Gazeta Rural nº 280

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Director: José Luís Araújo

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N.º 280

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15 de Outubro de 2016

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Preço 4,00 Euros

Oleiros Mostra Medronho e da Castanha

Alterações climáticas preocupam produtores

Justin Jennings no Wine in Azores

O rei do pinhal!

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Sumário Sumário Sumário Sumário Sumário Sum 05 Míscaro é rei no IV Certame Gastronómico de Aguiar da

20 AMPV organiza III Salão Nacional de Vinhos em

Beira

Santarém

06 Festival Cozinha dos Ganhões promove turismo em 07 Sernancelhe organiza XXIV Festa da Castanha 08 Portel prepara XVII Feira do Montado 09 Mostra do Medronho e da Castanha com colóquio e

22 Festa da Vinha e da Vinho em Borba comemora 25 anos 23 Brasil recebe Congresso Mundial da Vinha e do Vinho 24 Quebra de produção de Vinho no Alentejo ronda os 20% 25 Beira Interior prevê quebra de 15% na produção de vinho 26 Encontro Baga tinto 2011 foi o grande vencedor do

concurso de culinária

Concurso os ‘Melhores Vinhos e Espumantes 2016’

do poder político

multiplicação de cancro

Estremoz

10 Mercado de Outono anima Jardim da Pampilhosa 28 Corticeira Amorim avança com 500 hectares de 12 Armamar celebra ‘porta-estandarte’ do concelho montado de regadio este 13 Alterações climáticas devem merecer “atenção especial” 29 Cereja, hortelã e agrião têm potencial para travar 14 Fruticultura da região poderá vir a ter “alguns anos difíceis” 31 Chile é o novo mercado para produtos à base de carne de 15 Cooperativa dos Fruticultores da Beira Alta deverá porco 33 Governo demonstrou apoio ao sector da floricultura receber menos 90% de maçã 16 “O aumento do preço da maçã não compensa os 35 Feira dos Santos de Chaves com vinho e sabores 36 Produção de esteiras de bunho de Frossos está prejuízos”, diz presidente da AFA 18 “Quebra de produção na região deve chegar aos 60%”, certificada 37 Município de Pinhel e CVR preparam II Beira Interior diz presidente da Cooperativa de Mangualde 19 Chef Justin Jennings é a estrela do Wine in Azores 2016 Vinhos & Sabores

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mรกrio

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OPINIÃO

“Os Príncipes da Mata” Das sementes adormecidas no meio de carumas e musgos, debaixo de pinheiros, com história para contar dos seus esbeltos troncos, que tendem em anos próximos a desaparecer, é neste ambiente húmido que se deslumbram com muito cuidado por estes dias “Os Príncipes da Mata”, os míscaros. Estes são divididos em três variedades: o míscaro branco (Tricholoma Portentonsum), o míscaro amarelo (Tricholoma Equestre) e o míscaro limão (Amanita Citrina), estes últimos não comestíveis ou com especial reserva, mas ainda podemos encontrar outras variedades de cogumelos silvestres comestíveis tais como o Boletus edulis e Pinicola (boleto/cepa); Lactarius delicosus (sanchas); Macrolepiota procera (tortulho); Hydnum repandum (pé de carneiro); Craterellus cornucopioides (trompete dos mortos); Cantarellus cibaruis (cantarelas); e Craterellus tubaeformis. Os míscaros, senhores de muitos pratos das beiras, silvestres e carnudos, são o prenúncio de um Outono vindouro. Contudo, são o deslumbre de muitos pratos da nossa gastronomia beirã, que dos registos do nosso receituário pouco temos. Assim, é necessário procurar as receitas na sabedoria popular directa. Deste modo, fica o registo memorial dos míscaros em sopas de inverno, das açordas, dos guisados simples ou com carnes e do arroz de míscaros. Deste último, a matriarca apela, com toda

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a convicção, para se sentarem à mesa após a realização desta iguaria. Estamos, sem dúvida, na presença de um arroz cremoso que deve ser degustado na hora, guloseima única das beiras confeccionado com um tão nobre elemento gastronómico. A referência também vai para os míscaros com ovos e chouriça, prato caído das trevas gastronómicas, mas que ainda a memória transpira firmeza da sua degustação em tempos de inocência

da cozinha tradicional, mas de primazia nos sabores, sem falsidades nem aditivos alimentares, pois era pura e simples, mas com amor. Destes príncipes da mata, poucos o elevam como rei da gastronomia regional, por ventura devido à sua sazonalidade, mas sem dúvida a chave de sabores únicos de bosque num refugado de cozinha de tacho. Nelson Augusto


De 28 a 30 de Outubro, no Pavilhão Gimnodesportivo

Certame Gastronómico

de Aguiar da Beira dedicado ao míscaro O município de Aguiar da Beira promove, de 28 a 30 de Outubro, o IV Certame Gastronómico do Míscaro, um cogumelo silvestre que tem um peso significativo na economia do concelho. Para além de várias sessões de Live Cooking, com os chefs Telmo Frias, Nuno Seixas, Batista e Nelson Augusto, a que se junta a jovem Rosarinho Sampaio com um workshop dirigido a crianças. No plano de animação destaque para a presença de Augusto Canário, que actuará na noite de sábado. Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Aguiar da Beira mostra-se confiante num grande evento, que atrairá muitos visitantes ao concelho para degustar uma das iguarias da sua gastronomia.

Gazeta Rural (GR): Vamos ter um grande evento em torno do míscaro? Joaquim Bonifácio (JB): Penso que sim. Este certame já é uma tradição, vamos na quarta edição e esperamos uma grande adesão não só da população do concelho, mas especialmente de quem nos visita nessa altura. O míscaro é um produto que contribui bastante para a valorização da nossa economia e, por isso, acredito que vamos ter um grande certame, pois a chuva que caiu nos últimos dias vai ajudar a que o míscaro brote da terra. GR: Este evento não se resume a três dias de festa. Tem ideia do peso que este produto tem na economia do concelho? JB: O míscaro é muito importante, como são todos os outros produtos que aqui são produzidos. Somos um concelho do interior, onde a desertificação se faz sentir, e, como tal, temos que valorizar aquilo que temos, que são os nossos produtos endógenos. O míscaro alimenta as gentes do nosso concelho, não só em termos gastronómicos mas é também um complemento à economia familiar. Para além disso, a nossa restauração também usufrui da importância deste produto durante cerca de dois meses, com pratos à base do míscaro, que atrai imensos visitantes a Aguiar da Beira, que para além de degustarem esta iguaria ficam a conhecer melhor o nosso concelho. Neste quarto certame temos vários passeios micológicos, com especialistas na matéria que darão a conhecer as propriedades gastronómicas do mesmo, nomeadamente vários chefs de cozinha, dois dos quais naturais de Aguiar da Beira.

GR: O míscaro dá para fazer pratos variados e é isso que se pretende demonstrar? JB: O míscaro é um ingrediente que permite fazer pratos variados. O ano passado um dos pratos que me deixou água na boca e que mais sucesso fez foi a dobrada com míscaro. O míscaro permite-nos sensações gastronómicas variadas e é isso que pretendemos demonstrar com as várias sessões de live cooking que integram o programa. GR: Tem dado muita atenção aos produtos da terra, que terão um espaço neste evento, com a criação do Gabinete Municipal do Agricultor. Tem sentido motivação das gentes do concelho para encararem novos projectos agrícolas? JB: O Gabinete tem tido um trabalho importante, informando os agricultores, ajudando-os e dando-lhe conselhos. A nossa aposta nos produtos locais é para prosseguir. Por exemplo a produção de castanha no concelho tem despertado a atenção. Temos promovido Dias Abertos com os produtores e o número tem aumentado, porque temos excelentes condições para a sua produção. Temos castanha de muito boa qualidade. O Centro de Interpretação Vivo do Castanheiro e da Castanha, com estes Dias Abertos, tem-nos demonstrado que esta é uma aposta certa. GR: Falando de um outro produto com peso na economia do concelho. Tem percepção de como foi a campanha da maçã no concelho? JB: A começar pelo calibre ficou aquém de outros anos, mas ainda assim a produção no concelho foi satisfatória. Houve alguma quebra, como em toda a região, mas a qualidade é boa.

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Certame decorre de 1 a 4 de Dezembro

Festival ‘Cozinha dos Ganhões’ promove turismo em Estremoz A ‘Cozinha dos Ganhões’, o maior certame gastronómico do Alentejo, decorre de 1 a 4 de Dezembro, em Estremoz, no distrito de Évora, para promover o turismo e valorizar as tradições e os costumes do concelho. A denominação de ‘ganhão’ era atribuída antigamente aos trabalhadores da lavoura nas herdades do Alentejo. Com palco no parque de feiras e exposições da cidade, o certame gastronómico, que atrai anualmente milhares de visitantes em busca da gastronomia tradicional, conta coma participação de vários tasqueiros e doceiros, além de expositores de produtos regionais, bares e artesãos do

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concelho. Trata-se, segundo divulgou a autarquia, de um evento de promoção turística de Estremoz, que pretende valorizar as tradições e os costumes deste concelho e do Alentejo e que tem para oferecer, durante quatro dias, “sabor, saber, tradição e convívio”, assim como animação cultural. A vigésima quarta edição da mostra gastronómica, organizada pela Câmara de Estremoz, “vai contar com o que de melhor tem a cozinha alentejana”, contemplando os pratos típicos da região. Segundo os promotores, o evento vai, mais uma vez, “apresentar o que o Alen-

tejo tem de melhor”, nomeadamente a gastronomia, produtos regionais, doçaria, vinhos, queijos, enchidos e artesanato. Uma novidade na edição deste ano é o horário de abertura do certame, que começa no dia 1 de Dezembro, às 11 horas, por se tratar de um dia feriado, permitindo o serviço de almoços. Paralelamente, no pavilhão C do parque de feiras da cidade, vai decorrer a Feira da Caça, Pesca e Desportos da Natureza, promovida pela Confraria dos Amigos do Campo, com o apoio do município.


