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DA ENCHENTE, A BEIRA RIO

MAIS UMA VEZ, CIDADE FICOU DEBAIXO D’ÁGUA

PIOR CHEIA DA HISTÓRIA MOTIVA GOVERNO A CRIAR A PRINCIPAL AVENIDA DA CIDADE, FUNDAMENTAL AINDA NA ATUALIDADE

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“CALCULA-SE QUE 20 MIL PESSOAS FICARAM DESABRIGADAS EM BRUSQUE E SENTIRAM DE PERTO A SOLIDARIEDADE DE TODO O PAÍS”

No setor comercial, o relatório apontou que foram atingidos 291 estabelecimentos, e 275 paralisados, representando 1.959 empregos. Ao todo, 5.612 empregados deixaram de produzir em Brusque, representando uma folha de pagamento na ordem de 2,63 bilhões de cruzeiros.

Ainda de acordo com o relatório, no primeiro semestre de 1984, o faturamento dessas empresas foi de quase 70 bilhões de cruzeiros, já os prejuízos totais com a enchente acumularam 10,26 bilhões de cruzeiros.

Além das empresas e inúmeras residências, prédios públicos, como o antigo Fórum, localizado no bairro Jardim Maluche, foi bastante afetado, com prejuízos estimados em 150 milhões de cruzeiros.

A cheia que assolou todo o Vale do Itajaí foi notícia no país, assim como em 1961. Em outubro de 1984, a cidade ainda se recuperava, quando uma comitiva de repórteres de jornais como Zero Hora, O Globo, Folha de S. Paulo e Correio Braziliense estiveram em Brusque para conferir de perto os estragos causados pela chuva.

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Dois dias depois de completar 124 anos, Brusque viveu aquela que seria considerada a pior enchente de sua história até então. Em 6 de agosto de 1984, após dias de chuva incessante, o rio Itajaí-Mirim mostrou sua força e deixou a cidade inteira debaixo d’água.

As águas passaram formando uma grande correnteza, levando muros, árvores e até casas. O cenário de destruição até hoje não sai da memória daqueles que viveram dias de terror e incerteza. A cidade, durante um longo tempo, ficou irreconhecível. Em nada parecia a Brusque pujante e em pleno desenvolvimento das semanas anteriores à cheia.

Calcula-se que 20 mil pessoas ficaram desabrigadas em Brusque e sentiram a solidariedade de todo o país. O prejuízo econômico também foi gigantesco. Relatório da Secretaria de Indústria e Comércio do Estado publicado na edição de 21 de setembro do jornal O Município, contabilizou 82 empresas atingidas e 77 paralisadas no setor industrial da cidade. Juntas, essas empresas empregavam 3.653 pessoas. ÁREA CENTRAL DE BRUSQUE FICOU COMPLETAMENTE ALAGADA

AVENIDA BEIRA RIO: A NOVA SOLUÇÃO

Até 1984, a retificação do rio Itajaí-Mirim, realizada após a cheia de 1961, era vista como a solução para o problema das enchentes em Brusque. Em 1983, cidades como Itajaí e Blumenau foram muito afetadas pelas chuvas, porém, Brusque não registrou grandes prejuízos.

Na época, a população teve a impressão de que Brusque foi poupada da enchente pela retificação do rio. Mas um ano depois, a história mudou.

A tragédia de 84 fez com que as lideranças buscassem novos projetos para a contenção de cheias na cidade. Após a enchente, o prefeito Celso Bonatelli encomendou um estudo para diagnóstico da bacia do rio Itajaí-Mirim, realizado pela Universidade de Santa Maria (UFSM).

Denominado “Plano Integral de Manejo da Bacia Hidrográfica do Itajaí-Mirim”, o estudo ficou pronto em 1986, e chegou à conclusão que o mau uso do solo é o principal causador das enchentes da bacia do Itajaí-Mirim.

