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IS THE FUTURE
’S = O futuro
EVERYONE
é de todos. 07/09/17
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Sumário
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Festa da Castanha de Sernancelhe comemora 25 anos
Saudade é a nova marca de castanha portuguesa
Produtores de castanha de Bragança falam em calamidade e pedem ajuda ao Governo
Produtores de castanha de Marvão preveem ano péssimo
Feira da Tigelada e do Mel promove doce típico de Proença-a-Nova Oleiros promove Mostra dos Frutos de Outono
Olivicultores do Alentejo esperam menos produção de azeitona e de azeite
Produtores de leite do Planalto Mirandês estimam quebras de um terço Mais de 80% de Portugal continental em seca severa em Setembro
Região dos vinhos de Lisboa quer duplicar vendas no Norte em cinco anos
Wine in Azores 2017 vai avaliar criatividade e conceito da imagem dos vinhos presentes ‘Grandes Escolhas - Vinhos & Sabores’ premeia visitantes com 10 ‘Grandes Provas’
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Aldeia de Ervidel prepara Vin&Cultura 2017 APPACDM vai produzir um vinho único no mundo
Feira da Maçã Bravo de Esmolfe 2017 não defraudou as expectativas Cooperativas agrícolas têm contribuído para uma maior coesão nos Açores
Sector leiteiro da Ilha do Pico ganhou nova fábrica Produtores de leite querem aumento do preço para acompanhar Governo avalia combate à vespa-asiática que afecta já 12 distritos
Planos regionais de ordenamento da floresta prontos em 2018 UTAD lança pós-graduação em Floresta Urbana
Vegan ganha adeptos em Portugal e novas marcas chegam ao mercado Rede Europeia de Cidades do Vinho organiza o Dia Europeu do Enoturismo Territórios de montanha debatidos em Arcos de Valdevez
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António Mateus diz que esta data “merece uma comemoração especial”
Festa da Castanha de Sernancelhe festeja 25 anos
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ernancelhe vai comemorar os 25 anos da Festa da Castanha com a edição 2017, que terá lugar de 17 a 29 de Outubro no Expo Salão. Este ano haverá algumas novidades, desde logo com maior animação no exterior do pavilhão, bem como um “novo grafismo na apresentação dos espaços” e com a “uniformização dos stands, com uma logo marca”, como adiantou o vereador do pelouro da Cultura da Câmara de Sernancelhe à Gazeta Rural. António Mateus destacou o “programa recheado” e “muita dinamização”, para comemorar as bodas de prata de um certame que pretende promover e valorizar os produtos locais, com destaque para a castanha e a variedade Martaínha.
te gastronómica, com um aumento do número de restaurantes, de espaços e tendas gastronómicas, onde mais uma vez vamos valorizar a gastronomia com base na castanha, seja nas entradas, nos pratos principais e nas sobremesas e doçaria. Iremos ter também uma forte aposta na animação e na parte cultural do evento, com grupos de rua e com sketches ao longo da feira, mas também com momentos fixos em palco. Este ano a novidade é que teremos um segundo palco. Temos apostado muito no palco no interior do Exposalão, mas como se prevê um Outono com temperaturas agradáveis, mesmo à noite, iremos apostar num palco no exterior, que dará as boas vindas aos visitantes. Terá uma animação na vertente popular e tradicional, com concertinas, folclore, fado à desgarrada e também música popular. No sábado teremos os concursos do Melhor Doce e a Melhor Castanha Martaínha e Longal; a melhor montra, e, este ano, teremos também um desafio de valores para as escolas do concelho, tal como no ano passado, tendo por base a castanha. A juntar a tudo isto teremos o V Capítulo da Confraria da Castanha, com a entronização de novos confrades, e um passeio equestre, o que é uma novidade, pela grande mancha de soutos de Martaínha, por onde passarão também os passeios pedestres, que deverão ocorrer durante todo o dia face ao elevado número de interessados. Ainda na tarde de sábado, teremos por cá a RTP, numa emissão em directo para todo o mundo.
Gazeta Rural (GR): Que novidades haverá na XXV Festa das Castanha? António Mateus (AM): Esta é uma edição especial, pois a Festa da Castanha faz 25 anos, pelo que esta data merece uma comemoração especial. Vamos fazer um balanço do que foram estas duas décadas e meia, no qual repescamos tudo aquilo que mais se evidenciou nestes 25 anos. Queremos ter uma festa genuína, como sempre foi, onde estará a Martaínha como variedade rainha e ponto fulcral deste evento, tudo isto associado à castanha, aos produtores, aos transformadores, para além de um programa recheado e a dinamização que queremos para esta festa. Pretendemos, logo no dia da abertura, mostrar e evidenciar o produto e os produtores, que este ano terão um lugar especial no Expo Salão, bem como haverá um novo grafismo na apresentação dos espaços, pois estamos a trabalhar na uniformização dos stands, com uma logo marca, e também para a própria distribuição. Haverá sacos e embalagens idênticas para todos os produtores, no sentido GR: Há preocupação com o tempo seco, que pode de uniformizar e valorizar este produto. afectar a produção de castanha. O que tem ouvido Vamos também fazer uma grande aposta na vertendos produtores?
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AM: Desde muito cedo que têm demonstrado preocupação. Sentimo-lo no nosso gabinete de apoio aos produtores de castanha. Aquilo que ouvimos não é muito favorável, pois desde há algum mostraram preocupação com o tempo quente, mas, mais do que isso, um ano seco. O problema surge e foi fortificado durante o mês de Setembro e que continua durante este mês de Outubro, com temperaturas elevadas. O castanheiro, como árvore de grande porte, consegue absorver alguma água em profundidade, o que faz com que algum calor lhe seja favorável, mas numa altura em que o fruto começa a estar pronto, o ouriço está a ficar desidratado, o que faz com que o calibre da castanha seja mais pequeno, ainda que no início da campanha isso seja normal, crescendo como o decorrer da mesma. A certeza que temos nesta altura é que haverá uma produção menor e com um calibre mais reduzido. Se durante o mês de Setembro as temperaturas nocturnas eram mais baixas e havia alguma orvalhada, que permitiu que o ouriço se fosse hidratando, este mês isso não tem acontecido e o problema está mais agravado. GR: No âmbito da Festa, vai ser apresentado o plano de valorização da castanha, promovido pela Associação Comercial de Sernancelhe. Como vê este projecto? AM: É um projecto muito interessante, que visa acima de tudo a promoção e valorização da castanha, utilizando as novas tecnologias, desde os meios de comunicação, às redes sociais, bem como a criação de um site onde estarão incluídos e identificados todos os produtores e a forma de adquirir este produto. Além de haver esse cadastro de produtores, existe também uma forte componente na promoção e valorização da castanha, no sentido de criar uma imagem nova para a castanha. Este projecto “Castanha com todos e todos com a castanha” visa incluir e trazer as pessoas para este mundo da castanha. O que se pretende é criar uma imagem que valorize este produto, não só como fruto, ou venda directa por parte dos produtores, mas que também incluiu outros
parceiros neste projecto, como a Escola Profissional de Sernancelhe, nomeadamente os cursos de Hotelaria e Restauração, no sentido de fazer a transformação deste produto para a gastronomia, criando um receituário de ementas que têm por base a castanha, com uma nova imagem, porque os olhos também comem.
GR: A castanha do concelho vai além-fronteiras. Essa aposta na exportação mantem-se? AM: Diria que apenas os naturais da região, ou quem a cá a compra, terão oportunidades de saborear a variedade Martaínha, porque a produção que entra no retalhista é exportada, porque tem qualidades de excelência, tem apresentação, calibre, facilidade no descasque, paladar e tem potencial para a indústria alimentar. Estados Unidos, Canadá, Brasil e também alguns países europeus são o destino da mesma.
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Lançada pela Frusantos, de Sernancelhe, em Madrid
Saudade é a nova marca de castanha portuguesa
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audade – Sabores do Coração” é uma nova marca de castaO projecto de internacionalização da Frusannha portuguesa que vai ser lançada pela Frusantos, empretos é co-financiado pelo Programa Operacional sa portuguesa fundada em 1982. A pensar na internacionalização, a (Norte 2020), com o montante de investimenSaudade vai ser apresentada em Madrid durante a Fruit Attraction, to elegível global de 425.628,33€, dos quais uma das principais feiras empresariais de frutas e legumes do mer188.851,50€ são do Fundo Europeu de Desenvolcado europeu, que decorre entre 18 e 20 e Outubro e atrai 60 mil vimento Regional (FEDER); e 4.170,83€ do Fundo profissionais de 110 países. Social Europeu (FSE). Actualmente, mais de 50% das vendas da Frusantos são feitas Sedeada em Ferreirim, Sernancelhe, a Frusanfora de Portugal e a intenção é reforçar as exportações com a tos comercializa e distribui produtos agrícolas, criação de uma marca distintiva, associada a um produto sazonal com destaque para a castanha, batata de semende elevada qualidade. A Saudade valoriza a castanha da variedate e consumo, cebola, cereja, maçã, azeite, entre de martaínha, produzida em Sernancelhe e em todos os conceoutros. Integra uma equipa polivalente e especialhos limítrofes que abrangem a área geográfica com classificalizada que acompanha todo o ciclo produtivo, para ção Castanha dos Soutos da Lapa DOP (Denominação de Origem garantir a qualidade e o cumprimento das normas Protegida). Alemanha, França, Suíça, Luxemburgo, Itália, Espade mercado. Tem cerca de 32 trabalhadores e no penha, Estados Unidos e Canadá são mercados prioritários. “A ríodo de campanha da castanha torna-se num dos castanha portuguesa está muito bem conotada nos mercados maiores empregadores do concelho de Sernancelhe. internacionais e a variedade martaínha é diferenciadora: são Em 2016 registou uma facturação de 11 milhões de castanhas mais doces, muito brilhantes e fáceis de descascar. euros, 50% fora do país. Não havia uma marca que destacasse estas características distintivas e o nosso objectivo é dar a conhecer este produto História da marca de alta qualidade, sazonal, que o consumidor associa a uma época específica do ano e que traz saudades. Além do merA marca Saudade – Sabores do Coração foi inicialcado internacional, também temos como prioridade captar mente registada pelo fundador da Frusantos, João da consumidores no mercado nacional”, diz Tozé Santos, admiSilva Santos e por Rita Aquino Santos, - pais de Tozé nistrador da empresa. Santos e Miguel Santos, atuais administradores - com o “A Saudade – Sabores do Coração remete para a nossa objectivo de lançarem uma marca própria, identitária da região, conhecida por estar situada no coração de Portugal região. Em 2017, o projecto foi retomado. e ter produtos de excelência. Ao mesmo tempo, está ligada Destaca os produtos portugueses sazonais, de grande à história da nossa empresa, aos valores da família que qualidade, que evidenciam boas memórias. No caso da inspiram o negócio. Este ano comemoramos 35 anos de castanha, valoriza a variedade martaínha, produzida exexistência e o lançamento da marca também é uma forma clusivamente na região Soutos da Lapa e cuja colheita é de prestar homenagem ao fundador, João da Silva San90% feita manualmente. O branding foi desenvolvido pela tos, que já não está entre nós”, acrescenta Miguel Santos, TerraProjectos, consultora especializada no sector agroaigualmente administrador da empresa. limentar.
