Gazeta Rural nº 291

Page 1

Director: José Luís Araújo

|

N.º 291

|

15 de Abril de 2017

|

Preço 4,00 Euros

|

www.gazetarural.com

“Dão”

charme ao Porto Viseu e Vinhos do Dão “põem-se” à prova no Porto Conhecidas aldeias pré-finalistas das 7 Maravilhas “A Ovibeja é uma feira diferente” Sever do Vouga promove Feira Quinhentista Trás-os-Montes mostra a excelência dos seus vinhos

AVENIDA DA BÉLGICA - VISEU www.lemos-irmao.pt

www.gazetarural.com

www

Tel. 232 430 450 1


Sumário 04 Região Centro tem o maior número de aldeias pré-

presença em eventos internacionais

finalistas das 7 Maravilhas

22 APH forma futuros engenheiros agrónomos em 24H

06 Aguiar da Beira recebe III Encontro Nacional de

Agricultura

Formadores e Técnicos de Micologia

24 O medronheiro está em risco em Portugal

07 Britânicos Gene Loves Jebel são a banda surpresa da

25 Miranda do Douro cria centro de estudo e produção de

Feira do Município da Mealhada

cogumelos

08 “A Ovibeja é uma feira diferente”, diz o director-geral da

26 Folar de Valpaços tornou-se numa oportunidade de

ACOS

negócio para produtores

10 Município de Vouzela promove II Rota do Petisco de

28 “Temos que começar a vender o interior mais activo e

Vouzela

contemporâneo”, diz Carlos Silva

11 X Expoflorestal está a chegar e com mais expositores

30 Opinião: A Reforma (“poucochinha”) da Floresta

12 Adrenalina e aventura nas II Jornadas de Turismo de

31 ESAV planta clones de um genótipo de cardo

Natureza em Melgaço

33 Sessões Técnicas Selectis animam lugares

13 Sever do Vouga promove Feira Quinhentista

emblemáticos da produção vitivinícola nacional

comemorativa da atribuição do Foral

34 Quinta do Barradas Reserva Tinto 2014 vencedor do

Natureza em Melgaço

Concurso de Vinhos do Algarve

14 Circuito de Pesca Aldeias do Xisto promete animar e

35 Feira Nacional do Mirtilo vai decorrer de 29 de Junho a

promover a regiãol

2 de Julho

15 Viseu ruma ao Porto com evento que inclui provas de

36 Festival Internacional de Fotografia de Viseu espera

vinhos

mais de 18 mil visitantes

16 Região de Trás-os-Montes mostra a excelência e

37 Caravana Cultural brasileira visitou a região e

diversidade dos seus vinhos

homenageou personalidades locais

18 Concurso Vinhos de Portugal é “passaporte” para

38 “Há Prova em Oeiras” com gastronomia e vinhos

2

www.gazetarural.com


www.gazetarural.com

3


Vencedoras são conhecidas a 03 de Setembro

Região Centro tem o maior número de aldeias pré-finalistas das 7 Maravilhas

A

organização das 7 Maravilhas de Portugal - Aldeias revelou hoje as 49 aldeias pré-finalistas que irão ser votadas pelos portugueses, sendo o Centro a região de turismo com maior número a concurso. Ao todo, o Centro tem 14 aldeias candidatas, seguindo-se o Alentejo e o Ribatejo com nove e o Norte com oito. Açores e Algarve concorrem com seis aldeias cada, enquanto a Madeira conta com quatro e Lisboa e Vale do Tejo com duas. As 49 aldeias pré-finalistas, sete em cada uma das sete categorias, foram hoje anunciadas numa cerimónia que decorreu na Aldeia da Pena, no concelho de S. Pedro do Sul, iniciativa que contou com a presença do ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos. “Nestas 49 pré-finalistas estão contempladas as mais emblemáticas aldeias portuguesas. Digno de assinalar é o equilíbrio da distribuição geográfica das aldeias pré-finalistas, que ocupam todo o território nacional”, destacou o presidente das 7 Maravilhas, Luís Segadães. 4

As 49 aldeias pré-finalistas resultam da votação de um painel de especialistas constituído por 49 individualidades, sete de cada região de turismo do país, que analisou e votou na lista de 446 candidaturas. Na categoria aldeias autênticas estão seleccionadas a Aldeia do Xisto de Cerdeira (Lousã), Alte (Loulé), Biscoitos (Praia da Vitória), Castelo Rodrigo (Figueira de Castelo Rodrigo), Fontão de Loriga (Seia), Montesinho (Bragança) e Podence (Macedo de Cavaleiros). Na categoria aldeias em áreas protegidas estão seleccionadas Aldeia das Salinas da Fonte da Bica (Rio Maior), Bordeira (Aljezur), Chão da Ribeira (Porto Moniz), Lindoso (Ponte da Barca), Penedo (Sintra), Rio de Onor (Bragança) e São Lourenço (Vila do Porto). Na categoria aldeias de mar estão seleccionadas Azenhas do Mar (Sintra), Costa Nova (Ílhavo), Fajã dos Cubres (Calheta), Ferragudo (Lagoa), Porto Covo (Sines), Porto Moniz (Porto Moniz) e Zambujeira do Mar (Odemira).

Na categoria aldeias monumento estão seleccionadas Almeida (Almeida), Estoi (Faro), Evoramonte (Estremoz), Idanha-a-Velha (Idanha-a-Nova), Monsanto (Idanha-a-Nova), Monsaraz (Reguengos de Monsaraz) e Sortelha (Sortelha). Na categoria aldeias remotas estão seleccionadas a Aldeia da Pena (S. Pedro do Sul), Branda da Aveleira (Melgaço), Castro Laboreiro (Melgaço), Curral das Freiras (Câmara De Lobos), Fajã de São João (Calheta), Gondramaz (Miranda Do Corvo) e Piódão (Arganil). Na categoria aldeias ribeirinhas estão seleccionadas a Aldeia da Luz (Mourão), Dornes (Ferreira do Zêzere), Escaroupim (Salvaterra de Magos), Furnas (povoação), Santa Clara-a-Velha (Odemira), Sete Cidades (Ponta Delgada) e Vilarinho de Negrões (Montalegre). Na categoria aldeias rurais estão seleccionadas Alegrete (Portalegre), Cachopo (Tavira), Casal de S. Simão (Figueiró dos Vinhos), Faial (Santana), Manhouce (S. Pedro do Sul), Paderne www.gazetarural.com


(Albufeira) e Sistelo (Arcos de Valdevez). A promoção em torno destas 49 aldeias começa agora e a votação arranca em Julho, durante as sete galas a emitir aos domingos pela RTP. As 7 vencedoras são conhecidas a 03 de Setembro numa grande gala final. Aldeias são “espaços de futuro” O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, defendeu que as aldeias do território nacional são espaços de futuro e que devem ter vida própria, de forma que as suas populações tenham padrões equivalentes aos das cidades. “As nossas aldeias são as nossas raízes culturais mais profundas. São espaços de futuro, mas que preservam a memória do passado, que queremos manter permanentemente activa”, sustentou. No final de uma cerimónia que decorreu na Aldeia da Pena, em S. Pedro do Sul, que serviu para anunciar as 49 aldeias pré-finalistas das 7 Maravilhas,

www.gazetarural.com

Capoulas Santos sublinhou a importância destas iniciativas, que contribuem para promover “preciosidades dispersas” do território nacional. “São iniciativas muito meritórias, às quais me associo com muito prazer, enquanto ministro da Agricultura, uma vez que faz parte também da política do Ministério da Agricultura contribuir para a fixação das populações no território, porque as aldeias não podem ser museus e os habitantes peças desses museus”, acrescentou. No seu entender, as aldeias têm mesmo de ter vida própria. “Não há vida própria sem economia e sem rendimento, que permita que as pessoas das aldeias tenham padrões de vida equivalentes àqueles que vivem nas cidades”, disse. O representante do Governo destacou que o seu ministério tem um conjunto de medidas para fixar agricultores, congratulando-se com o prestígio crescente que esta profissão está a alcançar, depois de um período em que

era vista como sendo desqualificada. “Os que abandonaram a agricultura no passado, muitos deles desqualificados, estão a ser substituídos por jovens qualificados que aproveitam essas oportunidades, nichos de mercados, agricultura biológica, e dão resposta aos anseios das populações urbanas que perderam e têm a nostalgia do que é viver nas aldeias e próximo da natureza”, apontou. Sobre as 7 Maravilhas Aldeias, Capoulas Santos considera que servirão para fazer nascer nos portugueses “a vontade de visitar locais tão bonitos” e que essas visitas ajudem “a dinamizar o turismo que é tão importante nas aldeias”. “Portugal hoje está na moda por várias coisas e no turismo com um crescimento muito acentuado. O turismo evidentemente não se pode resumir às grandes cidades ou ao turismo de massas, pois temos um país imenso, com tanta cultura, gastronomia e paisagens naturais que estou convencido que atrairão cada vez mais pessoas”, concluiu.

5


Nos próximos dias 6 e 7 de Maio

Aguiar da Beira recebe III Encontro Nacional de Formadores e Técnicos de Micologia

V

ai decorrer em Aguiar da Beira, nos dias 6 e 7 de Maio, o III Encontro Nacional de Formadores e Técnicos de Micologia, uma iniciativa da Câmara local, evento que se realiza pelo terceiro ano consecutivo. A concretização deste evento pretende manter o carácter científico na abordagem da micologia, pela consolidação e permuta de conhecimentos junto do púbico alvo, técnicos e formadores de micologia homologados pela Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural e garantir aos restantes participantes uma maior sensibilização para a temática dos recursos micológicos, promovendo a reflexão e discussão dos vários temas através de momentos de debate. As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias para o primeiro dia do evento. No dia 7, a realização do curso de fotografia micológica, ministrado pelo Instituto Português de Fotografia, é limitada a 20 formandos sujeita a inscrição obrigatória. PROGRAMA Dia 06 (Sábado) 09h30 - Recepção dos participantes 10h00 - Sessão de Abertura Joaquim Bonifácio - Presidente da Câmara Municipal de Aguiar da Beira Virgílio da Cunha - Presidente da Assembleia Municipal de Aguiar da Beira Gravito Henriques - Movimento Amicos Silvestris Rui Melo - Director do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Centro do Instituto

6

de Conservação da Natureza e das Florestas 10h30 - Painel 1 ”Conhecer os Cogumelos - Macro” Moderador: José Manuel Costa - Vice-Presidente da Escola Superior Agrária de Viseu e responsável pelo Grupo Micologia ESAV – Recursos Micológicos Silvestres Fotografia de Natureza João Cosme - Fotógrafo Profissional de Natureza - Instituto Português de Fotografia Ilustração Científica Fernando Correia - Director do Laboratório de Ilustração Científica da Universidade de Aveiro 11h45 - Debate 13h00 - Almoço 15h00 - Painel 2 (clique para mais informação) “Conhecer os Cogumelos – Micro” Identificação por microscopia e análise genética Guilhermina Marques - Responsável pelo Labora-

tório de Micologia e Microbiologia do Solo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Sessão prática de identificação por microscopia António Pinto - Docente de Microbiologia da Escola Superior Agrária de Viseu 16h15 - Debate 16h30 - Visita ao CIVCC (Centro de Interpretação Vivo do Castanheiro e da Castanha de Aguiar da Beira) (clique para mais informação) Manuela Silva - Técnica do Gabinete de Micologia da Câmara Municipal de Aguiar da Beira Dia 07 (Domingo) 10h00 - Início dos trabalhos 10h00 / 17h30 - Curso de Fotografia Micológica (clique para mais informação) João Cosme - Fotógrafo profissional de Natureza Instituto Português de Fotografia 17h30 - Encerramento dos trabalhos

www.gazetarural.com


FESTAME com o melhor cartaz de sempre

Britânicos Gene Loves Jebel são a banda surpresa da Feira do Município da Mealhada A banda britânica Gene Loves Jezebel é a principal atracção da edição de 2017 da Festame – Feira do Município da Mealhada, que se realiza de 10 a 18 de Junho (mais três dias do que em 2016), junto ao complexo desportivo da cidade. O grupo inglês de pop e rock, que na década de 90 liderou os top’s internacionais com temas como Break the Chain ou Sweet Sweet Rain, atuam no dia 16 de Junho, mas a festa começa muito antes e com grandes nomes da música nacional. The Gift tem honras de abertura, a 10 de Junho (feriado nacional), seguindo-se GNR (dia 11), Double Grooves e convidados (dia 12), Samba Lêlê (dia 13), Expensive Soul (dia 14, véspera de feriado), Raquel Tavares (dia 15, feriado nacional), Amor Electro (dia 17) e David Carreira termina, dia 18 de Junho. São nove dias que se pretendem de encontro da população com colectividades, agentes económicos, artesãos e que procuram ser de verdadeira festa do Município. O Complexo Desportivo da Mealhada vai transforma-se e ganhar vida à noite, com os espectáculos de bandas de renome e, como habitualmente, totalmente gratuitos. A FESTAME mantém a área das tasquinhas e do artesanato, que estão na génese do evento, uma vez que começou por ser uma feira de artesanato e gastronomia, mas terá também expositores de comércio, indústria e agricultura, com mais de uma centena de espaços de exposição. O orçamento do certame ronda os 200 mil euros e mantém o cunho de ser gracioso. Trata-se do único evento do género, na região Centro, com estas características muito singulares: os expositores não pagam rigorosamente nada para estarem presentes no certame - o Município suporta todas as despesas com aluguer de stands, energia eléctrica, segurança, etc. - e o público não paga rigorosamente nada para assistir aos espectáculos e visitar toda a área de exposição do comércio, indústria, artesanato e gastronomia regionais. “É uma forma de retribuir a preferência de milhares de portugueses que, durante o ano, nos procuram, seja pelos www.gazetarural.com

nossos restaurantes, seja pela visita ao Município. As pessoas são bem recebidas na Mealhada e o Município, dentro das suas possibilidades, tenta retribuir com uma semana de festa para os nossos visitantes e uma montra para os expositores, oferecendo-lhes um local para potenciarem os seus negócios”, sublinhou Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, na conferência de imprensa de apresentação do certame. “Queremos ser diferentes das outras feiras da região. Podíamos convidar nomes ainda mais fortes, para todas as noites, e fechar a feira às pessoas, cobrando bilhete. Não é esta a nossa

opção. E fazemo-lo assim porque podemos. Porque a nossa preocupação não é com o dinheiro, é com as pessoas”, afirmou o autarca, justificando ainda que este formato permite que todos os munícipes tenham acesso a grupos do panorama nacional. Este ano, a organização irá reforçar a presença de expositores ligados à indústria e melhorar imenso a qualidade da animação artística, com mais bandas de nível nacional a actuar nos dois palcos do certame e sobretudo com artistas e grupos musicais francamente mais aclamados e conhecidos do grande público. 7


