012 O Estilo Tipogrรกfico Internacional e a Escola de Nova Iorque
O ESTILO TIPOGRร FICO INTERNACIONAL E A E S C O L A D E N O VA I O R Q U E
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Universidade de Coimbra Faculdade de Ciência e Tecnologia Mestrado em Design e Multimédia 1º Ano / 1º Semestre Teoria e Historia do Design O ESTILO TIPOGRÁFICO INTERNACIONAL E A ESCOLA DE NOVA IORQUE
Autoria Julia Horiuchi Utime
índice
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1950
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expressão artística
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tipografia
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repercussão mundial
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personalidades influentes
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escola de nova iorque
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personalidades influentes
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yale university school of art
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design editorial
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publicidade e tipografia
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conclusĂŁo
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1950
Surge em meio ao pós-guerra na Suíça e Alemanha o movimento conhecido por Estilo Tipográfico Internacional, ou também conhecido, Design Suíço. Adquiriu adeptos em todo o mundo, em um cenário bastante propício para aceitação e incorporação do movimento que procurava ser atemporal às formas e usos. Buscava-se um novo olhar das
FIGURA 00 Josef Müller-Brockmann Beethoven 07 Fonte: aestheticnick.com
artes gráficas para a nova globalização, compreensão e nova maneira de expressar. Foram duas décadas de grande influência, e é possível identificar a presença e herança do movimento artístico com maior projeção mundial até hoje. Teve início em Basel e Zurique, com as escolas lideradas por Armin Hofmann e Emil Ruder em Basel, e por Joseph MullerBrockmann em Zurique. Foram designers com formação nos princípios da Bauhaus e da Nova Tipografia de Jan Tschichold. Abrangeu não só o design como também
a arquitetura e a tipografia. Teve por base fundamentos do funcionalismo, organização assimétrica dos elementos, construção de grelhas matemáticas, fotografia objetiva, clareza, unificação, linhas simples, durabilidade, tipografia não serifada e alinhamento à esquerda não justificado. Timidamente em território suíço, o até então Design Suíço toma o mundo ao aproximar os anos 60, com grande produção gráfica e repercussão mundial de um estilo que se tornaria o maior estandarte do design gráfico de todos os tempos . O nascimento da Helvetica e da Univers, bem como sua eficácia aos olhares da massa, proporcionaram exata adequação ao movimento. A partir da idéia da eliminação das serifas, juntamente com a configuração em grelha, tornaram o material gráfico mais legível e harmonioso à compreensão da mensagem.
o universalismo, a clareza e o científico rejeitavam os fundamentos centralizados e pessoais 04
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expressão artística 01
É a partir de meados do século XX que o designer questiona seu papel na sociedade, aquele que é responsável pela legibilidade da comunicação visual. O designer não deveria passar ao interlocutor posicionamento e visões pessoais sobre o mundo que o rodeia. Deve ser “invisível”, adequando seu trabalho à finalidade que lhe é concebida. A imagem começa a falar por si mesma, deve ser simples, eficaz e objetiva. Utilizase a abstração visual das formas em conjunto com as novas tipografias não serifadas. Em geral, a tipografia desenvolvida nesse período era de pouca expressividade formal, mesmo que bastante clara e eficaz. Acreditava-se que o valor estético do texto estava no desenho simples dos tipos, bem feitos e, portanto, belos. A forma, o arranjo, a fotografia e a estruturação das informações deveriam seguir a regra da legibilidade. A estruturação em grelha proporcionou o aparecimento de espaços em branco que se tornaram parte importante da composição.
A fotografia objetiva, limpa e direta tornava-se um artifício mais utilizado do que a ilustração. Posters de Josef Muller-Brockmann evidenciam a maioria das características em seus trabalhos de grande simplicidade e organizados em uma grelha estrutural sempre complexa. Armin Hoffmann utilizava do máximo contraste para, muitas vezes, com preto e branco, transmitir suas mensagens de forma clara e eficaz. Uma composição uniforme dos elementos. Em meio a guerra, período em que a maioria dos países envolvidos produziam materiais para pedidos de apoio,
FIGURA 01, 02, 03 Herbert Matter - posters para o Gabinete do Turismo Suíço Fonte: designishistory.com
FIGURA 04 Hofmann - Requiem (1986) Fonte: cadernodeestudojoanapinheiro.wordp ress.com, 2013
FIGURA 05 Brockman - Der Film (1960) Fonte: History of Grafic Design, 1998
recrutamento militar, a Suíça acabara por permanecer na neutralidade de sua paz, e como consequência teve continuidade na produção artística e, portanto, a única que passa por esse período com preceitos já do pós-guerra. Dessa forma, a partir do fim da guerra, o mundo vira-se às novas preocupações, buscando maior transparência no veículo de comunicação, e transmissão de informações às massas. Inicia a idéia da globalização e inclusão social. Da mesma forma, com a intensa industrialização, consumo e capitalismo, desenvolve-se a produção da publicidade e propaganda de produtos e serviços.
