Arquitetura comercial e colaborativa: A forma como instrumento de uma nova tradição | Julia Fonseca

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JULIA RIBEIRO FONSECA

A forma como instrumento de uma nova tradição



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JULIA RIBEIRO FONSECA Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UNAERP - Universidade de Ribeirão Preto Trabalho Final de Graduação Arquitetura e Urbanismo

A forma como instrumento de uma nova tradição

Orientador Profº. Dr. Carlos Stechhahn Coorientador Profº. Me. Jadiel Wylliam Tiago Ribeirão Preto | 2020


Ficha catalográfica preparada pelo Centro de Processamento Técnico da Biblioteca Central da UNAERP - Universidade de Ribeirão Preto -

F676a

Fonseca, Julia Ribeiro, 1997Arquitetura comercial e colaborativa: A forma como instrumento de uma nova tradição / Julia Ribeiro Fonseca. - Ribeirão Preto, 2020. 195 f.: il. color. Orientador: Prof. Me. Carlos Stechhahan. Monografia (graduação) - Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP, Arquitetura e Urbanismo. Ribeirão Preto, 2020. 1. Arquitetura. 2. Espaço comercial. 3. Colaborativo. I. Título. CDD 720



AGRADECIMENTOS


Agradeço a Deus pela sua misericordiosa graça, bon-

Salerno por toda a paciência, ensinamentos e incentivo,

dade e amor. Agradeço por me sustentar, me capacitar

e ao professor Flávio por compartilhar com alegria nas

e me fazer transbordar de alegria em todo o tempo.

aulas e estar sempre preocupado em despertar o co-

Agradeço principalmente por ter me dado o prazer de

nhecimento empírico de seus alunos. Foi uma honra

compartilhar da vida com pessoas incríveis.

ver a paixão pela arquitetura através de seus olhares e

Agradeço aos meus pais pelo amor e dedicação que

vivencias pessoais.

tiveram em me amparar e me ajudar em todos os momentos, me incentivando, apoiando e me cobrindo

Aos meus incríveis amigos e às pessoas que compar-

com palavras e ações cheias de amor nos momentos di-

tilhei deste percurso de formação, agradeço pela ami-

fíceis. Agradeço à minha querida mãe Rosilda por todas

zade, pela parceria nas ideias e todo o afeto. Agradeço

as orações, pelo seu tempo dedicado em me ajudar, por

pela oportunidade de ter feito parte de um grupo de

me ouvir falar repetidamente a matéria que estava es-

pessoas maravilhosas que se iniciou apenas como

tudando, por sofrer comigo os momentos de ansieda-

um simples grupo de trabalho da matéria de projeto,

de, me ajudar a cortar as peças de maquete, mas prin-

e hoje se tornou uma família de amigos. Tivemos nos-

cipalmente por acreditar em mim. Ao meu bondoso pai

sos momentos de desespero e cansaço, crescemos e

José Nilson, agradeço pelo esforço de seu trabalho que

amadurecemos juntos. Ao meu querido amigo João,

me proporcionou muitas experiencias lindas, pelas con-

também conhecido como irmão, agradeço por todas

versas e conselhos no percurso de casa até a faculdade,

as risadas, pelos diversos momentos que criamos jun-

por toda a ajuda técnica para realizar os projetos mais

tos, por apoiar as minhas ideias malucas e sonhos, por

loucos que eu precisei realizar. Agradeço ao meu irmão

todos os momentos de reflexão sobre a vida e principal-

Ítaro, carinhosamente chamado por mim de Dô, pelo

mente por sua amizade sincera e fiel. À minha incrível

imenso carinho e companheirismo, pelas conversas e

amiga Thayna que me inspira com a sua alegria, sou

por todo apoio. Agradeço também à minha cunhada

grata aos conselhos e ensinamentos, por toda diversão

Barbara por me ouvir e pelos momentos de desabafo e

vivida, pelo afeto e por todas as conversas profundas

aconselhamento. Sou grata aos dois pelas caronas, por

sobre os pequenos e incríveis detalhes da vida. À minha

me mimarem todas as vezes que estive em sua casa

admirável amiga Lauana que nos ensina todos os dias

para poder usar a internet e entregar o projeto.

sobre autenticidade, que possui um imenso coração, agradeço pelas ideias, pela oportunidade de trabalhar

Sou extremamente grata ao meu amado Lucas pelo

ao seu lado, pela sua amizade e risadas. Agradeço tam-

seu companheirismo, pelos incentivos, por depositar

bém com muito amor aos meus outros amigos a qual

confiança em minha capacidade e por todo o carinho,

sou grata por ter compartilhado experiencias, obrigada

momentos de questionamentos e risadas.

Danielle, Giovanna, André, Leandro, Daniele, Henrique, Carla, Emerson, Fernanda e Kelly, Pâmela, Flávia, Malu,

Agradeço pela vida da minha carinhosa avó Maria, meu

aos meus colegas da turma e de TFC, aos melhores se-

exemplo de mulher forte. Sou grata pelos seus ensina-

cretários Jorge e Sumara por toda paciência e ajuda.

mentos, por todas as vezes que orou pela minha vida, pelos abraços de amor e palavras de fortalecimento.

Agradeço aos meus amigos de fé e de infância que me

Agradeço de coração às minhas tias, Ângela, Eliana,

acompanharam, incentivaram e me deram ânimo. Às

Maria Adélia e Rosilene e família por todo o amor, por

minhas amigas Jhenifer, Gabriela e Marcela que me

ser exemplo e por me acompanharem nessa trajetória.

ajudaram e incentivaram o meu desenvolvimento, que me ensinaram sobre o que é uma amizade sincera

Agradeço ao meu admirável orientador e mestre Carlos

ainda quando jovem, e que estavam comigo desde o

Stechhahn pelo compartilhamento de seus vastos co-

início da decisão da minha futura profissão.

nhecimentos e valores, pelas palavras de ensinamento sobre arquitetura e sobre a vida, por ser exemplo e tam-

Que felicidade poder agradecer por essa conquista.

bém por seus conselhos. Agradeço também ao meu

Me lembro sempre do dia em que iniciei essa etapa de

coorientador Jadiel Tiago por colaborar com conheci-

minha vida e olhando para trás vejo o quanto eu ama-

mento, pelas boas conversas enriquecedoras e pela sua

dureci. Foi uma etapa onde cresci em conhecimento,

disponibilidade.

conquistei amizades lindas, onde tive a oportunidade

Sou imensuravelmente agradecida por todos os profes-

de contribuir e fazer parte do curso, cultivar sonhos e

sores que estiveram presentes nessa longa trajetória.

experiencias, viajar e conhecer lugares fascinantes, am-

Agradeço em especial à professora Ruth Paolino pela

pliar ideias e o mais importante, o quanto eu fui feliz.

sua confiança em mim, e por me oferecer a oportunidade de contribuir com o curso, ao professor Edson


RESUMO Este trabalho de conclusão de curso estuda a implantação de um centro comercial e colaborativo, localizado no centro da cidade de Ribeirão Preto - SP. O interesse aqui é compreender como o local escolhido para sua inserção, seu entorno e seu partido arquitetônico – desvelado por meio da forma e do uso – podem vir a gerar resultados com um fator de importância relevante e que interfira de maneira positiva na forma construída da cidade, a relação da população com o edifício e as consequências da localização para todos. Palavras-chave: Arquitetura, Espaço comercial, Colaborativo.


ABSTRACT This article studies the implementation of a collaborative and shopping center, located in the city center of Ribeirão Preto - SP. The interest here is to understand how the chosen location for its insertion, its surroundings and its architectural party - unveiled through form and use - can generate results with a relevant factor that positively interferes with the constructed form of the city, the population’s relationship with the building and the consequences of location for everyone. Keywords: Architecture, Commercial space, Collaborative.


L I STA D E F I G U R A S CADERNO 01 | 03 Figura 1 - A arquitetura comunicativa. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [04] Figura 2 - Village Feast. Pintura. Gillis Mostaert, 1590. Fonte: Wikipédia Modificada graficamente pela autora, 2020. [08] Figura 3 - Sesc 24 de maio. Fotografia. Autor: Flagrante. Fonte: Site Cargo Collective. [08] Figura 4 - Privacy Paradox. Ilustração. Colagem. Autora: Tanya Cooper. Fonte: Site tanyacooper. [13] Figura 5 – Título não identificado. Os melhores desenhos de 2018. Colagem. Autor: J. C. Architecture. Fonte: Site Archdaily. [19] Figura 6 - Kleinste gorky. Colagem. Autora: Tamara Stoffers. Fonte: Site Tamara Stoffers. [22] Figura 7 - Mapa de localização das feiras alternativas na cidade de Ribeirão Preto. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [23] Figura 8 - A painting of The Real Food Market on the Southbank. Pintura. Autor: Liam O'Farrel. Fonte: Site liamofarrell. [24] Figura 9 - Lina Bo Bardi: Habitat. Instituto Lina Bo Bardi e P. M. Bardi. Ilustração: Nanquim e aquarela sobre papel. Autora: Lina Bo Bardi. Fonte: Site Instituto Bardi. [27] Figura 10 - Indivíduo público e coletivo privado. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [30] Figura 11 - Gradientes de privacidade. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [32] Figura 12 - Red Gates Kleinst. Colagem. Autora: Tamara Stoffers. Fonte: Site Tamara Stoffers. [34] Figura 13 – Poema em foto: Expressão é sentimento, a cidade é ligação. Fotografia. Fonte: Autora, 2020. [36] Figura 14 - Lina Bo Bardi, SESC Pompeia, Bloco de esportes. Fotografia: Romulo Fialdini. Autor: Instituto Lina Bo e P.M. Bardi. Fonte: Site Graham Foundation. [40]


CADERNO 02 | 03 Figura 15 - Mapa geral da cidade de Ribeirão Preto. Ilustração gráfica. Fonte: Autora, 2020. [04] Figura 16 – Conjunto de diagramas da localização da cidade de Ribeirão Preto no Brasil. Diagrama. Fonte: Autora, 2019. [06] Figura 17 - Fotografia da rua General Osório, Ribeirão Preto, de um cartão postal antigo. Fotografia. Autor: desconhecido. Fonte: Site Ribeirão Preto Cultural Jaf. [06] Figura 18 - Ribeirão Preto com delimitação da área de entorno e lote do projeto. Fonte: Autora, 2019. [08] Figura 19 – Análise atual sobre o uso do solo, na área de entorno do projeto - quadrilátero central. 2019. [10] Figura 20 – Análise atual sobre figura fundo, realizado sobre a área de entorno do projeto. 2019. [12] Figura 21 - Análise atual sobre o gabarito da área de entorno do projeto. 2019. [14] Figura 22 – Análise atual sobre fluxo viário, realizado sobre a área de entorno do projeto. 2019. [16] Figura 23 - Análise atual sobre o transporte coletivo, realizado sobre a área de entorno do projeto. 2019. [18] Figura 24 - Mapa de levantamento dos locais de feiras alternativas na cidade de Ribeirão Preto. 2019. [20] Figura 25 - Espaço de exposição de venda, interior do projeto. Fotografia. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2019. Fonte: Site Archdaily. [24] Figura 26 - Exterior do espaço de exposição de venda. Fotografia. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2017. Fonte: Site Archdaily. [26] Figura 27 - Vista da rua no entorno do espaço de exposição de venda. Fotografia. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2019. Fonte: Site Archdaily. [26] Figura 28 - Diagrama esquemático do espaço de exposição. Diagrama. Modificado digitalmente pela autora. Fonte: Site Archdaily. [27] Figura 29 - Visão interna do jardim e no segundo plano o interior do espaço. Fotografia. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2019. Fonte: Site Archdaily. [27] Figura 30 - interior do espaço comercial, pátio com multifuncionalidades. Fotografia. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2019. Fonte: Site Archdaily. [28] Figura 31 - Planta do pavimento térreo do espaço comercial. Desenho. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2019. Fonte: Site Archdaily. [28] Figura 32 - Análise de plano de massas sobre o desenho do pavimento térreo do espaço comercial. Diagrama. Fonte: Autora, 2020. [29] Figura 33 - Espaço Interior do mercado, mobiliário e estruturas. Fotografia. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2019. Fonte: Site Archdaily. [29] Figura 34 - Aberturas, acessos e pátio interno. Fotografia. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2019. Fonte: Site Archdaily. [30] Figura 35 - Análise das estruturas e acessos sobre o desenho do pavimento térreo do espaço comercial. Diagrama. Fonte: Autora, 2020. [30] Figura 36, 37 e 38 - Desenhos técnicos, elevações e cortes do espaço comercial. Desenhos. Fonte: Site Archdaily. [31] Figura 39 - Vista externa do mercado e espaço de exposição. Fotografia. Pons, E. e Romero-Uzeda, D. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily. [32] Figura 40 - Visão do entorno do projeto, bairro histórico central. Fotografia. Pons, E. e Romero-Uzeda, D. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily. [34] Figura 41 - Desenho de implantação do projeto. Desenho. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily. [34] Figura 42 - Diagrama dos ambientes e espaços do projeto. Diagrama. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily. [35] Figura 43 - Cortes do projeto. Desenho. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily. [36] Figura 44, 45 e 46 – Conjunto de fotos do interior do mercado e espaço de exposição. Fotografia. Mercado e


espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily. [36/37] Figura 47 - Bar, localizado na área externo do mercado. Fotografia. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily. [39] Figura 48 - Elevação do projeto. Desenho. Fotografia. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily. [39] Figura 49 - Vista do projeto a partir da Av. Paulista. Fotografia. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily. [41] Figura 50 - Diagrama da localização do IMS em relação a outros pontos importantes na avenida Paulista. Diagrama. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily. [42] Figura 51 – Acessos do pavimento térreo - IMS. Fotografia. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily. [43] Figura 52 - Acessos públicos principais para os demais pavimentos, visualização ampla dos ambientes do entorno. Fotografia. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados.2017. Fonte: Site Archdaily. [45] Figura 53 - Diagrama mostrando a extensão do pavimento térreo e plano de necessidade. Diagrama. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily. [45] Figura 54 - Sala de exposição, interior do projeto. Fotografia. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily. [45] Figura 55- Diagrama demonstrando a extensão da calçada pública para o sexto andar do projeto. Diagrama. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily. [46] Figura 56 - Sexto pavimento, cafeteria, livraria e mirante. Fotografia. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily. [47] Figura 57, 58 - Biblioteca e sala de exposições, respectivamente. Fotografia. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily. [48] Figura 59 e 60 - Desenhos técnicos: corte e elevação do edifício no entorno, respectivamente. Desenho. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily. [49] Figura 61 - Feira Jardim Secreto na praça Dom Orione em São Paulo. Fotografia. Feira Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto. [50] Figura 62 - Espaço de alimentação e convívio na Feira Jardim Secreto em São Paulo. Fotografia. Feira Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto. [52] Figura 63 - Cartazes antigos de divulgação da feira. Ilustração. Feira Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto. [53] Figura 64 - Cartaz de divulgação da feira, edição de 07 de setembro. Ilustração. Feira Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto. [53] Figura 65 - Interior da Casa Jardim Secreto, espaço de comércio coletivo. Fotografia. Casa Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto. [54] Figura 66 - Exterior da Casa Jardim Secreto. Fotografia. Casa Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto. [54] Figura 67 – Entrada do Galpão Jardim Secreto. Fotografia. Casa Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto. [56] Figura 68- Diagrama sobre os conceitos do Grupo Jardim Secreto. Diagrama. Fonte: Autora. 2019. [57] Figura 69 – Interior do Galpão Jardim Secreto. Fotografia. Casa Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto. [57]


CADERNO 03 | 03 Figura 70 – Croqui de estudo do lote e condicionantes. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [04] Figura 71 – Diagrama de situação do projeto, relação com o centro e praça Carlos Gomes. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [07] Figura 72 – Desenho de ampliação das dimensões de largura da rua em frente ao lote. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [07] Figura 73 – Rua General Osório, centro da cidade de Ribeirão Preto. Fotografia. Fonte: Jadiel Wylliam Tiago, 2018. [08] Figuras 74 e 75 – Croquis de estudo sobre o conceito; troca, acolhimento e integração. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [12] Figuras 75, 76 e 77 – Croquis de estudo sobre o conceito de integração. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [13] Figura 78 - Croquis de estudo sobre o conceito de troca. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [14] Figura 79 – Diagrama do programa de necessidades com ícones. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [16] Figura 80 – Tabela de dados referentes ao programa de necessidade. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [17] Figura 81 – Organograma. Ilustração digital. Fonte: Autora, 202 [18] Figura 82 – Fluxograma. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [19] Figuras 83, 84 e 85 – Diagrama do plano de massas referente ao pavimento térreo, primeiro pavimento e segundo pavimento respectivamente. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [20/21] Figura 86 – Diagrama do plano de massas aplicado ao desenho em perspectiva do projeto. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [21] Figura 87 – Grelha de modulação. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [22] Figuras 88 e 89 – Desenho de estudo sobre a modulação e desenho detalhado dos módulos respectivamente. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [23] Figura 90, 91 e 92 – Diagramas de estudo de volumetria e relação com o exterior do lote. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [24/25] Figura 93 – Diagrama expandido da estrutura e aberturas da loja. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [26] Figuras 94 e 95 – Croquis da estrutura de madeira e as ligações das partes. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [27] Figura 96 – Diagrama sobre analise visual do conjunto volumétrico. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [28] Figuras 97 e 98 – Croquis de estudo e análise sobre estrutura de envoltório das barracas de feira. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [29] Figuras 99 e 100 – Diagramas da volumetria do bloco de atividades e suas repartições. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [30] Figura 101 – Diagrama de análise sobre a ocupação e atividades no bloco. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [31] Figura 102 – Diagrama de análise das possibilidades de trajetos e acesso ao projeto. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [32] Figura 103 – Diagrama de análise de uso livre e acessibilidade no projeto pela população. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019. [33] Figuras 104, 105, 106, 107 e 108 – Diagrama de análise do projeto e suas relações com o entorno. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [34/35/36] Figuras 109, 110, 111, 112, 113 e 114 – Diagramas estruturais do projeto em diferentes ângulos e ponto de vista. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [38] Figuras 115 e 116 – Desenhos técnicos detalhados sobre o sistema de encaixe modular macho e fêmea. Autor não identificado, Fonte: Site Polysolution. [39] Figuras 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 124 e 125 – Desenho dos mobiliários presentes no projeto, sendo eles prateleira modular de exposição, expositor de ferro, sofá, cabideiro expositor, arquibancada, bancada e armário, bancada de atividades, espreguiçadeira e conjunto de mesa, cadeiras e bancos. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020.