Diz Claudino Matos, director-geral da ACOS e da Comissão Organizadora

“A Ovibeja é uma feira diferente”

O

Centro de Exposições de Beja recebe a edição 2017 da Ovibeja. Com início marcado para 27 de Abril, o certame prolonga-se até 1 de Maio, tendo nesta XXXIV edição como tema principal a internacionalização dos produtos agro-alimentares de origem animal, tais como os queijos, os enchidos e os presuntos tradicionais do Alentejo. Em entrevista à Gazeta Rural, o director-geral da ACOS e da Comissão Organizadora destaca a “maior participação” relativamente a anos anteriores, com mais de um milhar de expositores. Para Claudino Matos a Ovibeja “é, e sempre será, igual a si própria, ou seja, é uma feira diferente”. Gazeta Rural (GR): Como perspectiva a edição deste ano? Claudino Matos (CM): A XXXIV edição da Ovibeja está com muito maior participação que nos anos anteriores. Nesta feira está bastante visível e patente uma maior confiança que se traduz no grande impulso que tem vindo a ser dado por todos os sectores da agricultura, pecuária e agro-alimentar. Esta é uma fileira que tem dado provas ao País de que é possível inovar, crescer e alargar fronteiras. Sempre atenta aos novos desafios, a Ovibeja apresenta este ano como grande novidade a temática da internacionalização. O “Espaço AgroAlentejoExport” está a dinamizar várias acções, interligadas entre diferentes espaços, dedicadas à promoção e processos de internacionalização dos produtos agro-alimentares do Alentejo. Entre os propósitos da Comissão Organizadora estão o esclarecimento aos produtores e empresários agrícolas, a promoção e facilitação de contactos e a partilha de 8

estratégias. A Ovibeja é o melhor palco para “a promoção dos produtos agro-alimentares da região do Alentejo, tendo em conta que esta é uma temática incontornável numa altura em que os produtos da terra se têm revelado de grande importância para o País. Como é notícia na comunicação social, e já assumido publicamente pelo Ministro da Agricultura, os produtos agro-alimentares têm dado contributos significativos para a exportação e para o equilíbrio da balança comercial. E muitos desses produtos têm origem no Alentejo e nos grandes investimentos que aqui têm sido feitos nos últimos anos. É preciso é que estes investimentos sejam acompanhados da devida atenção por parte dos poderes decisores. GR: Tal como em anos anteriores, há muito que o certame é preparado, com diversas iniciativas, nomeadamente, com o concurso de azeites. O que representa a Ovibeja? CM: A Ovibeja representa uma oportunidade única para promover e divulgar o que de melhor se faz na agricultura e no mundo rural. Para isso trabalha, desde sempre, para atingir níveis de excelência que, só para dar um exemplo, se traduzem no facto de termos o único Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja, classificado como o melhor do mundo. Trabalhamos para desenvolver a agricultura na região e projectar os seus resultados à escala nacional e internacional. Por isso inovamos sempre. E também reivindicamos sempre, junto dos poderes decisores, condições para evoluir e fa-

zer melhor. Entre as novidades desta edição, conta-se o Espaço Inovação que, integrado no Pavilhão Terra Fértil – Mostra de Inovação Agrícola e Agribusiness, possibilita a revelação de projectos inovadores. A Investigação e o Desenvolvimento são temáticas de importância incontornável para o Alentejo, e consideradas essenciais para o desenvolvimento rural, nas vertentes social, agrícola e agroindustrial da região. É nosso propósito criar, com este espaço, condições de visibilidade que permitam valorizar, promover e facilitar sinergias, transferência de conhecimentos entre os participantes, convidados e visitantes dando a conhecer as dinâmicas de inovação nas diferentes áreas. A Ovibeja vai contar com a presença de muitos representantes dos poderes decisores, nacionais e internacionais, com comitivas de empresários de outros países e com representantes diplomáticos e peritos de várias geografias que canalizam o foco das atenções para a Ovibeja. GR: Como e onde a posiciona no âmbito das feiras nacionais dedicadas à agricultura e ao mundo rural? CM: A Ovibeja é, e sempre será, igual a si própria, ou seja, é uma feira diferente. Está na sua coluna vertebral. É uma feira que se constrói com a participação de todos. E com muito trabalho. É uma feira que não pretende ser apenas um mostruário de vanguarda durante a semana em que se realiza. Nós trabalhamos o ano inteiro, com quantas mais pessoas e entidades queiram fazer parte deste projecto que é procurar sempre defender os interesses da região www.gazetarural.com


e, por consequência, com contributos importantes para o País. A Ovibeja é uma feira muito respeitada, pelas provas dadas e pelo posicionamento que assume no País. Como exemplo posso dizer-lhe que no sábado, no dia 29 de Abril, dedicado inteiramente ao Azeite, vamos ter alguns dos mais importantes peritos nacionais e internacionais para participar, como oradores, no II Simpósio Internacional de Azeites do Sul. E vamos ter, como é hábito, visitas, durante todos os dias, de elementos do Governo, deputados e eurodeputados, embaixadores, representantes de todos os partidos políticos. GR: É a primeira sem o “dedo” do Eng.º Manuel Castro e Brito. Que marca deixou na Ovibeja? CM: A Ovibeja é a marca cimentada pelo Eng. Castro e Brito, é uma questão cultural por ele incutida desde sempre. Trabalhar muito, evoluir sempre, congregar esforços na defesa dos interesses da região. Esta é uma feira da terra, sem preconceitos, e onde todos os actores são fundamentais na construção de mais-valias que possam melhorar a agricultura e a região. GR: O que mais destacaria do programa da feira? CM: A Ovibeja é um mundo, “Todo o Alentejo deste mundo”. A programação vai ao encontro de todos os interesses dos diferentes públicos-alvo. Desde famílias que aproveitam o fim-de-semana e o feriado para cá virem descansar e divertir-se, como jovens que aqui se juntam com os amigos em encontros que se tornam inesquecíveis pelo ambiente de festa que sempre vivem na Ovibeja. Mas a Ovibeja é uma feira com uma grande componente profissional. Os colóquios, as reuniões com parceiros e clientes, os negócios, a visibilidade mediática são mais-valias incontornáveis para quem participa na Ovibeja. Com um único bilhete diário, os visitantes podem entrar logo pela manhã, quando abrimos as portas, e ver ou participar em todas as iniciativas, até aos concertos pela noite dentro. A diferença da Ovibeja também é esta. É uma feira popular e é uma feira profissional. É uma feira generalista, mas também, e sobretudo, uma feira agrícola. É uma feira com muita diversão, mas trabalha muito a sério e daqui saem investimentos muito importantes, muitas vezes únicos, para quem nela participa. Além da animação diária com provas equestres, com cães, espectáculos de música regional e outras iniciativas www.gazetarural.com

culturais e desportivas, a Ovibeja conta também com um Pavilhão inteiro dedicado aos produtos agro-alimentares de grande qualidade. Este espaço é sempre muito apelativo para quem visita a Feira. Outro espaço que suscita sempre muita curiosidade é o Pavilhão da Pecuária, com mais de 300 animais, ovinos, suínos, bovinos, com apuramento genético. Para um público mais atento à realidade actual, temos vários colóquios, mesas redondas e wokshops. Para o público noctívago este ano temos como cabeças de cartaz os Orelha Negra, na primeira noite, seguindo-se nas seguintes, Sangre Ibérico e Miguel Ângelo, Agir e Anselmo Ralph. Com respeito pelas suas raízes, a Ovibeja dá também grande destaque ao Cante Alentejano, voltando a reunir centenas de cantadores de várias geografias. Do mesmo modo, o Pavilhão do Artesanato, as Artes e dos Ofícios vai colocar, lado ao lado, o saber-fazer tradicional, com demonstrações ao vivo, e os novos olhares, funcionalidades e promoção do uso criativo da matéria-prima tradicional. Muito mais há para descobrir e saborear na Ovibeja. Para quem quiser saber tudo basta consultar o nosso site em www.ovibeja.pt. Vir à Ovibeja está à distância de um clique, através da Bilheteira online que também está acessível no nosso site. GR: Como vê, hoje, o sector primário em Portugal? CM: O sector tem vindo a evoluir de forma positiva, com mais gente nova a acreditar na terra, mas estamos longe das condições necessárias. A agricultura é uma profissão de que é preciso gostar porque tem inerentes sempre muitos riscos. E há muitas situações em que os agricultores ou os empresários

agrícolas estão desprotegidos. O investimento agrícola é um exemplo. Falamos do PDR2020 e das candidaturas para as quais ainda não há garantias de financiamento. Esta é uma questão sobre a qual temos estado atentos, com intervenções junto da tutela. Temos a garantia que vai haver a abertura de novos concursos e que vai haver algum apoio mas, uma vez que o dinheiro é escasso, o nível de apoios ao investimento baixou bastante. E há muitos investimentos já feitos previamente, tendo em conta a especificidade das culturas, designadamente as permanentes. GR: Qual o número de expositores e de que áreas? CM: No total de todos os sectores representados na Ovibeja, o número de expositores ultrapassa os mil. Vamos ter uma feira cheia, sendo que, infelizmente, há expositores que já ficaram em lista de espera, sem conseguir lugar. Este ano fizemos uma remodelação no Campo da Feira, um espaço nobre da Ovibeja, num investimento que pretendemos mais funcional e apelativo para mostra, demonstração e venda de equipamento e maquinaria agrícola. Vamos também ter alguns campos de demonstração de cereais e de oleaginosas. Vamos dinamizar mais aquela zona, com demonstrações e reuniões de negócios. E vamos ter um helicóptero para fazer passeios aéreos. A Ovibeja é uma feira necessariamente generalista mas também com um cunho agrícola muito forte. Os investimentos que têm vindo a ser feitos na agricultura da região, a visibilidade que o Alentejo tem vindo a ganhar fruto das novas produções agrícolas e do regadio, e também do investimento de modernização em toda a área de sequeiro, justificam e já se tornam evidentes, numa maior projecção e participação do sector agrícola na Ovibeja. 9


Certame realizou-se em Santarém

Folar de Vouzela premiado no Concurso Nacional de Folares e Bolas Tradicionais Portuguesas

O

folar do Café Central de Vouzela foi premiado com as distinções “Os melhores dos melhores” e “Medalha de Ouro” na categoria Folar Doce do VI Concurso Nacional de Folares e Bolas Tradicionais Portugueses, que se realizou no CNEMA - Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas de Santarém. Os prémios vão ser entregues no próximo mês de Junho, em Santarém, durante a Feira Nacional de Agricultura/ Feira do Ribatejo. Esta é mais uma excelente notícia para a doçaria do concelho, depois de os pastéis de Vouzela terem vencido, em 2012, a categoria massas folhadas ou fritas da III edição do Concurso Nacional de Doçaria Conventual Portuguesa.

De 21 de Abril a 22de Maio, em 13 restaurantes e snack bares do concelho

Município de Vouzela promove II Rota do Petisco de Vouzela

O

Município de Vouzela vai promover, de 21 de Abril a 22 de Maio, a segunda edição da rota do petisco, evento que tem como principais objectivos divulgar o concelho e dinamizar a restauração local. Durante quatro semanas, 13 restaurantes e snack bares do concelho vão proporcionar aos visitantes a oportunidade de saborearem alguns dos melhores petiscos da região. Enchidos, rojões, moelas, petinga frita, pica-pau e cogumelos ao alho são algumas das iguarias propostas. Por apenas três euros será possível saborear um petisco, uma bebida e pão. Se pedir o passaporte da rota, a cada dez petiscos receberá uma lembrança, oferta do município. O passaporte está disponível no Posto de Turismo de Vouzela ou nos estabelecimentos aderentes.

Agendado para o dia 23 de Abril

Lageosa do Mondego realiza X Festival de Petiscos

E

stá agendado para o dia 23 de Abril, o X Festival de Petiscos de Lageosa do Mondego, no concelho de Celorico da Beira. O evento será realizado no Largo dos Correios, a partir das 15 horas. “Saia de casa e venha degustar as nossas especialidades”, é o desafio lançado pela organização do evento, levada a cabo pela Junta de Freguesia da Lageosa do Mondego, Município de Celorico da Beira e Associação Juvenil Lageosense.

10

www.gazetarural.com


De 5 a 7 de Maio, em Albergaria-a-Velha

X Expoflorestal está a chegar e com mais expositores A décima edição da Expofloresta, feira nacional da floresta, está a chegar. O evento mais importante da fileira da floresta em Portugal abre portas de 5 a 7 de Maio, em Albergaria-a-Velha, e promete um nível de participação record. Sob o lema “Por Uma Floresta Sólida e Sustentável”, a X Expoflorestal tem vindo a suscitar muita expectativa, reforçando a participação de empresas nacionais e estrangeiras e dinamizando um programa recheado de temas pertinentes para os setores da floresta, agricultura e ambiente. Conforme adianta a organização, este ano são esperadas “mais empresas estrangeiras, nomeadamente de Espanha”, havendo também “muitas empresas que participam pela primeira vez no certame e outras que repetem a participação com um aumento da sua área de exposição”. www.gazetarural.com

Contando com o apoio oficial da Câmara de Albergaria-a-Velha, a X Expoflorestal tem como patrocinadores Platinium a Navigator Company e a Caixa de Crédito Agrícola, patrocinador Gold a T4 Pro e patrocinadores Silver a Cimertex, SEAC e Auto Henrique Braz & Filhos. Durante três dias os visitantes podem assistir a diversos eventos, incluindo o encontro de técnicos da Forestis, o seminário “Mais Eucalipto” organizado pela Celpa, o seminário da campanha ibérica de prevenção de acidentes de trabalho “Conhecer Melhor para Prevenir Melhor”, da responsabilidade da Autoridade para as Condições de Trabalho, bem como demonstrações de drones e equipamentos e muitos momentos culturais. A Expoflorestal é organizada pela

Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA), pela Associação Florestal do Baixo Vouga (AFVB) e pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha. Congregando num mesmo espaço entidades privadas, instituições públicas, associações ligadas ao sector florestal, corporações de bombeiros e escolas, a Expoflorestal é o evento de referência da fileira da floresta em Portugal, tendo contado com cerca de 30 mil visitantes e mais de 200 expositores nacionais e internacionais na sua última edição, realizada em 2015. Para ficar a par do que se passa na maior exposição do sector florestal em Portugal, visite o website expoflorestal. pt ou as páginas oficiais da feira nas redes sociais Facebook e Linkedin. 11


