BP Novembro 2011

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Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 53 nº 684 – Novembro de 2011

Fazer o bem, faz bem

Ação social é realizada no Paraguai e na Missão Caiuá, na Aldeia Indígena Sassoró

JMC inaugura Centro de Missões O objetivo é promover a reflexão sobre a ação missionária contemporânea e a realização de encontros. Página 15

Páginas 8 e 9

Lidando com o Estresse

A Tirania do Urge

nte

A presidente da Ass ociação de Capelania Evangé lica, Eleny Vassão, fala sobre o assunto Página 4


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EDITORIAL

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Lições luteranas

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ão, eu não me refiro à instituição resultante do trabalho de Martinho Lutero e da pulverização do movimento reformado em uma miríade de denominações. Mais particularmente, refirome mesmo é às lições ensinadas pelo próprio Reformador, a partir de sua descoberta de que é pela fé que o justo viverá. Como sabemos, ocorreu uma enorme e profunda transformação na vida daquele monge. Ele descobriu que não precisava mais viver aterrorizado pela lembrança da justiça de Deus, porque aprendeu que ela se manifestava de modo gracioso e libertador no evangelho que ele abraçou pela fé. Isso sabemos, mas talvez certo efeito que essa descoberta produziu nele não nos tenha chamado tanto a atenção. Martinho Lutero compreendeu que a prática religiosa

e de toda a vida deveria ser regida por aquela verdade. A prática da Igreja e a prática de cada um. Por isso ele tratou de praticar a proclamação. Suas 95 declarações, que passaram para a História com o nome de “95 Teses”, foram afixadas na porta da Igreja de Wittenberg no dia 31 de outubro de 1517, véspera do concorridíssimo feriado religioso de 1 de novembro, dia de Todos os Santos no calendário católico. Todos deveriam ser informados. Todos tinham de ficar sabendo. Alguém aí está sugerindo que este editorial está um mês atrasado? Não está atrasado. A proclamação que foi historicamente considerada o estopim da Reforma foi também, e por isso mesmo, o início de um enorme e significativo trabalho de divulgação e de instrução, inseparável da Reforma e con-

Ano 53, nº 684 Novembro de 2011

dição para ela. Até ali a novíssima invenção de Gutenberg não tivera tanto e tão nobre uso. O cartaz com as teses foi despregado da porta de Wittenberg, impresso, copiado e enviado a toda parte. O povo de Wittenberg ficou sabendo? A Europa ficou sabendo. O mundo ficou sabendo! Ser Reformados hoje não significa, porém, voltarmos a Lutero ou Calvino. Significa, isso sim, como eles, voltar às Escrituras. A lição transmitida pelo zelo proclamador de Lutero nos inspira, mas voltamos às palavras de Jesus em Mateus 28.19: “... fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”, e em Atos 1.8: “... sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a

Judéia e Samaria e até aos confins da terra”. Isso não é ocupação apenas para o mês de agosto ou de outubro de cada ano, mas para o ano todo e a vida inteira, porque há muitos a serem alcançados – todas as etnias existentes – e há muito a ser transmitido – “todas as coisas que vos tenho ordenado”. O BP tem se dedicado a mostrar a IPB em ação, mas não deixamos de nos inquietar por conta de tantos que ainda não ouviram o testemunho cristão, por conta de enormes áreas que ainda não foram ocupadas por uma IP local que anuncie ali regularmente e a todos que “o justo viverá pela fé”. Vamos aprender essa lição animados pela promessa de Jesus: “...recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo” e “...eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”.

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Aristides Neto Impressão Folhagráfica


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FAMÍLIAS PRESBITERIANAS DO BRASIL

Família Castro Ferreira Alderi Souza de Matos

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patriarca dessa antiga família presbiteriana do Triângulo Mineiro foi o Sr. Cândido Álvares Ferreira (1882-1949), da localidade de Serra do Salitre. Esse comerciante e fazendeiro conheceu o evangelho em 1907, mediante a leitura do Novo Testamento e contatos com o missionário Robert Daffin. Sua esposa, Sebastiana de Castro, foi a primeira a ser recebida por profissão de fé, em 31 de julho de 1909, pelo Rev. Alberto Zanon. O marido só deu esse passo quatro anos mais tarde, em julho de 1913, após deixar o vício da bebida. De origem humilde, Cândido foi autodidata e talentoso poeta. Deu muitas contribuições importantes para sua pequena cidade e foi o esteio da congregação presbiteriana local, para a qual construiu um bonito templo. Sebastiana faleceu em 1915, com apenas 27 anos. Foi mãe de Amador, Orlando, Sólon e Wilson, todos batizados pelo Rev. Zanon. Com a segunda esposa, sua prima Clarice de Castro Ferreira, Cândido teve outros dez filhos: Abigail, Saulo, Raquel, Hulda, Sara, Selomi, Jônatas, Daniel, Hesli e Cândido Filho. Dois filhos se tornaram conhecidos pastores: Wilson Castro Ferreira e Saulo de Castro Ferreira. Wilson Castro Ferreira

Rev. Josué Alves Ferreira e Barnabé Candido Alvares Ferreira e família - Wilson e Saulo são os dois pequenos a diretia

(1913-2007), filho mais novo do primeiro casamento, cursou o Instituto José Manoel da Conceição e o Seminário de Campinas, sendo ordenado pelo Presbitério de São Paulo em 31 de janeiro de 1943. Exerceu o ministério em Araguari, Patos de Minas, São Caetano do Sul (Igreja Filadélfia), Newark (Igreja St. Paul’s), Uberlândia, Goiânia, Taubaté, Jandira, Perus, Bauru, Sorocaba (Igreja do Calvário) e Elias Fausto. Fundou o Instituto Presbiteriano de Educação (Ipê), em Goiânia, e foi professor e diretor do Instituto JMC (195461) em Jandira, SP. Foi Secretário Executivo do Supremo Concílio (196267), diretor do Instituto Presbiteriano Nacional de Educação (Brasília), professor do Seminário de Campinas (1969-80) e fundador e diretor executivo de Luz Para o Caminho (1976-80). Fez curso de

mestrado em teologia sistemática no Seminário Union (Richmond), pósgraduação em missões e antropologia no Seminário Fuller (Pasadena) e foi professor visitante no Calvin Seminary (Grand Rapids). Foi jubilado pelo Presbitério de Itu em dezembro de 1986, na igreja do Calvário (Sorocaba), e faleceu no dia 10 de março de 2007, com quase 94 anos. Era casado com Maria Amaral Ferreira, falecida em 1998, com quem teve dois filhos: Wilson Júnior e Ricardo. Publicou, entre outros, os livros Esboço de teologia bíblica; Mensagens de luz; Calvino, vida, influência e teologia; Pequena história da Missão Oeste do Brasil; Ainda floresce a jabuticabeira; Se não fosse o Senhor e Éramos dois. Saulo de Castro Ferreira (1918-2005) estudou no Instituto Bíblico Eduardo Lane e no Instituto JMC, ingressando a seguir no Seminário de Campinas, onde se formou em 1950. Depois de trabalhar por

Rev. Saulo de Castro Ferreira

breve tempo em Ribeirão Preto e Alfenas, foi ordenado pelo Presbitério de São João da Boa Vista em 20 de janeiro de 1952. Transferindo-se para Patrocínio, foi membro fundador do Presbitério do Triângulo Mineiro. Além de pastorear a igreja local e suas congregações, lecionou hermenêutica e história da igreja no Ibel. Construiu os templos de Patrocínio e da Igreja Getsêmani, em Esmeril. Em 1974, transferiuse para o Presbitério de Goiânia, assumindo o pastorado da igreja central de Anápolis. Foi membro fundador do Presbitério de Anápolis, em 1977. De 1981 a 1992, atuou como capelão em tempo integral no Hospital Evangélico Goiano. Faleceu no dia 10 de maio de 2005, aos 87 anos. Foi casado com Maria do Carmo Lacerda de Castro, de Alfenas, com quem teve os filhos Neander, Míriam, Júnia e Maria de Betânia. Deixou um livro de poemas e sermões, Tesouros em Vasos

Rev. Wilson Castro Ferreira

de Barro. O Rev. Josué Alves Ferreira, nascido em Patrocínio em 1959, é sobrinho dos Revs. Wilson e Saulo. Após trabalhar como evangelista em Tocantins, estudou no Seminário do Norte e foi ordenado em 1988. Exerceu o ministério no Triângulo Mineiro e na 1ª Igreja de Belo Horizonte. Foi capelão do Instituto Presbiteriano Mackenzie (1997-2010) e exerceu por doze anos a função de Secretário Geral da Infância (1994-2006). Tornou-se conhecido por utilizar o boneco Barnabé para evangelizar crianças e adultos. Atualmente está criando em Serra do Salitre um projeto educacional, o “Sítio do Barnabé”. Muitos outros membros da família Castro Ferreira servem a Cristo em diversas igrejas ao redor do país. O Rev. Alderi Souza de Matos é pastor presbiteriano e historiador oficial da IPB. asdm@mackenzie.com.br


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ARTIGO

Lidando com o Estresse - A Tirania do Urgente Eleny Vassão

“– Ô

vó, quando você vai fazer aqueles desenhos para nós pintarmos? Você prometeu para mim um urso panda, e para o meu irmão um carro!” Mais uma vez, minha netinha de 5 anos conseguia arrancar-me das minhas correrias, compromissos importantes, planejamento de grandes eventos, para lembrar-me que lidar com as pessoas é mais importante do que correr atrás de coisas aparentemente grandes e urgentes. As pessoas são importantes, mas as coisas urgentes nem sempre o são. Mas, se não tomarmos cuidado, elas clamarão pela nossa atenção, escravizando-nos, absorvendo-nos, interrompendo-nos em nossos afazeres diários e tirando a nossa atenção daquilo que realmente importa: neste caso, cumprir uma promessa feita aos meus netinhos. Um simples desenho, que lhes diz que eles me são realmente importantes. Simples desenhos, pequenos detalhes, mas com grande significado. É interessante como Deus usa as coisas pequenas do dia a dia para chamar a nossa atenção para coisas muito importantes. Marta e Maria, duas

irmãs tão queridas de Jesus, ilustram bem essa diferença entre o urgente e o importante (ver Lc 10.38-42). Entre deixar-se consumir pelo ativismo, ou parar para dar ouvidos ao Senhor, para então agir de maneira a produzir frutos duradouros.