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tipografia 06
A partir da criação do grid system - um sistema de grelha matemática assimétrica utilizada para estruturar a produção de tipos - criado por Ernst Keller em 1918, foi possível o desenvolvimento de inúmeros experimentos tipográficos por parte dos estudantes da Escola de Arts & Crafts de Zurique, e que são utilizadas até hoje. Acreditava numa completa harmonia e progresso na utilização de tipografias sem serifa, de maior legibilidade e melhor estruturação de informações. Grandes empresas buscavam a utilização da nova tipografia em virtude de se consolidarem como empresas funcionais,
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racionais e adaptadas a era moderna industrializada. Essa tipografia passou a ser incorporada fortemente na identidade visual de diversas empresas.
FIGURA 06 Shell 1961 Fonte: logodesignlove.com/ shell-logo-design-evolution
FIGURA 07 Pepsi 1962 Fonte: hdwallpapersrc.com/ old-and-new-pepsi-logo/
FIGURA 08 BMW 1954 Fonte: afranko.com/2013/10/ bmw-logo/
FIGURA 09 Identidade visual do Metro de NY. Utilização da Helvetica. Fonte: urbanomnibus. net, 2011
FIGURA 10 Identidade visual da American Airlines, por Massimo Vignelli, com uso da Helvetica. (1967) Fonte: vignelli.com
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helvetica Criada por Max Miedinger e Eduard Hoffmann em 1957. Tinha como objetivo entrar no mercado suíço para competir com a Akzidenz-Grotesk. Inicialmente chamava-se Neue Haas Grotesk, e em 1960 seu nome foi alterado pela empresa de patentes Stempel, para Helvetica, com intuito de atingir o mercado internacional.
HELVETICA REGULAR
ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVXWYZ abcdefghijklmn opqrstuvxwyz 0123456789
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tipo não serifado, neutro, legível e sem significados intrínsecos FIGURA 11 Helvetica Fonte: crispme.com/10-awesome-helvetica-wallpapers/
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univers Estabilidade e homogeneidade, esses são os principais pesos transmitidos pela Univers. O tipo criado em 1957 por Adrian Frutiger tem formas claras e objetivas, e diferentemente da Helvetica, que representava um efeito neutro, claro e jovial, a Univers expressava calma, elegância e competência racional. Foi desenvolvido para se adequar a leitura de textos longos, lançada pela Deberny & Peignot e posteriormente produzida pela Linotype em conjunto com Adrian Frutiger.
UNIVERS REGULAR
ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVXWYZ abcdefghijklmn opqrstuvxwyz 0123456789
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um tipo jovial que exaltação da calma, elegância, solidez e competência racional FIGURA 12 Univers - Adrian Frutiger Fonte: design365.wordpress. com/category/typeface/ page/2/
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repercussão mundial Europa e Estados Unidos
O isolamento em meio a II Guerra Mundial proporcionou à Suíça produção gráfica permanente e desenvolvimento dos preceitos já do pós-guerra.
O design suíço nesse momento encaixava-se bem às necessidades globais de expansão econômica, tecnológica e industrial. Em um primeiro momento “invadiu” os países vizinhos, onde no fim da década de 60 já estaria por toda a Europa. A negação por qualquer tipo de influência pessoal no uso do Estilo Tipográfico Internacional, fez com que o movimento sobrevivesse à exportação para diferentes culturas sem perder seus valores originais.
FIGURA 13, 14, 15 Max Hurber - Poster para o Grande Prêmio de Monza (1948, 1957 e 1970) Fonte: studyblue.com, 2007
Oficialmente terminada a guerra, o “novo mundo” necessitava de uma linguagem universal, clara e abrangente.
