Director: José Luís Araújo
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N.º 281
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31 de Outubro de 2016
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Preço 4,00 Euros
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Sector primário no Mercado Magriço
Festival Carne Minhota em Ponte de Lima
FAO pede
Miguel Araújo no Festival de Outono
agricultura sustentável adaptando-a às alterações climáticas
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Sumário Sumário Sumário Sumário Sumário Sum 04 FAO diz que é preciso adaptar a agricultura às alterações 20 Produção mundial de vinho cai 5% em 2016 22 Pinhel organiza II Beira Interior - Vinhos & Sabores climáticas 06 Feira dos Santos à espera de dezenas de milhares de 23 Tejo Gourmet 2016 cresceu em quantidade e qualidade 26 Eucaliptos e incêndios ameaçam mel da Serra da Lousã visitantes 08 Noite das Caçoilas recupera sabores e tradições locais 27 Cabra Preta de Montesinho é a mais recente raça 10 Marvão promove XXXIII Feira da Castanha protegida de Trás-os-Montes 11 Sector primário está em destaque no Mercado Magriço 2016 28 Governo defende regras para colheita indiscriminada de 12 Sátão celebra a décima edição da Feira do Míscaro cogumelos silvestres 13 Apicultura e floresta em debate na IX Feira do Mel do Alto 30 Câmara de Melgaço e entidades locais promoveram o Minho
14 Mostra de Doces & Licores Conventuais de Alcobaça atinge a maioridade
15 Festival da Carne Minhota inicia ciclo de eventos em época baixa
16 Agri Milk Show reúne na Exponor sectores do agro 17 Meruje homenageia mundo rural e comerciantes de carne de porco
19 Coração da Serra da Estrela recebe Festival de Outono
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turismo de natureza
33 Governo cria banco de terras com propriedades sem dono reconhecido
34 Turismo Centro reforça apoio a eventos estruturantes de Viseu
35 Capítulo da Confraria Grão Vasco ultrapassou expectativas e recebeu elogios
36 Mealhada, Mortágua e Penacova lançam Grande Rota do Buçaco
mรกrio
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Procura de alimentos em 2050 será 60% superior a 2006
FAO diz que é preciso adaptar a agricultura às alterações climáticas A organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO) alertou para a urgência de ajudar o sector agrícola a adaptar-se às alterações climáticas, que poderão lançar até mais 122 milhões de pessoas na pobreza. “A menos que sejam tomadas medidas agora para tornar a agricultura mais sustentável, produtiva e resiliente, os impactes das alterações climáticas irão comprometer gravemente a produção alimentar em países e regiões que já enfrentam uma alta insegurança alimentar”, escreve o director-geral da organização, José Graziano da Silva, no prefácio de um relatório agora publicado. Intitulado “O estado da alimentação e da agricultura”, o documento sublinha que, se não houvesse alterações climáticas, a maioria das regiões deveria ver reduzir o número de pessoas em risco de pobreza até 2050. 4
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Com as mudanças no clima, e se nada for feito, estima-se que a população a viver em pobreza registe um aumento de entre 35 e 122 milhões até 2030. Isto deve-se sobretudo aos impactos negativos do aquecimento global no sector agrícola. Os mais afectados seriam as populações nas zonas mais pobres da África subsariana, e do Sul e Sudeste Asiático, especialmente os que dependem da agricultura para viver. Graziano da Silva diz que a fome, a pobreza e as alterações climáticas têm de ser abordadas em conjunto, quanto mais não seja “por um imperativo moral, porque aqueles que hoje mais sofrem são os que menos contribuíram para as alterações climáticas”. O relatório da FAO diz que para manter o aumento da temperatura global abaixo do tecto de 2°C, as emissões de gases com efeitos de estufa terão de diminuir
70% até 2050, o que só será possível com o contributo dos sectores agrícolas. Estes sectores são responsáveis por, pelo menos, um quinto de todas as emissões, sobretudo devido à conversão das florestas em terra cultivada, mas também devido à pecuária e à produção agrícola. No entanto, escrevem os autores, os sectores agrícolas enfrentam um duplo desafio, que passa por reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa ao mesmo tempo que produzem mais alimentos para saciar uma população crescente e cada vez mais rica. Estima-se que a procura global por alimentos em 2050 seja pelo menos 60% maior do que em 2006, mas o crescimento populacional será concentrado nas regiões que já hoje têm maior prevalência de subnutrição e maior vulnerabilidade às alterações climáticas.
O relatório reconhece que reformular a agricultura e os sistemas alimentares será um processo complexo, devido ao vasto número de partes envolvidas, à multiplicidade dos sistemas agrícolas e de produção alimentar e às diferenças nos ecossistemas. No entanto, alerta, os esforços têm de começar agora, porque os impactos das alterações climáticas só piorarão com o tempo e, se nada for feito, os países mais pobres terão no futuro de enfrentar simultaneamente a fome, a pobreza e as mudanças climáticas. Nas palavras de Graziano da Silva, “os benefí-
cios da adaptação ultrapassam os custos da inacção com margens muito grandes”. Nas vésperas da XXII Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, que começa a 7 de Novembro em Marrocos, o relatório sublinha que o sucesso da transformação da agricultura depende em grande medida da ajuda aos pequenos proprietários na adaptação às mudanças climáticas. Estima-se que haja nos países em desenvolvimento cerca de 475 milhões de famílias de pequenos proprietários que produzem em contextos sócio-eco-
nómicos e condições agro-ecológicas muito distintas, pelo que não existe uma só resposta. No entanto, a FAO descreve, no relatório, algumas formas “alternativas e economicamente viáveis” de ajudar os agricultores a adaptar-se e a tornar as suas formas de vida mais resilientes, nomeadamente a adopção de práticas inteligentes, como o uso de variedades de culturas nitrogénio-eficientes e tolerantes ao calor. A adopção generalizada de práticas nitrogénio-eficientes, por exemplo, permitiria reduzir em mais de 100 milhões o número de pessoas em risco de subnutrição, estima o relatório.
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“Da Tradição à Modernidade” é o lema da edição deste ano da tradicional Feira dos Santos, que vai decorrer no centro da cidade de Mangualde, de 4 a 6 de Novembro. O certame, promovido pela Câmara de Mangualde, terá a abertura oficial na sexta-feira, às 19,30 horas, no Mercado Municipal Dr. Diamantino Furtado, com a as presenças e intervenções do edil local e do presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado. O certame conta ainda com o apoio da Associação de Desenvolvimento do Dão e do Turismo do Centro Portugal. Desde há três séculos que Mangualde se notabiliza pela realização da Feira dos Santos, que se tornou um marco a nível nacional, pelas várias ofertas que proporciona aos seus milhares de visitantes desde a gastronomia, através das tradicionais febras, os enchidos, os frutos secos, o artesanato, o vinho, os produtos agrícolas, entre outras. Durante o fim-de-semana, as várias artérias da cidade serão animadas proporcionando a todos os residentes e visitantes momentos de diversão. O certame é ainda uma referência por dinamizar os vários sectores de actividade com vários momentos dedicados a cada um deles. Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Mangualde afirmou que este “É, o momento anual mais alto no concelho”, destacando a importância económica do mesmo. João Azevedo destacou que o regresso da Feira dos Santos ao centro da cidade foi “uma decisão histórica”, que a “reafirmou como património nacional”.
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De 4 a 6 de Novembro, no centro de Mangualde
Feira dos Santos à espera de dezenas de milhares de visitantes Gazeta Rural (GR): A Feira dos Santos é o momento mais alto do concelho. O que haverá este ano de diferente de anos anteriores? João Azevedo (JA): É, efectivamente, o momento mais alto que temos no concelho durante o ano. Tentamos ser criativos na organização da Feira dos Santos, temos um programa cada vez mais forte, porque também temos consciência de que temos cada vez mais gente e mais vendedores. Procuramos melhorar as condições de seguração, que é a nossa principal preocupação, para que os vendedores e quem nos visita se sintam bem. O programa da Feira é vasto e variado. Destacaria, entre muitos outros momentos altos, o II Encontro Nacional de Pro-
duções Artesanais Certificados. Há aqui uma colagem de dois patrimónios do concelho no mesmo período temporal, que são a Feira dos Santos e os bordados de Tibaldinho, ambos com cerca de três séculos. A Feira dos Santos cada vez mais certificada pela competência e os Bordados certificados com qualidade e excelência no País. O Encontro Nacional tem muito a ver com esta lógica, que quisemos implementar. Há no programa um conjunto de evento que procuram mostrar as potencialidades do concelho nas diferentes áreas, nomeadamente no sector primário com os nossos produtos endógenos, com o vinho do Dão, o queijo, a fruticultura e outros.
A Feira dos Santos é um dos períodos mais saborosos que temos em Mangualde e estamos a dar-lhe a importância que merece. GR: Quanto vale a Feira dos Santos? JA: Vale muito dinheiro para a economia local. A Feira dos Santos tem uma importância de produção económica muito grande, mas não temos capacidade para a medir. SE me perguntar se é mensurável, dir-lhe-ei que sim, mas não temos como o fazer. Sei que todo o comércio que abre a porta faz negócio, a hotelaria e a restauração esgotam, os vendedores ambulantes esgotam e as pessoas que vêm à Feira vender os seus produtos têm um dos seus melhores momentos do ano. Diria, que são muitas centenas de milhares de euros que a feira movimenta. Da mesma forma que não temos como quantificar o número de pessoas que nos visita nesta altura do ano, porque é uma feira aberta, popular, mas acredito que o número de visitantes andará entre os 50 e os 100 mil. É um momento importante para os mangualdenses, pelo património que isto representa, é um momento importante para quem apresenta os seus produtos e para quem vende, por que aqui consolida as suas contas do ano, mas também para quem vem a Mangualde que tem um fim-de-semana diferente. GR: O regresso da Feira para o Centro da Cidade que importância teve? JA: Foi uma das decisões mais importantes que tivemos no contexto políti-
co e no actual mandato. É uma decisão histórica, porque no passado não houve coragem para o fazer, que tinha que ser tomada. Com isto, reafirmamos a Feira como património nacional. Acho que a
Destaques do programa Dia 4 I Mercado Municipal Dr. Diamantino Furtado
19h30 - Abertura Oficial da Feira dos Santos 2016 Dia 4 I Sede da Sociedade Filarmónica de Tibaldinho II Encontro Nacional de Produções Artesanais Certificados Horário: 10h00 às 18h00
Dia 4 e 5 I Mercado Municipal Dr. Diamantino Furtado
Dão Wine Party - Barman Show, coktails com Vinhos do Dão Produtores de Vinho de Mangualde e degustação de produtos locais. Horário: Sexta I 22h00 – Abertura 22H30 – Showcooking Chef Diogo Rocha e Sub-Chef Inês Beja 00h00 – Encerramento
Sábado I 22h00 – Abertura
I 22h30 – Showcooking Chef Diogo Rocha e Sub-Chef Inês Beja Dia 4, 5 e 6 I Mercado Municipal Dr. Diamantino Furtado “Santos da Casa Fazem Milagres” Showcookings (degustação de produtos locais) Horário: Sábado I 16h00, 18h00 Domingo I 11h00, 14h00, 16h00 Chefs: Hélio Loureiro e Ivo Loureiro
Dia 4, 5 e 6 I Mercado Municipal Dr. Diamantino Furtado
Feira dos Santos, para muita gente, marca também a história. Falo com muita gente sobre a Feira e muito lembram-se quando vinham a Mangualde acompanhados pelos pais.
