bp_dezembro2006

Brasil

PRESBITERIANO

Dezembro de 006

Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil

Rede Presbiteriana de Comunicação

Ano 9 / Nº 6 7 - R$ 1,80 Rogério Cassimiro/Folha Imagem

Natal:

decorações de lojistas preferem homenagear Papai Noel, mas o verdadeiro sentido do Natal, o nascimento de Jesus, não será esquecido

Decoração do Natal 2006 do Shopping Iguatemi, em São Paulo Página 20

Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem

Rev. Alfredo de Souza, a esposa Sandra e filhos

Divulgação

Pastor sem campo será sustentado pelo presbitério

Mulheres falam sobre privilégio de ser esposa de pastor

Casal Lidório conta como vai trabalho com indígenas

Páginas 10 e 11

Página 19

Página 18

Brasil PRESBITERIANO

Dezembro de 2006

Opinião

Seu recado

Adoração alegre e inteligente Misael B. do Nascimento

É

bom entoarmos louvores ao Altíssimo “com amor, espiritualmente” (Hino 4 do Hinário Novo Cântico). A questão é: o que cantamos corresponde aos padrões bíblicos? Considerando que a música produz impacto na mente, nas emoções e no corpo, é preciso tomar alguns cuidados.

Os cânticos litúrgicos devem centrar o adorador em Deus e sua Palavra.

Música que produz dispersão ou confusão na mente e psique ou que estimula o corpo para a dança não serve para o culto. Música cujo volume extrapola os limites saudáveis de decibéis e cuja letra não pode ser compreendida com clareza, perturba ao invés de edificar. Música executada de modo a enfatizar a performance dos cantores e instrumentistas é péssima no ajuntamento dos santos.

Além disso, a música deve comunicar doutrina saudável e exata. São inadequadas as canções destituídas de conteúdo e orientadas para a produção de sentimentos agradáveis. Não é adoração o sentimentalismo destituído de respeito. A bondade paternal de Deus não pode ser destacada em prejuízo de sua majestade, poder e justiça. Ajuntemo-nos para cultuar com amor e alegria, mas também com reverência e temor. Se isso não for observado, pessoas que não conhecem bem a Bíblia podem sair de nossas reuniões com a impressão de que cantaram para um velhinho doce, meigo e bondoso sem serem impressionados com o Senhor que é “fogo consumidor” (Hb 12.29).

Cuidado ainda com o uso impensado de alegorias da Escritura. “Eu quero ser como um jardim fechado, regado e cuidado pelo teu Espírito” interpreta mal Ct 4.12, onde a metáfora do

jardim fechado diz respeito à virgindade da esposa, confirmada na noite de núpcias (compare com Ct 4.16 e 5.1). Há ainda as canções cujas letras, baseadas em textos proféticos de difícil interpretação, mais confundem do que esclarecem e outras que banalizam o conceito bíblico da glória de Deus.

Os pastores precisam orientar suas igrejas e equipes de voluntários a fim de fomentar uma cultura bíblica de adoração.

Bons frutos serão colhidos quando o discernimento maduro e a boa teologia chegarem aos músicos e líderes condutores do canto congregacional.

Sim, é bom louvarmos ao Senhor! Tenhamos o cuidado, porém, de fazer isso alegre, piedosa e inteligentemente. Ao procedermos assim, honraremos a Deus e à nossa herança reformada.

Misael B. do Nascimento é pastor da IP Central do Gama (DF) e aluno do curso de Doutorado em Ministério do CPAJ (Centro Presbiteriano de Pósgraduacão Andrew Jumper).

Como um jornal que se diz órgão de comunicação oficial da IPB vem intitular Debate sobre a Maçonaria (BP setembro 2006) um artigo que só expõe a opinião de um pastor maçom ou simpatizante? Isto de forma alguma caracteriza um debate.

Na verdade, é um monólogo e uma manipulação.

Este jornal não é presbiteriano pois, além de ser pouco relevante, está subordinado a uma linha editorial que não expressa a maioria do povo presbiteriano.

Espero que esse jornal passe a ser relevante, trate de assuntos que realmente interessam aos ministros, aos oficiais e ao povo presbiteriano, como evangelização: como vamos alcançar nosso país? Como deixaremos de ser uma fábrica de teólogos teóricos para sermos uma igreja realmente missionária? Isso é o que interessa e não saber que cargo quem vai ocupar.

A continuar assim, esse jornal continuará sendo irrelevante e, a julgar pelos caminhos que tem tomado, uma nanica tribuna partidária de uma das alas da IPB. Antônio J. Sales Fonte Filho No desejo profundo de continuar cumprindo o “ide” de Cristo, quero iniciar um trabalho de evangelização em Bacabeira (MA), a 16 km de onde resido. Preciso muito das orações do povo de Deus e, se alguém puder nos ajudar com folhetos ou outra literatura, será uma alegria para nós. Somos uma

EXPE­DIEN­TE Órgão Oficial da

Brasil PRES­BI­TE­RIA­NO

Uma publi­ca­ção da

Ano 49, nº 627 – Dezembro de 2006

www.ipb.org.br

Rua Maria Antônia, 249, 1º andar, CEP 01222-020, São Paulo – SP Telefone: 0(XX)11 3255 7269 E-mail: edi­torbp@rpc.ipb.org.br

Conselho Deliberativo: Gunnar Bedicks Júnior – presidente Jared Ferreira Toledo da Silva – secretário André Luis da Silva Mello – titular Darly Gomes Silveira Filho – titular Euclides de Oliveira – titular Johnderson Nogueira de Carvalho - titular Ricardo da Mota – titular

Rede Presbiteriana de Comunicação

Edição e chefia de reportagem: Letícia Ferreira DRT/PR: 4225/17/65.

E-mail: editorbp@rpc.ipb.org.br

Textos: Caroline Santana - caroline@rpc.ipb.org.br e Letícia Ferreira - editorbp@rpc.ipb.org.br Diagramação: Aristides Neto Impressão: Folhagráfica

Secretaria de Atendimento ao Assinante: (19) 3741 3000 / 0800 119 105

família de nove pessoas e sou membro da IP de Coroata.

Evangelista José Rodrigo Gomes e Silva, contato: (98) 9605 2983.

Aproveitamos a oportunidade para manifestar nossas preocupações e necessidades.

Iniciamos a obra no dia 20 de novembro de 2005. Temos três lugares em que realizamos cultos ao ar livre, na capital de Angola, Lubango-Huila, no Aeroporto Chioco e no município de Chibia. Agendamos implantar igrejas presbiterianas no Sul de Angola, em Moxico, Huambo, Cunene, Namibe, Kuando-Kubando e Bie. Porém, temos grandes dificuldades e pedimos apoio material e financeiro, como doações, literatura, formação teológica e pedagógica e transportes para nossos projetos de construção de templos, centros de saúde, escolas etc.

Precisamos também de sustento para 15 obreiros efetivos, entre cinco pastores e cooperadores.

Ajudem -nos com orações e intercessões a favor dos novos crentes.

Pastor Zaqueu Chikuele Bailundo, representante da Igreja Presbiteriana de Angola em Lubango-Huila (igrejapresbiterianadeangola@yahoo.com.br) Erramos Na edição de novembro do BP, a segunda foto da página 10 refere-se ao Projeto Amor, da IP do Cabral em Nilópolis (RJ).

Assinaturas Para qual­quer assun­to rela­cio­na­do a assi­na­tu­ras do BP, entre em con­ta­to com:

Luz para o Caminho 0(XX)19 3741 3000 0800 119 105 bra­sil­pres­bi­te­ria­no@lpc.org.br Rua Antônio Zingra nº 151, Jardim IV Centenário CEP 13070-192 - Campinas - SP

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Dezembro de 2006

Consultório Bíblico

Nova Reforma Odayr Olivetti

P

ergunta: “Fala-se em nova Reforma.

Que reforma será bom fazer?”

Resposta: Primeiro, é preciso lembrar que não é nada estranho querer reforma. Basta lembrar que um dos princípios importantes da Reforma Protestante do Século 16 é: Ecclesia Reformata Semper Reformanda – Igreja Reformada, Sempre Devendo Reformar-se.

