Director: José Luís Araújo
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N.º 292
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30 de Abril de 2017
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Preço 4,00 Euros
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Valpaços recebe Feira Nacional de Olivicultura I Grande Feira de Inovação Agroalimentar em Castelo Branco Alimentaria & Horespo Lisboa 2017 aposta na produção nacional Festival de Street Art de Viseu chega a quintas do Dão Expoflorestal 2017 sob o lema “Por uma Floresta Sólida e Sustentável” Granizo destruiu pomares de mirtilo em Sever do Vouga
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Sumário 04 Valpaços recebe pela primeira vez a Feira Nacional de
24 Bênção dos barcos continua a atrair milhares de visitantes a
Olivicultura
Constância
08 Lisboa vai acolher evento europeu para debater inovação na
25 Granizo destruiu pomares de mirtilo em Sever do Vouga
agricultura
26 Investigadores desvendam mecanismo de defesa do
09 Castelo Branco recebe a I Grande Feira de Inovação
castanheiro à doença da tinta
Agroalimentar de Portugal
30 Agricultores defendem a criação de um estatuto da
10 Alimentaria & Horespo Lisboa 2017 aposta na produção
agricultura familiar
nacional
31 Governo vai criar estatuto do jovem empresário rural para
12 “Há Gastronomia em Alcobaça” na Semana da Restauração
rejuvenescer população
14 Expoflorestal 2017 sob o lema “Por uma Floresta Sólida e
32 Há 9600 espécies de árvores em risco de extinção
Sustentável”
33 Marcelo Rebelo de Sousa promulgou diploma sobre entidades
16 ‘Douro TGV’ chega a Vila Real para promover “aceleração” do
de gestão florestal
melhor da região
35 Albergaria-a-Velha lança I Roteiro Gastronómico de Carne
18 Lusovini promoveu jantar temático regado com vinhos do Dão
Marinhoa
19 Festival do Vinho do Douro Superior 2017 celebra-se em Foz Côa 36 CNEMA promove concursos de mel e azeite em Maio 22 Portugal é o país com o maior consumo de vinho por
37 Primeiras cerejas do ano já se colhem em Resende
habitante em 2016
38 Espumante Terras do Demo Malvasia Fina conquistou “Prémio
23 Festival de Street Art de Viseu chega a quintas do Dão
Excelência”
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De 5 a 7 de Maio, no Pavilhão Multiusos
Valpaços recebe pela primeira vez a Feira Nacional de Olivicultura
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e 5 a 7 de Maio Valpaços será a capital nacional do azeite com a realização da OliValpaços, um evento dedicado ao azeite, organizada em conjunto pelo Município de Valpaços, Cooperativa de Olivicultores de Valpaços, Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), Associação dos Olivicultores de Trás-Os-Montes e Alto Douro (AOTAD) e Confederação de Agricultores de Portugal (CAP). No evento, que contará com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, participarão produtores de azeite e derivados, engarrafadores, viveiristas, entre outros. Será também uma oportunidade para expor máquinas agrícolas e fitofármacos. No Pavilhão Multiusos de Valpaços haverá ainda lugar para a gastronomia local. Trata-se de uma Feira Nacional de 4
Olivicultura que constitui uma iniciativa marcante de um sector estratégico para Portugal e para Valpaços, terra de grande tradição na produção de azeite de qualidade. Um Concurso de Azeite Virgem da Feira Nacional de Olivicultura (FNO) e um Congresso Nacional do Azeite são dois destaques do programa do certame. O Concurso de Azeite Virgem, realizado pelo CEPAL, conta com o apoio de um painel de provadores de referência, distinguirá não só os melhores azeites nacionais, como também os melhores monovarietais de Galega e Cobrançosa, os melhores azeites de produção biológica, os melhores azeites de Quinta e de Cooperativa, e os melhores azeites com Denominação de Origem Protegida. “É um desafio muito grande”
Teresa Ataíde Pavão, vereadora da Câmara de Valpaços, assume a grande responsabilidade da realização deste evento no seu concelho. À Gazeta Rural diz ser “um desafio muito grande”, considerando também que “foi uma conquista”, que acredita vai ser um sucesso. Teresa Pavão salienta a importância deste evento para “dar a conhecer ao país os nossos produtos de excelência”, com natural destaque para o azeite. Gazeta Rural (GR): O que esteve na génese da realização deste certame em Valpaços? Teresa Ataíde Pavão (TAP): Foi uma conquista para o nosso concelho. A Feira Nacional da Olivicultura, que vai ter lugar pela primeira vez em Valpaços, realizava-se de dois em dois anos em Moura. www.gazetarural.com
Como somos um concelho eminentemente agrícola e onde a produção de azeite tem uma grande expressão, quisemos trazer até nós esse evento. É um grande desafio, sem dúvida, pois trata-se de uma feira de cariz nacional, com características e uma identidade muito próprias, que vai reunir os produtores de azeite a nível nacional. Nesta feira vamos dar espaço à realização de um Congresso Nacional de Azeite e ao Concurso Nacional de Azeite Virgem. É um desafio para a autarquia de Valpaços poder colaborar na organização desta iniciativa, com entidades parceira, como a AOTAD, a CAP, o CEPAL e a Cooperativa de Olivicultores de Valpaços. É um desafio que foi abraçado com grande entusiasmo e com muita determinação por todas estas entidades e queremos acreditar que vamos dar largas ao trabalho e conseguir ter aqui uma feira de referência no sector do azeite e para o concelho. GR: Começa a haver em Portugal concursos de azeite, que são já referências nacionais e internacionais. Valpaços, no âmbito da
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feira, vai promover um concurso. É para marcar a posição de Trás-os-Montes? TAP: Queremos apenas ver o reconhecimento e valorizar aquilo que já temos, para além de dar a conhecer ao país que os nossos produtos são de excelência e que haja o reconhecimento e o mérito desses produtos. A forma como o conseguimos fazer é trazer os concursos até nós, dar-lhe o devido destaque e conseguirmos alcançar lugares de referência nos azeites e nos vinhos da nossa região. GR: Que expectativa tem para este primeiro evento? TAP: Naturalmente que falo com algumas cautelas, porque é um desafio muito grande, particularmente para mim, pois vou estar à frente da mesma, mas quero acreditar que vai ser uma feira bem conseguida, que os produtos expostos, como o nosso azeite, vão posicionar-se muito bem e que haja retorno directo da realização desta feira em Valpaços, nomeadamente aos empresários e a tudo o que está ligado ao sector do azeite a nível nacional e internacional.
GR: Haverá exposição de outros produtos? TAP: Sim, mas sem grande expressão e só para compor a feira. É um certame com uma logística diferente, por exemplo, da Feira do Folar, e está direccionada a nível empresarial, pois vamos ter tudo o que está relacionado com o azeite, desde a plantação, aos viveiristas, aos produtos fitofármacos, aos equipamentos agrícolas e, naturalmente, os produtores e engarrafadores de azeite, bem como tudo o que está ligada à transformação, ao engarrafamento e embalamento. Para além de todos estes expositores haverá outros para compor a feira e acrescentar algo ao evento, mas o enfoque maior é referente à produção de azeite. GR: É arrojado apostar também num congresso? TAP: É uma responsabilidade enorme trazer um Congresso Nacional do Azeite. O CEPAL, neste aspecto, tem estado na organização do mesmo, nomeadamente no painel de oradores convidados, entre os quais o senhor Presidente da República. Vai ser desafiante, mas acredito que vai ser bem conseguido.
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Diz Paulo Ribeiro, presidente da Cooperativa dos Olivicultores de Valpaços
“A região tem óptimas condições para produzir azeites excepcionais”
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Cooperativa dos Olivicultores de Valpaços (COV), fundada em 1951, é hoje a segunda maior a nível nacional no sector do azeite. Com cerca de 2000 associados, recebe aproximadamente 1.700 milhões de quilos de azeitona que transforma num dos melhores azeites do mundo. A ‘Rosmaninho’ é imagem de marca e garantia de qualidade. Na campanha de 2017 a COV teve uma quebra de produção de 5%, bastante abaixo da média nacional. Para o presidente da COV, foi um ano bom para os azeites de Trás-os-Montes mas também para os produtores. Paulo Ribeiro, em entrevista à Gazeta Rural, diz que a estabilização dos preços que actualmente se verificam é boa, pois permite que o produtor saiba com o pode contar. O dirigente saúda a realização da Feira Nacional do Azeite a ter lugar em Valpaços, sustentando que “a região tem óptimas condições para produzir azeites excepcionais”. Gazeta Rural (GR): Como foi a campanha do azeite este ano na área da Cooperativa? 6
Paulo Ribeiro (PP): Temos azeites muito bons. Tivemos cerca de 1,200 mil litros de extra virgem, com acidez de 0,2’. Houve uma quebra de produção a nível nacional, mas para a nossa cooperativa foi um ano excelente, com uma ligeira descida de 5%, o que representa muito pouco. No mercado, o preço do azeite subiu, não para os valores que queríamos, mas é bom para os produtores, que vão receber melhor pela azeitona que entregaram. GR: A quebra de produção, especialmente em Espanha e Itália, tem originado um aumento da procura de azeite nesta região, com o consequente aumento do preço? PR: A quebra de produção nesses países fez aumentar o preço. O nosso azeite tem sido muito procurado por italianos e espanhóis e já fizemos algumas vendas para Itália. GR: Diz-se que tantos os italianos como os espanhóis vendem muito azeite português rotulado como sendo produzido nos seus países?