Será que não estamos tão preocupados com os nossos próprios conceitos e valores, cheios de perfeccionismo e, confiando demais em nós mesmos e em nossa própria capacidade em agradar ao Senhor, nos esquecemos de nos aquietarmos aos

so homem de Deus estava morrendo, num leito de hospital. Minha equipe de capelania e eu o acompanháramos em suas muitas internações. Sentando-me junto ao seu leito, perguntei-lhe: “Samuel, como você está enfrentando esta situa-

Quanto temos procurado “impressionar ao Senhor” com as nossas atividades, feitas em seu nome, em sua igreja, para o seu povo? Será que podemos convencê-lo de que estamos realmente envolvidos na proclamação do seu reino, para a sua glória? Então por que estamos descontentes e tão esgotados?

pés dele para perguntarlhe o que, para ele é realmente o mais importante? Foi uma grande lição, para mim, poder conversar com Samuel, o missionário que há anos trabalhava na Colômbia. Depois de muitas predições e decretos de cura para o seu câncer, quimioterapias, cirurgias e os tratamentos mais modernos, aquele precio-

ção? Como está sua cabeça diante de sua esposa e filhos tão pequenos? Como você está diante de sua missão, tendo plantado tantas igrejas em território tão hostil?” Pensando profundamente, ele me respondeu: “Minha amiga, eu sou do Senhor, e ele sabe o que faz. Pelos meus planos, eu gostaria de ficar aqui, criar

os meus filhos, gozar da companhia da minha esposa, voltar para o campo, plantar novas igrejas... Mas o campo é do Senhor, e eu também. Ele sabe o que faz. Neste tempo de sofrimento, tenho olhado para cima, me aquietado no colo do Senhor, e desenvolvido um relacionamento tão íntimo com ele, que só seria possível continuar na eternidade.” Samuel estava, como Maria, assentado aos pés de Jesus. Não podia mais correr, planejar, fazer. Mas podia sentir a beleza do relacionamento que lhe trouxe paz e alegria até o último momento de sua vida. Ele descobriu o que é realmente importante. Seu testemunho mudo, sua reação diante da morte, gritou nos ouvidos da equipe de saúde. Em sua morte, sem pregações, talvez Samuel tenha falado mais de Cristo, produzido mais frutos, do que em toda a sua vida. Oro ao Senhor para que ele mesmo nos ensine a nos aquietarmos aos seus pés, darmos ouvidos à sua voz. Isso é o mais importante! ... Agora, vou fazer os desenhos para os meus netos! Eleny Vassão de Paula Aitken é missionária-capelã da Igreja Presbiteriana do Brasil e presidente da Associação de Capelania Evangélica Hospitalar.


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ARTIGO

Deus muda seus planos? Leandro Antonio de Lima

A

maioria das religiões crê num Deus que muda de acordo com as situações. Será que Deus é como os homens, sujeito a derrotas e fracassos? Será que um dia acorda bem humorado outro mal humorado? Será que ele tem um temperamento instável como o nosso? Ou será que Deus é sempre o mesmo, nada lhe afeta, nada o faz retroceder? A doutrina da imutabilidade de Deus é uma das mais importantes para a fé cristã. Crer num Deus imutável é fundamental para que se mantenha um sistema racional de fé e coerência bíblica. Deus, em sua essência, jamais sofreu ou sofrerá qualquer mutação. Esse é um conceito necessário. É absolutamente necessário que um ser perfeito seja imutável, pois mudança necessariamente pressupõe imperfeição. Se Deus mudasse algo em sua essência, teria que mudar para melhor ou para pior. Se mudasse para pior estaria se tornando menos perfeito, e se mudasse para melhor significaria que ainda não era perfeito. Por esse motivo não podemos imaginar qualquer espécie de mudança essencial no ser de Deus, e nem precisamos, pois a Escritura é farta em afirmações a respeito da imutabilidade dele. O salmista diz: “Eles perecerão, mas tu permaneces; todos eles envelhecerão como um vestido, como roupa os mudarás, e serão mudados. Tu, porém, és sempre o mesmo, e os teus anos jamais terão fim” (Sl 102.26-27). O próprio Deus fala por meio de Isaías: “Dá-me ouvidos, ó Jacó, e tu,

ó Israel, a quem chamei; eu sou o mesmo, sou o primeiro e também o último” (Is 48.12). Deus está chamando o povo a confiar nele por causa de sua eternidade e imutabilidade. A Escritura afirma que Deus é o “pai das luzes, em quem não pode haver variação nem sombra de mudança” (Tg 1.17). No ser de Deus não existe a possibilidade de mudança. Não é tão difícil aceitar que Deus seja imutável em seu Ser, mas e com relação ao seu modo de agir? Será que ele nunca muda de planos ou atitudes? Existe uma teoria cada vez mais aceita entre os evangélicos de que Deus não conhece o futuro. É o teísmo aberto. Essa teoria diz que a onisciência de Deus alcança apenas o passado e o presente, mas não o futuro, porque o futuro simplesmente não existe. O futuro estaria totalmente aberto, e Deus e os homens construiriam o futuro num constante ritmo de adaptações e inovações. Como o homem frequentemente frustra a vontade de Deus, Deus precisaria buscar novas soluções. Mas se as coisas fossem realmente assim, teríamos que pensar que o futuro pode não ser como queremos e nem mesmo como Deus quer. Se nem Deus conhece o futuro, não há qualquer garantia de que o bem vencerá o mal. Graças a Escritura não precisamos mergulhar nesse mundo de incertezas. A Escritura diz que Deus conhece o futuro porque decretou o futuro. Os decretos divinos são a garantia de que a vontade de Deus finalmente prevalecerá, não a do homem, e muito menos a de Satanás. Aquilo que Deus determinou

acontecerá exatamente como sua vontade determinou. A Escritura diz: “Se ele resolveu alguma coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja, isso ele fará” (Jó 23.13-14). Deus não precisa de improvisos ou adaptações. Esse entendimento Jó demonstrou de forma ainda mais abrangente no final do seu livro: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (Jó 42.2). Por mais que lute, o homem não consegue frustrar os planos de Deus. O salmista demonstra o mesmo entendimento ao afirmar que “o Conselho do Senhor dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações” (Sl 33.11). E comparando a fragilidade dos propósitos humanos com os divinos, o escritor de Provérbios diz: “Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do Senhor permanecerá” (Pv 19.21). Já o profeta Isaías afirma categoricamente: “Jurou o Senhor dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará” (Is 14.24), e, ainda “eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Is 46.9-10). Deus é aquele que pode anunciar as coisas antes que aconteçam, não só porque as decreta, mas porque deseja e tem o poder de realizá-las. Alguém dirá: e como ficam as várias passagens da Escritura que afirmam que Deus se arrependeu de alguma coisa que havia dito e mudou de atitude?

Alguns textos da Escritura de fato dizem que Deus se arrependeu. Gênesis 6.5-6, diz isso claramente: “Se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração”. O mesmo pode ser visto em outras passagens (Êx 32.14, Jr 18.8-10; 26.13; Jn 3.9-10; Am 7.1-3). Como conciliar essas passagens com o conceito da imutabilidade? Para começar a responder a questão, precisamos fazer uma distinção teológica. Quando dizemos que Deus é imutável não estamos querendo dizer que Deus é imóvel ou impassível. Se fosse assim, Deus não teria sentimentos, e não poderíamos atribuir amor, misericórdia, graça, ou mesmo ira a Deus. A Escritura diz que Deus tem boca, nariz, braços, coração, etc. Diz que ele inclina os ouvidos para ouvir, como se de outra forma não conseguisse. Essas seriam descrições literais de Deus? Evidentemente que são características humanas atribuídas a Deus a fim de que possamos compreendêlo melhor. É dessa forma que devemos interpretar a expressão “Deus se arrependeu”. É uma atitude de colocar em linguagem humana um sentimento que é próprio somente de Deus. Ou seja, não sabemos qual foi o teor do sentimento que Deus teve quando viu a degeneração da raça humana, mas não podemos confundir isso com o arrependimento humano, que sempre carrega a ideia de imperfeição, inabilidade ou incompetência. O arrependimento que é atribuído a Deus não representa isso, mas carrega a ideia de que o Deus que tem sentimentos, entristece-se ao ver a situação

da raça humana decaída. Está claro no texto que a situação do ser humano “pesou no coração” de Deus (Gn 6.6). O que é esse sentimento de peso no coração senão tristeza diante da situação trágica da humanidade? Se a Bíblia diz: “Deus não é homem para que se arrependa” (Nm 23.19), então, precisamos entender os textos que falam do arrependimento de Deus, como se referindo a um arrependimento diferente daquele que o homem sente. Isso precisa ficar bem claro, pois em Deus não há falhas. Ele não precisa lamentar por não conseguir realizar algum plano. Ele jamais poderá ser acusado de não ter planejado ou previsto as dificuldades, como é comum no ser humano. Ele não muda, porém tem sentimentos. Concluímos, portanto, que Deus é uma Rocha Eterna que nunca muda. Ele se relaciona com o ser humano e se faz conhecido na linguagem do ser humano. Seus sentimentos não são artificiais ou forjados, mas puros, sinceros e perfeitos. O futuro existe para Deus e não está aberto. Ele é tão certo e definitivo quanto o passado. Se Deus mudasse seus planos, ou melhor, se algo forçasse Deus a mudar seus planos, como um incompetente construtor precisa a cada momento consertar os erros cometidos, não teríamos garantias de que as promessas que estão na Bíblia de fato aconteceriam É certo que não precisamos ter medo disso, e o motivo não é outro senão que Deus é imutável. O Rev. Leandro Antonio de Lima é pastor da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro – São Paulo (SP) e membro do Conselho Editorial do BP.