‘Pegada Zero” em Melgaço de 10 a 14 de Maio

Adrenalina e aventura nas II Jornadas de Turismo de Natureza

O

Município de Melgaço promove de 10 a 14 de Maio a segunda edição da ‘Pegada Zero - II Jornadas de Turismo de Natureza”, evento que vai decorrer na Porta do Parque Nacional da Peneda-Gerês, em Lamas de Mouro. O município mais a norte de Portugal propões quatro dias de aventura e natureza com o Rio Minho (Rede Natura) e com o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), consagrado pela UNESCO Reserva Mundial da Biosfera, como pano de fundo para diversas actividades que prometem encantar pequenos e crescidos, ao mesmo tempo que permitem dar a conhecer a região, as suas gentes e costumes. Melgaço tem todas as condições para actividades de turismo de natureza, não fosse este concelho estar situado na Área Protegida mais importante de Portugal, o PNPG. ‘Pegada Zero’ vai aproveitar todas essas potencialidades, espalhadas por vários locais de rara beleza, na vertente de turismo de natureza, envolvendo todos os agentes que atuam na região - empresas de animação, restauração, alojamento, comunidade local, entre outras, mas também pretende que se desenvolvam acções de sensibilização sobre a conservação da natureza, junto das comunidades intervenientes, assim como criar ou reforçar a relação das mesmas com o serviço. Porta de Lamas de Mouro, pela sua contextualização, assim como pela existência de espaços, infraestruturas e equipamentos de apoio (parque de merendas; auditório; salas para workshops; espaços expositivos; centro de BTT, entre outros) que permitem a realização de múltiplas actividades, é o local escolhido para exposições e algumas actividades. Programa diversificado e com muita adrenalina Haverá um programa para a Fam Trip e um outro geral - Festa do Desporto de Natureza – com atividades para todas as idades. Exposições temáticas na 12

Porta de Lamas de Mouro (‘O Regresso da Cabra-montês ao PNPG’ e ‘Flora Emblemática de Melgaço – PNPG’); o colóquio ‘Turismo de Natureza, Aventura e Segurança’; observação da cabra-montês, com passeio pedestre de cerca de duas horas (uma espécie rara em Portugal, existindo apenas na Serra do Gerês e na Serra Amarela); actividades para os mais pequenos (6 a 12 anos), com Jogos Tradicionais e passeios pedestres ‘À Descoberta da Natureza’/ Oficinas de Reutilização; conhecer o néctar da região, o alvarinho, com visita à Quinta de Soalheiro, e o fumeiro, com visita à Quinta de Folga; o workshop ‘Fotografia de Natureza’; paddle; baptismo de mergulho; salto pendular; arborismo; slide; escalada; rappel; primitive race; ecotuc tour; percurso de BTT; tiro desportivo; kayaks; orientação; jogos tradicionais e parapente farão as delícias de quem participar no Pegada Zero. As noites também serão de animação, com a Warm Up Festa do Desporto de Natu-

reza, no Rios Bar. Para a Fam Trip (grupo de profissionais – comunicação social & operadores turísticos): canyoning; ‘O Garrano e o Lobo’, uma actividade com cavalos onde se abordará o habitat do lobo ibérico e a sua relação com o meio; rafting no Rio Minho; visitas culturais ao Museu de Cinema Jean Loup Passek e ao Espaço Memória e Fronteira; e Alvarinho de Honra no Solar do Alvarinho. Aliada a estas actividades estará a degustação de pratos típicos de Melgaço. A primeira edição aconteceu entre os dias 20 e 23 de Outubro de 2016 e foi ‘uma excelente forma de Melgaço se vir a assumir cada vez mais como destino de Natureza’, considerou na altura Manoel Batista, autarca de Melgaço. Na época, a organização garantiu que aquele seria o primeiro de muitos eventos em Melgaço em torno da temática ‘Turismo de Natureza’ e que ‘tudo seria feito para a conservação deste património natural’. www.gazetarural.com


Nos dias 30 de Abril e 1 de Maio

Sever do Vouga promove Feira Quinhentista comemorativa da atribuição do Foral

O

Município de Sever do Vouga promove nos dias 30 de Abril e 1 de Maio a recriação de uma Feira Quinhentista, mo âmbito das actividades alusivas à comemoração do Foral de Sever do Vouga. Porque é uma data marcadamente identitária do território concelhio, que apela ao sentimento colectivo severense e porque no último evento a comunidade local, - com destaque para as associações, colectividades e comunidade escolar, - participou massivamente, este ano a data será igualmente celebrada, contando mais uma vez, com a participação da população e comércio local. As actividades previstas são de âmbito recreativo e cultural, realizadas na área envolvente ao Jardim do Lago e Largo do Município, com animação permanente. A recriação e ambientação, é assegurada pela Associação AlbergAR-TE, em articulação com o Município de Sever do Vouga. Com várias tendas de tamanhos diversos e decoradas à época, irão acolher www.gazetarural.com

taberneiros, artífices, artesãos, regatões e mercadores. A animação farta e diversificada, contará com a presença de saltimbancos, gaiteiros e tamborileiros, teatro música, danças orientais e quinhentistas, passando pelos jogos tradicionais, robertos, contadores de histórias e personagens tipo da época. Toda esta panóplia de oferta cultural e recreativa irá, por certo, fazer as delícias dos visitantes, transportando-os para uma época e um tempo imaginário, feito de História e de histórias, num ambiente evocativo da época. Para o presidente da Câmara de Sever do Vouga, as comemorações do Foral “são uma manifestação das actividades da época, com um cortejo, com desfile de figurantes, e uma feira, com encenações teatrais representando a época quinhentista”. Para o efeito, referiu António Coutinho, “está a ser ensaiada uma peça que vai ser representada no local”. À Gazeta Rural, o autarca adiantou as novidades desta festa, em relação

a anos anteriores. “A grande inovação são os cenários, que vamos alterar, com a construção de um castelo, com uma paliçada em madeira”, o que colocará “toda zona da Feira isolada dentro do castelo”. A Feira Quinhentista vai decorrer durante dois dias com inúmeras actividades, nomeadamente com malabaristas, cómicos, lançadores de fogo, entre outras manifestações. O edil de Sever do Vouga destacou a “participação da comunidade de Sever que aderiu de forma significativa, como as associações locais e as escolas, que estão a ser preparados, com ensaios diários”, pela equipa da Associação AlbergAR-TE, que é, juntamente com o Município, a organizadora do evento. “Sever do Vouga tem mais de 500 anos de história e, com este evento, pretendemos recordar o passado do nosso concelho e marcar a nossa história, que é grande”, referiu António Coutinho, sustentando que “vale a pena assinalar estas datas e festejá-las”. 13


Por proposta e iniciativa do município de Pedrógão Grande

I Circuito de Pesca Aldeias do Xisto promete animar e promover a região

É

já no próximo dia 20 de Maio que tem início o primeiro “Circuito de Pesca Aldeias do Xisto”, uma prova internacional de Pesca Embarcada ao Achigã que promete colocar a Albufeira do Cabril, um dos principais palcos da Pesca ao Achigã em Portugal como - ainda mais - referência mundial desta competição. Trata-se de um circuito que engloba seis concelhos da zona do Pinhal (Oleiros, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Vila de Rei e Sertã) com génese numa proposta apresentada pela autarquia de pedroguense, prontamente acarinhada pelos restantes concelhos e pela ADXTUR, enquanto agência de turismo das aldeias do Xisto, com destaque a nível mundial e de capital importância na organização, apoio de fundos comunitários e projecção internacional deste evento. Os custos não financiados do “Circuito de Pesca Aldeias do Xisto” serão divididos pelos seis municípios envolvidos no evento. Quanto à prova, diga-se que está a gerar enormes espectativas, quer pela excelência da organização e dos locais da competição, quer pelos apetecíveis prémios em disputa, de onde destacamos o prize money de 4.999 e 2.500 euros por pescador para o primeiro e segundo classificado, respectivamente, mais material de pesca e troféus. Sendo que também até ao quinto classificado haverá prémios monetários, mais troféus e material de pesca. Entre o sexto e o décimo lugar haverá troféus e material de pesca. A estes há ainda a acrescentar os prémios monetários em cada uma das seis provas do Circuito, além de mais material de pesca e troféus. São, pois, ingredientes mais que suficientes para que legitimamente também se preveja a presença de muitos concorrentes estrangeiros, principalmente espanhóis e franceses e respectivo staff, que prometem animar a região com esta actividade turística, recreativa e desportiva. Relativamente às provas, em particular, Pedrógão Grande recebe a sua competição no próximo dia 23 de Julho na Albufeira do Cabril, em Vale de Góis. Albufeira que também será palco (Álvaro e Vilar de Amoreira) das provas de Oleiros e Pampilhosa da Serra, dias 20 14

de Maio e 17 de Junho, respectivamente. Já a Albufeira de Castelo de Bode será palco das provas de Figueiró dos Vinhos (Foz de Alge), Vila de Rei (Fernandaires) e Sertã (Trízio), dias 5 de Agosto, 23 de Setembro e 28 de Outubro, respectivamente. “Seguindo uma política de apoio a iniciativas que promovam e potenciem o concelho e que contribuam para a dinamização das actividades socioeconómicas da região onde as condições naturais são um recurso económico estratégico, neste caso através do desporto e do turismo, o Município de Pedrógão Grande promove e associa-se a estes eventos, através da prestação de apoio logístico e também financeiro”, afirma o presidente Valdemar Alves, que realça também “a cooperação entre os seis municípios do Pinhal”, que “através do estímulo à capacidade de inovar fomenta uma abordagem integrada de desenvolvimento territorial, afirmando-se como espaço de múltiplas oportunidades em sectores como o turismo da

natureza e ambiente, ao mesmo tempo que se posiciona para novos desafios de desenvolvimento, apostando na valorização de factores diferenciadores, neste caso relacionados com o potencial das suas paisagens e elementos naturais e que permitam a afirmação da região”. O município pedroguense faz ainda questão de realçar a colaboração do Clube Náutico de Pedrógão Grande na organização do Circuito e na prova local. Ainda relativamente às provas, diga-se que se trata de uma competição internacional de Pesca Embarcada ao Achigã, sem morte, onde apenas são válidos à pesagem os exemplares de achigã que forem apresentados vivos e em bom estado de conservação, de modo a serem libertados ao rio nas melhores condições de sobrevivência, fiéis aos princípios do pescador desportivo na defesa do meio ambiente e as suas espécies com a prática de uma pesca desportiva ética e responsável. www.gazetarural.com


‘Dão Invicto’, nos dias 21 e 22 de Abril

Charme de Viseu ruma ao Porto com evento que inclui provas de vinhos

O Porto acolhe nos dias 21 e 22 a ‘Dão Invicto’ com provas de vinhos, concertos e visitas guiadas que têm como objectivo projectar Viseu, concelho que em 2017 está apostado em “espalhar charme e conquistar turistas e consumidores”. A iniciativa é organizada pela Comissão Vitivinícola Regional (CVR) e pela Câmara de Viseu que, no Porto, contam com o apoio institucional da Câmara e da Misericórdia locais, traduzindo-se numa campanha “inédita” para “sustentar um crescimento de fluxos turísticos na cidade de Viriato”. “Os vinhos do Dão farão prova no Porto do seu excelente momento de forma, enquanto Viseu revelar-se-á como destino feliz e ‘trendy’”, lê-se no convite para o evento apresentado no Palácio da Bolsa, no Porto. A “Dão Invicto” vai estar patente, através de uma “Grande Prova”, das 15 às 21 horas nos dias 21 e 22, sexta-feira e sábado, no Museu da Misericórdia do Porto, rua das Flores, onde os visitantes poderão provar vinhos de 30 produtores assim como queijos Serra da Estrela e enchidos da região. Somam-se miniconcertos com Finwww.gazetarural.com

gertips, Johnny Abbey e Pedro Duvalle, 12 horas de ilusionismo com “Há Magia de Viseu na Invicta”, viagens virtuais de bicicleta e apresentações de eventos como a Feira de São Mateus, entre outros. Já na Sala de Provas da Viniportugal, no Palácio a Bolsa, haverá duas “Provas Especiais”, momentos que além dos vinhos e dos sabores contarão com oradores convidados como Manuel Carvalho, Nuno Cancela de Abreu e Osvaldo Amado. A iniciativa inclui a ‘Dão a Copo’ que teve início a 15 de Abril, prolongando-se até 30 de Abril, organizada em conjunto com os restaurantes aderentes da área envolvente: rua das Flores, largo de São Domingos e rua Mouzinho da Silveira. O presidente da CVR, Arlindo Cunha, espera que este evento ajude os apreciadores a “redescobrir” os vinhos do Dão. O responsável recorda que a região cresceu 18% no volume de vendas nos últimos três anos, tendo certificado 15 milhões de litros de vinhos. “Mais do que nunca fazemos justiça à nossa condição de berço destas castas nacionais notáveis. A diferenciação, a elegância e a vocação gastronómica

dos vinhos do Dão está a afirmar-se”, refere Arlindo Cunha. Já o presidente da Câmara de Viseu concelho que marca 2017 como o seu “Ano Oficial” - diz acreditar que este concelho “está no ponto ideal para ser redescoberto como destino turístico de excelência”. “O ‘boom’ turístico de Portugal reclama iniciativas como esta e a afirmação de destinos complementares”, refere o autarca Almeida Henriques, destacando os atributos históricos e patrimoniais, vinhateiros e ambientais de Viseu. No convite para a “Dão Invicto”, a organização aponta que Viseu registou nos últimos três anos uma “tendência de crescimento no número de dormidas”: 13% em 2014, 18% em 2015 e aproximadamente 20% em 2016, atingindo um volume aproximado de 170 mil dormidas. “Em 2017, o Município acalenta a expectativa de chegar aos 200 mil hóspedes”, refere a informação da organização que promete levar de Viseu até ao Porto um conjunto de tecnologias virtuais turísticas com experiências “imersivas”, nomeadamente o projeto ‘VIKE’ e a APP Viseu 360º. 15