No fim-de-semana de 28 a 30 de Outubro, no Expo Salão

XXIV Festa da Castanha promove o concelho de Sernancelhe

O fim-de-semana de 28 a 30 de Outubro é de festa e de celebração da castanha em Sernancelhe. A XXIV Festa da Castanha, que decorrerá no Expo Salão, homenageia a natureza e os agricultores e vai reunir expositores, empresas do sector, artesanato, gastronomia, restauração, animação, passeios pedestres e BTT pelos soutos da Martaínha e pela Rota da Castanha e do Castanheiro. António Lobo Gonçalves, presidente do Conselho de Administração da EDP Renováveis marcará presença na cerimónia de inauguração e a novidade deste ano é a presença do programa “Aqui Portugal” da RTP, na tarde de 29 de Outubro. A Festa da Castanha é uma marca organizacional do Município de Sernancelhe, mantendo a vertente comercial, com espaço para os produtores e as empresas do sector, e a animação, dando primazia aos grupos etnográficos locais e regionais, procurando oferecer aos milhares de visitantes a autenticidade de um concelho que, ao longo de décadas, acreditou que, com valorização, divulgação e profissionalização do sector, a castanha poderia ser um produto de excelência. Grande dinamizadora do tecido empresarial local, a castanha conseguiu, em poucos anos, passar de produto subvalorizado para um dos mais procurados no mercado, atingindo preços elevados

e muito compensadores para os agricultores. De tal forma que a Festa da Castanha acolhe nesta edição a Expo Máquinas Agrícolas, proporcionando a todos os visitantes o contacto com as novidades da maquinaria dedicada à castanha e à agricultura em geral. A castanha é responsável igualmente pela visibilidade que Sernancelhe e a região alcançaram, sendo o concelho conhecido como a Terra da Castanha. Em torno deste fruto, cuja importância económica é inquestionável para as gentes de Sernancelhe, despoletou a prática desportiva de natureza, como o BTT pela Rota da Castanha e do Castanheiro, já na nona edição, e que este ano espera mais de um milhar de inscritos, uma oportunidade para dar a conhecer as magníficas paisagens de soutos das encostas de Sernancelhe, bem como a gastronomia e a etnografia locais. Para o vereador do pelouro da Cultura da Câmara de Sernancelhe, “culturalmente é o nosso maior momento”, referiu Armando Mateus, sustentando que a castanha, “como marca, imagem e tudo o que a ela está associado, é diferenciador” e, como tal, “também queremos que a Festa da Castanha seja diferenciadora”. Para aquele responsável “esta é uma festa para os produtores”, à qual “estão associadas outras iniciativas para que, durante três dias, seja um evento em que nele

está vertido tudo o que à castanha diz respeito”. Armando Mateus destaque que que este “é um sector de importância máxima na agricultura do concelho e da região”, sublinhando que “não estamos a falar de uma produção em quantidade, mas sim em qualidade”, pois a variedade Martaínha, maioritária nesta região, “é, em grande parte, para exportação, o que demonstra o seu valor económico”. O vereador da Cultura destaque ainda a importância da castanha na gastronomia, na pasteleira, nos licores e noutros produtos transformados, realçando o papel das Juntas de Freguesias como “parceiros importantes” neste evento, pois “trazem ao certame o melhor que cada uma tem”. Armando Mateus destacou a tenda gastronómica, “uma novidade que já vem do ano passado”, num espaço em que estarão quatro restaurantes locais com cozinha tradicional, onde a castanha é ingrediente obrigatório. Os produtos à base de castanha estarão em exposição e para comercialização, sendo vasta a oferta de gastronomia de castanha, não faltando os concursos da melhor castanha da Denominação de Origem Protegida Soutos da Lapa (DOP), e também do melhor doce, iniciativa em crescendo e que demonstra o espaço que a castanha conquistou na doçaria local e regional. www.gazetarural.com

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De 30 de Novembro a 4 de Dezembro

Câmara de Portel prepara XVII Feira do Montado Vai decorrer entre 30 de Novembro a 4 de Dezembro a Feira do Montado, um certame organizado pela Câmara de Portel que conta já com dezasseis anos de existência. Nasceu em 2000, de uma vontade determinada de aproveitar uma das maiores potencialidades do concelho de Portel, que é o Montado. O certame é, segundo a autarquia, “uma iniciativa que tem contribuído para a promoção e valorização do montado, trata-se de um acontecimento de importância económica, ambiental, cul-

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tural e científica, de âmbito nacional e internacional”. Durante os cinco dias da feira, expositores de diversas empresas do sector florestal, especificamente do sector da cortiça, dos agroalimentares, restauração e do comércio em geral, têm a oportunidade de promover e comercializar os seus produtos e desenvolver oportunidades de negócio. A par das diversas exposições promovidas pelas várias entidades, a Feira do Montado, mais uma vez, procurará mos-

trar os melhores produtos do Montado, o que de melhor se produz no Alentejo. Durante os cinco dias da feira, expositores de diversas empresas do sector florestal, nomeadamente do sector da cortiça, dos agroalimentares, restauração e do comércio em geral, têm a oportunidade de promover e comercializar os seus produtos e desenvolver oportunidades de negócio. A animação será um dos principais atractivos da feira, através dos espectáculos com grandes nomes da música nacional.


De 28 a 30 de Outubro, em Oleiros

Mostra do Medronho e da Castanha com colóquio e concurso de culinária Numa iniciativa do Município de Oleiros, vai decorrer de 28 a 30 de Outubro a X Mostra do Medronho e da Castanha, iniciativa que visa mostrar e promover dois produtos importantes para este concelho do Pinhal Interior. Integrado no programa do certame, terá lugar no próximo dia 29 de Outubro, pelas 10,30 horas, no recinto do Mostra, o colóquio “Qualidade da aguardente de medronho e outras potencialidades”. A iniciativa pretende privilegiar este ano a produção de “medronheira”, dando enfoque à questão da sua qualidade enquanto elemento diferenciador e catalisador de potencialidades para a fileira. A questão do potencial de exportação deste produto revela-se bastante interessante e deve ser tida em conta. Confirmado está já um painel de especialistas que promete esclarecer e sensibilizar os vários interessados no assunto. Recorde-se que a fileira do medronho em Oleiros se encontra em fase de con-

solidação. Para além dos inúmeros focos existentes com medronheiros selvagens, havendo a intenção de limpar uma área de cerca de 10 ha, existe ainda a intenção de instalar novas plantações, em cerca de 60 ha. Realça-se que no território do concelho estão já identificados cerca de 50 ha de plantações efectivas, em diferentes fases de maturação, cuja produção é maioritariamente absorvida pelas destilarias da região. Em Oleiros existem 5 destilarias, das quais duas possuem marca própria de aguardente de medronho, sendo as restantes prestadoras de serviços. A produção de aguardente de qualidade é assim encarada como uma premissa fundamental para afirmar um produto local único e tão promissor.

Dotes culinários colocados à prova A Mostra do Medronho e da Castanha

põe à prova os dotes culinários dos oleirenses com o Concurso Gastronómico “Valorizar o Medronho e a Castanha”. Estes dois produtos outonais podem dar origem a uma criação inovadora, doce ou salgada, que será provada, avaliada e premiada no dia 29 de Outubro a partir das 17 horas no recinto da Mostra. Faz parte do júri a Chef Cátia Goarmon, finalista do programa Masterchef e autora do programa “Os Segredos da Tia Cátia” exibido no 24kitchen, que antes do Concurso (14H30) fará um showcooking temático sobre como usar a castanha e o medronho em receitas do dia-a-dia. O Concurso Gastronómico é aberto a toda a população e apenas implica inscrição até ao dia 24 de Outubro no Posto de Turismo ou através do e-mail postoturismo@cm-oleiros.pt. A receita deverá ser entregue no ato de inscrição. Ao concorrer, os participantes habilitam-se a ganhar vouchers para utilização no comércio local. www.gazetarural.com

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A 30 de Outubro, no concelho da Mealhada

Mercado de Outono anima Jardim da Pampilhosa Numa iniciativa da empresa Living Place - Animação Turística, com o apoio do Município da Mealhada, vai decorrer no dia 30 de Outubro, no Jardim da Pampilhosa, o Mercado de Outono, onde os visitantes poderão encontrar produtos agrícolas e transformados, artesanato, entre outros. Este evento visa atrair a esta localidade do concelho da Mealhada pequenos produtores, instituições e artesãos, dinamizando desta forma espaços concelhios, ao mesmo tempo que se pretende atrair visitantes, fomentando igualmente a economia local. A agricultura doméstica, e de subsistência, está em voga, sendo muitas das vezes de importância vital para a

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sobrevivência das famílias e que cada vez mais está a ser encarada como uma oportunidade de negócio. Este mercado será importante para o seu escoamento e onde os visitantes poderão encontrar produtos frescos e de excelente qualidade. Se uma forma de escoar produtos agrícolas é vendê-los às empresas que os transformam, fazê-lo pelos próprios meios é também uma possibilidade. Dependendo do que se produz, assim serão as soluções. Compotas, biscoitos, bolos, sabonetes, um grande número de produtos e oportunidades estarão em exposição e venda nesta iniciativa. Uma outra forma de subsistência das famílias é o artesanato, reciclando, fa-

zendo de novo, recriando tradições e ensinamentos dos nossos antepassados. Com a aproximação do Natal estes serão, sem dúvida, um forte chamativo ao Mercado.

Programa:

10 horas: Abertura do Mercado Actividades Infantis Rastreio pelos Bombeiros Voluntários da Pampilhosa 15 horas: Caminhada Solidária a favor da Associação Quatro Patas e Focinhos 17 horas: Encerramento


IV

28 a 30 Outubro

Certame Gastronómico do

Míscaro 2016

DIA 28 (Sexta)

Pavilhão Gimnodesportivo

11h30 – Abertura Oficial 11h30/21h00 – Mercadinho Agrícola 11h30/24h00 – Espaço Gastronómico 12h30 – Festival das Sopas 15h30 – “Boas Práticas na Apanha dos Cogumelos”

DIA DIA29 29(Sábado) (Sábado) 10h00 – Passeio Micológico 10h00/21h00 – Mercadinho Agrícola 12h00/24h00 – Espaço Gastronómico 14h00 – Exposição de Cogumelos 15h00 – Workshop “Chef Júnior”

Clube de Micologia de Aguiar da Beira

16h30 – Apresentação do Livro “O Menino de Vento” Fernando Pereira

18h00 – Live Cooking

Rosarinho Sampaio

Telmo Frias e Nuno Seixas

17h00 – Concurso Abóbora Halloween 18h00 – Live Cooking

22h00 – Concerto Rock Out

Chef Nelson Augusto

19h00 – Concurso Gastronómico do Míscaro 21h00 – Atuação Augusto Canário

DIA 30 (Domingo) 10h00 – Trail Míscaro 10h00/20h00 – Mercadinho Agrícola 12h00/22h00 – Espaço Gastronómico 14h00 – Concentração de Motorizadas 14h00 – Atuação Concertinas Os Abadenses 14h30 – Entrega de Prémios do Trail do Míscaro 15h00 – Atuação Concertinas Grupo da Farra 15h30 – Live Cooking Chef Batista 17h00 – Atuação Concertinas Clave de Sol 17h30 – Magusto 19h00 – Atuação Grupo Raízes da Terra

Organização:

Colaboração:

Gabinete de

Micologia

11 Social Juntas e Uniões de Freguesias e www.gazetarural.com Instituições de Solidariedade


Armamar recebe de 21 a 23 de Outubro a IX Feira da Maçã, num ano em que há uma quebra de produção, que no concelho rondará os 30%. Todavia, a qualidade do fruto produzido neste concelho duriense é de boa qualidade, com os agricultores, de algum modo, a serem compensados com o aumento da maçã no consumidor. O certame pretende promover a maçã, hoje o “porta-estandarte” do potencial agrícola do concelho, onde o vinho do Douro e o azeite têm também grande relevo. Este evento é uma organização conjunta da Autarquia e da Associação de Fruticultores de Armamar, onde os visitantes, para além da maçã, podem conhecer e degustar outros produtos endógenos deste concelho duriense, bem como a gastronomia local, com destaque para o “cabritinho de Armamar”. Em conversa com a Gazeta Rural, a vereadora do Pelouro da Cultura, espera “uma grande festa”, que conta com artistas nacionais e muita animação. Cláudia Damião realça a importância do sector primário no concelho, com destaque para a maçã, mas também para o vinho e o azeite.