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PREPARAÇÃO

Projeto de Ensino, Capacitação e Mobilização N

o ano de 2.000 em ampliação da atuação da JME (Junta de Missões Estrangeiras), foi instituída a APMT (Agência Presbiteriana de Missões Transculturais), trazendo alterações. A JME abrangia a atuação missionária no estrangeiro e a APMT abrange os campos transculturais dentro e fora do Brasil. Trouxe acompanhamento e direcionamento logístico abrangente para as demandas no envio missionário. Consequentemente, trouxe ampliação do quadro de missionários transculturais da IPB, inclusive com a migração de muitos presbiterianos que atuavam por meio de outras agências. Hoje totalizam 130 missionários em 25 países. Para aproximar a atuação e o relacionamento entre missionários, igrejas e agências missionárias, a APMT passou a oferecer um curso de capacitação. No início do trabalho foi realizado um levantamento na APMT a respeito do envolvimento das igrejas, por região no Brasil, no campo missionário. Constatou-se que em certas regiões havia o mínimo contato com a APMT e em outros quase nada. Foi quando a organização da Agência Presbiteriana passou a procurar formas que ajudassem a mudar esse quadro incentivando e implantando a cultura

bíblica de igrejas locais e mostrando que não se trata de uma tarefa atribuída apenas às instituições da IPB. Foi assim que surgiu o Projeto, coordenado pela Missionária Simone Alvarez, Missionária da IP de V. Bonilha, São Paulo. Simone é professora na APMT e em seminários em São Paulo das disciplinas de Missiologia e Educação Cristã. Implantado em 2010, o curso de Ensino, Capacitação e Mobilização é ministrado em três etapas que somam 10 horas de preparação. As etapas são: •Base Bíblica da Missão (Ensino); •Igreja Local e Missões e Delimitações da obra missionária contemporânea

Janeiro (Volta Redonda), Minas Gerais (Governador Valadares e Juiz de Fora), Rondônia (Porto Velho), São Paulo (São Bernardo do Campo, Guarulhos, Campinas, Paulínia e Itu). “Ficou claro que há irmãos interessados em ampliar a atuação missionária, mas lhes falta a ferramenta da oportunidade. O curso envolveu muitos jovens, líderes e pastores”, conta a coordenadora Simone. Curso realizado na IP do Jardim Ipê em São Bernardo do Campo

(Capacitação); •Conhecendo a IPB/ APMT e formação de Rede de Mobilizadores (Mobilização). O curso tem como objetivo formar igrejas conscientes e atuantes na obra

Curso realizado no Presbitério Central de Rondônia

missionária formando, também, multiplicadores deste trabalho. No período de um ano de implantação do curso totalizaram 197 participantes em diferentes regiões do país, tais como: Rio de

DESAFIOS O Curso geralmente é realizado num único dia (sábado) facilitando a locomoção dos participantes da região e dos palestrantes, mas pode ser aplicado em várias etapas, conforme a disposição da localidade. Infelizmente ocorrem algumas dificuldades para que se concretize o curso em alguns lugares, já que a igreja que recebe fica responsável pelo transporte, alimentação e hospedagem dos palestrantes. É preciso a intercessão e parceira de irmãos e igrejas investindo em todas as áreas (confecção de materiais, viagens, ferramentas necessárias), para que se alcancem as igrejas da IPB. O curso já tem agenda para o final do ano e algumas datas de 2012. Vamos juntos glorificar a Deus e ver o seu nome anunciado até os confins da terra.


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ENCASA

IP de Canoas e Força Aérea Brasileira, uma parceria em favor da família! Daniel Alves

O

Estado do Rio Grande do Sul tem o menor índice de presbiterianos em todo o país. Nas comemorações do sesquicentenário (2009) todos os presbiterianos convocados e presentes perfaziam cerca de 300 a 350 pessoas reunidas na capital Porto Alegre e contava com apenas um Presbitério (PRGS) que continha cinco igrejas. Hoje existem nove igrejas organizadas, dois Presbitérios (PRGS – Presbitério do Rio Grande do Sul e PRVS – Presbitério Vale dos Sinos) e recentemente um novo Sínodo (SSB – Sínodo Sul do Brasil) que conta com a presença do PROC – Presbitério Oeste Catarinense e, juntos, os três presbitérios coordenam cerca de 15 projetos de plantação de Igrejas do Estado. Aos poucos a realidade do sul do país tem mudado e um crescimento sadio tem sido experimentado nas terras gaúchas. Isto, graças às parcerias que a IPB tem firmado por meio de seus órgãos (PMC e JMN) com a Igreja Holandesa e outras Igrejas Presbiterianas de nosso país que têm abraçado esta causa. Há cerca de três anos uma nova parceria foi estabelecida e tem agregado novos convertidos ao

trabalho do Senhor no RS. A parceria é da FAB (Força Aérea Brasileira) por meio do trabalho da Capelania Militar Evangélica do V COMAR e a IP de Canoas que unidas têm trabalhado para resgatar os valores da família com um trabalho específico com casais. Os encontros fazem parte do Projeto de Assistência às famílias e tem como finalidade resgatar os valores do lar conforme preconizados no Estatuto dos Militares, Art. 28 inciso XV, que prescreve que “o militar deve sempre garantir assistência moral e material em seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar”. Os Encontros ajudam a resgatar os ideais propagados pelos militares e a razão pela qual juraram solenemente defender o país, pois como declarou Francis Bacon “o amor à pátria começa na família”. Os Encontros de Casais (EnCasa) tem acontecido nos Clubes da Aeronáutica que dispõem de uma infraestrutura completa tanto para realizar as palestras aos casais, quanto para realizar atividades educativas e recreativas com os filhos dos participantes durante o Encontro. Não se reúne nas Igrejas do Estado a metade do público que participa do EnCasa. Por isso, seu propósito não é apenas social,

Encontros acontecem dentro dos Clubes da Aeronáutica

mas principalmente evangelístico e aos poucos os frutos desse trabalho tem sido colhidos não apenas na IP de Canoas, mas em outras igrejas do sul. ENCASA O evento é realizado pelo Rev. Daniel Alves, 1º Tenente Capelão da FAB e autorizado para realizar os Encontros dentro dos Clubes da Aeronáutica, sendo ele mesmo o preletor. A IP de Canoas, pastoreada há 3 anos pelo capelão, tem sido a grande apoiadora desse ministério “desde o primeiro dia até agora” (Fp 1.5), sendo a responsável pelas equipes de ornamentação, divulgação, áudio e vídeo, alimentação e trabalho infantil. Esta última tem contado com cerca de 20 voluntários membros da igreja que têm atendido às crianças durante as palestras com grande responsabi-

lidade e dedicação. A FAB disponibiliza os clubes e os equipamentos necessários para o evento e a IPC custeia o restante das despesas inclusive gravando e disponibilizando os DVDs com as palestras para os interessados. A cada encontro o número de participantes tem aumentado. O 1º Encontro (2009) reuniu cerca de 150 pessoas e hoje o público é quatro vezes maior. Os Encontros acontecem bimestralmente, mas neste ínterim são feitas visitas, aconselhamentos, reuniões estratégicas e de planejamento. A programação do EnCasa consiste de um breve momento musical seguido de palestra e depois uma confraternização para maior socialização e criação de oportunidade para evangelização, tendo uma duração total de duas horas. Embora os temas variem de um encontro para outro,

todos são finalizados com a apresentação de Cristo como o redentor de cada integrante do lar. Por meio dessas programações, a qualidade dos relacionamentos dos crentes tem melhorado. As igrejas ficam mais saudáveis, novos convertidos têm surgido por se interessarem pelo conteúdo das palestras e ido à igreja em busca de respostas às suas indagações. Pessoas não religiosas ou adeptas de seitas tem participado e sido evangelizadas e assim o Reino de Deus tem se expandido nessa estância de tantas querências. Durante este ano aconteceram três EnCasa. A colheita tem sido feita também em outras igrejas evangélicas que tem recebido pessoas interessadas em conhecer mais aquele que veio buscar e salvar o perdido. Sendo assim, o ministério EnCasa tem preparado o caminho do Senhor, eliminando o estereótipo negativo que muitos nãocrentes têm sobre os evangélicos, resgatando a visão verdadeira a cerca da Igreja Cristã como uma instituição séria que defende os ideais da família e introduzindo na Igreja do Senhor os eleitos de Deus que dia-a-dia vão sendo salvos. Rev. Daniel Alves da Costa é 1º Tenente Capelão da Força Aérea Brasileira


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DIA MACKENZIE VOLUNTÁRIO

Ação social no Paraguai em parceria com a APMT O Mackenzie Voluntário visita o Paraguai pela terceira vez consecutiva. A viagem ocorreu do dia 7 a 12 de outubro na cidade de Concepción. Emma Castro Colaboração de Patricia Emerick Gomes

“F

azer o bem faz bem” é o slogan do Mackenzie Voluntário do ano 2011 que reúne profissionais, professores, alunos, ex-alunos, familiares, amigos e colaboradores que desejam ajudar comunidades carentes. O Projeto “Educação além Fronteiras” nasceu no coração do Rev. Dídimo Freitas, capelão da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em Tamboré, depois de visitar o campo na cidade de Concepción, Paraguai – que fica a 212 km da fronteira com Ponta Porã, MS. O capelão ficou comovido com a situação precária e com as dificuldades que a igreja e a escola CEP (Centro Educacional

Presbiteriano) estavam passando. Desde 2009, no mês de outubro, um grupo de voluntários liderado pelo Rev. Dídimo tem visitado a cidade com o dever cristão de ajudar através de recursos financeiros, serviços profissionais e trabalhos braçais. Os voluntários colaboraram com a pintura das paredes da igreja e da escola, na organização da biblioteca, doação de livros em espanhol, organização da escola (administração, secretaria, quadra esportiva e outros), e até na faxina. Diferente das duas primeiras viagens, este ano um dos objetivos atingidos foi uma maior interação dos brasileiros com os paraguaios e o mútuo aprendizado sóciocultural. Foram 32 voluntários, dentre eles duas médicas, um dentista, uma fisiotera-

