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Sumário 05 06 08 10 12 13 13 15 16 18 19 20
Portugal à Mesa é o tema das 7 Maravilhas Rota da Lampreia e da Vitela 2018 “atinge a sua maioridade”
Feira do Queijo de Oliveira do Hospital lembra vitimas dos incêndios
Aguiar da Beira promove festa que homenageia o Pastor e promove o Queijo Festival da Lampreia em Penafiel conta com mais restaurantes
Carne Cachena com arroz de feijão tarreste em Arcos de Valdevez Portel prepara XII Congresso das Açordas
Festival do Azeite e Ervas Aromáticas desafia os sabores em Alcanena
VII Feira do Fumeiro do Demo com mais participantes “O Algarve num Copo” desafia a descobrir alguns dos melhores vinhos da região Casimiro Gomes dedica à mãe o novo Regateiro Baga Governo ficou limites para novas plantações de vinha
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Britânicos preferem vinhos produzidos com uvas de castas autóctones portuguesas
ASAE fiscaliza produtos tradicionais nas áreas afectadas pelos fogos
Miranda do Douro com centro de melhoramento de genética animal até ao fim de 2018
Montado é um “aliado” contra alterações climáticas Miguel Freitas diz que concessionárias de água devem promover reflorestação
Câmaras vão poder decidir que tipo de floresta querem no concelho Idanha é o primeiro concelho português a aderir à Rede Internacional de Bio Regiões Mora é ‘capital’ da pesca desportiva
Opinião de Miguel Galante Xutos e Pontapés abrem festa comemorativa dos 35 anos da Ovibeja
ADDLAP tem novos órgãos sociais até Fevereiro 2020 Tecnologia acústica monitora abelhas sem abrir a colmeia
10 e 11 MARÇO 2018
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Agenda
FESTIVAIS GASTRONÓMICOS De 1 de Março a 1 de Abril Mês da Enguia em Salvaterra de Magos Salvaterra de Magos promove o “Mês da Enguia”, mostra gastronómica que este ano envolve 21 restaurantes e que é acompanhada de um programa de eventos culturais, turísticos e desportivos, bem como uma mostra de artesanato. De 2 e 4 de Março Silarca - Festival do Cogumelo Realizado na freguesia de Cabeça Gorda, no concelho de Beja, este evento recebe expositores com produtos ligados à produção de cogumelos, ervas aromáticas, licores regionais, doçaria tradicional, bordados e costuras, bem como algum artesanato regional. A 3 e 4 de Março Fim de Semana Gastronómico em Arcos de Valdevez A Carne Cachena com arroz de Feijão Tarreste é o prato em destaque no Fim de Semana Gastronómico em Arcos de Valdevez: Característico das Serras da Peneda e do Soajo, este é um prato com sabor distinto do mundo rural. Até 18 de Março Festival de Chocolate em Óbidos Realizado na pitoresca Vila Medieval de Óbidos, este Festival transporta grandes e pequenos para um mundo de fantasia onde o Chocolate é protagonista. Com decorações e cenários coloridos, actividades e muita animação para todas as idades, este é um evento inesquecível que irá divertir toda a família! De 22 a 25 de Março Festival do Azeite e Ervas Aromáticas O Município de Alcanena promove, pelo quinto ano consecutivo, o Festival do Azeite e Ervas Aromáticas, que decorre nos 15 restaurantes e 6 pastelarias aderentes do concelho. Até 25 de Março Festival da Lampreia em Penafiel A edição de 2018 do Festival da Lampreia, em Penafiel, conta com a participação de 15 restaurantes e, no último fim de semana, com uma tenda gigante em Entre-os-Rios para degustação. FEIRAS SECTORIAIS De 2 a 4 de Março MoraPesca – XVI Feira de Artigos de Pesca Desportiva A realização da MoraPesca – XVI Feira de Artigos
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de Pesca Desportiva decorrerá, como é habitual, no Pavilhão Municipal de Exposições, em Mora. A cerimónia de abertura está marcada para as 18 horas de dia 2 e o programa desenrola-se ao longo de três dias. De 27 de Abril a 1 de Maio Ovibeja 2018 “Todo o Alentejo deste mundo” é o slogan que promoveu um certame que atrai agricultores, mas dezenas de milhares de visitantes. Exposição pecuária, boa gastronomia alentejana e os melhores concertos. De 15 a 17 de Junho Feira do Campo Alentejano Esta feira agroindustrial, promovida pela Câmara de Aljustrel, já conquistou o seu lugar no panorama regional, do sul do país. FEIRAS DE FUMEIRO Nos dias 3, 4, 10 e 11 de Março Feira do Fumeiro de Trancoso Este evento conta com produtores de enchidos e fumados, queijos, pão, doçaria regional, vinhos, mel, azeites e ainda artesanato regional. A 11 de Março VII Feira do Fumeiro do Demo O Parque Urbano de Touro, em Vila Nova de Paiva, volta a ser o palco de mais uma edição da Feira do Fumeiro do Demo, evento organizado pela Câmara de Vila Nova de Paiva e pela Junta de Freguesia de Touro. FEIRAS DO QUEIJO A 4 de Março V Feira do Pastor e do Queijo de Aguiar da Beira O evento, que decorrerá em Mosteiro, visa promover o queijo Serra da Estrela, produto que tem um peso significativo na economia local, mas também homenagear todos aqueles que ao longo do ano se dedicam à criação de gado para a sua produção. A 10 e 11 de Março Feira do Queijo de Oliveira do Hospital O Largo Ribeiro do Amaral, em Oliveira do Hospital, recebe mais uma edição Festa do Queijo Serra da Estrela, considerada a maior do seu género em Portugal. Produtos endógenos de qualidade, animação, etnografia, desporto e turismo são alguns dos temas em destaque nesta festa.
Candidaturas decorrem até 7 de Março
Iniciativa “7 Maravilhas” coloca Portugal à Mesa
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s portugueses são este ano desafiados a encontrar a “mesa de Portugal”, no âmbito da iniciativa “7 Maravilhas”, que visa aliar gastronomia, vinhos, azeites e roteiros turísticos de cada região, decorrendo as candidaturas até 7 de Março. Depois de terem sido escolhidas as “7 Maravilhas - Praias de Portugal”, as “7 Maravilhas da Gastronomia”, as “7 Maravilhas Naturais de Portugal”, as “7 Maravilhas de Origem Portuguesa do Mundo”, as “7 Maravilhas de Portugal” e as “7 Maravilhas Aldeias”, nos últimos seis anos, os portugueses são desafiados, agora, a eleger as “7 Maravilhas à Mesa”. Durante a apresentação da iniciativa, que decorreu em Lisboa, Luís Segadães, presidente da “7 Maravilhas”, apontou o desafio deste ano como uma possibilidade para se criar um retracto fiel do país: “um tema que reúne gastronomia, vinhos, azeites e os roteiros turísticos de cada região, parece complexo, mas é aí que está espelhada a história e tradição do país”, disse à do evento, também, por incluir as instituições do enagência Lusa. sino superior, que colaboram na manutenção e aproEste ano, qualquer entidade pública ou privada pode candifundamento do conhecimento sobre os costumes da datar-se a ser uma das “7 Maravilhas”, desde que cumpra dois sociedade “onde se inserem os hábitos à mesa, seja requisitos: ter no mínimo um elemento de cada área (gastrona função de servir, seja na confecção e apresentação nomia, vinhos e azeites e roteiros turísticos) e serem todos dos produtos”. naturais da região. “As nossas mesas têm de ser endógenas e As “7 Maravilhas” continuam a realizar-se em parcenelas cabem a gastronomia, os vinhos e azeites e os roteiros ria com a RTP, com José Carlos Malato e Catarina Furturísticos”, destacou. tado como apresentadores, afirmando o presidente do As propostas de mesas serão alvo de uma validação cienconselho de administração da RTP, Gonçalo Reis, que a tífica que está a cargo da Rede de Instituições Públicas do estação pretende novamente dar a conhecer o que de Ensino Superior com Cursos na área do Turismo (RIPTUR), bom se faz no país, mostrando “a qualidade portuguesa, que engloba 17 instituições politécnicas, para se garannovas estrelas e inovação”. tir que “todos os produtos apresentados a concurso são A fase de candidaturas foi alargada até dia 7 de Março uma fiel representação da região”, disse José Sancho Silva, e, após a selecção e validação das propostas, serão 49 as coordenador da comissão executiva da RIPTUR. ‘mesas’ pré-finalistas, sete de cada região do país, que A secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino poderão ser votadas pelo público, para eleger as “7 MaraSuperior, Maria Fernanda Rollo, destacou a importância vilhas à Mesa”, uma de cada região. www.gazetarural.com
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Promovida pela autarquia e Junta de Penaverde a 4 de Março
Aguiar da Beira promove festa que homenageia o Pastor e promove o Queijo
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lguns milhares de pessoas são esperados em Mosteiro na V Festa do Pastor e do Queijo, uma iniciativa da Câmara de Aguiar da Beira e Junta de Freguesia de Pena Verde. O evento visa promover o queijo Serra da Estrela, produto que tem um peso significativo na economia local, mas também homenagear todos aqueles que ao longo do ano se dedicam à criação de gado para a sua produção. O presidente da Câmara de Aguiar da Beira diz que “vai ser uma grande festa”. Joaquim Bonifácio adiantou à Gazeta Rural que a situação do sector no concelho se mantém, tal como em anos anteriores. O autarca lamenta que não apareça mais gente nova a dedicar-se a esta actividade, que “é rentável”, diz Joaquim Bonifácio.
dias trabalham para que este produto, que nos honra, seja em Aguiar da Beira uma mais valia para a economia das famílias que se dedicam à sua produção. Vai ser, com certeza, uma grande festa.
GR: O ano de 2017 foi difícil, pelas razões conhecidas, nomeadamente a seca. Esta situação afectou os produtores do concelho? JB: A situação no concelho mantem-se e, apesar das dificuldades, os nossos criadores de gado conseguiram ultrapassar as dificuldades. O número de explorações no concelho tem-se mantido ao longo dos anos e o mesmo acontece em relação aos produtores de queijo. O queijo é um produto que nos orgulha dar a conhecer, e a provar, a todos quantos nos visitam, nomeadamente no dia da Festa. Nesta altura teremos, no concelho, um efectivo de cerca de Gazeta Rural (GR): Esta Festa é um evento que cinco mil ovinos das raças Bordaleira e Churra Mondegueira. visa promover o queijo, mas também homenagear Temos sete queijarias licenciadas e duas certificadas. quem o produz? Segundo os dados que possuímos, há uma produção Joaquim Bonifácio (JB): A V Festa do Pastor e do anual de cerca de meio milhão de litros, que, transformaQueijo é um evento que a Câmara realiza para dar a codo em queijo, daria cerca de 80 toneladas. Porém, apenas nhecer um produto endógeno com grande importância e cerca de um quarto do leite produzido no concelho é cá que trás riqueza para o concelho, mas também para toda transformado. Estamos a falar numa produção de cerca de a região demarcada de Queijo Serra da Estrela. 20 toneladas de queijo, o que é muito significativo, sendo Ao mesmo tempo fazemos com que este evento seja que o leite restante é vendido para fábricas do concelho uma festa, homenageando aqueles que ao longo de 365 e da região.