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SEDE Avenida Marquês de Pombal, nº 124 2590-041 Sobral de Monte Agraço Tel.: 261 941 441 E-mail: geral@autoagricolasobralense.pt
FILIAL Quinta da Alagoa, Est. De Nelas, Km 1.2 3500-606 Ranhados – Viseu Tel.: 232 247 570 E-mail: geralviseu@autoagricolasobralense.pt www.gazetarural.com 7
Fruto é pequeno e não há procura
Produtores de castanha de Bragança falam em calamidade e pedem ajuda ao Governo
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Associação de Produtores de Castanha Transbaceiro, no connum ano normal, a castanha nunca é paga a mecelho de Bragança, vai pedir a ajuda do Governo para o que nos de um euro e meio. descreveu como “a calamidade” que se abateu sobre a produção Segundo este produtor, não há intermediários à devido à seca extrema. procura da castanha como nos anos anteriores e O concelho de Bragança é dos maiores produtores nacionais mesmo aquela que tem alguma qualidade, não a de castanha e a associação representa quatro aldeias, onde 160 conseguem escoar. agregados familiares contavam com o rendimento de mil tonelaPara evitar as consequências maiores da seca, das deste fruto seco, que num ano normal rondaria 1,5 milhões Humberto apanha todos os dias a castanha que vai de euros. caindo e tem mil quilos para vender, à espera de “Esta campanha será uma calamidade para os produtores de comprador. castanha e uma tragédia para a economia da região “, afirmou, Maria Pilar Afonso, outra produtora, disse que o numa conferência de imprensa, Carlos Fernandes, presidente da que lhe querem pagar não dá para as jeiras (salário associação de produtores, que vai pedir uma reunião urgente ao diário) das cinco pessoas que trabalham diariamenMinistério da Agricultura e medidas ao Governo para minimizar te para ela. a situação. “Queremos que, perante esta situação real de caEntre as medidas, a associação quer que o Governo pondere lamidade para os produtores, o Governo encontre declarar situação de calamidade pública na produção do distrimedidas dentro das possibilidades orçamentais do to de Bragança, criar uma linha de crédito para os produtores, Estado para atenuar os efeitos negativos desta situaisenção do pagamento de contribuições à Segurança Social e ção perante os produtores”, reiterou o presidente da antecipação de subsídios. associação. A situação de seca extrema é a causa do problema, que não Carlos Fernandes pediu também aos intervenientes tem a ver com a falta de castanha, mas de condições para se no circuito da comercialização da castanha “ética, resdesenvolver. A castanha não tem calibre, não se conserva”, peito e honradez”, que “respeitem os produtores e que afirmou Calos Fernandes, acrescentando que, se não chover não se aproveitem para pagar a preços baixos a boa nos próximos dias, nem a castanha mais tardia, a Longal, irá castanha que ainda vai parecendo”. salvar-se. Se não chover, o presidente da associação arriscou diO maior problema é na conservação, como observou o zer que “é a perda total da produção da castanha”, com o presidente da junta de freguesia do Parâmio, Nuno Diz, risco acrescido de no próximo ano muitos dos castanhei“porque a castanha cai, já não tem humidade e, se não for ros nem sequer rebentarem na floração. logo apanhada, fica pilada (seca) e é impossível comê-la”. A comercialização é outra preocupação dos produtores como Humberto Vaz que disse ter aparecido, na zona, um comerciante que dava 80 cêntimos por quilo, quando,
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Queixam-se da seca e da “pouca procura”
Produtores de castanha de Marvão prevêem ano “péssimo”
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produção de castanha na zona de Marvão, no Alto Alentejo, Contactado, o presidente do município de Marestá a ser “péssima” este ano, devido à seca, com a agravão, Vítor Frutuoso, confirmou os relatos de “preovante da “pouca procura” do mercado, segundo os produtores. cupação”, oriundos do meio rural, lamentando que “Está a ser um ano mau para os produtores, além de que, nesa castanha esteja em “dificuldades” por causa da ta altura, há pouco interesse na compra de castanha”, lamentou falta de água. o produtor e empresário Mário Galego. Para meados de Novembro, está marcada a Feira No Alto Alentejo, o micro clima da Serra de São Mamede, proda Castanha, promovida pela Câmara de Marvão e, pício à produção de castanha, já levou a que as entidades que à semelhança de anos anteriores, o município “privitutelam o sector considerassem a castanha de Marvão como legia” a compra junto dos produtores da região. “Nós de “origem protegida”. vamos já avançar com propostas de aquisição de casNuma região do distrito de Portalegre onde predominam tanha para estarmos preparados atempadamente e nos campos as espécies Bária e Clarinha, o mesmo produtor não termos surpresas”, disse. relatou que o calibre da castanha este ano “não é dos piores”, A XXXIV Feira da Castanha de Marvão, nos dias 11 e mas apontou o tempo quente e seco como o “grande inimigo” 12 de Novembro, apresenta-se como a “grande mosdo seu desenvolvimento e qualidade. “O calibre da castanha tra” de produtos locais e regionais, com dezenas de não é dos piores. O problema é o calor, pois quando os oupontos de venda, onde os visitantes podem encontrar riços (cápsula onde se encontra a castanha) abrem, fica a também produtos hortícolas, frutos secos, enchidos, castanha com a casca avelada, seca”, disse. queijos, vinhos, licores, azeite, compotas ou doces caMário Galego manifestou a esperança de que a situação seiros. climatérica se altere nos próximos dias para que as castaPelas ruas da vila histórica, vão estar espalhados vánhas que ainda estão nos ouriços venham a sofrer algumas rios magustos onde os visitantes poderão saborear as melhorias na sua qualidade. De acordo com o produtor, a castanhas assadas e os vinhos produzidos na região. castanha está a ser comercializada na zona de Marvão a um preço médio de um euro. www.gazetarural.com
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A 28 e 29 de Outubro, no Parque Urbano Comendador João Martins
Feira da Tigelada e do Mel promove doce típico de Proença-a-Nova
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doce mais típico do concelho de Proença-a-Nova volta a ser protagonista na XI Feira da Tigelada e do Mel, que decorre nos dias 28 e 29 de Outubro, no Parque Urbano Comendador João Martins. Esta feira, que habitualmente se realiza no último fim-de-semana de Julho, na edição deste ano foi adiada para o mês de Outubro. Por esse motivo, as inscrições ainda estão abertas para as associações do concelho, produtores de mel, artesãos e decorrem até às 10 horas do dia 16. As tigeladas são asseguradas pelas associações do concelho nos típicos caçoulos de barro que recebem do Município entre 30 a 75 caçoulos. A empresa avícola Rica Granja associa-se mais uma vez ao evento oferecendo os ovos necessários à confecção das tigeladas. O mel é um dos ingredientes chave deste doce e desta forma a Feira da Tigelada e do Mel integra, à semelhança do ano passado, a participação dos produtores de mel. O certame acontece no sábado, entre as 16 e as 24 horas, e domingo a partir das 11 horas, com a transmissão do programa televisivo “Somos Portugal” a prolongar a festa até às 21,30 horas. O objectivo é transformar o Parque Urbano num ambiente de festa, decorrendo paralelamente o programa de animação de rua a cargo dos ‘Kopinxas’, ‘Baby Boom’ e ‘Mica Paprika’, que prometem muitas gargalhadas ao longo dos dois dias de feira. De ano para ano, a tigelada tem-se afirmado como produto turístico do concelho de Proença-a-Nova. A prova disso é o número de tigeladas vendidas que aumenta exponencialmente a cada edição. Só no ano passado foram vendidas mais de 1.500 tigeladas nos dois dias de feira. Este doce, feito à base de ovos, leite de cabra, mel e cozido em forno de lenha dentro de caçoulos de barro, tem uma receita diferente em cada aldeia, o que o torna tão único e distintivo na Beira Baixa. Nesta edição, a feira conta ainda com a emissão do programa da TVI, “Somos Portugal”, que irá transmitir em directo, ao longo de todo o dia, os vários momentos da festa.
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No dia 29 de Outubro, junto ao Mercado Municipal
Vila de Rei recebe VII Mercadinho dos Santos Nos dias 28 e 29 de Outubro
Oleiros promove Mostra dos Frutos de Outono
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município de Oleiros promove nos dias 28 e 29 de Outubro a Mostra dos Frutos de Outono - Medronho e Castanha, que visa mostrar e divulgar as potencialidades do medronho e da castanha como produtos com potencial de exploração em várias vertentes. Haverá stands com produtos locais, com destaques para a castanha, o medronho e seus derivados. Do programa da Mostra consta o Concurso Gastronómico “Valorizar o Medronho e a Castanha”, que volta a por à prova os dotes culinários dos oleirenses. Até ao dia 25 de Outubro, os interessados podem entregar a sua receita no Posto de Turismo e habilitar-se a ser um dos vencedores. Ao longo dos concursos e showcooking já desenvolvidos nesta Mostra, o medronho e a castanha já deram origem a criações inovadoras, doces e salgadas, provando o seu infinito potencial. Os participantes deverão entregar o prato confeccionado e pronto para prova no dia 28, até às 17,30 horas, hora em que o júri provará todos os pratos a concurso. Pelas 18 horas serão revelados os três premiados, sendo que o primeiro prémio equivale a um Cabaz Castanha de Ouro, o segundo a um Cabaz Castanha de Prata e o terceiro a um Cabaz Castanha de Bronze. O Concurso Gastronómico é aberto a toda a população e apenas implica inscrição até ao dia 25 de Outubro no Posto de Turismo ou através do e-mail postoturismo@cm-oleiros.pt . Na edição anterior os preferidos do júri foram a Mini-Tarte de Castanha, o Bolo de Castanha e Maçãs com cobertura de Medronho e o Semi-Frio de Medronho.
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sétima edição do “Mercadinho dos Santos” de Vila de Rei tem lugar no dia 29 de Outubro entre as 8 e as 12 horas, no espaço junto ao Mercado Municipal. O evento, organizado pela Rede Concelhia de Bibliotecas de Vila de Rei, pretende ser um espaço de mostra e venda de produtos gastronómicos relacionados com o “Dia de Todos os Santos” e contará com uma forte participação da comunidade escolar e das IPSSs do Concelho. À semelhança dos anos anteriores, será ainda desenvolvido o concurso “Melhor Bolinho” numa iniciativa que pretende premiar os melhores bolos confeccionados para o evento, promovendo, ao mesmo tempo, os doces típicos da região e sensibilizando a população para a importância da preservação da tradição e identidade cultural da comunidade de Vila de Rei.