PR: Não posso afirmar isso. Durante alguns anos vendíamos cerca de 1.700 mil litros de azeite a granel. Neste momento, a percentagem de vendas a granel é bastante baixa, pois passámos a engarrafar o nosso azeite. Só vendemos a granel se for muito bem pago, como aconteceu este ano. GR: O aumento do preço ao consumidor já se faz sentir? PR: Nós já aumentámos o preço do nosso azeite em Janeiro. Naturalmente que o preço, em muitos casos, ainda não está reflectido nos azeites à venda, uma vez que há muito produto em stock. Contudo, o aumento do preço ao consumidor final rondará os 10%, mas é bom referir que o preço dos azeites está bastante baixo. GR: O preço do azeite ao consumidor reflecte os custos de produção? PR: Naturalmente que o produtor quer sempre mais. Porém, penso que se os preços estabilizassem naqueles que se verificam nesta altura, os produtores www.gazetarural.com
ficavam satisfeitos. Não podemos pensar em aumentar muito o preço, porque isso vai reflectir-se nas vendas ao consumidor final, que muda os hábitos e deixa de consumir azeite. Para os olivicultores era bom que os preços actuais se mantivessem, pois sabiam com o que podem contar no final do ano, além de que isso lhes dava mais ânimo para continuar a trabalhar e a apostar neste sector. Não podemos hoje vender a 5 e a amanhã a 3. A estabilização de preços é fundamental para que quem produz saiba com o que pode contar. Este ano devemos pagar o preço da azeitona a cerca de 50 cêntimos o quilo. Na cooperativa procuramos vender o azeite aos nossos clientes a um preço justo, sem variações durante o ano. GR: Qual o segredo para a qualidade do azeite nesta região? PR: O segredo passa muito pelo clima e pelos solos. A região tem óptimas condições para produzir azeites excepcionais. Na Cooperativa de Valpaços só recebemos e transformamos azeitona desta região, das variedades Cobrançosa, Madural e Verdeal. Claro que apostámos na transformação, pois muito do
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segredo da qualidade do azeite tem a ver com a forma como é produzido. Aliás, na região está a verificar-se uma aposta maior no olival, como novas plantações, nomeadamente de jovens agricultores, pelo que acredito que o futuro em Trás-os-Montes passa pelo azeite, pelo vinho, pela castanha e pela amêndoa. O azeite é um produto mais estável, tanto na produção, desde que não aconteça nada de anormal, como na venda. GR: Como olha para a recuperação de olivais antigos? PR: É bom, até porque a qualidade da azeitona é melhor, mas a produção é bastante menor. Há muita gente a fazer a reconversão do olival, não só pelos projectos, mas especialmente para permitir a utilização de maquinaria. O olival tradicional usa muita mão-de-obra, que não há, daí a aposta na reconversão ou na plantação de novos olivais. GR: Como vê a realização da primeira Feira do Azeite em Valpaços? PR: A Câmara de Valpaços tem apoiado o sector primário do concelho de diversas formas, nomeadamente
com a presença dos produtores em feiras nacionais e internacionais. A Cooperativa dos Olivicultores de Valpaços já tem uma dimensão bastante grande, sendo a segunda maior do país. Há alguns anos fez-se em Valpaços uma feira do azeite, de dimensão regional, que correu muito bem. Lançamos o desafio ao actual presidente para promovermos uma feira a nível nacional, que aceitou, e tenho a certeza que vamos ter muito sucesso e um grande certame, pois temos na região azeites de grande qualidade, mas vamos ter também azeites de outras regiões do país. A realização deste evento faz com que Valpaços seja a capital do azeite durante três dias, onde o sector vai ser discutido e onde vamos ficar a conhecer outras realidades. Nesta região, e no concelho de Valpaços em particular, não temos indústrias, pelo que a aposta tem que ser na agricultura e nos produtos de excelência que aqui se produzem. Esta feira dará a conhecer um dos nossos ex-libris. Neste aspecto, a autarquia não pode fazer tudo, mas pode ser o motor que nos leva atrás. Não produzimos em quantidade, mas os nossos produtos, como o azeite, são dos melhores do mundo.
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Anunciou o ministro da Agricultura em Coimbra
Lisboa vai acolher evento europeu para debater inovação na agricultura
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m encontro pioneiro sobre inovação na agricultura vai realizar-se, por iniciativa de Portugal, em parceria com a União Europeia, em Outubro, em Lisboa, anunciou o ministro da Agricultura, Capoulas Santos. Denominado ‘Agri Innovation Summit’ (AIS2017), o “evento pioneiro”, que vai ter lugar em 11 e 12 de Outubro, em Lisboa, “trará a Portugal o que de melhor se faz em matéria de inovação agrícola na Europa”, disse Luís Capoulas Santos, durante uma sessão na Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), integrada nas comemorações dos 130 anos do estabelecimento de ensino. O principal objectivo da iniciativa é promover “a troca de experiências e conhecimento entre os Estados-membros e regiões da União Europeia e debater o futuro da inovação em agricultura”, disse o ministro da Agricultura. Trata-se de “um evento centrado na temática da inovação, pois, como é sabido, a inovação, o conhecimento, a investigação e a experimentação são fundamentais para o acréscimo da 8
competitividade da agricultura”, acrescentou o governante, sustentando que é necessária “uma agricultura competitiva, mas sustentável”. A ‘digitização’, conceito que tem vindo a ser desenvolvido no “domínio da inovação como modelo de futuro para a agricultura, que consiste na substituição de estruturas físicas de apoio à actividade por plataformas digitais”, reduzindo distância entre produtores e consumidores e custos económicos e ambientais será o “tema de fundo do encontro”. Mas, também serão abordadas outras questões relacionadas, designadamente com “o uso dos recursos naturais, a gestão agrícola, os sistemas alimentares e florestais e a valorização do território”, salientou Capoulas Santos. Segundo Capoulas Santos, a reunião pode, de certo modo, ser comparada ao evento tecnológico ‘Web summit’, que decorreu em Lisboa, em Novembro de 2016, pois “a temática é de alguma forma a mesma”, embora “exclusivamente centrada” na agricultura.
Contando com a participação dos comissários europeus responsável pelo pelouro da investigação, ciência e inovação, Carlos Moedas, e da agricultura e desenvolvimento rural, Phil Hogan, o encontro pretende reunir “um conjunto de parceiros europeus ligados a esta temática tão importante como é a inovação na agricultura”, adiantou o ministro da Agricultura. A iniciativa “vai tornar visível a mudança de paradigma da agricultura, que exige cada vez mais formação qualificada e que se está a transformar numa actividade cada vez mais interessante para os jovens, ligada às novas tecnologias”, sustentou. No primeiro dia (11 de Outubro), o AIS2017 “estará focado nos projectos dos atores da inovação” e, o segundo e último dia, será “orientado para a discussão do futuro da política de inovação”. Trata-se de “um evento pioneiro, com futuro já assegurado, em que a primeira pedra do edifício será colocada por Portugal e em Portugal”, concluiu Capoulas Santos. www.gazetarural.com
De 4 a 6 de Maio, no Centro de Exposições da Associação Empresarial da Beira Baixa
Castelo Branco recebe a I Grande Feira de Inovação Agroalimentar de Portugal
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Centro de Exposições da Associação Empresarial da Beira Baixa, em Castelo Branco, vai receber de 4 a 6 de Maio, a I Grande Feira de Inovação Agroalimentar de Portugal, i9agri – Feira de Inovação e Agroalimentar, iniciativa que inclui o III Congresso Internacional InovCluster, que decorrerá no mesmo espaço. A I9agri é organizada pela Associação do Cluster Agroindustrial do Centro (InovCluster), pela Associação Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA) e pelo Centro de Empresas Inovadoras (CEi), com o apoio de um conjunto de entidades patrocinadoras e parceiras neste projecto, que pretende reunir produtores, empresários, empreendedores, investigadores, instituições, importadores e promover o encontro entre a oferta e a procura do sector agroindustrial, que está em crescente crescimento na região centro, assim como no concelho de Castelo Branco. A primeira edição deste evento conta com mais de meia centena de expositores e quer potenciar o sector agroalimentar, permitindo às empresas apresentarem os seus produtos, novidades e, acima de tudo, soluções inovadoras aos mercados nacional e internacional, mas também ao cada vez mais exigente consumidor final. III Congresso Internacional Inovcluster Em simultâneo realiza-se o III Congresso Internacional Inovcluster. Sob o www.gazetarural.com
lema “Pensar global para o desenvolvimento agroindustrial”, este congresso pretende ser um encontro internacional para a partilha de conhecimento, de experiências, de novas soluções e de ideias que contribuam para o desenvolvimento do sector agroindustrial. Sendo já um congresso de referência, contará com diversos intervenientes do sector, como empreendedores, representantes de empresas agro-industriais e do agronegócio, assim como, associações, instituições de ensino superior e profissional, centros de ID&I e financiadores.
À semelhança dos congressos anteriores, que contaram com cerca de 200 participantes, marcam igualmente presença entidades da administração local, regional e nacional, para, com os profissionais do sector, abordarem temas como a Cooperação, o Financiamento, o IDI, o Empreendedorismo, a Internacionalização, assim como, ficarem a conhecer os projectos actualmente desenvolvidos pela InovCluster. Assim, o seu programa estará organizado em sessões de meio-dia para cada um destes temas 9
Para além da Inovação, Saúde, Bem-estar
Alimentaria & Horespo Lisboa 2017 aposta na produção nacional
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Alimentaria mudou e apresenta-se este ano com um novo posicionamento focado em quatro eixos fundamentais, que são Inovação, Saúde, Bem-estar e Valorização da Produção Nacional. Esta mudança visa dar resposta às novas necessidades da indústria, do consumidor, da distribuição e do Canal Horeca. É preciso promover a competitividade da nossa economia, a capacidade exportadora e abertura a novos mercados não tradicionais, a criação de emprego e inclusão social, a promoção de estilos de vida saudáveis, o combate ao desperdício alimentar, bem como salvaguardar a qualidade e segurança alimentar. Sentindo estas necessidades e sendo um player de referência e ponto de encontro obrigatório para toda a indústria alimentar, a Alimentaria & Horespo Lisboa 2017 tem, pela primeira vez, uma parceria com os Ministérios da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, da Saúde e da Economia. Uma parceria que vai ao encontro dos novos eixos e da nova estratégia, bem como das necessidades do sector. 10
Saúde e Bem-estar Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% das doenças cardiovasculares, 90% de diabetes mellitus tipo 2 e 33% de todos os tipos de cancro poderiam ser evitados pela adopção de estilos de vida saudáveis, nomeadamente através de mudanças benéficas nos hábitos alimentares. O Ministério da Saúde/Direcção Geral da Saúde, através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, colocou em marcha a missão de melhorar o estado nutricional da população portuguesa. A Alimentaria está alinhada com as políticas públicas no que diz respeito à promoção de estilos de vida saudáveis. Até porque a Horexpo, salão que integra a Alimentaria Lisboa desde 2011, tem a capacidade de chegar a todo o canal de distribuição e Food service do país: restaurantes, sector hoteleiro, restauração colectiva, caterings, eventos e espectáculos, etc. Mas a Inovação também pode ter influência na alimentação e nomeadamente nos estilos de vida saudável.