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GR: A certificação continua a ser uma aposta a que os produtores de queijo não recorrem, pois tem custos e burocracias? JB: É uma realidade a que não conseguimos fugir. São essas e outras situações que fazem com que os mais jovens não apostem nesta actividade. GR: O ano passado inaugurou o novo espaço do Mercado do Gado. Neste primeiro ano atingiu as metas que tinha traçado? JB: O Mercado do Gado é uma mais valia para a Freguesia de Mosteiro, mas também para toda a região, onde não há uma infraestrutura da dimensão e qualidade da que existe em Pena Verde. Naturalmente há altura mais fortes, com mais movimento, como nos meses de Outubro a Janeiro, altura em que o mercado tem mais vida. Devo dizer que damos todas as condições para que as pessoas vão ao mercado. Na transacção de cada animal jovem na feira, especialmente para a reposição, substituição e constituição de rebanhos pagamos 4 euros por cabeça. Nos borregos e cabritos comercializados para abate pagamos 3 euros por cabeça. Nos adultos pagamos 4 euros por cabeça. É uma ajuda que damos, a que acresce, naturalmente, o valor acordado de venda. Para além disso, damos condições de desinfecção de viaturas aos comerciantes que ali vão transaccionar o seu gado.
Muita festa e concursos de ovinos e caprinos A Festa do Pastor e do Queijo tem um programa variado. A exposição de animais é uma das principais atracções do evento e que este ano tem como novidade a presença de caprinos serranos, que participarão no tradicional concurso de gado. Este visa premiar e incentivar os produtores de gado a Raça Bordaleira e Serrana, com prémios significativos em seis categorias. O ano passado o concurso contou com 38 criadores que tiveram a concurso centena e meia de animais. O programa começa pelas 9 horas da manhã com a abertura da exposição e concurso de gado ovino e caprino, a que se seguirá, pelas 10 horas, a recepção das entidades oficiais, a visita ao evento e uma mostra e prova de queijo. Depois do almoço, tipicamente beirão, os representantes do município distinguirão os pastores e queijeiras do concelho, com a entrega dos prémios do concurso de gado. A tarde seguirá com a actuação de Ruizinho de Penacova, que repete a presença no evento. www.gazetarural.com 7
Presidente da República preside a Almoço Solidário
Feira do Queijo de Oliveira do Hospital lembra vitimas dos incêndios
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Festa do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital, que se realiza nos dias 10 e 11 de Março, no centro da cidade, é dedicada às vítimas dos incêndios de 15 e 16 de Outubro. Contribuir para o renascimento dos rebanhos de ovelhas da raça Serra da Estrela, que foram dizimados pelos incêndios e que estão na origem da origem da produção do leite com que se faz um dos mais afamados queijos do mundo, é um dos principais conceitos daquela que é a maior festa do queijo de Portugal. Como entidade organizadora do evento, o Município de Oliveira do Hospital vai desafiar este ano os visitantes a apadrinharem as borregas Serra da Estrela – através do pagamento de um determinado valor – que estarão em exposição no evento. A receita reverterá na íntegra para o Centro de Recria da Associação Nacional de Criadores de Ovinos Serra da Estrela, recentemente criado pela Associação Nacional de Criadores de Ovinos Serra da Estrela (ANCOSE) com a finalidade de preservar três produtos da Serra da Estrela com denominação de origem protegida – queijo, requeijão e borrego –, que ficaram seriamente afectados após a morte de vários milhares de ovelhas daquela raça autóctone nos incêndios de 15 e 16 de Outubro. Na edição deste ano realiza-se também um mega almoço solidário, que deverá contar com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e cuja receita reverterá para a conta solidária, criada pelo Município de Oliveira do Hospital, para apoiar as vítimas dos incêndios. Feira com mais de 300 expositores O certame contará este ano com mais de 300 expositores de produtos endógenos, artesanato, gastronomia, entre outros artigos, sendo esperados muitos milhares de visitantes, contando ao longo dos dois dias com uma vasta panóplia de iniciativas que os visitantes vão encontrar pelo recinto da festa, no Largo Ribeiro do Amaral, no centro da cidade, e que se estende a algumas ruas próximas, com destaque para as provas de queijo e vinhos do Dão, tosquias e fabrico de queijo ao vivo, ou exposição animal. De realçar também a aposta do evento na promoção do artesanato local através da presença de diferentes artesãos do concelho de Oliveira do Hospital que, no palco da tenda Queijo Serra da Estrela, farão demonstrações ao vivo das suas artes. O evento inicia, dia 11 de Março, às 9 horas, com a transmissão em directo do programa Terra-a-Terra, da TSF. Já na tarde de domingo, as atenções estarão centradas na emissão do programa “Somos Portugal” da TVI, entre as 12,30 e as 20 horas, que irá mostrar a maior Festa do Queijo Serra da Estrela nos ecrãs de televisão de Portugal e do estrangeiro. Durante os dois dias também a emissora local, Radio Boa Nova fará transmissão especial em directo do certame.
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Novo Opel
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Diz António Coutinho, presidente da Câmara de Sever do Vouga
ganizado em estreita parceria com a Confraria Gastronómica de Sever do Vouga e que conta com a colaboração da Entidade Regional da Turismo Centro de Portugal na sua divulgação, o Município de Sever do Vouga procura promover e divulgar as potencialidades do concelho. Saborear uma gastronomia de qualidade em Sever do Vouga é um convite que se estende também ao património natural, cultural e histórico. A rota tem vindo a renovar a sua importância ever do Vouga é o ponto de encontro dos amantes da boa gasenquanto produto turístico, uma vez que contritronomia, nomeadamente de dois pratos que imagem de marca bui, não só para a dinamização económica, mas deste concelho ribeirinho do Vouga. De 3 a 11 de Março vai decorrer também para a dinamização cultural, através da a XVII Rota da Lampreia e da Vitela, em seis restaurantes aderentes, valorização de diferentes recursos. É desta forma evento que visa que temos vindo a criar a nossa imagem de marTambém promover e divulgar as potencialidades do concelho. ca. A cada edição, renovamos o compromisso de Os apreciadores da boa lampreia não deixarão de se deslocar a valorizar os nossos recursos endógenos, ajudando Sever do Vouga, num evento que, como referiu à Gazeta Rural o a consolidar cada vez mais a identidade do nosso presidente da Câmara de Sever do Vouga “soube reinventar-se”, concelho. associando a vitela à rota. É que a vitela assada com arroz de forno A qualidade da nossa gastronomia é sobejamené um prato único, que os restaurantes do concelho servem durante te conhecida e reconhecida. Isso é fruto da nossa todo o ano. “A rota tem vindo a renovar a sua importância enaposta em um trabalho de continuidade que não se quanto produto turístico”, afirma António Coutinho, que tem uma resume apenas à intervenção da Câmara Municipal. “expectativa alta” para a edição deste ano. Para que um evento da envergadura da Rota da Lampreia e da Vitela se cumpra na totalidade, contamos Gazeta Rural (GR): A Rota da Lampreia e da Vitela é já com a participação mais directa dos restaurantes loum cartaz nesta altura do ano. Que expectativa tem para cais, mas também de outros agentes locais que, atraeste ano e o que representa este evento para o concelho? vés das suas acções, contribuem para a experiência António Coutinho (AC): Temos, naturalmente, as expectade quem visita Sever do Vouga, como é o caso das tivas em alta, até porque estamos a falar de dois pratos muiempresas de desporto de aventura, o alojamento local, to fortes da cozinha tradicional severense que contribuem, e o comércio em geral, sem esquecer a população, cuja muito, para o reconhecimento da nossa gastronomia além das hospitalidade também pesa na balança quando um vifronteiras do nosso concelho. sitante opta por um destino turístico em detrimento de A iniciativa Rota da Lampreia e da Vitela atinge, este ano, a outro. sua maioridade. Ao longo de 18 anos, a rota soube reinventar-se, sendo exemplo disso a introdução, em 2006, da vitela, GR: Porque é que a lampreia em Sever do Vouga como uma alternativa para quem não aprecia a lampreia, é diferente? uma iguaria com um sabor muito forte que nem sempre agraAC: O que torna única a lampreia de Sever do Vouga é da a todos os paladares. a forma como é preparada. Repare, somos um concelho Ao juntarmos no mesmo cartaz a lampreia e a vitela conabençoado pela natureza, em que as paisagens são um seguimos abranger um público mais alargado, incluindo os convite ao descanso e à aventura, com as quedas de água mais novos. Desta forma, vir a Sever do Vouga saborear o e o Vouga a recortar diferentes tonalidades de verde. A arroz de lampreia, a lampreia à bordalesa ou a vitela assada nossa gastronomia foi, desde sempre, marcada pela proxicom arroz de forno é um programa que pode ser experienmidade com o rio Vouga. As nossas gentes, desde sempre, ciado por toda a família. tiveram acesso à lampreia e, ao longo das gerações, os seAtravés da Rota da Lampreia e da Vitela, um evento orgredos foram sendo cozinhados pelas mãos das nossas avós
Rota da Lampreia e da Vitela 2018 “atinge a maioridade”
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que, por sua vez, aprenderam com as suas avós. Temos uma tradição muito forte no preparo e confecção da lampreia, pelo que saborear esse ciclóstomo em Sever do Vouga é a garantia de uma refeição bem preparada e de muita qualidade. A experiência gastronómica torna-se ainda mais rica se tivermos em conta o espumante medalhado que temos no concelho e a recente produção de vinho, cujo néctar já é comercializado por alguns dos nossos restaurantes. Para terminar, não podemos deixar de falar na doçaria, com o apontamento das frutas características da nossa região, como o mirtilo e a laranja. Não há como negar, comer uma lampreia em Sever do Vouga é uma experiência única que vale a pena ser degustada.
à procura que se verifica durante o ano? AC: À semelhança do que acontece com a lampreia, um dos segredos da nossa vitela é a forma como a mesma é preparada. No entanto, a Câmara de Sever do Vouga, na medida do que lhe é possível, tem procurado apoiar os criadores de gado da região, sendo exemplo disso o apoio dado ao Concurso Pecuário Regional da Raça Bovina Arouquesa da Feira do Arestal que visa, sobretudo, contribuir para a preservação das raças portuguesas ao incentivar a criação. No ano passado, reforçamos o apoio e a intenção é manter esta aposta. Entendemos que, ao incentivar a criação de gado na região, contribuímos para a diferenciação de um produto gastronómico característico do concelho, a vitela à moda de Sever do Vouga. É uma forma de garantir um produto de melhor qualidade na nossa região, o que faz com que a nossa gastronomia saia a ganhar. Aproveito para deixar uma palavra de apreço à Cooperativa Agrícola de Sanfins, responsável pela excelente organização do evento, que se esforça para manter viva uma tradição centenária. A feira, que decorre anualmente a 25 de Julho, no Arestal, é algo único na nossa região. Vale a pena a visita.