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Nos EUA, imigrantes do pós guerra, fugidos do totalitarismo, os europeus trazem consigo o Estilo Internacional. Duas grandes personalidades nessa época não podem ser esquecidos, como Rudolph de Hakak, que explora o uso de formas claras e diretas, e Rob Roy Kelly, responsável pelo currículo de design do Kansas City Art Institute, criou um plano educacional de difusão das principais idéias do design suíço, que chegaria a diversos centros educacionais americanos. O Estilo Internacional, acelerou o reconhecimento da profissão do designer, bem como permitiu a exploração das ferramentas do estilo no desenvolvimento de técnicas de gestão criativa na produção do design gráfico.
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FIGURA 16 Rudolph de Harak Fonte: massmodern.net/ mmcurrentcollection/ mm073modernistclock.html
FIGURA 17 Rudolph de Harak - Sound from the Alps (1961) Fonte: History of Grafic Design, 1998
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FIGURA 18 Rudolph de Harak - The Stress of Life (1963) Fonte: History of Grafic Design, 1998
FIGURA 19 Rudolph de Harak Techniques of Leadership (1964) Fonte: montagueprojectsblog. blogspot.pt
FIGURA 20 Rudolph de Harak - Vivaldi: Gloria (1960s) Fonte: History of Grafic Design, 1998
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personalidades influentes 21
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FIGURA 28 Max Huber Fonte: golempraga.wordpress.com
FIGURA 27 Otl Aicher Fonte: linotype.com/651/ otlaicher.html
FIGURA 21 Josef Müller-Brockmann Fonte: thinkingform.com/ archive-tag/josef-muller-brock-
FIGURA 22 Emil Ruder Fonte: thinkingform. com/?s=Helmut+Schmid
FIGURA 23 Armin Hofmann Fonte: yama-bato.tumblr. com/post/25033744346/
FIGURA 24 Ernst Keller Fonte: The Swiss Style Museum
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FIGURA 25 Théo Ballmer Fonte: The Swiss Style Museum
FIGURA 26 Max Bill Fonte: concretosparalelos. com.br/?p=46
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Josef Müller-Brockmann 1914—1996
Um dos 3 pioneiros do Design Suíço, estudou arquitetura, design e história da arte na Universidade de Zurique e na Kunstgewerbeschule Zurique (Artes aplicadas). Responsável por grandes títulos, como “Grid System in Graphic Design”, é um dos maiores nomes do Estilo Internacional. Conhecido por compor de maneira simples, com cores, formas e tipografia limpas, em geral a Helvetica. Sua criação foi variada, desde posters para projetos sociais até projetos comerciais para IBM. Nos anos 50 foi co-fundador e editor da publicação Neue Grafik, além de ter sido quem mais propagou o design suíço pelo mundo. Tinha como filosofia a eliminação de tudo aquilo que consideva desnecessário e decorativo, em favor da simplicidade e síntese da mensagem. Teve grande influência dos estudos da Bauhaus e do Construtivismo. Sabia utilizar de maneira brilhante as formas simples, as cores e a tipografia moderna. Palestrante pelo mundo e professor de design em Zurique, produziu conteúdos gráficos e teóricos de grande repercussão e reconhecimento. Seus trabalhos e sua maneira de pensar tiveram grande impacto na comunicação visual moderna, que ainda influencia em muito o design gráfico dos dias de hoje.
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FIGURA 29 Josef Müller-Brockmann Automobile Club de Suisse (1953) Fonte: hogd.pbworks.com, 2012
Sabia utilizar de maneira brilhante as formas simples, as cores e a tipografia moderna 19
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FIGURA 30 Josef Müller-Brockmann - Olma Fonte: jeromyj.com/2009/11/ josef-muller-brockmann-andthe-myth-of-objective-design/
FIGURA 31 Josef Müller-Brockmann Poster “less noise”, (1960) Fonte: History of Grafic Design, 1998
FIGURA 32 Zurich concert poster Fonte: http://tipografos.net/ designers/mueller-brockmann.html
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Emil Ruder 1814—1970
+ Armin Hofmann 1892—1980
Juntamente com Brockman, Emil Ruder e Armin Hofmann são considerados os pioneiros do Estilo Tipográfico Internacional. Ruder em 1947 contribui em grande para a formulação da Basel School. Publicou um manual de regras básicas de tipografia, o “Typography: A Manual of Design”, que se tornou referência no estudo de tipografia na Europa e na América do norte. O manual enfatiza o uso da grelha estruturada para o design editorial e paginação. Considerava também essencial
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FIGURA 33 Armin Hofmann - Dan Holz als Bau Stoff (1952) Fonte: aiga.org, 2011
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o espaço em branco e o ritmo gráfico. Em 1948 conhece Armin Hoffmann, onde posteriormente trabalham em cooperação. Juntos fundam a Schule fur Gestaltung Basel. Hoffman dedicou-se a integridade artística para o design gráfico. Foi professor na Basel School of Design desde 1947, e em toda a sua obra expressava uma linguagem gráfica distinta e grande pureza formal. Contraste entre as formas abstratas.