Comissão Vitivinícola promover acção de promoção

Região de Trás-os-Montes mostra a excelência e diversidade dos seus vinhos

A

Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM) promoveu uma acção de promoção, chamando a imprensa especializada, a quem deu a conhecer a região e a excelência dos seus vinhos. Com 94 agentes económicos, dos quais 45 a engarrafar vinho certificado, a região vitivinícola de Trás-os-Montes divide-se em três sub-regiões (Planalto Mirandês, Valpaços e Chaves), o que lhe confere diversidade, mas também o carácter do seu terroir. Depois dos anos em que a aposta passou pela reconversão de vinhas antigas e a plantação de novos vinhedos, chegou a altura da região se redescobrir. A redescoberta do potencial das centenas de hectares de vinhas antigas ainda existentes, e o material vegetativo que as mesmas contêm, levam a que hoje os produtores olhem para as mesmas com uma visão diferente e que pode ser a grande alavanca diferenciadora dos vinhos desta região. Esta é também a visão da CVRTM. O seu presidente, Francisco Pavão, em entrevista à Gazeta Rural, defende essa aposta, numa altura em que os maiores desafios ainda estão para vir e que passam pelos produtores investirem na reestruturação das vinhas e das adegas, mas também na promoção e na sensibilização do consumidor para a excelência e diversidade dos vinhos de Trás-os-Montes. É que, segundo Fran16

cisco Pavão, “a região nunca conseguirá produzir volume, mas pela diferença e qualidade dos seus vinhos”. Gazeta Rural (GR): O que pretendeu a CVRTM com esta acção? Francisco Pavão (FP): Sobretudo dar a conhecer a região, não tanto numa perspectiva de mostrar as adegas ou os produtores, mas sim mostrar a região do ponto de vista genérico. Começou com uma visita à Sub-região do Planalto Mirandês, onde pudemos ver as vinhas velhas, o sistema de condução e os vinhos de altitude. Temos vinhas entre os 200 e os 700 metros de altitude e, desta forma, dar a conhecer a nossa realidade. Passámos pela região de Valpaços, onde foi possível dar a conhecer o perfil da vinha, mas também os lagares milenares escavados na rocha, mostrando aquilo que é ancestral. Tivemos uma prova técnica de vinhos, que puderam ser degustados num jantar com todos os produtores, podendo, desse modo, perceber o seu perfil. Terminámos na Sub-região de Chaves, com a visita a alguns produtores e um almoço onde foi possível apreciar os vinhos desta sub-região. Deste modo, pretendemos dar uma apreciação genérica do que é a região, focalizada em três questões que julgo muito importantes, que quisemos divulgar com esta iniciativa, e que são a história e tradição; a paisagem e as vinhas

e os vinhos e a gastronomia de Trás-os-Montes. Com este evento queremos divulgar os nossos vinhos, a nossa gastronomia e convidar as pessoas a visitar Trás-os-Montes, a conhecer as nossas paisagens, conhecer os nossos vinhos e a nossa gastronomia. GR: Uma das questões aflorada prende-se com o facto de se verificar o abandono de algumas vinhas velhas e a perda de algum material genético, que pode ser diferenciador da região? FV: Para a CVRTM, aquando da reforma da PAC, defendemos que houvesse uma valorização das vinhas velhas tradicionais, de modo a evitar o seu desaparecimento, tal como acontece com o olival tradicional. A presença da comunicação social neste evento foi, também, importante nesse sentido, para que não se deixem morrer as vinhas velhas e mantê-las como efectivo da diferenciação dos vinhos da região. Essas vinhas têm mais custos culturais, mas traduzem em si a excelência e a diversidade que os nossos antepassados fizeram. Se em todo o mundo se está apostar nas vinhas velhas e se em Trás-os-Montes temos centenas de hectares, temos que as manter. Para nós, enquanto Comissão, procuramos trazer a investigação universitária. Nesse sentido, temos um projecto www.gazetarural.com


com a UTAD para as três sub-regiões, para se perceber que castas existem nas vinhas velhas e qual o seu potencial, de modo a que as possamos replicar, mas sobretudo valorizá-las, pagando-as de uma maneira diferenciada. Todos sabemos que os vinhos produzidos com uvas de vinhas velhas são de excelência e nós queremos que isso se traduza no retorno económico aos produtores que as vão mantendo para que consigam a sua sustentabilidade. GR: Alguns produtores lamentam que tenham feito reconversão de algumas vinhas velhas. Isso traduz essa vontade de mudança? FP: Ocorreu nos últimos 10 anos uma aposta forte na vinha, com novas plantações à custa de vinhas velhas. Desde que a CVRTM existe, sempre se apelou aos produtores para que mantivessem uma parte das vinhas velhas. Hoje em dia têm consciência de que tínhamos razão e estão a apostar na recuperação dos vinhedos antigos, que abundam por toda a região. Temos um grande potencial de produção de vinhos a partir de vinhas velhas e é importante que isto seja feito de uma maneira sustentável, de modo a possamos garantir a sua permanência, enquanto viticultura tradicional. GR: Como vê o crescimento da região nos últimos 10 anos? Aproximou-se das grandes regiões? FP: Em termos de notoriedade, estamos a conseguir atingi-la, fruto do trabalho dos produtores. O nosso papel, enquanto CVR, é promover os vinhos, mas tem havido uma enorme esforço dos produtores em produzir cada vez com mais qualidade e apostando nas nossas castas tradicionais, como a tinta amarela, o bastardo, que são uma garantia e diferenciadoras do ponto de vista do mercado. Com isto, temos obtido prémios a nível nacional e internacional. Há 15 anos havia meia dúzia de produtores, hoje temos 94 agentes económicos na região, temos 45 a engarrafar vinho certificado, o que mostra que neste momento há um grande potencial e diversidade. Esta é uma região que nunca conseguirá volume, mas chega ao mercado pela diferença e pela qualidade dos seus vinhos.

tinadas à restauração em cada um dos municípios da região e vamos promover mais seis até final do ano. Nessas acções damos formação sobre vinhos e, sobretudo, o que são os vinhos de Trás-os-Montes. Depois podem contactar com os produtores que se queiram inscrever nestas acções. Queremos crescer do ponto de vista da notoriedade não só fora, mas também dentro da região. Também queremos que a região sinta e abrace aquilo que são os produtos de qualidade de Trás-os-Montes, como o folar de Valpaços, o azeite, os enchidos, a castanha, a amêndoa e onde o vinho, naturalmente, se inclui. O que pretendemos é criar sinergias para a promoção conjunta de uma região de excelência, como é Trás-os-Montes, bem como os seus produtos. Com isto, queremos também incentivar os restaurantes locais. Não basta vender uma carne certificada, mas é preciso que esta venha acompanhada por um vinho desta região. É muito importante que consigamos crescer na nossa restauração local. GR: Consegue antecipar o será esta região nos próximos anos? FP: Os próximos anos, a curto prazo, são os mais desafiantes e que passa pelos produtores investirem na reestruturação das suas vinhas e das adegas, já que neste momento estão com a preocupação na parte comercial. Temos que, a curto prazo, investir imenso na promoção e na sensibilização do consumidor para a excelência e diversidade dos vinhos de Trás-os-Montes. Este é o nosso desafio. O desafio maior nunca é produzir, mas sim ven-

der e recuperar o investimento daquilo que é o trabalho durante nove meses no campo, que não termina na vindima, mas apenas quando o vinho chega ao mercado. Esse é o grande desafio. GR: Por onde andam os vinhos de Trás-os-Montes? FP: Hoje andam em todo o mundo, quer em presença física quer no coração dos transmontanos. Temos vinhos à venda no Brasil, em Angola, nos Estados Unidos, Canadá, no mercado europeu, mas também na China.

GR: Os produtores estão cientes desse papel? FP: Penso que sim. A nossa função é alertá-los e congregá-los numa mesma vontade. Para lhe dar um exemplo, este ano já fizemos quatro acções deswww.gazetarural.com

17


Inscrições terminam a 21 de Abril

Concurso Vinhos de Portugal é “passaporte” para presença em eventos internacionais

O

s vinhos distinguidos com as Medalhas Grande Ouro e Ouro no Concurso Vinhos de Portugal, uma iniciativa da ViniPortugal, terão presença garantida em eventos internacionais de excelência a realizar em 2017 como a ProWine Shanghai, a Vinexpo Bordéus, a Campus Hamburgo e as Provas de Zurique, Chicago, Nova Iorque e Luanda. O esforço desenvolvido pelos produtores nacionais na busca da qualidade será premiado pela ViniPortugal com a oportunidade de promoverem os seus vinhos junto de potenciais clientes, influenciadores, decisores e jornalistas internacionais. Ao longo de 17 eventos, realizados em países distintos como China, França, Alemanha, Estados Unidos, Suíça ou Angola, os vinhos medalhados no Concurso Vinhos de Portugal estarão em destaque com a realização de apresentações, seminários, provas, acções de relações públicas e acções com chefs nas quais serão usados exclusivamente estes vinhos portugueses. Para ter uma oportunidade de marcar 18

lugar nestes eventos, os produtores interessados devem inscrever os seus vinhos no concurso até 21 de Abril, data em que termina a fase de inscrição no Concurso Vinhos de Portugal. Após esta data a organização poderá ainda aceitar inscrições, até 28 de Abril, estando a inscrição sujeita a uma penalização. Todos os pormenores relativos aos passos de inscrição e custos associados estão disponíveis para consulta no site do evento, em www.concursovinhosdeportugal.pt. À semelhança das edições anteriores, o Concurso Vinhos de Portugal é composto por dois momentos distintos. De 15 a 17 de Maio, no CNEMA, em Santarém, realizam-se as sessões técnicas de provas, durante as quais cada vinho será apreciado em prova cega por um júri composto por seis elementos qualificados, dos quais pelo menos dois serão estrangeiros. No total 30 especialistas de renome internacional marcarão presença no CNEMA para avaliação dos vinhos.

Após esta fase, o Grande Júri, composto por jurados de referência internacional, reunido em Arraiolos, vai escolher os grandes vencedores do Concurso Vinhos de Portugal, atribuindo as medalhas Grande Ouro e os Melhores do Ano. Este ano o Grande Júri é composto por reputados especialistas internacionais que ditam tendências do sector como Evan Goldstein (EUA), Dirceu Vianna Junior (Brasil e Reino Unido), Hiroshi Ishida (Japão), Sara Ahmed (Reino Unido) e por Bento Amaral e Luís Lopes em representação de Portugal. A gala de entrega de prémios vai realizar-se no dia 19 de Maio no Convento de Arraiolos. O Concurso Vinhos de Portugal afirma-se cada vez mais como um ponto de encontro e de troca de experiências entre produtores e especialistas nacionais e internacionais e um barómetro da aposta realizada no país para a produção de vinho de qualidade com vista à sua afirmação nos mercados de exportação enquanto produtos de excelência. www.gazetarural.com


Três brancos e dois rosés a somar aos 10 já existentes

Espumantes Baga Bairrada com uma mão-cheia de novidades

O

ano de 2017 está a ser de feição para a categoria Baga Bairrada. São cinco os novos espumantes, três brancos e dois rosados, que elevam a 15 o portefólio de um projecto pensado e formalizado pela Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB), em meados de 2015. As novidades dão por nome de ‘Íssimo Baga Bairrada Blanc de Noirs Bruto 2013’, ‘Ribeiro de Almeida Baga Bairrada 2015’, ‘Prior Lucas Baga Bairrada Blanc de Noirs Bruto 2015’, nos brancos; ‘Prior Lucas Baga Bairrada Bruto 2015’ e ‘São Domingos Baga Bairrada 2015’, nos rosés. Em comum têm a presença a 100% da casta rainha da Bairrada, a Baga, e o chamado “método clássico” de espumantização. Os sinais são claros, pois a Bairrada continua a crescer e a demonstrar uma vez mais o seu potencial para criar projectos e momentos únicos para a região. Na base desta mudança de paradigma está a estratégia diferenciadora adoptada nos últimos anos pela CVB, que através de diversas iniciativas tem apoiado os produtores da região a desenvolver novas ideias e novos produtos. O cluster Baga Bairrada, que pressupõe colocar os espumantes num patamar de elevada qualidade, é sem dúvida um dos melhores exemplos de valorização da região bairradina. Um projecto que ano após ano tem vindo a crescer com a entrada de novas referências que prezam a identidade da sua casta rainha, a Baga. Íssimo Baga Bairrada Blanc de Noirs Bruto branco 2013 – Caves Arcos do Rei PVP: €10,00 • Álc.: 12,0% • Acidez Total: 6,8g/l • pH: n.a. Um espumante natural que aproveita ao máximo as características da casta Baga, que faz dele um espumante limpo, de bolha muita fina e sabor persistente. Só ao alcance dos melhores espumantes, este ‘Baga Íssimo Baga Bairrada Blanc de Noirs 2013’ apresenta notas tostadas, fruta branca bem madura e frutos secos. Uma complexidade aromática onde sobressai a estrutura e volume, com excelente equilíbrio em acidez, que lhe confere uma grande versatilidade gastronómica. Um espumante para acompanhar pratos de peixe e de carne, ou simplesmente para se apreciar a solo por exemplo como aperitivo. www.gazetarural.com

Ribeiro de Almeida Baga Bairrada branco 2015 – Ribeiro de Almeida, Lda PVP: €7,00 • Álc.: 12,5% • Acidez Total: 6,34g/l • pH: n.a. É um espumante límpido, de aromas persistentes e bolha fina com uma cor blush muito ligeira. Uma sugestão que prima pela boa acidez, equilibrada entre os aromas frutados. Para servido entre os 10-12.º, é uma proposta com excelente versatilidade no que toca aos momentos de consumo. Prior Lucas Baga Bairrada Blanc de Noirs Bruto branco 2015 – In Vino Prior Lucas PVP: €9,00 • Álc.: 12,0% • Acidez Total: 7,94g/l • pH: 3,02 A história da casa que lhe dá nome remonta ao século XIX. Um legado agora engarrafado em forma de espumante Baga Bairrada; uma paixão aqui demonstrada em tons citrinos com nuances rosadas, mostrando o fulgor da casta Baga que lhe dá origem. Um espumante vibrante de efervescência fina, onde sobressaem sabores a flor de laranjeira e compotas complexados posteriormente por aromas tostados. Ó aroma limonado dá-lhe a sensação de frescura necessária e torna-o um espumante bastante harmonioso para degustar a solo. Prior Lucas Baga Bairrada Bruto rosé

2015 – In Vino Prior Lucas PVP: €9,00 • Álc.: 12,0% • Acidez Total: 7,94g/l • pH: 3,02 Seguindo, tal como as restantes referências, o “Método Clássico”, é um espumante de cor rosa bem definida e bolha fina. Nos aromas predominam os morangos silvestres, que lhe dão a estrutura e acidez própria de um espumante rosé. No copo revela-se vibrante e fresco, com um sabor bastante macio. Uma excelente sugestão para estar à mesa ou para apreciar enquanto aperitivo. São Domingos Baga Bairrada rosé 2015 . Caves São Domingos PVP: €6,5 • Álc.: 12,0 % • Acidez Total: 7,31g/l • pH: 3,16 A Caves São Domingos foi um dos produtores pioneiros deste projecto. Se no lançamento a proposta foi um branco, chega agora a hora de lançar o seu Baga Bairrada rosé. Assim, passam ao ser três, com o ‘Aliança Baga Bairrada Reserva Bruto’ a encetar a cor rosada destes espumantes. Rico em notas de framboesa, marmelo e ligeiro mineral, o ‘São Domingos Baga Bairrada rosé 2015’ é bastante frutado e fresco, ideal para finais de tarde de Verão numa esplanada ou como acompanhamento nas entradas. Produzido a partir do “Método Clássico” encontra o equilíbrio perfeito de riqueza, sabor e elegância, tornando-o muito atractivo e gastronómico. 19


Na gala comemorativa do 10º aniversário

AMPV vai homenagear os municípios fundadores

H

á 10 anos atrás, na manhã do dia 30 de Abril, no Auditório do Museu Rural e do Vinho do Cartaxo, era constituída a Associação dos Municípios Portugueses do Vinho (AMPV). Nesse mesmo dia, à tarde, decorria a tomada de posse da primeira direcção, no Centro Cultural do Cartaxo, local que agora, uma década depois, irá acolher a Gala do 10º aniversário da AMPV. A Gala que irá ter lugar no próximo dia 30 de Abril será o momento alto das comemorações do 10º aniversário da associação. Além da música, proporcionada pelo grupo Coimbra Gospel Choir, esta será também uma noite que convida a trazer ao

presente muitas memórias, designadamente aqueles que há 10 anos atrás acreditaram no futuro de uma associação que valorizasse, promovesse e desenvolvesse parcerias e projectos em rede em torno de um imenso património ligado ao vinho. Num gesto de reconhecimento, a AMPV irá assim lembrar e homenagear, no próximo dia 30 de Abril, os 18 municípios que há 10 anos fundaram a AMPV. São eles Arruda dos Vinhos, Bombarral, Borba, Cadaval, Cantanhede, Cartaxo, Gouveia, Lamego, Mealhada, Moura, Palmela, Peso da Régua, Ponte da Barca, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Santa Marta de Penaguião, Sousel e Vidigueira.