III ExpoVinhos Mangualde - Produtores de Vinho do Dão de Mangualde
Dia 4, 5 e 6 I Largo Dr. Couto
Mostra de Freguesias de Mangualde Exposição e venda de produtos regionais do concelho de Mangualde XI Mostra de Artesanato Nacional
Dia 4, 5 e 6 I Restaurantes aderentes (identificados com selo alusivo) Feira dos Santos à Mesa Restaurantes aderentes com ementa regional dedicada à Feira dos Santos. – Enchidos da região; – Rojões à Moda de Mangualde – Febras à Feira dos Santos – Requeijão com doce de abóbora – Queijo da Serra – Vinho do Dão
Dia 5 e 6 I Quinta do Alpoim
AgroMangualde - Exposição de máquinas e alfaias agrícolas Mostra agropecuária com representação de espécies animais predominantes na região CERVAS / Associação Aldeia Dinamização do espaço de divulgação da fauna selvagem da região I 17h00 – Devolução à Natureza de um animal recuperado
Dia 5 e 6 I Várias artérias da cidade Animangualde - Animação de rua nas várias artérias da cidade
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No Sabugueiro, a 5 de Novembro
Noite das Caçoilas recupera sabores e tradições locais A aldeia mais alta de Portugal, o Sabugueiro, que também é a primeira Aldeia Inteligente de Montanha, recebe mais uma edição da Noite das Caçoilas no próximo dia 5 de Novembro. Outrora no Sabugueiro, concelho de Seia, terra de pastores e queijeiras, por ocasião dos casamentos e festas populares, confeccionavam-se a chanfana, o cabrito ou o borrego, em caçoilas de barro que depois eram levadas ao forno comunitário para assar. A noite das caçoilas é uma iniciativa que pretende valorizar de forma criativa as tradições locais, em particular a gastronomia e as vivências da aldeia que têm como cenário o forno comunitário. Nesta noite o Sabugueiro desafia os participantes a degustar os verdadeiros sabores de montanha, sabores que também contam histórias, como o pão de centeio, os biscoitos e as caçoilas de carne, tudo em ambiente de festa e animação popular. Transformar tradições em experiências turísticas autênticas e genuínas é o grande objectivo da organização. A iniciativa promovida pela Junta de Freguesia do Sabugueiro, em parceria com a Associação de Beneficência do Sabugueiro e a Comissão de Festas da Senhora da Graça, integra o Plano de Animação da Rede de Aldeias de Montanha.
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Em Carrazedo de Montenegro, de 4 a 6 de Novembro
Castmonte comemora 20 anos a celebrar a castanha Carrazedo de Montenegro, no concelho de Valpaços, vai receber de 4 a 6 de Novembro a XX Castmonte – Feira da Castanha, evento que para além da rainha do certame, junta outros produtos de qualidade do concelho, como o vinho, azeite, frutos secos, mel, fumeiros, folar, bolo podre e outros, nos cerca de 70 expositores presentes. Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Valpaços destaca a importância económica da castanha, que no concelho gera um volume global de negócios de 40 a 50 milhões de euros. Amílcar Almeida realça ainda o trabalho desenvolvido pela autarquia para erradicar as doenças que afectam os soutos. Gazeta Rural (GR): A castanha é ouro para Valpaços? Amílcar de Castro Almeida (ACA): Tem sido nos últimos anos e esperamos que continue a ser, atendendo à aposta que a autarquia tem feito, mas também o que representa para a economia do nosso concelho, especialmente para muitas famílias que encontram na castanha a
única fonte de sobrevivência. Quando há um ano com quebra de produção, isso ressente-se na nossa economia. GR: A produção deste ano, na região da Padrela, andará pelas 10 mil toneladas. O que isso significa em volume de negócio? AA: Estimamos que a castanha, e tudo o que gravita à sua volta, gera um volume de negócio de 40 a 50 milhões de euros, dependendo, naturalmente, dos anos. Sabemos que hoje em dia há uma grande procura da nossa castanha, em virtude da fraca produção verificada em Itália, França e em Espanha. A nossa castanha Padrela DOP há muito tempo que conquistou o sucesso e é muito procurada em mercados importantes na Europa, mas também dos Estados Unidos e Brasil. Se mais castanha houvesse mais exportaríamos. As 10 mil toneladas de produção este ano são um valor estimado. Sabemos que temos um ano em nada inferior a 2015. Para isso muito tem contribuído o trabalho da autarquia no sentido de apostar nas novas plantações. Sabemos que ano após anos, alguns jovens agricultores têm procurado aumentar as suas plantações ou comprando terrenos e fixando-se nesta região. Neste campo, a autarquia tem dado o seu contributo, nomeadamente no combate às pragas, como a vespa das galhas do castanheiro. O município chamou a si essa responsabilidade e tem dado algum efeito. No ano passado a autarquia su-
portou custos na ordem de 80 mil euros. Tivemos o cuidado de percorrer os soutos todos, atendendo a que os nossos agricultores ainda compram árvores em viveiros não certificados que, muitas vezes, vêm contaminados. Temos procurado combater esta praga, com a constituição de brigadas, e assumimos essa responsabilidade, entrando nos soutos, cortando as galhas e ficamos surpreendidos pela positiva, porque o trabalho foi bem feito. A Direcção Regional de Agricultura do Norte deu conta que o trabalho foi bem feito e os focos que tinham sido sinalizados estavam limpos. Esperemos que outros concelhos, nomeadamente os vizinhos, possam fazer o mesmo trabalho, porque isto é um investimento na nossa economia, para que as pessoas continuem a acreditar que este é o ouro de Trás-os-Montes. O azeite é a maravilha de Valpaços, que tem conquistado prémios além fronteiras, o último dos quais como o segundo melhor azeite do mundo. Porém, a castanha têm uma importância muito significativa no concelho e se temos potencialidades, com produtos de qualidade como os nossos, temos que apostar para que esses produtos consigam vingar no mercado e levá-los à mesa de quem vive no país, mas também lá fora. Este um trabalho que temos vindo a fazer, participando em inúmeros certames nacionais e internacionais, dando a conhecer as potencialidades dos nossos produtos. www.gazetarural.com
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Nos dias 12 e 13 de Novembro
Marvão promove XXXIII Feira da Castanha A vila de Marvão recebe nos dias 12 e 13 de Novembro a XXXIII Feira da Castanha, evento promovido pela autarquia local, durante qual são anualmente comercializadas cerca de cinco toneladas de castanhas. A edição 2016 da Feira da Castanha apresenta-se como a “grande mostra” de produtos locais e regionais, com dezenas de pontos de venda, onde os visitantes podem encontrar também produtos hortícolas, frutos secos, enchidos, queijos, vinhos, licores, azeite, compotas ou doces caseiros e uma área de restauração. Pelas ruas da vila histórica, vão estar espalhados quatro magustos onde os visitantes poderão saborear as castanhas assadas e os vinhos produzidos na região. Do ponto de vista cultural, os visitantes poderão apreciar exposições, assistir a espectáculos de animação circense, teatro de rua ou música popular em vários espaços. Paralelamente vai decorrer, entre os dias 12 e 27 de Novembro, nos restaurantes aderentes do concelho, a iniciativa ‘Quinzena Gastronómica da Castanha’. As ementas dos restaurantes contam com pratos tão diversos como a sopa de castanha, bacalhau frito com
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castanhas e miolo de camarão, feijoada de chocos com castanhas, polvo estufado com castanhas, magusto de carnes grelhadas com migas de espargos e castanha ou veado estufado com setas e castanhas.
Tempo seco atrasa campanha de castanha no Alto Alentejo
O tempo seco atrasou, este ano, o arranque da campanha de apanha de castanhas e prejudicou o calibre do fruto, na zona de Marvão, no Alto Alentejo, lamentaram os produtores. “O início da campanha este ano está atrasada. A chuva chegou tarde e só agora a castanha começou a cair das árvores”, explicou o presidente da Cooperativa Agrícola dos Cerealicultores de Porto da Espada (CACPE), José Mário Magalhães. De acordo com o responsável, a qualidade “mantém-se”, mas a falta de chuva prejudicou o calibre da castanha, que este ano “é mais miúda” em relação aos anos anteriores. “Nos outros anos, nesta altura, já estamos a receber castanha na cooperativa, pelo menos há duas ou três semanas, e este ano vamos come-
çar agora a receber. Vamos aguardar para ver como vai ser”, referiu. Apesar do atraso registado na campanha deste ano, a CACPE assegura o fornecimento da Feira da Castanha. Indicando que, devido ao atraso na campanha, existe actualmente uma “maior procura” por parte do mercado, José Mário Magalhães acrescentou que os poucos frutos já comercializados foram vendidos a preços baixos. “Os preços ainda variam muito, mas para a época que é e por haver tanta falta de castanhas, os preços estão baixos”, entre 1,20 e 1,30 euros, disse. Manifestando a esperança que a situação se altere, o presidente da CACPE afirmou que “tudo depende da procura do mercado daqui para a frente”. Com cerca de 20 produtores de castanha associados, a cooperativa de Marvão, a única zona a sul do Tejo onde se verifica a existência de castanheiros, vê predominar nos seus campos as espécies Bária e Clarinha. No Alto Alentejo, o micro clima da Serra de São Mamede, propício à produção de castanha, já levou a que as entidades que tutelam o sector considerassem a castanha de Marvão como de ‘origem protegida’.
Em Penedono, de 11 a 13 de Novembro
Sector primário está em destaque no Mercado Magriço 2016 De 11 a 13 de Novembro decorre em Penedono a sétima edição do Mercado Magriço, evento que pretende ser montra do empreendedorismo do concelho, bem como das actividades que alavancam a economia deste concelho. Este evento é um espaço onde se congrega o comércio e a indústria, mas onde os sectores agrícola, tradicional e da pecuária assumem particular destaque Penedono é um concelho produtor de castanha por excelência, fruto que, desde os primórdios dos tempos, se assumia como garante da sobrevivência de alguns povos, como os romanos, que a utilizavam como ração de combate nas suas campanhas. Hoje á ainda o sustento de inúmeras famílias deste recanto Beirão. Conotada como sendo uma das melhores castanhas do país, a organização do evento evidencia a sua qualidade, promovendo o Concurso de Castanha, momento onde os produtores submetem, à exigência do júri, as virtudes deste fruto rei. Para além da castanha, também o azeite se assume como catalisador económico das gentes de Penedono, fruto do trabalho desenvolvido pela Cooperativa dos Olivicultores do Vale do Torto, no Souto. O aparecimento desta cooperativa, graças e, muito, ao envolvimento dos olivicultores e da Câmara Municipal, permitiu o organizar da produção concelhia
e regional. Com três anos de existência, a Cooperativa tem vindo a aumentar, de ano para ano, exponencialmente, a produção de azeite de qualidade, prevendo para a campanha de 2015/2016 a transformação de 800 toneladas de azeitona que se traduzirão em 120 mil litros de azeite, produto puro e de elevada qualidade que, para além do mercado nacional, marca já presença em diversos países da Europa, bem como alguns da América do Norte. Como tal, o azeite é também um dos protagonistas do Mercado Magriço. Outro dos pontos altos que acontece no certame é o Concurso de Ovinos e Caprinos, um concurso que vê aumentar de ano para ano o número de participantes, prova de que esta atividade abandonou o estatuto de profissão menos digna e assume agora contornos de nobreza, atraindo cada vez mais jovens que, graças à qualidade dos pastos deste concelho, produzem carne de qualidade, a qual vai conquistando o seu espaço no mercado nacional. Na génese da criação do Mercado Magriço esteve sempre o apoio incondicional aos empreendedores e demais agentes económicos como garante da sustentabilidade concelhia. Volvidos que são sete anos da sua primeira edição, o executivo municipal permanece focado neste mesmo objectivo, apoiado pela
tenacidade e querer dos empresários do concelho que vão crescendo, inovando, criando espaço e promovendo os seus produtos que se vão afirmando no panorama nacional e internacional com a marca Penedono. Para além do aspecto puramente comercial, outro há que se cuida e promove como mote da identidade deste povo, que é a componente tradicional. Assim, é dado neste espaço primazia aos produtos tradicionais e endógenos de Penedono, como o pão, o queijo, a doçaria tradicional, os frutos secos, os produtos hortícolas, o azeite, o vinho e o artesanato. O Mercado Magriço existe tão-somente pelos empreendedores do concelho de Penedono e a eles se deve o sucesso do mesmo. Não se tratando de uma festa ou romaria estival, comporta em si momentos lúdicos e de lazer, que vão desde caminhadas a espetáculos musicais, tendo como cabeça de cartaz este ano o artista Emanuel, que vai dividir o palco com o emergente talento de Márcio Pereira, filho da terra, e os já sobejamente conhecidos Némanus. O Mercado Magriço é uma iniciativa do Município de Penedono aberta ao mundo, pelo que fica o convite para uma visita a este concelho do norte da Beira e ficar a conhecer os seus encantos, sabores e cultura. www.gazetarural.com
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De 4 a 13 de Novembro, no Parque de Feiras e Exposições de Portimão
Feira de São Martinho com animação para todos os gostos
No domingo, dia 13 de Novembro
Sátão celebra a décima edição da Feira do Míscaro O Município de Sátão promove no domingo, dia 13 de Novembro, no Largo de S. Bernardo, a décima edição da Feira do Míscaro. A Capital do Míscaro tem tudo a postos para acolher turistas, visitantes, especialistas na degustação de míscaros, artesãos, vendedores e compradores dos míscaros que farão com que este certame seja mais uma vez um sucesso. As inscrições dos artesãos e dos vendedores de míscaros para participação na Feira do Míscaro devem ser realizadas até ao dia 8 de Novembro, no Gabinete de Atendimento ao Munícipe da Câmara Municipal de Sátão. O programa da Feira do Míscaro começa às 10 horas, com os visitantes a poderem comprar os míscaros, bem como o artesanato do concelho. Das 10 às 12,30 horas decorre a iniciativa “Conheça o Sátão e apanhe Pokémons”. Às 11,30 e às 15,30 horas haverá a já habitual prova de míscaros, acompanhada de pão e vinho do Dão. Para animar o certame, pelas 15 horas sobe ao palco a artista Rosinha, seguindo-se a animação com ranchos folclóricos do concelho. Às 16,30 decorrerá o tradicional magusto de S. Martinho. Sátão, a Capital do Míscaro, promete um certame com as cores de Outono, onde o produto de eleição, o Míscaro, andará de mãos dadas com uma vasta oferta cultural e com a gastronomia típica de um concelho onde impera a “Arte de Bem Receber”.