[40 - 43] Figura 126 – Croqui de estudo sobre possiblidades de cobertura para o espaço aberto. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [44] Figura 127 – Projeto SESC. Fotografia. Autor: Maíra Acayaba. Autor do projeto: Superlimão. Fonte: Site Superlimão. [45] Figura 128 - SESC Pompéia, Lina Bo Bardi - São Paulo/SP, 1977. Fotografia, Autor: Nelson Kon. Fonte: Site Nelson Kon. [45] Figura 129 – Implantação. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [47] Figura 130 – Pavimento Subsolo. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [48] Figura 131 - Pavimento Térreo. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [49] Figura 132 – Primeiro Pavimento. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [50] Figura 133 – Segundo Pavimento. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [51] Figura 134 – Pavimento cobertura. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [52] Figura 135 – Pavimento caixa d’água. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [53] Figura 136 – Pavimento cobertura da caixa d’água. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [54] Figura 137 – Lista de portas. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [55] Figura 138 – Lista de janelas. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [55] Figura 139 – Corte AA. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [56] Figura 140 – Corte BB. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [56] Figura 141 – Corte CC. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [57] Figura 142 – Corte DD. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [58] Figura 143 – Corte EE. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [58] Figura 144 – Corte FF. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [58] Figura 145 – Corte GG. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [59] Figura 146 – Corte HH. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [59] Figura 147 – Corte II. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [59] Figura 148 – Elevação 01. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [60] Figura 149 – Elevação 02. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [60] Figura 150 – Elevação 03. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [61] Figura 151 – Elevação 04. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [61] Figura 152 – Detalhamento 01. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [62] Figuras 153, 154 e 155 – Detalhamentos 04, 05 e 06 respectivamente. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [63] Figura 156 – Detalhamento 08. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [64] Figura 157 – Detalhamento 07. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [64] Figura 158 – Detalhamento 02. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [65] Figura 159 – Detalhamento 03. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [65] Figura 160 – Planta pavimento térreo com layout – tipo 01. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [66] Figura 161 – Planta pavimento térreo com layout – tipo 02. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [67] Figura 162 – Planta primeiro pavimento com layout – tipo 01. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [68] Figura 163 – Planta primeiro pavimento com layout – tipo 02. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [69] Figura 164 – Planta segundo pavimento com layout – tipo 01. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [70] Figura 163 – Planta segundo pavimento com layout – tipo 02. Desenho técnico. Fonte: Autora, 2020. [71] Figuras 164, 165 e 166 – Imagens ilustrativas do exterior para o projeto. Ilustração Digital. Fonte: Autora, 2020. [72/73] Figuras 166, 167, 168 e 169 – Imagens ilustrativas referentes ao interior do projeto da loja colaborativa. Ilustração Digital. Fonte: Autora, 2020. [74-76] Figuras 170 e 171 – Imagens ilustrativas do uso da praça com cobertura efêmera. Ilustração Digital. Fonte: Autora, 2020. [77] Figuras 172 e 173 – Imagens ilustrativas do interior do projeto – cafeteria e espaço de descompressão. Ilustração Digital. Fonte: Autora, 2020. [78] Figuras 174, 175, 176, 177 e 178 – Imagens ilustrativas referentes ao interior do bloco de atividades. Ilustração Digital. Fonte: Autora, 2020. [79 – 83]



SUMÁRIO 01 | 03 INTRODUÇÃO Objeto [07] Problemática [08] Objetivo geral [11] Objetivos específicos [11] Justificativa [12]

REFERÊNCIAL TEÓRICO História da relação entre o comércio e espaço/ cidade [18] O espaço [22] Categorização das feiras [23] O espaço e a criatividade [26] Conceito de público e privado [30] Gradientes de privacidade [32] A comunidade e a rua [34] Forma e uso [37] A forma como instrumento: Uma nova tradição [39]


02 | 03 LEVANTAMENTOS Lozalização | Ribeirão Preto [08] Sobre a área [10] Uso do solo [12] Figura fundo [14] Gabarito [16] Fluxo viário [18] Transporte coletivo [20] Feiras Livres [22]

REFERÊNCIAS PROJETUAIS Mercado de artesanato [26] Mercado e espaço de exposição em Shiltigueim [34] Instituto Moreira Salles [42] Grupo Jardim Secreto [52]


03 | 03 CONDICIONANTES Planta Cadastral [06] Topografia atual [10] Topografia Natural [11] Cortes - longitudinal e transversal [11]

CONCEITO

[12]

PARTIDO Programa de Necessidades [16] Organograma [18] Fluxograma [19] Plano de Massas [20] Modulação [22] Loja colaborativa [26] Bloco de atividades [30] Estudo de possibilidade da circulação [32] Estruturas [38] Mobiliário [40] Estratégias expansivas [44]


PROJETO Implantação [47] Plantas técnicas [48] Lista de portas e janelas [55] Cortes [56] Elevações [60] Detalhamentos [62] Plantas com layout [66] Imagens do projeto [72]



01 | 03 INTRODUÇÃO REFERENCIAL TEÓRICO



S U M Á R I O | L I S TA D E F I G U R A S

SUMÁRIO INTRODUÇÃO Objeto [07] Problemática [08] Objetivo geral [11] Objetivos específicos [11] Justificativa [12]

REFERÊNCIAL TEÓRICO História da relação entre o comércio e espaço/ cidade [18] O espaço [22] Categorização das feiras [23] O espaço e a criatividade [26] Conceito de público e privado [30] Gradientes de privacidade [32] A comunidade e a rua [34] Forma e uso [37] A forma como instrumento: Uma nova tradição [39]

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Figura 1 - A arquitetura comunicativa. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020.


“Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé. Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria.” ROMANOS 12:6-8


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INTRODUÇÃO A partir da criatividade surge a

quanto sociocultural, este estudo

habilidade de desenvolvimento de

tem como objetivo investigar o uso

novas ideias, da criação de soluções

misto do espaço, e os efeitos que

e formas para os problemas atuais.

a arquitetura pode proporcionar e

Esta capacidade do ser humano

possibilitar ao ser humano.

está relacionado de modo direto com a economia e apresenta grande

O trabalho Final de Curso consiste

influência na infraestrutura urbana.

no

qualidade

A

arquitetura

é

um

meio

de

estudo

desse criativa,

espaço, no

na

contexto

em que o projeto será inserido,

comunicação que possui o poder

bem

como

nos

impactos

que

de transmitir emoções e possui

buscará propiciar na sociedade e

forte simbolismo. A partir deste

no indivíduo, de maneira que essas

pensamento e levando em conta as

esferas funcionem em conjunto no

condições atuais arquitetônicas e

desenvolver da região central, a qual

urbanísticas do centro da cidade de

já apresenta fortes características de

Ribeirão Preto, tanto geoeconômica,

polo criativo.


INTRODUÇÃO | OBJETO

OBJETO O objeto de estudo propõe um projeto de espaço comercial colaborativo, composto por: loja, área de oficinas e ensino, cafeteria e para a interconexão destes, uma praça que servirá para o uso de atividades complementares que, por consequência, contribua para o incentivo à economia criativa local e de maneira subjetiva o sentimento de pertencimento da população sobre o centro da cidade. Esse objeto será inserido no centro da cidade de Ribeirão Preto, ponto de convergência de situações urbanas.

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Figura 2 - Village Feast. Pintura. Gillis Mostaert, 1590. Fonte: Wikipédia Modificada graficamente pela autora, 2020.

PROBLEMÁTICA As feiras, criadas por mercadores

dicional. Elas vêm trazendo como

a partir do renascimento urbano

base novos objetivos, que refletem

e comercial no século XI, destaca-

as novas necessidades do meio

ram-se como importantes merca-

social e não mais de um lugar de

dos comerciais e como centro de

apenas compra; objetivos estes de:

desenvolvimento das cidades. Teve

valorização, fortalecimento, conexão

início na Europa como um meio de

de marcas autorais e consumidor, e

transformação na vida social, econo-

fomento do crescimento cultural do

mia e principalmente na paisagem

meio inserido.

urbana. Essa atividade comercial desenvolvida pelos mercadores quase

O grupo de expositores dessa nova

sempre era realizada nos arredores

tipologia de feira deixaram de ser

das cidades, também conhecido por

compostos apenas por artesões ou

burgos (núcleos populares).

agricultores, e apresentam o seu

Atualmente muitas feiras livres vêm

corpo formado por designers gráfi-

acontecendo na cidade de Ribeirão

cos, designers de moda, designers

Preto e se apresentam como um

de interiores, ilustradores, arquitetos,

modelo diferente do formato tra-

engenheiros, makers1, farmacêuti-


I N T R O D U Ç Ã O | P R O B L E M ÁT I C A

cos e outros profissionais diversos. Dos espaços de suas residências, surge o local para criação de seus produtos, e das feiras a alternativa financeira para esses empreendedores e produtores criativos exporem de suas mercadorias, pois os custos de manter um local fixo são altos e demandam

burocraticamente

da

parte econômica e da mobiliária. O ato de criar é complexo, e as pessoas criativas necessitam de espaços adequados e preparados para atender suas mentes inquietas, espaços que consigam passar os objetivos daquilo que acreditam. Atualmente, em Ribeirão Preto, especificamente no centro, não possui locais fixos para que essas mentes criativas possam desenvolver-se, conectar-se, ensinar, trabalhar e realizar suas vendas

A sociedade vem mudando, e centro da cidade como organismo vivo e ponto de convergência de pessoas, culturas e vertentes de pensamentos diversos, possui o dever de demonstrar novos pontos de referência vivencial que transpareça os avanços da cidade, com o objetivo de fazer com que a sociedade atual também faça parte da história incumbida ao centro da cidade, dos avanços intelectuais, e assim, construa em conjunto com o passado o futuro arquitetônico.

de maneira continua, e que também o público que se identifica com o objetivo e a população possam adquirir de maneira orgânica dos produtos e conhecimento dos empreendedores criativos.

1 O Movimento Maker é uma extensão mais tecnológica e técnica da cultura Faça-VocêMesmo ou, em inglês, Do-It-Yourself (ou simplesmente DIY). Esta cultura moderna tem em sua base a idéia de que pessoas comuns como eu e você podem construir, consertar, modificar e fabricar os mais diversos tipos de objetos e projetos com suas próprias mãos.

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INTRODUÇÃO | OBJETIVO GERAL E OBJETIVOS ESPECÍFICOS

OBJETIVO GERAL O

trabalho

Final

de

Graduação

consiste no estudo e aplicação de espaços capazes de proporcionar estimulos à critividade, o fortalecimento do sentimento de pertencimento através do partido arquitetônico; de maneira que estas duas esferas contribuam em conjunto na propagação e incentivo ao fortalecimento do comercio criativo e artesanal local, inserido na região central, a qual apresenta potencialidades como polo criativo da cidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS •Estudar formas e possibilidades sensoriais e emocionais dos espaços internos e externos que estimulem a ação e a criatividade; •Verificar o uso do paisagismo como elemento de integração entre o edifício a praça interna a Praça Carlos Gomes, referência histórica da cidade; •Estudar métodos arquitetônicos de conexão entre exterior e interior, púFigura 3 - Sesc 24 de maio. Fotografia. Autor: Flagrante. Fonte: Site Cargo Collective.

blico e privado, coletivo e individual, edifício e rua.

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12

JUSTIFICATIVA O ser humano está relacionado às

Coletivo (localizada na A Fábrica3 e

próprias experiências vividas, e a

também em praças e locais diversos

maneira de entender o espaço está

da cidade; organizado pelo Instituto

ligada não apenas aos sentidos sen-

SEB), a Feira Afim4 (localizada no

soriais, mas também a sua cultura.

Cine Clube CAUIM ; organizada por

Esse entendimento sofre mudan-

empreendedores), a Feira Chiquita

ças com ordem ao conhecimento

Bacana5 localizada na Immaginare ;

cultural de cada um. Há um termo

organizada pelos proprietários em-

empregado para esse contexto, o

preendedores) e outras feiras que

termo ‘proxêmica’ (proxemics), cria-

ocorrem, mas não são amplamente

do pelo antropólogo Edward T. Hall

divulgadas. Mesmo que utilizem

(1963). Ele ressalta que tudo aquilo

dos mesmos locais frequentemen-

que o ser humano faz está relaciona-

te, algumas delas estão localizadas

do com a sua experiencia espacial2 e

em pontos da cidade onde não se

que o significado que damos ao es-

tornam acessíveis para um público

paço que determina o nosso desem-

amplo, e que não geram vínculo

penho está fortemente relacionado

com o ambiente circundante, ou

com as distâncias interpessoais. A

acabam

segurança pública, pessoal e social,

curtos, que geram a necessidade de

o conforto ambiental em espaços

um grande descolamento de tempo

públicos e sociais, o controle da

e espaço, ao invés de se apresentar

qualidade de espaços coletivos são

num espaço que faça parte do per-

fatores que, atualmente, é raro que

curso e acesso da população.

ocorrendo

em

horários

sejam encontrados nos espaços do centro da cidade.

As pessoas se identificam apenas com parte de todo o seu significado,

As feiras apresentadas inicialmente,

e algumas (as quais geralmente

foco do plano de trabalho, apresen-

não

tam atualmente um cronograma

conhecimento cultural e intelectual)

sazonal e locais não fixos. Presen-

com nenhuma. Esta última parcela

temente na cidade, das feiras exis-

que foi citada está envolvida numa

tentes as principais são a Feira do

rotina a qual não lhes restam tempo

possuem

oportunidade

ao


I N T R O D U Ç Ã O | J U S T I F I C AT I VA

Figura 4 - Privacy Paradox. Ilustração. Colagem. Autora: Tanya Cooper. Fonte: Site tanyacooper.

2 A percepção do espaço é investigada por Hall por meio dos seus órgãos dos sentidos, que são abordados como receptores. Os receptores próximos são o olfato, tato e os receptores remotos, a audição e a visão. 3 O Instituto SEB, braço de investimento social do Grupo SEB, tem como missão engajar, por meio de uma educação inovadora, crianças e jovens para que se tornem protagonistas do desenvolvimento sustentável de nossa sociedade, localizado em R. Mariana Junqueira, 33 - Centro, Ribeirão Preto – SP. 4 Cineclube CAUIM - Entidade Cultural sem fins lucrativos localizada em Ribeirão Preto -SP. 6 Immaginare Escola de Criação e Design. R. Mal. Rondon, 236 - Jardim Sumaré, Ribeirão Preto – SP.

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14

para parar e apreciar a rica história

conhecimento cultural e intelectual,

da cidade, o que causa, em grande

mas não se sente confortável ao

parte,

afetivo

estar no centro da cidade por conta

pela cidade, gerando a falta do

da falta de costume e identidade

sentimento de pertencimento.

com o espaço (por muitas vezes,

o

distanciamento

desde criança, apenas frequentar Todavia, há, ainda, outra parcela

locais como shoppings e parques

da

contemplada

privados para o lazer). Nesse sentido,

que

José

população

anteriormente

não e

possui

alguma oportunidade de acesso ao

Ferrater

Mora

(1986,

MONTANER, 2012) afirma:

apud


I N T R O D U Ç Ã O | J U S T I F I C AT I VA

“Paradoxalmente não são as pessoas que vivem querendo apagar o passado e olhar apenas para o futuro as que nos trazem as grandes inovações. Os que modificam substancialmente o futuro são aqueles que vivem enraizados no passado e são plenamente conscientes das implicações da história, daquilo que as relações passadas podem acarretar no futuro. Por isso, a sua contribuição não é um apêndice ou algo transitório, mas uma mudança que se incorpora, que concorda profundamente com o sentido que já existia, daquilo que já estava implícito e apenas esperava que o desenvolvesse. Então cria-se algo com grandes chances de deitar raízes, de converter-se em uma nova tradição.” (MORA, 1986, apud MONTANER, 2012, p. 19).

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Assim, o projeto também busca melhorar um problema urbano de Ribeirão Preto em relação à questão de pertencimento da sociedade sobre o centro histórico da cidade, local que apresenta o maior potencial de encontro de pessoas, troca de ideias e criação, por conta do seu rico fator cultural, emocional e histórico. Todavia, o centro da cidade, principalmente na famosa área do quadrilátero central e calçadão, apresenta hoje traços da situação de degradação e declínio: fachadas descuidadas, falta de segurança e usos no período noturno, partidos arquitetônicos que não geram conexão física e atratividade insuficiente. Este último aspecto gera, então, um reforço pela escolha, pois a intenção é que o projeto se apresente como ponto de intervenção nesse trecho importante da cidade, a partir do seu caráter comercial e cultural, oferecendo assim como modelo e ponto de partida para o surgimento de um local arquitetonicamente planejado e projetado para atender as novas demandas de comércio e as necessidade de lazer, cultura e emocional do ser humano.


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“A ARQUITETURA É CONSIDERADA COMPLETA COM A INTERVENÇÃO DO SER HUMANO QUE A EXPERIMENTA” TADAO ANDO, 1941.


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REFERENCIAL TEÓRICO O complexo arquitetônico intitulado

disposição da companhia. O con-

“Quarteirão Paulista”, na região cen-

junto é constituído por três edifícios

tral da cidade de Ribeirão Preto, teve

(classificados pelo estilo eclético): o

seu início na década de 1920, en-

Teatro Pedro II, o Palacete Meira Ju-

quanto a região de Ribeirão Preto se

nior e o Hotel Central.

encontrava em seu ápice econômico por conta do mercado cafeeiro, por

HISTÓRIA DA RELAÇÃO ENTRE O COMÉRCIO E ESPAÇO/CIDADE As

feiras

livres

tradicionalmente

feira significa “dia santo ou feriado”.

se estabeleceram por intermédio da relação entre campo e cidade,

Na transição da Idade Média para a

e vêm apresentando um aconteci-

Idade Moderna, houve uma transfor-

mento econômico e sociocultural

mação tanto na maneira de produ-

procedentes dos agrupamentos de

ção exercida com a estabilização do

pessoas e barracas, onde ocorre a

capitalismo, quanto no modo que os

comercialização de vários tipos de

seres humanos vivenciavam em so-

mercadorias.

ciedade. Através dessa modificação, é possível compreender como os

Historicamente, o surgimento vem

meios de consumo foram formando

desde a Antiguidade, por volta do

os espaços da cidade, de mesmo

ano de 500 a.C., antes mesmo da

modo que os espaços foram moti-

existência do modelo de dinheiro

vando o comportamento de seus

como pagamento, por meio das

utilizadores.

trocas

de

suas

produções

por

outras. A etimologia da palavra “feira” apresenta uma relação entre comércio e religião.A palavra latina


R E F . T E Ó R I C O | H I S T. D A R E L A Ç Ã O E N T R E O C O M É R C I O E E S PA Ç O / C I D A D E

Figura 5 – Título não identificado. Os melhores desenhos de 2018. Colagem. Autor: J. C. Architecture. Fonte: Site Archdaily.