Inovação e Valorização da Produção Nacional Outras das principais prioridades políticas atuais é atrair investimento internacional para Portugal, orientado para os sectores produtivos da economia - um investimento “que vem para ficar”. A área agrícola e a indústria alimentar têm dado bons exemplos de sucesso, o que tem contribuído para o desenvolvimento do tecido empresarial em Portugal. Os ministérios da Agricultura e da Economia articulam-se para o desenvolvimento não apenas do sector agrícola mas de toda a cadeia agro-alimentar, através da Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agro-alimentar, um importante fórum destinado a promover a discussão e o diálogo entre os diversos actores, desde a produção primária, à indústria e à distribuição de produtos agro-alimentares. Num momento em que o sector agroindustrial em Portugal está a ter um bom desempenho, a aptidão que o mesmo apresenta para atrair e captar investimento externo nunca foi tão vincada. Com esta iniciativa, a Alimentaria & Howww.gazetarural.com
rexpo visa contribuir para esta dinâmica, trazendo investidores estrangeiros para conhecerem as empresas nacionais, a capacidade produtiva do país e a qualidade da produção nacional. Por outro lado, representa num palco importante para promover o estabelecimento de parcerias que reforcem o crescimento e competitividade económica do país, estabelecendo sinergias entre sectores ligados à agricultura, como o ambiente, turismo, emprego ou qualificação profissional. A Alimentaria é o local ideal para promover a captação de investimento directo estrangeiro nomeadamente em actividades de inovação que capacitem as empresas nacionais para integrarem as denominadas Global Value Chains, adequando o perfil de especialização à procura interna. Portugal representa uma orientação exportadora com uma enorme margem de crescimento. É precisamente por estes motivos que a edição de 2017 da Alimentaria & Horexpo Lisboa se reveste de uma importância particular, que se reflecte nestes quatro eixos que se fundem em si e com os programas do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, do Ministério da Saúde e do Ministério de Economia. www.gazetarural.com
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De 9 a 12 de Maio, em quatro freguesias do concelho
“Há Gastronomia em Alcobaça” na Semana da Restauração
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semelhança de anos anteriores, a Escola Profissional de Alcobaça (EPADRC) vai levar a cabo de 9 a 12 de Maio na Semana da Restauração, o evento “Há Gastronomia em Alcobaça”, repetindo a mesma iniciativa que em 2014 teve lugar no Museu do Vinho. Trata-se de um evento de promoção da gastronomia, cultura e património enquanto produtos estratégicos do turismo local. Durante quatro dias, decorrerão eventos gastronómicos nas freguesias de São Martinho do Porto, Pataias, Benedita, e Alcobaça/Vestiaria. A iniciativa termina na Granja de Cister, em Alcobaça, com o seminário “Turismo, cultura, gastronomia e património - visão e estratégias para o território” e um jantar de gala de encerramento. Em cada dia será servido um jantar, sujeito a reserva, com uma ementa específica e produtor de vinhos a degustação, confeccionada e servida pelos alunos das turmas de Cozinha/Pastelaria e Restaurante/Bar da EPADRC. São parceiros desta iniciativa o Município de Alcobaça, Juntas de Freguesia, Hotel Concha em São Martinho, Restaurante Brisa do Mar em Paredes, Restaurante Toca do Coelho na Benedita, Quinta dos Capuchos, Adega Cooperativa de Alcobaça, Authentic Wines, Academia de Música de Alcobaça, Granja de Cister, entre outros patrocinadores e apoiantes. As reservas deverão ser feitas para os restaurantes aderentes e Granja de Cister, ou para a EPADRC, até dois dias antes de cada jantar.
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No fim-de-semana de 5 a 7 de Maio
Festival Sabores da Aldeia em Valença Valença convida a comer, com tradição, no Festival Sabores da Aldeia no fim-de-semana de 5 a 7 de Maio, numa iniciativa promovida pela Câmara de Valença em colaboração com as juntas de freguesia e associações do concelho. Em petisco ou prato serão muitas as iguarias a convidar a um mundo de sabores e sensações. Os fumeiros, as variedades de bacalhau, do carneiro e cabrito no forno, da lampreia, da carne de porco em rojões ou no espeto, do Caldo Verde de Valença, vão deixar água na boca. Na doçaria tradicional o destaque vai para as sopas secas, o arroz doce, as rosquilhas e os papudos, as rabanadas, as filhoses e tantos outros sabores, num festival que é uma autêntica viagem pelos sabores da genuína tradição valenciana, preparados como, há séculos, de forma caseira. Comer bem, percorrendo os segredos mais bem guardados das cozinhas fartas do tempo das nossas avós tem um destino Festival Gastronómico Sabores da Aldeia. Este é um autêntico mostruário da gastronomia das aldeias valencianas. Receitas antigas que foram apuradas pela experiência dos tempos de que resultaram pratos e petiscos singulares, tendo por base produtos locais. Sabores da Aldeia é uma genuína festa gastronómica minhota onde não faltará a animação que estará a cargo da charanga Cantos Somos, do grupo de cordas 6tàs9, das arruadas de bombos e de um festival onde se mostra o folclore de Valença e Tui. O fim-de-semana contará, ainda, com um desfile aeronáutico, trilho pedestre e visita guiada à Fortaleza. Valença é um paraíso gastronómico, séculos a apurar o gosto e as receitas fazem de Valença destino gastronómico privilegiado e tem nos Sabores da Aldeia um autêntico mostruário de perdição. www.gazetarural.com
Nos dias 27 e 28 de Maio
Município de Águeda promove workshop de birdwatching
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Município de Águeda realiza, a 27 e 28 de Maio, a terceira edição do workshop de birdwatching, com uma sessão mais teórica, no primeiro dia, e uma prática, no segundo, que inclui uma saída de campo à lagoa da Pateira de Fermentelos. A realização anual de um workshop para observação de aves na Pateira de Fermentelos, entre outras acções e projectos, integra a estratégia municipal para a promoção do turismo de natureza, preservação dos habitats naturais e educação ambiental. Esta iniciativa, já realizada em 2015 e 2016, ministrada sempre por um formador especializado, tem permitido aos participantes obter informações sobre a modalidade, quer teóricas, em ANUNCIO ARRIOSTA_SELECTIS_210x140_AF.pdf
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ambiente de sala, quer práticas, através da observação de aves in loco. Na edição deste ano pretende-se, para além de capacitar os participantes para a identificação das espécies de aves, reforçar a transmissão de conhecimentos relativos ao ecossistema 27/03/17
Pateira de Fermentelos, enquanto área classificada da Rede Natura (Zona de Protecção Especial da Ria de Aveiro e Sítio de Importância Comunitária da Ria de Aveiro) e Zona Húmida de Importância Internacional para as Aves Aquáticas (Convenção de Ramsar).
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De 5 a 7 de Maio, em Albergaria-a-Velha
Expoflorestal 2017 sob o lema “Por uma Floresta Sólida e Sustentável”
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lbergaria-a-Velha vai ser a capital ibérica da floresta, ambiente e agricultura, com a realização da X Expoflorestal. Com o lema “Por uma Floresta Sólida e Sustentável”, o certame celebra a décima edição com um evento que terá a maior participação de sempre, assumindo-se como marco incontornável no calendário do sector florestal. É já nos dias 5, 6 e 7 de Maio que decorre a X Expoflorestal, feira nacional da floresta e, para comemorar esta edição tão especial, a organização está a preparar a maior e melhor edição de sempre. Além de um número record de inscrições, a décima edição da Expoflorestal promete reflectir toda a dinâmica que as empresas do sector têm vindo a apresentar nos últimos tempos, com os expositores a prepararem muitas novidades e lançamentos para os três dias da feira. Contando com o apoio oficial da Câmara de Albergaria-a-Velha, a Expoflorestal tem como patrocinadores Platinium a The Navigator Company e a 14
Caixa de Crédito Agrícola, patrocinador Gold a T4 Pro e patrocinadores Silver a Cimertex, SEAC e Auto Henrique Braz & Filhos. Para complementar o interesse que sempre suscitam as novidades apresentadas pelas empresas, tanto na área dos equipamentos como de serviços, a organização preparou um importante ciclo de seminários, onde se enquadram o encontro de técnicos da Forestis, o Workshop “Mais Eucalipto” organizado pela Celpa, o seminário da campanha ibérica de prevenção de acidentes de trabalho “Conhecer Melhor para Prevenir Melhor”, da responsabilidade da Autoridade para as Condições de Trabalho. A Expoflorestal é organizada pela Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA), pela Associação Florestal do Baixo Vouga (AFVB) e pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha. Congregando num mesmo espaço entidades privadas, instituições públicas, associações ligadas ao sector
florestal, corporações de bombeiros e escolas, a Expoflorestal é o evento de referência da fileira da floresta em Portugal, tendo contado com cerca de 30 mil visitantes e mais de 200 expositores nacionais e internacionais na sua última edição, realizada em 2015. Fique por dentro das novidades da maior exposição do sector florestal em Portugal, visitando o website expoflorestal.pt ou as páginas oficiais da feira nas redes sociais Facebook e Linkedin. “Um dos eventos mais importantes da região” Realizada numa região onde a floresta é uma das principais riquezas, a Expoflorestal é para o presidente da Associação Florestal do Baixo Vouga, uma das entidades organizadoras do certame, como “um dos eventos mais importantes da região, pelo interesse demonstrado pelos nossos parceiros, que são os operadores”, refere António Augusto Fontoura de Ataíde Guimarães. No fundo, acrescenta o dirigente, “quem faz a floresta são os operadores www.gazetarural.com
florestais que, na região, são fantásticos, com enorme capacidade e a sua representação tem sido significativa”, além de que “a feira permite oportunidades de negócios, bem como conhecer o que de mais moderno há para a produção florestal”. Para António Guimarães a Associação a que preside esta, neste momento, “a trabalhar com doze equipas de empreiteiros florestais no terreno, a fazer uma operação cultural que tem a ver com o pós-incêndio”, nomeadamente o corte e limpeza de material lenhoso queimado. Neste campo, segundo o dirigente, a Expoflorestal “apresenta sempre o ‘último grito’ em termos de equipamentos florestais, que nos serve para este tipo de trabalho, bem como o envolvimento da indústria no certame, o que é tam-
bém muito importante”. António Guimarães sublinha o facto de a produção “ser o elo mais fraco da cadeia, mas a verdade é que se tem conseguido uma boa ligação entre os operadores e os produtores, que marcam presença na Expoflorestal”. “A floresta está na moda” “A floresta está na moda e queremos fazer parte e contribuir para que assim continue”, afirma Jorge Loureiro, presidente executivo da Unimadeiras. A empresa aposta na X Expoflorestal porque “é um evento que reúne os principais players do mercado e é também um momento excelente para se discutirem e criarem tendências”. A Unimadeiras “é uma referência no sector” e vai apresentar-se na Expoflo-
restal como “uma empresa moderna, inovadora, irreverente e de vanguarda”, afirma Jorge Loureiro, acrescentando que a sua expectativa para a feira é “percepcionar um evento evolutivo, que se supera de ano para ano”. Jorge Loureiro visita “as feiras mundiais mais importantes e sei que nos encontramos no bom caminho”, até porque “é importante acompanhar os tempos e contribuir para que o sector florestal, aos poucos, se apresente com uma imagem mais moderna e atraente”. O presidente executivo da Unimadeiras indica ainda que “é um privilégio participar numa feira nacional e a maior expectativa é sentirmo-nos motivados a participar nos anos vindouros”. Há muito para conhecer no stand da Unimadeiras.