Rev. Francisco Villanba, Rev. Dídimo Freitas e Rev. Flávio Figueiredo

32 voluntários de diferentes idades participaram do projeto

peuta, uma psicóloga, estudantes do ensino médio e universitários, professores de Educação Física, pastores e duas voluntárias da IP de Ponta Porã. Os atendimentos na área da saúde ocorreram no templo da igreja. A maioria do grupo de voluntários se deslocou para o CEP. Os alunos e professores prepararam apresentações folclóricas. Também foram realizadas gincanas no ginásio local, o que proporcionou momentos muito agradáveis de confraternização. O Rev. Dídimo, que visita a cidade desde 2008, manifestou que o progresso nestes últimos anos é perceptível e comentou “A primeira vez que visitamos a Igreja e a Escola verificamos muita carência e desânimo. Este ano, além das melhorias materiais, encontramos as pessoas mais animadas e um acréscimo no número de alunos da escola e de frequentadores da igreja”. De acordo com o Rev. Dídimo, o desafio é con-

tinuar com o Mackenzie Voluntário anual em Concepción e expandir para outras regiões. Estabelecer Convênios entre as Escolas da IPP (Iglesia Presbiteriana en el Paraguay) com a ANEP (Associação Nacional de

2012 ocorrerá novamente e esperamos a ajuda de todos, seja em orações, contribuições financeiras e afetivas”, anima-se Patrícia Emerick Gomes, uma das integrantes do grupo de voluntários. Segundo o Rev. Dídimo,

Além da doação de livros e organização da escola, os jovens realizaram gincanas proporcionando momentos agradáveis de confraternização

Escolas Presbiterianas), Mackenzie e entre a IPP e a IPB, com o apoio da CRIE (Comissão de Relações Inter-Eclesiásticas). “Voltamos ao Brasil com os corações apertados, laços foram feitos, amizades construídas, o amor de Deus se derramou e em nós prevalece o pensamento que o projeto precisa continuar! Em

aquele que tiver interesse em envolver-se com esse projeto, precisa, primeiramente, de disposição, oração e levantamento dos recursos, além de se preparar para a viagem que será realizada no mês de outubro de 2012. Emma Castro é missionária e faz parte da equipe de comunicação da APMT


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Solidariedade na Missão Caiuá, na Aldeia Sassoró /MS Clineu Francisco

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oluntários dispostos e animados viajaram em média 16 horas para a realização de mais uma edição do Dia Mackenzie Voluntário, projeto social que acontece há vários anos mobilizando igrejas a colocarem em prática o amor ao próximo. Entre os dias 13 e 16 de outubro um grupo de 119 voluntários realizaram o projeto na Missão Evangélica Caiuá, na Aldeia Indígena Sassoró, no município de Tacuru /MS. “Quero parabenizar a todos que estiveram à frente na organização. Além de ter sido bastante gratificante, foi também uma oportunidade de fazer novos amigos. Fiquei feliz em poder dar uma pequena parcela de contribuição para a realização do trabalho social”, contou Sara Cruz, que participou pela primeira vez. Foram momentos de confraternização e integração do grupo que já seguiu viagem com suas tarefas programadas. Para chegarem à Missão na Aldeia Sassoró percorreram 10 km de estrada de terra. O ônibus do grupo não conseguiu seguir viagem por conta da estrada em más condições e foi preciso trocar de transporte, mas isso

não foi problema para os voluntários. Fizeram parte da equipe também os voluntários da IP Central de DouradosMS, coordenados pelo irmão Rúbens Gabriel, pelo Rev. Ildemar de Oliveira e pelo Rev. Edward Luiz Pereira. O sábado foi tomado por atividades tais como: corte de cabelo, pintura de rosto, atendimento médico e odontológico, emissão de CPF e atividades recreativas com as crianças. A aldeia que tem uma população aproximada de 3 mil habitantes recebeu doações de: violão, computadores, cestas básicas, quadro de aviso magnético, papel sulfite, bolas de futsal, de vôlei e de basquete. “Foi muito bom ter participado do grupo, espero poder participar mais vezes”, animou-se Luciara, uma das participantes. O prédio da Missão onde funciona a Educação Infantil, em situação precá-

ria, passou por uma reforma caprichada e será também, a partir de agora, sala da biblioteca e sala dos professores, além de sala de aula para as crianças. Clineu Francisco é Presbítero da IP do Tucuruvi, SP, e Presidente do CAS (Conselho de Assistência Social da IPB)


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BP LEGAL

Igrejas e Empresas Ricardo Barbosa

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ocê já ouviu alguém dizer que “igreja não é empresa”? É verdade que a igreja não desenvolve “atividade econômica organizada”, mas a ideia de “atividade organizada”, presente no conceito de empresa, bem que mereceria maior atenção das igrejas. É que, entre outros aspectos, essa ideia reflete o zelo, o cuidado e o respeito às leis e aos contratos que regem as atividades organizacionais em geral. Apenas para ilustrar um aspecto da vida organiza-

cional das igrejas, vejamse a questões legais envolvidas na contratação de profissionais ligados às rotinas administrativas, limpeza, segurança ou manutenção. Se tais contratos forem celebrados com pessoas físicas, forem remunerados, contínuos e estiver presente a subordinação, forma-se o chamado “vínculo empregatício” que será regido pelas regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). De acordo com o artigo 3º da CLT: “Considerase empregado toda pessoa física que prestar serviços

de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. Na contra-parte da relação de emprego está o empregador, definido pelo artigo 2º, da CLT, da seguinte forma: “Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço”. Poderíamos afirmar que tais definições não se aplicam às igrejas, pois elas fazem menção expressa às empresas, com as quais as organizações religiosas não se confundem. Ocorre que o §1º do artigo 2º, da CLT, cuidou de ampliar o conceito de empregador, exatamente, para conferir às organizações não empresárias a possibilidade de estabelecerem relações de emprego sob o regime celetista. Diz o §1º do artigo 2º, CLT: “Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados”. É importante observar cada um dos elementos que formam um contrato

empregatício, para que se possa distingui-lo de outras figuras afins, também utilizadas pelas igrejas. Veja-se o caso da onerosidade, que é essencial na relação de emprego. Por outro lado, uma contratação pessoal, não-eventual de serviços, mas desprovida da remuneração, afasta o vínculo empregatício, podendo o caso ser entendido como trabalho voluntário, que possui regras próprias e especificadas pela Lei 9.608/98.

A ideia de “atividade organizada”, presente no conceito de empresa, bem que mereceria maior atenção das igrejas. Outro elemento essencial ao contrato de trabalho é a subordinação. Do dever de subordinação do empregado, decorre o poder de direção do empregador sobre a forma do serviço prestado. Assim, não têm vínculo empregatício os profissionais autônomos, prestadores de serviço, que trabalham sob sua própria direção, cujas regras são as contidas nos artigos 593 a 609 do Código Civil.

Reconhecidos os casos de contratações formadoras de vínculo empregatício, o que se espera é que as regras concernentes a esses contratos sejam respeitados pelas igrejas. Citem-se, por exemplo, alguns dos direitos sociais previstos no art. 7º da Constituição Federal e na CLT: registro e anotação do contrato em Carteira do Trabalho e Previdência Social; FGTS; irredutibilidade do salário; décimo terceiro salário; duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais; repouso semanal remunerado; horas extras; férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; licença à gestante; licençapaternidade; aviso prévio proporcional ao tempo de serviço; seguro-desemprego; redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; aposentadoria, dentre outros. Recomenda-se, portanto, em nome do bom testemunho cristão, que as igrejas zelem pela ordem e pelo cumprimento irrestrito da lei e dos contratos, em todas as esferas de sua atuação. Enfatiza-se aqui a esfera jurídico-trabalhista. Ricardo de Abreu Barbosa, é advogado e presbítero da 1ª IP de São Bernardo do Campo, SP


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Missões

Feridos de morte Rev. Jader Borges

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oje deveria ser “o dia do Índio” também. Deveria ser mesmo mais um dia de oração e ação pelos índios brasileiros. E deveríamos nos lembrar mais dessa pobre gente brasileira abandonada; entregue às múltiplas desgraças que, como cartas infalíveis de cobranças sempre encontram o endereço das muitas aldeias. De uma índia guaranikaoiwá (lê-se, caiuá) ouvi certa vez: “Se não fosse a IPB, há muito a nossa etnia teria desaparecido!” e isso que poderia parecer um elogio e uma manifestação de gratidão não me fez sorrir. Muito pelo contrário, fez-me lembrar de uma mensagem do Presb. Azor Ferreira sobre Lucas 17.7-10: não fizemos mais do que a nossa obrigação quando saímos para evangelizar e levar as boas novas da salvação e fizemos mesmo muito pouco. Nossa Missão está lá na terra dos Caiuás, faz tempo. Tem hospital, escola e lhes leva a fé em Jesus Cristo. Fez e faz muita coisa por essa gente sofrida e esquecida, largada pelos que a deveriam apoiar e nada fazem de verdade e regularmente. A maioria das igrejas locais pouco chegou entre os Cauiás. Talvez só uma oferta financeira ou outra.