Segundo, é preciso ter conhecimento das áreas em que a igreja está se deteriorando num determina-

do período. Os principais aspectos da obra e do testemunho da igreja cristã são o institucional o doutrinário, o ético-moral e o assistencial.

Na época do profeta Isaías (século 8 a.C.) todos esses aspectos se haviam deteriorado. Dos pés à cabeça – do povo mais simples às eminências mais poderosas – era uma chaga só (Is 1.5,6). A tal ponto que Deus declarou que tinha nojo do culto que o Seu povo Lhe oferecia (Is 1.13).

Nossas igrejas parecem que não chegaram a esse ponto. Espero! Mas é preciso reconhecer que há aspec-

Consultório Constitucional

Quem pode votar?

Addy Félix de Carvalho

P

ergunta: Numa assembléia, os membros que vão à igreja esporadicamente podem enviar seus votos? Pessoas em disciplina podem votar?

Resposta: 1) O artigo 112 diz que “só poderão votar e ser votados nas assembléias da igreja local os membros em plena comunhão, cujos nomes estiverem no rol organizado pelo conselho, observado o que estabelece o artigo 13 e seus parágrafos” (sobre privilégios e direitos dos membros).

O conselho deve estar atento a esse pormenor, apresentando à igreja o rol

de membros dos votantes, excluindo os que quase nunca comparecem aos trabalhos da igreja e só querem ir às assembléias.

2) Não se vota por procuração. Os votos a serem contados na assembléia são dos membros presentes.

3) Como está dito no primeiro item, só os membros em plena comunhão é que poderão votar. Membro sob disciplina, jamais. Ele perdeu seus direitos, mesmo que temporariamente, principalmente de votar e ser votado.

Addy Félix de Carvalho é pastor da IP de Petrópolis, RJ e autor do livro Interpretação e Comentários sobre a Constituição da Igreja.

E-mail: addy1@uol.com.br

tos gravemente deteriorados. Quanto à instituição, o básico vai bem: Os símbolos de fé e ordem. Mas na prática ocorrem vícios.

Um exemplo ululante: muitos presbitérios fecham os olhos para extravios de pastores e igrejas no culto e, por vezes, noutros aspectos.

Cegamente, há pastores que querem fazer uma separação entre liturgia e doutrina.

Impossível! Os conceitos que temos do Deus trino e uno e da Sua Palavra, por exemplo, determinam a forma e o conteúdo dos atos litúrgicos, como também determinam a nossa postura no culto e no local

de culto.

Quanto à doutrina, examine-se cada um e veja se o seu conhecimento da Bíblia e das doutrinas cristãs não é superficial. E isso facilita a ocorrência de distorções.

Quanto à moralidade, como anda a sua igreja local, irmão leitor, irmã leitora? Seu conselho fecha os olhos para os pecados dos ricos dizimistas? Quando foi aplicada pela última vez a disciplina por pecados públicos não resolvidos?

Há grande diferença entre as práticas dos crentes e as do mundo?

Quanto à assistência, graças a Deus, muito se tem

feito. Mas é preciso verificar que “porcentagem” de amor e de real comunhão entra na composição do esquema de atendimento aos irmãos desafortunados, necessitados ou em crise.

Seja maior ou menor o grau de gravidade da deterioração, devemos orar e trabalhar por uma reforma global, com o propósito espiritual de aperfeiçoar o corpo de Cristo em todos os aspectos da sua vida e obra.

Odayr Olivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor. E-mail: odayrolivetti@uol.com.br

Artigo

Como agradar a Deus Philippe Almeida

Você já deve ter passado pela experiência de ter que escolher um presente para alguém com a responsabilidade de agradar. Confesso não ser esta uma das minhas maiores virtudes. Às vezes somos capazes até de ofender alguém a partir de nossas escolhas.

Presentear em datas especiais é um hábito incorporado pela sociedade há muito tempo e a cada ano surgem novas datas comemorativas que incentivam essa prática.

Melhor mesmo é a surpresa de se presentear alguém sem razão aparente.

O que você daria de presente a uma pessoa muito rica?

Dona de todas as coisas? Ao

Senhor que é sublime, excelso, excelente... Aliás, o que você tem oferecido a Deus?

Como você tem chegado à casa de Deus? No versículo 17 do Salmo 51, o rei Davi afirma que sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado, coração compungido e contrito. O que vemos hoje são igrejas e pessoas oferecendo dinheiro, obras de caridade, culto petrificado e espírito religioso, como se Deus precisasse disso.

Através do exemplo de Davi, que pecou contra Deus e reconheceu seu erro, aprendemos que podemos oferecer algo aceitável e agradável a Deus.

Ele nos mostra que Deus não rejeita um coração arrependido e um espírito quebrantado,

comprometido com Sua obra.

Portanto, se você deseja uma família abençoada, um trabalho próspero e vida de santidade, procure agradar a Deus.

Dê o seu melhor a Ele. Davi aprendeu a cativar o coração do Senhor a partir das muitas experiências que teve com Ele. Não foram suas belas composições que agradaram, mas a percepção da dimensão do amor de Deus para com ele. Você também pode ser íntimo de Deus: atrele os valores do reino ao seu coração, cultive sua vida espiritual e ofereça um culto sincero àquele que é digno de toda honra, toda glória e todo o louvor.

Phillippe Almeida é pastor adjunto da Igreja Presbiteriana do Farol (Maceió – AL)

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Dezembro de 2006

História

O Catecismo de Emden e a Confissão de Frankfurt (1554) Alderi Souza de Matos

O

início da década de 1550 viu o surgimento de uma das últimas confissões zuinglianas, a Confissão Rética (1552).

Esse documento, escrito por Saluz Gallicius, foi aprovado em um sínodo reformado reunido nos Alpes Réticos, no norte da Suíça (Graubünden/ Grisons). Seu objetivo foi estabelecer um sistema uniforme de doutrina em lugar do caos teológico então existente na região. Ele 1553, a confissão foi apresentada a João H. Bullinger, que lhe deu cordial aprovação. Mesmo após o surgimento da influente Segunda Confissão Helvética (1562), a Confissão Rética continuou a ser aceita como o padrão oficial dessa região por vários séculos. Seu principal interesse está na apresentação do

conceito zuingliano sobre os sacramentos.

Outras confissões significativas dessa época estão relacionadas com o reformador calvinista Jan Laski (14991560). Ele era membro de uma aristocrática família polonesa e estava destinado a uma promissora carreira eclesiástica.

Após estudar em Bolonha, na Itália, esteve em Basiléia, Alemanha, onde viveu por um ano na casa de Erasmo de Roterdã (1525). Converteu-se ao protestantismo na Bélgica, em 1540. Dois anos depois, deixou a Polônia e seguiu para Emden, no norte da Alemanha, onde foi nomeado superintendente das igrejas da Frísia Oriental. Nesse cargo, revelou notável talento organizador e atraiu a atenção de vários reformadores.

Forçado a deixar a Alemanha, foi para a Inglaterra no rei-

nado de Eduardo VI (1548), sendo nomeado pastor da igreja de refugiados holandeses e franceses em Londres (1550). Através de sua amizade com o arcebispo Thomas Cranmer, tentou exercer uma influência reformada na Igreja Anglicana. No reinado de Maria I, regressou a Emden e a seguir trabalhou por breve tempo em Frankfurt, também Alemanha, retornando em 1556 ao seu país, onde passou os seus últimos anos.

O seu Catecismo de Emden (1554), baseado no Catecismo de Genebra, foi, por sua vez, usado pelos autores do Catecismo de Heidelberg.

Substituiu outros catecismos usados em Emden, como a Confissão da Frísia Oriental (1528) e se tornou a norma doutrinária oficial dessa região, em cujo dialeto foi escrito. Suas 94 perguntas

abordam de modo simples e conciso os Dez Mandamentos, a Oração do Senhor, o plano de salvação, a diferença entre lei e evangelho, o Credo Apostólico, os sacramentos, a igreja e a oração. A pergunta inicial é “Por que foste criado como ser humano? Para que eu seja uma imagem de Deus e possa conhecer, amar e servir o meu Deus”.

