. Estamos a falar de uma zona muito rica do ponto de vista de património arquitectónico e a confluência dos rios também valoriza e caracteriza muito toda aquela região”, descreveu o autarca. Paulo Cunha explicou que existem na região edifícios que poderão albergar o futuro Centro Interpretativo Ambiental e do Mundo Rural, vincando que se trata de uma zona “forte” ao nível do património e paisagem. A garantia de que “logo que surja oportunidade” a câmara irá avançar com a candidatura foi já dada a uma das associações locais que dinamiza a zona este do concelho de Famalicão, aquando de uma visita à Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Este - Engenho. Nessa visita o presidente da instituição, Manuel Augusto, sugeriu mesmo a utilização da antiga Escola Pré-Primária de Jesufrei, uma das freguesias do Vale do Este de Famalicão, distrito de Braga.
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Desconhecida dos consumidores há 15 anos
Courgette é cultura da moda na região do Oeste O aumento do consumo da courgette, hortícola quase desconhecida há 15 anos, leva os agricultores a apostarem naquela cultura, contribuindo para o aumento da oferta no mercado nacional e para a redução das importações. “Nos últimos dez anos, temos assistido a um crescimento do consumo da courgette que anda entre os 10 e os 15 por cento ao ano. Isto é absolutamente brutal, quando comparamos com outros hortícolas. Nestes últimos anos, o crescimento, situa-se entre os 5 e os 8 por cento”, afirmou Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, associação para a promoção de frutas e legumes. Para este dirigente, o aumento do consumo está associado às propriedades da courgette, um bom laxante, facilitador da digestão e associada à alimentação saudável, sendo recomendada pelos nutricionistas a quem quer perder peso, substituindo a batata, sobretudo nas sopas, “100 gramas de courgette têm cerca de 16 calorias”. António Miguel Francisco começou a dedicar-se a esta cultura há dois anos “porque, entre todas as culturas, é a mais fácil de fazer e a menos dispendiosa” e hoje tem cerca de dois hectares em estufa, área que é superior no Verão ao fazer a cultura ao ar livre. Carla Miranda é outro exemplo. Produz courgettes apenas no Inverno, período do ano em que “há défice de produção no mercado nacional e os preços compensam”, rondando os 0,80 a 1,20 euros o quilograma, quando no Verão baixam para 0,50 euros, por haver mais área de cultivo, ao ar livre, e mais oferta. Os dados agrícolas anuais do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que a produção de courgettes começou a ter expressão em 2011, ano em que teve uma área de cultivo de 489 hectares e uma produção de cerca de 19 mil toneladas. Em 2013 chegou a atingir as 20 mil toneladas, mas em 32
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2014 baixou para cerca de 18 mil, apesar de ter chegado aos 615 hectares de cultivo. Os agricultores responderam de tal modo às necessidades de consumo que inverteram a balança comercial. Em 2014 “exportámos 11.800 toneladas e apenas importámos 8.000”, sublinhou Manuel Évora. Por isso, é uma produção com “potencial de crescimento”. Por um lado, no Inverno ainda não chega para satisfazer as necessidades de consumo do país e é importada. Por outro, a exportação acontece apenas no Verão, quando há excesso de oferta em Portugal e pode aumentar face às necessidades de consumo também nos mercados externos. A região Oeste é a maior produtora a nível nacional, com um rendimento anual de cerca de cinco milhões de euros e cerca de 10 mil toneladas para venda em fresco, seguindo-se o Ribatejo, onde a produção se destina à indústria. O Oeste “tem um microclima muito específico, com clima ameno praticamente todo o ano”, explicou Carla Miranda, que pertence também à direcção da Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste, para justificar que a região consegue produzir courgette todo o ano. O Inverno “sem muito frio e sem grande ocorrência de geadas” favorece o desenvolvimento da cultura em estufas, sem terem de ser aquecidas. Já o Verão, ao não atingir elevadas temperaturas e ter “neblinas e manhãs amenas” permite aos agricultores produzir courgette ao ar livre. Pelo clima favorável, os agricultores no Oeste têm vindo a apostar na courgette em detrimento de outras culturas, como a alface, cujos “preços têm vindo a baixar”. Entre Agosto de 2014 e o mês homólogo de 2015, o sector das frutas e legumes aumentou em 14 por cento as exportações, passando de um volume de negócios de 1.120 milhões para 1.250 milhões de euros.
