complexo axis studio ap7
Julia von Söhsten Maria Alice Cavalcanti
Ana Luisa Rolim Andrea Câmara AP.7
Apresentação O seguinte projeto foi concebido na disciplina de Atelier Projeto VII, da Universidade Católica de Pernambuco, orientado pelas professoras Ana Luisa Rolim e Andrea Câmara. Para embasar o projeto, foi utilizado os seguintes referenciais teóricos: Complex Buildings (2017) e Sistemas Arquitetônicos Contemporâneos (2008)
Recife | 2019
Sumário Introdução - Complex Buildings
_____ 4 - 6
Sistema Arquitetônico
_____ 7 - 8
Bairro de Santo Antônio
_____ 9 - 13
Partido Arquitetôtico
_____ 14
O Programa
_____ 15 - 20
Plantas
_____ 21 - 24
Plantas - Prédio Educacional
_____ 25 - 31
Cortes
_____ 32
Detalhes
_____ 33 - 37
Perspectivas
_____ 38 - 43
Introdução - Complex Buildings Por vivermos em uma sociedade que passa por mudanças constantes, onde causa e efeito estão diretamente atrelados às relações dinâmicas, tal elemento deve ser enxergado como um organismo que está sempre passível a mudanças. Dessa maneira, abordar temas relacionados a criação de espaços que possam ser utilizados de diferentes modalidades de forma funcional e organizacional é de extrema importância para a contemporaneidade. O termo V.U.C.A, utilizado para descrever a dinâmica atual das cidades, onde se vive com VOLATILIDADE, INCERTEZA, COMPLEXIDADE E AMBIGUIDADE. Sendo assim, como já citado anteriormente, a arquitetura tomou importante papel nessa nova configuração urbana, se tornando uma ferramenta de auto-atualização que fundamenta novas formas de relacionamento. Para isso, foram criados quatro tipologias de edifícios adequados às necessidades de extrema complexidade. GENERATORS: São edificações capazes de gerar transformações no entorno em que está inserido, atraindo pessoas e gerando fluxos constantes, permitindo que sua utilização possa sofrer mutação ao longo dos anos de acordo com a necessidade urbana. Dessa forma, uma característica principal de tal tipologia é a mutabilidade e transformabilidade. LINKERS: Esse tipo de edificação tem como principal característica a capacidade de conectar fisicamente e subjetivamente distintos espaços. Esse conceito se baseia na coexistência e é efetuada por meio de planos contínuos que provocam a interação entre distintos públicos. MIXERS: Caracterizado pela mistura de diferentes usuários, usos e tipologias, traz uma vitalidade para o entorno em que está inserido. Esse tipo de edifício ainda possui uma grande potencial revitalizador, onde há melhoria de um determinado tecido urbano degradado. STORYTELLERS: Projetadas com o objetivo de criar formas conhecidas para gerar uma conexão afetiva com seu público, brincando com o imaginário e referências históricas. Essas edificações incorporam a subjetividade das memórias coletivas utilizando-se de elementos simples que remetem a história local. De acordo com o que foi estudado, a edificação proposta foi desenvolvida e apresenta características geradoras, pois trata-se de um local de convergência e apresenta diversos usos com o intuito de movimentar o entorno em que está inserida, além disso, possui espaços com a capacidade de se modificar com o tempo para se adaptar às necessidades de seus usuários, além de unir diferentes nichos que interagem dentro de um mesmo sistema.
4
TRANSPARENT, THE BUILDING
BECOMES AN ARCHITECTURE-LINK THAT ESTABLISHES NEW PERSPECTIVES AND CONNECTS THE DIFFERENT AMENITIES OF THE NEIGHBOURHOOD Independent Magazine of Architecture + Technology
5
Montagem da Fachada do Edifício Santo Antônio 6
Sistemas Arquitetônicos Contemporâneos Como ponto inicial para o desenvolvimento do projeto, utilizou-se o livro “Sistemas arquitetônicos contemporâneos”, de Josep Maria Montaner, que traz um ensaio de uma nova visão da arquitetura contemporânea, nele estão citados diversos tipos de sistemas com o objetivo de nortear elaborações projetuais. Com base nos estudos realizados, o sistema escolhido foi o cluster, que é baseado na criação de aglomerados que são capazes de se adaptar à realidade existente da cidade e da paisagem. Nesse sistema as articulações estiram-se e se deformam até se tornarem mais irregulares e versáteis, abertas e orgânicas. Em virtude dos conceitos estudados, algumas características foram implementadas no desenvolvimento do projeto, como a criação de pequenos aglomerados que tem o poder de crescer e se repetir ilimitadamente, a qual traz a edificação a possibilidade de relacionar diferentes usos em um mesmo local. Por fim, foi aderido também o princípio da deformidade das articulações, representada pelos fluxos gerados dentro da edificação.