GR: Aproxima-se mais uma época do mirtilo. Depois dos problemas de 2017, que é a situação do sector no concelho e como perspectiva a campanha deste ano? AC: Vamos, à semelhança do ano passado, GR: A gastronomia é um meio de atracção de visitantes. fazer mais uma bela Feira Nacional do Mirtilo, Sever do Vouga já é um destino gastronómico? atraindo para Sever do Vouga milhares de visiAC: Podemos dizer que temos trabalhado de forma empenhada tantes, como tem sido hábito ao longo da última e com muito amor à nossa terra para que esta seja uma realidade década. Este ano, voltaremos a introduzir algumas cada vez mais presente no nosso concelho. Estamos no bom caminovidades no cartaz que iremos divulgar oportunho, temos muito trabalho feito, mas ainda não estamos satisfeinamente. Contamos com parceiros de grande quatos. lidade, como é o caso da aGim-Associação para os A experiência diz-nos onde podemos melhorar, quais as arestas Pequenos Frutos e Inovação Empresarial e temos que podemos e devemos aparar e é neste sentido que continuaboas expectativas para este ano. mos a trabalhar. Temos os recursos e a qualidade que o visitante Do que os produtores nos vão transmitindo, temos exige. Ser um destino gastronómico não é imutável, é algo que conhecimento de que esta será uma campanha denexige uma dinâmica e empenho constante. Podemos dizer que tro daquilo que é considerado normal, havendo tamtemos vindo a ser um destino gastronómico e, a cada ano, trabém quem defenda que a colheita deste ano possa balhamos para renovar a confiança e a preferência de quem nos ser melhor que algumas anteriores. No entanto, falavisita. mos de agricultura e, como sabemos, o factor tempo É uma preocupação da Câmara Municipal apoiar as dinâmicas exerce influencia sobre o sucesso de uma campanha. que contribuem para que Sever do Vouga continue a ser escoAcreditamos no profissionalismo dos agentes do seclhido como um destino gastronómico de destaque na Região tor que, ao longo do ano, ultrapassam as dificuldades Centro de Portugal. A Rota da Lampreia e da Vitela, a Feira naturais de um mercado em expansão e se empenham Nacional do Mirtilo e a Rota do Cabrito são alguns exemplos do para que Sever do Vouga mantenha o título de Capicompromisso que a autarquia assume com os agentes locais tal do Mirtilo, assim como o reconhecimento dos países na divulgação dos nossos produtos locais. Promover a gastropara os quais o nosso fruto é exportado. Da parte da nomia local, através da melhoria constante da sua qualidade, Câmara Municipal, tudo faremos para, dentro das nossas é um trabalho de todos que não pode, nem deve ser descuracompetências, continuar a apoiar os nossos agricultores do, caso queiramos continuar a contribuir para a consolidae cooperativas. ção do conceito de destino gastronómico. GR: Se a lampreia é sazonal, a vitela é um produto importante na cozinha do concelho. Têm surgido novos criadores de gado na região para dar resposta www.gazetarural.com
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Evento vai terminar no fim de semana de 23 a 25 de Março
Festival da Lampreia em Penafiel conta com mais restaurantes
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edição de 2018 do Festival da Lampreia, em Penafiel, decorre até 25 de Março, com a participação de 15 restaurantes e, no último fim de semana, com uma tenda gigante em Entre-os-Rios para degustação. Segundo a organização, a cargo da autarquia local, está garantido que no âmbito do festival os apreciadores poderão degustar a iguaria em mais restaurantes do concelho do que em 2017. Um estabelecimento do concelho vizinho de Marco de Canaveses também se associou este ano ao evento gastronómico. Ao longo das próximas quatro semanas, promete a entidade promotora, não faltará aquela especialidade à mesa dos restaurantes aderentes, preparada de acordo com o receituário tradicional de Penafiel, mantendo-se as duas opções, lampreia à bordalesa ou com arroz, conforme a preferência dos apreciadores. Alguns desses restaurantes, quase todos nas proximidades dos rios Douro ou Tâmega, são afamados há décadas pela forma como confeccionam a lampreia, merecendo por esta altura do ano a visita de centenas de apreciadores, grande parte dos quais de fora do concelho, o que ajuda a animar a economia local. O presidente da Câmara de Penafiel, Antonino Sousa, destacou a participação de vários restaurantes localizados em vários pontos do concelho, no âmbito da Rota da Lampreia. “O objectivo é proporcionar a quem nos visita uma oportunidade de aprofundar a nossa gastronomia e a beleza do vasto património penafidelense”, comentou.
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O festival vai terminar, no fim de semana de 23 a 25 de Março, com a habitual instalação de uma tenda gigante, em Entre-os-Rios, junto ao rio Douro. Naquele espaço, onde estarão cinco restaurantes, os comensais poderão degustar a lampreia por 10 euros e assistir a alguns momentos de animação musical. Será também nesse fim de semana, concretamente no sábado, dia 24, que acontecerá a primeira entronização da Confraria da Lampreia de Entre-os-Rios.
De 23 a 25 Março, no Terminal Rodoviário
Portel prepara XII Congresso das Açordas
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Terminal Rodoviário de Portel vai ser o palco de mais uma edição do Congresso das Açordas, evento que pretende valorizar e divulgar um dos pratos mais característico, rico e variado da gastronomia alentejana. De 23 a 25 Março é tempo de provar ‘mil e uma açordas’, num evento que é também uma feira gastronómica e de produtos regionais, com exposições, showcooking, concursos, fado e cante alentejano, iniciativas que animam os dias e as noites do Congresso das Açordas, que anualmente atrai milhares de visitantes. Para além do colóquio, espaço de partilha e debate, sobre o património gastronómico, é neste certame que o visitante pode provar e deliciar-se com as “mil e uma” açordas que Portel tem para oferecer.
No fim de semana gastronómico de 3 e 4 de Março
Carne Cachena com arroz de feijão tarreste é o prato de eleição em Arcos de Valdevez
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rcos de Valdevez acolhe mais um Fim de Semana Gastronómico, a 3 e 4 de Março, tendo como prato principal, “a Carne Cachena com arroz de Feijão Tarreste”. A tenra carne Cachena proveniente de animais de raça de gado com o mesmo nome, criados em zona de montanha, acompanhada pelo Feijão Tarreste, característico das Serras da Peneda e do Soajo, fazem deste prato um sabor distinto do mundo rural e as delícias de quem o prova. A par desta iguaria, os comensais poderão provar a broa de milho, a laranja de Ermelo, os charutos de ovos, o bolo de mel e o bolo de discos, bem como os excelentes vinhos Verdes do concelho. A par do fim de semana gastronómico, o Município de Arcos de Valdevez oferece um leque variado de actividades culturais e lúdicas. No Campo do Trasladário decorrerá a Mostra de Artesanato e Mercado de Sabores, a qual integrará stands de produtores do concelho e faz parte da contínua aposta de promoção dos produtos locais levada a cabo pelo município, onde os visitantes encontrarão artigos elaborados artesanalmente, bem como uma variada oferta de doces, compotas e vinhos verdes da região. Através da Porta do Mezio existe a possibilidade da realização de trilhos pedestres, e, no Paço de Giela de realizar a actividade “À mesa com Afonso Henriques”. O evento integrará ainda um percurso guiado pela Rota das Quintas de Arcos de Valdevez com prova de vinhos, provas de vinhos comentadas, showcookings, animação com rusgas populares, concertos e teatro na Casa das Artes concelhia, bem como um baile popular com o Grupo Cantares de Outono. O fim de semana gastronómico é uma organização do Turismo do Porto e Norte de Portugal, em parceria com a Câmara Municipal e empresários do concelho.
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De 1 de Março a 1 de Abril em 21 restaurantes do concelho
Salvaterra de Magos promove o Mês da Enguia e Feira de Artesanato
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alvaterra de Magos promove, de 1 de Março a 1 de Abril, o “Mês da Enguia”, mostra gastronómica que este ano envolve 21 restaurantes e que é acompanhada de um programa de eventos culturais, turísticos e desportivos, bem como uma mostra de artesanato. Na sua vigésima segunda edição, a campanha gastronómica “Março, Mês da Enguia” regista um crescimento, com mais dois restaurantes que em 2017 (ano em que se consumiram 6,5 toneladas de enguias), refere a Câmara de Salvaterra de Magos, que promove a iniciativa. À gastronomia, com a disponibilização nos restaurantes aderentes de pratos confeccionados com enguias, o município junta um conjunto de iniciativas para tornar mais apelativa a deslocação de um número crescente de visitantes, como a realização de passeios de barco no rio Tejo, exposições, uma Feira de Artesanato e Produtos Tradicionais de vários pontos do país e espectáculos, acrescenta. “Temos procurado criar mais produto em torno da gastronomia, fazendo com que, quem nos visita, permaneça mais tempo no nosso concelho”, afirmou o presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio, numa sessão de apresentação do evento. Nos restaurantes, “a principal sala de visita para os milhares de pessoas” que visitam o concelho em Março, poderão ser degustadas enguias fritas, de ensopado, de caldeirada, grelhada ou de fricassé, molhata ou torricado de enguias, espetada ou à lagareiro, contando os estabelecimentos aderentes com o aconselhamento de uma comissão técnica que é liderada pelo chefe de cozinha Luís Machado. O autarca sublinhou que a procura que se regista nos restaurantes do concelho durante o mês de Março “é um marco na actividade e na economia do concelho”, já que acaba por ter repercussões também no comércio local, nos alojamentos, nas casas vinícolas, no artesanato, nos produtores locais, no número de passeios de barco no Tejo, na frequência dos espaços culturais e do património natural e histórico, “num verdadeiro circuito integrado com forte retorno para o município”. Às exposições permanentes patentes na Falcoaria Real de Salvaterra de Magos e no Museu “Escaroupim e o Rio”, durante o mês de Março serão inauguradas cinco novas exposições, na Capela Real (uma cronologia histórica sobre o Paço Real de Salvaterra de Magos), no edifício do Cais da Vala (sobre os “Avieiros, vagabundos do Tejo”), na galeria de exposições da Falcoaria (“A diversidade do traje gloriano -- Artes do pormenor no traje feminino”), na Biblioteca Municipal (“Profissões d’Antigamente -- o Barbeiro e a Modista”) e no Mercado de Cultura de Marinhais (“Mulheres” de Hana Tischler). Na Feira Nacional de Artesanato e de Produtos Tradicionais (às sextas, sábados e domingos) estarão uma centena de expositores de artesanato e de produtos tradicionais de âmbito local, regional e este ano também nacional, decorrendo nesse espaço espectáculos de dança, teatro, folclore, marionetas, música, demonstração de actividades desportivas, ‘stand-up comedy’, marchas populares, entre outros, assinala a nota.
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De 22 a 25 de Março em 15 restaurantes e 6 pastelarias aderentes
Festival do Azeite e Ervas Aromáticas desafia os sabores em Alcanena
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Município de Alcanena promove, pelo quinto ano consecutivo, o Festival do Azeite e Ervas Aromáticas, que decorre de 22 a 25 de Março, nos 15 restaurantes e 6 pastelarias aderentes do concelho. O objectivo deste evento é o desafio de divulgar alguns dos sabores mais peculiares desta região, associados à cozinha tradicional e popular das gentes das serras de Aire e Candeeiros, e do Bairro, terras prenúncio do Tejo, numa gastronomia com sabores apurados, que dependem da arte do tempero, do azeite cru ou das ervas aromáticas, e onde encontramos, ainda, antigos sabores, herdados da arte culinária de uma mesa que, sendo pobre, substituiu a variedade pela imaginação. A edição de 2018 volta a contar com a participação de seis pastelarias do concelho, à semelhança do que aconteceu nos dois últimos anos (2016 e 2017), que se associam a esta iniciativa com doçaria em que o azeite e as ervas aromáticas serão elementos de destaque. Integrado no V Festival do Azeite e Ervas Aromáticas, terá lugar, no dia 24 de Março, sábado, às 9 horas, na Serra de Santo António, o Percurso Pedestre “No Trilho das Oliveiras e das Ervas Aromáticas”, com concentração no Largo da Igreja.
