Revista de Cardiologia 2011

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Revista cearense de

cardiologia

Uma publicação da Sociedade Brasileira de Cardiologia ISSN 1678 – 040x Volume 12 – Nº 1 AGOSTO 2011

Ablação da FA em

10 perguntas

Águas de MARÇO Stent Farmacológico Versus Cirurgia de Revascularização Miocárdica

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revista cearense de cardiologia ISSN 1678 – 040x

Volume 12 – Nº 1 AGOSTO 2011

Editor Cezario Antônio Martins Gomes Conselho Científico: Cezario Antônio Martins Gomes Filadelfo Rodrigues Filho Roberto Lima Farias Ítalo Martins de Oliveira José Sebastião de Abreu

Sociedade Brasileira de Cardiologia / Ceará Diretoria – Biênio 2010 / 2011 Presidente - José Sebastião de Abreu Vice-presidente - Ana Lúcia Sá Leitão Ramos Diretor Administrativo - Francisca Tatiana Moreira Pereira Diretor Financeiro – José Ronaldo Mont’Alverne Filho Diretor de Comunicação – Cezário Antônio Martins Gomes Diretor Representante do FUNCOR - Regina Coeli Marques de Carvalho Diretor de Qualidade Assistencial – Carlos Bellini Gondim Gomes Conselho Fiscal Membro efetivo – Astrid Rocha Meireles Santos Membro efetivo – Célia Maria Félix Cirino Membro efetivo – José Nogueira Paes Júnior Membro suplente – Ângelo Rocalli Ramalho Sampaio Membro suplente – José Gerardo Mont´Alverne Parente Delegados Titular – Antônio Petrola Júnior Titular – Marcos Antônio Freitas da Frota Suplente – Emanoel Castelo Branco Mourão

Sociedade Brasileira de Cardiologia / Ceará Rua Tomaz Acioly, 840 – sala 703 Fortaleza – Ceará – CEP: 60.135 – 180 Fone: (85) 3264. 699, Fax: (85) 3246. 7709 E-mail: sbcscc@daterranet.com.br Periodicidade: Anual 3


NORMAS DE PUBLICAÇÃO Os manuscritos para publicação deverão ser encaminhados ao Conselho Editorial da revista da Sociedade Brasileira de Cardiologia – Ceará e obedecer às instruções do International Commitee of Medical Journal Editors – N Engl J Med 1997; 336:309-315, como se segue: 1- Duas vias digitadas, com páginas numeradas em algarismo arábico. A página do rosto é o número, 1, a do resumo a 2, e assim por diante. Os trabalhos devem ser digitados em Word for Windows (inclusive tabelas), na fonte Arial, corpo 12, espaço duplo, respeitando as formação da página A4 ou Letter, gravados em cd que deverá ser encaminhado junto com a carta de apresentação e duas cópias impressas com respectivas ilustrações (Figuras, Gráficos, Fotografias. O cd deverá ser identificado com etiqueta, contendo nome do trabalho, nome do autor e nome do arquivo com no máximo 08 caracteres. 2- Redação em português, de acordo com a ortografia vigente. 3- Carta anexa contendo: a) nome, endereço, telefone, fax e e-mail do autor que ficará responsável pela correspondência; b) “Consentimento por escrito” no caso de pacientes submetidos a investigações experimentais; Categoria de seção à qual o manuscrito será incluído (Caso Clínico, Comunicações Braves, Opinião Especial, Aspectos Históricos da Medicina e Cardiologia); d) Declaração, assinada

pelo autor, responsabilizando-se pelo Trabalho, em seu nome e dos co-autores. 4- As contribuições espontaneamente encaminhadas à revista deverão enquadrar-se em uma das seguintes seções: Caso Clínico, Comunicações Breves, Opinião Especial, Aspectos Históricos da Medicina e da Cardiologia. 5- Os artigos originais deverão submeter-se aos requisitos recomendados para publicação em revista Biomédica – títulos em português e inglês, nomes completos de autores, três “key words”(palavras-chaves), nome da instituição onde foi elaborado, resumo, com limite de 250 palavras, “Abstract” (versão em inglês do resumo, em página separada), referencias etc. Os artigos aceitos para a publicação poderão sofrer nova revisão editorial para maior concisão, clareza e compreensão, sem interferências nos significado e conteúdo dos textos. Os originais e CDs somente serão devolvidos por solicitação antecipada do autor principal.

Todos os trabalhos, artigos de atualização e matérias publicadas pela Revista Cearense de Cardiologia são de responsabilidade exclusiva de seus autores, assim como os conceitos neles emitidos. A Revista Cearense de Cardiologia é abreviada para a Rev.SCC como indicador bibliográfico. Todos os originais devem ser enviados à Revista Cearense de Cardiologia, uma publicação da Sociedade Brasileira de Cardiologia - CE, Rua Tomas Acioly, 840- sala 703, Fortaleza – CE. CEP: 60135-180. Fone: (85) 3246.6990 – Telefax: (85) 3246-7709. E-mail: sbcscc@fortalnet.com.br 4


EDITORIAL Caros amigos cardiologistas: A edição de um novo número desta Revista é motivo de alegria: por representar a manutenção de um projeto que visa estimular a ciência, por coroar o trabalho de um grupo de pessoas compromissadas e responsáveis que vem nos últimos anos fortalecendo a cardiologia cearense e por premiar o valoroso esforço de alguns cardiologistas que em nosso meio conseguem fazer medicina, ciência e arte caminharem juntas de forma prodigiosa e acima de tudo são capazes de dividirem este conhecimento com todos nós. Sinto-me honrado por participar deste momento.

Um caloroso abraço a todos e um proveitoso Congresso.

Cezario Antonio Martins Gomes (Editor)

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SUMÁRIO Artigo Ablação da FA em 10 Perguntas................................................................................................................. 08 Artigo Águas de Março......................................................................................................................................... 12 Atualização - Stent Farmacológico versus Cirurgia de Revascularização Miocárdica.............................................. 14 Mensagem da Presidência da Sociedade............................................................................................................... 20 Mensagem da Presidência do Congresso.............................................................................................................. 21 Mensagem da Presidência da Comissão Científica................................................................................................ 22 Mensagem da Coordenação da Comissão Julgadora dos Temas Livres.................................................................. 23 Mensagem do Presidente Eleito da SBC-Ce 2012-2013......................................................................................... 24 Comissões............................................................................................................................................................. 27 Convidados........................................................................................................................................................... 28 Informações Gerais............................................................................................................................................... 29 Relação dos Expositores........................................................................................................................................ 32 Agradecimentos Especiais..................................................................................................................................... 32 Mapa dos Expositores........................................................................................................................................... 33 Programação Científica......................................................................................................................................... 35 Temas Livres Orais (Tabela).................................................................................................................................... 40 Temas Livres Orais................................................................................................................................................. 41 Temas Livres Pôsteres (Tabela)............................................................................................................................... 44 Temas Livres Pôsteres............................................................................................................................................ 47 Anotações............................................................................................................................................................. 53

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Artigo de Revisão:

Ablação da FA em 10 Perguntas Dr. Almino Rocha

1) Que pacientes devo encaminhar preferencialmente à ablação da fibrilação atrial ? Os melhores candidatos certamente são aqueles que atendem concomitantemente aos seguintes critérios de inclusão: • paroxismos relativamente freqüentes, com duração contínua de até 48 horas; • Holter com registro freqüente de extra-sístoles do tipo “P-sobre-T”, curtas “rajadas” de taquicardias atriais monomórficas e/ou padrão de “fibrilo-flutter”. Estas ectopias, por sua morfologia e comportamento, são altamente sugestivas de possuir origem nas veias pulmonares e atuam como verdadeiros “gatilhos” desencadeantes da FA ; • presença de sintomas que limitam a qualidade de vida; • refratariedade, intolerância ou contra-indicação primária a betabloqueadores, propafenona e/ou ao sotalol; • ausência de cardiopatia estrutural significante, como valvopatia, coronariopatia ou miocardiopatia; • função tireoidiana normal; • ausência de contra-indicação aos anticoagulantes orais. Comentários: os pacientes que preenchem todos os pré-requisitos supracitados possuem maior possibilidade de se beneficiar apenas do isolamento elétrico das veias pulmonares, já que tais condições predizem um substrato atrial relativamente intacto. Nestes casos, a fisiopatologia da FA depende mais dos chamados “gatilhos” (extra-sístoles das veias pulmonares) do que propriamente das alterações eletroanatômicas do “substrato” (tecido atrial condutor). Infelizmente, este subgrupo de pacientes constitui, indiscutivelmente, a grande minoria daqueles afetados pela arritmia. Existe uma tendência mundial crescente de encaminhar para ablação os casos de FA com 8

duração persistente e associados a cardiopata estrutural de maior magnitude, especialmente nos centros de maior experiência. Esta conduta tem desencadeado um verdadeiro “boom” de ablações, vez que a demanda verdadeiramente espetacular tem levado a FA a sobrepujar largamente todas as demais taquicardias nos laboratórios de eletrofisiologia. Alguns serviços mundiais de referência, como em Bordeaux e Milão, têm se convertido em verdadeiros hospitais de ablação de FA. 2) Qual a contra-indicação mais freqüente à realização do procedimento de ablação da FA? A presença de trombo intracardíaco, diagnosticado preferencialmente ao ecocardiograma transesofágico, constitui contra-indicação absoluta à manipulação do átrio esquerdo, mesmo em pacientes que vinham previamente anticoagulados. Comentários: não existe consenso se a presença de contraste espontâneo deva constituir igualmente contra-indicação absoluta. Provavelmente, sobretudo nos casos de remora mais intensa, deva ser aplicada a mesma conduta em relação à presença de trombos, evitando-se a intervenção. 3) Que exames de imagem devo solicitar imediatamente antes do procedimento de ablação? O ecocardiograma transesofágico e a angioressonância das veias pulmonares. Comentários: O ecocardiograma transesofágico (ETE) constitui, seguramente, o exame de imagem mais importante, devendo ser solicitado em um período máximo de 48 horas antes do procedimento. Desta forma, em casos de remarcação da ablação para além deste prazo, é imperioso que o ETE seja refeito. Além da pesquisa usual de trombos e contraste espontâneo, deve-se solicitar especial atenção à


Ablação da FA em 10 Perguntas

verificação dos seguintes parâmetros adicionais: (1) alterações do septo interatrial, como forame oval patente, aneurisma da fossa oval, espessamento e/ou infiltração amilóide. Estas variações podem modificar a estratégia de acesso transeptal, imprescindível para a abordagem do átrio esquerdo; (2) velocidade de fluxo no apêndice atrial esquerdo, a qual, quando em valores lentos inferiores a 20 ml/ min, pode significar baixa probabilidade de reversão da FA, sobretudos nos casos crônicos; (3) padrão anatômico da desembocadura das veias pulmonares , atentando para o calibre ostial e eventuais variações anatômicas, particularmenteo óstio único das veias pulmonares esquerdas, presente em até 1/5 dos casos. O correto dimensionamento destas informações anatômicas afigura-se importantíssimo para a escolha da técnica de encirclamento venoso. 4) Pacientes assintomáticos se beneficiam da ablação?

A princípio, não. Comentários: Contudo, é importante atentar para o fato de que a presença de palpitações pode não ser a única forma de manifestação sintomática da FA. Na verdade, a maioria dos paroxismos de FA pode cursar assintomática, em algum momento de sua evolução. Mesmo em pacientes sem cardiopatia estrutural significativa, manifestações de insuficiência cardíaca podem ocorrer simplesmente devido à presença constante de uma freqüência cardíaca inapropriadamente elevada, a assim chamada “taquicardiomiopatia”, muitas vezes de difícil controle apenas por medicação. Manifestações de baixo fluxo cerebral, como tontura, lipotímia ou mesmo síncope, também podem ocorrer na presença de graus variáveis de hipertrofia ventricular, mesmo na ausência de gradiente pressórico na via de saída do VE. Fica claro que tais pacientes podem obter grande benefício sintomático com a eliminação ou controle da arritmia pela ablação. Em contrapartida, deve-se salientar que trabalhos recentes apontam que, não raramente, a melhora da FA pela ablação pode estar associada

simplesmente à mera conversão de episódios sintomáticos em assintomáticos, sem decréscimo significativo da carga arrítmica total. 5) O sucesso da ablação da FA autoriza a suspensão da anticoagulação naqueles pacientes que dela já faziam uso antes do procedimento?

Não. Comentários: Ainda não existe qualquer comprovação sólida na Literatura de que pacientes estratificados como de grande risco tromboembólico possam descontinuar com segurança a anticoagulação oral, mesmo na ausência de recorrência da FA. Desta forma, a recomendação geral é de que aqueles com escore de CHADS2 > 2 devam manter o uso inalterado de seus cumarínicos por período indeterminado. Em outras palavras, a mera possibilidade de suspensão da anticoagulação não indica, per si, a ablação da FA. Provavelmente, esta recomendação se justifique pelo fato de que mesmo a eliminação completa da arritmia possa não modificar suficientemente o risco tromboembólico, sobretudo nas fases mais adiantadas da doença atrial. A este respeito, é importante lembrar que a fisiopatologia da trombogênese compreende não apenas a presença de estase sangüínea pela arritmia, mas também uma gama concomitante de alterações humorais e estruturais da própria superfície atrial remodelada, muitas delas ainda não completamente elucidadas no contexto da FA. Deve-se acrescer ainda que, mesmo os pacientes sem indicação prévia de anticoagulação, devem fazer uso obrigatório de cumarínico por período contínuo de 3 a 6 meses após a ablação, com o objetivo de minimizar o risco de estenose das veias pulmonares. Esta última determinação explica porque aqueles pacientes que estejam, por algum motivo, impossibilitados de anticoagulação, não devem ser encaminhados à ablação da FA. 6) Qual o espectro de benefícios obtido com a estratégia de ablação da FA? • melhora significativa ou desaparecimento completo das palpitações; 9


• melhora significativa da tolerância ao esforço e demais sintomas relacionados à FA; • modificação da necessidade de utilização das drogas antiarrítmicas, compreendendo: a) suspensão completa da medicação; ou b) necessidade de doses menores; ou c) melhora da resposta terapêutica; • eliminação parcial ou total de extra-sístoles e taquicardias atriais não-sustentadas; • eliminação do flutter atrial eventualmente concomitante (inclusão da ablação do istmo cavo-tricuspídeo); • eliminação ou redução significativa da periodicidade e duração dos paroxismos de FA. Comentários: apesar dos grandes avanços indiscutivelmente obtidos na marcha inexorável dos verdadeiros batalhões de pacientes encaminhados com freqüência cada vez maior à ablação da FA, parece não ser ainda prudente se falar na palavra “cura”. Esta ponderação baseia-se nas seguintes evidências: (1) tempo de seguimento dos resultados talvez ainda não suficientemente longo (máximo de 10 anos nos serviços pioneiros, o que pode ser pouco à luz de uma perspectiva histórica); (2) ausência de critérios uniformes de sucesso precoce e tardio nas diferentes publicações, notadamente da duração mínima aceita das arritmias residuais e da eventual necessidade concomitante de drogas antiarrrítmicas. Desta forma, é preferível encarar a ablação da FA como uma opção mais de “controle” que, propriamente, de um tratamento definitivo. Em acréscimo, até que venham a ser publicados os resultados finais do CABANA Trial, ainda não há evidência de que a ablação da FA aumente a sobrevida. 7) Que informações preliminares devo fornecer ao paciente que deseja submeter-se à ablação da FA? - o objetivo primário é antes o controle que a cura de sua arritmia; - é possível que você venha necessitar de um ou mais procedimentos adicionais (1/3 dos casos), devido à possibilidade não infreqüente de reconexão elétrica das veias pulmonares previamente “desligadas”; - poderá haver um período de “latência” temporário para que a eficácia do procedimento

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se torne aparente (“blanking period”). Neste prazo, sua arritmia é passível de recorrer ou até se acentuar um pouco; - mantenha sua medicação anticoagulante por um período mínimo de 3 a 6 meses; - recomenda-se a realização de um novo ecocardiograma transesofágico de controle no seguimento tardio. Comentários: O assim chamado “blanking period” deve ser entendido como um prazo necessário à consolidação (“cicatrização”) dos pontos de ablação bem como reversão do remodelamento elétrico dos átrios (“readaptação”). Caso isto ocorra (muitos pacientes não o sentem), deve ser interpretado como uma etapa natural e adimissível da evolução e não como insucesso precoce da ablação. Sua duração é variável de paciente para paciente, mas pode se estender por até 60 dias. 8) Quais as principais inovações tecnológicas que podem maximizar a eficácia e segurança da ablação da FA ? • o mapeamento tridimensional eletroanatômico (sistema Navix-EnSITE), permitindo visibilização acurada dos sítios de ablação, evitando aplicações potencialmente danosas no interior das veias pulmonares; • a disponibilidade de ecocardiograma intracardíaco, possibilitando escolha do ponto ideal de punção transeptal e posicionamento óptimo dos cateteres mapeadores no antro; • monitorização contínua da temperatura esofágica, minimizando sobremaneira o risco de lesão esofágica consequüente a lesões de ablação apostas na parede posterior central do átrio esquerdo, em íntimo contacto com a superfície esofágica. 9) Quais as maiores dificuldades com que se depara a ablação de FA hoje ? No estado da arte em que se encontra a ablação de FA hoje, seu “calcanhar de Aquiles” constitui, seguramente, a taxa ainda relativamente elevada de recorrências. Comentários: Em um dos maiores Centros de referência mundial (Hôpital Cardiologique du Haut-Lévêque, em Bordeaux, França), até


Ablação da FA em 10 Perguntas

1/3 dos pacientes necessitarão de pelo menos um procedimento adicional de ablação para manejo das recorrências. A recorrência da FA costuma ser motivada por um dos seguintes fatores: a) fenômeno de “reconexão” espontânea das veias pulmonares, consistindo na recuperação parcial ou completa da capacidade de transmissão de impulsos elétricos entre estes vasos e o átrio esquerdo; b) não realização de linhas de bloqueio no átrio esquerdo, devido à mera subestimação do papel do substrato atrial; c) presença de ectopias desencadeantes de FA (“gatilhos”) originadas fora das veias pulmonares (“non PV foci”), como o seio coronário, o ligamento de Marshall e a veia cava superior, habitualmente não abordados no procedimento inicial. A presença de estenose luminal das veias pulmonares, inicialmente considerada o grande temor do procedimento, felizmente tem sido reportada com freqüência cada vez mais rara, devido à prática consensual de aplicação dos pulsos de radiofreqüência em posição antral, sem contacto com o lúmen vascular.

10) De que fatores depende o sucesso final da ablação da FA ? • estágio de evolução da arritmia, sendo mais favorável nos casos paroxísticos que nos crônicos; • padrão anatômico de desembocadura das veias pulmonares: óstios separados oferecem maior facilidade de abordagem; • validação dos critérios de obtenção de desconexão de todas as veias pulmonares; • eliminação das chamadas “arritmias intercorrentes” como taquicardias atriais e “flutters esquerdos”, eventualmente manifestos ao curso do procedimento; • obtenção de bloqueio efetivo nas lesões lineares efetuadas no endocárdio do átrio esquerdo (teto e istmo mitral), necessárias primordialmente nos casos de FA persistente; • experiência do operador e de sua equipe. Comentários: Em última instância, o sucesso da ablação da FA resulta da oportuna combinação da “técnica adequada” aplicada no “o paciente correto ” através das “mãos certas”.

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Águas de Março

(Ao Prof. Nogueira Paes, recordando Régis Jucá) Demóstenes Ribeiro.* Ricardo Pereira Silva.* *Faculdade de Medicina da UFC. - Era uma tarde de sábado na fazenda, fazia calor e céu nublado. Na cadeira de balanço, eu mal iniciara a sesta e quando o Galaxie-Landau estacionou, o reconheci de imediato. Ele estava bem penteado e vestido de branco, como os médicos algum tempo atrás. Andou de um lado a outro e falou sem parar: “Quando chegamos aqui, tudo mudou. Você treinado em Kansas e eu, no Texas Heart. Éramos jovens, podíamos tudo, o mundo a nossos pés. Você trouxe à Fortaleza, a moderna cardiologia clínica, a Hemodinâmica e a Unidade Coronária. Depois, criou a U.T.I. e a Emergência do Hospital das Clínicas. Comigo, veio a cirurgia cardíaca de verdade. Um novo tempo, mas não foi fácil, apesar do entusiasmo geral. Na faculdade, as condições eram precárias. Havia até o galho de árvore invadindo uma enfermaria e o famoso letreiro proibindo cuspir nas paredes. Na São Raimundo e no Messejana as condições eram melhores, mas sempre tive que adaptar os avanços da medicina às condições locais. Alguns anos depois de Favaloro, fizemos a primeira revascularização miocárdica no Nordeste e em 73 um Congresso Brasileiro de Cardiologia, ainda hoje muito lembrado. Nas andanças mundo afora e na convivência com o povo fortaleci minha convicção, presente desde o Centro Acadêmico, da necessidade do estado investir mais em saúde e em educação. Daí, para defender essa tese, quando da redemocratização e com a perspectiva da constituinte, minha candidatura ao senado. Zerbini e outros colegas não entenderam. Ficaram surpresos, desconheciam esse meu lado. Não fui eleito, mas o investimento em saúde deve acontecer em todos os níveis, pois quanto melhor a atenção básica, maior a demanda do setor terciário - as pessoas viverão mais, terão mais 12

acidentes, câncer e doença cardiovascular. Você e o Ronaldo iniciaram a ecocardiografia. Com o eco, a dúvida sobre a presença ou não, de tamponamento cardíaco, ficou mais fácil de ser elucidada. Uma vez, assistia Ceará e Fortaleza, quando os alto-falantes do Castelão, solicitaram minha presença no Messejana, pois um paciente estava tamponando. Agora, com esse exame, podemos intervir a tempo e com mais tranqüilidade. O avanço da medicina não implica em conduta padronizada. Uma vez, em uma sessão da Cardiologia, me perguntaram se a valvuloplastia por cateter-balão tornara a comissurotomia mitral cirúrgica um procedimento pré-histórico. Pré-histórica foi a pergunta, a valvoplastia nunca se aplicará a todos os casos. Mas, persiste o dilema da cirurgia valvar. Não existe prótese ideal e eu acho que a cirurgia de Ross ao tentar resolver um problema, cria dois. É a tal história da unanimidade. Como todo e qualquer paciente poderá ser operado sem circulação extracorpórea ou com implante de mamária? Todos sabem que há mamárias fechando precocemente, revascularizações incompletas e reoperações que poderiam ser evitadas. O mesmo se aplica a angioplastia. Gruentzig não enterrou a cirurgia de coronária. A ponte de safena sempre terá seu espaço. Há desvios de indicação em ambos os casos. Nos agudos, a angioplastia é fantástica, mas é duro aceitar, mesmo com o stent farmacológico, a sua indicação nas lesões de tronco e nas triarteriais. Sabia que, além da descrição clássica do IAM, Herrick também caracterizou a hemácia falciforme? E, por falar em infarto, acho que estreptoquinase não pode ser desprezada. É melhor alguma reperfusão do que nenhuma e nem todos têm acesso à angioplastia primária. Em saúde pública, é impos-


Águas de Março

sível dar tudo a todos e os recursos têm que ser otimizados. Não sou contra o transplante cardíaco. Ele é o melhor tratamento para a insuficiência cardíaca refratária. Mas, em nosso meio, qual o seu custo-efetividade? Se cedermos à sedução da indústria farmacêutica, de equipamentos terapêuticos e de instrumentos diagnósticos, nenhum sistema de saúde será viável. Sempre estive alerta conta a polifarmácia. Holmes dizia que se todos os remédios fossem jogados ao mar, melhor seria para os pacientes e pior para os peixes. Veja o caso da Digoxina. Nunca convenci os plantonistas, mas acho que perdi alguns pacientes operados de Fallot, porque ela mal foi utilizada. Aliás, amanhã tenho uma palestra sobre Tetralogia de Fallot. Por que Robert Gross não aceitou a idéia de Helen Taussig? De

qualquer modo, Blalock, era mais preparado. Ele estudava hipertensão pulmonar em cães, tinha experiência com a anastomose da subclávia e o Dr. Cooley estava na sala de cirurgia quando da primeira Blalock-Taussig. Vou procurar o Milton para fazer os slides, mas antes vou passar na São Raimundo. Telefonei na madrugada, o plantonista falou que o paciente está bem, mas não me deu nenhum número. Não disse quanto era a diurese, quanto estava drenando, nem a pressão arterial. Vem problema por aí...” - Acordei de repente, o coração disparado e me lembrei de uma igreja em Kansas City. Faz muito tempo e aquele gospel sempre a ressoar em meus ouvidos: “Walk on, walk on with hope in your heart and you´ll never walk alone…” Não tinha ninguém ao redor, mas eu não estava sozinho. Havia chuva, saudade e as águas de março fechando o verão.