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Feira da Maçã, de 21 a 23 de Outubro

Armamar celebra “porta-estandarte” do concelho Gazeta Rural (GR): Que Festa da Maçã haverá este ano? Cláudia Damião (CD): Esperamos uma grande festa. Vamos na nona edição e queremos mostrar o que Armamar tem de melhor. Fazemo-lo de uma forma agradável, em são convívio. GR: O que mais destacaria no programa da Festa? CD: Temos artistas nacionais, muita animação de rua, em diferentes áreas. Este ano não vamos ter nenhuma televisão, por opção, indo de encontro àquilo que foi a auscultação dos nossos expositores. GR: Há uma quebra de produção significativa na região. Isso preocupa o município? CD: Naturalmente, mas estamos convencidos que esta quebra de produção poderá reflectir-se num valor comercial melhor para a maçã. Deste modo, os nossos produtores não ga-

nharão pela quantidade, mas sim pelo preço praticado pelo facto de haver menos maçã. GR: Como olha para a produção de maçã no concelho? CD: É uma satisfação grande saber que as apostas feitas estão a dar bons frutos. A nossa maçã começou a ser produzida por uma experiencia técnica. Temos condições de produção fantásticas, o que nos dá um produto de excelência, o que lhe dá grande notoriedade e ser reconhecida além-fronteiras. Ficamos satisfeitos por vermos os nossos produtores ter sucesso e, com isso, a nossa economia local está a crescer e, com esta colheita, o concelho ganha notoriedade. Não nos dissociamos do contexto Douro, da produção de vinho, mas ficamos satisfeitos por percebermos que os nossos agricultores têm culturas alternativas para diversificar a sua fonte de rendimentos.


Alerta Humberto Matos, da Associação de Fruticultores Beira Távora

Alterações climáticas devem merecer “atenção especial” do poder político A quebra de produção verificada na produção de maçã, em toda a região, mas também noutras culturas, tem a ver com as alterações climáticas verificadas este ano. Humberto Matos, presidente da Associação de Fruticultores Beira Távora, sedeada em Moimenta da Beira, diz à Gazeta Rural que a quebra de cerca de 35% a produção de maçã naquela região se deve às variações do clima, um facto que, diz, “deve merecer atenção especial do poder político”. GR: As alterações climáticas são uma preocupação para os produtores de maçã? HM: Sim, preocupa a produção e devia preocupar o poder político, porque continuamos a assistir a alterações do clima o que, a continuar, pode descambar para o pior. De uma forma muito simples, diria que não temos invernos como tínhamos há 10 anos e não temos primaveras bem definidas. O Verão sempre foi quente e seco, mas está a agravar-se. Hoje há uma confusão no clima que assusta. Se a vinha ainda aguenta, há alterações nos vegetais e a saúde humana sofre com isso. Os produtores de maçã estão atentos a estas alterações, mas têm que ter condições para aliviar esta situação. Temos que começar a pensar seriamente em variedades e clones que se adaptem

a estas alterações do clima. Por outro lado, o poder político tem que pensar seriamente nisto, a começar pela carência de água que temos nesta região, que está a agravar-se, não só porque as áreas de produção aumentaram, mas também por causa deste facto climatérico, que este ano estamos a sentir com maior intensidade. GR: A questão da água não é de agora? HM: Sim, e por isso é necessário pensar neste assunto de uma forma séria, porque a falta de água nesta região pode vir a ter graves consequências para os agricultores e para a produção frutícola. É bom lembrar que esta região tem 52% da produção nacional de maçã e em 2017 esta percentagem aumentará alguns pontos, tendo em conta a área plantada que vai entrar em produção. Ora, se a área é maior, se os verões estão cada vez mais secos e se já não temos água, não posso fazer outra coisa senão pedir água ao Ministério da Agricultura, que tem que olhar para esta região neste ponto de vista. Há um projecto para a construção de duas barragens em Moimenta da Beira, não sei como é que está, mas temos que sublinhar esta reivindicação que fazemos. GR: Há uma outra questão relacionada, que tem a ver com o seguro de colheitas? HM: Exactamente. Há necessidade de adaptar a legislação à nova realidade e aqui, dá-me a impressão, anda muita gente distraída. As alterações climáticas são adversas, estão em alteração

e, naturalmente, é necessário adaptar a legislação do seguro de colheita à nova realidade. GR: A quebra de produção resulta, em grande parte, das alterações do clima verificadas este ano? HM: Calculamos que na região há uma quebra de produção de cerca de 35% provocada pelas alterações climáticas. A floração com chuva tem dois problemas, a primeira é que a fecundação não se faz capazmente e depois é uma fase terrível para a fitossanidade dos pomares. O pedrado é uma doença terrível para as macieiras e nesta região, com este tempo, agravou ainda mais as quebras. Mas no final da campanha é que se farão as contas. Porém, os prejuízos são grandes e 35% significam cerca de 45 mil toneladas de maçã, que se reflectem no rendimento dos nossos agricultores.

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O futuro da produção de maçã no Douro Sul e norte da Beira poderá vir a passar por “alguns anos difíceis”, antevê António Vicente, sócio das Frutas Cruzeiro. O fruticultor aponta a falta de capacidade de frio da região para absorver o aumento da produção no próximo ano como um dos factores que pode vir a causar grande preocupação no sector. António Vicente defende a organização da produção e a concentração da oferta como uma das saídas possíveis, nomeadamente apostando na exportação para minimizar os efeitos do aumento da produção e da falta de frio na região para manter a fruta.

Gazeta Rural (GR): Este é um ano mau de produção de maçã? António Vicente (AV): Sou produtor de maçã há alguns anos e tenho uma quebra de produção superior a 50%, mas a média geral deve rondar os 40%. Foi um ano péssimo, com um inverno muito chuvoso e com um mau vingamento dos frutos. A juntar a isso, mais tarde, fomos ‘contemplados’ com forte granizo, o que complicou ainda mais a situação. GR: O que pode significar esta quebra de produção para a região? AV: Ainda é muito cedo para prever o que pode vir a acontecer. Nesta altura os preços estão um pouco acima da média, mas pode ser que os preços venham a compensar a quebra de produção, pois a qualidade da maçã é boa. GR: No próximo ano, com os novos pomares a produzir, é possível antever o que pode vir a acontecer? AV: É um pouco difícil. As novas plan14

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Sustenta António Vicente, sócio das Frutas Cruzeiro

Fruticultura da região poderá vir a ter “alguns anos difíceis” tações têm aumentado de forma significativa. Nas Frutas Cruzeiro aumentámos a área de produção em quase 100 hectares. Mas, em tudo isto, falta organização das entidades ligadas ao sector na região. Deveríamos agrupar-nos e pensar mais no mercado externo, porque poderemos vir a sofrer algumas consequências, em virtude da capacidade de frio não acompanhar o aumento da produção. Actualmente a capacidade de frio chega, mas para a próxima campanha garantidamente será insuficiente. GR: Já algum tempo que se fala da necessidade das organizações da região, ligadas ao sector, concentrarem a produção. O futuro tem mesmo que passar por aí? AV: Julgo que sim. Já andamos há alguns anos a falar nisso, mas um dos nossos grandes defeitos, enquanto portugueses, é olharmos muito para o nosso umbigo. Neste campo, penso que temos que seguir esse caminho, sob pena de ficarmos para trás.

GR: Uma região que produz mais de 50% da maçã nacional estar tão dividida reflecte-se nos produtores? AV: Bastante. Estamos numa região com excelentes condições para a produção de maçã e há incentivos para que os jovens se dediquem a esta actividade. Outros já arriscaram, tendo em conta que, foi dito, o PDR 2020 iria ser lançado em tempo recorde, o que não é verdade. Conheço um caso, por exemplo, de um jovem agricultor que já instalou um pomar com 10 hectares, com as melhores variedades e com as condições excelentes de produção, que apresentou o projecto em Agosto de 2015 e até agora ainda não obteve resposta. Estas situações, entre outras, podem começar a pesar na região. Há o atraso no PDR 2020, há produtores com compromissos bancários, não haverá capacidade de recolha por parte dos operadores por falta de frio e, tudo isto junto, antevejo que poderemos vir a ter alguns anos difíceis.


Há grande preocupação nos responsáveis da Cooperativa dos Fruticultores da Beira Alta (CFBA), sedeada em Vilela, no concelho de Viseu. A Cooperativa, que o ano passado recebeu cerca de 2000 toneladas de maçã, não chegará este ano às 200, tornando difíceis os próximos tempos. O clima adverso que se fez sentir ao longo da campanha é o principal responsável pela situação, a que se junta a fraca qualidade da maçã recebida, num prejuízo global que deverá andar perto de meio milhão de euros. Belarmino Alves, presidente da CFBA, mostra-se preocupado com os próximos tempos, que serão de dificuldades. Esta situação “tem implicações graves para a Cooperativa”, referiu à Gazeta Rural.

Comparativamente com a produção de 2015

Cooperativa dos Fruticultores da Beira Alta deverá receber menos 90% de maçã Gazeta Rural (GR): Não há maçã na região de Viseu? Belarmino Alves (BA): Há muito pouca maçã. Na Cooperativa dos Fruticultores da Beira Alta, na melhor das hipóteses, deveremos chegar às 200 toneladas, quando o ano passado recebemos cerca de 2000. A quebra de produção ronda os 90% e a qualidade é fraca devido aos muitos problemas que afectaram os pomares, como granizo e outros. Há muita maçã com carepa e, como disse, de fraca qualidade.

GR: As questões climáticas explicam tudo? BA: Sim, directa e indirectamente. Houve uma perda grande logo na altura da floração, mas também, depois, o tempo foi muito agreste. GR: Que implicações isso irá ter na Cooperativa e para os cooperantes? BA: Tem implicações graves para a Cooperativa, pois não sei como se vai manter a estrutura actual, nomeada-

mente com os encargos com pessoal. Não sei como a Cooperativa vai ultrapassar este problema. Os prejuízos globais deverão rondar perto de meio milhão de euros. GR: Esta situação vai afectar a produção do próximo ano? BA: Não. As árvores vão estrar em repouso durante o Inverno e, se tudo correr normalmente, se não tivermos as situações de clima como este ano, acredito que será um ano normal.

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Diz José Osório, presidente da Associação de Fruticultores de Armamar

“O aumento do preço da maçã não compensa os prejuízos” O concelho de Armamar vai ter no próximo ano uma nova estrutura com capacidade de frio para armazenar cerca de quatro mil toneladas, num ano em que a quebra de produção no concelho ronda os 35%. Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Associação de Fruticultores de Armamar (AFA) diz que os efeitos destas quebras já se faz sentir com o aumento do preço da maçã no mercado, que, contudo, “não compensará os prejuízos”. José Osório diz que a concentração da produção será um passo dar, embora reconheça que “não é muito fácil”.