Outro estudo, então, foi encomendado. Desta vez, realizado pelo Centro de Hidráulica e Hidrologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), concluído em fevereiro de 1988, que trouxe algumas opções para resolver o problema na cidade. Entre as soluções apresentadas, estava a dragagem do rio e a “construção de cinco quilômetros de um canal trapezoidal, com as margens revestidas de placas de cimento”.

Em 1988, Ciro Roza foi eleito prefeito de Brusque pela primeira vez e, logo no início de seu mandato, começou o planejamento para a construção da avenida Beira Rio. A obra foi concebida para funcionar como o canal extravasor do município, aproveitando a sugestão do estudo da UFPR e também uma ideia lançada pelo ex-prefeito Cyro Gevaerd, ainda nos anos 1960, para a construção de uma beira rio nas duas margens para desafogar o trânsito da cidade.

Na época em que estava à frente da prefeitura, Gevaerd chegou a iniciar um trecho da Beira Rio, nas imediações da ponte Irineu Bornhausen, no Centro. Depois, os prefeitos que o sucederam deram continuidade ao projeto.

Em sua tese de doutorado, intitulada Regimes de Cidade: Investigações e experiências urbanas no Vale do Itajaí-Mirim, o historiador Álisson Sousa Castro lembra que o trecho entre a ponte Irineu Bornhausen e a rua Paes Leme, no Centro de Brusque, foi finalizado no último ano da gestão do prefeito Alexandre Merico, em 1983.

“Depois de 84, a sociedade brusquense buscou quem entendesse para fazer um projeto para diminuir os efeitos das enchentes. Foi feito o projeto pela Universidade de Santa Maria e de lá se procurou a maior autoridade em hidrografia do mundo, que é o Instituto Hidrográfico do Paraná. Eles fizeram os estudos durante dois anos e trouxeram a necessidade de tirar os obstáculos, assorear o rio e construir o canal”, lembra Ciro Roza.

Quando foi eleito, ele conta que entrou decidido a fazer a obra, que era vista como a nova solução para as cheias da cidade. “Quando eu entrei como prefeito, disse que não adianta falar, tem que pôr em prática, ter coragem, e foi isso que eu fiz. Comecei já em janeiro de 1989 a fazer”, afirma.

No início de março de 1989, O Município noticia que começou a ser construída a avenida Beira Rio margem direita, no trecho entre a ponte Arthur Schlösser e a rua Henrique Rosin. CONSTRUÇÃO DA AVENIDA BEIRA RIO INICIOU EM 1989

PRIMEIRO TRECHO DO CANAL EXTRAVASOR FOI INAUGURADO NO DIA 4 DE AGOSTO DE 1990

A construção da avenida Beira Rio gerou muita polêmica na cidade. Especialistas alegavam que a obra não seguia o projeto realizado pela UFPR e, ao contrário de resolver o problema das enchentes, poderia agravar a situação.

Em maio de 1989, os vereadores Antônio Maluche Neto e Marcus Antônio da Silva foram até Curitiba para buscar informações com Heinz Fill, responsável pela elaboração do estudo no qual a prefeitura se baseava.

Na época, Fill afirmou aos vereadores que o projeto não obedecia as sugestões apresentadas nos estudos da UFPR. Polêmicas à parte, a obra prosseguiu conforme o desejo do prefeito.

Roza explica que o plano de contenção de cheias realizado em seu governo estava fundamentado na vazão, largura, profundidade e velocidade. “O estudo da UFPR tinha o desassoreamento do rio e tirar o ponto de estrangulamento. Eu decidi ampliar. Sugeri ampliar o canal e inclusive fazer em ambas as margens o rebaixamento até a cota 15. Quando chega na cota 15, as avenidas passam a ser o rio. Elas foram construídas para isso e também têm um papel importante na mobilidade da nossa cidade”.

Na manhã de 4 de agosto de 1990, no aniversário de 130 anos de Brusque, e seis anos depois da maior tragédia da história da cidade, foi inaugurada com grande festa o primeiro trecho da margem direita da avenida Beira Rio.

