Director: José Luís Araújo
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N.º 290
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31 de Março de 2017
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Preço 4,00 Euros
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Constância recebe a festa dos afectos Feira do Folar de Valpaços com retorno esperado de milhão e meio de euros Feira Ibérica de Turismo tem Cabo Verde como país convidado Vinhos de Trás-os-Montes comercializam cerca de três milhões de garrafas Governo aprova reforma da floresta “para muitas décadas” Rally promove
Odores primaveris
o território de Nelas e o Vinho do Dão
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Sumário 04 Guimarães promove Doçaria no Convento
21 Vinhos da Bairrada eleitos como os ‘Melhores de Portugal’
05 Feira Ibérica de Turismo tem Cabo Verde como país
em concurso nos EUA
convidado
22 Governo aprova reforma da floresta para muitas décadas
06 Amor Electro atuam na Mealhada a 17 de Junho
26 Projecto ecológico de combate à praga da lagarta do
07 Constância recebe a festa dos afectos
pinheiro em Leiria começa na prisão
08 Festival da Caldeirada mostra melhor peixe da costa sadina
28 Tecedeiras de Ribeira de Pena conciliam a tradição da arte
09 Tavira propõe festival gastronómico com pratos da cozinha
do linho com a inovação
algarvia
30 Portugueses vão ter aplicação móvel para procurar
10 Presunto de Santana da Serra é o Melhor dos Melhores
produtos biológicos
11 Feira do Folar de Valpaços com retorno esperado de milhão e
31 Agro 2018 será no novo Parque de Exposições de Braga
meio de euros
33 Organização Meteorológica Mundial prevê que 2017 será
12 Mercado do Queijo e dos Romanos na Villa Romana do Rabaçal
um ano quente
14 Vinhos de Trás-os-Montes comercializam cerca de três
34 Associação Empresarial de Amarante debate “Gestão no
milhões de garrafas
Agroalimentar”
16 UTAD vai acolher sede de rede para a investigação da vinha e
35 Rally promove o território de Nelas e o Vinho do Dão
do vinho
36 Ana Moura e Matias Damásio no cartaz da FIAPE em
17 Wine Fest 2017 eleva o vinho ao máximo expoente sensorial
Estremoz
18 Câmara da Ribeira Grande avança com projecto-piloto para
37 Balneário Termal de Sangemil abre ao público a 11 de Abril
recuperar vinhas
38 Sabugal recebe Encontro Ibérico do Carvalhal em Abril
19 Anadia lança concurso de ideias de negócio da vinha e do vinho
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De 7 a 9 de Abril no Claustro do Antigo Convento de Santa Clara
Município de Guimarães promove mostra de doces de origem conventual
O
Município de Guimarães irá realizar, de 7 a 9 de Abril, a Doçaria no Convento, evento que consiste numa mostra de doces de origem conventual que pretende reavivar a memória de outros tempos, procurando contribuir para que se mantenha viva a tradição da doçaria conventual, em terras vimaranenses. O Claustro do Antigo Convento de Santa Clara, actual Câmara Municipal de Guimarães, será o palco desta mostra. Era aí que, noutros tempos, as freiras se dedicavam para além dos seus afazeres religiosos à confecção de doces. Com uma localização que lhe permite um enquadramento único, este evento pretende não só reavivar a tradição da doçaria tradicional conventual vimaranense mas também dar a conhecer o que de melhor se faz em termos de doçaria conventual portuguesa. O sucesso, deste projecto não seria 4
possível sem o contributo imprescindível dos participantes que corporizam as dinâmicas económicas e comerciais do evento. Doçaria no Convento e Festival de Música Religiosa promovidos no Norte e em Espanha A Câmara de Guimarães vai realizar, no início do mês de Abril, três acções promocionais de dois eventos que decorrerão na Páscoa, período de especial afluxo de turistas. A edição deste ano da Doçaria no Convento e o II Festival de Música Religiosa de Guimarães serão promovidos em Espanha e em dois espaços do Norte do país de elevada afluência. No dia 3 de Abril, o Município de Guimarães, reconhecendo a importância do turismo para a economia nacional,
em particular para a vimaranense, estará presente na Loja Interactiva de Turismo do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, com a realização de uma acção de promoção das duas iniciativas, enquanto no dia seguinte marcará presença na Loja Interactiva de Santiago de Compostela e no dia 5 de Abril no Porto Welcome Center. Estas acções permitirão ainda a divulgação e promoção da doçaria conventual vimaranense, através de uma mostra e degustação das Tortas de Guimarães e do Toucinho-do-céu, assim como a divulgação dos vinhos produzidos no concelho, sob a forma de um Welcome Drink, que receberá todos os visitantes. Os doces e vinhos para a degustação são oferta das empresas Clarinha, Adega Cooperativa de Guimarães, Quinta do Ermízio, Sociedade Agrícola S. Gião e Casa de Sezim. www.gazetarural.com
Certame destaca o Turismo Sustentável para o Desenvolvimento
Feira Ibérica de Turismo tem Cabo Verde como país convidado
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quarta edição da Feira Ibérica de Turismo (FIT) decorrerá entre 28 de Abril e 1 de Maio no Parque Urbano do Rio Diz, na cidade da Guarda. Nesta edição, a organização, a cargo do Município da Guarda, volta a apostar na internacionalização do certame, sendo Cabo Verde o país convidado e a Extremadura a região de Espanha em destaque. Em 2017 a Organização das Nações Unidas assinala o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento e, a esse propósito, a FIT associa-se também a essa celebração, dando o seu contributo para a consciencialização da importância do turismo sustentável na distribuição da riqueza, contribuindo para um maior desenvolvimento económico e social dos territórios. www.gazetarural.com
A edição deste ano do evento dará também especial destaque aos operadores e serviços mais directamente ligados ao Turismo da Natureza e ao Turismo em Espaços Rurais, criando uma área de destaque para estes sectores. Recorde-se que os principais objectivos da FIT são promover o sector do turismo ibérico, fomentar o intercâmbio transfronteiriço, estimular o relacionamento comercial e o progresso dos vários sectores e segmentos da economia e, consequentemente, o desenvolvimento dos territórios. A Guarda tem uma localização privilegiada na península ibérica, estando equidistante das duas capitais, entre Madrid e Lisboa, sendo por isso uma plataforma estratégica para a realiza-
ção de um certame desta natureza. A feira tem vindo a afirmar-se como uma plataforma transfronteiriça no panorama ibérico dos eventos ligados ao Turismo, uma oportunidade singular de divulgação, promoção, captação e desenvolvimento de fluxos turísticos e de valorização dos recursos. Na edição de 2016, o certame contou com o Brasil como país convidado e Castilla y León como Região de Espanha em destaque. A FIT contou com dezenas de milhares de visitantes, numa área total coberta de 8000m², onde recebeu mais de uma centena de expositores de diversas regiões de Portugal e Espanha, dos mais variados campos de actuação do Turismo nos sectores público e privado. 5
Autarquia anuncia primeiro nome para a Festame – Feira do Município
Amor Electro actuam na Mealhada a 17 de Junho O
s Amor Electro são a primeira confirmação para actuação na Festame – Feira do Município da Mealhada, que este ano vai decorrer de 10 a 18 de Junho. O grupo de Mariza Liz vai actuar a 17 de Junho e promete um espectáculo de qualidade no último sábado do evento, onde os Amor Eletro irão apresentar os mais recentes trabalhos, como o single “Sei”, e revisitar grandes êxitos, como “A Máquina” ou “Rosa Sangue”. A Festame terá diversas novidades este ano, seja o número de dias, nove, seja a reorganização do recinto, por forma a torná-lo mais atractivo. Um dos aspectos que se mantem é a matriz de gratuitidade, quer para acesso do público aos concertos, quer para expositores, sejam eles da área agrícola, comercial ou industrial, bem como os inúmeros artesãos que, ano após ano, marcam presença no certame. A Festame pretende ser um espaço de afirmação da economia local, bem como um ponto de encontro do público com os expositores e artesãos, com a gastronomia, nas tasquinhas, e com a cultura e a música, nos dois palcos reservados a espectáculos, um dedicado a colectividades, outro vocacionado para as grandes bandas nacionais. Com as inscrições para expositores a decorrer – o prazo termina a 21 de Abril – o certame regista já uma procura significativa por parte de artesãos, e empresas, sejam de actividade agrícola, comercial, industrial ou prestação de serviços. Mealhada comemora Dia Nacional dos Moinhos A Câmara da Mealhada assinala o Dia Nacional dos Moinhos com actividades abertas a toda a população nos moinhos do concelho, no Lograssol, em Santa Cristina e, este ano, também na Lameira de S. Geraldo. O Dia Nacional dos Moinhos celebra-se a 7 de Abril e, mais uma vez, o Mu6
nicípio associa-se à Rede Portuguesa de Moinhos com um vasto programa de actividades em torno dos moinhos de água de Santa Cristina e do Lograssol, situados na freguesia da Vacariça, nos dias 7, 8, 9 de Abril. Este ano, também o moinho do Rabino, na Lameira de S. Geraldo, estará aberto para visitas. As actividades programadas são diversas e abrangentes. Em Santa Cristina, os visitantes terão oportunidade de ver e ouvir o antigo moleiro Armindo Lopes a mostrar como funciona o seu moinho de água. No Lograssol, os alunos da Escola Profissional Vasconcellos Lebre (EPVL) poderão assistir à cozedura do pão em forno tradicional e, claro, provar o resultado final. Em ambos os locais, para além da visita, existirão diversas actividades que procuram proporcionar alguns momentos de lazer à população, tirando parti-
do dos magníficos espaços verdes que envolvem estes moinhos. Os visitantes poderão participar em workshops, participar numa caminhada ou em acções de sensibilização relacionadas com dieta saudável. Haverá ainda um mercadinho com produtos biológicos e artesanato, tasquinhas e um festival de sopas (Ver programa). Ao assinalar este dia com actividades nos parques que circundam os moinhos, o Município da Mealhada procura fazer eco dos objectivos da Rede Portuguesa da Moinho: “chamar a atenção dos portugueses para o inestimável valor patrimonial dos nossos moinhos tradicionais, de forma a motivar e coordenar vontades e esforços de proprietários, moleiros, organizações associativas, autarquias locais, museus, investigadores, molinólogos, entusiastas, amigos dos moinhos e população em geral”. www.gazetarural.com
De 14 a 17 de Abril
Constância promove a “festa dos afectos” N
a quadra pascal, a vila de Constância recebe a “festa dos afectos”. A ‘Vila Poema’, em homenagem a Luis Vaz de Camões, engalana-se para receber milhares de visitantes nas tradicionais Festas do Concelho, que este ano decorrem de 14 a 17 de Abril, onde as ruas floridas são a atracção principal, bem como a Mostra Nacional de Artesanato e a Mostra de Doces Sabores. Os grandes momentos estão reservados para a segunda-feira de Páscoa, dia da Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, com as cerimónias religiosas, que incluem a bênção dos barcos nas águas dos rios Tejo e Zêzere e das viaturas na Praça Alexandre Herculano. O número de embarcações presentes, provenientes de 14 municípios ribeirinhos, aumentou este ano, e rondam a meia centena. Para além disso, são diversos os grupos que, na impossibilidade de levarem os seus barcos, marcarão presença na festa trajados a rigor. Cerca das 13 horas está marcada a chegada das embarcações que sobem o Tejo até Constância, também banhada pelo rio www.gazetarural.com
Zêzere. É na confluência dos dois rios que tem lugar o momento mais solene, com Eucaristia em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira dos marítimos, a que se segue a procissão e bênção dos barcos nas águas dos dois rios. Constância vai assim, durante os quatro dias de festa, encher-se de cor, tradição e muita animação, com um programa que inclui mostras de artesanato e doçaria, tenda jovem, diversas provas desportivas, exposições, para além de um cartaz de animação que inclui folclore e alguns nomes sonantes do panorama musical nacional. Tim, HMB, Hyubris, Ferro & Fogo, Tributo a Pink Floyd, Banda da Associação Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro e o Carrilhão Lvsitanvs fazem a animação musical das Festas do Concelho de Constância e de Nossa Senhora da Boa Viagem. Na apresentação das Festas, Júlia Amorim e Arsénio Cristóvão, respectivamente presidente e vice-presidente do município, bem como outros elementos da organização, deram a conhecer
as iniciativas que marcam a “festa dos afectos”. O certame tem a inauguração oficial marcada para as 15 horas de sábado, dia 15, mas as festas começam na noite do dia anterior com o concerto dos Hyubris. No sábado destaque para a presença do programa “Aqui Portugal”, da RTP, bem como muita animação na Praça Alexandre Herculano, com o Grupo de Danças Populares da Universidade Sénior e o Grupo do projecto juvenil local “Ganhar Asas”. À noite sobem ao palco Ferro & Fogo e da banda HMB. Para domingo está reservada uma tarde de folclore, uma iniciativa do Rancho Folclórico “Os Camponeses de Malpique”, que conta também com os Ranchos Folclóricos “Paço dos Negros”, de Almeirim, e de Santiago de Custóias, de Matosinhos. À noite sobe ao palco a banda de Tributo a Pink Floyd. As festas encerram segunda-feira de Páscoa com um concerto de Tim, vocalista dos Xutos & Pontapés, a que seguirá um espectáculo piromusical, que encerram a Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem. 7
Em Setúbal até 9 de Abril
Festival da Caldeirada mostra melhor peixe da costa sadina O
melhor peixe capturado na costa sadina dá mais sabor às ementas de 25 restaurantes envolvidos no Festival da Caldeirada 2017, certame gastronómico que decorre em Setúbal até 9 de Abril. A caldeirada setubalense, um dos pratos mais típicos da terra banhada pelo Sado, tem lugar de destaque numa quinzena gastronómica integrada num ciclo de eventos organizados pela Câmara de Setúbal, ao longo do ano, destinado a promover sabores, saberes e tradições locais. Estão envolvidos festival os restaurantes Adega Leo do Petisco, Antóniu’s, Baluarte da Avenida,
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Bombordo, Cantinho dos Petiscos, Casa do Mar, Copa d’Ouro, Convés, Estuário do Sado, Mar Azul, Monte Real – Sabor a Mar, Novo 10 e Petisqueira O Manel e Poço das Fontainhas. Participam ainda no Festival da Caldeirada 2017 os restaurantes Rebarca, do Rio, Ribeirinha do Sado, Rius VIP, Solar do Marquês II, Taberna de Azeitão, Taberna Grande, Taberna Típica O Pescador II, Tasca das Marés, Tasca do Xico da Cana e Tasca Kefish. O evento gastronómico, organizado com o apoio das empresas Makro e Lallemand, reserva ainda para o último dia do evento, às 18 horas, a sessão de
live cooking “Sabor a Caldeirada”, na Casa da Baía, pela chef Laura Cipriano, do restaurante Ribeirinha do Sado. A sessão de cozinha ao vivo sobre a técnica de preparação e confecção da caldeirada setubalense, com degustação, tem o custo de seis euros. A participação é sujeita a inscrição. O Festival da Caldeirada é um dos eventos gastronómicos que a autarquia desenvolve ao longo do ano, no âmbito das marcas Setúbal é um Mundo e Setúbal Terra de Peixe, com o objectivo de promover os produtos regionais e de apoiar a dinamização da restauração local.