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Gazeta Rural (GR): Este é um ano atípico para a produção de maçã? José Osório (JO): Sim, um ano com quebras de produção significativas, sendo que a maçã é de excelente qualidade. Há agricultores com perdas de 70%, enquanto outros têm menos de 10%, sendo que a média andará entre os 30 e 35%. GR: Como já ouvimos de outros produtores, esta quebra tem a ver com o clima adverso que tivemos este ano? JO: Todos damos conta que as alterações climáticas são um problema e que afectaram não só a maçã como outras produções. Temos um verão que vai de Junho e Novembro. Além disso, a geada também afectou muitos pomares em plena floração, bem como as chuvas de Abril, que prejudicaram os pomares. GR: Que efeito tem esta quebra na economia desta região? JO: Vai sentir-se mais no próximo ano, apesar de verificarmos que os preços subiram. Porém, muitos agricultores não

vão realizar o dinheiro que desejariam se os pomares tivessem a produção normal. É que o aumento do preço da maçã não compensa os prejuízos, contudo já é um facto positivo. A nossa maçã está a ser reconhecida pela sua qualidade não só a nível nacional como internacional, havendo empresas que vêm de outras regiões comprá-la, o que é um sinal positivo, demonstrando também que já muita coisa tem sido feita ao nível da promoção deste nosso produto. GR: A Feira da Maçã, que o Município e a AFA promovem, é um bom meio promocional? JO: Serve, naturalmente, para dar a conhecer melhor o nosso concelho e o que nele se produz, mas também outras actividades, não só a fruticultura, mas também o vinho, a castanha, o azeite e o artesanato. Queremos mostrar um concelho exemplar na produção de maçã, onde não há terrenos incultos. GR: Capacidade de frio é uma


prioridade para a região? JO: A Cooperativa Agrícola do Concelho de Armamar, a que também estou ligado, vai arrancar com um projecto cuja maquete será apresentada na Feira da Maçã. Estamos a tratar do projecto de viabilidade económica, pois a Câmara já aprovou o projecto para a sua construção. Estou convicto de que no próximo ano será uma realidade. Terá uma capacidade de armazenamento de cerca de quatro mil toneladas, nesta primeira fase. Na segunda, reforçaremos a capacidade de frio, mas também um projecto inovador na transformação da maçã. GR: Uma questão muito falada nos últimos anos é a união do sector na região. Como olha para esse projecto? JO: Neste momento queremos arrancar com a Cooperativa, que será o ponto

final desta direcção. Depois pensamos deixar isto aos mais novos e a quem queira dar uma nova dinâmica à Associação e a região. Nessa altura poderemos ser o elo de ligação entre as diferentes estruturas e fomentar a ideia para que a concentração da produção seja uma realidade. Penso, contudo, que não é muito fácil, mas com os anos a passar e verificando-se que isso é uma mais-valia para a região será deveras importante para que, cada vez mais, o nosso produto de excelência seja reconhecido e traga mais-valias económicas para o concelho e para a região. GR: Como está a fruticultura na região? JO: Está bem e recomenda-se. Há mais de um século fomos os pioneiros e outros concelhos têm-nos imitado, e ainda bem, pois todos somos poucos para termos uma região impulsionadora da fruticultura e altamente produtiva.

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A quebra de produção na área de actuação da Cooperativa Agrícola de Mangualde deve chegar perto dos 60%. A revelação foi feita à Gazeta Rural por Nuno Bico Matos, presidente daquela Cooperativa, apontando o ano atípico como uma das razões para a baixa de produção. O presidente da Cooperativa, à Gazeta Rural, diz que nos próximos anos haverá mais 30 ou 40 hectares de maçã, que não compensarão aqueles que deixaram de produzir. Bico Matos diz que Cooperativa aposta nos meses de Verão nos pequenos frutos, tendo este ano exportado algum mirtilo. A maçã que a cooperativa receber deve ficar toda no mercado nacional. Gazeta Rural (GR): Há uma grande quebra na produção de Maçã na região? Nuno Bico Matos (BM): Na área da Cooperativa Agrícola de Mangualde temos uma quebra que deve rondar os 60%, o que significa que receberemos menos de metade das 3000 toneladas de maçã de 2015. As razões têm a ver com o ano atípico que tivemos. GR: Que implicação tem essa redução da fruta recebida, para além do aumento do preço da maçã? NBM: Não sei se aumentou o preço no consumidor, mas as primeiras maçãs que chegaram ao mercado foi a um bom preço, mas a verdade é que vemos a banana abaixo de um euro, o melão e melancia a 30 ou 40 cêntimos, a manga a pouco mais de um euro e a maçã mais cara que qualquer uma dessas frutas. As pessoas quando têm dinheiro compram maçã, quando não têm há outras frutas à disposição. Neste momento, penso que os preços tendem a normalizar e não irão para os níveis do ano passado, porque no país temos menos maçã, mas não demorará muito que a grande distribuição não comece a importar fruta, porque não há quebra de produção de maçã na Europa. Se virmos as estatísticas, a produção deste ano é equivalente à de 2015. Es18

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Diz o presidente da Cooperativa Agrícola de Mangualde

“Quebra de produção na região deve chegar aos 60%” panha, França e Itália não têm quebras, só a Polónia aparece com mais produção. Isto quer dizer que em breve vamos comer maçãs dos outros. GR: No norte do distrito há falta de frio. Como está a Cooperativa de Mangualde? NBM: Temos excesso de capacidade de frio. Na região os pomares estão a ser abandonados. Há, contudo, novos projectos na área da fruticultura, em vez dos pequenos frutos, mas nota-se o abandono da actividade. Nos próximos anos teremos na região mais 30 a 40 hectares de novos pomares, que virão minimizar o abandono por parte de alguns agricultores. Este abandono da terra não é só na área da fruta. GR: Quer dizer que cada vez há menos agricultores? NBM: Os agricultores, de uma forma geral, representam poucos votos e ao nível da criação de emprego não geram assim tanto. Ao longo de muitos anos as políticas foram feitas com o esquecimento da agricultura, embora nos últimos anos tivesse havido um impulso ao sector. É verdade que apareceram projectos novos, mas ao mesmo tempo surgem medidas que descredibilizam a agricul-

tura. Sabe-se que este é um sector envelhecido e quando pedem a um agricultor de 60 ou 70 anos para se colectar este fica amedrontado e desiste. A verdade é que há explorações abandonadas e há também novos agricultores que aproveitaram algumas dessas áreas para fazerem culturas alternativas, como os pequenos frutos. Mas vamos esperar para ver. A cultura dos pequenos frutos é como qualquer outro projecto agrícola. Alguns já foram abandonados, outros ainda se mantêm e quem ficar vai ser competitivo e profissional. Na Cooperativa Agrícola de Mangualde estamos a apostar nessa área. Acabamos de comercializar a maçã em Maio e no período de Junho a Setembro, que é quando voltamos a ter maçã, viramo-nos para os pequenos frutos, sendo uma maneira de manter os postos de trabalho e chamar mais gente para o sector. Temos os canais de distribuição montados para a maçã e, naquele período oferecemos aos nossos clientes outro tipo de fruta como o mirtilo. Este ano já fizemos alguma exportação de mirtilo, mas não sabemos que se iremos fazer de maçã desta colheita, como fizemos no ano anterior. A maçã que recebemos é de boa qualidade, embora o calibre não seja muito grande, e deve ser absorvida pelo mercado nacional.


Maior feira empresarial dos Açores

Chef Justin Jennings é a estrela do Wine in Azores 2016

O Chef australiano Justin Jennings é uma das estrelas da oitava edição do “Wine in Azores”, um dos maiores festivais de vinhos a nível nacional e que decorre entre 21 e 23 de Outubro. Justin Jennings tem 34 anos e uma experiência superior a 15 anos. Do seu curriculum registem-se as suas passagens como Chef Executivo em vários espaços internacionais de referência, nos quais destacamos a cadeia hoteleira “Rydges Hotel” e o “The Famous Whalebone Wharf” espaço de restauração oito vezes galardoado como o melhor restaurante de peixes e mariscos. Justin regressou recentemente a Portugal depois de concluir um contrato como chef consultor em Hong Kong e actualmente lidera o projecto “Private Chef by Justin Jennings” de catering exclusivo ao domicílio para particulares e empresas incluindo catering náutico. Neste momento, está a ultimar a abertura do seu primeiro restaurante em Lisboa, denominado “DownUnder by Justin Jennings”, um restaurante internacional de conceito gastronómico inspirado em

produtos locais australianos, portugueses e de outros países. O chef internacional convidado pela organização do Wine in Azores 2016 é uma das principais atracções da área da gastronomia deste certame, em conjunto com os chefes nacionais já confirmados, como Henrique Sá Pessoa, António Loureiro, Hélio Loureiro entre outros. Por fim, o chef australiano está a desenvolver iniciativas gastronómicas com a NNA Consultoria para a Embaixada do seu país em Portugal com o objectivo de promover a cultura, turismo e gastronomia da Austrália. O Parque de Exposições da Associação de Agricultores de São Miguel, na Ribeira Grande, será o palco do Wine in Azores, uma feira de promoção de vinhos onde os melhores produtores vêm dar os seus vinhos à prova. Ano após ano, este festival tem sido um sucesso, sendo que só o ano passado recebeu mais de 13 mil visitantes e mais de cem expositores participaram no evento. Para a presente edição, contabilizam-se cerca de 170 empresas em 220 stands e uma expectativa de visitantes superiores a 20.000. O Wine in Azores é baseado no conceito de “Business & Pleasure”, mostran-

do que a organização se preocupa tanto com a parte promocional e comercial dos produtos, como também com o bem-estar dos visitantes. No primeiro caso, a área coberta de 4.000 metros quadrados é completada por uma zona exterior com empresas de diversos sectores, interessada em comercializar e fazer negócio em paralelo com a gastronomia. O Wine in Azores é considerado como a grande porta para o mundo dos negócios para os Açores. O evento arranca no dia 20 com um jantar de inauguração no Pavilhão de Expositores de São Miguel para a recepção dos expositores e jornalistas. No dia de inauguração do evento ao público, na sexta-feira, dia 21, o pavilhão abre às 15,30 horas e as provas de vinho começam às 16 e terminam às 22 horas. Nos dias 22 e 23, as provas de vinho começam uma hora mais cedo e terminam às 21 horas. No espaço da feira, vão ter lugar ainda espectáculos de cozinha e shows nas Tascas Gourmet, onde talentosos chefes irão confeccionar deliciosos pratos, sobremesas e cocktails, que poderão ser saboreados pelos visitantes. Decorrerão ainda provas de destilados, cocktails, gin tastings e provas de azeites. Estes espaços da feira estarão abertos mesmo após terminarem as provas de vinhos, sendo que o evento recebe os visitantes até às 24 horas, não existindo hora definida de encerramento do evento. www.gazetarural.com

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Integrado no XXXVI Festival Nacional de Gastronomia

AMPV organiza III Salão Nacional de Vinhos em Santarém Inserido no XXXVI Festival Nacional de Gastronomia de Santarém, a Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) promove o III Salão Nacional de Vinhos, que decorrerá de 21 de Outubro a 1 de Novembro. Esta edição irá apresentar-se num espaço mais privilegiado da Casa do Campino, no pavilhão entre as Cavalariças, onde estão instaladas as tasquinhas. Este evento pretende ser uma montra dos melhores vinhos nacionais, onde produtores das diferentes regiões vitivinícolas dão a conhecer e a provar os seus vinhos. O objectivo da AMPV é proporcionar aos visitantes, durante todos os dias do certame, a oportunidade de provar vinhos de cada uma das regiões vitivinícolas, trazidos até ao Salão pelos produtores dos municípios associados da AMPV. As provas comentadas voltam a ser um dos pontos altos do Salão Nacional de Vinhos, bem como a entrega de prémios do Concurso Enológico La Selezione del Sindaco 2016.

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Alfândega do Porto será o palco do evento, a 19 de Novembro

Wine Fest by Wine Club pela primeira vez no norte do país Organizado pelo Wine Club Portugal, o evento vínico Wine Fest 2016 Porto vai realizar-se pela primeira vez na cidade invicta, tendo o rio Douro como cenário de fundo. Será a 19 de Novembro, das 15 às 20 horas, no Salão Nobre do edifício da Alfândega do Porto. Serão 30 produtores, criteriosamente seleccionados, representando todas as regiões produtoras de vinhos em Portugal. Estarão em prova mais de cem vinhos, de todos os tipos, entre tranquilos, espumantes, fortificados, novas colheitas e vinhos já de reconhecido prestígio, edições especiais e até algumas raridades. A esta alargada oferta disponível de vinhos para prova, junta-se ao programa a realização de três ‘Provas Especiais’, vinhos excepcionais que vão

elevar os sentidos e surpreender todos quantos possam participar. Cada uma destas provas será um momento especial e estará limitada a um máximo de 25 participantes. Aberto ao público em geral, o Wine

Fest 2016 Porto pretende aproximar o vinho aos consumidores, promovendo o contacto directo com os produtores e enólogos, proporcionando uma experiência sensorial abrangente e transversal a todos os estilos e gostos.