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FIGURA 34 Emil Ruder - capa do livro Typography: A Manual of Design (1967) Fonte: History of Grafic Design, 1998
FIGURA 35 Emil Ruder - Die gute Form translates to, “Good Form.” Fonte: thinkingforaliving.org/ archives/932
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FIGURA 36 Legenda bla bla bla bla Fonte: escrever fonte da imagem com a data
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Ernst Keller 1981—1968
Em 1918 integra a School of Applied Art e cria o curso profissional de design e tipografia. Sua maneira de criar posters, lettering e marcas perdurou como modelo standart por mais de quatro décadas. Havia grande interesse de Keller por imagens simbólicas, formas geométricas simplificadas, traços e letras expressivos, bem como as cores vibrantes. O currículo avançado da Escola de Design de Basel foi desenvolvido com base em exercícios geométricos envolvendo cubos e linhas, onde seus fundadores tiveram bases no De Stijl e Bauhaus, e mantiveram-se relevantes no programa curricular de 1950.
Havia grande interesse de Keller por imagens simbólicas, formas geométricas simplificadas, traços e letras expressivos, bem como as cores vibrantes.
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FIGURA 37 Ernst Keller - BEL RICORDO WETTBEWERB (1949) Fonte: liveauctioneers.com/ item/897592
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FIGURA 38 Ernst Keller - Poster Zurich Kunstgewerbemuseum (1931) Fonte: swissgraphicdesign. blogspot.pt
FIGURA 39 Ernst Keller - Poster Rietberg Museum (1955) Fonte: History of Grafic Design, 1998
FIGURA 40 Ernst Keller - Möbel Wettbewerb fuer die Ausstellung “Das Neue Heim”. 1928 Fonte: ffffound.com/image
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Théo Ballmer 1902—1965
De Basel, estudou na Escola de Arts & Crafts (Zurique). Seus trabalhos mais relevantes são seus posters, principalmente aqueles direcionados à política, com o uso de títulos marcantes e desenhos de silhuetas. Utilizava princípios do De Stijl de uma nova forma: grelha com alinhamentos horizontais e verticais. Desde 1926 ele inicia seus trabalhos como designer para a companhia farmacêutica Hoffmann-LaRoche, onde desenvolve trabalhos com tipografia extremamente geométrica, desenhos em grelhas e grandes planos de cor. Seus trabalhos em geral foram resultado do uso de grande precisão nos traços e grelhas de composição das imagens produzidas.
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FIGURA 41 Théo Ballmer - Posters Buro (1928) Fonte: History of Grafic Design, 1998
FIGURA 42 Théo Ballmer - Posters Norm (1928) Fonte: History of Grafic Design, 1998
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tipografia extremamente geométrica, desenhos em grelhas e grandes planos de cor. 26
FIGURA 43 Théo Ballmer - Posters Neues Bauen (1928) Fonte: flyergoodness. blogspot.pt/2011/08/modernist-swiss-design-by-theoballmer.html
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Atuou na arquitetura, engenharia, design gráfico e industrial, na pintura e na escultura. Entre 1927 e 1929, estudou na Bauhaus com Gropius, Meyer, MoholyNagy, Albert e Kandinsky. Depois de se mudar para Zurich, formula o manifesto da art concrete. A partir da década de 30, Bill desenvolve trabalhos com essência geométrica, proporção matemática e uso particular da tipografia Akzidenz Grotesk. A evolução dos seus trabalhos foram marcados por harmoniosa divisão espacial das partes, grelhas modulares, sequências e contrastes das interrelações dos elementos. Ele acreditava no desenvolvimento da arte com bases no pensamento matemático. A partir de 1950 Bill envolve-se com a
Max Bill 1908—1994
criação da Escola de Design de Ulm, com influências da Bauhaus, juntamente com Inge Scholl e Otl Aicher. A escola se estabeleceu até 1968, onde funcionava como centro de pesquisa e treino para solucionar problemas de design utilizando os mesmos princípios da Bauhaus. Destacou-se principalmente pela inclusão da semiótica (estudo do significado dos símbolos, suas conexões, ordenamento e relações entre si e o usuário) no currículo de estudos. Bill foi considerado a maior influência individual no design gráfico suíço da década de 1950. Teve também atuação no design de produtos, onde produziu o banco/prateleira/mesa “Ulmer Hocker” (1954), além dos relógios para Junghans.