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A 11 de Março, no Parque Urbano de Touro, em Vila Nova de Paiva
VII Feira do Fumeiro do Demo com mais participantes
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Parque Urbano de Touro, em Vila Nova de Paiva, volta a ser o palco de mais uma edição da Feira do Fumeiro do Demo, evento organizado pela Câmara de Vila Nova de Paiva e pela Junta de Freguesia de Touro. A iniciativa decorrerá a 11 de Março e conta com a animação itinerante das Marias Malucas – Romeiras de Portugal e das arruadas com a Fanfarra de Touro e o Grupo de Bombos de Pendilhe. Haverá actuações do Grupo de Concertinas Amigos de SE VER, do Grupo Solidó e de José Malhoa, para encerrar o certame. “Envidar todos os esforços para que o fumeiro típico seja o produto que diferencie o concelho e dinamize a economia local”, é, segundo o presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva, José Morgado, o objectivo do certame. Gazeta Rural (GR): Há novidades na Feira do Fumeiro deste ano e que expectativa tem para o mesmo? José Morgado (JM): Novidades estão sempre a acontecer, dado que já vamos para a sétima edição e aprende-se sempre com as experiências anteriores, levando assim a melhorar e a limar arestas para chegar sempre às melhores condições e objetivos pretendidos. Encaminhamo-nos também para um maior número de participantes e, consecutivamente, ao estímulo e imaginação dos produtores para uma maior diversidade na confeção dos nossos produtos endógenos, refinando o seu paladar e apresentação. A novidade deste ano é o espaço de showcooking com um chef convidado, que irá apresentar algumas propostas culinárias, em que o fumeiro típico será o ingrediente de destaque na criação de pratos de deixar água na boca. Não esqueçamos também o espaço de restauração com pratos típicos à base de fumeiro e as tasquinhas gastronómicas com petiscos. Diria, por isso, que as novidades são constantes, pelo que creio que o melhor mesmo é visitarem-nos. GR: Em que medida este evento desenvolveu e recuperou este sector no concelho? JM: Este certame continua a apostar no fumeiro típico, resultado das tradições gastronómicas ancestrais das gentes das Terras do Demo que ainda perduram, dos sabores e saberes genuínos que se refletem na qualidade do fumeiro, ainda seco à lareira. Cada vez mais o nosso concelho, que é eminentemente rural e que mantém vivas muitas tradições ligadas a esta área, tem-se vindo a dedicar com mais afinco à confeção do fumeiro tradicional destas terras, onde tudo o que vi-
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nha da criação dos animais era o sustento da casa. Talvez por tudo isso o nosso fumeiro tenha vindo a ter um crescimento e uma variedade cada vez maior, notando o gosto nos nossos jovens por esta atividade. GR: Este evento é já um cartaz do concelho. Até onde pode ir? JM: Este certame, para além de se assumir como um cartão-de-visita do concelho, representa um elo cada vez maior aos munícipes, um espaço de convívio e de celebração das nossas tradições. Representa também a ligação do concelho a outras regiões, uma mais-valia em todas as suas vertentes no que temos de bom, genuíno e caraterístico das terras frias do Alto Paiva, levando assim de uma forma muito positiva a um melhor conhecimento deste concelho que primou sempre pelo bem receber. O objetivo passa por envidar todos os esforços para que o fumeiro típico seja o produto que nos diferencie como concelho, ganhando cada vez mais projeção, dinamizando a economia do concelho e incentivando assim a uma maior aposta dos paivenses neste setor. GR: Os produtos endógenos são cada vez mais uma aposta para concelhos como Vila Nova de Paiva? JM: Sim e é nesses produtos endógenos que devemos apostar, nos produtos diferenciadores que nos caracterizam enquanto concelho ligado às suas tradições. Falamos do fumeiro, do pão caseiro ainda cozido nos fornos de lenha comunitários, do queijo de cabra, do trigo de ovos, da doçaria tradicional e também do artesanato. Com a valorização da gastronomia tradicional, enquanto património intangível, criamos identidade e unicidade, aliadas a produtos de qualidade, que se assumem como fatores potenciadores de riqueza, na medida em que ajudam a gerar um desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, o Município tem fomentado regularmente iniciativas de divulgação da nossa gastronomia, sensibilizando os agentes de desenvolvimento para a importância da promoção do nosso concelho em todas as vertentes. GR: Como está o sector primário no concelho? JM: Vila Nova de Paiva sempre foi um concelho muito ligado ao setor primário. Continua a subsistir a agricultura tradicional para sustento das famílias. Contudo o sector tem vindo gradualmente a ganhar um novo fôlego no concelho, com o crescente interesse dos jovens no cultivo de novos produtos e na revitalização de práticas como a apicultura e a produção avícola.
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De 2 a 11 de Março, na Praia da Rocha em Portimão
“O Algarve num Copo” desafia a descobrir alguns dos melhores vinhos da região
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Praia da Rocha, em Portimão, vai receber de 2 a 11 de MarDe referir que no Algarve existem quatro Reço “O Algarve num Copo”, evento organizado pela Associação giões que produzem vinho com Denominação Teia D’Impulsos, que tem como objectivo promover os Vinhos do de Origem, sendo elas Lagoa, Lagos, Portimão Algarve, dinamizar a restauração local e fomentar a animação soe Tavira. Os vinhos regionais da região algarvia cial e cultural na cidade. Os apaixonados pelo vinho serão assim caracterizam-se por serem macios, pouco acídudesafiados a descobrir alguns dos melhores néctares nascidos e los e ligeiramente alcoólicos, sendo os tintos de criados na região algarvia. cor definida ou granada e os brancos de cor palha. A odisseia decorre em 13 estabelecimentos aderentes localizaO que mais distingue a região do Algarve é a dos no centro da cidade de Portimão e na Praia da Rocha. Ao lonsua localização única, de influência mediterrânea go de dez dias de degustação vinícola, a partir das 18 horas, cada e atlântica e a grande diversidade de solos, que estabelecimento aderente servirá um copo de um Vinho do Alconferem características especiais aos vinhos progarve, por si seleccionado, acompanhado por algo para petiscar, duzidos. Actualmente, esse número mais que duplinuma oferta surpresa dos anfitriões do “O Algarve num Copo”. cou, com 35 produtores certificados e 1,2 milhões Esta ementa terá o preço unitário de 3,50€. de litros. Ao longo do evento, em cada estabelecimento o vinho servido “O Algarve num Copo” é uma iniciativa da Teia será sempre o mesmo. A participação está aberta a todos os D’Impulsos, que conta com o apoio da Câmara de apaixonados e curiosos do vinho, que para tal apenas têm que Portimão, da Junta de Freguesia de Portimão e da Cose deslocar a um dos locais aderentes no seu horário de funmissão Vitivinícola do Algarve. cionamento após as 18 horas e aceitar o desafio de descobrir um Vinho do Algarve. Os estabelecimentos aderentes são o Restaurante Peixarada, o D&N Lifestyle Lounge, o Bar do Kim, o FAINA, o Restaurante Humberto´s, o Café Brasil-Marisqueira, o W-wine food&friends, a Taberna de Portimão, o Restaurante Zizá, O Mata-Porcos, o Forte & Feio, a Maria do Mar e o Restaurante Safari. Para descobrir os vinhos que cada um irá servir no “O Algarve num Copo” poderá consultar o site www.teiadeimpulsos.pt. São mais do que bons os motivos para a partir de 2 de Março, depois de um dia de trabalho, ir descontrair bem acompanhado pelos melhores vinhos da região, ou então, juntar um bom grupo de amigos e viajar por todo o Algarve sem sair da cidade.
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Vinha D’Anita é nova referência
Casimiro Gomes dedica à mãe o novo Regateiro Baga
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ai chegar ao mercado mais um Bairrada “à antiga”, pouco alcoólico, sem muita cor, mas com taninos e muita persistência de boca. O Regateiro Vinha D’Anita 2015 é um Baga puro vocacionado para a mesa e, por ainda estar um pouco duro, é destinado a consumidores que gostam de desafios. Vinha D’Anita é o novo tinto da Regateiro, a marca pessoal de vinhos da Bairrada do presidente da Lusovini, Casimiro Gomes – que irá ser lançado no próximo dia 2 de Março. O Regateiro Vinha D’Anita 2015 é um 100% casta Baga que Casimiro Gomes dedica à sua mãe, Ana Ganhoto, a quem todos os mais próximos chamam carinhosamente “Anita”. A marca Regateiro é uma homenagem ao seu avô Manuel Gomes Regateiro, um industrial que aplicou nas vinhas da Bairrada os métodos de produção que observara em França e que, mais tarde, levou os vinhos da região para o Brasil. A nova linha Vinha D’Anita continua essa opção de associar os vinhos mais austeros e tradicionais que Casimiro Gomes concebe às personalidades, aos valores e aos gostos das suas referências familiares. “A minha mãe sempre preferiu os tintos, bebendo-os para acompanhar os pratos típicos da Bairrada como a chanfana, o arroz de galinha velha, o leitão”, conta Casimiro Gomes. “Por isso, quando verificámos a fibra deste vinho e a sua vocação gastronómica, decidi dedicar-lho. É um Bairrada típico, à antiga, acho que ela vai gostar de o beber nos nossos almoços”. O lançamento será feito no restaurante Casa Vidal, na Aguada de Cima, Águeda, no dia 2 de Março, a partir das 20 horas. Depois da apresentação e da prova do novo vinho, seguir-se-á um jantar em que este será testado com alguns pratos que deram fama à Casa Vidal, desde logo o leitão. Segundo Casimiro Gomes, o perfil do Regateiro Vinha D’Anita 2015 remete para o estilo de vinhos que nas décadas 60 e 70 do século XX fizeram a reputação da Bairrada. “Tem menos extracção de cor do que hoje é habitual e é pouco alcoólico, mas tem boa persistência de boca, boa acidez. E, por agora, ainda está um pouco duro, porque é
um Baga puro”, afirma Casimiro Gomes. “É um vinho para quem gosta de desafios, não estamos a pensar nele para os consumidores que se estão a iniciar nestas lides”, acrescentou. Para além da enologia, a viticultura teve um papel determinante no desenho deste vinho. “Fizemos intervenções qualificadas na vinha, a mais determinante das quais foi uma monda precoce das folhas em Maio, destinada a expor mais ao sol os cachos com os bagos ainda verdes”, afirma Casimiro Gomes. “Era uma prática frequente há 5060 anos, mas que entretanto se perdeu. O ano de 2015, que foi excelente na Bairrada, ajudou-nos e fez o resto”.
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Nomeadamente nas regiões do Douro e Alentejo
Governo fixou limites para novas plantações de vinha
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Governo fixou, a nível nacional e para o ano em curso, limites máximos ao crescimento de novas plantações de vinha em determinadas regiões, atribuindo uma área total máxima de 1.916 hectares. O Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, que assinou o despacho, define assim regras e critérios de elegibilidade e de prioridade das candidaturas elegíveis, assim como os procedimentos administrativos das autorizações dadas pelo Instituto da Vinha e do Vinho, entre 1 de Abril e 15 de Maio. “São fixadas, a nível nacional e para o ano de 2018, as regras e os critérios de elegibilidade, de prioridade e os procedimentos administrativos a observar na distribuição de autorizações para novas plantações de vinha”, lê-se no documento. A atribuição de novas autorizações de plantação destinadas à produção de vinhos em zonas geográficas delimitadas de Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP) ficam limitadas, a partir da data de entrada em vigor do despacho. Alguns dos limites de novas plantações definidos pelo diploma são de 4,2 hectares (ha) na Região Demarcada do Douro (RDD), 4 ha para a produção de vinhos com DOP Douro ou IGP Duriense ou 800 ha para a produção de vinhos com DOP ou IGP na Região Vitivinícola do Alentejo.