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Vai decorrer de 5 a 13 de Novembro

Festa da Vinha e da Vinho em Borba comemora 25 anos A XXV Festa da Vinha e do Vinho, em Borba, vai decorrer de 05 a 13 de Novembro com a participação de dezenas de expositores, com destaque para os produtores do Alentejo. A edição deste ano do certame dedicado ao vinho e à vinha, que recebe todos os anos milhares de visitantes, decorre no pavilhão de eventos da cidade de Borba, no distrito de Évora, e vai promover, sobretudo, os vinhos do Alentejo, com a participação de vários produtores que apresentam as suas marcas para degustação e venda. A festa inclui um conjunto de eventos temáticos dedicados aos vinhos e enoturismo, gastronomia, produtos e doçaria regionais, artesanato e equipamentos e serviços

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vitivinícolas. O certame, que serve de apresentação do vinho novo dos produtores locais pelo São Martinho, pretende ainda promover os produtos regionais, dando especial realce à produção vinícola regional e aos queijos, enchidos, pão, azeite, mel, frutos secos e doçaria regional. O artesanato conta com expositores oriundos de várias localidades do país, nas mais diversas expressões, como o barro, tapeçaria, madeira e cortiça. O presidente da Câmara de Borba disse que o certame pretende “divulgar os bons vinhos de Borba e de outras zonas do Alentejo”. Realçando que o município vai fazer “um esforço para comemorar de forma condigna os 25 anos da festa”,

António Anselmo referiu que na edição deste ano a entrada é gratuita no certame e em todos os espectáculos. Com palco numa das mais importantes regiões vitivinícolas do Alentejo, o certame está a cargo do município, Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA), Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo. O programa inclui um circuito das tascas no dia inaugural e, ao longo dos nove dias, engloba provas de vinhos, animação musical, conferências e actividades culturais e desportivas. Quanto ao cartaz musical, estão previstas actuações de Virgem Suta, The Lucky Duckies, Átoa, Tais Quais e José Malhoa.


De 23 a 28 de Outubro, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul

Brasil recebe Congresso Mundial da Vinha e do Vinho O Brasil vai receber, pela primeira vez, o Congresso Mundial da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), de 23 a 28 de Outubro, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. A coordenação do evento será do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com participação da Embrapa Uva e Vinho; Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), do governo do Rio Grande do Sul e da prefeitura do município. Segundo Blairo Maggi, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é uma honra para o Brasil sediar, pela primeira vez, o Congresso da OIV. “Além da programação da área científica internacional em vitivinicultura, o evento dará aos participantes oportunida-

de de conhecer a evolução dos nossos produtos, nossas tradições e a beleza do nosso país”. A edição de 2014 ocorreu na Argentina, e a de 2015 em Mainz, na Alemanha. No evento, que chega a trigésima nona edição, também será realizada a décima quarta Assembleia-Geral da OIV. O tema central do encontro será a “Vitivinicultura: dos avanços tecnológicos aos desafios de mercado”. Entre os assuntos que deverão ser debatidos, estão o desenvolvimento sustentável e as mudanças climáticas; a cultura do vinho; consumo saudável e responsável; recursos genéticos; avanços nas tecnologias vinícolas e produção de uva de mesa e sumo; e desafios do mercado.

O objectivo do congresso é definir as directrizes para o sector, bem como apontar recomendações para boas práticas de produção de uva e vinho e condições adequadas para a conservação da bebida. Durante a jornada, estudantes, professores e pesquisadores dedicados à temática da vitivinicultura podem dar visibilidade aos seus trabalhos. A OIV é um organismo intergovernamental de carácter técnico-científico, com competência reconhecida no campo da videira, vinho, bebidas à base de vinho, uvas de mesa, uvas passas e outros produtos derivados da uva e do vinho. Actualmente, reúne 39 países, entre eles o Brasil e Portugal. A organização visa a ser referência técnica e científica mundial para a vitivinicultura. www.gazetarural.com

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A qualidade dos néctares da região será “boa”

Quebra de produção de Vinho no Alentejo ronda os 20% A produção de vinho no Alentejo deverá cair este ano cerca de 20 por cento, como consequência do calor intenso e prolongado a par da pouca chuva, mas a qualidade dos néctares da região será “boa”. “Em termos globais, esperamos um ano de produção com uma qualidade boa, mas vai haver menos vinho da região no mercado”, afirmou o presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), Francisco Mateus. Segundo o responsável, “um decréscimo de cerca de 20 por cento” na produção de vinho no Alentejo “é praticamente um dado adquirido” por haver menos uva, devido às condições meteorológicas que se fizeram sentir na região ao longo deste ano. “Houve alturas em que a chuva caiu intensamente num curto espaço de tempo e, depois, tivemos muito tempo sem chuva e o verão foi extremamente quente, com temperaturas muito elevadas e durante muitos dias seguidos”, observou. Francisco Mateus referiu que, a juntar 24

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à menor quantidade de uva, também o rendimento na transformação do fruto em vinho vai ser “inferior àquilo que é habitual”, porque “sem água a uva não cresce” o suficiente. Com a previsível queda na produção em relação ao ano passado, quando foram produzidos 115 milhões de litros de vinho, o presidente da CVRA aconselhou os produtores a fazerem “uma gestão das reservas mais criteriosa ao longo de 2017”. A comissão vitivinícola, adiantou o responsável, distribuiu este ano, pela primeira vez, um inquérito pelos produtores para obter informações que permitam ter “uma visão mais concreta” do sector na região e “antecipar o futuro”. «Era uma ideia que já estava interiorizada, mas com esta perspectiva de redução da produção torna-se ainda mais premente fazê-lo, porque estamos numa região que tem muita importância no mercado», acrescentou. O Alentejo é a região líder no mercado nacional, quer na quota de mercado

em volume (47%), quer em valor (46%), de acordo com a comissão vitivinícola, que cita os dados Nielsen na categoria de vinhos engarrafados de qualidade com classificação DOC (Denominação de Origem Controlada) e IG (Indicação Geográfica). Os vinhos do Alentejo juntam 1.900 produtores de uvas e 235 empresas que comercializam vinhos com a garantia de origem e qualidade atestada pela CVRA, cuja sede está localizada em Évora. A área de vinha aprovada para produção de vinhos DOC Alentejo e Regional Alentejano totaliza 22.315 hectares. A área de vinhos DOC Alentejo é de 15.445 hectares. Com oito sub-regiões vitivinícolas, nomeadamente, Portalegre, Borba, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vidigueira, Moura, Évora e Granja/Amareleja), o Alentejo exporta os seus vinhos para todo o mundo, sendo Brasil, Estados Unidos, China, Angola e Suíça alguns dos principais mercados.


Segundo a Comissão Vitivinícola Regional

Beira Interior prevê quebra de 15% na produção de vinho A produção de vinho na Beira Interior deve registar este ano um decréscimo face a 2015, mas a qualidade está salvaguardada, anunciou a Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), com sede na Guarda. “Prevemos uma quebra de 15%, mais ou menos, relativamente ao ano anterior, mas em termos de qualidade penso que estará salvaguardada”, disse o técnico da CVRBI Rodolfo Queirós. Segundo o responsável, em 2015 a produção de vinho tinto (equivalente a 65% da produção global) e branco (que corresponde a 35%) foi de 22,5 milhões de litros e, este ano, as previsões apontam para menos cerca de três milhões. “Temos uma produção que em termos de necessidades de vinhos certificados satisfaz-nos mais do que suficiente. Em termos de qualidade, portanto, não direi que será um ano excepcional, mas

é um ano bastante bom”, disse. Rodolfo Queirós referiu que as vindimas decorreram e o estado do tempo “foi de feição”, o que garante qualidade aos vinhos produzidos na Beira Interior. O técnico da CVRBI justificou a esperada quebra na produção de vinho “essencialmente porque foi um ano irregular” em termos de chuva, “houve alguma chuva na altura da floração” e também devido ao aparecimento da doença do míldio, que está associada a climas húmidos. A CVRBI abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, nos distritos de Guarda e de Castelo Branco, onde existem 54 produtores de vinho, sendo cinco adegas cooperativas e 49 produtores particulares. “Tem havido gradualmente o aumento do número de produtores particulares, é normal que assim seja, porque a

região começa a ter outra dinâmica, começa a ser mais conhecida, e isso é importante”, observou. O responsável indicou que nos últimos anos a comercialização de vinho produzido na Beira Interior tem aumentado, devido às acções de promoção realizadas no país e no estrangeiro. Até final do ano estão planeadas acções de divulgação nos Estados Unidos da América (finais de Outubro), em Lisboa, (‘Encontro com o Vinho’, dias 14 e 15 de Novembro), em Pinhel - Guarda (18 a 20 de Novembro, com a realização da segunda edição do certame Beira Interior - Vinhos e Sabores) e na Suíça (finais de Novembro). A CVRBI participa nas iniciativas de promoção, tanto no país como no estrangeiro, para conseguir “novos mercados e aumentar as exportações”, disse Rodolfo Queirós.

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Durante o ‘Encontro com o Vinho e Sabores’

‘Encontro Baga tinto 2011’ foi o grande vencedor do Concurso os ‘Melhores Vinhos e Espumantes 2016’ Cerca de 7.500 visitantes passaram pela quarta edição do ‘Encontro com o Vinho e Sabores Bairrada’ (EVSB), que decorreu em Anadia. Um número que vem confirmar o sucesso deste evento, cuja primeira edição aconteceu em 2013, com 4.500 visitantes, e que surgiu de uma vontade conjunta de promover o que de melhor a região tem, capitalizando para reafirmar a peculiar identidade da Bairrada. Mais do que medi-lo em quantidade de visitantes, importa destacar o entusiasmo dos presentes a cada prova de vinhos, repletos de carácter e sedução, e degustação de sabores, deliciosos e memoráveis. Entre as actividades que deram corpo à edição de 2016, destaca-se o ‘Concurso’ que consagrou os melhores ‘Vinhos e Espumantes Bairrada’. Entre os cerca de 75 néctares provados por um experiente painel de jurados, houve um que brilhou mais, ao arrecadar o único galardão de “Grande Ouro”. Da autoria do conhecido e conceituado enólogo 26

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Osvaldo Amado, o eleito foi o ‘Encontro Baga tinto 2011’, do produtor Quinta do Encontro – Global Wines. De destacar o facto de ser um monocasta de Baga, a casta-rainha da região, o que vem reforçar ainda mais a importância da aposta nesta variedade de uva. Composto por cinco categorias, o ‘Concurso de Vinhos e Espumantes Bairrada 2016’ premiou ainda 22 néctares, 16 com “Ouro” e seis com “Prata”. Foram seis os tintos que alcançaram “Ouro”: ‘2221 Terroir Cantanhede 2011’, ‘Aliança Baga 2009’, ‘Porta dos Templários 2014’, ‘Quinta da Lagoa Velha Premium 2015’, ‘Tagarela 2015’ e ‘Vale da Brenha Baga e Bastardo Reserva 2013’. A colheita de 2012 deste último vinho alcançou prata, a par com o ‘Kompassus Reserva 2013’ e o ‘São Domingos Grande Escolha 2012’. Nos brancos apenas houve ouro e foram dois os premiados, o ‘Marquês de Marialva Arinto Reserva 2015’ e o ‘Volúpia 2015’, respectivamente da Adega

Cooperativa de Cantanhede e da Caves do Solar de São Domingos. No que toca aos espumantes, os mesmos foram avaliados em três categorias: com estágio até 24 meses; com estágio igual ou superior a 24 meses; e brancos feitos a partir da casta tinta Baga. Na categoria de “Espumantes com estágio até 24 meses”, o ‘M&M Gold Edition branco’, da Cave Central da Bairrada, arrecadou “Ouro”, tendo a “Prata” sido entregue aos brancos ‘Argau branco’ e ao ‘Marquês de Marialva Bical e Arinto branco 2014’. Tal como nos tintos, também foram seis os “Espumantes com estágio igual ou superior a 24 meses” premiados com “Outo”: ‘Encontro Special Cuvée branco 2011’, ‘Lopo de Freitas branco 2011’, ‘Milheiro Selas branco 2012’, ‘Quinta dos Abibes Sublime branco 2012’ (o de 2010 arrecadou, nesta mesa categoria, “Prata”), ‘Rama Blanc de Blanc Special Cuvée branco 2012’ e ‘São Domingos Velha Reserva branco 2011’.