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Até 23 de Abril em 8 restaurantes do concelho
Tavira propõe festival gastronómico com pratos da cozinha algarvia T
avira recebe até 23 de Abril o Festival de Gastronomia Serrana, certame que vai na décima quarta edição, que propõe os sabores do interior do concelho, que poderão ser degustados nos oito restaurantes aderentes de Cachopo, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Santo Estêvão e Tavira. Os apreciadores da cozinha tradicional, dos produtos locais e da época, assim como do estilo de vida mediterrânico, tem ao dispor nos restaurantes aderentes diferentes pratos característicos da região. Queijos frescos com mel ou especiarias, saladas, chouriço, presunto, azeitonas, canja de galinha caseira, caldo verde integram as entradas dos menus dos vários restaurantes, os quais apresentam no seu cardápio borrego, javali, porco, galinha, devidamente, acompanhados por vinhos da região. Digestivos de aguardente de medronho e figo, assim como sobremesas de laranja, amêndoa, ovos e fruta da época completam as ementas. Todos os que se deslocarem até aos estabelecimentos aderentes e provarem as ementas do Festival habilitam-se a ganhar, por sorteio, a uma estadia num dos alojamentos turísticos da região, assim como usufruir de uma actividade de animação turística.
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ConcursoNacionaldeEnchidos
Presunto de Santana da Serra é o Melhor dos Melhores
Irá decorrer de 17 e 22 de Abril
II Semana O ‘Pergunte pelo Bio’ dedicada à Certificação
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Agrobio, numa co-produção com a Quercus, vai implementar a II Semana “Pergunte pelo Bio”, que irá decorrer de 17 e 22 de Abril, subordinada ao tema da Importância da Certificação. Em 2017 o tema será “A Importância da Certificação” lembrando a necessidade de garantir ao consumidor que o que ele está a adquirir no ato da compra garante as premissas do produto biológico. O consumidor, não podendo estar presente no processo de produção, necessita de um mecanismo que salvaguarde que o produto é de facto biológico. Quem compra bio é muitas vezes movido por uma vontade altruísta e precisa de comprovativos de que esses ensejos são correspondidos. A “Semana Pergunte pelo Bio” pretende divulgar o consumo sustentável não só na área das hortofrutícolas e produtos de origem animal como também nos outros consumíveis de matérias-primas biológicas como a roupa e a cosmética. A ideia é que tanto consumidores como comerciantes pensem mais nos produtos biológicos, sendo a agricultura biológica, a única inteiramente sustentável. A mecânica da iniciativa tem como base a parceria com diferentes municípios, pontos de venda, certificadoras e associações, que se envolvem de forma activa na divulgação do BIO. Nos diferentes pontos do país serão projectados filmes do festival Cine Eco de Seia, um dos parceiros da iniciativa. 10
Presunto de Santana da Serra, produzido pela empresa Montaraz de Garvão, Transformação Artesanal de Porco Alentejano, obteve a distinção Melhor dos Melhores na Categoria Presuntos do VII Concurso Nacional de Enchidos, Ensacados e Presuntos Tradicionais Portugueses que o CNEMA realizou em conjunto com a Qualifica/oriGIn Portugal – que assumiu a respectiva Direcção – nos passados dias 09 e 10 de Março. Recorde-se que o objectivo principal do Concurso é premiar, promover, valorizar e divulgar os genuínos Enchidos, Ensacados e Presuntos Tradicionais Portugueses, alguns deles já com Nomes Qualificados. Este Concurso enquadra-se no âmbito de um conjunto de iniciativas promovidas pelo CNEMA, onde se incluem também outros Concursos Nacionais de Produtos Tradicionais Portugueses, bem como os Concursos Nacionais de Mel e de Azeite Virgem Extra e o Salão Prazer de Provar integrados na Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo.
Até 9 de Abril, na Ericeira
Festival gastronómico dá a conhecer o Ouriço-do-mar A
té 9 de Abril, a Ericeira recebe o III Festival do Ouriço-do-mar, uma iguaria ainda desconhecida de muitos e que por esses dias irá revelar todo o seu sabor e potencial. Mais do que um evento gastronómico, o festival é ainda a oportunidade perfeita para conhecer esta espécie, o seu habitat, características biológicas e até factores sociais e ambientais que, actualmente, ameaçam esta criatura marinha. A protecção da espécie é o mote de umas Jornadas Técnicas especificamente dedicadas à investigação e projectos relacionados com a preservação do ouriço-do-mar. Durante o Festival do Ouriço-do-mar, a Câmara de Mafra, promotora da iniciativa, propõe ainda acompanhar e participar numa série de experiências gastronómicas nos 24 restaurantes aderentes, em cujas ementas o ouriço-do-mar adquire um especial protagonismo, e sessões de showcookings pedagógicos e degustações, nos sábados de 1 e 8 Abril à tarde, no Mercado da Ericeira, com a presença de reputados chefs nacionais e internacionais. www.gazetarural.com
De 7 a 9 de Abril, em Valpaços
Feira do Folar com retorno esperado de milhão e meio de euros U
m milhão meio de euros é o retorno directo esperado da XIX Feira do Folar de Valpaços – Produtos da Terra e seus Sabores, que terá lugar de 7 a 9 de Abril, num certame organizado pela autarquia local e promovido pela Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso (EHATB). O folar é um “ex-libris” deste concelho transmontano, no ano em que lhe foi atribuída a Indicação Geográfica Protegida, o que deixa o presidente da Câmara de Valpaços satisfeito com a atribuição. Amílcar Almeida adiantou que a autarquia investiu 140 mil euros no certame, que atraiu um retorno directo, no ano passado, estimado em um milhão e meio de euros. Para o autarca, este não “é um custo”, mas sim um investimento que tem retorno, pois o folar “é já uma marca que vai entrando em diversos mercados”. A feira tem no folar o “rei” da festa, mas é também uma monstra de outros produtos da terra em que o concelho é rico. O evento conta com 104 expositores, com a participação exclusiva de produtores locais, pois tudo o que ali é comercializado é derivado de matérias-primas produzidas no concelho. Aos jornalistas, o presidente da Câmara, Amílcar Almeida, destacou a importância da atribuição de Indicação Geográfica Protegida (IGP) ao folar de Valpaços, lembrando “o esforço de muiwww.gazetarural.com
ta gente para se ter alcançado esse desiderato”. “É um selo de garantia de um folar inigualável”, sustentou o autarca. Gazeta Rural (GR): Este é um ano de transição. Com o folar certificado com IGP, esta será uma feira com outro sabor? Amílcar Almeida (AA): Para nós sim. Foi um processo que decorreu ao longo de 15 anos, que agora culminou com a atribuição da IGP, num esforço de muita gente para se ter alcançado esse desiderato. É um selo de garantia de um folar inigualável, porque tudo o demais é imitação, que conseguiu convencer as gentes de Bruxelas e que, queremos acreditar, possa abrir novas oportunidades na sua comercialização. Se o folar já representava muito para a economia do concelho, com a atribuição da IGP naturalmente que se poderão abrir as portas a muitos jovens, bem como a quem já está no sector, que possa dar aso à imaginação e fazer chegar aos quatro cantos do mundo as delícias do concelho de Valpaços. GR: A Feira tem vindo a crescer de ano para ano. Na sequência do que acabou de dizer, há jovens a investir neste sector? AA: Há, na produção de fumeiro, bem como em novas padarias, nomeada-
mente de pessoas que não conseguem entrar no mercado de trabalho e que procuram aquilo que a terra dá, naquilo em que o concelho é rico, e que tem tido um apoio significativo da Câmara de Valpaços. Temos vindo a apostar no sector primário, pois sabemos que é nisso que somos fortes. Temos uma parceria com as nossas cooperativas e colocámos, nas entradas do Porto e de Lisboa, dois outdoors que mostram a riqueza do nosso concelho, que assenta sobretudo no sector primário, nomeadamente no vinho, no azeite, nos frutos secos, no mel e outros. É esta alavanca que não queremos perder e os jovens sabem que, para vencer, têm que semear primeiro e depois saber cuidar. 11
No próximo dia 30 de Abril, na Villa Romana do Rabaçal
Estação Arqueológica é palco Mercado do Queijo e dos Romanos N
o próximo dia 30 de Abril realiza-se mais uma edição do Mercado do Queijo Rabaçal e dos Romanos, evento que terá lugar na Estação Arqueológica da Villa romana do Rabaçal, onde todos os interessados poderão comprar e degustar não só o famoso Queijo Rabaçal, mas também outros produtos endógenos, como o vinho Terras de Sicó, azeite Sicó, mel, nozes, entre outros. Com este certame pretende-se sensibilizar toda a sociedade para a arcaica actividade de pastorícia e da
produção tradicional do Queijo Rabaçal, valorizando em simultâneo outros produtos e elementos que caracterizam a região, num ambiente de recriação histórica conjugada com a festa popular, protagonizada pelo folclore. O visitante é assim convidado a reviver o ambiente do palácio da Villa romana do Rabaçal desde o século IV, até à actualidade, participando numa história que vai percorrendo os diversos espaços e tempos deste complexo agrícola, onde pequenos rebanhos andarão a pastar.