A Confissão da Igreja dos Estrangeiros em Frankfurt, do mesmo ano, também está associada a Laski. Essa igreja era composta em parte dos refugiados holandeses que haviam ido para Londres no reinado de Eduardo, mas tiveram de fugir sob Maria I. A confissão foi incluída em um manual eclesiástico, Liturgia Sacra, sendo a revisão de um documento anterior, Compêndio de Doutrina, do pastor holandês Maarten

Micronius. Seu objetivo foi defender a igreja de estrangeiros de Frankfurt da acusação de serem “sacramentários”, isto é, aqueles que diziam que o corpo e o sangue de Cristo estavam presentes na Ceia do Senhor apenas simbolicamente (sacramentalmente). Após um prefácio, a primeira seção trata de Deus, seus atributos, sua obra e sua paternidade (criação e eleição); a segunda seção trata de Jesus Cristo; a terceira, do Espírito Santo; a quarta, da igreja, concluindo com uma rejeição do papa e de erros católicos. As pessoas deviam assinar essa confissão como condição para se tornarem membros da igreja ou participarem dos sacramentos.

Alderi Souza de Matos é pastor presbiteriano e historiador oficial da IPB. E-mail: asdm@mackenzie.com.br

Artigo

Bendito espinho Nicanor Perrut Corrêa

S

ofrimento é algo negativo com objetivo de nos destruir, desanimar, colocar pra baixo. Tem como causador o diabo, o pecado ou a falta de fé. Portanto, é algo do qual se deve livrar a qualquer custo.

Essa visão tem sido muito disseminada entre o povo de Deus. Mas a Bíblia ensina que o sofrimento também traz resultados positivos e pode ser instrumento de Deus no tratamento com seus filhos.

Tomando o apóstolo Paulo como exemplo, em 2 Co. 12.7-

10, aprendo que o sofrimento é capaz de me manter humilde (v.7). Paulo havia sido honrado com revelações impressionantes a ponto de visitar o próprio céu (vv.2,4). O método de Deus para impedir que ele se ensoberbecesse foi colocar-lhe um espinho na carne, algo que lhe causava grande sofrimento, mas o mantinha na posição que agradava a Deus.

Posso ver aí uma manifestação de amor para com Paulo. A soberba atrai a resistência de Deus, mas a humildade atrai a sua graça (Tg.4.6). Deus quer manter você humilde porque deseja se relacionar

com você.

O sofrimento também é capaz de me motivar à oração (v.8).

Nada como um aperto na vida do crente para fazê-lo cair de joelhos. A história mostra que são em tempos de maiores aflições que o povo de Deus o busca com mais intensidade.

O espinho na carne de Paulo o levou a orar repetidas vezes (repare na expressão: “por causa disso...”). Deus não quer maltratar você com o sofrimento, mas levá-lo a uma vida mais intensa de oração, a um relacionamento mais íntimo com Ele. Outra lição que eu aprendo

com Paulo é que o sofrimento é capaz de me mostrar a verdade sobre a vida (vv.9,10). Jesus sempre deixou claro, para aqueles que o estavam seguindo, que a vida não seria fácil (Lc.14.26,27,33; Jo. 16.33). A missão de Jesus nunca consistiu em melhorar a minha vida na Terra, mas em me livrar da condenação do inferno.

Paulo entendeu que o que ele precisava para viver a vida cristã e desenvolver o seu ministério era da graça de Deus e não, necessariamente, de se ver livre do sofrimento.

O sofrimento é algo inerente a esta vida, por isso, a promessa

do céu (Ap. 21.1-4). Isso não é comodismo, é realismo. O diferencial na vida do crente é a presença de Jesus com ele “todos os dias até à consumação do século ainda que ele ande pelo vale da sombra da morte”.

Portanto, bendito espinho que me leva à humildade, que me motiva a ser mais íntimo de Deus em oração e que me faz ver a vida sem ilusões ou utopias, mas uma realidade vivida pela graça de Deus que me basta.

Nicanor Perrut Corrêa é pastor da IP Capão da Imbuia, em Curitiba (PR)

* Preço válido até 31/01/2007. Frete não incluso.

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Dezembro de 2006

REV. ELISEU NARCISO

cantata da meditação Grandes composições do saudoso Rev. Eliseu Narciso, para louvar ao Senhor. Adquira este lançamento para o coro de sua igreja e proporcione belíssimos momentos de louvor e devoção.

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Dezembro de 2006

Brasil PRESBITERIANO Acontece

IPB promove treinamento para missões Por rev. Jedeías de Almeida Duarte Cumprindo resoluções do SC e da CE-SC, será realizado, entre 5 a 22 de dezembro, no Ibel (Instituto Bíblico Eduardo Lane), Patrocínio (MG), o CTM (Centro de Treinamento Missiológico). A participação no CTM é condição sine qua non para aprovação de projetos nas comissões permanentes e autarquias da IPB que trabalham com a evangelização, missões e plantação de igrejas. Informações nos seguintes telefones: (33) 3277 3169/9102.4454, com o Plano Missionário Corporativo, (34) 3832 6411 no Ibel e (34) 3832 6410, na presidência do Supremo Concílio.

Abertas matrículas do CPO Por rev. Israel Serique dos Santos, coordenador acadêmico O CPO (Centro de Preparação de Obreiros) com sede em Tucuruí (PA), abre as inscrições para a turma de 2007. O diferencial do curso é oferecer aos alunos a oportunidade de estudar as línguas originais das Escrituras (grego e hebraico) de modo simples e diretamente aplicável no entendimento das doutrinas bíblicas. O CPO tem como linha mestra a perspectiva reformada das Escrituras Sagradas e o curso oferece as disciplinas de Teologia, Homilética, Interpretação Bíblica, Seitas e heresias, História da igreja, Introdução ao Velho Testamento, Introdução ao Novo Testamento e estágios.

O centro teve início na IP de Altamira (PA), em 2002, quando o Presbitério da Transamazônica decidiu pela criação com o fim de preparar irmãos das igrejas locais para os trabalhos dos ministérios da igreja, despertar o fervor missionário e o chamamento para o ministério da Palavra. Com o desdobramento do PTAM, o recente Presbitério Leste da Transamazônica deu continuidade a esta obra, e, em parceria com a IPB de Tucuruí abriu uma nova turma de alunos em janeiro de 2006.

Desde sua formação, o CPO tem sido um meio da providência divina para o fortalecimento da IPB no Pará. Hoje, são mais de 25 alunos que passaram ou estão passando pelo curso, ativamente integrados nas atividades da igreja. Alguns se tornaram evangelistas da igreja local e do presbitério, outros

foram transferidos para outro estado e um está no seminário.

As aulas começam em janeiro. Informações pelo e-mail cpotuc@ hotmail.com, pelo telefone (94) 37871254 ou no site http://cpotuc. spaces.live.com.

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Aconteceu Presbitério de Garanhuns organiza igreja Rev. J. J. da Cruz Filho O Presbitério de Garanhuns (PE), Sínodo de Garanhuns, organizou em igreja, em maio, uma antiga congregação da IP de Heliópolis.

A nova IP Manancial tem como pastor o rev.

José Cruz Filho, tornando-se a sexta IPB da cidade. A festa foi linda e esperada pela comunidade presbiteriana de Garanhuns com ansiedade. A visão da igreja-mãe, atualmente pastoreada pelo rev. Samuel Vitorino da Silva, com o apoio do presbitério e, sobretudo, da soberana vontade de Deus, garantiram essa vitória. Além do trabalho realizado pelo primeiro pastor, rev. Cruz, morando no bairro e desenvolvendo ação dinâmica na direção da organização da nova igreja.

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Rev. Cruz Filho fala à nova IPB

Aniversário do jornal Brasil Presbiteriano é comemorado em São Paulo Por Cândida Marques No dia 19 de agosto, a Federação de SAFs do Presbitério Metropolitano de São Paulo, chamada de Zulmira Del Ré Bertoni, recebeu, na IP de São Miguel Paulista o presb.

Azor Ferreira. Ele levou uma mensagem muito bonita intitulada A Começar em Mim. Na ocasião, foi comemorado o aniversário do jornal Brasil Presbiteriano. Estiveram presentes o secretário presbiterial de Missões, rev.