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De 10 a 12 de Maio no Regia-Douro Park
‘Douro TGV’ chega a Vila Real para promover “aceleração” do melhor da região
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comboio é um meio transporte de referência no Douro. Chegar à região nele ou passear junto às águas do seu rio é mítico e misterioso, transportando-nos para o passado e sua história. O ’Douro TGV’ chega a Vila Real, não em forma de comboio, mas de um evento que promete promover o melhor da região, ou seja, precisamente o ‘Turismo’, a ‘Gastronomia’ e o ‘Vinho’, daí as siglas. Promovido e tendo como palco o Regia-Douro Park - Parque de Ciência e Tecnologia, acontece de 10 a 12 de Maio, em Vila Real, a cidade que se quer afirmar como a porta de entrada para o Douro. « ‘Douro TGV – Turismo . Gastronomia . Vinho - Vila Real 2017’ são precisamente os temas que dão origem a este 16
naming que vão dar corpo a três dias de grande “aceleração” na região do Douro. Um evento que se destina aos agentes e às gentes da região; aos diversos alunos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), futuros embaixadores da região; e todos os players cujas actividades versem turismo, gastronomia e vinho. Começamos por “forrar o estômago” com a ‘Gastronomia’ a dar mote ao primeiro dia, 10 de Maio. Sob a designação ‘Douro Gourmet’ o programa divide-se em quatro abordagens temáticas: Douro Internacional, Douro Integral, Douro Glocal e Douro Mundial. A moderação fica a cargo de Duarte Calvão – consultor gastronómico da Associação de Turismo de Lisboa, director do Peixe em
Lisboa, co-autor do blog Mesa Marcada e que durante vários anos escreveu sobre gastronomia e restaurantes nas páginas do Diário de Notícias – e Teresa Albuquerque, vice-presidente do Instituto Internacional Casa de Mateus. A apresentar casos de sucesso e a debater novas oportunidades para o Douro estarão chefes de renome, gastrónomos e especialistas em produtos como porco bísaro, a maçã, a castanha, o azeite, ervas e flores comestíveis. Não faltarão momentos de degustação, de produtos endógenos, mas também de sabores mais exóticos e inusitados. A realidade aumentada e a procura de soluções integradoras de serviços e produtos trazem uma nova perspectiva às relações entre clientes e empresas, www.gazetarural.com
pessoas e territórios. O tema ‘Turismo’ embarca no ‘Douro TGV’ na tarde de dia 11. Sob o mote ‘Douro 3.0.’ vai ser explorada a vertente tecnológica ligada ao turismo: as viagens são cada vez mais planeadas com base em visitas prévias, feitas através do mundo digital. Quem navega no Douro? Uma questão com duas dinâmicas – em sentido lato e do ponto de vista virtual – e que será abordada no evento. Neste dia serão apresentados alguns projectos de investimento turístico que estão previstos para o Douro. The last but not te least: a sexta-feira, dia 12, é dedicada ao ‘Vinho’. A manhã vai ser de trabalho em duas frentes. Pelas 9,30 horas começa uma ‘Viagem Enológica’ por diferentes regiões vitivinícolas, com a presença e testemunho do espanhol Raúl Perez, da francesa Valerie Lavigne (a confirmar) e do luso-australiano David Baverstock, e moderada por Tim Hogg, cientista na área da enologia, reconhecido professor universitário e director do Centro de Excelência da Vinha e do Vinho (CEVV), inserido no Regia-Douro Park. Ao mesmo tempo, acontece a primeira edição do ‘Concurso de Vinhos Douro TGV by Regia-Douro Park’, no qual serão eleitos por um ecléctico painel de jurados os melhores brancos e tintos, de entre os vinhos presentes na ‘Mostra de Vinhos e Sabores Douro TGV’, que tem lugar nesse mesmo dia, pelas 16,30 horas – aberta ao público e de entrada gratuita. A tarde começa com um painel sob o mote ‘O Vinho e o Digital’, dividido em três subtemas: ‘A Escrita e Crítica Digital’, ‘Ferramentas Digitais ao Serviço do Vinho’ e ‘Vinhos, Filhos do Digital’. Nesta última parte teremos dois vinhos em palco: um preview do branco e tinto ‘Bons Rapazes by Lavradores de Feitoria’, vinhos da autoria da dupla Tiago Froufe da Costa e Pedro Teixeira (actor da TVI) em parceria com a Lavradores de Feitoria; e o quase esgotado ‘Bebes. Comes’, um DOC Dão do casal de bloggers Joana Marta e Pedro Moreira e da enóloga Lúcia Freitas. O programa final do evento e outras informações vão estar disponíveis no site do projecto Regia-Douro Empreendedor, promovido pelo Regia-Douro Park, em www.regiadouroempreendedor.com. O acesso ao ‘DOURO TGV’ é gratuito, mas implica inscrição prévia, que deve ser feita até dia 05 de Maio através do e-mail eventos@regiadouro.com ou do telefone 259 308 200. www.gazetarural.com
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Com a presença de Maria João Almeida
Lusovini promoveu jantar temático regado com vinhos do Dão
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jornalista Maria João Almeida foi a primeira convidada do ciclo de jantares temáticos que a Lusovini, empresa sedeada em Nelas, irá realizar mensalmente. O objectivo, segundo Casimiro Gomes, “é promover o vinho do Dão, num ambiente descontraído”. O próximo vai ser em Maio, mês de Fátima, e o administrador da Lusovini convidou o bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro. “Pretendemos que sejam jantares informar, para uma sexta-feira descontraída como pontapé de saída para o fim-de-semana, onde podemos conversar sobre tudo, enquanto degustamos um bom jantar acompanhados de um bom vinho do Dão”. Entre os convidados do repasto, estavam o presidente da Câmara de Nelas, Borges da Silva, e a vereadora Sofia Relvas. Maria João Almeida, a convidada especial, falou sobre o seu livro “O vinho na ponta da língua”, escrito numa linguagem acessível para que qualquer consumidor possa tirar 18
algumas dicas, mesmo que não perceba nada de vinhos. “O livro é dedicado a todos os apreciadores de vinho, mas que não entendem nada dos aspectos técnicos”, explicou. Para a autora, “o que havia no mercado era mais técnico, muito sério, pelo que optei por simplificar e descomplicar o mundo do vinho”. O jantar, na “Taberna da Adega”, foi harmonizado com vinhos da Lusovini, escolhidos pela enóloga Sónia Martins. O espumante Pedra Cancela Bruto recebeu os convidados, a que seguiram, ao jantar, dois brancos, o Pedra Cancela Malvasia e Encruzado 2015 e o Flor de Nelas Emiliano Campos Encruzado 2014, e dois tintos, o Flor de Santar tinto 2015 e o Pedra Cancela Reserva Tinto 2014, que harmonizaram, respectivamente com a entrada de Camarão em tempura e geleia de citrinos e gengibre; o lombo de Bacalhau confitado, puré de abobora e pach choi; o naco de vitela braseado com molho de madeira e batata troneada. No final o Andresen LBV 2011 acompanhou a tartelette de chocolate e caramelo. www.gazetarural.com
Sexta edição terá lugar de 19 a 21 de Maio
Festival do Vinho do Douro Superior 2017 celebra-se em Foz Côa
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e é amante de vinho e das emblemáticas paisagens do Douro, com o seu altaneiro rio, assinale já na agenda estas datas: 19, 20 e 21 de Maio. A cidade de Vila Nova de Foz Côa, na sub-região do Douro Superior, vai receber pelo sexto ano consecutivo o ‘Festival do Vinho do Douro Superior’ (FVDS). O “palco principal”, no que toca aos vinhos, sabores e à música, vai estar montado no EXPOCÔA - Centro de Exposições de Vila Nova de Foz Côa, mas a animação, essa, estende-se à cidade. A inauguração oficial do ‘FVDS 2017’ está marcada para sexta-feira, dia 19, às 18 horas, e contará com a presença de um representante do Governo e do presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, Gustavo de Sousa Duarte, o grande mentor desta iniciativa, que ao longo dos últimos anos tem ajudado a dinamizar esta sub-região e a potenciar a cidade como a “Capital do Douro Superior”. www.gazetarural.com
Celebrar o carácter e singularidade dos vinhos do Douro Superior é o objectivo deste evento, que contará com a presença dos melhores produtores desta sub-região e inúmeras actividades ao longo dos três dias. O programa oficial do evento contempla o habitual ‘Concurso de Vinhos do Douro Superior’ e o anúncio dos respectivos resultados, assim como um Colóquio, subordinado este ano ao tema “Um Rio de Patrimónios, da Foz à Nascente”. A coordenação é João Paulo Martins, crítico de vinhos do Expresso e da VINHO - Grandes Escolhas, e estão já garantidas três presenças de peso: o jornalista Francisco José Viegas, o Professor Bianchi de Aguiar e o enólogo João Nicolau de Almeida. Ao vinho juntam-se os sabores, que estarão presentes nos stands e espaços de restauração do evento, a representar iguarias de Vila Nova de Foz Côa, mas
também dos concelhos circundantes: Carrazeda de Ansiães, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Mêda, São João da Pesqueira, Torre de Moncorvo e Vila Flor. São três dias de entrada livre completamente dedicados ao melhor da sub-região mais a montante do Douro. Além da mostra de vinhos, o festival contará com as habituais provas comentadas por especialistas: três no que toca aos vinhos (brancos, tintos e do Porto); e uma de azeites. A animação musical está garantida, em especial na noite de Sábado com um concerto de Tony Carreira, cuja entrada é gratuita. Recorde-se que a quinta edição, que decorreu em Maio de 2016, foi visitada por cerca de 7.000 pessoas. O evento contou com a presença de 60 stands de vinhos e dez ligados aos sabores e gastronomia local. 19
Poesia do vinho - II O que o vinho te parece? Vinho de talha em Alentejo abarcava gosto de saudade e tempero de melancolia. Sabor de pêssego a cor amarelada lembrou-me do sol de um dia cálido, no aroma notas dulcificadas de maracujá, discorro sobre um vinho italiano dentre risos aquecidos o balanço do dourado Douro em mais um pôr do sol único. Terno vinho do sudoeste da França trazia gosto dos lábios do amado, sabor de antes do rosto estar achegado: paladar de imaginação. Solta o pensamento feito pipa.