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livicultores da região do Alentejo, a maior produtora nacional de azeite, esperam este ano quebras na produção de azeitona, porque, apesar de os olivais estarem carregados, a seca antecipou a maturaSeca antecipou a maturação do fruto ção do fruto. “A azeitona ainda está em processo evolutivo, mas, no que toca ao estado geral do fruto, que é o que se vai repercutir na quantidade, a situação não está famosa, não vislumbramos grande produção no olival de sequeiro”, considerou Luís Crisóstomo, gerente da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB). Devido “à seca extrema” que afeta a margem esquerda do Guadiana, o responsável da coocom a Cooperativa de Olivicultores de Borba a indicar, igualmente, perativa, com quatro mil associados, 1.200 dos que a azeitona vai cair ao chão. quais olivicultores, espera, para este ano, uma “O olival até estava bem composto e perspetivava-se uma cam“quebra significativa” de azeitona, nos cerca de panha boa e um pouco melhor do que a do ano anterior, mas, de20 mil hectares de olival nos concelhos de Mouvido ao fator climático e às altas temperaturas, o olival está em ra e Barrancos, no distrito de Beja. “As oliveiras decadência e a azeitona que está na árvore pode começar a cair”, estão carregadíssimas, têm muita azeitona e os disse Paulo Velhinho, diretor executivo da cooperativa. ramos até dobram, parecem choupos, de tão carSe chover nas próximas semanas, admitiu, “parte do olival regadas que estão. Mas, numa situação de seca, o pode ser recuperado” e “poderá salvar-se alguma azeitona que que vai acontecer é que a azeitona vai cair para o está em maturação”, mas já é certo que o tempo quente afechão, mesmo sem atingir o estado de maturação, e te “a produção e a qualidade da azeitona”. “A seca que está a acaba por ser azeitona perdida”, assinalou. decorrer poderá afetar os olivais nos próximos anos”, projetou A campanha de apanha da azeitona na área também o responsável da cooperativa olivícola, que é uma das abrangida pela CAMB deverá começar “muito em maiores do Alentejo, com cerca de 600 associados, breve, ainda este mês”, e, apesar de o ano agrícola, No norte alentejano, José Casimiro Bezerra, presidente da em termos sanitários, ter sido “bom”, porque o temCooperativa Agrícola do Concelho de Portalegre (COOPOR), po seco e quente “ajudou a controlar naturalmente também assinalou que “a azeitona amadureceu mal, cedo deas pragas”, os técnicos “notam uma antecipação da mais, por causa da seca”, o que se vai traduzir na altura da maturação da azeitona, que já está a ganhar cor”. colheita, no próximo mês, com “o aparecimento de mais poContudo, Luís Crisóstomo escusou-se, para já, a caldridões e mais mosca”. cular quanto será o decréscimo de produção: “Ainda é “Esta situação vai afetar produção, a qualidade e a quantiprematuro, porque ainda não começámos a campanha dade”, alertou. A cooperativa, por isso, vai ter “menos azeie ainda pode chover alguma coisa. E todos nós estamos te”, mas José Casimiro Bezerra disse desconhecer se esta sia desejar que isso aconteça para que se minimize este tuação poderá provocar o aumento do preço deste produto. efeito”. E, mercê da menor quantidade de azeitona, afir“Não sei como é que o mercado vai lidar com isto, nem mou, também “poderá haver menos azeite” este ano. se será mais caro ou não. Mas também os produtores esO panorama, devido à seca que afeta 81% do país e, panhóis e italianos têm estes problemas”, causados pela em particular, o Alentejo, que produz cerca de 70 a 80% seca, lembrou. do azeite nacional, é semelhante no distrito de Évora,
Olivicultores do Alentejo esperam menos produção de azeitona e de azeite
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Sector teme vir a ter elevados prejuízos
Produtos hortícolas podem faltar nos mercados devido à seca
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s produtos hortícolas podem vir a escassear nos mercados, alertou a Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste (AIHO), a maior região produtora do país onde os agricultores estão a atrasar as culturas pela falta de chuva. “Este tempo seco está a atrasar as plantações das culturas hortícolas e os hortícolas podem vir a faltar no mercado”, afirmou o presidente da AIHO, António Gomes, acrescentando que os viveiros “estão cheios de plantas” que não são vendidas. Os agricultores têm receio de produzir, se não chover”, disse. O dirigente agrícola estimou que, dos cerca de cinco mil hectares de culturas ao ar livre e de estufa que nesta altura costumavam, em anos anteriores, estar ocupados com as produções de couves, tomate, alfaces, espinafres ou outras leguminosas, este ano só existem dois mil. As culturas que existem estão em risco, se não chover”, alertou. O sector hortofrutícola teme vir a ter elevados prejuízos, decorrentes da falta de produção no mercado nacional e da eventual quebra nas exportações. Estima-se que mais de metade da produção nacional de hortícolas é produzida na região Oeste.
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Presidente da APLPM disse que a situação “começa a ser preocupante”
Produtores de leite do Planalto Mirandês estimam quebras de um terço
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s produtores de leite do Planalto Mirandês mostram-se preocupados com os efeitos da seca no sector, admitindo a redução em cerca de um terço da actual produção, estimada em 45 mil litros/ dia. O presidente da Associação de Produtores de Leite do Planalto Mirandês (APLPM), João Henriques, disse que “começa a ser preocupante” a falta de água e de pasto nas explorações agrícolas. “Em quase todos os locais de pastoreio não há água nem alimento e a produção vai ficar reduzida em cerca de um terço”, frisou o também produtor leiteiro. Outras das preocupações referidas passa pelo atraso nas sementeiras de cereais e forragens devido à falta de água. “Se não chover bastante a partir da segunda quinzena de Outubro, o próximo ano agrícola está comprometido no que respeita à produção de forragens e cereais”, indicou o dirigente. A produção de leite e cereal ainda é uma das principais fontes de riqueza do território do Nordeste Transmontano. Segundo João Henriques, já poucas ribeiras correm no território do Planalto Mirandês, e os poços estão muito aquém das suas capacidades, já que os lençóis freáticos começam a secar. “Há ribeiros que nunca tinham secado, onde hoje a água já não corre. As nascentes de água estão muito longe dos seus tempos áureos”, frisou João Henriques. Para fazer face às dificuldades há já agricultores que começam a comprar palha para armazenar para o inverno. A APLPM abrange os concelhos de Mogadouro, Miranda do Douro e Vimioso.
Segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Mais de 80% de Portugal continental em seca severa em Setembro
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ais de 80% de Portugal continental encontrava-se em Setembro em seca severa, segundo o Boletim Climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que caracterizou aquele mês como “extremamente quente”. De acordo com o boletim do IPMA, em Setembro registou-se um aumento da área em situação de seca severa e extrema. Segundo o IPMA, a 30 de Setembro cerca de 81% do território estava em seca severa, 7,4% em seca extrema, 10,7% em seca moderada e 0,8% em seca fraca. No final de agosto, 58,9% do território estava em seca severa e 0,7% em seca extrema. O IPMA classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”. No Boletim Climatológico, o IPMA refere que o “índice meteorológico de seca a seis meses (Abril a Setembro), escala que reflecte o défice de precipitação ao nível da seca meteorológica e agrícola, apresentava a 30 de Setembro grande parte das bacias do território na classe seca severa”. O IPMA justifica que a “conjugação de valores de precipitação muito inferiores ao normal e valores da temperatura muito acima do normal, em particular da máxima, teve como consequência a ocorrência de valores altos de evapotranspiração e valores significativos de défices de humidade do solo”. No documento, o instituto realça que a 30 de Setembro se verificou que em grande parte das regiões do interior e no sul de Portugal continental os valores de água no solo eram inferiores a 20%. O IPMA informa também que o dia 30 de Setembro correspondeu ao final do ano hidrológico 2016/2017 (01 de Outubro de 2016 a 30 de Setembro de 2017). “Neste período, o total de precipitação acumulado foi de 621,8 milímetros (70% do normal), sendo o nono valor mais baixo desde 1931”, é referido no documento. O período de Abril a Setembro, segundo o instituto, foi extremamente seco, com valores mensais da quantidade de precipitação sempre inferiores ao valor médio, pelo que corresponde ao segundo mais seco depois de 2005. “De realçar que neste semestre o valor médio da temperatura máxima foi o mais alto desde 1931 e o valor médio da temperatura média o segundo mais alto (depois de 2005)”, é referido. De acordo com os dados mais recentes, a quantidade de água armazenada em Setembro voltou a descer em todas as bacias hidrográficas de Portugal continental monitorizadas. O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, admitiu no final da reunião da Comissão de Gestão de Albufeiras o risco iminente de escassez de água nos concelhos servidos pela Barragem de Fagilde, no distrito de Viseu, se continuar a não chover. A seca já levou o Governo a decretar apoios excepcionais aos agricultores para captação de água, nomeadamente nos distritos alentejanos de Évora, Beja e Portalegre e nos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola e Santiago do Cacém, banhados pelo Sado. A próxima reunião da Comissão de Gestão de Albufeiras será realizada nos próximos dias na Administração da Região Hidrográfica do Centro para “ver que medidas podem ser tomadas para tentar minimizar os problemas”. www.gazetarural.com
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Estratégia passa pela aposta na restauração
Região dos vinhos de Lisboa quer duplicar vendas no Norte em cinco anos
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presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa estima que dentro de cinco anos o Norte do país aumente para o dobro o consumo actual do vinho da região de Lisboa, explicando que a estratégia passa pela restauração. Em entrevista à Lusa, à margem de uma acção de provas de vinhos da região de Lisboa que decorreu na cidade do Porto, o presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa, Vasco D’Avillez, explicou que actualmente a cota de mercado dos vinhos de Lisboa “anda à volta de 5%” e que dessa quota “1% é na região Norte”. O objectivo a cinco anos é duplicar, ou seja passar para 2% a cota de mercado dos vinhos de Lisboa no Norte de Portugal. “É um objectivo da Comissão Vitivinícola da região de Lisboa (CVRL), porque a gente tem de (...) chegar à restauração, porque o público depois vai prová-lo na restauração”, explicou Vasco D’Avillez, reconhecendo que o Norte é “um mercado muito interessante”, porque a pessoas “gostam de vinho, compram vinho e, se provarem os vinhos [de Lisboa], passam a comprar também”. “As pessoas aqui [do Norte] estão educadas, treinadas e a cultura delas é feita com base noutros produtos de vinhos. As pessoas aqui conhecem bem o vinho verde, aliás é interessante pensar que se no Porto se produzisse vinho, se houvesse vinhas aqui na cidade era vinho verde. Não era vinho do Porto, que tem de ser produzido noutro lado”, acrescentou. A Região Vitivinícola de Lisboa tem actualmente 103 produtores e produz um milhão de hectolitros de vinho por ano. Segundo descreveu o presidente da CVRL, os vinhos de Lisboa caracterizam-se com vinhos brancos com “mineralidade” e “tintos encorpados e com fruta” que, em geral, são “bebidos novos”, para além do binómio preço/qualidade ser “imbatível”. A CVR avançou que a região de vinhos de Lisboa irá terminar o ano de 2017 com 40 milhões de garrafas vendidas. “Vamos acabar o ano com 40 milhões de selos”, declarou Vasco D’Avillez, explicando que esse número corresponde a 40 milhões de garrafas. Desses 40 milhões de garrafas, há 30 milhões que são exportadas, o que dá aproximadamente “cinco milhões de caixas”, o que equivale a “aproximadamente 100 milhões de euros” para a economia portuguesa. “É muito importante isto para a nossa economia”, assumiu o presidente da CVRL, referindo que o principal mercado de destino de exportação são os EUA, que “está a crescer”, além dos mercados da Europa do Norte - Suécia e Noruega e o Brasil, um país “que apesar das crises, tem continuado a ser um óptimo mercado e a crescer”. A China é um mercado emergente, concluiu.