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Garante o presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro
Britânicos preferem vinhos produzidos com uvas de castas autóctones portuguesas
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s consumidores britânicos estão cada vez mais interessados em Para a Casa José Repolho, adega localizada vinhos produzidos com uvas de castas autóctones de regiões perto da Batalha e parte da região de Lisboa, a portuguesas, garante o presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro. prova organizada pela ViniPortugal é uma oporApesar de o Vinho do Porto continuar a dominar nas vendas para tunidade para encontrar um parceiro de distribuio Reino Unido, os vinhos tranquilos DOP (Denominação de Origem ção no Reino Unido. “O que nos interessa mais é o Protegida) e IGP (Indicação Geográfica Protegida) foram os que cresgrande retalho, como cadeias de supermercados. ceram mais, em particular os DOP, cujas exportações dispararam Temos quantidade e temos preço, além de qualida37,1% em valor em 2017, o que deverá equivaler a três milhões de de, claro”, afirmou o gestor de conta Paulo Martins. euros. Apesar de ter uma história que remonta a 1973, Os vinhos DOP distinguem-se pela originalidade e individualidaa Casa José Repolho só nos últimos anos é que fez de devido à ligação a uma determinada geografia, que determina uma aposta na requalificação do seu negócio, deias qualidades ou características específicas dos vinhos. xando de vender vinho a granel e garrafão e crianRegiões como o Douro, Dão, Alentejo, Setúbal ou Tejo beneficiado as suas próprias marcas. Com nomes em inglês ram deste crescimento das exportações de vinho português para como “Vale Real, ‘Royal Valley’ e ‘Summer Lovers’, os o Reino Unido, que em 2017 se estima terem crescido 10%, para vinhos são assumidamente destinados a um público 79 milhões de euros, relativamente ao ano anterior. internacional”, admitiu o responsável. “É um resultado da estratégia de aposta em castas autóctoActualmente, as exportações para países como nes, do apoio dos críticos britânicos e do trabalho persistente Cabo Verde, Burkina Faso, Canadá, Suíça e França ree sistemático de promoção dos vinhos portugueses”, afirmou presentam cerca de 20% da produção da Casa José ReJorge Monteiro durante a Prova Anual de Londres. polho, cujo volume de negócios rondará o meio milhão Exclusivo para profissionais, o evento atrai habitualmente de euros. mais de 600 visitantes, incluindo cerca de 40 jornalistas, tendo A ViniPortugal participou, sob a chancela Wines of este ano estado presentes 98 produtores portugueses, muitos Portugal, no “Decanter Fine Wine Encounter Spain & dos quais em busca de distribuidores ou representantes no Portugal”, um evento dedicado ao mercado ibérico pela mercado britânico. revista especializada de vinhos onde estiveram cerca de É o caso da adega do Monte dos Perdigões, do Alentejo, 800 visitantes. A área de Portugal contou com a particique já está em países como Brasil, Angola, Alemanha e Suípação de 27 produtores. ça, mas que vê o Reino Unido como um “mercado forte e No evento, o ‘Master of Wine’ Dirceu Vianna Junior setendencial”. leccionou e apresentou seis vinhos portugueses, de acor“O que se passa aqui também se passa no resto do mundo com castas e regiões portuguesas, num seminário para do”, justificou o director de produção, Jorge Rosado. profissionais e jornalistas. Actualmente, as exportações deste produtor de ReguenA ViniPortugal é a associação interprofissional para a gos de Monsaraz representam cerca de 25% da produção promoção internacional dos Vinhos de Portugal e que tem de cerca de 600 mil garrafas, enquanto que o volume de como objectivo o crescimento sustentado do volume e do negócios ronda os 2,5 milhões de euros. preço médio dos vinhos portugueses.
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Agentes vêem na região um “elevado potencial”
Planalto Mirandês com programas para fixar turistas mais de três dias
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s entidades e agentes de promoção turística vêem no Planalto sarem 72 horas de visita neste território com Mirandês um “elevado potencial” para a captação de visitantes potencial, que se estende ao longo de fronteira para o território, preparando programas para fixar os turistas em com Espanha, desde o lago da Sanabria até ao estadias acima dos três dias de permanência neste território. estremo Sul do PNDI (Parque Natural do DouO turismo natureza e ambiental, a gastronomia, a cultura local ou ro Internacional), já no concelho de Figueira de a degustação de produtos endógenos são o epicentro da oferta. “É Castelo Rodrigo. possível criar programas para que os turistas passem aqui três a “A partir do Planalto Mirandês há oportunidaquatro dias sem se aborrecerem, porque há muito para a descobrir de de visitar cidades como Bragança, Zamora, num território que poderá ser visitável 355 dias por anos”, explicou Valladolid ou Salamanca. A Cidade de Miranda do a directora da Entidade de Turismo do Porto e Norte de Portugal Douro tem o privilégio de ficar num ponto central (TPNP), Isabel Castro. de Reserva da Biosfera da Meseta Ibérica”, indiUm dos pontos de maior procura neste espaço natural raiano cou o empresário. são as arribas do Parque Natural do Douro Internacional que atraJá o presidente da Câmara de Miranda do Douro, vessam os concelhos de Miranda do Douro e Mogadouro. Artur Nunes, destaca o valor do património edificaAqui, o “Canyon do Douro” proporciona um contacto directo do e o turismo activo no Douro Internacional, com com uma avifauna única em toda a Penínsulas Ibérica e onde múltiplas actividades. “Podemos aliciar os turistas se podem contemplar abutres, águias, grifos, cegonhas negras, com elementos válidos que vão desde o património milhafres ou corvos entre outras espécies rupícolas que por ali natural, passando pelo edificado e cultura, e estou nidificam. certo que os turistas vão ficar atraídos por esta triPara além da natureza, há património edificados de onde se logia de elementos que dignificam uma região única destacam a “Cidade Museu” de Miranda do Douro, com edifícios em território peninsular”, enfatizou o autarca. de traça medieval e quinhentista onde está a antiga Sé CateAo turismo no Planalto Mirandês junta-se a “boa dral ou o Museu Terras de Miranda. Este território tem também mesa”, com carnes das raças autóctones que proporcasas de turismo rural, trilhos para caminhantes, observação cionam “excelentes manjares” desde a Posta à Mirande aves e até uma outra língua: o mirandês. desa, passando pela carne de cordeiro de raça churra Os pauliteiros, a trilogia de instrumentos construídas por ou enchidos de porco bísaro. gaita de fole, caixa de guerra e bombo, são outros dos pilaSegundo dados solicitados da TPNP, no ano de 2015 res da música tradicional, que começa a ultrapassar as suas houve 171.693 turistas no Planalto Mirandês, sendo fronteiras. que 137.311 correspondem a visitantes portugueses e Para a directora da TPNP, fixar turistas por mais de três 34.382 a visitantes estrangeiros. Em 2016, foram condias no Planalto Mirandês passa por “mostrar-lhes o Norte tabilizadas 196.870 dormidas, das quais 160.181 naciodesconhecido e a revisitação ao território”. O pretendido penais e 36.689 estrangeiros. las entidades promotoras passa por reduzir as assimetrias Segundo a TPNP, a taxa de Crescimento de 2015 para turísticas da região Norte e acabar com o turismo sazonal. 2016 foi de 14,67% no contexto dos nove concelhos da “É preciso cativar os turistas para outras experiências(...). Comunidade Intermunicipal Terras de Trás os Montes Agora é preciso abrir portas a outro tipo de turistas que (CIM-TTM). chega ao Norte de Portugal e encaminhá-los para rotas “Em concreto, e só o concelho de Miranda do Douro, ainda um pouco desconhecidas”, observou. o número de dormidas cresceu 23,79% acima dos outros Por seu lado, o operador turístico no Douro Internacional concelhos da CIM- TTM. Os dados relativos a 2017, ainda David Velasco disse que há boas sugestões para se pasnão foram divulgados”, avançou fonte da TPNP.
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A partir de Março e durará seis a sete meses
ASAE fiscaliza produtos tradicionais nas áreas afectadas pelos fogos
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Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) inicia em Março uma operação de fiscalização centrada nos produtos tradicionais nas áreas afectadas pelos incêndios em 2017, como por exemplo a sua certificação, revelou o inspector-geral Pedro Gaspar. “Temos de dar um sinal de que estamos atentos aos fenómenos e dar algum acompanhamento. Vamos ter uma operação demorada, que deverá começar em Março e que se prolongará por seis a sete meses”, disse o inspector-geral da ASAE. De acordo com Pedro Portugal Gaspar, os incêndios afectaram a produção de muitos produtos típicos daquelas regiões, o que justifica a actuação da ASAE. “Houve aqui uma tragédia nacional como é público e notório e, na área económica, há aqui um conjunto de produtos típicos das regiões em causa, seja de queijos, vinho, azeite, fruta e mel que de facto tiveram a sua produção fortemente abalada. Temos de perceber se paços físicos de forma proactiva e reactiva, tendo sido fiscalizados as quantidades que vão ser colocadas no mermais de 1.100 unidades de alojamento local, resultando na instaucado são as mesmas de antes dos fogos”, disse. ração de 240 processos de contra-ordenação. Segundo o responsável, em cima da mesa vão A maioria das infracções diziam respeito a ofertas, disponibilizaestar os problemas da autenticidade alimentar, ção, publicidade e intermediação de estabelecimentos de Alojada falta de genuinidade, e da quantidade de promento Local não registados ou registado desactualizados, a falta dutos que depois da tragédia poderá ser menor. de comunicação às autarquias dos dados actualizados relativos “Temos de saber ler certos fenómenos e orientar aos estabelecimentos, oferta de serviços de alojamento turístico a organização [ASAE] para eles, tendo presente o sem título válido de abertura, entre outros. elemento da autenticidade e da fraude alimentar”, O inspector-geral adiantou também que outra das apostas em sublinhou. 2018 vai ser a área do vegetal. Pedro Gaspar Portugal adiantou também que “Vamos reforçar a parte alimentar no que diz respeito ao veeste ano, à semelhança de 2017, a ASAE vai dar getal. Na parte animal já tínhamos brigadas especializadas. No uma maior atenção à fiscalização do sector digital, vegetal vamos aprofundar esse campo, porque têm acontecido desde a recolha de informação até à ação inspectialgumas crises na área alimentar que vêm da área do vegetal va no terreno. e não a animal, que é o mais comum”, salientou. Por fim, e no Em 2017 e no que diz respeito ao e-commerce foque diz respeito à parte económica, o inspector-geral adiantou ram fiscalizados pela ASAE cerca de 3.600 operadoque a ASAE vai continuar a ter uma actuação forte no sector res económicos, tendo sido instaurados cerca de 750 do turismo. processo de contra-ordenação e 64 processos-crime. “Vamos manter a nossa intervenção forte na área alimentar e económica em colaboração estreita com os parceiros principalmente no quadro europeu”, disse. A ASAE vai também continuar este ano a centrar atenções relativamente à fiscalização da actividade de alojamento local, que já possui brigadas especializadas direccionadas para os empreendimentos turísticos e alojamento local. Segundo a ASAE, durante o ano de 2017 foram realizadas diversas acções de fiscalização, quer através da pesquisa de oferta ‘online’, quer directamente aos eswww.gazetarural.com
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Luis Vieira garantiu o apoio do Ministério da Agricultura
Miranda do Douro com centro de melhoramento de genética animal até ao fim de 2018
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transformação do antigo Posto Zootécnico de Malhadas (PZM), em Miranda do Douro, num centro de melhoramento de raças autóctones poderá acontecer até ao final de 2018, anunciou o presidente da câmara, Artur Nunes. “Os trabalhos já estão em fase bastante adiantada, principalmente em matéria de regulamentação do melhoramento das raças, que é um processo muito exigente do ponto de vista técnico e científico, factores que levam o seu tempo a concretizar”, explicou Artur Nunes. Segundo os promotores, este projecto visa, essencialmente, a valorização e melhoramento genético das raças autóctones do território do planalto mirandês, como é caso dos bovinos de raça mirandesa, ovinos de raça churra mirandesa, burro mirandês e porcos de raça bísara. O secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Vieira, já disse que há disponibilidades por parte do Estado para apoio este projecto de melhoramento das raças e a requalificação do PZM. “Do lado do ministério da Agricultura estamos disponíveis para apoiar a requalificação deste centro, porque é importante manter vivo este equipamento, para permitir a valorização das raças locais. Neste momento para se fazer a inseminação tem de se ir até São Torcato, Guimarães, quando temos aqui um centro que poderá fazê-lo”, avançou o governante. O projecto contará com o apoio científico e técnico de investigadores do Instituto Politécnico de Bragança e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Para além destas duas instituições de ensino superior, juntam-se ao projecto a Associação de Criadores de Raça Bovina Mirandesa, a Associação de Criadores do Ovinos de Raça Churra, Confederação dos Agricultores de Portugal e Cooperativa Agrícola de Palaçoulo. “Outro objectivo é apostar forte no desenvolvendo económico do concelho e o sector pecuário é um dos mais emblemáticos de todo este território”, frisou. A unidade zootécnica foi criada em 1913 e está instalada numa área com cerca de 50 hectares, dotada de estábulos, uma unidade logística constituída por dois edifícios, posto de recolha e análise de sémen, áreas de pastagem, entre outros equipamentos. O PZM esteve sob a tutela do ministério da Agricultura até 1993, tendo passado para a gestão de duas associações de produtores pecuários da região, que agora está sobe a tutela da autarquia. Do lado dos produtores, o Planalto Mirandês foi “desde sempre” um território propício para a criação de animais de raça bovina mirandesa, ovinos de raça churra e agora de porcos de raça bísara.