De 6 a 16 de Abril
Lamego celebra a Páscoa e promove Feira de Artesanato P
or tradição, Lamego recebe todos os anos milhares de visitantes durante as celebrações da Semana Santa, um dos momentos mais altos da vida da cidade e da região. Terra de intensa religiosidade, é oferecido aos lamecenses e a todos aqueles que visitam a cidade duriense um valioso conjunto de demonstrações públicas de Fé e de realizações culturais e populares que se enquadram no espírito das celebrações da Paixão e da Páscoa. Este ano, como complemento a esta programação, a Av. Dr. Alfredo de Sousa vai ser palco da Feira de Artesanato da Páscoa, um certame que juntará artesãos e instituições que querem promover o que de mais genuíno se produz neste território. Para além do artesanato, vão estar à venda outros produtos típicos da Páscoa: folares, bolos podres, licores, entre outros. Organizada pela Câmara de Lamego, a Feira de Artesanato da Páscoa pretende, de 6 a 16 de Abril, apoiar e valorizar os artesãos locais e incentivar o desenvolvimento do comércio tradicional. 12
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3 PROVA DA TAÇA NACIONAL DE RALIS DE TERRA (TNRT) 1 PROVA DO CAMPEONATO REGIONAL DO CENTRO DE RALIS (CRCR) www.gazetarural.com
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Cerca de 17% dos vinhos certificados são destinadas à exportação
Trás-os-Montes comercializa cerca de 3 milhões de garrafas A
Comissão Vitivinícola de Trás-os-Montes certifica anualmente cerca de três milhões de garrafas de vinho, o que corresponde a um volume de negócios que ronda os cinco milhões de euros. “Dos três milhões de garrafas de vinhos certificadas anualmente pela Comissão Vitivinícola de Trás-os-Montes (CVRTM), 17% são destinadas à exportação”, disse Ana Alves, técnica da CVRTM, à margem de uma sessão de esclarecimento que decorreu em Mogadouro. Segundo dados da CRVRTM, no território há já 94 produtores e engarrafadores de vinho, dos quais 65 são certificados todos os anos, tendo em vista negócios os mercados nacionais e internacionais, sobretudo na Europa, América do Sul e China. A CVRTM é um organismo interprofissional que tem por objectivo a representação dos interesses das profissões envolvidas na produção e comércio da Denominação de Origem (DO) “Trás-os-Montes” e da Indicação Geográfica (IG) “Transmontano”. 14
Esta entidade está a percorrer os concelhos de abrangência da Denominação de Origem Trás-os-Montes no sentido de promover os vinhos aí produzidos no seio dos potências consumidores e agentes económicos, tais como a restauração, hotelaria ou similares. A CVRTM tem em curso um trabalho sensibilização junto dos profissionais da restauração, da hotelaria ou similares, no sentido de promover o vinho com Denominação de Origem, que para além do potencial económico para a região, tem igualmente qualidade. “Os vinhos produzidos na área da CRVTM, apesar de certificados, não são consumidos no nosso território e por isso deveríamos aproveitar as nossas mais-valias”, afirmou a responsável, acrescentando que é necessários “fazer uma aproximação entre produtores e a restauração, já que os empresários deste sector são os grandes embaixadores”. Em fase de preparação, está um novo projecto, que passa por implementar uma carta de vinhos originários de Trás-
-os-Montes. “Temos já uma carta de compromisso que será apresentada aos restaurantes onde cada uma das unidades vai seleccionar os vinhos específicos para os seus menus”, adiantou Ana Alves. O nome Trás-os-Montes refere-se à localização da região, que se situa para lá das serras do Marão e Alvão, a norte do rio Douro. É uma zona montanhosa e de solos essencialmente graníticos. Na sub-região de Chaves, a vinha é plantada nas encostas de pequenos vales, onde correm os afluentes do rio Tâmega. A sub-região de Valpaços é rica em recursos hídricos e situa-se numa zona de planalto. No Planalto Mirandês é o rio Douro que influencia a viticultura. “As castas plantadas são praticamente comuns nas três sub-regiões”, afiança a técnica. As castas tintas mais plantadas são a Trincadeira, Bastardo, Marufo, Tinta Roriz, Touriga Nacional e Touriga Franca. As castas brancas de maior expressão na região são a Síria, Fernão Pires, Gouveio, Malvasia Fina, Rabigato e Viosinho. www.gazetarural.com
Entrega de prémios decorreu em Tomar
Gala distinguiu os melhores Vinhos do Tejo e a melhor gastronomia O
Hotel dos Templários, em Tomar, recebeu a Gala Vinhos do Tejo 2017, um evento de excelência organizado pela Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo em parceria com a Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Tejo. O evento, que contou com o maior número de presenças desde sempre, premeia o trabalho dos enólogos, dos produtores e dos restaurantes de todo o país e foi animado pelo grupo Zêzere Arts. Durante a cerimónia foram divulgados e entregues os prémios do VIII Concurso de Vinhos Engarrafados do Tejo e do Tejo Gourmet 2016, bem como os prémios Empresa Dinamismo, Empresa Excelência, Enólogo do Ano e o Prémio Carreira, este último atribuído pela primeira vez. O concurso Tejo Gourmet, que já vai na sua sétima edição, desafia a restauração de todo o país a preparar as melhores receitas harmonizadas com Vinhos do Tejo, contou com 41 restaurantes, do Porto ao Algarve, tendo-se realizado de 5 a 27 de Novembro de 2016. O júri do concurso atribuiu 14 medalhas de prata e 21 de ouro. Por sua vez, a VIII edição do Concurso de Vinhos Engarrafados do Tejo realizou-se nos dias 2 e 3 de Março, no Hotel dos Templários, em Tomar, e contou com 145 amostras em prova de 34 produtores, dos quais 18 www.gazetarural.com
foram contemplados com 47 vinhos premiados – 24 pratas e 23 ouros. Na Gala Vinhos do Tejo foram também entregues os prémios Os Melhores do Tejo Gourmet. O prémio de O Melhor Restaurante foi para o Areias do Seixo (Torres Vedras), que também recebeu o prémio de Melhor Cozinha de Autor. Já o restaurante A Lúria (Tomar) foi distinguido com o prémio Melhor Tradicional, enquanto o Melhor Internacional foi atribuído ao restaurante À Terra (Olhão). Os restaurantes Pigalle (Santarém) e Cisco (Almeirim) foram reconhecidos com o prémio Revelação e o Taverna do 8 ó 80 (Nazaré) foi eleito como o restaurante com a Melhor Carta de Vinhos. A Melhor Entrada foi para o restaurante Calça Perra (Tomar), o Melhor Prato Principal para o Sala de Corte (Lisboa) e a Melhor Sobremesa para o Viva Lisboa (lisboa). Por último, o restaurante Naco na Pedra (Salir do Porto) foi reconhecido com o prémio de Melhor Promoção. O Concurso de Vinhos Engarrafados do Tejo (CVET) atribui Medalha Excelência ao melhor branco e melhor tinto. Este ano esta condecoração foi merecida pelos vinhos Casal da Coelheira Branco 2016 e Bridão Private Colection Tinto 2015, dos produtores Casal da Coelheira e Adega do Cartaxo, respectivamente.
Neste concurso foram ainda distinguidos os Melhores Brancos e Rosés da Colheita 2016. Quanto aos Brancos, o vinho que ficou em primeiro lugar foi o Casal da Coelheira Branco 2016, seguido pelo Lagoalva Sauvignon Blanc Branco 2016 e pelo Casal da Coelheira Reserva Branco 2016. Os melhores rosés, por sua vez, foram Conde Vimioso Colheita Seleccionada Rosé 2016, seguido pelo Quinta da Alorna Touriga Nacional Rosé 2016 e pelo Quinta do Casal Monteiro Rosé 2016. Os Vinhos do Tejo entregaram ainda quatro prémios especiais. A Adega Cooperativa de Almeirim foi considerada a Empresa Dinamismo Vinhos do Tejo 2016, enquanto a Adega Cooperativa do Cartaxo foi distinguida como Empresa Excelência Vinhos do Tejo 2016. Martta Reis Simões foi eleita Enóloga do Ano Vinhos do Tejo 2016 e Osvaldo Amado e João Sardinha da Cruz receberam ambos o Prémio Carreira. A realização dos concursos CVET e Tejo Gourmet, ambos uma parceria com a Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo, confirmam o esforço e dedicação da CVR Tejo no sentido de incrementar a notoriedade dos Vinhos do Tejo e respectivos produtores no panorama do enogastronómico português. 15
Um projecto impulsionado por vários ministérios.
UTAD vai acolher sede de rede para a investigação da vinha e do vinho A
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, vai acolher a sede da rede de cooperação Riev2 que visa a investigação e experimentação da vinha e do vinho, um projecto impulsionado por vários ministérios. O despacho que cria a Rede de Investigação e Experimentação da Vinha e do Vinho do Douro (Riev2) saiu hoje, em Diário da República, e foi assinado pelos ministros Adjunto, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, do Planeamento e das Infraestruturas, da Economia, do Ambiente e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. A Riev2 é uma rede de cooperação científica e tecnológica para a investigação e experimentação da vinha e do vinho que vai ficar sediada na UTAD, em Vila Real. O projecto envolve ainda o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, o Turismo de Portugal, o Regia Douro Park e o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto. Segundo o despacho, esta rede deve facilitar a investigação e desenvolvimento experimental, incluindo actividades em campo e estufa, em aspectos como as alterações climáticas e influência nas condições produtivas das regiões vitícolas, o modo de produção biológico, qualidade do vinho e novas tendências, monitorização da rega da vinha, viticultura de precisão, produtividade da vinha ou autenticação de vinhos. A rede deve realizar actividades de investigação e desenvolvimento (I&D) e formação superior inicial e pós-graduada e deve ainda envolver valências de viticultura e enologia, como o controlo da qualidade enológica, ecofisiologia, 16
física e química dos solos, biotecnologia, genética e protecção de plantas. As suas iniciativas devem ser articuladas com instituições de ensino superior e escolas de formação profissional. A Riev2 vai ser dirigida por um conselho de coordenação, composto por representantes das entidades que constituem a rede, o qual deve reunir semestralmente, deve organizar uma conferência anual e tem que apresentar ao Governo, no prazo de um ano, um pla-
no estratégico para o desenvolvimento institucional e afirmação da rede, no contexto nacional e internacional. Esta rede foi desenvolvida em articulação com o estímulo do Governo para a criação de “Laboratórios Colaborativos”, que têm como objectivo a definição e implementação de agendas de investigação e inovação, assim como o desenvolvimento de processos de internacionalização da capacidade científica e tecnológica nacional. www.gazetarural.com
Dia 22 de Abril, no Salão Nobre do Ritz, em Lisboa
Wine Fest 2017 by Wine Club Portugal eleva o vinho ao máximo expoente sensorial
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m 2016 o Salão Nobre do Ritz Four Seasons Hotel, em Lisboa, encheu-se de apreciadores de vinhos para uma das maiores provas realizadas em Portugal. Organizado pelo Wine Club Portugal, o evento vínico Wine Fest 2017 Lisboa regressa no dia 22 de Abril, das 15 às 20 horas, ao Salão Nobre do Hotel Ritz Four Seasons, em Lisboa. Este ano será ainda mais tentador, prometendo elevar os sentidos, numa viagem pelos aromas e sabores dos melhores vinhos de Portugal, entre uma selecção de mais de 200 referências de 40 produtores nacionais, sem esquecer as Ilhas. Apaixonados pelo mundo dos vinhos encontram no Wine Fest Lisboa a oportunidade perfeita para provar vinhos de excelência, contactar com os produtores, conhecer os enólogos, esclarecer dúvidas e adquirir os vinhos preferidos, enquanto desfrutam do espaço e convivem com os amigos num ambiente glamoroso, entre brindes e sorrisos. A edição deste ano vai, também, surpreender pela elevada qualidade das três provas especiais, cujos lugares são muito limitados e, simplesmente, irresistíveis! A primeira decorrerá das 15,30 às 16,30 horas com “Osvaldo Amado: 10/30”. Será uma prova inédita, com uma inacreditável selecção de 10 vinhos que reflectem todo o glamour e savoir faire do reconhecido enólogo Osvaldo Amado. Com 30 anos de actividade, é um dos nomes maiores da enologia portuguesa. Vinifica de norte a sul em Portugal e no Brasil, tendo já passado por vários países vinhateiros do mundo. Das 17 às 18 horas a “Quinta do Piloto: A tradição do moscatel de Setúbal” está em degustação. A Quinta do Piloto, em Palmela, é herdeira da tradição www.gazetarural.com
vinícola de quatro gerações da família Cardoso. Esta é uma prova muito exclusiva, dedicada ao Moscatel, onde poderá provar os mais emblemáticos vinhos da Quinta do Piloto, em particular, o Moscatel de Setúbal e o Moscatel Roxo da colecção da Família, vinhos de produção muito limitada e raramente postos em prova. A terceira prova especial decorrerá entre as 18,30 e as 19,30 horas sobre “As aguardentes da Quinta das Bágeiras”. Bem conhecida pelos seus vinhos e espumantes, mas também pelas suas aguardentes vínicas, a Quinta das Bágeiras é uma casa emblemática da região da Bairrada. Esta prova especial será conduzida pelo Mário Sérgio Alves Nuno. Será uma fantástica viagem pela história da Quinta através das aguardentes,
passando pelo abafado e terminando com a apresentação da sua “coqueluche” das aguardentes: a Aguardente Vínica Velhíssima. A bilheteira já está disponível, sendo o Wine Fest Lisboa um exclusivo da Ticketline, seja na página on-line, como nos locais habituais, entre Fnacs, Wortens, Centros Comerciais, El Corte Inglês e Agências de Viagens Abreu, por exemplo. A entrada pode ser adquirida, também, no evento, mas é recomendável a antecipada compra de bilhete para garantir lugar, especialmente se desejar participar nas provas especiais. A entrada no Wine Fest Lisboa tem um valor de 10€, as provas especiais custam 20€ cada uma. A opção Pack Enófilo, que inclui a entrada e as três provas, tem o valor de 50€. 17
Nas freguesias dos Fenais da Ajuda e Lomba da Maia
Câmara da Ribeira Grande avança com projecto-piloto para recuperar vinhas O
município da Ribeira Grande está a desenvolver um projecto-piloto em duas freguesias do concelho para recuperar o cultivo da vinha e a possibilidade de criar novos vinhos que permitam alavancar uma tradição. “Nesta fase foram seleccionados cerca de 30 produtores nas freguesias dos Fenais da Ajuda e Lomba da Maia. Se os resultados forem positivos, nestas duas localidades em específico, podemos replicar este modelo em outras zonas”, afirmou o presidente daquela autarquia da costa norte da ilha de São Miguel, Alexandre Gaudêncio. O autarca sublinhou o potencial da vinha naquelas duas zonas do concelho, “uma tradição e uma mais-valia que, de resto, foram identificadas pelo enólogo Marco Faria, da Curral Atlantis”, empresa de vinhos da ilha do Pico, que comercializa não só a nível regional, mas também nacional e internacional. Segundo Alexandre Gaudêncio, o responsável da Curral Atlântis, que participou num workshop que contou com a 18
presença de cerca de 30 produtores de vinho daquelas freguesias, está também a apoiar o município neste projecto de recuperação do cultivo da vinha. O autarca explicou que para já “vai ser monitorizada” a qualidade das vinhas nas freguesias dos Fenais da Ajuda e Lomba da Maia, acrescentando que após o período das vindimas, que se iniciam em Setembro, “é previsível que possam surgir os primeiros resultados”. “Prevemos que em Setembro ou início de Outubro já se possam ter os primeiros resultados. Se estes forem positivos podemos avançar para uma segunda fase do projecto que é a produção do vinho para fins comerciais em parceria com a Curral Atlantis”, indicou o autarca. Segundo o presidente do município, uma das hipóteses poderá passar pela produção de vinho rosé a partir da uva de cheiro, indicando que estes produtores do concelho “mantém as suas vinhas como uma produção local, sem fins comerciais” e “muitos são na sua maioria agricultores”.