A
“ s articulações estiram-se e se deformam até se tornarem mais irregulares e versáteis, abertas e orgânicas”
7
8
O Santo Antônio O Bairro de Santo Antônio é marcado por sua história, conexões e paisagens, tanto naturais quanto construídas; a diversidade cultural e de pessoas que transitam na região e acabam marcando o bairro com suas identidades; o bairro é marcado por sua modernização, mas sem perder a essência. No local é possível identificar edificações que marcaram a história do local, não apenas por sua arquitetura, mas também pela história que elas contam diariamente, esse contraste de diferentes tempos históricos caracteriza o local como atemporal. É possível identificar em algumas construções a quebra dos limites entre os espaços, estabelecendo uma conexão entre as edificações e os usuários. Ademais, as diferentes possibilidades de percursos também são evidenciados através de suas ruas, becos e pontes, multiplicando, assim, a possibilidade de interações entre espaços e indivíduos. O sítio estudado é marcado por uma dicotomia espacial: A Av. Dantas Barreto que possui grande fluxo de pedestres, edifícios mais altos e modernos, e por outro lado, a rua do sol, banhada pelo Rio Capibaribe, onde os pedestres podem usufruir de uma paisagem mais antiga. Assim, percebe-se que o entorno possui duas identidades bastante marcantes coexistindo, porém não se tornam uma unidade. Apesar dessa coexistência, eles ainda estão bastante divididos. Contudo, há um grande potencial de integração e união desses espaços que pode ser realizado intra-quadra, conectando a Av. Dantas Barreto com a Rua do Sol. Essa conexão física é importante pois mescla os fluxos da região e encurta distâncias, gera novos fluxos, novos usos e novas necessidades para o local, ressaltando a importância da proposição de um edifício gerador.
7 9
10
9
Montagem do Edifício Santo Antônio 12
Após as leituras urbanas do sítio percebe-se que o entorno é bastante diversificado em relação a usos, tipologias e pessoas. Sendo comercio e serviço predominante, a quantidade de pessoas que circulam na região, para cumprir com suas necessidades diárias é grande. Isso faz do sítio bastante vivo durante o dia mas durante a noite, após o fechamento das lojas, o bairro não possui mais essa vitalidade. As interfaces dos edifícios estão na escala do pedestre, favorecendo assim um caminhar interessante e mais agradável. Apesar da existência de uma variedade grande de gabaritos, as edificações mais altos acabam dialogando com o entorno, gerando galerias e marquises. Portanto, a coexistência dessas diversas identidades identifica o caráter gerador do sítio estudado.
13
Partido Arquitetônico Baseado no estudo dos conceitos abordados em sala, a intenção projetual da edificação foi baseada nos conceitos do sistema cluster, que se faz presente não só no empilhamento gerado pelos blocos dispostos de forma que se expandem de forma assimétrica e irregular, como também nas conexões existente entre eles dentro do terreno e do terreno com seu entorno imediato, sendo incluso dentro da malha urbana. A partir desse conceito, juntamente com as propostas de conexão interno-externo do terreno com seu entorno, foi desenvolvida uma malha estrutural que se espalha pelo térreo do sítio que se torna uma rede de caminhos os quais geram verticalidade em alguns pontos, dando origem ao crescimento que formam a volumetria das edificações. Uma vez que possui uma forma entrelaçada de grande flexibilidade, se desenvolve desde o interior seguindo morfologias horizontais e verticais. Bem como estabelecem uma maior interconexão e transformabilidade dos espaços, além de desconsiderar a separação dos usos, ou seja, propõe algo totalmente conectado e coerente com o todo. Desse modo, cria-se espaços abertos, favorecendo a ventilação natural e estimulando a interação social, sendo passíveis de sobreposições de módulos pré definidos. A medida que é necessário, o edifício é capaz de se adaptar às diferentes possibilidades e necessidades, gerando grande potencialidade de de expansão. Com essa interação foi possível abrigar diferentes usos, assim como diferentes relações e modos de explorar o ambiente reforçando o caráter gerador que a edificação assume.
Com a escolha do sistema arquitetônico e sua implantação no sítio, foi gerada a volumetria e assim identificados diferentes tipos de aglomerados, como por exemplo, o empilhamento.