As obras, entretanto, continuaram por mais alguns anos, adentrando as gestões de Danilo Moritz e Hylário Zen, até o retorno de Roza à prefeitura, em 2001.

Já no começo de seu segundo mandato, Ciro Roza decidiu iniciar uma nova fase do projeto de contenção de cheias: a construção da nova ponte Irineu Bornhausen.

Mais uma vez, a obra foi muito questionada, pela falta de projetos e também pela origem dos recursos.

“Eu recebi muitas críticas. Desde que dei início à construção da Beira Rio, foram 14 processos. A remoção daquela ponte estava prevista no projeto desde o início. Os pilares da ponte antiga estrangulavam a vazão. Era necessário fazer uma ponte moderna que não segurasse a passagem da água”.

A obra da nova ponte foi parar na Justiça. No dia 6 de março de 2003, entretanto, a prefeitura recebeu uma liminar que anulava o impedimento da obra. No mesmo dia, às 19h30, as máquinas iniciaram a demolição da ponte.

Começa, então, a construção do que hoje é um dos símbolos da cidade: a ponte estaiada. A nova ponte foi a primeira do Brasil a ser edificada em concreto branco e segue um padrão arquitetônico moderno. A estrutura é sustentada por um pilar central, com 36 metros de altura, na margem direita do rio Itajaí-Mirim, com um vão livre de 90,88 metros. Deste pilar central, saem quatro conjuntos de estais, com 512 cabos, que correspondem a 4,6 mil toneladas de força. A ponte foi inaugurada no dia 20 de abril de 2004.

“Durante 12 anos que fiquei na prefeitura, nem um dia fiquei sem trabalhar na Beira Rio, porque esta obra é fundamental. Ao construir o canal extravasor, além de ajudar no problema das enchentes, áreas que não valiam nada, que ninguém tinha coragem de fazer uma casa, se valorizaram. A cidade se desenvolveu ao redor da Beira Rio”, avalia Ciro.

O geólogo Juarês Aumond observa que assim como a retificação, iniciada em 1961, a construção do canal extravasor foi benéfica para o município em relação às cheias que são tão comuns em Brusque.

“Se analisar o todo, nós saímos ganhando. Claro que sempre tem algum efeito que não gostaríamos, como a erosão na margem, uma estiagem que agora é um pouco maior devido à água ir logo para o oceano. Mas as duas (retificação e canal extravasor) tiveram o mesmo efeito. Analisando o custo-benefício para a sociedade como um todo, não tenho dúvida, que o benefício foi maior”.

Atualmente, a gestão do prefeito Jonas Paegle dá continuidade à avenida Beira Rio, na margem esquerda.

POLÊMICAS

A PARTIR DOS ANOS 1990, GIGANTES TÊXTEIS QUE DITARAM O RUMO DA ECONOMIA DA CIDADE DESDE O SÉCULO PASSADO, ENTRARAM EM DECADÊNCIA

REINVENÇÃO PÓS-DECLÍNIO

ENFRAQUECIMENTO E QUEDA DAS FÁBRICAS CENTENÁRIAS É SUPERADO COM REMODELAMENTO DA ECONOMIA TÊXTIL

Ao longo da história centenária em Brusque, a indústria têxtil teve seus momentos de glória, mas também períodos turbulentos. Enfrentou as consequências de duas guerras mundiais, epidemias, crise econômica mundial e outros tantos desafios.

Em todas essas dificuldades, as três principais indústrias têxteis da cidade - Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, Buettner Indústria e Comércio e Companhia Industrial Schlösser - que até os anos 1960 eram a base da economia de Brusque, conseguiram se recuperar.

A partir dos anos 1990, porém, esta história começa a mudar. A abertura comercial do Brasil trouxe impactos diretos nas grandes têxteis da cidade. A agonia das fábricas centenárias, que durante muitos anos foram símbolo do progresso do município, foi acompanhada com tristeza e preocupação por toda população até o fim, nos anos 2000.