César Veríssimo Marinho dos Reis, a secretária sinodal de Missões, Cândida Marques e

Irmãos e irmãs presentes ao evento

a presidente da federação, Rosely Leandro Moraes, e seu marido, conselheiro da federação, rev. Gilberto Moraes. Foram distribuídos exemplares do jornal e a irmã Lia Castelo Branco, de 88 anos, incentivou todos a se tornarem assinantes do jornal para se manterem informados de tudo o que acontece na IPB. Pastor recebe condecoração Da redação O rev. Joaquim Antonio Bernardino, pastor da IP de Mirassol, em São Paulo, recebeu a maior condecoração do município, a medalha de mérito Oito de Setembro, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados nos âmbitos social e religioso. Ele diz que tem procurado inserir a igreja no contexto das necessidades da sociedade, tornando-a mais visível como agência do reino de Deus.

Como presidente do conselho de pastores da cidade, tem desenvolvido campanhas em prol do bem do cidadão mirassolence.

A solenidade foi realizada na Câmara Municipal no dia 4 de setembro, com a presença de autoridades civis, militares e religiosas, membros da comunidade e da IP de Mirassol.

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Da esquerda para a direita estão presb. Ozias, rev. José Roberto, vereador Donegá, rev. Joaquim A. Bernardino e vereador Niltom

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Aconteceu Jovens se reúnem no Litoral do Paraná Por rev. Valter A. Lucats No dia 9 de setembro, na Congregação Presbiterial de Matinhos, Litoral paranaense, foi realizado o Segundo Encontro de Jovens da Praia, que reuniu jovens das seguintes igrejas: IP Matinhos, IP Shangri-lá (Pontal do Paraná), IP Tarumã (Curitiba), e igrejas Batista e do Evangelho Quadrangular do Balneário Riviera, ambas também de Matinhos. A reunião foi uma bênção, com a participação de aproximadamente cem pessoas. É necessário que irmãos de todo o Brasil orem para que o presbiterianismo cresça e se consolide no Litoral do Paraná, para honra e glória de nosso Deus.

À tarde, os participantes se dividiram entre as oficinas Técnicas Visuais (iniciação à manipulação e confecção de fantoches), Construção de jogos bíblicos e Atividades recreativas.

Trabalho masculino realiza projeto de ação social no Rio de Janeiro Presb. Antônio Barbosa de Araújo, tesoureiro da Sinodal Oeste RJ Divulgação

Sínodo Sudoeste Paulista reflete sobre trabalho infantil Mary Hebling de Lima, secretária sinodal do Trabalho Infantil Com o tema Recursos para o Trabalho Infantil, o Sínodo Sudoeste Paulista realizou, em 26 de agosto, o Encontro Sinodal.

O evento visou a oferecer aos líderes, Grupo de escoteiros e parte da recursos para o trabalho com crianças em executiva da Sinodal Oeste do Rio de suas igrejas. Foi inspirador, muito alegre e Janeiro, participantes do projeto proveitoso. Aproximadamente 300 inscritos participaram. As palestras tiveram como No dia 16 de setembro, a Confederação temas A importância da educação cristã na de UPHs Campo Grande (RJ) realizou o infância, proferida pelo rev. Ismael de Lima, projeto social Primeiro Amor na cidade pastor da igreja hospedeira; Motivação, de Piraquara. Foram feitos 120 cortes de proferida pelo presb. Ismael de Lima Júnior, cabelo, 130 aplicações de flúor e assessoria da IP de Higienópolis, e Devocional e aula, jurídica. Foram cadastradas 266 pessoas e proferida pela profa. Mary Hebling de Lima, distribuídos dois mil folhetos evangelizadosecretária sinodal do Trabalho Infantil e pro- res. As irmãs da SAF de Vila Carioca (RJ) motora do evento. fizeram o almoço.

todos os dias até à consumação do século”.

O culto foi realizado no templo da Igreja Assembléia de Deus com participação aproximada de 1800 pessoas, conforme estimativa da Polícia Militar. Várias autoridades civis e militares estiveram presentes, dentre elas o prefeito da cidade, Adib Elias, o comandante regional da PM, cel. Nunes, o comandante do 18º Batalhão, ten. cel.

Juverson, o vice-comandante, major Lima, e o comandante do Corpo de Bombeiros, major Lemos, e o inspetor Bonaldo Simões, comandante da Polícia Rodoviária Federal.

Fez parte da liturgia a Banda Militar da PM, além da Orquestra e Coral da Igreja Assembléia de Deus.

Conversão aos 96 anos Por Terezinha da Silva Azevedo Avelina da Fonseca Cavazzana, nascida em 28 de setembro de 1910, em Botucatu (SP), foi alcançada pelo evangelho em junho, aos 96 anos de idade. A nova irmã participou pela primeira vez do sacramento da Santa Ceia em sua residência, ministrado pelo rev. Nicanor Pereira Azevedo, da IP de Jacarezinho (PR), em meio à emoção dos familiares presentes.

A IP de Jacarezinho compreende um campo missionário que teve início há oito anos, nascido de uma parceria entre a JMN e o Presbitério Norte do Paraná. Hoje, conta com aproximadamente 50 membros comungantes e o filho da irmã Avelina, Ougildo Cavazzana, faz parte da liderança.

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Hora da palestra

Pastor da IPB prega em culto pelo Dia do Soldado Da redação No dia 25 de agosto, em Catalão (GO), foi realizado um culto de ação de graças pelo Dia do Soldado. A liturgia foi dirigida pelo major Lima da Polícia Militar, tendo como pregador o rev. Paulo César Carneiro, pastor presbiteriano e capelão militar naquela cidade. Ele destacou para louvor do Senhor o texto bíblico de Mateus 28.20 que diz: “(...) ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco

Avelina, viúva de Manoel Cavazzana, tem cinco filhos além de Ougildo: Marina, Sílvia, Luíza e Manoel

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Dezembro de 2006

Memória e saudade

Esdras Bezerra de Souza Por José B. Anjos Divulgação

A Segunda IP de São Sebastião do Paraíso perdeu um membro muito querido, o presb. em disponibilidade Esdras Bezerra de Souza, aos 77 anos. Era um crente irrepreensível, cujo prazer era pregar o evangelho. Dezenas se converteram pela sua pregação e testemunho. Ele faleceu no dia 23 de maio, transferido para a Pátria Celestial, onde não haverá mais tristeza. Deixou viúva Luzinete e os filhos Luís Carlos e Lusiméia, a nora Lourdes, o neto Veníscio e um filho de criação, Josafá. O culto de despedida e louvor foi realizado com a igreja lotada e a presença de oito pastores da IPB e quatro de outras denominações evangélicas.

Adahir Borges de Oliveira Narciso Por Pedro Ronzelli Júnior, vice-reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie “Dona” Adahir Borges de Oliveira Narciso nasceu em 25 de junho de 1923. No dia 17 de outubro, foi chamada para estar na presença e na glória do Senhor.Foi casada com o rev. Eliseu Narciso, maestro e

professor no Seminário Presbiteriano do Sul. Os 83 anos bem vividos de “dona” Adahir foram sempre devotados à causa do Senhor. Professora de profissão, lecionou por muitos anos na Escola Dominical da IP de Campinas (SP).

Deixou a filha Aline, de quem ganhou os netos Guilherme e Gabriela e a bisneta Maria Eduarda. Deixou também as filhas adotivas Sílvia, Sônia e Suelly e, delas, os netos Carolina, Camila, Letícia e Henry. Sônia é casada com Pedro Ronzelli Júnior, Vice-reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

pintar e desenhar, logo conquistou o coração de Oswaldo, moço seminarista da turma que se bacharelou em 1939 no Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas. O casamento se fez em 15 de novembro de 1941, quando o rev.

Oswaldo Emrich exercia o pastorado em Campo Belo, São João Del Rei e outras igrejas do sul de Minas Gerais.