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ATUALIZAÇÃO STENT FARMACOLÓGICO VERSUS CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA AUTORES: Antonio Thomaz de Andrade Lilian Soares da Silva* Danilo Ribeiro Galantine* Roberto Tadeu Magro Kroll* Marcela Freire Buffon* Pedro Jose Negreiros de Andrade** *Instituto Dante Pazzanese de Farmacologia ** Departamento de Medicina Clinica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará Palavras-chave: Angioplastia transluminal coronária percutânea, ponte de artéria coronária, stents farmacológicos. INTRODUÇÃO A comparação entre cirurgia de revascularização miocárdica e intervenção coronária percutânea tem sido objeto de varias metaanálises e registros. 1-4. As meta-análises de estudos randomizados tendem a mostrar inexistência de diferenças significativas no que toca a mortalidade e uma importante diferença a favor da cirurgia na capacidade de evitar novos procedimentos de revascularização. O principal problema das metaanálises de estudos randomizados é que tendem a serem consideradas desatualizadas, por envolverem estudos da era pré stents farmacológicos (SF), além de terem avaliado em sua maioria pacientes de menor complexidade angiográfica. Registros, por outro lado, apresentam resultados contraditórios e tem como principal problema a existência de vieses de seleção 8. Nos últimos anos vários ensaios clínicos bem conduzidos, a maioria dos quais randomizados, tem comparado CRM com ICP na era SF 9-19. O objetivo do presente trabalho foi fazer uma revisão com agregação de resultados desses estudos. 14

ESTUDOS AVALIADOS E SEUS RESULTADOS A partir de revisões previas, conferências e meta-análises 1-4, identificamos seis ensaios clínicos de boa qualidade que tiveram por objetivo comparar os resultados de CRM com ICP utilizando SF: o estudo de Hong et al 9, o LEMANS 10, o SYNTAX11, o CARDia 12, o ERACI III 13-14 e o ARTS II. ARTS II 15,16. Os quatro primeiros foram estudos randomizados. Os dois últimos foram ensaios não randomizados, em que o grupo SF foi obtido através de um registro e o grupo CRM a partir de estudos randomizados prévios, realizado pelas mesmas instituições e coordenado pelos mesmos autores. A esses estudos nós acrescentamos dois estudos randomizados recentemente publicados: o PRECOMBAT 17 e o estudo de Boldriot et al 18 . O estudo de Hong et al envolveu exclusivamente doentes com obstrução proximal complexa da descendente anterior; o ARTS II avaliou bi e triarteriais; o ERACI III avaliou majoritariamente bi e triarteirais, tendo incluído uma minoria de pacientes com obstrução de tronco de coronária esquerda (TCE); o SYNTAX avaliou


STENT FARMACOLÓGICO VERSUS CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA

tronco e triarteriais; o LEMANS, o PRECOMBAT e o de Boudriot et al avaliaram apenas obstrução de tronco. Apesar dos desfechos primários e secundários dos estudos terem sido bastante variáveis, abordaremos nessa revisão apenas desfechos maiores: mortalidade, incidência de infarto agudo do miocárdio (IAM ), acidente vascular cerebral (AVC )e nova revascularização. Estudo de Hong et al Este foi um estudo randomizado de origem coreano que comparou 119 pacientes submetidos à ICP com SF a 70 pacientes submetidos a CRM. História de IAM recente ou de revascularização previa foram alguns dos critérios de exclusão. 76% dos pacientes apresentavam lesões tipo B2 ou C. O numero médio de stents colocados foi 1,2 e o cumprimento médio de 22,6 mm. O estudo teve por limitação o pequeno número de pacientes, o seguimento por apenas 6 meses e o fato do grupo CRM ter utilizado exclusivamente técnicas cirúrgicas minimamente invasivas. A mortalidade em 30 dias foi de 1,7% no grupo ICP versus 1,5% no grupo CRM (NS); a de 6 meses de 1,7 versus 4,3% (NS); a incidência de AVC de 0% versus 1,5%(NS) e a de IAM de 1,7% versus 2,9%(NS). A somatória de eventos cardíacos maiores (MASSE) também não diferiu significativamente. Estudo ARTS II O ARTS II foi um estudo multicêntrico, europeu, não randomizado, que avaliou os resultados de ICP com SF em comparação com CRM e também com ICP utilizando SNF. Os pacientes eram bi ou triarteriais. Necessidade de cirurgia valvar concomitante, história de IAM recente, fração de ejeção severamente diminuída (abaixo de 35%) e historia de revascularização prévia foram alguns dos critérios de exclusão. O estudo consistiu basicamente de uma coorte de 607 pacientes submetidos ao implante de SF efluído em sirolimus (Sypher) que foi comparada com o braço stent comum (600 pacientes) e o braço CRM (602 pacientes) do estudo ARTS I 15, O perfil epidemiológico dos pacientes do grupo

SF do ARTS II foi semelhante ao pacientes do ARTS I, com algumas diferenças. Os pacientes do grupo SF eram ligeiramente mais velhos, (idade média 63 versus 61 anos), apresentavam maior percentual de triarteriais (54% versus 30%) maior percentual de hipertensos (67%vs 45% ), maior percentual de diabéticos (26% versus 17% ) e menor percentual de pacientes com IAM prévio (34% versus 42% ). Refletindo a maior complexidade das lesões, o numero médio de obstruções tratadas foi de 3,4 contra 2,8 no braço SNF do ARTS I e o comprimento médio dos stents foi de 72,5 mm versus 47,6 mm no ARTS I. A maioria das lesões eram B2 ou C e 34% eram em bifurcações. Na comparação entre o grupo SF e o grupo CRM os resultados foram os seguintes: mortalidade em 30 dias de 0% no grupo ICP versus 0,5% no grupo CRM (NS); em 1 ano de 1% no grupo versus 2,7% (NS); em 3 anos de 3,0% no grupo ICP versus 4,4% (NS); AVC (0,2% versus 1,0% do grupo CRM); IAM não fatal (1% versus 3,5% (NS). A incidência de nova revascularização em um ano foi maior no grupo ICP (7,4% versus 3,7%). A incidência de eventos cardíacos maiores (MACCE) em um ano foi semelhante (10,7% versus 11,7%). A diferença continuou não significativa em 3 anos de (27,5 versus 21,1% ). A principal crítica ao estudo ARTS II é o fato de não ter sido randomizado, não sendo os grupo rigorosamente iguais. Além disso, o tratamento medicamentosos e as tecnologias médicas evoluíram, o que pode ter favorecido o grupo SF. Estudo ERACI III O ERACI III foi u\m estudo argentino, não randomizado, que avaliou três grupos. Um foi constituído de uma coorte de 225 pacientes multiarteriais submetidos a implante de SF. Essa coorte foi comparada com o braço SNF (225 pacientes ) e o braço CRM (225 pacientes ) do estudo ERACI II 16. IAM há menos de 48 horas, valvopatia severa concomitante, fração de ejeção menor que 35% foram alguns dos critérios de exclusão. O perfil epidemiológico dos pacientes dos três grupos foi semelhante, com algumas diferenças. Os pa-

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cientes do grupo SF eram mais velhos (idade média 65,5 versus 60,7 anos) , apresentavam maior percentual de tabagismo (68% versus 49%), maior percentual de dislipidemia (71% versus 59%) e maior percentual de biarteriais (60% versus 40%). O numero médio de stents farmacológicos colocados no ERACI III foi de 1,8 (versus 1,4 no braço SNF do ERACI I) e o comprimento médio de 36,2 (versus 27,7 no braço SNF do ERACI I). Na comparação entre ICP com SF e CRM os resultados foram os seguintes: mortalidade em 30 dias de 0,9 % no grupo ICP versus 5,7%no grupo CRM; em 1 ano de 3,1 % versus 7,5% (NS); em 3 anos de 5,7% versus 9,8 % (NS). A incidência de nova revasculari-zação do vaso alvo em um ano foi maior no grupo ICP (8,9% versus 4,4%). IAM não fatal ocorreu em 2,7% versus 6,2% (NS). Não houve diferença significante na ocorrência de MACCE em 3 anos (12% versus 19,6%) . A principal crítica a esse ensaio é não ter sido um estudo randomizado. Além disso, a mortalidade excessivamente elevada no braço CRM do ERACI II tem sido motivo de críticas. Estudo LEMANS Este foi um estudo randomizado realizado na Polônia e que envolveu 105 pacientes sintomáticos com estenose importante de TCE não protegido. A comparação foi entre revascularização coronária através de ICP com stent, versus CRM. Os pacientes com diâmetro de referência de TCE ≤ 3,8 mm representaram 35% da amostra, sendo este o subgrupo que recebeu SF. IAM, oclusão crônica, insuficiência renal, Euro SCORE acima de 8 foram alguns dos critérios de exclusão. Fração de ejeção diminuída não foi critério de exclusão, mas esteve diminuída em apenas 21% dos pacientes.. O escore SYNTAX médio foi de 25,2 e o EuroSCORE médio de 3,4. Este estudo foi criticado pela elevada mortalidade cirúrgica e pelo fato de apenas 72% dos pacientes submetidos à CRM terem recebido mamária interna. A mortalidade em 30 dias mostrou tendência a ser menor no grupo ICP (0% versus 4%) assim como a mortalidade em um ano (2% versus 8%) e a incidência de AVC (0% versus

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4%). Nenhuma dessas diferenças teve significado estatístico. IAM não fatal ocorreu em 6% do grupo CRM versus 13% no grupo ICP (NS). A incidência de nova revascularização foi maior no grupo ICP (28,9% versus 9,4%). Não houve diferença na sobrevida livre de eventos em um ano (32% versus 26%). Estudo CARDia O estudo CARDia foi um estudo randomizado, multicêntrico, realizado no Reino Unido, que comparou CRM (254 pacientes) com ICP utilizando stents (256 pacientes) em diabéticos multiarteriais. Foram critérios de exclusão: lesão de tronco idade acima de 80 anos, historia de revascularização prévia, choque cardiogênico, IAM com Supra de ST recente (menos de 6 semanas), fração de ejeção menor que 20% e contraindicação a terapia antiplaquetária. 55% dos pacientes eram triarteriais, 40,5% biarteriais e 5,5% apresentavam doença uniarterial complexa (lesão ostial ou proximal da artéria descendente anterior) 31% dos pacientes (por terem sido randomizados inicialmente) receberam SNF e 69% receberam SF. Cerca de 40% apesentavam algum comprometimento da fração de ejeção. Uma média de 3,6 stents por paciente foram colocados. A mortalidade em um ano foi idêntica (3,2% versus 3,2%). A incidência da AVC foi menor no grupo ICP (0,4% versus 2,8%) e a de IAM maior (1,2% versus 5,2%). A taxa composta do desfecho primário (Morte, IAM e AVC) foi de 10,5% nos pacientes submetidos a CRM contra 13% nos pacientes submetidos à ICP (NS). Quando foram considerados exclusivamente pacientes que receberam SF o desfecho primário foi de 12,4% (CRM) versus 11,6% (ICP). As causas combinadas de Morte, IAM, AVC e necessidade de nova revascularização (MACCE) foram significantemente maiores no grupo ICP (11,3% versus 19,3%). A diferença se deveu principalmente ao maior número de novas revascularizações no grupo ICP. Estudo SYNTAX Esse estudo foi realizado em 85 centros (62 europeus e 23 norte-americanos). Teve por


STENT FARMACOLÓGICO VERSUS CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA

objetivo avaliar apenas doentes com coronariopatia severa (triarteriais ou tronco). IAM há menos de uma semana, assim como revascularização previa foram critérios de exclusão. Fração de ejeção diminuída não foi critério de exclusão, embora os com FE menor que 30% tenham sido em numero insignificante (menos de 2%). Foram recrutados inicialmente 4337 pacientes. Após exclusão por não preencher critérios de exclusão (210 pacientes) , recusa a participar (500 pacientes), preferência por um dos métodos (402 pacientes), ou outros motivos restaram 3075 pacientes. . Desses 1275 eram elegíveis para apenas um método sendo acompanhados paralelamente (registro do SYNTAX). Ao final foram efetivamente randomizados 1800 pacientes:. 897 pacientes para CRM e 903 para ICP com SF efluído com Paclitaxel (TAXUS). 1095 eram triarteriais e 705 lesão de tronco, associada ou não a lesão de outros vasos. A decisão sobre elegibilidade a ambos os métodos se fez por meio de um consenso entre o cirurgião cardíaco e o hemodinamicista. O SYNTAX foi o maior estudo de revascularização miocárdica até hoje conduzido na era stent e teve a peculiaridade de envolver predominantemente pacientes com características angiográficas complexas, habitualmente excluídos dos estudos randomizados da era pré SF. Foram utilizados em média 4,6 stents, com uma extensão média por paciente de 88mm e um terço dos pacientes recebeu mais de 100 mm de stents. 75% das lesões eram em bifurcações (contra 34% no ARTS II) e ‘10% eram em trifurcações. Nos pacientes cirúrgicos em 97% dos casos houve a utilização de pelo menos um enxerto arterial. A revascularização completa foi alcançada em 63% dos pacientes cirúrgicos e em 57% dos pacientes submetidos à ICP. Na comparação global entre ICP e CRM a mortalidade em 30 dias, avaliada pelas curvas de sobrevida, foi de 1,9% no grupo ICP versus 0,9% no grupo CRM (NS). Em um ano a mortalidade foi de 4,3% versus 3,5% (NS). Houve maior incidência de AVCs no grupo CRM (0,6% versus 2,2%, p=0,003). IAM ocorreu em 4,5% do grupo ICP versus 3,3% do grupo CRM (NS). A incidência de MACCE

foi significativamente maior no grupo da ICP (17,8% versus 12,1%, p=0,0015) . Isto se deveu principalmente à maior necessidade de nova revascularização (13,7% versus 5,9%). Considerando-se apenas a incidência de morte, AVC ou IAM as taxas combinadas de eventos foram idênticas nos dois grupos de tratamento (7,6 versus 7,7%; p=0,98). No seguimento de três anos a mortalidade foi de 8,6% no grupo ICP versus 6,7% no grupo CRM.; a incidência de IAM foi de 7,1% no grupo ICP versus 3,6% no grupo CRM; a taxa de MACCE foi significativamente maior no grupo ICP (28% versus 20,2%). A diferença deveu-se principalmente às novas revascularizações que ocorreram em 19,7% dos casos no grupo ICP e 10,7% no grupo CRM. Ficou evidente, no entanto que as curvas continuaram a divergir, devido ao maior numero revascularizações e à incidência de IAM nos pacientes submetidos à ICP. Os resultados do SYNTAX apresentaram variabilidade em função da complexidade angiográfica. Os subgrupos de complexidade angiográfica baixa (escore de SYNTAX < 22) ou intermediária (escore de SYNTAX entre 22 E 32) não mostraram diferença estatisticamente significante na ocorrência de MACCE. O mesmo não aconteceu nos pacientes de alta complexidade angiográfica (escore de SYNTAX >32) A influencia do escore de SYNTAX foi particularmente importante nos pacientes com lesão de tronco. A mortalidade em 1 ano em lesão de tronco com complexidade baixa ou intermediária (0,9 versus 3,0%, p=0,33 e 1,0 versus 6,7%, p=0,051) mostrou tendência a ser menor com a ICP. Já nos pacientes com elevada complexidade angiográfica a mortalidade mostrou tendência a ser menor com a CRM (9,7 versus 4,1%, p=0,06). Nos triarteriais também os resultados diferiram conforme o escore de SYNTAX. A ICP mostrou similaridade de resultados desfecho mortalidade em um ano nos pacientes com baixa complexidade (2,8% VS 4,3%; p=0,44). Nos com complexidade angiográfica intermediária houve tendência a superioridade da CRM (4,4% VS 3,0%, p=0,48) , assim como nos com elevada nos com elevada complexidade (6,5% versus 2,2%, p=0,02 ). Os resul-

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tados em três anos mostraram tendência a acentuação das diferenças nas curvas globais de sobrevida e MACCE, favorecendo a CRM. Uma crítica que pode ser feita a esse estudo é que utilizou stents eludidos em plaquitaxel, os quais têm se mostrado ligeiramente inferiores aos eludidos em Sirulimos na maioria dos estudos comparativos. Estudo PRECOMBAT Este foi um estudo randomizado realizado na Coréia, que envolveu 600 pacientes com estenose importante de TCE não protegido, com ou sem envolvimento de outras artérias. A comparação foi entre ICP com SF do tipo Simulimos versus CRM. Fração de ejeção diminuída não foi critério de exclusão. O estudo não excluiu pacientes previamente submetidos a ICP, que foram cerca de 12% do total. O escore SYNTAX médio foi de 25,2 e o EUROSCORE médio de 3,4. Lesões em bifurcação estiveram presentes em dois terços dos pacientes e foram tratadas com uso de um único stent. Enxerto de mamaria interna para DA foi utilizado em quase todos os casos no grupo CRM. A incidência de desfechos adversos em 30 dias foi semelhante (1,3% versus 3,0%). Em um ano não houve diferença significante na mortalidade (2,0% versus 2,7%), incidência de IAM (1,3% versus 1,0%), AVC (0% versus 0,3%), nova revascularização (6,1% versus 3,4%), ou MACCE (8,7% VS 6,7%). Os resultados em dois anos foram semelhantes em todos os desfechos, exceto nova revascularização, na qual as diferenças atingiram significado estatístico (9,0% versus 4,2%; p=0,02). O único subgrupo de lesão de tronco em que o MACCE foi favorável à CRM foram os com lesão de tronco associada à lesão de 3 vasos. Nos demais os resultados da ICP foram iguais ou superiores aos da CRM. Estudo de Boudriot et al Este foi um estudo randomizado realizado na Alemanha, coordenado pela Universidade de Leipzig, que envolveu 201 pacientes com estenose importante de TCE não protegido, com ou sem envolvimento de outras artérias. A comparação foi entre revascularização 18

coronária através de ICP utilizando SF tipo Simulimos versus CRM. A totalidade dos pacientes tinha fração de ejeção normal. O escore SYNTAX médio foi de 24,0 e o EuroSCORE 2,5. Lesões em bifurcação estiveram presentes em 74% dos pacientes. 46% dos pacientes foram operados sem circulação extracorpórea. O comprimento médio dos stents foi de 34 mm. Complicações hospitalares maiores ocorreram em 4% dos pacientes do grupo ICP versus 30% no grupo CRM . Não foi reportada a mortalidade em 30 dias. A mortalidade em um ano foi 2% no grupo ICP versus 5% no grupo CRM. A incidência de AVC em 30 dias foi de 2% no grupo CRM versus 0% no grupo ICP. A incidência de IAM foi idêntica (3%). A incidência de novas revascularizações foi de 14% no grupo ICP(em 83% dos casos uma nova intervenção percutânea) versus 5,9% no grupo CRM. AGREGAÇÃO DE RESULTADOS E ANÁLISE DE SUBGRUPOS Na agregação de resultados dos oito estudos, totalizando 5061 pacientes, não houve diferença significativa na mortalidade em 30 dias (1,1 versus 1,5%; p=0,33), em um ano (2,8 versus 3,7%; p=0,1), ou em três anos (5,7 versus 5,8%; p=1). Houve significativa menor incidência de AVCs (0,45 versus 1,75%, p<0,0001); e similaridade na incidência de IAM (3,4 versus 3,2%; p=0,9) e significativa maior ocorrência de nova revascularização no grupo ICP (9,3 versus 4,1%; p<0,0001). Na análise individual dos resultados, incluindo os dos subgrupos do SYNTAX, verificamos que o melhor desempenho da ICP ocorreu nos estudos de Hong et al, ARTS II e ERACI III (caracterizados por envolverem pacientes semelhantes aos dos estudos randomizados da era pré SF) e nos subgrupos de baixa complexidade angiográfica do SYNTAX. Observese que a tendência a menor mortalidade em TCE ocorreu tanto nos subgrupos de complexidade baixa e intermediária do SYNTAX quanto no LEMANS, no PRECOMBAT e no estudo de Boudriot e colaboradores. Ressaltese que estes três últimos estudos envolveram doentes de complexidade angiográfica inferior à do SYNTAX. Já nos subgrupos do SYN-


STENT FARMACOLÓGICO VERSUS CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA

TAX de alta complexidade angiográfica, tanto triarteriais quanto TCE , os resultados foram melhores com a CRM, atingindo significância estatística nos triarteirais com escore SYNTAX maior que 32.

Podemos pois concluir que a tendência atual dos intervencionistas de avançarem em domínios que até há pouco pertenciam exclusivamente à CRM é plenamente justificável à luz das melhores evidências.

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MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA DA SOCIEDADE Prezados Congressistas, A cada ano a cardiologia cearense promove e apóia eventos que abrangem os níveis local, regional, nacional ou internacional. Esse fato ressalta a qualidade técnica e a participação política dos nossos cardiologistas, em um aprendizado que contém, entre outras experiências, uma efetiva atuação na formatação dos nossos congressos. Dando sequência a esta tradição teremos o XVII Congresso Cearense de Cardiologia com a direção do Dr Fernando Pinheiro Ramos, Presidente do Congresso e, do Dr Sandro Salgueiro Rodrigues, Presidente da Comissão Científica. São dois experientes e qualificados cardiologistas que, apoiados por uma eficiente comissão científica, desenvolveram o tema: O Resgate da Soberania Clínica. Nesse contexto foi elaborada com esmero uma programação para atingir as expectativas dos participantes desde o Pré-Congresso, perpassando pelas Conferências, Mesas Redondas, Apresentação de Casos Clínicos, etc, até o final do evento. Sejam bem-vindos ao XVII Congresso Cearense de Cardiologia. Cordialmente, José Sebastião de Abreu Presidente da SBC/Ce

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MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA DO CONGRESSO É com grande satisfação que recebemos todos vocês para o XVII Congresso Cearense de Cardiologia. A escolha da data e do local para realização do Congresso está em sintonia com a constante preocupação da Sociedade Cearense de Cardiologia em oferecer o melhor em conforto e segurança a todos os participantes, que chegam atualmente a quase quinhentos, entre cardiologistas, profissionais da saúde, representantes de laboratório, indústria e equipe de apoio. A Comissão Científica e Organizadora elaboraram uma programação com temas atuais, abrangentes e alinhados com o tema central do congresso: Cardiologia Contemporânea - O Resgate da Soberania Clínica. Este tema foi escolhido para refletirmos sobre a importância da anamnese e do diagnóstico clínico em nossos pacientes. Os avanços tecnológicos agregam benefícios, porém, devemos utilizá-los de forma racional. Teremos o curso pré-congresso com módulos nas áreas de prevenção, consultório, emergência e avanços da cardiologia. Paralelamente, ocorrerá um módulo de atualização e treinamento em ressuscitação cardiopulmonar, com aulas teóricas e práticas. Foram convidados 3 palestrantes de São Paulo e 1 de Goiânia, que juntamente com vários colegas regionais tratarão de assuntos de grande relevância para a prática clínica. Obtivemos um número recorde de 53 temas livres. Serão ministradas conferências, mesas redondas, casos clínicos, perguntas e respostas e o tradicional colóquio de ECG. Esperamos proporcionar momentos de aprendizado, atualização e confraternização. Agradecemos sua presença, bom Congresso! Dr. Fernando Pinheiro Ramos Presidente do XVII Congresso Cearense de Cardiologia 21


MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA DA COMISSÃO CIENTÍFICA

Tempos Modernos

Sandro Salgueiro Rodrigues Não há consenso entre os historiadores a cerca dos marcos temporais que definiram o início da idade moderna. Mas não há dúvida de que a Revolução Industrial iniciada na Inglaterra, durante o século XVII, representa um dos seus principais legados. Depois dela, o mundo nunca mais foi o mesmo. Alteraram-se profundamente as relações de trabalho e como elas, todas as relações sociais. Os artesões, até então mestres dedicados à arte de dar vida útil à massa amorfa, viram fugir de suas mãos as ferramentas e os meios de transformação, agora apropriados pelo grande capital e organizados de maneira a atingir escalas jamais imaginadas pelo homem até aquela data. O novo contexto de produção e organização social trouxe consigo ganhos e perdas. Se por um lado, o aumento de escala resultou em queda de preços e incorporação de um grande contingente de novos consumidores, por outro lado, o pequeno artesão cedeu espaço para a sociedade industrial, de produção massificada. Perdeu-se definitivamente o elo que, desde os primórdios da humanidade, balizara as relações econômicas: o contato quase pessoal entre o produtor e o comprador de bens e serviços. Charlie Chaplin reproduziu, com o brilho habitual, as mazelas do novo sistema em seu filme, TEMPOS MODERNOS, de 1936. Mas o que a Revolução Industrial tem a ver com a CARDIOLOGIA CONTEMPORÂNEA? Muito. A inauguração dos tempos modernos trouxe consigo o modelo massificado não só para a indústria mas também para o setor de serviços. O mesmo avanço tecnológico médico, que nos permitiu diagnósticos e tratamentos cada vez mais seguros e eficazes, também transferiu do médico artesão (aquele que lida com a arte médica), para os modernos equipamentos computadorizados e robotizados, as decisões em série, qual linha de montagem, sobre as vidas dos nossos pacientes.

Por isso a necessidade do RESGATE DA SOBERANIA CLÍNICA.

Este resgate não é uma ode saudosista ao classicismo acadêmico. É sim, o reconhecimento de que devemos muito a toda a tecnologia contemporânea, mas que não podemos jamais esquecer que sem as sensatas ponderações clínicas, todo avanço é vão e toda ciência é morta. Tecnologia e julgamento clínico. Esta é a coroação definitiva da SOBERANA ARTE MÉDICA. Nossos pacientes agradecem. Sandro Salgueiro Rodrigues Presidente da Comissão Científica do XVII Congresso Cearense de Cardiologia

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MENSAGEM DA COORDENAÇÃO DA COMISSÃO JULGADORA DOS TEMAS LIVRES E o congresso chegou. Proporciona momentos de alegria, de encontro entre amigos e profissionais. Oportunidade máxima para troca de informações, discussões clínicas e de educação médica continuada. Momento de grande divulgação científica na área a que se propõe. A cardiologia não é diferente. Estamos diante de um congresso de cardiologia e é cearense. Temos que mostrar o que há de melhor em nossa terra. E o melhor modo de fazermos isto é mostrando a produção científica, na forma de trabalhos que serão expostos ou na forma de apresentação oral ou de posters. Foram mais de 70 (setenta) trabalhos enviados para comissão e infelizmente temos um limite no número destes trabalhos a serem apresentados. Para isso tornamos esta avaliação menos subjetiva e pessoal. Tentamos diminuir a tendenciosidade, avaliamos com notas e pesos e usamos vários critérios tipo, originalidade, relevância, objetivos, metodologia, resultados e conclusão. Foi aplicado os critérios para avaliação de temas livres da SBC. A importância de todo este trabalho e de toda esta avaliação por profissionais capacitados é que temos uma seleção de temas livres digna deste congresso. Convido vocês a ler os temas livres, discutir, interagir, tecer comentários e críticas construtivas, fazer uma verdadeira imersão na comunidade científica.

Parabéns a cardiologia do Ceará.

Excelente congresso para todos.