Coro de vergonha perto de outro presbítero, irmão querido e amigo lá de Itatinga–SP, Clodoaldo Furlan, que também não faz mais do que a sua obrigação quando age procurando atender essa gente Caiuá e lidera grupos de apoio regularmente àqueles índios. Recentemente conversávamos e, enquanto ouvia os seus planos, também via em seus olhos o brilho e a alegria daqueles que obedecem e servem ao Senhor, servindo aos Cauiás. Pela enésima vez ele está indo às aldeias Caiuás levar apoio de fato. Com ônibus de integrantes das igrejas da sua região e com dois caminhões carregados de mantimentos, vestes, medicamentos, etc., Clodoaldo e sua gente estão fazendo a sua parte ali. Eu já estive em Dourados–MS (região dos Caiuás) algumas vezes. Vi de perto e nas ruas daquela cidade índios maltrapilhos, fedorentos e bêbados (de ambos os sexos), existindo em miséria e “zanzando por aí”. Lamentei ver gente assim. Leia no box abaixo o relato da ex-ministra e excandidata à presidência da República, Marina Silva, veiculado no jornal Folha de São Paulo sobre a situação dos Caiuás. Pense no menininho índio que vai ser mencionado, de apenas 9 anos. Tente visualizar o

Feridos de morte

Folha de São Paulo, 16/09/2011 … “Ônibus escolar lotado de crianças e adolescentes é atacado com coquetel molotov. Idoso de 72 anos morre após receber golpes na cabeça e os agressores são absolvidos de homicídio. Criança de 9 anos comete suicídio. Outra, de apenas 3, morre em consequência de desnutrição – no país que é um dos celeiros do mundo – e a atenção médica só chega na hora da morte. Homens armados atacam 125 famílias, queimam suas casas feitas de lona e ferem-nos gravemente. Esse último caso, longe de ser o primeiro, mas ocorrido no início deste mês, está sendo tratado pelo Ministério Público Federal como um genocídio. Tudo isso aconteceu num único Estado, Mato Grosso do Sul. E todas as vítimas da violência foram índios da etnia guarani-kaiowá. Eis a terrível rotina de desespero e impotência sofrida por essa população, em total abandono em pleno coração do Brasil. Se fatos como os relatados tivessem acontecido com não-índios, provocariam comoção nacional, chegariam ao Congresso e gerariam algum plano governamental de urgência. Mas as vítimas em questão não têm vez nem voz, não geram muitos votos. São só índios, como muitos brasileiros ainda os veem. Suas desgraças chegaram a virar notícia em alguns jornais. Mas logo foram esquecidas.

seu rostinho, mas já vou avisando: essas próximas linhas poderão levá-lo às lágrimas. Se isso acontecer ou não, vá além e lembre-se de que poderá orar por eles. E poderá agir também. E eu tenho certeza:

A trágica realidade dos guarani-kaiowá tem piorado, até porque é tratada com incrível distanciamento pelos governos e pela sociedade. Centenas vivem em verdadeiros campos de refugiados, em reservas pequenas demais para o tamanho de sua população. Outras centenas, entre as cercas das fazendas e à beira das estradas, vistos como resquícios indesejados de um Brasil do passado. São tratados como estrangeiros, num verdadeiro aparteide social. Relatório da Survival Internacional para o Comitê para Eliminação da Discriminação Racial da ONU 2010, com dados de 2005, aponta que 90% deles sobrevivem com cestas básicas. A expectativa de vida é de cerca de 45 anos e o índice de suicídio entre eles é 19 vezes mais alto que o nacional. Os indígenas não estão sendo beneficiados pelo desenvolvimento do país. A eles deve ser estendido o mesmo empenho que retirou tantos milhões de brasileiros da miséria. E como? Fazendo-os abandonar sua condição de indígenas? Não. Provendo-lhes terras e condições para suprir sua própria cultura e existência. Terras, há. Riqueza, também. Governo capaz, também. O que falta? Empenho? Convicção? Falta sentido de urgência, compromisso ético e político para estender a eles os clamores por direitos humanos? Ficará vivo algum dos guarani-kaiowá para testemunhar o Brasil potência que se erguerá sobre o fim do seu mundo?”

meus amigos presbíteros, Clodoaldo e Azor ficarão muito felizes em receber um contato seu, perguntando como se pode entrar nessa ação da nossa obrigação – minha, sua, deles; de todos os servos de Cristo.

Eles, os Caiuás precisam urgentemente que nós oremos e ajamos! O Reverendo Jader Borges é pastor da IP do Jardim Satélite em São José dos Campos, São Paulo. E-mails para os Presbíteros Azor e Furlan poderão ser encaminhados para este jornal, bp@ipb.org.br


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CRESCIMENTO

Sínodo de Campinas organiza o Presbitério de Brotas Silas Luiz de Souza

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m dia emocionante e memorável foi o sábado 27 de agosto de 2011, quando o Sínodo de Campinas da IPB organizou o Presbitério de Brotas. Em sua última Reunião Ordinária, no dia 2 de julho de 2011, o Sínodo recebeu do Presbitério de São Carlos a proposta de desmembramento e aprovou a criação do novo Presbitério, desdobrando o Presbitério de São Carlos em dois, ficando o Presbitério original com cinco Igrejas e o Presbitério de Brotas com oito Igrejas, tendo sido eleita a seguinte Comissão Executiva: Presidente Rev. André Luiz Lamano, Vice-Presidente Rev. Célio Teixeira Júnior, Secretário Executivo Rev. Luiz Manoel Gregolin Júnior, Primeiro Secretário Pb. Lourival Porfirio, Segundo Secretário Rev. Helvécio Francisco dos Santos e Tesoureiro Salvador Pereira Santana. O Sínodo de Campinas nomeou Comissão Especial para organizar o novo Presbitério composta dos seguintes membros: Rev. Márcio Tadeu De Marchi, como relator, Rev. Jorge Soares Matos, secretário, os Presbíteros Gilberto Oliveira Camargo, descendente de uma das famílias pioneiras da Igreja de Brotas, Pb.Paulo Domingues de Oliveira, além do Rev. Erasmo José

Baboni Silvério, Rev. Silas Luiz de Souza e Rev. Silas Daniel dos Santos. O Presbitério de São Carlos se reuniu na Igreja de Brotas e passou a direção dos trabalhos para a Comissão que, então, efetuou o desmembramento criando o novo Concílio e a seguir dirigiu

Primeiro missionário presbiteriano, o norteamericano Ashbel Green Simonton

um culto solene de adoração e gratidão a Deus pela bênção de mais um Concílio da IPB, que demonstra a vitalidade da Igreja na região do Sínodo de Campinas. O Culto foi dirigido pela Comissão e por representantes do antigo Presbitério de São Carlos e do novo Presbitério de Brotas. Participaram do Culto muitos irmãos das IPs dos dois Presbitérios deixando o pequeno templo da IP de Brotas repleto com muita gente em pé e do lado de fora. Pregou no Culto o Rev. Silas Luiz de Souza, Vice Presidente do Sínodo de Campinas e Professor no Seminário Presbiteriano do Sul e na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

O Sínodo de Campinas se originou dos desdobramentos do antigo Presbitério de Campinas, criado em 1944. Devido ao crescimento constante, firme e seguro do presbiterianismo na região no decorrer do tempo, o Presbitério dava origem a novos Concílios até que se formou o Sínodo de Campinas. Agora, o Sínodo de Campinas conta com 9 Presbitérios: Presbitério de Campinas, Presbitério de Rio Claro, criado em 1947, Presbitério de Limeira, organizado em 1980, Presbitério de São Carlos, fundado em 1983, Presbitério de Americana, estabelecido em 1993, Presbitério Metropolitano de Campinas, formado em 2001, Presbitério de Leme, instituído em 2005, Presbitério de Santa Bárbara do Oeste, formado em 2006 e o novo Presbitério de Brotas. O nome do Presbitério, sediado na cidade de Brotas, presta homenagem a uma das mais antigas comunidades presbiterianas no Brasil. A Igreja do Rio de Janeiro é a mais antiga, fundada em 1862 pelo primeiro missionário presbiteriano, o norteamericano Ashbel Green Simonton, vindo depois a Igreja de São Paulo, organizada no mesmo ano da Igreja de Brotas, em 1865. Porém, enquanto no Rio e em São Paulo as igrejas foram fundadas com a recepção de poucos membros, a Igreja de Brotas foi fundada com

um número muito maior de membros (11 comungantes e 15 menores), constando de famílias inteiras em seu rol, dando à nova comunidade um caráter de Igreja de fato, mais firme, estabelecida e perene. O grande número de pessoas que aderiram à pregação presbiteriana na antiga Vila de Brotas devese a três motivos, segundo o historiador do presbiterianismo Boanerges Ribeiro: a distância da sede episcopal, a energia moral dos habi-

O desejo de levar a Bíblia com seriedade, o prazer de participar da Igreja e o ardor pelo testemunho cristão ainda hoje acompanham a vida dos membros das Igrejas de toda a região.

tantes da região e, acima de tudo, a presença de José Manoel da Conceição. Por cerca de três anos Conceição foi o padre da Paróquia de Brotas e suas prédicas e atitudes influenciaram sobremaneira a população do lugar. Sua palavra e seu modo de agir o tornaram conhecido como o padre protestante antes mesmo de ali chegar. Descontente com a vida religiosa e com o ensino que se dava naquela

época, deixou o sacerdócio e, tempos depois, ingressou na Igreja Presbiteriana que estava iniciando no Brasil com a chegada dos primeiros missionários. No entanto, o ex-padre tinha deixado no coração dos brotenses um intenso apego à Bíblia, desejo de verdadeira piedade, e desapego de práticas como a confissão e a adoração a imagens. José Manoel da Conceição foi ordenado Pastor presbiteriano, mas antes mesmo desse evento, diversas famílias de Brotas foram recebidas como membros da Igreja Presbiteriana, sendo organizada a IP de Brotas que juntamente com as Igrejas do Rio e de São Paulo organizaram um primeiro Presbitério no ano de 1865. Quando Blackford, Simonton e Chamberlain, os primeiros missionários presbiterianos, chegaram a Brotas, encontraram um grupo de crentes prontos a receber o ensino e a entrarem na Igreja Presbiteriana. O desejo de levar a Bíblia com seriedade, o prazer de participar da Igreja e o ardor pelo testemunho cristão ainda hoje acompanham a vida dos membros das Igrejas de toda a região. E isso as Igrejas do Presbitério de Brotas confirmarão com seu trabalho. Rev. Silas Luiz de Souza é VicePresidente do Sínodo de Campinas e professor no Seminário Presbiteriano do Sul e na Universidade Presbiteriana Mackenzie.


