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Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 56 nº 743 – Outubro de 2016

Feliz Dia da Criança Presbiteriana

Na Igreja Presbiteriana do Brasil comemora-se, também do dia 12 de outubro, o Dia da Criança Presbiteriana. Rev. José Roberto Coelho, secretário geral do Trabalho da Infância (IPB), apresenta um breve histórico sobre a União de Crianças Presbiterianas (UCP), contando o início dos trabalhos, apresentando para adultos e crianças, essa belíssima história. Página 11

Gotas de Esperança

Há esperança para aquele que peca? A promessa segura de Deus é que aquele que confessa e deixa suas transgressões alcança misericórdia. PÁGINA 3

Congresso Mãos e Coração

Aniversário da AEB

A Secretaria Geral do Trabalho da Infância, da Igreja Presbiteriana do Brasil (SGTI/IPB), realizará de 18 a 20 de novembro, o Congresso Mãos e Coração na 2ª Igreja Presbiteriana de Taguatinga (DF).

No mês de setembro, a Associação Evangélica Beneficente completou 88 anos de história. Para a entidade, o que mantém o trabalho é a fé e a confiança no Senhor e nos companheiros de jornada, que são ingredientes fundamentais.

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EDITORIAL

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Às fontes!

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este mês de outubro, celebramos os 499 anos da Reforma protestante do século 16. Os preparativos para os 500 anos estão animados em muitos países, principalmente entre as igrejas históricas. O clamor da Reforma foi “ad fontes (de volta às origens); de volta à Era Dourada da Igreja, de modo a reivindicar seu frescor, pureza e vitalidade em meio a um período de estagnação e corrupção” (McGrath, O pensamento da Reforma, p.20). Entre os solas da Reforma encontra-se o sola Scriptura, porque aquele movimento, em diálogo com os Pais da Igreja, empreendeu não a criação de uma nova igreja, mas o retorno à Escritura e aos ensinamentos bíblicos. A própria ideia de um cisma

eclesiástico foi inicialmente desprezada por Lutero. No início de 1519, ele escreveu: “Se, infelizmente, existirem coisas em Roma que não podem ser melhoradas, não há – nem pode haver – razão alguma para separar-se da igreja em cisma. Pelo contrário, quanto piores as coisas ficarem, mais se deve ajudá-la e permanecer a seu lado, pois, pelo cisma e desdém, nada pode ser curado” (cit. em McGrath, A Teologia da Cruz, p.38). Ainda segundo McGrath, o que tornou aceitável a ideia do cisma “foi a convicção fundamental de Lutero de que a igreja dos seus dias havia caído em algum tipo de pelagianismo, comprometendo, assim, o evangelho, e de que a própria igreja não estava preparada para livrar-se por força pró-

pria dessa situação” (p.39). Com a Reforma, portanto, não passamos a ter uma nova igreja e uma nova religião. Seguimos os passos de Jesus, que orientou a caminhada dos apóstolos e deu rumo à Igreja Primitiva. Com outros Pais da Igreja, Justino Mártir (100-165 d.C.) sustentou que “Não temos algum mandamento de Cristo que nos obrigue a crer nas tradições e nas doutrinas humanas, mas somente naquelas que os bem-aventurados profetas promulgaram e que Cristo mesmo ensinou, e eu tenho cuidado de referir todas as coisas às Escrituras e pedir a elas os meus argumentos e as minhas demonstrações” (Justino Mártir, Diálogo com Trifão). Não se comporta como Reformado, portanto, aque-

le que pensa, escreve e fala como se a história da Igreja tivesse 499 anos. Devo confessar, por isso, que me senti um tanto incomodado ao perceber maior entusiasmo por parte dos católicos pela passagem dos 2.000 anos do cristianismo, do que por parte dos cristãos Reformados; bem como maior entusiasmo destes agora do que demonstrado no ano 2.000. Às fontes! Nestes tempos obscuros do relativismo e seu filho bastardo, o pluralismo, precisamos de inabalável firmeza na Escritura, infalível e inerrante, fundamento da verdadeira igreja cristã desde os seus primeiros dias. Precisamos de Bíblia, em nossas reuniões e em nossa vida, em nossas mentes e corações. Precisamos da Bíblia em nossas tradições.

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GOTAS DE ESPERANÇA

Há esperança para aquele que pecou “Aquele que encobre as suas transgressões jamais prosperará, mas quem as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13). Hernandes Dias Lopes

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ão há homem que não peque. Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. A inclinação do nosso coração é para o mal. O pecado é uma isca que nos seduz e uma armadilha que nos atrai. O pecado é maligníssimo. Seu salário é a morte. Mas, será que há esperança para aquele que peca? O texto em tela nos dá a resposta. Em primeiro lugar, há esperança para aquele que peca, quando há uma disposição de confissão. Encobrir o pecado é subestimar seu poder devastador. Mantê-lo escondido é tornar-se seu escravo. Onde o pecado é escondido, aí ele exerce sua tirania. O caminho do transgressor fica bloqueado, sempre que seu pecado é mantido sob o manto do silêncio. Encobrir o pecado é abrir no peito uma dor sem cura, é ver alastrar no corpo uma doença contagiosa, é ser derrotado por um mal fatal. Davi chegou a dizer que enquanto ele calou o seu pecado, o seu vigor tornou-se em sequidão de estio e a mão de Deus pesava sobre ele de dia e de noite. Os cânticos de alegria foram substituídos pelos constantes gemidos. A alma em festa foi coberta

de luto e a exultação em Deus foi transformada em total desespero. Oh, quão terrível é o pecado! Quão devastador são seus efeitos! Quão perturbador é para a alma encobri-lo. Em segundo lugar, há esperança para aquele que peca, quando há uma confissão sincera. Mas, o que é confessar o pecado? É concordar com Deus que houve a transgressão. É não se justificar nem buscar evasivas apenas para continuar na sua prática. A confissão é a disposição de reconhecer a culpa. É espremer o pus da ferida. É fazer uma assepsia da alma e uma faxina da mente. A confissão deve ser a Deus, uma vez que só Deus pode perdoar pecados.

Nenhum homem, por mais consagrado ou por mais alta posição que ocupe tem essa autoridade. Quando pecamos contra o nosso próximo, devemos, também,

A confissão e o abandono do pecado implica no recomeço de uma nova vida confessar a ele nossa transgressão. A palavra de Deus nos ensina a confessarmos os nossos pecados uns aos outros para sermos cura-

dos. A Escritura ainda nos diz que se confessarmos os nossos pecados Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça. Quando confessamos, Deus perdoa e quando Deus perdoa, ele apaga completamente as nossas transgressões e nos torna mais alvos do que a neve. Oh, que glorioso perdão podemos receber de Deus! Oh, quão gracioso é o nosso Deus que nos dá o seu perdão, que não merecemos e quão misericordioso é ele que não aplica em nós o seu justo juízo que merecemos! Se Deus observasse os nossos pecados estaríamos consumidos. Mas, porque ele é perdoar, nisso consiste

nossa esperança! Em terceiro lugar, há esperança para aquele que peca, quando depois da confissão do pecado há um rompimento com sua prática. O ensino da palavra de Deus não é arrependimento e novamente arrependimento, mas arrependimento e frutos de arrependimento. Não é confissão e mais confissão do pecado, mas confissão e abandono do pecado. É confessar as transgressões e deixá-las. A confissão e o abandono do pecado implica no recomeço de uma nova vida. É lembrar de onde se caiu e voltar à prática das primeiras obras. É sair do deserto existencial que o pecado produziu e entrar no jardim de Deus, onde os aromas da graça exalam com exuberância. É sacudir o jugo pesado da tristeza que o pecado produziu e celebrar com vívida alegria a restauração. A promessa segura de Deus é que aquele que confessa e deixa suas transgressões alcança misericórdia. Oh, graça maravilhosa! Oh, Deus perdoador! Oh, esperança bendita! Há esperança para você, há esperança para mim, há esperança para todos nós, pecadores! O Rev. Hernandes Dias Lopes é o Diretor Executivo de Luz para o Caminho e colunista regular do Brasil Presbiteriano.


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EDIFICAÇÃO

O conceito de pregação como Palavra de Deus Jubal Gonçalves

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mbora o termo inspiração se refira à escrituração da revelação especial, pode-se considerar que a exposição fiel das Escrituras é Palavra de Deus no sentido de que ela comunica os preceitos divinos. A autoridade da pregação não é propriamente dela, mas, decorre da inspiração das Escrituras. Ou seja, se a Bíblia é a Palavra de Deus e possui a autoridade divina, sua fiel interpretação e exposição transmitem essa autoridade, sendo o poder de Deus para a salvação. A autoridade da pregação é derivada e subordinada à autoridade da Bíblia. Romanos 1.16, que fala que o evangelho é o poder de Deus para a salvação, não se refere meramente à Palavra escrita, pois em seu contexto, especificamente

em Romanos 10.8-10, o apóstolo Paulo disserta a respeito da “palavra de fé que pregava” e que era poderosa para a transformação dos perdidos. O Senhor Jesus se faz presente na igreja através da exposição fiel do texto sagrado, pela qual os eleitos são salvos e a igreja é edificada. A autoridade e a eficácia da mensagem pregada residem no poder das Escrituras e não na argumentação do pregador. Daí a necessidade de pregar-se todo o conselho de Deus (At 20.27). Muitas são as evidências extraídas da Bíblia a respeito da autoridade da pregação decorrente das Escrituras. Contudo, o testemunho interno do Espírito Santo no coração daqueles que se rendem aos pés da cruz é a maior evidência de que Deus fala através da sua

Palavra, o que independe de eloquência, ou sabedoria humana, conforme Paulo apresentou em 1 Coríntios 2.4: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder”. Considerando que esse conhecimento salvífico se dá a partir do conhecimento obtido pelo texto inspirado, conclui-se que a interpretação correta das Escrituras comunica a vontade divina. Isaías disse: “assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a designei” (Is 55.11). Neste texto Isaías ressalta a importância do pregador como instrumento dócil nas mãos de Deus, útil para a salvação, ou condenação. A pregação é eficaz

tanto para a salvação dos crentes quanto para a condenação dos ímpios. A exposição fiel das Escrituras é Palavra de Deus. A pregação é a Palavra de Deus porque transmite a mensagem bíblica: a vontade do Senhor. Então, quando os pastores, portadores fiéis da mensagem divina, são rejeitados é como se o próprio Deus fosse rejeitado. Isso não quer dizer que a mensagem bíblica torna os pregadores infalíveis, nem que sua autoridade seja

baseada naquilo que são, fazem ou dizem, mas, sim, na Palavra divina que interpretam e transmitem. Todo pregador deve ser rejeitado se sua pregação não estiver em conformidade com a lei do Senhor. Assim, ainda que a pregação fiel das Escrituras transmita segurança e autoridade ao mensageiro, os méritos são do Senhor e não dele; a autoridade é de Deus e não do pregador. Rev. Jubal Gonçalves é Mestre em Pregação pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper e pastor da 4IP Carapicuíba – SP.

FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

IV Encontro da Mulher Presbiteriana A

Confederação Nacional de SAFs (CNSAFs) realizou de 8 a 11 de setembro, em Caldas Novas (GO), o IV Encontro da Mulher Presbiteriana, que reuniu cerca de 2.500 mulheres. Com o tema “Proclamadora das Boas Novas por excelência (1Pe 2.9)”, mulheres do Brasil inteiro se reuniram para aprender mais sobre a SAF e sobre o trabalho nas igrejas presbiterianas.

“O IV Encontro foi excelente! As devocionais e oficinas foram ótimas. Sou grata a Deus pela oportunidade”, compartilhou Maura Benedita Nunes no site da CNSAFs. Foram oferecidas oficinas que abordaram a temática central de anunciar as Boas-Novas da Salvação. Os preletores convidados foram Rev. Roberto Brasileiro Silva – Presidente do SC da IPB, e

Rev. Luiz Ricardo Monteiro da Cruz, colaborador da Junta de Missões Nacionais. Além deles, irmãos e irmãs da IPB participaram como preletores das oficinas. “Nosso coração se alegra por mais um Encontro da Mulher Presbiteriana. Momentos de comunhão, adoração a Deus, aprendizado e muita alegria. Uma benção”, compartilhou Ana Maria Prado, presidente da CNSAFs.


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IGREJA EM AÇÃO

Projeto Natal Feliz Iniciado em São Paulo, projeto que leva a mensagem do evangelho e presentes de natal para crianças carentes, expande ações para o norte de Minas Gerais

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IP Jardim Planalto em Jundiaí (SP), realizará no dia 4 de dezembro mais uma edição do projeto “Natal Feliz”, no Lar Agrícola “A Semente” em Cotia (SP). O projeto nasceu na IP Siloé, em Guarulhos, no ano de 2005. O objetivo inicial era atender crianças carentes da Comunidade Sítio dos Morros, no Bairro Continental V, Guarulhos (SP). O Rev.Wandrei Perboni e sua esposa Elisângela, são os idealizadores do projeto. Com a mudança para a IP Jd. Planalto, o projeto ganhou mais um endereço. No ano passado, atenderam 122 crianças entre o lar agrícola, a IP Jd. Planalto e a IP Siloé em Guarulhos. O objetivo do “Natal Feliz” é presentear as crianças com um kit montado com roupa, calçado e brinquedo, todos novos e, principalmente, levar o presente maior, Cristo Jesus, por meio de uma atividade especial no dia da entrega dos presentes. Na ocasião, a criança, previamente cadastrada, comparece ao local de entrega, acompanhada por um adulto responsável. Ambos ouvem a Palavra de Deus, com a linguagem específica para cada um.

“Ao longo desses 11 anos de projeto, mais de 1.200 crianças já foram assistidas com o evangelho de Cristo e com a singela alegria de um presente de natal”, conta Elisangela. Neste ano, o Projeto Natal Feliz terá uma extensão

rão um kit escolar de natal neste ano. Essas crianças frequentam o projeto evangelístico da IP Ebenézer, na cidade de Pai Pedro (MG), chamado Shalom. “Nós conversamos com Rev. Lenilson, pastor da IP Ebenézer,

para o kit escolar de natal é de R$30,00. A doação pode ser feita no cartão de crédito ou depósito bancário, Banco 104 (Caixa Econônica Federal) ag 3197-6 c/c 18773-1, em nome do projeto (www.jovemnosertao.com.br).

no atendimento. Além da ação já prevista em Cotia (SP), outras 180 crianças do norte de Minas Gerais receberão presentes. Em aliança com o projeto “Jovem no Sertão”, também idealizado e coordenado pelo casal Perboni, crianças carentes previamente atendidas, recebe-

e coordenador do projeto Shalom juntamente com a esposa Ilza, e ele nos informou que o essencial para as crianças da região é o material escolar, pois muitas entram no ano letivo sem que os pais consigam adquirir todos os itens”, conta Rev. Wandrei. O custo de cada criança

Com o projeto Jovem no Sertão, Rev. Wandrei e Elisângela estão engajados e em constante oração para desenvolver ainda mais ações que beneficiem a região. “O Rev. Lenilson tem visitado vilarejos distantes de Pai Pedro, onde ainda não foi plantada uma igre-

ja. A distância prejudica o discipulado de novos convertidos, pois a viagem é longa”, explica Elisângela. Diante disso, a IP Jd. Planalto tem orado para que consigam plantar uma igreja na Vila Sudário. O objetivo é deixar ali um obreiro para acompanhar os convertidos. Além disso, o projeto estudou a possibilidade de perfurar um poço artesiano no vilarejo Passagem do Bernardo, pois, ali residem 150 pessoas que se abastecessem de caminhão pipa, de forma muito precária. O estudo foi realizado com sucesso e agora as orações estão no sentido de levantar recursos financeiros. Todos esse sonhos estão sendo planejados com muita oração entre as igrejas envolvidas. “Temos um grupo de oração específico para o projeto Jovem no Sertão e nosso objetivo é despertar cada vez mais igrejas do nosso presbitério. Deus está no controle, tudo é possível”, afirma Elisângela. Visando capacitar voluntários para a evangelização, os líderes do projeto realizarão um treinamento no mês de novembro, com data a ser definida. O workshop será no Centro de Treinamento Apecom (CTA), em São Paulo.


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PRESBITERIANISMO EM FOCO

Pastores brasileiros na África do Sul Marcone Carvalho

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ma história que daria um bom roteiro de filme. Assim pode ser descrita a experiência dos pastores brasileiros que, entre 1972 e 1982, atuaram na África do Sul. Foi a esse país que a providência divina os enviou para apoiar o trabalho da Nederduitse Gereformeerde Kerk – NGK (Igreja Reformada Holandesa) junto aos imigrantes portugueses. Nos anos 60 e 70, quando Portugal atravessava dias difíceis, muitos lusitanos desembarcaram na África do Sul em busca de melhores condições de vida. Havia gente da metrópole, da Ilha da Madeira e das províncias ultramarinas como Angola e Moçambique. Por meio do trabalho da Igreja Reformada Holandesa, alguns foram alcançados e deram origem à Igreja Reformada Portuguesa na África do Sul. Com a crescente chegada de imigrantes, um pastor da NGK, Rev. Peter Pienaar, solicitou ajuda à Igreja Presbiteriana do Brasil. O então presidente do Supremo Concílio, Rev. Boanerges Ribeiro, desafiou um jovem ministro, Rev. Mário Manoel Alves, a conversar com sua família e a orar pela causa. Mário, 34 anos, que pastoreava no Guarujá (SP), aceitou e, acompanhado da esposa Mary e dos dois filhos, instalou-se em fevereiro de 1972 na cidade

Atrás, de pé: Mário M. Alves, Peter Pienaar, Trindade, Cláudio Marra e Samuel Coelho. Na frente: Dídimo de Freitas e Éber Lenz César.

de Pretória. Nessa região viviam por volta de dez mil portugueses. O trabalho pastoral consistia em visitá-los, evangelizá-los e discipular os convertidos. À medida do possível, devia-se expandir o raio de atuação para as demais cidades, com a perspectiva do estabelecimento de congregações, e trazer mais pastores. No final desse mesmo ano, o Rev. Mário voltou ao Brasil e arregimentou o recémformado Cláudio Marra, 25 anos, e sua esposa Linda. O casal desembarcou em Joanesburgo no começo de 1973. No ano seguinte eclodiu em Portugal a Revolução dos Cravos (1974), que acelerou de modo violento o processo de independência de Angola e Moçambique, de onde milhares de portu-

gueses brancos tiveram de fugir às pressas. A África do Sul, com uma grande comunidade lusitana, foi o destino de muitos. O contingente português no país era estimado, naquele momento, em cem mil pessoas. A partir de então, os refugiados passaram a ser incluídos na ação evangelística da IRH, tanto na África do Sul quanto na Namíbia. Decidiu-se, portanto, pela contratação de mais obreiros. Em 1975, chegaram três reforços, a saber: Rev. Éber Magalhães Lenz César, 33 anos, que havia pastoreado as IP de Viçosa e de Carangola (MG), com a esposa Márcia e dois filhos, e foi instalado na cidade de Nelspruit; Samuel Coelho, 55 anos, português que vivia no Brasil, sua esposa, Cláudia, e dois filhos, para atuar em Pretória; e Dídimo de

Freitas, 25 anos, recém-formado, casado com Sueli, para trabalhar em Vanderbijlpark. Dídimo, assim como Marra e Samuel, foram ordenados pela Nederduitse Gereformeerde Kerk, como também Éber, já ordenado pela IPB. Também estavam integrados ao ministério em língua portuguesa o Rev. Benjamim Trindade, angolano, e o Rev. Pieter Botha, sul-africano. O trabalho apresentava desafios novos para os brasileiros. Adaptar-se à vida em outro país era o menor deles. Evangelizar refugiados em acampamentos repletos de tendas também não foi um grande obstáculo. O mais difícil foi trabalhar sob as regras e a visão dos reformados afrikaners, os brancos da África do Sul. A Nederduitse Gereformeerde Kerk fora

introduzida pelos colonizadores holandeses no século 17. Era uma igreja antiga e tradicional. Os brasileiros vinham da IPB, igreja jovem em um país mestiço, aberta à evangelização de todos, independente da cor da pele. Estava em vigência o apartheid (pronuncia-se apartêide) – como ficou conhecido o regime de segregação racial no país. Em seu livro Vida de Pastor, o Rev. Éber César descreve a realidade que testemunhou: “De modo geral, os negros faziam todo o trabalho braçal nas cidades dos brancos: construção, limpeza urbana, faxina, etc. Ao entardecer, voltavam de ônibus para as suas próprias cidades. Não podiam dormir na cidade dos brancos. Era comum vermos brancos (chefes) sentados num banco de praça ou encostados num poste, lendo jornal, enquanto vigiavam um grupo de negros fazendo o trabalho pesado”. Em outra parte, o autor narra uma conversa que teve com o Rev. Pienaar. O Rev. Éber havia conhecido um moçambicano negro que trabalhava em um supermercado. Por conta da separação racial, antes de convidá-lo à igreja, ele informou ao irmão Pienaar o desejo de fazê-lo. Eis a resposta que obteve: “Se o levasse à sua igreja, no dia seguinte você seria mandado de volta para o Brasil!”. Dessa maneira, em pouco


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EVANGELIZAÇÃO tempo, os obreiros brasileiros perceberam a dificuldade que teriam de enfrentar para cumprir seu chamado pastoral. Na origem e pior do que toda essa segregação, porém, o apartheid partia da injusta negação dos direitos de cidadania aos negros nativos da terra. Em meio aos desafios, os pastores cumpriam com zelo sua tarefa e, por meio deles, muitas vidas foram alcançadas e outras tantas assistidas pastoralmente. Lendo seus relatos, todos reconhecem a importância dessa singular experiência como fonte de amadurecimento ministerial. No final de 1976, os Revs. Marra e Éber regressaram ao Brasil, deixando congregações já desenvolvidas. Um ano depois, foi a vez do Rev. Dídimo. Por sua vez, os Revs. Mário e Samuel permaneceram por mais tempo. Mário voltou em 1981 e Samuel em 1982. Mário Alves e Éber César estão jubilados. Dídimo e Samuel faleceram após anos de intenso serviço e Cláudio Marra é Editor da CEP e professor no JMC. Alguns crentes portugueses regressaram à sua pátria ainda nos anos 70. Convertidos ao Senhor na África do Sul, formaram duas congregações: a Igreja Reformada de Lisboa e a Igreja Reformada do Porto. Ambas seguem ativas e são frutos da semente lançada e regada por brasileiros e afrikaners. O Rev. Marcone Bezerra Carvalho é historiador e colabora regularmente com o Jornal Brasil Presbiteriano.