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Requer uma gestão sustentável
Montado é um “aliado” contra alterações climáticas
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montado, ecossistema característico das é o principal produtor mundial, “é uma árvore adaptada à passagem regiões mediterrânicas e que ocupa mido fogo”, que “nunca chega à intensidade de fogo a que chegam oulhares de hectares no sul do país, sobretudo tras árvores”, afirma Pedro Rocha, acrescentando que os incêndios no Alentejo, é um “aliado” contra as alterações também são “travados” com a “gestão regular ou mais intensiva do climáticas, mas pode estar ameaçado sem uma subcoberto florestal” no montado. gestão sustentável. “É excelente para reduzir o risco de incêndio” porque, como é “A importância” do montado “é máxima” por“gerido pelo pastoreio, não há biomassa para arder” e “é exemque este ecossistema confere ao território “uma plo de biodiversidade”, enfatiza Carlos Pinto Gomes, admitindo maior resiliência aos problemas associados às alque, com o aumento da temperatura e redução da pluviosidade, terações climáticas”, realça Pedro Azenha Rocha, o montado, no futuro, possa vir a “povoar” mais o centro e norte responsável no Alentejo pelo Instituto da Conserdo país. vação da Natureza e das Florestas (ICNF). Mário de Carvalho também atribui a resistência do montado O director regional do ICNF explica que este tipo aos fogos à biodiversidade e à ausência de matos. Só que é uma de exploração da terra, que combina a agricultura, “solução” feita à medida da grande propriedade do Alentejo. a criação de gado e a floresta de azinheiras e so“Nada disto é viável em propriedades de meio, um, dois ou breiros, permite acumular “mais matéria orgânica e três hectares”, como acontece no centro e no norte, pelo que, quantidade de água no solo”. “As árvores fazem, de para resolver os fogos, é necessário “ultrapassar o problema da certa forma, uma barreira aos próprios efeitos das estrutura fundiária”, nem que seja com “uma gestão integrada” alterações climáticas e o montado é por excelência a da floresta nessas regiões, argumenta. ocupação florestal mais adequada para o sul de PorApesar de bem adaptado no sul do país, alerta o director tugal”, observa o especialista. regional do ICNF, o ecossistema montado é “bastante comE “um bom sistema de montado”, continua, tem ouplexo”, resultante do equilíbrio das presenças do homem, do tro contributo para mitigar as alterações climáticas. gado e das árvores, e requer gestão cuidada e sustentável, As árvores e o subcoberto arbustivo fazem “mais seainda mais face às ameaças do clima. questro de carbono” do que um “montado com uma “O montado tem cada vez menor densidade” e “está mais densidade baixa”, ou seja, retiram da atmosfera dióxido velho”, o que é “um problema” e obriga a medidas. “Temos de carbono (CO2), um dos principais gases com efeito de salvaguardar a regeneração natural e diminuir a carga de de estufa. pastoreio”, assim como evitar práticas “mais lesivas”, como Os fogos florestais, que fazem disparar as emissões de “a utilização de maquinaria” perto das árvores, defende. CO2, têm no montado um “inimigo”, assinala, corroborado por Mário de Carvalho e Carlos Pinto Gomes, investigadores do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM) da Universidade de Évora (UÉ). O sobreiro, do qual se extrai a cortiça, de que Portugal
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Para valorizar a floresta do concelho
Município de Anadia celebra protocolo com a Associação Florestal do Baixo Vouga
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Município de Anadia celebrou um protocolo de cooperação com a Associação Florestal do Baixo Vouga (AFBV), com o objectivo de valorizar a floresta do concelho e de apoiar os produtores florestais. O protocolo prevê a abertura de um Balcão de Atendimento aos produtores florestais, que ficará instalado na Loja dos Cidadão, na Praça da Juventude, em Anadia, num espaço cedido pela autarquia. No âmbito do protocolo agora firmado, a AFBV vai dar início, em Anadia, ao desenvolvimento de diversas iniciativas com vista à valorização e melhoria da floresta no concelho. Para além de actividades no domínio da Educação Ambiental, destinadas a crianças e jovens estudantes das escolas do concelho, a associação promoverá acções de extensão, informação e formação destinadas aos produtores florestais, bem como medidas de defesa da floresta contra incêndios, e, ainda, assistência técnica aos produtores do concelho em matéria de gestão e ordenamento florestal e de introdução da certificação florestal. A AFBV desenvolverá também outros projectos de interesse para a floresta e para o sector florestal do concelho, a definir pelo município. A AFBV é uma instituição sem fins lucrativos, que tem como objectivos a promoção do associativismo de produtores florestais, a melhoria do nível de informação e de formação dos produtores florestais, o apoio técnico às áreas florestais dos associados, e a representação dos produtores florestais junto das entidades de tutela e fileira. De referir ainda que a AFBV abrange, para além do concelho de Anadia, onde conta com mais de 100 associados, os concelhos de Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Oliveira do Bairro, Aveiro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos, com uma área total de 169.270 hectares, dos quais 44% dizem respeito a superfícies florestais.
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Secretário de Estado das Florestas esteve em Tondela
Miguel Freitas apela às concessionárias de água para que promovam a reflorestação
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secretário de Estado das Florestas, Miguel Freitas, defendeu o de água no município, cuja gestão está a cargo envolvimento das empresas concessionárias de água na refloda Águas do Planalto, concessionária de abasterestação do país, lembrando que a floresta é essencial no abastecicimento em Tondela, Carregal do Sal, Mortágua, mento de água às populações. Santa Comba Dão e Tábua. “As empresas de gestão de água a nível nacional deviam envol“A concessionária ofereceu as árvores e toda ver-se no futuro na reflorestação do país”, afirmou Miguel Freitas, a operação logística foi feita pelo município em à margem de uma acção de reflorestação no concelho de Tondela, parceria com as escolas. Esta função pedagógica distrito de Viseu, promovida em parceria pelo município local e é muito importante porque promove o envolviempresa Águas do Planalto. mento comunitário e social, mostrando que a floSobre a iniciativa de plantação de cerca de três mil pinheiros resta é um activo e não um problema para o país”, mansos e medronheiros num terreno com 2,5 hectares no monte declarou José António Jesus. de São Marcos, freguesia de Santiago de Besteiros, o governante considerou-a “muito importante” e “simbólica da associação da Governo investe na plantação de folhosas floresta à água”. em redor de aldeias do Pinhal Interior Miguel Freitas destacou ainda a opção pela plantação de esO Governo vai investir 2,5 milhões de euros num pécies autóctones - fornecidas pela Águas do Planalto - e a parprojecto-piloto de plantação de folhosas de cresciceria com o município e junta de freguesia local, cujos meios mento lento para substituir eucaliptos e pinheiros em ficarão responsáveis pela manutenção e gestão daquela nova redor de aldeias do Pinhal Interior. área florestal e o envolvimento de alunos do 1.º ciclo de esco“Queremos colocar as folhosas de crescimento lenlas locais. “A participação de crianças e jovens transmite uma to em zonas de protecção em redor das aldeias”, disse mensagem de esperança para o futuro”, sublinhou o secretáo secretário de Estado das Florestas, Miguel Freitas, rio de Estado das Florestas. referindo que o projecto inclui um apoio “durante cinJá José António Jesus, presidente da Câmara de Tondela, co anos” aos proprietários florestais que optem pelas destacou a acção de reflorestação “sustentável e integrada” espécies de crescimento lento. hoje realizada, frisando que a manutenção do terreno em O projecto governamental vai ao encontro de uma causa será assumida por equipas de sapadores florestais e das recomendações da comissão técnica independente da junta de freguesia. “É importante não só a plantação, que analisou os incêndios de Junho de 2017 na região como a manutenção e preservação daquilo que se planCentro, a qual, no seu relatório, divulgado em Outubro, ta”, disse José António Jesus, lembrando que o município propunha a criação de um programa de promoção de de Tondela tem um historial nessa matéria, decorrente de uma floresta à base de carvalhos, castanheiros e outras outras iniciativas realizadas há quatro anos, após os inespécies folhosas. cêndios de 2013, e onde se incluía, igualmente, o projecto A comissão recomendava a opção por “modelos de silvi“Padrinhos da Floresta”, que apelava à responsabilidade cultura que utilizem espécies de crescimento mais lento”, social das empresas. os quais “podem ser mais interessantes do ponto de vista Por outro lado, o autarca destacou o “simbolismo” da da economia dos proprietários florestais”, embora impliiniciativa, por esta decorrer próximo do local de captação quem “um período de espera” de vários anos.
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No texto, a comissão defendia a criação de um “programa específico que compense a perda de rendimento por alguns anos”, com a opção por carvalhos, castanheiros e outras folhosas. Por outro lado, o governante adiantou que o executivo pretende “substituir pinho por pinho” em áreas afectadas pelas chamas “onde não há regeneração natural” dos pinheiros, nomeadamente por as espécies serem jovens ou terem sofrido com incêndios “recorrentes” nos últimos anos. “Nessas florestas onde já não há regeneração natural vamos substituir pinho por pinho de imediato”, reforçou Miguel Freitas, adiantando que a opção passa por seleccionar as áreas “mais produtivas” de pinheiro. Sobre a reflorestação de áreas ardidas, o secretário de Estado das Florestas defendeu a aposta na regeneração natural, mas avisou que só em 2019 será possível avaliar as áreas onde essa regeneração irá ocorrer. “A regeneração natural pode dar origem a uma boa floresta. É a forma mais fácil e mais económica de fazer uma boa reflorestação, mas é de uma enorme exigência do ponto de vista técnico e de gestão”, frisou Miguel Freitas. Para que acções de médio e longo prazo tenham “continuidade”, o governante disse que a floresta portuguesa necessita de um pacto de regime, considerando-o “uma questão nacional”. “Exige um pacto político, mas também um pacto social, e nós estamos a procurar que esse pacto exista”, declarou Miguel Freitas.