“Existem ainda outras castas identificadas e vamos aferir da sua qualidade para uma possível comercialização”, acrescentou Alexandre Gaudêncio, salientando que o projecto de revitalização do cultivo da vinha visa recuperar esta tradição, dinamizá-la junto da economia local e fomentar o emprego no concelho. Alexandre Gaudêncio explicou ainda que os cerca de 30 produtores daquelas duas freguesias participaram num workshop de vinhos, promovido pela autarquia, onde foram transmitidos conhecimentos sobre a introdução de novas castas, legislação sobre incentivos para a recuperação das vinhas e solos, produção de vinhos de qualidade a partir da uva de cheiro, preparação do solo para o cultivo ou tratamento das vinhas. “A autarquia pretende transmitir conhecimentos aos produtores para que estes possam criar novos negócios, contribuindo para o desenvolvimento da economia local e para o emprego”, referiu. www.gazetarural.com
Candidaturas podem ser feitas até 30 de Abril
Anadia lança concurso de ideias de negócio da vinha e do vinho Ter uma ideia de negócio original relacionada com o sector da vinha e do vinho, com aplicabilidade no concelho de Anadia, volta a ser o mote para o Concurso de Ideias de Negócio da Vinha e do Vinho, que a Câmara de Anadia promove até 30 de Abril. A autarquia retoma, assim, o projecto, iniciado em 2014, com o objectivo de estimular o desenvolvimento de conceitos de negócio em torno dos quais se perspective a criação de novas empresas, ou de apoiar o desenvolvimento de novos produtos e serviços. Neste concurso, cujo regulamento está disponível em www.economiadavinhaedovinho.com e em www.cm-anadia.pt, podem participar pessoas singulares ou colectivas que tenham por objectivo explorar uma ideia ainda em fase de concepção ou plano de ne-
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gócio. As candidaturas, que devem ser submetidas através de formulário online, podem ser individuais ou apresentadas por equipas com um máximo de três elementos, que devem ser maiores de 18 anos e residentes em Portugal. O júri avaliará os projectos tendo em consideração a idade dos concorrentes, o seu local de residência (de preferência nos oito concelhos que integram a Associação Rota da Bairrada), o contributo para o estímulo do sector da vinha e do vinho no concelho de Anadia, o perfil dos promotores (valorizando desempregados de longa duração e candidatos com idade inferior a 30 anos), e, ainda, a qualidade da candidatura e a capacidade de síntese. À ideia vencedora será atribuído um prémio no valor de cinco mil euros, sendo dois mil e quinhentos euros em valor
monetário e os restantes convertidos num ano de serviços de incubação na Incubadora de Empresas do Curia Tecnoparque. O Concurso de Ideias de Negócio da Vinha e do Vinho tem enquadramento no Regulamento de Incentivos à Promoção do Empreendedorismo, do Investimento e Criação de Empresas “Invest em Anadia”, e decorre no âmbito da Acção 1.2 do Eixo 1 do programa Invest em Anadia, a estratégia de promoção de empreendedorismo, do investimento e da criação de empresas da Câmara de Anadia. Este eixo visa estimular dinâmicas no sentido de um território mais atractivo e reforçar a capacidade de atracção e de qualificação de jovens empreendedores, e contempla, entre outras acções, um concurso de ideias de negócio.
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Poesia do vinho I
Inspiração cor de acácia
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alança o Atlântico além do Tejo que beija Lisboa. A criação explode uvas, versos, castas, linhas. Nem há cheiro na taça, quais são os aromas? Abrirá bálsamos? Não os sinto. O olfato se habituou aos perfumes de frutas vermelhas, pimenta negra, pimentões, flores brancas; o nariz espera velejar por aromas de couro, mel, pijama, sorriso, cafuné, barco, conversas que acaloram a alma, coberta, pés, liberdade, bicicleta, gol, viagem, riacho, estrela cadente, algodão doce, um girassol que gire para ver o sol e nos inspire com sua devoção. Barro com invernos tristes a pingar chuvisco e verões serenos com as brisas atlânticas. A inspiração brota da Baga de cachos pequeninos e maturação entardecida; vinhas velhas florescem, reinam, vigoram, avinham, alvorecem. Em todos os cantos e cantada em melodia em pleno país adentra a Touriga Nacional, perfumada, em silêncio
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repousa e desenvolve seu aroma floral e cor violácea. Encanta as ruas dos fadistas sem memória da melancolia. Loureiro, acordes de louro, acácia, laranja e pêssego. A brisa passeia com a acácia pelo sítio que retorna as narinas com mais poemas. Alicante Bouschet encontrou seu lar no Cante Alentejano entre os ranchos de cantadores das aldeias. Com as gentes de olhos acalentados pela paisagem cálida. São afáveis as mesclas que fizeram abordar a Bouschet e também é afetuoso um vinho do Dão; entre as serras Caramulo, Montemuro e Buçaco descansa a Encruzado guardada dos ventos para revelar bálsamos de violetas e pétala de rosa. Douro ode do capítulo, navega sabores até seus limites com vinhos de montanha, a inspirar a Touriga Franca, as demais uvas, o produtor e os olhos dos bardos, dando-nos poesia na vindima, a
aquecer nosso coração com o acalanto da sua elegância e os versos da sua perfeição. Em meu pescoço será colocado o colar de Colares. Deixarei Sintra pela manhã para passar o dia nas vinhas de pé franco. Ramisco cheirando a flor e fruta; tomarei seu alento na volta para Lisboa a encarar o mar que tocará os pés. Débora Corn
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No TEXSOM International Wine Awards 2017
Vinhos da Bairrada eleitos como os ‘Melhores de Portugal’ em concurso nos EUA
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Primavera trouxe boas notícias para os vinhos da Bairrada. Desta vez o reconhecimento vem do outro lado do Atlântico, mais concretamente da cidade de Dallas, nos Estados Unidos, onde teve lugar o ‘TEXSOM International Wine Awards 2017’. Das cinco medalhas de ‘Ouro’ atribuídas a vinhos portugueses, quarto foram para vinhos certificados na Bairrada, dois deles eleitos como ‘Os Melhores de Portugal’. Em destaque estiveram dois vinhos da emblemática Caves São João, o ‘Poço do Lobo Arinto branco 1995’ e para o ‘Frei João tinto 1990’, escolhidos pelo júri do concurso como os melhores vinhos de Portugal. Galardoado também com ‘Ouro’ foram o ‘Vinhas Velhas branco 1991’ e o ‘Quinta do Moinho tinto 2000’, ambos vinhos do produtor Luís Pato. Os vinhos certificados pela Comissão Vitivinícola
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da Bairrada (CVB) conseguiram ainda uma medalha de ‘Bronze’, entregue ao branco ‘Niepoort Quinta de Baixo Bical e Maria Gomes 2013’. Para Pedro Soares, presidente da CVB, “o mercado norte-americano é da maior importância não só para a região da Bairrada como para todos os vinhos portugueses e ser reconhecido num dos seus maiores eventos é para nós um grande orgulho. A confiança e o trabalho dos nossos produtores têm sido fundamentais para o reconhecimento da região dentro e fora de portas, ano após ano. A nós, Comissão Vitivinícola, cabe apoiar e incentivar cada vez mais para que esta visibilidade continue a aumentar”. Criado em 1985 por Rebecca Murphy, escritora e crítica de vinhos, o ‘TEXSOM International Wine Awards’ tornou-se ao longo das últimas décadas o principal
concurso de vinhos no estado do Texas. A edição de 2017, realizada uma vez mais na cidade de Dallas, contou com a participação de 3.581 vinhos de 29 países e 19 estados norte-americanos, um recorde absoluto para este evento. O júri, composto por 71 personalidades ligadas ao sector, analisou em prova cega todos os vinhos inscritos e decidiu atribuir 2.480 medalhas, das quais 310 de ‘Ouro’, 901 de ‘Prata’ e 1.269 de ‘Bronze’.