Antônio Augusto Guimarães Lima Coordenador da Comissão Julgadora de Temas Livres do XVII Congresso Cearense de Cardiologia

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MENSAGEM DO PRESIDENTE ELEITO DA SBC-CE 2012-2013

Prezado Sócios,

Gostaria de convocá-los para traçarmos em conjunto o que chamo de PLANO DE METAS para a nossa Sociedade Cearense de Cardiologia, para o biênio 2012-2013. Estamos programando uma reunião em agosto/setembro, logo após o congresso cearense, para definirmos, com antecedência, este cronograma e buscarmos o apoio e os recursos para elaboração dos mesmos. Montamos um questionário para permitir ao sócio participar do cronograma de eventos da SBC-CE. A crise econômica internacional, o grande número de eventos científicos, a retração dos laboratórios diante das novas regras da Anvisa, restringindo as propagandas e patrocínios, têm trazido dificuldades para as sociedades médicas desenvolverem suas ações. A Sociedade Brasileira de Cardiologia tem conseguido grandes patrocinadores nacionais, sendo essa a justificativa de algumas empresas farmacêuticas, para não apoiarem eventos locais. Entretanto, com planejamento, organização, trabalho em equipe e boas idéias poderemos vencer esse empecilho. Faremos nossa festa de fim de ano em novembro, data mais provável no sábado a noite, em 19 de novembro, às 20 hs, no restaurante Regina Diógenes novo, na Av. Engenheiro Santana Júnior, no shopping do pátio do Cocó, que tem estacionamento, segurança, bom atendimento e comida de qualidade. Nesse momento, será empossada a nova diretoria, homenageado o cardiologista, o representante e o laboratório do ano. As sugestões de locais e nomes serão discutidas em nossa reunião. Destaco como impecáveis as últimas gestões da SBC-CE, que me orgulho de ter sido membro, com realização de eventos de alto nível científico, com abrangência nacional e internacional. A sociedade encontra-se com boa estrutura administrativa, enxuta, eficiente, boa gestão econômica, com saldos positivos crescentes nos últimos anos, tendo também atuado em amplos debates e negociações com convênios e entidades de classes, em busca de melhores reajustes dos honorários médicos. IDEIAS: 1) Manutenção da realização de um Congresso de ponta, como vem sendo feito nos últimos anos, com programação para trazermos um ou dois convidados internacionais, até já contactados. Alguns tem discutido a possibilidade de congressos bianuais, que não concordo. 2) Realização de um Curso Intensivo de Reciclagem em Cardiologia, com duração de 2 ou 3 dias, com programação e participação predominante dos colegas locais. 3) Criação de um “ PRODUTO CARDIOLOGIA” que constaria de uma série de cursos, aulas, diretrizes, para apresentarmos as faculdades privadas, laboratórios, colégios, outras sociedades afins, Prefeitura e Estado, baseado principalmente nas diretrizes da sociedade brasileira de cardiologia. Isto traria visibilidade para Sociedade, exerceríamos nosso papel social e captaríamos recursos financeiros.

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4) Criação de outras regionais (sem necessidade de sede própria) da sociedade em locais como Jaguaribe, Iguatu ou Quixadá com realização de jornadas nestes locais, como fizemos no passado com sucesso em Sobral e Juazeiro. Assim conseguiríamos nos aproximar dos colegas do interior e divulgar a cardiologia e suas diretrizes para essas regiões. 5) Definição de modelos para as campanhas do FUNCOR de colesterol, hipertensão, obesidade zero e de prevenção de morte súbita da SOBRAC. 6) Reuniões com os diretores dos laboratórios até setembro/outubro para ofertarmos os vários tipos de programações (como as citadas), para que os mesmos tenham condições de se engajarem em outras atividades, que não exclusivamente o nosso congresso anual. 7) Elaboração de um JORNAL (uma das minhas metas principais) trimestral ou quadrimestral, de grande impacto e circulação, que possamos distribuir para um número grande de médicos locais, mesmo de outras especialidades com divisões em áreas científicas, sociais, publicações de cardiologistas locais, informática, áreas de pesquisa, de pós graduação, dos residentes, dos patrocinadores, das campanhas, de tal forma que, todo coordenador de departamento teria uma pequena coluna para explicitar evoluções e avanços na respectiva área. Isto seria uma grande fonte de recursos para a sociedade e de divulgação da nossa especialidade, cumprindo também seu importante papel social. Lembrem-se que os médicos de outras áreas, não recebem o jornal da SBC, e que no mesmo, também não temos oportunidade de divulgar o que se faz e se produz aqui no Ceará. 8) Tentar buscar ao máximo novos apoios e patrocínios para ampliarmos nossas atividades. 9) Divulgar e cobrar dos laboratórios participação e envolvimento com a sociedade de cardiologia. Se cada colega no consultório fizer isso, a adesão será bem maior. A idéia dos apoios serem voltados ás entidades e não apenas individualmente, tem sido defendido e cobrado pelo CRM. 10) Temos agendado preliminarmente o congresso brasileiro de ergometria para Fortaleza em 2013, com a coordenação da Dra. Márcia Sales. 11) Estimular a participação dos sócios nos eventos locais, buscando colegas até então afastados das atividades científicas e principalmente os residentes de cardiologia e internos. 12) Iniciar trabalhos visando a realização de um futuro congresso Brasileiro de Cardiologia em Fortaleza, após a inauguração do novo centro de eventos. Minha intenção é contagiá-los com minha vontade, entusiasmo e disposição em fazer o melhor pelo nosso grupo e pela nossa sociedade como um todo, e sei de consciência, que juntos poderemos fazer um trabalho grandioso, dando seqüência as excelentes administrações que me antecederam, como a dos Drs. Sebastião Abreu (gestão atual), Antônio Petrola, Cezário Martins e Marcos Frota. A essas pessoas, meus agradecimentos pelo apoio, amizade e aprendizado ao longo desses anos. CHAPA : “A SOCIEDADE JUNTO AO CARDIOLOGISTA” 1) Presidente: Eduardo Arrais Rocha 2) Vice-Presidente: Ana Lúcia Sá Leitão Ramos 3) Diretor Administrativo : Fernando Pinheiro Ramos 4) Diretor Científico: Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho 5) Diretor FUNCOR: Sandro Salgueiro Rodrigues 6) Diretor Financeiro: Roberto Lima Farias 7) Diretor de Comunicação: Carlos Bellini Gondim Gomes 8) Diretor de Qualidade Assistencial: José Ronaldo Mont’Alverne Filho

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# Conselho Fiscal: Titulares: João Luís de Alencar Araripe Falcão Lúcia de Sousa Belém José Sebastião Abreu Suplentes: Francisco Deoclécio Pinheiro José Gerardo Mont’Alverne Parente Ângelo Roncalli Ramalho Sampaio # Delegados: Cezário Antônio Martins Gomes Antônio Petrola Júnior # Diretoria de Departamentos: 1- Cardiologia Clínica: João David de Sousa Neto 2- Cardiologia Pediátrica: Márcia Maria Souto Maior 3- Cárdiogeriatria: Ítalo Martins de Oliveira 4- Imagem : Cezário Antônio Martins Gomes 5- Arritmias: Almino Cavalcante Rocha Neto 6- Cirurgia Cardíaca: Aloísio Sales Barbosa Gondim 7- Hemodinâmica: Erirtônio Façanha 8- Eletrocardiografia: Raimundo Barbosa Barros 9- Terapia Intensiva e Emergência: João Luís Alencar Araripe Falcão 10- Ergometria: Márcia Maria Sales Gonçalves 11- Cardiologia da Mulher: Regina Coeli Marques de Carvalho 12- Hipertensão : Ana Lúcia de Sá Leitão 13- Ecocardiografia: José Sebastião Abreu # Coordenadores das Regionais do Ceará 1 - Sobral: José Gerardo Mont’Alverne Parente 2- Cariri: Ângelo Roncalli Ramalho Sampaio

Atenciosamente,

Eduardo Arrais Rocha Presidente eleito da SBC-CE 2012-2013

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COMISSÕES COMISSÃO EXECUTIVA Presidente da SBC-CE - José Sebastião de Abreu Presidente do XVII Congresso da SBC-CE - Fernando Pinheiro Ramos

COMISSÃO CIENTÍFICA Coordenador da Comissão Científica Sandro Salgueiro Rodrigues Terapia Intensiva em Cardiologia Maria Tereza Sá Leitão

Ecocardiograma Carlos Bellini Gomes Cezário Antônio Martins Gomes

Cardiologia Geral Demóstenes Gonçalves L. Ribeiro Marcos Antônio Gadelha Maia Cardiologia Pediátrica Klébia Magalhães Pereira Castelo Branco Célia Maria Félix Cirino Cardiogeriatria Ítalo Martins de Oliveira Cardiologia da Mulher Regina Coeli M. de Carvalho Insuficiência Cardíaca João David de Souza Neto Juliana Rolim

Hipertensão Arterial e Metabologia Ricardo Pereira Silva Ana Aécia Alexandrino Oliveira

Teste Ergométrico e Medicina do Esporte Ana Virgínia P. Rolim Gustavo José Veras Pereira Hemodinâmica Antônio Augusto Guimarães Lima Cirurgia Cardíaca Josué de Castro Neto Arritmia e Marcapasso Almino Cavalcante Rocha Neto Marcelo de Paula

COMISSÃO JULGADORA DE TEMAS LIVRES Coordenador da Comissão Julgadora de Temas Livres Antônio Augusto Guimarães Julgadores Demóstenes Ribeiro Manoel Álvaro Márcia Carneiro José Elóy Aluísio Cruz Júnior

João Marcelo Adriana Albuquerque José Gonçalves Moreira Filho José Eldon Barros 27


CONVIDADOS Dr. Álvaro Avezum(SP) Mini Currículo Diretor - Divisão de Epidemologia Translacional. Professor do Programa de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo/ Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Dr. Márcio Jansen de Oliveira Figueiredo (SP) Mini Currículo Professor Doutor MS3, Departamento de Clínica Médica, Disciplina de Cardiologia, FCMUNICAMP Eletrofisiologista Responsável pelo Serviço de Eletrofisiologia - UNICAMP Formado na UNICAMP, 1989 Residência em Cardiologia na UNICAMP, entre 1990 e 1993 Fellow em Eletrofisiologia do Hospital Clínic, de Barcelona, Espanha, entre 1994 e 1995 Doutor em Cardiologia pela UNICAMP, 2002 Ex-Presidente do Departamento de Cardiologia da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas Ex-Diretor de Regionais da Sociedade de Cardiologia da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo Ex-Coordenador de Ética e Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas Coordenador da Área de Relações Institucionais da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas Especialista em Cardiologia pela SBC, título obtido através de Exame de Qualificação em 1993 Especialista em Eletrofisiologia Cardíaca pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, título obtido através de Exame de Qualificação e prova Prática em 2000 Membro da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas desde 1989; Membro da Associação Paulista de Medicina, desde 1989 Membro da Associação Médica Brasileira, desde 1989 Membro da Sociedade de Cardiologia do Es-

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tado de São Paulo, desde 1992 Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, desde 1992 Membro do Departamento de Arritmias e Eletrofisiologia Clínica da SBC, desde 1994 Membro da Heart Rhythm Society (antiga North American Society of Pacing and Electrophysiology), desde 1999 Membro da European Heart Rhythm Association, desde 2007 Prof. Dr. Max Grinberg ( SP) Mini Currículo GRADUAÇÃO: Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1967. ESPECIALIZAÇÃO: Em Cardiologia, da Escola Médica de Pós-graduação da Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 1968 e da Faculdade de Medicina USP em 1969. DOUTORADO: Faculdade de Medicina da USP em 1972. LIVRE-DOCENTE em Clínica Médica Faculdade de Medicina da USP em 1979. - Diretor da Unidade Clínica de Valvopatias do Instituto do Coração HCFMUSP. - Coordenador do NINHU – Núcleo InCor Necessidades Humanização. - Professor na Disciplina de Bioética Clínica da FMUSP. - Delegado Metropolitano do CREMESP. - Membro do Centro de Bioética do CREMESP. - Membro do Grupo de Apoio às Comissões de Ética Médica (GACEM) do CREMESP. - Membro do Conselho Editorial dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Dr. Salvador Rassi (GO) Mini Currículo Professor Associado da Faculdade de Medicina da UFG Coordenador do Serviço de Cardiologia do HC/ UFG Doutor em Cardiologia pela USP


INFORMAÇÕES GERAIS Secretaria Executiva Inscrições/ Entrega de Material / Central de Informação Secretaria Executiva localizada no Hotel Gran Marquise Avenida Beira Mar, 3980 - Fortaleza - CE, 60165-121 Horário de Funcionamento: 03 /08/2011 – 08:00 às 18:00 04/08/2011– 08:00 às 18:00 05/08/2011 - 08:00 às 18:00 Crachá O uso do crachá é obrigatório em todas as atividades do congresso, não somente para identificar os participantes, mas para facilitar a comunicação entre os mesmos. Em caso de perda ou esquecimento, um novo crachá poderá ser fornecido mediante o pagamento da taxa no valor de R$ 50,00. De acordo com as normas vigentes da Anvisa, as categorias são identificadas conforme as cores abaixo:

Certificados Certificados de Congressistas Serão entregues na Secretaria do Congresso, no dia 05/08/2011, a partir das 08:00. Certificado de Palestrantes, Conferencistas e Debatedores Serão entregues ao final das respectivas sessões.

constarão os nomes de todos os autores e co-autores dos trabalhos, que será entregue junto com o certificado de participação do Congresso. Os certificados serão entregues após cada apresentação pelo coordenador da sessão. Telefones Úteis Pronto Atendimento SAMU: 192 Delegacia do Turista: (85) 3101. 2488 Corpo de Bombeiro: (85) 3101. 2211 Policia Militar: 190 Serviços Bancários Nas proximidades do Gran Marquise há caixa 24 horas. Para pagamentos relativos ao Congresso, haverá um guichê localizado junto à Secretaria Executiva do Evento Trajes Recomendamos o traje social (esporte fino) para as atividades científicas do Congresso Achados e Perdidos Favor notificar Secretaria Executiva do Congresso a ocorrência de achados e perdidos. Restrições e informações • Os realizadores do congresso não se responsabilizam por qualquer alteração na programação que não dependam do esforço e da atenção dos mesmos. • Não é permitida a entrada de menores de 16 anos, mesmo acompanhados. • O congresso não oferece assistência médica ou cobertura de seguro. • É proibido fumar nos recintos onde serão realizadas as sessões científicas. • Solicitamos aos participantes que os aparelhos celulares sejam desligados durante as sessões científicas.

Certificado de Temas Livres e Pôsteres Será emitido um único certificado no qual 29


Regras das Atividades Científicas Abertura Diária dos Trabalhos As atividades deverão começar rigorosamente no horário estabelecido. Cabe aos Presidentes e Moderadores zelar pelo cumprimento dos horários estabelecidos. Papel dos Componentes da Mesa CABE AO PRESIDENTE/COORDENADOR DA ATIVIDADE: - O cargo de presidente existe apenas nas conferências; - Apresentar os componentes da mesa e o convidado; - Coordenar o bom andamento dos trabalhos; - Estimular o debate, formulando ele próprio questões ao plenário e selecionado questões feitas pela plenária e componente da mesa; - Comentar os resultados apresentados pela sessão. CABE AO MODERADOR: - Apresentar os palestrantes das atividades; - Controlar o tempo de cada apresentação; - Moderar as discussões entre Apresentadores ou Palestrantes ou Debatedores e entre estes e a platéia. CABE AO DEBATEDOR: -Estudar previamente o tema a ser abordado na sessão; - Participar das discussões formulando questões no momento das apresentações, procurando defender o seu ponto de vista. CABE AO PALESTRANTE: - Apresentar o tema a ele indicado, dentro do tempo estipulado; - Participar dos debates, respondendo questões pertinentes ao tema apresentado. CONFERÊNCIAS: Atividade com 01 presidente e 01 conferencista, terá o tempo de 30 min para exposição do tema.

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SESSÃO MESA REDONDA: Cada tema a ser abordado será apresentado em 15 minutos improrrogáveis. O(s) apresentador(es) deverá(ão) utilizar-se de data show. O material audiovisual deverá ser testado com antecedência mínima de duas horas da sua respectiva apresentação, na sala de mídia desk. COLÓQUIOS: O colóquio terá duração de uma hora sem o auxílio de recursos audiovisuais, cujos temas a serem abordados dever ser amplamente debatidos com a platéia. Cada sessão de colóquio contará com a participação de dois coordenadores/moderadores e seis debatedores. Os certificados serão entregues ao final da sessão. CASOS CLÍNICOS: Apresentação de casos clínicos para a discussão com a plateia.


TEMAS LIVRES

Isenção de Ponto

Cada Tema Livre terá de ser apresentado no prazo máximo de 10 minutos e 5 minutos para discussão com o debatedor e/ou plateia.

Para médicos que ocupam cargos públicos: Conforme decreto nº 2.029 de 11 de outubro de 1996, publicado pelo Diário Oficial, as solicitações de dispensa de ponto de funcionários públicos federais e autárquicos deverão ser solicitadas à chefia imediata. Decreto nº 2.029 de 11 de outubro de 1996, dispõe sobre a participação de servidores públicos federais em conferências, congressos, treinamentos ou outros similares, e dá outras providências. O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe oferece o Art. 84, Inciso II da Constituição, DECRETA: Art. 1º Compete aos Ministros de Estados, às autoridades equivalentes e aos dirigentes máximos de autarquias e fundações públicas federais em conferência, congressos, cursos, treinamentos e outros eventos similares que se realizam no País, versando sobre temas de cunho científico, técnico, artístico, cultural e equivalente.

SESSÃO DE PÔSTERES A sessão de pôsteres será na Área de Exposição - Dr. Manoel Vladimir Cabral de Morais. Os pôsteres receberão um número identificador que será colocado em cada painel para melhor identificação. Os pôsteres deverão ser fixados nas datas definidas das 7:30 às 8:00 e serem retirados das 17:30 às 18:00 para as apresentações de cada um dos dias. Em caso de não remoção do pôster, a organização do evento não se responsabilizará por perdas e/ou danos causados. Os autores devem estar na sala de exposição, ao lado de seu pôster, das 10:10 às 10:30 para o turno da manhã e das 16:10 às 16:30 para o turno da tarde para os debates de seus trabalhos, seguindo a seguinte escala:

1º - A Competência de que trata este artigo poderá ser subdelegado aos titulares de órgãos. Art. 2º - O interessado na participação do servidor no evento providenciará a justificativa com o temário demonstrando a pertinência, a relevância e necessidade do mesmo para a instituição.

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RELAÇÃO DOS EXPOSITORES LABORATÓRIOS SERVIER DO BRASIL LTDA

LIVRO NORTE COMÉRCIO DE LIVROS CIENTÍFICOS LTDA

BIOLAB SANUS FARMACÊUTICA LTDA

HOSPITAL DE MESSEJANA

SCIENTIFIC COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO LTDA

LABORATÓRIOS BALDACCI S.A

INSTITUTO MEDICINA NUCLEAR-IMN / CTX

ULTRASOM DIAGNÓSTICOS E SERVIÇOS LTDA

ASTRAZENECA DO BRASIL LTDA

FREE LIFE OPERADORA DE PLANOS DE SAÚDE LTDA

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS FREE LIFE OPERADORA DE PLANOS DE SAÚDE LTDA BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A LABORATÓRIOS SERVIER DO BRASIL LTDA BIOLAB SANUS FARMACÊUTICA LTDA SCIENTIFIC COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO LTDA MEDICINA NUCLEAR-IMN / CTX ASTRAZENECA DO BRASIL LTDA LIVRO NORTE COMÉRCIO DE LIVROS CIENTÍFICOS LTDA HOSPITAL DE MESSEJANA LABORATÓRIOS BALDACCI S.A ULTRASOM DIAGNÓSTICOS E SERVIÇOS LTDA LITORMED COMÉRCIO DE PRODUTOS MÉDICOS LTDA (LITORMED)

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MAPA DOS EXPOSITORES


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PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

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Programação Científica

Pré-Congresso

10:00 - 10:30 - Visitação à Exposição

Dia 03/08/2011 - Quarta- Feira Sala Dra. Fernanda Paiva Aguiar

10:30 - 12:00 - Módulo de consultório Coordenador: Francisco Delano Campos Macedo Secretário: José Clécio Barbosa

08:40 - 17:30 Atualização em Ressuscitação Cardiopulmonar: Diretrizes 2010 Sandra Nívea Falcão, João Luiz de Alencar Araripe Falcão e Francisco Adailton de Alencar Braga 08:00 - Recepção 08:00 - 08:25 - Abertura (Revisão do curso/ Organização) 08:25 - 08:45 - Vídeo - Avaliação primária do BLS. 08:45 - 09:15 - Atualização sobre Suporte Básico de Vida (aula teórica) 09:45 - 12:15 - Estações de habilidades

10:30 - 10:50 - Terapêutica medicamentosa da HAS: diretrizes da SBC 2010 - Ricardo Pereira Silva 10:50 - 11:10 - Avaliação pré-operatória para cirurgia não cardíaca - Odair Soares Filho 11:10 - 11:30 - Marcadores bioquímicos na clínica cardiológica Ângelo Roncalli Ramalho Sampaio 11:30 - 11:50 - Depressão: o que o cardiologista precisa saber André Ferrer 12:00 - 14:00 – Almoço Livre Dia 03/08/2011 - Quarta-feira Sala Dr. José Maria Memória Furtado Júnior 14:00 -15:30-Módulo de emergência Coordenador: Francisco Sérgio Menescal Macedo Secretário: Ricardo Lessa

12:35 - 13:35 - Almoço 13:35 - 14:10 - Atualização sobre Suporte de Vida (aula teórica) 14:10 - 14:30 - Vídeo – Megacode e o Conceito de Equipe de Ressuscitação 14:30 - 16:35 - Estações práticas

14:00 - 14:20 - Síncope: abordagem diagnóstica e terapêutica Ronaldo Vasconcelos Távora 14:20 - 14:40 - IAM com supra de ST versus IAM sem supra: diferenças na abordagem - Luciana Santos Oliveira 14:40 - 15:00 - Dissecção aórtica: identificação e manuseio Marcos Antônio Gadelha Maia 15:00 - 15:20 - Embolia pulmonar: abordagem diagnóstica e terapêutica Maria Tereza de Sá Leitão R. Borges 15:30 - 16:00 - Visitação à Exposição 16:00 - 17:30 - Avanços na cardiologia Coordenador: Luiz Wilson de Araujo Secretário: José Gerardo Mont’ Alverne Parente

17:45 - 18:00 - Encerramento, Avaliação final do Curso

Congresso

16:00 - 16:20 - Terapia anti-plaquetária – o que há de novo José Erirtônio Façanha Barreto 16:20 - 16:40 - Intervenção coronária percutânea: stent convencional ou farmacológico? - Antônio Augusto Guimarães Lima 16:40 - 17:00 - Angio-tomografia coronária: qual o seu papel atual João Luiz de Alencar Araripe Falcão 17:00 - 17:20 - Avanços técnicos na revascularização cirúrgica do miocárdio - José Acácio Feitosa

Dia 03/08/2011 - Quarta-feira Sala Dr. José Maria Memória Furtado Júnior 08:40 - 10:00 - Módulo de Prevenção Coordenadora: Márcia Pereira de Holanda Roque Pires Secretário: William Bezerra 08:40 - 09:00 - Estratificação de risco em prevenção primária na doença cardiovascular - Dr. Rômulo Roncalli Guimarães 09:00 - 09:20 - Alimentação: impacto das dietas na prevenção cardiovascular - Roseane Feitosa 09:20 - 09:40 - Exercício físico: qual a sua importância e como prescrevêlo - Márcia Maria Sales Gonçalves. 09:40 - 10:00 - Controle do tabagismo: etapas para se obter sucesso Juvêncio Paiva Câmara Júnior

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Dia 04/08/2011 - Quinta-feira Sala Dr. José Maria Memória Furtado Júnior 8:00 - 8:30 - Tema Livre 08:00 - TL01 - Stents farmacológicos versus cirurgia de revasculariza miocárdica: meta-análise de oito ensaios clínicos. PEDRO JOSÉ NEGREIROS DE ANDRADE. 08:15 - TL08 - Síndrome do roubo da coronária-subclávia JOSÉ VICTOR GOMES COSTA, LEILANE DA CONCEIÇÃO ALMEIDA GUIMARÃES, CAMILA RABELO FERREIRA GOMES, LUIZ SEVERO BEM JÚNIOR, ANTONIO AUGUSTO GUIMARAES LIMA.


8:30 - 9:00 Conferência - DAC: Estudos recentes e sua repercussão na prática clínica Álvaro Avezum (SP) Presidente: Fernando Pinheiro Ramos 09:00 - 10:00 - Mesa Redonda - Doença arterial coronariana Coordenador: Alexandre Melo Karbage Moderadores: Álvaro Avezum e Fernando Soares Medeiros 09:00 - 09:15 - Avanços da abordagem clínica na doença coronária crônica Célia Maria Félix Cirino 09:15 - 09:30 - Abordagem percutânea de tronco de coronária esquerda e multiarteriais à luz dos estudos recentes - Nilson Moura Fé Filho 09:30 - 09:45 - A revascularização cirúrgica do miocárdio minimamente invasiva sem comprometer os resultados - José Glauco Lobo Filho 09:45 - 10:00 - Técnicas ecocardiográficas na avaliação da DAC José Sebastião de Abreu 10:00 - 10:10 - Discussão 10:10 - 10:30 - Visitação à Exposição e aos Pôsteres 10:30 - 11:10 - Caso Clinico - SCA: manuseio de casos complexos Moderador: Flávio Rocha

LIANA ROLIM FERNANDES, JUAN ALBERTO COSQUILLO MEJIA, GERMANA BARROS OLIVEIRA DE FREITAS ALBUQUERQUE CPF 01742410383, JOAO DAVID DE SOUZA NETO. 14:30 - 15:00 Conferência - Manuseio da ICC: estado da arte Salvador Rassi (GO) Presidente: João David de Souza Neto 15:00 - 16:00 - Mesa redonda - Insuficiência cardíaca Coordenador: Frederico Augusto de Lima e Silva Moderadores: Salvador Rassi e João David de Souza Neto 15:00 -15:15 - Tratamento da ICC: da abordagem clínica à terapêutica com células tronco - Juliana Rolim Fernandes 15:15 - 15:30 - Terapia de ressincronização ventricular: qual o momento adequado? Impacto dos novos estudos - Eduardo Arrais Rocha 15:30 - 15:45 - ICC com fração de ejeção preservada – o papel da ecocardiografia - Oscar Aires de Queiroz Neto 15:45 - 16:00 - Abordagem cirúrgica da ICC: do transplante cardíaco às novas tecnologias - Juan Alberto Cosquillo Mejia 16:00 – 16:10 - Discussão 16:10 - 16:30 - Visitação à Exposição e aos Pôsteres

10:30 - 10:40 - Apresentador: José Klauber Roger Carneiro 10:40 - 11:05 - Debatedores: Lúcia de Sousa Belém e Wellington Baião 11:05 - 11:10 - Síntese 11:10 - 12:25 - A atualidade da cardiologia tradicional Coordenador: Raimundo Hélio Cirino Bessa 11:10 - 11:25 - Pra começar a conversa: anamnese Demóstenes Gonçalves Lima Ribeiro 11:25 - 11:40 - O estetoscópio como fonte de informações José Eldon Barros de Alencar 11:40 - 11:55 - O eletrocardiograma na decisão clínica Raimundo Barbosa Barros 11:55 - 12:10 - Exames complementares: equilíbrio na indicação Ângela Férrer 12:10 - 12:25 - Terapêutica cardiológica: o elo entre a tradição e a inovação José Augusto Rocha Araújo 12:25 - 14:00 – Almoço Livre

Dia 04/08/2011 - Quinta-feira Sala Dr. José Maria Memória Furtado Júnior 13:00 - Sala Dra. Fernanda Paiva Aguiar - Assembléia do Departamento da SBC/CE 14:00 – 14:30 - Tema Livre 14:00 - TL03 - Incidência E Valor prognóstico de taquiarritmias em pacientes submetidos à transplante cardíaco IEDA PRATA COSTA, EVILASIO LEOBINO SILVA J, RONALDO V TAVORA, CHÁRLINGTON MOREIRA CAVALCANTE, MAYNA R C MOURA, JULIANA ROLIM F, GLAUBER G VASCONCELOS, M LIDUINA RODRIGUES FERREIRA, RICARDO MARTINS F, JUAN A C MEJIA, JOAO DAVID SOUZA N.