Mercedes logo se tornou uma ajudadora especial nas lides do ministério do jovem pastor. Em Campo Belo, nasceram-lhes os filhos Nilman (1942), Norman (1946) e Nísia (1949). A filha mais nova, Nélia, nasceu em Curitiba (1956). Após dez anos de trabalho em Antônia Rocha Guimarães Minas Gerais, o rev. Oswaldo assumiu o Por presb. Marcos Antônio Guimarães, pastorado da IP de Curitiba. Mercedes secretário do Conselho da IP de Raul desempenhou com muito entusiasmo Soares (MG) e competência as funções que normalEm 5 de maio, faleceu em Viçosa (MG), mente se atribuem a uma dedicada a irmã Antônia Rocha Guimarães, serva esposa de pastor. Foi por muitos anos fiel, temente a Deus. Desde a infância professora da Escola Dominical, várias aprendeu a colocar Deus em primeiro vezes presidente da SAF e companheilugar na sua vida, mas sua conversão ra constante do pastor em seu trabalho aconteceu em 2 de novembro de 1979, de visitação. Os mistérios da providênquando convidada para o culto de con- cia surpreenderam o casal Mercedes e sagração da IP de Raul Soares, da qual Oswaldo com uma carga incomum de era membro, sendo recebida naquela sofrimento. Nilman, o primogênito, que igreja por batismo e profissão de fé resolvera ser pára-quedista do Exército, no dia 13 de abril de 1980, pelo rev. faleceu na Páscoa de 1965 após seis Wilson de Souza Lopes. Deixa exemplo anos de padecimento. Norman, advode fidelidade, fé, hospitalidade, sempre gado, faleceu em 1976. Nísia adoeceu preocupada com o bem do próximo, em 1996 e faleceu em 2002. Essas principalmente com pessoas carentes cruzes do caminho marcaram profundade recursos financeiros. mente o coração dos pais. Entretanto, jamais lhes abateram o ânimo e a fé.

Longe de entregar-se ao desespero, Mercedes Ruiz Emrich Mercedes prosseguiu confiante em seu Pela IP de Curitiba (PR) testemunho de cristã e sempre causava No dia 27 de agosto, faleceu em Curitiba admiração a todos a alegria que lhe era (PR), a senhora Mercedes Ruiz Emrich, característica. Despediu-se cercada do esposa do rev. Oswaldo Soeiro Emrich, amor do marido, da filha que lhe restou, pastor emérito da IP de Curitiba. A do carinho do bisneto Cauê e dos netos irmã Mercedes nasceu a 2 de janei- Bárbara, Alexandre, Carla e Camila. A ro de 1921, em Campinas (SP), filha IP de Curitiba, em cujo seio Mercedes de Fernando Ruiz e Maria Pastora se abrigou e à qual deixou seu nome Martos. Jovem de uma formosura invul- indelevelmente ligado, presta um preito gar, muito dedicada aos trabalhos da de homenagem e saudade a esta granigreja e dotada de muito talento para de lutadora pela causa do evangelho.

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Instituto Presbiteriano Mackenzie

Supremo Concílio

Benefício de três salários mínimos mensais será concedido quando o presbitério não tiver campo para o obreiro

Pastor sem campo será sustentado pelo presbitério durante um ano Letícia Ferreira

R

ecém ordenado ao ministério, o novo pastor da IPB se depara com uma dificuldade: onde trabalhar? O presbitério que o ordenou não tem campo para enviálo, o que fazer? Procurar um emprego fora do ministério? Mas então, como ter tempo para procurar um campo e colocar em prática sua vocação? Sem trabalho, como se sustentar?

Esta é uma história que o Supremo Concílio da IPB, reunido em julho em Aracruz (ES), entendeu que tem se repetido com freqüência e mereceu uma solução. Segundo o último Anuário da IPB, publicado em 2005, havia 612 pastores sem igreja.

Estudado em comissão e debatido em plenário, o problema teve a seguinte solução: de acordo com a resolução, o pastor em disponibilidade, como passa a ser chamado o ministro que não for designado para um campo, deverá receber de seu presbitério três salários mínimos mensais durante um ano. O ministro que possua outra fonte de renda compatível com o valor do benefício não será alvo da resolução.

“Concordo plenamente com a resposta dada pelo rev. Addy Félix de Carvalho a uma indagação quanto ao problema aqui em questão, em edição anterior do Brasil Presbiteriano. Esta resolução é emergencial”, declara o dr. Christyano Lucas Generoso, juiz de Direito e presbítero da IP do Bom Retiro, em Ipatinga (MG), que foi o relator da comissão que tratou do assunto no SC. Para ele, a resolução tem o mérito de ser a primeira decisão consensual a respeito do tema e trazer uma primeira solução.

O rev. Jedeías de Almeida Duarte, por exemplo, pastor da IP de Jardim Pérola, em Governador Valadares (MG), e presidente do Sínodo Rio

Doce, declarou, em artigo na edição de junho do BP, antes da decisão do SC, que a previsão de sustento pastoral com base em reajustes pelo salário mínimo é inconstitucional, corporativista e prejudica o andamento das igrejas menores. “O presbitério não pode trabalhar como um sindicato ou representante de uma classe laborativa”, disse então, “mas sancionar acordos feitos entre ministros e igrejas, sem uma legislação rígida pois, afinal de contas, o ministério não é um trabalho vinculado a direitos, mas uma vocação divina: Deus sustenta os pastores”.

Segundo o último Anuário da IPB, publicado em 2005, havia 612 pastores sem igreja.

No entanto, a decisão do SC considerou que, à época da elaboração da CI-IPB, não foi expressamente contemplada a problemática do ministro não designado em situações onde não haja campo, sem recursos para o devido sustento do obreiro na abertura de novos campos ou cuidado com os campos excipientes. A resolução se baseou também, entre outras considerações, no texto bíblico de I Coríntios 9.13 e 14, que declara: “não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados, do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar, do altar tira seu sustento? Assim também ordenou o Senhor aos que pregam o Evangelho: que vivam do Evangelho”.

AMOR ACIMA DE TUDO Para o dr. Cristyano, ao analisar esta situação, os presbiterianos devem ter em mente o novo mandamento dado por Jesus, amar uns aos outros. “Por este mandamento, temos, sim, a obrigação de amparar não apenas o pastor

que está sem campo, mas também o irmão que não é pastor e está passando por uma situação de dificuldade financeira”, diz.

Entretanto, destaca que esse amparo deve ser dado àquele que esteja involuntariamente passando por adversidades. “Não encontrar campo no primeiro ano pode ser fruto de adversidades e não por falta procura, tarefa em que agora o pastor poderá ter inclusive o auxílio do presbitério. Passando do primeiro ano ou havendo rejeição de campo encontrado pelo presbitério, vê-se a ocorrência de falta de vontade para o trabalho, o que justifica o corte do amparo”.

Divulgação

“Não encontrar campo no primeiro ano pode ser fruto de adversidades e não por falta procura, tarefa em que agora o pastor poderá ter inclusive o auxílio do presbitério.”

O rev. Paulo Audebert Delage, de Minas Gerais, sub-relator da comissão que tratou do assunto no SC, também concorda com a decisão, pois até no Presb. Dr. Christyano Lucas Generoso ambiente “secular” há o instituto do “Nós temos, sim, uma seara grande, missionária), entre outros”. “salário desemprego”; meio pelo qual Na opinião dele, há que se pensar o Estado busca garantir ao trabalha- branquejando para a colheita”, afirma ainda que o número de bacharéis em dor dispensado um sustento mínimo o dr. Christyano. “Aqui mesmo, em Teologia formados anualmente é grandurante certo período, possibilitando- Minas Gerais, temos cidades de bom porte que sequer possuem um campo de. “Pessoalmente, não vejo o porlhe buscar outro trabalho sem que ele quê de termos oito seminários, muito e sua família fiquem expostos a uma missionário, isto sem falar no Norte e menos um seminário em São Paulo situação de falta e carência. “Um ano Nordeste do Brasil. Entretanto, várias e outro em Campinas (SP), um em é um tempo expressivo e dá ao pastor de nossas igrejas e concílios não posGoiânia e outro em Brasília (DF)”. Ele condições de conseguir campo para o suem capacidade de investimento na criação de campos missionários. E acredita que, no entanto, deve-se ter ano seguinte”, afirma. por quê? Este problema também é em mente que os seminários formam RAÍZES MAIS PROFUNDAS bacharéis em Teologia e quem ordena Uma questão complexa para a qual complexo e a meu ver possui causas pastores são os presbitérios, criando ainda não apareceu uma resposta e que tais como organização prematura de outra causa do problema: a falta de igrejas e presbitérios, falta de visão parece ter várias causas, é por que há critérios no envio de candidatos para pastores sem campo se há tantos locais associativa (os concílios poderiam se associar para a criação de uma agência o seminário, bem como na ordenação ainda não alcançados?

dos licenciados. Além de não haver um controle rígido no envio de candidatos ao seminário, ainda se licencia e se ordena pessoas que não passaram por um seminário presbiteriano, quando passaram por um curso de Teologia.