Cerimónia decorreu em Paris, na Torre Eiffel,
Verallia Portugal recebe o Prémio “Estrelas da Comunicação 2014” A Verallia Portugal recebeu o prémio das Estrelas da Comunicação 2014 da Saint-Gobain, pela sua campanha publicitária composta por sete anúncios que promovem as características do vidro apresentando alguns dos segmentos de mercado onde atua, ou seja, vinhos de mesa, espumantes, vinhos do Porto, cervejas, azeites, frascos e boiões. A cerimónia decorreu em Paris, na Torre Eiffel, e recompensou esta campanha baseada na diferenciação que apresenta o vidro como material de embalagem puro e de con-
fiança, apontando como a melhor escolha para proteger as bebidas e os alimentos, realçando a beleza, a segurança, a transparência e a confiança das embalagens em vidro. Esta inovadora campanha publicitária apela, igualmente, ao lado emocional e pretende associar o vidro a valores e memórias. A ‘Estrela da Comunicação’ foi entregue por Pierre-André de Chalendar, CEO da Saint-Gobain, a Jean-Pierre Floris, presidente da Verallia, e Cristina Nobre, responsável de Marketing da Verallia Portugal.
“Aprender com os melhores” é o lema
Bayer CropScience Portugal recebe certificação pela Formação A Bayer CropScience Portugal recebeu certificação oficial de entidade formadora. Esta certificação, concedida pela DGERT – Direcção Geral Emprego e relações trabalho, é o reconhecimento oficial da capacidade da Bayer em executar formação. A Bayer CropScience, através da Academia Bayer, tem como finalidade a promoção de boas práticas agrícolas que contribuam para um desenvolvimento sustentado da agricultura em Portugal, de forma a produzir alimentos em quantidade e qualidade, no respeito pelo Homem e Ambiente. “Aprender com os melhores” é o lema da Academia Bayer, que traduz a constante preocupação pela qualidade de todas as vertentes e componentes do projecto formativo. Através de uma rede de parcerias nacionais com universidades e institutos de referência (ex. Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV); Instituto Superior de Agronomia (ISA), Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD), Instituto Politécnico de Beja (IPB), Escola Superior Agrária 33
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de Coimbra (ESAC), entre outros, associada à sua presença mundial em mais de 120 países, a Bayer criou plataformas de troca de conhecimento e experiencias, com especialistas nacionais e internacionais de renome, fundamentais para a competitividade dos agentes locais. Nos últimos 4 anos, a Academia Bayer realizou mais de 60 acções de formação, em áreas como viticultura, entomologia, sanidade vegetal, técnicas de aplicação entre outras, passaram pelos cursos 1200 formandos, traduzindo-se em cerca de 13000 horas de formação. Os cursos são direccionados aos agentes de mercado da fileira agrícola, em especial na área da protecção das plantas. A Bayer CropScience considera ser determinante contribuir para a competitividade dos agentes de mercado da fileira agrícola, através da formação profissional de qualidade, no actual contexto de uma agricultura moderna e dinâmica, caracterizada por constantes avanços nas áreas técnico-científica e político-legislativas
De 20 a 22 de Novembro, no Parque Municipal de Exposições
Feira do Mel e da Castanha da Lousã reúne apicultores e outros produtores Centro e quarenta apicultores, produtores e comerciantes de castanha e de outros produtos locais, além de entidades públicas e privadas, vão participar na XXVI Feira do Mel e da Castanha da Lousã, que vai decorrer de 20 a 22 de Novembro. Promovida pela Câmara da Lousã, em colaboração com a Cooperativa Lousamel, a feira regista este ano «um crescimento na ordem dos 45%» em termos de adesão, segundo adianta a autarquia liderada por Luís Antunes. «Além dos já habituais apicultores, produtores e comerciantes de castanha e de outros produtos endógenos», o programa conta com a presença de instituições, tasquinhas e «uma significativa mostra de artesanato do concelho e do país» e uma área destinada a produtos gastronómicos diversos. O autarca da Lousã destaca «o facto de a zona exterior, onde será instalada uma tenda, passar de 600 para 1600 metros quadrados de área coberta, onde estarão instaladas também cinco tasquinhas dinamizadas por associações» locais. Todas as «inúmeras actividades» que integram o programa «são promovidas ou dinamizadas» por instituições ou artistas do concelho da Lousã, no distrito de Coimbra. A Feira da Castanha e do Mel da Lousã «é uma das mais antigas» mostras do género em Portugal, tendo sido «a primeira a expor e comercializar unicamente mel certificado», com Denominação de Origem Protegida (DOP), dando expressão ao trabalho da Lousamel junto dos apicultores. Com quase 27 anos de existên-
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cia, a cooperativa responsável pela gestão da DOP Serra da Lousã reúne algumas centenas de produtores da região e exporta mel para a Alemanha, além de fornecer a rede de distribuição da Sonae, exportando igualmente «pequenas quantidades» para outros países, como Angola e Noruega. Arganil, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Vila Nova de Poiares, nos distritos de Coimbra e Leiria, são os municípios que integram esta região de mel certificado. A feira decorrerá no Parque Municipal de Exposições da Lousã, com abertura oficial marcada para sexta-feira, dia 20 de Novembro, pelas 18 horas.