SEMINÁRIO Apicultura e Agricultura O VALOR DA POLINIZAÇÃO Alcobaça 29 Abril’17 | Auditório da Biblioteca Municipal Programa 14:00H – Abertura secretariado. 15:00H – Reprodução das Plantas Polinização Entomófila. (CFE | Department of life Sciences, Universidade de Coimbra).

15:30H – A Polinização em Fruteiras (INIAV). 16:00H – PoliMax – Promoção e aumento da eficiência da Polinização Entomófila em Macieiras, Pereiras e Cerejeiras (COTHN). 16:30H – Apicultura na União Europeia (FNAP). 17:00H – Debate. 18:00H – Sessão de Encerramento. 18:30H – Lanche Networking. As Inscrições são gratuitas, mas de carácter obrigatório: geral@aarleiria.com (nome e contacto)

Organização

20

ASSOCIAÇÃO DE APICULTORES DA REGIÃO DE LEIRIA, RIBATEJO E OESTE

Colaboração

Apoios

www.gazetarural.com


A 22 de Maio, no Solar do Dão

Dão Primores mostra colheita de 2016

N

uma iniciativa da Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVRD), terá lugar a 22 de Maio mais uma edição do Dão Primores, destinado a apresentar aos profissionais do sector (distribuição, restaurantes e crítica em geral), os vinhos da última campanha. Encruzado entre 12 uvas dignas de ser descobertas

ANUNCIO ARRIOSTA_SELECTIS_210x140_AF.pdf

1

27/03/17

O jornalista Eric Asimov, colunista do jornal norte-americano The New York Times, escreveu um artigo sobre 12 uvas únicas do mundo inteiro. Viajando pela região da Califórnia, França, Alemanha, Itália, Grécia e Portugal. De entre diversas uvas tintas e brancas encontra-se a uva branca Encruzado. Sobre a uva Encruzado ele comenta: “Esta uva rara explica alguns dos melhores vinhos brancos da região do Dão, no norte de Portugal, um país muito mais conhecido pelos tintos. Nas mãos de bons produtores como a Quinta do Perdigão, a Casa de Mouraz e a Quinta das Marias, o encruzado faz um vinho à base de plantas, terroso, picante, com uma intrigante nota amarga que perdura. Ele é refrescante, surpreendentemente saboroso e vale a pena provar.” Eric Asimov refere que a obscuridade no mundo do vinho pode mudar repentinamente. Mostrando que em 2012 tinha apresentado uma lista de uvas pouco conhecidas, descrevendo-as como esotéricas, uma delas a uva Mencia. Volvidos 5 anos estas uvas já estão firmemente estabelecidas no conhecimento dos enófilos. O jornalista ainda deixa a interrogação de quem sabe se até 2020 as castas desta nova lista já não estejam nas bocas do mundo. 14:21

www.selectis.pt

C

NOVO

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

ARRIOSTA

SEGURE A VINHA CONTRA O OÍDIO! Utilize os produtos fitofarmacêuticos de forma segura. Leia sempre o rótulo e a informação relativa ao produto antes de o utilizar.

www.gazetarural.com

21


Escola Superior Agrária de Coimbra recebeu 150 alunos

APH forma futuros engenheiros agrónomos em 24H Agricultura

F

oram 24 horas non stop, em que os futuros agrónomos vindos de todo o país, e também de Espanha, testaram conhecimentos em cerca de 30 provas tão diferentes como calibrar um pulverizador, calcular a área da parede foliar num pomar, montar um sistema de rega, calcular o arraçoamento de bovinos ou negociar financiamento para uma exploração agrícola. Da Escola Superior Agrária de Coimbra 150 alunos saíram mais ricos em competências técnicas e rede de contactos para a vida profissional, apesar do cansaço! Já lhe chamam a maior maratona agrícola do mundo e, apesar da ausência de registo no Livro de Recordes do Guiness, é desta forma que participantes e organizadores sentem e vivem as 24H Agricultura Syngenta, um evento cheio de adrenalina, que exige concentração, conhecimento, trabalho de equipa, gestão de tempo e de stresse e sobretudo resistência, como qualquer maratona. Nesta segunda edição a estória desenrolou-se a partir de uma premissa que orientou toda a competição. Domingos Almeida, presidente da Associação Portuguesa de Horticultura (APH), deu o mote no início do dia: “A partir deste momento, deixam de ser estudantes e passam a ser quadros 22

técnicos do Chalé do Bispo, empresa familiar que se dedica à fruticultura, horticultura e pecuária e que em 2015 facturou 2, 5 milhões de euros. No entanto, no último ano, surgiram rumores sobre a estabilidade financeira da empresa e todas as decisões que tomarem a partir de agora devem ter em conta este facto”. Seguiram-se cerca de 30 provas, entre desafios teóricos e práticos que foram acontecendo ao longo das 24 horas. As provas práticas concentraram-se ao longo do dia, no campo, e as provas teóricas foram divididas entre o período diurno e nocturno no quartel-general do evento, um antigo armazém adaptado à competição. O aquecimento começou com o desafio de escrever um artigo técnico sobre a Agricultura de Precisão, o tema desta edição das 24H Agricultura Syngenta. O primeiro contacto com as novas tecnologias surgiu através de uma curta formação sobre a plataforma informática Geofolia, da Isagri, repositório de toda a informação necessária à gestão de uma exploração agrícola acessível via smart phone. Munidos da aplicação informática, os estudantes foram convidados a pôr as mãos na terra, com uma prova de plantação de alfaces (cedidas pela Germiplanta) e instalação de um sistema de rega da Magos Irrigation

Systems. Ao lado, a Tecniferti lançava as bases teóricas para uma prova sobre fertilização de precisão, tecnologia em que é pioneira em Portugal. Ainda na manhã do primeiro dia, os estudantes foram desafiados pela Syngenta a detectar a doença presente num pomar de pessegueiros e a medir a parede de área foliar, informação essencial para calcular a quantidade de fungicida e o volume de calda a aplicar. Enquanto isso, outras equipas aprendiam mais sobre os critérios de avaliação da qualidade de framboesas para exportação, a convite da Hubel Agrícola, um dos maiores produtores nacionais deste pequeno fruto. Seguiram-se a prova de utilização e conhecimento de máquinas e alfaias agrícolas, com o apoio da Herculano Alfaias Agrícolas, a prova de inspecção de pulverizadores, obrigatória por lei desde 2016, e o roteiro de calibração de um pulverizador. Estas últimas da autoria da Syngenta, John Deere e Pulverizadores Rocha. Através da aplicação My John Deere os estudantes contactaram com plataformas de agricultura de precisão ligadas aos tractores da marca através do sistema ISOBUS, e puderam aceder em Coimbra ao que se passava num campo da Golegã. O momento da crise chegou à hora do jantar. Os concorrentes souberam www.gazetarural.com


que a empresa familiar Chalé do Bispo estava em vias de falência e foram convidados a tomar decisões para evitar tal desfecho. As provas sucederam-se, como a colheita urgente ou não face ao limar de rentabilidade; briefing com a Agrogarante sobre custos do financiamento e garantia bancária para compra de parcelas agrícolas; plano de negócios; negociação de compra. Já com a noite bem avançada, foram introduzidas novas dinâmicas práticas na competição para manter os concorrentes alerta: um pedi-paper de hora e meia pelo campus da ESAC; uma inopinada conferência de imprensa para testar as suas capacidades de comunicação; um desafio de networking em que as equipas foram desafiadas a juntar-se em consórcio e ainda duas provas da Syngenta, sobre armazenamento seguro de produtos fitofarmacêuticos e identificação e escolha de bicos de pulverização. Pelo meio, o convívio, a entreajuda, a gestão do tempo e do cansaço tornaram mais uma edição das 24H Agricultura Syngenta inesquecíveis para todos os que nela participaram. Os vencedores serão anunciados a 22 de Abril, numa cerimónia a realizar na ESAC, coincidindo com as comemorações dos 130 anos desta instituição de ensino. Promotores satisfeitos Para Domingos Almeida, “a APH voltou a proporcionar a 150 alunos do ensino agrário português, e pela primeira vez também a alunos espanhóis, uma experiência pedagogia disruptiva. Este ano o valor agrícola de nova geração foi estimulado através das tecnologias da agricultura de precisão e de exactidão. Os concorrentes experienciaram a revolução tecnológica da nossa agricultura através de provas técnicas e comportamentais e de teste às suas capacidades sistémicas e conceptuais. É desta forma que a APH, junto com 11 empresas que estão a gerar inovação no sector agrícola, está a ajudar os futuros engenheiros e técnicos agrónomos a transitar para a vida activa”, referiu o presidente da APH. Por sua vez Diogo Rita, da Associação Internacional de Estudantes de Agricultura e Ciências Relacionadas (IAAS Portugal), diz que as 24H Agricultura Syngenta “provam que existe uma renovação de gerações na agricultura e que podemos contar com os jovens. O balanço final é muito positivo. É um grande evento que a IAAS Portugal quer continuar a co-organizar nos próximos anos”, www.gazetarural.com

“É muito gratificante perceber que existe em Portugal uma futura classe profissional agrícola composta por pessoas interessadas e motivadas, que nos permitem antever um futuro positivo para este sector da economia, afirmou Filipe Ferreira, partner da SFORI, empresa de formação experiencial, que espera “fazer mais edições das 24H Agricultura Syngenta e que no mínimo corram tão bem como esta”. Já João Noronha, presidente da ESAC, congratulou-se com a realização do evento, afirmando que “foi com imenso prazer que a Escola Superior Agrária de Coimbra aceitou o desafio da APH para ser anfitrião da edição 2017 das 24H Agricultura Syngenta, coincidindo com o ano em que a ESAC comemora 130 anos”. Um evento promotor da inovação na agricultura As palavras dos patrocinadores não deixam dúvidas quanto à importância deste evento para as suas empresas e respectivas marcas, bem como a mais-valia para os alunos e para o sector. “O formato deste evento é muito inovador e está alinhado com à estratégia global da Syngenta rumo a uma Agricultura Sustentável. Todas as provas que desenvolvemos nesta edição visam promover as Boas Práticas Agrícolas no que respeita ao manuseamento e aplicação dos produtos fitofarmacêuticos, que é a melhor forma de colmatar a crescente retirada do mercado europeu de soluções para protecção das culturas. O balanço desta edição das 24H Agricultura Syngenta é muito positivo, os estudantes mostraram empenho e interesse em aprender as novas tendências da agricultura de precisão”, afirmou António Howorth, da Syngenta. Já Nuno Inácio, da empresa J. Inácio, distribuidor da marca John Deere, salientou “o entusiasmo de todos estes jovens participantes. Orgulha-nos estar pelo segundo ano consecutivo associados às 24H Agricultura Syngenta. Além de quatrotratores, trouxemos a plataforma My John Deere onde os estudantes contactaram com sistemas e plataformas de agricultura de precisão ligadas aos nossos tractores através do sistema ISOBUS. O saldo do evento é francamente positivo”. Também Marco Vieira, da Herculano Alfaias Agrícolas, destacou a importância do evento, referindo que “foi com enorme prazer que a Herculano apoiou as 24H Agricultura Syngenta, evento dinamizador dos estudantes de hoje e potenciador dos futuros activos

no sector agrícola do amanha. Com provas bastante bem conseguidas e dinâmicas, tornado este evento singular e oportuno”. Pelo segundo ano consecutivo a Rocha Pulverizadores associou-se às 24H Agricultura Syngenta. “Damos os parabéns à organização pela forma exemplar como decorreu. O convívio com esta nova geração de futuros técnicos e engenheiros é maravilhoso e é uma ligação fundamental ao futuro da nossa agricultura”, salientou Zeferino Sousa, da Rocha Pulverizadores. A Hubel Verde e a Hubel Agrícola associaram-se pelo segundo ano consecutivo a esta importante iniciativa, “no sentido de promover a inovação na agricultura, que está no ADN das nossas empresas, e de promover o desenvolvimento de competências dos futuros técnicos e engenheiros agrónomos, tendo especial importância a Agricultura de Precisão para maximizar a rentabilidade dos agricultores e reduzir o risco, afirmou Ricardo Vargues, Grupo Hubel. Carlos Oliveira, da Agrogarante, referiu que “esta é uma iniciativa bastante interessante e congratulamos a organização pelo esforço de aproximar os estudantes ao mercado de trabalho. A participação da Agrogarante, como entidade facilitadora de acesso ao crédito, visou divulgar aos futuros técnicos e empresários agrícolas como a ele poderão ter acesso”. Por último, Jorge Caleça, da Magos Irrigation Systems, referiu que esta empresa “procura estudantes em fim de curso com qualificações para trabalhar no sector da rega e considera que as 24H Agricultura Syngenta são o local ideal para contactar com os futuros técnicos e engenheiros do país”. 23