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Garante o Ministro da Agricultura, Floresta e Desenvolvimento Rural
Governo aprova reforma da floresta “para muitas décadas” O
ministro da Agricultura defendeu que o pacote de medidas na área florestal aprovado pelo Governo “é para uma geração”, realçando a importância do “máximo consenso possível”. “É uma reforma para uma geração, é uma reforma para o país, não é uma reforma de um Governo ou de um partido”, afirmou Capoulas Santos. O governante explicou que a floresta é um “activo enorme” de Portugal mas que “não está suficientemente aproveitado”, pelo que corre riscos. “Porque não está aproveitado, está sujeito a doenças e a incêndios, que cada vez destroem mais este património”, disse, salientando a importância da união em 22
torno da floresta. “Dos 10 diplomas que o Governo aprovou no Conselho de Ministros, cinco irão a Parlamento para procurar o máximo consenso, porque se há matéria que justifica uma amplo consenso nacional é a reforma da nossa floresta”, apontou. Capoulas Santos mostrou-se ainda preocupado com a diminuição de área florestal, lembrando que “Portugal foi o único estado membro da União Europeia que nos últimos 15 anos perdeu área florestal”. Por isso, o ministro referiu que “todos os diplomas aprovados em conjunto contribuirão para que no futuro haja uma floresta mais amiga do ambiente, economicamente mais
produtiva, geradora de emprego e sobretudo reduzir tanto quanto possível o flagelo dos incêndios florestais”. O pacote legislativo inclui medidas como a criação de centrais de biomassa e do banco de terras, que integrará “todo o património rústico sem dono conhecido, que vier a ser identificado”. A gestão deste banco pode pertencer ao Estado, que a poderá ceder, provisoriamente, a entidades de gestão florestal “ou outras”, mas sem poder ceder ou transaccionar “de forma definitiva qualquer propriedade sem dono conhecido” por 15 anos. A terra poderá ser restituída ao “seu legítimo proprietário em qualquer momento, se entretanto for idenwww.gazetarural.com
tificado”. Será ainda criado um fundo de mobilização de terras, com as receitas da venda e arrendamento das propriedades do Banco das Terras e implementado um sistema de informação cadastral simplificada, que, por 30 meses, irá isentar os custos dos registos de propriedades rústicas. O Governo prevê o reconhecimento das entidades de gestão florestal, a simplificação de constituição das zonas de intervenção florestal e o regime de incentivos e isenções fiscais e emolumentares para as entidades de gestão florestal. Decidida foi também a criação da Comissão para os Mercados e Produtos Florestais, o sistema de defesa da floresta contra incêndios, a revisão do regime jurídico de arborização e de rearborização e o programa nacional de fogo controlado. António Costa pede consenso político na aprovação da reforma da floresta O primeiro-ministro, António Costa, pediu o máximo de consenso político na aprovação da reforma da floresta, defendendo que se pretende dar resposta a problemas seculares em Portugal, a começar pela questão do cadastro. “Trata-se de uma reforma para resolver problemas seculares em Portugal, a começar pelo do cadastro. Esta reforma deve ter o consenso mais alargado possível desta Assembleia da República”, vincou o líder do executivo. António Costa defendeu que, “de uma vez por todas, a floresta tem de deixar de ser encarada como uma ameaça à segurança de bens e de pessoas”, numa alusão ao flagelo dos incêndios florestais. O primeiro-ministro sustentou, em seguida, que a floresta pode constituir antes “uma fonte de riqueza, de criação de emprego” e, por essa via, “de fixação de populações” em zonas do interior do território nacional. Na questão do cadastro, António Costa disse que, no que se refere à parte do território norte do rio Tejo, “está intocável há quase dois séculos” e salientou que a propriedade florestal tem uma dimensão predominante de minifúndio, o que dificulta os objectivos em matérias de gestão e ordenamento. Governo aprova registo de terras sem custo nos próximos dois anos O Governo vai avançar com o registo de terras gratuito, nos próximos dois www.gazetarural.com
anos, para conhecer os terrenos sem dono, que serão integrados num banco de terras. O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, explicou que caberá ao ministério da Justiça criar o balcão único físico em todas as conservatórias do registo predial e um balcão virtual, sem custos ou emolumentos, para os interessados em registar as suas propriedades. “Muitas vezes uma das razões que leva as pessoas a não registarem os seus prédios e, sobretudo quando existem heranças, é porque o custo da burocracia é superior ao valor do próprio prédio rústico”, informou. Na sequência dos registos, ficarão conhecidos, por exclusão, os terrenos sem dono conhecido, que serão integrados num banco, que agregará essas terras para serem exploradas, preferencialmente por cooperativas de produtores florestais. “O Governo cederá por arrendamento e, mais tarde, admite vender às pessoas, que depois de vários anos de boa gestão, comprovem ser merecedores de virem a tornar-se proprietários”, referiu o governante, referindo ter sido definido como área mínima de atribuição 100 hectares e que “pelo menos 50 por cento da área deve ter cinco prédios inferiores a cinco hectares”. Questionado sobre qual pode ser a dimensão das terras sem donos conhecidos, o ministro apresentou estimativas sobre mais de um milhão de prédios rústicos, “mas ninguém neste momento pode dizer que este número está certo ou errado”. “É uma resposta que poderemos dar com toda a objectividade daqui por dois anos quando o processo do sistema cadastral simplificado estiver concluído”, referiu o governante, garantindo que o “Estado conhece todo o seu
património, que está identificado, localizado e está delimitado”. O Executivo socialista somará este banco de terras à bolsa de terras criado pelo governo da coligação PSD/CDS, que passa por apresentar terras para arrendar e vender. O Conselho de Ministros adiantou a criação de entidades gestoras e o regime de incentivos fiscais “muito generosos, que se aplica quer às novas entidades, quer aos associados e proprietários florestais que integrem os seus terrenos nessas novas entidades”. Gestão e ordenamento florestal Para potenciar o valor económico da floresta num quadro de sustentabilidade ambiental e territorial, o Governo aprovou a criação de um regime jurídico de reconhecimento das entidades de gestão florestal, que deverão integrar uma área mínima de 100 hectares, da qual pelo menos 50% deverá ser constituída por propriedades com área inferior a cinco hectares. O comunicado refere que “estas entidades beneficiarão de acesso preferencial a propriedades integradas no Banco de Terras e terão igualmente acesso a regime específico de benefícios fiscais”. É também simplificado o processo de constituição das Zonas de Intervenção Florestal, alterado o regime jurídico dos Programas Regionais de Ordenamento Florestal, aprovada uma proposta de lei que institui um regime de incentivos fiscais e emolumentares aplicável às Entidades de Gestão Florestal, decidida a criação de Centrais de Biomassa e de uma Comissão para os Mercados e Produtos Florestais. 23
Defesa da floresta A terceira vertente da reforma é “um conjunto de medidas que visam uma actuação integrada na prevenção, vigilância e combate aos incêndios e outras calamidades naturais na floresta”. “A reforma florestal, no seu todo, visa reduzir o risco de incêndios, já que num clima mediterrânico nunca será possível eliminá-lo a 100%. O que queremos é reduzir tanto quanto possível o risco de incêndio”, referiu Capoulas Santos, salientando que “o novo pacote legislativo também inclui a reformulação do sistema de prevenção de incêndios”. O Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios será revisto e foi aprovada uma proposta de lei que revê o Regime Jurídico das Acções de Arborização e de Rearborização, que permitirá travar a expansão da área de plantação do eucalipto. “Para os municípios serão transferidas competências, enquanto nos Planos Directores Municipais estará a componente florestal para saber o que se pode plantar, onde e como”, disse Capoulas Santos. Por último, é criado o Programa Nacional de Fogo Controlado com o objectivo de regulamentar a realização de queimadas e o uso profissional do fogo na prevenção e combate aos incêndios.
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20 novas equipas de sapadores florestais no terreno até Junho O ministro da Agricultura anunciou que até ao verão estarão no terreno 20 novas equipas de sapadores florestais e que no outono avança o processo para reequipar 44 equipas. “Este ano, antes daquilo a que infelizmente se convencionou como época de incêndios, vamos ter 20 novas equipas de sapadores florestais no terreno”, informou o governante. Capoulas Santos explicou estar finalizado e com visto do Tribunal de Contas o concurso para a aquisição de viaturas todos o terreno e equipamento especializado. “Essas unidades serão fornecidas em breve”, acrescentou o governante, referindo que se seguirá ainda um período de formação das equipas para que “antes do final de Junho estejam completamente operacionais no terreno”. Nos planos do Governo está ainda o reequipamento de 44 equipas de sapadores florestais, o que acontecerá no outono. O governante notou com surpresa que as equipas que criou no seu primeiro mandato à frente ao ministério da Agricultura, “há 15 ou 16 anos”, estão usar os mesmos equipamentos e viaturas, “muitas em estado deplorável”. “Na
prática vamos criar 44 novas equipas”, argumentou o responsável, referindo o “esforço financeiro considerável” no processo. O ministro destacou ainda o reforço de competências dos municípios na área florestal, informando que numa primeira fase será facultado um “parecer vinculativo às autorizações de florestação e reflorestação”, “um poder que será alargado quando os Planos Directores Municipais reflectirem a componente florestal”. “Naturalmente que ao reforço de competências, acrescerá certamente o reforço de meios financeiros”, disse. Capoulas Santos admitiu que o reforço de competências “suscitou alguma controvérsia”, mas que esta é uma “proposta equilibrada porque dá mais poderes aos municípios, mas implica um conjunto de condições”. O ministro revelou que o Governo recebeu mais de 600 sugestões escritas, ao longo de três meses de debate público, e que entre 30 a 40% dessas propostas foram acolhidas. Sendo uma “reforma com alcance de longo prazo, é fundamental que um hipotético Governo não venha anular medidas que para terem efeitos práticos carecem de um largo período temporal”, apelou. 1320 militares vão apoiar vigilância florestal
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Entretanto, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, adiantou que os militares que vão trabalhar em acções de vigilância do rescaldo de incêndios, não vão combater fogos nem pretendem substituir os bombeiros. “Os militares vão começar a trabalhar na vigilância muito rapidamente e vão trabalhar depois no rescaldo e na vigilância do próprio rescaldo. Não queremos os nossos militares a combater incêndios. Não queremos que ninguém substitua os bombeiros, cada um vai ter a sua especialidade e especificidade”, disse Jorge Gomes. O governante deslocou-se à Base de Apoio Logístico (BAL) da Protecção Civil de Castelo Branco, onde 1320 militares do exército estão a receber formação, desde o início de Março. O objectivo é dar-lhes competências na vigilância activa pós-rescaldo de incêndios florestais em apoio à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). “O exército sempre esteve ao nosso lado (…). Entendeu este ano o chefe do Estado-Maior que devíawww.gazetarural.com
mos fazer isto de uma forma estruturada, organizada e com formação”, frisou. Explicou ainda que os militares envolvidos vão andar com equipamentos de protecção individual específicos para o exército, ou seja, não vão andar com o fardamento habitual, mas com equipamento específico para o tipo de operação que vão realizar. “São 1320 militares empenhados na defesa da floresta e no rescaldo dos incêndios. E é evidente que com a presença do exército na vigilância da própria floresta, dá-nos alguma tranquilidade e descanso e pensamos que possa dissuadir muita gente de ter comportamentos incorrectos”, disse. O governante sublinhou que está a trabalhar na área do voluntariado ao nível dos municípios e das freguesias: “Queremos que haja unidades locais de Protecção Civil que sejam formadas pelas juntas de freguesia, como as unidades de protecção civil municipal”. Jorge Gomes afirmou ainda que não há qualquer intenção do Governo em
retirar a Protecção Civil do Ministério da Administração Interna para o Ministério da Defesa. “O senhor ministro o que disse é que dentro de alguns anos, os meios aéreos poderão ser geridos pelas forças armadas. Isso é possível que sim e é um desejo que não é só da Administração Interna ou da Defesa. É de todo o governo que a participação das Forças Armadas Portuguesas seja cada vez maior”, concluiu. O chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, explicou que o exército, na sua componente de missão, tem uma parte que diz respeito ao apoio, ao desenvolvimento e bem-estar da população. “Isto é nitidamente uma missão nesse âmbito e que os portugueses aceitam e vêem com agrado”, sustentou. O general reforçou ainda a ideia de que não se trata de uma substituição às funções dos bombeiros, mas sim de uma missão complementar, feita de uma forma mais estruturada, mais equilibrada e mais consistente. 25
Anunciou o Município de Leiria
Projecto ecológico de combate à praga da lagarta do pinheiro começa na prisão
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m projecto natural e ecológico de combate à praga da lagarta do pinheiro começa no Estabelecimento Prisional de Leiria com a criação de abrigos para o chapim por parte dos reclusos e acaba nos recreios das escolas. O projecto apresentado pelo Município de Leiria estende-se ainda às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). “As processionárias constituem um perigo para as pessoas e animais, em especial para as crianças, uma vez que podem ser responsáveis por alergias e dificuldades respiratórias. Em vez de utilizar químicos ou de 26
procedermos à queima dos ninhos das lagartas do pinheiro, decidimos tentar mitigar esta praga através do chapim, que é um predador natural”, sublinhou a vereadora da Câmara de Leiria, Ana Valentim. O presidente da Oikos, Mário Oliveira, informou que “vão ser realizadas acções de formação junto dos professores, procurando atingir a vertente pedagógica virada para a educação ambiental e ciências”. O projecto, que vai obrigar também à articulação com os responsáveis das 18 juntas de freguesia de Leiria e respecti-
va monitorização, “é muito importante para os reclusos, uma vez que, desta forma, estes podem contribuir para o necessário ciclo natural da mudança e da renovação”, acrescentou o director do Estabelecimento Prisional de Leiria, José Ricardo Nunes. Segundo a autarquia, a iniciativa nasce de uma organização do Município de Leiria e da Oikos - Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria, em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria, Prisão Escola de Leiria e União das Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes. www.gazetarural.com
United Resins é a empresa que explora os Baldios de Vila Nova
Área de 15 hectares de pinheiro é resinada na Serra da Lousã O
regresso da resinagem à Serra da Lousã, em 2016, permite já explorar uma área de 15 hectares nos Baldios de Vila Nova, concelho de Miranda do Corvo, que poderá quadruplicar nos próximos anos.´ Cerca de seis mil pinheiros estão a ser resinados, ao abrigo de um contrato de exploração assinado em 2016 com a empresa United Resins, da Figueira da Foz, que constituiu o regresso desta actividade do sector primário à região, da qual se espera no final do ano uma produção na ordem das 12 toneladas de resina. “A produção depende das condições do clima e, por exemplo, o ano passado não foi muito favorável”, salientou João Martins, operador de resinagem, que se desloca com regularidade de Paranhos da Beira (Seia) para a freguesia de Vila Nova, no distrito de Coimbra, numa distância superior a 100 quilómetros. O regresso da actividade “foi uma aposta dos Baldios de Vila Nova, que teve início com um projecto da Câmara de Penela”, explicou Dulce Margalho, técnica superior dos Baldios de Vila Nova, que gerem uma área florestal de cerca de mil hectares na Serra da Lousã. “Na altura convidaram-nos como parceiros, bem como a todos os baldios da Serra da Lousã, com o intuito de os envolver a todos no projecto de resinawww.gazetarural.com
gem, mas, entretanto, só os baldios de Vila Nova o conseguiram implementar”, sublinhou. Apesar da distância, João Martins faz um balanço positivo de um ano de actividade, que começou com quatro mil pinheiros numa área de 12 hectares, que este ano aumentou para seis mil pinheiros e uma mancha de 15 hectares, com a perspectiva de aumentar nos próximos anos. “Surgiu a oportunidade de virmos para aqui trabalhar e como procurávamos áreas como a que estamos a resinar, onde se pode trabalhar e com pessoas que convivem connosco no dia-a-dia, sempre dispostas a ajudar naquilo que é necessário, viemos explorar esta área”, frisou. Segundo Dulce Margalho, o levantamento inicial aponta para uma área de 90 hectares de povoamentos de pinheiro bravo aptos a resinar nos Baldios de Vila Nova, o que revela um enorme potencial de crescimento face aos 15 hectares atuais. Nas operações de resinagem, João Martins conta com mais três trabalhadores, mas “a perspectiva é aumentar o número, “porque os Baldios de Vila Nova ainda têm uma área bastante grande” para alargar a área de exploração. “Vamos apostar aqui, aumentar a produção e meter mais pessoal”, sublinhou.