“Vê-se, também, uma falta de visão de alguns pastores”, diz. O dr. Cristyano declara que o ministério pastoral não é profissão, mas uma missão, um verdadeiro “direito de primogenitura” concedido pela graça de Deus a escolhidos. Como tal, não pode ser vendido por preço nenhum, seja conforto familiar, planos de continuação dos estudos, proximidade com familiares, maior salário etc. O ministro deve estar disposto a cumprir a sua missão aonde o Senhor determinar.

Na opinião do presbítero, os seminários também poderiam investir mais na formação de missionários, reservando certo percentual de vagas para a formação e capacitação de pessoas para a abertura de novos campos e para a evangelização. “Para a solução do problema devemos descobrir todas as causas que influenciam na sua ocorrência e tentar solucioná-las. O que, definitivamente, não podemos fazer é tentar atribuí-lo a apenas uma causa ou fato”.

“Para a solução do problema devemos descobrir todas as causas que influenciam na sua ocorrência e tentar solucioná-las”.

Um conjunto de fatores causando a situação dos pastores sem campo é também a opinião do rev. Paulo Delage. Para ele, é fato que o número de presbiterianos formandos nos seminários da IPB e de outras denominações evangélicas excede ao de

igrejas organizadas anualmente. O pastor também acredita que, no entanto, formar-se em um curso de teologia não significa ser pastor. Ninguém “sai pastor” do seminário, mas bacharel em Teologia.

“Vejo que há lugares onde se tem ‘falta de pastor’ (às vezes mesmo tendo muitos ali). A insuficiência de pastores em certas regiões pode ser atribuída às dificuldades de recursos para saúde, educação e sustento. A concentração de pastores em centros de maior desenvolvimento social e econômico é uma realidade que faz refletir a verdade de que nosso Brasil já não é rural, mas urbano”, diz.

Ele destaca que muitas IPBs não têm condições financeiras de sustentar o pastor , pois há que se considerar salário, moradia, INSS, plano de saúde etc.

Regiões onde estes itens são concedidos se tornam muito mais atraentes aos pastores pelo fato de compromisso com a família em termos de conforto, estudo etc.

RECRUTAMENTO DE CANDIDATOS E CRIAÇÃO DE SEMINÁRIOS Nas Normas de Recrutamento de candidatos ao ministério pastoral, diz que o candidato deve ter trabalhado e se envolvido na igreja, ações que comprovem sua vocação. A igreja que envia o candidato ao presbitério deve também enviar um relatório dos trabalhos do mesmo. Então, como seriam enviados aos vestibulares dos seminários tantos candidatos que não têm um campo pré-designado pelo presbitério? E por que os presbitérios continuam licenciando e ordenando pastores que não têm onde trabalhar?

São perguntas que permanecem sem resposta.

Parte do problema pode ser o excesso de seminários que precisam de novos alunos a cada ano para subsistir. A IPB

Rev. Paulo Audebert Delage

tem oito seminários. Segundo declaração que deu em entrevista ao BP em janeiro de 2005, o então presidente da JET (Junta de Educação Teológica), rev. Wilson do Amaral Filho, o principal critério para a criação de um seminário na IPB é político-eclesiástico, mais do que proveniente de um estudo sério das necessidades emergentes do crescimento da IPB. “Será que o SC não acha que há seminários demais?”, perguntou ele na ocasião. “Acha, mas ninguém que conquistou um seminário está disposto a fechá-lo”.

Também em entrevista dada anteriormente sobre o assunto ao jornal, o rev. Ashbel Simonton Rédua, de Niterói (RJ), disse que o problema vai desde o encaminhamento do aspirante ao ministério até sua ordenação, pois os princípios que se têm adotado, na prática, estão dissociados dos princípios reformados e constitucionais.

Para ele, os sínodos conscientes vêm a necessidade da plantação de novas igrejas não para “produzir” campos para pastores, mas pela responsabilidade evangelizadora e crescimento da denominação. Portanto, plantar igrejas seria uma solução, mas deve-se fazer esforços e ter critérios mais rígidos no envio de candidatos aos seminários.

Assim como afirmou o rev. Jedeías de Almeida Duarte: “Uma saída para a crise no superávit de obreiros é a abertura de novas igrejas nas quais os presbitérios deverão levar projetos viáveis com ministros dispostos e atualizados, voltando aos tempos iniciais da nossa igreja, nos quais o ministro trabalhava buscando o plantio da igreja e, assim, crescia seu ministério pessoal”.

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Aniversários

Presb. Francisco Barboza

IP de Rio Branco (AC)

(em disponibilidade)

21 anos

91 anos

Por rev. Jader Silveira do Carmo (colaboradora: Maria Eunice Braga)

Por Natália Mendes Divulgação

Em agosto, a Congregação Presbiteriana do Bairro Santa Cruz, em Coronel Fabriciano (MG), juntamente com familiares e amigos, comemorou os 91 anos do querido presbítero em disponibilidade Francisco Barboza.

Francisco é um homem dedicado a Deus e, com sua esposa Zulmira Barboza, é membro freqüente em todos os cultos da semana. Independentemente de toda dificuldade não deixa de congregar com os irmãos.

O presb. Francisco Barboza é um exemplo. Ajudou a fundar a igreja e hoje ajuda a dirigi-la. É membro honorário da UPH, conselheiro da SAF, dirigente de cultos e, além de tudo, não deixa de visitar os irmãos que necessitam. É admirado por todos e a cada dia que passa as pessoas aprendem mais com ele.

A Congregação roga à Deus bênçãos sobre a vida do presbítero e toda a sua família. Que todos possam comemorar juntos muitos anos de vida e sempre seguindo a Jesus.

Os dias 8, 9 e 10 de setembro de 2006 foram muito especiais para a IP de Rio Branco (AC). São 21 anos de organização e 26 de existência do presbiterianismo na cidade. As comemorações do aniversário começaram com a participação da Congregação Presbiterial do Bairro Bahia com toda sua equipe de louvor e seu pastor, rev. Jaime Correa.

No dia 9,participou a Congregação Filadélfia com seu grupo de louvor. E, no domingo, dia 10, o templo estava repleto de irmãos de outras igrejas da cidade, em especial das IPs dos bairros Aviário, Placas, Floresta e Bahia. O pregador oficial foi o rev. Jânio Aparecido Ciritelle, da Congregação Presbiteriana da Assis Brasil (AC).

Em 1980, o rev. Robert Camenich, dos Estados Unidos, adquiriu um terreno no Bairro 15 e iniciou a construção de um templo de madeira onde funciona até hoje a IP de Rio Branco. O trabalho de evangelização já havia sido iniciado na Avenida Ceará, onde hoje funciona o Colégio Presbiteriano João Calvino.

Após o término da construção no Bairro 15, transferiu-se o trabalho para o novo

Divulgação

templo, inaugurando a primeira igreja presbiteriana da cidade que, no decorrer dos anos, foi pastoreada pelos ilustres reverendos Robert Camenich, Eurípedes Flogencio, João Mota, João de Deus, Jaime Correa, Francisco Rodson e, atualmente, Jader Silveira.

Hoje, a igreja conta com um rol atualizado de 159 membros. O conselho está composto pelos presbíteros Luiz Braga, Vicente Nogueira, Antônio Geraldo, Amarildo Marinho e Alexandro Freitas e o pastor Jader Silveira.

A igreja precisa de orações para relizar o sonho de construir um novo templo de alvenaria, pois o antigo não comporta mais de 130 pessoas e está com problemas de apodrecimento nas vigas de sustentação, que são de madeira. Que Deus continue abençoando o presbiterianismo no Acre.

Divulgação

Coral completa 85 anos Da redação

O Coral da Primeira IP de Rio Claro (SP) completou em setembro 85 anos. A data foi comemorada com um culto de ação de graças no dia 24 daquele mês, quando esteve presente o rev. Sebastião Batista da Cunha, de Limeira (SP), levando a mensagem. O coral é formado por 30 vozes, acompanhado por piano, violão e flauta e é regido por Marisa Palma Scaglia.