IP São José dos Campos na Missão Caiuá Cleber de Freitas

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IP de São José dos Campos (SP), em parceria com a Universidade Mackenzie, realizou durante os dias 23 a 25 de julho, mais uma edição do projeto Mackenzie Voluntário na Missão Caiuá. A Equipe, montada e organizada pelo Rev. Naity Wesley Schwenck Gripp, pastor da igreja, contou com a participação de membros desta comunidade e de outras igrejas presbiterianas parceiras, como a do Jardim Augusta (SJC/SP), Koinonia (SJC/SP), Jacareí (SP) e Tietê (SP). A ação foi realizada em três etapas: no dia 23, a equipe chegou na sede da missão Caiuá, em Dourados (MS), onde realizaram uma visita ao Hospital Pediátrico da Missão, levando carinho e conforto de Cristo aos pacientes. A visita se encerrou com a entrega de cerca de 200 lençóis para os leitos e macas do hospital, camisetas brancas para a equipe de funcionários e brinquedos para as crianças ali internadas. Essa iniciativa foi coordenada pelo Presb. Mário Marcos M. Teotônio e sua esposa Rossana L. Eller Teotônio. Dando seguimento à ação, a equipe se deslocou até a aldeia indígena em Amambaí (MS), onde, no dia 24, cooperou com os trabalhos das igrejas e congregações

Equipe no Portal de entrada da sede da Missão com o Rev. Benjamin

locais. Pela manhã, os participantes se dividiram em equipes para acompanhar os trabalhos da Igreja Indígena de Amambaí e suas duas congregações, onde deram aulas para os adultos

dos na igreja sede, em um culto organizado pela equipe. O culto foi conduzido pelo missionário Sérgio, a mensagem foi pregada pelo seminarista Cléber de Freitas (Seminarista do JMC na

Parte da entrega das bicicletas

e realizaram um trabalho especial com as crianças. Ao final das atividades na igreja e nas congregações, foram entregues às famílias das igrejas 53 bicicletas, doadas e reparadas por membros da IP de São José dos Campos. No período da noite, todos os trabalhos foram unifica-

IP de São José dos Campos) e a Ceia foi ministrada pelos Revs. Naity e Antônio. Após o culto, houve participações musicais, com coro formado pelas crianças e com um coro formado por todos os integrantes da equipe. No dia 24, foram realizadas diversas atividades com a comunidade indígena. Fo-

ram oferecidos serviços de corte de cabelo, manicure, palestra sobre saúde feminina, aconselhamento, recreação com as crianças (cama elástica, pintura de rosto e brincadeiras), almoço para cerca de 500 pessoas, entrega de doações de roupas, calçados e kits de higiene pessoal para os adultos, bem como roupas e brinquedos a todas as crianças. As atividades foram finalizadas com um lanche. “Primeiramente agradecemos a presença de vocês aqui, e mais ainda ao pessoal da Missão Evangélica, ao Rev. Beijamin e ao Sérgio que sempre têm olhado para nós. Não é só no dia de hoje que sentimos que a Missão trata bem a comunidade indígena. Eu sei, desde que eu era criança, que a missão é companheira do índio”, contou em depoimento, o índio Francisco. Cléber de Freitas é seminarista do Seminário José Manoel da Conceição (JMC)


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EDIFICAÇÃO

A piedade obediente de João Calvino Hermisten Costa

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uanto à piedade de Calvino, podemos extrair de seus ensinos alguns de seus princípios e achar aqui e ali algo que reflita a sua prática devocional, mas não algo sistemático. Calvino não se especializou em falar de suas experiências. Não era seu estilo aproveitar oportunidades para falar de si ou de suas experiências espirituais com o fim suposto de ajudar a Igreja. Ele simplesmente expõe e aplica o texto bíblico ou, quando trabalha mais sistematicamente (Institutas, Catecismos, etc.), apresenta a doutrina. O fundamento de sua prática era a sua compreensão hermenêutica. Para Calvino a doutrina estava relacionada à nossa vida. A doutrina é para ser crida, vivida e ensinada. Em 1536, aos 27 anos, ele podia fazer o que julgava determinado à sua vida: o estudo, a reflexão e a pregação. Com esse objetivo, dirige-se a Estrasburgo, contudo, por encontrar-se impedida a estrada que daria acesso direto àquela cidade, teve que pernoitar em Genebra, “não mais que uma noite”. O tímido e discreto Calvino desejava passar anônimo, mas foi descoberto, teve o seu encontro dramático com Guilherme Farel (1489-1565) que o persuadiu a permanecer na cidade e juntos,

levar adiante a Reforma que oficialmente fora adotada ali (21.05.1536). Em 1538, porém, Calvino e Farel foram expulsos da cidade. Agora, finalmente, chega em Estrasburgo, disposto a recomeçar a sua vida pastoral e de estudo, tendo então, como marco dessa nova

novamente naquele lugar”. Calvino hesita; em 1º de maio de 1541, o Conselho Geral, por considerar Calvino e Farel “pessoas de bem e de Deus”, revoga o edito de banimento de 1538. Farel, que convencera Calvino em 1536 a permanecer em Genebra, agora, a pe-

certa rapidez: os magistrados de Genebra, precedidos por um arauto, foram receber Calvino (13.09.1541), percorrendo o mesmo caminho que ele e Farel haviam trilhado três anos antes. Nesse mesmo dia, Calvino entra em Genebra; no dia 16, escreve a Farel dando-

Não era seu estilo aproveitar oportunidades para falar de si ou de suas experiências espirituais com o fim suposto de ajudar a Igreja

fase, a redação do seu comentário da carta de Paulo aos Romanos (1539). O Conselho dos Duzentos convidou Calvino a voltar a Genebra (22.10.1540). Ele escreve em resposta (19.05.1540) ao seu amigo Viret (1511-1571): “Eu li aquela passagem de sua carta, e certamente sem nenhum sorriso, onde você mostra preocupações com a minha saúde e recomenda-me voltar a Genebra. Por que você não me envia à cruz? Pois, teria sido preferível para mim perecer de uma só vez nas agonias do calvário, do que tornar a ser supliciado

dido do Conselho daquela cidade – visto que Calvino não atendera ao seu convite –, o convence a retornar a Genebra em 1541. Em agosto desse ano, mesmo desejando permanecer em Estrasburgo, ele voltaria: “(...) quando eu me lembro de que não pertenço a mim próprio, eu ofereço meu coração, apresentado como um sacrifício ao Senhor”. Posteriormente, pregando em Genebra (26.02.1554), diria: “Em primeiro lugar temos de aprender a sujeitar nosso coração a ser obediente a Deus”. Os fatos ocorrem com

-lhe notícia da sua entrevista com os Magistrados e dos passos para a elaboração da forma para disciplina eclesiástica. A partir de então, Calvino dá prosseguimento à implantação de uma intensa reforma naquela cidade. Mais tarde (1557), ele contaria que regressou a Genebra com lágrimas, tristeza, ansiedade e abatimento, contrariando a sua “aspiração e inclinação”; contudo, ele tinha dentro de si um sentimento maior do que simplesmente fazer o que desejava; confessa: “o bem-estar desta Igreja, é verdade, era algo tão ín-

timo de meu coração, que por sua causa não hesitaria a oferecer minha própria vida; minha timidez, não obstante, sugeriu-me muitas razões para escusar-me uma vez mais de (...) tomar sobre meus ombros um fardo tão pesado. Entretanto, (...) uma solene e conscienciosa consideração para com meu dever prevaleceu e me fez consentir em voltar ao rebanho do qual fora separado.” Em outra ocasião escreveria: “Não é de se estranhar se os fiéis, mesmo em oração, nutram em seus corações divergências e emoções conflitantes. O Espírito Santo, porém, que os habita, amenizando a violência de sua dor, pacifica todas as suas queixas e os conduz paciente e cordialmente à obediência”. Comentando o salmo 13: “é pela fé que tomamos posse de sua providência invisível”. A sua tarefa não foi fácil nem tranquila: No comentário de Tito (1549) – dedicado aos seus amigos Farel e Viret –, escreveu, como que descrevendo a sua própria vivência em Genebra: “A edificação de uma igreja não é uma tarefa tão fácil que se torne possível fazer com que tudo seja imediata e perfeitamente completado”. Calvino permaneceria em Genebra até o fim de sua vida (27.05.1564). O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a Equipe de Pastores da 1ª IP de São Bernardo do Campo, SP.


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Outubro de 2016

FAMÍLIA CRISTÃ

FÉ REFORMADA

Pais, professores e educadores Clayton e Elaine

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o último dia 3 de setembro realizou-se na IP do Jardim Itapuan o primeiro encontro de pais, professores e educadores, organizado pela secretaria da infância (UCP) do presbitério de Santo André com uma palestra do presbítero Solano Portela sobre o seu livro O que estão ensinando aos nossos filhos. Nesse dia, ele falou sobre qual deveria ser a abordagem da escola dentro de uma cosmovisão cristã da pedagogia redentiva e nos alertou com o uso de dados e publicações da área, sobre a corrente abordagem marxista, que esvazia todos os princípios morais e religiosos de verdade, de beleza e de justiça. Citou obras como

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Calvinismo da Editora Cultura Cristã, em que o autor Abraham Kuyper fala sobre a autonomia das esferas e que “as ciências” são legado da escola, “a educação” da família e “a religião” da Igreja; ficando ao Estado o dever de reger essas esferas e promover a justiça com seu poder derivado de Deus e não autônomo. O encontro reuniu cerca de 130 pessoas de diversas igrejas do Estado de São Paulo, presbiterianos, de outras denominações, católicos, ateus e não crentes. Isso nos mostra que a função da igreja também é ser veículo da graça comum servindo a sociedade e sendo sal da terra e luz do mundo. Clayton e Elaine são Secretários do Trabalho Infantil do PRSA.