16:30 - 17:10 - Caso Clinico: Insuficiência cardíaca Moderador: Emanoel Castelo Branco Mourão 16:30 - 16:40 - Apresentador: Glauber Gean de Vasconcelos 16:40 - 17:05 - Debatedores: Melo Karbage e Juliana Rolim Fernandes 17:05 - 17:10 - Síntese 17:10 - 18:25 - Perguntas e respostas: as sub-especialidades Coordenador: Túlio Célio Fonteles Pinheiro 17:10 - 17:25 - A cirurgia de Ross é o método de escolha para tratamento da estenose valvar aórtica congênita? Valdester Cavalcante Pinto Júnior 17:25 - 17:40 - Farmacoterapia cardiovascular no idoso: como evitar a iatrogenia? - Ítalo Martins de Oliveira 17:40 - 17:55 - Avaliação da isquemia miocárdica através da medicina nuclear - Filadelfo Rodrigues Filho 17:55 - 18:10 - Avaliação da isquemia miocárdica através da ecocardiografia de stress - Carlos Belline Gondim Gomes 18:10 - 18:25 - Qual o papel da ergoespirometria na avaliação cardiológica do atleta? - Gustavo José Veras Pereira 18:30 - Sala Dr. José Maria Memória Furtado Júnior - Abertura do XVII Congresso Cearense de Cardiologia

Dia 04/08/2011 Quinta-feira Sala Dra. Fernanda Paiva Aguiar 14:00 às 16:00 – Tema Livre 14:00 - TL09 - Videocirurgia cardíaca – análise de resultados JOSUÉ VIANA CASTRO NETO, EMANUEL DE CARVALHO MELO, RAIMUNDO CESAR BARBOSA GONDIM, JULIANA FERNANDES, BERNARDO JUCA OLIVEIRA, JOÃO JOSÉ AQUINO MACHADO, ARTHUR DE OLIVEIRA LIMA.

14:15 - TL06 - Transplante cardíaco na miocardiopatia chagásica GLAUBER GEAN DE VASCONCELOS, HELENA NOGUEIRA BRASIL, JU-

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14:15 - TL 10 - M.A.P.A.: estudo dos picos pressóricos PEGUY KAKE MUKIDI, ANA CAROLINA RODRIGUES DUARTE, REBECCA PRADO FROTA, MÁRIO RODRIGUES MAIA NETO, AURICÉLIO MAGALHÃES PONTE, NATACHA CAMPOS ARRIAGA, ANDERSON NUNES CASSIANO. 14:30 - TL 11 - Implante concomitante de stents em artérias carótida direita e coronária direita: um relato de caso. LUCAS DE ARAUJO AQUINO, EDUARDO DE OLIVEIRA RAMALHO, CLAUDIA CIARLINI MARTINS, JOSÉ VICTOR GOMES COSTA, ANTONIO AUGUSTO GUIMARAES LIMA, FERNANDO SOARES DE MEDEIROS. 14: 45 - TL12 - Análise do descenso noturno em pacientes submetidos ao M.A.P.A. no Hospital do Coração de Sobral ANDERSON NUNES CASSIANO, MÁRIO RODRIGUES MAIA NETO, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, PEGUY KAKE MUKIDI, NATACHA CAMPOS ARRIAGA, IVO ANTÔNIO MENDES DE MENEZES, ANA CAROLINA RODRIGUES DUARTE. 15:00 - TL 13 - Perfil epidemiológico da hipertensão arterial sistêmica e da Diabetes Mellitus em uma amostra aleatória da população de Fortaleza-CE CARLOS JOSÉ MOTA DE LIMA, RUSSIAN SOARES UCHÔA, JUAN MIGUEL COSQUILLO VALDIVIA, FILIPE DE ALENCAR MATOS, CATHERINE MARJORIE STUDART LEITÃO, RICARDO EVERTON DIAS MONT`ALVERNE, FRANCISCO IVAN BENÍCIO DE SÁ FILHO.

08:15 - TL02 - Expressão de receptores muscarínicos na fibrilação atrial permanente em humanos ITALO MARTINS DE OLIVEIRA, BARBARA DANIELA DE OLIVEIRA, MAURICIO IBRAHIM SCANAVACCA, PAULO SAMPAIO GUTIERREZ. 08:30 - 9:00 Conferência - Fibrilação atrial: estado da arte Márcio Jansem de Oliveira Figueiredo Presidência: Astrid Rocha Meireles Santos 09:00 - 10:00 - Mesa redonda - Arritmia cardíaca Coordenador: Stela Maria Vitorino Sampaio Moderadores: Márcio Jansem de Oliveira Figueiredo e Maria Liduína Rodrigues Ferreira 09:00 - 09:15 - Ablação da fibrilação atrial guiada pelo mapeamento eletroanatômico Almino Cavalcante Rocha Neto 09:15 - 09:30 - Extra-sistolia ventricular: como abordar Francisco Rodrigues dos Santos Neto 09:30 - 09:45 - O atleta portador de arritmia: como conduzir? Evilásio Leobino da Silva Júnior 09:45 - 10:00 - Prevenção de morte súbita: o papel do CDI Francisca Tatiana Moreira Pereira 10:00 - 10:10 - Discussão 10:10 - 10:30 - Visitação à Exposição e aos Pôsteres

15:15 - TL 14 - Caracterização sociodemográfica e clínica de adultos jovens hipertensos em Fortaleza-CE JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, FRANCISCA ALEXANDRA ARAÚJO DA SILVA, DELANE GIFFONI SOARES, MARCELO COSTA FERNANDES, ANDRESSA SUELLY SATUNINO DE OLIVEIRA, GILVAN FERREIRA FELIPE. 15: 30 - TL 15 - Hipertensão do jaleco branco em pacientes submetidos ao M.A.P.A. no Hospital do Coração de Sobral ANDERSON NUNES CASSIANO, NATACHA CAMPOS ARRIAGA, AURICÉLIO MAGALHÃES PONTE, MÁRIO RODRIGUES MAIA NETO, REBECCA PRADO FROTA, PEGUY KAKE MUKIDI, ANA CAROLINA RODRIGUES DUARTE. 15:45 - TL 16 - Perfil epidemiologico e análise da mortalidade intra hospitalar dos pacientes tratados com angioplastia primaria no Hospital de Messejana JOAO LUIZ DE A.A. FALCAO, SANDRA NÍVEA DOS REIS SARAIVA FALCÃO, PATRÍCIA FEITOSA FROTA DOS REIS, EDLA RENATA CUNHA CAVALCANTE, ANA PAULA FARIAS MAIA, GIZELLE DE LIMA BARBOSA, DANILO OLIVEIRA CARVALHO, JOSE RONALDO MONT ALVERNE, JOSÉ ERIRTÔNIO FAÇANHA BARRETO.

10:30 - 11:10 - Caso clinico: arritmia cardíaca Moderador: Evilásio Leobino da Silva Junior 10:30 - 10:40 - Apresentadora: Ieda Prata Costa 10:40 - 11:05 - Debatedores: Ronaldo Vasconcelos Távora e Stela Maria Vitorino Sampaio 11:05 - 11:10 - Síntese 11:10 - 12:25 - Perguntas e respostas Coordenador: Francisco Waldeney Rolim 11:10 - 11:25 - Como controlar o hipertenso severo durante cirurgia não cardíaca? - Patrícia Lopes 11:25 - 11:40 - Estamos identificando nossos pacientes com síndrome metabólica? - Carlos Augusto Lima Gomes dos Santos 11:40 - 11:55 - Como o cardiologista deve estratificar o paciente diabético? Ana Aécia Alexandrino de Oliveira 11:55 - 12:10 - Disfunção endotelial e HAS: causa ou efeito? Carlos Roberto Martins R. Sobrinho 12:10 - 12:25 - Hipertensa gestante: há algo de novo em seu manuseio? Regina Coeli Marques de Carvalho 12:25 - 14:00 – Almoço Livre

Dia 05/08/2011 - Sexta-feira Sala Dr. José Maria Memória Furtado Júnior

Dia 06/08/2011 Sábado Sala Dr. José Maria Memória Furtado Júnior

08:00 - 08:30 - Tema Livre 14:00 - 14:30- Tema Livre 08:00 - TL04 - Diagnóstico eletrofisiológico do “fibrilo-flutter” atrial: uma arritmia que não existe? ALMINO CAVALCANTE ROCHA NETO, ROBERTO LIMA FARIAS, RICARDO MARTINS FREITAS, VERA MARQUES, EDUARDO ARRAIS ROCHA, FRANCISCA TATIANA MOREIRA PEREIRA, MARCELO DE PAULA MARTINS MONTEIRO, RICARDO PEREIRA SILVA, CARLOS ROBERTO MARTINS R. SOBRINHO.

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14: 00 - TL07 - Implante de valva aórtica percutânea (CoreValve): um relato de caso. LUCAS DE ARAUJO AQUINO, EDUARDO DE OLIVEIRA RAMALHO, CLAUDIA CIARLINI MARTINS, JOSÉ VICTOR GOMES COSTA, ANTONIO AUGUSTO GUIMARAES LIMA, DEMOSTENES GONCALVES LIMA RIBEIRO, EDUARDO ARRAIS ROCHA.


14:15 - TL05 - Bradiarritmias secundárias ao transplante cardíaco IEDA PRATA COSTA, CHÁRLINGTON M CAVALCANTE, MAYNA R C MOURA, RONALDO V TAVORA, STELA M V SAMPAIO, EVILASIO LEOBINO SILVA J, MARIA LIDUINA RODRIGUES FERREIRA, JULIANA ROLIM F, GLAUBER G VASCONCELOS, JUAN A C MEJIA, JOAO DAVID SOUZA N.

15:45 - 16:00 - Aneurisma da aorta: tratamento cirúrgico ou percutâneo? Adriano Lima Souza 16:00 - 16:10 - Discussão

14:30 - 15:00 Conferência - Cardiopatia valvar: perspectivas dos avanços da tecnologia Max Grinberg (SP) Presidente: João Martins de Souza Torres

16:30 - 17:10 - Caso clinico: doença oro - valvar Moderador: Pedro Negreiros 16:30 - 16:40 - Apresentador: Humberto Mororó Xerez 16:40 - 17:05 - Debatedores: Ronaldo Mont’Alverne Filho e Waldemiro Carvalho 17:05 – 17:10 - Síntese

15:00 - 16:00 - Mesa redonda - Cardiopatias valvares e doenças da aorta Coordenador: José Augusto Rocha Araújo Moderadores: Max Grinberg e Marco Aurélio Barroso Aguiar 15:00 - 15:15 - Implante valvar aórtico por via percutânea Sandro Salgueiro Rodrigues 15:15 - 15:30 - Cirurgia valvar minimamente invasiva Josué Viana Castro Neto 15:30 - 15:45 - O papel da ecocardiografia nas novas abordagens valvares Cezário Antônio Martins Gomes

16:10 - 16:30 - Visitação à Exposição e aos Pôsteres.

17:10 - 18:00 - Colóquio de eletrocardiograma Coordenador: Raimundo Barbosa Barros Participantes: Almino Cavalcante Rocha Neto, Astrid Rocha Meireles Santos, Carla Sanford Rangel Xerez Leobino, Eduardo Arrais Rocha, Francisco Rodrigues dos Santos Neto e Isnard Lúcio M. Nascimento e Vera Marques

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Temas Livres Orais

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Temas Livres Orais Stents farmacológicos versus cirurgia de revasculariza miocárdica: meta-análise de oito ensaios clínicos PEDRO JOSÉ NEGREIROS DE ANDRADE. Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia São Paulo SP BRASIL e Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará Fortaleza CE BRASIL Realizamos uma meta-análise de oito ensaios clínicos que compararam intervenção coronária percutânea (ICP) utilizando stents farmacológicos (SF) a cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). Seis foram estudos randomizados e dois estudos não randomizados. Na agregação de resultados desses estudos, totalizando 5061 pacientes, não houve diferença significativa na mortalidade em 30 dias (1,1 versus 1,5%, p=0,33), um ano (2,8 versus 3,7%. P=0,1) ou três anos (5,7 versus 5,8%,p=1). Houve tendência a maior incidência de Infarto agudo do miocárdio (IAM) no grupo ICP (6,9% versus 4,6%,p=0,053) e a maior incidência de acidente vascular cerebral (AVC) no grupo CRM (0,4 versus 1,8%,p<,0,0001). A incidência de nova revascularização foi significativamente maior com a ICP (9,3 versus 4,1%,p<0,0001). Nos estudos que envolveram pacientes com baixa complexidade angiográfica os resultados foram semelhantes, ou mesmo superiores com a ICP, inclusive em termos de mortalidade. Já nos estudos que envolveram pacientes de elevada complexidade angiográfica houve tendência a melhores resultados com a CRM, inclusive no desfecho mortalidade.

Expressão de receptores muscarínicos na fibrilação atrial permanente em humanos

Diagnóstico eletrofisiológico do “fibrilo-flutter” atrial: uma arritmia que não existe? ALMINO CAVALCANTE ROCHA NETO, ROBERTO LIMA FARIAS, RICARDO MARTINS FREITAS, VERA MARQUES, EDUARDO ARRAIS ROCHA, FRANCISCA TATIANA MOREIRA PEREIRA, MARCELO DE PAULA MARTINS MONTEIRO, RICARDO PEREIRA SILVA, CARLOS ROBERTO MARTINS R. SOBRINHO. Universidade Federal do Ceará Fortaleza CE BRASIL e Clínica de Fibrilação Atrial Fortaleza CE BRASIL 1.Fundamento: A coexistência de movimentos de fibrilação e de flutter nas câmaras atriais humanas constitui um fenômeno natural extremamente improvável. 2. Objetivo: Testar a hipótese de que o laudo eletrocardiográfico de “fibrilo-flutter” atrial constitui uma impropriedade semântica, sem correspondência eletrofisiológica. 3. Delineamento: Estudo de casos longitudinal e retrospectivo. 4. Material: 32 pacientes (pts),36±19 anos, submetidos a mapeamento endocárdico, oportunamente realizado durante ablação das veias pulmonares para tratamento de FA. 5. Métodos: Todos os traçados eletrocardiográficos que preenchiam o critério diagnóstico de “fibrilo-flutter” foram comparados ao registro da ativação endocárdica simultânea, adquirida em “tempo real” e fornecida pelos cateteres posicionados em múltiplos pontos atriais. 6. Resultados: Do total de 32 pts arrolados, 12 deles (37,5 %) apresentaram um episódio momentâneo de “fibrilo-flutter”. Durante todos os 12 registros obtidos de “fibrilo-flutter”, o mapeamento eletrofisiológico endocárdico em “tempo real” demonstrou a presença de atividade atrial organizada, proveniente do átrio esquerdo, tendo em vista apresentar ciclo de freqüência significativamente menor que no átrio direito (190±100 ms vs 230±40 ms, p=0,04). Em nenhum caso, o registro eletrocardiográfico de “fibrilo-flutter” correspondeu a diagnóstico endocárdico de flutter atrial comum, nem tampouco de fibrilação atrial verdadeira. A identificação precisa do sítio de origem no átrio esquerdo foi possível em 9 dos 12 pts (75%), sendo 5 nas veias pulmonares esquerdas e 4 na veia pulmonar superior direita. 7. Conclusões: (1) Na amostra estudada, o padrão eletrocardiográfico denominado de “fibrilo-flutter” coincidiu em “tempo real” com o registro de despolarizações focais das veias pulmonares. (2) O verdadeiro laudo do “fibrilo-flutter” foi “taquicardia das veias pulmonares”. (3) Este diagnóstico inusitado pode ser útil na reformulação conceitual desta arritmia.

ITALO MARTINS DE OLIVEIRA, BARBARA DANIELA DE OLIVEIRA, MAURICIO IBRAHIM SCANAVACCA, PAULO SAMPAIO GUTIERREZ. Instituto do Coração FMUSP São Paulo SP BRASIL. A despeito de evidências experimentais, o papel de eventuais alterações nos receptores muscarínicos na fibrilação atrial permanente (FAP) humana não está ainda bem estabelecido. Para avaliar se a expressão desses receptores está alterada nessa arritmia, medimos as áreas positivas em reações de imuno-histoquímica para os subtipos de receptores 1 a 5 (M1 a M5) em cortes atriais de 13 casos de necrópsia de pacientes com FAP, comparando com 13 casos pareados conforme a doença subjacente à arritmia, mas sem esta. Quatro sítios anatômicos foram estudados: a parede posterior do átrio direito (AD) e três locais do átrio esquerdo: um incluindo a veia de Marshall (AE1), outro próximo às veias pulmonares (AE2), e o terceiro próximo ao plexo ganglionar superior (PG). Comparamos os resultados usando o teste t, com nível de significância estabelecido em p< 0,05. Houve aumento nas porcentagens de áreas positivas para M1 (em AD1, AE2 e PG), M2 (PG), M3 (PG) e M4 (AE1) nos pacientes com FAP em comparação aos sem: M1 - AD 6,4 e 2,7 (p<0,01); AE1- 5,5 e 2,2 (p=0,02), média AE1+AE2- 6,0 e 3,3 (p=0,02), PG- 5,1 e 2,1 (p=0,04), média total- 5,8 e 2,9 (p<0,01); M2 - PG- 5,6 e 3,6 (p=0,03), média total- 6,7 e 7,7 (p=0,59); M3 - PG- 30,9 e 20,1 (p=0,02); M4 - AE1- 9,9 e 4,4 (p=0,02). Não houve alteração na expressão do receptor muscarínico 5. Em conclusão, aumento na expressão de receptores muscarínicos, à exceção do M5, pode estar envolvido na fibrilação atrial permanente humana. Os locais mais afetados são a proximidade dos plaexos ganglionares (M1, M2 e M3) e em torno à veia de Marshall (M1 e M4).

Incidência E Valor prognóstico de taquiarritmias em pacientes submetidos à transplante cardíaco IEDA PRATA COSTA, EVILASIO LEOBINO SILVA J, RONALDO V TAVORA, CHÁRLINGTON MOREIRA CAVALCANTE, MAYNA R C MOURA, JULIANA ROLIM F, GLAUBER G VASCONCELOS, M LIDUINA RODRIGUES FERREIRA, RICARDO MARTINS F, JUAN A C MEJIA, JOAO DAVID SOUZA N.

Bradiarritmias secundárias ao transplante cardíaco IEDA PRATA COSTA, CHÁRLINGTON M CAVALCANTE, MAYNA R C MOURA, RONALDO V TAVORA, STELA M V SAMPAIO, EVILASIO LEOBINO SILVA J, MARIA LIDUINA RODRIGUES FERREIRA, JULIANA ROLIM F, GLAUBER G VASCONCELOS, JUAN A C MEJIA, JOAO DAVID SOUZA N. Hospital de Messejana Fortaleza CE BRASIL. Fundamento: As bradiarritmias ocorrem nas 2 primeiras semanas após TX em corações transplantados e resolvem-se sozinha. Após este período, associam-se a rejeição, isquemia ou efeito de drogas. A incidência de BAV pode chegar a 2%. Objetivos: o objetivo primário foi definir a incidência de bradiarritmias nos pacientes submetidos à transplante cardíaco(TX). Pacientes e Método: Trata-se de estudo retrospectivo observacional, onde 40pt submetidos à transplante cardíaco no período de maio/93 a dezembro/2008 foram acompanhados por um tempo médio de 50 meses. A idade média era de 41,2 + 15 anos, 30pt (75%) sexo masculino. As cardiopatias de base eram: isquêmica- 4pt (10%); cardiopatia dilatada idiopática– 20pt (50%); chagásica - 3pt (7,5%); congênita - 2pt (5%); alcóolica -3pt(7,5%); outros - 8pt (20%);. 40% (16pt) apresentavam arritmias atriais ou ventriculares previas ao TX. Resultado: 6pt (15%) apresentaram bradiarritmias pós-TX, sendo 1pt com bloqueio átrio-ventricular de 1° grau e 5pt com bloqueio átrio-ventricular total. Destes, apenas 33,3% necessitaram de marcapasso definitivo. Não houve nenhum caso de disfunção sinusal. Nenhum PT foi a óbito por bradiarritmias. Conclusão: A incidência de bradiarritmias é pouco frequente no pós-TX (15%), e, não correlaciona-se com uma maior mortalidade após transplante cardíaco.

hospital messejana fortaleza CE BRASIL. Fundamento: A incidência de arritmias em corações transplantados pode chegar a 25% e está associado com pior prognóstico e rejeição. Objetivos: o objetivo primário foi definir a incidência de taquiarritmias nos pacientes submetidos à transplante cardíaco(TX). Objetivo secundário: correlacionar à presença de arritmias e a mortalidade pós- TX. Pacientes e Método: Trata-se de estudo retrospectivo observacional, onde 40pt submetidos à transplante cardíaco no período de maio/93 a dezembro/2008 foram acompanhados por um tempo médio de 50 meses. A idade média era de 41,2 + 15 anos, 30pt (75%) sexo masculino. As cardiopatias de base eram: isquêmica- 4pt (10%); cardiopatia dilatada idiopática– 20pt (50%); chagásica - 3pt (7,5%); congênita - 2pt (5%); alcóolica -3pt(7,5%); outros - 8pt (20%);. 40% (16pt) apresentavam arritmias atriais ou ventriculares previas ao TX. A análise estatística foi realizada pelo teste Exato de Fisher. Resultado: 13pt (32,5%) apresentaram arritmias pós-TX, sendo 7pt com fibrilação atrial, 3pt com flutter atrial, 3pt com Taquicardia supraventricular, 1 pt com TVNS e 1 pt com Taquicardia ventricular. A taxa de mortalidade foi de 50% (20pt), sendo de 76,93% nos pt que tiveram arritmia e 37,04% nos pt que não tiveram arritmia (p=0,0175). 12pt (60%) dos óbitos ocorreram com mais de 1 ano após TX. Conclusão: A incidência de arritmias é bastante elevada no pós-TX (32,5%), sendo mais comum as arritmias atriais e, correlaciona-se com uma maior mortalidade após transplante cardíaco

Transplante cardíaco na miocardiopatia chagásica GLAUBER GEAN DE VASCONCELOS, HELENA NOGUEIRA BRASIL, JULIANA ROLIM FERNANDES, JUAN ALBERTO COSQUILLO MEJIA, GERMANA BARROS OLIVEIRA DE FREITAS ALBUQUERQUE CPF 017424103-83, JOAO DAVID DE SOUZA NETO. Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes Fortaleza CE BRASIL. INTRODUÇÃO: A miocardiopatia chagásica é uma patologia que pode evoluir para uma condição clínica grave e refratária ao tratamento convencional, sendo o transplante cardíaco (Tx) a única opção terapêutica. OBJETIVO: Avaliar os resultados do Tx no paciente chagásico. MATERIAL e MÉTODO: Análise retrospectiva, através de revisão dos prontuários dos pacientes submetidos ao Tx de etiologia chagásica entre os anos de 1997 a maio de 2011. RESULTADOS: No período de 1997 a maio de 2011, foram realizados 216 transplantes cardíacos no Hospital de Messejana em Fortaleza-Ceará, dos quais 32 eram chagásicos. Destes, 78,12% eram do sexo masculino, 56% procedentes do interior do ceará, 44% de outros estados e 28% de Fortaleza e outras capitais. A média de idade foi de 41,67 anos (±12,04). Características pré-operatórias: 74% tinham fração de ejeção (FE) < 30%, 60% bloqueio de ramo direito no eletrocardiograma, 3,8% eram portadores de doença coronariana associada e 11,5% de hipertensão arterial sistêmica. Apresentavam resistência vascular pulmonar maior que 3,0 woods, 68% dos pacientes. Todos fizeram profilaxia com benzonidazol no pré-transplante. Quatro pacientes fizeram uso de Dispositivo de Assistência Ventricular como ponte para Tx até o ato cirúrgico. No pós-operatório, 37,03% fizeram disfunção de ventrículo direito, 32% arritmia, 7,4% não apresentaram intercorrências clínicas. Ao ecocardiograma na alta hospitalar, 85,7% possuíam FE normal. Cinco pacientes apresentaram rejeição grave e houve dois casos de reativação da doença de chagas que evoluíram para o óbito. Dois pacientes faleceram no intra-operatório por disfunção primária bilateral do enxerto. A sobrevida foi de: 87,5% em um mês, 78,57% em um ano, 71,43% em cinco anos e 66,6% em oito ano e 33,3% em 10 anos. CONCLUSÃO: A miocardiopatia chagásica refratária ao tratamento clínico tem alta mortalidade que se acentua quando em lista de espera. O Tx tem demonstrado ser a melhor opção terapêutica para insuficiência cardíaca desta etiologia, tendo sobrevida satisfatória.