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FIGURA 44 Max Bill - St. Gallen (1967) Fonte: citrinitas.com/history_ of_viscom/images/modernism/ maxbill.html
FIGURA 45 Max Bill - 1968 Fonte: citrinitas.com/history_ of_viscom/images/modernism/ maxbill.html
FIGURA 46 Max Bill - Die Farbe, capa para a Zurich Kunstgewerbemuseum (1944) Fonte: design-is-fine.org/ post/49629246344/max-billdie-farbe-cover-for-the-zurich
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“Art concrete paintings were
tottaly constructed from pure, mathematically exact visual elements - planes and colors” (MEGGS, Philip; PURVIS, Alston, 1998)
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FIGURA 47 Max Bill - Ulmer Hocker (1954) Fonte: tectonicablog.com, 2011
FIGURA 48 Max Bill - Dreirundtisch und Dreibeinstühle (1949) Fonte: kulturundkontext.de/ medienservice/MaxBill.html
FIGURA 49 Max Bill - Junghans Fonte: ffffound.com
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Um dos designers alemãos mais influentes do século XX, foi o pioneiro na imagem empresarial do pós-guerra. Após período conturbado de guerra, em 1947 Aicher abre seu estúdio, e posteriormente a Escola de Design de Ulm juntamente com sua esposa e Max Bill. Foi responsável pela publicidade corporativa de empresas como a BMW, Lufthansa, e imagem institucional dos Jogos Olímpicos de Munique de 1972. Exerceu em diversas áreas, produzindo materiais de posters, livros, catálogos, bandeiras, medalhas, pictogramas desportivos. Em seus trabalhos, costumava explorar as idéias de maneira clara e direta, em seu essencial, o que fez sua obra ser atual até os dias de hoje.
Otl Aicher 1922—1991
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FIGURA 50, 51, 52, 53, 54 Otl Aicher - Jogos Olímpicos de Munique (1972) Fonte: visualkontakt.com
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FIGURA 55 Pictogramas esportivos por Yoshiro Yamashita a direita (1964) e Otl Aicher a esquerda (1972) Fonte: wemadethis.typepad. com
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Grande responsável pela difusão do Design Suíço na Itália, Huber é um dos grandes nomes e referências desse movimento. Frequentou a Escola de Arts & Crafts de Zurique, com base em designers da Bauhaus, artistas abstratos e construtivistas russos. Após período acadêmico, inicia sua carreira em Milão mas no período de guerra regressa à Suíça e desenvolve alguns trabalhos com Max Bill. No pós guerra, e novamente na Itália,
Max Huber 1919—1992
Huber desenvolve os principais projetos como designer gráfico. Huber procurava proporcionar um novo dinamismo às suas obras através da mistura de elementos gráficos, inovando, com ritmo no design. O auge de sua carreira acontece na década de 50 com o reconhecimento internacional, onde vence o prêmio Compasso d´oro, viaja aos EUA como orador do 1º Seminário Internacional de Tipografia, e expõem na Galeria de Design Matsuya em Tóquio.