Além da criação de postos de trabalho e do aumento do rendimento dos proprietários florestais, com cada bica instalada a render 30 cêntimos, a técnica Dulce Margalho realça que “uma das mais-valias” da presença dos resineiros “será a defesa da floresta contra incêndios”. O presidente da Resipinus – Associação de Destiladores e Exploradores de Resina disse que a resinagem está lentamente a regressar, depois do apogeu dos anos 1980 e da crise que se verificou a seguir com a importação de resina chinesa, que revolucionou os preços de mercado. “Nos anos de 1980 atingimos o apogeu com uma produção superior a 100 mil toneladas, mas a partir de meados dos anos 1990 houve uma forte quebra de preços devido à entrada da China no mercado”, explicou Hilário Costa. Só a partir de 2010, acrescentou, com a quebra de produção na China, é que a actividade em Portugal voltou a crescer, embora lentamente, com o alargamento das áreas de exploração e o regresso de antigos resineiros aos pinhais. Actualmente, a produção nacional situa-se em cerca de oito mil toneladas, o que, segundo Hilário Costa, “não é nada face ao que já se produziu”. 27
Uma arte em risco de desaparecer
Tecedeiras de Ribeira de Pena querem conciliar a tradição da arte do linho com a inovação A
s tecedeiras de Cerva e Limões, em Ribeira de Pena, querem conciliar a tradição da arte do linho com a inovação de peças, como vestidos de praia, bolsas ou sapatos, que podem ajudar a aumentar as vendas. A tradição do linho é muito antiga nestas localidades do distrito de Vila Real. Houve tempos em que em quase todas as casas se ouvia o bater ritmado do tear e os campos se enfeitavam com a cor azul da planta do linho. A marca “Verde Novo”, da empresa Motivos e Memórias, está a desenvolver um projecto de valorização do linho, que passa também por novas abordagens ao ofício. “É preciso inovar, mas com cuidado, no sentido de não pôr em causa aquilo que é a essência e a identidade destes produtos”, afirmou Lusa António Luís, ligado à iniciativa. Hoje em dia já são poucas as artesãs que continuam a tecer e apenas três as mulheres que perpetuam este ciclo moroso e complexo. Maria Augusta faz o ciclo do linho do “princípio ao fim”. Os seus 73 anos foram passados em Limões, terra “limada” - de muita água 28
onde muito nova aprendeu a tecer, mas também a semear a linhaça que dá depois origem aos fios de linho. É lá para Abril que começam os trabalhos na terra, a qual se prepara para receber a semente. Depois, em Julho, é arrancada a planta que, em molhos, é submersa em poços ou tanques durante nove dias e depois fica mais nove dias a corar ao sol e a apanhar nove orvalhos. Maria Augusta cumpre este calendário com rigor. Já em casa é preciso maçar, espadar antes de ir à roca, depois ao sarilho, passar na dobadoura, nas canelas e só depois chega ao tear. “O trabalho dura praticamente o ano inteiro. O linho dá muita volta, muita volta”, afirmou à agência Lusa. Também Margarida Fernandes, 38 anos, cumpre todas estas voltas que o linho dá. Desde os 19 anos que se dedica a esta arte pela qual diz ser apaixonada. “É um processo muito complicado e muito trabalhoso, as pessoas não imaginam o trabalho que dá”, afirmou. Esta tecedeira disse que, agora, tem tido “mais encomendas”, mas de peças mais pequenas, como toalhas de bap-
tizado, panos individuais para as mesas ou quadros. “Há alturas mais paradas, outras em que se vende mais. Por acaso, nesta altura, em que está a chegar à Páscoa, há mais procura”, salientou. Fernanda Machado, 41 anos, aprendeu a arte num curso profissional em 2001, ano em que começou também a trabalhar na Cooperativa dos Artesãos Cervenses. Trabalha o linho e faz as tradicionais peças como as toalhas de mesa ou colchas, mas também cria peças mais modernas, como echarpes e até anda a fazer, por estes dias, experiências no tear com vestidos de praia, saias e blusas. “Estamos a tentar inovar com peças 100% linho”, frisou. A tecedeira referiu que o que ganha ajuda “a sobreviver e manter a cooperativa em pé”. Ana Maria, 48 anos e de Cerva, começou também com um curso de formação e, depois de trabalhar a tempo inteiro na arte, está agora apenas em part-time. “Há menos procura. O nosso trabalho mais tradicional não é tão procurado. Primeiro todas as mães vinham fazer os enxovais para as filhas e, hoje em dia, www.gazetarural.com
isso já não acontece”, salientou. António Luís referiu que, no âmbito do projecto, já foram intermediados contactos entre designers e as tecedeiras que resultaram em novos produtos e aplicações, como sapatos, bolsas, malas ou produtos de mesa com design e cores diferentes. Como exemplo, destaca-se a parceria entre a Cooperativa dos Artesãos Cervenses e a empresa Depositário ou a colaboração de uma das tecedeiras com a marca Marita Moreno. “Mas nós queremos ir mais longe e queremos afinar a oferta no sentido de a tornar o mais adequada possível aos canais de distribuição que estamos a trabalhar e aos nichos de mercado onde queremos entrar”, frisou. Vão ser também, acrescentou, convidados outros designers para participar em processos de desenvolvimento de novos produtos. O objectivo do projecto é, segundo Sandra Teixeira, também da “Verde Novo”, revitalizar o ofício para que as tecedeiras continuem a ter uma fonte de rendimento. Já Fernanda Machado acredita que o projecto vai ajudar a dinamizar este ofício e que, todas juntas, vão “levantar a arte do linho”. “O linho faz parte de nós e, por isso, acho que isto é para continuar. Aqui não vai morrer a tradição”, concluiu a tecedeira Maria Augusta. Tradição do linho quer ser atracção turística no concelho Da semente ao fio no tear: são apenas três as mulheres de Limões que completam o ciclo do linho, uma tradição muito antiga que foi passando de geração em geração nesta aldeia do concelho de Ribeira de Pena. No total, são 15 as tecedeiras que se mantêm activas em Limões e em Cerva, onde o linho é uma tradição muito antiga. Mas esta é também uma arte em risco de desaparecer. Por isso, a marca “Verde Novo”, da empresa Motivos e Memórias, está a desenvolver um projecto de
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valorização e de revitalização da tecelagem em linho. “A produção de linho de forma artesanal tem vindo progressivamente a perder expressão e a perder vendas e o objectivo é pegar nesta arte, que está em risco de desaparecer, e tentar revitalizá-la e promovê-la para que as tecedeiras continuem a ter uma fonte de rendimento”, afirmou à agência Lusa Sandra Teixeira, da “Verde Novo”. Uma das fortes apostas do projecto é no segmento do turismo criativo, transformando o linho num factor de atracção ao território. António Luís, também ligado à iniciativa, referiu que se está a organizar a oferta existente, a partir da qual serão criados roteiros e pacotes turísticos, um trabalho que envolve os agentes locais, desde os hotéis, restaurantes e empresas de animação. A primeira oferta deste turismo criativo, que permite “às pessoas conhecer a raiz dos territórios, a sua identidade e participar em actividades”, vai decorrer no final de Abril. É durante aquele mês que se fazem as sementeiras de linhaça (semente do linho) e, por isso, os visitantes vão ser desafiados a participar nesta actividade que dá início ao ciclo do linho. Quem quiser poderá também participar nos ateliês, sentar-se num tear e aprender a tecer, ou participar na caminhada que quer revelar as paisagens
deste território do distrito de Vila Real. Lá para Julho é arrancada a planta que, em molhos, é submersa em poços ou tanques durante nove dias e depois fica mais nove dias a corar ao sol e a apanhar nove orvalhos. Depois é preciso maçar, espadar antes de ir à roca, ao sarilho, passar na dobadoura, nas canelas e só depois chega ao tear. O projecto de valorização das tecedeiras do linho de Cerva e Limões foi seleccionado pelo programa CREATOUR, coordenado pelo Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, na vertente de turismo criativo. Sandra Teixeira referiu que, no âmbito do projecto, já foi criada também uma imagem comum e uma logomarca para o produto “Linho de Cerva e Limões”, estão a ser desenvolvidas novas plataformas de vendas ‘online’ e de distribuição, novos contactos comerciais e está a ser criado um ‘website’. A publicação do Livro “Linho de Cerva e Limões: tecendo o futuro” funcionou como ponto de partida para este projecto, pois permitiu fazer um diagnóstico da arte da tecelagem. António Luís adiantou que foi apresentada uma proposta ao município de Ribeira de Pena com vista à criação de uma Indicação Geográfica Protegida (IGP) para o linho, uma certificação oficial regulamentada pela União Europeia.