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Em São Miguel, Açores, nos dias 20, 21 e 22 de Outubro
Wine in Azores 2017 vai avaliar criatividade e
conceito da imagem dos vinhos presentes
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ela primeira vez, um evento vínico avalia criatividade e conceito da imagem de todos os vinhos presentes no certame. É o que vai acontecer no Wine in Azores, o maior evento empresarial e o foco de todas as atenções em São Miguel, de 20 a 22 de Outubro. O certame realiza-se no Pavilhão de Exposições da Associação Agrícola de São Miguel, na Ribeira Grande, e para além de um atractivo programa de actividades paralelas, onde não faltarão reconhecidos chefes de cozinha, contará com largas centenas de vinhos em prova. Pela primeira vez, um evento vínico vai integrar um concurso de design de rótulos de vinhos: o Wine in Azores Design Awards 2017 vai premiar os vinhos (tranquilos, efervescentes e fortificados) que mais surpreendam pela imagem global. Todos os vinhos, presentes no evento serão considerados em concurso. A garrafa e o rótulo são o primeiro convite à prova de um vinho, espumante ou aguardente vínica. Um primeiro contacto visual é fundamental para a decisão da compra, diferenciando cada marca. Avaliar a criatividade, inovação, conceito, legibilidade da mensagem e a qualidade dos rótulos de todos os vinhos presentes no Wine in Azores, edição de 2017, será a missão dos jurados seleccionados, todos relacionados com a temática. O Wine in Azores Design Awards 2017 vai atribuir um prémio ao primeiro, segundo e terceiro classificados, bem como Menções Honrosas para os vinhos que mais se destaquem. O Wine in Azores é organizado pela Gorgeous Azores e já conquistou lugar de destaque nos eventos de cariz vínico e gastronómico em Portugal. www.gazetarural.com
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Três dias de ‘Grandes Provas’ conduzidas por críticos e produtores de referência
A abrir este ex-líbris de (grandes) provas está um dos nomes maiores da produção vitivinícola nacional. Falamos de João Portugal Ramos, que celebra 25 anos no mundo da produção vinícola, com Estremoz como ponto de partida de uma aventura com, de certo, muito ainda por falar e ouvir. “João Portugal Ramos, 25 Anos Depois” está agendado para dia 27, às 1830 horas, na Sala Zwiesel 1872. Outro dos grandes senhores do vinho é António Agrellos, mentor dos grandes Porto e Douro da Quinta do Noval e que, na véspera da sua reforma, apresenta “Os Vinhos da Vida de António Agrellos” (dia 29 de Outubro, na Sala Zwiesel 1872). No mesmo dia e no mesmo espaço, as expectativas são muito elevados no que toca à prova “As Escolhas de Dirceu Vianna Júnior e de Luís Lopes”. O único Master of Wine de língua portuguesa e o director da revista V Grandes Escolhas escolheram 16 vinhos excepcionais que os marcaram e cujas histórias querem partilhar. Uma experiência a não perder! O primeiro dia, sexta-feira, 27, prossegue com “Uma Viagem pelo Universo Roederer: Quatro Regiões, Cinco Denominações de Origem”, ao longo da qual a Companhia Roederer mostra a sua actividade pelos prestigiados champagnes, De 27 a 30 de Outubro, na FIL em Lisboa pelos vinhos da Provença e de Bordéus e pelos vinhos do Douro e Porto da Casa Ramos Pinto. Outro grande momento do evento ‘Grandes Escolhas - Vinhos & Sabores 2017’, a acontecer no dia inaugural, é a apresentação dos resultados e entrega de diplomas aos premiados da primeira edição do ‘Concurso Grandes Escolhas’. “A Bairrada da Quinta das Bágeiras” dá o mote à primeira prova de sábado. A Sala Zwiesel 1872 vai encher-se de “Vinhos sem concessões”, pelas mãos do produtor Mário Sérgio Alves Nuno, um clássico bairradino. Na sala ao lado a masterclass é de vinho Pavilhão 4 da Feira Internacional de Lisboa (FIL), em Lisdo Porto, com David Guimaraens, o director de enoloboa, recebe de 27 a 30 de Outubro o evento ‘Grandes gia da Taylor’s e outras marcas do grupo The Fladgate Escolhas - Vinhos & Sabores’. Durante quatros dias todos os Partnership, a apresentar “Taylor’s Terra Feita é Nome caminhos báquicos vão dar ao maior evento do sector – em de Vintage”. Segue-se a “Champagnes Deutz - Borbunúmero de expositores, vinhos e visitantes esperados. O Palhas com Classe”, uma prova de um conjunto de vinhos vilhão 4 da (FIL), no Parque das Nações, vai encher-se de verde uma das mais prestigiadas casas da região francesa. dadeiras referências do mundo vínico. O dia termina com o mais emblemático produtor do Para valorizar ainda mais o certame, a organização, a carDão a apresentar vinhos que reflectem a sua visão da go da Grandes Escolhas, preparou um imbatível programa região; em “Álvaro de Castro - Vinhos de Autor”, vai de ‘Grandes Provas’: vão ser 10 as masterclasses de vinhos mostrar a importância dos elementos primários do terorientadas por críticos de prestígio, produtores e enólogos roir, das castas, do clima, do solo e da acção do homem de alto gabarito. na produção de vinhos com identidade. O valor de cada ‘Grande Prova’ é de €35,00 – dando No Domingo, dia 29, o “mestre do Alvarinho” vai falar acesso gratuito à feira, mas sem copo incluído –, e quem sobre a singularidade dos vinhos de Monção e Melgaço comprar mais do que uma, usufrui de 10% de desconto. em “Anselmo Mendes - Expressão de Terroir”. O dia não A inscrição é obrigatória e deve ser feita o quanto antes; termina sem a Grande Prova de “Moscatéis de Setúbal de isto se quiser garantir o seu lugar, uma vez que é quase José Maria da Fonseca”, com Domingos Soares Franco a garantido que as ‘Grandes Provas’ esgotem antes da esabrir as suas centenárias caves de Azeitão para apresentreia do evento. tar alguns dos “seus tesouros” mais preciosos.
‘Grandes Escolhas - Vinhos & Sabores’ premeia visitantes com 10 ‘Grandes Provas’
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Mais de 6.000 m2 proporcionam experiência de ‘Vinhos & Sabores’ à Grande(s Escolhas)
São 17 anos de experiência que a equipa de Luís Lopes e João Geirinhas, ex-directores da Revista de Vinhos e, agora, directores e co-proprietários da V Grandes Escolhas, tem na realização do maior evento vínico do país. Um acontecimento muito esperado e que este ano muda de nome, de data e de local. A escolha da FIL não foi ao acaso, uma vez que ali existe o maior interface de transportes, o que é uma mais-valia para profissionais, enófilos e amantes da herança do deus Baco e das iguarias que atravessam Portugal de lés-a-lés. É caso para dizer que os mais de 6.000 m2 eleitos vão proporcionar uma experiência de ‘Vinhos & Sabores’ à Grande(s Escolhas)! Com incidência na interacção entre o público e os especialistas (considerando os produtores e os críticos da revista Grandes Escolhas), o evento conta com a inscrição de centenas de produtores e uma agenda preenchida por conversas sobre vinhos, pequenas provas, masterclasses. Isto a juntar a um novo conceito à volta dos ‘Sabores’, e a novas perspectivas para os expositores, com a possibilidade de agendarem reuniões de trabalho in loco. Esta vertente profissional também está patente na atenção dada às exportações: com foco, este ano, no mercado suíço, de onde se espera a visita de profissionais, sommeliers e compradores, para quem estão agendadas masterclasses e outras acções específicas. Por outro lado, a realização de um workshop de apresentação do mercado suíço aos produtores portugueses, no dia 30, segunda-feira, completa o círculo desta aposta internacional. Para além das já destacadas ‘Grandes Provas’, há um (novo) desafio dirigido a todos os visitantes: ‘Prove Connosco’. Uma sucessão de pequenas e informais provas de 15 minutos, de livre acesso, nas quais a conversa gira sempre à volta de dois vinhos comentados à vez pelos jornalistas e críticos da revista Grandes Escolhas. No fim, está “aberto” o tempo para o debate. O receituário nacional estará à prova dos grandes apreciadores da boa comida, com o objectivo de dar a conhecer pequenos tesouros de uma cozinha tão rica e viajada de Norte a Sul de Portugal. O ‘Grandes Escolhas - Vinhos & Sabores’ dá ainda lugar aos novos conceitos de cozinha que, nos últimos anos, também tem vindo a dar que falar – e a provar – pelo País fora: o Street Food. É desejo da organização tornar aquela que será a maior mostra do vinho português num espaço aberto a novos consumidores, usando novas linguagens e diferentes abordagens. A apresentação de um layout inovador dos stands e de um novo desenho na arrumação do espaço e na circulação dos visitantes encaixam também neste objectivo.
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o fim-de-semana de 25 e 26 de Novembro, a Aldeia de Ervidel, no concelho de Aljustrel, recebe o evento Vin&Cultura 2017. É nesta altura que se descobre o néctar de cada talha, com as adegas da aldeia a abrirem as suas portas para dar a conhecer o vinho ali produzido. Este vinho concebido de forma artesanal, ou seja, em talha de barro, é muito conhecido na região e recomendado pelos apreciadores. Como tem vindo a acontecer nos últimos anos, o Largo da Liberdade, também conhecido como largo da feira, é o epicentro do evento. Aqui, junto ao Jardim da Liberdade, situam-se os stands, que funcionam como montra dos produtos locais e regionais, e onde se pode encontrar também artesanato, doçaria, leguminosas, azeite, enchidos, vinho; entre muitos outros produtos de qualidade. Bem perto deste local, no antigo lagar, os visitantes podem ver o modo artesanal de produção de azeite, que nestes dias mostrará a laboração de um lagar antigo. A poucos metros de distância situa-se o Núcleo Rural do Museu, que também tem um espólio cultural para oferecer aos visitantes. Mesmo ao lado fica a adega colectiva, onde se pode apreciar todos os vinhos dos produtores locais, comer um petisco, conviver e assistir aos espectáculos musicais. Depois, aqui e ali, como que a tecer uma manta de retalhos, há adegas que salpicam as ruas da aldeia e que nestes dias estão abertas de par-em-par para dar a conhecer o seu produto e a receber residentes e visitantes. Esta feira, centrada na temática da vinha e do vinho, é promovida pela Câmara de Aljustrel com o apoio da Junta de Freguesia de Ervidel, produtores e movimento associativo.