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Com sabor de manha outro tinto citava cheirinho de cereja que a seguir desapareceu, ninguém sentiu o aroma, entretanto havia o bálsamo, talvez sejam os lábios do enamorado que distraem e fazem desatar o rio Gironde a passar em Médoc. Em Saint Émilion as uvas são resguardadas da geada pelo rio Dordogne; os vinhos devem ter gosto de abraço, textura de pele fofa de coelho, aconchego de avó, beijo na garoa. Débora Corn
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Revela relatório da Organização Internacional da Vinha e do Vinho
Portugal foi o país com o maior consumo de vinho por habitante em 2016
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procura de vinho aumentou apenas 0,4% a nível mundial, em 2016, para os 242 milhões de hectolitros, em linha com a estagnação verificada desde a crise de 2008, sendo Portugal o país com maior consumo por habitante. No relatório anual de conjuntura, a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) indica que as maiores taxas de progressão do consumo de vinho se registaram na China (um aumento de 6,9% para 17,3 milhões de hectolitros), em Itália (uma subida de 5,3% para os 22,5 milhões de hectolitros) e, nos Estados Unidos (um crescimento de 2,5% para os 31,8 milhões de hectolitros). Olhando para o consumo por habitante, Portugal está no topo da lis-
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ta, com um consumo de 54 litros por pessoa e por ano, seguindo-se França (51,8 litros), Itália (41,5 litros) Suécia (41 litros), Suíça (40,3 litros), Bélgica e Argentina (31,6 litros em cada país), Alemanha (29,3 litros) e Austrália (27 litros). Espanha é o oitavo país com maior consumo por habitante (25,4 litros), seguida de dois países onde não se cultivam vinhas: a Holanda (24,5 litros) e o Reino Unido (24 litros). A produção de vinho caiu 3% para os 267 milhões de hectolitros em 2016, devido sobretudo a condições climáticas pouco favoráveis em alguns dos principais países produtores, sobretudo no hemisfério sul, como no Chile, na Argentina ou no Brasil, segundo a OIV.
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“Tons da Primavera”, de 18 a 21 de Maio
Festival de Street Art de Viseu chega a quintas do Dão
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Festival de Street Art de Viseu vai este ano chegar a cinco quintas onde se produz o vinho do Dão, ajudando a resolver algumas “dissonâncias arquitectónicas”, anunciou o presidente da autarquia, Almeida Henriques. A apresentação do evento, integrado no evento enoturístico do ano de Viseu “Tons da Primavera”, decorreu na Quinta Chão de S. Francisco, na freguesia de S. João de Lourosa, e é uma iniciativa promovida pelo Município de Viseu, com produção da Viseu Marca, em parceria com a Comissão Vitivinícola Regional do Dão. “Este ano, pela primeira vez e de forma inédita no país, o `street art` dará lugar à arte pública em espaço rural”, afirmou o autarca, durante a apresentação da iniciativa Tons de Primavera, que se realizará de 18 a 21 de Maio e que tem como evento âncora o Festival de Street Art. As quintas Chão de S. Francisco, Falorca, Turquide, Reis e Pedra Cancela vão abrir portas para receber criações de pintura mural de Tamara Alves, dos
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colectivos RUA e Ergo Bandits, de Tiago Lopes e do duo Luís Belo e Ana Seia de Matos, respectivamente. “Acrescentamos novas paisagens e tópicos de descoberta aos territórios rurais, ao mesmo tempo que desafiamos a arte pública a resolver algumas dissonâncias arquitectónicas no interior das quintas”, justificou o autarca. Também as escolas básicas de São João de Lourosa, Silgueiros, João de Barros e Ribeira, e a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) vão estar na rota do festival, recebendo intervenções artísticas, uma das quais dedicada à “figura histórica, visionária e mítica do capitão Almeida Moreira”. Almeida Henriques recordou as marcas que Almeida Moreira deixou na “modernidade da cidade”, enquanto fundador do Museu Grão Vasco, reformador da Feira de S. Mateus, autarca, coleccionador e mecenas de artes. No total, serão criadas dez novas “paisagens artísticas” durante este festival, por quatro colectivos e mais seis artistas (num total de 19 artistas).
O curador artístico do festival é o artista plástico DRAW (Frederico Campos), criador daquela que é considerada “a mais icónica pintura mural do centro histórico de Viseu”, situada na Rua Augusto Hilário. Nas edições de 2015 e de 2016 do Festival de Street Art de Viseu foram criadas 18 pinturas murais em toda a cidade, assinadas por 16 artistas e colectivos. O autarca sublinhou que o Tons de Primavera não é só `street art”, propondo também “eventos enoturísticos, culturais e de animação”, num total de 32 horas de programação que tem como ponto de encontro o Mercado 2 de Maio. O cartaz musical integra nomes como Rodrigo Leão e Scott Matthew, Rita Redshoes, Fingertips, Moullinex, Insert Coin e James Borges. As provas de vinho que se voltam a realizar na instalação “Entre Aduelas”, onde estarão representados dezenas de produtores, uma área de `street food`, oficinas artísticas e mostras de produtos artesanais são outros atractivos do Tons de Primavera.
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Festas do Concelho repetem êxitos anteriores
Bênção dos barcos continua a atrair milhares de visitantes a Constância
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erca de meio milhar de barcos, devidamente ornamentados, subiram até Constância para a tradicional bênção nas águas dos rios Tejo e Zêzere, naquele que é um dos momentos altos das Festas do Concelho, que decorrem anualmente no fim-de-semana da Páscoa, mas também pelo simbolismo que representa para os marítimos. Constância engalanou-se, mais uma vez, com a realização das Festas do Concelho 2017 e a Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, uma das mais imponentes festividades da região, com uma longa história e um significado especial para todos os que ali vivem ou para aqueles que durantes aqueles dias visitam o concelho ribeirinho do Tejo. A Festa de Nossa Senhora da Boa 24
Viagem é um evento marcado pela tradição, pela identidade e pela beleza, nunca descurando a parte humana de convívio fraterno. Muitos foram os visitantes que por lá passaram, não só pela vertente das festas e pelo programa das mesmas, mas também pelas ruas floridas com milhares de flores de papel feitas pelos habitantes e escolas da “Vila Poema”. O ponto alto dos festejos são as cerimónias religiosas que têm lugar no Dia do Concelho, segunda-feira de Páscoa, das quais se destaca a missa solene, a procissão em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem e as bênçãos dos barcos nos rios Zêzere e Tejo e das viaturas na Praça Alexandre Herculano. Tudo foi preparado para receber os visitantes, que assim pudessem des-
frutar de tudo o que a vila tem para oferecer, como as ruas floridas, o XXIX Grande Prémio da Páscoa em Atletismo/EDP Distribuição, a nona Caminhada, uma Mega Aula de Zumba, a XXVIII Mostra Nacional de Artesanato e a XI Mostra de Doces Sabores, as tasquinhas típicas, diversas exposições, a chegada das embarcações a Constância e um espetáculo piromusical. E porque o cartaz musical é um dos motores de sucesso das Festas, este ano os destaques foram Tim, HMB, Ferro & Fogo, Tributo aos Pink Floyd, a Tarde de Folclore, a Banda da Associação Filarmónica Montalvense e o Carrilhão Lvsitanvs. Novidade nas Festas deste ano foi a Tenda Jovem, um espaço onde foi possível prolongar a animação noturna. www.gazetarural.com
Nalguns caos perdas chegam aos 100 por cento
Granizo em Sever do Vouga destruiu pomares de mirtilo sem seguro
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ais de meia centena de produtores de pequenos frutos, afetados pela queda de granizo reuniram em Sever do Vouga, para reclamar apoio público para os prejuízos que, nalguns caos chegam aos 100 por cento. O encontro, promovido pela Câmara de Sever do Vouga, Mirtilusa e Bagas de Portugal, contou com a presença do deputado Carlos Matias (BE), da Comissão Parlamentar de Agricultura, e teve em vista avaliar a situação e analisar as medidas a tomar, face à devastação das culturas, que não estão cobertas por qualquer seguro. No final do dia 19 de Abril, uma chuva de granizo caiu na zona de Sever do Vouga, destruindo os frutos de mirtilo que estavam à espera de completar a maturação para serem colhidos, bem como outras culturas. “Tivemos uma destruição maciça dos pomares, não só mas sobretudo de mirtilos e em alguns locais foi “a varrer”. As zonas mais afetadas foram em Pessegueiro e Paradela do Vouga, mas ocorreu um pouco por todo o concelho, menos nas freguesias do norte”, descreveu o presidente da Câmara, António Coutinho. A queda de granizo, que não demorou mais de 15 minutos, estragou o que se perspetivava como um ano de boa produção e temporã, com colheitas já em Maio, o que daria aos produtores, alguns dos quais vivem quase exclusivamente do mirtilo, um preço superior. “O volume da exportação deverá reduzir, pelo menos, 20%”, estimou José Sousa, da Mirtilusa, enquanto Paulo Lúcio, da Bagas de Portugal, deu como exemplo uma encomenda de limas que estava para sair do país e o camião já não seguiu. Além dos mirtilos, foi perdida praticamente toda a produção de groselha e foram afetadas outras culturas como maracujá e citrinos, além de hortícolas. A agravar a situação, as produções não estavam seguras, o que leva o presidente da Câmara a apelar ao governo para intervir com urgência. “A Câmara Municipal está a desenvolver contactos com as instituições ligadas ao Ministério da Agricultura, no sentido de ver que apoio é que é possível. Há aqui um problema que é a inexistência de seguros www.gazetarural.com
porque não há seguros específicos para aquele tipo de culturas e as pessoas não o conseguiram fazer. Esperamos que o Ministério da Agricultura seja sensível a isso”, disse António Coutinho. O autarca apelou aos produtores para fazerem chegar prova pormenorizada dos prejuízos sofridos, para completar o levantamento já iniciado, e sexta-feira mesmo estiveram no local técnicos da Direção Regional de Agricultura para verificar no terreno as consequências.