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Segundo a Estratégia Nacional recentemente apresentada
Portugueses vão ter aplicação móvel para procurar produtos biológicos O
Governo vai criar o Dia Nacional da Alimentação Biológica e uma aplicação móvel para os portugueses poderem localizar unidades de produção ou comercialização de produtos biológicos, segundo a Estratégia Nacional recentemente apresentada. Promover a representação da produção biológica em certames nacionais e internacionais, desenvolver um plano de comunicação nesta área versando o grande público e iniciativas de promoção dos produtos biológicos a nível local e nacional são outras das medidas previstas. A Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica (ENAB) e o respectivo Plano de Acção foram apresentados pelo ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos. A ENAB, que foi definida com um horizonte temporal de 10 anos (2027) e prevê uma avaliação intercalar ao fim de cinco anos (2022), tem como metas duplicar a área de agricultura biológica para cerca de 12% da Superfície Agrícola Utilizada (actualmente é de 7%) e triplicar as áreas de hortofrutícolas, leguminosas, proteaginosas, frutos 30
secos, cereais e outras culturas vegetais destinadas a consumo directo ou transformação. Duplicar a produção pecuária e aquícola em produção biológica - com particular incidência na produção de suínos, aves de capoeira, coelhos e apícola, assim como a capacidade interna de transformação de produtos biológicos são outras das metas a atingir. Fomentar a expansão das áreas em modo de produção biológico nos sectores da Agricultura, da Pecuária e da Aquicultura, aumentar a oferta de produtos agrícolas e agroalimentares biológicos, promovendo a sua competitividade e rentabilidade comercial, assim como desenvolver a procura destes produtos, são alguns dos objectivos estratégicos definidos. De acordo com dados da Direcção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), em 2015 a superfície em agricultura biológica atingiu os 239.864 hectares (ha), o equivalente à área do distrito do Porto. O número de produtores agrícolas biológicos tem vindo a aumentar durante a última década e em 2015 chegou aos 3.837.
No mesmo ano, o efectivo pecuário biológico total incluía 96.876 cabeças de bovinos, 108.337 de ovinos, 61.062 bicos e 55.001 colmeias. Ainda que sem grande expressividade numérica, já se registam efectivos de suínos, caprinos e equídeos. Segundo os dados da DGADR, o peso da superfície em agricultura biológica em relação à superfície agrícola utilizada total é de cerca de 7%, sendo as regiões do Alentejo e da Beira Interior as que apresentam maior percentagem (64% e 19%, respectivamente). A superfície na União Europeia (UE) aumentou significativamente, tendo quase duplicado entre 2002 e 2014. Em 14 anos, a superfície passou de cinco milhões ha para cerca de 11,1 milhões ha (+6% ao ano) na UE-28. Os Estados-membros com a maior superfície em agricultura biológica são a Espanha (com quase 2 milhões ha), a Itália (com cerca de 1,5 milhão ha) e a Alemanha (com 1 milhão ha). Em conjunto, estes três países são responsáveis por cerca de 40% da superfície total de agricultura biológica na UE-28. www.gazetarural.com
Num investimento de cerca de seis milhões de euros
Agro 2018 será no novo Parque de Exposições de Braga
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inda a edição 2017 da Agro, o Parque de Exposições de Braga vai entrar em obras de beneficiação para receber o certame em 2018, num investimento de cerca de seis milhões de euros. A Agro terminou em festa e deixou a organização satisfeita. “Esta edição foi diferente e não sei se foi a maior”, afirmou o administrador executivo da InvestBraga, entidade organizadora do certame. Para Humberto Carlos, “a Agro atingiu uma dimensão e uma notoriedade que é à prova de chuva”, numa alusão às condições climatéricas que não afastaram os visitantes, que no último dia ‘inundaram’ o espaço da feira. Com as obras que se vão realizar, o novo Parque de Exposições de Braga disporá de mais 2200 m2 de área de exposição, o que permitirá que a Agro 2018 possa ter cerca de 320 expositores, mais meia centena que nesta edição. Segundo Humberto Carlos, no Parque irá ser criado um “anel fechado que vai surgir na Grande Nave” e assim “vamos poder ter mais expositores”, alguns que “ficaram de fora nesta edição”. A Agro 2017 ficou marcada por uma grande conferência onde foram abordados muitos temas ligados ao sector primário, nomeadamente as inúmeras oportunidades que existem lá fora, nowww.gazetarural.com
meadamente nos países de língua oficial portuguesa. No encerramento dos trabalhos, o presidente da Câmara de Braga referiu a “grande ligação afectiva que a Agro tem à cidade e à população bracarense”, sublinhando o facto de o certame servir de espaço de reflexão sobre o sector primário e seus subsectores. Para Ricardo Rio, a AGRO tem vindo
a mostrar resultados muito positivos, nomeadamente nos últimos anos, “com um maior volume de negócios, um maior número de empresas criadas, novas apostas empreendedoras e até num maior número de projectos novos a surgir”. Destaque também para os diversos concursos de raças autóctones, uma das maiores atracções do certame. 31
Conclui um estudo divulgado pela Universidade de Exeter
Plãncton vegetal pode adaptar-se rapidamente ao aquecimento global O
fitoplâncton, conjunto de organismos aquáticos microscópicos que produz metade do oxigénio na atmosfera, pode adaptar-se rapidamente ao aquecimento global, conclui um estudo divulgado pela Universidade de Exeter, no Reino Unido. Uma equipa de cientistas aferiu numa experiência que o fitoplâncton (plâncton vegetal) pode aumentar a taxa de captura de dióxido de carbono e de libertação de oxigénio em águas mais quentes. O grupo analisou uma espécie de fitoplâncton, a alga verde ‘Chlamydomonas reinhardtii’, e observou que, após dez anos mergulhada em águas mais quentes, continuou a realizar a fotossíntese - função pela qual, na presença de luz solar, algas, plantas e algumas bactérias transformam 32
dióxido de carbono e água em matéria orgânica, libertando oxigénio. As algas estudadas ajustaram-se a temperaturas mais elevadas, produziram mais energia e tornaram-se mais competitivas, o que, segundo o estudo, sugere que a “Chlamydomonas reinhardtii” poderá continuar a ser uma fonte abundante de alimento para a vida aquática, mesmo se a temperatura dos oceanos aumentar. Apesar dos resultados obtidos, os cientistas desconhecem se o comportamento verificado com a “Chlamydomonas reinhardtii” pode acontecer com outros grupos de algas e, confirmando-se, se o processo de adaptação sucede através dos mesmos mecanismos. Os investigadores da Universidade de Exeter, juntamente com equipas do Im-
perial College e da Queen Mary University, também no Reino Unido, observaram as algas em dez tanques com água a uma temperatura quatro graus centígrados acima da temperatura ambiente. Este é o aumento médio da temperatura esperado no planeta no final do século XXI. Em outros dez tanques, também com algas, a temperatura foi mantida em níveis normais. Os 20 tanques tinham o mesmo tipo e quantidade de fitoplâncton, zooplâncton (plâncton animal, que não realiza fotossíntese), invertebrados (vermes) e plantas. No laboratório, os cientistas testaram o quanto as algas podiam gerar a fotossíntese, a rapidez com que cresciam e como competiam com os outros organismos. www.gazetarural.com
Alterações climáticas estão na origem do aumento das temperaturas.
Organização Meteorológica Mundial prevê que 2017 será um ano quente
O
ano de 2017 será um ano muito quente, mas não deve bater o recorde do ano passado, informou a Organização Meteorológica Mundial, destacando que as alterações climáticas estão na origem do aumento das temperaturas. Em comunicado, aquela organização da ONU adianta que este ano não deve bater o recorde de 2016, considerado um dos mais quentes, salientando ainda que ao contrário de anos passados, a mudança climática vai ser responsável pelo aumento das temperaturas e não o fenómeno climático El Niño. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o El Niño e a La Niña estão ligados a condições extremas do clima como cheias e secas em várias partes do mundo. Os especialistas da organização consideram que os efeitos climáticos não devem ocorrer este ano, depois de afectarem as temperaturas por dois anos consecutivos (2015 e 2016). A porta-voz da agência, Clare Nullis, explicou que “a região do Árctico sofreu por três anos com ondas de calor www.gazetarural.com
intenso e não conseguiu voltar a congelar”. A organização alertou no ano passado que 2016 iria ser o ano mais quente desde que há registos, no final do séc. XIXX. O fenómeno climático El Niño fez subir as temperaturas nos primeiros meses do ano de 2016, mas mesmo depois de os seus efeitos se dissiparem, por altura da primavera, as temperaturas mantiveram-se elevadas, segundo a OMM. Em partes da Rússia árctica, as temperaturas foram 6ºC a 7ºC mais altas que a média, segundo o texto da OMM. Outras regiões árcticas e subárcticas da Rússia, Alasca e noroeste do Canadá foram pelo menos 3ºC acima da média. A única grande região continental onde a temperatura foi inferior ao normal em 2016 foi a zona subtropical da América do Sul - norte e centro da Argentina e parte do Paraguai e da Bolívia. A concentração dos principais gases com efeito de estufa na atmosfera atingiu em 2015 e 2016 níveis sem precedentes, atingindo 400 partes por milhão em 2015.
O aumento da ocorrência e impacto de desastres provocados pelas alterações no clima provocam episódios graves de escassez alimentar, migrações em massa e conflitos, advertiu. A OMM lançou o Atlas Internacional das Nuvens para assinalar o Dia Mundial de Meteorológico, cujo tema foi ‘Compreendendo as nuvens”. Em Portugal, a efeméride foi assinalada em Lisboa durante o X Simpósio de Meteorologia e Geofísica, que contou com a presença do presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Jorge Miguel Miranda. O evento decorreu em torno da importância das nuvens no tempo, no clima e no ciclo hidrológico. O IPMA salienta ainda que a efeméride ficou marcada pelo “lançamento de uma nova edição em formato digital do Atlas Internacional das Nuvens, que sofreu uma profunda e detalhada revisão”. “O novo Atlas da OMM é um documento com centenas de imagens de nuvens, onde são incluídos novos tipos de nuvens classificadas recentemente”, é ainda referido. 33
Últimas No Tâmega Park, a 7 de Abril
Associação Empresarial de Amarante debate “Gestão no Agroalimentar”
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Instituto Empresarial do Tâmega, Tâmega Park, vai receber no próximo dia 7 de Abril, pelas 15 horas, a quarta sessão de trabalho, destinada a criar mais dinâmica no sector agroalimentar da região, no âmbito da estratégia da Associação Empresarial de Amarante. Subordinado ao tema “Gestão no agroalimentar”, o workshop destina-se a empresários dos sectores agrícola e de transformação de produtos alimentares. O workshop “Gestão no Agroalimentar” decorre pela segunda vez, no seguimento do sucesso da edição do passado dia 11 de Fevereiro, que ocorreu em Celorico de Basto. O orador da sessão, Eduardo Ribeiro, engenheiro mecânico de formação e actualmente empresário agrícola e consultor. Detém experiência de 15 anos na indústria com domínio na gestão de empresas multinacionais. Em 2014 iniciou o seu projecto com uma plantação de kiwis arguta. Este ciclo de sessões de trabalho decorre de uma candidatura aprovada ao Sistema de Incentivos às Acções Colectivas, do Norte 2020 e estará em curso até Março de 2018, nos concelhos de Amarante, Baião, Celorico de Basto e Marco de Canaveses, tendo por objectivo apoiar o crescimento das empresas e o desenvolvimento do cluster, tornando-o mais atractivo para novos investidores. O plano tem como parceiros locais a Câmara de Amarante e as Associações Empresariais de Baião, Celorico de Basto e Marco de Canaveses.