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“Ao longo do tempo e da história, as feiras conservaram, recriaram e reafirmaram ciclicamente seus caracteres e atributos originais, mantendo uma identidade milenar, reconhecível nas mais diferentes partes e culturas do mundo onde se instalaram. São mercados vivos, dinâmicos, móveis, alegres, insubordinados. Montamse e desmontam-se. Alimentam e reproduzem a vida, as informações e os vínculos sócio afetivos entre as pessoas e as mercadorias, entre o urbano e o rural. Põem em movimento símbolos, valores e sentidos que tornam habitável e humana a mais fria, impessoal e cosmopolita das metrópoles contemporâneas.”

(JUNQUEIRA 2015, pág. 27)


R E F . T E Ó R I C O | H I S T. D A R E L A Ç Ã O E N T R E O C O M É R C I O E E S PA Ç O / C I D A D E

A partir do século XI, momento das mudanças causadas pela Revolução Industrial, as feiras adquiririam o conhecimento de público e consolidaram-se entre as hierarquias mais populares em pontos onde a sociedade realizava trocas ou vendia seus produtos. No Brasil, há indícios de feiras livres já nos períodos de colonização e, mesmo com o período da modernidade, elas persistem, e de acordo com FORMAN (1979), muitas cidades do interior do Brasil possuem as feiras como a única forma de comércio da população, exercendo também como centro de educação, entretenimento e cultura. Na atualidade, as feiras têm diversificado o oferecimento de produtos. Assim,

particularmente

sobre

as

quais

temos conhecimento, hoje,

elas dispõem de uma grande gama de mercadorias, desde produtos que atendem as camadas mais populares até produtos sofisticados, que apresentam um design correspondente ao crescimento tecnológico atual.

21


22

O ESPAÇO A feira como espaço físico se mostra

apresenta a mesma vivência mais de

como um local aberto, amplo, de

uma vez, visto que as histórias e os

possibilidade

eventos são únicos a cada instante

para

utilização

de

tipologias diversas de atividades que

vivenciado, não havendo repetição.

se constituem pela concentração de pessoas. Uma característica particular das feiras livres é a utilização de um espaço que impõe ao local as necessidades características de modificações, um espaço que é modificado para ocorrer o evento e que, posteriormente, volta a composição primária. Além disso, possui a necessidade de fornecer, periodicamente, um espaço onde as trocas físicas e pessoais possam ser praticadas. Ainda sobre a função da feira, além de suas características econômicas, Braudel (1998, p.14) afirma que essa possui a função de romper com o círculo exageradamente estreito de trocas tradicionais, reconstituindo-se nos locais habituais das cidades, “com suas desordens, sua afluência, seus pregões, seus odores violentos e o frescor de seus gêneros”. Essa história, no interior e exterior do espaço da feira, com particularidade significativa e remodelada, não

Figura 6 - Kleinste gorky. Colagem. Autora: Tamara Stoffers. Fonte: Site Tamara Stoffers.


R E F . T E Ó R I C O | O E S PA Ç O | C AT E G O R I Z A Ç Ã O D A S F E I R A S

CATEGORIZAÇÃO DAS FEIRAS Após a análise sobre o surgimento das feiras num contexto amplo, achou-se

necessária

investigação

mais

uma

aprofundada

sobre as características atuais desses eventos, especificamente na cidade de Ribeirão Preto. Assim, a partir da listagem de feiras feita pela Prefeitura de Ribeirão Preto, e levantamentos das feiras Figura 7 - Mapa de localização das feiras alternativas na cidade de Ribeirão Preto. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.

divulgadas por

em

movimentos

redes e

sociais

e

instituições

privadas, foram categorizadas três classificações que dividem os tipos de feira na cidade de acordo com os produtos e maneiras de exposição de cada uma.

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R E F . T E Ó R I C O | C AT E G O R I Z A Ç Ã O D A S F E I R A S

FEIRAS DE ABASTECIMENTO

FEIRAS ALTERNATIVAS

São feiras de fornecimento, que

São feiras que apresentam itens

vendem verduras, frutas, legumes,

mais específicos que as demais. Sur-

e outros alimentos provindos do

giram nos últimos anos, e ainda vêm

rural. Geralmente ocorrem uma vez

ganhando espaço e visibilidade, se

por semana, em locais fixos, dentre

diferenciam pelos produtos vendi-

vários bairros da cidade, atraindo um

dos, como, alimentos vegetarianos

público fiel.

e veganos, produtos artesanais, de design autoral, produtos locais, feitos manualmente e em microescala. Muitas são itinerantes, sem data fixa

FEIRAS ESPECIAIS São feiras que vendem vários tipos de produtos. A maioria reúne em um só local bancas de alimentos, de vestuário, brinquedos, animais de estimação, produtos de origem estrangeira macroescala.

Figura 8 - A painting of The Real Food Market on the Southbank. Pintura. Autor: Liam O'Farrel. Fonte: Site liamofarrell.

e

produzidos

em

ou local pré-definidos, utilizando de espaços colaborativos, tanto público, quanto privado.

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26

O ESPAÇO E A CRIATIVIDADE A força da Economia Criativa, ou

Em uma das notas do seu livro ‘A

o famoso “capital humano”, é o

modernidade

conhecimento. Por isso as cidades

cita a arquiteta modernista ítalo-

não devem ser planejadas apenas

brasileira Lina Bo Bardi, afirmando

para as máquinas, mas sim para os

novamente

seres humanos que habitam nela,

de se criar espaços próprios para as

de maneira que eles se sintam parte

novas formas de produção e pensar,

do ambiente urbano e se sejam

dizendo que Bo Bardi não propôs

protagonistas do mesmo.

apenas uma forma arquitetônica,

superada’,

sobre

a

o

autor

importância

mas um método que superou a Para MONTANER (2012), “o mercado criativo local é uma situação de diversidade e pluralidade que não pode ser confrontada com soluções únicas e universais de mercado/ comércio. [...] é imprescindível uma nova forma de gerir e projetar arquitetura e o urbanismo, uma nova forma de essencialmente bottom up (a partir da base), que leva em conta a diversidade de pessoas e de contextos e que saiba integrar tais dados.” (MONTANER. 2012. p. 11).

modernidade em suas limitações, que consista em harmonizar a base cultural do passado e a riqueza e a vitalidade da cultura popular como projeto moderno de criar novas formas para uma nova sociedade, tampouco histórico e modernidade são antagônicas. (MONTANER. 2012. p. 19). Dessa maneira, se anteriormente a indústria baseava-se vigorosamente na confinidade de seus recursos físicos, como linhas férreas ou os rios, fortalecendo-se as margens e ao longo deles, na atualidade a indústria

necessita

ambiente

que

de

espaços/

encorajem

o

compartilhamento de ideias, das relações sociais e da criatividade.


REF. TEÓRICO |

O E S PA Ç O E A C R I AT I V I D A D E

Figura 9 - Lina Bo Bardi: Habitat. Instituto Lina Bo Bardi e P. M. Bardi. Ilustração: Nanquim e aquarela sobre papel. Autora: Lina Bo Bardi. Fonte: Site Instituto Bardi.


“No nível mais básico, a economia do conhecimento refere-se a pessoas criativas se juntando – a cidade á o diferencial que propicia isso – para adicionar valor ao trabalho através da troca de informações, gerando, assim, novas ideias.”

(LEITE, 2012. p.70)


REF. TEÓRICO |

O E S PA Ç O E A C R I AT I V I D A D E

Em Ribeirão Preto, bairros antigos

Portanto, a identidade desses luga-

como o Centro partilham da multi-

res vai contra os ambientes fechados

plicidade cultural e disporiam forte

de centros empresariais, dos sho-

potencialidade para o desenvolvi-

ppings, as indústrias: introduzidos

mento da nova economia. Todavia,

na malha urbana, precisam incenti-

devido ao processo histórico, de-

var a troca de experiências entre os

monstram espaços urbanos que se

utilizadores das mais diversificadas

apresentam em um estado degra-

culturas, sendo favorável aos eventos

dado e que desestimulam a vivência.

e estimulantes a ponto de proporcionarem a apropriação da cidade.

A partir desta contribuição, pode-se afirmar que o profissional arquiteto

Assim, como acontece em outros

defende que elementos fundamen-

meios de comunicação, a arquite-

tais da infraestrutura para a criativi-

tura é responsável pela transmissão

dade são os propagadores do conhe-

de emoções e apresenta um forte

cimento como incubadoras, centros

simbolismo,

de pesquisa, universidades, além de

uma escola simboliza educação, a

espaços culturais e públicos.

casa simboliza abrigo/conforto, a

como

por

exemplo:

igreja simboliza religiosidade, o que demonstra a conexão entre a arquitetura, cultura, memória, comuni“o arquiteto pode contribuir para criar um ambiente que ofereça muito mais oportunidades para que as pessoas deixem suas marcas e identificações pessoais, que possa ser apropriado e anexado por todos como um lugar que realmente lhes “pertença”.” HERTZBERGER (1999, p. 47.).

dade e individualidade. O arquiteto necessita compreender o contexto em que o objeto arquitetônico vai ser introduzido, bem como as consequências que ele poderá produzir na sociedade e no indivíduo.

29


30

CONCEITOS DE PÚBLICO E PRIVADO Para compreender melhor sobre a

como tradução em termos espaciais

utilização do espaço público e do

de “coletivo” e “individual”. Sobre

espaço privado, suas relações e di-

uma perspectiva mais completa,

ferenciações para aperfeiçoamento

a área pública seria um espaço ou

do uso da arquitetura pela socieda-

local que todos, a qualquer instante,

de buscou-se a definição de alguns

poderiam acessar e o comprometi-

conceitos.

mento de manter o espaço sempre em bom estado, com a manutenção

O escritor HERTZBERGER (1999) afir-

devida, é de responsabilidade de

ma, em seu livro Lições de Arquite-

todos, em conjunto. Privada, então,

tura, que os conceitos de “público” e

seria um espaço ou local ao qual o

“privado” podem ser compreendidos

acesso é restrito, estipulado por um


REF. TEÓRICO |

C O N C E I T O S D E P Ú B L I C O E P R I VA D O

público

Figura 10 - Indivíduo público e coletivo privado. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020.

grupo menor, ou até mesmo por

espaciais especificas.” HERTZBER-

apenas uma pessoa, que possui a

GER (1999), e a contraposição entre

responsabilidade de conserva-lo.

o coletivo e individual são indicativos de desmembramento dos vínculos

Ainda sobre o conceito de “público”

humanos substanciais, pois a cidade,

e “privado”, pode-se entender e visu-

como conjunto de pessoas, grupos,

alizar estes “termos relativos como

tribos, cultura, é resultado da união

uma série de qualidades espaciais

e comprometimento recíproco, uma

que, diferindo gradualmente, refe-

questão de individualidade e coleti-

rem-se ao acesso, à responsabili-

vidade.

dade, à relação entre propriedade privada e a supervisão de unidades

31


32

GRADIENTES DE PRIVACIDADE Uma área ampla, uma sala, um quarto ou mesmo um espaço podem ser planejados como um lugar totalmente ou parcialmente privativo ou como uma área pública, de acordo com o grau de acesso, da maneira que este é supervisionado, de como este lugar é utilizado, e por quem é utilizado e de quem é o responsabilidade de tomar conta dele. O nível de acessibilidade dos espaços e lugares irá, de acordo com HERTZBERGER (1999), fornecer os padrões para o plano do projeto, a distinção das justificativas arquitetônicas, sua forma, materialidade,

articulações,

todas

essas são estabelecidas, de certa forma, pelo grau de acessibilidade e demandado por um espaço.

“A tradução dos conceitos de “público” e “privado” à luz de responsabilidades diferenciadas torna mais fácil para o arquiteto decidir onde devem ser tomadas medidas para que o usuário/habitantes possam das contribuições ao projeto do ambiente e onde isto é menos relevante. Na organização de um projeto em função de plantas-baixas e de cortes, e também de acordo com o princípio das instalações, podem-se criar as condições para um maior senso de responsabilidade e, consequentemente, também um maior envolvimento no arranjo e no mobiliário de uma área. Deste modo os usuários tornam-se moradores.” HERTZBERGER (1999).


REF. TEÓRICO |

G R A D I E N T E S D E P R I VA C I D A D E

Figura 11 - Gradientes de privacidade. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020.


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A COMUNIDADE E A RUA A rua apresenta-se como um espaço comunitário, pois, ao envolver uma área onde há o envolvimento de pessoas, moradores ou de passagem, apresenta traços individuais destes, gerando a apropriação e transformação deste espaço. Para que este espaço se mantenha em condições de qualidade, é necessário que o espaço envolva a comunidade, de modo que esta se insira presencialmente na rotina da mesma, transformando-a em um espaço com identidade. HERTZBERG (1999) afirma que é preciso capacitar as ruas residenciais, para que estas apresentem a qualidade de uma sala de estar, não apenas para a relação do dia a dia, mas também para os momentos de importância e singularidade, da maneira que ações comunitárias que apresentem valor para a comunidade sejam concretizadas. A rua também pode gerar contribuições para todos os moradores locais, uma vez que nela aconteça atividades espaciais de celebração.

Figura 12 - Red Gates Kleinst. Colagem. Autora: Tamara Stoffers. Fonte: Site Tamara Stoffers.


REF. TEÓRICO |

A COMUNIDADE E A RUA

“A rua foi, originalmente, o espaço para ações, revoluções, celebrações, e ao longo de toda a história podemos ver como, de um período para o outro, os arquitetos projetaram o espaço público no interesse da comunidade a que de fato serviam.” HERTZBERGER (1999).

Sobre o espaço público em geral, o autor anteriormente citado faz um apelo, a fim de se dar importância à maneira do domínio público, para que haja o funcionamento não apenas para gerar o estímulo da interação social, mas também uma maneira de reverberar este quesito. Quanto a todo o espaço público, devemos nos perguntar como ele funciona: para quem, por quem e para qual objetivo.

35



REF. TEÓRICO |

FORMA E USO

FORMA E USO A expressão do espaço arquitetado está de modo consequente vinculado ao espaço livre, onde não há construção, de maneira que se contribuam mutuamente em suas definições características, pois um apenas existe em função do outro. Portanto, o caráter que é apresentado como espaço arquitetado e construído é a ambiência determinada pelos edifícios na morfologia da cidade, vinda do relacionamento e

ligações

proporcionadas

pelos

elementos de arquitetura e que irão condizer com o sentimento espacial em que o meio é traduzido. A ambiência está vinculada à ocupação e atividade que é desenvolvida no edifício, na sua tipologia e conceitos de identidade que o ligam com a sua interpretação do espaço à que se insere. Há também outros fatores físicos que atuam como primordiais fundamentais na formulação do espaço da mente.

Figura 13 – Poema em foto: Expressão é sentimento, a cidade é ligação. Fotografia. Fonte: Autora, 2020.

“O jogo de relações dos espaços cheios e vazios estabeleceu, tanto para os espaços externos quanto para os internos – destinados ao trabalho e convivência -, o conceito de espaço fluido e permeável. O espaço exterior vazio foi utilizado para estabelecer ou favorecer a própria condição de complementariedade do vazio interior. A relação assim criada valorizava o espaço interior e recriava o espaço exterior. O próximo passo desse jogo foi construído com a ampliação dos vazios, ampliação que, por sua vez, esteve impressa concretamente na reflexividade dos visuais de ambos os espaços.” (GUIMARAENS, 2002)

37


38

O centro da cidade de Ribeirão

apresentam uma comunicação que

Preto, principalmente na região do

expresse o conceito que fundamen-

quarteirão

apresenta-se

ta a forma, que realmente gere uma

contendo atualmente uma quanti-

continuidade espacial em que o edi-

dade grande de edifícios de diferen-

fício e o ambiente exterior se apre-

tes vertentes arquitetônicas, prin-

sentem como um objeto unificado e

cipalmente ecléticas. A maioria dos

complementar. Para o melhoramen-

edifícios desse local apresenta como

to desse fator, é primordial que haja

tipologia a função do uso comercial,

a constituição de identidade de uso

prestação de serviço e etc.

e relação que possa vir a ocorrer por

paulista,

meio da consolidação da arquitetura por meio dos conceitos e partido, “O fato de as formas de uso do solo estarem diretamente relacionadas com o valor que a sociedade lhes empresta confere à localização dos objetos arquitetônicos aspecto preponderante a sua condição formal.” (GUIMARAENS, 2002)

A relação da rua com o edifício está posicionada, além da função, na maneira como são apresentados, se passam ou não a sua comunicação principal ou se fazem a integração com o contexto. Isto, remete-se então a forma da arquitetura a qual apresentam. Alguns edifícios apresentam-se como tímidos, introspectivos, passando despercebidos e não geram características de incentivo que possam influenciar o meio externo junto ao meio interno. Uma característica negativa da análise é de que, sobre esse fator, poucos

uso e forma na morfologia urbana. Esta consolidação e característica de continuidade, mesmo que empírica, vai sendo reproduzida e correspondida pela incorporação e identificação do usuário em sua forma de entendimento do meio.


R E F . T E Ó R I C O | A F O R M A C O M O I N S T R U M E N T O : U M A N O VA T R A D I Ç Ã O

A FORMA COMO INSTRUMENTO: UMA NOVA TRADIÇÃO A arquitetura como forma pode se

interferindo, criando contextos e

apresentar um meio de comunica-

provocando a vida” (SANTOS, 1998).

ção que possui o poder de transmitir emoções e possui forte simbolismo.