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Para responder à falta de matéria-prima

Corticeira Amorim avança com 500 hectares de montado de regadio este ano A Corticeira Amorim vai plantar 500 hectares de montado de regadio este ano, em parceria com dez produtores florestais alentejanos, um projecto que o presidente executivo do grupo espera replicar a curto prazo para responder à falta de matéria-prima. Durante uma visita à Herdade do Conqueiro, em Avis, onde o proprietário, Francisco de Almeida Garrett, plantou uma área experimental de sobreiros irrigados há 15 anos, António Rios Amorim afirmou que o regadio é uma prioridade para a empresa, que está a trabalhar com investigadores da Universidade de Évora para aprofundar o tema. O responsável da Corticeira Amorim estima que sejam necessários mais 50 mil hectares de montado para conseguir exportar os mil milhões de euros de cortiça que prevê atingir no próximo ano, mas admite que “a forma tradicional não é suficientemente motivadora” atendendo ao longo período de retorno. “É fácil de dizer, difícil de fazer”, sublinhou, destacando que a instalação desta área supõe um investimento de 125 milhões de euros. Para manter a fasquia das exportações nos mil milhões de euros são necessárias 200 mil toneladas de matéria-prima, mas a produção de cortiça tem vindo a reduzir-se nos últimos 20 anos: actualmente, a indústria da cortiça já importa cerca de 66 mil toneladas de cortiça, sendo extraídas em Portugal aproximadamente 85 mil toneladas. O problema é que o montado tradicional demora cerca de 25 anos até ser possível fazer a primeira extracção de corti-

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ça, implicando um período de retorno do investimento demasiado longo para muitos produtores. A irrigação vai ajudar a encurtar o prazo, como comprova a exploração-piloto de sobreiros na Herdade da Conqueira, que foi plantada em 2002 e já vai na segunda extracção de cortiça. António Amorim adianta que o principal objectivo não é encurtar o ciclo produtivo do sobreiro, considerando que um período de nove anos “é competitivo”, e sim reduzir o ciclo inicial, dos atuais 25 anos para oito a dez anos, na primeira extracção cuja cortiça é considerada de pior qualidade. A plantação dos 500 hectares de montado de regadio, a partir de Novembro, é o primeiro passo e o presidente executivo da corticeira espera despertar assim o interesse em mais produtores. “Não estamos a fazer um exercício teórico, tem evidência prática”, afirmou, apontando os dois hectares experimentais da Herdade do Conqueiro. O responsável da Corticeira Amorim defende também mais apoios para a instalação de montado de regadio. Plantar um hectare de montado de regadio custa cerca de 2.500 euros: mil euros destinados à instalação florestal – que são subsidiados – aos quais acrescem mais 1.500

euros para a irrigação. O ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Florestas, Capoulas Santos, que acompanhou a visita, assinalou que o financiamento “não é um problema”, mas “implica disponibilidade de água”. “Vejo mais dificuldade na disponibilidade de água para estes fins do que no apoio ao financiamento”, salientou o governante, lembrando que “normalmente, os perímetros de rega usam-se em culturas mais competitivas”, António Amorim considera, no entanto, que o montado “não compete com a agricultura, e sim com a floresta”, pelo que não põe em causa culturas de regadio mais competitivas, como o olival ou o milho. “São solos pobres, áreas marginais”, reforçou, acrescentando que quer “extrapolar a dinâmica” dos 500 hectares de montado de regadio que vão ser plantados a partir de Novembro no Alentejo e arranjar mais parceiros para o projecto a curto prazo.


Segundo uma investigação do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica

Cereja, hortelã e agrião têm potencial para travar multiplicação de cancro A cereja, o agrião, a hortelã e o poejo são alguns dos alimentos que têm na sua composição química compostos com potencial efeito anti-tumoral, segundo uma investigação do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET). Uma equipa de investigadores do iBET testou in vitro a bioactividade de vários alimentos e comprovou o seu potencial para travar a multiplicação de células humanas de cancro. Segundo os responsáveis, até ao momento, os extractos naturais testados e que apresentam concentrações elevadas dos compostos bioactivos derivam do refugo de cereja, das cascas de citrinos, de quatro ervas aromáticas e três vegetais crucíferos: alfazema, rosmaninho, hortelã e poejo, agrião, brócolos e lúcula. Alguns destes alimentos, como é o caso do refugo de cereja, são hoje desaproveitados apesar de terem extractos ricos em álcool perílico, que tem já reconhecida actividade anticancerígena. Os investigadores desenvolveram uma nova tecnologia de extracção limpa e

sustentável - tecnologia de extracção com solventes não tóxicos pressurizados - que lhes permitiu isolar com sucesso diversos extractos naturais. “Este é mais um passo para a futura disponibilidade de nutracêuticos e princípios activos naturais, reconhecidos pelos pares, pela regulamentação e pela indústria, e recomendados pelos clínicos como agentes que retardem o aparecimento da doença ou como coadjuvantes de métodos terapêuticos agressivos, permitindo a diminuição das doses terapêuticas ou a atenuação de efeitos secundários”, explica Teresa Serra, a investigadora que está a liderar este projecto. Além da importância clínica e humana, esta investigação poderá ter um impacto económico relevante junto da indústria agro-alimentar uma vez que envolve a valorização de desperdícios e excedentes provenientes das suas fábricas e produções, acrescenta Ana Matias, responsável do “Grupo de Nutracêuticos e Libertação Controlada” do iBET.

Assim que estiver concluída esta fase de testes laboratoriais, a equipa vai começar a parceria já estabelecida com o Instituto de Português de Oncologia IPOLFG, que permitirá estudar o efeito destes extractos naturais em várias linhas celulares correspondentes a diferentes vias de génese tumoral, assim como em células derivadas de pacientes. Na sequência deste projecto, está ainda prevista a realização de um estudo clínico para avaliar o seu efeito em doentes oncológicos com cancro colorretal, que actualmente é o terceiro cancro com maior incidência. Este projecto, que é apoiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), junta especialistas em Engenharia Química, Química Analítica, Biotecnologia e Oncobiologia. O iBET está actualmente a desenvolver 70 projectos de Investigação e Desenvolvimento (I&D), assegurados por cerca de 120 investigadores, engenheiros, técnicos e bolseiros.

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Anunciou o Ministério da Agricultura

Produtos de carne de porco já podem ser exportados para o Chile

Centenas de pessoas participaram na iniciativa

Festa tradicional do Ramo da Vindima realizou-se em Santar

Os produtos nacionais à base de carne de porco já podem ser exportados para o Chile, anunciou o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Florestas, em comunicado. O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, realça que a abertura do mercado chileno constitui mais uma alternativa para a produção nacional, lembrando que “a suinicultura nacional sofreu bastante com o embargo russo e também com a redução drástica das exportações para Angola e Venezuela, dois mercados igualmente importantes para a produção nacional”. Capoulas Santos adianta ainda que o Governo está a negociar a abertura de mais de duas dezenas de mercados às exportações nacionais, “pelo que há fortes estímulos para que os produtores nacionais prossigam também os seus esforços de internacionalização”. As empresas interessadas em exportar para o Chile devem registar-se na Base de Dados do Serviço Agrícola e Pecuário Chileno até ao dia 24 de Outubro, através de um formulário que será disponibilizado pelos serviços regionais da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária.

Centenas de pessoas participaram na Festa do Ramo da Vindima, uma das mais antigas tradições que assinala o fim da época das vindimas na Vila de Santar promovida pela Associação Cultural e Informativa (ACI) “Os Amigos de Santar”, em co-organização com a Câmara de Nelas e com a União de Juntas de Freguesia de Santar-Moreira. A tarde teve início o habitual cortejo, devidamente acompanhado pela Sociedade Musical 2 de Fevereiro – Banda de Santar e pelo GDCR “Os Santarenses”, com passagem na Casa de Santar, Quinta do Sobral e Paço dos Cunhas, local que acolheu o Concerto Musical com o artista João Gentil e Convidados, num espectacular concerto que juntou acordeão, bateria e voz de Joana Leal. Após a entrega dos Troféus “Ramo da Vindima 2016”, José Borges da Silva, presidente da Câmara Municipal de Nelas, felicitou os envolvidos na realização deste evento, nomeadamente a ACI “Os Amigos de Santar” por toda a dinâmica e esforço demonstrado ao longo destes anos em reactivar uma das mais marcantes tradições locais e organizar anualmente este evento, que homenageia os antepassados, a Vila Vinhateira de Santar, o Concelho e, claro, o Vinho do Dão e toda a Região.

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Iniciativa que juntou toda a fileira

Pontos de venda vão ter informação sobre benefícios do consumo de leite Os consumidores vão começar a receber nos pontos de venda informação sobre os benefícios do consumo de leite, quer através de imagens ou sons nas lojas, quer através dos ‘sites’ ou nos folhetos promocionais das marcas. A campanha de esclarecimento foi anunciada no Ministério da Agricultura, numa iniciativa que juntou toda a fileira do leite, desde os produtores até à distribuição, e os profissionais de saúde, representados na Direcção-Geral de Saúde e na Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN), que disponibiliza um livro electrónico sobre o leite no seu ‘site’ e que pode ser gratuitamente descarregado. “É a primeira vez que os parceiros se juntam e vêm ao ministério apresentar uma iniciativa tão importante para a

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saúde e economia agrícola”, disse o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, à margem da cerimónia, congratulando-se pelos “esforços conjuntos” para chamarem a atenção para as boas qualidades do leite. O governante disse que “nos últimos meses ou anos, o sector do leite “tem sido alvo de sucessivas campanhas de destruição da imagem”, o que tem consequências económicas e na “boa alimentação” dos consumidores. A directora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Ana Isabel Trigo Morais, explicou ainda que o objectivo da campanha é o de levar a mensagem do benefício do consumo de leite a todos os pontos de venda do país e “transformar” o comportamento do consumidor, ajudando a

fileira do leite. Helena Real, da Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN), defendeu que o leite é um alimento com muitas proteínas de alto valor biológico e vitaminas, sendo um alimento muito saudável, mas não indispensável. “Quando escolhemos um leite devemos olhar para o rótulo e ver as suas propriedades”, explicou, defendendo ainda a importância de saber ler se o leite é nacional, para preservar a economia nacional, e se é oriundo de uma produção sustentável, mais benéfico em termos ambientais. Quanto à existência de antibióticos no leite, diz que “é importante perceber que a legislação é cumprida e todo o leite comercializado passou por testes e análises que fazem com que o consumidor possa estar tranquilo”, afirmou Helena Real.