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Governo disponibiliza uma linha de crédito de 50 milhões de euros para os municípios
Câmaras vão poder decidir que tipo de floresta querem no concelho
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s câmaras municipais vão ter “uma palavra a sável pela pasta das autarquias locais admitiu que a limpeza da dizer” sobre as zonas florestal e agrícola que floresta “vai ter um custo” para as câmaras municipais. querem nos seus concelhos, revelou o secretário “Se há situações em que os municípios vão ser ressarcidos pede Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel. los privados, vai haver situações em que é muito difícil o resSegundo o governante, esta capacidade jurídica sarcimento. Por isso, terá a despesa de limpar e não terá onde vai resultar da transposição das normas dos plair buscar a verba correspondente a essa limpeza”, reconheceu. nos de ordenamento florestal, cujos processos de Carlos Miguel lembrou que o Governo vai disponibilizar uma liconsulta pública deverão ficar concluídos em Julho, nha de crédito de 50 milhões de euros “em condições que serão para os planos directores municipais (PDM). “Será vantajosas” para os municípios, indicando que a medida deverá um caminho de ordenamento e de justiça, porque, ser apreciada e votada, em breve, no Conselho de Ministros. a partir desse momento, as autarquias e as populaO governante disse compreender “os autarcas que querem ções têm uma palavra a dizer naquilo que serão as antecipar-se e avançar já com as limpezas” das florestas, antes suas manchas florestais e/ou agrícolas”, frisou. de os privados as fazerem, mas alertou que essa postura “não O secretário de Estado falava aos jornalistas no fié a melhor pedagogia para o futuro”. nal de uma reunião com autarcas do Alentejo sobre a “Um privado que tenha um terreno e que está a pensar faprevenção de incêndios florestais e acções nas áreas zer a limpeza, mas que chega ao seu terreno e já viu que a de risco, que decorreu na Universidade de Évora. câmara o limpou sem sequer ter pedido pensará no próximo Carlos Miguel referiu que, actualmente, os municíano que não vale a pena preocupar-se com a limpeza, porque pios “têm a capacidade jurídica de limitar a propriea câmara municipal vai lá”, advertiu. dade e podem dizer onde é que se constrói e onde é “A responsabilidade da limpeza da floresta e das áreas de que não se constrói”, lamentando que para o que não é protecção é dos proprietários”, sublinhou. urbano “não tenham qualquer poder de ordenamento”. “No futuro, esperamos que as autarquias tenham palavra desde a plantação da árvore até à limpeza da mata e, com isso, teremos olhares mais atentos e também um envolvimento maior das populações sobre a floresta nacional”, realçou. Numa sessão em que também participou o secretário de Estado da Protecção Civil, José Artur Neves, o respon-
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Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural esteve presente
Idanha é o primeiro concelho português a aderir à Rede Internacional de Bio Regiões
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concelho de Idanha-a-Nova é o primeiro em Portugal a aderir zer parte de uma Bio Região tem muita a ver com à Rede Internacional Bio Regiões, a qual visa a implementornar as comunidades mais conscientes, com a tação de estratégias de desenvolvimento mais sustentáveis que participação de todas as pessoas e instituições envolvem toda a comunidade, partindo dos modelos biológico e locais”. agroecológico. A declaração de adesão foi assinada com a Rede “As Bio Regiões são um conceito de respeito pelo território e Internacional de Bio Regiões, representada pelo pelo ambiente, que vai além da produção biológica para promoseu presidente, que se mostrou satisfeito com a ver estratégias de valorização do património natural e do pachegada da rede a Portugal. “É um dia importante trimónio histórico-cultural. Envolvem toda a comunidade local, para nós. As Bio Regiões são um acordo que envolve desde a administração pública aos agricultores, consumidores, toda a comunidade na gestão sustentável dos recurescolas, operadores turísticos e instituições”, explicou Armindo sos locais, nasceram em Itália em 2014 e hoje estenJacinto, presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, na cerimónia dem-se a vários países”, explicou Salvatore Basile. de adesão que decorreu na Escola Superior de Gestão de IdaNa mesma sessão, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova (ESGIN). nha-a-Nova apresentou ainda o Instituto do Mundo O autarca já desafiou outros concelhos portugueses com caRural, uma entidade não formal que tem por objectiracterísticas de ruralidade a integrarem as Bio Regiões, dada a vo concretizar as propostas do estudo “Mundo Rural contribuição da rede para a prevenção de incêndios florestais, Porque Sim”, apresentado pelo economista Augusto adaptação às alterações climáticas, preservação da biodiverMateus, por iniciativa da Câmara de Idanha-a-Nova sidade, qualidade da água e produção de alimentos saudáveis. e outras entidades. Entre as propostas está, precisaA cerimónia foi presidida pelo Secretário de Estado das mente, a criação de uma rede de Bio Regiões em PorFlorestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, que tugal. elogiou o trabalho desenvolvido em Idanha-a-Nova. “Hoje Foi ainda apresentada a Academia das Ciências do estamos aqui a dizer que podemos pegar naquilo que é a Ambiente, com sede no Centro Empresarial de Idanhadiversidade da agricultura portuguesa e fazer a diferença, -a-Nova, e três produtos inovadores: Katoun Gold (o priatravés de processos de desenvolvimento inteligentes e inmeiro herbicida bio de controlo de infestantes em Portuclusivos. Isto é o que Idanha tem vindo a fazer”. gal, alternativo ao glifosato); Bacteriosol (biofertilizante O Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento de de solos); e Cizeron (bio rações para animais). Idanha-a-Nova é a instituição que coordenará o trabalho a A sessão terminou com um almoço inspirado na Dieta desenvolver no âmbito das Bio Regiões, em estreita parceMediterrânica e foi confeccionado e servido pelos esturia com a Câmara local. A presidente desta associação de dantes dos cursos da área de Hotelaria e Restauração da desenvolvimento local, Catarina Pereira, referiu que “faESGIN. www.gazetarural.com
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Em 90 dias há 272 manifestações de religiosidade popular
Idanha-a-Nova apresentou ‘Mistérios da Páscoa’ cuja candidatura seguiu para a UNESCO
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Câmara de Idanha-a-Nova apresentou os ‘Mistérios da Páscoa’, manifestações de religiosidade popular ligadas ao ciclo quaresmal, cuja formalização já seguiu para inclusão na lista das melhores práticas da UNESCO. “Este conjunto de 272 manifestações de religiosidade popular que acontecem em 90 dias integram a primeira candidatura que Portugal faz com esta classificação à UNESCO”, afirmou o presidente da Câmara, Armindo Jacinto. Idanha-a-Nova reúne um conjunto de práticas e de expressões religiosas no ciclo da Páscoa, que contempla 272 manifestações de religiosidade diferentes nas 17 freguesias do concelho e que decorrem durante De 2 a 4 de Março, no Pavilhão Municipal de Exposições cerca de 90 dias, desde a quarta-feira de cinzas ao domingo de Pentecostes. O autarca sublinhou que a formalização do pedido de inscrição dos ‘Mistérios da Páscoa’ em Idanha na lista das melhores práticas da UNESCO é um processo de todos os idanhenses que ao longo dos anos têm sabido preservar e transmitir estas tradições populares. “Esta é a riqueza deste processo, independentemente do desfecho s dias 2, 3 e 4 de Março marcam na agenser positivo ou negativo. Estes 272 eventos estão cá e vão cá estar da a realização da MoraPesca – XVI Feira daqui a 100 anos. Daí a importância do trabalho que fizemos sobre de Artigos de Pesca Desportiva, que decorrerá, as nossas tradições. Temos uma comunidade que se orgulha da sua como é habitual, no Pavilhão Municipal de Expoterra, das suas gentes, da sua cultura”, frisou. sições, em Mora. Os ‘Mistérios da Páscoa 2018’ vão ter como atenção especial a vila A abertura do certame está marcada para as de Idanha-a-Nova e o Sábado de Aleluia, dia em que a comunidade 18 horas de dia 2 e o programa desenrola-se se junta na Igreja Matriz a partir das 21 horas e canta o hino da aledurante os três dias do evento. Entre concursos luia e em que os avós oferecem apitos aos netos. de pesca, – 8º Concurso FEEDER e XVI Concur“Idanha-a-Nova preserva esta tradição muito simbólica. O hino so Nacional de Pesca, – entregas de prémios e anuncia a ressurreição de Cristo. No nosso concelho nada é feito animação musical, destaque para o colóquio que só para aquele dia ou para teatralizar. São vivências de um povo”, acontece pelas 11 horas de domingo, no Auditóexplica o autor da recolha e calendarização da agenda dos ‘Mistério Municipal, sob o tema, por sinal actual e de exrios da Páscoa’, António Catana. trema relevância, “A nova realidade legislativa do Já o pároco da vila, Adelino Lourenço, disse que é preciso perexercício da pesca nas águas do interior”. ceber e escutar de onde vêm estas tradições. “Quem sabe são A MoraPesca ocupará quatro pavilhões, incluinos homens e as mulheres que durante anos viveram essas tradido o pavilhão destinado às vendas, num total de ções. E quem as quiser perceber tem que perder muito tempo a 5000 metros quadrados. Divididos por 200 stands, ouvir as pessoas”, disse. estarão presentes 37 expositores nacionais e interPároco em Idanha-a-Nova há 45 anos, Adelino Lourenço alernacionais, que têm contribuído ao longo dos últimos tou para o perigo destas tradições de religiosidade popular se 16 anos para o crescimento e consolidação da Moraperderem e adiantou que uma vez que os idanhenses têm tido Pesca, que continua a ser “a maior feira nacional de muito valor em segurar e diagnosticar as suas tradições, a hora artigos de pesca desportiva”. Anualmente, são apreé de “falar alto”. sentados neste certame as mais recentes tecnologias “Nós, idanhenses, temos que ter muito cuidado na forma e variedades de artigos e equipamentos destinados à como tratamos as nossas tradições. O que há é a fé de um prática da pesca desportiva. povo e é preciso tratá-la com muito respeito”, concluiu. A pesca continua a ser o desporto que mais pessoas atrai ao concelho de Mora, fazendo deste um dos principais locais de pesca desportiva. Para isso contribuem as excelentes e afamadas condições das ribeiras e pistas de pesca aqui existentes, em Cabeção, Mora e Pavia. Os visitantes da MoraPesca podem aproveitar a oportunidade para conhecer o concelho, nomeadamente o Fluviário de Mora e o Museu Interactivo do Megalitismo, provarem a gastronomia tipicamente alentejana e percorrerem o passadiço em madeira, no Parque Ecológico do Gameiro, que se estende pela margem da Ribeira de Raia.