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A 25 e 26 de Novembro, no concelho de Aljustrel
Aldeia de Ervidel prepara Vin&Cultura 2017
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Estamos a utilizar e a potenciar recursos da região para estimular a produção de plantas Um projecto em parceria com a Escola Superior Agrária de Viseu de cardo com um porte que ronde os dois metros de altura para obter elevados níveis de produção de flor e de biomassa de diversa índole. Com isso, verificámos que a planta poderia ter outras aplicações, designadamente em culturas que lhe estão próximas e que são ícones na região, como a vinha. Neste sentido, começamos a estudar os extractos das folhas. Em 2016 fizemos um primeiro ensaio na Casa da Ínsua e este ano decidimos fazer um segundo ensaio na APPACDM. E não foi por acaso, pois esta é uma Casa de Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente sensibilidades e de capacidades. Juntamos isto Mental (APPACDM) de Viseu está a produzir um vinho único no ao saber fazer e à ciência, num projecto que mundo, numa experiência pioneira, em parceria com a Escola Superior chamámos de CYN.Dão, pelo facto de associar o Agrária de Viseu (ESAV). O projecto, denominado CYN.Dão, consiste na cardo (Cynara cardunculus) ao vinho do Dão. utilização de biomassa resultante na planta do Cardo numa parcela de Tivemos uma aluna da Escola Superior Agrária, vinha da casta Touriga Nacional na quinta da APPACDM, em Repeses, a Manuela Alves, em colaboração com formandos Viseu, onde não foram utilizados quaisquer fitofármacos de síntese. da APPACDM que fizeram todo o ciclo cultural, a O projecto tem como mentor Paulo Barracosa, (o Senhor Cardo), realizarem os tratamentos na parcela de vinha com acompanhado por António Pinto, ambos docentes da ESAV, em estreita cardo. Podemos dizer que este não foi um ano difícil colaboração com alunos da ESAV em parceria com o Eng.º António sob ponto de vista fitossanitário, mas tínhamos já Figueiredo e formandos da APPACDM. uma boa indicação do ano anterior que tinha sido A primeira vindima ocorreu no início do mês de Outubro e segundo um autêntico “quebra-cabeças” se bem se recordam. António Pinto “as uvas estavam em perfeito estado de maturação”. Estamos preparados para voltar a fazer para o ano Depois de vindimadas foram transportadas em pequenos volumes com outras castas, tintas ou brancas, para podermos para a adega, onde foram a desengaçar. Às massas resultantes validar este extracto, que pode ainda ser melhorado, foram acrescentadas leveduras secas activas, numa parceria com como um produto para aplicação no modo de produção a AEB Bioquímica Portuguesa, na proporção indicadas em termos em agricultura biológica. enológicos e fermentaram durante seis dias. “No final, esperamos Este projecto é importante para a sustentabilidade obter um vinho de alta qualidade, pois a matéria-prima era ambiental e esperamos que possa ser uma maisexcelente”, refere o docente da ESAV. valia, traduzida também no vinho, para consumidores exigentes nas questões relativas à sustentabilidade e reduzida aplicação de fitofármacos na vinha e de “Estamos a utilizar recursos da região” químicos no vinho. No final esperamos ter um vinho que possa ser mais promotor para a saúde, porque leva Paulo Barracosa é o mentor de todo o projecto em torno o mínimo de tratamentos possível e com contributos de do cardo e das suas capacidades. À Gazeta Rural salienta as outros lados, como é o caso do cardo. potencialidades do mesmo e lembra que se estão “a utilizar e a potenciar recursos da região”. GR: Que mais-valia confere o extracto do Cardo ao campo e que depois se traduz na uva? Gazeta Rural (GR): Que projecto é este? PB: O Cardo tem um grande potencial, já testado e Paulo Barracosa (PB): O CYN.Dão vem na sequência do confirmado, como agente antifúngico e antibacteriano, projecto CARDOP e, acreditamos, poder vir a desempenhar um promotor de saúde ao nível do fígado, da vesícula biliar, papel de relevo na região. Quando começámos com o projecto, etc. Estas propriedades não são exclusivas do cardo, pois pensámos sempre na flor e na instalação de campos de cardo outras plantas também as têm, como a urtiga, mas o que é na região, para utilização na produção de queijo. Depois necessário é estudar as plantas e fazer estes testes. de produzirmos a flor começámos a olhar para a biomassa No caso do Cardo temos aqui a prova. Isto é a primeira resultante da planta. vez que se faz no mundo e isso é importante, porque alguém
APPACDM de Viseu produz vinho único no mundo pelo cariz inovador no tratamento da vinha
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tem que arriscar e com aqueles que têm mais sensibilidade, mas também capacidade. Nesta estrutura nada do que eu diga ou proponha é estranho. Deve ser feitio, porque moda não é de certeza. Começámos a perceber que nem toda a gente nos escuta, e isso não é mau, pois também sabemos com quem podemos contar e esse é o mote. Fizemos o extracto e confirmámos que tem capacidades antifúngicas, que pode funcionar no combate ao míldio e ao oídio. Sabemos que ainda pode ser melhorado e complementado com algumas práticas culturais para retirarmos alguma densidade vegetativa, mas isso já se faz normalmente. Aqui chegados, vamos monitorizar a vinificação e ver, na fase final, o que se consegue traduzir em mais-valias. Há coisas que conseguimos apreender, outras talvez não, mas temos a garantia que se traduzirá numa valorização em relação à promoção de saúde. Todos sabemos que um copo de vinho faz bem à refeição pelo teor de antioxidantes. Se tiver menos sulfitos e menos compostos químicos de síntese melhor ainda. É aí que queremos chegar. GR: Este projecto é possível de espalhar ou massificar? PB: Esta não é uma prática que se possa massificar e fazer em todas as quintas. Estamos a falar de modelos de sustentabilidade em quintas que se vocacionem para a produção de flor de cardo, - que tem uma valorização interessante, comparável a outras culturas ou mesmo acima de outras culturas. E não é necessário que as quintas produzam queijo, mas apenas que optem pela aposta na produção de cardo para tirar mais rentabilidade económica. Temos o caso da Casa da Ínsua que tem esse ciclo fechado, pois produz flores de cardo, com a para a sua produção de queijo Serra da Estrela DP e pode usar os extractos das folhas na vinha, obtendo lotes de vinho que podem ser mais valorizados em determinados mercados e consumidores. O que pretendemos é usar este projecto em quintas modelo. Não vamos andar a levar cardo de um lado para o outro. O que se pretende é que a quinta crie esse modelo e, dentro dele, possa alocar uma parte biológica, se for esse o interesse, e nós daremos todo o apoio nesse sentido.
“Este é um projecto inovador e pioneiro” Presidente da APPACDM há seis anos, António Lemos abraçou o projecto do cardo desde o seu início. Consciente da importância do mesmo, António Lemos quer mostrar que, como esta parceria, ali estão pessoas diferentes, que conseguem fazer coisas que os ‘ditos normais’, muitas vezes não fazem. Sobre a experiência na vinha, diz que este “é um projecto inovador e pioneiro” Gazeta Rural (GR): Que mais-valia traz este projecto para a APPACDM? António Lemos (AL): A APPACDM é uma instituição que, na parte agrícola, tem uma parceria muito importante com o professor Paulo Barracosa e, através dele, com a ESAV. Estamos abertos a tudo o que sejam projectos inovadores e
criar desenvolvimento. Há vários anos a esta parte que temos estado receptivos e a acarinhar e, de alguma forma, até entusiasmar este tipo de ideias, porque achamos que este projecto, até para os nossos utentes e colaboradores, é fundamental, sentindo-se úteis neste tipo de desenvolvimento e de projectos, que envolve também o trabalho, a atitude e a acção deles. Estamos a comemorar os 40 anos da APPACDM e numa das nossas áreas do projecto “40 anos, 40 projectos”, estava a Festa das Vindimas que culminou da melhor maneira, porque tanto quando já me foi dado saber, este é um projecto inovador e pioneiro, em que as uvas foram tratadas de uma forma natural, sem a utilização de qualquer produto químico. Agora estamos com alguma ansiedade de saber que vinho daqui vai resultar. Para nós é muito importante fazer parte deste projecto, porque a APPACDN não é um gueto, nem uma instituição de pessoas deficientes, mas sim de pessoas diferentes, com características próprias, que conseguem desenvolver, apoiar e estar dentro deste tipo de projectos. É para eles que nós trabalhamos e fazemos todo o tipo de actividades que possam, de alguma forma, dar notoriedade ao trabalho e a função que eles desempenham.
GR: Tudo isto começou com a instalação de um campo de cardo, que os utentes da instituição cuidam? AL: Esta situação do cardo e o relacionamento com o professor Paulo Barracosa já vem de há vários anos. Estou à frente da instituição há seis anos e foi praticamente desde o início que começámos com a plantação do campo de Cardo e com o apoio ao projecto. O Eng.º António Figueiredo, que é o responsável da quinta e colaborador da instituição, tem acompanhado de perto esta parceria e agora vamos tentar perceber se o cardo tem muitas mais potencialidades para além daquelas que conhecemos.
GR: Isto é também uma forma de virar a instituição para o exterior e mostrar que estas pessoas, que são diferentes, também são capazes? AL: Essa tem sido a nossa postura, que é tentar darlhes qualidade de vida, que se sentam bem na instituição e que ela seja a sua casa, sendo que para alguns é mesmo a sua casa. Mas também queremos que as pessoas de fora saibam, e tenha a noção, que a APPACDM não é um sítio escondido, numa quinta, onde estão algumas pessoas diferentes. Em 2016 prestámos apoio a 702 jovens, mas são pessoas que têm características e capacidades próprias e que até conseguem fazer alguns trabalhos que os ‘ditos normais’ não fazem e não conseguem. Nós temos é que saber potenciar e captar as suas capacidades e adaptá-las à sua funcionalidade. Esse é um dos nossos papéis mais importantes, que vêm na senda de outras actividades, como aquilo que considero ser um dos pontos altos desta instituição, em 2017, que foi a presença nas Marchas Populares com os nossos utentes, comprovando que estes jovens são tão capazes como qualquer outra pessoa. www.gazetarural.com
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Preço rondou os dois euros por quilo
Feira da Maçã Bravo de Esmolfe 2017 não defraudou as expectativas
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edição 2017 da Feira da Maçã Bravo de Esmolfe não defraudou as expectativas e os produtores aproveitaram o certame para vender aos melhores preços a fruta que produzem. O preço na feira rondou os dois euros, quando a venda no pomar aos retalhistas, muitas vezes, não chega aos 40 cêntimos, como nos confidenciou um dos fruticultores presentes no certame. A organização da Feira, a cargo da Câmara de Penalva do Castelo, estima que terão sido comercializadas cerca de 10 toneladas de fruto. Foram muitas as entidades que passaram pelo certame. Helena Mesquita Ribeiro, secretária de Estado Adjunta e da Justiça; Luís Caetano, vice-presidente da CCDR-Centro; José Morgado e Nuno Martinho, respectivamente presidente e secretário executivo da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões; Rogério Martinho, vice-presidente da FELBA – Promoção das Frutas e Legumes da Beira Alta; Jorge Carreira, da Direcção Regional da Agricultura; Vítor Fernandes, presidente da Assembleia Municipal de Penalva do Castelo, José Ernesto, Almoxarife da Confraria de Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’ e Teresa Bergher, vereadora da prefeitura do Rio de Janeiro, Brasil, que é natural do concelho de Penalva do Castelo. O presidente da Câmara de Penalva do Castelo destacou a presença de Teresa Bergher para dizer que foi a primeira personalidade internacional a marcar presença no certame. Francisco Carvalho agradeceu a sua presença e a homenagem que lhe foi prestada, em representação do concelho, pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Na ocasião, o vice-presidente da Felba, Rogério Martinho, apelou para que os produtores de Maçã Bravo de Esmolfe adiram ao projecto “que os visa defender e relançar a região para o exterior, reforçando a projectando ainda este ícone da produção nacional além-fronteiras”. Penalva do Castelo deverá voltar para a Comarca de Mangualde em 2018 A secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Helena Mesquita Ribeiro, foi o membro do Governo que presidiu à abertura da XXII Feira da Maçã Bravo de Esmolfe. A ocasião foi aproveitada pelo presidente da Câmara local apelar à governante para que o concelho volte a pertencer à Comarca de Mangualde. “É isso que esperamos que aconteça a partir de Setembro de 2018”, afirmou Francisco Carvalho. Recorde-se que, com a reforma do mapa judicial, o concelho de Penalva do Castelo passou para a Comarca de Sátão, decisão que nunca foi bem aceite pelos penalvenses. A governante não se comprometeu, mas adiantou que tudo vai fazer para que isso aconteça. Helena Mesquita Ribeiro realçou a importância dos produtos tradicionais portugueses para a promoção de Portugal junto de quem nos visita, reforçando a aposta do Governo no sector e na promoção dos produtos da terra.