Marcus Schlösser, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Brusque (Sifitec) e membro do Conselho de Administração da Schlösser, diz que a abertura do mercado e a oscilação cambial balançaram as estruturas do setor e contribuíram significativamente para a queda das três indústrias da cidade.

“O dólar teve um período que chegou a R$ 0,86. As empresas, principalmente aquelas cuja parcela considerável era destinada à exportação, acabaram honrando seus contratos, mas em seguida desativaram o setor de exportação. O que hoje sabemos que foi “ERA UM MUNDO FECHADO. AS EMPRESAS ESTAVAM NA TERCEIRA, QUARTA GERAÇÃO ADMINISTRANDO. FAMÍLIAS INTEIRAS DEPENDIAM DISSO, SE ACOMODAVAM DENTRO DESSAS ORGANIZAÇÕES E, COM ISSO, PERDERAM A CHANCE DE ADAPTAÇÃO, DE SOBREVIVER”

Marcus Schlösser, presidente do Sifitec

um erro porque meses depois o câmbio voltou aos patamares considerados normais para a época”.

A defasagem tecnológica tornava a concorrência com o mercado externo ainda mais difícil, e também é vista como um ponto de contribuição para a queda das gigantes de Brusque.

“Até os anos 80, início dos anos 90, as empresas investiam bastante em tecnologia, sempre vinham consultores da Europa para auxiliar, havia o investimento em equipamentos. Como tinham atuação no mercado externo, tinham acesso à tecnologia, mas chegou um momento que faltaram recursos e aí a defasagem tecnológica foi muito rápida”.

Schlösser observa que somadas às crises que são comuns e cíclicas em todos os setores, a forma de gestão das indústrias foi um fator que contribuiu decisivamente para a decadência. De acordo com ele, as indústrias de Brusque estavam verticalizadas e à mercê de gestões engessadas.

“Era um mundo fechado. As empresas estavam na terceira, quarta geração administrando. Famílias inteiras dependiam disso, se acomodavam dentro dessas organizações e, com isso, perderam a chance de adaptação, de sobreviver”.

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TENTATIVAS DE RECUPERAÇÃO

As centenárias seguraram o máximo que puderam. Chegaram aos anos 2000 tentando resistir e se adaptar às mudanças impostas pelo mercado. Em 2011, na tentativa de salvar as histórias de mais de um século, as três indústrias entraram em recuperação judicial.

Começava um longo período de reformulação, visando resgatar o sucesso de outrora. Apesar das tentativas. A Fábrica Renaux, pioneira do setor têxtil em Brusque, sucumbiu e teve falência decretada em 15 de julho de 2013. A Buettner teve o mesmo destino, três anos depois, em 2016.

“Todas, de alguma forma, demoraram a perceber a importância da recuperação judicial. Quando se tomou a decisão, já era tarde, os benefícios já não adiantavam mais”, avalia Marcus Schlösser.

O processo de recuperação judicial da Schlösser chegou ao fim em 2018. Das centenárias, é a única que conseguiu concluí-lo sem decretar falência. Em 2011, apostou em uma parceria com a Buettner, utilizando parte da estrutura da empresa para manter as atividades.

Com a falência da Buettner, o que restou da centenária Schlösser também teve que desocupar o espaço. “Teoricamente, a Schlösser continua e agora está paralisada. Estamos avaliando nos próximos meses o que fazer. Em princípio, houve a locação de um galpão em Botuverá, alguns teares foram transferidos para lá e os funcionários remanescentes estão gerindo. A empresa continua com a marca, o nome e com os equipamentos”. FALÊNCIA DA FÁBRICA DE TECIDOS CÔNSUL CARLOS RENAUX FOI DECRETADA EM 15 DE JULHO DE 2013

CRISE DAS GRANDES FOMENTA O EMPREENDEDORISMO

A decadência das grandes indústrias têxteis poderia ter provocado um colapso econômico em Brusque. Por muitos anos, a Renaux, a Schlösser e a Buettner foram as principais empregadoras da cidade. A maioria das famílias dependia da renda vinda do trabalho para essas empresas.