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M.A.P.A.:estudo dos picos pressóricos Implante de valva aórtica percutânea (CoreValve): um relato de caso. LUCAS DE ARAUJO AQUINO, EDUARDO DE OLIVEIRA RAMALHO, CLAUDIA CIARLINI MARTINS, JOSÉ VICTOR GOMES COSTA, ANTONIO AUGUSTO GUIMARAES LIMA, DEMOSTENES GONCALVES LIMA RIBEIRO, EDUARDO ARRAIS ROCHA.

PEGUY KAKE MUKIDI, ANA CAROLINA RODRIGUES DUARTE, REBECCA PRADO FROTA, MÁRIO RODRIGUES MAIA NETO, AURICÉLIO MAGALHÃES PONTE, NATACHA CAMPOS ARRIAGA, ANDERSON NUNES CASSIANO. UFC SOBRAL CE BRASIL.

Universidade Federal do Ceará Fortaleza CE BRASIL. Introdução: O sistema CoreValve é utilizado para substituir uma válvula aórtica nativa doente apresentando a vantagem de não ser necessária cirurgia aberta nem exérese da válvula original, procedimentos esses que poderiam promover maior morbimortalidade para o paciente. É uma técnica usada em todo o Brasil, porém, infelizmente, não se apresenta muito difundida no estado do Ceará. Objetivo: O objetivo do trabalho é relatar um caso onde foi utilizada com sucesso o sistema CoreValve e estimular sua utilização no Ceará. Delineamento: Relato de caso. Relato do caso: L.C.V., sexo masculino, 93 anos. Apresentava-se assintomático há dois anos quando teve início dispnéia progressiva aos esforços e ortopnéia. Ao exame físico, apresentava-se com sopro sistólico em foco aórtico e o ecocardiograma mostrou estenose aórtica importante, com gradiente ventrículo esquerdo-aorta de 55mHg e disfunção ventricular esquerda com fração de ejeção de 35%. Há quatro meses foi implantado marcapasso definitivo por distúrbio de condução e bloqueio átrioventricular avançado. Foi optado pela ressincronização ventricular. Persistiu com a sintomatologia de ICC descompensada. Cateterismo cardíaco com coronárias normais e confirmado estenose aórtica importante com disfunção ventricular. Realizado implante de valva aórtica percutânea (CoreValve) por acesso femural com sucesso. Paciente desde então não necessitou de internação hospitalar por insuficiência cardíaca. Conclusões: Podemos perceber que o implante de valva aórtica percutânea (CoreValve) apresenta-se factível, apresentando boa utilidade e vantagens tanto para os médicos como para os pacientes, devendo, portanto, ser estimulado o seu uso.

Objetivo Analisar as variações dos picos pressóricos durante a vigília dos pacientes submetidos ao M.A.P.A. no Hospital do Coração de Sobral. Delineamento Estudo retrospectivo observacional de casos. Material Este estudo apresenta uma análise dos laudos descriptivos de 500 pacientes submetidos ao M.A.P.A no período de Maio de 2010 a Maio de 2011 no Hospital do Coração de Sobral. Métodos Os pacientes foram classificados quanto à idade e presença/ausência de comportamento anormal de pressão arterial durante as 24 horas do M.A.P.A. Foram calculadas as médias dos picos de pressões sistólicas e diastólicas durante a vigília e diferenças dessas médias para cada faixa etária. Resultados As médias dos picos pressóricos sistólicos e diastólicos em normotensos e hipertensos durante a vigília foram: 153,4/94,47mmHg e 167,85/108,74mmHg em pacientes < 50 anos; 148,42/87,73mmHg e 163,13/100mmHg em pacientes entre 50-79 anos e 144/83mmHg e 163,66/115mmHg em pacientes  80 anos. As diferenças das médias de picos pressóricos sistólicos entre hipertensos e normotensos foram: +9,12%;+9,9% e +13,65% respectivamente nas faixas etárias < 50 anos, entre 50-79 anos e  80 anos; das pressões diastólicas foram: +15,06% ;+15,12%; e 38,55% respectivamente para faixas etárias < 50 anos, entre 50-79 anos,  80 anos. Conclusões Percebemos valores altos das médias de picos sistólicos e diastólicos entre os pacientes com comportamentos anormais de pressão arterial durante as 24 horas do M.A.P.A. e esses valores aumentam progressivamente com o avanço da idade, revelando assim o risco maior de morbi-mortalidade cardiovascular na população idosa hipertensa.

Síndrome do roubo da coronária-subclávia JOSÉ VICTOR GOMES COSTA, LEILANE DA CONCEIÇÃO ALMEIDA GUIMARÃES, CAMILA RABELO FERREIRA GOMES, LUIZ SEVERO BEM JÚNIOR, ANTONIO AUGUSTO GUIMARAES LIMA. Universidade Federal do Ceará Fortaleza CE BRASIL. Introdução: A síndrome do roubo da coronária-subclávia se caracteriza por fluxo sanguíneo reverso do enxerto da artéria mamária para a artéria subclávia em pacientes pós-cirurgia de revascularização do miocárdio (RM). Está presente em até 3,4% dos pacientes pós cirurgia de revascularização.Objetivo: Relatar um caso de paciente com síndrome do roubo da coronária-subclávia. Delineamento: Relato de caso.Relato do caso: MZBL, feminino, 73 anos, relatava que há 8 meses Fev/2010) iniciou quadro de dor retroesternal discreta relacionada a moderados esforços Há 12 dias (06/10/10) foi internada por dispnéia importante, ficando internada por 3 dias em UTI. Na ocasião, foi diagnosticada com Edema Agudo de Pulmão. Paciente tabagista até há 10 anos; dislipidêmica e hipertensa há 6 meses. Negava etilismo e DM. Realizou cirurgia de RM há 10 anos, utilizando 1 Ponte de Safena e 1 enxerto com artéria mamária esquerda. Ao exame físico, verificou-se PA no braço direito: 180/80 e no esquerdo: 110/80 mmHg. A asculta cardíaca revelou sopro sistólico +/6+ em Foco aórtico acessório. Asculta pulmonar limpa. Presença de sopro carotídeo bilateral. Pulsos em membros inferiores não palpáveis. O ECG realizado demonstrou ritmo sinusal e alteração difusa da repolarização ventricular. Ecocardiograma sem alterações. A angiotomografia revelou uma oclusão de 100% da artéria subclávia esquerda; estenose da artéria carótida comum esquerda; obstrução completa da aorta abdominal, com colaterais para ambas as artérias ilíacas. O Doppler de carótidas demonstrou fluxo sanguineo retrógrado pela artéria vertebral esquerda. Foi realizado um cateterismo, onde foi demonstrado um fluxo retrógrado da artéria Descendende Anterior para a Subclávia esquerda, passando pelo enxerto mamário. Foi realizado, então, diagnóstico de Síndrome Do Roubo da Coronária-Subclávia. A paciente foi submetida a uma angioplastia, como colocação de STENT na artéria Subclávia esquerda por acesso em membro superior esquerdo. A paciente retornou ao consultório no dia 13/12/10 com resolução completa do quadro.Conclusão: A síndrome do roubo da coronária-subclávia é uma complicação não usual pós-cirúrgia de revascularização, mas é uma importante causa de morbidade nesses pacientes.

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Implante concomitante de stents em artérias carótida direita e coronária direita: um relato de caso. LUCAS DE ARAUJO AQUINO, EDUARDO DE OLIVEIRA RAMALHO, CLAUDIA CIARLINI MARTINS, JOSÉ VICTOR GOMES COSTA, ANTONIO AUGUSTO GUIMARAES LIMA, FERNANDO SOARES DE MEDEIROS. Universidade Federal do Ceará Fortaleza CE BRASIL. Introdução: Na literatura descrevem-se vários casos de implante de stents isolados em artérias coronárias e carótidas devido a obstruções das mais variadas causas. Entretanto, observou-se que não existem muitos relatos de terapia intervencionista de revascularização concomitante em territórios vasculares distintos, provavelmente devido a dificuldades na técnica operatória. Objetivo: O objetivo do trabalho é relatar um caso incomum no qual foi necessário a implantação de stent de forma concomitante em artérias carótida direita e ramo descendente posterior de coronária direita. Delineamento: Relato de caso. Relato do caso: E.M., sexo masculino, 73 anos, portador de insuficiência coronária com passado de revascularização miocárdica, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia. Apresentou dois episódios de rebaixamento súbito do nível de consciência (síncope), sendo visto ao doppler de carótidas uma obstrução de 90% em carótida direita. Ecocardiograma de stress com isquemia de parede inferior. No momento do cateterismo cardíaco e coronariografia foi realizado arteriografia das carótidas e vertebrais com confirmação da estenose importante. Coronariografia demonstrou mamária esquerda para DA pérvia, stent prévio para CD e marginal da CX pérvios (ponte de veia safena ocluídas no passado) e descendente posterior da CD com obstrução de 95%. Realizado angioplastia coronariana seguida de implante de stent farmacológico para DP de CD e, no mesmo procedimento, realizado angioplastia e implante de stent para carótida direita com sucesso. Paciente com boa evolução clínica, cardiológica e neurológica.Conclusões: Apesar de ser uma cirurgia em dois territórios vasculares distintos, o implante concomitante provou ser factível. A técnica descrita oferece benefícios por evitar que sejam realizadas duas cirurgias no mesmo paciente em período curto de tempo, oferecendo, assim, menos complicações operatórias.

Videocirurgia cardíaca – análise de resultados

Análise do descenso noturno em pacientes submetidos ao M.A.P.A. no Hospital do Coração de Sobral

JOSUÉ VIANA CASTRO NETO, EMANUEL DE CARVALHO MELO, RAIMUNDO CESAR BARBOSA GONDIM, JULIANA FERNANDES, BERNARDO JUCA OLIVEIRA, JOÃO JOSÉ AQUINO MACHADO, ARTHUR DE OLIVEIRA LIMA. INCONE - Instituto do Coração do Nordeste Fortaleza CE BRASIL. Objetivo: Descrever uma série de pacientes submetidos à videocirurgia cardíaca, analisando os resultados. Delineamento: Estudo descritivo e prospectivo de uma série de pacientes submetidos à terapêutica cirúrgica com acesso assistido por vídeo. Casuística e Método: Cinqüenta e cinco pacientes foram operados e acompanhados. As cardiopatias foram divididas em: valvar mitral – 23, septal atrial – 17 e pericárdica- 15. Os acessos foram: microtoracotomia direita (4 cm) vídeo-assistida e procedimentos totalmente endoscópicos. Utilizamos sistema de vídeo de alta definição e ótica de 5 mm; perfusão arterial por punção femoral, retorno venoso sistêmico assistido à vácuo por punção venosa femoral, proteção miocárdica com solução cardioplégica cristalóide anterógrada, insuflação com gás carbônico a 2 l/min, sonda de ecocardiograma transesofágica e instrumental específico. Resultados: Trinta e quatro pacientes do sexo feminino. Idade média foi de 39,6 ± 5 anos. Cardiopatia valvar mitral: estenose - 9, insuficiência- 8, mista- 6; Defeito do septo: óstio secundário – 16, óstio primário-1. Os tempos de circulação extracorpórea e clampeamento foram, em média, 103±16 e 72± 8 minutos, respectivamente. Troca valvar mitral – 13 pacientes (bioprótese -11 e metálica-2). Plastia valvar mitral - 11. Plastia valvar tricúspide – 3. Septoplastia com pericárdio- 5 e septorrafia- 12. Os procedimentos pericárdicos foram todos pericardiotomias com abertura pleuro-pericárdica. Em dois casos foram realizadas exclusão da aurícula esquerda e isolamento pulmonar. A permanência média em unidade de terapia intensiva foi de 45,3 horas e o tempo médio de internamento foi de 4,9 dias. Uma paciente apresentou parestesia transitória femoral e uma paciente necessitou redrenagem torácica. Conclusões: Duas técnicas videocirúrgicas foram empregadas com êxito, permitindo 13 trocas e 14 plastias valvares, 12 septorrafias e 5 septoplastias. Os tempos de terapia intensiva e internamento foram menores que o habitual. O método foi seguro nos pacientes selecionados.

ANDERSON NUNES CASSIANO, MÁRIO RODRIGUES MAIA NETO, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, PEGUY KAKE MUKIDI, NATACHA CAMPOS ARRIAGA, IVO ANTÔNIO MENDES DE MENEZES, ANA CAROLINA RODRIGUES DUARTE. Universidade Federal do Ceará Sobral CE BRASIL e Hospital do Coração de Sobral Sobral CE BRASIL Objetivo Analisar as variações do descenso noturno de pacientes submetidos ao M.A.P.A. para formular dados epidemiológicos para a região e, dessa forma, interpretar sua influência na Hipertensão Arterial Sistêmica. Delineamento Estudo retrospectivo observacional de casos. Material Esse estudo é baseado na análise dos laudos descritivos de 500 pacientes submetidos ao MAPA de maio de 2010 a maio de 2011 no Hospital do Coração de Sobral. Métodos Os laudos foram divididos quanto a normalidade ou não do descenso noturno e subdivididos em gênero. Analisou-se também as variações: ausente, presente acentuado, presente acentuado diastólico, presente acentuado sistólico e presente diminuído. Não apresentou critério de exclusão. Resultados Dos 500 pacientes analisados, 267( 53,4%) apresentaram uma normalidade do descenso noturno, nos quais 130(26%) são homens e 136(74%)são mulheres. Dos 233(46,6%) que apresentaram anormalidade, 75(32,5%) são homens e 158(67,5%) são mulheres. Dentre as variações temos: ausente 58(11,6%), presente acentuado 63(12,7%), presente acentuado diastólico 29(5,8%), presente acentuado sistólico 34(6,9%) e presente diminuído 46(9,3%). Conclusão Com os dados obtidos podemos perceber que uma parcela significativa de pacientes(46,6%) com uma anormalidade no descenso noturno, dentre os quais prevalescem as mulheres(67,5%).


Temas Livres Orais

Perfil epidemiológico da hipertensão arterial sistêmica e da Diabetes Mellitus em uma amostra aleatória da população de Fortaleza-CE

Perfil epidemiologico e análise da mortalidade intra hospitalar dos pacientes tratados com angioplastia primaria no Hospital de Messejana

CARLOS JOSÉ MOTA DE LIMA, RUSSIAN SOARES UCHÔA, JUAN MIGUEL COSQUILLO VALDIVIA, FILIPE DE ALENCAR MATOS, CATHERINE MARJORIE STUDART LEITÃO, RICARDO EVERTON DIAS MONT`ALVERNE, FRANCISCO IVAN BENÍCIO DE SÁ FILHO.

JOAO LUIZ DE A.A. FALCAO, SANDRA NÍVEA DOS REIS SARAIVA FALCÃO, PATRÍCIA FEITOSA FROTA DOS REIS, EDLA RENATA CUNHA CAVALCANTE, ANA PAULA FARIAS MAIA, GIZELLE DE LIMA BARBOSA, DANILO OLIVEIRA CARVALHO, JOSE RONALDO MONT ALVERNE, JOSÉ ERIRTÔNIO FAÇANHA BARRETO.

Hospital Geral Dr. Waldemar Alcantara Fortaleza CE BRASIL. Hospital de Messejana Fortaleza CE BRASIL e Universidade de Fortaleza Fortaleza CE BRASIL Introdução: A hipertensão arterial sistêmica, uma entidade clínica multifatorial, é conceituada como síndrome caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados. A prevalência da hipertensão arterial é elevada, estimando-se que cerca de 15% a 20% da população brasileira adulta possa ser rotulada como hipertensa. O número de indivíduos diabéticos está aumentando, no Brasil, dados recentes apontaram prevalência de DM na população adulta em 12,1% no estudo de Ribeirão Preto (SP) e de 13,5% em São Carlos (SP). Devido à magnitude do problema, tem sido constante a preocupação mundial em ampliar e aperfeiçoar os métodos para diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial e diabetes. Objetivos: Detectar hipertensão e diabetes em uma amostra aleatória da população de Fortaleza, Ceará, Brasil. Materiais e Métodos: Foi realizado um screening para HAS e DM, estudo transversal, através da aplicação de um questionário em uma amostra aleatória de uma população de Fortaleza-CE, durante a campanha comemorativa ao Dia Mundial do Diabetes 2010. Foi realizado aferição de pressão arterial, glicemia capilar, medido o peso, estatura e circunferência abdominal. Resultados: Foram aplicadas 283 questionários. A média de idade foi de 57,5 anos, 62,5% (177) do sexo masculino e 37,5% (106) do sexo feminino. Foi detectada hipertensão arterial em 112 indivíduos e diabetes mellitus em 35 indivíduos, com 19 apresentando simultaneamente HAS e DM. Conclusão: A prevalência de HAS e DM encontrada foi ligeiramente mais elevada que a prevalência nacional. Este estudo aponta para uma prevaIência importante de fatores de risco de doença cardiovascular na população estudada. Referências: Ceriello A, et al. Oscillating glucose is more deleterious to endo- thelial function and oxidative stress than mean glucose in normal and type 2 diabetic patients. Diabetes. 2008;57:1349- 54. VI Brazilian Guidelines in Arterial Hypertension, 2010.

Introdução: O registro dos pacientes com Síndrome Coronária Aguda é de extrema importância para definir dados relacionados às características demográficas, morbidade, mortalidade e prática padrão no tratamento. Por meio da analisedesses registro é que se torna possível implementar o atendimento e otimizar as intervenções. Objetivos: Avaliar o perfil epidemiológico e tempo porta-balão dos pacientes com infarto agudo do miocárdio com supra-desnível de ST tratados com angioplastia primária no Hospital de Messejana. Metodologia: Foram analisados de forma retrospectiva todos os pacientes submetidos à angioplastia primária no Hospital de Messejana (hospital de referência do estado) nos meses de novembro e dezembro de 2010. Os dados epidemiológicos e clínicos foram obtidos por revisão de prontuários e os dados hemodinâmicos obtidos por revisão da angiografia por um observador “cego” para demais dados. Resultados foram Resultados: Foram incluídos 65 pacientes, deste, eram do sexo masculino (82%), média etária 63±12anos. Fatores de risco para doença coronariana como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo e dislipidemia estavam presentes em 52,6%; 41,8%; 58,2% e 26,1% , respectivamente. O padrão uniarterial foi encontrado em 35% dos pacientes, sendo a artéria descendente anterior a mais freqüentemente acometida (44,6%). O fluxo arterial pré procedimento era TIMI 0 em cerca de 77% e pós angioplastia TIMI 3 em 77% dos paciente. O tempo porta-balão foi em média 126,6 ±76,7 minutos, com mediana de 112minutos. A mortalidade hospitalar foi de 12%. Conclusões: Paciente incluídos são de maior risco ( idosos e com vários fatores de risco), entretanto a mortalidade assemelha-se aos dados de literatura. O percentual de sucesso angiográfico é alto (86%), no entanto otempo porta balão embora, próximo ao recomendado nas diretrizes, permanece além do desejado.

Caracterização sociodemográfica e clínica de adultos jovens hipertensos em Fortaleza-CE JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, FRANCISCA ALEXANDRA ARAÚJO DA SILVA, DELANE GIFFONI SOARES, MARCELO COSTA FERNANDES, ANDRESSA SUELLY SATUNINO DE OLIVEIRA, GILVAN FERREIRA FELIPE. Universidade Estadual do Ceará Fortaleza CE BRASIL. Nos países em desenvolvimento, os adultos jovens são especialmente vulneráveis e informações de base populacional sobre os fatores de risco cardiovascular nesta população no Brasil ainda são restritas. Objetivou-se descrever o perfil sociodemográfico e clínico de adultos jovens hipertensos em uma cidade nordestina do Brasil. O estudo foi documental, quantitativo, realizado a partir de 14200 fichas de pacientes hipertensos cadastrados nas unidades básicas de saúde de Fortaleza-Ceará. O projeto foi aprovado em Comitê, sob o Nº08622921-4. Utilizou-se como critério de inclusão, ser adulto jovem (20 a 24 anos) e ter o diagnóstico de hipertensão, compondo uma amostra de 20 fichas. 60% eram mulheres; 75% eram pardos; 35% possuíam 1º grau incompleto; 40% deles moravam com a família; 35% apresentaram pressão arterial sistólica em 120mmHg e pressão arterial diastólica em 80mmHg, estando, portanto, no nível de classificação normal, de acordo com as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão [VI DBH, 2010]. A circunferência abdominal variou de 60 a 123 centímetros e o peso variou de 49 a 136 quilos. Com relação às complicações, verificou-se 3 pacientes com infarto, 1 com outras coronariopatias, 2 tiveram acidente vascular encefálico, 3 tiveram doença renal. Com relação aos fatores de risco, metade deles afirmou possuir antecedente familiar cardiovascular, 5% referiu tabagismo, 55% eram sedentários e 85% estavam com sobrepeso/obesidade. Concluiu-se que apesar de numericamente pequenos, esses percentuais são alarmantes, visto que trata-se de adultos jovens; o sobrepeso e a obesidade, associados ao estilo de vida sedentário, destacam-se; observou-se que complicações antes predominantemente características da população adulta e idosa agora passam a ocorrer precocemente. Logo, a preocupação com a saúde dos adultos jovens deve ser maximizada, com vistas a intervir nos diversos fatores que desencadeiam este quadro para tentar mudá-lo.

Hipertensão do jaleco branco em pacientes submetidos ao M.A.P.A. no Hospital do Coração de Sobral ANDERSON NUNES CASSIANO, NATACHA CAMPOS ARRIAGA, AURICÉLIO MAGALHÃES PONTE, MÁRIO RODRIGUES MAIA NETO, REBECCA PRADO FROTA, PEGUY KAKE MUKIDI, ANA CAROLINA RODRIGUES DUARTE. Universidade Federal do Ceará Sobral CE BRASIL e Hospital do Coração de Sobral Sobral CE BRASIL Objetivo Análise dos pacientes que manifestaram hipertensão do jaleco branco quando submetidos ao M.A.P.A., de modo a elaborar dados estatísticos para a região estudada. Delineamento Estudo retrospectivo observacional de casos. Material Esse estudo é baseado na análise dos laudos descritivos de 500 pacientes submetidos ao M.A.P.A. de maio de 2010 a maio de 2011 no Hospital do Coração de Sobral. Métodos Os laudos foram divididos em um grupo referente às pessoas que apresentaram comportamento normal da pressão arterial durante as 24 horas e outro referente àquelas que apresentaram comportamento anormal. Neste último foi analisado a prevalência do fenômeno do jaleco branco. Resultados De acordo com o levantamento dos dados obtidos nos 500 pacientes estudados, constatamos que 270(54%) apresentavam comportamento pressórico anormal, durante as 24 horas do exame, dos quais 6(2,22%) apresentaram hipertensão do jaleco branco, sendo tal efeito manifestado durante a aferição manual do profissional de saúde. Conclusão O conhecimento de tal fenômeno é de fundamental importância durante a aferição da pressão arterial, uma vez que ela pode mimetizar falsos resultados durante monitorização ambulatorial, de forma que tal efeito deve ser considerado durante o diagnóstico de hipertensão. Tendo como base a média nacional de 10%, a proporção observada na região estudada apresenta-se baixa numericamente, entretanto a relevância clínica é significativa.

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Temas Livres em Pôsteres Processo de enfermagem aplicado a um paciente com miocardiopatia restritiva resultante de amiloidose sistêmica primária ELINE FREITAS HOLANDA, CLÁUDIA REGINA PEREIRA, FRANCISCO GILBERTO FERNANDES PEREIRA, MIKAELA GÓIS SANTIAGO, LAÍS REGINA SOUSA GUEDES, ALINE PORTELA BERNARDES. UNIFOR Fortaleza CE BRASIL e Hospital Universitário Walter Cantídio Fortaleza CE BRASIL O objetivo foi desenvolver um plano de cuidados baseado no processo de enfermagem aplicado a um paciente com miocardiopatia restritiva resultante de amiloidose sistêmica primária. Para isto, utilizouse o delineamento do tipo estudo de caso com um paciente do sexo masculino, trinta e um anos de idade portador de miocardiopatia restritiva e amiloidose primária em hospitalização para tratamento medicamentoso. Para a coleta de dados foram realizadas visitas sistemáticas diárias durante duas semanas ao paciente, análise dos achados laboratoriais e de imagem, bem como análise minuciosa do prontuário. O plano de cuidados de enfermagem foi embasado na NANDA ((North American Nursing Diagnosis Association), NOC (Classificação dos Resultados de Enfermagem) e NIC (Classificação das Intervenções de Enfermagem). Foi possível identificar nove diagnósticos de enfermagem relacionados aos domínios eliminação e troca, conforto, atividade/repouso e enfrentamento ao estresse. As intervenções de enfermagem aplicáveis foram: Realizar uma avaliação completa da situação periférica, monitorar o balanço hídrico, controlar a acidose ou alcalose respiratórias, controlar arritmias, ensinar ao paciente sobre a doença, tratamento e procedimentos que serão realizados e administrar medicamentos broncodialatadores e ansiolíticos quando necessário para manter o padrão respiratório. A conclusão, portanto, é que a miocardiopatia restritiva resultante da amiloidose primária é uma morbidade que necessita de assistência especializada e a elaboração do plano de cuidados com ênfase no processo de enfermagem é uma ferramenta que garante melhora das condições clínicas do paciente.