Lina Bo Bardi utilizou da arquite-

Considerando

pensamento

tura e da implantação do projeto

como ponto de partida e tendo em

como uma ação determinada a fim

consideração a presente situação

de gerar uma forma pragmática

arquitetônica e urbana do centro da

de desenvolvimento, estimular as

cidade de Ribeirão Preto, pode-se

contradições, impondo uma leitura

perceber que esta vem se modifi-

e entendimento. A arquitetura gera

cando e criando novas tradições,

como resultado um movimento com

novos costumes, consumo, mentali-

o qual o objetivo é de fazer com que

dade e modo de vida. Uma nova ar-

o usuário se identifique e percorra

esse

quitetura verifica a realidade e tenta solidifica-la trazendo uma resposta ao contexto. Um caso de muita importância que serve de exemplo para solidificar esses pensamentos é o projeto do SESC Pompéia, de autoria da arquiteta Lina Bo Bardi na cidade de São Paulo. De acordo com SANTOS (1998) no livro SESC – Fábrica da Pompéia, o projeto foi inaugurado em 1982 e nos seus primeiros anos de

funcionamento

apresentou-

se como uma novidade para o cenário brasileiro, onde a arquiteta trabalhou arquitetura

fortemente do

com

“a

comportamento

humano, projetando espaços e nele

39


40


REF. TEÓRICO |

A F O R M A C O M O I N S T R U M E N T O : U M A N O VA T R A D I Ç Ã O

por toda a estrutura, sendo motivado por uma sucessão de sinais e provocações colocadas e espalhadas ao decorrer do projeto. Ainda sobre o mesmo, é inserido no projeto por Bardi um elemento de grande singularidade e forte referência, o conjunto das três torres, que surgem, de acordo com o autor, como

“uma nova postura de intervenção na cidade: criam um marco, uma nova referência visual em uma paisagem homogenia na sua heterogeneidade absoluta, identificam o território do SESC Pompéia apontando para o seu passado próximo.” (SANTOS, 1998)

Figura 14 - Lina Bo Bardi, SESC Pompeia, Bloco de esportes. Fotografia: Romulo Fialdini. Autor: Instituto Lina Bo e P.M. Bardi. Fonte: Site Graham Foundation.

41



REF. TEÓRICO |

A F O R M A C O M O I N S T R U M E N T O : U M A N O VA T R A D I Ç Ã O

O usufruidor e a forma se fortificam

e juntamente com as mudanças

reciprocamente e interagem – e

e desenvolvimento da população

esta relação é semelhante ao que

cresce a indispensabilidade de novas

se encontra entre comunidade e in-

referências vivenciais e visuais que

divíduo. As pessoas e a sociedade se

transpareça esses avanços por meio

projetam sobre a forma. Esta, quan-

de formas construídas que gerem

do destinada a um objetivo escolhi-

desenvolvimento, que estimule con-

do, pode apresentar a função assim

tradições e imponha sobre as pes-

como a de um aparato, em que a

soas que vivenciam do espaço uma

forma e as necessidades do espaço

leitura, entendimento e fruição.

se solicitam mutuamente. Um apa-

rato que possui um funcionamento

A forma é um dos resultados da

adequado produz o resultado, o tra-

função, todavia é fundamental con-

balho para qual está planejado e é

siderar a preexistência de um pen-

aguardado por ele. Ao ser planejado

samento mais ou menos consciente

da maneira correta, há a possibilida-

– de precisão, de elegância, de digni-

de de obter resultados para todos.

dade, de sobriedade, de rudeza, de força e etc. – que apropriadamente

A combinação historicista e eclética

distribuído conduz a uma multiplici-

que conteve a arquitetura mais co-

dade de resultados realizáveis entre

mercial e representativa do período

os quais se encontram os resultados

de

pertinentes e significativos para en-

estruturação

e

pós-moderno

do Centro da cidade de Ribeirão Preto está perdendo a vitalidade,

tender o projeto.

43



02 | 03 LEVANTAMENTOS REFERENCIAS PROJETUAIS



S U M Á R I O | L I S TA D E F I G U R A S

SUMÁRIO L EVA N TA M E N TO S Localização | Ribeirão Preto [06] Sobre a área [08] Uso do solo [10] Figura fundo [12] Gabarito [14] Fluxo Viário [16] Transporte coletivo [18] Feiras livres [20]

REFERÊNCIAS PROJETUAIS Mercado de artesanato [24] Mercado e espaço de exposição emSchiltigueim [32] Instituto Moreira Salles [40] Grupo Jardim Secreto [50]


Figura 15 - Mapa geral da cidade de Ribeirão Preto. Ilustração gráfica. Fonte: Autora, 2020.



6

L EVA N TA M E N TO S LOCALIZAÇÃO | RIBEIRÃO PRETO

Figura 16 – Conjunto de diagramas da localização da cidade de Ribeirão Preto no Brasil. Diagrama. Fonte: Autora, 2019.

Figura 17 - Fotografia da rua General Osório, Ribeirão Preto, de um cartão postal antigo. Fotografia. Autor: desconhecido. Fonte: Site Ribeirão Preto Cultural Jaf.

BRASIL | ESTADO DE SÃO PAULO

ESTADO DE SÃO PAULO | MACRO REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO

MACRO REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO | REGIÃO METROPOLITANA DE RIBEIRÃO PRETO


L E VA N TA M E N T O S | L O C A L I Z A Ç Ã O

Centro de Ribeirão Preto, o espaço com

e do urbano vem sendo modificado e

suas presentes características, é resultado

substituído por um conjunto irregular de

da constituição da cidade que obteve um

edifícios, configurando e refletindo ,assim, as

vivo florescimento em fins do século XIX

novas maneiras de uso da cidade. O Centro

e especialmente no início do século XX,

apresenta hoje significativas mudanças de

quando se deu o máximo da cultura do

padrões espaciais, coabitando num único

café na região, com a construção dos ícones

lugar, antigas residências, de tipologia típica e

arquitetônicos da cidade, como os diversos

exemplares da Art Deco1, um grande número

casarões fundados no entorno da praça XV de

de lojas comerciais e de prestação de serviço,

Novembro.

prédios modernos, hotéis e etc. No entanto, há um potente teor poético que ainda causa

Desde então, devido aos fatores imobiliários

admiração dos que se compõe da paisagem,

especulativos e à modificação da cultura da

construída pelas grandes edificações com

cidade por consequência do crescimento

história que ainda restam, datadas do começo

e demais fatores, o desenho da arquitetura

do século.

“Nasceste do destino nacional Das caminhadas rumo ao Oeste E ainda guardas o belo ideal Dessa epopéia em que nasceste.” HINO DE RIBEIRÃO PRETO

1 Estilo decorativo de artes aplicadas, desenho industrial e arquitetura caracterizado pelo uso de materiais novos e por uma acentuada geometria de formas aerodinâmicas, retilíneas, simétricas e ziguezagueantes [lançado em 1925 na Exposição Internacional das Artes Decorativas, de Paris, teve o seu apogeu nos anos de 1930.].

7


8

0

500

1000


M A PA | L E VA N TA M E N T O S | Á R E A

SOBRE A ÁREA Localizada no quadrilátero central da cidade, a área de intervenção apresenta forte bagagem histórica e acesso facilitado, por meio de vias locais, e três principais avenidas da cidade, das quais duas estão apresentadas no mapa de fluxo viário [p.15]. Essas vias apresentam um fluxo constante de veículos e também de pedestres. A escolha do terreno aconteceu devido à sua inserção no polo comercial central da cidade e às suas localizações de fácil acesso para a população de todas as zonas da cidade. O terreno apresenta uma fachada voltada para a praça Carlos Gomes, encontra-se planificado atualmente e possui também a conexão com o calçadão da cidade, local que apresenta forte ligação com a população, por colocá-la em primeiro plano.

Figura 18 - Ribeirão Preto com delimitação da área de entorno e lote do projeto. Fonte: Autora, 2019.

9


10

0

250

500


M A PA | L E VA N TA M E N T O | U S O D O S O L O

USO DO SOLO A área de estudo, assim como a grande parte da área central da cidade de Ribeirão Preto, apresenta uma grande quantidade de estabelecimentos comerciais, que de acordo com a análise é a tipologia que mais se destaca. Os lotes residenciais são de maioria casas térreas mais antigas e com valor histórico, ou edifícios os quais apresentam uso misto com habitação. São poucos os vazios urbanos no centro, os existentes são estacionamentos particulares para veículos, já que a área carece de estacionamentos públicos. Apresenta

equipamentos

urbanos

como

escolas fundamentais e de ensino médio, particulares e públicas, praças, postos policiais entre outros.

LEGENDA Lote do projeto

Comercial Prestação de serviço Residencial Estacionamento Uso misto com habitação Uso misto sem habitação Arte e cultura Uso institucional Figura 19 – Análise atual sobre o uso do solo, na área de entorno do projeto - quadrilátero central. 2019.

Hidrografia Parques e praças

11


12

0

250

500


M A PA | L E VA N TA M E N T O | F I G U R A F U N D O

FIGURA FUNDO Os maioria dos lotes da área de estudo apresenta uma ocupação de 90% da área total do lote, restando apenas os recuos dessas edificações, que tirando a grande maioria dos lotes a qual realmente não existem, pois o edifício faz limite diretamente com a calçada, são áreas de lazer e áreas destinadas a estacionamento de veículos. Os lotes vazios, em sua maioria, tratam de estacionamentos privados.

LEGENDA Lote do projeto

Figura 20 – Análise atual sobre figura fundo, realizado sobre a área de entorno do projeto. 2019.

13


14

0

250

500


M A PA | L E VA N TA M E N T O | G A B A R I T O

GABARITO O gabarito mostra a predominância de edifícios de 1 – 3 pavimentos, considerando uma altura entre 2,80 à 5,60 metros. As áreas mais verticalizadas tratam-se de prédios residenciais e os vazios, que em sua maioria são estacionamentos.

LEGENDA Lote do projeto

1 - 3 PAV 4 – 6 PAV 7 – 9 PAV 10 – 15 PAV + 16 PAV

Figura 21 - Análise atual sobre o gabarito da área de entorno do projeto. 2019.

15


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M A PA | L E VA N TA M E N T O | F L U X O V I Á R I O

FLUXO VIÁRIO Na área de influência há duas vias artérias, a Av. Dr. Francisco Junqueira e a Av. Jerônimo Gonçalves, em sentidos diferentes. As demais são vias locais. A

classificação

das

vias

na

área

de

levantmento poucas vezes condiz com o que realmente acontece presencialmente. O fluxo de veículos na área central inteira da cidade é extremamente alto, principalmente nas ruas em que há o fluxo dos ônibus interurbanos, pois como está localizado no centro da cidade, existem os grandes terminais urbanos que é parada de praticamente todas as linhas da cidade. Na R. General Osório está localizado o “calçadão”, uma calçada para passeio de grande largura e extensão, em que está localizada muitas lojas comerciais, e neste local por não ser permitida a passagem de carros, as ruas do entorno acabam se sobrecarregando também, apresentando um fluxo intenso de automóveis e engarrafamentos nos horários de grande fluxo.

LEGENDA Lote do projeto

Vias Arteriais Vias locais de fluxo intenso Vias locais de fluxo moderado Calçadão Figura 22 – Análise atual sobre fluxo viário, realizado sobre a área de entorno do projeto. 2019.

17


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SEM ESCALA


M A PA | L E VA N TA M E N T O | T R A N S P O R T E C O L E T I V O

TRANSPORTE COLETIVO A área escolhida para o projeto econtra-se com boa acessibilidade aos usuários do transporte coletivo público da cidade. A região conta com uma grande rede de ônibus, sendo um total de 54 linhas para 31 paradas. Atualmente todos os veículos apresentam acessibilidade para cadeirantes. Apresentam também

assentos

especiais

para

idosos,

gestantes, mães com criança de colo, e portadores de deficiencia fisica. Muitos desses pontos de ônibus por, ter um grande fluxo de pessoas diariamente, acabam resultando em

um deterioramento das

instalações, causando desconforto para os usuários.

LEGENDA Lote do projeto Pontos de ônibus Vias locais de fluxo intenso

Figura 23 - Análise atual sobre o transporte coletivo, realizado sobre a área de entorno do projeto. 2019.

Avenida Francisco Junqueira

8 linhas

Rua Amador Bueno

4 linhas

Rua Mariana Junqueira

4 linhas

Rua Duque de Caxias

17 linhas

Rua Tibiriçá

9 linhas

Rua Visconde de Inhaúma

2 linhas

Rua Barão do Amazonas

10 linhas

19


20

FEIRAS LIVRES

0

250

500


M A PA | L E VA N TA M E N T O | F E I R A S L I V R E S

FEIRA DO COLETIVO Instituto SEB Rua Mariana Junqueira, 33, Centro

AREA DE INTERVENÇÃO Rua General Osório, 672 , Centro

FEIRA AFIM Cine Club CAUIM Rua São Sebastião, 920, Centro

RUA ABERTA - CONJUNTO DE FEIRAS Organizada por um conjunto de instituições e movimentos A v. N o v e d e J u l h o , C e n t r o

FEIRA CHIQUITA BACANA Imma Escola de Criação e Design Rua Marechal Rondon, 236, Jd. Sumaré

Figura 24 - Mapa de levantamento dos locais de feiras alternativas na cidade de Ribeirão Preto. 2019.

21


REFERÊNCIAS PROJETUAIS As referências apresentadas neste capítulo

produzidas, a materialidade e tecnologia que

foram definidas por meio de sua importância

podemos encontrar no mercado nacional de

e relevância para o projeto. Para a escolha

construção que possibilite permeabilidade

destes houve uma grande quantidade de

do ser humano no uso da construção e por

estudos, pesquisas, indicações e também da

último, avaliar as tradições que estão voltando

própria vivencia e visitação.

a serem vivenciadas por conta das novas percepções sobre a função dos espaços e a

Para a escolha foram analisados pontos

relação entre construção, espaços e indivíduo.

como

o

uso,

forma,

integração

com

o

entorno, materialidades, escala do projeto,

O mercado de artesanato Tlaxco foi escolhido

tecnologias utilizadas, desenho do projeto,

por estar ligado à economia criativa da

entre outros. Os projetos foram separados em

cidade inserida. O projeto obteve ótimos

duas categorias, os projetos internacionais,

resultados como fomentador da economia

trazendo uma visão exterior dos projetos

local e também para os artistas da cidade. Sua

criados

para

forma receptiva gera possibilidades para uma

criativa

e

o

incentivo

da

economia das

grande gama de atividades e público. Outro

formas construtivas presente no contexto

ponto muito forte do projeto é a materialidade

contemporâneo; e os projetos nacionais,

que apresenta, uma mistura de estilos que se

visando

vivências

combinam e trazem uma característica única

e conexões da população em relação à

para o seu interior e exterior. A iluminação

arquitetura

natural, o jardim interno e as estruturas de

colaborativa,

conhecer

melhor

brasileira

USO E FORMA

e

que

também

as

estão

sendo

INTEGRAÇÃO COM O INTORNO

MATERIALIDADE

ESCALA DO PROJETO


REFERENCIAS PROJETUAIS | INTRODUÇÃO

madeira laminada trazem muita vida para o

sições e intervenções artísticas. Contém um

interior do espaço.

plano de necessidades e fluxograma exemplar, além de uma forte comunicação visual

O mercado e espaço de exposição em

que instrui o público pelo seu interior sem que

Schiltigheim

grande

haja dificuldades, incentivando descobertas

importância visual no local inserido. Este,

visuais e proporcionando experiencias viven-

também localizado no centro histórico da

ciais por meio da forma e materialidades uti-

cidade, demostra como há a possibilidade da

lizadas.

apresenta

uma

inserção da arquitetura contemporânea em meio a arquitetura tradicional já estabelecida

O Grupo Jardim Secreto foi escolhido por

historicamente. No seu interior, a iluminação

conta do seu plano de necessidades e pela

natural e artificial se misturam criando

forte ligação com o incentivo à economia

aspectos únicos e de modo cenográfico

criativa por meio de feiras, espaços coletivos e

clareiam o interior. Tal fato expressa um uso

acolhedores que refletem construtivamente

e função flexível, e apresenta-se a cidade

em seus espaços os ideais de consumo

como um espaço de incentivo as interações

consciente, apoio ao pequeno negócio e as

pessoais.

trocas pessoais.

Já o Instituto Moreira Salles apresenta-se

Por fim, todos estes apresentam característi-

hoje como um grande ponto de visitação na

cas em comum que servirão como pontos de

grande cidade de São Paulo. Este se destaca

partida e estruturação para o conceito e tam-

como referência por apresentar uma gama

bém o partido do projeto.

de possibilidades em seu interior, sendo capaz de apresentar vários tipos de atividades, expo-

TECNOLOGIAS

DESENHO DO PROJETO

RELAÇÕES DE TROCA E DIÁLOGOS

CONFORTO E CONSCIÊNCIA


24

MERCADO DE A RT E S A N ATO T L AXCO

VRTICAL | TLAXCO | MÉXICO METRAGEM | 500.0 M2 ARQUITETOS AUTORES | LUIS BELTRÁN DEL RÍO, ANDREW SOSA EQUIPE DE PROJETO | ARELLY BLAS ANO | 2017


R E F E R E N C I A S P R O J E T U A I S | I N T E R N A C I O N A L | M E R C A D O D E A R T E S A N AT O T L AX C O

Figura 25 - Espaço de exposição de venda, interior do projeto. Fotografia. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2019. Fonte: Site Archdaily.

25


26

Figura 26 - Exterior do espaço de exposição de venda. Fotografia. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2017. Fonte: Site Archdaily.

HISTÓRIA DO PROJETO

O projeto nasce a partir do Plano municipal de Desenvolvimento Urbano (PMDU) elaborado pelo escritório Vrtical, que buscou trazer como primeiro projeto para a elaboração do primeiro projeto nomeado de “Cidade Mágica” uma alavanca para a economia local e para a arte da cidade de Tlaxco, no estado de Tlaxcala, México. Ela apresenta um modelo de gestão descentralizada, e possui instalações comerciais qualificadas para artesãos de cidades diferentes da região.

Figura 27 - Vista da rua no entorno do espaço de exposição de venda. Fotografia. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2019. Fonte: Site Archdaily.


R E F E R E N C I A S P R O J E T U A I S | I N T E R N A C I O N A L | M E R C A D O D E A R T E S A N AT O T L AX C O

Figura 28 - Diagrama esquemático do espaço de exposição. Diagrama. Modificado digitalmente pela autora. Fonte: Site Archdaily.

Figura 29 - Visão interna do jardim e no segundo plano o interior do espaço. Fotografia. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2019. Fonte: Site Archdaily.