As centenárias foram, no entanto, uma grande escola para muitos brusquenses que ainda continuam no ramo têxtil, trabalhando em outras empresas ou tendo agora o seu próprio negócio.

Quando os problemas começaram a surgir nas três indústrias, no fim dos anos 80 e início dos anos 90, muitas famílias começaram a empreender, abrindo a própria empresa dentro do mesmo segmento.

“As dificuldades das grandes propiciaram o aparecimento de várias outras empresas, que tomaram o espaço das centenárias com folga, tanto que o setor continua com geração de riqueza e sendo a principal economia da cidade”, observa Schlösser.

Para o presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque (Ampebr), Ademir José Jorge, o espírito empreendedor do brusquense foi fundamental para que a cidade não fosse tão impactada pela crise das centenárias.

A medida que os anos avançavam, o número de empregados nas fábricas diminuía. Porém, muitos trabalhadores foram absorvidos por outras empresas que surgiram ao longo dos anos.

“Muitos ainda, devido à experiência que tinham, colocaram suas próprias empresas, atuando como terceirizados. Com certeza, as centenárias trouxeram uma experiência grande para muitas pessoas que hoje são grandes empresários. A cidade não sentiu o número de desempregados porque rapidamente se recolocaram no mercado de trabalho”.

De acordo com ele, atualmente, 90% dos empregos em Brusque são de micro e pequenas empresas. “São essas empresas que sustentam e são responsáveis por grande parte da economia do nosso município”.

Mesmo sem as centenárias, o número de empregados no setor têxtil em Brusque e região é de aproximadamente 12 mil pessoas, de acordo com o presidente do Sindicato dos trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem (Sintrafite), Aníbal Boettger.

“Com a situação dessas empresas, muitos funcionários, com ousadia, capacidade, iniciaram seu próprio negócio e hoje são exemplo de gestão. Outras empresas que eram pequenas, ampliaram sua capacidade e tornaram o setor viável, mesmo com todas as dificuldades”.

Durante 11 anos, o alemão Wolfgang Kurt Busching, 64 anos, foi funcionário da Cia Industrial Schlösser. A fábrica têxtil foi seu primeiro emprego em terras brasileiras e até hoje, ele sente gratidão pela oportunidade.

Wolfgang é um dos exemplos de empreendedorismo saído da grande indústria têxtil. Em 1991, juntando a experiência conquistada na Schlösser e também na Hering, em Blumenau, ele abriu sua própria empresa. Começou com uma loja na FIP, que não deu certo. Ele não desistiu e em 1996, surgiu a Klaubitex, confecção de moda feminina e plus size.

“Com certeza, o período que fiquei na Schlösser foi um aprendizado e me influenciou a seguir no ramo têxtil”.

A empresa familiar está ativa até hoje, no bairro Jardim Maluche. Atualmente, sob o comando dos filhos do empresário. Todo o processo de produção é terceirizado, o que contribui para o fomento da cadeia têxtil do município.

“Minha filha é formada em Moda e faz a coleção, pedimos a malha pronta, minha mulher faz a talhação, e depois levamos para facções parceiras. Conforme a demanda, a embalagem também é terceirizada, e assim conseguimos nos manter no mercado, como diversos outros colegas que começaram nas grandes fábricas e hoje gerenciam seu próprio negócio”, diz.

O presidente da Ampebr reforça que os impactos só não foram maiores por causa da iniciativa dos empreendedores locais.

“Já passamos por muitas situações, mas o povo brusquense é empreendedor, vai à luta, tem garra, vontade de trabalhar e tem uma visão diferenciada. Muitos, inclusive, levam como exemplo o que aconteceu com as grandes indústrias para não repetir o mesmo erro”.

GRATIDÃO ÀS CENTENÁRIAS

“COM CERTEZA, O PERÍODO QUE FIQUEI NA SCHLÖSSER FOI UM APRENDIZADO E ME INFLUENCIOU A SEGUIR NO RAMO TÊXTIL”

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