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Afirma o Director Regional da Agricultura
Cooperativas agrícolas têm contribuído para uma maior coesão nos Açores
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Director Regional da Agricultura destacou o contributo que as cooperativas agrícolas têm dado para uma maior coesão económica, social e territorial nos Açores. “As cooperativas e, mais concretamente, as cooperativas agrícolas, enquanto empresas que se baseiam em importantes valores éticos, muito têm contribuído para uma maior coesão económica, social e territorial da nossa Região”, afirmou José Élio Ventura nas comemorações do Dia do Agricultor, organizadas pela Associação de Jovens Agricultores da Ilha do Faial. Na sua intervenção, sobre ‘O cooperativismo e a sua importância na actualidade’, o Director Regional salientou que importa assegurar “uma gestão e especialização funcional e produtiva para garantir sustentabilidade e rentabilidade” face aos desafios que permanentemente o mercado coloca. Nesse sentido, José Élio Ventura referiu que se encontra disponível o Programa de Apoio à Gestão das Organizações de Produtores (PAGOP), que visa facultar a estas organizações os quadros técnicos de que careçam e, a estes, os meios para encontrarem um projecto aliciante e um emprego produtivo e remunerador. O Director Regional da Agricultura salientou ainda que têm particular relevância nos Açores as cooperativas agrícolas associadas à transformação e comércio de leite e lacticínios e ao mercado de factores de produção e equipamentos agrícolas, em detrimento de outras estruturas associadas ao abate, à desmancha e ao comércio de carne de bovino. Por outro lado, frisou que “os pilares do sector cooperativo assentam no espírito da entreajuda e responsabilidade próprias, da democracia, da igualdade, da equidade e da solidariedade”.
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Depois de ter estado à beira da insolvência
depois de assegurada a parceria com o Governo dos Açores, a LactAçores e a Caixa de Crédito Agrícola, que permitiu pagar a quase a totalidade das antigas dívidas aos produtores e repor o pagamento a fornecedores, trabalhadores e produtores, a 60 dias. Para Jorge Pereira, o desafio que se segue, passa pela valorização do produto, e pelo aumento do preço do leite pago ao produtor, que sector leiteiro na ilha do Pico, nos Açores, ganhou “nova visubiu dois cêntimos por litro a partir de 1 de Outalidade”, com a inauguração das obras de remodelação da tubro, mas que, na sua opinião, ainda continua fábrica de lacticínios, no valor de 1,6 milhões de euros, que per“muito abaixo do preço médio” nos Açores. mitiram ultrapassar uma das “crises” mais graves da sua história, “Por isso, lanço o repto ao senhor secretário reque quase terminou em insolvência. gional e ao senhor presidente do Governo, para Isso mesmo recordou Jorge Pereira, presidente da direcção da que a medida do POSEI, destinada ao pagamencooperativa “Leite da Montanha” (antiga LactoPico), durante a to de produtos lácteos, seja revista”, sublinhou o cerimónia de inauguração das novas instalações, no lugar da Siladministrador da Leite da Montanha, defendendo veira, Lajes do Pico, que no seu entender, vão permitir garantir que em vez do valor dos subsídios ser igual para sustentabilidade na produção e produzir produtos de qualidade. todos os produtores da região, passe a ser distribuí“Hoje, temos uma das fábricas mais versáteis dos Açores, que do tendo em conta os custos de produção nas ilhas nos permite produzir diversos tipos de queijo, barra, bola, prato, mais pequenas. ilha, com diversos tamanhos e pesos”, explicou o administraSem responder directamente ao repto lançado por dor da maior unidade fabril de lacticínios do Pico, recordando, Jorge Pereira, o presidente do Governo dos Açores, porém, que quando entrou para a direcção, a situação era inVasco Cordeiro, também sublinhou a necessidade de sustentável. se investir agora na “valorização do produto” da nova Jorge Pereira lembrou que o sector leiteiro passou por várias fábrica da cooperativa de lacticínios do Pico. crises, desde o encerramento da Martins e Rebello, passando O chefe do executivo fez questão de lembrar, no pela parceria falhada entre a LactoPico e a Oliveira de Azeentanto, que o sector viveu muitas “lutas, desafios e méis, que afastou mais de metade dos cerca de 300 produtocontrariedades”, mas que apesar disso, soube ultrares de leite que existiam na ilha. passá-las, com a ajuda do executivo açoriano, culmi“Os pouco mais de 60 produtores que ainda resistiam, nando agora com a inauguração das remodeladas insencontravam-se em situação de desespero, com cerca de talações da Leite da Montanha. “O pior erro que podia 10 meses de leite por receber - no valor de um milhão de ser cometido nesta circunstância era, da parte de todos euros - a cooperativa não tinha credibilidade perante neos envolvidos (Governo, produtores e indústria), julgar nhum fornecedor, e na banca havia três milhões de euros que está resolvida a situação do sector leiteiro na ilha para pagar”, lembrou o administrador, acrescentando que, do Pico. Isso seria um erro dramático”, alertou Vasco apesar do “inferno” que viveu, conseguiu avançar com um Cordeiro, lembrando que existem ainda “muitos e granprocesso especial de revitalização e escapar à insolvência des desafios” pela frente. No seu entender, é necessário “por uma unha negra”. agora aumentar a produção de leite no Pico, de forma a Segundo o dirigente, a situação financeira da coopegarantir a viabilidade da produção, e investir também na rativa “Leite da Montanha” melhorou substancialmente, “valorização” do produto final.
Sector leiteiro da Ilha do Pico ganhou nova fábrica
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Para acompanhar “evolução positiva” do mercado
Produtores de leite querem aumento do preço
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s produtores de leite reafirmam a necessidade de aumentar o preço do leite ao produtor para um valor base de 35 cêntimos por litro de leite, valor que consideram necessário para remunerar o custo actual de produção. Em comunicado, a Associação dos Produtores de Leite de Portugal (APROLEP), citando os últimos dados revelados pela Comissão Europeia, recorda que Portugal tinha em Julho “o terceiro pior preço entre os 28 estados da União Europeia”. “Nos últimos sete anos, Portugal esteve 6 anos e 8 meses abaixo da média comunitária”, sublinha a APROLEP, acrescentando que o preço médio pago em Julho ao produtor foi de 28,7 cêntimos/kg de leite português, face a um preço médio de 34,2 cêntimos/kg na Europa, o que significava uma diferença de 5,5 cêntimos em cada kg produzido. Os produtores consideram ainda que os aumentos entre um a dois cêntimos/kg entretanto anunciados por algumas indústrias para Agosto e Setembro “são claramente insuficientes para atingir o custo de produção e o preço médio da Europa” e lembram que as principais indústrias do norte da Europa anunciaram aumentos que colocam os seus produtores com preços a rondar ou ultrapassar os 40 cêntimos/kg. “Essa evolução é a consequência natural do mercado de produtos lácteos, nomeadamente da valorização da manteiga, cujo preço aumentou 74% no último ano, segundo dados também divulgados pela Comissão Europeia”, sustenta a APROLEP. A associação considera que “a indústria do norte da Europa valoriza o leite e partilha esse valor com os seus produtores”, enquanto em Portugal produtores e indústrias se preparam para “acumular mais uma vez resultados elevados”. Enquanto isso, insiste a APROLEP, “o sector produtivo vai morrendo, com vacarias a fechar ou a arrastar-se penosamente, sem poder aproveitar a onda positiva da produção de leite na Europa”.
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Ministério da Agricultura quer uma avaliação da estratégia d e combate à vespa-asiática (velutina), avistada já em 12 distr i tos, apesar das tentativas de controlo dos últimos dois anos, tendo criado, por despacho, uma comissão de acompanhamento desta espécie. “Pese embora as medidas implementadas em 2015 no âmbito do referido plano de acção, assistiu-se a uma progressão gradual da área afectada no território nacional, desde que os primeiros ninhos e avistamentos do insecto foram confirmados nos distritos de Braga e Viana do Castelo”, afirma o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, num despacho hoje publicado em Diário da República. A vespa velutina é uma espécie asiática com uma área de distribuição natural que se estende pelas regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia ao leste da China, Indochina e ao arquipélago da Indonésia, sendo a sua existência reportada desde 2011 na região norte de Portugal. Os principais efeitos da presença desta espécie não indígena manifestam-se não só na apicultura, por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas, mas também para a saúde pública, porque, embora não sendo mais agressivas do que a espécie europeia, reagem de modo muito agressivo se sentirem os ninhos ameaçados, podendo fazer perseguições até algumas centenas de metros. “A vespa velutina instala-se sobretudo nas áreas urbanas e periurbanas, podendo constituir um risco para essas populações Criada uma comissão de acompapela sua agressividade e concentração de indivíduos e ninhos”, nhamento desta espécie admite Capoulas Santos, no despacho hoje publicado em Diário da República. No documento, o governante reconhece que a vespa velutina está, actualmente, dispersa “não só na região Norte, como para outros pontos do território, designadamente do Centro”, estendendo-se a zona afectada já a doze distritos, conforme dados registados na plataforma SOS Vespa. “Em face do exposto torna-se fundamental reequacionar a estratégia a nível nacional, missão que se confia à Comissão de Acompanhamento para a Vigilância, Prevenção e Controlo da Vespa velutina (CVV), que pelo presente despacho é constituída”, escreve Capoulas Santos no despacho. O documento define que esta comissão tem como missão avaliar e eventualmente propor uma “revisão” do plano de acção, em curso desde Janeiro de 2015, e propor medidas de natureza operacional e legislativa que funcionem em articulação com o actual plano e que melhorem as perspectivas para o seu controlo e contenção. “Configurando a vespa velutina uma ameaça à sustentabilidade da apicultura em território nacional, com eventuais consequências directas na produção de mel e produtos relacionados, assim como na produção agrícola, por via da diminuição da polinização vegetal, atenta a importância das abelhas melíferas nesta relevante função biológica, não devendo ainda ser esquecida a protecção da saúde dos cidadãos perante esta ameaça”, acrescenta o ministro.