27


28

SOBRE O PROJETO

O

mercado

retomou

as

fundações

e

também as paredes laterais de um edifício abandonado composto por um corredor dianteiro e duas naves. A nave superior comporta quatorze lojas, a nave menor dispõe um espaço para oficinas dispostas aos estudantes e turistas, e cada um desses espaços está ligado a um pátio caso haja a necessidade de extensão das atividades para

B

B

o lado externo.

A

A

P L A N TA | PAV T É R R E O

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2,5

5


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Figura 30 - interior do espaço comercial, pátio com multifuncionalidades. Fotografia. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2019. Fonte: Site Archdaily.

PLANO DE MASSAS LEGENDA Banheiros Circulação Espaço de lojas

Figura 31 - Planta do pavimento térreo do espaço comercial. Desenho. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2019. Fonte: Site Archdaily. Site Archdaily.

Figura 32 - Análise de plano de massas sobre o desenho do pavimento térreo do espaço comercial. Diagrama. Fonte: Autora, 2020.

Figura 33 - Espaço Interior do mercado, mobiliário e estruturas. Fotografia. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2019. Fonte: Site Archdaily.

Jardim Area para oficinas B

A

B

A

A galeria é formada por arcos em série e também uma moldura de forma retangular. Há um diálogo entre as linguagens vernacular e contemporânea, e o espaço se apresenta como um ponto de convergência.

29


30 SISTEMA CONSTRUTIVO

O

sistema

construtivo

é

formado

pelo

conjunto de muros de carga e vigas de madeira

laminada.

Para

mais,

duas

cúpulas apresentadas nas naves em sentido longitudinal, possibilitando a entrada de iluminação natural que logo em seguida já é rebatida nos brises diagonais de madeira. Esta ideia da iluminação natural e de forma clara por todo o mercado se torna um elemento que reproduz com exatidão e fidelidade o

ambiente

inserido,

gerando,

assim,

a

apropriação e orgulho dos habitantes.

Figura 34 - Aberturas, acessos e pátio interno. Fotografia. Autores: GAMO, R. e ABELLA, E. 2017. Mercado de Artesanato. 2019. Fonte: Site Archdaily.

Figura 35 - Análise das estruturas e acessos sobre o desenho do pavimento térreo do espaço comercial. Diagrama. Fonte: Autora, 2020.

ESTRUTURA E ACESSOS

-

LEGENDA Vigas, pilares, paredes e esquadrias Acessos de circulação B

A

B

A


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Figura 36, 37 e 38 Desenhos técnicos, elevações e cortes do espaço comercial. Desenhos. Fonte: Site Archdaily.

31


32

DOMINIQUE COULON & ASSOCIÉS | SCHILTIGHEIM | FRANÇA METRAGEM | 2100.0 M2 ARQUITETOS RESPONSÁVEIS | DOMINIQUE COULON, STEVE LETHO DUCLOS ANO |2018


R E F E R E N C I A S P R O J E T U A I S | I N T E R N A C I O N A L | M E R C A D O D E S C H I LT I G H E I M

M E R C A D O E E S PA Ç O D E E X P O S I Ç Ã O E M S C H I LT I G H E I M

Figura 39 - Vista externa do mercado e espaço de exposição. Fotografia. Pons, E. e Romero-Uzeda, D. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily.

33


34

Figura 40 - Visão do entorno do projeto, bairro histórico central. Fotografia. Pons, E. e Romero-Uzeda, D. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily.

Figura 41 - Desenho de implantação do projeto. Desenho. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily.

HISTÓRIA DO PROJETO

O processo com o objetivo de regeneração do tecido urbano da cidade de Schiltigheim, na França, nasce a partir de uma cooperativa de açougueiros. O local originalmente servia como destilaria antes de se tornar uma cooperativa de açougueiros, e foi assumido pelas autoridades municipais, que o transformaram em um local para apresentações teatrais e também espaço de exibição para jovens artistas. O local acabou fechando, e permanecendo assim por 10 anos, após deixar de atender as demandas de segurança em vigor.


R E F E R E N C I A S P R O J E T U A I S | I N T E R N A C I O N A L | M E R C A D O D E S C H I LT I G H E I M

O PROJETO

contendo um mercado, uma área de exposições, locais para lojistas e uma oficina criativa.

O projeto de reabilitação lida de duas

Este novo mercado coberto e centro de arte é

formas com o edifício: o local totalmente

definido em circunstancias exemplares sobre

representativo no núcleo do centro histórico

a parte construtiva, atendendo faixas de terra

da cidade alcançou uma nova vida, ao mesmo

e exemplares significativos de arquitetura

tempo que seu patrimônio e integridade

vernacular.

arquitetônica foram preservados.

contemporânea, acentua as particularidades

Ao

consolidar

sua

dimensão

construtivas e estéticas das construções Seu programa de necessidade multifuncional

presentes no local.

e a passagem direta que ele concebe certificam a ele a condição de um espaço público,

01 ATELIER 02 FÓRUM 03 EXPOSIÇÃO 04 BICICLETÁRIO 05 ESCRITÓRIO | SERVIÇO E CULTURA 06 RECEPÇÃO 07 ESCRITÓRIO | SERVIÇO E CULTURA 08 BAR 09 ESTACIONAMENTO 10 ESCRITÓRIO DE PESQUISA 11 ESTOQUE 12 DEPÓSITO DE LIXO 13 ACESSOS 14 MERCADO DE CARNES 15 EXPOSIÇÃO E MERCADO 16 MERCADO DE PÃES 17 MERCADO DE QUEIJOS 18 MERCADO DE PEIXES

01

02 03

13

14

13 13

05

17

15

08 13

08

04

16

18

09

07 06

11 10

12

Figura 42 - Diagrama dos ambientes e espaços do projeto. Diagrama. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily.

35


36


R E F E R E N C I A S P R O J E T U A I S | I N T E R N A C I O N A L | M E R C A D O D E S C H I LT I G H E I M

Figura 43 - Cortes do projeto. Desenho. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily.

Figura 44, 45 e 46 – Conjunto de fotos do interior do mercado e espaço de exposição. Fotografia. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily.

37


38

A área de exposições ao ar livre toma proporções de ampliação a partir do bar de verão abrigado. Essa combinação generosa confere importância ao centro cultural, que se remete acima de tudo a ajudar como um local onde as pessoas possam se reunir e apreciar tempos de conversa. No interior do projeto, a arquitetura e a cenografia são usadas para possibilitar a multifuncionalidade interna eficaz e modulação na iluminação. A parte de exposição alcança o ideal universal, tornandose um espaço com múltiplos usos, e único.

Figura 47 - Bar, localizado na área externo do mercado. Fotografia. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily.

Figura 48 - Elevação do projeto. Desenho. Fotografia. Mercado e espaço de exposição em Schiltigheim. Autor: Dominique Coulon & Associés. 2018. Fonte: Site Archdaily.


39

R E F E R E N C I A S P R O J E T U A I S | I N T E R N A C I O N A L | M E R C A D O D E S C H I LT I G H E I M

E L EVAÇÃO SUL


40

METRAGEM | 8662.0 M2 EQUIPE DE PROJETO | A. DE LUCA, R. SOUZA, C. MILLER, E. MILLER, F. FUCHS, F. CARLOVICH, F. MANGINI, G. SEPE, J. LESSA, M. KAWAHARA, T. NIESSNER. ESTAGIÁRIO: D. ZAHOUL ANO | 2017

Figura 49 - Vista do projeto a partir da Av. Paulista. Fotografia. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily.


REFERENCIAS PROJETUAIS | NACIONAL | INSTITUTO MOREIRA SALLES - SP

INSTITUTO MOREIRA SALLES

41


42

IMS

MASP

CO N J U N T O NACIONAL

F U N D A ÇÃ O CÁ S P E R LÍBARO

FIESP

CENTRO C U LTU R A L I TAÚ

INTERIOR | EXTERIOR

O Instituto Moreira Salles está localizado na Av. Paulista, famosa pela capacidade apresentar uma grande variedade de pessoas e programas frequentando o mesmo lugar. Um dos raros lugares em que é visível a cidade e sua pluralidades e democracia. Esta característica excepcionalmente rara, a situação geográfica de privilégio e associada à escala generosa, concebe a Av. Paulista um dos espaços mais interessantes e vivos da cidade de São Paulo. Os arquitetos responsáveis projetaram um museu acessível, fundado no presente, e que apresenta uma relação direta com o lado exterior, a cidade, e que em paralelo disponibiliza-se de um ambiente interno acolhedor e calmo.

Figura 50 - Diagramas: localização do IMS em relação a outros pontos importantes na avenida Paulista e análise da relação público e edifício. Diagrama. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily.

Figura 51 – Acessos do pavimento térreo - IMS. Fotografia. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily.


REFERENCIAS PROJETUAIS | NACIONAL | INSTITUTO MOREIRA SALLES - SP

Na

concepção

pensado

térreo, a partir da análise feitas sobre a

em como seria criado uma ligação com o

ligação de outros importantes edifícios com

público no terreno no qual as medidas eram

o público. A partir deste estudo, foi então

pequenas, e a calçada em frente ao lote era

criado uma porta de entrada muito favorável

menor por conta do “minhocão” localizado

para o Instituto. O partido é concebido pelo

em

desdobramento da calçada para o interior do

frente.

do

Sendo

projeto,

assim,

foi

os

arquitetos

projetaram uma duplicação do pavimento

terreno, obtendo-se, assim, um térreo livre.

43


44

O programa de necessidades foi profundamente analisado em relação ao seu entorno e do terreno, sendo assim concebida a principal estratégia do projeto. Foram elaborados gráficos com representações das demandas de cada item e também pacotes de atividades, separadas em grupos.

Sobre o Fluxograma, foram separados dois pontos de necessidades, uma separação entre público e privado, sendo apresentado o uso do grupo midiateca para o público, e o uso dos grupos de administração de serviço ao privado, tendo como foco principal uma fácil visualização com um entendimento facilitado ao visitante para uma separação distinta.

Figura 52- Acessos públicos principais para os demais pavimentos, visualização ampla dos ambientes do entorno. Fotografia. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados.2017. Fonte: Site Archdaily.

Figura 53 - Diagrama mostrando a extensão do pavimento térreo e plano de necessidade. Diagrama. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily.

Figura 54 - Sala de exposição, interior do projeto. Fotografia. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily.


REFERENCIAS PROJETUAIS | NACIONAL | INSTITUTO MOREIRA SALLES - SP

01 01 01 01 01 01 01

01. SALAS DE EXPOSIÇÃO 02. HALL DE DISTRIBUIÇÃO 03. MIDIATECA 04. ADMINISTRAÇÃO 05. ESTACIONAMENTO 06. INSTALAÇÕES TÉCNICAS 07. RESERVA TÉCNICA

45


46 O

Segundo

térreo

ainda

possui

caráter

público, e se apresenta como uma extensão do térreo a nível da calçada. Neste térreo o público continua fora do museu, ainda pertence ao espaço urbano. Sendo assim, este pavimento é uma nova interpretação da Av. Paulista, em mosaico português. Tudo isso faz com que seja perceptível a vivência a favor de uma mesma narrativa, de que mesmo que as pessoas estejam 17 metros acima da Av., ainda continuam no espaço urbano.

Figura 55- Diagrama demonstrando a extensão da calçada pública para o sexto andar do projeto. Diagrama. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily.

Figura 56 - Sexto pavimento, cafeteria, livraria e mirante. Fotografia. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily.


REFERENCIAS PROJETUAIS | NACIONAL | INSTITUTO MOREIRA SALLES - SP

47


48

Figura 57, 58 - Biblioteca e sala de exposiçþes, respectivamente. Fotografia. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily.


REFERENCIAS PROJETUAIS | NACIONAL | INSTITUTO MOREIRA SALLES - SP

Figura 59 e 60 Desenhos técnicos: corte e elevação do edifício no entorno, respectivamente. Desenho. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily.

49


50

GRUPO JARDIM SECRETO

Primeira edição da Feira Jardim Secreto, com 15 expositores.

Descobrindo novos jardins de forma intinerante.

Edição ampliada, no MIS, com 45 expositores.


REFERENCIAS PROJETUAIS | NACIONAL | GRUPO JARDIM SECRETO

“Acreditamos na mudança de hábitos por meio da construção diária de uma nova consciência sobre aquilo que transformamos no mundo.”

Figura 61 - Feira Jardim Secreto na praça Dom Orione em São Paulo. Fotografia. Feira Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto.

O ano mais importante do projeto. Chegaram no bairro do Bixiga com 200 expositores e atividades culturais.

Abertura Casa Jardim Secreto, via financiamento coletivo.

O projeto vira um GRUPO e começa uma grande busca por sustentabilidade.

51


52

GRUPO JARDIM SECRETO

A Feira Jardim Secreto consolidou-se na

familiares, vivenciando momentos de novas

cidade de São Paulo por reunir os pequenos

iniciativas. Além disso, a Feira também reúne

produtores. O grupo existe há 5 anos e reúne

atividades culturais, como a música através de

produtores

shows, em uma celebração dos movimentos

independentes

valorizando

o

trabalho manual, a economia criativa, a

independentes.

produção local e o consumo consciente. Vem se diferenciando desde 2013 pela curadoria

A feira tem crescido naturalmente com seus

que

expositores, os quais iniciaram promovendo

exalta

a

diversidade

dos

trabalhos

contemporâneos feitos à mão.

feiras em quintais pela grande cidade e atualmente contam com 200 expositores

A feira contribui com um espaço para

da Praça Dom Orione, no Bairro Bixiga, e

produtores que ainda estão em fase inicial

também em outros espaços em algumas

divulgarem

edições especiais.

e

comercializarem

os

seus

produtos, e além disso, também serve para

As feiras acontecem de acordo com a

proporcionar um ponto de encontro para

demanda do público e dos expositores.

quem deseja apreciar e ocupar do espaço público na cidade de São Paulo, saindo da rotina dos shoppings, passando o fim de semana ao ar livre com seus amigos e


REFERENCIAS PROJETUAIS | NACIONAL | GRUPO JARDIM SECRETO

Figura 62 - Espaço de alimentação e convívio na Feira Jardim Secreto em São Paulo. Fotografia. Feira Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto.

Figura 63 - Diagrama mostrando a extensão do pavimento térreo e plano de necessidade. Diagrama. Instituto Moreira Salles. Autor: Andrade Morettin Arquitetos Associados. 2017. Fonte: Site Archdaily.

Figura 64 - Cartaz de divulgação da feira, edição de 07 de setembro. Ilustração. Feira Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto.

53


54 CASA A Casa Jardim Secreto nasce após 4 anos do início da Feira, em conjunto com a vontade de possibilitar transformação e troca de ideias e pessoas, de modo colaborativo.

“Queremos estar mais perto de quem está perto de nós, conhecer cada projeto e as pessoas por trás deles, conversar sobre os processos, suas histórias, unir pessoas que podem colaborar entre si, dividir o que aprendemos e construímos até aqui” contam Gladys Tchoport e Claudia Kievel, fundadoras do JSF.

A Casa é composta por 3 ambientes: a loja colaborativa que reúne marcas parceiras numa curadoria bem diversa, o Nano Cafés Especiais, perfeito pra uma reunião informal ou pra tomar um café com os amigos e a Sala Casulo, um espaço para promover a troca de informação entre as pessoas, seja em uma oficina ou em um debate sobre a produção independente. A

Casa

também

promove

mutirões

de

conserto, da costura à marcenaria, ponto muito importante quando o assunto é o consumo consciente, uma das bandeiras levantadas pelo Jardim Secreto Fair desde o começo.


REFERENCIAS PROJETUAIS | NACIONAL | GRUPO JARDIM SECRETO

Figura 65 - Interior da Casa Jardim Secreto, espaço de comércio coletivo. Fotografia. Casa Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto.

Figura 66 - Exterior da Casa Jardim Secreto. Fotografia. Casa Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto.

“Estamos tornando o sonho de ter um pequeno centro cultural para o viver consciente, real, muito além do consumo, queremos plantar a transformação, incentivar um passo em direção a mudança. Dividir como e por quem são feitas as coisas que usamos e valorizálos. Combater as distâncias que foram criadas entre nós. Criar pontes. Se o conhecimento é transformador, dividir conhecimento é o caminho!” (GRUPO JS, 2018).

55


56 O GALPÃO JS

O

galpão

JS

surge

pelo

desejo

das

fundadoras do projeto continuar motivando

possibilidades que a vivência e o agir do pensamento coletivo possam proporcionar.

e desenvolvendo a expansão da economia criativa de maneira consciente.

O espaço, através da sua localização, e pontos arquitetônicos como o pé direito alto, as

O galpão abre possibilidades para os parceiros

materialidades utilizadas e espaço amplos

criativos compartilharem dos projetos de

contribuem gerando um local onde pode ser

diferentes maneiras como oficinas, encontros,

demonstrado possibilidades de inspiração e

debates, a casa de chá e também lancheteria

união, um espaço de compartilhamento de

nomeada Balcão Verde, e muitas outras

histórias.


REFERENCIAS PROJETUAIS | NACIONAL | GRUPO JARDIM SECRETO

Figura 67 – Entrada do Galpão Jardim Secreto. Fotografia. Casa Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto.

Figura 68- Diagrama sobre os conceitos do Grupo Jardim Secreto. Diagrama. Fonte: Autora. 2019.

Figura 69 – Interior do Galpão Jardim Secreto. Fotografia. Casa Jardim Secreto. Autor: Grupo Jardim Secreto. Fonte: Site Feira Jardim Secreto.

57



03 | 03 CONDICIONANTES CONCEITO PARTIDO PROJETO


SUMÁRIO CONDICIONANTES PROJETUAIS Planta Cadastral [06] Topografia atual [10] Topografia Natural [11] Cortes - longitudial e transversal [11]

CONCEITO

[12]

PA R T I D O Programa de Necessidades [16] Organograma [18] Fluxograma [09] Plano de Massas [20] Modulação [22] Loja colaborativa [26] Bloco de atividades [30] Estudo de possibilidade da circulação [32] Estruturas [38] Mobiliário [40] Estratégias expansivas [44]


PROJETO Implantação [47] Plantas Técnicas [48] Lista de portas e janelas [55] Cortes [56] Elevações [60] Detalhamentos [62] Plantas com layout [66] Imagens do projeto [72]


Figura 70 – Croqui de estudo do lote e condicionantes. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.


“A arquitetura pretende transcender a simples necessidades de abrigo e segurança, tornandose uma expressão de arte.” JAY A. PRITZKER NO SEU Figura 22 – Análise atual sobre fluxo viário, realizado sobre a área de entorno do projeto. 2019.