Mora é ‘capital’ da pesca desportiva
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Opinião (Breve) ensaio sobre a cegueira (dos fogos)
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emos assistido por estes dias a um Depois, existe um outro aspeto que deve merecer reflexão em todo este estado geral de esquizofrenia sobre processo – a aplicação do conhecimento técnico e científico na definição a limpeza das faixas de proteção em tordos normativos para a gestão da vegetação. Se olharmos para aquilo no das habitações e aglomerados populaque sucede em outras partes do mundo, verifica-se, por exemplo, que na cionais, com a produção quase diária de América do Norte apenas é exigida a intervenção numa faixa de 30 merecomendações, clarificações das recomentros, o que reduz significativamente o volume de investimento a realizar. dações e até com a publicação de legislação Na Austrália, por seu turno, preconiza-se uma solução ajustada ao nível interpretativa da legislação (Decreto-Lei n.º de risco do local, que determina a realização de faixas de segurança 10/2018, de 14 de Fevereiro). de num raio de 30 ou 50 metros. Ali ao lado, na vizinha Espanha, na Escreve sobre esta matéria Manuel CarvaCatalunha apenas é exigida a intervenção numa faixa de 25m, tanto lho, jornalista do PUBLICO e conhecedor da para casas individuais como para aglomerados urbanos, mas, na Galifloresta, que “por muito que critiquemos a za, as medidas legais em vigor já são semelhantes aquelas adotadas lei, por muito que admitamos que é impossíem Portugal. vel limpar milhares de hectares de árvores e Gostava, contudo, de aprofundar um pouco mais a solução adotada matos em torno das aldeias ou instaladas ao em França. Tal como em Portugal, é exigida a intervenção num raio longo de milhares de quilómetros das estradas de 50m. No entanto, a lei determina que a limpeza dos terrenos deve do interior, ainda que saibamos que vai haver ser uma tarefa compartilhada entre vizinhos, o que faz todo o sentido cortes errados, especulação dos empreiteiros, pois o vizinho que tem o pinhal ou o eucaliptal ou um terreno inculomissão, queixume e protesto, a lei em causa to, com matos, não tem de pagar sozinho, do seu bolso, o ónus de tem uma enorme virtude: ela expressa um apelo proteger o bem (habitação) de um terceiro, só porque a autarquia dramático para que se faça tudo o que houver e autorizou a construção daquela habitação… puder ser feito para proteger a floresta”. Face ao exposto, como já tive oportunidade de assinalar noutras De facto, reconheço essa “enorme virtude” ocasiões, justificava-se uma análise mais profunda do diploma da consciencialização da população portuguesa, que estabelece o sistema nacional de Defesa da Floresta Contra mas a verdade é que seria importante que todo Incêndios – Decreto-lei n.º 124/2006, de 28 de junho. Uma anáeste esforço imenso de sensibilização estivesse lise participada, que sinalizasse os aspetos menos conseguidos assente numa estratégia concertada entre os váda lei, os constrangimentos encontrados na sua aplicação e que rios Ministérios e Departamentos Governamentais apontasse soluções exequíveis para uma melhor concretização e entre a Administração Central e as Autarquias, dos princípios de proteção das pessoas e bens no terreno. Soluou seja, se existisse, de facto, uma estratégia de ções que passam necessariamente pelo envolvimento ativo das comunicação. autarquias – Comunidades Intermunicipais, Câmaras Municipais Na visita que efetuei aos EUA em 2011, constae Juntas de Freguesia e das Organizações de Produtores Florestei da importância que é dada à proteção das hatais, pois uma floresta bem gerida é uma floresta protegida! bitações no interface com o espaço rural/florestal. Espero que estas águas de Março tragam alguma sensatez e Desde logo, porque é privilegiada a madeira na conslucidez aos nossos governantes e que seja possível parar para trução das habitações. No entanto, a abordagem é pensar e olhar para este problema complexo num patamar acifeita de forma estruturada, com base em programas ma da cegueira que tem pautado a ação governativa recente. Federais e Estaduais, com planeamento estratégico e É certo que a responsabilidade da proteção da floresta e dos com fundos públicos associados, envolvendo os Mubens e das vidas humanas acomete, em primeira instância ao nicípios e os serviços técnicos, sem a confusão que Estado, mas é preciso sensatez para os cidadãos percebam temos assistido por cá e de que as missivas recenteo seu papel e possam ser envolvidos, de uma forma consemente enviadas pelas Finanças constituem o corolário quente, na mitigação do flagelo dos incêndios florestais em final de toda esta esquizofrenia. Portugal. Não é com leis feitas em cima do joelho, campanhas Percebe-se a urgência do Governo em “mostrar serque, em vez esclarecerem, transmitem informações erradas viço” após o desastre do ano passado. Percebe-se, tame ainda confundem mais as pessoas que vamos conseguir bém, que as coisas não podiam continuar como estavam. vencer este enorme desafio. Agora, o que não se percebe é esta falta de estratégia e de liderança na condução de um processo tão sensível Miguel Galante como este. Eng.º Florestal www.gazetarural.com
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Nos dias 3 e 4 de Março, no Pavilhão Multiusos
Tábua promove Feira do Queijo e outros produtos locais
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Pavilhão Multiusos de Tábua recebe nos dias 3 e 4 de Março a XXIX Feira do Queijo, do Pão, dos Enchidos e do Mel | IX Mostra de Gastronomia e Artesanato. Este evento tem como principais objectivos divulgar os produtos de excelência oriundos do concelho e da região, nomeadamente o queijo, o pão, os enchidos e o mel, alargando este leque ao vinho do Dão, azeite e outros produtos endógenos, englobando o artesanato, tornando-se num dos principais promotores do que melhor se faz no concelho, não só ao nível gastronómico, como cultural. A edição de 2018 deste certame marca não só o novo layout da feira, com a criação de novos sectores e áreas de interesse, como o aumento da zona de artesanato, a zona de exposição animal e a zona de exposição agrícola, e a internacionalização da Feira, com a presença de queijos originários da Região Demarcada da Galiza. De salientar, ainda, a riqueza cultural do cartaz do certame, com actuações de cariz tradicional e moderno, destacando-se, ainda, a transmissão em directo do programa da RTP “Aqui Portugal”, durante a tarde de sábado.
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Em Beja, de 27 de Abril a 1 de Maio
Xutos e Pontapés abrem festa comemorativa dos 35 anos da Ovibeja
Porque “A Minha Casinha” tem “À Minha Maneira” “O Mundo ao Contrário” é tempo de comemorar irreverência, cumplicidade e construção na edição comemorativa da XXV Ovibeja, de 27 de Abril a 1 de Maio. A Ovibeja celebra a sua edição 2018 com um ambicioso programa recheado de novidades. A par da internacionalização dos produtos agroalimentares de origem vegetal, como tema em destaque, e da reflexão sobre os desafios e oportunidades da agricultura no futuro, a Ovibeja também se faz de festa. E a festa faz-se, sobretudo, através do encontro e da partilha entre amigos. E entre os amigos contam-se os Xutos e Pontapés que inauguram o Palco Ovibeja no dia 27 de Abril. Os Xutos e Pontapés comemoraram, em 2004, na Ovibeja, as suas bodas de prata e cantaram cumplicidade em concertos irrepetíveis, ao longo de vários anos, na grande feira do sul. Este ano comemoram os 35 anos de “Todo o Alentejo Deste Mundo!, com a apresentação de novos trabalhos. O elo de ligação entre a Ovibeja e os Xutos, entre os fãs de ambos, entre os desafios que aproximam e ajudam a crescer, faz da Ovibeja uma feira única no panorama nacional. Desde a sua génese que a Ovibeja tem vindo a diferenciar-se como um evento plural, cuja diversidade tem captado a simpatia e interesse de diferentes públicos. A XXXV OVIBEJA será uma edição comemorativa dedicada a todos os que têm participado na sua história, e que se sentem parte integrante desta Feira e desta Festa. São diferentes gerações, sectores, expositores e visitantes que, a cada ano, contribuem para construir uma assinatura forte e para o desafio que é dar a conhecer “Todo o Alentejo deste Mundo”. Os palcos das “Ovinoites” abrem, na Ovibeja, a época dos grandes concertos de Primavera realizados no nosso país. Todos os caminhos confluem para Beja de 27 de Abril a 1 de Maio para comemorar, pela noite dentro, a festa e a partilha, com “Todo o Mundo neste Alentejo”. A organização pertence à ACOS, Associação de Agricultores do Sul.
FICHA TÉCNICA Ano AnoXIII XIII| |N.º N.º307 31 | Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968044320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco | Opinião: Miguel Galante | Paulo Barracosa Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546
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Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 1000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
Dia 22 de Março, no auditório da Câmara de Mangualde
Município e Agrobio incentivam população a “Recuperar uma área florestal ou agrícola”
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Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (AGROBIO) promove, a 22 de Viseu volta a presidir à associação Março, uma acção de informação subordinada ao tema “Recuperar uma área florestal ou agrícola após um incêndio”. Esta sessão terá início às 18 horas, no auditório da Câmara de Mangualde, com duração aproximada de uma hora. O Município de Mangualde é parceiro nesta que é uma iniciativa de apoio e incentivo às populações nesta fase de recuperação Associação de Desenvolvimento Dão, Lafões e Alto Paiva pós incêndios. (ADDLAP) elegeu, por unanimidade, os novos órgãos sociais da Na sequência da vaga de incêndios ocorrida instituição para o próximo biénio. João Paulo Gouveia, vereador da em 2017, que fustigou gravemente o concelho Câmara de Viseu, volta a exercer a presidência desta associação. A de Mangualde, a AGROBIO pretende divulgar direcção é ainda constituída pelo Município de Vila Nova de Paiva, boas práticas na recuperação de áreas ardidas. no lugar da vice-presidência. Como vogais vão estar os municípios Assim, esta sessão visa informar e incentivar, no de Oliveira de Frades, de São Pedro do Sul e de Vouzela. terreno, sobre técnicas de conservação e melhoPara o reeleito presidente da ADDLAP, “este novo ciclo assume ria da fertilidade do solo e diversificação dos sisa ambição de uma convergência regional mais forte para a contemas produtivos (técnicas usadas na Agricultura cretização do nosso potencial económico de base local e rural. O Biológica, mas que podem ser aplicadas univerpleno aproveitamento dos cerca de 8 milhões de investimento salmente) que poderão marcar a diferença, para de que a região pode beneficiar é, neste contexto, uma missão um futuro mais sustentável e mais resiliente peimportante.” rante as alterações climáticas já em curso. A presidir à Assembleia Geral vai estar a Termalistur – Termas Na sessão de abertura estarão presentes João de São Pedro do Sul, seguindo-se a Viseu Marca – Associação Azevedo, presidente da Câmara de Mangualde, e de Cultura, Eventos e Promoção como vice-presidente e a CoJaime Ferreira, presidente da Direcção da AGROBIO. missão Vitivinícola Regional do Dão, enquanto secretário. Já no Seguir-se-á “Princípios base para uma produção Conselho Fiscal foi eleita a Escola Profissional de Vouzela, assusustentável e resiliente aos incêndios. A agricultumindo o cargo de secretário a Diocese de Viseu e o de relator a ra biológica”, um esclarecimento prestado por Jaime Associação de Criadores de Gado da Beira Alta. Ferreira. Posteriormente, António Lopes falará sobre A ADDLAP tem por objecto a promoção do desenvolvimento a “Recuperação de áreas ardidas e restabelecimenlocal e regional integrado, designadamente através da gestão to da produtividade em sistemas mistos de produção de financiamento comunitário de projectos e iniciativas públibiológica”. A sessão terminará com o esclarecimento cas e privadas. de dúvidas. No instrumento que gere, a “DLBC – Desenvolvimento Local de Base Comunitária”, foram já aprovados 14 projectos, com um investimento elegível de quase um milhão de euros. Na vertente empresarial estão submetidas ao Centro 2020 um conjunto de 36 candidaturas que representa mais de 3 milhões de euros de fundos estruturais. Ainda no âmbito das suas funções de gestão de financiamentos, a ADDLAP irá lançar este ano quatro concursos com uma dotação de 1,3 milhões de euros, tendo por objectivo o apoio a projectos de base locais de exploração agrícola, transformação e comercialização de produtos endógenos, mercados locais e circuitos curtos, e promoção dos produtos locais de qualidade.
ADDLAP tem novos órgãos sociais até Fevereiro 2020
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Funciona num smartfone
Tecnologia acústica monitora abelhas sem abrir a colmeia
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Festival 3º
PAPAS de MILHO
CENTRO DE CULTURA E RECREIO
Moita dos Ferreiros
17 e 18 março
LOURINHÃ
GASTRONOMIA ARTESANATO CAMINHADA AULA ZUMBA FITNESS (com a instrutora Marlene Ministro) AULAS COZINHA TUNA ACADÉMICA RANCHO FOLCLÓRICO BANDA FILARMÓNICA (Sociedade Lírica Moitense) MOINHO DO BONECO (visitas/exposição)
ORGANIZAÇÃO
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APOIOS
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CONVIDADOS ESPECIAIS: Festival da Abobora de Lourinhã e Atalaia (confeção de papas de milho com abóbora e doce)
investigador espanhol Serjio Glebskij idealizou um equipamento sónico que funciona como um sensor completo para apiários. A tecnologia de controle acústico permite determinar o estado das famílias de abelhas associadas à colecta de mel, a população na colmeia, a presença da rainha na família e sua condição, a presença de sinais de estado de enxertia e as condições do enxame em preparação para o Inverno. Tudo isso sem abrir a colmeia e sem perturbar as abelhas. Já na segunda temporada de testes em apiários reais, a tecnologia, baptizada de Apivox Auditor, apresentou excelentes resultados. Glebskij desenvolveu algoritmos que interpretam os sinais acústicos recolhidos da colmeia por um microfone. Para isso, ele criou uma “tabela de estados da colónia de abelhas” usando dados de apiários e investigadores da Grã-Bretanha, Estados Unidos e Rússia. A tecnologia passou por duas estações de teste em apiários e demonstrou adequação não apenas para o trabalho prático dos apicultores, mas também como uma ferramenta útil para o trabalho científico. Com a sua descoberta, o investigador já obteve dados inéditos sobre o comportamento das abelhas e também a confirmação dos resultados de pesquisas realizadas por cientistas académicos. Segundo Glebskij, o fato de ter conseguido programar todos os seus algoritmos num aplicativo que funciona num smartfone permitirá que até os principiantes se sintam confiantes para iniciar um apiário, o que deverá atrair mais pessoas para a apicultura e ajudar a evitar o preocupante desaparecimento das abelhas, sobretudo no hemisfério Norte.
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5 | 6 | 7 SETEMBRO 2018 Valada do Ribatejo
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semeamos...NEGร CIO!