“O prejuízo é grande e esperamos ter rapidamente concluído o respetivo relatório, que será enviado ao ministro da Agricultura e ao Parlamento”, deu conta o presidente da Câmara. António Coutinho refere que, em alguns casos, a próxima colheita pode também ser afetada, devido ao estado em que ficaram as plantas, pelo que está já a ser dado apoio técnico aos produtores, através da respetiva associação, a AGIM, para a recuperação dos pomares. 25
Conhecimento vai permitir a sustentabilidade da produção de castanha em
Investigadores portugueses desvendam mecanismo de defesa do castanheiro à doença da tinta
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ma equipa de investigadores do ITQB NOVA e do INIAV desvendou o mecanismo molecular da resistência do castanheiro asiático à doença da tinta, provocada pelo fungo Phytophthora cinnamomi. O trabalho foi publicado na revista Frontiers in Plant Science (http:// journal.frontiersin.org/article/10.3389/ fpls.2017.00515/full). A doença da tinta é responsável pela morte de milhares de castanheiros na Europa. É provocada por um microorganismo que vive no solo e que ataca as raízes da árvore, impedindo a absorção de nutrientes e água levando à degra26
dação e morte. O castanheiro asiático é mais resistente que as outras variedades a estes ataques, e os investigadores descobriram agora o motivo. Este estudo mostrou que a primeira linha de defesa é determinante para a resistência à doença. Quando atacado pelo microrganismo, o castanheiro asiático produz proteínas que conseguem proteger as raízes e espessar a parede das células, inibindo e reduzindo a sua virulência. Segundo Pedro Fevereiro, investigador do ITQB NOVA, os resultados agora publicados vão permitir o desenvolvi-
mento de marcadores moleculares para apoiar o programa de melhoramento do castanheiro. “Este conhecimento permitirá selecionar híbridos e variedades de castanheiro que sejam resistentes à doença, para garantir a sustentabilidade da produção de castanha em Portugal”. Este trabalho inclui-se no programa de melhoramento do castanheiro europeu, que venceu recentemente o Prémio Floresta e Sustentabilidade na categoria de Projetos de I&D. ITQB – Nova Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva www.gazetarural.com
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Associação Portuguesa de Agricultura revelou vencedores
Equipa da UTAD venceu as 24H Agricultura Syngenta
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s vencedores das 24H Agricultura Syngenta foram anunciados numa cerimónia realizada na Escola Superior de Agricultura de Coimbra (ESAC), coincidindo com as comemorações dos 130 anos desta instituição de ensino. A equipa classificada em primeiro lugar – The New Farmers, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) - recebeu das mãos do ministro da Agricultura, Capoulas Santos, o prémio da competição. Estiveram presentes na cerimónia de entrega de prémios representantes da Associação Portuguesa de Agricultura (APH), da Associação Internacional de Estudantes de Agricultura e Ciências Afins (IAAS) e da Sfori, as três entidades que organizam o evento, bem como dos patrocinadores do evento e alguns dos alunos que participaram nesta competição formativa inédita, que decorreu a 1 e 2 de Abril na ESAC. Os estudantes da equipa classificada em primeiro lugar receberam uma viagem a um Centro de Investigação ou unidade de produção industrial da Syngenta. Os estudantes das equipas classificadas 28
em segundo e terceiro lugar receberam a participação num evento organizado pela APH durante o ano de 2017.
Prémio Cooperação
1ª Classificada
Prémio Perseverança
The New Farmers - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) (Luís Miguel Vieira de Castro Martins Alves; Maria João Raro Guedes; Ana Cristina Teixeira Rocha Duarte; Cristiana Cunha Teixeira; Sofia José Fonseca Pereira)
BioLógicos - ESAC - Escola Superior Agrária de Coimbra - IPC
2 ª Classificada AgronomicaMente - Instituto Superior de Agronomia (ISA) (Francisco Barosa Vilela Pereira; Júlia Alves Roque Gonçalves; João Gonçalo Baudouin de Abreu; Nuno Afonso Ernesto Amaro; Pedro Alexandre Coelho Rodrigues)
3ª Classificada Chickshake5 - Universidad Politécnica de Valencia (Christian Cerezo Rebé; Francisco Hernández Aparicio; Carmen Ferreras López; Georgina Calvo Molinero; Martina López Molina)
litécnico de Viana do Castelo AgroLezíria - Escola Superior Agraria de Santarém
Prémio Práticos The New Farmers - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) Prémio Teóricos Chickshake5 - Universidad Politécnica de Valencia
Prémio Diurnos AgronomicaMente - Instituto Superior de Agronomia (ISA)
Prémio Nocturnos As Rampas Pivotantes - Instituto Superior de Agronomia (ISA)
Prémio Agricultura Precisão The New Farmers - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)
Prémio Simpatia SIGmáticos - Escola Superior Agrária - Instituto Po-
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24H Agricultura Syngenta – Flashes
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Propõe a Confederação Nacional da Agricultura
Agricultores defendem a criação de um estatuto da agricultura familiar
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Confederação Nacional da Agricultura (CNA) defende a criação de um estatuto da agricultura familiar portuguesa, considerando que é necessário criar mecanismos que apoiem e promovam este tipo de produção. “É necessário definir um estatuto que promova e apoie a agricultura familiar”, afirmou o membro da direcção da CNA Alfredo Campos, que falava numa conferência de imprensa na sede da confederação, em Coimbra. Segundo o dirigente, é essencial o reconhecimento jurídico da agricultura familiar, bem como a criação de vários mecanismos de apoio a esta produção. Para Alfredo Campos, a definição de um estatuto seria um primeiro passo para se criarem medidas direccionadas para a agricultura familiar, seja na criação “de linhas específicas de apoio à agricultura familiar”, seja na diferenciação deste tipo de negócio em matéria fiscal ou de Segurança Social. “Em vez de estrangular e eliminar [a agricultura familiar], é essencial que seja promovida e reconhecida”, notou Alfredo Campos. No seu último congresso, em 2014, a CNA tinha já elaborado uma proposta de estatuto que previa, entre outras medidas, o direito a linhas de crédito destinadas especificamente à agricultura familiar, a prioridade no acesso a mercados de proximidade e o direito “ao abastecimento prioritário de todas as instituições públicas e da economia social da região onde se insere a explo-
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ração agrícola”. Para aprofundar o debate em torno desse mesmo estatuto, a CNA promove em 23 e 24 de Junho uma conferência nacional dedicada ao tema, na Escola Agrária de Coimbra, para a qual o primeiro-ministro e o ministro da Agricultura já foram convidados. Segundo Alfredo Campos, os agricultores pretendem ver “o estatuto consagrado como lei”, sublinhando que, na última reunião tida com o líder do executivo, em Fevereiro, ficou com a informação de que o Governo “estará a trabalhar nesta área”.
“É o momento de passar das palavras aos actos”, frisou o dirigente da CNA, recordando que, num espaço de 24 anos, Portugal registou uma quebra de mais de metade das suas explorações agrícolas, passando de 598 mil em 1989 para 264 mil em 2013. A conferência nacional, que vai decorrer em Coimbra, em Junho, vai contar também com a participação de especialistas e académicos de diversas áreas, como a fiscalidade, economia, saúde pública, biologia, cultura, sustentabilidade de territórios ou climatologia.