Governo avalia combate à vespa-asiática que afecta já 12 distritos
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Anuncio feito por Miguel Freitas em Viana do Castelo
Planos regionais de ordenamento da floresta prontos em 2018
secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural anunciou que os planos regionais de ordenamento da floresta vão estar prontos no início de 2018 e deverão entrar em consulta pública ainda este ano. “Os planos regionais de ordenamento da floresta são um elemento essencial para as escolhas. Este é o momento de escolhas”, afirmou Miguel João de Freitas, destacando a importância do relatório da Comissão Técnica Independente de análise aos incêndios na região Centro para a reforma da florestal em curso. Para o governante, este “poderá ser um elemento essencial para a discussão política que é necessário iniciar, a partir de agora, em torno da floresta”. A criação de uma comissão técnica para apurar os factos relativos ao incêndio que deflagrou em 17 de Junho, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, do qual resultaram 64 mortos, foi proposta pelo PSD e aprovada pelo parlamento no dia 30 de Junho. Para o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, que falava na abertura do oitavo Congresso Florestal Nacional, que decorreu no Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), os planos regionais de ordenamento da floresta são “a porta de entrada de um labirinto”, imagem que utilizou para definir a reforma florestal, sendo que “o conhecimento e a investigação são a porta de saída” dessa estratégia. “O labirinto enquanto imagem da dificuldade e de desafio. Da necessidade de sermos capazes de, a cada momento, darmos o passo certo e seguro. Em tempos destes estamos muito propícios à precipitação. Este é o momento para reflectirmos e para, acima de tudo, percebermos onde estão os chamados adjacentes possíveis. Isto é, onde temos a nossa margem de manobra “, sustentou, apontando o reconhecimento do “erro como outra imagem do labirinto”. E acrescentou: “só seremos capazes de fazer o caminho certo, da porta de entrada à porta de saída se, a cada momento, soubermos os erros cometidos e dermos o passo seguinte, sem errar”. Miguel João de Freitas disse também ser “tempo de reflectir” sobre o Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI). “Se está adequado ao momento actual ou se, necessariamente, somos levados a fazer mudanças”, preconizando “a alteração da relação com os municípios” tendo em vista “a definição de um novo modelo do PNDFCI”. Para o governante, o planeamento florestal “tem de subir de escala” para as associações de municípios e comunidades intermunicipais”, sem esquecer “o efeito de proximidade” garantido “pelas associações de produtores florestais”. “Temos hoje um milhão de hectares em Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) e 500 mil hectares em baldios onde queremos construir uma nova relação, estratégia e novos contratos programas”, referiu, adiantando que irá iniciar, “um percurso de reuniões em todas as regiões para perceber as necessidades concretas”. Revelou também estar em curso “uma profunda alteração dos instrumentos financeiros para apoiar a floresta, através da reprogramação do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) com o objectivo de regionalizar os fundos”. Destacou ainda a criação das Entidades de Gestão Florestal como “elemento essencial para dar valor à floresta”, que disse representar “um activo de 220 milhões de euros”. Miguel João de Freitas acrescentou que a floresta portuguesa representa, por ano, em exportações cerca de 2,5 milhões de euros e que a produção florestal gera um volume de 6,5 mil milhões de euros”. www.gazetarural.com
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Opinião
Olhos nos olhos. É preciso revolucionar o sistema de defesa da floresta contra incêndios!
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relatório da Comissão Técnica Independente sobre os incêndios 2012 a 2017, apenas foram executados cerca de Pedrogão Grande e de Góis, que foi apresentado na Assemde 19%. O maior constrangimento apontado bleia da República, é claro e taxativo: É preciso rever o sistema naciofoi a falta de cumprimento da legislação ao nal de defesa da floresta contra incêndios, com alterações profundas nível das faixas de rede secundária (50 m em no combate e na prevenção. volta das edificações, 10 m para cada lado da Na prática, são ilações que o comum dos cidadãos há muito já tinha rede viária e 100 m à volta dos aglomerados tirado. Basta ver as imagens do combate aos incêndios na televisão populacionais), comprometendo transversale percorrer os caminhos do interior de Portugal para perceber que mente proprietários privados e as entidades o sistema não está a funcionar, quer no combate às chamas, quer a gestoras das infraestruturas públicas e privamontante, - na prevenção dos incêndios, - nomeadamente na redudas, pode ler-se. ção da carga combustível. Aliás, como ficou evidente nas imagens A rede primária foi executada na totalidade da “estrada da morte”, ladeadas por um pinhal denso, numa eviapenas em três municípios. Em alguns municídente negligência daquilo que determina a legislação em matéria pios o grau de execução foi baixo e em quatro de protecção das redes viárias. O relatório é bastante objectivo e outros concelhos não foi sequer planeada a rede crítico nessa avaliação. primária. O tratamento de combustíveis em moAinda sobre o incêndio de Pedrogão, as conclusões do relatório saico não foi, em termos gerais, utilizado. Estes são bastante claras: “as consequências catastróficas do incêndio são elementos que demonstram a falência do sisnão são alheias às opções tácticas e estratégicas que foram tomatema no domínio da prevenção estrutural e que das”, pode ler-se, e este é um elemento que não pode passar em determinam que também no ICNF se produza uma claro face à dimensão humana que assumiu a tragédia do incênavaliação séria da real capacidade técnica deste dio de Pedrogão. Daqui emana a necessidade, tantas vezes reiorganismo cumprir com a missão que lhe está acovindicada, de incorporar mais conhecimento técnico no Sistema metida no Sistema Nacional de DFCI. Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, como também Do meu ponto de vista, os Municípios e as Comuconclui o relatório, sem surpresa para ninguém. nidades Intermunicipais (CIM) têm de assumir um Os analistas do comportamento do fogo continuam à margem maior patamar de responsabilidade, bem como o do sistema, como se não fosse nessa projecção da evolução do ICNF. É certo que o combate aos incêndios florestais fogo que se decide o sucesso das operações. Neste domínio, a apresentou falhas graves, mas a falta de infra-estruEscola Nacional de Bombeiros pode assumir um papel central, turas de apoio a montante também contribuíram para na transferência do conhecimento gerado no meio académico o insucesso. e também na aquisição de lições práticas obtidas do estudo Portanto, a resposta à indignação presente na quesdos incêndios. tão que surge nos primeiros parágrafos do relatório Uma outra nota que emana do relatório prende-se com a “no século XXI, com o avanço do conhecimento nos necessidade do equilíbrio do investimento entre o combate e domínios da gestão da floresta, da meteorologia prea prevenção, uma matéria que o actual Secretário de Estado ventiva, da gestão do fogo florestal, das característidas Florestas, Miguel Freitas, já havia assinalado na Assemcas físicas e da ocupação humana do território, como é bleia da República em 2015. possível que continuem a existir acontecimentos como E desse menor investimento na prevenção (e nem semos dramáticos incêndios da zona do Pinhal Interior que tipre os fundos disponíveis têm sido aplicados nos territórios veram lugar no verão de 2017?” é óbvia. É preciso mudar prioritários) resulta um dado muito preocupante no relatóprofundamente o paradigma! rio da Comissão Técnica Independente: as faixas de gestão Olhos nos olhos, o Governo tem a obrigação de procede combustível nos Planos Municipais de Defesa da Floresder a uma revisão profunda do sistema vigente e dotáta Contra Incêndios dos 11 municípios afectados pelos in-lo de maior eficácia na utilização dos meios humanos e cêndios de Pedrogão Grande e Góis, atingem a extensão financeiros, assegurando a presença de uma força capaz de cerca de 32 mil hectares. No entanto, no período de no terreno, todo o ano.
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Olhos nos olhos, é preciso olhar de frente para os acontecimentos de 2017, que com mais de 215 mil hectares de área ardida é a maior dos últimos 10 anos, e retirar as devidas lições e ilações. Desde logo, na hierarquia da cadeia de responsabilidade. Mas, é preciso ir mais longe, ao cerne da questão e sem retirar mérito e valor aos milhares de mulheres e homens que integram os corpos de bombeiros voluntários, “é tempo de exigir uma nova estratégia de valorização dos Bombeiros e acabar com as lamúrias e com as homenagens hipócritas”, como afirmou Duarte Caldeira, ex-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses após a leitura do relatório. E eu assino por baixo! De facto, é urgente mitigar as insuficiências sistémicas da protecção e socorro em Portugal, e nesse prisma, é fundamental rever o Dispositivo de meios para o combate aos incêndios florestais que está alicerçado nos bombeiros voluntários, mas que se revela insuficiente para responder aos grandes incêndios florestais que lavram dias a fio. O trágico incêndio de Pedrogão Grande este activo durante quase uma semana e não foi caso singular este ano em Portugal. E certamente, não será no futuro! É preciso outra abordagem à defesa da floresta contra incêndios, com a presença de meios todo o ano no terreno, com outra capacidade técnica de intervenção e com o envolvimento de uma estrutura profissional interdepartamental, como existe nos EUA, como vai sucedendo ali ao lado, na vizinha Espanha, só para não atraconjugada com a “regionalização” do plavessar o Atlântico e citar, mais uma vez, o exemplo dos EUA. Nesses neamento do dispositivo, conforme sucede dois países, existe um núcleo duro de profissionais que está no terreno em Espanha. Basta ver as soluções da Galiza, todo o ano e que é completado no período mais critico com o reforço de da Andalucia, da Extremadura ou da Catalumeios, decorrentes da contratação sazonal. nha para perceber da importância no sucesso É preciso envolver de uma forma mais efectiva e permanente os do sistema, da adopção das soluções/moderecursos das Forças Armadas, é preciso repensar a missão dos GIPS los que melhor se ajustam aos riscos existenda GNR e colocar esses meios ao serviço da floresta o ano todo, bem tes em cada território. como a Força Especial de Bombeiros. Os fogos evitam-se! e evitam-se Em suma, a tarefa que se coloca a António com a prevenção estrutural, com a sensibilização das populações, Costa não é fácil. Aguardemos pela reflexão com uma fiscalização activa e eficaz da aplicação da lei. Quando o que o Governo irá fazer deste relatório e pelos sistema falha a montante, não há outro remédio senão chorar a fataanúncios que irão emanar do Conselho de Minislidade dos incêndios que se avolumam em função da disposição do tros Extraordinário do dia 21 de Outubro para São Pedro, como foi evidente este ano em Portugal. ver até que ponto houve coragem política para Não sei se a criação de uma Agência para a Gestão Integrada dos mudar o paradigma! Fogos Rurais, conforme é defendida no relatório da comissão técnica, será uma solução viável no curto prazo. Pessoalmente, defenMiguel Galante do a adopção de uma solução de transição, integradora, de cariz Engenheiro Florestal
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“As árvores têm de ser tratadas como seres vivos”
UTAD lança pós-graduação em Floresta Urbana
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embrando a recente tragédia com a queda entre outras, medidas que, se realizadas correctamente e no mode uma árvore de grande porte na Madeira mento oportuno, contribuem para uma maior durabilidade e estabique provocou a morte de 13 pessoas, ganha eslidade das árvores”. pecial importância o curso de pós-graduação em A árvore não pode ser considerada perigosa, já que no seu cresFloresta Urbana que a Universidade de Trás-oscimento desenvolve toda uma estrutura biomecânica durável e se-Montes e Alto Douro (UTAD) acaba de anunciar gura, mesmo em caso de intempéries, um processo que demorou a para começar no próximo mês. evoluir por mais de 400 milhões de anos. O que acontece, alerta o A grande preocupação dos especialistas, e que mesmo especialista, é que “a sua estrutura é muitas vezes posta está presente nos objectivos deste curso, reside em causa pelo Homem por acções inadequadas, tais como abertunos critérios, nem sempre os mais adequados, ra de valas que cortam raízes, podas incorrectas, excessiva compara o planeamento das arborizações urbanas, aspactação por viaturas, impermeabilização de solos, excesso de sim como na necessidade de uma avaliação prevenpoluentes e até excesso de luz”. tiva da estabilidade das árvores, levando em conta A monitorização da condição do arvoredo é pois, uma peça a segurança e o risco sobretudo em árvores de granessencial para quem gere esse património. Assim o justifica o de porte e idade avançada. especialista da UTAD: “As árvores têm se ser tratadas como seTal avaliação, segundo o docente e investigador da res vivos que são, com toda a dinâmica que está associada à UTAD Luis Martins, responsável do curso, “permite sua conservação, crescimento e reprodução. Têm necessidades detectar eventuais fragilidades nas árvores e preconipróprias como qualquer ser vivo. Adoecem e depressa recupezar medidas que podem passar por intervenções nas ram se forem bem tratadas, murcham por falta de água, ficam infraestruturas, podas, tratamentos fitossanitários, mais felizes quando bem cuidadas.”