DISCURSO NA CERIMÔNIA DO PRITZKER EM 1985.


6

PLANTA CADASTRAL

R.

PR AÇ A

GE

N. CA O SÓ LÇ AD RI O ÃO

CA R

LO

S

GO

M

,5

0

m

,7

54

27

,9

4

m

54

,9

4

m

27

ES

8

m

0 05 10

20

50


P R O J E T O | P L A N TA C A D A S T R A L

Figura 71 – Diagrama de situação do projeto, relação com o centro e praça Carlos Gomes. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020.

Figura 72 – Desenho de ampliação das dimensões de largura da rua em frente ao lote. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.

5

6

m

4

N .O CA SÓ LÇ RI AD O ÃO

m

GE

m

R.

0

05

10

20

7


8

Figura 73 – Rua General Osório, centro da cidade de Ribeirão Preto. Fotografia. Fonte: Jadiel Wylliam Tiago, 2018.


9


10 LEIS

Através da prévia quantidade de pavimentos definida foi possível realizar o cálculo de recuos para o lote. Dessa forma, aplicou-se na formula R=H/6 prevista na legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação de Ribeirão Preto para a área AQC (Área do Quadrilátero Central). Seção V - DOS RECUOS DAS EDIFICAÇOES

Artigo 45 - Todas as construções com gabarito superior ao básico (10 metros de altura) deverão observar recuos de todas as divisas do terreno de acordo com a seguinte fórmula matemática: R=H/6, maior ou igual a 2, onde: R

LEGENDA

significa a dimensão dos recuos em metros lineares; H significa a altura do edifício em metros lineares, conta-

Direção do sol

da a partir do piso do pavimento térreo, podendo estar até 1,5m (um metro e cinquenta centímetros) do nível

Direção dos ventos

médio do passeio, até a soleira do piso do último pavimento servido por elevador coletivo.

TOPOGRAFIA ATUAL O terreno escolhido para o projeto apresen-

R.

D

UQ

UE

ta-se atualmente nivelado, pois parte da demolição de um edifício pré-existente que

R.

já se encontra planificado.

PR AÇ A GE

N.

E

CA XI A

S

XV

D

E

O

D

RI

NO VE M

BR

O

O

PR AÇ A

CA R

LO

S

GO

M

SE

BA

ST I

BI

RI ÇÁ

ÃO

TI

A AÚ M IN H D E C. R. VI S

SÃ O

R.

R.

0

100

200

ES


P R O J E T O | T O P O G R A F I A AT U A L | T O P O G R A F I A N AT U R A L

TOPOGRAFIA NATURAL

CORTE LONGITUDINAL TOTAIS DO PEDIDO: Distância: 73,9m Ganho/ Perda de elevação: 2,61m . 0m

548

548

547

547

546 22,5

547

546 15,0

547

546 07,5

GRÁFICO: mín. méd. máx: 546, 546, 547

73,9

67,5

60,0

52,5

30,0

37,5

45,0

m

CORTE TRANSVERSAL TOTAIS DO PERIODO: Distância: 44,1m Ganho/ Perda de elevação: 0,33m .- 1,49m

547

547

547

546

546

546

546

546

05,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

GRÁFICO: mín. méd. máx.: 545, 547, 548

44,0

m

11


12

CONCEITO Neste

projeto

arquitetônico

serão

utilizados

os

conceitos: troca, acolhimento e integração. A escolha desses conceitos se deu a partir do aprofundamento do referencial teórico. O conceito de Troca remonta da história das feiras, nas quais as relações de trocas de mercadorias, interpessoais e culturais se davam. A noção de Acolhimento sugere a necessidade de o objeto deste trabalho oferecer-se à população em geral e, especificamente, ao mercado de produção local, e a proposta é de que se tenham áreas de permanência e descanso e resgate da história da área central da cidade. Associada à ideia de acolhimento, o conceito de Integração surge como um questionamento dos gradientes de privacidade que um objeto arquitetônico que se abre para o espaço público deve estabelecer, criando áreas públicas, semipúblicas e privadas que servem aos usos coletivos e individuais.


PROJETO | CONCEITO

Figuras 74 e 75 – Croquis de estudo sobre o conceito; troca, acolhimento e integração. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.

13


14 Figuras 75, 76 e 77 – Croquis de estudo sobre o conceito de integração. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.

Figura 78 Croquis de estudo sobre o conceito de troca. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.

-


PROJETO | CONCEITO

15


16

PROGRAMA DE NECESSIDADES

Figura 79 – Diagrama do programa de necessidades com ícones. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020.

Figura 80 – Tabela de dados referentes ao programa de necessidade. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020.

PRAÇA INTERNA | Espaço para atividades efêmeras

plas configurações. Este espaço de atividade é apresen-

como feiras, exposições, instalações, etc. (Pav. Térreo)

tado no projeto por meio de:

JARDIM | Espaço que contribui visualmente, fisica-

- 02 Espaços multifuncionais (1º e 2º Pav.)

mente e espacialmente com o projeto. Apresenta ve-

- 04 salas para as atividades (1º e 2º Pav.)

getações de forração, de pequeno e médio porte. (Pav. Térreo)

LOJA | A loja é o espaço onde serão efetuadas as atividades de vendas dos produtos gerados pelos colabora-

ESPAÇO DE ATIVIDADES | Áreas compostas por salas

dores criativos. Seu interior atende as seguintes neces-

para oficinas, workshops, atividades múltiplas em geral,

sidades:

que envolvem atividades que interagem com o público

- Área de vendas; (Pav. Térreo)

por isso possui a necessidade de um layout com múlti-

- Caixa; (Pav. Térreo)


PROJETO | PROGRAMA DE NECESSIDADES

AMBIENTE | ÁREA

%

Praça

450 m²

23,2 %

Jardim

320 m²

16,5 %

Espaço de atividades

364 m²

18,76 %

Loja

230 m²

11,85 %

Circulação horizontal

216 m²

11,15 %

Circulação vertical

94 m²

4,84 %

Serv. e apoio

70 m²

3,60 %

Espaço de descompressão

65 m²

3,35 %

Banheiros

60 m²

3,10 %

Adm. e Gerência

36 m²

1,85 %

Cafeteria

35 m²

1,80 %

2.056 m²

100 %

TOTAL

- Provadores. (Pav. Térreo)

as necessidades de todos que utilizam do local. Foram projetados de maneira que atendem a demanda de

CIRCULAÇÃO HORIZONTAL | Espaços de circulação

fluxo e também as necessidades básicas ergométricas

presentes por todo o projeto, tanto ambientes internos

para pessoas portadoras de deficiência física. Estão lo-

quanto externos.

calizadas no projeto como: - Sanitário Feminino; (Pav. Térreo)

CIRCULAÇÃO VERTICAL | A circulação vertical conta

- Sanitário Masculino; (Pav. Térreo)

com os espaços que atendem as medidas e normas

- Sanitário Unissex – Este apresenta cabines sanitárias

para o acesso do público e dos funcionários, ligando o

próprias para masculino e feminino, mas apresenta o

pavimento térreo ao demais pavimentos do Bloco de

espaço de lavagem das mãos compartilhado, tendo

atividades.

como objetivo maior, atender a necessidade de servir

- Escadas;

como espaço de lavatório das mãos após as atividades

- Elevadores.

realizadas em oficinas e etc. (2º Pav.)

SERVIÇO E APOIO | Estes são compostos por ambien-

ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA | Este ponto é apresen-

tes que servem de apoio para as atividades que são

tado no projeto como uma sala com boas dimensões,

executadas nos demais espaços do projeto, servindo

que serve como espaço para execução das atividades

para armazenamento de mobiliários de apoio para ati-

administrativas e de gerenciamento do local, os fun-

vidades efêmeras, manutenção e outras atividades rela-

cionários, e para os oficineiros/palestrantes visitantes.

cionadas a este ponto. Apresentam-se no projeto como:

Atende também uma copa, onde foi utilizado do mobi-

- DML ; (Pav. Térreo)

liário para fazer as separações.

- Depósitos (um presente no pavimento térreo e o outro no segundo pavimento). (Pav. Térreo e 2º Pav.)

CAFETERIA | Este espaço serve para atividades de venda, assim como a loja, e também de consumo. Um

ESPAÇO DE DESCOMPRESSÃO | Este espaço serve

espaço para atender um layout básico de preparo e

como um descanso para o público do centro, além de

apoio para os alimentos que devem ser preparados no

ser uma extensão para os consumidores da cafeteria.

local. Apresenta: - Balcão de atendimento;

SANITÁRIOS | Os sanitários estão ligados ao Bloco de

- Balcão de preparo;

atividades, no Pavimento Térreo, e servem para atender

- Área de exposição dos produtos. (todos no Pav. Térreo).

17


18

ORGANOGRAMA Partindo do Programa de necessidades é possível a compreensão do organograma. Nele, cada setor que o projeto apresenta está separado por cores.

CALÇADÃO

PRAÇA INTERNA

CAFETERIA

LOJA

JARDIM

BLOCO DE ATIVIDADE

SERV. E APOIO

ESPAÇO DE DESC.

SANITÁRIOS

CIRC. VERTICAL

ADM. E GER. + COPA

ESPAÇO MULTIF.

SALAS DE ATIVIDADES

LEGENDA Exterior | Acesso Setor comercial Setor Educacional e Artístico Setor de apoio Setor Administrativo

Ligação direta

Setor de Extensão de atividade

Ligação indireta


PROJETO | ORGANOGRAMA | FLUXOGRAMA

FLUXOGRAMA

O acesso do público e dos funcionários aos setores dá-se pela praça interna, onde há o encontro com o “calçadão” do centro, na Rua General Osório. A

O projeto está separado em setores que se apresentam interligados à praça interna. As setas apresentam o sentido e fluxo em cada espaço. Há o fluxo destinado ao público e também o fluxo destinado apenas aos funcionários e pessoas autorizados.

partir dela é possível acessar praticamente todos os setores, como a loja, cafeteria, jardim, espaço de descompressão, bloco de atividade, entre outros. O fuxograma também foi pensado a fim de se obter uma paisagem visual panorâmica e de integração.

CALÇADÃO

PRAÇA INTERNA

CAFETERIA

LOJA

JARDIM

BLOCO DE ATIVIDADE

SERV. E APOIO

ESPAÇO DE DESC.

SANITÁRIOS

CIRC. VERTICAL

ADM. E GER. + COPA

ESPAÇO MULTIF.

SALAS DE ATIVIDADES

LEGENDA

Restrito aos funcionários Preferêncial aos usuários

19


20

PLANO DE MASSAS 2

1 A

B

1

C D E 1

E 1

F

G

H

I

Pav. Térreo

1º Pavimento

A Praça livre - espaço para atividades efêmeras;

E Acessos verticais (escadas e elevadores) ;

B Pavilhão/loja - espaço coletivo de vendas e

H Àrea de múltiplos usos e funções - oficina,

exposição dos produtos do comércio criativo; C Espaço de extensão da cafeteria e de descompressão D Cafeteria; E Acessos verticais - escada e elevador; F Serviço e apoio - DML e Depósito; G Area molhada - Sanitários (fem. e masc.); 1 Jardim; 2 Jardim vertical.

atêlie, palestras, reuniões, exposições e outros; I Administração e gerência + copa.


PROJETO | PLANO DE MASSAS

Após os estudos iniciais, definições e escolha da área de intervenção, análises e interpretações, desenvolvimento do programa de necessidades, organograma e fluxograma obteve-se um plano de massas. O plano de massas é um prévio estudo, que se define a estrutura primordial dos espaços a serem desenvolvidos, suas características de forma, de uso, caminhos, etc. Além desses pontos, o plano de massa também serviu como base para o anteprojeto, etapa final deste trabalho final de curso.

2

A

H

F

G

Figuras 83, 84 e 85 – Diagrama do plano de massas referente ao pavimento térreo, primeiro pavimento e segundo pavimento respectivamente. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020.

2º Pavimento E Acessos verticais (escadas e elevadores) ; G Àrea de múltiplos usos e funções - oficina, atêlie, palestras, reuniões, exposições e outros; H Serviço e apoio - depósito;

Figura 86 – Diagrama do plano de massas aplicado ao desenho em perspectiva do projeto. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020.

2 Jardim vertical

G

B

F

E

H

D C 1 G A

F

21


22

MODULAÇÃO

Figura 87 – Grelha de modulação. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.


PROJETO | MODULAÇÃO

A modulação utilizada como estratégia para o projeto

entre estas foram traçadas linhas horizontais e verticais

foi realizada por meio de um elemento criado a

gerando assim uma malha com dimensões múltiplas

partir de uma lógica sistêmica que garante uma

que serão utilizadas como referência para a projeção

base de racionalidade à estrutura formal do objeto

das paredes, pilares, divisórias e demais elementos

arquitetônico a partir da relação de proporcionalidade e

construtivos.

ritmo entre seus elementos. A partir da junção em 90° das paredes do fundo do projeto, foram traçadas linhas

A partir do traçado surgirão os seguintes módulos:

a 45° em direção a parte frontal do lote, e nos encontros Figuras 88 e 89 – Desenho de estudo sobre a modulação e desenho detalhado dos módulos respectivamente. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.

6,94

6,94

3,47

3,47

1,74

0,87

1,74

0,87

23


24


P R O J E T O | PA R T I D O

ANÁLISE VISUAL DO EDIFÍCIO EM RELAÇÃO AO ESPAÇO PÚBLICO As linhas puras e as formas, a geometria, a utilização da

da paginação de piso e utilização do paisagismo

matéria-prima pura, a transparência, a sobreposição de

respectivamente.

planos e as referências à arquitetura contemporânea e

do objeto arquitetônico com o centro da cidade,

moderna são particularidades essenciais do processo

principalmente o calçadão, elemento visual de forte

projetual para o partido.

valor histórico e comercial, é proposto a mesma

Para

que

houvesse

a

conexão

tipologia de paginação de piso deste para o interior O programa flexível demanda de um espaço que

do lote, abrangendo toda a parte da área de praça do

possibilite

expositivo,

projeto desde seu limite com a calçada até os fundos

espaço de permanência, salas de oficinas, consumo. O

onde há o bloco de oficinas. Já sobre extensão da

resultado é uma planta que gera uma integração de

Praça Carlos Gomes, as áreas verdes estão presentes

fácil entendimento e acesso.

por meio do jardim vertical junto a toda a extensão da

parede lateral esquerda do lote, pelos canteiros laterais

O partido arquitetônico contempla o conceito de

e também o jardim localizado entre a loja e o bloco de

integração

oficinas.

usos

e

diversos:

acolhimento

loja,

a

espaço

partir

da

extensão

do Calçadão e da Praça Carlos Gomes por meio

Figura 90, 91 e 92 – Diagramas de estudo de volumetria e relação com o exterior do lote. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.

25


26

LOJA COLABORATIVA


P R O J E T O | PA R T I D O

Figura 93 – Diagrama expandido da estrutura e aberturas da loja. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020.

Figuras 94 e 95 – Croquis da estrutura de madeira e as ligações das partes. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.

Para a construção do pavilhão da loja colaborativa, adotou-se um sistema estrutural de madeira, dialogando entre uma linguagem contemporânea e vernacular. Uma sequência de pórticos de madeira (laminada colada) vence os vãos necessários. Uma substrutura ampara a pele do fechamento e cria um espaçamento entre o plano da fachada e os pilares. O envelope é feito por dois materiais diferentes, um opaco na parte inferior e um translucido na parte superior (a escolha destes materiais serão apresentados na próxima etapa). Durante o período do dia, trazendo através da iluminação natural o movimento poético da luz para o espaço interno, e durante a noite, quando o espaço estiver sendo utilizado, acontece o processo inverso, a luz do interior ao passar pela cobertura translúcida cria uma luminária em meio ao centro, transformando-se em um ponto de referência e também transparecer arquitetonicamente o conceito de consumo consciente e troca que a tipologia de comércio se baseia. A ideia é ter uma iluminação natural e clara em toda a loja, além de apresentar um elemento icônico que gera apropriação e integração.

27


28

As aberturas também foram pensadas a partir dos conceitos, apresentando-se com grandes dimensões possibilitando assim, a partir da sua abertura total, uma ampla visualização e área para circulação e troca com o exterior e demais áreas do projeto.

Figura 96 – Diagrama sobre analise visual do conjunto volumétrico. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.


P R O J E T O | PA R T I D O

A porta voltadas para o calçadão ganha o papel de vitrine e de abertura convidativa de loja comercial assim como os comércios comuns no centro, as portas laterais voltada para a parede e canteiro lateral ganham a função de janelas, havendo a possibilidade de quando fechadas, serem utilizadas como paredes para atender o layout funcional da loja. A porta localizada ao fundo do pavilhão de vendas do acesso ao jardim e as portas laterais voltadas para a praça do projeto apresentam um importante papel na conexão dos espaços. Projetadas com o intuito de criar aberturas convidativas e que também sirvam como extensão da loja ao calçadão, assim como a ligação entre a barraca de feiras e a rua, juntas criando gradientes visuais no espaço integrado.

Figuras 97 e 98 – Croquis de estudo e análise sobre estrutura de envoltório das barracas de feira. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.

29


30

BLOCO DE ATIVIDADES


P R O J E T O | PA R T I D O | B L O C O D E AT I V I D A D E S

A

C

B

D

A Módulo do primeiro pavimento: para aulas e oficinas; B Módulo do segundo pavimento: para aulas de oficinas, reuniões, palestras e também banheiro; C Módulo que representa vão livre, espaço deixado para proporcionar um melhor desempenho da utilização de iluminação e ventilação natural no interior do bloco. D Módulos que surgem a partis dos negativos gerados pelo encontro dos módulos A e B. Estes estão inclusos dentro do partido de extensão do calçadão, apresentando

assim

espaços

para

efêmeras de acesso coletivos e público.

exposições

Figuras 99 e 100 – Diagramas da volumetria do bloco de atividades e suas repartições. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.

Figura 101 – Diagrama de análise sobre a ocupação e atividades no bloco. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.

31


32

ESTUDO DE POSSIBILIDADES DA CIRCULAÇÃO

LEGENDA Calçadão/Rua - Praça interna Calçadão/Rua - Pavilhão/loja - Praça interna Cafeteria Calçadão/Rua - Pavilhão/loja - Calçadão/Rua Calçadão/Rua - Bloco de atividades - Acesso vertical - 1º Pavimento - Sala de oficina Calçadão/Rua - Pavilhão/loja - Espaço de descompressão - Acesso vertical - 2º Pavimento - Espaço multifuncional Calçadão/Rua - Jardim - Bloco de atividades Banheiros

Figura 102 – Diagrama de análise das possibilidades de trajetos e acesso ao projeto. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020.