Luís Vieira visitou associações do sector

Governo defende aposta na floricultura e plantas ornamentais O secretário de Estado da Agricultura disse que é preciso apostar no sector da floricultura e plantas ornamentais, defendendo ser necessário que os produtores se organizem para ganharem escala nos mercados internacionais. Luís Vieira esteve no concelho do Montijo, onde visitou empresas do sector da floricultura e plantas ornamentais e realizou no final uma reunião com os empresários. “Esta zona trata-se de uma área com condições óptimas para a produção da floricultura e plantas ornamentais. Este é um sector importante da agricultura portuguesa, com um valor de produção de 450 milhões de euros por ano, que emprega quase quatro mil pessoas e exporta cerca de 125 milhões de euros”, disse em declarações o governante. Luís Vieira explicou que a visita às em-

presas do Montijo surgiu no seguimento de uma reunião com a associação de produtores do sector e teve como objectivo ajudar a resolver os problemas existentes. “É necessário que as organizações tenham massa crítica e ganhem presença nos mercados internacionais. Temos que concentrar oferta, ganhar escala, ter volume e as organizações de produtores, com uma gestão empresarial, são uma forma de potenciar estes produtos nos mercados internacionais”, explicou. O governante referiu que o uso dos fitofármacos e as questões da investigação estiveram também em debate nos encontros realizados, salientando os apoios já dados pelo Governo. “Informei também que existe o PDR 2020, direccionado para o investimento. Nos meses que este Governo

leva já foram aprovados sete mil projectos no valor de 745 milhões de euros, nos quais foram alocados apoios na ordem dos 420 milhões de euros. Quando tomamos posse não havia um único projecto contratado”, sublinhou, afirmando que ainda existem projectos em análise. A terminar, o secretário de Estado da Agricultura defendeu que Portugal deve aproveitar as suas características. “Já temos um valor significativo de exportação mas podemos crescer mais. Portugal tem vantagens e características diferentes, com muitas horas de sol. Temos 1400 hectares a trabalhar neste sector, com um terço em estufas. A Holanda trabalha em estufa forçada de Janeiro a Dezembro quase, e nós temos quase oito meses de sol”, concluiu. www.gazetarural.com

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Breves Breves Breves Breves Breves Breves Mercado de Vinhos no Campo Pequeno De 28 a 30 de Outubro o Campo Pequeno acolhe, uma vez mais, o Mercado de Vinhos, um evento de referência no panorama vitivinícola nacional e que reúne mais de 100 produtores portugueses com o objectivo de divulgar produtos nacionais exclusivos e de alta qualidade a preços competitivos. Este evento pretende dar visibilidade aos pequenos produtores num encontro de novas descobertas e de autêntica cultura do vinho. Municípios de S. Pedro do Sul e de Oliveira de Frades projectam passadiços no rio Teixeira Os municípios de S. Pedro do Sul e de Oliveira de Frades, em parceria com as Juntas de Freguesia de Manhouce e de S. João da Serra, estão a iniciar os estudos para a construção de um passadiço nas margens do Rio Teixeira. O objectivo é aproveitar a paisagem natural e única desta zona, com cascatas de águas límpidas e o verde da natureza, proporcionando um passeio de 8,4 km desde a aldeia de Manhouce, em S. Pedro do Sul, até ao Açude da Carriça, em Oliveira de Frades. As autarquias vão agora efectuar o levantamento topográfico do percurso para a elaboração do projecto, ficando desde já assumido o compromisso de incluir verbas nos respectivos orçamentos municipais do próximo ano, para que os Passadiços do Rio Teixeira possam vir a ser uma realidade. Fórum Turismo “Gastronomia e Vinhos” em Palmela Estão abertas as inscrições para o Palmela – Fórum Turismo “Gastronomia e Vinhos”, uma iniciativa da Câmara Municipal, com frequência gratuita, que decorrerá no dia 10 de Novembro, no Cine-teatro S. João, em Palmela. A Gastronomia e os Vinhos como factores de atracção turística e a promoção e valorização do Enoturismo em Portugal e no estrangeiro são os dois painéis orientadores das comunicações que integram este evento, com destaque para a apresentação do Projecto “Palmela – Experiências com Sabor!”, casos de sucesso de Enoturismo no Concelho e os projectos desenvolvidos pela Rota de Vinhos da Península de Setúbal. A anteceder os trabalhos do Fórum, o Município de Palmela e a CP – Comboios de Portugal vão assinar um Acordo de Parceria, no âmbito da Rota das Vinhas, Fernando Pó. Os interessados deverão inscrever-se até ao dia 8 de Novembro (turismo@cm-palmela.pt | 212336668). “VI Mercadinho dos Santos” de Vila de Rei O espaço em frente ao Mercado Municipal de Vila de Rei vai

receber, no dia 30 de Outubro, entre as 8 e as 12 horas, a sexta edição do “Mercadinho dos Santos”, uma iniciativa de mostra e venda de produtos gastronómicos vilarregenses relacionados com o “Dia de Todos os Santos”. O evento, organizado pela Biblioteca Municipal José Cardoso Pires em parceria com a Biblioteca Escolar da E.B.I. do Centro de Portugal, contará com a presença e dinamização da comunidade escolar e das IPSS’s do Concelho de Vila de Rei e permitirá aos visitantes a aquisição dos mais variados produtos de doçaria local e regional. Estará ainda a concurso o “Melhor Bolinho”, numa iniciativa que repete o ano passado ao promover a criatividade culinária e os produtos endógenos típicos desta época do ano, aliando inovação e tradição. Vila de Rei recebe Sessão de Esclarecimento sobre “Certificação Florestal” A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires vai receber, pelas 19h30 do próximo dia 28 de outubro, uma Sessão de Esclarecimentos sobre “Certificação Florestal”, numa iniciativa promovida pelo CLDS 3G de Vila de Rei, com o apoio da Câmara Municipal e da entidade Florzêzere. A ação irá abordar diversas temáticas relacionadas com a certificação florestal, tais como “Origem da Certificação”, “ Vantagens da Certificação”, “Direitos e Obrigações dos Proprietários e Operados Florestais Certificados”, “Passos para a Certificação”, “ Testemunho dos Grupos de Certificação Florestal – Abastena e Unimadeiras” e “ Testemunho Prático de Operadores Certificados e Operários Certificados”. Todos os interessados em participar nesta ação poderão solicitar informações adicionais para clds3g@scmviladerei.pt ou para os números 274 898 397 e 966 039 780. Passeio entre os cogumelos das florestas de Soutosa “Aprender a colher, a conhecer e a classificar os cogumelos”. “Exercitar o corpo e a mente”. “Respirar ar puro”. “Sentir os aromas outonais”. “Conviver”. Cinco razões evocadas pela organização para participar no “Passeio Micológico”, em Soutosa, Moimenta da Beira, dia 6 de Novembro, a partir das 9 horas. O passeio será orientado por uma equipa especialista em micologia da Escola Superior Agrária de Viseu, e as inscrições devem ser feitas através do contacto telefónico 918 090 074 ou pelo e-mail soutosa@gmail.com. A iniciativa integra o cartaz da segunda edição do Festival “Serranias – Sabores e Tradições”, que se realizará em Soutosa no fim-de-semana de 5 e 6 de Novembro, cujo programa completo será dado a conhecer em breve.

Ano XII | N.º 280 | Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) | jla.viseu@gmail.com | 968044320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda | Redacção: Luís Pacheco | Opinião: Miguel Galante Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada | Administração José Luís Araújo | Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | Tel. 232 411 299 | E-mail: novelgrafica2@gmail.com | Rua Cap. Salomão 121, 3510-106 Viseu Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares | Versão Impressa: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

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ÚLTIMA H ORA

De 29 de Outubro e 1 de Novembro, no Pavilhão da Expoflávia Atrair visitantes e consumidores locais é o objectivo do evento “Sabores de Chaves – Pavilhão do Vinho”, que vai na sua segunda edição e decorrerá de 29 de Outubro a 1 de Novembro, no Pavilhão da Expoflávia, em Chaves. A Iniciativa da Câmara de Chaves, “privilegiará a temática do vinho, com provas comentadas” e um seminário intitulado ‘Vinun et Vinetums’, organizado pela Confraria de Chaves, conforme adiantou à Gazeta Rural Cristiana Morais, responsável pelo evento. Gazeta Rural (GR): Quais os objectivos com a realização deste evento? Cristiana Morais (CM): Atrair os consumidores locais, os turistas, mas também os milhares de visitantes que procuram Chaves no fim-de-semana da Feira dos Santos, são os objectivos do evento. Esta iniciativa organizada pelo Município de Chaves, em parceria com a Empreendimento Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso (EHATB), tal como o próprio nome indica, privilegiará a temática do vinho, com provas comentadas e um seminário intitulado “Vinun et Vinetums”, organizado pela Confraria de Chaves. Neste evento será dado especial destaque aos vinhos produzidos no concelho de Chaves, associando-se a este evento outros produtores certificados pela CVRTM com Denominação de Origem (DO) Trás-os-Montes e Indicação Geográfica (IG) Transmontano, bem como os vinhos DO Monterrey e DO Valdeorras, num contexto de proximidade territorial. Durante quatro dias, os vinhos da região e os conceituados sabores de Chaves poderão ser degustados e apreciados por quem visitar o Pavilhão da Expoflávia. Este evento pretende funcio-

Feira dos Santos de Chaves com vinho e sabores

nar como uma montra dos vinhos certificados, produzidos na região, promovendo dessa forma um sector com um forte peso e dinamismo em toda a região. GR: Que perspectivas têm para o mesmo e quantos expositores estarão presentes? CM: A expectativa é superar o número de expositores do ano anterior, em que estiveram presentes um total de 18 produtores de vinho, dos quais quatro do concelho de Chaves, nomeadamente a Quinta de Arcossó, Palmeirim D´ Inglaterra, Ebron e Head Rock. No total, foram realizadas mais de 1000 provas de vinho, através da aquisição do “kit prova”, que surpreenderam o público pela excepcional qualidade dos vinhos da região. Os produtores agradeceram a iniciativa, pois, apesar da grande qualidade dos seus vinhos, e das muitas medalhas atribuídas, são necessários eventos desta natureza para a sua promoção junto do grande público, e a dinamização no mercado vitivinícola regional. GR: Que produtos os visitantes podem encontrar neste evento? CM: Para além dos vinhos, os Sabores de Chaves também estarão presentes, dando a conhecer aos visitantes a excelência dos mesmos. No mesmo espaço,

o visitante poderá intercalar as provas de vinhos com a degustação de alguns produtos típicos regionais, o fumeiro, o presunto, o Pastel de Chaves, entre muitos outros. Mais do que um simples local de venda, este pavilhão constituir-se-á como uma área de degustação, dos paladares e sabores de Chaves. Os milhares de visitantes da Feira dos Santos terão assim à sua disposição, um espaço de conforto, com animação garantida, onde uma pausa ao reboliço do exterior, certamente lhes agradará. GR: A gastronomia é hoje um chamariz? O que mais destacaria, para além do conhecido Pastel de Chaves? CM: A gastronomia flaviense é única e inigualável. Qualidade, sabor e textura fazem dos seus pratos iguarias para mais tarde recordar. O famoso presunto de Chaves, célebre por cá e por terras de além, o Pastel de Chaves, produto com indicação geográfica reconhecida, de massa folhada tenra e estaladiça, recheado com um sublime refogado de carne de vitela, os milhos acompanhados dos melhores enchidos da região, enfim, o melhor é passar um fim-de-semana em Chaves e provar tudo o que de bom esta região tem para lhe oferecer. www.gazetarural.com