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Aniversários

IP de Torre da Pedra (SP) 119 anos Por rev. Floramante Dias Gonçalves Divulgação

na entrega dos dízimos.

Nos dias 8 e 9 de abril, a convite do conselho da igreja, esteve pregando um dos maiores missionários da IPB, rev. Olson Pemberton Júnior, aos 88 anos de idade e em pleno vigor. O trabalho desse servo de Deus foi uma grande benção para essa comunidade dos salvos.

Presbiteriana do Brasil de Pau D´Alho, com 99 membros maiores e 108 menores.

Em 1958, foi construído o templo de nossa igreja, o mesmo desejo da igreja mãe (São João da Cristina - MG). Na época, muita gente já havia se convertido, a igreja chegou a ter 400 membros e 325 alunos inscritos na escola dominical. No entanto, com a Geada do Café na década de setenta, muitos irmãos emigraram, deixando a igreja e se filiando em outras 50 anos IPBs no Paraná (Mandaguari, Arapongas, Sabáudia, Cascavel, Londrina etc.) e São Por rev. Rogério da Costa Paulo. Passaram por aqui 21 pastores Tudo começou por volta de 1949, quando entre os titulares e aqueles que serviram alguns irmãos vieram de Itajubá (MG) ten- com atos pastorais.

Divulgação tar construir a vida em Sabáudia (PR), onde está situada a IP de Pau D’Alho.

O trabalho presbiteriano teve início num bairro rural, quando trabalhava nessa região o rev. Orlando Oliveira Rosa, missionário da JMN. Com residência fixada em Arapongas (PR), o pastor dava assistência para algumas famílias no Bairro Pirapó, também chamado de Pau D´Alho. Assim, foram chegando mais pessoas e também se convertendo muitas outras.

Com o trabalho missionário frutificando, em 1950 foi construído, em terreno doado, o primeiro salão de culto e, em 1951, a JMN entregou o campo ao Presbitério Norte do Paraná. Naquele mesmo ano, foi designado pelo presbitério o licenciado Antônio Vieira Fernandes para ocupar o campo de Graças a Deus, com a força e coragem de Arapongas e também prestar assistência irmãos que vieram da Igreja Presbiteriana pastoral no campo missionário em Pau de São João da Cristina, em Itajubá (MG), D´Alho. Nos anos seguintes, 1952 e 1953, e com o trabalho de homens e mulheesse campo esteve sob o cuidado pasto- res abençoados, temos hoje a IP de Pau ral do rev. Rubens da Silva Ribeiro. Em D´Alho com 83 membros maiores e nove 1954, foi designado para este campo o lic. menores.

Manoel Barbosa de Souza, sob supervisão A celebração do aniversário foi realizada do rev. Rubens. Em 1955, designado pelo nos dias 13, 14 e 15 de outubro com uma Presbitério Norte do Paraná, assumiu o rev. caravana da Igreja Presbiteriana de São Aníbal Pereira Filho.

João da Cristina e irmãos da região. Foram No ano seguinte, com o trabalho não dias de muita festa e benção do Pai, com parando de crescer, os crentes pediram ao a presença de cantores, quarteto, coral e presbitério a organização da congregação pastores. Recebemos da prefeitura e da em igreja, enviando seu pedido através câmara municipal uma placa de homenapastor do campo. O presbitério, vendo ali o gem pelos 50 anos de serviços prestados frutificar do reino de Deus, logo atendeu ao para o bem. Em tudo isso, somos gratos a pedido. No dia 29 de janeiro de 1956, no Deus e jamais esqueceremos “que até aqui salão de cultos, às 13h30, nascia a Igreja nos ajudou o Senhor”.

Igreja Presbiteriana de Pau D´Alho

No dia 9 de abril, pela graça e Deus, a IP de Torre da Pedra completou 119 anos de organização eclesiástica. Muitos pastores, verdadeiros ministros do evangelho, passaram por essa igreja e preservaram o nome da IPB. As sociedades internas (SAF, UMP e UPA) estão em pleno funcionamento e as crianças são muito ativas.

A Escola Dominical é bem freqüentada. São utilizadas as literaturas da Editora Cultura Cristã - Casa Editora Presbiteriana, Brasil Presbiteriano, SAF em Revista, lições da Escola Dominical e outros materiais. Não há necessidade de séries de conferências para que o templo fique cheio de ouvintes nas noites de domingo.

O único instrumento musical da igreja é um órgão, verdadeira bênção no acompanhamento dos louvores. Não há necessidade de bateria, palmas, nem aleluias e nem glórias para que o culto seja bem concorrido. Participam também os corais da Mocidade, dos adolescentes, das crianças e o Conjunto Coral.

Através da classe de catecúmenos, todos os anos novos membros são recebidos por profissão de fé e batismo. Além disso, nos meses de julho, acontecem as EBFs (Escolas Bíblicas de Férias), com média de 300 crianças por edição.

Quanto aos compromissos financeiros, a igreja está sempre em dia com o Presbitério de Tatuí e o Supremo Concílio

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Missões Nacionais

Nasce Instituto Bíblico no Sudoeste Mineiro Escola Bíblica Evangelina Moraes (EBEM)

expressão bíblica do termo.

No contexto, homenageamos uma fiel cristã, esposa do rev. Synval Filgueiras de Moraes, que deu a sua vida em obediência ao senhor da igreja, o Senhor Jesus, Evangelina Magalhães de Lima Moraes (1908-2000), conhecida na região do Vale do Rio Doce como dona Ina, a eterna professora da Palavra que não volta vazia (Is 55.11).

Por presbítero em disponibilidade Oswaldo B. Profeta No seu ministério de semear a palavra de Deus ao povo brasileiro, a JMN (Junta de Missões Nacionais) da IPB acolherá, sem dúvida e com alegria, essa contribuição em forma de comodato com a IP de Piumhi.

Viagem missionária em São O ideal é alfabetizar a população da região com o Ensino Positivo, o mesmo que levou Francisco do Guaporé (RO) Abraão Lincoln à presidência dos Estados Por miss. Laura G. Hotti Unidos em 1861. “Assim como Deus nos Ao nascer do sol no dia 25 de junho, dá o dom de ver a justiça, tenhamos amor uma equipe de onze irmãos aguardava o às gerações futuras. Esforcemo-nos para momento de partir para uma aventura no transmitir aquilo que pela sua graça rece- Rio Guaporé. A navegação saiu da cidade bemos”. Foram as suas palavras algum de Costa Marques à Rolim de Moura do tempo antes de ser assassinado no Teatro Guaporé em um barco fretado. Ida e volta Ford. Certo jornalista do New York Times somavam 1.200 quilômetros. Por isso, a comentou: “Que presidente é esse que só viagem prosseguiu dia e noite, para que a fala em Bíblia na Casa Branca?” Ele resDivulgação pondeu: “Foi nela que aprendi a ler com minha mãe”.

Assim é que, como proprietários da Fazenda Salmo 23, no conjunto serrano dos Tamboretes, km 300 da BR 50, via PassosPiumhi, em direção a Belo Horizonte (região da Hidrelétrica de Furnas), membros das famílias Filgueiras de Moraes e Borges de Moraes Profeta resolveram colaborar com a IPB em seu ideal, que beneficia a população de Minas Gerais. “Estamos há mais de 30 anos com esta propriedade e até hoje não fizemos nada por essa gente Barco fretado que percorreu os 1.200 tão simples e boa”, disseram. Aí está então km da viagem missionária esse comodato, como resultado de oração àquele que nos salvou, pela sua única e exclusiva graça, depois de nos escolher agenda semanal fosse concluída perfeitapara nos tornarmos filhos de Deus, na mente.

Divulgação Além de pagar o frete, alimentação, remédios, roupas, barracas, redes, acessórios de uso pessoal e principalmente repelente, somavam mais gastos. Materiais para evangelização também estavam em nossas bagagens, como folhetos, Bíblias, novos testamentos e materiais visuais para trabalhar com crianças.