Figura 103 – Diagrama de análise de uso livre e acessibilidade no projeto pela população. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2019.


P R O J E T O | PA R T I D O

33


34


35


36


37

Figuras 104, 105, 106, 107 e 108 – Diagrama de análise do projeto e suas relações com o entorno. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020.


38

ESTRUTURAS

Figuras 109, 110, 111, 112, 113 e 114 – Diagramas estruturais do projeto em diferentes ângulos e ponto de vista. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020.


P R O J E T O | E S T R U T U R A | PA I N E L P O L I C A R B O N AT O

PAINÉIS EM POLICARBONATO PARA FECHAMENTOS

Outras características são: montagem fácil e econômi-

VERTICAIS E DIVISÓRIAS INTERNAS

ca por meio de encaixe macho/fêmea, montagem livre de apoios para divisórias com até 3m de altura, elevado

O uso do sistema de painéis em policarbonato no pro-

isolamento acústico, proteção UV e resistência às in-

jeto arquitetônico, aplicado na fachada da loja, do bloco

tempéries. (Dados encontrados no catálogo do produto

de atividades e como divisória de alguns ambientes

Multilux Wall 40, da marca Polysolution disponível para

internos, se deu pelas características vantajosas que o

download pelo site: https://www.polysolution.com.br/

material apresenta.

produtos-2/chapas-em-policarbonato-alveolar/). O material aplicado ao projeto da loja apresenta-se

O sistema é composto por modernos painéis com

como fechamento externo, possibilitando a entrada de

espessura de 40mm em policarbonato. A estrutura al-

iluminação difusa, capacitando o espaço com o confor-

veolar dos painéis permite uma agradável iluminação

to lumínico e também térmico, pelas características já

natural difusa, oferecendo ainda conforto térmico, as-

apresentadas. Como fechamento externo da parte dos

sociado à diminuição do consumo de energia elétrica,

acessos verticais, escada do bloco de atividades, o ma-

gerando uma maior economia. Os painéis também

terial também foi projetado a fim de oferecer ilumina-

apresentam uma camada externa de filtro Infrared,

ção para o ambiente interno, e servindo como ponto de

trazendo mais eficiência ao efeito de economia energé-

referencia a partir da materialidade que se diferencia do

tica.

restante do edifício projetado em concreto.

Figuras 115 e 116 – Desenhos técnicos detalhados sobre o sistema de encaixe modular macho e fêmea. Autor não identificado, Fonte: Site Polysolution.

39


40

MOBILIÁRIOS

O mobiliário foi projetado com o objetivo de servir com

xadas que serve como bancada de atendimento para a

um bom desempenho o conceito de troca e integração,

finalização da compra, e duas partes mais altas que ser-

tendo a possibilidade de atender as diversas funções

vem como espaço de armazenamento e organização,

das atividades a serem executadas pelo uso do espaço.

em sua parte inferior interna, e na parte exterior como expositor e apoio para atendimento.

MOBILIÁRIO DA LOJA

Os trocadores, também projetados em módulos, são projetados em madeira, a mesma utilizada nas divisó-

Os mobiliários projetados para a loja foram as pratelei-

rias das salas do bloco de atividades, trazendo, assim, a

ras modulares, o caixa, os trocadores e os expositores

ligação visual por meio do material. Possuem as dimen-

com rodízio.

sões de aproximadamente 1,60mx160m com portas de

As prateleiras modulares servem como expositores dos

abrir direcionadas para o interior. Em um deles a porta

produtos da loja, as estruturas são feitas de ferro com

ganha proporções maiores e possui abertura para o

acabamento em pintura. Foram utilizados dois tipos de

lado exterior oferecendo o acesso apropriado para as

módulos para o apoio dos produtos, um em madeira e

pessoas portadoras de deficiência física.

outro de ferro. Esse tipo de expositor foi escolhido pois apresenta características de fácil modificação de posi-

Os expositores com rodízio foram projetados para os

cionamento e disposição de produtos, sendo possível

produtos com grandes dimensões e formatos, além

criar um layout diferente na loja, e também expor pro-

de coleções com grande quantidade de produtos.

dutos de alturas diversas.

Possuem rodízios a fim de oferecerem a possibilidade de movimentação e mudança no layout com maior

O caixa projetado ao centro da loja apresenta caracte-

facilidade. O acabamento em revestimento com carac-

rística de um traçado simplista e uma estrutura fixa.

terísticas de concreto traz a ligação visual com o caixa

Seu acabamento em concreto faz a ligação visual com o

e demais elementos do projeto, e destaca os produtos

bloco de atividades. Apresenta duas partes mais rebai-

neles expostos.


PROJETO | MOBILIÁRIO

MOBILIÁRIO DO BLOCO DE ATIVIDADES

Outro item com grande valor são as arquibancadas que estão presente em 3 ambientes do bloco, uma na sala

O mobiliário do bloco de atividades foi projetado a fim

de administração e gerência, uma na área multiuso 01 e

de servir com características que apresentem funciona-

outra na sala 01, todas localizadas no primeiro pavimen-

lidade e uma boa ergonomia para os usuários.

to do edifício. Essas bancadas planejadas em madeira

Foram projetadas bancadas com altura de 90cm feitas

possuem dimensões que atendem a função de assento

em ferro e madeira. Possuem uma prateleira na parte

para a realização de atividades como bate-papos, pales-

inferior para apoio dos pés e também para armazena-

tras e descanso. Algumas delas tiveram seus desenhos

mento temporário dos materiais necessários para as

modificados para atender outras funções além de

atividades. Apresentam rodízios para facilitar a movi-

assento, como a arquibancada projetada especifica-

mentação delas pelos espaços. Para o uso junto das

mente para a sala de administração em gerência que

bancadas, foram utilizadas as banquetas com sistema

possui gavetas na parte inferior para armazenagem de

de regulagem de altura para atender as necessidades

documentos e aparte superior que foi transformada em

ergonômicas dos usuários do espaço.

nicho para livros e objetos.

Como elemento de separação das salas, foram utiliza-

Para o a área multiuso 02, o mobiliário a ser utilizado

das divisórias de madeira, ajudando no conforto acústi-

seria adaptado à necessidade da atividade a ser execu-

co, assim com os tampos das bancadas. Junto as divisó-

tada. Para algumas possibilidades, podem ser utilizadas

rias foram projetadas bancadas fixas como auxílio para

as bancadas das salas e as banquetas, e para atividades

os responsáveis pelas atividades, e armários para servir

como palestras foi planejado o uso de cadeiras ou ban-

como guarda-volumes para os pertences dos que par-

cos que quando não utilizados ficam armazenados no

ticipam das atividades e também para a armazenagem

depósito localizado no mesmo pavimento.

de materiais fixos do local.

41


42


PROJETO | MOBILIÁRIO

CAFETERIA, ESPAÇO DE DESCOMPRESSÃO E PRAÇA Os mobiliários planejados para esses espaços são compartilháveis e móveis, sendo possível a modificação da localização de cada um deles por meio da necessidade apresentada. O espaço de descompressão e a praça apresentam bancos fixos para uso da população e do público como ponto de descanso e espera, além de servir como assento para atividades efêmeras que venham a ser realizadas. A cafeteria possui mobiliários como mesas e cadeiras para apoio do consumo dos clientes. Todos estes citados quando não utilizados são armazenados no depósito localizado no pavimento térreo do bloco de oficinas.

Figuras 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 124 e 125 – Desenho dos mobiliários presentes no projeto, sendo eles prateleira modular de exposição, expositor de ferro, sofá, cabideiro expositor, arquibancada, bancada e armário, bancada de atividades, espreguiçadeira e conjunto de mesa, cadeiras e bancos. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020. [40 - 43]

43


44

E S T R A T É G I A S E X PA N S I V A S

COBERTURA COMO OBJETO DE INSTALAÇÃO EFÊMERA

CURSO D’AGUA

A praça é um dos pontos principais do projeto e apre-

Outro item idealizado para o melhoramento do confor-

senta a maior área de acordo com o plano de necessida-

to térmico na parte externa do projeto foi de um curso

des. Este espaço, como apresentado no organograma e

de água que cruzasse a praça, tendo seu início junto ao

fluxograma, serve como conector entre a calçada da rua

o começo do jardim lateral até o jardim do espaço de

e o projeto e oferece possibilidades diversas de uso. Por

descompressão. A referencia para o uso e forma baseia-

tudo isso, este espaço foi projetado sem cobertura fixa,

-se no projeto do Sesc Pompéia na cidade de São Paulo,

pois assim, possibilita a visão continua das pessoas que

projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi.

passam pelo centro. Todavia, mesmo que não representado nos desenhos técnicos, foi idealizado para este

Outros elementos que complementariam e serviriam

espaço uma cobertura montável temporária que viria a

como expansão do uso do projeto são:

servir para proteção e barreira da luz solar direta.

- HORTA

Essa cobertura poderia vir a ser posta sobre toda a ex-

- BICICLETÁRIO

tensão da praça, sendo instalada do muro lateral até

- REDÁRIO

a loja e aos fundos no bloco de atividades por meio de fios de aço e tecido. Como referência visual do resultado desta temos o projeto realizado ao SESC pelo escritório de arquitetura Super Limão.


P R O J E T O | E S T R AT É G I A S E X PA N S I VA S

Figura 126 – Croqui de estudo sobre possiblidades de cobertura para o espaço aberto. Ilustração digital. Fonte: Autora, 2020.

Figura 127 – Projeto SESC. Fotografia. Autor: Maíra Acayaba. Autor do projeto: Superlimão. Fonte: Site Superlimão.

Figura 128 - SESC Pompéia, Lina Bo Bardi - São Paulo/SP, 1977. Fotografia, Autor: Nelson Kon. Fonte: Site Nelson Kon.

45


46

“O projeto ideal não existe, a cada projeto existe a oportunidade de realizar uma aproximação.”

PAULO MENDES DA ROCHA


PROJETO | DESENHOS TÉCNICOS | 2D

1 - IMPLANTAÇÃO

Praça Carlos Gomes Rua General Osório

1.506,28 m2

GSPublisherVersion 0.96.100.100

47


48

F

Corte

E

Corte

D

G

Corte

H

Corte

I

Corte

Corte

2 - PAVIMENTO SUBSOLO 27,57

Elev. 01

PROJEÇÃO PAVIMENTO TÉRREO

Corte

Corte 02 Elev.

Elev. 04

A 54,94

A PROJEÇÃO PAVIMENTO TÉRREO

Corte

Corte

B

B 2,75 Casa de máquinas elevador

3,00

Corte

Barrilete da caixa dágua inferior

Caixa d'agua inferior Capacidade para 30,25m³ de água

Corte

C 7,30

10,30

C

Caixa d'agua inferior Capacidade para 30,25m³ de água

03 Elev.

6,10

F

Corte

E

Corte

D

G

Corte

H

Corte

I

Corte

Corte

D-01

N 10

5

2

0


PROJETO | DESENHOS TÉCNICOS | 2D

F

Corte

E

Corte

D

G

Corte

H

Corte

I

Corte

Corte

3 - PAVIMENTO TÉRREO 27,50 1,59

14,61

0,95

1,70

1,77

1,78

1,70

1,05

3,47 2,90

Elev. 01

3,47 2,90

3,47

P01

3,47 2,90

3,47

P01

3,47 2,90

P01

3,47 2,90

P01

4,47

P01

3,47

A P01

26,30

Corte

30,71

A

A= 450m²

Corte

3,47 2,90

PRAÇA ±0,00

3,47

LOJA A= 230m²

3,47

P01

1,68

02 Elev.

3,47 2,90

Elev. 04

54,94

4,47

3,47 2,90

P01

±0,00

3,41

6,00

A= 45m²

±0,00

9,34

ESPAÇO DE DESCOMPRESSÃO

CAFETERIA A= 35m²

1,67

10,38

±0,00

PROJEÇÃO PRIMEIRO PAVIMENTO 12

13

14

15

16

17

18

19

21

Corte

20

6,82

Corte

B 5,21

10,08

D

B 11

2,42

2,32

P04

SANIT. MAS.

A= 29m²

A= 26m²

-0,01

6,48

3,06

C 1,00 2,40

SANIT. FEM.

A= 40m²

6,48

Corte

6,48

DEPÓSITO ±0,00

DML P03

1,10 2,40

C

±0,00 3,25

1,10 2,40

Corte

2,50 2,40

P05

P05

HALL A= 10m²

1,50

1,06

2,60

1,06

8,64

5,30

9

8

7

6

5

4

3

2

1

5,16

21E(0,18 m) 20P(0,28 m)

S

AREA COBERTA ±0,00

7,63

10

-0,01

A= 9,60m²

3,40

5,35

0,15 4,90

3,43

F

Corte

E

G

Corte

Corte

3,43

H

Corte

I

Corte

D

20,80

Corte

1,92

Acesso a caixa d'agua inferior

2,08

J04

0,15

5,42

3,25

P 2,30

J03

0,15 1,00

6,18

6,18

0,29 1,66

4,90

P 2,30

03 Elev.

J02 P03

1,59

5,35

4,70 0,60

J01

P 2,30

5,10 0,60

1,00 2,40

6,55

4,80 0,60

1,93 0,15

P 2,30 3,02 0,60

3,23

2,97

±0,00

N 10

5

2

0

49


50

F

Corte

E

Corte

D

G

Corte

H

Corte

I

Corte

Corte

4 - PRIMEIRO PAVIMENTO

27,50

2,05

Elev. 01

Corte

Corte

A

A 26,30

i= 3%

6,00

1,68

02 Elev.

Elev. 04

54,94

i= 3%

12

13

14

15

16

17

18

19

21

20

6,87

1,00

0,95

Corte

13,04

1,67

+2,80

Corte

D D

5,21

J04

P 0,90

B 1,75

B 1,75 1,50

11

D-02

2,42

J05

P 0,90

9

8

7

6

5

4

3

1,80

+3,75 3,50 1,50

2

1

8,50

SALA 01 A= 63,40m²

3,50

21E(0,18 m) 20P(0,28 m)

S S

1,60

10

+3,75

0,00 6,80

3,36

1,05

7,03

8,49

1,10 2,40

P06

3,41

A= 50m²

1,20 2,30

6,48

ADM E GER. A= 36m²

A= 25,30m²

+3,75

J04

03 Elev.

7,80

P 0,90 3,50 1,50

J05

P 0,90 1,75 1,50

1,75 1,50

5,60 P 0,90

3,50 1,50

4,50

+3,75

4,50

Corte

7,27

AREA MULTIF. 01

C

+3,75

P 0,90

C

P07

P06

A= 36m²

7,00

Corte

1,10 2,40

SALA 02

1,75

CIRCULAÇÃO 15,48

J04

J05

0,25

0,25 1,45

3,50

2,45

1,75

1,26

1,75

3,21

3,50

1,45

Corte

F

E

Corte

D

G

Corte

H

Corte

I

Corte

Corte

20,81

N 10

GSPublisherVersion 0.92.100.100

5

2

0


PROJETO | DESENHOS TÉCNICOS | 2D

F

Corte

E

Corte

D

G

Corte

H

Corte

I

Corte

27,50

2,05

Elev. 01

Corte

Corte

A 9,33

02 Elev.

Elev. 04

54,94

26,30

A 13,04

0,95

6,87

7,01 Corte

Corte

B 5,21

D

B 8,40

S

AREA MULTIUSO 02 A= 60m²

3,37 1,75

1,10 2,40

1,20 2,40

P06

P07

A= 31,90m²

5,45

4,50

3,10

P 2,30 2,00 0,60

03 Elev.

3,20

3,50 1,50

3,50 1,50

3,50

+7,50

P 0,90

J05

1,70

A= 14,20m²

+7,50

7,00

+7,50

DEPÓSITO

J05

J06

3,50

4,00

6,20

C A= 31,60m²

A= 19,35m²

4,50

Corte

SALA 03

SANITÁRIO FEM./MASC. 6,48

1,10 2,40 P06

SALA 04

P 0,90

1,20 2,40

C

A= 52,60m²

P08

CIRCULAÇÃO

Corte

6,80

+7,50

1,05

+7,50

15,18

D-03

0,00

2,42

+7,50

2,00

0,67

F

Corte

E

Corte

D

G

Corte

H

Corte

I

Corte

20,81

Corte

GSPublisherVersion 0.92.100.100

Corte

5 - SEGUNDO PAVIMENTO

N 10

5

2

0

51


52

F

Corte

E

Corte

D

G

Corte

H

Corte

I

Corte

Elev. 01

Corte

Corte

A 02 Elev.

Elev. 04

A Corte

Corte

7,59

B 1,05

i= 3%

vidro

15,13

8,74

B i= 3%

+11,25

4,19

7,85

Corte

2,30

Acesso a caixa d'agua inferior

2,00

P09

2,15

C 10,65

C

+11,25 0,80 1,40

Corte

Barrilete da caixa d'agua superior

D-04 03 Elev.

7,70

2,15

10,95

F

Corte

E

Corte

D

G

Corte

H

Corte

I

Corte

20,80

Corte

GSPublisherVersion 0.92.100.100

Corte

6 - PAVIMENTO COBERTURA

N 10

5

2

0


PROJETO | DESENHOS TÉCNICOS | 2D

F

Corte

E

Corte

D

G

Corte

H

Corte

I

Corte

2,06

Elev. 01

Corte

Corte

A 9,38

02 Elev.

Elev. 04

26,29

A Corte

Corte

B 4,19

1,05

7,59

B

Corte

C

2,30

C

Caixa d'agua superior Capacidade para 16m³ de água

Corte

Caixa d'agua superior Capacidade para 16m³ de água

D-05 03 Elev.

5,25

0,15

5,25

F

Corte

E

Corte

D

G

Corte

H

Corte

I

Corte

10,95

Corte

GSPublisherVersion 0.92.100.100

Corte

7 - PAVIMENTO CAIXA D’ÁGUA

N 10

5

2

0

53


54

F

Corte

E

Corte

D

G

Corte

H

Corte

I

Corte

27,50

2,06

Elev. 01

Corte

Corte

A 9,38

02 Elev.

Elev. 04

54,94

26,29

A Corte

Corte

B 4,19

1,05

7,59

B Corte

Corte

C

2,30

C

D-06 03 Elev.