Segundo um estudo do Instituto Superior de Agronomia

O medronheiro está em risco em Portugal

O

s medronheiros estão em risco em Portugal, conclui um estudo coordenado por uma investigadora do Instituto Superior de Agronomia, que recomenda uma estratégia de conservação baseada na diversidade genética e uma cuidadosa transferência de sementes. Os autores do estudo, coordenado por uma investigadora do Centro de Estudos Florestais (CEF) do Instituto Superior de Agronomia (ISA), recomendam uma estratégia de conservação da espécie baseada na diversidade genética dos medronhais e uma “cuidadosa transferência de sementes dentro das regiões geneticamente homogéneas”. No alerta deixado no artigo publicado na revista científica PLUS ONE, os autores dizem que foram detectadas em Portugal três zonas de medronheiro homogéneas do ponto de vista genético e distintas umas das outras [norte, centro e sul] e que foi encontrado um medronhal perto da Serra de São Ma24

mede “muito diferente dos outros estudados”. Além de reconhecerem que os recursos genéticos do medronheiro estão em risco em Portugal, os autores deixam alguns alertas, nomeadamente aconselhando a que, para se constituírem novos povoamentos de medronheiro, a semente seja recolhida dentro das regiões homogéneas. “Não devem ser trazidas, por exemplo, sementes do sul para o centro do país. Foi o que aconteceu com o pinheiro bravo em Portugal”, refere uma nota do CEF, lembrando que um estudo feito pela mesma investigadora demonstrou que” a florestação feita em larga escala com penisco de origem desconhecida apagou completamente a pegada genética nesta espécie”. “Não deve, por isso, ser usada semente de origem desconhecida”, reforça. Os investigadores recomendam ainda que o uso de clones seja feito dentro das regiões homogéneas e que na po-

pulação de melhoramento dos medronhais sejam introduzidos os exemplares com maior diversidade genética. Já as populações que mais se diferenciam e as mais diversas, do ponto de vista genético, devem ser consideradas para conservação, “devido ao impacto do futuro aquecimento global, ao aumento previsto de fogos florestais, à fragmentação do coberto vegetal do território e ao processo de domesticação em curso”, sublinha o ISA. O artigo publicado na PLUS ONE refere ainda que o medronheiro tem vindo a ter muita procura pelos produtores florestais devido à produção de fruto e às suas múltiplas aplicações, para além da produção de aguardente. “No entanto, as florestas mediterrâneas são ecossistemas frágeis e vulneráveis ao recente aquecimento global, com consequências a médio e a longo-prazo de aumento da aridez e das áreas ardidas pelos fogos florestais”, acrescenta. www.gazetarural.com


Num investimento de cerca de 500 mil euros

Miranda do Douro cria centro de estudo e produção de cogumelos

O

município de Miranda do Douro, no distrito de Bragança, vai investir perto de meio milhão de euros numa estrutura para estudo e produção de cogumelos, disse a vereadora Anabela Torrão. A construção do denominado ‘Ecocentro Micológico Terras de Miranda’ arranca no início de Junho e, segundo a autarca, trata-se uma estrutura “inovadora”, dada a sua vertente científica. “Aproveitando a diversidade e riqueza micológicas do território, elaborámos um projecto diferenciador, direccionado não só para a interpretação das espécies de cogumelos, mas apostando também numa vertente de formação e investigação e produção das espécies existentes, com o objecwww.gazetarural.com

tivo de potenciar a produção e utilização”, disse a vereadora de Miranda do Douro. O projecto é financiado por fundos do programa comunitário Norte 2020, e conta com o apoio científico da Universíada de Valladolid, em Espanha e da Associação Micológica ‘A Xixorra’. O novo espaço será composto de uma sala de interpretação interactiva, um laboratório e sala de experimentação e ainda um centro de produção. “No centro de produção iremos testar as melhores condições para o desenvolvimento da micologia, com particular incidência na trufa, já que este cogumelo de qualidade superior abunda em algumas zonas do concelho”, adiantou Anabela Torrão.

O novo centro micológico será implantado no Parque Fluvial do Rio Fresno, junto à cidade de Miranda do Douro e terá uma “forte componente interactiva”, segundo a vereadora. “Estamos localizados numa zona rural, abrangida por um parque natural e pela Reserva da Biosfera da Meseta Ibérica, com condições edafoclimáticas óptimas para a micologia e para a cultura das trufas”, enfatizou. Nos últimos anos a apanha de cogumelos silvestres comestíveis deixou de ser uma actividade familiar de escassa importância, para se tornar, de acordo com a autarquia, num aproveitamento natural que move a cada ano milhares de toneladas de produto comercializado e vários milhares de euros. 25


Já não se come só durante a quadra pascal

Folar de Valpaços tornou-se numa oportunidade de negócio para produtores

O

folar da Páscoa tornou-se numa oportunidade de negócio para produtores de Valpaços que, de forma tradicional ou industrial, já confeccionam esta iguaria durante todo o ano e até já exportam para os emigrantes. O folar, uma espécie de bolo de carnes, é presença obrigatória na mesa dos transmontanos durante a celebração da Páscoa e foi também a atracção principal da feira que decorreu em Valpaços, distrito de Vila Real. As vendas deste produto têm aumentado nos últimos anos, já se fazem durante todo o ano e a recente atribuição de Indicação Geográfica Protegida (IGP) é encarada como uma oportunidade que abrirá novas portas à comercialização. Em Valpaços, há folar industrial e tradicional, produzido pelas padarias ou em fornos de particulares, que aproveitam para irem fazendo algum rendimento extra. Conceição Moutinho é proprietária de uma padaria em Argeriz que dá trabalho a 14 pessoas durante o ano inteiro e, na altura da Páscoa, reforça com mais oito pessoas. “Já vendemos folar o ano inteiro aqui no concelho, mas também para o Porto, Lisboa e até para o estrangeiro”, afirmou. Esta oportunidade de negócio foi impulsionada pela feira, há 19 anos. Conceição Moutinho explicou que o certame serviu para estabelecer contactos e que, agora, as vendas são diárias e as encomendas chegam de vários pontos do país e até do estrangeiro. “Fazemos alguma venda para o exterior, mas praticamente para transmontanos que trabalham tanto na Suíça como na França. Os emigrantes fazem a encomenda previamente e nós despachamos pelas transportadoras”, explicou. Marta e José Monteiro abriram uma padaria e pastelaria em Carrazeda de Montenegro onde produzem folar o ano inteiro, cozido no forno eléctrico. José segue a receita tradicional e garante que o segredo está no “saber fazer 26

bem”. Marta quer expandir o negócio e acredita que a certificação IGP poderá ser uma alavanca que pode ajudar na divulgação e no aumento das vendas. Actualmente, já mandam por correio o folar para vários pontos do país, mas a intenção é conseguir um ponto de venda no Porto ou em Lisboa. Na cidade de Valpaços, Marisa Frade acabou agora de fazer um segundo forno a lenha para aumentar a capacidade de produção de folar. Aprendeu com a mãe uma receita que foi passada de geração em geração e, aqui, a tradição é seguida à risca, desde os produtos, o bater a massa à mão, a levedura até às orações que são feitas enquanto os folares são metidos no forno. Marisa disse que o segredo deste produto está na qualidade dos produtos que usa, tanto do azeite, como dos ovos ou das carnes, como presunto, salpicão ou linguiça. Concilia a produção de folar com o trabalho na câmara e é, nesta altura, que chegam a maior parte das encomendas. Só para a feira faz mais de 200

folares e é tudo vendido. Estas produtoras vão aderir à IGP e são unânimes em defender que a certificação vai ajudar na divulgação do produto. O presidente da Câmara de Valpaços, Amílcar Almeida, disse que o folar de Valpaços “é o único do país” a ter IGP, atribuída em Fevereiro, tratando-se de “um selo de garantia que irá valorizar mais este produto. Este poderá ser comercializado congelado, ultracongelado, cozinhado ou cru. “Se, só por si o folar representava muito para a economia do concelho, a atribuição de IGP irá abrir portas para muitos jovens e fazer chegar este produto aos quatro cantos do mundo”, salientou. No entanto, como a atribuição do IGP é recente, o presidente explicou que o processo vai decorrer durante o próximo ano e que, na edição 2018 da feira, já haverá à venda o folar certificado. Durante os três dias do certame Valpaços recebeu cerca de 100 mil visitantes e um volume de negócios na ordem dos 1,5 milhões de euros. www.gazetarural.com


Depois do sucesso do Cartão de Saúde Municipal

Figueira de Castelo Rodrigo oferece seguro de saúde dentário à população

O

Município de Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda vai disponibilizar, a partir deste mês de Abril, aos habitantes do concelho um seguro de saúde dentário gratuito, anunciou o presidente da autarquia. Segundo Paulo Langrouva, o projecto surge no seguimento da criação, há cerca de dois anos, do denominado Cartão de Saúde Municipal “Figueira Saudável” que permite consultas de medicina geral e de especialidade gratuitas para os munícipes. O autarca adiantou que a nova aposta da câmara é feita após a detecção “de algumas dificuldades a nível de medicina dentária” e não estando esta área “inicialmente inserida no projecto do Cartão de Saúde”. Assim, o município pretende agora fornecer aos residentes um cartão suplementar, que dará acesso a consultas na área da medicina dentária/estomatologia, que envolve um investimento anual da ordem dos 45 mil euros. As consultas deverão ser realizadas “obrigatoriamente em prestadores de serviço localizados no concelho”, excepção feita a tratamentos que por algum motivo ali não se possam realizar, de acordo com a fonte. O autarca, que estava acompanhado pelo presidente da Assembleia Munici-

www.gazetarural.com

pal, Feliciano Martins, e pelo vice-presidente da autarquia, Nelson Bolota, adiantou que o projecto envolverá as três clínicas dentárias existentes na vila de Figueira de Castelo Rodrigo e que cada utente terá direito a cinco actos médicos dentários por ano. A Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo mostra-se preocupada “com o bem-estar dos seus munícipes”, daí a aposta na área da saúde, para “fazer face à falta de alguns profissionais de

saúde públicos”. O Cartão de Saúde Municipal “Figueira Saudável”, que é complementar ao Sistema Nacional de Saúde, possibilita aos habitantes daquele concelho do distrito da Guarda situado junto da fronteira com Espanha, consultas de medicina geral e de especialidade, bem como exames de diagnóstico. O cartão tem actualmente 4.787 utilizadores e, de acordo com Paulo Langrouva, no seu âmbito foram efetuadas até ao momento cerca de 4.500 consultas.

27


Diz Carlos Silva, presidente da Câmara de Sernancelhe

“Temos que começar a vender o interior mais activo e contemporâneo”

O

presidente da Câmara de Sernancelhe defende “uma descriminação positiva para quem escolhe o interior em detrimento do litoral”, sustentando também a ideia de que é necessário mostrar o interior moderno, em detrimento daquilo que foi o passado. Em entrevista à Gazeta Rural Carlos Silva diz que se “transmite uma ideia errada do que se passa no interior”, defendendo ser necessário “começar a vender o interior mais activo e contemporâneo”. Partindo da realização da Expo Jardim e Animais, o edil diz que são necessários “melhores incentivos para que os jovens se fixem no sector primário”, que hoje tem grande importância económica no concelho. Gazeta Rural (GR): A realização da Expo Jardim e Animais, para além de mostrar o sector na região, é uma forma de dinamizar o Expo Salão? Carlos Silva (CS): Também. Mas objectivo principal deste certame é dar oportunidade às pessoas desta região de ver e conhecer algumas espécies, 28

podendo também adquirir alguns produtos ou equipamentos e, uma vez que estamos na altura da primavera, levar algumas plantas para os seus jardins. Ao mesmo tempo pretendemos dar esta dinâmica, uma vez este é um espaço onde se respira cultura nesta área da fauna e da flora, mas é uma forma de movimentar a economia, mas também para que as pessoas saiam de casa e passear um pouco. GR: Este Expo Salão, como dizia o seu vereador, está aberto à região, aproveitando as potencialidades que ele oferece? CS: Sem dúvida. Nós temos essa obrigação, pois o pavilhão é polivalente, com condições extraordinárias em termos acústicos, disponível para qualquer tipo de evento. Aliás, no início de Maio teremos aqui a Expo Saúde e Desporto, com um conjunto de actividades desportivas livres. As pessoas poderão usar os equipamentos, equipados com a mais alta tecnologia para a prática do exercício físico, mas, para além disso, têm também horas marcadas para algumas

actividades, associadas à saúde. Nós temos um projecto, na área da saúde, que vamos desenvolver em conjunto com a Câmara de Penedono e a IPSS de Sernancelhe, que é Unidade de Cuidados Continuados “Aldeias Humanitar”, que pretende levar os cuidados continuados e paliativos às pessoas, criando um género de ‘hospital’ na própria residência. Vamos apresentar este projecto no âmbito da Expo Saúde e Desporto, porque é uma actividade muito interessante, pois aproxima-se a altura do verão em que toda a gente procura uma silhueta diferente. Com isto damos o mote e as pessoas podem aparecer por cá e fazerem algum exercício físico. O Expo Salão tem recebido vários eventos, desde a Festa da Castanha, ao Festival das Sopas, agora a Expo Jardim, a Expo Desporto, entre outros. Como disse, o pavilhão está ao serviço da região, porque não faz sentido andarmos a duplicar investimentos, quando cada vez mais há menos gente, pelo devemos rentabilizar aquilo que temos.

www.gazetarural.com


GR: Como olha para o sector primário do seu concelho? CS: É um sector que se assume cada vez mais como uma referência, pois as nossas populações dependem muito dele. Tem-se modernizado e, nesta fase, começa a ter uma importância grande para a economia do concelho. GR: Tem aparecido jovens no sector? CS: Vamos lá ver, têm que ser criados melhores incentivos para que os jovens se fixem no sector primário. Não há uma

www.gazetarural.com

descriminação positiva para quem escolhe o interior em detrimento do litoral, para além de que se transmite uma ideia errada do que se passa nas chamas regiões de baixa densidade. Se calhar nós também contribuímos para isso, quando fazemos um vídeo, um postal ou um prospecto, passamos a vida a mostrar os rebanhos de ovelhas, que existem, ou as janelas manuelinas, que existem, mas o interior é muito mais que isso. Temos edifícios de alta qualidade, muito modernos, com exposições, hotelaria de grande qualidade, nomeada-

mente os alojamentos locais, que tem coisas fantásticas. Temos que começar nós a colocar na rua e dar a conhecer às pessoas não só aquilo que nos trouxe até aqui, mas mostrar o que temos de bom, que é contemporâneo, para quando as pessoas cá vierem verem algo de diferente. Temos que começar a vender o interior mais activo e contemporâneo, que existe. É uma questão e o saber vender lá fora. GR: Mostrar o interior, atrair gente, mas também dar a conhecer os nossos produtos endógenos e a nossa gastronomia? CS: O nosso país é um destino turístico fantástico, com questões que são determinantes, nomeadamente boas vias de comunicação, um património paisagístico e arquitectónico fantástico, o clima e, naturalmente, a nossa gastronomia, que é única. Quando lemos os comentários feitos sobre os hotéis, nas redes sociais, o destaque vai sempre para a nossa gastronomia. Temos, por isso, essa vantagem, num interior onde ainda há gente, que se dedica à criação de animais, onde a carne tem um sabor diferente, em que os nossos produtos hortícolas são extraordinários, e os restaurantes destas regiões sabem aproveitar essa mais-valia a um preço mais reduzido e ter uma qualidade fantástica. Depois, temos a nossa ruralidade, associada à nossa gastronomia, ingredientes mais que suficientes para atrair pessoas, até porque muitas, hoje, deslocam-se para degustar algo de diferente.

29


Opinião A Reforma (“poucochinha”) da Floresta

A

ntónio Costa cumpriu com a meta que havia anunciado – no dia 21 de Março, por ocasião da celebração do Dia Internacional das Florestas, o Conselho de Ministros reuniu novamente para aprovar o pacote de medidas inscritas na anunciada “Reforma da Floresta”. As expectativas eram altas e justificadas. António Costa, no rescaldo dos devastadores incêndios florestais do verão passado, anunciou que o Governo iria avançar, de imediato, com a Reforma da Floresta. Assim, as medidas agora aprovadas pelo Governo, que foram objecto de uma ampla consulta pública nacional, “vêm responder aos grandes desafios que hoje se colocam à floresta portuguesa”, pode ler-se no Comunicado do Conselho de Ministros. Será? Vejamos no que constam as medidas aprovadas pelo Governo. A reforma proposta assenta em três áreas de intervenção: gestão e ordenamento florestal, titularidade da propriedade e defesa da floresta, nas vertentes de prevenção e de combate aos incêndios - três vectores estruturais importantes para alavancarem o Sector Florestal em Portugal. O Conselho de Ministros Extraordinário de 21 de Março ainda tinha reservado uma surpresa. Tirado da cartola, eis que surge a “Comissão para os Mercados e Produtos Florestais”, com a missão de conciliar estratégias de regulação de mercado dos recursos florestais. As intenções até são boas (e nobres) - a monitorização permanente dos recursos florestais disponíveis e o acompanhamento das condições de mercado existentes, de forma a potenciar uma maior valorização dos produtos florestais e, consequentemente, a rentabilidade obtida com os mesmos. Resta ver, finalmente, o Governo consegue que os mercados florestais deixem de ser uma “zona obscura” da economia... Apesar do empenhamento político do Primeiro-Ministro e do Ministro Capoulas Santos, o consenso em torno desta nova “Reforma da Floresta” está longe de ser alcançado e aqui importa reter a posição da CAP, que em comu30

nicado, afirmava que a Reforma da Floresta “fragiliza a economia do sector”. Na apreciação dessa importante Federação do Sector Agrário, o Governo aprovou “um conjunto heterogéneo de diplomas legais e de propostas legislativas de mérito político, consistência técnica e resultados expectáveis muito diversos”. No mesmo comunicado pode ler-se que o conjunto de medidas “não ataca o problema dos incêndios florestais, agrava o desordenamento dos espaços florestais, e fragiliza a economia do sector florestal e promove o abandono florestal”. Uma visão que é partilhada no seu essencial pelo presidente da ANEFA. Pedro Serra Ramos argumenta que “para ser uma reforma, o pacote legislativo teria de incluir medidas que fossem nesse sentido”. Sem fazer juízos de valor, não deixam de constituir sinais que devem merecer a reflexão por parte do Governo e da Assembleia da República, que ainda se vai pronunciar sobre alguns dos diplomas agora aprovados. As medidas aprovadas pelo Governo, sendo úteis, surgem como peças soltas de um processo que se quer mais aprofundado e integrado. É aqui que reside o cerne da questão - as medidas carecem de uma integração num quadro mais amplo da operacionalização da Estratégia Nacional para as Florestas. A “Reforma da Floresta” surge apressada, desenquadrada da uma política

florestal nacional robusta, que consiga, de facto, induzir uma nova dinâmica no Sector Florestal. Continua a faltar uma estrutura técnica e administrativa na Administração Central capaz de dinamizar a sua concretização no terreno da Estratégia Nacional para as Florestas, envolvendo, de forma activa e concreta, os demais parceiros do sector – Industria, Empresas e Associações Florestais, Municípios, etc, etc.. De igual modo, continuam a faltar mecanismos financeiros e fiscais que permitam tonificar a sua concretização. É certo que as medidas agora aprovadas podem dar um contributo útil para melhorar alguns dos problemas estruturais da nossa floresta, desde logo para a resolução do (eterno) problema do cadastro da propriedade. No entanto, sem uma visão estratégica e integrada (e com a actual formulação do ICNF) não é possível por em prática tal desiderato e sem essa reforma profunda da máquina da administração florestal, a “Reforma da Floresta” de António Costa corre sérios riscos de se ficar por um conjunto de boas intenções. Em suma, como cantava Sérgio Godinho, “… portanto, hoje soube-me a pouco”. Miguel Galante (Eng. Florestal) www.gazetarural.com


Na rotunda da estrada de Nelas, perto do Palácio do Gelo

Escola Superior Agrária de Viseu plantou clones de um genótipo de cardo

A

Escola Superior Agrária (ESAV) do Instituto Politécnico de Viseu, em colaboração com o Município de Viseu e a APPACDM, realizou a plantação de três clones de cardo de um genótipo seleccionado no âmbito do projecto CARDOP, na rotunda da estrada de Nelas, que se encontra na entrada da ESAV. Na plantação intervieram alunos da Escola Agrária e da Universidade Sénior, formandos da APPACDM e técnicos do Município de Viseu. Neste trecho da estrada de Nelas ficam a partir de agora representados três dos recursos genéticos agrícolas estratégicos da região – a vinha, o olival e o cardo, cuja flor é de utilização obrigatória para a coagulação do Queijo Serra da Estrela DOP. Esta acção vem no seguimento do plano de divulgação do projecto CARDOP, que desde 2010 tem vindo a promover o cardo como cultura multifuncional para a região, através do estabelecimento de parcerias com instituições de diversa índole, científica, cultural e social, para estudar e conhecer melhor a flor de cardo como ingrediente obrigatório do Queijo Serra da Estrela. Este percurso tem permitido termos hoje um conhecimento mais abalizado sobre esta espécie e produzir flor de cardo com uma qualidade irrepreensível para fornecer a algumas das queijarias de referência da região.

www.gazetarural.com

31


32

www.gazetarural.com


Na Casa Ermelinda Freitas, em Fernando Pó, e na Quinta da Aveleda, em Penafiel

Sessões Técnicas Selectis animam lugares emblemáticos da produção vitivinícola nacional

U

ma semana separou as Sessões Técnicas Selectis na Casa Ermelinda Freitas, em Fernando Pó, e na Quinta da Aveleda, em Penafiel, nas quais a Gazeta Rural esteve presente. Estas Sessões Técnicas, promovidas pela Selectis, contaram com a presença de mais de 150 pessoas no total dos dois eventos, tendo como cenário duas empresas de sucesso da produção vitivinícola nacional. As Sessões Técnicas tiveram início com o enquadramento da Selectis no âmbito da estratégia comercial e de marketing do Grupo a que pertence, caracterizado pelo diversificado portfólio de produtos genéricos, bem como pelo desenvolvimento de produtos genéricos diferenciados, muitos deles alvo de patentes. Seguiu-se uma apresentação onde foi levantado o véu” sobre o Belvitis,

www.gazetarural.com

uma nova e flexível solução na proteção do míldio da vinha, em fase final de homologação. Ainda para a cultura da vinha, foram alvo de atenção o Tagus F e a gama Senador, que vêm enriquecer o portfólio de fungicidas para a proteção do míldio da vinha da Selectis. Por fim, foi apresentado ainda o Shark, um herbicida de contacto de largo espectro para controlo de infestantes em culturas perenes, que está ainda autorizado como desladroante, tendo também homologação para a dessecação da rama da batateira. As sessões técnicas encerraram com uma visita a ambos os locais onde decorreram as palestras, partilhando a história das marcas emblemáticas de vinho, com provas dadas a nível nacional e internacional e um agradável jantar de confraternização com a proximidade que caracteriza a Selectis.

33


Últimas

No X Concurso de Vinhos do Algarve

Quinta do Barradas Reserva Tinto 2014 recebeu a Grande Medalha de Ouro

O

Melhor Vinho do Algarve de 2017 é o Quinta do Barradas Reserva Tinto 2014, que recebeu a única Grande Medalha de Ouro num concurso promovido pela Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA) em parceria com a Associação de Escanções de Portugal (AEP). Numa edição marcada pela excelência dos vinhos em prova, foram ainda atribuídas mais seis Medalhas de Ouro e 20 medalhas de Prata, num total de 27 vinhos algarvios premiados Numa edição marcada pela excelência dos vinhos em prova e dado que todas as classificações foram superiores a 85 pontos, não houve lugar a medalhas de bronze, tendo sido atribuídas para além da grande medalha de ouro, seis medalhas de ouro e vinte de prata. Aberto a vinhos brancos, rosados e tintos, a prova do X Concurso de Vinhos do Algarve, organizado e promovido pela CVA, realizou-se no Hotel PortoBay Falésia, em Albufeira. O júri do concurso - formado por especialistas escanções nacionais - atribuiu medalhas a 27 dos 85 vinhos a concurso. Para o presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve, “os produtores de Vinhos do Algarve e suas equipas estão de parabéns pelos excelentes resultados obtidos, pois superámos a taxa de participação do ano passado, assegurando a inscrição de 23 produtores do Algarve, atingindo as 85 referências de vinhos à prova”, afirmou Carlos Gracias. Para aquele responsável, “o concurso é cada vez mais um acontecimento importante no calendário vínico algarvio, e não só, dado que ao distinguirmos a qualidade e variedade dos nossos vinhos, estamos a promover a região”. Carlos Gracias destacou o facto de “nesta edição a pontuação do júri foi a mais elevada de sempre, o que releva a posição ascendente tanto em qualidade como no carácter dos nossos néctares, o que vem confirmar que a aposta da região na vitivinicultura está no bom caminho”, conclui. A cerimónia de entrega dos prémios realizar-se-á no Simpósio Vitivinícola do Algarve, em mais uma iniciativa da CVA, agendada para o dia 11 de Maio na Escola Hoteleira de Faro. 34

Resultado: Grande Medalha de Ouro: “Melhor Vinho do Algarve” Quinta do Barradas Reserva Tinto 2014 (Vinho Regional Algarve) - Rotas Seculares – Unipessoal, Lda (Silves) Medalha de OURO: Al-Ria Reserva Tinto 2015 (Vinho Regional Algarve) - Casa Santos Lima, Companhia das Vinhas, S.A. (Tavira) Dialog Tinto 2012 (Vinho Regional Algarve) Quinta dos Vales, Lda. (Lagoa) Foral de Portimão Reserva Tinto 2014 (Vinho Regional Algarve) - A.A.C., Lda. (Portimão) Herdade dos Seromenhos Reserva Tinto 2015 (Vinho Regional Algarve) - Soc. Agr. Herdade dos Seromenhos, Lda. (Lagos) Onda Nova Syrah Tinto 2013 (Vinho Regional Algarve) - Adega do Cantor - Sociedade de Vitivinicultura, Lda. (Albufeira) Quinta do Barradas Selecção Tinto 2015 (Vinho Regional Algarve) - Rotas Seculares – Unipessoal, Lda. (Silves) Medalha de PRATA: Al-Ria Rosé 2016 (Vinho Regional Algarve) - Casa Santo Lima, Companhia das Vinhas, S.A. (Tavira) Quinta da Tôr - Algibre Tinto 2014 (Vinho Regional Algarve) - Turinox, Lda. (Loulé) Borges da Silva Tinto 2014 (Vinho Regional Algarve) - Luís Carlos Borges da Silva (Lagos) Cabrita Tinto 2015 (Vinho Regional Algarve) José Manuel Cabrita (Silves) Convento do Paraíso Cabernet Sauvignon Tinto 2014 (Vinho Regional Algarve) -

Convento do Paraíso, Lda. (Silves) Edd´s Private Collection Reserva Tinto 2014 (Vinho Regional Algarve) - Concepts by Edd’s II, Lda. (Lagoa) Euphoria Tinto 2014 (Vinho Regional Algarve) Convento do Paraíso, Lda. (Silves) Foral de Portimão Rosé 2016 (Vinho Regional Algarve) - A.A.C., Lda. (Portimão) Helwigus Tinto 2015 (Vinho Regional Algarve) Helwig C. Ehlers (Faro) Herdade dos Pimenteis Tinto 2013 Reserva (Vinho Regional Algarve) - Herdade dos Pimenteis, Lda. (Portimão) Jaap Rosé 2016 (Vinho Regional Algarve) - Jacobus Honekamp (Silves) Lacóbriga Branco 2016 (Vinho Regional Algarve) - Soc. Agr. Herdade dos Seromenhos, Lda. (Lagos) Malaca Rosé 2016 (Vinho Regional Algarve) Soc. Agr. Quinta da Malaca, S.A. (Silves) Marquês dos Vales Grace Arinto Branco 2015 (Vinho Regional Algarve) - Quinta dos Vales, Lda. (Lagoa) Marquês dos Vales DUO Tinto 2014 (Vinho Regional Algarve) - Quinta dos Vales, Lda. (Lagoa) Odelouca Branco 2016 (Vinho Regional Algarve) - Patrick Agostini (Silves) Onda Nova Viognier Branco 2014 (Vinho Regional Algarve) - Adega do Cantor - Sociedade de Vitivinicultura, Lda. (Albufeira) Quinta da Penina Reserva Tinto 2014 (Vinho Regional Algarve) - A.A.C., Lda. (Portimão) Quinta de Ferrel Reserva Branco 2016 (DOP Lagos) - Soc. Agr. Herdade dos Seromenhos, Lda. (Lagos) Quinta do Francês Branco 2016 (Vinho Regional Algarve) - Patrick Agostini (Silves)

www.gazetarural.com


Inscrições abertas até 28 de Abril

AGIM promove concurso de ideias para agentes da fileira dos pequenos frutos

No Parque Urbano, em Sever do Vouga

Feira Nacional do Mirtilo

O

Vougapark - Centro de Inovação e a Agim – Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial vão promover um concurso de ideias especialmente direccionado para os agentes da fileira dos pequenos frutos. Trata-se do Concurso de Ideias «AgrInnovation» que surge no seguimento da identificação de vários problemas e necessidades detectadas junto do universo de produtores de pequenos frutos. O objectivo principal passa por estimular o empreendedorismo inovador de base regional assente no sector agro-alimentar, área estratégica do Vougapark – Centro de Inovação, sedeado em Sever do Vouga, bem como apoiar a concretização de ideias com forte potencial de negócio, através da facilitação a serviços de apoio especializados, assim como parcerias de negócio estratégicas. As ideias admitidas a concurso deverão corresponder a optimização do processo produtivo dos pequenos frutos; e/ ou a novos produtos/transformação do produto, nomeadamente dos pequenos frutos (mirtilo). Para as ideias vencedoras, este concurso prevê a atribuição e um conjunto de prémios, que podem ser consultados no regulamento. As inscrições estão abertas até 28 de abril. O regulamento e a ficha de inscrição do Concurso de Ideias «AgrInnovation» podem ser obtidos em www.agim.pt. Esta iniciativa resulta de uma parceria do Vougapark e da Agim, com várias entidades, nomeadamente a Sanjotec, Universidade de Aveiro, ANJE, CATEC, Escola Profissional de Aveiro e Inovaria.