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PERFIL

Presbítero e evangelista Mário Rodrigues de Sá Alderi S. Matos

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o dia 19 de agosto de 2011, uma sessão solene realizada no plenário da Câmara de Vereadores de Curitiba comemorou o 152º aniversário da IPB. Na ocasião, foi prestada homenagem póstuma ao presbítero Mário Rodrigues de Sá, falecido em 1998, que trabalhou por muitos anos como dedicado evangelista no Estado do Paraná. Paulista de Pirajuí, Mário nasceu em 10 de outubro de 1914 em uma família muito humilde. Era rezador de terço quando, aos 18 anos, converteu-se a Cristo. No dia 8 de outubro de 1933, foi recebido por profissão de fé na igreja de Pongaí pelo Rev. Ludgero Braga. Em 10 de fevereiro de 1939, casou-se com Maria Emília Vilela de Sá ou “Mulata”, como carinhosamente a chamava. Já casado, convidou o Rev. Ludgero para realizar um culto evangelístico em sua casa. Saiu convidando todos os vizinhos, exceto um que tinha fama de valente. Posteriormente, mudou de ideia e bateu à sua porta. Esse homem foi o único que se converteu no culto daquela noite. Em 1942, residiu por breve tempo em Itapura, em Mato Grosso, onde toda a família contraiu malária. Nessa cidade e em outros

Pb. Mário Rodrigues de Sá, D. Maria Emília e filhos

locais, teve experiências miraculosas do cuidado providencial de Deus. Em 1950, foi um dos fundadores da futura IP da Vila Formosa, uma congregação da igreja do Brás, em São Paulo. Transferiu-se a seguir para Ibaiti, no Paraná, onde em 21 de abril de 1962 foi organizada a 2ª IP, dirigida por ele. Trabalhou nessa igreja por 17 anos, tendo o seu nome sido dado ao salão social. Em 1964, residindo ainda em Ibaiti, devido à falta de obreiros, foi con-

vidado pelo Presbitério de Castro para trabalhar como evangelista. Trabalhou nas igrejas de Ibaiti, Pinhalão, Japira, Figueira, Jaguariaíva, Jataizinho, Assaí, Santa Cecília, Boa Vista, São Jerônimo da Serra, Colônia Dantas, Jundiaí do Sul, Capinzal e Espigão Alto, todas no Paraná. As viagens eram feitas de ônibus, carroça ou a cavalo. Em 1978, mudou-se para Londrina, onde foi evangelista por oito anos na igreja da Vila São Lourenço. Finalmente, em 1986 fixou

residência em Curitiba, onde continuou a trabalhar por mais três anos na congregação do bairro Fazendinha, pertencente à IP da Silva Jardim e organizada em 1991. O Presb. Mário faleceu no dia 25 de maio de 1998, aos 83 anos, deixando 12 filhos: Ester, Eunice, Eneias, Elda, Ezer, Elisabete, Eznita, Elienai, Erson, Reine, Salmon e Raquel. Outros dois, Éden e Eli, já haviam falecido. Os irmãos Sá continuam atuantes na igreja, servindo como oficiais, músicos, co-

ristas e regentes de corais. De pequena estatura e visão debilitada, o Sr. Mário foi um gigante em sua fé, dinamismo e visão do reino de Deus, deixando um legado precioso para os seus muitos descendentes. Seu hino predileto era “Um dia Cristo achou-me”. Com 86 anos, D. Maria Emília permanece lúcida, cercada pelo carinho dos 12 filhos, 57 netos, 87 bisnetos e 5 tataranetos. O Rev. Alderi Souza de Matos é pastor presbiteriano e historiador oficial da IPB.


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CALAMIDADE

Cidades de SC se recuperam da destruição “Se ando em meio à tribulação, tu me refazes a vida” – Salmos 138.7

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enchente que aconteceu nos dias 8 e 9 de setembro deste ano deixou danos à população de Brusque, em Santa Catarina. A região mais atingida é conhecida como Vale do Itajaí. Dois rios que cruzam essa região e deságuam no mar em Itajaí foram os que provocaram a enchente. Segundo dados da Defesa Civil de Santa Catarina, as chuvas afetaram mais de 900 mil pessoas. Foram 91 municípios afetados, sendo que, 8 decretaram estado de calamidade pública e 37 ficaram em situação de emergência. A situação de desespero e profunda tristeza encontrase sob controle. Após dois meses, a população, irmãos das Igrejas Presbiterianas na região se recuperam.

Segundo o Rev. Valdemar Alves, auxiliar da 1ª IP de Itajaí, atuando na Congregação de Brusque, na cidade de Brusque duas famílias foram afetadas diretamente pelas enchentes, mas não tanto quanto a maior parte dos moradores da cidade. “A última enchente em proporção parecida ocorreu na década de 80. Em Itajaí várias residências de irmãos presbiterianos foram afetadas. No entanto, devido às providências antecipadas, esses irmãos não tiveram perdas substanciais. Para Itajaí, a enchente foi numa proporção menor do que se temia, conforme informações da defesa civil. Havia o risco de a maré subir represando as águas dos rios, no entanto, isso graças a Deus não ocorreu”, conta o pastor.

Em Rio do Sul mais de dez famílias presbiterianas perderam tudo e foram alojadas nas igrejas da região

Em Rio do Sul, cidade mais afetada, o caos foi ainda maior. Mais de dez famílias presbiterianas perderam tudo e tiveram que ser alojadas nas igrejas da região.

O abastecimento de água e energia foi normalizado dias depois da tragédia. Três mortes foram registradas no período das enchentes. Nenhum templo da IPB foi atingido.

As autoridades do município de Brusque e prefeituras vizinhas instalaram pontos de coleta de doação e a Defesa Civil recebeu recursos Estadual e Federal.

HISTÓRIA

Culto pelos 146 anos da primeira família presbiteriana

N

o dia 12 de novembro de 2011, às 18 horas, foi realizado na 1ª IP de Rio Claro um culto de gratidão a Deus pela vida da família Gouvêa. Essa numerosa família, originária de Borda da Mata (MG) e Brotas (SP), tem o privilégio de ser a mais antiga família com presença contínua na vida da IPB. Os primeiros Gouvêa a ingressar nas fileiras presbiterianas o fizeram ao se organizar a IP de Brotas, no dia

13 de novembro de 1865, na residência do Sr. Antônio Francisco de Gouveia. À ocasião, celebrou-se a Ceia do Senhor e 11 pessoas foram recebidas por Profissão de Fé e Batismo; eram todas provenientes do catolicismo. Os irmãos que articiparam da organização foram: Antônio Francisco, Severino José e Joaquim José de Gouvêa, acompanhados de seus familiares. Três anos e meio mais tarde, em 23 de maio de 1869,

o mesmo aconteceu em Borda da Mata (primeira IP organizada em Minas Gerais) com Antônio Joaquim de Gouvêa. Ao longo de quase um século e meio, essa notável família tem prestado serviços incalculáveis à IPB, a começar dos muitos pastores, presbíteros e outros líderes que tem saído do seu meio. Sejamos gratos a Deus por essa valorosa família que por tanto tempo o vem servindo em terras brasileiras.


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MISSÕES

Inaugurado o Centro de Missões do JMC o Centro de Missões JMC com sua primeira reunião. Estavam presentes o Rev. Gildásio Reis, coordenador do Centro, o Rev. Ageu Magalhães, diretor do Seminário, e 12 seminaristas: Lu-

Rev. Gildásio Reis

N

o dia 24 de setembro, na sala 22 do Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição, foi inaugurado

cas Lucena, Thiago Ribeiro, Vinicius Bantim, José Carlos Piazzaroli, Marcos Cleber, Wanderson Alves, Nilson Ribeiro, Ernesto Elias, Rômulo Ferreira, Vitor Cláudio, Paolla Reis e

Na primeira reunião participaram o Rev. Gildásio Reis, coordenador do Centro, o Rev. Ageu Magalhães, diretor do Seminário e 12 alunos

ge racao missionaria

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Nordeste - 2011

Presbiterianos do Nordeste

Fazendo Missoes

26 Novembro\

16 às 18 h

Oficinas 19 às 21 h Culto Missionário

de

na Primeira Igreja

Presbiteriana de Casa Caiada

Rua Alcina Coelho, 700, Casa Caiada, Olinda-PE

Oficinas Lyra Missões Urbanas Sérgio Primeira Igreja Presbiteriana de Casa Caiada Vitalino Missões Ribeirinhas Amazônicas Sérgio Igreja Presbiteriana das Graças Alves Desbravando o Interior do Brasil Mariano Junta de Missões Nacionais Agripino Missões Transculturais Marcos Agência Presbiteriana de Missões Transculturais Henrique Plantação de Igrejas no Interior Cláudio Primeira Igreja Presbiteriana do Recife César Martins Mobilização Missionária Marcos Seminário Presbiteriano do Norte

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Realização

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No edriaemos recoalh oferta um special e es! para missõ

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Apoio Consórcio Presbiteriano para Ações Missionárias no Interior

Informações Mis. Hadassa 9782-8726 e 4104-8182 www.gmne2011.blogspot.com

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SEMINÁRIO PRESBITERIANO DO NORTE

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Presbitério de Olinda

Secretaria de Missões Secretaria dos Jovens

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Sínodo de Pernambuco

Secretaria de Missões

Cristiano Gonzaga. A reunião serviu para definir objetivos e atividades do Centro. Dentre eles estão a promoção da reflexão sobre a ação missionária contemporânea e a realização de encontros com a presença de missionários da APMT, JMN e outros ministros presbiterianos para testemunhos, diálogos, desafios e encorajamento aos alunos do JMC. As reuniões serão um meio em que os vocacionados para missões poderão compartilhar seus anseios missionários, expectativas de campos, e intercederão em oração pelos missionários. A ideia do Centro de Missões surgiu da leitura do Diário de Simonton (Cultura Cristã), no seguinte trecho: “28 de outubro de 1855. Acabo de voltar de uma reunião de oração missionária se¬manal à qual são convidados todos os que se interessam por missões estrangeiras e querem conhecer seus deveres quanto a elas. Já fui duas vezes e

achei as reuniões tão agradáveis e úteis que irei sempre no futuro. Quan¬to a tomar agora minha decisão para o futuro, não acredito que seja aconselhável. Posso apenas me submeter à vontade do Senhor, desejando fazer plena consagração de mim mesmo ao seu serviço e confiar que ele no tempo certo guiará meus passos. Agradeço a Deus o conforto que encontro agindo as¬sim quase diariamente e a pouca preocupação que tenho quanto ao futuro” (p. 97). A primeira diretoria do CM-JMC ficou assim constituída: Presidente: Lucas G. de Lucena; Secretária: Paolla M. Reis; Executivo: Cristiano Gonzaga C. Melo Nossa oração é que esse Centro de Missões desperte muitos outros jovens, assim como aconteceu com Simonton no passado. O Rev. Gildásio Jesus Barbosa dos Reis é pastor da IP Metropolitana de Guarulhos (SP) e Professor de Teologia Pastoral no Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição.