Certame em Pinhel recebeu 42 expositores
Festival ‘Beira Interior – Vinhos e Sabores’ é “para repetir” Pinhel foi o palco da primeira edição do festival “Beira Interior – Vinhos e Sabores” e o que se pode dizer é que “é para repetir”, tal o êxito desta iniciativa. O Pavilhão Multiusos da ‘Cidade Falcão’ recebeu 42 expositores, sendo 24 produtores de vinho e 18 de produtos endógenos da região e alguns milhares de visitantes. O evento promovido pelo município de Pinhel, em colaboração com a Comissão Vitivinícola da Beira Interior, mostrou “o melhor da Beira Interior”, como referiu o presidente da Câmara de Pinhel. Rui Ventura destacou o “potencial do território”, que diz ser merecedor de “um lugar de destaque” no panorama nacional e internacional. “A nossa aposta é continuar a mostrar e divulgar ao máximo os nossos produtos endógenos”, afirmou o autarca que deixou uma
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palavra de isentivo aos produtores “para que não desistam”. O certame mostrou aos visitantes alguns dos melhores vinhos da Beira Interior, bem como outros produtos de qualidade da região, como queijos, enchidos e doçaria. Este evento, segundo o autarca de Pinhel, “pretende ser uma forma de mostrar a nossa região, mas também de Pinhel”, afirmando a região como “um local de culto para os que apreciam as qualidades únicas” do vinho da Beira Interior, que é hoje, “um dos principais fatores de desenvolvimento económico nacional”. Rui Ventura destacou a aposta do seu município neste evento, porque “Pinhel é um lugar privilegiado para a apresentação colectiva dos nossos produtos, como o vinho”, e que é “um acontecimento do maior significado, pela dinâmica que imprime a toda a região e na vida do nosso município”.
Com a participação do antigo eurodeputado António Campos
Seminário propõe visão para o futuro do Parque Natural Vouga-Caramulo Realiza-se a 20 de Novembro, em Vouzela, o seminário “Parque Natural Local Vouga-Caramulo (Vouzela): Uma Visão para o Futuro”. A iniciativa, que vai decorrer no Auditório Municipal 25 de Abril, a partir das 18 horas, contará com a participação do ex-eurodeputado e ex-secretário de Estado da Agricultura, António Campos. O antigo governante vai partilhar a sua experiência e reflectir sobre o Parque Natural Local enquanto factor de desenvolvimento do concelho e da região, abordando algumas perspectivas da sua dinamização futura. Participam ainda no seminário a deputada e ex-vice-reitora da Universidade de Coimbra, Helena Freitas, o reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva e o reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), António Fontainhas Fernandes. A ocasião servirá também para se proceder à assinatura do protocolo entre o Município de Vouzela, a Universidade de Coimbra e a UTAD, com vista à criação do Centro de Competências do Carvalho e das Folhosas Autóctones. O Parque Vouga-Caramulo é um projecto do Município de Vouzela que pretende conjugar a preservação do território e do património natural com a dinamização da economia local e do turismo, sendo considerado uma peça importante da estratégia de desenvolvimento do concelho.
Referiu o presidente da Câmara, Humberto Oliveira
Feira do Mel e do Campo pode ser “um evento de cariz regional” Integrado no programa do Festival Gastronómico “Mês dos Míscaros e do Sarrabulho”, que decorre durante este mês de Novembro em vários restaurantes de Penacova, a autarquia local promoveu mais uma edição da Feira do Mel e do Campo. No evento houve exposição e venda de produtos agrícolas, com destaque para o mel, que esteve na génese do mesmo. “Quando chegamos a Câmara, em 2010, entendemos que este evento tinha potencial”, pelo que “iniciamos um processo para o seu desenvolvimento, associando, ao tradicional magusto, a exposição de mel e outros produtos do campo”, afir-
mou o presidente da Câmara de Penacova. Hoje, prosseguiu Humberto Oliveira, “é um evento concelhio, com potencial, e com mais algum investimento pode afirmar-se como um dos principais certames com estas características na região, valorizando os produtos da nossa agricultura e da nossa pecuária”.