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A 7 e 8 de Abril, no Fórum Cultural
Idanha-a-Nova promove Curso sobre Religiosidade Popular e Encontro de Cantares Quaresmais
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Câmara de Idanha-a-Nova promove, nos dias 7 e 8 de Abril, o X Encontro de Cantares Quaresmais e o IV Curso Livre sobre Religiosidade Popular, respectivamente, que decorrerão no Fórum Cultural, com entrada gratuita O Curso Livre sobre Religiosidade Popular, sujeito a inscrição, apresenta um conjunto de palestras com vários especialistas, que tentarão responder à pergunta: “Será a Fé um bem patrimonializável e turistificável?”. A iniciativa decorre das 10 às 18 horas. De manhã, as intervenções estarão a cargo de António Silveira Catana (investigador idanhense), Sónia Martins (Câmara de Proença-a-Nova) e Donizete Rodrigues (UBI). Na parte da tarde, as atenções recaem sobre o projecto de salvaguarda e promoção do Ciclo da Páscoa em Idanha, a candidatar à UNESCO. Numa mesa redonda vão estar Paulo Lima (antropólogo), Rui Vieira Nery (musicólogo), Armindo Jacinto (presidente da Câmara de Idanha-a-Nova) e o fadista Carlos do Carmo, embaixador do Fado na candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. O Curso Livre encerra, pelas 18 horas, com o Concerto da Páscoa, antecedido por Encomendações das Almas de Fernando Lopes Graça, pelo Coro de Câmara Lisboa Cantat. Limitadas a 20 participantes, as inscrições estão abertas até ao dia 4 de Abril, junto do Fórum Cultural de Idanha-a-Nova. Na noite anterior, sexta-feira, não pode perder o X Encontro de Cantares Quaresmais. A partir das 21 horas, participam o Grupo de Cantares de Ínsua (Penalva do Castelo – Beira Alta); Grupo de Encomendação das Almas de Corgas (Proença-a-Nova – Beira Baixa); Grupo da Amentação das Almas de Paranhos da Beira (Seia – Beira Alta); e o Grupo das Adufeiras de Monsanto (Idanha-a-Nova – Beira Baixa). Terá ainda a oportunidade de assistir à recriação da Sarração da Velha, tradição ímpar de Idanha-a-Velha e, nas ruínas do Castelo de Idanha-a-Nova, em pleno território dos rituais, acompanhar o Grupo de Encomendação das Almas de Idanha-a-Nova. www.gazetarural.com
Nos dias 7 e 8 de Abril, em Nelas
Rally promove o território e o Vinho do Dão N
os dias 7 e 8 de Abril, o concelho de Nelas recebe a terceira edição do Rally Vinho do Dão, que conta para a Taça Nacional de Ralis de Terra e para o Campeonato Regional do Centro de Ralis. A prova apresenta este ano algumas novidades, a primeira das quais homenagear o seu grande dinamizador, Jorge Amorim, director do rali recentemente desaparecido. Mas a organização está apostada que esta seja uma edição de grande espectáculo, desde logo, no dia da abertura com a PEC1, uma Super Especial ‘Vinho do Dão’, que terá lugar, pelas 21 horas, na Zona da Biblioteca Municipal. No segundo dia, a partida dos carros acontece pelas 9 horas, com os pilotos a iniciarem, pouco depois das 10 horas, a PEC 2, no troço de Caldas da Felgueira - Senhorim, nesta edição aumentado para 14,49 km, por forma, segundo o presidente do Clube Automóvel do Centro, a torná-lo “mais selectivo e competitivo”. Jorge Conde adiantou que este troço vai ser percorrido três vezes, pois “acreditamos que ali vamos ter muito mais gente”, devido às facilidades de acesso para o público. Antes das 11 horas, os carros vão fazer o troço Algeraz - Quinta da Cerca, www.gazetarural.com
que se mantem igual a edição anteriores, antes dos pilotos encontrarem outra novidade, que é a inversão do troço Santar – Vinhas do Dão. “Com esta alteração pretende-se tornar este troço mais interessante, pois vai ter uma parte final mais espectacular, por ser uma zona muito rápida e com alguns saltos”, adiantou Jorge Conde. Antes do reagrupamento, entre as 13,25 e as 13,45 horas no parque da Lusovini, em Nelas, os pilotos ainda terão que repetir o troço Caldas da Felgueira - Senhorim, às 12,02 horas. Após a paragem, segue-se a segunda passagem pelos troços Algeraz - Quinta da Cerca e Santar – Vinhas do Dão, terminando a prova com a terceira passagem pelas Caldas da Felgueira - Senhorim. O pódio e a entrega de prémios estão agendados para as 16,50 horas na praça do Município. A organização procurou nesta terceira edição do rali torná-lo mais interessante para o público, mas também mais aliciante para os pilotos, especialmente os mais jovens, pois terá cerca de 80 quilómetros de provas cronometradas, em vez dos habituais 40, que costumam ter os ralis do Campeonato do Centro. “É aliciante fazerem quase
dois ralis num só”, destacou Jorge Conde.
Promover o vinho do Dão e o território de Nelas Na apresentação do rali, o presidente da Câmara de Nelas destacou a importância do mesmo para a promoção do vinho do Dão, mas também do território. Porém, Borges da Silva não quer que a prova seja vista como evento de Nelas. “Queremos que seja o rali da região do Dão porque Nelas, felizmente, já transbordou para a região do Dão”, afirmou o autarca, que lembrou que a prova custa à Câmara cerca de 10 mil euros, uma vez que este ano o rali atraiu um maior número de patrocinadores, o que fez com que a despesa directa da câmara municipal se tenha reduzido. Para esta prova são esperados muitos milhares de espectadores que vão demandar Nelas, facto que terá impacto na economia do concelho. “Esta iniciativa vai contribuir para promover o território da Região Demarcada do Dão e aquele que é o seu ex-libris, o vinho”, referiu o presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão, Arlindo Cunha. 35
Certame decorre entre os dias 27 de Abril e 01 de Maio
Ana Moura e Matias Damásio no cartaz
da Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz
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na Moura, Richie Campbell, Matias Damásio, Karetus e os dj Diego Miranda e Mastiksoul integram o cartaz da edição deste ano da Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz (FIAPE). A feira, promovida pela Câmara de Estremoz, vai decorrer entre os dias 27 de Abril e 01 de Maio, no parque de feiras e exposições da cidade de Estremoz, no distrito de Évora. O cartaz de espectáculos inclui con-
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certos com The Lucky Duckies e o rapper Dillaz (27 de abril), com entrada gratuita, Richie Campbell e Karetus (28), Matias Damásio e o dj Diego Miranda (29) e o grupo Alma, Ana Moura e o dj Mastiksoul (30). Para o encerramento, a 01 de maio, o programa prevê uma tarde alentejana. Segundo a autarquia, a FIAPE, que é considerada “um dos maiores eventos realizados a Sul do Tejo”, cumpre este
Ano XIII | N.º 290 | Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968044320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Redacção: Luís Pacheco | Opinião: Miguel Galante | Paulo Barracosa Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546
ano a XXXI edição e conta com a participação de expositores de sectores tão diversos como a agricultura, produtos regionais, pecuária, artesanato, comércio, indústria e serviços. O certame, que pretende contribuir para o desenvolvimento económico e promoção turística do concelho, agrega a XXXV edição da Feira de Artesanato de Estremoz e anualmente recebe milhares de visitantes.
Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | Tel. 232 411 299 Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 2000 exemplares www.gazetarural.com Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
Podem ser apresentadas até ao dia 24 de Julho
Abertas candidaturas para o “Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola”
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Crédito Agrícola, em parceria com a INOVISA, lançaram, na edição´2017 da AGRO – Feira Internacional da Agricultura, Pecuária e Alimentação, a quarta edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola. Dividido em cinco categorias, quatro delas – Cereais; Floresta; Hortofruticultura e Produção animal – destinam-se exclusivamente à participação de entidades/empresas. A categoria “Inovação em Colaboração” foi pensada para projectos de inovação promovidos por mais do que uma entidade e, ao contrário das anteriores, requer a participação nos Ateliers de Inovação.
Os Ateliers de Inovação irão realizar-se durante o primeiro semestre do ano, em quatro regiões do país, permitindo aos participantes adquirir e praticar ferramentas e boas práticas ao nível da estruturação e implementação dos seus projectos. Será ainda atribuído um prémio de reconhecimento a uma entidade (empresário individual, Sociedade, Associação, Fundação, Organização não-governamental, Entidade do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, organismo da Administração pública) ou projecto submetido por Associado(s) do Crédito Agrícola que se destaque dos demais. A análise dos projectos
terá como base três critérios: grau de inovação, potencial de mercado e a sustentabilidade. Os vencedores de cada categoria receberão cinco mil euros. Com o Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola pretende-se contribuir para a disseminação da cultura de empreendedorismo e inovação nos sectores agrícola, agroindustrial e florestal em Portugal. As candidaturas podem ser apresentadas até ao dia 24 de Julho, sendo os resultados comunicados no final do ano, em cerimónia a realizar em Lisboa. Os interessados devem consultar toda a informação em www.premioinovacao.pt.
Depois da conclusão de algumas obras de beneficiação
Balneário Termal de Sangemil abre ao público a 11 de Abril
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s Termas de Sangemil irão abrir ao público no próximo dia 11 de Abril. Ao contrário dos anos anteriores, em que a abertura foi realizada no primeiro dia útil de Abril, este ano o balneário termal entrará em pleno funcionamento na segunda semana daquele mês. Este adiamento deve-se à demora na conclusão de algumas obras de beneficiação do espaço, bem como ao aparecimento de uma avaria inesperada. Apesar do incómodo causado, o Município encontra-se a enveredar todos os esforços para que este equipamento abra ao público cumprindo as condições de qualidade necessárias ao
Breves Vidigueira Branco de 14 a 16 de Abril A Câmara de Vidigueira vai organizar, nos dias 14, 15 e 16 de Abril, a terceira edição do evento “Vidigueira Branco – Feira do Vinho e do Cante” que pretende promover os vinhos da sub-região vitivinícola de Vidigueira, o azeite, o cante alentejano e a gastronomia tradicional. O programa desta iniciativa vai integrar a Mostra de Pão e Doçaria Tradicional e o Festival Gastronómico de Migas, com exposição e venda de produtos agroalimentares, colóquios, ateliês, provas de vinho, espectáculos musicais e animação. www.gazetarural.com
bom funcionamento do balneário, bem como os critérios de satisfação dos seus aquistas. As Termas de Sangemil, com temporada aberta até ao dia 30 de Novembro, oferecem tratamentos nas áreas das patologias respiratórias e reumatologia (doenças musculo-esqueléticas) e constituem também uma forte aposta do Município a nível do turismo de saúde e bem-estar. Esta época termal contará ainda com a oferta do serviço de Medicina Natural e Terapias Integrativas, tais como Acupuntura, Alimentação Consciente, Terapia Floral, Homeopatia, Naturopatia,
Mesoterapia Homeopática, Massagem Integrativa, Reiki, Plano Hidra+Detox e Terapia Aquavital. Estão em estudo novas captações, com maior profundidade, aproveitando este facto para a valorização da eficiência energética do próprio balnear termal. A diversidade da oferta de serviços, a qualidade das águas termais e o enquadramento paisagístico das Termas de Sangemil fazem deste balneário termal uma referência no distrito e, consequentemente, constituem uma aposta forte do Município de Tondela na promoção do turismo de saúde e bem estar.
Contribuir para o fortalecimento da atractividade turística do concelho; promover a excelência produtiva do território no domínio da produção vitivinícola; divulgar os vinhos da sub-região vitivinícola, em especial os brancos e a casta Antão Vaz; dignificar o cante alentejano como fator de promoção da cultura alentejana e promover as tradições da gastronomia mediterrânica e das migas em particular, são os principais objectivos a alcançar com a realização do Vidigueira Branco.
de Agricultura (APEA) e o Núcleo de Estudantes de Engenharia Zootécnica (NEEZ) vão apresentar um seminário de raças autóctones que terá lugar na UTAD, em Vila Real, no dia 19 de Abril. Este seminário consiste na apresentação de cada uma das raças com palestras das várias associações e criadores. Os participantes terão também a oportunidade de interagir com alguns exemplares de algumas raças, pois estes estarão em exposição. Aprender nunca ocupou lugar, não percas esta oportunidade e vem conhecer este pequeno mundo.
Seminário de raças autóctones A Associação Portuguesa de Estudantes
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De 28 de Abril a 1 de Maio
“Sabores do Toiro Bravo” para conhecer em Coruche
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Município de Coruche promove, de 28 de Abril a 1 de Maio um evento gastronómico único, que lança há mais de dez anos o desafio aos visitantes de “fazer uma pega de caras...no prato” para degustar o sabor do toiro bravo. Seis restaurantes localizados no interior da Praça de Touros convidam a provar as melhores iguarias para saborear esta carne muita apreciada para quem já teve a oportunidade de a provar. O Farnel, Sabores de Coruche, Jakim Girassol, A Tasca, O Choupo e Fonte de Pau são os restaurantes aderentes com muitas propostas para confeccionar a carne de touro bravo: o lombo do touro bravo, a espetada de bezerra brava em pau de louro verde, o rabo de boi estufado, o bife de touro bravo recheado, nomeando aqui apenas alguns dos pratos disponíveis nas ementas. Desta festa anual representativa da gastronomia do Ribatejo, e em particular do concelho, fazem parte também tasquinhas de petiscos, doçaria regional, produtos locais e um espaço próprio de artesanato com dezenas de artesãos locais representados, assim como diversas associações culturais do concelho. A animação musical será itinerante e no horário das refeições e a animação taurina estará assegurada pelos Forcados Amadores de Coruche.
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