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“Bright, pure hues were combined with protographs in intense, complex visual organizations. Hubber took advantage of the transparency of printing inks by layering shapes, typography, and images to create a complex web of graphic information.” MEGGS, Philip; PURVIS, Alston, 1998 FIGURA 56 Pirelli Scooter (1958) Fonte: thisisdisplay.org/
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FIGURA 57 Monza. 12 gran premio della Lotteria di Monza (1970) Fonte: moma.org
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FIGURA 58 Max Huber: Drawings, Paintings, 10 Graphic Works 1936-1940 (1987) Poster Fonte: dnp.co.jp
FIGURA 59 Borsalino, Italian hat manufacturer poster Fonte: http://aqua-velvet.com
FIGURA 60 Max Huber - Poster para o Prêmio de Monza (1957) Fonte: rockpaperink.com, 2012
FIGURA 61 Max Huber - Poster para o Prêmio de Monza (1972) Fonte: rockpaperink.com, 2012
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escola de nova iorque Introdução do movimento de arte moderna vindo da Europa a partir da década de 1940, através da imigração daqueles que fugiam do totalitarismo do pós-guerra, com uma nova perspectiva da comunidade artística americana que, naquele momento, passava por grande expansão econômica e tecnológica. O movimento decorre até 1970, com seu apogeu de 1950 e seu legado até os anos 90. Diferentemente do design europeu (teórico e estruturado), o design norte americano era pragmático, intuitivo, menos formal e explorava as formas e conceitos. Nesse momento, NY torna-se a nova incubadora artística. O designer
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busca a expressão, a apresentação direta das informações e a solução de problemas de comunicação, inovando técnicas e satisfazendo as necessidade de expressão pessoal.
Diferentemente do design europeu (teórico e estruturado), o design norte americano era pragmático, intuitivo, menos formal e explorava as formas e conceitos.
FIGURA 62 Paul Rand - Capa da revista Direction (1940) Fonte: History of Grafic Design, 1998
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personalidades influentes
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FIGURA 63 Paul Rand Fonte: mannyjanda-blogthat. blogspot.pt
FIGURA 64 Bradbury Thompson Fonte: library.rit.edu
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FIGURA 65 George Lois (2003) Fonte: chrisbucknews.wordpress.com
FIGURA 66 Saul Bass Fonte: artofthetitle.com
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Paul Rand 1914—1996
Diretor de arte, designer gráfico, docente e escritor, Rand lançou uma abordagem nova do design americano. Seus trabalhos editoriais romperam com o tradicionalismo no design de publicações. Teve influências de Paul Klee, Kandinsky e dos Cubistas. A partir de 1956 começa a dar aulas de Design Gráfico na Universidade de Yale. Foi responsável pela criação de marcas para grandes empresas como ABC, IBM, Westinghouse e NeXT. Trabalha com a manipulação das formas, de maneira expressiva e simbólica, tornando seus trabalhos dinâmicos. Explorou os conceitos, imagens, colagens, montagens e textura.
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Trabalha com a manipulação das formas, de maneira expressiva e simbólica, tornando seus trabalhos dinâmicos.
FIGURA 67 Eye-Bee-M / IBM (1981) Fonte: paul-rand.com
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FIGURA 68 Logos Corporativas por Paul Rand Fonte: reduxartcenter.wordpress.com
FIGURA 69 Paul Rand - Thoughts on Design (1946) Fonte: History of Grafic Design, 1998
FIGURA 70 Capa Revista Direction (1939) Fonte: paul-rand.com
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Bradbury Thompson 1911—1995
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FIGURA 72 Bradbury Thompson - Westvaco Inspiration Fonte: communicateours. blogspot.com
FIGURA 72 Bradbury Thompson - Westvaco Inspiration (1958) Fonte: History of Grafic Design, 1998
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Um dos designers mais influentes do pósguerra americano, trabalhou para a revista Westvaco Inspiration entre 1939 a 1961 produzindo imagens de grande impacto. Explorava a impressão e o sistema de tipos, combinados com a experimentação de texturas, formas largas, redondas, orgânicas e geométricas, unindo o produto gráfico e simbólico.
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Saul Bass 1919—1996
Influenciado pela arte de Paul Rand mas ao contrário do uso do contraste das formas, cor e textura, Bass ficava sua produção em uma única imagem dominante. Utilizava o desenho livre, decorativo, tipografia combinada ou escrita à mão. Tornou-se ao longo da carreira um especialista na arte gráfica para o cinema, produzindo posters, propagandas e aberturas de filmes para Hitchcock, Stanley Kubrick, Otto Preminger, Martin Scorsese. Foi pioneiro no trabalho com formas orgânicas que apareciam, desintegravam e se transformavam no tempo e espaço. A simplicidade e direcionamento do seu trabalho conduziam uma interpretação imediata.