Ano XI - N.º 259 Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), jla.viseu@gmail.com | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda. Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo e Fernando Ferreira Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 362, Loja 11, Fracção AH - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320 E-mail: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS - Inscrição nº 124546 Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís Araújo Sede Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica NovelGráfica | Telf. 232 411 299 | E-mail: novelgrafica1@gmail.com | Rua Cap. Salomão 121-123, 3510-106 Viseu Tiragem média Mensal Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
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Breves Oficina de Cogumelos Silvestres na Porta do Mezio
A ARDAL – Porta do Mezio, em Arcos de Valdevez, vai organizar uma oficina de Cogumelos Silvestres, no dia 21 de Novembro, entre as 9,30 e as 13 horas. Esta iniciativa tem como objectivo sensibilizar os participantes para a biodiversidade, importância ecológica e preservação dos cogumelos silvestres, transmitir aos participantes as regras para a colheita de cogumelos de modo sustentável e dotar aos mesmos noções sobre a sua identificação de forma segura. O programa inclui uma palestra sobre Introdução aos cogumelos silvestres e uma saída de campo nas imediações da Porta do Mezio para recolha e identificação dos cogumelos recolhidos com recurso a chaves de identificação e guias de campo. No final haverá uma degustação de cogumelos e outros petiscos regionais.
Sernancelhe organiza a Expo-Protec de 20 e 22 de Novembro
Os Bombeiros Voluntários locais e o Município de Sernancelhe organizam, entre 20 e 22 de Novembro, a Expo-Protec, Feira de Actividades, Segurança e Protecção Civil, certame que será uma montra das novidades do sector e contará também com diversas acções práticas, como o “masstraining” de suporte básico de vida, na Escola Profissional de Sernancelhe, bem como reuniões da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu e dos Gabinetes Técnicos Florestais de 24 concelhos. A iniciativa, única no norte do País, acontece pela segunda vez em Sernancelhe. A primeira edição, em 2012, foi um sucesso, razão pela qual a organização viu renovado o apoio da Liga dos Bombeiros Portugueses, Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu, Autoridade Nacional de Protecção Civil, Guarda Nacional Republicana, Cruz Vermelha Portuguesa, INEM e Associação Sementes da Terra. No Expo Salão de Sernancelhe vai ser possível, quer a profissionais do sector, quer a bombeiros e Instituições particulares de solidariedade social, ficarem a conhecer os novos equipamentos disponíveis no mercado, indispensáveis ao trabalho diário dos bombeiros, das equipas de emergência, das forças de segurança e de todos os organismos que trabalham no socorro a pessoas e bens. Estarão presentes 25 expositores, entre empresas do sector, organismos ligados à emergência médica como o INEM, Força Especial de Bombeiros e Autoridade Florestal Nacional. Em simultâneo, a Expo-Protec pretende afirmar-se como um espaço de formação e informação, estando prevista, na sexta-feira, dia 20, para os alunos do curso de Saúde da Escola Profissional de Sernancelhe, um “masstraining” de suporte básico de vida.
Monchique recebe congresso “Medronho – um produto de excelência”
Monchique é o palco do congresso “Medronho – um produto de excelência”, que se vai realizar a 20 de Novembro, e que pretende dar a conhecer as potencialidades do medronheiro, a realidade da cultura do medronho e promover o aproveitamento enquanto fruto e as suas diferentes aplicações. O evento, realizado no âmbito do Festival do Medronho organizado pela Câmara de Monchique, reúne diversas entidades e especialistas nesta matéria, que pelo seu conhecimento científico e tecnológico “irão contribuir para a projecção do medronho nas suas múltiplas vertentes”. Esta espécie típica do nosso país, que sempre teve importância a Sul, enquanto actividade económica ancestral, o medronheiro tem vindo a apresentar um crescente interesse para diversos fins, 37
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nomeadamente o seu aproveitamento gastronómico, mas também para produtos derivados, como aguardente e compotas. A sua cultura é vista como uma boa alternativa económica no centro e norte do país.