14
O Programa O programa tem como principal objetivo atrair as pessoas e trazer mais vivacidade ao entorno do terreno, para isso, foram propostos diversos usos, para diferentes públicos, e que estão divididos dentro do edifício. É a partir da análise do contexto urbano que foi desenvolvida a proposta de caráter habitacional, educacional/cultural e tecnológico, visando uma interação e dinâmica entre os espaços. Do âmbito educacional/cultural, estão presentes galerias de arte e salas de exposição para estimular a interatividade, além de um centro maker proporcionando atividades extra voltadas a educação para estudantes do entorno e demais pessoas. Nos espaços educacionais são oferecidos cursos de música, dança e oficinas voltadas para preparação profissional e pessoal. Outros usos diferenciados presentes são os de habitação unifamiliar e estacionamento.
O térreo Residencial
Residências Unifamiliares
Tecnológico
Salas de reunião Salas de multiuso Coworking Áreas de estar Escritórios
Educacional
Salas de jogos e dança Biblioteca Área de exposição Salas de artes, música e esportes Refeitório
Residencial
Restaurantes / Bares Comércios Administrativo
Tecnológico
Comércios Centro de Artesanato Galeria de Arte Área de Exposição Auditório
Educacional
Café Academia Comércios Livraria Refeitório
15
EXPOSIÇÕES
SALAS CAPACITAÇÃO
SALAS COLETIVAS
SALAS COMERCIAIS
ÁREAS COMUNS
SALAS DE REUNIÃO
CENTRO TECNOLÓGICO
HABITACIONAL
CENTRO EDUCACIONAL
ÁREA DE LAZER
ÁREA COMERCIAL
Diagrama projetual de uso 16
Terreno Vias de acesso ao complexo Vias primรกrias Vias secundรกrias
18
20
Ru
ad
oS ol
Planta de Implantação
Habitacional
Estacionamento
Ru
a
Ulh
ôa
Ci
nt
ra
Legenda Acessos principais 21
Tecnológico
Passarela
Educacional / Cultural
Rua Ulhôa Cintra
Rua Ulhôa Cintra
22
Planta Baixa do Térreo
3
5
3
4
4
1
1
1
3
3 3 A
3 4
10
2
2
10
4
6
Legenda 1. Restaurante 2. Bar 3. Lojas 4. W.C. 5. Administrativo 6. Bicicletário e área pet place 7. Centro de tecnologia 8. Brechó 9. Antiquário 10. Praça de convivência 11. Refeitório 12. Café 13. Livraria/ Biblioteca 14. Auditório 15. Galeria de arte / Área de exposição 16. Centro de artesanato 17. Academia
10
23
7
13
16
4
3
4
3 B’
9
8
15
15 A’
14 10
4
3 11
3
4
3
13
12
3 17
3
3
B
24
Planta Baixa 1º pavimento Prédio Educacional
2
3
4
4
4
6 5
1
6
7
8
11
9
10
8
Legenda 1. Hall de estar 2. Sala de Jogos Digitais 3. Depósito 4. Administrativo 5. Sala de jogos 6. W.C. 7. Academia 8. Sala de Dança 9. Apoio 10. Sala de luta 11. Descompressão
Escala 1:250 25
Planta Baixa 2º pavimento Prédio Educacional
3
2 1 2
Legenda 1. Biblioteca 2. W.C. 3. Auditório
Escala 1:250 26
Planta Baixa 3º pavimento Prédio Educacional
3
2 1 2
3
Legenda 1. Área de exposição 2. W.C. 3. Descompressão
Escala 1:250 27
Planta Baixa 4º pavimento Prédio Educacional
3
1
3
2 4 2
3
3
5
Legenda 1. Sala de Multimídia 2. W.C. 3. Sala de capacitação 4. Circulação 5. Sala de Artes
Escala 1:250 28
Planta Baixa 5º pavimento Prédio Educacional
1
3
2 4 2
5
Legenda 1. Refeitório 2. W.C. 3. Cozinha 4. Área de Estar 5. Descompressão
Escala 1:250 29
Planta Baixa 6º pavimento Prédio Educacional
1
1
1
2 3 2
4
5
Legenda 1. Sala de música 2. W.C. 3. Área de Estar 4. Auditório para apresentação 5. Depósito
Escala 1:250 30
Planta Baixa 7º pavimento Prédio Educacional
2
1
2
Legenda 1. Sala de Informática 2. W.C.
Escala 1:250 31
Cortes AA’ e BB’
Corte AA’
Corte BB’
32
Detalhe Estrutural
33
Detalhe Estrutural PISO ELEVADO
CONCRETO
CONTRAPISO
ESTRUTURA PISO ELEVADO
CHAPA DE AÇO
TELA SOLDADA
ESQUADRIA
REFORÇO PARA ESQUADRIA
CHAPA METÁLICA DE 5 mm
CHAPA DE AÇO PARA FECHAMENTO DA LAJE
ESTRUTURA DA CHAPA METÁLICA
34
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Detalhe _ Esquadria + Pele
35
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION 37
38
39
40
41
42
43