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75 FIGURA 73 Saul Bass - Cenas iniciais do filme de Hitchcock, Intriga Internacional (1959) Fonte: cscottrollins.blogspot. pt
FIGURA 74 Saul Bass - The Man with the Golden Arm (1955) Fonte: History of Grafic Design, 1998
FIGURA 75 Saul Bass - Poster para Exodus (1960) Fonte: History of Grafic Design, 1998
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George Lois 1931
Polêmico designer, levava seu trabalho até o limite. Adotou a filosofia de Bernbach com o uso conjunto verbal e visual como conceitos chave para uma solução de sucesso, bem como o elemento inusitado, chocante e desafiador. Desde 1962 fez mais de 90 capas da revista Esquire, onde intensificou o uso da dinâmica da imagem e uma linguagem interativa com o leitor. Acreditava que apenas o uso do bom design harmonioso não tinha “espaço” nas capas de revista, era necessário algo a mais, um conexão entre o entendimento e a resposta das pessoas e eventos daquela época. Sendo assim, através de seu trabalho reergue a Esquire, que em 1967 já era uma empresa que valia 3 milhões de dólares.
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FIGURA 76 George Lois - Capas para Esquire (1968) Fonte: History of Grafic Design, 1998
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FIGURA 77 George Lois - Capas para Esquire (1968) Fonte: theredlist.fr
FIGURA 78 Legenda bla bla bla bla Fonte: escrever fonte da imagem com a data
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yale university school of art Em 1950, a convite de Josef Albers, diretor da escola de artes de Yale, Alvin Eisenman desenvolve o programa para o ensino de design gráfico. Foi o primeiro programa dentro de uma conceituada universidade. Como herança do tempo na Bauhaus, Albers trouxe para Yale o estudo tipografico e as letras como elementos formais. Eisenman aplicou estudo rigoroso do tipo clássico de design e as tradições da impressão e design final dos livros. O programa de ensino contribuiu para o avanço da profissão do designer e a expansão do design educacional internacional.
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Como herança do tempo na Bauhaus, Albers trouxe para Yale o estudo tipografico e as letras como elementos formais
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FIGURA 79 Josef Albers Fonte: en.wikipedia.org
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FIGURA 80 Alvin Eisenman Fonte: news.yale.edu
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design editorial A partir de 1940, algumas das revistas americanas, tais como Fortune, Vogue e Baazar, começam a ter uso de um bom design. Alexey Brodovitch, Cipe Pineles, Leo Lionni, Otto Storch, Henry Wolf, Dugal Stermer, Mike Salisbury contribuiram para a prosperidade desse período editorial. Brodovitch teve grande contribuição ao design editorial nos anos 1950, orientando o design para a soluções brilhantes de apresentação visual. Chegou a dar aulas na New School for Social Research em NY. Foi a era das grandes fotografias, paginas largas, uso dos espaços em branco e da variedade de manejo tipográfico. Os anos de 1960 trouxeram mudança de foco para o conteúdo das publicações, com preocupações com a guerra do Vietnam, problemas ambientais, direitos
das minorias. Os textos tornam-se mais longos, layout mais estruturado e tipografia standart. Aos poucos o design gráfico começa a consolidação como profissão nacional. Novas tecnologias de impressão e de tipografia permitem excelência nos trabalhos, até mesmo nas pequenas cidades, além de programas educacionais espalhados por todo o país. Dugald Stermer, diretor de arte da revista Ramparts, utilizou a readaptação clássica, tipografia tradicional, e imagens de páginas inteiras. Foi uma das revistas mais polêmica da época. Mike Salisbury, diretor de arte da West, explorou a gosto pela nostalgia, arte efêmera e cultura popular associada a pop art dos anos 60.