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CERIMÔNIA

No BRASIL E NO MUNDO Sarah Ribeiro

Escolas públicas do Rio de Janeiro terão ensino religioso A partir de fevereiro do ano que vem, as escolas municipais do Rio de Janeiro terão aulas de ensino religioso para os alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. A lei foi sancionada em 19 de outubro pelo prefeito Eduardo Paes e torna a capital fluminense pioneira no ensino religioso em escolas públicas do país. De acordo com a medida, as aulas serão opcionais e os pais ou responsáveis poderão escolher entre o ensino das doutrinas católica, evangélica/protestante, afro-brasileiras, espírita, religiões orientais, judaica ou islâmica. Para aqueles que não optarem por este tipo de ensino, a Secretaria Municipal de Educação oferecerá aulas de Educação para Valores, nos mesmos horários. G1

Mais de 30 milhões de pessoas já leem a Bíblia pelo celular Ler a Bíblia pelo celular está cada vez mais comum. O aplicativo que permite isso, chamado YouVersion, já foi baixado por mais de 30 milhões de pessoas, isso significa que 1 em cada 17 iPhones, iPads, Androids já possuem o aplicativo. “O mais empolgante sobre este marco não é o número em si, mas o que eles representam. Milhões de pessoas estão adotando uma nova forma de se envolver com as Escrituras”, disse o criador da YouVersion e pastor Bobby Gruenewald. Até o momento mais de 1,6 milhão de versículos foram compartilhados no Facebook e no Twitter. Fora isso, o aplicativo também oferece mais de 190 planos de leitura da Bíblia. Fonte: Gospel Prime

Brasileiros realizam missão evangelística no Pan

Lançada a Pedra Fundamental de mais um templo presbiteriano Wilson do Carmo Ribeiro

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o último dia 23 de outubro às quinze horas foi realizado culto por ocasião do lançamento da pedra fundamental do templo da Congregação Boas Novas, da IP Rocha Eterna de Sorocaba, no bairro Júlio de Mesquita Filho. A cerimônia foi conduzida pelo pastor da igreja, Rev. Dilermando Félix Pereira e contou com a presença de muitos irmãos da congregação e da sede. O pregador foi o Rev. Wagner Aparecido dos Santos, Presidente do Presbitério Leste Sorocabano, que baseou sua mensagem em Atos 2, acentuado que as colunas da Igreja são: a Palavra, a Comunhão e a Oração. No momento da colocação da cápsula dentro da caixa de concreto que ficará embaixo do edifício do templo a congregação entoou o hino “Da Igreja o Fundamento”. Dentro da cápsula, entre outros jornais foi colocado um exemplar do Brasil Presbiteriano do mês corrente. Ao final do culto todos os presentes foram convidados a

assinar a ata do evento. A previsão para que o templo fique em condições de uso é março de 2012, com capacidade para acolher 100 pessoas. A CONGREGAÇÃO BOAS NOVAS Consta do Boletim da IP Rocha Eterna de 23 de outubro de 2011 que no dia 24 de julho de 1994 a IP de Barcelona reuniu-se com alguns irmãos e irmãs para a organização da congregação no bairro Júlio de Mesquita Filho. As atividades já estavam acontecendo na casa de algumas irmãs e irmãos, que com grande amor, cediam seus lares para que a igreja do Senhor se reunisse. Ainda no mesmo boletim, o pastor da IP Rocha Eterna, Rev. Dilermando Félix Pereira afirma que o sonho continua e que o objetivo principal como igreja é organizar a congregação como mais uma igreja do Presbitério Leste Sorocabano até o ano de 2014 Wilson do Carmo Ribeiro é Presbítero Emérito da IPB e membro da IP Rocha Eterna de Sorocaba

Um grupo de 66 evangelistas brasileiros está realizando missão de evangelização em Guadalajara durante os Jogos Panamericanos e promete alcançar todo o México. A caravana Conexão México tem o objetivo de evangelizar a comunidade local, além de turistas do mundo todo; para isso realiza ações como visitação nos lares, atividades esportivas e recreativas com as comunidades locais e evangelismo pessoal em frente aos estádios e ginásios em dias de jogos e competições. “Nosso desejo e oração é que também seja um tempo novo para a cidade de Guadalajara. Esperamos que os frutos obtidos aqui se expandam por todo o México e que as igrejas locais vejam essas ações como o início do que pode ser realizado”, comenta coordenador geral do projeto, pastor Marcos Grava. Fonte: The Christian Post

Uma cápsula foi colocada dentro da caixa de concreto que ficará embaixo do edifício, nela foi guardado, entre outros jornais, um exemplar do Brasil Presbiteriano


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ANIVERSÁRIO

IP da Mooca celebra 50 anos de organização Agnaldo Duarte de Faria

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IP Mooca celebrou, no mês de junho, 50 anos de organização. Estabelecida em um dos mais tradicionais bairros da cidade de São Paulo, a igreja louvou a Deus por todas as experiências vividas nestes anos, em um mês de intensa programação que contou com a participação de antigos e atuais membros da igreja. Filha da IP de Brás a igreja foi estabelecida no início da década de 60 e foi organizada pouco depois de um ano de sua fundação, durante o pastorado do Rev. Joaquim Mourão. O culto especial de gratidão contou com a presença do Rev. Roberto Brasileiro, o que trouxe maior alegria para toda a família da IP Mooca. A igreja prestou homenagens aos membros fundadores que ainda permanecem como membros da igreja e a todos os que já passaram por ela através

A igreja prestou homenagens aos membros fundadores e a todos os que já passaram por ela através do Grupo Musical Gotas Vivas

da participação do grupo musical ‘Gotas Vivas’, formado nos anos 70 e 80 e que trabalhou intensamente na vida da igreja. Embora muitos dos integrantes do grupo sejam membros de outras igrejas hoje, demonstraram todo seu amor e gratidão pelo que puderam viver na IP

Mooca. Durante as comemorações o ministério de música da igreja preparou um musical evangelístico com o título “Somente Deus”. Também foi lançada uma edição comemorativa da Bíblia, com textos que apresentam a igreja e seu trabalho. Um dos objeti-

vos dessa edição é a sua utilização na evangelização por parte dos membros da igreja em seu dia-a-dia e nos trabalhos desenvolvidos pela igreja, entre eles a evangelização em presídios, trabalho conduzido por um dos membros da igreja com o apoio de toda a comunidade.

Hoje a igreja é pastoreada pelos Revs. Agnaldo Duarte de Faria e Ariel Barros Gonçalves, este último filho da própria igreja. Com um Conselho composto de oito presbíteros e uma Junta Diaconal com oito diáconos a igreja segue em seu trabalho de cuidado pastoral e evangelização. Envolvida com a obra missionária e com irmãos dedicados à evangelização, membros da igreja apoiam trabalhos de capelania em dois grandes hospitais da cidade: Hospital São Paulo e Dante Pazzanese. Procurando desenvolver a consciência missionária e o privilégio de participar da proclamação do evangelho a IP Mooca tem procurado investir, cada dia mais, na obra missionária, tanto local quanto mundial. Louvamos a Deus por esses anos de vida e tributamos a ele toda a honra pelo sustento da igreja. Rev. Agnaldo Duarte de Faria é pastor da IP da Mooca

1a IP em Taquara festeja seu 58o aniversário José Joaquim da Cruz Filho

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1ª IP em Taquara, Município de São Jerônimo da Serra, no Estado do Paraná, festejou em maio de 2011 seus 58 anos de or-

ganização com linda festa concedendo o título de Presbítero Emérito a Aquiles de Proença, o qual, com 49 anos de presbiterato, já havia ultrapassado o tempo exigido pela Constituição da IPB para tal

honraria. Também deu o nome do Presbítero Emérito Filisbino de Lara ao seu “Espaço de Educação Cristã”. O Culto Gratulatório contou com a participação de grande número de irmãos de outras

igrejas e com o entusiasmo dos membros da Igreja. Foi pregador na ocasião o Rev. Wander de Lara Proença, filho da Igreja e neto do homenageado, Presb. Filisbino de Lara, de saudosa memória.

“Foi um momento ímpar para a glória de Deus”, concluiu o atual Pastor da Igreja, Rev. José Joaquim da Cruz Filho. José Joaquim da Cruz Filho é pastor da IP em Taquara


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FALECIMENTO

Programação especial na IP de Volta Redonda Cristiane Cunha

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o dia 23 de outubro a UCP da Segunda IP de Volta Redonda, no Estado do Rio de Janeiro, completou 50 anos de organização. Em culto com uma programação especial, desde louvores infantis cantados há gerações como: Vede Cautelosamente, Leia a Bíblia e Faça Oração, entre outros, como também mensagem pela Missionária Célia Queiroz com teor infantil, mas que tocou corações de muitos adultos presentes. Entre os presentes destacamos pessoas que fizeram parte da história de UCP desde sua criação e que, hoje, podem contemplar a fidelidade do Senhor ao verem seus filhos e netos sendo usados no trabalho de Senhor como membros atual da sociedade.

A sociedade completou 50 anos de organização

Lázaro Aparecido

No dia 1 de janeiro de 2011, na Estância Turística de Paraguaçu Paulista, falecia Lázaro Aparecido, aos 80 anos de idade. Nasceu no município de Sapezal e era conhecido na cidade como Lazinho da Tipografia. Foi casado com Judite Bernardes com quem teve quatro filhos. Deixou também seis netos e dois bisnetos. Trabalhou como tipógrafo durante anos dando emprego a vários jovens e pais de família. Lázaro foi recebido por profissão de fé e batismo em 3 de fevereiro de 1985, permanecendo no rol de membros da igreja por 25 anos. Exerceu o presbiterato por 19 anos e foi secretário do Conselho por três anos. Ativo nos trabalhos da IP de Paraguaçu, colaborou na confecção de impressos, em especial, os boletins feitos semanalmente sem custo para a igreja. Foi acometido do Mal de Parkinson, sofrendo com a doença por três anos até o momento de sua morte. Nota recebida em outubro de 2011.