Elaine, Sem. Clayton, Presb. Solano Portela, Elizabeth Portela e Rev. Paulo Alexandre, pastor da IP Itapuan

Encontro da Fé Reformada Curitiba Inscrições abertas para a terceira edição da EFR Curitiba

O

3º Encontro da Fé Reformada Curitiba (PR), será realizado nos dias 18 e 19 de novembro, na Igreja Presbiteriana Silva Jardim com o tema “Sola Gratia”. Os preletores convidados são Rev. Mauro Meister e Presb. Solano Portela. O Encontro da Fé Reformada Curitiba surgiu em uma discussão sobre a situação do evangelicalismo brasileiro frente aos ensinamentos das Sagradas Escrituras. Foi identificada a triste realidade de que, de modo geral, as pessoas têm abandonado o conceito de autoridade, infalibilidade e inerrância das Sagradas Escrituras, bem como de sua importância vital para a Igreja de Cristo. Diante disso, chegou-se ao consenso de que algo deveria ser feito com o fim de propagar os con-

ceitos de fé deixados pelos reformadores. Nasceu um propósito maior: despertar os servos de Deus em Curitiba, e regiões circunvizinhas, para a realidade de que as Sagradas Escrituras devem ocupar lugar central na história e na vida da Igreja de Deus. Para a edição de 2016, os preletores abordarão os seguintes temas:

Mauro Meister: A aliança da Graça; e Solano Portela: Ensino secular: militando contra a Graça de Deus / Escolas cristãs: veículos da Graça de Deus. O logotipo desenvolvido para o Encontro expressa o diferencial do evento, uma mistura entre a Tulipa e a Araucária. A Tulipa representa a soteriologia reformada (calvinista).

O acróstico em inglês “TULIP” significa: T – Depravação Total (Total Depravity); U – Eleição Incondicional (Unconditional Election); L – Expiação Limitada (Limited Atonement); I – Graça Irresistível (Irresistible Grace); P – Perseverança dos Santos (Perseverance of the saints) A Araucária, árvore símbolo do Estado do Paraná, por isso, não poderia estar ausente. As inscrições já estão abertas no site www.fereformadacuritiba.com.br . Mais informações também estão disponíveis neste site, ou no e-mail contato@fereformadacuritiba.com.br .


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Outubro de 2016

AÇÃO SOCIAL

88 anos da AEB Associação fundada em 1928 celebra 88 anos de história com culto de gratidão e ações comunitárias

A

AEB – Associação Evangélica Beneficente – é uma entidade social fundada em 1928 pelo Rev. Otoniel Mota, com o propósito de cuidar de carentes. No seu início, a AEB acolhia os doentes de tuberculose que eram estigmatizados e marginalizados pela sociedade, na Vila Samaritana, em São José dos Campos – SP, oferecendo cuidado e tratamento de qualidade. Atualmente, a AEB possui projetos nas áreas de educação, saúde e assistência social, propiciando o acolhimento a públicos diversos quanto à faixa etária, gênero e necessidades. No mês de setembro, a entidade completou 88 anos de história. Para celebrar, os líderes dos projetos da AEB reuniram esforços

Criar & Tocar

para realizar a uma ação no Complexo da AEB Sul, que é a tradicional Festa da Primavera. O objetivo é criar um unir esforços para captar recursos e também promover a comunhão entre os colaboradores. Ao final do evento, Sergio Mendes, gerente executivo de desenvolvimento institucional da AEB, reuniu o público para dar uma palavra sobre a celebração.

CEI Liberdade

Em seguida, o gerente de projeto do Criar&Tocar, Natanael Ferreira da Silva, cantou algumas músicas. Outras ações marcaram as comemorações. Uma delas foi o jantar comemorativo, que este ano focou no projeto cultural Criar & Tocar, para ampliar o número de patrocinadores, visando sua sustentabilidade financeira, visto que o projeto tem enfrentado dificuldades.

AEB- Sul realizou Festa da Primavera

No dia 18 de setembro, foi realizado um culto de gratidão pelos 88 anos da AEB, na IP da Lapa (SP), com participação da Orquestra do Criar&Tocar. Estiveram presentes também Carlos

mensagem baseada no evangelho de Lucas capítulo 15, explanando sobre a importância de entidades como a AEB no cuidado com o próximo. As atividades realizadas

Vidas em Jogo (Esporte)

Magalhães, Presidente do Conselho Consultivo, e os integrantes do Comitê Executivo, Sérgio Mendes, Noemi Bonini Flores e o maestro João Guirau, além das funcionárias Anna Paula Vazzoler e Georgete Caires responsáveis, respectivamente, pelas áreas de Recursos Humanos e Captação de Recursos. Na programação de aniversário, Rev. George Canêlhas, pastor da IP Lapa, presenteou a AEB com uma

pela AEB são frutos de um trabalho em rede, no qual cada ente social tem seu papel: contribuintes comprometidos, funcionários responsáveis, pessoas atendidas, poder público e iniciativa privada. Para a entidade, o que mantém o trabalho é a confiança no Senhor e nos companheiros de jornada, ingredientes fundamentais para o sucesso das realizações e para melhorar o caminho comum.


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CAPA

Feliz Dia da Criança Presbiteriana José Roberto Coelho

E

m todo o país é lembrado o Dia das Crianças (12.10). Na IPB também comemoramos o Dia da Criança Presbiteriana na mesma data. Imagino que isso foi convencionado para aproveitar as comemorações do dia 12. Sendo assim, aproveito a oportunidade para celebrar o Dia Nacional da Criança Presbiteriana contando um pouco da história da nossa União de Crianças Presbiterianas (UCP). O que segue abaixo é um breve relato que foi colhido través de pesquisas aos boletins de igrejas presbiterianas, atas de reunião da SAF e por palavras de pessoas que testemunharam os fatos. “Entre 1940-1942, na IP de S. José Del Rei (MG), havia um trabalho diferenciado e direcionado para as crianças denominado Liga Juvenil. Nas tardes de sábado, na casa da diretora, Sra. Lavínia, reuniam-se os sócios da Liga. Conta-nos a história que, na sua simplicidade, com poucos e precários recursos, a Sra. Lavínia proporcionava horas felizes e dinâmicas às crianças, com brincadeiras, estudos, histórias e deliciosos lanches. Havia reuniões especiais e festivas com vários programas. Anos mais tarde, outra Liga Juvenil foi criada na 1ª IP de Niterói (RJ). No ano de 1978, nasceu a revista Juvenis por Cristo, que se tornou órgão oficial do trabalho da infância e levava aos líderes toda orientação sobre atividades, ideias, sugestões e lições bíblicas. A revista circulou até o ano de 1995. Não se sabe como e quando se iniciou oficialmente a Liga Juvenil na IPB. Sabe-se, contudo que, em

Fereração Madureira de UCPs realiza Encontros para fortalecer e envolver o trabalho com as crianças

1980, numa reunião realizada em São Paulo como a Sra. Edna Costa (Secretária Nacional do Trabalho Feminino), Tia Custódia e outras lideranças da área, foi proposto trocar o nome desse trabalho para União de Crianças Presbiterianas – UCP. O trabalho de crianças, até então, era vinculado ao trabalho das senhoras, com a direção da Secretaria Nacional de SAFs, mas pouco depois, em meados de 1982, foi criada a Secretaria Geral do Trabalho da Infância. Desde então, vários trabalhos surgiram e muitas UCPs foram organizadas, como também suas Federações e em alguns casos Confederações Sinodais. Pela sua excepcionalidade, não há uma Confederação Nacional de UCPs. A primeira Secretária Geral da Infância foi a Sra. Edna Costa, que já era responsável pela secretaria do trabalho feminino. No ano de 1986,

foi nomeada a Sra. Angelina Vieira, que ocupou o cargo até 1994, sendo substituída pelo Rev. Josué Alves Ferreira que ficou na função até o ano de 2006, sendo substituído pelo Rev. Jáder Borges Filho que exerceu a função até 2010. Em 2010 assumiu o Rev. José Roberto Rodrigues Coelho, reeleito em 2014 para mais um quadriênio (2014-2018).” Dentro desse contexto, destaco o que disse Tia Custódia, uma das pioneiras nesse ministério dentro da IPB: “Pelas misericórdias do Senhor, durante anos, tenho estado à frente desse trabalho, aqui na minha igreja. Tem sido uma grande bênção na minha vida, muito aprendi e muito fui edificada ensinando as crianças. O meu grande desejo é que em todas as nossas igrejas haja UCPs organizadas, ativas e que trabalhem com muito dinamismo preparando as nossas crianças na vida

cristã e levando-as a seguir e servir ao Senhor Jesus com muito amor. O trabalho é realmente maravilhoso. Que Deus, o nosso Pai, nos abençoe e desperte as nossas igrejas para este tão importante trabalho”. A UCP representa o trabalho da infância na IPB e a infância deve ser preservada em sua essência como tempo indispensável para a formação do caráter. Por isso, comemorar esse dia é também celebrar o trabalho profícuo das nossas UCPs. Então, com o coração grato a Deus, convido todas as crianças da IPB a festejar o dia 12 de outubro fazendo da sua UCP um lugar de crescimento, alegria, serviço e integração. Deus abençoe nossas crianças! Deus abençoe nossas UCPs! Feliz Dia Nacional da Criança Presbiteriana! O Rev. José Roberto R. Coelho é o Secretário Nacional da Infância da IPB.