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Entre 4 e 13 de Novembro, Portimão cumpre a tradição e festeja o São Martinho com a realização da 354ª edição da Feira de São Martinho, o mais antigo evento popular que se realiza em Portimão e que remonta ao ano de 1662. Neste que é um dos polos incontornáveis de animação outonal, e que volta a ter lugar no Parque de Feiras e Exposições de Portimão, não vão faltar as famosas castanhas assadas, as farturas, as pipocas, o pão com chouriço e outros petiscos tentadores nos bares e tasquinhas existentes no recinto, assim como vários espaços de animação com diversos jogos, ‘carrinhos de choque’ e carrosséis, numa feira que promete fazer as delícias de crianças e adultos e que contará, no total, com um volume superior a 140 expositores presentes. A edição deste ano volta a contar com dois dias temáticos – 9 e 13 de Novembro – escolhidos conjuntamente por expositores e organização, com o intuito de aplicar um preço especial aos divertimentos, que pode chegar aos 50% de desconto. O dia 9 destina-se a crianças e jovens, enquanto que o último dia da feira é dedicado à família. No interior do Portimão Arena, durante este mesmo período, entre as 15 e as 24 horas, à sexta-feira e ao sábado, e entre as 15 e as 23 horas, de domingo a quinta-feira, decorrerá uma exposição automóvel a cargo das marcas Audi, Citroën, Dacia, Ford, Hyundai, Jeep, Kia, Mazda, Mitsubishi, Nissan, Renault, Skoda, Volvo e Volkswagen, e de motos Yamaha, estando igualmente em funcionamento o espaço de cafeteria do Portimão Arena. No primeiro dia, 4 de Novembro, a Feira de São Martinho poderá ser visitada das 16 à 1 hora, no dia 5 de Novembro funcionará das 10 à 1 hora, entre 6 e 10 de Novembro abre portas das 10 às 24 horas, e nos dias 11 e 12 de Novembro abre das 10 à 1 hora. No derradeiro dia, 13 de Novembro, a Feira funcionará das 10 às 23 horas.
De 04 a 06 de Novembro, no Fórum Cultural de Cerveira
Apicultura e floresta em debate na IX Feira do Mel do Alto Minho Apicultura, floresta e incêndios vão estar em debate na IX Feira do Mel do Alto Minho, que vai decorrer de 4 a 6 de Novembro, no Fórum Cultural de Cerveira, numa iniciativa da Associação dos Apicultores do Entre Minho e Lima (APIMIL), com o apoio do Município de Vila Nova de Cerveira. Depois de mais um verão marcado pelo flagelo dos incêndios florestais, a organização desafiou um vasto conjunto de entidades locais, regionais e nacionais para uma abordagem “sem tabus” em torno desta problemática, o impacto e, acima de tudo, encontrar sinergias “concretas e reais” para a sua mitigação. São cerca de 20 as entidades e associações que vão marcar presença, durante três dias, em Vila Nova de Cerveira, para partilhar experiências e dar um contributo muito específico. Mais do que uma mera mostra e venda de produtos, a IX Feira do Mel do Alto Minho procura envolver a região e criar compromissos em prol da sustentabilidade ambiental, bem-estar e segurança das populações, daí uma aposta mais incisiva na vertente de debate público. “Ao longo dos anos, este evento tem confirmado que é no colectivo que reside a mais-valia dos trabalhos esta edição marca uma mudança de paradigma no sentido de procurar posições concertadas e concretizá-las, não ficando apenas no papel”, refere o presidente da APIMIL. Alberto Dias quer “passar do planeamento à acção, onde efectivamente precisamos de mais entidades para tornarmos o Alto Minho num ponto de referência, quer a nível de paisagem e floresta, quer na melhoria da qualidade de vida dos que residem e dos que nos visitam”, assegura. Por sua vez o presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira refere que “o impacto dos incêndios florestais é muito abrangente, e no caso da apicultura não é excepção”. Segundo Fernando Nogueira, “tem-se realizado um intenso trabalho de promoção e valorização destes produtos no mercado que, com
o cenário dos fogos, pode vir a perder-se, nomeadamente o produto e a sustentabilidade da actividade”. Para o edil, “há que reagir de forma definitiva e este certame, com uma versão direccionada para o debate, apresenta-se como um grande contributo ao reunir tantas entidades por um objectivo comum”. O debate está dividido por subtemas, sendo que o primeiro dia o período da tarde está reservado à apresentação de trabalhos e estudos de investigação associados à valorização florestal e defesa contra incêndios por entidades como a CIM Alto Minho, o ICNF, Associação para a Certificação Florestal do Minho-Lima, IPVC e Bombeiros Municipais de Viana do Castelo. No sábado, o programa está mais vocacionado para a reflexão apícola, nomeadamente com a apresentação dos apoios futuros com representantes da DRAP-Norte, também expor a evolução apícola e valorização dos produtos com intervenções da DARN, GPP e ASAE, e ainda a dinamização de workshops relacionados com a produção apícola e suas variantes, com moderação do presidente da Comissão de Agricultura e Pescas, Joaquim Barreto.
O terceiro e último dia apresenta uma manhã política e associativa com duas mesas redondas complementares. Numa primeira fase, o presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, Fernando Nogueira, o presidente da CIM Alto Minho, José Manuel Costa, o eurodeputado José Manuel Fernandes, o Coordenador da Protecção Civil Norte, Tenente Coronel Paulo Esteves, e um representante da Xunta da Galicia apontam uma visão e estratégia política florestal. Segue-se uma segunda etapa, onde três associações – Comvida, Unidade Local de Covas e Baldios de Riba de âncora – e a UTAD vão dar a conhecer projectos pioneiros ao nível da preservação florestal e da prevenção de incêndios para que possam servir de exemplos. O drama dos incêndios tem sido uma constante preocupação da APIMIL e esta IX Feira do Mel do Alto Minho, assente nos conceitos “reflexão e acção”, reforça essa posição. Dados da CIM Alto Minho, referentes a Agosto passado, indicam que a área ardida total na região foi de 25.633 hectares, correspondente a 12% do território do Alto Minho, sendo que espaço florestal afectado foi de 17%. www.gazetarural.com
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XVIII edição decorre de 17 a 20 de Novembro
Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais de Alcobaça atinge a maioridade De 17 a 20 de Novembro Alcobaça estará, uma vez mais, no mapa dos eventos gastronómicos de excelência, com a realização da Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais. Alcobaça tem, na Doçaria Conventual, um legado riquíssimo, herdeiro das tradições gastronómicas dos monges e monjas de Cister, senhores dos antigos Coutos de Alcobaça com mais de oito séculos de ocupação na região. Permanecem até aos dias de hoje as famosas cornucópias, o Pão-de-Ló de Alfeizerão, as trouxas-de-ovos, a Ginja de Alcobaça, entre muitas outras delícias de tradição conventual. Em pleno Mosteiro de Alcobaça, elei14
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to pela UNESCO património da Humanidade e uma das Sete Maravilhas de Portugal, poderá degustar o melhor receituário conventual de mais de trinta participantes nacionais e internacionais. Uma das novidades deste ano é que a Mostra irá contar com a presença da Ordem de Cister, Ordem de Santa Clara, Ordem de São Bento e, pela primeira vez, a Ordem da Virgem Maria do Monte Carmelo, representada pelo Mosteiro do Carmelo do Porto trará as suas “compotas com chocolate” e as “rosáceas de Bande”. Os visitantes encontrarão nesta mostra Cornucópias (Alcobaça), Pão-de-
-Ló de Alfeizerão (Alcobaça), Pastéis de Santa Clara (Coimbra), Brisas do Liz (Leiria), Licor de Ginja (Alcobaça), Licor de Singeverga (Roriz – Santo Tirso), D. Rodrigo (Portimão), Pão de Rala (Alentejo), Trouxas do Mondego (Tentúgal), Pudim Abade de Priscos (Braga). Uma vez mais, a Mostra irá ter a participação especial da Abadia de Herkenrode, em Hasselt (Bélgica) - fundada em 1182 - e da sua cerveja conventual belga, reconhecida pela Federação Belga de Cervejeiros. Designada por Cerveja da Abadia Belga “Herkenrode Tripel”, recebeu, em 2011, o prémio ouro do International Institute for Quality Selections “Monde Selection”.
Ponte de Lima promove treze eventos de Novembro a Abril
Festival da Carne Minhota inicia ciclo de eventos em época baixa O município de Ponte de Lima inicia em Novembro um ciclo de treze eventos que decorrem até Abril de 2017. O Festival da Carne Minhota, que vai na segunda edição e que decorre de 4 a 6 de Novembro, inicia ciclo de eventos em época baixa. “Compete ao Município de Ponte de Lima constituir-se como alavanca fundamental para que as empresas tenham condições de gerar riqueza e criar emprego, só assim faz sentido o investimento do Município neste projecto “Em Época Baixa, Ponte de Lima em Alta”, referiu o presidente da Câmara de Ponte de Lima, Victor Mendes, na apresentação pública do projecto. A cerimónia, que decorreu na Clara Penha – Casa dos Sabores, contou com a presença de uma delegação da vizinha Galiza, liderada por Alejandro Rubin Carballo, presidente da Associação Galega de Feiras/Eventos e Director Geral da Expourense, que prepara mais uma edição do XANTAR - XVIII Salão Internacional de Turismo Gastronómico, que se realiza em Ourense, de 1 a 5 de Fevereiro de 2017. O projecto “Em Época Baixa, Ponte de Lima em Alta” visa combater a sazonalidade turística, tornando-se uma mais-valia económica e social para o tecido empresarial do concelho nos vários sectores e, em paralelo, promover a qualidade gastronómica e da prestação de um serviço de excelência como um factor de atractividade turística que capta e fideliza os seus visitantes. Entre Novembro e Abril vão realizar-se treze eventos, sob diversas temáticas. O projecto dispõe ainda condições especiais de estadia e na área da restauração. Durante os fins-de-semana em que se realizam os eventos, haverá um desconto de 15% em alojamento nas unidades hoteleiras aderentes, para as noites de sexta-feira e sábado, da mesma forma que a restauração aderente oferece um leite-creme, por dose, nas refeições de sábado e domingo, promovendo uma iguaria típica da cozinha tradicional li-
miana. Neste âmbito, de 4 a 6 de Novembro, vai decorrer o II Festival da Carne Minhota. Considerando a riqueza gastronómica, variada e irresistível, confeccionada à base de produtos típicos da terra, o Município de Ponte de Lima realiza este evento, cujo objectivo é o de promover um dos seus principais produtos endógenos - a Carne Minhota -, como um produto de referência gastronómica do concelho. Ainda no mês de Novembro, de 11 a 13, terá lugar a VI Feira do Ambiente e Energia. Como forma de preservar e valorizar as potencialidades naturais do concelho, o Município de Ponte de Lima tem apostado numa política ambiental sustentável, tendo já adquirido notoriedade pelas medidas de preservação e conservação dos recursos endógenos. Neste contexto, a VI Feira do Ambiente e Energia reforça essa aposta, ao promover novos produtos e serviços do sector, além de vários projectos pedagógicos, que serão apresentados pelas escolas do concelho. De realçar ainda a presença de ateliês com demonstrações de equipamentos e serviços “amigos do ambiente”, promovidos em parceria com entidades nacionais e locais ligadas ao sector energético e ambiental. Ainda no mês de Novembro, no fim-de-semana de 25 a 27, decorre o VI Festival do Bacalhau. Este prato emblemático da região é um verdadeiro catalisador de visitantes a Ponte de Lima, convidando a degustar um prato típico e que outrora era muito comum nas feiras quinzenais como iguaria, preservando-se até hoje essa rica tradição gastronómica que alimenta os que aqui vêm feirar. Além da degustação do fiel amigo, nas suas mais variadas formas, o Festival do Bacalhau promove uma venda de bacalhau seco, produto muito procurado nesta altura do ano, face à proximidade do Natal, proporcionando ao público uma maior oferta de variados tipos de bacalhau. www.gazetarural.com
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De 3 a 6 de Novembro, na Exponor
Agri Milk Show reúne sectores do agro-negócio Evidenciar os benefícios do leite para a saúde e para a economia, reunir agentes económicos e galvanizar um sector que tem passado por alguns constrangimentos são alguns dos principais objectivos da criação de um evento em moldes inovadores: o Agri Milk Show – Feira Internacional do Agro-Negócio, Leite e Alimentação, cuja estreia acontece na Exponor, entre 3 e 6 de Novembro. “O nascimento do Agri Milk Show era já essencial para este sector que, só na produção de leite, representa 712 milhões de euros a nível nacional, acrescidos dos 1,3 mil milhões de euros do volume de negócios da indústria de lacticínios, que garante 50 mil postos de trabalho”, defende Carlos Diogo, Presidente da APCRF – Associação Portuguesa de Criadores de Raça Frísia, co-organizador, juntamente com a IS International, do Agri Milk Show. “O evento vai muito além de uma feira agrícola ou leiteira, ainda que inclua ordenha de vacas ao vivo e o concurso da raça Holstein-Frísia, pois aposta na captação do interesse do público, através de um showcooking, por exemplo, mas também nas vertentes formativa e de divulgação por meio de uma série de palestras e da exposição com forte componente tecnológica”, aponta Miguel Corais, da organizadora de eventos IS International e director da feira. Daí que o responsável sublinhe que “era manifestamente necessária uma feira mais 16
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abrangente e que pudesse comunicar não só com os profissionais, mas também com o público consumidor”. Nesse sentido, e tendo até em conta a divulgação frequente de estudos contraditórios sobre o consumo de leite, uma das prioridades do evento é “clarificar as suas qualidades nutritivas e reposicionar este produto na mente do consumidor”, destaca, por seu lado, Carlos Diogo Salgueiro. “Este é um produto que faz falta numa dieta saudável”, assegura o mesmo responsável, recordando a tradição do sector no nosso País, onde existem 5 mil produtores de leite e um efectivo de 234 mil vacas, sendo o total da produção de 1,867 milhões de litros. Grande parte dos produtores e o universo dos lacticínios e do sector leiteiro estão, por isso, presentes na feira, onde a Proleite, a Agros e a Lacticoop vão organizar ordenha de vacas ao vivo, todos os dias do evento, com um veículo a recolher o leite, criando assim para o público momentos de atracção suplementar que são, simultaneamente, lúdicos e didácticos. Paralelamente, a Escola Profissional de Ponte de Lima realiza um showcooking, onde os principais ingredientes são os produtos lácteos, enquanto a Associação Portuguesa de Criadores de Raça Frísia promove um concurso nacional da principal raça leiteira. Por outro lado, a estreia do Agri Milk Show, onde são esperados cerca de 10 mil visitantes (o bilhete custa 3 euros),
destaca-se também por ter uma forte componente agrícola com enfoque na vertente da inovação tecnológica, considerada factor-chave no desenvolvimento e na competitividade das explorações. Contribuir de forma decisiva para a preparação dos agentes do sector leiteiro e do agro-negócio face à abertura global dos mercados, valorizando a capacidade instalada e o avançado know-how já existente, são igualmente prioridades da feira, cujo programa abrange vários seminários e workshops sobre temas como robotização, reprodução, genética e nutrição animal. “Queremos fazer da feira uma plataforma de negócios e de conhecimento, com vista ao reforço da internacionalização. Por isso, preparámos também um grande fórum de reflexão e divulgação de inovações em termos de tecnologia, maquinaria, equipamento agrícola, investigação e biotecnologia”, acrescenta Miguel Corais. Afirmando-se convencido de que “tanto os próprios agentes como o público virão ao Agri Milk Show ganhar uma nova ideia do sector e confiança na sua sustentabilidade e no enorme potencial de Portugal nesta matéria”, o director doa feira revela querer torná-la uma referência do sector, “fortalecendo toda a cadeia produtiva e integrando-lhe também o produto final, tendo associados os factores qualidade, nutrição e saúde”.
XIV Feira do Porco e do Enchido decorre a 12 e 13 de Novembro
Meruje homenageia o mundo rural e “comerciantes de carne de porco” A freguesia de Meruge, no concelho de Oliveira do Hospital, promove nos dias 12 e 13 de Novembro a XIV Feira do Porco e do Enchido, certame concebido para homenagear os “comerciantes de carne de porco” da freguesia e preservar e promover a sua arte ancestral de produzir enchidos. O certame ultrapassou já esse primitivo desígnio, situando-se no patamar das mais originais e ricas mostras do Mundo Rural e da gastronomia tradicional da região centro. Realizada sempre no segundo fim-de-semana de Novembro, a edição 2016 terá o êxito em termos de público, qualidade de expositores e espectáculos que alcançou nas edições anteriores. O sabor único do “Arroz de Suã”, dos “Torresmos à Moda de Meruge”, com batata à racha, da “Feijoada à Moda de Nogueirinha”, do “Porco Bísaro no Espeto”, das “Bolas de Carne”, “Bacalhau” ou “Sardinha” a saírem quentinhas do Forno Comunitário, são iguarias que disputam já o lugar cimeiro às Chouriças de Carne, às Chouriças de Bofes, aos Salpicões, às
Farinheiras, aos Presuntos Salgados, e às inigualáveis Morcelas de Sangue, nas preferências dos milhares de visitantes do certame, a par do concurso de Doçaria Tradicional. Mas quem visitar Meruge naquele fim-de-semana sabe que não vai encontrar apenas consolo para o estômago. O cenário de Feira Antiga montado pelo Grupo VIVARTE, realçado pela imponência granítica da Lage Grande, com as suas trupes de saltimbancos, trapezistas, de cuspidores de fogo, de jograis, onde o teatro de rua e a animação musical são permanentes, trazem surpresas, boa disposição e um prazer acrescido ao espírito de quem ali demandar. Nas últimas edições a Feira contou com a animação de grupos como “Trilobite – Aventura, Lazer e Turismo, Lda.”, “Roncos e Curiscos”, e ainda com o grupo “Farra Fanfarra”. Aqui se misturam também as mais típicas formas de artesanato (ferreiros, tanoeiros, oleiros, cesteiros, funileiros) com a expressão urbana desta arte, numa simbiose quase perfeita en-
tre os tempos modernos e um mundo em acelerada via de extinção. Foram cerca de 100 os artesãos que marcaram presença na feira de 2015. A Feira da Agricultura Familiar é outro espaço com lugar particular neste evento. Os agricultores e produtores locais têm oportunidade de negociar directamente com os consumidores os produtos do labor do seu trabalho, como castanhas, nozes, figos secos, romãs, os licores e compotas ou mesmo os requeijões e queijo de ovelha. A “Mostra do Porco Bísaro”, com as suas ninhadas de leitões de mama e exemplares adultos de explorações certificadas, a par do “fabrico de chouriças ao vivo”, são outros motivos de atracção e de divulgação das potencialidades dos produtos tradicionais. Mostrar que o Mundo Rural tem potencialidades para impor a qualidade dos seus produtos que se recusa a assistir passivamente ao seu declínio é, em suma, o objectivo último desta iniciativa impar no panorama gastronómico da região. www.gazetarural.com
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Número de camas aumenta significativamente
Operadores turísticos apostam em Manteigas Manteigas tem sentido nos últimos anos uma crescente procura por parte de turistas e visitantes. Os dados oficiais do Turismo do Centro, do Parque Natural da Serra da Estrela e da própria Câmara Municipal indicam claramente que Manteigas já transitou de ser unicamente um local com elevado potencial turístico para ser um lugar efectivo onde as pessoas desejam ir, estar e sentir. Se no passado alguns vinham insistindo que a montanha não é só neve, hoje muitos já se deram conta que, por cá, todas as estações do ano têm distintos encantos. Na dianteira dos tempos encontram-se os operadores turísticos que apostam firmemente neste destino de eleição para amantes da natureza, da aventura, do lazer e do desporto, ou dos que procuram a calma, o bem-estar ou simplesmente respirar saúde. Neste momento encontram-se em construção um Hotel de 5 Estrelas (com 18
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capacidade para 40 pessoas) na antiga Pousada de São Lourenço, um Hotel Rural designado “Hotel da Fábrica” (36 p.) na entrada da Vila (no local onde laborou durante anos a empresa Ecolã), e uma remodelação profunda no Hotel “Inatel Serra da Estrela” que contempla igualmente o edifício das Termas de Manteigas (128 p.). No âmbito do Turismo em Espaço Rural, no último ano, abriram portas duas Casas de Campo - “Casa dos Moinhos” (8 p.), junto ao Poço do Rio Zêzere com o mesmo nome, e a “SerraVale - House & Nature” (8 p.), em S. António perto da Capela. Na categoria de Alojamento Local foram abertos ao público e devidamente registados nos últimos 2 anos os seguintes estabelecimentos: “Arcadas da Vila” (8 p.) na Rua Dr. Sobral, a “Casa da Cerca” (6 p.) na Estrada da Lapa / Cerca, a “Casa da Quelha” (4 p.) na Rua Sá da Bandeira,
a “Casa D’Avenida” (8 p.) na Travessa de Santo António e a “Casa de Manteigas” (6 p) na Rua Dr. Sobral. Nesta tipologia encontra-se, neste momento, em obras de adaptação uma moradia no Souto Grande associada a uma escola de escalada e montanhismo (18 p.) e em processo de licenciamento dois “Hostel’s”: um em pavilhão da antiga Sotave (80 p.) e outro na Praça Luís de Camões (19 p.). Para além destes empreendimentos, os serviços técnicos da autarquia têm acompanhado vários projectos e anteprojectos de turismo a serem desenvolvidos para se submeterem a aprovação municipal. “Vale a pena investir em Manteigas” parecem dizer os operadores turísticos. Gente traz gente e o destino Manteigas ganha escala. Este concelho esteve sempre no centro da Serra da Estrela, o seu coração. Hoje, mais que nunca, sente-se que “Manteigas Vale por Natureza”!
Nos dias 4, 5 e 6 de Novembro, em Manteigas
“Coração da Serra da Estrela” recebe Festival de Outono O coração da Serra da Estrela recebe, de 4 a 6 de Novembro, o Festival de Outono, certame promovido pela Câmara de Manteigas que visa atrair visitantes à região nesta altura do ano. Um concerto acústico de Miguel Araújo; um desfile de moda, muita gastronomia, com sessões de showcooking, bem como caminhadas e desportos de natureza fazem parte do programa. Uma das novidades do evento é a apresentação de uma cerveja artesanal de castanha. Este Festival assenta na gastronomia e na natureza, dois pilares importantes para o concelho. Na gastronomia do concelho de Manteigas destaque para a feijoca, a truta, o cabrito, a castanha e os cogumelos, produtos que os Chefs Manuel André e Rosarinho foram desafiados a confeccionar de formas diferentes. Por outro lado, este evento vai, também, promover os desportos de aventura e natureza, numa paisagem única e deslumbrante. Do programa, para além do concer-
to acústico de Miguel Araújo, destaque para um desfile de moda com criadores do concelho, onde vão ser apresentadas as colecções de burel do próximo ano, em que foram desafiadas a participar as gentes do concelho. “Achamos sempre interessante que pessoas ligadas a terra participem nestes eventos, e algumas delas é a primeira vez que desfilam”, afirmou Elisa Bogalheiro, representante da empresa Pink Tractor, que colabora na organização do evento. No final do desfile, decorrerá o concerto de Miguel Araújo. Durante a tarde de sábado e de domingo haverá várias caminhadas e desportos de natureza, para que as pessoas que visitem Manteigas naquele fim-de-semana possam aproveitar a paisagem e melhor conhecer este concelho. Na noite de sábado sobem ao palco os ‘Cais Sodré Funk Connection’, que pela primeira vez actuam na região, com ritmos mais mexidos. Para domingo está
guardado um magusto tradicional, com jeropiga, cerveja artesanal de castanha e muita animação. Na apresentação do Festival, o presidente da Câmara de Manteigas lembrou que a Serra da Estrela “não é só Inverno”. “Há mais estações do ano”, lembrou José Manuel Biscaia. É que “durante muito tempo vendeu-se essa imagem”, afirmou o autarca, mas a Serra da Estrela “é esta beleza permanente durante as quatro estações do ano”. Assim justifica José Manuel Biscaia a realização deste Festival de Outono, para que mais visitantes ocorram nesta altura do ano à Serra da Estrela. “Nós entendemos que o Outono em Manteigas tem outro perfil, outro figurino e outro cheiro, porque temos uma zona altamente povoada com espécies que no Outono garantem uma luminosidade e uma cor que não encontram noutras partes do pais”, sustentou o autarca.
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Estima associação mundial do sector
Produção mundial de vinho cai 5% em 2016 A produção mundial de vinho caiu 5% em 2016, com uma forte redução registada na América Latina. A Itália permaneceu como o principal produtor, à frente da França e da Espanha, segundo a estimativa da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV). Com um total de 259 milhões de hectolitros, a campanha de 2016 é uma das menores dos últimos 20 anos, mas leva em consideração situações resultantes dos fenómenos climáticos, segundo a OIV. A Itália produziu 48,8 milhões de hectolitros (-2%), França 41,9 milhões (-12%) e Espanha 37,8 milhões (-1%). Estados Unidos, com 22,5 milhões, e Austrália (12,5 milhões), completam o quadro de honra. Na América do Sul, a produção teve forte queda na Argentina (8,8 milhões de hectolitros), Chile (10,1 milhões) e Brasil (1,4 milhão). A produção mundial de vinho estabeleceu um recorde em 2013 com 276,6 milhões de hectolitros, nas desde então tem sofrido as agruras do clima.
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De 18 a 20 de Novembro, no Pavilhão Multiusos
Pinhel recebe segunda edição do evento “Beira Interior - Vinhos & Sabores” A cidade de Pinhel vai receber, de 18 a 20 de Novembro, a segunda edição do certame “Beira Interior - Vinhos & Sabores”, que pretende promover os vinhos e os produtos da gastronomia tradicional daquela região. O evento, organizado pela Câmara de Pinhel e pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), irá decorrer no Pavilhão Multiusos de Pinhel, no distrito da Guarda. A par do salão de vinhos e sabores, que contará com a participação de cerca de 50 expositores de toda a Beira Interior, haverá degustações, provas comentadas, ‘workshops’, ‘show cooking’, um seminário e animação musical. Segundo os promotores, um dos destaques do programa é a realização, no dia 19 de Novembro, um sábado, do seminário “Vinhos - da Beira Interior para o Mundo”. O seminário, a realizar entre as 10 e as 13 horas, pretende ser “um momento de reflexão sobre a importância da internacionalização do sector dos vinhos”. A organização adianta que serão oradores Francisco Antunes (Aliança Vinhos de Portugal), Paulo Ramos (Quinta de Paços), Carlos Silva (UDACA - União das Adegas Cooperativas do Dão), Pedro 22
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Rodrigues (Instituto Politécnico de Viseu), Edgar Lameiras (Instituto Politécnico de Leira) e João Carvalho (CVRBI). “Outro ponto forte do certame vão ser as provas comentadas e as harmonizações vínicas com enólogos de produtores e marcas presentes”, acrescenta a fonte, referindo que está confirmada a realização de uma harmonização de trufas de chocolate com espumante Casas Altas e outra de produtos Kosher (produtos que obedecem à lei judaica). O público que visitar o “Beira Interior - Vinhos & Sabores” também vai ter oportunidade de assistir a vários “show cooking”, com Rosarinho Sampaio (Casas do Côro, Marialva, Mêda), Adriano Costa (Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Instituto Politécnico da Guarda), Cristiano Louro (Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre) e Cátia Goarmon (de ‘Os segredos da Tia Cátia’, 24Kitchen), entre outros. “Como se vê, é vasta a panóplia de actividades que vão acompanhar os vinhos e sabores da Beira Interior, num certame que estreou em Pinhel, no ano passado, mas que já está a dar provas da mais-valia do seu lugar no panorama dos even-
tos regionais, com projecção nacional”, assume a organização. A CVRBI, com sede na Guarda, abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, nos distritos de Guarda e de Castelo Branco, onde existem 54 produtores de vinho, sendo cinco adegas cooperativas e 49 produtores particulares.
Comissão Vitivinícola da Beira Interior acreditada A Comissão Vitivinícola da Região Beira Interior (CVRBI) é já um organismo de certificação acreditado pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC). “Esta acreditação vem reforçar e dar ainda maior responsabilidade ao nosso processo de certificação, que é absolutamente idóneo e imparcial, o que confere aos Vinhos da Beira Interior uma clara garantia de qualidade”, referiu Rodolfo Queirós, Director Técnico da CVRBI, acrescentando esperar que esta acreditação “seja também mais um incentivo para que os nossos associados certifiquem mais Vinhos com DO Beira Interior e IG Terras da Beira”.
42 restaurantes aderiram à iniciativa
Tejo Gourmet 2016 cresceu em quantidade e qualidade A Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo e a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo voltam a unir esforços em prol dos Vinhos do Tejo e desafiaram a restauração de todo o país a participarem no Tejo Gourmet 2016 – VII Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo. De 5 a 27 de Novembro, as melhores receitas harmonizadas com Vinhos do Tejo vão estar disponíveis nos restaurantes participantes. No Tejo Gourmet participam três tipos de restaurantes: tradicional, internacional e cozinha de autor. Esta é uma excelente oportunidade para todos os amantes de gastronomia e vinhos, de percorrerem a rota do Tejo Gourmet fazendo uma visita aos restaurantes aderentes e apreciar o que estes prepararam
para o concurso: uma entrada, um prato e uma sobremesa sempre acompanhados por Vinhos do Tejo. Tejo Gourmet, criado em 2010 pela CVR Tejo, é agora, pela segunda vez consecutiva, organizado pela Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo. De Norte a Sul do país podem encontrar-se os 42 restaurantes aderentes, desde a cidade do Porto, Aveiro, passando por Pombal, Leiria, Caldas da Rainha, Nazaré, Torres Vedras, Lisboa, Alcácer do Sal, Montemor-o-Novo, Évora até ao Algarve (Olhão e Albufeira). Na Região dos Vinhos do Tejo poderá visitar-se restaurantes localizados no Sardoal, Abrantes, Tancos, Tomar, Entroncamento, Alpiarça, Almeirim, Mo-
çarria, Santarém, Alcobertas, Rio Maior, Aveiras de Cima, Azambuja e no Cartaxo. Todos os restaurantes vão ser avaliados por um júri composto pelos Chef de Cozinha Igor Martinho e Rodrigo Castelo, pelos enólogos João Sardinha e Mário Andrade, pelo crítico de vinho e gastronomia Fernando Melo, por Maria João de Almeida, jornalista especialista em vinhos, por Mário Louro, enólogo e formador em Vinhos, assim como por um representante da organização, Teresa Batista, um representante da Revista de Vinhos e por fim um representante da AHRESP. A divulgação dos resultados e entrega de prémios irá acontecer na Gala Vinhos do Tejo a realizar em Março de 2017.
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Mostra demonstrou o potencial destes dois produtos
Oleiros ofereceu medronho e castanha para todos os gostos Castanha assada, crua ou pilada; medronheiros, medronhos ou aguardente de medronho foram produtos que os visitantes encontraram na Mostra do Medronho e da Castanha, que decorreu em Oleiros, que demonstrou que o potencial destes dois frutos não se esgota. Os expositores atestaram isso mesmo, aplicando o medronho e a castanha no artesanato ou transformando em bolos, compotas e licores que fizeram as delícias dos muitos visitantes que passaram pelo evento. O alambique à entrada do recinto mostrava o processo de destilação da aguardente de medronho que tem já uma forte tradição de fabrico neste concelho do Pinhal Interior. Foi nesse sentido que decorreu o colóquio “Qualidade da Aguardente de Medronho e outras potencialidades”, com o intuito de ga24
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rantir a sua qualidade enquanto elemento diferenciador e catalisador de potencialidades para a fileira do medronho. No entanto, além da tradição, a inovação também houve espaço para a cozinha ao vivo dedicada a “Descobrir a Castanha e o Medronho” através das mãos da chef Cátia Goarmon, cuja plateia, muito atenta, procurava entender os truques de confecção destes dois produtos. Mais tarde foi tempo de colocar a teste as aptidões dos oleirenses no concurso gastronómico que apurou as três melhores receitas a concurso. A cultura é sempre um sector em que o Município de Oleiros procura apostar, sendo que, nesta Mostra, houve lugar para diversas actividades culturais e desportivas, nomeadamente a caminhada “Rota do Medronho”, que deu a conhecer não só os trilhos da freguesia
da Madeirã, mas também a destilaria da Silvapa que ali se localiza. Oleiros entrou, assim, no espírito outonal do Medronho e da Castanha através da decoração de montras do comércio local, também premiadas pela originalidade e criatividade. A restauração não ficou de fora, dando a conhecer estes dois produtos integrados na ementa de nove restaurantes aderentes. Assim, a Mostra do Medronho e da Castanha demonstrou o potencial que representa no sentido de impulsionar a economia local e de familiarizar oleirenses e turistas com produtos que representam cada vez mais aquele concelho. Este evento foi cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no âmbito do PROVERE, com o apoio do Centro2020, Portugal2020 e da União Europeia.
Concelho produz 50% da castanha na Terra Fria Transmontana
Bragança reclama estatuto de capital da castanha O concelho de Bragança é o maior produtor de castanha de Portugal o que levou o presidente da Câmara, Hernâni Dias, a reclamar o estatuo de capital daquela que é considerada o petróleo transmontano. O autarca aproveitou a abertura da Feira Norcaça, Norpesca e Norcastanha para evidenciar o peso de Bragança num sector que movimenta cerca de 100 milhões de euros por ano em Trás-os-Montes, sendo que a chamada Terra Fria concentra 80 por cento das cerca de 40 mil toneladas de produção nacional de castanha. “Nós não temos vindo a usar essa terminologia, mas se nós temos 50 por cento da produção de castanha na Terra Fria Transmontana, temos as maiores áreas de produção, temos o maior número de produtores, as empresas que trabalham o sector, uma instituição de ensino superior que faz a componente de investigação, pergunto: o que é que nos falta para que possamos usar de facto este título?”, questionou. Hernâni Dias respondeu à pergunta com “não falta absolutamente anda, falta é dizermos às pessoas efectivamente as coisas que nós fazemos, que estão cá, que estão à vista, que devem ser promovidas dessa forma”. “Bragança tem de assumir também esta responsabilidade que é intitular-se capital como tal: Capital da Castanha”, enfatizou.
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Produção decresceu de 27 toneladas em 2015 para 11 este ano
Eucaliptos e incêndios ameaçam mel da Serra da Lousã O aumento das áreas de eucaliptal e os incêndios estão a ameaçar a produção do mel certificado da Serra da Lousã, que decresceu de 27 toneladas em 2015 para 11 este ano, segundo a Cooperativa Lousamel. A estes factores, que têm reduzido as manchas de urze e outras espécies melíferas, acresceu no último ano a instabilidade climática, com sol e temperaturas altas no início do inverno, o que incrementou a actividade das colmeias fora de tempo, seguidos de uma prolongada época de chuva, até final da primavera, determinantes para a baixa de produção do mel com denominação de origem protegida (DOP) da Serra da Lousã. “O aumento das áreas de eucalipto é uma das causas da quebra na produção”, afirmou o presidente da Lousamel, António Carvalho, frisando que, nos últimos anos, na sequência da liberalização do cultivo daquela árvore exótica, utilizada sobretudo no fabrico de pasta de papel, tem-se verificado a sua “plantação massiva”. A região do mel DOP Serra da Lousã, por cuja qualidade responde a Lousamel, com sede na Lousã, abrange ainda os municípios de Arganil, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Vila Nova de Poiares, nos distritos de Coimbra e Leiria. “Temos ainda espaços muito grandes” onde predominam as urzes, mas as abelhas “cada vez têm menos onde ir buscar néctar”, alertou António Carvalho. Realçando que a procura de mel DOP tem aumentado, ano após ano, defendeu que a Lousamel precisa de investir na produção própria e incentivar os apicultores, designadamente os jovens, a redobrarem a sua actividade. Existem 1.900 colmeias inscritas no processo de certificação, o que corresponde a 44 pedidos. “É muito pouco”, considerou. Às 11 toneladas de mel DOP entregue este ano pelos sócios à cooperativa, importa somar o que fica na sua posse 26
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para vender a particulares e nas feiras, cuja quantidade poderá rondar as sete toneladas, de acordo com a estimativa de António Carvalho. “Temos de apostar no aumento da produção”, afirmou, frisando que “as pessoas preferem o mel escuro da Serra da Lousã”, mesmo sabendo que há outros “mais baratos”, incluindo os que são importados de países como a China, a Argentina ou a Austrália. Na próxima primavera, serão instaladas 200 novas colmeias na montanha, ao abrigo de projectos de associados financiados por fundos europeus do Programa de Desenvolvimento Regional (PDR), disse o presidente da cooperativa. Nos últimos quatro anos, filiaram-se na Lousamel 140 novos sócios, adesão que abrange quase 100 jovens que submeteram candidaturas ao PDR, revelou a directora executiva da empresa, Ana Paula Sançana. Neste capítulo, “há uma evolução muito positiva” da apicultura na região, com a entrada na actividade de “produtores mais jovens e com um nível de ins-
trução mais elevado”, salientou. Além das condições climáticas desfavoráveis, Ana Paula Sançana referiu como factores prejudiciais à produção de mel o desordenamento florestal, com a proliferação de eucaliptos e diversas invasoras, sobretudo mimosas, e o aumento das áreas destruídas pelos fogos. “Se o mel DOP é à base da flora autóctone regional, não podemos esperar milagres”, observou. A directora executiva da Lousamel lamentou a falta de planos de reflorestação das áreas ardidas, apelando à intervenção do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas. “Plantam agora eucaliptos em tudo o que é quintal”, criticou. Os eucaliptais têm sido atingidos pelo gorgulho-do-eucalipto, uma praga que a indústria da celulose combate com um insecticida específico. Ana Paula Sançana atribui a esse veneno a origem da morte de colmeias em vários pontos do país. Fundada há 28 anos, a Lousamel tem registado um acréscimo do número de sócios, actualmente na ordem dos 450.
Efectivo ronda um milhar de exemplares
Cabra Preta de Montesinho é a mais recente raça protegida de Trás-os-Montes A região de Trás-os-Montes tem mais uma raça autóctone protegida e apoios aos produtores com o recente reconhecimento da Cabra Preta de Montesinho, responsável por um dos pratos mais apreciados na região, o Cabrito de Montesinho. A raça praticamente em vias de extinção já tem livro genealógico, um programa de preservação e melhoramento e apoios aos produtores dentro do Plano de Desenvolvimento Regional, o PDR. O solar da raça são os concelhos de Vinhais e Bragança e o Parque Biológico de Vinhais, onde se encontram diferentes espécies da região, é o primeiro criador com animais inscritos no livro genealógico, como afirmou a directora Carla Alves. A Festa da Castanha de 2016 reservou um espaço e o primeiro concurso para a Cabra Preta de Montesinho, num pavilhão dedicado às 13 raças autóctones desta zona, desde bovinos, suínos a pequenos ruminantes. Carla Alves foi já responsável, há mais de duas décadas, pela recuperação e protecção do quase extinto porco Bísaro, que dá fama ao conhecido Fumeiro de Vinhais. A técnica, que é também directora da Festa da Castanha, explicou que a nova raça protegida “é uma cabrinha que esteve praticamente extinta sem sequer ter livro genealógico e era uma raça que existia muito nesta zona de Montesinho, com o solar em Bragança e Vinhais”, a Terra Fria Transmontana. A Associação Nacional da Cabra Serrana (ANCRAS), uma raça da Terra Quente Transmontana, tomou a iniciativa do processo de reconhecimento da Cabra Preta de Montesinho. Os técnicos da associação realizaram alguns trabalhos científicos que permitiram que a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) a considerasse como raça e abrisse o livro genealógico, a que
se seguiu o apoio dentro das medidas agroambientais. Carla Alves indicou que existe um secretário técnico que faz o registo destes animais nos criadores e que contabilizaram até agora “pouco mais de mil exemplares” e “cerca de dezena e meia de produtores”, no concelho de Vinhais. “É pouquinho, quando se fala de caprinos e o Parque Biológico de Vinhais orgulha-se de ser o primeiro criador com animais inscritos no livro e tudo tem feito para incentivar os produtores”, afirmou. Carla Alves defendeu que a Câmara de Vinhais pode também através de concursos, como o que está previsto para a Festa da Castanha, organizada pelo município, “incentivar os produtores a trabalharem com esta raça, pre-
miando-os pelo esforço de preservação e conservação”. A técnica acredita que a raça “tem potencial comercial” até porque o típico prato gastronómico do Cabrito de Montesinho é originário desta raça. Alguns restaurantes tinham fama pelo Cabrito de Montesinho, que ainda se encontra nas ementas da região, apesar de Carla Alves entender que “já deve haver” verdadeiramente originais, pelo que esta será uma oportunidade para os produtores da raça. “O cabrito é sempre um produto de fácil escoamento e que os restaurantes facilmente compram e estou certa de que os produtores que trabalhem com a Cabra Preta de Montesinho não vão ter dificuldade nenhuma no escoamento do produto”, declarou. www.gazetarural.com
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Segundo o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação
Governo defende regras para acabar com colheita indiscriminada de cogumelos silvestres O secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Vieira, defendeu que é preciso criar regras para acabar com a apanha indiscriminada de cogumelos silvestres e ao mesmo tempo criar valor económico no sector. “Sugiro que seja criada uma associação de produtores e apanhadores de cogumelos silvestres e apresentada uma candidatura ao Plano de Desenvolvimento Rural para assegurar apoios à constituição deste tipo de organismo que permita a regulamentação do sector”, defendeu o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação. “Com a criação de mecanismo haverá outra forma de comercializar um produto e trazer retorno económico para as regiões. Os nossos vizinhos espanhóis estão-se a aproveitar da desorganização do sector em Portugal, para fazer negócio”, indicou o governante. Contudo, as associações micológicas transmontanas reclamam há mais de
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uma década legislação que regulamente a apanha de cogumelos silvestres, tendo mesmo sido apresentada ao Governo uma proposta de Lei para acabar com a apanha “indiscriminada” deste tipo de fungos. Várias entidades, como associações micológicas, universidades, administração central e investigadores na área da micologia já elaboram propostas de legislação, tendo em vista a criação de uma Lei que regulamente a apanha de cogumelos. “O objectivo é proteger os cogumelos, uma importante fonte de rendimento para os proprietários dos terrenos. Com a anarquia que existe no sector, há pessoas, não proprietárias de terras, que delapidam parcelas privadas de floresta ou soutos, chegando a obter valores superior 20 mil euros de lucro por época”, observou o presidente da associação micológica “ A Pantorra”, com sede em Mogadouro, no distrito de Bragança.
Segundo o micólogo, para já onde há um controlo de apanha de cogumelos é no Parque Natural de Montesinho, que abrange os concelho de Bragança e Vinhais. De qualquer forma, “ainda não é controlo eficaz”, disse. Para já o que existe, e segundo fonte do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, “são formas que podem ajudar a gestão dos territórios e aproveitamento deste recurso e que vão para além do Código Civil - outros instrumentos como os Planos de Gestão Florestal, onde um proprietário, além das questões do ordenamento e planificação dos recursos silvícolas, poderá ter regra para a exploração de outros recursos a apicultura, a silvo pastorícia e os cogumelos”. Assim, os Planos de Gestão Florestal ou Zonas de Intervenção Florestal (para áreas privadas) podem incorporar “regulamentos próprios” para a recolha de um importante recurso como os cogumelos silvestres.
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O município mais a norte de Portugal
Câmara de Melgaço e entidades locais promoveram o turismo de natureza Melgaço quer assumir-se, cada vez mais, como destino de Natureza. Para o efeito, o município mais a Norte de Portugal tem inúmeras propostas para os amantes da natureza e das actividades ao ar livre. ‘Pegada Zero – I Jornadas de Turismo de Natureza – Melgaço 2016’ foi o resultado de sinergias entre empresas de animação, restauração, alojamento e a comunidade local em prol da divulgação do riquíssimo património natural da região. O evento, organizado pela Câmara de Melgaço, em parceria com entidades locais, foi “uma excelente forma” deste concelho “se assumir, cada vez mais, como destino de Natureza”, considerou o autarca local. Manoel Batista destacou as muitas potencialidades para os turistas que o concelho oferece. “Queremos mostrar as nossas riquezas nesta área, envolvendo todos os agentes que atuam na região”, referiu o edil, reafirmado que Melgaço “tem um grande conjunto de oportunidades de negócio que poderão ser aproveitadas pelos empresários” e por isso “estamos receptivos para acolher ideias de negócio que promovam o nosso município e que o assumam como destino de Turismo de Natureza”, afirmou o autarca. 30
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Operadores turísticos, blogueiros, jornalistas e turistas participaram nas várias actividades contempladas no evento e que permitiram apresentar a região, as suas gentes e costumes, mostrando que em Melgaço é possível viver momentos de aventura e adrenalina, em segurança. A organização garante que este foi o primeiro de muitos eventos em Melgaço em torno da temática ‘Turismo de Natureza’ e que tudo será feito para a conservação deste património natural. Melgaço possui uma enorme variedade de paisagens possíveis de observar através de diversas formas, que fazem de qualquer ‘passeio’, por mais pequeno que seja, um prazer de descoberta, e habitats naturais com condições que permitem a realização de programas de observação de espécies autóctones. Assim, do programa constaram várias actividades e acções, tais como rafting, canyoning, percursos pedestres, provas de alvarinho, Tour à Serra da Peneda, percursos de BTT, batismo hípico, primitive race, arvorismo, slide, rappel, escalada e para os mais curiosos a possibilidade de observarem as Cabras Montês, uma espécie rara em Portugal, existindo apenas na Serra do Gerês e na Serra Amarela. O evento ofereceu ainda a pos-
sibilidade de se participar em workshops: ‘Plantas e sabores’ (uso de plantas aromáticas/medicinais da região), ‘ Fotografia de Natureza’ e ‘ Workshop de Pão Castrejo’. Os mais novos (a partir dos seis anos) também foram contemplados, com diversas actividades educativas que decorrerem durante as oficinas temáticas. Situado na área protegida mais importante de Portugal, o Parque Nacional da Peneda-Gerês, e integrado na Reserva Mundial da Biosfera, Melgaço é uma terra que celebra a vida e tudo o que ela tem de bom para o corpo e para o espírito. De forma a comprovar que em Melgaço é possível viver momentos de aventura e adrenalina com segurança, o colóquio ‘Rios e Montanha, Aventura e Segurança’ contou com especialistas que debateram o turismo de natureza. O município de Melgaço é limitado a norte e leste pela região da Galiza, confronta com o Rio Minho e está inserido numa importante região montanhosa. A sua beleza natural, o clima, o património histórico, a gastronomia, o bom acolhimento e a simpatia das pessoas são alguns dos motivos pelos quais muitos escolhem Melgaço para descansar.
Numa carta aberta enviada ao Governo e à Assembleia da República
Associação ‘Florestais-da-UTAD’ defende “revolução florestal’ em Portugal A associação ‘Florestais-da-UTAD’ em Vila Real, defendeu uma “revolução florestal” no país e alertou que a sustentabilidade das florestas nacionais poderá estar em causa ao atingir o ponto de não retorno. Criada em 2015, a organização privada e sem fins lucrativos agrega elementos que detenham qualquer grau académico atribuído pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) na área de ciências florestais (licenciatura, mestrado e doutoramento). Numa carta aberta enviada ao Governo e à Assembleia da República, a “‘Florestais-da-UTAD’ disse que os “espaços florestais estão em alarmante declínio”, com excepção para as “fileiras assentes no sobreiro e no eucalipto”. Acrescentou que, dos múltiplos problemas que atingem o sector, os incêndios canalizam todas as atenções, e que, ano após ano, privilegia-se o combate numa aposta que “reiteradamente diminuído a resiliência e o valor das florestas nacionais”. “Descuida-se uma das nossas principais galinhas dos ovos de ouro e, como se tal não bastasse, colocam-se os ovos no cesto errado. Os riscos agravam-se. Há depleção do valor actual e da expectativa de rendimentos futuros. Aumenta a descrença na floresta”, referiu a organização. A associação acredita que a “sustentabilidade das florestas nacionais poderá estar em causa ao atingir o ponto de não retorno” e, por isso, defendeu que é urgente “mudar de rumo, envolver os florestais, promover a gestão profissional e uma revolução florestal”. O documento salientou ainda que a engenharia florestal nacional “tem provas dadas na resolução concreta dos diversos e amplos problemas florestais”, como, por exemplo, na “luta contra a desertificação, na atenuação dos problemas de erosão, na conservação de habitats, nas rearborizações e no melhoramento florestal”. A ‘Florestais-da-UTAD’ apelou à resolução das “causas profundas e estruturais que estão na base da degradação dos espaços florestais” e manifestou a
“sua disponibilidade à governança do país (Parlamento e Governo) para participar na construção de soluções e na resolução concreta dos problemas”. “Setembro é o mês do regresso e das colheitas. Só podemos colher o que semeamos. Estamos no presente a colher o que semeámos no passado. A discussão das florestas nacionais terá que ser feita em torno das políticas de desenvolvimento rural e de coesão territorial”, frisou.
A associação defendeu uma “nova abordagem estratégico institucional aos serviços florestais”, um “funcionamento em rede dos diferentes agentes”, uma “aposta no associativismo florestal e na dinamização das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF)”, a “aplicação da investigação científica, criando circuitos de facilitação de comunicação entre os investigadores e os utilizadores de inovação” e, por fim, a “gestão profissional das florestas”. www.gazetarural.com
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Anunciou o ministro da Agricultura
Governo vai reequipar sapadores florestais e criar 20 novas equipas até 2020 O Governo vai reequipar 44 equipas de sapadores florestais em 2018 e criar 20 novas equipas por ano até 2020, anunciou o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos. “O reequipamento e a criação de novas equipas representa um esforço financeiro considerável”, disse o governante, no final da reunião do Conselho de Ministros dedicado à reforma do sector florestal, que decorreu no Centro de Operações e Técnicas Florestais da Lousã, distrito de Coimbra. O ministro da Agricultura anunciou ainda o aumento da comparticipação das equipas de sapadores florestais de 35 para 40 mil euros já a partir do pró32
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ximo ano. Por outro lado, acrescentou, o Governo vai ainda “redefinir as competências e limitar a área geográfica em que estas equipas exercerão as suas funções, reduzindo-as à escala do respectivo município”. Capoulas dos Santos referiu ainda que está em equação a introdução de novos instrumentos para reforço da rede de vigilância, “designadamente vigilância área com naves tripuladas ou não tripuladas”. “O Governo está a analisar com detalhe e a admitir a possibilidade da operação dos meios aéreos actualmente existentes passarem a ser operados pela Força Aérea Portuguesa (FAP)”, assim que terminar o contrato do Estado com as empresas que ope-
ram no combate aos incêndios, disse o governante. De acordo com o ministro da Agricultura, no caderno de encargos das FAP para aquisição de novas aeronaves deve estar contemplada a sua utilização para combate aos fogos. O Governo aprovou ainda um diploma que institui a adopção do Programa Nacional de Fogo Controlado, para o qual está estimado um investimento anual na ordem dos dois milhões de euros. O programa, segundo o ministro Capoulas Santos, “irá disciplinar o uso do fogo por particulares e por profissionais, neste casos bombeiros e forças habilitadas”, como técnica de prevenção e também de combate aos incêndios.
Medidas aprovadas em Conselho de Ministros realizado na Lousã
Governo cria banco de terras com propriedades sem dono reconhecido O Conselho de Ministros aprovou medidas legislativas para a floresta como a criação de um banco de terras que integrará as propriedades do Estado e os terrenos privados sem dono reconhecido. “Hoje é um dia histórico para a floresta portuguesa”, disse aos jornalistas o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos. Numa conferência de imprensa, na Lousã, no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros dedicada ao sector florestal, Capoulas Santos afirmou que o conjunto de propostas legislativas vai dar “início a uma reforma profunda” do sector florestal. O ministro da Agricultura salientou que
a reforma visa promover o seu ordenamento e prevenir os incêndios, limitando a plantação de eucaliptos e o avanço das espécies invasoras, como as mimosas. Os terrenos agrícolas e florestais sem dono reconhecido deverão ser incluídos no futuro banco de terras, cuja gestão será confiada à Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), adiantou Capoulas Santos, que estava acompanhado na ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, que apresentou as conclusões da sessão, realizada no Centro de Operações e Técnicas Florestais (COTF). Os donos das propriedades rústicas
poderão proceder ao seu registo, sem custos, até 31 de Dezembro de 2018, adiantou o ministro. No entanto, as terras sem dono reconhecido poderão ainda ser reclamadas durante 15 anos. Findo este período de transição, o estado assumirá a propriedade das terras na sua posse. A nova legislação aprovada vai estar em discussão pública, até final de Janeiro, e será enviada à Assembleia da República. Nos últimos dois meses, foram realizadas duas reuniões temáticas do Conselho de Ministros no distrito de Coimbra, a primeira nesta cidade, em Setembro, dedicada à saúde, e a segunda na Lousã, sobre a reforma da floresta portuguesa.
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Almeida Henriques e Pedro Machado estiveram reunidos
Turismo Centro reforça apoio a “eventos estruturantes” de Viseu
A Turismo Centro de Portugal vai reforçar a ligação a Viseu através do apoio a iniciativas consideradas estruturantes pelo município, como os eventos do vinho do Dão, Feira de S. Mateus e festival Jardins Efémeros. A Entidade Regional de Turismo vai envolver-se também na criação de uma estratégia de promoção da futura sala de espectáculos Viseu Arena e vai continuar a apostar na divulgação nacional e internacional de Viseu como destino turístico, promovendo acções como a que levou esta semana ao concelho dezenas de operadores turísticos polacos. “Vamos diversificar acções de pro34
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moção e divulgação de Viseu e reforçar o trabalho que tem vindo a ser feito”, adiantou o presidente da Turismo Centro, Pedro Machado, que teve uma reunião de trabalho com o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques. A reunião ocorreu no mesmo dia em Almeida Henriques anunciou que Viseu vai passar a integrar também a rede do Turismo do Porto e Norte de Portugal, no âmbito de um protocolo que foi aprovado por unanimidade pelo executivo municipal. Na altura, o autarca queixou-se de que a entidade dirigida por Pedro Machado “não tem dado a atenção devida ao
destino Viseu”, sobretudo na divulgação dos eventos relacionados com o vinho do Dão, mas manteve aberta a porta do diálogo, garantindo que o seu concelho vai manter-se na Turismo Centro. “Continuaremos sempre a colaborar com o Turismo Centro de Portugal. Nunca esteve em causa que pudéssemos sair. Não se trata de sair de um lado para entrar no outro. Trata-se de estar nos dois, porque complementam a oferta de Viseu”, garantiu Almeida Henriques. Pedro Machado não quis responder às críticas do autarca, preferindo destacar o reforço da colaboração entre a Turismo Centro e a Câmara de Viseu em projectos considerados estruturantes. “Vamos trabalhar ainda mais na divulgação de Viseu como destino turístico”, disse Machado, que garantiu não ter sido surpreendido pela assinatura do protocolo entre o município e a Turismo do Porto e Norte de Portugal. O responsável da Turismo Centro garante que encara “com naturalidade” o que considera ser “a estabilização de relações” entre Viseu e a Turismo do Porto e Norte, garantindo que aos autarcas cabe sempre o papel de reclamar mais apoios para os respectivos concelhos. “É compreensível que Viseu queira aproveitar o fluxo de turistas que entram no país pelo Aeroporto do Porto, isso não oferece surpresa. Estabilizar relações com a Porto e Norte de Portugal é prática que a Turismo Centro já vem fazendo há algum tempo”, garante. Pedro Machado lembra que recentemente as duas entidades regionais de Turismo tiveram uma presença conjunta na Feira Internacional de Turismo de Madrid, um dos maiores eventos do género do mundo. As duas entidades estão ainda envolvidas numa candidatura a fundos comunitários destinados ao reforço da internacionalização dos respectivos destinos turísticos.
Com mais de 30 Confrarias convidadas e cerca de 200 confrades
X Capítulo da Confraria Grão Vasco ultrapassou expectativas e recebeu elogios Cerca de duas centenas de pessoas marcaram presença no X Capítulo Geral de Entronização da Confraria dos Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’. O evento, um dos maiores do género realizado na região, recebeu mais de três dezenas de Confrarias oriundas de vários pontos do país, num total de cerca de duas centenas de participantes. Na ocasião foram entronizados 10 comendadores e 18 cavaleiros, numa cerimónia que contou com a presença de diversas entidades, entre as quais se destacam o vice-presidente da Câmara de Viseu, Joaquim Seixas; Nelson Almeida, empresário beirão radicado no Brasil, em representação da Casa do Distrito de Viseu no Rio de Janeiro, e Jorge Loureiro, vice-presidente da Entidade de Turismo do Centro. A cerimónia do Capítulo teve dois momentos musicais marcantes, o primeiro com Isabel Silvestre, uma das vozes mais carismáticas nacionais e comendadora da Confraria, e o segundo com Catarina Barros e Daniel Simões, nas vozes, acompanhados por Anícia Costa, ao piano, e Luis Peres, ao violino. Depois do Capítulo, que decorreu na Igreja da Misericórdia, em Viseu, o cor-
tejo percorreu as ruas do Centro Histórico da cidade até à Praça da República, onde a comitiva foi recebida no Salão Nobre da Câmara Municipal. Na ocasião, o presidente da Assembleia-Geral da FPCG exaltou a forma como decorreu o Capítulo, sublinhando que a Confraria Grão Vasco é das que “mais dignidade” dá a este tipo de cerimónias. Joaquim de Almeida destacou também o trabalho levado a cabo pela Confraria viseense na promoção e divulgação dos valores confrádicos; no reforço do papel da Federação na defesa da gastronomia e das tradições portuguesas. O dirigente apontou a Confraria Grão Vasco como um exemplo a seguir no trabalho que tem vindo a fazer junto da diáspora portuguesa espalhada pelo mundo. Por sua vez, o Almoxarife lembrou o trabalho desenvolvido pela Confraria, não só na defesa e valorização dos saberes e sabores da Beira, mas também o papel que a mesma tem tido junto da diáspora portuguesa, nomeadamente na criação da Federação das Associação da Diáspora, de que é co-fundadora, cuja sede é em Viseu. José Ernesto Silva, depois de agrade-
cer o apoio que a Câmara de Viseu tem dado à Confraria, salientou ainda o papel social que a mesma tem tido, desde a sua existência, no apoio aos mais desfavorecidos, nomeadamente com a entrega de cabazes por altura do Natal. Neste âmbito, a Confraria deverá promover, ainda este ano, uma acção no âmbito social. A terminar a sessão na Câmara de Viseu, o presidente da autarquia teceu rasgados elogios ao trabalho levado a cabo pela Confraria, na pessoa do seu Almoxarife, não só na região, mas no mundo da diáspora portuguesa. Almeida Henriques sublinhou também a importância que a mesma representa hoje para a cidade e para a região. O evento terminou com um almoço tradicional da Beira no Hotel Montebelo, ‘regado’ com vinhos do Dão, ofertados por vários produtores. O repasto foi animado pela Tuna Sabores da Música e por Catarina Barros e Daniel Simões, nas vozes, acompanhados por Anícia Costa, ao piano. No final, com o sentimento do dever cumprido, foram muitos os que destacaram a excelência do Capítulo em que participaram e que cumpriu os preceitos que devem reger este tipo de cerimónias. www.gazetarural.com
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Projecto será coordenado pela Fundação Mata do Buçaco
Três municípios lançam Grande Rota do Buçaco Mealhada, Mortágua e Penacova vão criar a Grande Rota da Mata e Serra do Buçaco, um percurso pedestre e de BTT (bicicletas de todo o terreno) que será coordenado pela Fundação Mata do Buçaco. Com mais de trinta quilómetros de extensão, a Grande Rota terá início na Mata do Buçaco e vai estender-se pelo território dos três municípios associados, disponibilizando ao longo do percurso diversos pórticos, mesas de interpretação ambiental e espaços de descanso e lazer. A Grande Rota da Mata e Serra do Buçaco será objecto de uma candidatura conjunta a cem mil euros de fundos comunitários do programa Buy Nature, através do consórcio regional da Estratégia de Eficiência Colectiva Provere iNature - Turismo Sustentável em Áreas Classificadas. Coordenado pela Agência de Desen-
volvimento Gardunha XXI, o consórcio é um parceiro privilegiado da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR) e abrange sete comunidades intermunicipais e 16 grupos de acção local, num total de 224 entidades de 12 áreas classificadas da região Centro, como Serra da Estrela, Tejo, Gardunha Malcata, Côa, Mata do Buçaco, Açor, Vouga-Caramulo, Sicó-Alvaiázere e Aire e Candeeiros. O consórcio conduziu recentemente a candidatura a fundos europeus que suportam financeiramente a contratação da empresa especializada que coordena a candidatura da Mata do Buçaco a Património Mundial da UNESCO. “A Grande Rota é um exemplo para o país de uma iniciativa supramunicipal, que resulta da visão dos presidentes dos três municípios, que souberam perceber que se unissem esforços poderiam dar escala e dimensão
a este projecto”, resume o presidente da Fundação Mata do Buçaco. António Gravato esclarece que o traçado final da Grande Rota será fixado pelo trabalho conjunto dos técnicos das três autarquias, que levarão em conta não só as belezas naturais da serra e mata do Buçaco, mas também os abundantes registos históricos relacionados com as invasões francesas. No Buçaco travou-se durante a Terceira Invasão Francesa uma batalha decisiva, em Setembro de 1810, durante a qual o exército de Napoleão foi derrotado pelas forças anglo-lusas comandadas pelo visconde de Wellington. “Logo que o traçado for homologado pelos presidentes dos três municípios avançaremos para o terreno”, diz António Gravato, fazendo votos para que a Grande rota seja inaugurada na primavera de 2017.