Perfil lipídico de pacientes com síndrome coronariana de manifestação precoce RAFAEL SOUZA DA SILVA, FIRMINO HAAG FERREIRA JR, PAULO HENRIQUE TOLEDO FERNANDES, RENATA BARBOSA DE OLIVEIRA FERNANDES. SITCOR SÃO PAULO SP BRASIL. OBJETIVO: Identificar perfil lipídico mais encontrado na SCA de manifestação precoce. MÉTODOS:Durante o período de jan de 2008 a jan 2011 foram avaliados 53 pacientes admitidos no Hospital Metropolitano com quadro de SCA de manifestação precoce, ou seja, em idade  a 45 anos para sexo masculino  55 anos para sexo feminino. Durante a internação, os diagnósticos clínicos, angiográficos coronários e a evolução clínica foram relacionados com dados do perfil lipídico, que foram obtidos considerando exames laboratoriais realizados previamente ao evento (até 12 meses antes). Todos os pacientes formam submetidos a cateterismo cardíaco hospitalizados. Critérios de Inclusão. Homens com idade  a 45 anos para sexo masculino  55 anos para sexo feminino, com confirmado diagnóstico de SCA conforme preconizado nas Diretrizes da SBC. Critérios de exclusão. Dor torácica de etiologia não cardíaca ou SCA em pctes com idade superior ao preconizado no critério de inclusão. Resultados. A incidência de eventos coronarianos sobre o sexo masculino foi maior que o sexo feminino (62,3% vs 37,7%), sendo a idade média encontrada de 38,8 anos para sexo masculino e 47,7 anos para sexo feminino. As SCASSST (AI ou IAM SSSST) foram os diagnósticos mais encontrados na população estudada, correspondendo a 62,25%, seguido de IAMCSST (22,6%) e angina estável (5,6%). As taquiarrtimias ventriculares foram de 3,7%. Cerca de 24,5% dos pacientes referiram histórico familiar de DAC; 41,5% eram tabagistas, sendo 56,7% portadora de obesidade de qualquer grau ou sobrepeso. A DM teve uma incidência de 15%. Quanto ao ant. familiar de SCA precoce, 24,5% relataram tal evento em familiares. A HAS incidiu sobre 28,3% da amostra estudada. Quanto a analise do perfil lipídico, o HDL-c baixo foi a maior variante de anormalidade lipídica observada, incidindo em 77,3%, seguido de dislipidemia mista (52,8%) e pela TG  (49,02%). A hipercolesterolemia isolada foi observada em 15,03%. CONCLUSÃO:Os baixos valores de HDL-c foram a variação bioquímica mais comumente encontrada nos pacientes com S.C.A. de manifestação precoce na amostra estudada. O LDL-c elevado isoladamente não se correlacionou como o maior fator preditivo de SCA na população estudada.

ADESÃO AO TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO EM HOMENS COM COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS À HIPERTENSÃO ARTERIAL JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, ANDRESSA SUELLY SATUNINO DE OLIVEIRA, LEILSON LIRA DE LIMA, FRANCISCA ALEXANDRA ARAÚJO DA SILVA, MAGDÁLIA JUSTA CAMELO, DELANE GIFFONI SOARES. UECE Fortaleza CE BRASIL e UFPI Picos PI BRASIL Este estudo objetivou analisar a adesão ao tratamento de homens com hipertensão arterial e complicações associadas, cadastrados no HIPERDIA de Fortaleza – Ceará. Estudo transversal, analítico, quantitativo, realizado com 73 usuários do sexo masculino de um total de 187 hipertensos com complicações associadas. Os dados foram coletados de março a agosto de 2010 e inseridos em banco de dados. A análise foi realizada por meio do coeficiente de correlação linear de Spearman para verificar como a nota de adesão ao tratamento se comportava em relação à idade, ao tempo de descoberta da complicação, à renda familiar e ao número de pessoas que viviam no domicílio. Os resultados apontaram que o acidente vascular encefálico (53,6%) e o infarto do miocárdio (20,3%) foram as complicações mais frequentes nos homens investigados. A nota de adesão ao tratamento anti-hipertensivo foi diretamente proporcional à idade (r=0,131; p=0,268) e ao tempo de descoberta da complicação (rs=0,110; p=0,372). A nota de adesão foi inversamente proporcional à renda familiar (rs=-0,166; p=0,168) e ao número de pessoas no domicílio (rs=-0,197; p=0,094). Verificou-se que 50,7% dos homens faziam uso de dois fármacos anti-hipertensivos combinados e 21,9% de apenas um; 39,4% dos homens já haviam parado de tomá-los durante algum período; destes, 70,8% pararam por período inferior a dez dias. Dos que apresentaram alguma justificativa para a não tomada da medicação (28), 42,8% revelaram que a causa foi a falta do medicamento na unidade de saúde e 32,1% referiram esquecimento. Concluiu-se que o aumento da idade e o tempo de descoberta da complicação foram fatores que contribuíram com a adesão ao tratamento, contudo homens que conviviam com muitas pessoas no domicílio e com renda familiar significativa não aderiram bem ao tratamento. Verificou-se que fatores extrínsecos interferiram na adesão ao tratamento medicamentoso, já que quase metade das justificativas para tal se tratavam de falta de disponibilidade dos fármacos nas unidades de saúde.

PERFIL PRESSÓRICO E GLICÊMICO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE HOSPITALAR EM JUAZEIRO DO NORTE JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS, CÉLIDA JULIANA DE OLIVEIRA, SAMUEL FELIPE MARQUES, KAMILLA GOMES FERREIRA, MADONA LOPES FERREIRA, VITÓRIA DE CÁSSIA FÉLIX DE ALMEIDA, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA. Universidade Estadual do Ceará Fortaleza CE BRASIL e Universidade Regional do Cariri Crato CE BRASIL Este estudo objetivou caracterizar o perfil dos profissionais de saúde de um hospital público de Juazeiro do Norte-CE. Estudo descritivo, realizado com profissionais de saúde de um hospital público da cidade de Juazeiro do Norte – Ceará. A população do estudo foi composta por todos os funcionários do setor saúde da referida instituição, sendo a amostra constituída por 63 sujeitos que aceitaram participar do estudo. A pesquisa foi submetida e aprovada em comitê de ética. 71,4% dos sujeitos do estudo apresentaram o nível da PA dentro da normalidade (abaixo de 130x85 mmHg). Ao considerarmos a parcela dos trabalhadores com valores elevados da pressão arterial, 78,57% são indivíduos do sexo feminino, casados (57,14%) e situados na faixa etária que vai de 38 a 55 anos (78,57%). Em relação ao trabalho, 56,45% da população trabalhavam nos turno diurno, sendo que a mesma apresentou 78,57% de profissionais com hipertensão. Unindo o risco para o diabetes mellitus com os níveis pressóricos arteriais temos que do total de hipertensos, 14,29% não apresentaram nenhum risco, 50,00% risco moderado e 35,71% risco alto. Já a glicemia capilar mensurada nesses trabalhadores mostrou que dos 17,74% acima de 126 mg/dl, 45,45% tinham risco alto, 36,36% moderado e 18,18% nenhum para o DM2, enquanto a parcela de 82,26 abaixo de 126 mg/dl, mostrava-se com 54,9% de risco moderado, acompanha do por 17,56% de risco alto. Os solteiros apresentaram os maiores níveis de glicemia capilar ao acaso (54,55%) em comparação com os outros estados civis. A categoria profissional com maiores índices pressóricos e glicêmicos foram os técnicos de enfermagem (36,36%) e os agentes administrativos (18,18%) e a dupla jornada de trabalho é a mais prevalente (45,45%) para os níveis glicêmicos elevados. Conclui-se que apesar do grande percentual de profissionais abaixo dos níveis considerados de alerta, existe certa parcela dessa população que merece atenção e cuidados imediatos e em longo prazo para a redução de riscos e complicações referentes ao elevado nível da pressão arterial e da glicemia capilar.

ANÁLISE DA INTERVENIÊNCIA DOS FATORES RELACIONADOS AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO E NÃO MEDICAMENTOSO NA NÃO-ADESÃO À TERAPÊUTICA ANTI-HIPERTENSIVA RAQUEL SAMPAIO FLORÊNCIO, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, DAFNE LOPES SALES, EMANUELLE MENDES DE SOUSA, LEILSON LIRA DE LIMA, FRANCISCO ANTÔNIO CRUZ MENDONÇA, ISMÊNIA DE CARVALHO BRASILEIRO, FABIANA SALES VITORIANO UCHÔA, JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS, IRIALDA SABÓIA CARVALHO, DÉBORA FRUTUOSO GONÇALVES. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ FORTALEZA CE BRASIL. Objetivou-se analisar os fatores relacionados ao tratamento medicamentoso e não-medicamentoso intervenientes na não-adesão à terapêutica anti-hipertensiva de usuários com hipertensão arterial e complicações associadas. Estudo transversal, quantitativo, realizado em 2010 nos Centros de Saúde da Família ou domicílios. A amostra constituiu-se de 187 usuários com hipertensão e complicações associadas, cadastrados no HIPERDIA de Fortaleza-Ceará. A coleta dos dados foi realizada pela aplicação de formulários. Analisaram-se os dados por cálculos de freqüências e pelo teste qui-quadrado de Pearson. Os participantes do estudo assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. Houve predominância de usuários do sexo feminino (61,0%), de idosos (66,3%), de pressão arterial sistólica em estágio um (33,2%), de cifras normais de pressão arterial diastólica (38,5%) e de não-adesão leve ao tratamento (44,9%). Os principais fatores relacionados ao estilo de vida que contribuíam para nãoadesão ao tratamento anti-hipertensivo foram: fazer dieta (47,1%), controle do peso (36,4%) e diminuir o sal (35,8%). Em relação ao tratamento medicamentoso, os fatores mais relatados foram número de medicamentos (47,6%), dose (36,4%) e efeitos colaterais (35,3%). Houve associação estatística significativa entre sexo e mudança/descontinuidade de medicamento (p = 0,022) e redução/abandono do consumo de álcool (p=0,011); escolaridade e mudança/descontinuidade de medicamento (p = 0,045) e abandono do fumo (p =0,034); adesão e custo da medicação (p = 0,038), PAS (p = 0,0001) e PAD (p = 0,0001). As questões sociais e clínicas influenciaram os fatores relacionados à não-adesão e as principais dificuldades do seguimento terapêutico estiveram relacionadas a fazer dieta e ao número de medicamentos tomados.

FATORES DE RISCO E COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES EM PESSOAS COM AMPUTAÇÃO DE EXTREMIDADES INFERIORES: realidade de uma capital nordestina RAQUEL SAMPAIO FLORÊNCIO, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, FRANCISCA ALEXANDRA ARAÚJO DA SILVA, DAFNE LOPES SALES, EMANUELLE MENDES DE SOUSA, LEILSON LIRA DE LIMA, FRANCISCO ANTÔNIO CRUZ MENDONÇA, FABIANA SALES VITORIANO UCHÔA, ISMÊNIA DE CARVALHO BRASILEIRO, IRIALDA SABÓIA CARVALHO, DÉBORA FRUTUOSO GONÇALVES. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ FORTALEZA CE BRASIL. Foi objetivo do estudo identificar os fatores de risco e doenças cardiovasculares presentes em usuários com Diabetes mellitus com amputações de extremidades inferiores, cadastrados no HIPERDIA de Fortaleza-Ceará. Trata-se de estudo analítico, quantitativo, realizado por meio da coleta de 173 fichas de usuários com diabetes tipo 2 já acometidos por “pé diabético” cadastrados no sistema de informação HIPERDIA de Fortaleza-Ceará. Do total, 59 apresentaram amputação de membros inferiores. Utilizouse o cálculo das freqüências simples e percentuais para as variáveis sexo, raça/cor e escolaridade. Para análise da variável contínua idade, foram utilizados os cálculos da média e do desvio-padrão. A relação entre a variável dependente (amputação) e as independentes (infarto agudo do miocárdio, outras coronariopatias, tabagismo e uso de propanolol) foi verificada pelo qui-quadrado, sendo significância estatística considerada quando p<0,05. Os resultados mostraram que a média de idade dos usuários submetidos à amputação foi de 61,4 anos (± 10,8). Daqueles que apresentaram amputação, pouco mais da metade (57,6%) era do sexo feminino, (66,1%) pertencia à raça não-branca e a maioria (72,9%) tinha até oito anos de estudo. As seguintes variáveis apresentaram associação independente com a amputação: infarto agudo do miocárdio (p=0,047), outras coronariopatias (p=0,0001), tabagismo (p=0,0001), uso de propanolol (p = 0,008). Conclui-se, portanto, que o infarto agudo do miocárdio, outras coronariopatias, o tabagismo e o uso do propanolol encontraram-se independentemente associadas aos casos de amputações em usuários com diabetes e “pé-diabético” cadastrados no HIPERDIA de Fortaleza-Ceará.

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Relato de caso de fibroelastoma papilifero em valva aórtica e pulmonar. DEBORAH C LIMA, ALEXANDRE M KARBAGE, JOSE M S KARBAGE, JOSUÉ V C NETO, FRANCISCO A C SANTANA, FABIO TAVORA, VITOR C FURTADO, DAVID S CRISTINO, DANIEL C GUIMARÃES. Hospital de Messejana Fortaleza CE BRASIL. Introdução: Fibroelastoma papilífero (FEP) é o segundo tumor cardíaco benigno mais frequente em adultos, ocorrendo mais comumente na superfície das válvulas cardíacas.Objetivo: Relatar o caso de um paciente de 63 anos de idade, saudável, do sexo masculino que apresentava dor torácica atípica.Relato do caso: Paciente procurou serviço de saúde referindo dor torácica atípica. A ecocardiografia transtorácica e transesofágica e a tomografia computadorizada confirmaram a presença de uma massa na válvula aórtica e pulmonar. O paciente foi submetido a uma ressecção dos tumores. Resultados histopatológicos eram consistentes com o fibroelastoma papilífero. O paciente evoluiu sem complicações.Discussão: Fibroelastomas papilíferos são tumores cardíacos raros e representam o segundo tumor benigno mais comum em adultos. A maior parte desses tumores é assintomática e achado acidentalmente em ecocardiografia de rotina e autópsia. Histologicamente, são caracterizados por formações papilares avasculares e paucicelulares, alinhados por células pavimentosas à cubóides. Conclusão: Múltiplos fibroelastomas papilíferos simultâneos são raros, com poucos casos relatados na literatura, sendo, nesse trabalho, evidenciado mais um paciente. Processo de enfermagem aplicado a um paciente com miocardiopatia dilatada idiopática ELINE FREITAS HOLANDA, CLÁUDIA REGINA PEREIRA, FRANCISCO GILBERTO FERNANDES PEREIRA, MIKAELA GÓIS SANTIAGO, LAÍS REGINA SOUSA GUEDES, ALINE PORTELA BERNARDES. UNIFOR Fortaleza CE BRASIL e Hospital Universitário Walter Cantídio Fortaleza CE BRASIL O objetivo foi desenvolver um plano de cuidados baseado no processo de enfermagem aplicado a um paciente com cardiomiopatia dilatada idiopática. Para isto, utilizou-se o delineamento do tipo estudo de caso com um paciente do sexo feminino, trinta anos de idade portadora de cardiomiopatia dilatada idiopática em hospitalização para tratamento medicamentoso. Para a coleta de dados foram realizadas visitas sistemáticas diárias durante duas semanas ao paciente, análise dos achados laboratoriais e de imagem, bem como análise minuciosa do prontuário. O plano de cuidados de enfermagem foi embasado na NANDA ((North American Nursing Diagnosis Association), NOC (Classificação dos Resultados de Enfermagem) e NIC (Classificação das Intervenções de Enfermagem). Foi possível identificar seis diagnósticos de enfermagem relacionados aos domínios: conforto, atividade/repouso e enfrentamento ao estresse. As intervenções de enfermagem aplicáveis foram: Realizar uma avaliação completa da situação periférica, monitorar o balanço hídrico, controlar a acidose ou alcalose respiratórias, controlar arritmias, ensinar ao paciente sobre a doença, tratamento e procedimentos que serão realizados, administrar medicamentos antiarrítmicos e realizar eletrocardiograma diário. A conclusão, portanto, é que a cardiomiopatia dialatada idiopática é uma morbidade que necessita de assistência especializada e a elaboração do plano de cuidados com ênfase no processo de enfermagem é uma ferramenta que garante melhora das condições clínicas do paciente. Cardiomiopatia de Takotsubo: Relato de Caso. HILTON AGUIAR CANUTO, LEONARDO CABRAL COSTA, WELINGTON ANTONIO DA SILVA, LUCIA DE SOUZA BELEM. Hospital de Messejana Fortaleza CE BRASIL e Faculdade Christus Fortaleza CE BRASIL - Introdução: A Cardiomiopatia de Takotsubo começou a ser descrita no Japão no começo dos anos 90, frequentemente desencadeada por estresse físico ou emocional, com características clínicas, eletrocardiográficas e laboratoriais semelhantes a uma síndrome coronariana aguda. O objetivo desse trabalho é fazer com que essa síndrome seja mais conhecida entre os médicos, já que há trabalhos mostrando que 1 a 2% dos diagnósticos iniciais de síndrome coronariana agida sejam uma cardiomiopatia de Takotsubo, e dessa forma, alterando a conduta do paciente. - Relato do Caso: Paciente do sexo feminino, 88 anos, admitida na emergência do Hospital de Messejana com dor precordial em aperto, que irradiava para membro superior esquerdo, de forte intensidade e duração maior que 30 minutos, associada à dispnéia, náuseas, lipotímia e sudorese moderada. O episódio ocorreu após intensa discussão familiar. O eletrocardiograma de 12 derivações admissional evidenciou supra-desnivelamento do segmento ST em parede ínfero-lateral, tendo diagnóstico inicial de Infarto Agudo do Miocárdio de parede ínfero-lateral. As enzimas cardíacas, troponina I e CKMB, estavam elevadas. No serviço de hemodinâmica, a cineangiocoronariografia revelou artérias coronárias sem lesões obstrutivas significativas e a ventriculografia esquerda mostrou balonamento de parede anterior em forma semelhante a “Takotsubo”. - Discussão: Sua etiologia não está bem definida, sendo o espasmo microvascular e a injúria miocárdica direta pelas catecolaminas via receptores adrenérgicos, as principais hipóteses para explicar a disfunção. Na maioria dos casos, existe correlação prévia com um fenômeno que gere estresse físico e/ou emocional. No caso relatado, ocorreu após estresse emocional. - Conclusão: O prognóstico da cardiomiopatia induzida por estresse geralmente é favorável, sendo a insuficiência cardíaca, com ou sem edema pulmonar, a complicação mais freqüente, presente em aproximadamente 20% dos casos. A taxa de mortalidade intra-hospitalar varia entre zero e 8%, apesar de alguns especialistas afirmarem que os dados publicados estão subestimados M.A.P.A.: estudo dos pacientes em Sobral. AURICÉLIO MAGALHÃES PONTE, REBECCA PRADO FROTA, IVO ANTÔNIO MENDES DE MENEZES, PEGUY KAKE MUKIDI, NATACHA CAMPOS ARRIAGA, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, ANDERSON NUNES CASSIANO. Universidade Federal do Ceará Sobral CE BRASIL. Objetivo Analisar o percentual em gênero dos pacientes submetidos ao MAPA para formular dados epidemiológicos para a região e, dessa forma, interpretar sua influência na Hipertensão Arterial Sistêmica. Delineamento Estudo retrospectivo observacional de casos Material Esse estudo é baseado na análise dos laudos descritivos de 500 pacientes submetidos ao MAPA de maio de 2010 a maio de 2011 no Hospital do Coração de Sobral. Métodos Os laudos foram divididos em gênero, sendo analisadas as faixas etárias (<50anos;  50 a  80anos e > 80anos) e o comportamento pressórico de cada paciente, não apresentando critério de exclusão. Resultados Dos 500 pacientes analisados, 147 são homens (29,4%) e 353 são mulheres (70,6%). 230 (46%) estão baixo de 50 anos, 76 (15,4%) sendo homens e 154 (30,6%) de mulheres. 247(49,5%) estão entre 50 e 80 anos, sendo 71 (14,3%) homens e 176 (35,2%) sendo mulheres. 23 (4,5%) estão acima de 80 anos, sendo todas mulheres. Dessa distribuição etária, <50anos: 53 homes dos 76 estão hipertensos e 65 mulheres das 154 estão hipertensas;  50 a  80anos: 47 homens dos 71 estão hipertensos e 88 das 176 estão hipertensas; > 80: 17 das 23 mulheres estão hipertensas. Conclusões Percebemos que a grande maioria (70,6%) dos pacientes submetidos ao MAPA são mulheres, sendo principalmente abaixo de 80 anos com uma pequena superioridade de 22 mulheres para a faixa entre 50 a 80 anos. Além disso, concluímos que 270 (54%) pacientes estão hipertensos, no qual 170(63% dos hipertensos) são mulheres e 100 (37% dos hipertensos) são homens.

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M.A.P.A.: estudo dos pacientes tabagistas e suas repercussões no exame. AURICÉLIO MAGALHÃES PONTE, REBECCA PRADO FROTA, NATACHA CAMPOS ARRIAGA, PEGUY KAKE MUKIDI, ANDERSON NUNES CASSIANO, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, ANA CAROLINA RODRIGUES DUARTE. Universidade Federal do Ceará Sobral CE BRASIL. Objetivo Analisar o percentual de tabagistas submetidos ao MAPA para formular dados epidemiológicos para a região e, dessa forma, interpretar sua influência no controle pressórico e impacto regional sobre a Hipertensão Arterial Sistêmica. Delineamento Estudo retrospectivo observacional de casos Material Esse estudo é baseado na análise dos laudos descritivos de 500 pacientes submetidos ao MAPA de maio de 2010 a maio de 2011 no Hospital do Coração de Sobral. Métodos Os exames foram divididos em tabagista e não-tabagista, sendo analisados o gênero e o comportamento pressórico de cada paciente, não apresentando critério de exclusão. Resultados Dos 500 pacientes analisados, 112 (22,35% do total de pacientes analisados) são tabagistas, sendo 59 (11,75%) de homens e 53 (10,6%) de mulheres. Desses pacientes 94 (83,9%) apresentaram anormalidades no comportamento pressórico nas 24h do exame, sendo 53 (47,3%) homens e 41 (36,6% ) mulheres. Conclusões Com os dados obtidos podemos perceber que uma parcela significativa de 22,35% da amostra estudada é tabagista e esse fator possui grande impacto na Pressão Arterial, pois 94 dos 112 pacientes tabagistas são hipertensos, correspondendo a 83,9%, confirmando assim os dados da literatura médica. Avaliação do pico pressórico médio durante a realização do eco stress: análise de pacientes hipertensos quanto à presença de isquemia. REBECCA PRADO FROTA, AURICÉLIO MAGALHÃES PONTE, PEGUY KAKE MUKIDI, ANA CAROLINA RODRIGUES DUARTE, IVO ANTÔNIO MENDES DE MENEZES, ANDERSON NUNES CASSIANO, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA. Universidade Federal do Ceará Sobral CE BRASIL. Objetivo Avaliar a presença de isquemia em pacientes hipertensos que tiveram um pico de pressão arterial acima da média durante a realização do exame. Delineamento Estudo retrospectivo observacional de casos. Material Esse estudo apresenta uma análise dos laudos descritivos de 192 pacientes submetidos ao ecocardiograma de estresse, no mês Março de 2011, no Hospital do Coração de Sobral. Métodos A classificação ocorreu de acordo com a presença de isquemia durante realização do EcoStress,excluídos os pacientes não hipertensos e cuja conclusão do exame foi ineficaz para a presença de isquemia, totalizando 108 pacientes.O pico pressórico médio foi calculado pela média das pressões arteriais máximas alcançadas e contabilizados os paciente acima da média. Resultados Do total de 108 pacientes hipertensos analisados,30 apresentaram isquemia durante o exame e 78 não apresentaram isquemia.Dos 30 pacientes isquêmicos,16(53,33%) estavam acima do pico pressórico médio e dos 78 pacientes que não apresentaram isquemia, 55 (70,51%) estavam acima deste. Conclusões Percebemos que um maior número de pacientes ultrapassou o pico pressórico médio no grupo dos hipertensos que não apresentaram isquemia quando comparados àqueles do grupo com isquemia. Este fato é possivelmente explicado pela fisiologia normal da bomba cardíaca, que fica ineficiente durante a isquemia,impossibilitando a geração de picos pressóricos mais elevados.É importante ressaltar que os pacientes do grupo não isquêmico e que apresentaram picos pressóricos acima da média, devem estar sob uma maior vigilância para o risco da mesma.

Estudo das medicações usadas pelos pacientes submetidos ao M.A.P.A. no Hospital do Coração de Sobral LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, MÁRIO RODRIGUES MAIA NETO, NATACHA CAMPOS ARRIAGA, ANA CAROLINA RODRIGUES DUARTE, IVO ANTÔNIO MENDES DE MENEZES, AURICÉLIO MAGALHÃES PONTE, REBECCA PRADO FROTA. Universidade Federal do Ceará Sobral CE BRASIL e Hospital do Coração de Sobral Sobral CE BRASIL Objetivos Analisar os percentuais referentes à eficácia dos medicamentos anti-hipertensivos e indicar as proporções dos medicamentos que estão sendo usados de acordo com o que é indicado no M.A.P.A. de pacientes da região norte do Ceará. Delineamento O estudo é retrospectivo observacional do caso. Material Utilizamos relatórios de M.A.P.A. de 500 pacientes da região norte do Ceará, entre maio de 2010 e maio de 2011, realizados no Hospital do Coração de Sobral. Método Foram analisados os medicamentos anti-hipertensivos utilizados e o comportamento da pressão arterial durante as 24 horas. Resultados De acordo com os dados obtidos, temos que foram realizados 36 usos (10,7% do total de medicamentos usados) de Bloqueadores dos Canais de Cálcio, observando-se uma eficácia de 33,3%; 89 usos de Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina II (23,2%), obtendo-se uma eficácia de 61,5%; 89 usos de Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina II (26,7%), obtendo-se eficácia de 40%; 88 usos de Diuréticos Tiazídicos (26,7%), de eficácia de 40% e 53 usos de -Bloqueadores (12,5%), com eficácia de 12,5%. Conclusão Os medicamentos mais prevalentes no tratamento da hipertensão são os Diuréticos Tiazídicos e os Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina II. Também constatamos que os Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina II são os anti-hipertensivos de maior eficácia.


Temas Livres em Pôsteres

Estudo das medicações usadas pelos pacientes submetidos ao M.A.P.A. no Hospital do Coração de Sobral LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, MÁRIO RODRIGUES MAIA NETO, NATACHA CAMPOS ARRIAGA, ANA CAROLINA RODRIGUES DUARTE, IVO ANTÔNIO MENDES DE MENEZES, AURICÉLIO MAGALHÃES PONTE, REBECCA PRADO FROTA. Universidade Federal do Ceará Sobral CE BRASIL e Hospital do Coração de Sobral Sobral CE BRASIL Objetivos Analisar os percentuais referentes à eficácia dos medicamentos anti-hipertensivos e indicar as proporções dos medicamentos que estão sendo usados de acordo com o que é indicado no M.A.P.A. de pacientes da região norte do Ceará. Delineamento O estudo é retrospectivo observacional do caso. Material Utilizamos relatórios de M.A.P.A. de 500 pacientes da região norte do Ceará, entre maio de 2010 e maio de 2011, realizados no Hospital do Coração de Sobral. Método Foram analisados os medicamentos anti-hipertensivos utilizados e o comportamento da pressão arterial durante as 24 horas. Resultados De acordo com os dados obtidos, temos que foram realizados 36 usos (10,7% do total de medicamentos usados) de Bloqueadores dos Canais de Cálcio, observando-se uma eficácia de 33,3%; 89 usos de Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina II (23,2%), obtendo-se uma eficácia de 61,5%; 89 usos de Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina II (26,7%), obtendo-se eficácia de 40%; 88 usos de Diuréticos Tiazídicos (26,7%), de eficácia de 40% e 53 usos de -Bloqueadores (12,5%), com eficácia de 12,5%. Conclusão Os medicamentos mais prevalentes no tratamento da hipertensão são os Diuréticos Tiazídicos e os Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina II. Também constatamos que os Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina II são os anti-hipertensivos de maior eficácia.