Era fácil apreciar a bela paisagem, a natureza e até ver botos nos rios. Porém, o principal objetivo era pescar homens para Cristo e pesquisar uma estratégia para o futuro. Em Rolim de Moura do Guaporé,

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Irmãos envolvidos na evangelização

realizamos cultos, pregação para adultos e crianças. Essa comunidade foi receptível e com alegria partimos dali. Já em Pedras Negras, os moradores são mais fechados.

Mesmo assim, 25 pessoas presenciaram o trabalho. Na comunidade boliviana de Manteguá, percebeu-se a fome espiritual do povo e, em Santo Antônio, também notamos problemas de ordem espiritual e saúde física.

Nesses locais, não há barcos nem combustíveis para locomoção em casos de urgência. Não existem igrejas evangélicas nem assistência do governo. Por esse motivo, estamos construindo, pela fé, um barco para trabalhar com a população ribeirinha.

Outro projeto é a construção de um centro social e já iniciamos uma creche com sete crianças. Objetivamos dar reforço escolar, apoiar ao pequeno produtor rural, auxiliar dependentes químicos, alfabetizar adultos e oferecer cursos artesanais. Porém, a prioridade é a pregação das boas novas.

Contamos com a ajuda dos irmãos nesse projeto de fé, orando, contribuindo e nos visitando para ver, com os próprios olhos, as necessidades desse povo, além de vislumbrar a beleza desse lugar.

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Missionária Laura no Rio Guaporé

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IP de Honório Gurgel reflete sobre missões pelo 17º ano consecutivo

Igreja realiza conferência missionária no Rio “O

bediente ao chamado de Jesus Cristo e praticando a compaixão pelas vidas, a Igreja Presbiteriana de Honório Gurgel, no Rio de Janeiro, com temor e tremor a Deus, realiza mais uma Conferência Missionária.

Que o Espírito Santo continue a nos ajudar”. Com esta frase, o presidente do Conselho Missionário da IP de Honório Gurgel, também pastor auxiliar e mestrando em Missiologia, rev. Josias Vieira Sistons, abriu a 17ª Conferência Missionária realizada pela igreja. O evento aconteceu de 12 a 15 de outubro e, segundo o rev. Josias, nesses dias, a igreja e participantes do congresso tiveram a oportunidade de interceder pelos missionários, pelos campos missionários, pelas crianças e pelas igrejas perseguidas.

A missionária Ângela Paixão palestrou no primeiro dia, abordando o tema Intercessão, pedindo à igreja que ore para que Deus confirme todos os passos que ela e seu esposo, diácono Valdir, tomarão para trabalhar no continente Africano.

No segundo dia, a missionária Miriam Zanutti, da IP do Grajaú (RJ) e professora do Cem (Centro Evangélico de Missões), enfatizou o trabalho árduo dos missionários que estão trabalhando junto ao povo muçulmano, pois devem ter muita precaução, paciência e firmeza doutrinária, além de ser motivo incessante das intercessões da igreja.

A pedido do rev. Josias, a palestrante falou sobre seu trabalho na Capelania PósDesastre da Defesa Civil (Corpo de Bombeiros) do Rio de Janeiro e também motivou os irmãos a fazerem cursos nesta entidade para ter a oportunidade de servirem como voluntários em muitas nações que têm constantes riscos de tsunamis, terremotos, incêndios naturais e outros tipos de catástrofes.

Na manhã do domingo, a professora Ana Cláudia Sampaio de Souza, professora residente do Cem e diretora do Cadi (Curso à Distância) do centro, mostrou à igreja a necessidade que o missionário tem de ser bem preparado para suportar os desafios do campo e para que seja amenizado o choque transcultural. Este preparo abrange as áreas bíblica, teológica, intelectual e ética (comportamento cristão autêntico).

Ela alertou a igreja para que exerça um acompanhamento dos vocacionados e da responsabilidade que esta deve ter pelos missionários tanto no envio, quanto durante sua vida no campo e seu retorno, dentro ou fora do prazo.

O rev. Elben Lenz César, pastor emérito da IP de Viçosa (MG), fundador, diretor-presidente e redator da editora Ultimato, fundador e presidente de honra do Cem e vice-presidente da TWMA (Third World Mission Association), palestrou nos cultos das noites de

Divulgação

sábado e domingo. “Foram palavras que falaram muito ao coração da igreja. No sábado, ele lembrou que a igreja deve desenvolver a sua vida na área teológica, na área ética e também na área missiológica, abordou que o profeta Jonas não foi feliz, pois apesar de tirado ‘boas notas’ em teologia e ética, não foi bem na área missiológica”, afirma o rev.

Josias. Ainda segundo ele, o rev. Elben demonstrou que a igreja, ao fazer missões, derruba as barreiras geográficas, étnicas, sociais e os preconceitos entre homens e mulheres.

Para o presidente do Conselho Missionário, a IP de Honório Gurgel e todos os presentes à conferência Reverendos Elben (E) e Josias entenderam que devem se dispor a colocar suas “mãos Isabel e Rachel, estão atu- rios de outras igrejas na à obra” missionária com ando no Norte da África, Espanha e Mato Grosso do levando amor de Jesus aos Sul. Mantém também três muita dedicação. congregações nos bairForam dadas oportunida- muçulmanos.

A missionária Ângela ros Mendanha, Fazenda des aos representantes das missões Avante e Portas Paixão, que atuou em duas Botafogo (esta em parceria Abertas e do Cem para que congregações da igreja, atu- com a IP de São Mateus, de divulgassem os respectivos almente conscientiza e con- outro presbitério) e, recenteclama, através do seu ardor mente, Praça Seca. trabalhos.

“Com a consciência, envolMISSÕES NA IP DE missionário, a igreja local e outras igrejas a investirem vimento e o ardor missionáHONÓRIO GURGEL rio, muitos jovens de nossa “A IP de Honório Gurgel, em missões.

A família Salles (Natam, igreja querem se envolver apesar dos poucos recursos financeiros, foi agraciada Alessandra e seus dois com o trabalho missionápor Deus na obra missioná- filhos João Pedro e Julia), rio’, diz o rev. Josias, que ria já há algum tempo, pois trabalha com a missão está fazendo cumprir o muitos membros da igreja Avante (Missão Evangélica Programa de Treinamento Local, aprovado pelo consão missionários”, afirma o Transcultural) no Uruguai.

O casal de missionários selho da igreja. Ele explirev. Josias. Ele conta que o primeiro missionário que rev. Leonardo Bessa e Célia ca que o programa visa a Deus levantou ali foi Eliel trabalha com a APMT confirmar o chamado misSalles que trabalha com (Agência Presbiteriana de sionário e preparar melhor a missão OM (Operação Missões Transculturais) os vocacionados antes de serem encaminhados para Mobilização). Ele, a espo- junto ao povo do Líbano.

A igreja ajuda missioná- alguma escola de missões. sa Lynn e suas duas filhas

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Missões

Brasil PRESBITERIANO

Testemunho Ronaldo e Rossana Lidório

Yanomamis esperam há 40 anos para ver Jesus A

Divulgação

gradecemos as orações por nossas viagens em setembro e outubro. Em tudo fomos guardados e abençoados por Deus.

Pudemos visitar os missionários na região do Alto Rio Negro, na Amazônia, e ter com eles momentos de muita alegria. Percebemos que a igreja para o povo Tukano, em São Gabriel, está crescendo na maturidade e graça de Deus e nos alegramos juntamente com Francisco, Rose e Léo, que têm atuado Ronaldo Lidório em trabalho missionário com muito zelo neste ministério. Quatro irmãos foram será uma bênção. Jacinto preparativos e expectativa. batizados e, recentemente, a e Felícia ficaram entre os Adilson e Cíntia seguiram ceia do Senhor foi, pela pri- Tariano, no meio da viagem. com Marcelo e Cláudia para meira vez, partilhada com Ali também pudemos ouvir poderem observar de perto o deles o interesse pelo evan- povo e a região. suco de açaí e beiju.

Descendo o Rio Negro, pasA igreja para as etnias gelho.

Marcelo, Cláudia, Adilson sei algum tempo visitando Aruak, também em São Gabriel, que começou três e Cíntia seguiram rio acima também Jaime e Cleidinha Divulgação meses atrás, está frutificando com várias pessoas se aproximando para ouvir a Palavra de Deus. Cerca de 50 indígenas se reúnem a cada domingo e os cultos são nas línguas Baniwa e Geral. