Gazeta Rural nº 288

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Director: José Luís Araújo

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N.º 288

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28 de Fevereiro de 2017

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Preço 4,00 Euros

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Produtos lácteos vão ter que mencionar origem do produto Sever do Vouga faz a Festa com Lampreia e Vitela Aguiar da Beira homenageia o pastor e inaugura Mercado do Gado Feira do Fumeiro do Demo mostra diversidade de Vila Nova de Paiva Associação dos Escanções de Portugal tem nova direcção interina AGRO - Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação comemora bodas de ouro

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Tel. 232 430 450 1


Sumário 04 Sever do Vouga à espera de milhares de visitantes para a

18 Associação dos Escanções de Portugal tem nova direcção

Festa da Lampreia e da Vitela

interina

06 Região prepara acção de promoção do Queijo Serra da

20 Verallia Portugal apresentou nova Campanha Publicitária

Estrela em Lisboa

22 Novas Organizações de Produtores vão dinamizar

07 Feira do Queijo de Oliveira do Hospital reúne 300

agricultura do Centro e Norte Alentejano

expositores

23 Novas variedades de amendoeira tornam cultura

08 Tábua aposta na Feira do Queijo e espera milhares de

interessante para o Ribatejo

visitantes

24 Frutos secos estão a chamar jovens e a criar novos

09 Redução do efectivo ameaça produção de queijo da Serra

negócios

da Estrela DOP

26 Produtos lácteos vão ter que mencionar origem do produto

10 Queijo Serra da Estrela vai ter centro de investigação em

27 Governo recebeu mais de 600 contributos para melhorar

Seia

diplomas da reforma da floresta

11 Município de Aguiar da Beira inaugura novo Mercado do

30 Douro quer azeite com Denominação de Origem Protegida

Gado

34 Escola Agrária de Viseu presente no maior evento de

12 Feira do Fumeiro do Demo mostra diversidade do concelho

Medicina Veterinária em Portugal

de Vila Nova de Paiva

35 Novidades marcam arranque da época balnear em termas

13 Festival das 4 Estações celebra inverno no Parque Natural

do distrito de Viseu

Local Vouga Caramulo

37 AGRO - Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e

16 Essência do Vinho - Porto é um evento “cada vez mais

Alimentação comemora bodas de ouro

internacional”

38 Constância prepara Festas de Nossa Senhora da Boa

17 AMPV quer criar rota do vinhos nos Açores

Viagem

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De 11 a 19 de Março em oito restaurantes

Sever do Vouga à espera de milhares de visitantes para a Festa da Lampreia e da Vitela

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saber fazer é um dos aspectos importantes da cozinha tradicional, que em Sever do Vouga tem o seu expoente máximo na vitela assada com arroz de forno, a ‘rainha’ da gastronomia local e um prato muito procurado ao longo de todo o ano. Nesta época, à vitela junta-se a lampreia, que se faz um pouco por todo o lado no centro e norte do país, mas que em Sever, diz-se, é diferente. Estes são os ingredientes para a Festa da Lampreia e da Vitela, que vai decorrer de 11 a 19 de Março em oito restaurantes do concelho. Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Sever do Vouga diz ter boas expectativas para o evento, que este ano tem mais restaurantes aderentes, naquilo que o autarca considera ser “um sinal positivo”. António Coutinho fala ainda da Conferência Europarc Montanhas Mágicas 2017, que de 6 a 10 de Setembro também passará por Sever do Vouga, bem como ao grande anseio 4

das gentes do concelho que passa por um acesso rápido à A25 e que espera ver cumprido em breve. Gazeta Rural (GR): A meio da época desta iguaria, como está Sever do Vouga em termos de lampreia? António Coutinho (AC): A época já começou nos restaurantes do concelho, embora seja lampreia apanhada mais a jusante do rio Vouga. Acreditamos que está a subir o rio e seja apanhada no nosso concelho para a Festa da Lampreia e da Vitela. GR: A vitela continua a ser o prato mais procurado nos restaurantes do concelho durante todo o ano? AC: A vitela é a rainha da nossa gastronomia. Neste Festival fazemos a promoção destes dois pratos típicos, até porque há muita gente que não é fã de lampreia e tem sempre a possibilidade de degustar

a nossa vitela assada com arroz de forno, que é um prato único e diferente. GR: É possível quantificar o número de pessoas que nesta altura visitam Sever do Vouga? AC: Tentamos fazer a estatística no relatório final do evento, mas é sempre difícil, pois nem sempre temos acesso a esses dados. Tentamos ter uma estimativa, mas o que sabemos é que passam alguns milhares de pessoas no concelho, não só para degustar as nossas iguarias, mas também visitar e conhecer o nosso património edificado e paisagístico, que é riquíssimo. GR: Que expectativa tem para este festival? AC: Temos as melhores, sabendo que todos os anos procuramos melhorar. Uma nota positiva é que temos mais restaurantes que aderiram ao evento (8), o que faz com que a frequência de pessoas www.gazetarural.com


seja maior. É um dado importante, pois é sinal que acreditam no evento e que haverá mais visitantes nesta altura do ano. GR: Falar de Sever do Vouga, para além dessas iguarias, falamos também de pequenos frutos. Como está hoje o sector, a cerca de quatro meses da Feira do Mirtilo, um grande evento de cariz nacional? AC: Arriscaria a dizer que está bom. Tivemos uma época boa e acreditamos que é um sector com uma grande margem de crescimento. Basta ver que o sector dos pequenos frutos tem hoje mais peso nas exportações que, por exemplo, a pera rocha. Acredito que está firme e a crescer.

GR: É um evento que trará muita gente a esta região? AC: É um evento importante, pois, nesta altura, já estão inscritos perto de quatro centenas de participantes oriundos de vários países, fora as inscrições nacionais. Isto trará um grande movimento de pessoas, que fará mexer com a hotelaria e a restauração, e que serão o chamariz para que outras demandem este território. GR: Está na recta final do seu primeiro mandato. O que não fez que gostaria de ter feito? AC: É público o meu desejo, mas também a necessidade, de que Sever tenha uma ligação rápida à A25. Foi por isso que lutámos e que gostaria de ter feito. Vamos continuar a lutar por isso até ao fim do mandado, pois é, neste momento, o que nos faz mais falta para podermos promover melhor a nossa industria, aumentar as zonas empresariais e, natu-

ralmente, a competitividade das nossas empresas, principalmente no mercado externo. Entendemos que esse é o grande desejo e a grande ambição das gentes de Sever do Vouga e a obra mais desejada.

GR: Em Setembro vai decorrer na região a Conferência Europarc Montanhas Mágicas 2017. Sever do Vouga também está no roteiro desta conferência? AC: As actividades da Conferência foram distribuídas pelos vários municípios que integram a ADRIMAG, conforme a disponibilidade de cada um. Em Sever do Vouga vamos acolher várias reuniões importantes no Vougapark. Também as visitas, para dar a conhecer o território, foram distribuídas e nós iremos receber vários grupos. Já elaborámos um guião para a visita ao nosso município, com as questões da natureza em destaque, mas a discussão da própria conferência também se faz grande parte dela em Sever do Vouga. www.gazetarural.com

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Reunião decorreu em Oliveira do Hospital

Região prepara acção de promoção do Queijo Serra da Estrela em Lisboa P

rodutores, associações do sector, Turismo do Centro, Comunidades Intermunicipais e autarcas da Região Demarcada do Queijo Serra da Estrela preparam uma grande acção de promoção do Queijo Serra da Estrela em Lisboa. O autarca de Oliveira do Hospital foi o anfitrião de uma reunião de trabalho para preparação da iniciativa. Presidida por José Carlos Alexandrino, a reunião contou com a presença do presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado; do presidente do Município de Seia, Filipe Camelo; do presidente do Município de Penalva do Castelo, Francisco Carvalho; e autarcas e representantes dos Municípios de Celorico da Beira, de Gouveia, de Mangualde, de Arganil, e de Viseu; dos responsáveis das associações Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela (ANCOSE) e Cooperativa dos Produtores de Queijo Serra da Estrela (EstrelaCoop); e dos secretários executivos das

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Comunidades Intermunicipais - CIM Região de Coimbra e CIM Beiras e Serra da Estrela. Para desenvolver e delinear o programa da iniciativa foi constituído um grupo de trabalho envolvendo a CIM Região de Coimbra, a CIM Beiras e Serra da Estrela e as entidades representativas do sector. A realização de uma iniciativa promocional do Queijo Serra da Estrela na capital do país é um anseio com vários anos que foi inicialmente dialogado entre os Municípios de Oliveira do Hospital e de Seia e que agora ganhou novo alcance com o alargamento ao território da Região Demarcada do Queijo Serra da Estrela e com a integração de vários parceiros. Nesse sentido foi lançado o repto ao Turismo do Centro de Portugal que manifestou a disponibilidade para apoiar a acção através do Programa Valorizar. Neste encontro, Pedro Machado, da parte do Turismo Centro de Portugal as-

sumiu a disponibilidade para apoiar um evento de promoção de gastronomia e vinhos em Lisboa, com grande enfoque no Queijo Serra da Estrela, uma das sete maravilhas da Gastronomia Portuguesa e uma das marcas fortes do Centro de Portugal. Enquanto anfitrião do encontro, José Carlos Alexandrino referiu que “este é um projecto que nos deve mobilizar a todos para afirmarmos a nossa região junto do grande mercado da capital e criarmos condições para promover e valorizar economicamente o Queijo Serra da Estrela”. Para o autarca de Oliveira do Hospital, “um evento com esta dimensão é simultaneamente uma grande operação de marketing territorial e de criação de novos mercados para o Queijo Serra da Estrela”. Para levar por diante esta iniciativa foi criada uma equipa de coordenação da iniciativa que vai apresentar uma proposta de programa a desenvolver em Lisboa e a candidatar a financiamento.

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Autarquia espera mais de 50 mil pessoas no evento

XXVI Feira do Queijo de Oliveira do Hospital reúne 300 expositores O

liveira do Hospital volta a ser a capital do Queijo Serra da Estrela no fim-de-semana de 11 e 12 Março, com a realização da XXVI Feira do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital, certame que conta com a adesão de mais de 300 expositores, entre produtores de queijo e de outros bens locais. O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, afirmou que a Feira do Queijo com denominação de origem protegida (DOP) da Serra da Estrela “é o maior evento da cidade”, no distrito de Coimbra. Nas anteriores edições, cerca de 50 mil pessoas visitaram o certame, no qual “só se aceitam expositores do concelho”, no que respeita ao queijo DOP, enchidos, mel e outros produtos endógenos, podendo, no entanto, participar representantes do artesanato e gastronomia do exterior, disse. José Carlos Alexandrino falava num pré-lançamento da edição 2017 Feira do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital, que contou com a presença do apresentador de televisão Fernando Mendes, que apadrinha a iniciativa pelo segundo ano consecutivo e que esteve no concelho para participar na gravação do vídeo promocional, produzido pela empresa local BKN Multimédia, em que o actor interage de forma humoríswww.gazetarural.com

tica com um pastor e seu rebanho. Para Fernando Mendes, “é uma honra estar a dar a cara por este evento”. Antes e depois da sessão, acompanhado por José Carlos Alexandrino e pelo pastor António Lameiras, que envergava trajes tradicionais da Serra da Estrela, tal como Fernando Mendes, dezenas de pessoas de todas as idades pediram autógrafos e quiseram tirar fotografias com o apresentador. Enquanto aposta da autarquia e dos produtores, a feira permite “promover a marca Oliveira do Hospital”, na região e no país, em parceria com a Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela (ANCOSE) e a Confraria do Queijo Serra da Estrela, ambas com sede no concelho, disse o presidente da Câmara. “Temos a expectativa de bater o recorde de participantes do ano passado”, acrescentou. O programa da Feira do Queijo Serra da Estrela inclui ainda provas de queijos, enchidos e vinhos da região demarcada do Dão, tosquia de ovelhas, fabrico de queijo ao vivo, feira de artesanato e coleccionismo, concurso de gastronomia, exposição animal e “show cooking”. O evento coincide com a Semana da Gastronomia, que decorre de 04 a 12 de Março. 7


Nos dias 4 e 5 de Março, no Pavilhão Multiusos

Tábua aposta na Feira do Queijo e espera milhares de visitantes V

ai decorrer no fim-de-semana de 4 e 5 de Março a XXVIII Feira do Queijo, do Pão, dos Enchidos e do Mel, uma iniciativa da Câmara de Tábua, que nesta edição espera ultrapassar os cinco mil visitantes de 2016. O certame decorrerá no Pavilhão Multiusos de Tábua, onde estarão presentes 80 produtores, 15 stands de artesanato e produtos endógenos e 12 tasquinhas de gastronomia, representadas por 12 associações do concelho, num investimento de 27.500 euros. “Vai ser uma grande feira”, afirmou o presidente da autarquia, Mário Loureiro, na apresentação do evento, que decorreu na Quinta do Passal, um cenário rural onde pasta um rebanho de ovelhas, acompanhado de cães da raça

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Serra da Estrela. Mário Loureiro disse que à Feira do Queijo e demais produtos endógenos, está associada a VII Mostra de Artesanato e Gastronomia, que regista a adesão de 110 expositores das diferentes áreas. “Vamos mostrar tudo o que temos de melhor no concelho”, com destaque para o queijo com denominação de origem protegida (DOP) da Serra da Estrela e o vinho DOP do Dão, afirmou. Segundo o autarca, Tábua oferece aos expositores e ao público “condições para que o evento seja um sucesso como nos anos anteriores”. “Continuamos a fazer uma aposta na qualidade, na valorização do concelho de Tábua e da região”, acentuou. Mário Loureiro salientou que a feira

conta com a colaboração de produtores locais, bem como de outras instituições, como associações e grupos culturais, que mostram aos visitantes o que o município “tem de bom” no campo das tradições populares. O edil sublinhou ainda que a Feira do Queijo, do Pão, dos Enchidos e do Mel “produz riqueza e cria emprego” e faz jus ao gosto da população de Tábua “de receber bem” os visitantes. Em 2016, a feira “teve a maior adesão pública de sempre, com cerca de 5.000 visitantes”, segundo uma nota da autarquia. No encontro com os jornalistas, intervieram ainda a vice-presidente da Câmara, Ana Paula Neves, e o vereador Ricardo Cruz.

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Presidente da ANCOSE mostra-se preocupado

Redução do efectivo ameaça produção de queijo da Serra da Estrela DOP A

redução do número de ovelhas da Serra da Estrela não parou de baixar nos últimos cinco anos, o que leva a associação do sector a defender incentivos públicos à preservação do queijo certificado da região. “Não podemos deixar extinguir o queijo Serra da Estrela”, afirmou Manuel Marques, presidente da Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela (ANCOSE), que abrange 18 municípios dos distritos de Viseu, Coimbra, Guarda e Castelo Branco. Este filho de pastores de Mangualde, no distrito de Viseu, disse que, em 2012, havia cerca de 120 mil ovelhas das duas raças autóctones, “bordaleira” e “churra mondegueira”, de cujo leite é feito o queijo com denominação de origem protegida (DOP). No entanto, segundo Manuel Marques, que é jurista na Câmara de Mangualde e exerce funções de vereador no vizinho município de Nelas, o número de efectivos tem vindo a registar uma “quebra substancial”, situandose actualmente nas 75 mil cabeças. “Qualquer dia, o leite produzido pelas raças da Serra da Estrela não chega para o queijo que é consumido no país”, alertou. Para o presidente da ANCOSE, com sede em Oliveira do Hospital, importa que o Estado e as autarquias avancem com novas medidas de apoio à produção, recorrendo para tal aos fundos europeus do Portugal 2020. Manuel Marques lamentou que, na sequência de “uma alteração substancial da lei”, no ano passado, tenha sido retirado aos criadores um apoio anual de 15 euros por cada ovelha, que existia ao abrigo das chamadas “medidas agroambientais”, como incentivo ao aparecimento de novos rebanhos e ao desenvolvimento do mundo rural, com financiamento da União Europeia. “Os pastores estão a viver com muitas dificuldades”, acrescentou, defendendo que “a Administração Central e os municípios tenham esse cuidado” de elevar o nível das economias familiares do interior montanhoso. Na sua opinião, “a política de subsídios à agricultura e pecuária está errada há muitos anos e isso tem sido transversal a todos os governos”, sendo necessário, www.gazetarural.com

no caso da ovinicultura da Serra da Estrela, incentivar o aparecimento de novos rebanhos. A “diminuição substancial” dos efectivos de raças autóctones “ameaça a qualidade do queijo” certificado e compromete mesmo a capacidade dos criadores responderem à crescente procura deste produto DOP do Centro de Portugal. “A maioria dos pastores da região tem idades acima dos 50 a 60 anos. Hoje, não há incentivos a esta parte da agricultura, que é a mais rentável, mas também a mais difícil”, sublinhou o presidente da ANCOSE. Trata-se de um sector que “cria trabalho e riqueza e é também importante na prevenção dos incêndios florestais”, mas entre os produtores de queijo da Serra da Estrela

“não há domingos, não há feriados, nem festas”, enfatizou. A associação, que nasceu em 1981, tendo como principal objectivo o melhoramento genético e a defesa das ovelhas da Serra da Estrela, foi nomeada três anos depois como entidade gestora do livro genealógico da raça e reúne actualmente 267 produtores. O queijo da Serra da Estrela está este ano presente num ciclo de feiras, que começou em Penalva do Castelo e que encerra a 19 de Março, em Fornos de Algodres. O queijo de ovelha terá também destaque em Trancoso a 04 e 05 de Março. Entre os dias 04 e 19 de Março, decorrem as feiras de Oliveira do Hospital, Tábua, Aguiar da Beira e Fornos de Algodres. 9


Revelou o presidente da Câmara de Seia

Queijo Serra da Estrela vai ter centro de investigação em Seia S

eia quer criar um Centro de Investigação do Queijo Serra da Estrela. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara, Carlos Filipe Camelo, revelando que a autarquia vai recorrer a fundos europeus. ~ Segundo o autarca, que fez o anúncio na sessão de abertura da XXXIX Feira do Queijo Serra da Estrela, o projeto também envolverá a Universidade de Coimbra. “Temos as bases lançadas para a formação de um Centro de Investigação do Queijo, cujo objetivo é o de criar um local que consiga dar resposta a toda a problemática associada à fileira do queijo, desde a produção à sua comercialização”, disse Carlos Filipe Camelo. Na sua intervenção, explicou que o futuro centro será “um local onde se faça investigação e, ao mesmo tempo, se trabalhe o ‘marketing’ do produto, se criem postos de trabalho qualificados e responda a uma problemática e a um vazio existente”. “Já conseguimos a disponibilidade e envolvência da Universidade de Coimbra para a construção e existência de uma parceria forte”, declarou. O autarca referiu que o município vai agora “partir em busca” dos instrumentos financeiros que “permitam concretizar esse importante objetivo, no quadro dos recursos europeus” colocados à disposição, no âmbito do Portugal 2020. Ao ministro da Agricultura, Capoulas Santos, Carlos Filipe Camelo pediu “celeridade na execução dos programas comunitários”. “Para que possamos

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transformar todas estas potencialidades relacionadas com os produtos tradicionais e endógenos ao serviço da economia e do emprego, esses apoios são fundamentais para corrigir as desigualdades e as assimetrias que ainda persistem em terras do interior como as nossas”, justificou. Carlos Filipe Camelo disse ainda, na sua intervenção, que o seu concelho, situado na Serra da Estrela, é o “lar do mais famoso queijo português”. Com o certame, o município pretende valorizar e promover o queijo Serra

da Estrela, “criando sinergias, racionalizando recursos e promovendo ganhos de escala económica significativos do produto mais representativo” da região. No concelho de Seia existem sete queijarias que produzem queijo certificado, e 12 que produzem produto não certificado, segundo informação disponibilizada pela organização do certame anual. Um dos momentos de destaque do programa foi a produção do “maior queijo de ovelha de Seia”, com a participação de sete queijarias do concelho.

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No dia 12 de Março, durante a Feira do Pastor e do Queijo, em Mosteiro

Município de Aguiar da Beira inaugura novo Mercado do Gado O

Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luis Vieira, vai inaugurar o novo Mercado de Gado, em Mosteiro, no concelho de Aguiar da Beira, durante a Feira do Pastor e do Queijo que terá lugar a 12 de Março. A nova infraestrutura vai dinamizar a feira quinzenal que ali se realiza, permitindo a comercialização de pequenos ruminantes. Para o presidente da Câmara de Aguiar da Beira, esta é uma obra “estruturante”, que vai permitir “dinamizar” a economia local, num investimento que rondou os 190 mil euros. Joaquim Bonifácio, à Gazeta Rural, destacou a importância do sector dos pequenos ruminantes no concelho, para a produção de leite e queijo, para além da criação de borregos. Gazeta Rural (GR): A Festa do Pastor e do Queijo tem, este ano, um atractivo suplementar? Joaquim Bonifácio (JB): Sim. É um evento aguardado com muita expectativa por toda a população do concelho, em especial as gentes de Penaverde. Espero que seja um grande dia, porque temos produto de alta qualidade e deixo o convite para que aproveitem o dia www.gazetarural.com

para visitarem o nosso concelho e conhecer e degustar o nosso queijo. No dia da Feira, além de um concurso, vamos inaugurar o Mercado do Gado, uma obra que tínhamos definido o ano passado e que concretizámos, num investimento de cerca de 190 mil euros, que vai contar com a presença do Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Dr. Luis Vieira. Esta é uma obra estruturante, que vai enriquecer a localidade de Mosteiro, mas que vai também ajudar ao desenvolvimento da nossa economia local. O espaço terá mais vida, com o mercado do queijo e com o novo mercado do gado. A feira quinzenal fica enriquecida com este investimento, pois além da exposição de gado, - estamos a falar de pequenos ruminantes, -também vai servir para a sua comercialização. Além disso, haverá um espaço de apoio, onde estará um médico veterinário, para além de uma zona de desinfecção de viaturas, que no dia do mercado quinzenal será gratuita. Este mercado, o queijo que produzimos, e que é de alta qualidade, e a feira que quinzenalmente se realiza vai, com

certeza, ser motivo de orgulho para todos nós, mas é também de promoção dos nossos produtos DOP Serra da Estrela, como o queijo e o borrego. GR: Qual a realidade do efectivo de pequenos ruminantes no concelho? JB: Nos ovinos, no concelho, há cerca de meia centena de explorações, num total de, aproximadamente, 4.500 cabeças. No gado caprino teremos nesta altura entre 2000 a 2500 cabeças. Há um aumento, ainda que ligeiro. Através do Gabinete Municipal de Desenvolvimento à Economia, todos quantos nos procuram, no que diz respeito às actividades agrícolas, bem como a todas as actividades económicas, são informados e ajudados. O que temos sentido é que as pessoas estão cada vez mais interessadas, procuram-nos e levam respostas. Aliás, é bom referir que o sector dos pequenos ruminantes é muito importante para a nossa economia rural, pois para além da produção de queijo, há também a produção de leite para as fábricas de queijo, bem como a criação de borregos. 11


A 12 de Março, no Parque Urbano de Touro

Feira do Fumeiro do Demo mostra diversidade do concelho de Vila Nova de Paiva

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Parque Urbano de Touro, no concelho de Vila Nova de Paiva, vai receber a 12 de Março a VI Feira do Fumeiro do Demo, uma iniciativa do município de Vila Nova de Paiva, em parceria com a Junta de Freguesia de Touro. As tradições gastronómicas e os sabores e saberes genuínos das Terras do Demo reflectem-se na qualidade e no “saber fazer” dos seus produtos típicos, dos quais se destaca o fumeiro tradicional. Neste certame, o fumeiro é o cartão-de-visita, ao qual se alia também o artesanato, os restaurantes e tasquinhas gastronómicas, a prova de fumeiro, o porco no espeto, a animação e as actuações musicais, com destaque para o espectáculo do grupo Sons do Minho. A vice-presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva refere a importância deste evento para “divulgar um produto que começa a ter uma importância significativa” na economia do concelho. À Gazeta Rural, Delfina Gomes destaca a “forma tradicional” e a “diversidade dos enchidos” produzidos nas sete localidades que compõem as cinco freguesias de Vila Nova de Paiva. Gazeta Rural (GR): A Feira do Fumeiro do Demo é cada vez mais importante para os produtores do concelho? Delfina Gomes (DG): É muito importante. Já vamos na sexta edição, com tendência para melhorar e aumentar todos os anos. Aliás, é isso que tem acontecido e nós procuramos sempre, anos após ano, corrigir pequenas lacunas que surgem sempre. A feira não vai alterar muito o figurino de anos anteriores, em que temos o fumeiro em destaque. O que pretendemos com a realização deste evento é divulgar um produto que hoje começa a ter uma importância significativa na nossa economia, que já é muito conhecido e de excelente qualidade. Teremos os nossos produtores locais que se empenham 12

para, nesta altura do ano, terem o fumeiro para mostrar e vender na feira. Este evento tem vindo a melhorar todos os anos e estamos empenhados em torná-lo ainda mais importante, ajudando dessa forma os nossos produtores a melhorar a qualidade do fumeiro que apresentam na feira. Aliás, o tempo vai bom. É o tempo típico para a produção de bom fumeiro e nós estamos numa zona em que as condições climatéricas são propícias para a produção de enchidos de grande qualidade. GR: Tem havido aumento de produção de fumeiro, a que poderemos juntar a criação de porcos para esse fim? DG: Acho que sim. Ao implementarmos a feira no nosso concelho ela tornou-se uma mais-valia para quem produz. Temos produtores que, à sua maneira e de uma forma muito tradicional, cumprindo todas as regras de higiene e segurança alimentar, têm gosto em criar os seus animais para fazer enchidos que vendem na Feira do Fumeiro. Não será em quantidade, que um dia esperamos venha a atingir, mas a feira é um

incentivo para o aparecimento de novos produtores e, consequentemente, a criação de porcos para a produção de fumeiro. GR: Cada vez se nota mais a produção de fumeiro, e outros produtos, de forma mais tradicional. A autarquia tem preocupação com a sua produção? DG: Temos essa noção e essa preocupação. Os produtores que expõem e vendem os seus produtos na nossa feira, são pessoas que conhecemos e sabemos a sua forma de produção. Há ainda uma outra particularidade. No concelho temos cinco freguesias e sete localidades. Cada uma, à sua maneira, tem as suas tradições e os seus segredos na produção de fumeiro. Não diria que essas particularidades sejam muito evidentes, porque de uma forma geral a produção é feita toda da mesma maneira, mas há alguns ingredientes que são diferentes de uma localidade para a outra. Diria que somos um concelho pequeno e sabemos que o fumeiro que aqui se produz ainda é feito à moda antiga e de grande qualidade. www.gazetarural.com


Iniciativa realiza-se a 4 e 5 de Março,

Festival das 4 Estações celebra inverno no Parque Natural Local Vouga Caramulo O

Festival das 4 Estações está de regresso, desta vez, para a sua edição de Inverno. A iniciativa irá decorrer nos dias 4 e 5 de Março e terá novamente como cenário o Parque Natural Local Vouga Caramulo – Vouzela, nomeadamente a freguesia de Queirã e a Penoita. No primeiro dia de festival, os participantes são desafiados a pôr a “mão na massa”, confeccionando pão em forno de lenha, sendo que para além da vertente prática, há ainda a teórica, em que será contada a história da moagem do milho. Do programa do dia 4 fazem ainda parte dois percursos pedestres e uma degustação de produtos locais numa cozinha típica da aldeia, uma experiência dinamizada pela Casa de Igarei, um alojamento local situado nesta aldeia da freguesia de Queirã. O desafio do dia 5 é para pôr as “mãos na terra”, com uma acção de plantação na Penoita. O programa termina com um picnic. O Festival da 4 Estações é promovido pelo Município de Vouzela e Vouzelar e conta com o apoio da Associação de Compartes de Igarei e Casa de Igarei.

26 1991-2017

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De 3 de Março a 2 de Abril, nos 19 restaurantes aderentes

Salvaterra de Magos volta a receber o Mês da Enguia S

alvaterra de Magos vai acolher, de 3 de Março a 2 de Abril, a vigésima primeira edição do Mês da Enguia, evento que o presidente do município considerou ser “maior certame de promoção turística” do concelho. Hélder Esménio, que apresentou o certame juntamente com o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, António Ceia da Silva, e com o chefe responsável pela parte “técnica” do festival, Luís Machado, salientou o facto de, ao longo de um mês, o concelho mostrar a sua “óptima gastronomia”, mas também os produtos locais, o artesanato e o património natural e cultural. Com o maior número de restaurantes aderentes de sempre, 19, o Mês da Enguia proporciona aos visitantes, aos fins-de-semana, não só a degustação de pratos confeccionados com a “rainha do Tejo”, como as enguias fritas ou o ensopado de enguias, mas também uma Feira de Artesanato e de Produtos Locais com perto de uma centena de expositores e um programa de animação que inclui mais de 80 iniciativas. “O Mês da Enguia tem o mérito de ser um projecto de todos e não apenas da Câmara Municipal”, afirmou Hélder Esménio, salientando o envolvimento das associações, colectividades e produtores do concelho. O autarca referiu o facto de o evento ter sido mantido ao longo dos últimos 20 anos apesar das mudanças da ges-

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tão política do município, tendo-se tornado o principal evento de promoção do concelho ao mesmo tempo que proporciona o intercâmbio cultural, recreativo, lúdico e desportivo com a região. Além dos 19 restaurantes aderentes, o evento junta quatro casas agrícolas produtoras de vinhos, vários estabelecimentos de alojamento e duas operadoras de passeios no rio Tejo, sendo pretexto para um fim-de-semana que alie a gastronomia a visitas a locais como a Falcoaria Real ou à aldeia piscatória do Escaroupim, salientou. Hélder Esménio referiu a abertura do museu Escaroupim e o Rio, que se junta à Casa Tradicional Avieira (aberta há alguns anos para mostrar como vivia a comunidade que no início do século XX se deslocava de Vieira de Leiria para as margens do Tejo para pescar), ao restaurante situado junto ao rio e aos cruzeiros fluviais, numa “panóplia de ofertas” que permite a quem visita a aldeia “passar um dia inteiro sem se cansar”. Além da inclusão de pratos com enguias na ementa dos restaurantes, da mostra de artesanato e produtos locais e da animação, durante as cinco semanas do evento estarão patentes cinco exposições. Na Galeria da Falcoaria Real vai estar a exposição “Borboletas -- um património natural do concelho de Salvaterra de Magos”, com macrofotografia de João Bento, no edifício do Cais da Vala (onde decorreu hoje a apresentação)

a exposição “Tejo, como te revejo”, de Pedro Inácio, e na Biblioteca Municipal “Enguia: Pesca e Tradição”. “Salvaterra de Magos no tempo de D. Manuel I -- 500 anos do floral manuelino (1517-2017” estará patente na Capela Real e “Momentos de Felicidade”, de Miguel Quintas no Mercado de Cultura, na freguesia de Marinhais. António Ceia da Silva destacou a importância do “selo da UNESCO” na autenticação da identidade dos destinos turísticos, com reflexo no crescimento do número de visitantes, situação que se está já a verificar no número de visitas à Falcoaria Real de Salvaterra de Magos, desde que a arte da falcoaria em Portugal foi classificada por aquele organismo das Nações Unidas, no passado dia 01 de Dezembro. Hélder Esménio afirmou que o número de visitantes em Dezembro de 2016 conseguiu igualar a soma de todos os meses de Dezembro desde 2009, e referiu o esforço que está a ser feito na abertura permanente do espaço, na produção de livros para crianças (para os quais foram canalizadas as verbas que se destinavam ao boletim municipal), na criação de parcerias. O município quer agora conseguir financiamento para fazer “alterações profundas e onerosas” à exposição permanente, criar um novo site e produzir informação não só em português e inglês, mas também em espanhol e francês.

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Certame regressa de 22 a 25 de Fevereiro de 2018

Essência do Vinho - Porto é um evento “cada vez mais internacional” O

s wine lovers já podem marcar na agenda a data de nova edição do evento Essência do Vinho – Porto, que decorrerá de 22 a 25 de Fevereiro de 2018, como sempre, no Palácio da Bolsa. A edição 2017 contou com números marcantes. Mais de 20.000 visitantes em quatro dias; alcançou 1,2 milhões de pessoas nas redes sociais e contou com 70 importadores e líderes de opinião de 14 mercados, sendo hoje um evento “cada vez mais internacional”. A décima quarta edição reforçou a componente internacional daquela que é “a principal experiência do vinho em Portugal”. Os números expressam o impacto registado, desde logo traduzidos em mais de 20.000 visitantes, uma afluência em linha com as edições anteriores, tendo a particularidade de um crescimento da procura nos dois primeiros dias. A edição foi a mais internacional de todas, pois cerca de 30% dos visitantes foram estrangeiros. Ainda neste capítulo, de realçar a credenciação de cerca de 70 importadores e líderes de opinião de 14 mercados externos, tendo parte deste grupo participado na eleição do “TOP 10 Vinhos Portugueses” e na estreia da iniciativa “Portugal Wine Connection”, pensada para potenciar novos negócios 16

e incrementar a visibilidade exterior dos vinhos portugueses representados no evento. Mas, no total, o evento acolheu cerca de uma centena de compradores estrangeiros. “Estamos muito satisfeitos com o impacto internacional que esta edição obteve. O evento claramente é uma montra privilegiada para os vinhos portugueses, não somente junto do público consumidor como dos profissionais, incluindo aqueles que importam vinho português e o vendem em diferentes mercados. O contributo que estamos a dar é mais uma alavanca para aumentar a notoriedade de Portugal no mundo e isso orgulha-nos particularmente”, sublinham os organizadores e directores da EV-Essência do Vinho, Nuno Botelho e Nuno Pires. “TOP 10 Vinhos Portugueses” O certame elegeu o “TOP 10 Vinhos Portugueses”, com o vinho tinto Passagem Grande Reserva 2009, elaborado pela Quinta das Bandeiras, no Douro, a merecer a preferência dos jurados. Também do Douro veio o vinho branco que obteve os maiores elogios, o Alves de Sousa Pessoal 2008. Entre os vinhos fortificados, o Barbeito 30 Anos Malvasia Vó Vera foi o mais bem pontuado.

O restante “TOP 10 Vinhos Portugueses” é constituído por Quinta de Santiago Alvarinho Reserva 2015, elaborado por Nenúfar Real, em Monção, Vinhos Verdes, (segundo vinho branco mais bem pontuado); Menino António Alicante Bouschet 2014, produzido em Albernôa, Alentejo, pela Herdade da Malhadinha Nova (segundo tinto); Quinta da Touriga Chã 2014, produzido por Jorge Rosas no Douro Superior (terceiro vinho tinto); e no quarto lugar entre os vinhos tintos, dois exemplares ex-aequo – Pedra Cancela Amplitude 2013, elaborado pelo projecto Pedra Cancela, no Dão, e Chryseia 2014, da parceria Prats & Symington, no Douro. Entre os vinhos fortificados, Kopke Colheita 1957, um Porto tawny da Sogevinus Fine Wines (2º lugar) e Bacalhôa Moscatel de Setúbal Superior 20 Anos 1995, da Bacalhôa Vinhos de Portugal, obtido na Península de Setúbal (terceiro vinho fortificado). O júri foi constituído por 40 especialistas (jornalistas, críticos de vinhos e sommeliers) de 12 nacionalidades distintas e avaliou um total de 61 vinhos portugueses, pré-seleccionados pelo painel de provas da revista especializada WINE – A Essência do Vinho, tendo em consideração as pontuações mais elevadas atribuídas pela revista em 2016. www.gazetarural.com


Aproveitando o facto de a Madalena ser a Cidade Portuguesa do Vinho

AMPV quer criar rota do vinhos nos Açores

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Associação de Municípios Portugueses do Vinho quer criar uma rota do vinho nos Açores, abrangendo as ilhas do Pico, Terceira e Graciosa, revelou o seu secretário-geral. “A Terceira, através de Biscoitos, a Graciosa e o Pico são as ilhas que, neste momento, estão reconhecidas como produtoras de vinho”, afirmou José Arruda, admitindo que há outras ilhas nos Açores onde se produz vinho e o objectivo é que, no futuro, os seus produtores e municípios possam também integrar esta rota. Representantes da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) e da Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal terminaram na quarta-feira um conjunto de reuniões com diversas entidades na região, incluindo a secretária da Energia, Ambiente e Turismo, Marta Guerreiro. “Desafiámos, através da Secretaria, Comissão Vitivinícola e municípios associados da AMPV, que se avançasse para um grupo de trabalho para constituir uma rota de vinhos nos Açores”, declarou José Arruda. Segundo o responsável, “a criação de

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uma rota de vinhos nos Açores, integrada na Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal, tem como grande objectivo a promoção internacional de toda a oferta” da vertente enoturística. Frisando que as duas entidades querem “dar uma ênfase grande na promoção do enoturismo na região”, José Arruda destacou que “hoje, cada vez mais, há turistas que procuram o tema do vinho e dos territórios para visitar”. “Queremos dar a esses turistas a oportunidade de conhecerem a oferta enoturística nos Açores”, referiu. O secretário-geral acrescentou que o objectivo é implementar a rota este ano, aproveitando o facto de a Madalena, na ilha do Pico, ser a Cidade Portuguesa do Vinho 2017. “A nossa proposta é aproveitar este ano, em que vão ser desenvolvidas muitas iniciativas no âmbito da candidatura da Madalena, para criar a rota”, informou, exemplificando que no dia 11 de Março naquele concelho decorre a gala de abertura Cidade Portuguesa do Vinho 2017, onde vai estar uma delegação de 70 pessoas

do continente, incluindo 25 presidentes de câmara. A iniciativa Cidade do Vinho surgiu em 2009, pela mão da Associação de Municípios Portugueses do Vinho, criada dois anos antes. Segundo o sítio na Internet da AMPV, o projecto Cidade do Vinho visa “valorizar a riqueza, a diversidade e as características comuns dos territórios associados à cultura do vinho e de todas as suas influências na sociedade, na paisagem, na economia, na gastronomia e no património”, e pressupõe a elaboração de um programa anual de acções culturais, de formação e de sensibilização ligadas ao vinho, com visibilidade nacional. A paisagem da cultura da vinha da ilha do Pico foi classificada em 2004 como Património Mundial pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, e abrange milhares de pequenos currais de vinha. Os currais, construídos em pedra, foram erguidos para proteger as videiras do vento e da água do mar, criando uma paisagem rendilhada.

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Depois da demissão de Rodolfo Tristão

Associação dos Escanções de Portugal tem nova direcção interina A

pós a demissão de Rodolfo Tristão, e de outros elementos dos órgãos sociais, a Associação dos Escanções de Portugal (AEP) tem uma nova direcção interina, que tomou posse de imediato e que já está trabalhar. A nova equipa directiva é composta por elementos de reconhecido mérito profissional e definiu já um plano de trabalho para o presente ano. Assim, a AEP pretende desenvolver um trabalho único e inovador em prol da educação dos profissionais ligados ao sector do turismo e do vinho, apoiando as empresas, escolas e instituições. “Prémio Fernando Ferramentas” A realização de um Curso e um Concurso “Portugal - Prémio Fernando Ferramentas”, um projecto educativo itinerante que irá percorrer as principais cidades do país, é uma das alíneas do programa da nova direcção. Esta iniciativa tem como objectivo principal formar empregados de mesa, escanções e enófilos a entender melhor as nossas regiões vitivinícolas, assim como outros produtos de Portugal. O curso e concurso serão feitos exclusivamente com vinhos e produtos nacionais. No final será organizado um concurso nos moldes da Associação Internacional de Sommeliers (ASI) dando total visibilidade aos produtos nacionais. Os melhores profissionais serão premiados com a distinção do prémio “Fernando Ferramentas”, mentor e fundador da 18

AEP que fez nascer alguns dos melhores profissionais do mundo, além de ter inspirado centenas de outros a abraçarem esta nobre profissão. Fernando Ferramentas foi também impulsionador da criação da única estátua do mundo que homenageia os escanções, que se encontra no concelho de Nelas. Este é um prémio ímpar e único para qualquer profissional, que todos os anos, no Dia do Escanção, será atribuído ao escanção ou profissional que mais se destacar no serviço dos vinhos e produtos portugueses. Outro dos objectivos é a realização de intercâmbios dos escanções portugueses com colegas de outros países membros da ASI, apoiando todos aqueles que trabalham e consomem os vinhos portugueses. A AEP possui 45 anos de uma história única e foi uma das quatro fundadoras da ASI. O seu relacionamento no mundo será, com toda a certeza, uma das actividades mais importantes para vinhos portugueses além-fronteiras. A Associação irá criar planos actualizados sobre nossas regiões vitivinícolas e apoiar todas as associações internacionais a formar melhor os seus membros com os nossos produtos. Prémio Carreira – Santos Mota Santos Mota foi, e é, uma das figuras mais carismáticas do jornalismo em Portugal. Deste modo, a AEP irá a partir de 2017 entregar o prémio “Carreira” www.gazetarural.com


com o nome deste ‘senhor do vinho’, prestando assim homenagem a uma das personalidades que mais contribuiu para a divulgação dos profissionais e do vinho em Portugal. Outro projecto que a AEP pretende implementar, durante este ano de 2017, é a criação de uma plataforma digital “Educativa”, que tem como objectivo informar e ajudar todos os profissionais do sector sobre acontecimentos relacionados com a profissão, contribuindo assim para o crescimento individual de cada indivíduo e sua actualização profissional. A criação de um plano de formação técnica adaptada às actuais necessidades da profissão; a cultura, a mulher e vinho, uma secção na AEP destinada à mulher e ao vinho; apoiar pequenas e médias empresas a melhorar suas cartas e o seu serviço; apostar numa presença forte da AEP nos países de Língua Portuguesa divulgando vinhos e produtos portugueses; organizar viagens de estudo a adegas e empresas do sector vinícola destinados a jovens profissionais; organizar viagens internacionais apoiadas por outras associações e empresas, destinadas a estudantes e prowww.gazetarural.com

fissionais do sector; melhorar o conteúdo editorial da revista “O ESCANÇÃO”, a criação de uma revista digital; melhorar os sites e média digital da AEP; manter contacto permanente com empresas do sector, assim como com entidades governamentais (CVR´S, Viniportugal, Instituições de Ensino, IVV, Câmaras Municipais, Associações e Confrarias, etc.); criar estratégias para incentivar novos empregados de mesa a abraçar a profissão de Escanção e criar parcerias com hotéis, restaurantes, lojas e supermercados no sentido de incentivar estas empresas a apostar cada vez mais na profissão de Escanção, são algumas das metas apontadas para este ano. A Associação dos Escanções de Portugal é reconhecida de utilidade pública desde Maio de 1991 sendo galardoada com medalha de mérito turística (Grau Ouro) em Setembro de 1995 e foi uma das quatro fundadoras da Association de la Sommellerie Internacional (ASI). “Com este programa queremos valorizar a nossa história, viver o presente, inovar para preparar o futuro”, refere a AEP em comunicado, terminando com um apelo a todos os membros para participarem nas acções da instituição.

A nova direcção da AEP é composta pelos seguintes elementos: António de Deus, Artur Gonçalves de Brito Caldas, Augusto Manuel dos Reis Lopes, José Carlos Serrano Santanita, José Mário Botelho Peixoto, Manuel Joaquim Duarte Moreira e Tiago Marco Rodrigues Paula 19


Composta por cinco anúncios

Verallia Portugal apresentou nova Campanha Publicitária

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Verallia Portugal apresentou o seu novo anúncio publicitário para vinhos de mesa com o tema “Prazer”, na cerimónia dos Melhores de 2016 que teve lugar no Centro de Congressos da Alfândega do Porto e organizada pela Revista de Vinhos. Esta campanha publicitária baseada na diferenciação e características intrínsecas do vidro está composta por cinco anúncios que apresenta os principais segmentos de mercado da Verallia Portugal. O objectivo desta campanha publicitária foi demonstrar o que de melhor tem o vidro de embalagem para oferecer através da emoção e da personificação dos produtos bem como realçar os benefícios deste material como melhor escolha para proteger as bebidas e os alimentos sendo seguro e saudável. As embalagens de vidro fazem parte do nosso quotidiano e esta campanha demonstra-o de uma forma natural. O primeiro anúncio apresentado para o mercado dos vinhos com o tema “Prazer”, repleto de glamour e requinte, apresenta uma garrafa de vidro à mesa

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com o seguinte texto de argumentação “Vidro. A vida sempre em cheio”. O vidro torna tudo mais luminoso, mais intenso, mais saboroso. E não apenas os nossos alimentos e as nossas bebidas, mas também os nossos melhores momentos. É transparente: com vidro, a própria vida fica mais cheia. A campanha publicitária anterior da Verallia Portugal já tinha recebido dois grandes prémios, “Melhor Campanha Publicitária do ano” em 2014 pela Revista de Vinhos e o prémio Estrelas da Comunicação da Saint-Gobain em 2015 de “Melhor Campanha Publicitária”. Gala dos Melhores de 2016 A Verallia Portugal patrocinou a cerimónia dos Melhores de 2016, que a Revista de Vinho organizou pela vigésimo ano, no sector do vinho e da gastronomia em Portugal. ‘Prémios de Excelência’ e ‘Prémios Especiais’ foram entregues no palco dos “Óscares do Vinho”, que recompensaram as paixões no mundo dos vinhos. Perante cerca de 1000 convidados, o

prémio de Melhor Produtor do Ano 2016 – Patrocínio Verallia Portugal, foi entregue pelo Técnico Comercial, Delfim Louro, à Herdade da Malhadinha Nova. “Ano após ano, colheita após colheita, vinho após vinho, a Herdade da Malhadinha Nova tem-se afirmado por uma enorme consistência de qualidade e um estilo muito próprio. A Verallia colaborou, igualmente, na decoração dos centros de mesa ao fornecer 100 garrafas do novo modelo Bordalesa Prestígio VEO (Verallia Easy Open) com sistema de abertura fácil, com um ramo de gipsófila no seu interior. Para reforçar a sua presença no mercado Premium, cada mesa tinha uma garrafa decorada da Selective Line, marca topo de gama da Verallia e foram entregues catálogos com a nova colecção 2017, bem como foi exposta a colecção da designer francesa Chantal Thomass. Com este evento, a Verallia apresentou-se, mais uma vez, como uma empresa inovadora e com uma forte estratégia de diferenciação, fortalecendo o seu posicionamento e flexibilidade como empresa líder no mercado nacional.

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Apostando no olival e amendoal, como culturas alternativas

Novas Organizações de Produtores vão dinamizar agricultura do Centro e Norte Alentejano

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Cersul está na génese da criação de duas novas Organizações de Produtores (OP) – Alentejanices com Tomate e Azeitonices – que querem dinamizar a agricultura do Centro e Norte Alentejano, apostando no olival e amendoal, como culturas alternativas. Num colóquio realizado em Elvas, com mais de 500 participantes, ficou patente que a produção organizada é a solução para assegurar a competitividade agrícola da região e combater a desertificação. “A Agricultura é a actividade que pode dar novo alento à economia do Centro e Norte do Alentejo, através do fomento da produção organizada e actuante, com a introdução de culturas agrícolas mais rentáveis e canais de escoamento adequados”, afirmou Luís Bulhão Martins, presidente da direcção da Cersul, Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul, na sessão de abertura do colóquio “Competitividade do Amendoal e do Olival”. O evento teve o propósito de apresentar o projecto e o trabalho das duas novas OP, que nascem por iniciativa de alguns dos principais agricultores da região e membros da direcção da Cersul. A Alentejanices com Tomate, reconhecida como OP em 2016 e herdeira da experiência acumulada desde 1998 pela Altol, tem actualmente 33 produtores associados e um volume de negócios aproximado de 10 milhões de euros. Está reconhecida como OP de frutas e hortícolas e, em 22

breve, terá também o reconhecimento como OP de produção de amêndoa. A Azeitonices foi criada este mês de Fevereiro por 34 sócios fundadores e está reconhecida como OP de olival e azeite. José Maria Falcão, agricultor de referência na região e um dos mentores do projeto, revelou a ambição desta OP, em agrupar 10.000 toneladas de azeitona já este ano e contratar postos de recepção da azeitona em lagares chave da região para os sócios. Em 2020 estima-se que a Azeitonices agrupe 20.000 toneladas de azeitona (4% da produção nacional) e perspectiva a criação de um lagar próprio. As regras de funcionamento da Azeitonices pautam-se pela equidade e transparência: cada sócio individual pode deter apenas até 10% do valor da OP e as quotas de entrada são calculadas em função do potencial produtivo da exploração agrícola de cada sócio. “Estamos numa região pouco organizada e o mercado do azeite apresenta grande variação interanual. Precisamos, por isso, de nos preparar para o futuro, agrupando a produção. Esta é a nossa solução para a sustentabilidade da fileira do olival e azeite”, disse José Maria Falcão. Durante o colóquio foram elencadas as medidas de apoio público às OP, entre as quais, os Programas Operacionais através dos quais pode ser financiado investimento em novas plantações dos sócios, trabalhados de preparação se solos, aquisição de plantas, sistemas de rega,

entre outras acções. O fundo operacional destes programas é comparticipado a 50% por dinheiro da União Europeia (não depende dos fundos do PDR2020, nem do Orçamento do Estado), até um máximo de 8,2% do valor da produção comercializada pela OP. No âmbito do PDR 2020 estão abertas, até 31 de Março, as candidaturas à Medida 3 - Investimento da Exploração Agrícola, com uma dotação orçamental de 50 milhões de euros. “Vai haver grande adesão dos agricultores, espera-se que o valor das candidaturas ultrapasse em 10 vezes o valor disponível”, estimou Pedro Santos, director-geral da Consulai, consultora de referência que esteve na organização do colóquio. As novas regras de avaliação das candidaturas ao PDR2020 obrigam a uma cuidadosa análise prévia da viabilidade económica dos projectos. “É fundamental que os agricultores desta região acreditem nestas novas OP, que se organizem e se rodeiem de bons profissionais, tanto na fase de candidatura como de execução dos investimentos”, rematou. O colóquio contou com a participação da Todolivo, empresa especializada em projectos chave-na-mão de olival e amendoal superintensivo. A empresa iniciou em 2013 a instalação de amendoais em sistema superintensivo e encontra-se a estudar as melhores variedades, porta-enxertos, compassos de plantação e tipos de poda para este tipo de amendoal. Na sessão de encerramento estiveram presentes os presidentes das Câmaras de Elvas, Nuno Mocinha, Campos Maior, Ricardo Pinheiro, e Arronches, Fermelinda Carvalho, que foram unânimes em manifestar o apoio às novas OP e aos agricultores da região. Este colóquio é o primeiro de três iniciativas. A 21 de Abril decorrerá em Monforte um Dia de Campo dedicado às culturas do amendoal e olival e em Outubro (em data a anunciar) será organizado mais um Dia de Campo e o colóquio de encerramento. Os eventos são patrocinados pelas empresas: ADP, Arysta, BASF, Bayer, BPI, Crédito Agrícola, Lusosem, Novo Banco, NutriSapec, Sapec Agro Portugal e Syngenta. Com o apoio da Consulai e da Todolivo. www.gazetarural.com


Foto: Almondpt.com

Alternativa ao milho e ao tomate

Novas variedades de amendoeira tornam cultura “interessante” para o Ribatejo O

aparecimento de novas variedades de amendoeiras pode tornar interessante o regresso desta cultura ao Ribatejo, tendo em conta o aumento da procura da amêndoa no mercado internacional, avançou o investigador Nuno Geraldes Barba. O docente de fruticultura na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Santarém (ESAS/IPS) esteve na Casa dos Patudos, num encontro de agricultores promovido pela Câmara de Alpiarça e pela Almond PT, um blogue criado para divulgar a cultura da amêndoa em Portugal. Nuno Barba está a acompanhar, juntamente com alunos da ESAS em estágio, duas culturas com novas variedades de amendoeiras, uma em Coruche e outra em Alpiarça, para “avaliar o comportamento” destas árvores na região, existindo outros produtores interessados. www.gazetarural.com

Licenciado em Engenharia Agrícola pelo Instituto Superior de Agronomia e ele próprio produtor de frutícolas, Nuno Barba disse que as novas variedades de amendoeiras, com uma floração mais tardia, portanto com menos risco de sofrerem os efeitos do frio, auto férteis, sem necessitarem de outras árvores para polinizar, e de colheita mecânica apresentam-se como sendo mais viáveis, havendo já “muita produção” em várias regiões do Alentejo. O especialista afirmou que há registo desde o século XVIII da existência de amendoeiras espalhadas por grande parte do Ribatejo, entre 1999 e 2004 ocupavam uma área de 160 hectares, cultura que entrou em declínio nos últimos anos, de 48 hectares em 2009. “É uma cultura que se dá muito bem nesta região e por isso, tendo em con-

ta os excelentes solos do Ribatejo, a potencialidade de se tornar uma cultura com uma elevada rentabilidade é muito grande”, declarou. Nuno Barba afirmou que a área de fruticultura no Ribatejo, região que no passado teve grandes pomares de pêras, maçãs e pessegueiros, nomeadamente, diminuiu “imenso”, o que atribui à dificuldade de competir com os preços praticados pelos espanhóis, a campanhas que foram afectadas ou pela geada ou pela doença e, “cereja em cima do bolo”, aos subsídios para arranque de pessegueiros. Numa região em que a produção é dominada pelo milho, pelo tomate e pelos hortícolas, a introdução do amendoal pode ser atractiva tendo em conta a queda dos preços do tomate e sobretudo do milho nos mercados internacionais, disse. 23


Inovação é a chave para o sucesso

Frutos secos estão a chamar jovens e a criar novos negócios

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s frutos secos estão a chamar jovens para a agricultura e a gerar novos negócios, como uma empresa artesanal de Vila Nova de Famalicão apostada em conquistar mercado com diferentes usos para a castanha. Sílvia Santos cresceu entre os soutos do pai numa aldeia de Vinhais, no distrito de Bragança, a zona maior produtora de castanha em Portugal, e é lá que vai buscar o fruto para o projeto que lançou há pouco mais de um ano em Vila Nova de Famalicão com o marido. O casal investiu 25 mil euros numa fábrica artesanal para explorar o valor nutritivo deste fruto e usos inovadores associados ao têxtil, apresentados num seminário internacional organizado pelo Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos (CNCFS), em Bragança, como um projeto inovador do setor. “Ainda estamos a tentar lutar contra aquela ideia que existe em Portugal: a castanha é assada ou cozida. Nós estamos a tentar apelar um bocadinho à parte nutritiva. É um fruto muito rico, 24

saudável e pode ser a alternativa a muitas coisas”, afirmou Sílvia Santos. O passo inicial é a produção de farinhas com a aposta “no sem glúten”, aproveitando as características naturais da castanha, também indicadas para diabéticos. A aposta é no mercado externo e a estratégia é “começar por coisas mais pequeninas: minimercados, supermercados regionais com corredores é prateleiras dedicadas a países”. A produção tem chamado também jovens ao setor, com o incentivo das majorações nos financiamentos dos projetos e do mercado que garante o escoamento com a procura superior à oferta. Há uma década, meia centena de produtores de castanha criaram a Cooperativa Soutos de Cavaleiros, em Macedo de Cavaleiros, que hoje é uma Organização de Produtores (OP) reconhecida com mais de 120 associados e a atividade alargada à amêndoa, avelã, pistácio e noz. “Nós tínhamos muitas zonas abandonadas, muitos soutos abandonados, muitas pessoas que não

queriam saber. Neste momento, temos jovens a agarrar nessas terras abandonadas e a produzi-las, o que é óptimo”, afirmou Ema Lopes, técnica da cooperativa. A cooperativa não tem preocupações com a venda da produção. No caso da castanha, 90% das cerca de 120 toneladas anuais que comercializa, é comprada por italianos e os restantes pelo comércio tradicional de Lisboa Porto e vendedores ambulantes. Este será o primeiro ano em que a cooperativa irá trabalhar com a amêndoa e tem planos para “começar, a muito curto prazo, a tentar fazer farinha de castanha e castanha pilada (seca)”. A atividade envolve perto de uma dezena de trabalhadores, contando com a laboração sazonal. Com um número idêntico trabalha permanentemente Nuno Ferreira, da empresa PABI- Produtos Alimentares da Beira Interior, líder no mercado nacional da transformação de amêndoa em farinhas, lâminas, palitos e todos os derivados. “Portugal acordou”, enfatizou Nuno Ferreira, apontando que até há bem pouco tempo, o país nem era considerado nas estatísticas internacionais da amêndoa e “agora já se fala que o Alentejo pode ser uma Califórnia”, numa referência à zona dos Estados Unidos da América que é a maior produtora mundial deste fruto seco. De Espanha chegou ao seminário, em Bragança, o exemplo da “Almendras de la Mancha”, uma empresa de transformação que trabalha com a região de Trás-os-Montes na compra e venda de amêndoa. Como indicou Beatriz Ostos, representante da empresa, “Espanha absorve uma grande quantidade porque tem uma indústria muito importante, mas a Europa é um grande consumidor, principalmente a Alemanha, França, Itália, Reino Unido”. A procura cresce também de países como a China, índia, Emirados Árabes, que estão a aumentar muito o consumo. www.gazetarural.com


Com um milhão de euros em projectos

Centro Nacional de Competências quer dinamizar sector dos frutos secos em Portugal

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Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos tem quase uma dezena de projectos de valor superior a um milhão de euros para dinamizar o sector em Portugal, revelou o presidente Albino Bento. O país é um pequeno produtor no plano internacional, mas tem potencial por explorar, segundo o responsável, e procura externa garantida com as duas maiores empresas mundiais de comercialização de alfarroba no Algarve, a expansão da amêndoa ao Alentejo e Trás-os-Montes a lidera a castanha que garante “na ordem dos 60 a70 milhões de euros à produção”. O Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos (CNCFS) é um organismo com sede em Bragança, criado pelo Governo para articular os diferentes agentes e dinamizar o sector e que promoveu, em Bragança, um seminário internacional para mostrar alguns exemplos de novas oportunidades, numa iniciativa incluída nos projectos que o centro tem aprovado, ou candidatado, a fundos comunitários. O mais emblemático e já contemplado com 630 mil euros é o ‘Portugal Nuts’, virado para a internacionalização com o propósito de ajudar “as empresas para exportar mais, a haver maior investimento, a aparecerem novas empresas, inovação de produtos” e a desenvolver produções mais tímidas no país como a noz, avelã e pistácio. www.gazetarural.com

O seminário faz parte do conjunto de eventos que o Centro tem programado para realizar por todo o país até ao final do ano e com os quais pretende mostrar exemplos de empresas, associações e cooperativas portuguesas, mas também de Espanha e França para “motivar os empresários portugueses a melhorar e mostrar outras formas de trabalhar o sector”, referiu Albino Bento. O presidente do CNCFS sublinhou que “há uma crescente procura de todos os frutos secos, da amêndoa, noz, castanha e não tem havido dificuldades” das empresas e produtores portugueses em conseguirem vender. “Poderemos é também trabalhar uma vertente que está prevista nesse projecto para valorizar a produção: vender de forma diferente, transformado, com mais-valia, ficar mais valor em Portugal e reduzir eventualmente a venda de produto não transformado”, afirmou. O Centro recebe com frequência pedidos de encomendas e “ainda na semana passada chegou um pedido da África do Sul para exportação de grandes quantidades de amêndoa”, que foi remetido aos associados para ver quem está interessado em dar reposta. O presidente do CNCFS apontou que Portugal não tem qualquer dificuldade em escoar as produções neste sector, mas é ainda deficitário, embora seja já exportador líquido de castanha e, no caso da amêndoa, possa vir a ser auto-

-suficiente dentro de pouco tempo. O consumo de frutos secos, pelas qualidades e valias para a saúde, está em crescimento e também a produção, sobretudo de amêndoa. Albino Bento indicou que “em Portugal o crescimento do amendoal é visível em Trás-os-Montes e no Alentejo”, que praticamente não tinha produção deste fruto e “vai já com cerca de cinco mil hectares e a perspectiva de duplicar dentro de poucos anos”. Trás-os-Montes é a região maior produtora nacional de castanha e tem assistido também a um crescendo dos soutos. Amêndoa, noz, avelã, castanha, alfarroba, pistácio, pinhão é a diversidade de frutos secos para os quais Portugal “tem potencial de grande produção em algumas zonas” e “é isso que o Centro pretende com os seus associados: dinamizar o sector, transferir conhecimento e levar a que haja mais investimento”. Para Albino Bento, porque estas culturas estão localizadas praticamente no interior do país, “é fundamental que se possam dinamizar, que apareçam pequenas empresas e, portanto que fixem população”, criando também emprego. O Centro tem sede no Brigantia EcoPark de Bragança e conta 44 associados, entre associações de produtores, empresas de transformação e comércio, investigação representada por instituições de Ensino Superior de todo o país e entidades públicas como municípios. 25


Revelou o ministro da Agricultura em Seia

Governo avança com diploma que obriga a mencionar a origem do leite O

ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, anunciou que será publicada em breve legislação que obrigará à publicação da origem do leite e dos produtos lácteos, com o objetivo de valorizar os produtos nacionais. Segundo o governante, o diploma entrou “no circuito de aprovação de Conselho de Ministros” e seguirá depois para promulgação pelo Presidente da República e para publicação em Diário da República. “Logo que o diploma seja aprovado, e ele entrou agora no circuito de aprovação do Conselho de Ministros, depois de obtida a autorização de Bruxelas, iremos pôr em execução legislação que obriga a que todos os produtos lácteos, queijo, leite, iogurtes, todos os produtos lácteos naturais ou transformados, obrigatoriamente mencionem a origem do produto”, adiantou Capoulas Santos, em Seia, na inauguração da XXXIX Feira do Queijo Serra da Estrela, organizada pela Câmara Municipal local. O ministro da Agricultura explicou que 26

a legislação, que poderá ser publicada num horizonte máximo de “dois meses”, tem um duplo objetivo. “Por um lado, dá mais informação aos consumidores para poderem fazer as suas escolhas com base em informação que não mereça dúvidas de legalidade e de credibilidade e, por outro lado, garantir com isso que os produtos portugueses possam ser reconhecidos como tal em qualquer parte do mundo”, afirmou. No que diz respeito à qualidade, sublinhou que Portugal tem produtos que “são imbatíveis” e reconheceu que “seria uma pena que imitações, com matéria-prima com outra origem, deteriorasse a qualidade ou a imagem de produtos” que o Governo pretende “valorizar cada vez mais no mercado”. “Queremos dar boas condições de vida aos produtores e àqueles que trabalham na fileira e para que isso aconteça é preciso que os produtos tenham o preço correspondente à sua qualidade e para que a qualidade seja garantida é necessariamente garantir a genuinidade da

matéria-prima que está na base desses produtos”, explicou aos jornalistas. Capoulas Santos lembrou que o Governo decidiu, “para melhor salvaguardar a qualidade e a genuinidade dos produtos lácteos portugueses, solicitar à União Europeia uma derrogação às regras comunitárias, por forma a permitir produzir legislação nacional que torna obrigatória a rotulagem dos produtos lácteos com a identificação da origem da matéria-prima, neste caso o leite”. Momentos antes, na sessão de abertura da feira do queijo de Seia, assumiu que a legislação que está a ser preparada, para além da valorização dos produtos, significará “mais procura” do leite nacional. Assim, em relação ao queijo Serra da Estrela, sublinhou que no futuro “é fundamental” que o país aumente o efetivo pecuário, para aumentar a sua produção. “Depois da publicação da rotulagem do leite vai haver seguramente maior seletividade no produto e maior procura daquele que é o produto nacional”, vaticina o ministro. www.gazetarural.com


Revelou o ministro da Agricultura

Governo recebeu mais de 600 contributos para melhorar diplomas da reforma da floresta

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ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, disse que o Governo recebeu “mais de 600 contributos para melhoria dos diplomas” da reforma da floresta, estimando que a sua publicação possa ser feita até final do primeiro semestre. Segundo o governante, os 12 diplomas estiveram em discussão pública durante três meses - acabou no dia 31 de Janeiro -, tendo o Governo recebido “mais de 600 contributos para melhoria dos diplomas”. “Esses contributos estão a ser analisados e irão ser submetidos depois de os diplomas serem corrigidos com muitos contributos positivos, obviamente que nem todas as sugestões certamente irão ser incorporadas, mas há uma boa parte delas que o será”, disse hoje Capoulas Santos à agência Lusa em Seia, na Serra da Estrela, onde esteve na inauguração da 39.ª edição da Feira do Queijo Serra da Estrela, organizada pela Câmara Municipal local. O ministro adiantou que os diplomas “serão aprovados em Conselho de Miwww.gazetarural.com

nistros ainda durante o mês de março” e “desses 12 diplomas há seis ou sete que entrarão imediatamente em vigor logo que promulgados pelo Senhor Presidente da República”. “Há três ou quatro outros diplomas que têm de ir ainda à Assembleia da República, porque trata-se de matérias próprias do Parlamento, como seja o caso dos incentivos fiscais que queremos introduzir para aquelas entidades que venham a gerir a floresta”, esclareceu. Referindo que não pode “controlar o calendário da Assembleia da República”, Capoulas Santos admitiu que “será realista estimar que até ao final do primeiro semestre deste ano” o conjunto dos diplomas esteja aprovado e publicado em Diário da República. Entre as medidas que vão ser aprovadas, o ministro destacou a criação de um balcão único no registo predial para permitir que os proprietários de áreas florestais legalizem as propriedades sem custos. “Vamos, por isso, encetar, num perío-

do de dois anos, um processo gratuito de legalização e de identificação dos prédios rústicos”, disse Capoulas Santos na sessão inaugural da feira do queijo. Explicou que “vai ser criado um balcão único no registo predial, durante o qual, nos próximos dois anos, será possível os proprietários legalizarem sem custos, sem taxas, sem emolumentos, o seu património”. Ao fim desse tempo, indicou que “será possível identificar o que é que permanece sem dono conhecido” e esses terrenos “serão integrados num Banco de Terras”. O Estado “vai atribuir esse património a cooperativas de produtores florestais ou a sociedades de gestão florestal para gerirem esse património”, sem prejuízo que, nos 15 anos subsequentes, “se algum proprietário desses terrenos sem dono conhecido surgir, esse prédio ser-lhe-á imediatamente restituído”. “Se passados esses 15 anos ninguém os reclamar, o Estado exercerá o direito de usucapião e integrará esse património na esfera pública”, concluiu. 27


Opinião Forest Stewardship Council® Portugal e a reforma florestal R

econhecendo o valor e a importância do sector florestal, o FSC® Portugal considera pertinente a avaliação que o Governo está a desenvolver, de modo a identificar as fragilidades da nossa floresta, transformando-as em oportunidades. A certificação florestal não aparece como uma acção específica desta reforma, mas está implícita em duas medidas apresentadas, no que respeita ao regime de criação das zonas de intervenção florestal e ao reconhecimento das sociedades de gestão florestal (SGF). De um modo geral, as medidas prevêem a valorização dos espaços florestais através da implementação de processos de certificação, o que no nosso entender é um passo positivo e

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reflecte a relevância da certificação na melhoria da gestão florestal e na disseminação de boas práticas, bem como no reconhecimento dos benefícios da floresta e dos seus usos múltiplos. No entanto, a direcção do FSC Portugal já comunicou ao Ministério da Agricultora, Florestas e Desenvolvimento Rural, a sua preocupação sobre o modo como está descrito o processo de obtenção da Certificação Florestal, uma vez que o FSC não se enquadra no âmbito da Norma Portuguesa para a Gestão Florestal Sustentável (NP 4406), o que excluiria o sistema da implementação da medida relativa ao reconhecimento das SGF. Esta questão tem implicações ao nível do mercado e penalizaria em grande parte os próprios operadores econó-

micos, que elegem o FSC como sistema de certificação. Por este facto, sabemos que os próprios agentes já manifestaram ou irão manifestar a sua discordância neste ponto, o que demostra a necessidade de ajustar este artigo à realidade que serve o nosso país e a nossa floresta. O Forest Stewardship Council® (FSC®), é uma organização sem fins lucrativos, de âmbito internacional, dedicada à promoção de uma gestão ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável das florestas no mundo inteiro. Em Portugal, o FSC é representado pela Associação para uma Gestão Florestal Responsável (AGFR), organização criada em 2007 pelos principais agentes do sector florestal nacional.

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UM CAMINHO A PENSAR NO FUTURO POR QUEM MELHOR CONHECE O DĂ O

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Autarquias, olivicultores e associações do sector reuniram em Tabuaço

Douro quer azeite com Denominação de Origem Protegida

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utarquias, olivicultores e associações do sector deram, em Tabuaço, o primeiro passo para criação da primeira Denominação de Origem Protegida (DOP) para o azeite produzido na região do Douro. O presidente da Câmara de Tabuaço disse que a certificação do azeite do Douro “é importantíssima para criar valor acrescentado na marca, no produto e em quem o produz” e poderá ajudar a “incrementar as vendas do azeite duriense”. A ideia passa por instituir uma DOP ou IGP (Indicação de Origem Protegida) “dar mais valor ao azeite» que é produzido no Douro. «Esta certificação é um passo gigantesco para o consumidor perceber que está perante um produto de excelência”, frisou.

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O que, na sua opinião, poderá abrir as portas a novos mercados, aumentando o volume de exportações bem como os preços de venda. “Nunca teremos sucesso pelo factor quantidade, mas sim pela qualidade, exclusividade e autenticidade daquilo que temos de melhor. O vinho é uma prova, mas não é um caso isolado”, salientou. De momento, apenas existe a DOP do “Azeite de Trás-os-Montes” que engloba alguns concelhos durienses tais como Vila Flor, Vila Nova de Foz Côa, Carrazeda de Ansiães e Murça. A iniciativa partiu da Câmara de Tabuaço e à chamada para a primeira reunião responderam vários municípios durienses, associações ligadas ao sector, cooperativas instituições de ensino e investigação, bem como empresas ou

produtores em nome individual. Os participantes consensualizaram a criação de uma comissão instaladora que irá pensar no enquadramento legal da iniciativa, nas soluções técnicas e custos associados ao projecto. A próxima reunião decorrerá dentro de um mês. Na campanha 2016/2017, que ainda a ser fechada, estimam-se quebras na ordem dos 60 por cento em concelhos do Baixo Corgo e Cima Corgo, inseridos na Região Demarcada do Douro. Em Trás-os-Montes estimam-se uma quebra na ordem dos 15 a 20 por cento. A região de Trás-os-Montes e Alto Douro produz, em média, cerca de 13 mil toneladas de azeite por ano, o que equivale a cerca de 11 por cento do azeite nacional.

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Estratégia com “bons resultados” nos Açores

Música ‘embala’ vacas na hora da ordenha em exploração de São Miguel

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a exploração leiteira de Carlos Pimentel, em São Miguel, Açores, todas as vacas têm nome próprio e há 12 anos que são ordenhadas mecanicamente ao som de música calma, uma opção com “bons resultados”, adiantou o empresário. “Usamos um processo de alguma música para tentar relaxar os animais, para poderem dar leite em condições”, afirmou Carlos Pimentel, de 54 anos, que decidiu avançar com esta iniciativa após ter lido que a música poderia ser um relaxante para as vacas na hora da ordenha. Esta exploração leiteira, localizada na Ponta Garça, concelho de Vila Franca do Campo, tem no bem-estar animal uma das principais preocupações. Na hora da ordenha, processo realizado duas vezes por dia e com duração de cerca de uma hora, as vacas são chamadas uma a uma pelo nome próprio, num total de oito de cada vez. Na sala, além dos equipamentos para retirar o leite, existe uma coluna na parede de onde se ouve a música, a meswww.gazetarural.com

ma há 12 anos, de “três ou quatro CD”. “Não sei se as minhas vacas são cultas ou não, o que sei é que elas se adaptam bem à música e é para manter”, garantiu o lavrador, que tem no escritório, contíguo à sala de ordenha, a aparelhagem musical. Admitindo que a sua opção não é caso raro na ilha de São Miguel, Carlos Pimentel afirmou que a sua escolha musical para os animais recai sobre “música calma e ‘slows’, para criar bom ambiente”, com preferência para a música da Orquestra Ligeira de Vila Franca do Campo, município onde é vereador. Mas na sala da ordenha ouvem-se também, “Hey Jude”, dos Beatles, ou “The Sound of Silence”, de Simon & Garfunkel, entre outros sucessos dos anos 60. Segundo o empresário, que conjuntamente com a mulher e o filho tratam das 42 vacas todos os dias do ano, a exploração tem uma quota anual de produção de 430 mil litros de leite, o que equivale a 1.100/1.200 litros diários. Após a ordenha, os animais voltam

ao estábulo para comerem e repousarem. As vacas que produzem mais leite têm direito a um tratamento especial ao nível da alimentação, referiu. Maria, Raquel, Mariana ou Antónia são alguns dos nomes das vacas de Carlos Pimentel que, assegurou, nunca se enganar na hora de as chamar, pois “qualquer lavrador que se preze conhece os seus animais”. “Várias vezes são crianças de escolas, que visitam a exploração leiteira, que pedem para o animal ter este ou aquele nome”, declarou, assinalando, contudo, que cabe prioritariamente à família escolher. Carlos Pimentel, que durante 27 anos foi empreiteiro da construção civil, decidiu mudar de vida há 12 anos “por opção”, justificando que sempre gostou da terra e só assim se consegue aguentar este trabalho, pois “a agropecuária é muito exigente”. Fonte da Secretaria da Agricultura e Florestas dos Açores adiantou que a 31 de Dezembro de 2016 existia no arquipélago um efectivo bovino de cerca de 273 mil vacas. 31


Mais de 3000 litros foram confeccionados na edição deste ano

Festival de Sopas de Sernancelhe ‘procura’ inventariar as receitas tradicionais

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m apenas quatro edições, o Festival de Sopas de Sernancelhe ganhou lugar no calendário nacional de eventos de Inverno. Durante três dias foram confeccionados pelas 16 associações participantes mais de 3000 litros de sopa e foi contabilizada a presença de milhares de visitantes. Um sucesso inquestionável de um evento que alia a vertente gastronómica à etnografia, que consegue juntar, no Expo Salão, a tradição da sopa como elemento explicativo da cultura beirã ao espectáculo dos ranchos folclóricos de todo o país. Este ano, e como complemento, Sernancelhe integrou no Festival de Sopas a apresentação do livro “A Doçaria Portuguesa”, da autoria de Cristina Castro, trabalho que confirma o concelho como terra de doces conventuais e de grande riqueza gastronómica, com destaque para os Fálgaros da Tabosa do Carregal, as Cavacas do Freixinho e as queijadas de castanha, que contam no livro apresentado. Tendo como objectivo dar a conhecer o concelho de Sernancelhe enquanto território onde a gastronomia é um elemento cultural secular, o Festival de Sopas comprovou ser um evento que define a aposta clara nos saberes e nos sabores de antigamente, que recu32

pera as receitas e as técnicas de confecção diferenciadoras das aldeias do concelho, associando-lhes os produtos da terra, na sua maioria biológicos e colhidos nas hortas e quintais ao redor dos núcleos das freguesias. A sopa é o resultado desse saber que passou de geração em geração e que, caso agora não fosse impulsionado com iniciativas como o Festival de Sopas, corria o risco de se perder. Nesta quarta edição foram 16 as associações impulsionadoras das sopas, percebendo-se, aliás, nestas agremiações a preocupação em inventariar as receitas tradicionais de cada comunidade como forma de garantir a sua perpetuação, processo determinante para que o concelho disponha, dentro de alguns anos, de perto de uma centena de sopas que explicam o seu passado. Por outro lado, a organização une ao certame a vertente cénica e musical de base tradicional, com os ranchos folclóricos a assumirem a missão de representarem as regiões, os seus costumes e tradições. Referindo que todas as sopas têm por base produtos locais, o presidente da Câmara de Sernancelhe, afirmou que “um evento desta natureza não esbarra nas fronteiras do Município de Sernancelhe”, dando como justifica-

ção a dimensão que atingiu em apenas quatro edições, bem como a presença dos presidentes de câmara dos concelhos vizinhos de Penedono, Tabuaço e Moimenta da Beira. Carlos Silva Santiago entende que estas presenças são sinal da união dos autarcas na defesa dos seus produtos de referência e do sector primário. Estiveram também presentes os deputados da Assembleia da República Pedro Alves e Lima Costa. Durante três dias, o Festival das Sopas, que teve entrada livre e mais de uma dezena e meia de sopas em prova, contou com uma exposição etnográfica das artes e dos ofícios de antigamente, onde não faltaram as antigas cozinhas da aldeia, as tabernas e os espaços agrícolas típicos dos meios rurais. Tirando proveito do espaço do Expo Salão, e com a colaboração de associações, juntas de freguesia, restaurantes locais, contando com o extraordinário contributo da Escola Profissional de Sernancelhe e com os alunos e formadores do curso de Cozinha e Restaurante/Bar, o Município de Sernancelhe proporcionou a milhares de visitantes de todo o norte de Portugal uma iniciativa plena de tradição, de autenticidade, revitalizando o culto da sopa e uma “viagem” pelos sabores que, afinal, explicam o nosso passado. www.gazetarural.com


Presidente da Agrobio diz que esta deve ser “antes de mais uma oportunidade”

Governo apresenta em Março Estratégia Nacional para Agricultura Biológica

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promoção da “qualidade alimentar através do aumento da produção em modo biológico” é o objectivo do Governo com a Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica, cuja apresentação, inicialmente prevista para Outubro passado, deverá acontecer em Março. ”A definição de uma estratégia política nacional para a agricultura e produção biológica, com o objectivo de apoiar um crescimento sustentável deste modo de produção através de medidas e acções adequadas às exigências da oferta e da procura actuais, é uma aspiração dos operadores que se dedicam a esta actividade e constitui um objectivo do Governo e do Ministério da Agricultura, convergindo para

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objectivos da estratégia Europa 2020 e da Política Agrícola Comum (PAC), no âmbito da política de qualidade dos produtos agrícolas e géneros alimentícios”, sustenta a tutela. Para o presidente da Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio), esta deve ser antes de mais uma oportunidade para se fazer o “essencial levantamento de dados” sobre o sector em Portugal. “Há dados sobre a superfície agrícola e o número de produtores, mas para quem queira instalar-se como agricultor biológico é importante ter dados relativos ao valor da produção, ao comércio, a como é que está o mercado ou a quais são os produtos a apostar”.

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Decorreu no Europarque, em Santa Maria da Feira

Escola Agrária de Viseu presente no maior evento de Medicina Veterinária em Portugal

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corpo docente e discente da Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV) marcou presença no XIII Congresso do Hospital Veterinário Montenegro e VII Congresso de Enfermagem Veterinária, que decorreu no Europarque – Centro Cultural e de Congressos, em Santa Maria da Feira, subordinado ao tema “Patologias Cardiorrespiratórias sem segredos”. Este evento, que é já uma marca de sucesso no norte do país, voltou a reunir um painel de oradores de irrepreensível qualidade científica, com comunicações apelativas que permitiram a todos uma actualização de conhecimentos das principais condições cardiorrespiratórias no cão e no gato. O Congresso Hospital Veterinário do Montenegro (CHVM) é um dos maiores eventos científicos na área da Medicina Veterinária em Portugal e contou com mais de 2500 congressistas (mais de 500 enfermeiros veterinários ou estudantes da licenciatura de Enfermagem Veterinária) e um programa de elevado nível científico. 34

O certame contou com a presença de oradores nacionais e estrangeiros, que brindaram os presentes com excelentes apresentações sobre técnicas de diagnóstico e protocolos de enfermagem, que certamente contribuirão para a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos animais de companhia. A edição do CHVM deste ano contou ainda com um concurso de ideias, o “StartUp Montenegro”, que visava distinguir ideias empreendedoras na área da Medicina Veterinária, a partir das quais pudessem ser criadas novas empresas ou modelos de negócios. Nesta edição, esteve a concurso uma equipa de ex-alunas da ESAV, Annabella Marques e Cátia Simões, com o seu projecto “Candies for friendlies”, que foi muito elogiado. É ainda de salientar o importante prémio ganho pela estudante do segundo ano de Enfermagem Veterinária da Escola Superior Agrária de Viseu, Joana Rodrigues, que lhe dará a oportunidade de realizar um estágio num dos mais importantes Centros de Oncologia Veteri-

nária de referência do Reino Unido: Dick White Referrals. Este prémio projectará, uma vez mais, a nível internacional, o curso de Enfermagem Veterinária da ESAV, os seus alunos e diplomados, actualmente já muito procurados pelos CAMVs daquele país, após a obtenção da acreditação europeia da ACOVENE (Accreditation Committee for Veterinary Nursing Education), em 2014. Em 2015 o mesmo prémio foi atribuído à Enfermeira Rita Gravato, licenciada pela ESAV que, posteriormente, ficou a trabalhar no Reino Unido. “Foi com uma enorme honra que, uma vez mais, a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viseu esteve presente, com os seus alunos, ex-alunos e docentes. Para além de participar com comunicações orais, a ESAV esteve representada na presidência das mesas do Congresso de Enfermagem Veterinária, tendo ainda colaborado com a organização na elaboração do programa científico e na escolha dos oradores”, refere a Escola em comunicado. www.gazetarural.com


Nomeadamente na área dos tratamentos de bem-estar

Novidades marcam arranque da época balnear em termas do distrito de Viseu A

s novidades, em especial na área dos tratamentos de bem-estar, marcam o arranque da época balnear das termas do distrito de Viseu, que procuram diferenciar-se com opções direccionadas para a prevenção e não apenas para a cura de doenças. Depois de algumas obras de conservação e redecoração, as Termas da Felgueira, no concelho de Nelas, reabriram com uma nova área de acolhimento e atendimento aos clientes. “Fizemos também melhorias nas salas de nebulização colectiva e ORL [inaloterapia] crianças, na área de vapores, nos vestiários e em todo o edifício em geral”, acrescentou o responsável das Termas da Felgueira. Adriano Ramos explicou que, nos últimos anos, esta estância termal juntou às duas terapêuticas principais - vias respiratórias e afecções músculo-esqueléticas - a área do bem-estar, passando a ter uma oferta de saúde mais abrangente. “Neste ano, que esperamos excepcional, iniciamos um novo protocolo de estudo médico, na área da dermatologia”, revelou. A primeira estância termal do distrito de Viseu a reabrir portas foi a do Carvalhal, no concelho de Castro Daire, que estavam encerradas desde o dia 12 de Dezembro de 2016. “Reabrimos a 13 de Fevereiro e, ao nível dos tratamentos, para já, estamos a manter os do ano passado. No entanto, contamos introduzir novidades ao nível da fisioterapia, com alguns complementos a tratamentos que já temos”, referiu a directora das Termas do Carvalhal, Mafalda Pais. A responsável espera que esta seja “Uma boa época balnear”, em que pretendem cativar algum público mais jovem. Já as Termas das Caldas de Aregos, no concelho de Resende, que encerraram a 15 de Dezembro de 2016, reabrem em meados de Março. A responsável da Termas das Caldas de Aregos, Suzan Fartaj, evidencia que serão mantidos os mesmos serviços, “pois não é possível inventar muito em termos de termalismo clássico”. No entanto, têm algumas novidades em carteira. “Vamos ter novidades, nomeadamente nos serviços de massagens de drenagem linfática www.gazetarural.com

manual e também de reabilitação ou hidroterapia em piscina com acompanhamento de fisioterapia”, informou. Durante os primeiros meses e até Junho, serão concedidas “condições de incentivo ao termalismo especiais para os residentes e concelhos vizinhos de Resende, com oferta de 50 por cento na consulta médica e as crianças e jovens em idade escolar até aos 18 anos terão 20 por cento desconto durante toda a época termal”. Mais tarde abrem as Termas de Sangemil, no concelho de Tondela, estando previsto o arranque da época balnear para o dia 01 de Abril. Também esta estância termal, que encerrou a 30 de Novembro de 2016, foi alvo de pequenas intervenções, oferecendo a partir de Abril novidades na área da medicina natural e terapias integrativas. “Pretendemos apostar na naturopatia e na terapia aquavital. Estas são as grandes novidades da próxima época balnear, mantendo-se todos os outros tratamentos”, informou Pedro Adão, vereador da Câmara de Tondela. A 07 de Abril reabrem as Termas de Alcafache, no concelho de Viseu, cuja época balnear encerrou a 15 de Novembro do ano passado. De acordo com

Luíz Mascarenhas, responsável por estas termas, ao longo da próxima época balnear serão apresentadas algumas novidades, entre as quais a introdução de novos programas anticelulite e de emagrecimento, com aplicação de novos produtos e equipamentos. “Vamos contar também com novos programas de tratamento de rosto termal, com aplicação de novos produtos e equipamentos”, apontou. No distrito de Viseu encontram-se ainda as Termas de S. Pedro do Sul, que se mantêm em funcionamento todo o ano, uma vez que as obras de manutenção são realizadas nos balneários de forma alternada durante o inverno. O responsável Victor Leal avançou que a partir de Abril será reaberto o Balneário Rainha Dona Amélia já com um conceito novo. “Vamos propor um conjunto de tratamentos realizados por assinatura com os nossos produtos Aqua, em que são feitas massagens e tratamentos de rosto utilizando a nossa linha dermocosmética. Vamos ter também programas de promoção de saúde, seis dias, cinco noites, mais relacionados com a promoção da saúde e da prevenção, do que propriamente com a terapêutica”, concluiu. 35


Destaque para a gastronomia e cultura

São Pedro do Sul promove mais de 100 eventos em 2017

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Município de São Pedro do Sul vai promover mais de uma centena de eventos ao longo de 2017, dado a conhecer durante um Roteiro Turístico, que passou pelo Balneário Rainha D. Amélia nas Termas, pela aldeia de Covas do Monte e pela Escola Profissional de Carvalhais. A apresentação contou com a presença do vice-presidente do Município, Pedro Mouro; a vereadora Teresa Sobrinho e o presidente da Termalistur, Victor Leal. Os eventos dados a conhecer têm uma programação variada para todas as idades e em todas as áreas, desde a gastronomia à cultura passando pelo desporto, com o objectivo de fomentar a divulgação do concelho, aumentando a oferta de actividades e de experiências. Na gastronomia, e no âmbito da atribuição do prémio “Terra da Culinária” a S. Pedro do Sul, serão desenvolvidas diversas acções com ligação à gastronomia típica, em que contarão com a presença de Chefs de renome nacional na Feira da Vitela em Manhouce; um concurso de Culinária nas Festas da Cidade; um rodízio de feijoadas no Festival do Feijão e ainda a confecção de receitas da Carta Gastronómica de

Lafões nos restaurantes do concelho e nas cantinas escolares. Na cultura o destaque vai para a programação mensal no Cineteatro Jaime Gralheiro com peças de teatro, concertos e stand up comedy com o espectáculo de Fernando Rocha em Julho. No desporto, para além da progra-

mação anual de percursos pedestres, destaque para uma nova edição dos “Jogos Sem Fronteiras” e dos “Jogos Desportivos 3G” e a realização em S. Pedro do Sul do VIII Torneio Internacional de Futsal da TAP e de mais uma edição do “Portugal MTB” com participantes de todo o mundo.

Dia 11 de Março no Convento de São Francisco

Santarém recebe evento vínico Tejo a Copo

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o âmbito da primeira Pós-Graduação de ‘Wine Marketing & Events’ do Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA) Santarém, vai realizar-se no dia 11 de Março o evento vínico Tejo a Copo, que junta produtores e enólogos do Tejo e apreciadores de vinhos para uma prova inesquecível. A localização escolhida é o emblemático Convento de S. Francisco, em Santarém, classificado como Património Nacional.

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O evento Tejo a Copo tem como objectivo divulgar e promover os Vinhos do Tejo, proporcionando uma relação de proximidade entre os vários produtores representados e apreciadores de vinhos. O programa contempla, também, provas comentadas pelos enólogos, dando a conhecer vinhos seleccionados e potenciando a aptidão de prova dos participantes. O Tejo a Copo realiza-se entre as 17 e as 22 horas e a entrada é livre. Para

Ano XIII | N.º 288 | Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968044320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Redacção: Luís Pacheco | Opinião: Miguel Galante | Paulo Barracosa Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546

além de muitos e bons vinhos, não faltará a animação e uma atmosfera única, envolvida pela mística do monumento que serve de palco: o Convento de S. Francisco. O evento conta com o apoio da Câmara de Santarém, do ISLA Santarém, Comissão Vitivinícola Regional do Tejo e Instituto do Vinho e da Vinha, entre outras entidades e empresas relacionadas com o mundo dos vinhos.

Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | Tel. 232 411 299 Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 2000 exemplares www.gazetarural.com Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.


Últimas Em Braga, de 23 a 26 de Março

AGRO - Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação comemora bodas de ouro

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Parque de Exposições de Braga recebe, de 23 a 26 de Março a AGRO – Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação, evento que de 2017 assinala a comemoração da quinquagésima edição do certame. Esta será a última feira a ser apresentada no Parque antes das obras de reabilitação. A organização convidou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para presidir à Comissão de Honra. Organizada pela InvestBraga, a AGRO é a maior feira do sector primário do Norte do país e da Galiza e é a única, ao nível nacional, que faz parte da EURASCO (European Federation of Agricultural Exhibitions and Show Organizers). A organização está a preparar um programa especial de comemoração para a quinquagésima edição da AGRO, que contará ainda com a presença convidados especiais. O certame tem vindo a crescer, de ano para ano, em qualidade, oferta e número de visitantes. Contemplará uma Grande Conferência, onde serão debatidos temas relevantes para o sector, e ainda uma gala de homenagem a instituições e empresas nacionais. Além do Presidente da República, a InvestBraga convidou também o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos. O certame é uma mostra de vários sectores ligado ao mundo rural, com expositores de diferentes ramos de actividades, como alfaias e máquinas agrícolas, agricultura biológica, agroquímicos e fertilizantes, energias renováveis, ensino e Investigação ligados ao sector, estufas, florestas; floricultura, genética animal, horticultura, jardinagem, plantas e viveiros, nutrição animal, olivicultura, orizicultura, pecuária, produtos regionais, sementes, sistemas de rega, vinhos, entre outros. No Salão de Alimentação haverá uma mostra de produtos, desde o azeite, aos queijos, vinhos e outros, bem como uma área de restauração com restaurantes de carnes D.O.P. www.gazetarural.com

A AGRO aposta no sector leiteiro, com o Concurso da Raça Holstein Frísia, para além do XXIX Concurso Nacional da Raça Barrosã, o VII Concurso Nacional da Raça Cachena, bem como três concursos de raças autóctones, Arouquesa, Maronesa e Minhota.

Haverá uma área com cerca de 25.000 m2 de exposição de alfaias e máquinas agrícolas de mais de 50 marcas e fabricantes. O certame é organizado pela InvestBraga - Agência para a Dinamização Económica. 37


A realizar no fim-de-semana da Páscoa

Constância prepara Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem

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ão as festividades mais esperadas em Constância e decorrem sempre no fim-de-semana da Páscoa, que têm o seu momento alto na segunda-feira, dia do Concelho, com a subida dos barcos Tejo acima até à confluência com o rio Zêzere. A Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem/Festas do Concelho 2017 engloba a XXVIII Mostra Nacional de Artesanato e XI Mostra de Doces Sabores em Constância, estando as inscrições abertas para os expositores que nelas quiserem participar. As festas terão lugar nos dias 15, 16 e 17 de Abril e além da XXVIII Mostra Nacional de Artesanato e da XI Mostra de Doces Sabores integrará as ruas floridas, para além de um vasto programa de animação, o XXIX Grande Prémio da Páscoa em Atletismo/EDP Distribuição, a IX Caminhada, uma Mega Aula de Zumba, as tasquinhas típicas, diversas exposições, a chegada das embarcações a Constância e um espectáculo piromusical. Ponto alto dos festejos serão as cerimónias religiosas que têm lugar no dia do Concelho, segunda-feira de Páscoa (17 de Abril), das quais se destacam a Missa Solene, a Procissão em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem e as Bênçãos dos Barcos nos rios Tejo e Zêzere e das viaturas na Praça Alexandre Herculano.

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