Momentos educativos sobre fatores de risco cardiovascular e a participação de adultos jovens JÊNIFA CAVALCANTE DOS SANTOS, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, EMILIANA BEZERRA GOMES, JOSEANE MARQUES FERNANDES, MAGDÁLIA JUSTA CAMELO, DÉBORA FRUTUOSO GONÇALVES, CÉLIDA JULIANA DE OLIVEIRA. Universidade Estadual do Ceará Fortaleza CE BRASIL e Universidade Regional do Cariri Juazeiro do Norte CE BRASIL Estudos comprovam a existência de Fatores de Risco Cardiovascular (FRCV) em fases precoces, com evidências de aterosclerose já na idade adulta jovem, compreendida entre 20 a 24 anos pela OMS e no marco legal brasileiro do Estatuto da Criança e do Adolescente. Objetivou-se descrever a participação de adultos jovens em momentos educativos sobre FRCV. Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo, realizado com escolares adultos jovens de 12 das 14 escolas de ensino médio de Juazeiro do Norte-Ceará. A população constou de 845 estudantes com amostra estratificada calculada em 351discentes, selecionados aleatoriamente. O estudo integra a dissertação de mestrado: Análise do risco cardiovascular em escolares adultos jovens de Juazeiro do Norte-Ceará, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UECE no protocolo 10030228-9. Os resultados apontam que 83,5% (293) dos pesquisados não participram de qualquer atividade educativa - como palestra, reuniões ou encontros, nos últimos doze meses que abordasse os FRCV (tabagismo, dislipidemias, hipertensão, diabetes, obesidade, sobrepeso, sedentarismo, dieta pobre em vegetais e frutas, uso de álcool e o estresse psicossocial). Apesar do conhecimento acumulado e difundido sobre a temática parece difícil desenvolver um estilo de vida saudável, pois os vários fatores de risco estão relacionados e influenciados pela cultura do prazer instantâneo, fácil e comprável, disseminado na mídia e reforçado pelo consumismo da sociedade atual. A exposição aos FRCV o leva ao desenvolvimento de DCV que muitas vezes cursam assintomáticas ou não diagnosticadas, até o momento em que suas complicações se tornam perceptíveis. E é pela imposição dessas doenças e visando sua redução que a OMS propõe uma abordagem preventiva e de controle dos fatores de risco, integrados em todas as idades. Desenvolver prevenção primária com pesquisa, detecção e manipulação dos FRCV é a grande aposta para evitar ou diminuir a progressão das DCV e suas complicações de forma barata e eficaz, subsidiando, assim, uma prevenção secundária inteligente.

Análise comparativa das técnicas de ablação da fibrilação atrial em 50 pacientes: 25 casos EnSITE versus 25 casos convencionais ALMINO CAVALCANTE ROCHA NETO, ROBERTO LIMA FARIAS, RICARDO MARTINS FREITAS, VERA MARQUES, CRISTIANO DIETRICH, ALOISIO SALES BARBOSA GONDIM, CEZARIO ANTONIO MARTINS GOMES, CHRISTIANE BEZERRA ROCHA LIBERATO, FRANCISCA TATIANA MOREIRA PEREIRA, EDUARDO ARRAIS ROCHA, JULIANA VIEIRA ROCHA. CLÍNICA DE FIBRILAÇÃO ATRIAL Fortaleza CE BRASIL. 1.FUNDAMENTO: O “padrão-ouro” das diferentes opções técnicas de ablação da fibrilação atrial (FA) ainda não foi definitivamente estabelecido. 2. OBJETIVO: Análise comparativa dos resultados de ablação da FA pelas técnicas de mapeamento atrial convencional e tridimensional. 3. DELINEAMENTO: Estudo de casos longitudinal caso-controle, não-randomizado. 4. MATERIAL: Entre agosto de 2004 e abril de 2011, foram arrolados, consecutivamente, 50 pacientes (pts), 55±24 anos, portadores de FA paroxística (38) ou persistente (12), com sintomatologia limitante e refratária. Em todos, verificavase ausência de cardiopatia estrutural significativa, com diâmetro atrial esquerdo médio de 44±14 mm 5. MÉTODOS: Os 25 casos iniciais foram tomados como grupo-controle e submetidos apenas a mapeamento atrial convencional radioscópico; os 25 casos finais foram selecionados apenas para mapeamento tridimensional pelo sistema Navx-EnSITE (St.Jude Medical™). 6. RESULTADOS: Ao longo de um seguimento médio total de 40±34 meses, 25 de todos os 50 pts permanecem atualmente em ritmo sinusal sem drogas antiarrítmicas, sendo apenas 24% (6/25) no grupo-controle mas 76% (19/25) no grupo EnSITE (p<0,01). O grupo de mapeamento tridimensional EnSITE apresentou ainda menor tempo de exposição radioscópica (160±42 min vs 270±65 min, p <0,01), contudo demonstrou maior tempo de duração total do procedimento (290±85 min vs 210 ± 90 min, p=0,04). Tais dados devem ser interpretados à luz de uma diferença significante de tempo de acompanhamento entre os dois grupos (55±21 meses no grupo-controle vs 27±15 meses no grupo EnSITE, p = 0,035). 7. CONCLUSÕES: (1) As duas opções de ablação de FA equitativamente comparadas neste trabalho não se associaram aos mesmos índices de eficácia. (2) O mapeamento tridimensional associou-se a menor exposição radiológica e, notadamente, a maior sucesso tardio, ainda que em um período médio de seguimento menor.

Perfil dos óbitos por dissecção aórtica e aneurisma roto de aorta no Serviço de Verificação de Óbito do Ceará NAIANA C L T´HOEN, MARIANA CASTIGLIONI, MARINA G AGUIAR, ANTÔNIO WILSON VASCONCELOS. Faculdade Christus - IPADE Fortaleza CE BRASIL. OBJETIVOS: Estabelecer o perfil epidemiológico e as alterações patológicas encontradas nas autópsias com achado de dissecção aórtica e aneurisma roto de aorta, realizadas no Centro de Serviço de Verificação de Óbito Dr. Rocha Furtado do Ceará (SVO). DELINEAMENTO: Estudo retrospectivo observacional. PACIENTE OU MATERIAL: Foram estudas autópsias com achados de ruptura de aneurisma e dissecção aórtica realizadas no SVO no ano de 2009. METODOLOGIA: As informações foram coletadas através da ficha de atendimento, declaração de óbito e questionário social, pertencentes ao SVO. RESULTADOS: O achado de aneurisma roto de aorta foi relatado em vinte autópsias e o de dissecção aórtica em 25, prevalecendo o sexo masculino, sendo 80% no grupo com dissecção aórtica e 56% no de aneurisma roto. A média de idade foi 67.5 (49-83anos) e 64.1 (42-86anos), respectivamente, nesses grupos. Quanto ao estado civil, aproximadamente 45% eram casados em ambos. Quanto aos hábitos, 20% ingeriam bebidas alcoólicas, e 35% dos casos com dissecção aórtica eram tabagistas, enquanto dos com aneurisma roto eram em 28%. Do grupo de dissecção aórtica, 45% tinham hipertensão arterial sistêmica (HAS) e faziam tratamento adequado, enquanto 25% não recebiam acompanhamento médico. No grupo com aneurisma roto de aorta, em 44% foi relatado tratamento para HAS e 16% não recebiam acompanhamento médico. Os principais achados macroscópicos encontrados nos casos de dissecção aórtica e de aneurisma roto foram aterosclerose (35% e 8%, respectivamente) cardiopatia hipertensiva (50% e 36%, respectivamente), hemopericárdio (50% e 68%, respectivamente) e cardiopatia isquêmica (10% em ambos). CONCLUSÃO: Foi encontrada uma população predominantemente masculina com faixa etária de aproximadamente 65 anos. A maioria dos que apresentavam aneurisma roto de aorta tinham hemopericárdio associado. Na dissecção aórtica prevaleceu a cardiopatia hipertensiva. As alterações cardíacas encontradas reforçam a importância do rastreamento dessas patologias cardiovasculares para se possa estabelecer um tratamento precoce, diminuindo, assim, a mortalidade por essas afecções.

A INTERPRETAÇÃO DA VARIAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA NA RECUPERAÇÃO DO TESTE DE ESFORÇO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO. IGOR RABELO DE SALES ANDRADE, HERBERT LIMA MENDES. Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte Juazeiro do Norte CE BRASIL. OBJETIVO: Interpretar a variação da frequência cardíaca no primeiro e segundo minuto da recuperação do teste ergométrico. A recuperação da frequência cardíaca após o eletrocardiograma de esforço em esteira ergométrica é modulada pelo sistema nervoso autônomo. A análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) pode fornecer informações valiosas sobre o controle do sistema nervoso autônomo sobre o sistema cardiovascular. Segundo o trabalho de Cole ET AL e Shelter K ET AL observou-se, respectivamente, que a VFC menor que 12bpm no primeiro minuto e menor que 22bpm no segundo minuto, de recuperação pós-esforço do teste ergométrico está associada a um maior risco cardiovascular. Realizou-se um trabalho transversal, descritivo e observacional, no Hospital São Vicente de Paula, em Barbalha – CE, no período de agosto de 2010 até março de 2011, o qual foi analisado 114(cento e quatorze) pacientes submetidos a teste ergométrico. A coleta de dados foi através de entrevista, ficha controle e termo de compromisso. Da nossa amostra, foi verificado que 30(trinta) pacientes não reduziram adequadamente a freqüência cardíaca no pós-esforço. Deste grupo, sete estavam sob uso de b-bloqueador, três não reduziram no primeiro minuto, oito não diminuíram no segundo minuto e doze tiveram alterações no primeiro e segundo minuto. Neste estudo, as principais características observadas nos pacientes foram: sexo masculino, idade superior a 40 anos, hipertensão, sobrepeso ou obesidade, tabagismo e como sintoma mais comum a precordialgia. De acordo com a literatura supracitada esta alteração é encontrada em até 27% dos casos, incluindo os usuários de drogas cronotrópicas negativas. Já no nosso trabalho o percentual foi de 26% com o uso de b-bloqueador e 20% sem o uso de b-bloqueador.

Eco estresse: análise dos pacientes hipertensos e diabéticos e suas influências na avaliação isquêmica. IVO ANTÔNIO MENDES DE MENEZES, REBECCA PRADO FROTA, NATACHA CAMPOS ARRIAGA, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, MÁRIO RODRIGUES MAIA NETO, PEGUY KAKE MUKIDI, AURICÉLIO MAGALHÃES PONTE. Universidade federal do ceara sobral CE BRASIL. Objetivo: Avaliar a associação de hipertensão e diabetes como fatores de risco para isquemia miocárdica. Delineamento Estudo retrospectivo observacional de casos Material Esse estudo apresenta análise dos laudos descritivos de 292 pacientes submetidos ao ecocardiograma de estresse em 2 meses consecutivos no Hospital do Coração de Sobral. Métodos Os pacientes foram classificados em gênero, faixa etária e a presença de diabetes,sendo excluidos os pacientes que não eram hipertensos, totalizando 61 pacientes diabéticos e hipertensos. Foram estratificados em grupos quanto a presença de diabetes e analisada a sua relação com a presença de isquemia. Resultados A isquemia apresentou-se exclusivamente na faixa etária de 50-79 anos tanto para o gênero masculino quanto para o feminino do número total de diabéticos e hipertensos. As seguintes porcentagens foram encontradas: 17,95% das mulheres diabéticas e hipertensas e 22,73% dos homens diabéticos e hipertensos apresentaram isquemia. Conclusões A prevalência de isquemia na faixa etária de 50-79 anos encontrada para o gênero masculino, reforça faixa etária e o sexo são importantes fatores de risco. A prevalência de isquemia encontrada para o gênero feminino na mesma faixa etária (50-79 anos), destaca a diminuição do estrógeno, que ocorre nesta faixa etária, como fator de risco para isquemia no sexo feminino.

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Óbitos por doenças cardiovasculares: a realidade do Sertão Paraibano BATISTA, OTAVIO M J, PINHEIRO, TALLITA M G, SALES, NEYVA M B. Universidade Federal de Campina Grande - UFCG Cajazeiras PB BRASIL. Objetivo: Verificar o perfil epidemiológico dos óbitos por doenças cardiovasculares (DCV) na população do Sertão Paraibano. Delineamento: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa. Material: A amostra estudada nesse trabalho corresponde aos óbitos por causas cardiovasculares na população do Sertão Paraibano, que é uma das quatro mesorregiões que compõem o estado brasileiro da Paraíba, sendo esta formada pela união de 83 municípios agrupados em sete microrregiões. Métodos: Os dados utilizados, referentes aos óbitos por doenças do aparelho circulatório no Sertão Paraibano por ocorrência, foram obtidos através do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SUS) disponíveis no site do DATASUS, no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2009. Resultados: As doenças do aparelho circulatório ocupam o primeiro lugar como causa de óbito no Sertão Paraibano, com 35,3%, estando as neoplasias em segundo lugar, com 12,3% do total dos 4.437 óbitos registrados durante os anos de 2007 a 2009. Destes óbitos, 51,7% ocorreram no sexo masculino e 48,3% no sexo feminino. De acordo com a faixa etária, 83% dos óbitos foram entre 60 a 79 anos ou mais, e 16,3% na faixa de 15 a 59 anos, considerada idade produtiva. Das causas de morte por problemas cardiovasculares, 36,6% ocorreram devido a doenças isquêmicas do coração e 26,7% devido a doenças cerebrovasculares. A porcentagem nacional por mortes devido a doenças no aparelho circulatório foi de 29,3% nesse mesmo período. Conclusões: Observou-se que as DCV lideraram as causas de mortalidade no Sertão Paraibano, atingindo ligeiramente mais homens do que mulheres, com faixa etária predominante acima dos 60 anos, sendo as doenças isquêmicas do coração as principais causas de óbito durante o período analisado. Além disso, verificou-se que o percentual de mortes por doenças do aparelho circulatório no Sertão Paraibano foi superior ao percentual nacional. Dessa forma, sendo as DCV uma importante causa de morbimortalidade da população idosa do Sertão Paraibano, há necessidade de maiores esforços dos serviços de saúde para sua prevenção e tratamento. Mortalidade por doenças cardiovasculares em mulheres em idade fértil no nordeste brasileiro BATISTA, OTAVIO M J, SALES, NEYVA M B, PINHEIRO, TALLITA M G. Universidade Federal de Campina Grande - UFCG Cajazeiras PB BRASIL. Objetivo: Conhecer o perfil epidemiológico da mortalidade por doenças do aparelho circulatório na população feminina em idade fértil. Delineamento: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa. Material: Analisou-se amostra de mulheres em idade fértil entre 10 e 49 anos que residiam no nordeste brasileiro e que vieram a óbito devido a doenças cardiovasculares (DCV). Métodos: Os dados para a região do nordeste, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2009, foram obtidos através do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SUS) disponíveis no site do DATASUS. Resultados: Durante o período de 2005 a 2009, foram registrados 16.948 óbitos de mulheres em idade fértil por DCV na região do nordeste, o que representa 27,1% dos óbitos nacionais com essas características. Dentre as causas cardiovasculares, a principal causa de morte foi por doenças cerebrovasculares (34,3%), seguido por doenças isquêmicas do coração (23,7%). Com relação à faixa etária, observou-se o seguinte: 62,5% dos óbitos corresponderam ao intervalo de 40 a 49 anos, 22,5% ao intervalo de 30 a 39 anos, 10,2% ao intervalo de 15 a 19 anos e 4,8% ao intervalo de 10 a 14 anos. A prevalência mais alta de óbitos ocorreu no estado da Bahia, com 26,9% do total e em relação ao local de óbito, houve maior ocorrência no hospital, com 73,2%. Conclusões: O aumento crescente de óbitos por DCV requer a implantação de programas de prevenção e melhoria no tratamento dessas enfermidades, principalmente em nível hospitalar, já que a maioria desses óbitos ocorre nesse local, bem como uma maior atenção aos estados com maior número de casos. Essa atenção deve ser dirigida não só à população idosa, em que há maior incidência de morte por DCV, mas também à população de jovens adultos, em especial às mulheres em idade fértil, as quais são de suma importância para o desenvolvimento econômico do país. Observou-se também que a mortalidade foi crescente de acordo com a faixa etária.

Prevalência de sedentarismo e sobrepeso em pacientes hipertensos acompanhados pelo HiperDia, na cidade de Cajazeiras- PB TALLITA MONIELE GOMES PINHEIRO, OTAVIO MICHEL JORGE BATISTA, NEYVA MARIANNA BEZERRA DE SALES. Universidade Federal de Campina Grande Cajazeiras PB BRASIL. Objetivo: Conhecer a prevalência de sedentarismo e sobrepeso em pacientes com Hipertensão arterial sistêmica (HAS), cadastrados e acompanhados pelo HiperDia, na cidade de Cajazeiras - Paraíba, no período de janeiro de 2009 a janeiro de 2010. Material: A amostra analisada estudada neste trabalho corresponde aos pacientes hipertensos cadastrados e acompanhados pelo HiperDia, no período de janeiro de 2009 a janeiro de 2010. Métodos: Os dados para o município de Cajazeiras, referentes à prevalência de sedentarismo e sobrepeso, no período de janeiro de 2009 a janeiro de 2010, foram obtidos do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS), disponível no site do DATASUS. Resultados: Verificou-se a prevalência de 52,57% de sedentarismo e 29,79% de sobrepeso de um total de 641 indivíduos cadastrados. Destes com sedentarismo, 72,99% eram do sexo feminino e 27,00% eram do sexo masculino. Entre os pacientes com sobrepeso, 80,62% eram do sexo feminino e 19,37% eram do sexo masculino. Conclusões: Observou-se um número elevado de pacientes com hipertensos com sedentarismo, assim como com sobrepeso, sendo mais prevalente no sexo feminino. Esses dados são bastante preocupantes, uma vez que atividade física reduz a incidência de HAS, mesmo em indivíduos préhipertensos, bem como a mortalidade e o risco de doenças cardiovasculares. É importante destacar que mudanças no estilo de vida, com alimentação saudável, consumo controlado de sódio e álcool, ingestão de potássio, combate ao sedentarismo e ao tabagismo, são entusiasticamente recomendadas na prevenção primária da HAS, notadamente nos indivíduos com pressão arterial limítrofe.

Roubo de fluxo da artéria vertebral esquerda concomitante a adaptação funcional da artéria torácica interna enxertada na coronária descendente anterior NAYARA L PIMENTEL, JOSE S ABREU, TEREZA C P DIOGENES, JOSE M B MORAIS, JORDANA M SIQUEIRA, ALOYRA G GUIMARÃES, MARÍLIA E B ABREU, JOSE N P JUNIOR. PRONTOCÁRDIO FORTALEZA CE BRASIL e CLINICÁRDIO FORTALEZA CE BRASIL Fundamentos: 1) Na artéria vertebral esquerda (AVE) o fluxo anterógrado contribui para a perfusão cerebral, mas em circunstâncias tais como uma oclusão grave de subclávia esquerda (SE) podemos encontrar reversão do aporte sanguíneo (roubo de fluxo), caracterizado por fluxo retrogrado na AVE, possibilitando uma melhor irrigação a partir do sítio de obstrução da SE com prejuízo para o fluxo cerebral. 2) A artéria torácica interna enxertada (ATIE) na coronária usualmente tem predomínio de fluxo diastólico. Após ecoestresse com dobutamina (EED) é desejável que o predomínio diastólico se acentue. Relato do caso: Trata-se de uma paciente de 46 anos com angina estável, lesão grave do tronco da coronária esquerda (TCE) e da SE, submetida a revascularização miocárdica (2002) na qual a ATIE está suprindo o sistema coronariano esquerdo. O ECG com ritmo sinusal e alteração inespecífica da repolarização ventricular. O ecodoppler mostrou hipertrofia ventricular esquerda, contração segmentar de repouso normal e disfunção diastólica estágio II. No estudo dos vasos cervicais a SE sem visualização. Evidenciamos uma ATIE com excepcional fluxo de repouso e fração diastólica (FD=87%) bem acima da média. A carótida e a vertebral esquerdas não apresentavam qualquer evidencia de estenose e tinham velocidades de fluxos normais, mas de grande importância foi constatar que o fluxo na AVE era totalmente retrógrado. O EED realizado após stent no TCE e bifurcação foi negativo para isquemia, ocorrendo FD=100% e índice de reserva coronária=1,79. O fluxo da ATIE evidenciou uma excepcional adaptabilidade para suprir o sistema coronariano esquerdo. Na presença de estenose da SE inferimos que o roubo de fluxo da AVE contribuiu de forma significativa neste processo adaptativo

Análise epidemiológica da mortalidade por doenças hipertensivas TALLITA MONIELE GOMES PINHEIRO, NEYVA MARIANNA BEZERRA DE SALES, OTAVIO MICHEL JORGE BATISTA. Universidade Federal de Campina Grande Cajazeiras PB BRASIL. Objetivos: Desenvolver uma análise epidemiológica a partir da avaliação da mortalidade por doenças hipertensivas no período de 2000 a 2008. Delineamento: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa. Material: A amostra analisada estudada neste trabalho corresponde aos óbitos por doenças hipertensivas ocorridas no Sertão Paraibano, que é uma das quatro mesorregiões que compõe o estado da Paraíba, sendo formada por sete microrregiões, num total de 83 municípios. Métodos: Os dados utilizados, referentes aos óbitos por doenças hipertensivas no Sertão Paraibano, por sexo e por idade, no período de 2000 a 2008, foram obtidos através do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SUS) disponíveis no site do DATASUS. Resultados: De um total de 1.160 mortes por doenças hipertensivas, foi possível analisar que o perfil de acordo com a faixa etária teve 72,84% dos óbitos de 70 a 80 anos ou mais, 25,00% na faixa de 40 a 69 anos e 2,15% abaixo dos 39 anos de idade. Quanto ao gênero, 45,52% foi masculino e 54,48% feminino. Conclusões: Percebe-se que a mortalidade por causas hipertensivas é maior no sexo feminino. A análise revelou, ainda, maior mortalidade entre aqueles com idade superior a 70 anos, mas ainda um elevado índice entre aqueles com idade ainda produtiva. Estudos clínicos demonstraram que a detecção, o tratamento e o controle da HAS são fundamentais para a redução dos eventos cardiovasculares. Devem ser metas dos profissionais de saúde a identificação precoce e a abordagem adequada dos fatores de risco para o desenvolvimento da HAS, principalmente na população de alto risco. Entre as medidas preventivas, destacam-se a adoção de hábitos alimentares saudáveis, a prática de atividade física e o abandono do tabagismo.

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Impacto do tempo de início da dor e da distância da cidade de residência do paciente até o centro de referência na resolução do seguimento ST em pacientes com IAM no Hospital do Coração de Sobral SAMUEL TOMAZ ARAÚJO, AURICÉLIO MAGALHÃES PONTE, JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO. Universidade Federal do Ceará Sobral CE BRASIL e Santa Casa de Misericórdia Sobral CE BRASIL Objetivo: Quantificar o impacto do tempo de início da dor e da distância do domicílio do paciente até o centro de referência sobre o desfechohemodinâmico em pacientes com IAM no Hospital do Coração de Sobral e avaliar o perfil clínico da população estudada. Delineamento: série de casos estudo observacional. Material: 100 pacientes com diagnóstico de IAM internados na unidade coronariana do Hospital do Coração de Sobral sem critérios de inclusão e exclusão. Métodos: Dados demográficos, clínicos, angiográficos foram coletados através de entrevistas e análise de prontuários. Um novo eletrocardiograma foi realizado 90 minutos após a ICPP e avaliou-se a resolução do segmento ST. Resultados: vide tabela, nos pacientes com tempo de início da dor inferior a 12h, 100% obtiveram resolução completa. Conclusões: Reafirmou-se que quanto maior o tempo de início da dor, maiores os percentuais de resolução parcial e ausência de resolução do seguimento ST, assim como quanto maior for a distância entre o domicílio do paciente e o centro de referência, o que leva consequentemente a uma demora na prestação do tratamento adequado.


Temas Livres em Pôsteres

Cardiomiopatia Hipertrófica: Além da Avaliação da Hipertrofia, Gradiente e Função Sistólica MARÍLIA E B ABREU, TEREZA C P DIOGENES, JOSE S ABREU, ASTRID R M SANTOS, ALOYRA G GUIMARÃES, JOSE M B MORAIS, NAYARA L PIMENTEL, JORDANA M SIQUEIRA, JOSE NOGUEIRA PAES JUNIOR. PRONTOCÁRDIO FORTALEZA CE BRASIL e CLINICÁRDIO FORTALEZA CE BRASIL Fundamentos: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma patologia com incidência de aproximadamente 0,2% das patologias cardíacas, caracterizando-se por desarranjo das fibras musculares que levam a distintos padrões na geometria do ventrículo esquerdo (VE), os quais variam desde o tipo concêntrico às diversas e localizadas formas assimétricas. Esta pode determinar obstrução dinâmica do VE na região média ou na via de saída do VE. O gradiente dinâmico pode estar presente, latente ou não existir. Com a função sistólica do VE ainda normal, a função diastólica, velocidade de contração, deformidade e a perfusão miocárdica podem estar comprometidas, favorecendo um pior prognóstico. Relato do Caso: Trata-se de uma paciente de 27 anos com severa hipertrofia septal assimétrica e obstrução dinâmica latente por adequado controle clínico. A função sistólica do VE está preservada e o Doppler mitral convencional simula a normalidade havendo relação E/A=1,47. O Doppler tecidual mostra E’<A` septal, compatível com disfunção diastólica estágio II. O tempo entre o início do QRS e a incursão máxima de parede do VE ao Doppler tecidual já evidencia, através de imagens paramétricas, atraso na velocidade de contração das paredes septal e inferior. O strain bidimensional já mostra comprometimento global da deformidade miocárdica, particularmente, nas paredes septal, inferior e posterior. A avaliação direta da coronária foi obtida com facilidade mostrando um fluxo diastólico amplo e acima da média, o que poderá refletir comprometimento da reserva coronaria. Conclusão: A geometria ventricular, a função sistólica e a verificação de gradiente intraventricular são importantes na avaliação da CMH, mas novos parâmetros devem ser incorporados para uma adequada avaliação prognóstica.