Ano XII | N.º 281 | Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) | jla.viseu@gmail.com | 968044320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda | Redacção: Luís Pacheco | Opinião: Miguel Galante Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada | Administração José Luís Araújo | Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | Tel. 232 411 299 | E-mail: novelgrafica2@gmail.com | Rua Cap. Salomão 121, 3510-106 Viseu Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares | Versão Impressa: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
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Breves Breves Breves Breves Breves Breves Estão abertas até 15 de Novembro as inscrições para a III Feira da Pinha e do Pinhão | Saberes e Sabores de Terras de Carregal do Sal. A Câmara local volta a apostar em grande num certame anual que promove a cultura do pinheiro manso mas também a gastronomia, os vinhos, o artesanato, a etnografia, … as potencialidades do Concelho. O certame decorre nos dias 20, 21 e 22 de Janeiro de 2017 e regressa ao formato de três dias de funcionamento repetindo também a transmissão em directo do Programa Somos Portugal, da TVI, no domingo. A participação é gratuita devendo os interessados proceder à sua inscrição até ao dia 15 de Novembro, através do preenchimento de impresso próprio disponibilizado no portal da Autarquia, em www.carregal-digital.pt ou na Câmara de Carregal do Sal (Gabinete de Apoio ao Empresário).
“Terra de Culinária”, no III Congresso Nacional de Turismo e Culinária em Oliveira de Azeméis. Este projecto, da responsabilidade da Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia (APTECE), em parceria com o Turismo de Portugal e a Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGARD), tem como objectivo distinguir o Município que contribui com maior dinamismo para a valorização do património gastronómico e para a promoção turística e cultural locais, com base num programa de actividades integrado com os agentes económicos. A vereadora Teresa Sobrinho recebeu o prémio do último Município distinguido, Monchique, com o compromisso de, durante um ano, apostar na promoção do selo “Terra de Culinária”, com iniciativas destinadas ao mercado nacional e internacional integrando a gastronomia como factor diferenciador na oferta turística, preservando a essência e tradição locais e defendendo o receituário típico e os produtos endógenos.
IV Edição do Concurso “Reciclar e Enfeitar para Tondela Embelezar”
Penamacor assegura prova WRE de Orientação para 2018
A Câmara Municipal de Tondela, através do Pelouro da Educação, propõe levar a efeito a quarta edição do concurso de enfeite (presépios e árvores de Natal) de rotundas/espaços verdes e Parque Urbano da Cidade, na época natalícia. O concurso apresenta como objectivos principais sensibilizar os alunos e a população em geral para as questões ambientais; incentivar a criatividade e originalidade recorrendo à reutilização de materiais reciclados; o envolvimento da Comunidade Educativa; reconhecer e premiar projectos inovadores; embelezar a cidade na quadra natalícia; e o envolvimento do Movimento Associativo concelhio. O concurso destina-se a todos os alunos pertencentes a Estabelecimentos de Ensino (Jardins de Infância, 1º ciclo, 2º ciclo, 3º ciclo, secundário e profissional), Instituições do concelho, no domínio do Apoio à Deficiência, Agrupamentos de Escuteiros e IPSS – Centros de Dia e Lares e a todo o Movimento Associativo que nele desejem participar. O concurso “Reciclar e Enfeitar para Tondela Embelezar” irá decorrer nas rotundas e espaços verdes e Parque Urbano da cidade entre os dias 4 de Dezembro de 2016 e 8 de Janeiro de 2017.
A Orientação ao mais alto nível vai voltar a Penamacor em 2018, com a realização de uma prova do circuito World Ranking Event, disputado pelos melhores atletas internacionais. A realização deste evento, mais do que uma acção desgarrada, representa a continuidade de um processo de colaboração entre o Município e o Cube de Orientação do Centro (COC), que visa efectivar Penamacor enquanto referência internacional para a prática da modalidade, servindo-se dos indiscutíveis trunfos de que dispõe, isto é, território atractivo e cartografia de grande qualidade. Para o presidente António Luís, este é um bom caminho para a rentabilização de base territorial e uma boa forma de retirar dividendos de investimentos anteriores e de dar prosseguimento a investimentos futuros. À semelhança do POM, já aqui realizado em 2016, os cerca de 1000 participantes esperados para este WRE não deixarão de esgotar a capacidade hoteleira do concelho e de constituir um impulso para a dinâmica da oferta e da procura na economia concelhia. A zona da Serrinha, localizada a sul da vila de Penamacor, será a arena e o palco desta importante prova.
Palmela promove Fórum Turismo “Gastronomia e Vinhos”
O Município de Lousada leva a efeito, no próximo dia 11 de Novembro, no Auditório Municipal de Lousada, as XIII Jornadas do Ambiente, onde será discutida a valorização do capital natural enquanto tema emergente na área do Ambiente e Sustentabilidade. O capital natural pode ser definido como o conjunto de bens e serviços providenciados pelos recursos naturais, incluindo os solos, a água, o ar, a paisagem, e todos os seres vivos. Numa época em que o capital financeiro tenta recuperar de uma crise profunda, faz sentido reflectir sobre estratégias de crescimento alternativas. Da economia à educação, da cultura à saúde, o Capital Natural representa a verdadeira garantia de sustentabilidade ambiental, social e económica, afigurando-se como um factor-chave para o desenvolvimento regional. As XIII Jornadas do Ambiente reúnem alguns dos melhores exemplos e práticas no contexto da valorização do capital natural, integrando as perspectivas dos agentes públicos e privados com papel relevante na sustentabilidade em Portugal. A iniciativa é dirigida a autarcas, operadores turísticos, professores, estudantes, dirigentes de entidades públicas e privadas relacionadas com o ambiente e a educação, ONGs e público em geral.
Feira da Pinha e do Pinhão 2017 em Carregal do Sal
Palmela promove o Fórum Turismo “Gastronomia e Vinhos”, uma iniciativa da Câmara local, com frequência gratuita, que decorrerá no dia 10 de Novembro, no Cine-teatro S. João, em Palmela. A gastronomia e os vinhos como factores de atracção turística e a promoção e valorização do Enoturismo em Portugal e no estrangeiro são os dois painéis orientadores das comunicações que integram este evento, com destaque para a apresentação do Projecto “Palmela – Experiências com Sabor!”, casos de sucesso de Enoturismo no Concelho e os projectos desenvolvidos pela Rota de Vinhos da Península de Setúbal. A anteceder os trabalhos do Fórum, o Município de Palmela e a CP – Comboios de Portugal vão assinar um Acordo de Parceria, no âmbito da Rota das Vinhas, Fernando Pó. São Pedro do Sul distinguido com o prémio “Terra de Culinária” O Município de S. Pedro do Sul foi distinguido com o prémio
XIII Jornadas do Ambiente em Lousada
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Segundo o Relatório de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal
Crédito Agrícola e uma das instituições financeiras menos reclamadas O Crédito Agrícola foi a instituição financeira, entre os principais Bancos a actuar em Portugal, que registou menos reclamações dos seus clientes na maioria das rubricas, durante o primeiro semestre deste ano. Os dados foram divulgados pelo Banco de Portugal na Sinopse de Actividades de Supervisão Comportamental. Durante os primeiros seis meses do ano, o Supervisor recebeu uma média de 11 reclamações por cada 100 mil contratos de contas à ordem. O Crédito Agrícola (SICAM – Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo e do qual fazem parte 82 Caixas de Crédito Agrícola, com a supervisão da Caixa Central) registou duas reclamações por cada 100 mil contratos, valor mais baixo do sistema financeiro. No crédito hipotecário o Regulador recebeu uma média de 38 reclamações por cada mil contratos. Relativamente ao Crédito Agrícola registaram-se 14 reclamações por cada mil contratos. Mais uma vez a instituição financeira cooperativa apresentou números mais reduzidos de queixas.
Nos contratos de crédito aos consumidores, a média do sistema foi de 16 reclamações por cada 100 mil contratos. O Crédito Agrícola ficou bastante abaixo, com 10 reclamações por cada 100 mil contratos. Estes dados vêm corroborar o estudo da Marktest, do primeiro quadrimestre do ano, em que o Crédito Agrícola apresentou um índice de satisfação com o atendimento de 89,7, enquanto a média do sector se situou nos 83,6 pontos (numa escala de 0 a 100). O CA registou ainda um índice de satisfação com a qualidade dos seus produtos financeiros muito superior à média do sector (81,7 pontos e 74 pontos, respectivamente) e apresentou um índice de satisfação global de 85,8 pontos, mais 7,5 pontos do que a média do sector. Por estas razões, o mesmo estudo revela que o nível de recomendação do CA é de 85,6 pontos, também acima da média do sector (77,2 pontos). O Crédito Agrícola é uma instituição financeira de capitais exclusivamente nacionais, presente em todo o território nacional e detentor da segunda maior rede de agências em Portugal.
ODEMIRA
Novembro, 11 2016
Auditório da Associação de Beneficiários do Mira Lat: 37°35'53.56''N
Long:8°38'29.99''W
XXXVIII REUNIÃO DE OUTONO As pastagens e a produção pecuária no sudoeste alentejano.
Programa
9H00 – RECEÇÃO DOS VISITANTES 9H30 – SESSÃO DE ABERTURA 10H00 – “AS PASTAGENS NO CONCELHO DE ODEMIRA” AUGUSTO LANÇA (ESCOLA PROFISSIONAL DE ODEMIRA) 10H30 – COFFEE-BREAK 10H45 – “RAÇA LIMOUSINE EM PORTUGAL” Mª FÁTIMA VERÍSSIMO (ACL - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE CRIADORES DA RAÇA BOVINA LIMOUSINE) 11H15 – “CARATERIZAÇÃO DA RAÇA CAPRINA CHARNEQUEIRA E PERSPETIVAS FUTURAS” PEDRO CARDOSO (OVIBEIRA-ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE OVINOS DO SUL DA BEIRA) 11H45 – DEBATE 12H15 – INTERVALO PARA ALMOÇO 13H30 - 17H30 – VISITAS TÉCNICAS VISITA TÉCNICA 1 – “BOVINOS LIMOUSINE EM PASTAGENS DE REGADIO” VISITA TÉCNICA 2 – “PRODUÇÃO LEITEIRA EM PASTAGENS DE REGADIO” VISITA TÉCNICA 3 – “CAPRINOS DA RAÇA CHARNEQUEIRA EM SISTEMA AGRO-SILVOPASTORIL MEDITERRÂNICO NA SERRA DE ODEMIRA” Custo da inscrição: Sócios - 5 € Não sócios - 8 € Estudantes/bolseiros – 2 € Custo do Almoço: 10€/pessoa
Organização
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Teresa Carita (teresacarita@sppf.pt)
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