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FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

UMP: Somos todos peregrinos A

CNM – Confederação Nacional de Mocidade – lançou em maio deste ano o projeto “Somos todos Peregrinos”, que vem trazer à memória a ordem do Senhor no empenho e dedicação àqueles que, estando vulneráveis, precisam ser assistidos em suas necessidades. “Somos chamados a dispensar ao próximo, amor e serviço pleno, em obediência ao mandato do Senhor. Assim, o projeto propõe o despertamento da juventude presbiteriana quanto a necessidade de buscar exercer atos de misericórdia para com os refugiados, revelando os valores do reino de Deus”, explicou

a comissão do projeto. O objetivo é usar o sistema federativo da UPM (União Presbiteriana de Mocidade) como instrumento para socorrer os refugiados, em especial sírios, através do auxílio às entidades que estão trabalhando no acolhimento e proclamação do evangelho de Cristo a esses povos. O Brasil tem se destacado na América Latina como país que mais recebe refugiados, em especial sírios, e muitos deles fazem parte da igreja perseguida. O tema “somos todos peregrinos” surge para levantar discussões e ações sobre a urgência no engajamento, na recepção e na

adaptação dos refugiados no Brasil por parte da igreja brasileira e dos jovens presbiterianos. Para que o projeto caminhe dentro do objetivo de alcançar os refugiados, a CNM realiza parcerias com duas instituições: ANAJURE – Associação Nacional de Juristas Evangélicos e MAIS – Missão em Apoio a Igreja Sofredora. O projeto promoverá a arrecadação de fundos e mobilização das igrejas e famílias no processo de acolhimento e oração pelos refugiados no país, com atuação no apoio espiritual, logístico e financeiro, junto aos parceiros do projeto.

A CNM sugere ações para as UMPs, como palestra sobre o tema de acordo com o posicionamento bíblico; participação de membros da MAIS ou da ANAJURE no respectivo estado; vídeo temático; música-tema: Nossa canção – Gabriela Rocha e Leonardo Gonçalves. Além disso, há a proposta de distribuição de folders sobre o programa de acolhimento de refugiados da MAIS, a serem obtidos com a própria instituição. A CNM desenvolve muitos projetos, com o desejo de envolver as UMPs de todo o Brasil. Para saber, acesse: www.ump.org.br . Membros da Comissão:

Presb. Rodrigo Barros da Silva Ribeiro (CSM Paraíba – Relator), Diác. Lucas Fagundes Pinto (CSM Vale do Aço), Renata Gerhardt Gomes Roza (CSM Sul Fluminense), Sem. Augustinho Pires de Oliveira Júnior (CSM Noroeste do Brasil), Guilherme Granzotto Lemos (CSM Curitiba), Diác. Eliomar Júnior Gomes da Silva Pereira (CSM Sul da Bahia), Diác. Hederly Miranda Rodrigues (CSM Garanhuns). Revisão: Poliana Rodrigues da Rocha – Secretaria de Responsabilidade Social – CNM e Tahysa Mota Macedo – Secretaria de Missões – CNM.

PROJETO SARA

Buscai a Deus e vivei O

livro de Amós remete a um importante momento e que Deus chama o seu povo à responsabilidade de uma vida piedosa na sociedade, praticar a piedade, acudir os pobres, fazer cessar a injustiça social de uma vez por todas. Muitos dos nossos filhos nos questionam o porquê de tanto sofrimento e miséria, quando dizemos a eles que Deus é maravilhoso, bondoso e misericor-

dioso. Como explicar? Esse cuidador de gado de Judá foi enviado para a nação de Israel, durante o reinado próspero de Jeroboão II, para alertar o povo que Deus estava prestes a destruí-los. Amós não é profeta de carreira, mas obedece à ordem divina para profetizar. Esse povo opressor, ganancioso, vaidoso não se importava com o próximo. Ainda hoje, parece que já nos

“Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e, assim, o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis” (Am 5.14).

acostumamos com pessoas morando na rua, irmãos passando por dificuldades financeiras mesmo dentro de nossas igrejas, paramos de entregar ofertas missionárias e apenas nos propomos a orar. Deus nos chama para orar, sim, mas também para praticar o bem. Temos o exemplo de Barnabé, um homem que poderia se acomodar nos próprios recursos e se esquivar de ajudar

pessoas tão próximas a ele que estavam em dificuldades (At 4.36-37). Temos ainda o exemplo de nossos reformadores, que tratavam não apenas das práticas religiosas e doutrina, mas da forma correta de um autêntico cristão testemunhar de sua fé, acudindo o necessitado. Famílias estão se desfazendo pois não estão suportando tamanha crise de nosso país. Atentemos à essência do evangelho,

levar as boas novas de salvação, o que resulta em vida, compaixão, atitude e ação. Que possamos assumir essa responsabilidade de buscar o bem, pois Deus está conosco, sempre pronto para nos perdoar, nos abençoar, nos amar. Amós afirmou a promessa de Deus nunca abandonar o povo da aliança. Ele é um Deus de amor que deseja a vida e a paz sobre Israel.


Outubro de 2016

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MEMÓRIA PRESBITERIANA

No BRASIL E NO MUNDO

SBB apresenta a Nova Almeida Atualizada Com o selo de qualidade da SBB, é lançado o primeiro fruto do trabalho de revisão da tradução Almeida Revista e Atualizada, a edição do Novo Testamento, Salmos e Provérbios. Tradução é uma das preferidas pelos leitores brasileiros.

Rua da Saudade, 299 – Bairro da Boa Vista, Recife.

Neste local foi impresso a primeira edição do jornal Brasil Presbiteriano. No prédio funcionava a EDIPRÉS – Editora Presbiteriana, que na época pertencia à The North Brazil Presbyterian Mission. O atual jornal Brasil Presbiteriano foi antecedido pelos jornais O Puritano e Norte Evangélico. Fonte: Rev. Enos Moura. Pastor presbiteriano e colaborador no arquivo histórico da IPB.

Uma das traduções mais lidas pelos cristãos brasileiros, a Almeida Revista e Atualizada (RA), publicada com exclusividade pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), atravessou 60 anos sem ter sido submetida a uma revisão mais profunda. A recomendação das Sociedades Bíblicas Unidas (SBU), aliança mundial da qual faz parte a SBB, recomenda que isso seja feito a cada 25 anos. Agora, a pedido e com a colaboração das igrejas cristãs, a revisão está em andamento e recebeu o nome de Nova Almeida Atualizada. O primeiro fruto desse trabalho é a edição do Novo Testamento, Salmos e Provérbios. A expectativa é que a revisão de todo o conteúdo da Bíblia esteja concluída em 2018, ano em que a SBB completará seu 70º aniversário e quando também será celebrado o segundo Ano da Bíblia no Brasil –, uma década depois da celebração do primeiro. Os parâmetros da revisão foram definidos em conjunto entre especialistas da SBB e representantes de diferentes denominações cristãs. “O propósito dessa nova atualização da Almeida Revista e Atualizada é que o leitor diga: ‘Isso é Almeida, e isso eu entendo’. Ou seja, as principais melhorias estão sendo feitas com o objetivo de tornar o texto mais compreensível, sem perder a essência desta tradução”, explica Vilson Scholz, consultor de Tradução da SBB, que está à frente da empreitada. A RA diferencia-se pela fidelidade aos textos originais, linguagem atualizada sem abrir mão do vocabulário e sintaxe eruditos, riqueza de estilos literários, além de legibilidade

e sonoridade. Todos esses predicados, tão apreciados pelo leitor da Bíblia, continuam presentes na Nova Almeida Atualizada. Entre as melhorias, destacam-se: • Redução da extensão das frases, sempre que possível (mais pontos e menos pontos e vírgula). • Os termos da frase foram colocados na ordem natural do português (sujeito antes do verbo). • Construções complicadas e de pouco uso, como é o caso de mesóclises do tipo “dir-lhes-ei”, foram refeitas. • Palavras difíceis, como “irrisão” e “prevaricar”, foram substituídas por termos mais simples. A mudança que mais deverá chamar a atenção, inicialmente, é a passagem do “tu” e “vós” para “você” e “vocês”, com exceção das orações ou palavras dirigidas a Deus, em que se preserva o “tu”. “O maior desafio desse trabalho tem sido fazer com que, mesmo atualizado para o português escrito no Brasil do século 21, o texto mantenha a sonoridade de Almeida”, complementa Scholz.

Morre Edison Queiroz Faleceu dia 22 de setembro aos 67 anos o pastor batista Edison Queiroz. Queiroz era pastor da Primeira Igreja Batista em Santo André (SP) e foi um abençoado promotor de missões. Sua morte foi consequência de um câncer no cérebro. A Junta de Missões Nacionais batista emitiu uma nota oficial lamentando o falecimento desse notável líder. Queiroz tinha um perfil ministerial dedicado a visão ministerial e seus frutos falam pela sua pessoa. Ele amava e vivia para missões.


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Outubro de 2016

AUTARQUIAS

1o Encontro de Capelães Promovido pela JET/IPB em parceria com a SGAP e participação da maioria dos capelães de instituição teológica da IPB, o encontro foi realizado no Seminário Presbiteriano do Norte, com tema “Pastoreando para o pastoreio”. Valdeci Santos

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anto a Junta de Educação Teológica (JET) quanto a Secretaria Geral de Apoio Pastoral (SGAP), compreendem que a atividade do capelão é de suma importância na formação acadêmica e espiritual dos futuros ministros da IPB. O Programa de Atuação da SGAP nesse quadriênio inclui o apoio aos capelães de seminários e institutos bíblicos no sentido de capacitá-los a desempenhem satis-

fatoriamente as tarefas do seu cargo. Dessa maneira, o I Encontro de Capelães foi idealizado com o objetivo de assistir os responsáveis nesse ministério. A JURET Nordeste, através do SPN, se ofereceu para hospedar o encontro, providenciando acomodações e alimento. A programação foi dinâmica e o programa incluiu palestras, mesa redonda, atividades em equipes, compartilhamento, etc., tudo em um clima de comunhão e cooperação.

Os Capelães decidiram propor à JET alteração do Regimento Interno dos Seminários no que diz respeito à descrição de tarefas do capelão, alteração dos termos dos graus de avaliação do trabalho do capelão nos relatórios da JET e padronização do modelo de relatório do capelão. Julgo que a realização do I Encontro de Capelães atendeu à expectativa e cumpriu os propósitos estabelecidos. Aguardo no Senhor que os frutos desse

encontro sejam observados nas próximas avaliações. Por último, agradeço o apoio das Presidências do SC/IPB, JET/IPB e Juret

Nordeste sem a qual não poderíamos ter progredido em nossos intentos. O Rev. Valdeci Santos é o Secretário Geral de Apoio Pastoral (SGAP) da IPB.

FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

Jubileu de Ouro da CNHP em João Pessoa Eliézer Gomes

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o dia 24 de setembro, no templo da 1ª IP de João Pessoa (PB), a Confederação Nacional de Homens Presbiterianos do Brasil – CNHP – ofereceu ao Senhor um culto em ações de graça pela passagem do Jubileu de Ouro (50 anos de existência). O culto foi organizado pela Confederação Sinodal de Homens Presbiterianos da Paraíba – CSHP – e teve como dirigente o Presb. Ivan Wilson, vice-presiden-

te da CNHP região Nordeste, e como pregador Rev. Robinson Grangeiro presidente do Sínodo da Paraíba. Delegações de vários estados nordestinos participaram, além do Presb. José Roberto Albrecht, representando o Presidente, e também esteve presente Presb. Paulo Daflon. Antes do início do culto, várias saudações foram feitas aos participantes por lideranças presentes, a exemplo do vice-presidente Nordeste da CNHP, Presbítero Ivan Wilson; Rev. Fernando

Brito, pastor efetivo da 1º IP de João Pessoa e presidente do Presbitério da Paraíba; Diácono Eliézer Gomes, presidente da CSHP-PB, além de uma lembrança especial do Presbítero Haroldo Payneau, Secretário Nacional do trabalho masculino da IPB, que se encontra recuperando de enfermidade. Após as saudações o presbítero Albrecht fez um belíssimo histórico dos 50 anos da CNHP com riquezas de detalhes, o que foi motivo de admiração pelos

presentes. Após o momento, protocolar deu-se início ao culto, com orações, cânticos entoados pelo grupo Manancial, criado pela CNHP, pelo coral da 1ª IP de João Pessoa e os cantores evangélicos Azeneto, da sinodal de Pernambuco, e Márcia, da Sinodal do Ceará, e pregação pelo Rev. Robinson Grangeiro. O Projeto “Mão na Massa” também foi lembrado no culto, oportunidade em que foi realizado um momento de arrecadação ofer-

tas em prol do mesmo. Ao final, foram homenageados os presidentes de Confederações Sinodais e Federações Presbiteriais presentes, com plaquetas comemorativas, e em seguida o descerramento da placa comemorativa do jubileu afixada no salão social da 1ª IP de João Pessoa. “Que Deus, nosso Pai celestial continue a abençoar nossa UPH em todo território nacional”. Eliézer Gomes é diácono e Presidente da CSHP.


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IGREJA EM AÇÃO

57 anos da IP de Volta Redonda Gumercindo Esposti

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e 21 a 23 de agosto, a 2ª IP de Volta Redonda (RJ) comemorou seu 57º aniversário de organização. A história da igreja teve início no mês e ano do primeiro centenário da IPB (23.08.1959). Com lutas e vitórias, igreja cresceu como missionária e propagadora do evangelho de Jesus Cristo. Durante as comemorações, pregou o Rev. Pinho Borges, Secretário Geral da Terceira Idade. Houve, ainda, a participação da equipe de cânticos da igre-

ja local, e um grande coral, reunindo os coristas da 2ªIPVR e da Congregação Betânia, que fica no bairro Belo Horizonte. Ao longo desses anos,

a 2ªIPVR organizou três igrejas no Presbitério de Volta Redonda, sendo elas: 4ª IP no bairro Belmonte, 7ª IP no bairro Retiro, IP Casa de Pedra.

Atualmente a 2ª IPVR tem três congregações, e é pastoreada pelo Rev. Márcio Leandro Figueiredo da Cunha, tendo como pastor auxiliar, Rev. Ivo Matiola

Mendes, e pastor colaborador, Rev. Devalde Ferreira da Cunha. Gumercindo Esposti é presbítero da 2ª IP de Volta Redonda e agente do Jornal Brasil Presbiteriano

MEDITAÇÕES

Avivamento Morávio “São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que Ele vá” (Ap 14.4) Frans Leonard Schalkwijk

T

ive o privilégio de estudar durante dois anos num seminário da Igreja Moraviana e sempre me lembro da bênção que essa pequena igreja foi na evangelização mundial. Mas ninguém podia prever isso, pois, no século 18, havia muita perseguição contra os evangélicos na Morávia. Uns refugiados

acharam abrigo nas terras do Conde de Zinzendorf (1722). Construiram uma vila chamando-a “Herrn-hut”, debaixo da “guarda do Senhor”. A chegada de outras famílias causou tensões nessa congregação da igreja luterana. Um dos refugiados conclamou a todos a deixarem a igreja, que xingava de Babilônia! Então o Conde de Zinzendorf passou a se dedicar de

tempo integral ao seu patrimônio (1727). Convocou a todos para uma reunião na “casa grande”. Lecionou sobre o pecado do separatismo e explicou suas “Ordens e Proibições”. O resultado foi positivo. No mesmo dia foram eleitos doze anciãos para a supervisão da congregação. Cada noite havia reuniões de oração, cântico ou estudo bíblico. O movimento era de calmo regozijo no Senhor, sem tentativas de estimular as emoções, pois o Conde alertou: “Criar ex-

citação religiosa é tão fácil como excitar as paixões carnais. E, frequentemente, a primeira leva à segunda”. Desde que as brigas tinham cessado, o pastor regional convidou a todos a participar da Santa Ceia na igreja central da cidade. E como o Espírito Santo agiu! Não houve manifestações especiais, mas foi um avivamento autêntico. Disseram: “Aprendemos a amar” (Rm 5.5). Pouco depois, Herrnhut iniciou a “Intercessão de Hora em Hora” e uns soltei-

ros começaram estudar Bíblia, geografia, medicina e línguas, sentindo que Deus queria prepará-los para outra obra. Cinco anos depois iniciou o imenso trabalho missionário morávio! Vicit Agnus Noster. Eum Sequamur! Venceu o nosso Cordeiro. Vamos segui-Lo! De fato, “Chama-se avivamento aquele sopro soberano de Deus que recoloca a igreja em seu primeiro amor”. Extraído de Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.


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Outubro de 2016

NOTA DE FALECIMENTO

Dídimo De Freitas No dia 26.08 o Senhor o chamou à sua presença. Dídimo tinha 66 anos de idade, era casado há 42 anos com Suely, tiveram quatro filhos – Igor, Iuri, Irlo e Ivan, casados com Daniela, Luciana, Camila e Rayna respectivamente. Deram a Dídimo e Suely a benção de sete netos. Serviu a Deus com zelo e temor ao longo de 42 anos de ministério. Começou sua trajetória ministerial participando de três equipes dos Vencedores por Cristo. Estudou no Instituto Bíblico Palavra de Vida, em Atibaia, SP e graduou-se como Bacharel em Teologia no Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas, SP. Iniciou seu ministério junto à 1ª IP de Belo Horizonte, MG, cuidando da Congregação Nova Vista e outras cinco congregações daquela igreja, durante quatro anos. A seguir, trabalhou na África do Sul com Suely, como plantador de igrejas para a Nederduitse Gereformeerde Kerk por dois anos. Voltou à Belo Horizonte, onde exerceu a Capelania no Hospital Evangélico. Depois pastoreou a IP Coronel Fabriciano, MG por seis anos; foi pastor auxiliar na IP Nacional de Brasília, DF por dois anos; da IP Maranata, em Goiânia por quatro anos, onde também trabalhou no Acampamento Boa Esperança. Voltou à Coronel Fabriciano, MG, onde trabalhou no Colégio João Calvino, tendo um papel fundamental na continuidade daquela instituição de Ensino, revelando sua vocação para a Capelania, que com tanta determinação e amor exerceu. Esteve ainda, a seguir, na 1ª IP Timóteo, MG, 1ª IP Osasco, SP, e como auxiliar na IP em Alphaville por oito anos. Por dezessete anos exerceu seu ministério como capelão no Instituto Presbiteriano Mackenzie, que tanto amou, trabalhando ainda na área de desenvolvimento de novos projetos. Sua participação na ANEP e em projetos missionários e educativos no Paraguai foram igualmente marcantes.

Em seu oficio fúnebre realizado na IP Alphaville no sábado, dia 27.08, tivemos um momento de gratidão a Deus por tão rica e abençoada vida. Esse momento contou com a presença de vários colegas de trabalho e ministério, familiares, igrejas e, destaca-se, de muitos estudantes do Mackenzie que experimentaram o impacto do convívio e ministério do Rev. Dídimo. Naquele momento, fomos edificados pela Palavra do profeta Daniel, capítulo 12, verso 13, sendo lembrados pelo oficiante (Rev Hilder C Stutz, pastor da IP Alphaville) de que Dídimo, segundo o testemunho da Palavra de Deus, foi um homem de Deus que andou com Deus; um homem de Deus que testemunha uma história de Deus na sua vida; um homem de Deus que lutou até o fim e permaneceu em fé; e um homem de Deus que agora recebe o seu galardão do Senhor. A Deus toda honra e glória por tão preciosa vida.

Jaciel Scherrer Walter Raposo Corrêa

Faleceu no dia 18 de agosto, presbítero Jaciel Scherrer. Nascido em Rio Novo do Sul (ES), professou sua fé ainda jovem, na 1ª IP de Rio Novo do Sul, onde, mais tarde foi eleito presbítero. Casou-se com Wilma, que faleceu depois de mais de 50 anos de união conjugal. Tiveram os filhos Wilmaciel, Wilmacir e Jaciel. Mudou-se para Cachoeiro de Itapemirim onde foi eleito presbítero na 1ª IP de Cachoeiro. Em maio de 1990, a recebeu o título de Presbítero Emérito. Jaciel tinha o dom especial na música, permanecendo por muitos anos na regência do Coral Evangélico Simonton e do Conjunto Musical Vozes do Calvário na Igreja. Foi, também, conselheiro de sociedades internas, professor de escola dominical e, tesoureiro. Representou a igreja em várias ocasiões no Presbitério de Itapemirim. Participou da organização da 7ª IP de

Cachoeiro, com participação na construção do templo, desde a fase inicial. Em 21 de maio de 2005, casou-se com Maria da Conceição Pereira de Carvalho Scherrer, com quem viveu 11 anos. Em 2006, tornou-se membro da IP da Praia do Morro, em Guarapari (ES), sendo eleito e reeleito como presbítero. No dia 11 de março de 2011, aconteceu o culto de ações de graça pelo seu Jubileu de Ouro de Presbiterato, realizado na IP Praia do Morro. Encontrava-se no pleno exercício do mandato, quando ocorreu o seu falecimento. Ele sempre foi uma grande bênção por onde passou, tanto na vida material como espiritual, deixando as marcas de seus passos, honrando com dignidade, o Senhor Jesus. Walter Raposo Corrêa é Presbítero em disponibilidade na IP em Praia do Morro – Guarapari, ES.