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Adiantou o ministro da Agricultura, Capoulas Santos
Governo vai criar estatuto do jovem empresário rural para rejuvenescer população
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Governo vai criar o estatuto do jovem empresário rural e “definir apoios associados”, para promover “o rejuvenescimento da população rural”, disse o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos. O Governo pretende incentivar “a instalação de jovens empresários em actividades não agrícolas no mundo rural”. A medida pretende incentivar “a instalação de jovens empresários em actividades não agrícolas no mundo rural”, contribuindo para a “diversificação e estruturação do tecido económico regional”, adiantou Capoulas Santos. O ministro falava numa sessão que assinalou os 130 anos da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), que é o mais antigo estabelecimento de ensino do sector da agricultura em Portugal. No mesmo sentido, acrescentou Capoulas Santos, será criado o “banco de terras”, que visa principalmente “ceder terra para exploração a jovens agricultores com formação adequada” e cujo projecto do Governo já foi enviado para a Assembleia da República. Caso o parlamento aprove o projecto do Governo, o “banco de terras” pode constituir-se como um instrumento através do qual os jovens, designadamente alguns dos que frequentam a ESAC, possam estabelecer-se como “empresários agrícolas de sucesso”, desafiou o ministro. O Governo também está “empenhado em incentivar” a produção biológica, de modo a satisfazer a procura crescente destes produtos, afirmou Capoulas Santos. No âmbito do Plano de Desenvolvimento Rural (PDR) do quadro comunitário de apoio Portugal 2020 (PDR 2020), “até 2016 foram efectuados pagamentos a áreas sob compromisso de 223 mil hectares” (conversão e mawww.gazetarural.com
nutenção), que representam 6% da superfície agrícola útil do Continente, num valor de apoio previsional de cerca de 130 milhões de euros, para um período de cinco anos, sublinhou. Os valores alcançados são “muito superiores aos inicialmente previstos” no PDR 2020 (105 mil hectares, apoios de cerca de 95 milhões de euros), o que “atesta o interesse por este modo de produção”, sustentou o ministro. O modo de produção biológica está sujeito a uma “regulamentação rigorosa” e exige preparação dos produtores, salientou Capoulas Santos, congratulando-se pelo facto de a ESAC ter criado “esta formação tão especializada”. A ESAC é “um parceiro importante da estratégia para a agricultura biológica que o Governo quer implementar”, assegurou, enaltecendo o trabalho que a escola tem tido ao longo dos seus 130 anos de existência.
O vereador Carlos Cidade, que participou na sessão em representação do presidente da Câmara de Coimbra, também destacou o papel que o estabelecimento, integrado no Instituto Politécnico de Coimbra, tem desenvolvido, nomeadamente a sua ligação “exemplar” e “abertura à comunidade”. Considerando “fundamental a ligação do município às instituições de ensino superior e aos seus centros de investigação”, o autarca apelou para que “o trabalho conjunto” seja não só continuado, mas também potenciado, através de diversas iniciativas. Entre as acções preconizadas, Carlos Cidade propôs o desenvolvimento de esforços para “uma eventual classificação da Mata da Escola Agrária como Reserva Natural de Interesse Local” e a hipótese de criação de um “museu científico da agricultura”, na Casa do Bispo, que integra o património da ESAC. 31
Cerca de 300 estão já em estado muito crítico
Há 9600 espécies de árvores em risco de extinção
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m todo o mundo são conhecidas cerca de 60 mil espécies de árvores. Destas, perto de 10 mil estão já sinalizadas como estando em perigo de extinção. Cerca de 300 estão mesmo em estado considerado muito crítico, já que estão reduzidas a pouquíssimos exemplares em todo o mundo. Levado a cabo pela Botanic Gardens Conservation International, organização especializada na preservação da diversidade botânica, o estudo agora divulgado é pioneiro na pesquisa deste ramo da natureza investigando a fundo as árvores, suas especificidades e ameaças. O Brasil é apontado como o país com a maior diversidade de árvores, com 8715 espécies conhecidas e catalogadas. A Colômbia surge em segundo lugar nesta tabela com 5.776 espécies conhecidas, com a Indonésia a ter no seu território nada mais nada menos que 5.142 diferentes tipos de árvores. No outro lado do espectro, surge a América do Norte, com 1.400 espécies, e o Árctico e a Antártida sem qualquer espécie de árvore identificada. A extensa base de dados foi criada graças ao trabalho de 500 botânicos, determinados em recensear o máximo de árvores, para uma mais eficaz preservação das espécies ameaçadas. Lado a lado com este registo formal, houve igualmente um importante trabalho de recolha de sementes, para posterior replantação ou conservação, que se espera consiga evitar a extinção destas espécies devido à desflorestação e sobreexploração das florestas. Green Savers
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Anunciou a Presidência da República
Marcelo Rebelo de Sousa promulgou diploma sobre entidades de gestão florestal
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Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou um diploma do Governo que estabelece o regime jurídico de reconhecimento das entidades de gestão florestal, anunciou a Presidência da República. De acordo com o sítio “online” da Presidência, este diploma cria o enquadramento normativo para estabelecer o regime jurídico daquelas entidades. Na última semana cinco propostas de lei do Governo integradas na reforma das florestas, que a tutela pretende implementar até Junho - e que envolve ao todo 12 diplomas -, foram discutidas no parlamento. Destas 12 propostas, duas já estão em vigor, uma já foi promulgada e quatro aguardam promulgação do Presidente da República, enquanto as restantes cinco foram remetidas a apreciação parlamentar por se tratar de matérias com competência reservada ao parlamento. Os diplomas estão em discussão na comissão de Agricultura e Mar. O ministro da Agricultura, das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, explicou que estas propostas visam “uma reforma profunda que ataca aqueles que são os principais problemas que têm contribuído para o não aproveitamento deste importante activo de que o país dispõe, como têm contribuído para o aumento do risco de incêndio”. A alteração do regime jurídico das acções de arborização e rearborização, a criação de um banco nacional de terras e um sistema de informação cadastral de propriedades são algumas das propostas em discussão no plenário, que irá também analisar dois projectos de lei do BE -- um estabelece um “regime jurídico para as acções de arborização, rearborização ou adensamento florestal” e o outro visa criar também um banco público de terras agrícolas. Uma das propostas que foram discutidas no parlamento diz respeito à altewww.gazetarural.com
ração do regime jurídico das acções de arborização e rearborização, para “reforçar os mecanismos de comunicação entre todas as entidades e criar regras para o cultivo do eucalipto”. Outra das propostas diz respeito à criação de um banco nacional de terras, no qual o Governo vai integrar todo o património agrícola e florestal do Estado. Capoulas Santos explicou que o objectivo é que o património agrícola venha a ser distribuído por jovens agricultores e o florestal a entidades de gestão florestal. Em Março, após o Conselho de Ministros dedicado à floresta, o ministro tinha declarado que o banco de terras integrará “todo o património rústico sem dono conhecido, que vier a ser identificado”. A gestão deste banco pode pertencer ao Estado, que a poderá ceder, provisoriamente, a entidades de gestão florestal “ou outras”, mas sem poder ceder ou transaccionar “de forma definitiva qualquer propriedade sem dono conhecido” por 15 anos. A terra poderá ser restituída ao “seu legítimo proprietário em qualquer momento, se entre-
tanto for identificado”. Será ainda criado um fundo de mobilização de terras, com as receitas da venda e arrendamento das propriedades do banco das terras. A discussão parlamentar incluiu também uma proposta de lei que visa a criação de benefícios fiscais a entidades de gestão florestal e outra que introduz “inovações na defesa da floresta”, nomeadamente a limpeza de combustíveis em torno das edificações. A criação de um sistema de informação e cadastro de todas as propriedades nestas áreas é outro dos objectivos da tutela, que pretende isentar de custos até 31 de Dezembro de 2019 todos os actos de registos. Em Março, o Governo anunciou que até ao verão vão estar no terreno 20 novas equipas de sapadores florestais (operacionais antes do final de Junho) e que no outono avança o processo para reequipar 44 equipas. Capoulas Santos informou então que o concurso para aquisição de viaturas todo-o-terreno e equipamento especializado já recebeu visto do Tribunal de Contas. No âmbito da reforma da floresta, pretende-se ainda facultar aos municípios um parecer vinculativo às autorizações de florestação e reflorestação.