vai decorrer de 29 de Junho a 2 de Julho

S

ever do Vouga vai acolher a X Feira Nacional do Mirtilo nos dias 29 e 30 de Junho e 1 e 2 de Julho. O evento realiza-se no Parque Urbano da vila e promete atrair milhares de visitantes à Capital do Mirtilo ao longo dos quatro dias. A Feira Nacional do Mirtilo inclui uma componente direcionada para o visitante profissional e outra lúdica, dirigida às famílias. A área profissional do evento é composta por expositores ligados à fileira e um conjunto de palestras técnicas, de participação gratuita, a decorrer durantes dois dias (sexta e sábado). Visitas a pomares de mirtilos e ao Campo Experimental de Pequenos Frutos, acompanhadas por técnicos agrícolas, e demonstrações de equipamentos e serviços completam a vertente técnica da Feira Nacional do Mirtilo. A realização do certame ao ar livre, num parque verde, e com entrada gratuita, constitui um excelente motivo para as famílias passarem o dia no recinto da Feira Nacional do Mirtilo. E motivos de interesse para miúdos e graúdos não vão faltar, como animação musical, animação para os mais novos, animação itinerante, viagens em comboio turístico, apanha do mirtilo, showcookings, desportos radicais, gastronomia, entre muitas outras, são algumas das atividades que a organização vai incluir nos 10 anos da Feira Nacional do Mirtilo. Este ano, e para assinalar a décima edição, a organização vai oferecer aos visitantes a oportunidade de provarem gratuitamente 10 variedades diferentes de mirtilos, devidamente identificadas. Deste modo, poderão ficar a conhecer melhor as características, sabor e textura de cada uma delas e posteriormente adquirir a variedade que mais gostaram junto dos expositores presentes no evento. Inscrições abertas para expositores As inscrições para quem pretenda participar na Feira Nacional do Mirtilo como expositor encontra-se abertas até final do mês de abril. Os interessados podem obter o regulamento e a respetiva ficha de inscrição no site da Feira, em www.feiradomirtilo.pt.

www.gazetarural.com

35


Últimas Questões sociais e o ambiente são os temas centrais

Festival Internacional de Fotografia de Viseu espera mais de 18 mil visitantes

A

lguns dos fotógrafos mais influentes da actualidade participam, de 5 de Maio a 4 de Junho, no Fujifilm - Festival Internacional de Fotografia de Viseu, que deverá ser visitado por mais de 18 mil pessoas. «Estimamos que o festival seja visto por 18 mil a 26 mil pessoas», afirmou o seu director artístico, John Gallo, acrescentando que mais de 600 mil pessoas deverão ser alcançadas `on line` e que entre 150 mil e 300 mil `instagrammers` terão contacto com o festival. John Gallo explicou que as questões sociais e o ambiente são os temas centrais do festival, que privilegiará o ensaio fotográfico. «São temas se calhar um bocadinho cansados, porque toda a gente fala disto, mas, na perspectiva da fotografia e sobretudo de um festival desta dimensão, fazia sentido começarmos por aqui», justificou. O responsável frisou que o festival tem «uma particularidade que o distingue de todos os outros que acontecem em Portugal: ele ancora-se no ensaio fotográfico, ou seja, tudo aquilo que vai ser exibido a partir de dia 5 de Maio, à excepção de um cantinho para os `instagrammers`, são ensaios fotográficos de fotógrafos quase todos consagrados». «São histórias contadas pela fotografia», sublinhou. Na sua opinião, «embora saia um pouco desta lógica do ensaio, o `instagram` é interessante para dar uma dimensão mais contemporânea ao festival». O festival tem uma dimensão internacional, possibilitando ver em Viseu, por exemplo, a exposição individual «Europe`s New Borders», de Rasmus Degnbol (Dinamarca), que já esteve no Museum of Modern Art (MoMA) de Nova Iorque.

36

No que respeita à dimensão nacional, John Gallo destacou a exposição individual «Talibes, Modern Day Slaves», de Mário Cruz, fotojornalista da agência Lusa, que no ano passado venceu o prémio World Press Photo, na categoria Temas Contemporâneos, com este trabalho. Mas o festival tem também uma dimensão local, envolvendo a cidade, os seus fotógrafos e algumas das suas escolas. A brasileira Letícia Valverdes, cuja avó era do Mundão (Viseu), vai estar durante um mês a trabalhar no ensaio «Postcards for my portuguese grandmother», que depois resultará numa exposição. No total, o festival integra 14 exposições, sendo uma colectiva e 13 individuais, com 18 ensaios expostos. Segundo John Gallo, entre os fotógrafos que estarão em Viseu a propósito do festival há premiados pela UNESCO, vencedores do World Press Photo

Ano XIII | N.º 291 | Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968044320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Redacção: Luís Pacheco | Opinião: Miguel Galante | Paulo Barracosa Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546

ou aqueles que tiveram exposições no MoMA. Destacou também a presença de Roger Tooth, diretor de fotografia do jornal britânico The Guardian, numa palestra e numa `masterclass`. No que respeita a fotógrafos portugueses, realçou os nomes de Homem Cardoso, veterano da fotografia portuguesa, que nasceu no distrito, perto de São Pedro do Sul, Alfredo Cunha e Mário Cruz, sendo que só o último vai expor. John Gallo disse que o festival se dividirá por «espaços nobres» como o Solar do Vinho do Dão e o Museu Nacional de Grão Vasco e outros como, por exemplo, um dos pisos de estacionamento de um centro comercial, que acolherá uma exposição sobre ambiente. O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, considerou que este festival - apoiado em 27 mil euros pelo município - «afirma o potencial de uma cidade criativa».

Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | Tel. 232 411 299 Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 2000 exemplares www.gazetarural.com Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.


Breves

Zona Verde promove curso sobre Agricultura Biológica A empresa Zona Verde vai promover um curso sobre Agricultura Biológica, em Plataforma e-Learning, que decorrerá de 26 de Abril a 18 de Maio, num total de 35 horas e com horário flexível. Este curso, totalmente à distância, visa fornecer os conhecimentos necessários para iniciar ou actualizar a sua actividade do Modo de Produção Biológico: técnicas aplicadas, caracterização das operações culturais e normas de controlo e certificação. Destina-se a quem já pratica agricultura biológica e pretende aprofundar os seus conhecimentos, ou para quem ainda não tem experiência nesta área, mas pretende iniciar. S. Pedro do Sul recebe I Congresso Ibérico sobre resinagem O Município de S. Pedro do Sul, em parceria com a Bluemater e a Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP) vai levar a efeito o I Congresso Ibérico subordinado ao tema “resinagem, ambiente e indústria” nos dias 2 e 3 de Junho, que se realizará no Auditório do Balneário Rainha D. Amélia, nas Termas de S. Pedro do Sul. Pretende-se, assim, criar um fórum de discussão sobre a temática da resinagem e seu impacto no ambiente, industria e economia local. A resinagem foi uma actividade ligada ao sector primário que assumiu um papel importante na economia familiar do concelho, encontrando-se em fase de relançamento, após algumas décadas de declínio. VII Feira Agro Agrária em Castelo Branco A Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco realiza, de 29 de Abril a 2 de Maio, a VII Feira Agro-Agrária. O evento irá decorrer na Quinta da Sr.ª de Mércules, em Castelo Branco, www.gazetarural.com

e compreende a exposição de animais, equipamentos, produtos agrícolas e factores de produção directa ou indirectamente associados às actividades do sector. Caminhos Cruzados promove Terceiro Trail em Nelas A produtora de vinhos do Dão Caminhos Cruzados promove a 6 de Maio o terceiro Trail, evento que terá início às 8,30 horas, na Quinta da Teixuga, e conta com três modalidades, um Trail, com 25 quilómetros; um Mini Trail, com 12 quilómetros, e uma caminhada de oito quilómetros. Para as duas primeiras provas a inscrição é de 12,00 euros e para a Caminhada apenas 5 euros, sendo que parte do valor das inscrições reverte para os Bombeiros de Nelas e de Canas de Senhorim. A Caminhos Cruzados, em Nelas, nasceu em 2012 pela mão de Paulo Santos, empresário da área têxtil, que tinha o sonho de regressar às origens e colocar Nelas no mapa dos grandes vinhos do Dão. Os seus vinhos são feitos a partir de uvas de produção própria e de produtores seleccionados. Vinhos produzidos a partir de castas características daquela região: Touriga Nacional, Alfrocheiro, Jaen e Tinta Roriz, Encruzado, Bical e Malvasia Fina. As vinhas encontram-se num território protegido dos ventos pelas serras do Caramulo, Montemuro, Buçaco e Estrela, reunindo assim condições geográficas para a produção de vinhos. No portfólio da Caminhos Cruzados, e com assinatura da equipa dos enólogos Manuel Vieira e Carlos Magalhães, surgem os vinhos Terras de Nelas, Terras de Santar e a marca bandeira da empresa, a gama de vinhos Titular. A empresa adquiriu 2m 2014 a Quinta da Teixuga, também no concelho de Nelas, onde estão a construir a nova adega e a produzir aquele que é o topo de gama dos vinhos de Paulo Santos, o Teixuga, que foi lançado no mercado em Maio de 2016. Fonte: Sapo Caravana Cultural brasileira visitou a região e homenageou personalidades locais Uma Caravana Cultural, composta por 32 personalidades do meio artístico

e cultural do Brasil, anda a percorrer o nosso país em busca de novos conhecimentos em diferentes áreas, no âmbito do IV aniversário do Jornal Sem Fronteiras Press, uma publicação 100% cultural distribuída em 27 países. O grupo, composto por artistas plásticos e escritores de diferentes estados do Brasil, esteve na região de Viseu, tendo promovido uma homenagem a diversas personalidades da vida social e cultural da região, que decorreu em Castro Daire, tendo também visitado a Quinta de Lemos, em Silgueiros, onde lhes foi oferecido uma prova de vinhos. Os responsáveis por esta iniciativa são Arménio dos Santos Vasconcelos, da Academia de Letras e Artes Lusófonas e director e proprietário da Casa Museu Maria da Fontinha, de Além do Rio Gafanhão, em Castro Daire, e a diretora do Jornal Sem Fronteiras Press, Dyandreia Valverde Portugal. A visita deste grupo de personalidades foi aproveitada para homenagear diversas personalidades e instituições da região, como Isabel Silvestre, de Manhouce; João Carlos Gralheiro, filho do advogado e dramaturgo Jaime Gralheiro; Manuela Esteves, da Quinta de Lemos, José Ernesto Silva, almoxarife da Confraria Saberes e Sabores da Beira Grão Vasco, José Cesário, deputado e ex-secretário de Estado das Comunidades; Odete Paiva, vereadora com o pelouro da Cultura da Camara Municipal de Viseu, para além de outros escritores e artistas dos concelhos de S, Pedro do Sul e Castro Daire. A todos foi entregue o Diploma de Membro Académico Honorário da Academia de Letras e Artes Lusófonas (ACLAL), bem como o certificado da Rede Mídia de Comunicação e Editora Sem Fronteiras, do Sem Fronteiras Press. A cerimónia decorreu numa sala do Museu Maria da Fontinha, em Além do Rio Gafanhão, em Castro Daire, que contou com uma sala cheia de convidados e homenageados. No âmbito desta acção, a Confraria Saberes e Sabores da Beira, em reunião do almoxarifado, deliberou atribuir o título de Titular Confrádico a Arménio dos Santos Vasconcelos, escritor e presidente da Academia de Letras e Artes Lusófonas, a Dyandreia Valverde Portugal, directora do Jornal Sem Fronteiras Press, a Paco Assis, presidente do Sindicato Nacional dos Artistas Plásticos, de São Paulo, e a Elzio Luz Leal, escritor e presidente da Academia Pan Americana de Letras e Artes. 37


Nos jardins e no Palácio do Marquês de Pombal

“Há Prova em Oeiras” com gastronomia e vinhos

O

s jardins e o Palácio do Marquês de Pombal vão ser palco da quinta edição do evento enogastronómico “Há Prova em Oeiras - Gastronomia e Vinhos 2017”, que terá lugar nos dias 5, 6 e 7 de Maio. Esta iniciativa, organizada pela da Câmara de Oeiras, tem como objectivo não apenas promover este monumento nacional, que detém uma riqueza histórica e patrimonial única, mas também divulgar a restauração do concelho de Oeiras e os vinhos da região vitivinícola de Lisboa, particularmente os que pertencem à rota de Bucelas, Carcavelos e Colares. O evento “Há Prova em Oeiras” estará organizado numa lógica tripartida: uma área indoor de exposição, prova e venda de vinhos com produtores e distribuidores de Lisboa e outras regiões de Portugal; uma área de degustação gastronómica com restaurantes seleccionados de Oeiras - venda de comidas e bebidas; e, um conjunto de actividades paralelas na área dos vinhos e gastronomia, com workshops com profissionais de referência do sector.

38

Assim, à espera dos visitantes estarão vários e reconhecidos vinhos para conhecer, workshops sobre o inesgotável universo do Deus Baco, showcookings de provar e chorar por mais, boa música e todo um ambiente que chama por si, pelos seus amigos.

www.gazetarural.com


www.gazetarural.com

39



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.