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Número de vegetarianos tem vindo a aumentar
Movimento Vegan ganha adeptos e novas marcas chegam ao mercado
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ma das enormes vantagens de viver neste século é podermos escolher aquilo que queremos ser. Um direito que se aplica a todas as áreas da vida e que é cada vez mais notória no que respeita às escolhas alimentares. O número de vegetarianos tem vindo a aumentar, o que democratizou a oferta nessa áreas e, agora, o mesmo se passa com o movimento vegan. Inicialmente sabíamos apenas que era uma espécie de extremo radical do vegetarianismo – porque, além da carne e peixe implica a abolição de todo e qualquer produto de origem animal – mas hoje temos consciência que passou a ser um estilo de vida para um número crescente de pessoas. Atento, o mercado acompanha e cria alternativas. É o caso da Quinola, uma marca produzida em Inglaterra e agora lançada em Portugal pela empresa EverVegan, e que utiliza produtos fairtrade, nomeadamente a quinoa, proveniente do Peru. Porque o outro lado da liberdade (de poder escolher ser/fazer/comer o que se quer) será sempre a responsabilidade, é importante salientar que todos os produtos Quinola são orgânicos e respeitam valores tão fundamentais como a sustentabilidade e a necessidade de contribuir para a economia das comunidades locais onde são adquiridos os ingredientes – do Peru neste caso. Lançados que estão os princípios básicos, há que referir as vantagens em termos de saúde: além de ecológicas e vegan, as refeições à base de quinoa não têm glúten nem lactose, são ricas em proteína e pobres em calorias. Quinoa fácil de preparar ou em refeições já prontas, o que garante comodidade máxima. Existem inclusive opções para bebés (papa, comida triturada, pequenos pedaços) e crianças (quinoa Mediterrânea, Thai e Tex Mex) e, para adultos, quinoa wholegrain e receitas de quinoa orgânica (Golden Vegetables, Spicy Mexican, Indian Style Chickpeas, entre outras). Para já a Quinola, da EverVegan, está à venda no El Corte Inglés e nas lojas Be U e Loja da Amélia - na Ericeira e Mafra - e na Green Beans no Bairro Alto, em Lisboa, mas estão mais espaços a serem negociados para breve. Estes produtos estiveram no último fim-de-semana no Veggie Fest, nas instalações da Oliva Creative Factory, em São João da Madeira, e Veganário Fest, no Regueirão dos Anjos nº 70, em Lisboa. www.gazetarural.com
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Comemorado no dia 12 de Novembro
Rede Europeia de Cidades do Vinho organiza o Dia Europeu do Enoturismo
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Dia Europeu do Enoturismo vai ser comemorado no dia 12 de Novembro pela Rede Europeia de Cidades do Vinho (RECEVIN ) com iniciativas e eventos nas cidades que integram a rede. Desta forma pretende-se promover a cultura, o património e as tradições das cidades parceiras da RECEVIN, os produtores de vinho e os seus enoturismos, mas também valorizar os territórios produtores de vinho e as rotas do vinho. Este ano, através da parceria estabelecida com a Associação Internacional de Enoturismo (AENOTUR), a data será também assinalada com eventos em cidades do Brasil e do Uruguai. A expansão do Dia Europeu do Enoturismo aos países da América Latina tem como objectivo que no próximo ano já se celebre o Dia Mundial do Enoturismo. O Dia Europeu do Enoturismo foi instituído em 2009 pela RECEVIN e celebra-se anualmente no segundo domingo de Novembro com programas organizados por cada cidade. Uma importante promoção que se vai realizar em vários países europeus, onde haverá, por exemplo, visitas a adegas e a enoturismos, passeios pelas vinhas, conferências, seminários e exposições sobre o vinho, concertos, provas de vinho e enogastronómicas, visitas a monumentos, castelos e museus, provas desportivas nas vinhas, mas também programas temáticos organizados por restaurantes e hotéis. Esta iniciativa reflecte o espírito da RECEVIN, procurando um trabalho em rede de forma articulada, em que todos beneficiarão desta acção de promoção conjunta e em simultâneo. A RECEVIN tem o apoio das Associações Nacionais de Cidades do Vinho e de cerca de 700 cidades da Alemanha, Áustria, Bulgária, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Portugal e Sérvia.
FICHA TÉCNICA
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Ano XIII | N.º 303 | Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968044320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco | Opinião: Miguel Galante | Paulo Barracosa Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 www.gazetarural.com
Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 1000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
Utilizando diversas técnicas de ensino à distância
Espaço Visual forma jovens agricultores para o negócio das plantas
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negócio das plantas, nas suas várias dimensões e variantes, está em alta. Nesse contexto, a consultora agrícola Espaço Visual, dando seguimento a um significativo apelo do mercado agrícola, vai lançar uma acção de formação denominada “Protecção das plantas - UFCD 7583 - E-learning”. Esta iniciativa é fundamentalmente dirigida aos jovens agricultores e tem como objectivo o desenvolvimento de conhecimentos e competências no âmbito da protecção das plantas. Os interessados devem fazer a sua inscrição no site da Espaço Visual, no seguinte link (http://formacao. espaco-visual.pt/informacaocurso.aspx?id=60). Os conteúdos a ministrar irão permitir identificar o objectivo e descrever os principais conceitos em protecção das plantas; reconhecer os principais inimigos das plantas; enumerar as principais estratégias e meios de protecção das culturas contras as infestantes, doenças e pragas. Além da protecção das plantas, os formandos irão aceder a conhecimentos sobre os acidentes fisiológicos ou culturais; a flora infestante; os agentes causadores de doenças e as pragas das plantas. A metodologia a aplicar neste curso pelos formadores será de índole activa, centrada no participante, e utilizando diversas técnicas de ensino à distância, com exposição dialogada, estudos de casos, visionamento de filmes e trabalhos práticos.
Marcada para 3 e 4 de Março de 2018, no Pavilhão Multiusos
Município de Tábua já tem data para a XXIX Feira do Queijo, do Pão, dos Enchidos e do Mel
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Município de Tábua já marcou a data da XXIX Feira do Queijo, do Pão, dos Enchidos e do Mel | IX Mostra de Gastronomia e Artesanato. O certame irá realizar-se nos dias 3 e 4 de Março de 2018, no Pavilhão Multiusos. Este evento tem como principais objectivos divulgar os produtos de excelência oriundos do concelho e da região, nomeadamente o queijo, o pão, os enchidos e o mel, alargando este leque ao vinho do Dão, azeite e outros produtos endógenos, englobando o artesanato, tornando-se num dos principais promotores do que melhor se faz no concelho, não só ao nível gastronómico, como cultural.
Sistemas de rega foram desligados ou reduzidos em todos os pontos do concelho
Município de Viseu intensifica redução de consumos públicos de água
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endo em vista reduzir significativamente os consumos de água públicos, no actual contexto de seca severa e reduzidas disponibilidades hídricas, o Município de Viseu pôs em marcha nas últimas semanas um plano de redução ou suspensão do funcionamento sistemas de rega no concelho. São exemplos dessas medidas de contingência o desligamento dos dispositivos de rega da Avenida da Europa e das Circulares Norte e Sul e das estradas nacionais 231 e 16, que por si só representam 93 mil metros quadrados de área verde. Neste momento e até que o período de seca termine, não está prevista a reabertura destes sistemas. Os espaços verdes do concelho, incluindo da cidade, de bairros periféricos e tutelados pelas Freguesias, passaram também a ser regados em regime mínimo, na maioria dos casos duas vezes por semana e durante um período não superior a sete minutos. As Freguesias estão a ser sensibilizadas e envolvidas neste esforço colectivo. O Município não põe de parte a adoçam de medidas de contenção mais rigorosas nos próximos dias, em função do agravamento da situação de seca, com o objectivo de salvaguardar a prioridade de disponibilidade de água para consumo da população, numa situação de normalidade. Neste contexto, o Município de Viseu intensificou também a campanha de sensibilização “Viseu ajuda a poupar” junto da população e de turistas, designadamente através das suas redes sociais, com dicas práticas de redução de consumos. O Município apela a um consumo especialmente racional e consciente da água pública no actual momento, por parte de todos os munícipes, dos serviços municipais, das indústrias e comerciantes, das escolas e da hotelaria. “A água é hoje, mais do que nunca, um bem escasso e valioso. A sua salvaguarda é uma prioridade que tem de unir todos sem excepção”, apela o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques. O combate a fugas de água pública é outra das prioridades da Águas de Viseu. Situações de ruptura poderão ser comunicadas através dos números de telefone 963 391 298 ou 232 431 914. Os níveis de disponibilidade de água na albufeira de Fagilde conhecem actualmente mínimos históricos, na ordem dos 20 por cento da capacidade instalada. Alguns depósitos de água do norte do concelho são já abastecidos através do recurso a cargas de camião-cisterna. www.gazetarural.com
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Última
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Nos dias 21 e 22 de Outubro
Territórios de montanha debatidos em Arcos de Valdevez
O
s territórios de montanha vão estar em debate a 21 e 22 de Outubro, em Arcos de Valdevez. “Acontece in Loco – Montanhas do Alto Minho” é um evento promovido pela Associação Regional de Desenvolvimento do Alto Lima (ARDAL), Escola Superior Agrária de Ponte de Lima (ESAPL) e Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais (SPER), com o apoio da Câmara de Arcos de Valdevez, da Junta de Freguesia de Sistelo, da Associação Sócio-Cultural e Recreativa de Sistelo, da Associação Territórios com Vida e do Conselho Directivo dos Baldios de Cabana Maior. Os participantes nesta iniciativa irão debater temas ligados aos territórios de montanha, nas vertentes agrícola, social, cultural e económica. Irão visitar Sistelo, aldeia que este ano entrou para a história, com a sua paisagem cultural a obter a classificação como sítio de interesse nacional/monumento nacional, e por ter vencido o concurso das Sete Maravilhas de Portugal na categoria de Aldeia Rural. No Mezio também irão visitar uma das Portas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, em plena Reserva Mundial da Biosfera (Unesco),a qual aposta no tema da Conservação da Natureza e da Biodiversidade e abre passagem para a magnífica imensidão das montanhas e vales do Soajo e Peneda. Para melhor entender as problemáticas e as oportunidades que se colocam às aldeias de montanha o desafio é participar nas experiências in loco e tertúlias organizadas que fazem parte do programa deste evento. A participação nas sessões e nas actividades é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia. Apenas o custo das refeições fica a cargo dos participantes. Mais informações e inscrições em www.portadomezio.pt, pelo email portadomezio@ardal.pt, ou pelo telefone 258 510 100.
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