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Últimas No início do mês de Maio
Governo abre concurso de 27 ME para fileiras do pinho, sobro e eucalipto
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Governo vai abrir um concurso para as fileiras do pinho, sobro e eucalipto no valor global de 27 milhões de euros, anunciou o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos. A medida, explicou o governante ouvido na Comissão de Agricultura e Mar, insere-se no âmbito da reforma das florestas. “No início de Maio estaremos em condições de abrir três concursos de nove milhões de euros cada para as fileiras do pinho, sobro e eucalipto”, disse Capoulas Santos. António Costa já tinha anunciado que iria ser aberto um concurso de 18 milhões de euros para financiar investimentos na melhoria da produtividade da área de eucalipto. Durante a audição parlamentar, o ministro anunciou também que em Maio irá submeter a conselho de ministros legislação sobre a agricultura biológica, de forma a “suprir uma lacuna” de uma área que está a crescer em Portugal e por toda a Europa. Ao nível da internacionalização do sector agrícola, Capoulas Santos disse aos deputados que foram já abertos 28 mercados para 83 produtos “e neste momento outros 55 mercados para mais de 150 produtos de origem animal e vegetal”. Capoulas Santos aproveitou ainda a presença no Parlamento para fazer um balanço sobre o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, destacando que Portugal apresenta “uma boa taxa de execução” (cerca de 30%) e é actualmente o sexto estado-membro da União Europeia com melhor execução financeira do programa. A intenção do Executivo, disse, é ir além dos 100% de execução até ao final de 2017, ano em que estão em causa um total de cerca de 600 milhões de euros, de forma a “compensar as baixas taxas de execução de 2014 e 2015”. Segundo o governante, foram recebidas até ao momento 33.205 candidaturas ao programa, tendo sido enviadas para contratação um total de mais de 10 mil candidaturas. 34
Constituído Grupo de acompanhamento de negociação da PAC Luís Capoulas Santos anunciou também que o Governo já tem constituído o grupo de acompanhamento para ajudar a definir as posições de Portugal na negociação sobre o futuro da Política Agrícola Comum (PAC). “Esta estrutura caracteriza-se pela sua componente técnica independente, com recurso a destacados especialistas na matéria e uma componente de diálogo e auscultação permanente do sector agrícola através das suas organizações mais representativas”, resumiu o ministro. O painel de peritos será composto por diversas personalidades do meio académico tais como António Serrano, Teresa Pinto Correia e Mário de Carvalho (Universidade de Évora),
Arlindo Cunha e Miguel Sottomayor (Universidade Católica do Porto), Artur Cristóvão (UTAD), Francisco Cordovil (ISCTE), Francisco Avillez, Ricardo Braga, Raul Jorge e José Lima Santos (Universidade de Lisboa) e Maria de Belém Costa Freitas (Universidade do Algarve). A Comissão de Representantes, por sua vez, será constituída pela Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, Confederação dos Agricultores de Portugal, Confederação Nacional da Agricultura, Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, Confederação Nacional dos Jovens Agricultores e do Desenvolvimento Rural e a Federação “Minha Terra”. www.gazetarural.com
Entre 5 de Maio e 11 de Junho
Albergaria-a-Velha lança I Roteiro Gastronómico de Carne Marinhoa
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lbergaria-a-Velha vai lançar o I Roteiro Gastronómico de Carne Marinhoa, que decorre em sete restaurantes do concelho, entre 5 de Maio e 11 de Junho. O roteiro implica a confeção e divulgação de pratos que tenham a carne marinhoa como base. “Naco à Marinhoa”, “Costeletão à Marinhoa”, “Aba de Vitela em Forno a Lenha”, “Chanfana à Marinhoa” são algumas das 30 propostas que os restaurantes aderentes apresentam. A carne marinhoa é um produto endógeno da região e do concelho de Albergaria-a-Velha, proveniente da raça bovina marinhoa, que tem origem no Baixo Vouga. Foi registada, no âmbito da Comunidade Económica Europeia, como Carne DOP – Denominação de Origem Protegida, em 1994, e certificada como produto de Qualidade (DOP) em 2000. A carne marinhoa varia do rosa pálido ao vermelho escuro, conforme a idade www.gazetarural.com
dos animais, é consistente e suculenta, com sabor intenso. Os restaurantes que aderiram ao Roteiro Gastronómico de Carne Marinhoa são o Solar, o Condado, o Petroleiro, a Pensão Restaurante Parentes, a Casa da Alameda, o Papaduxo e o Lusitano, situados na cidade de Albergaria-a-Velha, e o restaurante Fortaleza, em S. João de Loure. As vacas marinhoas resultam do cruzamento das raças mirandesa e minhota, de forma a obter um animal adaptado à paisagem do Baixo Vouga Lagunar, capaz de puxar redes na Arte da Xávega, de carregar moliço para adubar as terras e de andar nos campos de arroz. É um animal possante, de pernas altas, adaptável a vários ambientes, mas dócil e calmo. Na década de 1940 foram registados mais de 23 mil animais na região do Baixo Vouga, mas esse número sofreu um forte declínio nas décadas
seguintes, com as marinhoas a serem substituídas pelas vacas leiteiras, em explorações agropecuárias. Entre as décadas de 1980-90 ressurge um interesse pela vaca marinhoa, através da Direcção-Geral de Pecuária e da Associação de Criadores da Raça Marinhoa, que culmina com o registo DOP e a Certificação de Qualidade (DOP). São animais muito apreciados, que não foram atingidos pelas epidemias bovinas da década de 1990, que originam uma carne de grande qualidade e muito procurada. O Roteiro Gastronómico da Carne Marinhoa é uma organização conjunta do Município de Albergaria-a-Velha e do CLDS Albergaria Integra’T, em colaboração com a Associação para o Desenvolvimento da Estação de Apoio à Bovinicultura Leiteira (AEBL) e a DonAldeia – Associação de Promoção e Desenvolvimento Rural. 35
Iniciativas no âmbito da Feira Nacional de Agricultura
CNEMA promove concursos de mel e azeite em Maio
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Centro Nacional de Exposições, em Santarém, vai ser palco do Concurso Nacional de Mel e do Concurso Nacional de Azeites de Portugal nos dias 12 de Maio e 19 e 22 de Maio, respectivamente. O objectivo principal da oitava edição do Concurso Nacional de Mel, que a Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo realiza em conjunto com a Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP) é dar a conhecer e premiar os méis portugueses de elevada qualidade, contribuindo para a sua promoção e divulgação, junto dos consumidores.
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O Concurso Nacional de Azeites de Portugal, evento que decorrerá a 19 e 22 de Maio, é co-organizado pelo Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo e pelo Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, com o patrocínio do Conselho Oleícola Internacional. Recorde-se que esta é a primeira competição nacional a ser reconhecida pelo Conselho Oleícola Internacional e acolherá a primeira edição do Prémio Mario Solinas Portugal, contando com o contributo dos mais brilhantes provadores nacionais e estrangeiros, em vários dias de provas cegas, para distin-
Ano XIII | N.º 292 | Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968044320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Redacção: Luís Pacheco | Opinião: Miguel Galante | Paulo Barracosa Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546
guir os melhores azeites portugueses. Com a realização destas actividades o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas pretende premiar, promover, valorizar e divulgar a qualidade, especificidade e a diversidade dos produtos portugueses. Estes Concursos enquadram-se no âmbito de um conjunto de iniciativas promovidas pelo CNEMA, onde se incluem também outros Concursos Nacionais de Produtos Tradicionais Portugueses bem como os Concursos Nacionais de Mel e de Azeite e o Salão Prazer de Provar integrados na 54ª Feira Nacional de Agricultura/64ª Feira do Ribatejo.
Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | Tel. 232 411 299 Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 2000 exemplares www.gazetarural.com Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
Lançamento público decorreu no Ministério dos Negócios Estrangeiros
Federação das Associações da Diáspora lançou Plataforma Digital
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ealizou-se no Ministério dos Negócios Estrangeiros o lançamento público da Plataforma Digital da Federação das Associações da Diáspora. Foi a 19 de Abril que dado o “clique”, que lançou para o ar esta Plataforma Digital, pela mão do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, pelo presidente da Direcção da FAD, Manuel Bettencourt e pelo presidente da Assembleia Geral da FAD, José Ernesto. “Este momento é carregado de enorme simbolismo para a FAD, pois,
é o seu primeiro grande desafio, após a tomada de posse dos seus órgãos sociais, que acaba de ser alcançado com sucesso, estando desta forma uma ferramenta ao dispor das associações da Diáspora”, refere a aquela organização em comunicado. Trata-se de uma Plataforma que permitirá uma relação mais próxima com as associações espalhadas pelo mundo, colocando à sua disposição um conjunto de informações úteis, um espaço aberto de comunicação, de partilha e de apoio permanente. Esta estrutura informática permi-
tirá ainda a todas as associações da Diáspora associadas da FAD, usufruir de um microsite próprio da sua respetiva associação, com total autonomia de conteúdos para divulgação da sua atividade junto da comunidade local do país onde estão inseridos. A FAD tem agora um novo desafio, de potenciar esta ferramenta digital ao serviço das associações, aumentando o número de associados, por forma a criar dinâmicas entre as associações e estabelecer um conjunto de parcerias que possam beneficiar diretamente as associações.
Festival realiza-se nos dias 3 e 4 de Junho
Primeiras cerejas do ano já se colhem em Resende
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m meados de Abril, as primeiras cerejas do ano já foram colhidas em Resende. É na zona ribeirinha do Douro, em Resende, que se colhem as primeiras cerejas de toda a Europa, que conseguem chegar ao mercado duas a três semanas antes em relação às cerejas produzidas nas restantes regiões de Portugal. Os consumidores de todo o país aguardam com grande expectativa a chegada das cerejas de Resende ao mercado, pois são conhecidas pelo seu aspecto, com uma epiderme vermelha bem pronunciada, pela crocância e, principalmente, pelo seu sabor doce conferido pelas condições de um clima quente e pelas características do solo www.gazetarural.com
exponenciado pelas encostas sobranceiras do rio, que permite a maturação precoce deste fruto que é o ex-libris do concelho. O número suficiente de horas de frio abaixo dos 7ºC, que se sentiu na região durante o último inverno, permitiu uma boa dormência dos órgãos de frutificação das cerejeiras que, aliadas às excelentes condições climáticas da primavera, proporcionaram uma boa floração e, posteriormente, um bom vingamento deste fruto. As cerejas vão ser recebidas em festa nos próximos dias 3 e 4 de junho, com a realização do Festival da Cereja pelo Município de Resende, reunindo mais de 100 produtores que disponibiliza-
rão este produto a preços especiais. O evento contará com a presença do programa “Aqui Portugal” da RTP. 37
No concurso “Uva de Ouro 2017”
Espumante Terras do Demo Malvasia Fina conquistou “Prémio Excelência”
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espumante “Terras do Demo”, branco bruto 2015, casta Malvasia Fina, conquistou um “Prémio Excelência” no concurso “Uva de Ouro 2017”. A prova foi realizada na Escola de Turismo do Estoril, que integra a rede de Escolas do Turismo de Portugal, na presença de 80 jurados, entre enólogos, sommeliers, produtores, escanções, distribuidores e consumidores. Esta é mais uma honrosa distinção para o espumante produzido pela Cooperativa Agrícola do Távora, de Moimenta da Beira. O Terras do Demo Malvasia fina é o resultado da paixão pelos espumantes de qualidade. Com um método de produção aprimorado, conseguiu-se criar um espumante premiado com uma qualidade reconhecida. De aspecto límpido e com bolha fina e persistente, a vinificação deste produto ocorre em sistema de “Bica aberta” com decantação e fermentação a baixas temperaturas controladas. A maturação e envelhecimento ocorrem segundo uma evolução lenta, com arredondamento dos picos do frutado a partir dos 12 meses. Os aromas complexos acontecem na fase posterior de envelhecimento. Este é um espumante ideal para acompanhamento de mariscos, ostras, peixes, aves e carnes brancas”, escreve na sua página digital a “Vinha”, uma loja 100% dedicada ao bom vinho português.
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