Análise percentual dos pacientes com hipertensão sistólica isolada (HSI) e com hipertensão diastólica isolada (HDI) submetidos ao M.A.P.A. no Hospital do coração de Sobral. ANA CAROLINA RODRIGUES DUARTE, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, NATACHA CAMPOS ARRIAGA, IVO ANTÔNIO MENDES DE MENEZES, AURICÉLIO MAGALHÃES PONTE, REBECCA PRADO FROTA, MÁRIO RODRIGUES MAIA NETO. Universidade federal do ceará sobral CE BRASIL. Os objeitvos foram analisar o percentual de pacientes com hipertensão sistólica isolada (HSI) e diastólica isolada(HDI) submetidos ao MAPA no Hospital do coração de Sobral e, desta forma, estudar em quais faixas etárias esta e aquela são mais predominantes. Estudo retrospectivo observacional de casos foi baseado na análise dos laudos descritivos de 500 pacientes submetidos ao MAPA de maio de 2010 a maio de 2011 no Hospital do Coração de Sobral. Os exames foram divididos em faixas etárias (até 50 anos e maior que 50 anos, para os homens e até 49 anos, entre 50 e 80 anos e maior que 80 anos para mulheres) e analisados segundo o comportamento pressórico de cada paciente, não apresentando critério de exclusão. Do total de 500 pacientes analisados 147 eram do sexo masculino e 353 eram do sexo feminino. Entre os pacientes do sexo masculino foram obtidos os seguintes resultados: 18 apresentaram HDI – 12(8,12%) até 50 anos e 6(4,06%) acima de 50 anos – e 12 apresentaram HSI – 12 (8,12%) até 50 anos e zero na faixa etária acima de 50 anos. Para os pacientes do sexo femininos, obtivemos: 30 pacientes apresentaram HDI – 24(6,79%) na faixa etária abaixo dos 50 anos, 6 (1,69%) entre 50 e 80 anos e zero pacientes acima de 80 anos – e 24 apresentaram HSI – 12(3,39%) abaixo dos 50 anos, zero pacientes entre 50 e 80 anos e 12 (3,39%) acima de 80 anos. Podemos constatar que, nos pacientes do sexo masculino, aqueles que apresentaram HDI encontram-se, em grande parte, nas faixas etárias abaixo dos 50 anos e os pacientes que apresentaram HSI encontram-se também na mesma faixa etária. Ao avaliarmos os pacientes do sexo feminino com HDI podemos averiguar que há um predomínio de pacientes com idade até 80 anos, enquanto que nos pacientes que mostraram HSI , há um predomínio nos extremos de faixa etária (até 49 anos e acima de 80 anos).

Microfístulas Coronarianas: Avaliação Direta da Coronária Artéria Descendente Anterior e das Microfístulas Através da Ecocardiografia ALOYRA G GUIMARÃES, JOSE S ABREU, TEREZA C P DIOGENES, ASTRID R M SANTOS, JOSE M B MORAIS, MARÍLIA E B ABREU, NAYARA L PIMENTEL, JORDANA M SIQUEIRA, JOSE NOGUEIRA PAES JUNIOR. PRONTOCÁRDIO FORTALEZA CE BRASIL e CLINICÁRDIO FORTALEZA CE BRASIL FUNDAMENTOS: A fístula coronariana é uma patologia rara que tem etiologia congênita ou adquirida (após miectomia, trauma, biópsia endocárdica ou angioplastia). Podem ser únicas ou múltiplas formando um complexo angiomatoso, podendo a má formação comunicar-se com as diversas cavidades cardíacas ou mesmo entre as coronárias. As manifestações clínicas e as modificações dos exames complementares dependem da magnitude do roubo coronariano, havendo publicação demonstrando isquemia após eco sob estresse com dobutamina (EED). As alterações da repolarização ventricular podem ser dinâmicas, mas a acentuada inversão das ondas T no ECG é frequente. A maioria dos pacientes não tem sintoma relevante, no entanto, há relato de paciente com angina típica e com alterações do ECG submetidos à terapia trombolítica. RELATO DO CASO: Trata-se de um paciente com 64 anos, hipertenso controlado, dor torácica atípica, ECGs mostrando inversão de ondas Ts nas paredes anterior e inferior, evidenciando distintas profundidades em diferentes momentos de registro. O cateterismo realizado em 2004 diagnosticou microfístulas entre as coronárias descendente anterior e diagonal, bem como entre as coronárias e a cavidade do ventriculo esquerdo(VE). O EED realizado em 2006 foi compatível com isquemia na região apical do VE. Em avaliação recente com o paciente assintomático verificamos no ECG a persistência da extensa inversão das ondas T. O ecocardiograma denotou HVE discreta, contração segmentar de repouso normal e função diastólica normal pelo Doppler convencional e tecidual do anel mitral. De grande valor adicional foi a avaliação direta das coronárias pela dopplerecocardiografia, permitindo a verificação do fluxo na artéria descendente anterior e de múltiplos registros das microfístulas. A ecocardiografia pode sugerir o diagnóstico de microfístulas coronarianas em casos selecionados.

Telecardiologia no Ceará GLAUBER GEAN DE VASCONCELOS, ANDRÉ LUIS C. ABREU, JACKSON BATISTA GADELHA, ANE KAROLINE MEDINA NERI, LUIZ ROBERTO DE OLIVEIRA. Nucleo de Tecnologias e Educação à Distancia em Saúde da UFC Fortaleza CE BRASIL. INTRODUÇÃO:O Ceará apresenta baixa infra-estrutura para dar suporte aos pacientes cardiopatas ocorrendo uma concentração nos serviços de cardiologia dos grandes centros urbanos, tornandose difícil o acesso dos habitantes de cidades pequenas a métodos diagnósticos simples, como o eletrocardiograma. Desta forma, existe a necessidade de um suporte adequado a estes pacientes. Aplicando os princípios do SUS foi iniciado Telecardiologia no Núcleo de Telessaúde da Universidade Federal do Ceará (UFC). OBJETIVO: A telecardiologia do Ceará se propõem a fornecer uma assistência de qualidade aos médicos da atenção primária quanto à leitura de eletrocardiogramas (ECGs), e orientação de conduta em casos de pacientes cardiopatas, diminuindo, desta forma, o número de encaminhamentos desnecessários. RESULTADO E DISCUSSÃO:A implantação do sistema de plantão na telecardiologia/UFC iniciou em junho de 2010, e durante o período de junho/2010 à maio/2011 forma laudados 18437 ECGs e realizado segunda opnião formativa de 1290 teleconsultas. Os ECGs encaminhados são classificados como urgentes ou não-urgentes, desta forma o cardiologista que lauda um ECG de urgência entra em contato com o médico do paciente que enviou o exame para uma segunda opinião formativa, e estabelecendo uma priorização dos encaminhamentos de casos complexos. A telecardiologia promove capacitações onlines aos médicos dos municípios cadastrados, abordando temas da cardiologia clínica. Realizou um curso teórico-prático sobre análises eletrocardiográficas aos estudantes da faculdade de medicina/ UFC utilizando-se de dispositivos da tecnologia da informação, com recursos da internet. Atualmente, transmitimos por vídeo-conferencia todas as sessões da cardiologia/UFC. CONCLUSÃO:As aplicações em saúde das tecnologias da informação e telecomunicações abrangem uma ampla e crescente área que utiliza os recursos de várias disciplinas para melhorar a eficácia e a eficiência dos processos de saúde. Desse modo, a incorporação desses novos recursos na cardiologia e nos aponta para um importante avanço: a redução dos empecilhos causados pela distância no atendimento do serviço público.

Perfil epidemiológico de portadores de hipertensão e de diabetes mellitus da cidade de Cajazeiras – Paraíba e o papel da atenção primária. SALES, N M B, BATISTA, OTAVIO M J, PINHEIRO, T M G. Universidade Federal de Campina Grande campus Cajazeiras Cajazeiras PB BRASIL. Objetivo: Verificar o perfil epidemiológico de pacientes hipertensos e diabéticos da população de Cajazeiras - Paraíba. Delineamento: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa. Material: A amostra estudada neste trabalho corresponde a pacientes hipertensos e diabéticos da cidade de Cajazeiras, estado da Paraíba. Métodos: Os dados utilizados foram obtidos através do Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos, o HIPERDIA, disponível no site do DATASUS, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2010. Resultados: No período analisado, observou-se que 1.796 pessoas foram cadastradas como hipertensas. Destas, 27,28% (490) eram portadoras, também, de diabetes mellitus. Percebeu-se que mais de 68% dos pacientes hipertensos e diabéticos eram mulheres, enquanto que 31,84% eram do sexo masculino. Com relação à faixa etária, em todas elas (até 19 anos, de 20-29 anos, 30-39 anos, 40-49 anos, 50-59 anos, 60-69 anos, 70-79 anos e acima de 80 anos) observou-se maior prevalência da população feminina. A faixa entre 60-69 anos foi a que mais apresentou portadores de ambas as doenças, 28.57%, seguida da faixa de 70-79 anos, com 23,87%. A maior porcentagem de portadores mulheres foi encontrada, entretanto, nas pessoas acima de 80 anos. Em todo o estado da Paraíba, nesse mesmo período, foram cadastrados 60.997 hipertensos e diabéticos, sendo que 43.035 (70,5%) eram mulheres. Conclusão: Assim como no estado da Paraíba, a prevalência de pessoas diabéticas e hipertensas na cidade de Cajazeiras é maior no sexo feminino, sendo mais frequente na faixa entre 60 e 79 anos. Tal dado, entretanto, não pode ser analisado de forma isolada, pois se sabe que as mulheres procuram mais os serviços de saúde do que os homens. Assim, a relevância desse trabalho se dá por servir de alerta acerca da necessidade da Atenção Primária de desenvolver atividades de promoção e prevenção junto à população feminina, bem como de atuar de forma mais enérgica junto à população masculina, em conformidade com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. O intuito, portanto, é reduzir as taxas de morbi-mortalidade por doenças cardiovasculares e metabólicas, em especial quando se tem a correlação hipertensão/diabetes.

Implante de prótese PREMERE para fechamento de forame oval pérvio: relato de caso CLAUDIA CIARLINI MARTINS, EDUARDO DE OLIVEIRA RAMALHO, LUCAS DE ARAUJO AQUINO, JOSÉ VICTOR GOMES COSTA, ANTONIO AUGUSTO GUIMARAES LIMA. Universidade Federal do Ceará Fortaleza CE BRASIL. Introdução: O forame oval patente está presente em 27% a 30% da população, apresentando evolução benigna na maioria dos casos, porém pode estar relacionado a eventos embólicos cerebrais, como ataque isquêmico transitório, acidente vascular cerebral criptogênico e enxaqueca com aura. A prótese PREMERE foi especialmente desenvolvida para a oclusão do forame oval patente, sendo amplamente utilizada nos países europeus. Obteve aprovação para uso rotineiro no Brasil há cerca de três anos, sendo esta a primeira experiência com a prótese no estado do Ceará. Objetivo: Relatar o primeiro caso no Ceará de oclusão percutânea do forame oval patente com a prótese PREMERE. Delineamento: Relato de caso. Relato do Caso: Paciente masculino, 46 anos, previamente hígido quando iniciou, há 6 meses, quadro clínico de tontura, cefaléia e alguns episódios de ausência. Não apresentou déficit motor. Nega HAS, DM, tabagismo ou dislipidemia. Ressonância Magnética de Crânio evidenciou cicatrizes pequenas de acidente vascular cerebral. Ecocardiograma transesofágico revelou forame oval pérvio com shunt direita-esquerda. Doppler transcraniano com bolhas mostrou-se positivo. Provas laboratoriais de trombofilia negativas. Submetido a implante de prótese PREMERE (St. Jude Medical Brasil) com sucesso. Conclusão: O primeiro implante percutâneo da prótese PREMERE para fechamento do forame oval pérvio no Ceará foi realizado com sucesso.

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Temas Livres em Pôsteres

COMPLICAÇÕES no pós-operatório cardíaco em idoso ALINE PORTELA BERNARDES, LAÍS REGINA SOUSA GUEDES, ELINE FREITAS HOLANDA, IVALDIANA VASCONCELOS MEDEIROS, SWYANNE LEITÃO NOBRE, ANA PAULA ALMEIDA DIAS DA SILVA, ROCICLEIA FONSECA DE ABREU. UNIVERSIDADE DE FORTALEZA FORTALEZA CE BRASIL. OBJETIVO:O presente visa apresentar as complicações pós-operatória de cirurgia cardíaca no idoso e os cuidados de enfermagem para garantir uma recuperação segura.DELINIAMENTO:A pesquisa é uma revisão de literatura, sendo realizado um estudo exploratório e descritivo.MATERIAL:Foram consultados bancos de dados “on-line”: SCIELO, LILACS e BIRENE.Foi utilizada literatura especializada, através de artigos indexados sobre o tema que abordassem:as complicações no pós- operatório cardíaco em idosos.MÉTODOS: Foram utilizamos 8 artigos inicialmente, pesquisados em junho de 2011.A pesquisa abrangiu artigos de2003 a 2008.5 artigos foram eliminados por abordarem complicações cardíacas em geral, não especificando as complicações no pós-operatório cardíaco no idoso.RESULTADOS:As complicações no pós-operatório mais comum de surgirem são:NEUROLÓGICAS:Podem ocorrer alterações na parte cognitiva, ou psicológica que aparecem precocemente após a cirurgia.Complicações mais sérias como AVE, ou acidentes isquêmicos.(REIS; BARBIERO; RIBAS, 2008)PULMONARES:É referida pela incapacidade de retirar o paciente da respiração artificial, a presença de SARS, embolia pulmonar, atalectasia, importante e persistente.(VASCONCELOS; CARMONA; AULER, 2004) CIRCULATÓRIAS:Disritmias são muito freqüentes na população idosa. Infarto Agudo do Miocárdio, fatores de risco como diabete mellitos e hipertensão arterial podem precipitar um evento isquêmico. (VASCONCELOS; CARMONA; AULER, 2004)DISTÚRBIO HEMORRÁGICO:O sangramento no pós- operatório é uma das complicações mais freqüentes.(JOÃO; FARIA, 2003)INSUFICIÊNCIA RENAL:Os pacientes que passam por uma cirurgia cardíaca têm o fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular diminuído.(VASCONCELOS; CARMONA; AULER, 2004)INFECÇÕES: O risco de desenvolvimento de infecção séria na população idosa aumenta devido alterações relacionadas ao avanço da idade. (VASCONCELOS; CARMONA; AULER, 2004).CONCLUSÕES:As cirurgias cardíacas em idosos geram muitas repercussões clínicas, daí a importância de uma assistência individualizada durante o pós-operatório no intuito de identificar e tratar as intercorrências para garantir o restabelecimento do indivíduo.

Análise crítica das solicitações de ecocardiograma no período de agosto 2008 a janeiro 2011 de unidades primárias de saúde do município de Fortaleza. SANDRA NÍVEA DOS REIS SARAIVA FALCÃO, JOAO LUIZ DE A.A. FALCAO, JÚLIA ALENCAR DE ANDRADE AQUINO, LUZIA LAYLA RODRIGUES CARNEIRO, ANDERSON IESUS BRAGA SALES, JARINA RAFAELA RODRIGUES DE AQUINO LEMOS, SUSIANE SILVEIRA MAGALHÃES. Universidade de Fortaleza Fortaleza CE BRASIL. Introdução: O ecocardiograma (ECO) é um dos exames complementares mais solicitados na cardiologia. A despeito do valoroso papel da ecocardiografia na prática clínica, a falta de critérios nas solicitações tem gerado filas de espera excessivas e onerado o sistema de saúde. O preenchimento incompleto nas solicitações de exames dificulta a integração com a clínica e diminui acurácia dos mesmos. Pouco se conhece da real demanda de ECO no sistema único de saúde e como seria possível otimizar as informações obtidas. Objetivos: Avaliar o perfil das solicitações de ecocardiograma em uma unidade primária de saúde. Metodologia: Foi realizada a análise das solicitações de ecocardiograma provenientes das unidades primárias de saúde de área do município de Fortaleza no período de 24 meses. O perfil epidemiológico dos pacientes foi analisado e catalogado a justificativa para solicitação do exame. Resultados: Um total de 382 solicitações foi analisado. A maioria dos pacientes era do sexo feminino e idade média foi de 56anos. Cerca de 26% das solicitações não apresentavam justificativa para realização do exame, estando o restante das justificativas (74%) de acordo com as indicações determinadas na diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia publicada em 2009. A causa mais freqüente de solicitação do exame foi hipertensão arterial (35% das solicitações), seguida por dispnéia (10%) e doença valvar (8%). O tempo médio da solicitação a realização do exame foi de 60dias. Conclusões: Um grande número de exames é solicitado sem justificativa no sistema único de saúde, dificultado a integração clínica e possivelmente contribuindo para a demanda excessiva de exames, entretanto a maioria dos exames é requerido de forma coerente e de acordo as diretrizes atuais.

INFECÇÃO pós-transplante cardíaco ALINE PORTELA BERNARDES, LAÍS R S GUEDES, IVALDIANA V MEDEIROS, ELINE F HOLANDA, ANA P A D SILVA. UNIVERSIDADE DE FORTALEZA FORTALEZA CE BRASIL. OBJETIVO: O presente estudo visa esclarecer a relação que há entre o transplante cardíaco e a alta incidência de infecções no pós-transplante cardíaco e a aplicação de intervenções de enfermagem para diminuir as infecções.DELINEAMENTO: A pesquisa é uma revisão de literatura, sendo realizado um estudo exploratório e descritivo. MATERIAL: Foi consultado bancos de dados “on-line”: SCIELO, LILACS e BIRENE. Foi utilizada literatura especializada, através de artigos indexados sobre o tema que abordassem: a relação que há entre o transplante cardíaco e a alta incidência de infecções no pós-operatório cardíaco. MÉTODOS:Foram utilizamos 6 artigos inicialmente,pesquisados em junho de 2011, a pesquisa abrangiu artigos de 2001 a 2009. 2 artigos foram eliminados por não abordarem especificamente a relação que existe entre a alta incidência de infecções no pós-transplante cardíaco. RESULTADOS: Apesar de todo o aprimoramento, a infecção permanece sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade após transplante cardíaco. Tal fato ocorre devido ao tratamento imunossupressor que, embora seja essencial para a sobrevivência dos pacientes operados gera um comprometimento das defesas imunológicas do organismo. (COLTO.et.al,2001).A distribuição da incidência dos processos infecciosos acompanha a curva de rejeição, sendo mais freqüentes e mais graves nos primeiros meses após o transplante.(FORELLI; OLIVEIRA;STOLF,2009)As infecções bacterianas são mais freqüentes no primeiro mês depois do transplante, as virais têm um pico de incidência a partir do segundo mês, às infecções fúngicas ocorrem nos dois primeiros meses e as parasitárias entre o quarto e sexto mês. (BARROSO et al, 2002).As intervenções de enfermagem no cuidar:Observar e registrar a presença de sinais flogísticos em locais de punções, drenos, incisões, sondas.Trocar equipo a cada 24 hs. Trocar locais de punção periférica a cada 72 hs. Utilizar EPI´s durante o tratamento.CONCLUSÃO: No pós-transplante cardíaco há uma alta incidência de infecção que pode ser explicada pela administração de imunossupressores e outros fatores influenciam no aparecimento de infecção como: as condições clínicas do paciente, a permanência no hospital, as técnicas realizadas na cirurgia.

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Síndrome do pânico como causa de dispnéia isolada LUCAS DE ARAUJO AQUINO, JOSÉ VICTOR GOMES COSTA, CLAUDIA CIARLINI MARTINS, EDUARDO DE OLIVEIRA RAMALHO, ANTONIO AUGUSTO GUIMARAES LIMA. Universidade Federal do Ceará Fortaleza CE BRASIL. Introdução: A síndrome do Pânico se caracteriza por repetidos ataques de ansiedade, com presença de sintomas como palpitações, dispnéia, náusea, dor torácica e sudorese. Embora seja um distúrbio psiquiátrico, seus sintomas físicos normalmente levam o paciente a procurar inicialmente um serviço de cardiologia. Objetivo: Relatar caso de um paciente com queixas de dispnéia e diagnóstico de síndrome do pânico. Delineamento: Relato de Caso Relato do Caso: Paciente masculino procurou ambulatório de Cardiologia com dispnéia importante a esclarecer e com tomografia computadorizada do tórax com nódulo pulmonar. Relatava que há 4 meses teve início dispnéia de repouso, à noite, de forte intensidade, que o obrigava a levantar da cama e andar pela casa, com algumas entradas no serviço de emergência de sua cidade. Negava dor torácica, edema de membros inferiores. A avaliação em dois serviços não detectou outras alterações, com exceção de nódulo pulmonar. Ecocardiograma com fração de ejeção do VE normal. Exame físico normal. Durante a anamnese, paciente relatou que durante a manhã, como mora distante da cidade (4 km), percorria de bicicleta todo este percurso sem dispnéia. Paciente realizou nova TC e foi demonstrado um granuloma benigno. Com os achados de dispnéia noturna isolada sem dispnéia aos esforços ou dor torácica, o paciente foi diagnosticado com síndrome do pânico. Medicado com fluoxetina 20 mg/ dia. Voltou para nova consulta assintomático. Conclusão: A síndrome do Pânico deve ser pensada como diagnóstico diferencial em pacientes com dispnéia isolada sem outros achados ao exame físico.

Correção cirúrgica de aneurisma de aorta torácica ascendente, crossa e descendente de etiologia luética com reimplante de vasos da base EDUARDO DE OLIVEIRA RAMALHO, CLAUDIA CIARLINI MARTINS, LUCAS DE ARAUJO AQUINO, JOSÉ VICTOR GOMES COSTA, ANTONIO AUGUSTO GUIMARAES LIMA, JOSE HONORIO DE ALMEIDA PALMA DA FONSECA. Universidade Federal do Ceará Fortaleza CE BRASIL e Escola Paulista de Medicina São Paulo SP BRASIL Objetivo: A sífilis é uma infecção sistêmica causada pela bactéria Treponema pallidum. Manifestações cardiovasculares dessa doença correspondem a manifestações tardias do seu estágio terciário, como aortite, insuficiência cardíaca e aneurisma sacular. O objetivo deste trabalho é relatar uma apresentação incomum nos dias atuais de sífilis em estágio terciário na qual foi necessário a correção cirúrgica do aneurisma de aorta torácica ascendente e descendente e crossa da aorta com reimplante das artérias da base. Delineamento: Relato de caso. Relato de caso: M.S., sexo masculino, 61 anos, assintomático, portador de Hipertensão Arterial Sistêmica discreta, quando, na realização de uma radiografia de tórax de rotina eletiva, evidenciou-se um aneurisma de aorta torácica de grandes proporções, sendo confirmado por Tomografia Computadorizada de tórax. O aneurisma era localizado na aorta ascendente, crossa da aorta e aorta torácica descendente, com diâmetro maior que 8,2mm. Ecocardiograma mostrou ventrículo esquerdo normal e valva aorta e tricúspide normal (sem insuficiência). Exames laboratoriais com VDRL e FTA-ABS positivos. Cateterismo cardíaco com coronárias normais. Submetido a implante de prótese de Dacron na aorta ascendente e crossa da aorta com reimplante das artérias de base (tronco braquiocefálico, carótida esquerda e subclávia, seguido de implante de 2 stents na aorta torácica descendente. Posteriormente foi submetido a implante de um novo stent na aorta torácica descendente por via femural, com sucesso. Apresentou boa recuperação clínica e neurológica e sem nenhum déficit motor ou isquemia em outras órgãos. Conclusões: A intervenção cirúrgica para correção de aneurisma sifilítico extenso com reimplante dos vasos da base realizada mostrou-se útil para reverter o quadro do paciente. A etiologia sifilítica deve sempre ser considerada em pacientes com quadro de aneurisma, apesar de encontrar-se cada vez menos frequente.

Sindrome paraneoplasica como causa de insuficiência tricuspide isolada: relato de caso JOAO LUIZ DE A.A. FALCAO, SANDRA NÍVEA DOS REIS SARAIVA FALCÃO. Universidade de Fortaleza Fortaleza CE BRASIL. Introdução: A síndrome paraneoplasica é uma das causas de insuficiência tricúspide isolada ocasionada por retração do aparato subvalvar secundário a processo inflamatório local. O conhecimento dessa entidade é importante devido a possibilidade de frente a refluxo tricuspideo, sem causa aparente, a investigação de neoplasia oculta. Relato de Caso: Paciente masculino, 67anos, foi encaminhado ao ambulatório de cardiologia para avaliação de episódios de dispnéia, dor precordial e taquicardia iniciado há 6 meses. Ao exame físico apresentava sopro sistólico em foco tricúspide. Realizou ecocardiograma transtorácico que revelou valva tricúspide sem alterações anatômicas, mas com refluxo importante secundário a retração das cordoalhas tendineas e ausência de hipertensão pulmonar. O resultado do ecocardiograma motivou investigação da etiologia da insuficiência tricúspide, realizando-se cateterismo direito para medidas de pressões pulmonares que foram normais. Frente aos achados, a hipótese de síndrome carcinoide foi considerada e o protocolo de investigação para neoplasia foi realizado com identificação de nódulos hepáticos revelando a biopsia neoplasia indiferenciada. Conclusões: O detalhamento anatômico nos exame ecocardiográficos é de extrema importância, pois permite ao clínico atento uma melhora avaliação diagnóstica. O ecocardiografista deve atentar para possibilidade das diversas etiologias para refluxo tricúspide, objetivando através de criteriosa análise fornecer ferramentas a orientar a investigação clínica.


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