Claudeonor Machado Lima

Faleceu no dia 4 de agosto de 2011 em Curitiba, PR, aos 84 anos, o Presb. Claudeonor Machado Lima. O Presb. Claudenor ou Dinor, como era mais conhecido, converteu-se já na idade adulta e fez sua pública profissão de fé em 1954, na congregação de Porto Amazonas, PR. Desde então não parou mais de trabalhar em prol do evangelho. Ainda em Porto Amazonas, participou da construção do novo templo. Em Guaíra, interior do Paraná, deu início com outros irmãos aos trabalhos da IPB. Ali foi eleito pela primeira vez Presbítero e participou evangelização da região. Em Paranaguá, no litoral paranaense, deu sequência aos trabalhos da igreja até sua aposentadoria, quando então se mudou para Curitiba, sendo membro a IP da Silva Jardim por 29 anos.

Rubens Lima de Oliveira

No dia 2 de agosto de 2011, faleceu o Diácono Emérito Rubens Lima de Oliveira, membro da IP de Madureira. Foi tesoureiro da Federação de Homens do Presbitério de Guanabara por muitos anos. Com a organização do Presbitério de Madureira, foi tesoureiro da respectiva Federação de Homens, até o seu falecimento. Visitou a Missão Caiuá, juntamente com o Diácono Clóvis Alves (já falecido) e a Sr. Olívia das Chagas Coradine (na época, representante da igreja junto à Missão), também membros da IP de Madureira. Participou de todos os congressos presbiteriais, sinodais e nacionais de homens. No Congresso Nacional de Homens realizado no Ceará, integrou a delegação da Confederação Sinodal de Homens do Rio de Janeiro. O Diácono Rubens foi homenageado como congressista presente em todos os Congressos Nacionais.

Aydee Chaves Siqueira

Aos 89 anos, faleceu a senhora Aydee Chaves Siqueira. Nasceu na cidade de Espera Feliz, Minas Gerais, foi casada com Célio Rodrigues Siqueira, com quem teve três filhos, 10 netos e sete bisnetos. No ano de 1944, juntamente com seu esposo, chegou ao município de Paraguaçu Paulista e atuaram como professores no Ginásio Paraguaçu (extensão do Instituto Gammon de Lavras). Aydee teve uma presença marcante na história da igreja de Paraguaçu onde seu esposo, além de professor, era pastor. Foi presidente da SAF local e Federativa, secretária, tesoureira e professora de Escola Dominical por muitos anos, além de organista. Enferma, ficou impossibilitada de participar assiduamente nos trabalhos da igreja, falecendo em 24 de dezembro de 2010. Nota recebida em outubro de 2011.


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Consultório Bíblico “É justificável a permanência de culpa, por pecado já confessado a Deus e perdoado por ele?” Odayr Olivetti

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om temor de Deus e buscando a unção do Santo, consideremos:

do em nossa prática da santidade, do amor e do perdão); Deus exige que amemos até mesmo os nossos inimigos, com os quais não temos comunhão: Mt 5.44-45; Deus exige que amemos os nossos irmãos em Cristo, com os quais temos comunhão em seu sangue: 1Jo 4.7-21; Devemos amar o próximo na medida em que amamos a nós mesmos: Lc 10.27b; Praticamente Cristo

I. Alguns aspectos do perdão de Deus: É perfeito: Mt 5.48b; Baseia-se na remissão dos pecados, que custou a vida do seu Filho único: 2Co 5.21; No sentido teológico mais profundo, o perdão pertence à transcendental esfera da eternidade, quando em Cristo Deus escolheu os seus para a vida eterna: Ef 1.3-14; Em nosso viver diário, o perdão de Deus requer fé, arrependimento e confissão: Mc 1.4, 15; Lc 24.47; 1Jo 1.9; O perdão de Deus não deixa É ofensa a Deus não se perdoar, impune os pecados. depois de reconhecer o pecado, Fundamentalmente, o arrepender-se dele, confessá-lo a pecado foi expiado no Deus, remediar o que foi possível Calvário; no processo remediar! de nossa santificação, sofremos consequências temporais dos nossos pecados – basta lembrar a terrível experiência do rei Davi; O exige que não haja limite para quantas vezes perdão de Deus não tem limites: Is 1.18; O devemos perdoar os que nos ofendem (70 vezes perdão de Deus se fundamenta em seu amor, 7): Mt 18.21-22; Normalmente, o perdão é dado sublime e perfeito: Jo 3.16; Ap 1.5; Ele nos ao ofensor quando este se arrepende e busca amou primeiro (1 Jo 4.19); Cristo, e só Cristo, o nosso perdão: Lc 17.3-4. Mas alimentar o tem poder para perdoar pecados no sentido espírito de perdão e dá-lo, independentemente absoluto: Mt 9.6. da atitude alheia, é bálsamo divino para alma que perdoa; O perdão de Deus é o padrão para II. Alguns aspectos do nosso perdão: o nosso perdão: Mt 6.12. Deus exige que sejamos santos e perfeitos como ele: Gn 17.1; 1Pe 1.16; Mt 5.48 (mais que III. Algumas aplicações práticas: nós, ele sabe que somos incapazes disso; mas Se Deus me perdoa, e isso ele garante que faz, ele o exige para que estejamos sempre crescen- baseado em seu amor e na obra redentora de

Cristo, devo perdoar o próximo. Se Deus me perdoa, devo perdoar a mim mesmo. Fui pastor de uma pessoa que jamais se perdoou por certo pecado que cometera. Uma tristeza! É ofensa a Deus não se perdoar, depois de reconhecer o pecado, arrepender-se dele, confessá-lo a Deus, remediar o que foi possível remediar! É negar que Deus fala a verdade quando garante que aquele que se entregou a seu Filho está salvo e perdoado! Se alguém está nessa condição, carregando um sentimento de culpa por pecados passados, confessados e perdoados, busque a Deus com humildade e confiança. Peça socorro a ele. Rogue-lhe que o capacite a usufruir nesta vida o fruto pacífico do seu amor e do seu perdão. Confie no fruto da justiça de Cristo: a nossa paz (Is 32.17; Rm 5.1). Pense na oração do salmista, no salmo 32, medite no fruto de sua confissão, e aplique essa maravilhosa bênção ao seu coração. Diz ele nos versículos 1 e 3 a 5 (NVI): “Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados! ... Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram se esgotando como em tempo de seca. Então reconheci diante de ti o meu pecado, e não encobri as minhas culpas. Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao SENHOR, e tu perdoaste a culpa do meu pecado” Transgressões perdoadas, pecados apagados! Que felicidade!

O reverendo Odayr Olivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor. - odayrolivetti@uol.com.br


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FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

Acessibilidade, sociabilidade e fraternidade 78 pessoas participaram do workshop sobre a Terceira Idade que aconteceu nos dias 24 e 25 de setembro em Manhuaçu, Minas Gerais.

CONVOCAÇÃO Secretaria Executiva do Supremo Concílio Belo Horizonte, 28 de setembro de 2011 Aos Presidentes de Sínodos

Cinco oficinas foram realizadas tratando de temas como Direitos da pessoa idosa e violência

O

trabalho teve abertura no dia 24, pela manhã, com um momento devocional. Houve uma perfeita interação entre as diferentes idades dos participantes. Alguns crianças e jovens recitaram poesias e entoaram hinos de louvor com o acompanhamento de instrumentos. A primeira oficina teve o tema “Construindo a Repari (Rede Presbiteriana de Apoio à Pessoa Idosa”. Após o momento devocional o Secretário Geral da Terceira Idade, Rev. Pinho Borges, apresentou a necessidade de implantar a Rede e contar com a participação das igrejas em todo o território nacional, a partir da

organização de grupo de idoso na igreja local, criação das secretarias Presbiterial e Sinodal da Terceira Idade. Foram tratados também, em outras oficinas, temas como direitos garantidos no Estatuto do Idoso a violência, esse último, dirigido pelo Dr. Fábio Santana Lopes, promotor de Justiça da Comarca de Manhuaçu. Um horário foi reservado para uma oficina prática, com dinâmicas e exercícios orientados pela fisioterapeuta Karina Resende que trabalha com o grupo da Primeira IP de Manhuaçu. Karina ressaltou que o exercício físico é necessário para um envelhecimento

ativo, mas que é essencial a autorização médica para o início da prática. Mirla Barbosa, fisioterapeuta, e Amanda Oliveira, psicóloga, trataram da necessidade de se ter um cuidador e de que maneira a família deve proceder na hora de escolher uma pessoa para cuidar da pessoa idosa. O encerramento do workshop aconteceu na Segunda IP de Manhuaçu, pastoreada pelo Rev. Salviano Marques, com a pregação no culto vespertino. É de extrema importância que a igreja desenvolva ações promovendo: acessibilidade, sociabilidade e fraternidade para com as pessoas idosas.

Por ordem do senhor presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, convocamos o prezado irmão para a Reunião Ordinária-2012 da Comissão Executiva do Supremo Concílio da IPB, para se reunir entre os dias 26 a 31 de março de 2012. A reunião terá início no dia 26, segunda-feira e o término previsto para o dia 26, logo após o almoço, e ocorrerá nas dependências do Instituto Presbiteriano Mackenzie – Tamboré. Os senhores Presidentes de Sínodos que residirem a mais de 500 km do local da reunião, terão locomoção via aérea, que será providenciada pela Tesouraria do SC/IPB. Os demais, via terrestre, sendo necessário a comprovação dos gastos junto à Tesouraria do Supremo Concílio. Os demais representantes de Juntas, Comissões, Secretarias e Autarquias terão suas despesas cobertas pela própria entidade que representam. Os documentos a serem alvos de deliberação desta RO/CE-SC, deverão chegar à Secretaria Executiva, impreterivelmente, até o dia 27 de fevereiro, segunda-feira, sendo reconhecido despacho pelo carimbo do Correio. Os demais documentos que chegarem fora do prazo, serão encaminhados para serem analisados somente na CE de 2013. Esperando vê-lo, rogamos as mais ricas bênçãos da parte de Deus sobre o dileto irmão. Nos laços poderosos da Cruz de Cristo

Rev. Ludgero Bonilha Morais Secretário Executivo do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil


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