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FIGURA 81 Cipe Pineles - Capa da revista Seventeen (1949) Fonte: History of Grafic Design, 1998
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FIGURA 82 Otto Storch - Páginas da McCall´s (1961) Fonte: History of Grafic Design, 1998
FIGURA 83 Fig.49. Henry Wolf - Capa da Bazaar (1959) Fonte: History of Grafic Design, 1998
FIGURA 84 Leo Lionni - Capa da revista Fortune (1960) Fonte: History of Grafic Design, 1998
FIGURA 85 Dugald Stermer Capa da Ramparts (1967) Fonte: History of Grafic Design, 1998
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FIGURA 86 Henry Wolf - Capa da Esquire Fonte: studyblue.com
FIGURA 87 Henry Wolf - Capa da Esquire (1958) Fonte: History of Grafic Design, 1998
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publicidade e tipografia 88
Em meio à baixa na publicidade nos anos 1940, surge a Doyle Dane Bernback com responsabilidade criativa de Bill Bernbach - que transformou o mercado publicitário americano. Com design criativo, acessível e comunicativo, utilizava os espaços em branco, titulo de cabeçalho e imagens com intuito de atrair a atenção do consumidor. Era a combinação de imagens e palavras, uma relação sinergética, removendo as barreiras do uso livre destas componentes. Em 1980 tornou-se a maior agencia tradicional de publicidade. No entanto, ainda nos anos 60, a publicidade não-impressa inicia um processo de ascensão acelerado com a difusão da televisão como segundo maior meio de comunicação. Ja nos anos 70, a propaganda está envolvida completamente no posicionamento de produtos e serviços, e o design criativo impresso declina.
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FIGURA 88 Bob Gage, Bill Bernbach e Judy Protas - Ohrbach´s (1958) Fonte: History of Grafic Design, 1998
FIGURA 89 Bill Taubin e Judy Protas poster para metrô (1965) Fonte: History of Grafic Design, 1998
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Na tipografia, a invenção da Phototypography - seleção de tipos através de método fotográfico - habilitou os designer à uma produção livre, sem limites à custos mais baixos. Além disso, entre 1950 e 1960 desenvolve-se a tipografia figurativa, onde as letras viram
imagens e as imagens viram letras em uma combinação onde tipos e imagens começam a interagir.Uma grande figura da época foi Herb Lubalin, designer completo, trabalhou com experimentação livre do uso da tipografia. Seu trabalho mais reconhecido foi a typogram, a
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FIGURA 90 Gene Federico - Woman´s Day (1953) Fonte: History of Grafic Design, 1998
92 FIGURA 91 Herb Lubalin - typogram Stettler typeface (1965) Fonte: History of Grafic Design, 1998
FIGURA 92 Herb Lubalin - Proposta NY logo (1966) Fonte: History of Grafic Design, 1998
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transformação dos tipos em elementos dinâmicos com maior qualidade elástica. Em 1970, Lubalin e os tipógrafo Rondthaler e Aaron Burns criam o International Typeface Corporation, com intuito de controlar e recompensar adequadamente os designers criadores dos tipos veiculados.
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conclusão O Estilo Tipográfico Internacional trouxe uma nova maneira de pensar, fazer e ver o design gráfico moderno. A utilização de tipografia clara, o uso estruturado dos elementos e a imagem fotográfica em destaque são legados que permanecem com grande força no design atual, sobretudo na estrutura editorial e webgráfica. A universalidade do design suiço proporcionou expansão mundial, onde seus discípulos reinterpretaram e inovaram o design norte-americano. Sem
dúvidas, é a partir da produção acelerada e consumista do maior centro capitalista mundial que o design e a arte moderna ganham forma e também reconhecimento através da publicidade e do design editorial. O designer adquire a função social e é reconhecido pelo seu trabalho. Fica a herança do que revolucionou os anos 50 e se tornou um divisor de águas na história do Design Gráfico, nas artes e na cultura da valorização da produção gráfica.
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Universidade de Coimbra Mestrado em Design e Multimédia Teoria e Historia do Design
Estilo Tipográfico Internacional e a Escola de Nova Iorque
Autoria
Julia Horiuchi Utime
Textos
History of Graphic Design MEGGS, P. 3ª ed. NY: John Wiley & Sons, 1998 Sobredesign Estilo Internacional. Disponível em <http:// sobredesign.wordpress.com/ estilo-internacional/> Acesso em 10/10/13. International Typographic Style SMEARED BLACK INK. Disponível em <http:// smearedblackink.com/swiss_style_timeline/> Acesso em 14/10/13. Paul Rand Felipe Dario. Disponível em <http://www.felipedario. com/paul-rand/paul-randbiografia. html> Acesso em 25/10/13 Brasbury Thompson Disponível em <http://tipografos.net/designers/ bradbury-thompson.htm> Acesso em 25/10/13