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ORA ÚLTIMA H Nos dias 28 e 29 de Outubro

Agim organiza visita técnica da cultura do mirtiProduzido pela artesã Natália de Jesus, de Albergaria-a-Velha lo às Astúrias Produção de esteiras de bunho

de Frossos está certificada

A produção tradicional de esteiras de bunho, pela frossense Natália de Jesus, foi certificada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). A Carta de Unidade Produtiva Artesanal e o Cartão de Artesão foram entregues à artesã pelo presidente da Câmara De Albergaria-a-Velha, António Loureiro. O processo de certificação junto do IEFP teve início após a participação de Natália de Jesus na oficina “Apoios ao Artesanato”, que decorreu em Maio, na Incubadora de Empresas de Albergaria-a-Velha. A equipa do CLDS Albergaria Integra’T, que organizou a acção, preparou toda a documentação inerente ao processo e, em Setembro, a artesã de Frossos foi a primeira participante da oficina a ver a sua actividade certificada. Natália de Jesus tem 73 anos e aprendeu a fazer esteiras com a mãe ainda 36

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criança. Em meados do século XX, as esteiras de bunho eram o “ganha-pão” de muitos habitantes de Frossos. Eram usadas para cobrir o milho, quando este se encontrava nas eiras, para proteger peças de grande porte no transporte de longa distância ou simplesmente para servir de camas. Actualmente, as esteiras são utilizadas como decoração, sendo vendidas no mercado tradicional. Natália de Jesus possui um terreno na zona lagunar da Pateira de Frossos, onde recolhe o bunho, que depois é seleccionado e seco. O bunho (Schoenoplectus lacustris) é uma erva nativa da Europa, comum em áreas húmidas e alagadiças. As esteiras são feitas em casa num tear de pedras, ou “Burro”, cuja particularidade é ter pedras nas pontas dos fios que entrelaçam o bunho. A artesã é presença habitual em feiras, exposições e certames e gosta de trabalhar ao vivo para difundir o saber, a tradição e a identidade cultural da terra onde nasceu.

A Agim – Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial vai organizar uma visita técnica à região espanhola das Astúrias nos dias 28 e 29 de Outubro. Trata-se de uma visita técnica onde os participantes irão contactar com a realidade da produção de mirtilo nas Astúrias, uma das principais regiões espanholas produtoras deste pequeno fruto, onde a cultura é feita em altitude. A viagem às Astúrias inclui a visita à SERIDA (Servicio Regional de Investigación y Desarrollo Agroalimentario), a entidade pública do Principado das Astúrias que tem por finalidade contribuir para a modernização e melhoria da agricultura e da indústria alimentar regional através da promoção e implementação de instrumentos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico agro-alimentar, de modo a alcançar uma maior produtividade. A comitiva irá também visitar duas plantações de mirtilos, com a finalidade de observar ao vivo o modo de produção deste pequeno fruto nas Astúrias. A primeira plantação é composta por plantas adultas, ainda em produção, e ali também se irão poder observar enxertias em plantas para mudar de variedade. Na outra plantação, que tem cerca de cinco hectares, podem ser observadas diversas variedades, como Legacy, Bluecrop, Brigitta, Chandler, Aurora e Ochlockone, plantadas em local de elevada altitude e com desníveis superiores a 30%. Por fim, será feita ainda uma visita à “Praviaberries”, uma cooperativa de produtores onde poderá ser observado todo o processo automatizado de selecção e embalamento do fruto. A região das Astúrias, no Norte de Espanha, é das principais produtoras de mirtilo do país vizinho, sendo também das mais antigas. É ainda a região da Península Ibérica onde o mirtilo é produzido até mais tarde (de Julho a Outubro). Mais informações podem ser obtidas pelo número 912010596 ou e-mail eventos@agim.pt.


ÚLTIMA H ORA

Para promover a produção vitivinícola e os produtos artesanais locais

Associação dos Vinhos de Arcos de Valdevez foi formalmente constituída Foi formalmente constituída, através de escritura pública, a AVVEZ – Associação dos Vinhos de Arcos de Valdevez, que tem por objecto promover, desenvolver e defender a produção vitivinícola e os produtos artesanais locais, em particular a do concelho de Arcos de Valdevez. De igual modo, esta associação pretende promover a cooperação entre produtores e demais agentes e instituições; promover acções de formação e aperfeiçoamento das profissões ligadas aos produtos artesanais locais e em particular ao vinho e enoturismo; lutar pela tipificação, criação de marcas e pela qualificação dos produtos; realizar prestação de serviços e informação aos produtores e demais agentes; organizar, promover e explorar eventos tais como feiras, exposições, congressos, seminários, entre outros; promover acções de formação, ateliês ou outro tipo de acção pedagógica que melhore o tratamento do vinho nas actividades de hotelaria, restauração e bar; fazer a promoção de iniciativas que relacionem o património imaterial, com património construído, artesanato e vinho. O Município de Arcos de Valdevez apoia o sector vitivinícola do concelho através da organização e participação em certames da especialidade, nomeadamente o “Festivinhão”. O presidente da Câmara Municipal considera que a constituição desta associação “irá ajudar a promover os excelentes vinhos verdes da região”. João Manuel Esteves lembra ainda a qualidade do vinho verde e o importante papel que este sector exerce na economia local, sendo também um excelente meio de promover o concelho e todas as suas potencialidades turísticas e gastronómicas. A constituição desta associação é um dos resultados do apoio da Câmara local ao sector. Durante um ano discutiu-se com os produtores um programa de acções que os envolvesse directamente e aos seus vinhos. Este projecto envolveu a caracterização dos produtores, das suas quintas e vinhas, das suas adegas e instalações de recepção a visitantes e dos seus vinhos. Em simultâneo realizaram-se um conjunto de actividades de representação, divulgação, promoção dos vinhos e comercialização em eventos no município e fora deste, nomeadamente aproveitando as sinergias da rede de Municípios do Vinho, a que se aderiu através da Associação de Municípios do Vinho (AMPV).

De 18 a 20 de Novembro, no Pavilhão Multiusos

Município de Pinhel e CVR preparam II “Beira Interior Vinhos & Sabores” O Município de Pinhel, em colaboração com a Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior, (CVRBI) prepara a segunda edição do certame “Beira Interior - Vinhos & Sabores”, marcado para os dias 18, 19 e 20 de Novembro, no Pavilhão Multiusos de Pinhel. A constante descoberta de novos aromas e sabores, com particular ênfase nos últimos anos, tem potenciado a região da Beira Interior para uma grande evolução nos produtores e na qualidade dos seus vinhos e demais produtos endógenos, levando a que esta região aspire a uma maior notoriedade e a ocupar o seu legítimo lugar. Após o sucesso alcançado em 2015, as instituições envolvidas na organização avançam para uma segunda edição com a certeza e convicção de que este é, sem dúvida, um dos mais importantes eventos do calendário anual da Beira Interior. Assim, pretende-se voltar a reunir em Pinhel o melhor da Beira Interior, com

uma variada panóplia de actividades, com salão de vinhos, degustações, provas comentadas, mostra gastronómica regional, workshops, showcooking com chefs de renome nacional, animação musical, entre muitas outras. “O evento pretende ter uma dimensão regional e uma projecção nacional e é com base nestas premissas que pretendemos trazer até quem nos visita o melhor da Beira Interior, num espaço digno e intimista, onde também poderão assistir a momentos de reflexão sobre os rumos da região e provar o que de melhor tem para nos oferecer este vasto território”, refere a organização. Serão cinquenta produtores de vinhos e outros sabores, com produtos endógenos da região como o mel, o azeite, o queijo, os enchidos ou a doçaria tradicional. Um dos pontos altos de reflexão será certamente o seminário agendado para a manhã de sábado, 19 de Novembro. www.gazetarural.com

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Nos dias 20 e 21 de Outubro

Concurso Queijos de Portugal 2016 decorre em Tondela As instalações da ALS Controlvet/Fullsense, em Tondela, vão receber nos dias 20 e 21 de Outubro a oitava edição do Concurso Queijos de Portugal, que é uma referência nacional e que premeia, ano após ano, o que de melhor se faz nesta fundamental área da indústria de lacticínios. “Mantemos a nossa constância e determinação na persecução dos compromissos que sempre assumimos, promover e estimular o desenvolvimento da indústria e melhorar o conhecimento e posicionamento do produto junto do consumidor”, refere a organização do concurso. Os queijos apresentados a concurso serão alvo de uma avaliação objectiva e técnica por parte de provadores especialistas, com formação específica, representando o sector queijeiro, gastronómico, a distribuição, a imprensa e os consumidores. A cerimónia de entrega de prémios do Concurso Queijos de Portugal terá lugar no Centro de Congressos de Lisboa, no decorrer do Encontro Com o Vinho e os Sabores 2016, entre os dias 11 a 14 de Novembro.

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Via mais extensa do país tem 738,5 quilómetros

Associação de Municípios da Rota da EN2 junta 31 concelhos de Chaves a Faro A Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 (EN2) é formalizada até à primeira semana de Novembro por 31 dos 32 concelhos atravessados pela via que liga Chaves a Faro. Luís Machado, presidente da Câmara de Santa Marta de Penaguião e que lidera o projecto turístico EN2, afirmou que a constituição desta associação representa a fase final da primeira fase deste projecto. Esta é a via mais extensa do país, com 738,5 quilómetros, e quer ser a nova “Route 66”. O autarca referiu que a EN2 é a “terceira estrada mais extensa do mundo”, a seguir à rota 66 dos Estados Unidos da América (EUA) e à rota 40 da Argentina. O parlamento debateu dois projectos de resolução sobre o tema: um do PSD e CDS-PP, recomendando ao Governo uma intervenção “de forma a transformar esta via num produto de interesse económico e de promoção turística”, e um outro texto do PS recomendando ao executivo a valorização da estrada. A promoção turística da EN2 foi sublinhada pelos partidos com assento parlamentar, que enalteceram o potencial turístico do trajecto mas pediram atenção às populações abrangidas pela estrada. De Trás-os-Montes ao Algarve, a Nacional 2 atravessa 32 municípios, passa pelo interior das povoações e liga paisagens

tão diferentes como as vinhas do Douro, as planícies do Alentejo ou as praias do sul do país. É este potencial paisagístico e patrimonial que se quer aproveitar. O autarca do distrito de Vila Real, Luís Machado, explicou que o objectivo é “avançar com um projecto de dinamização desta estrada histórica” que vai guiar os visitantes por uma viagem pelo país. “A ideia é que as pessoas que façam esta rota tenham o mesmo tipo de acolhimento em todos os municípios por onde passem, tenham acesso a informações sobre alojamentos, restauração ou os produtos locais de qualquer um destes territórios”, salientou. Luís Machado acredita que a EN2 vai ajudar a “criar riqueza nos territórios que atravessa, vai ajudar a mostrar a cultura, gastronomia e os produtos endógenos, ainda a fixar a população residente e até a atrair novas pessoas”. A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, é parceira do projecto e vai criar uma aplicação onde estará concentrada toda a informação sobre a EN2 e, conjuntamente com a Infraestruturas de Portugal (IP), será colocada uma sinalética da rota. O autarca disse ainda que o projecto visa a recuperação das antigas casas dos cantoneiros, que estão devolutas. “Se tudo correr bem no final deste ano já te-

mos a rota organizada e depois paulatinamente vamos fazendo investimento de forma a torná-la segura e confortável e enriquece-la a cada dia que passa para a tornar mais apetecível aos adeptos deste tipo de turismo”.

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