Obedes Ferreira da Cunha O Rev.Obedes Ferreira da Cunha faleceu dia 13 de julho deste ano. Nascido em 13 de setembro de 1925, na cidade mineira de Inhapim, estudou no antigo Instituto José Manoel da Conceição e no Seminário Presbiteriano do Sul, onde se formou em Teologia. Foi ordenado ao sagrado ministério no dia 15 de julho de 1955, ano em que também se casou com Cenyr Lourenço da Cunha. O casal teve sete filhos (Eleny, Lílian, Obedes Jr., Gleidys, Erdman, Emerson e Eiller) e 17 netos. Obedes pastoreou diversas igrejas em Minas Gerais, como Inhapim (seu primeiro campo), Santa Margarida, Dom Cavati, Governador Valadares e Belo Horizonte. Em seu ministério, organizou várias congregações, igrejas e escolas. Foi um dos fundadores do Seminário Teológico Presbiteriano Rev. Denoel Nicodemus Eller, onde atuou como professor, capelão e diretor por mais de vinte anos. Foi ativo em concílios e comissões da IPB, presidiu o Sínodo e o Presbitério Belo Horizonte por diversos mandatos.


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NOTA DE FALECIMENTO

Diácono Dário Medeiros Figueiredo Isaac Figueiredo de Sousa

No dia 25 de abril de 2016, faleceu o último remanescente da fundação da 2ª IP de Fortaleza. Dário nasceu em 26.12.1925 em Tataíra, município de Piquet Carneiro, no Ceará, o quinto dos oito filhos de Manoel Antônio de Medeiros e Cândida Francisca de Figueiredo. Em 1934, a seca forçou a família a mudar-se para Pedra Aguda, no município de Araçoiaba. Ali o menino foi batizado aos 10 anos pelo Rev. Natanael Cortez. Em 1940, outra seca e Dário transferiu-se para Fortaleza. Passou a frequentar a Congregação Presbiteriana de Lagoa Seca, onde professou a fé (25.12.1948). Na União de Mocidade, foi tesoureiro (1947) e vice-presidente (1949). Em Fortaleza, trabalhou como tecelão em várias fábricas de redes paralelamente ao serviço estadual. Após trinta anos como servidor público, aposentou-se aos 65 anos. Em 1947, conheceu Valdira, que trabalhava na mesma seção. O casamento civil realizou-se em 16.07.1949 e no dia seguinte o casal recebeu a bênção nupcial na Congregação de Lagoa Seca. Dessa união surgiram quatro gerações formadas por 9 filhos, 21 netos, 10 bisnetos e 1 trineta. Foi ordenado diácono em 1950, ano em que a congregação foi organizada como 2ª IP de Fortaleza. Em 14.09.2000, recebeu o título de Diácono Emérito. Paralelamente ao ofício diaconal, também trabalhou por treze anos como zelador da igreja. Em 14.04.2012, passou por dor imensurável, por ocasião da perda de um dos filhos, Dalmir Silveira Figueiredo, que, a exemplo de seu pai, também exercera o cargo de diácono, na IP Betânia, em Fortaleza. Dário teve o regozijo de ver todos os nove filhos professando a fé em Cristo (Valria, Vânia, Davi, Dalmir, Dalnísio, Vanice, Valéria, Verônica e Djacyr). Seu filho caçula, Djacyr Silveira Figueiredo, é presbítero da 2ª Igreja, e a primogênita, Valria Figueiredo de Sousa, é ex-presidente e atual secretária da SAF dessa igreja. Ao longo da vida, participou de inúmeros batismos, sendo o último realizado às vésperas de completar 88 anos de idade, em 25.12.2013, do seu

neto Arthur Alves Figueiredo, filho do presbítero Djacyr Figueiredo e de Gleice Ellen Alves Duarte. Testemunhou o surgimento da quinta geração de presbiterianos da família, com o nascimento, em 31.08.2015, de Sarah Amorim Figueiredo, filha do casal Isaac Figueiredo de Sousa, neto do diácono, e Karolina de Amorim R. L. Figueiredo. O linfoma venceu o seu corpo, que aguarda a ressurreição no Cemitério Jardim Metropolitano, mas não o seu espírito, que goza de eterna paz na glória. O memorável irmão Dário deixa imensa saudade, mas, ao mesmo tempo, satisfação pelo seu legado de fé em Cristo e de esperança na vida eterna, que tanto conforta os que lhe foram próximos. Em homenagem à sua memória, o Conselho da 2ª IP de Fortaleza denominou Salão Diácono Dário Figueiredo as dependências de recepção no andar superior da igreja. Ainda em homenagem, a igreja, cujos pastores são os Revs. Francisco Jonatan Soares (efetivo) e Josué Batista (emérito), ao escolher o tema para o corrente ano de 2016, optou por uma frase proferida por ele em uma de suas últimas orações: “Senhor, ensina-nos a te servir melhor”.

Rev. Alcides Augusto de Matos Rev. Alderi Souza de Matos

No dia 22 de setembro de 2016, cinco dias após completar 96 anos, esse ministro do evangelho faleceu em seu apartamento na capital paranaense. No dia seguinte, às 9h00, seu corpo foi sepultado no bonito Cemitério Parque Iguaçu, após comovente cerimônia de despedida e gratidão a Deus dirigida pelo Rev. Juarez Marcondes Filho, pastor da Igreja Presbiteriana de Curitiba. Alcides nasceu no dia 17 de setembro de 1920 na então vila de Dourados, em Mato Grosso. Viveu a vida rude do sertão até os 20 anos, quando se converteu a Cristo na Missão Evangélica Caiuá, instalada há uma década na pequena localidade. De 1941 a 1947, estudou no Instituto José Manoel da Conceição, em Jandira, nas proximidades de São Paulo. A seguir, empreendeu os estudos teológicos no Seminário Presbiteriano de Campinas e na Faculdade de Teologia da IPI, em São Paulo. Durante um período de férias, trabalhou no

campo do Rev. Floyd Sovereign, em Santa Catarina. Em visita à congregação de Bom Retiro, hospedou-se com a família Anderson de Souza e conheceu a futura esposa, Déris. Foi licenciado pelo Presbitério do Sul em janeiro de 1952 e ordenado por esse concílio em 18 de janeiro de 1953, ficando à frente das igrejas de Joinville e São Francisco do Sul, no litoral catarinense. No início de 1954, foi transferido para a antiga Igreja Presbiteriana de Guarapuava (1889), no centro-sul do Paraná, na qual exerceu frutífero ministério de 30 anos. Plantou quatro florescentes igrejas nessa cidade. Também pastoreou as igrejas de Morro Alto, Turvo e Pitanga e suas muitas congregações. Foi membro sucessivamente dos Presbitérios de Curitiba, de Ponta Grossa e do Iguaçu. Jubilado em 1987, oito anos depois fixou residência em Curitiba, onde passou os anos finais de sua vida. Por longos anos, Alcides também se dedicou ao magistério em diversas instituições de ensino. Sua esposa, Déris Souza de Matos, nascida em 1932, foi destacada professora em Guarapuava, tendo lecionado por quinze anos na Universidade Estadual do Centro-Oeste (1980-1995). Foi valorosa auxiliadora do marido no labor pastoral e dinâmica líder da igreja nas áreas da música, educação cristã e trabalho feminino. Além da esposa, o falecido ministro deixou quatro filhos: Alderi Souza de Matos (1952), pastor, professor, historiador da IPB; Maria Cristina Hoepers (1958), funcionária do Tribunal Regional do Trabalho em Brasília; Paulo Frontino Souza de Matos (1962), empresário nos Estados Unidos; Ana Márcia S. Matos González (1964), arquiteta, funcionária da Prefeitura Municipal de Curitiba. Também deixou sete netos: os jovens Bruno, Guilhermo, Mariana, Vanessa e Eliana, e os pequeninos Pedro Paulo e Luís Eduardo. A história da família está narrada no livro Por Montanhas e Vales (2013). O Rev. Alcides Matos nunca se projetou além do âmbito regional. Não adquiriu fama como pregador ou líder eclesiástico, tendo desempenhado sua vocação de modo humilde e modesto. Todavia, para aqueles que o conheceram de perto, familiares e membros das igrejas, seu legado é profundo e inesquecível. Foi um pastor no pleno sentido da palavra, cuidando de suas ovelhas, aconselhando, visitando, socorrendo. Tornou-se conhecido e amado por sua personalidade calorosa, pela grande cortesia e cavalheirismo, pela facilidade de iniciar e cultivar amizades ricas e duradouras. Sua lápide registra o seu testemunho de fé: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará”.


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O CONSULTÓRIO BÍBLICO REVISITADO

Mordomia do tempo Editoria assinada primeiramente pelo Rev. Galdino Moreira (1889-1982) e em seu último formato redigida desde 1977 pelo Rev. Odayr Olivetti até seu falecimento (1928-2013) Odayr Olivetti

Pergunta nº 22 – “Como aplicar Eclesiastes 3.1-8 [sobre o uso do tempo] à vida cristã?” Resposta: em termos de mordomia do tempo (Sl 31.14,15), seguem as seguintes considerações bíblicas: “... Eu disse: Tu és o meu Deus. Nas tuas mãos estão os meus dias (...)”. 1. Em Eclesiastes 3.1-8 temos uma passagem que, mal entendida, pode exercer influência negativa, levando o ocioso a encontrar apoio para a sua ociosidade, o vândalo a encontrar incentivo para as suas práticas destrutivas, o criminoso latente a encontrar fomento para os seus ímpetos perversos. Tenha-se em conta, porém, o versículo primeiro como chave do texto, e se fará luz. A primeira parte do versículo nos lembra que, por mais que corra o cavaleiro em seu cavalo, voe o executivo em velozes aeronaves e esperneie o nervoso em sua pressa, os feitos e fatos da vida não antecedem nem se pospõem aos definidos limites impostos pelo soberano Deus Criador, Providente e Reden-

tor: “Tudo tem o seu tempo determinado...”. A Deus compete determinar e estabelecer tempos (At 1.7; 4.27,28; Jo 19.11; Gl 4.4; 1 Co 2.6,7). A segunda parte do versículo nos lembra que tudo tem o seu tempo: “... há tempo para todo propósito debaixo do céu”, estando incluídos os fatos e atos negativos (morrer, perder, rasgar, etc.). Mas a lista de contrastes deve se constituir em desafio dinâmico para nós, no sentido de que saibamos nos enquadrar nos propósitos salutares, positivos, construtivos. Ao mesmo tempo, somos implicitamente exortados a aguardar o tempo próprio para cada coisa, evitando precipitações, correrias sem fim e sem controle, e exercitando uma virtude muito importante: a paciência. 2. Entretanto, existem coisas para as quais sempre é tempo. Sempre é oportuno fazer certas coisas, empreender certas realizações. Destaquemos três delas: (a) Louvar a Deus. Sigamos o exemplo do salmista (Sl 34.1): “Bendirei o Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios”. (b) Decidir-se a aceitar a Palavra de Deus, a salvação

pela fé em Jesus Cristo: “... eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação” (2Co 6.2). A hora em que o pecador ouve ou lê o evangelho, essa é a hora oportuna, o tempo certo! (c) Anunciar o evangelho, a Palavra de Deus: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não...” (2Tm 4.2). 3. Também temos orientação bíblica para compensar o tempo perdido ou mal aproveitado. Vejamos alguns textos: (a) O salmo 75.2-3 registra a promessa de Deus de que haveria de “aproveitar

o tempo determinado” para julgar retamente e firmar as colunas da terra, ainda que houvesse vacilação geral. (b) Em Efésios 5.15-16 somos exortados a andar como sábios, “remindo o tempo, porque os dias são maus”. É demasiado o tempo que nesciamente o mundo gasta (e muitas vezes nos leva a gastar) com futilidades, vacuidades, insanidades e maldades. Resgatemos esse tempo! (c) Um modo belíssimo

de remir o tempo é seguir este conselho apostólico: “... enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6.10). Avante irmãos e irmãs, certos de que podemos contar com a companhia do Senhor Jesus Cristo todo o tempo, pois é dele a promessa: “... E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.20).