F

Corte

E

Corte

D

G

Corte

H

Corte

I

Corte

10,95

Corte

GSPublisherVersion 0.92.100.100

Corte

8 - PAVIMENTO COBERTURA DA CAIXA D’ÁGUA

N 10

5

2

0


P R O J E T O | D E S E N H O S T É C N I C O S | 2 D | L I S TA S T É C N I C A S

9 - LISTA DE PORTAS ID Quantidade Tamanho L x A

P01

P03

P04

P05

P05

8

2

1

1

1

2

3,47×2,90

1,00×2,40

2,50×2,40

1,10×2,40

1,10×2,40

1,10×2,40

E

E

D

E

D

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Orientação Altura de soleira da Porta Altura de padieira da Porta Tipo de Abertura Material

2,90

2,40

2,40

2,40

2,40

2,40

Correr 2 Folhas

Abrir Simples

Correr 1 Folha

Abrir Simples

Abrir Simples

Abrir Simples

Não definido

Madeira

Madeira

Madeira

Madeira

Madeira

P07

P07

P08

P09

1

1

1

1

1,20×2,30

1,20×2,40

1,20×2,40

0,80×1,40

Símbolo 2D

Vista Frente 3D

ID Quantidade Tamanho L x A Orientação Altura de soleira da Porta Altura de padieira da Porta Tipo de Abertura Material

E

D

E

D

0,40

0,00

0,00

0,00

2,70

2,40

2,40

1,40

Correr 1 Folha

Correr 1 Folha

Correr Embutida 1 Folha

Abrir Simples

Não definido

Madeira

Madeira

Alumínio

Símbolo 2D

Vista Frente 3D

10 - LISTA DE JANELAS ID Nome Janela Quantidade

J01

J02

J03

J04

Janela 21

Janela 21

Janela 21

Janela 21

1

1

1

1

3,02×0,60

4,80×0,60

5,10×0,60

4,70×0,60

Altura de soleira da Janela

2,30

2,30

2,30

2,30

Altura da padieira da Janela

2,90

2,90

2,90

2,90

Tipo de Abertura

Fixa

Fixa

Fixa

Fixa

Alumínio; Vidro

Alumínio; Vidro

Alumínio; Vidro

Alumínio; Vidro

Tamanho L x A

Material Símbolo 2D

Vista Frente 3D

ID Nome Janela Quantidade

J04

J05

J06

Janela 21

Janela 21

Janela 21

3

5

1

1,75×1,50

3,50×1,50

2,00×0,60

Altura de soleira da Janela

0,90

0,90

2,30

Altura da padieira da Janela

2,40

2,40

2,90

Tipo de Abertura

Fixa

Fixa

Fixa

Alumínio; Vidro

Alumínio; Vidro

Alumínio; Vidro

Tamanho L x A

Material Símbolo 2D

Vista Frente 3D

P06

55


56

PublisherVersion 0.92.100.100

11 - CORTE AA +15,25

9,45

+12,25

+5,25

+5,00

0,65

+4,70

2,80

3,40

5,20

5,25

D-07

±0,00 LOJA

PRAÇA

12 - CORTE BB

10

5

2

0

3,00

+15,25

COBERTURA

2,95

0,65

1,15

+12,25

0,80

AREA MULTIUSO 02

+7,50

2,50

2,95

2,95

+5,71 +5,00 +3,75

0,80

0,40

SALA 01

+2,80

2,95

+1,94

±0,00 JARDIM LATERAL

BLOCO DE ATIVIDADES

CAFETERIA

10

5

2

0


PROJETO | DESENHOS TÉCNICOS | CORTES

13 - CORTE CC

GSPublisherVersion 0.91.100.100

4,00

+15,25

+11,25

2,95

3,60

0,80

COBERTURA

+7,50 DEPÓSITO

SALA 03

SALA 04

2,95

3,60

0,80

SANITÁRIO FEM./MASC.

+3,75 AREA MULTIUSO 01

SALA 02

3,75

ADM. E GER.

±0,00 SANITÁRIO FEM.

DEPÓSITO.

DML.

2,80

SANITÁRIO MASC.

CAIXA D'AGUA INFERIOR

BARRILETE

D-08

10

5

2

0

57


58

+11,25

COBERTURA

2,95

3,60

0,15

1,80

14 - CORTE DD

+7,50 AREA MULTIUSO 02

2,95

3,75

0,80

0,15

SALA 04

+3,75 SALA 02

SALA 01

2,95

2,60

0,80

+2,80

±0,00 DML

HALL

±0,00

AREA COBERTA

CAFETERIA

PRAÇA

10

5

2

0

10

5

2

0

5

2

0

15 - CORTE EE

6,10

3,60

+11,25

+7,50

+3,75 AREA MULTIUSO 01

+2,80

2,95

0,60 2,30

1,75

1,50

SALA 03

±0,00

±0,00

DEPÓSITO

CAFETERIA

PRAÇA

0,65

16 - CORTE FF 1,70

+15,25

CAIXA D'AGUA SUPERIOR

1,50

+12,25 +11,25

COBERTURA

0,65

BARRILETE

2,95

D-09

+7,50

0,65

SANITÁRIO FEM./MASC.

2,95

+5,33

+5,69 +5,25

+3,75

0,80

BARRILETE

2,95

+1,61

+1,94

±0,00

SANITÁRIO MASC.

±0,00 ESPAÇO DE DESCOMPRESSÃO

LOJA

2,80

ELEVADOR

BARRILETE

-3,55

10


PROJETO | DESENHOS TÉCNICOS | CORTES

1,70

0,50

17 - CORTE GG +11,25

BARRILETE

5,39

3,60

COBERTURA

1,50

CAIXA D'AGUA SUPERIOR

+7,50 SANITÁRIO FEM./MASC.

0,50 3,60

0,55

+5,71

+3,75 1,70

ADM, E GER. CAIXA D'AGUA SUPERIOR

1,84

±0,00

+11,25

BARRILETE

±0,00

ESPAÇO DE DESCOMPRESSÃO

ELEVADOR

SANITÁRIO MASC.

2,80

5,39

3,60

LOJA

1,50

+1,94 COBERTURA

+7,50

SANITÁRIO FEM./MASC. BARRILETE

-3,55 3,60

0,55

+5,71

+3,75 ADM, E GER.

10

5

2

0

±0,00

±0,00

ESPAÇO DE DESCOMPRESSÃO

ELEVADOR

SANITÁRIO MASC.

BARRILETE

1,70

-3,55

CAIXA D'AGUA SUPERIOR

COBERTURA

0,65 1,50

0,50

2,80

LOJA

0,50

1,84

+1,94

BARRILETE

5

2

0 2,95

10

+7,50 SALA 03

0,50 2,95

0,65

18 - CORTE HH

+3,75 1,70

AREA MULTIUSO 01

COBERTURA

±0,00

0,65 1,50 0,50

0,50

CAIXA D'AGUA SUPERIOR

BARRILETE

±0,00

PRAÇA

1,70

SANITÁRIO MASC.

1,50

+7,50 SALA 03

BARRILETE

0,65

+11,25

5,39

2,95 3,60

COBERTURA

2,95

CAIXA D'AGUA SUPERIOR

AREA MULTIUSO 01 SANITÁRIO FEM./MASC.

10

+3,75 +7,50

5

2

0

3,60

0,55

+5,71

±0,00

±0,00

PRAÇA

+3,75

SANITÁRIO MASC. ADM, E GER.

±0,00

±0,00

ESPAÇO DE DESCOMPRESSÃO

ELEVADOR

+15,25

SANITÁRIO MASC.

2,80

LOJA

3,00

1,84

+1,94

10 BARRILETE

5 -3,55

2 2,35 1,50

3,60

19 - CORTE II

0

+11,25

COBERTURA

10

5

2 2,25 0,50 1,50

+5,25

+15,25 +3,75 SALA 02

3,00

SALA 01

1,70

+2,80

COBERTURA

HALL

+11,25 ±0,00 DML

BARRILETE

+7,50

SALA 04

AREA MULTIUSO 02

2,95 2,25

3,60

CAFETERIA

0,65 1,50 1,50 2,35

±0,00 PRAÇA

0,50

CAIXA D'AGUA SUPERIOR COBERTURA

0

+7,50

SALA 04

AREA MULTIUSO 02

+7,50

0,65 1,50

SALA 03

2,95

+5,25

+3,75 SALA 01

SALA 02

10

+2,80

5

2

0

+3,75 AREA MULTIUSO 01

±0,00 PRAÇA

±0,00 CAFETERIA

±0,00

HALL

DML

±0,00

PRAÇA

SANITÁRIO MASC.

GSPublisherVersion 0.91.100.100

GSPublisherVersion 0.91.100.100

10 10

5 5

2 2

0 0

59


60

ublisherVersion 0.91.100.100 ublisherVersion 0.91.100.100

20 - ELEVAÇÃO 01

10 10

5 5

2 2

10 10

5 5

0 0

21 - ELEVAÇÃO 02

2 2

0 0


sherVersion 0.91.100.100

P R O J E T O | D E S E N H O S T É C N I C O S | E L E VA Ç Õ E S

22 - ELEVAÇÃO 03

10

5

2

0

23 - ELEVAÇÃO 04

10

5

2

0

61


62

CA I XA D’ÁG UA

localizado na planta do pavimento cobertura e a caixa d’água no pavimento caixa d’água.

Para o armazenamento e abastecimento adequado da água no projeto, foi calculado o volume de água necessário para atender a demanda de uso. A partir dos dados técnicos necessários (área útil, população, consumo e RTI), foi encontrado o resultado em volume de água necessário e as medidas físicas para comportar esse volume.

A caixa d’água inferior esta localizada na parte dos fundos do lote, dando-se o acesso por meio de uma abertura localizada no pavimento térreo. Apresenta dimensões que atendem o resultado de 2/3 do volume necessário. São separadas em duas partes para facilitar a manutenção e o acesso se dá pelas aberturas superiores na área do barrilete. Cada uma delas apresenta capacidade para 30,25m³ de água.

Esse volume é armazenado em duas caixas d’água, uma localizada na parte inferior do projeto (pavimento do subsolo) e outra na parte superior, tendo o barrilete

A caixa superior está localizada na parte de trás do edifício e por meio de uma escada localizada na sala de depósito do segundo pavimento tem-se o acesso ao

3,00

3,05

4,92

3,00

0,15

Casa de máquinas elevador

Casa de registros da caixa dágua inferior

10,30 4,92

7,30

0,15

10,30

Caixa d'água inferior Capacidade para 30,25m³ de água

0,15

Caixa d'água inferior Capacidade para 30,25m³ de água

1,80

1,20

3,10 6,10

24 - DETALHAMENTO 01

N

5

2

0


PublisherVersion 0.92.100.100

P R O J E T O | D E S E N H O S T É C N I C O S | D E TA L H A M E N T O S

barrilete. No barrilete uma porta com medidas especi-

do volume de água necessário. São separadas em duas

ficas concede o acesso à escada estilo marinheiro que

partes para facilitar a manutenção e o acesso se dá

liga o pavimento de cobertura do edifício ao pavimento

pelas aberturas zenitais localizadas no pavimento de

de cobertura da caixa d’água. A caixa d’água superior

cobertura da caixa d’água. Cada uma das partes apre-

apresenta dimensões que atendem o resultado de 1/3

senta capacidade para 16m³ de água.

Escada para o acesso a cobertura da caixa d'agua

Argila expandida

0,15 1,50

0,15

0,19

0,80

1,10

Acesso ao barrilete

2,30

0,56

Casa de registros da caixa dágua superior | Barrilete

2,00

0,75

Platibanda

0,15

0,15

0,15

2,00

10,65

2,15

10,95

25 - DETALHAMENTO 04 - BARRILETE

Caixa d'água superior Capacidade para 16m³ de água

0,15

2,00

Caixa d'água superior Capacidade para 16m³ de água

0,15

Parede de divisão da capacidade da caixa d'agua

Escada para o acesso a cobertura da caixa d'agua

0,15

0,15

0,15

5,25

5,25 10,95

26 - DETALHAMENTO 05 - CAIXA D’ÁGUA

Acesso a caixa d'agua

2,30

0,15

2,00

0,15

Escada de acesso

0,15

4,18

0,90

0,55

0,90

0,15

4,12

10,95

27 - DETALHAMENTO 06 - COBERTURA CAIXA D’ÁGUA

10,95

N

10

5

2

0

63


64

28 - DETALHAMENTO 08 - CORTE CAIXA D’ÁGUA INFERIOR Àgua Vazio Vão de acesso para manutenção

0,20

0,35

Parede ipermeabilizada de concreto

3,20

0,20

Escada de acesso ao Barrilete

2,00

2,80

0,60

Laje ipermeabilizada de concreto

0,20

Caixa d'agua Inferior Capacidade para 30,25m³ de água

Terra

Barrilete

Laje ipermeabilizada de concreto

5

2

0

29 - DETALHAMENTO 07 - CORTE CAIXA D’ÁGUA SUPERIOR

Escada para o acesso a cobertura da caixa d'agua

Parede de divisão da capacidade da caixa d'agua

Vão de acesso para manutenção

Nível da água

Platibanda Cobertura

Argila expandida Membrana ipermeabilizante Vazio

Caixa d'água superior Capacidade para 16m³ de água

Caixa d'água superior Capacidade para 16m³ de água

Parede ipermeabilizada de concreto Laje ipermeabilizada de concreto

Platibanda Acesso do interior do edificio ao barrilete Barrilete

Viga de concreto

GSPublisherVersion 0.91.100.100

10

5

2

0


P R O J E T O | D E S E N H O S T É C N I C O S | D E TA L H A M E N T O S

30 - DETALHAMENTO 02 - AMPLIAÇÃO Parede de vidro laminado SALA 01

VÃO LIVRE

Pilar de concreto armado Pré-fabricado (25cm x 25cm

Viga de concreto armado Pré-fabricado (25cm x 80cm)

Guarda-corpo de vidro laminado (ABNT NBR 14718)

Porta de madeira Divisória de madeira

Divisoria de policarbonato 40mm

CORREDOR

Divisória de madeira Armários

Divisória de vidro translúcido SALA 02

AREA MULTIUSO 01

N

5

2

0

31 - DETALHAMENTO 03 - AMPLIAÇÃO

Guarda-corpo de vidro laminado (ABNT NBR 14718) ELEVADOR

Parede de vidro laminado

Estrutura metálica

VÃO LIVRE

Guarda-corpo de vidro laminado (ABNT NBR 14718)

Pilar metálico

Vista do jardim (pav. térreo) Pilar de concreto armado Pré-fabricado (25cm x 25cm

Viga de concreto armado Pré-fabricado (25cm x 80cm)

Laje piso de concreto armado

Porta de correr - P08

Porta de madeira - P07

CORREDOR

Divisória de vidro translúcido Divisória de madeira SALA 03

DEPÓSITO

SANITÁRIO FEM./MASC.

Parede Drywall - Chapa resistênte à humidade

N

GSPublisherVersion 0.91.100.100

5

2

0

65


66

32 - PLANTA PAV. TÉRREO COM LAYOUT - TIPO 01

PRAÇA

LOJA

ESPAÇO DE DESCOMPRESSÃO

CAFETERIA

12

13

14

15

16

17

18

19

20

D

21

PROJEÇÃO PRIMEIRO PAVIMENTO

11 10

21E(0,18 m) 20P(0,28 m)

S

AREA COBERTA

9

8

7

6

5

4

3

2

1

HALL

DEPÓSITO

SANIT. MAS.

SANIT. FEM.

DML

N 10

5

2

0


P R O J E T O | D E S E N H O S T É C N I C O S | T I P O L O G I A S D E L AY O U T

12

13

14

15

16

17

18

19

20

D

21

33 - PLANTA PAV. TÉRREO COM LAYOUT - TIPO 02

11 10

S

21E(0,18 m) 20P(0,28 m)

9

8

7

6

5

4

3

2

1

N 10

5

2

0

67


68

34 - PLANTA PRIMEIRO PAV. COM LAYOUT - TIPO 01

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21 D D

11 10

21E(0,18 m) 20P(0,28 m)

S S

SALA 01 9

8

7

6

5

4

3

2

1

GSPublisherVersion 0.91.100.100

+2,80

CIRCULAÇÃO

SALA 02

AREA MULTIF. 01

ADM E GER.

N 10

5

2

0


P R O J E T O | D E S E N H O S T É C N I C O S | T I P O L O G I A S D E L AY O U T

12

13

14

15

16

17

18

19

20

D D

11 10

21E(0,18 m) 20P(0,28 m)

S S

9

8

7

6

5

4

3

2

1

GSPublisherVersion 0.91.100.100

21

35 - PLANTA PRIMEIRO PAV. COM LAYOUT - TIPO 02

SALA 01

CIRCULAÇÃO SALA 02

AREA MULTIF. 01 ADM E GER.

N 10

5

2

0

69


70

S

GSPublisherVersion 0.91.100.100

D

36 - PLANTA SEGUNDO PAV. COM LAYOUT - TIPO 01

AREA MULTIUSO 02

CIRCULAÇÃO SANITÁRIO FEM./MASC.

SALA 04

DEPÓSITO

SALA 03

N 10

5

2

0


P R O J E T O | D E S E N H O S T É C N I C O S | T I P O L O G I A S D E L AY O U T

AREA MULTIUSO 02

S

GSPublisherVersion 0.91.100.100

D

37 - PLANTA SEGUNDO PAV. COM LAYOUT - TIPO 02

CIRCULAÇÃO SANITÁRIO FEM./MASC. SALA 04

SALA 03 DEPÓSITO

N 10

5

2

0

71


72


PROJETO | IMAGENS DO PROJETO | EXTERIOR

73


74


P R O J E T O | I M A G E N S D O P R O J E T O | L O J A C O L A B O R AT I VA

75


76


P R O J E T O | I M A G E N S D O P R O J E T O | L O J A C O L A B O R AT I VA E P R A Ç A

77


78


P R O J E T O | I M A G E N S D O P R O J E T O | E S PA Ç O S E X T E R N O S E B L O C O D E AT I V I D A D E S

79


80


P R O J E T O | I M A G E N S D O P R O J E T O | I N T E R I O R D O B L O C O D E AT I V I D A D E S

81


82


P R O J E T O | I M A G E N S D O P R O J E T O | I N T E R I O R D O B L O C O D E AT I V I D A D E S | E S PA Ç O M U LT I U S O

83


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