Feira de Artesanato e Gastronomia de Vila Real
De 27 a 29 de Novembro decorre mais uma edição da FAG - Feira de Artesanato e Gastronomia de Vila Real, numa Organização da NERVIR - Associação Empresarial em parceria com a Câmara Municipal de Vila Real. O Pavilhão de Exposições da NERVIR está já praticamente completo, com artesãos das mais diversas áreas, nomeadamente, artigos em pele, cestaria, olaria e couro, trabalhos em linho, bijuteria, bordados, madeira, granito e muitos outros artigos únicos e originais, feitos ao vivo e fruto da criatividade dos nossos artesãos; e também a gastronomia, com o fumeiro, os doces tradicionais e conventuais, compotas, mel e outras iguarias. Visitar a FAG 2015 é uma forma de privilegiar a economia regional, privilegiando as pequenas empresas, que continuam a preservar no tempo o que outrora constituiu, na economia e na mesa, a nossa identidade e a nossa cultura.
AGIM promove formação prática em podas de mirtilos
Numa iniciativa da AGIM - Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial, vão decorrer no final do mês de Novembro duas formações teórico-práticas em podas de mirtilos. A primeira formação em podas de mirtilos vai acontecer no dia 27 de Novembro na Figueira da Foz, enquanto a segunda terá lugar no dia seguinte em Oliveira de Azeméis. Esta formação será dividida em duas partes: a primeira será teórica e nela serão explicados aos participantes os princípios básicos da poda, os tipos de poda existentes e as boas práticas para a realização desta importante tarefa. De salientar que, na formação da Figueira da Foz, iremos contar também com a presença de um técnico inglês, da empresa Maxstim, que irá falar sobre substratos orgânicos. A segunda parte da formação será prática, em que os participantes irão para o pomar de mirtilos onde podem observar o que anteriormente foi explicado na teoria e podem eles próprios podar as plantas de mirtilo e, deste modo, colocar em prática os conhecimentos que adquiriram.
Adega de Vidigueira convida para mês pleno de actividades
A Adega de Vidigueira promove pelo segundo ano consecutivo o “Mês do Vinho”, uma iniciativa que convida a conhecer e celebrar as tradições vínicas da região. As diversas actividades, como visitas, Cante Alentejano, petiscos, apresentação de novos produtos, e claro a prova de vinho novo de Talha, que irão decorrer na própria Adega e começaram a 6 de Novembro e terminam a 6 de Dezembro. A finalidade do ‘Mês do Vinho’ é “chamar as pessoas a conhecer a Adega, dar continuidade à tradição e apresentar novos produtos, proporcionando experiências únicas”, referiu o presidente da Adega de Vidigueira. “Queremos partilhar com as pessoas da terra, e convidar as de fora, a assinalar e celebrar a nossa actividade, não só com a prova do vinho novo de Talha, que é uma tradição que desejamos preservar e renovar, mas alargar este momento abrindo as nossas portas durante todo o mês com um programa intenso e variado”, diz Miguel Almeida. Além da animação programada ao longo do mês os visitantes terão acesso a promoções especiais na loja da Adega de Vidigueira, que estará aberta durante os fins-de-semana, em que decorre a iniciativa.
De 28 Novembro a 13 Dezembro
Evento mostra a melhor gastronomia de caça do concelho de Mora O melhor da gastronomia de caça alentejana pode ser degustado em Mora, durante a XX Mostra Gastronómica que decorre de 28 de Novembro a 13 de Dezembro. Organizado pela edilidade local, o evento decorre em 12 restaurantes do concelho. Entre as iguarias que vão estar nesta mostra gastronómica de caça, que apresenta mais de 40 receitas, destaque para o coelho bravo assado na brasa, patê de coelho, patê de javali, lombos de veado; pombos bravos c/ toucinho; canja de pombo; ensopado de veado; sopa da panela; javali no forno; lebre c/ feijão branco; coelho de vinagrete; faisão à solar dos lilases; peito de pato bravo c/ molho de mostarda à antiga e perdiz à dona Bia, entre muitos outros. A marcar o início do evento, tem lugar um jantar de inauguração no dia 28 de Novembro na Quinta de Santo António que dá à prova a cerca de 200 gourmets perto de 20 pratos de Caça, metade dos que vão estar presentes durante a Mostra nos diferentes restaurantes do concelho. Há 20 anos que Mora oferece a oportunidade única de provar caça de todos as formas e feitios, num evento que já entrou nas tradições gastronómicas da região e do Alentejo.
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A LITERATURA POSTA À PROVA. 4- 6
VISEU
DEZEMBRO
SOLAR DO VINHO DO DÃO
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