Congresso Mãos e Coração Taguatinga A Secretaria Geral do Trabalho da Infância, da Igreja Presbiteriana do Brasil (SGTI/ IPB), realizará de 18 a 20 de novembro, o Congresso Mãos e Coração – Capacitando Mãos e Ministrando ao Coração, na 2ª Igreja Presbiteriana de Taguatinga (DF). Este ano o tema será “Sua família não está morta”. Nas palestras abertas, o tema família será explanado pelos preletores convidados. As oficinas terão temas específicos para o trabalho com crianças dentro das igrejas, apresentando ferramentas práticas para o desenvolvimento da UCP e de departamento infantil. De acordo com Rev. José Roberto Coelho, secretário geral da SGTI, grupo de no mínimo 5 pagantes da mesma igreja, receberá uma inscrição gratuita. “Esse treinamento é fundamental para o desenvolvimento do

departamento infantil das igrejas. Esse incentivo é uma forma de ajudar para que mais pessoas sejam treinadas e retornem para suas igrejas aptas para transmitir o conhecimento, explica”. Palestras: “Qual a base da família cristã?” - Rev. Cláudio Henrique Albuquerque, pastor da 1ª Igreja Presbiteriana do Recife (PE). “Como a família cristã se encaixa no mundo atual?” - Rev. Robinson Grangeiro, pastor da IP Tambaú, Recife, e curador do Instituto Presbiteriano Mackenzie. “Como criar os filhos para uma vida com Deus?” – Rev. José Roberto Coelho (SGTI/ IPB). Para saber detalhes e realizar inscrição, acesse: www.ipb-infancia.com.br


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EVANGELIZAÇÃO

Impacto Evangelístico Verdade e Vida Em parceria com sínodo e presbitério da zona leste de São Paulo, APECOM realiza impacto evangelístico

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APECOM – Agência Presbiteriana de Evangelização e Comunicação – realizou no dia 27 de agosto o Impacto Evangelístico Verdade e Vida. A ação ocorreu na zona leste de São Paulo, bairro de Itaquera, no estacionamento da Arena Corinthians. Cerca de mil pessoas participaram do encontro, com enfoque na evangelização. Igrejas do Sínodo Leste de São Paulo (SLP) e do Presbitério Extremo Leste Paulistano (PELP) participaram ativamente antes, durante e depois do impacto evangelístico, divulgando, recebendo as pessoas no local, e se comprometendo em oração

com as pessoas que ouviram o evangelho na noite do sábado. O Rev. Hernandes Dias Lopes, pastor presbiteriano e apresentador do Programa Verdade e Vida, foi o preletor. Os cânticos foram dirigidos pelo grupo Celebrai, da IP da Penha e pelo músico Demeval de Campos. De acordo com o Presb. Paulo Pietro, presidente do PELP, atividades como essas alegram o coração, pois mostra igreja atuando. “Estamos felizes com esse trabalho na zona leste de São Paulo, e pela misericórdia de Deus, que usou as igrejas da região. Certamente esse é só o começo”, afirmou.

Cerca de mil pessoas participaram do impacto evangelístico, que teve como preletor Rev. Hernandes Dias Lopes

FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

Nova Confederação Sinodal de UPH em Goiás Paulo Daflon

N

o dia 07 de setembro, no acampamento da IP Campinas, pertencente ao sínodo Brasil central em Goiânia (GO), foi organizada a mais nova Sinodal de Homens Presbiterianos no Brasil. Uma iniciativa do presb. Manoel Domingos dos Anjos, com apoio das federações Leste de Goiânia, Sul de Goiânia e Sudoeste de Goiânia e do secretário sinodal, Rev. João Batista Gomes Coelho. Foi um encontro abençoado, com meditação com Rev. João Batista, e participação do presidente da CNHP (Confederação Nacional de Ho-

mens Presbiterianos), presb. Paulo Daflon, que destacou a importância do trabalho masculino para a nossa amada IPB. O presb. Sóstenes Aranha Cavalcanti, vice-presidente da CNHP para região centro-oeste, lembrou a todos que o trabalho de evangelização tem na UPH o seu maior aliado. Estiveram presentes sete pastores do sínodo Brasil Central, entre eles Rev. Sérgio Paiva, presidente do Presbitério Sudoeste de Goiânia. Após a eleição e posse pelo presb. Paulo Daflon, a diretoria da mais nova sinodal ficou assim constituída:

Presidente: Manoel Domingos dos Anjos Vice-presidente: Gabriel Messias Araújo Secretário executivo: Eude Elidefa Tomás Pereira Lopes Primeiro secretário: Jorcelino Rosa de Oliveira Segundo secretário: Saulo Martins de Melo Tesoureiro: Antônio Piretti A CNHP parabeniza a sinodal recém-organizada, desejando a todos os irmãos que a compõem as mais ricas bênçãos. Paulo Daflon é presbítero e presidente da CNHP.


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Boa Leitura

Entretenimento e reflexão

O Abismo entre Promessa e Realidade - O evangelho segundo Abraão (Iain M. Duguid)

Como se sente quando parece haver uma imensa diferença entre o que Deus prometeu e aquilo que você vê agora? O que você faz quando a sua visão do modo como sua vida devia funcionar parece estar se desintegrando? Nossa maior necessidade, para viver pela fé no meio do abismo da realidade, não é ter um bom exemplo a seguir. Em vez disso, precisamos de um entendimento cada vez maior do evangelho de Jesus Cristo, de seus sofrimentos e da glória que se seguiu, como o contexto para nossos sofrimentos presentes e a esperança segura da glória vindoura. Em Cristo, Deus forneceu o clímax para a história contada no Antigo Testamento. Jesus não chegou inesperadamente; sua vinda foi repetidamente anunciada no Antigo Testamento não apenas em profecias explícitas sobre o Messias, mas também por meio das histórias de todos os eventos, personagens e circunstâncias.

Emanuel em nosso lugar Cristo na adoração de Israel (Tremper Longman III) O significado da morte de Jesus é pintado nas cores do tabernáculo, do sacerdócio, das festas e dos sacrifícios do Antigo Testamento. Este livro o ajudará a aprender mais sobre a natureza de Deus e a respeito do nosso relacionamento com ele. Você verá que Deus é o nosso Rei no céu, que estabelece seu reinado no meio do seu povo. Como Rei, ele consagra espaços,

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O Brasil Presbiteriano não necessariamente endossa as mensagens dos filmes aqui apresentados, mas os sugere para discussão e avaliação à luz da Escritura.

pessoas, certos atos e tempos que são especialmente dedicados ao seu serviço. Agora voltamos nossa atenção a esses conceitos importantes, embora difíceis, do Antigo Testamento que são, com frequência, negligenciados. Consideraremos em primeiro lugar o espaço sagrado, depois as ações sagradas, então as pessoas sagradas e, finalmente, o tempo sagrado.

Desafios da Vida Cristã (Wilson de Souza Lopes)

Meditações inspiradoras sobre temas que o crente não pode evitar, começando com o desafio de conhecer a Deus.O relacionamento pessoal com o Senhor é assunto urgente. Por outro lado, nada há mais desolador do que ter uma noção ou conceito errôneo de Deus. Muitos dizem ter perdido a fé, outros sentem-se abandonados pelo Senhor, outros ainda, declaram-se crentes, mas, ao mesmo tempo infelizes. Na verdade, essas pessoas têm uma compreensão errada de Deus e por isso não podem discernir seus atos poderosos, santos e salvadores.

Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.br ou www.facebook.com/editoraculturacrista ou ligue 0800-0141963

Ben Hur (2016)

Além da sala de aula (2011)

A viagem de meu pai (2015)

Este filme conta a história do nobre Judah Ben Hur (Jack Huston), contemporâneo de Jesus Cristo (Rodrigo Santoro), que é injustamente acusado de traição e condenado à escravidão. Ele sobrevive ao tempo de servidão e descobre que foi enganado por seu próprio irmão, Messala (Toby Kebbell). Diante da descoberta, e movido por grande raiva, Bem Hur parte em busca de vingança. Outros filmes que contam a história Ben-Hur já foram apresentados em um curta-metragem de 1907 e em quatro longas, lançados entre 1925 e 2016, incluindo uma animação, além de uma série para TV, todos baseados no livro de Lew Wallace. Ben-Hur estreou no mês de agosto nos Estados Unidos, em outros 23 países.

Além da sala de aula” conta a história de uma professora de primeira viagem, com muitas técnicas e métodos recém adquiridos na universidade. Ela tem 24 anos, muitos medos, ansiedades e preconceitos em relação ao seu trabalho. Sua trajetória profissional começa a mudar quando ela supera todas essas dificuldades, e passa a lecionar para crianças de rua. Para dar aulas , ela utiliza uma sala de aula improvisada em um abrigo, ofertando ensino e amor. Sem perceber, ela está fazendo grande diferença na vida dessas crianças, indo além dos limites de uma sala de aula. Um filme que pode ser assistido juntamente com a sociedade interna das igreja, ou em grupos de estudo, revelando importantes debates.

Aos 80 anos, Claude Lherminier (Jean Rochefort) já não é mais o grande industrial de antigamente. Aposentado, ele sofre com a perda de memória, e não consegue viver sem a ajuda de uma enfermeira para cuidar de sua saúde e de pequenas rotinas do dia-a-dia. Mesmo assim, insiste em morar sozinho, afugentando todos que tentam ajudá-lo, de forma muitas vezes grosseira. A filha Carole (Sandrine Kiberlain) não quer colocá-lo em um asilo, temendo o que essa ação possa causar em seu pai, mas se preocupa com as manias e obsessões dele. Em especial, Claude não para de falar na visita da outra filha, Alice, que não vem vê-lo há quase dez anos.

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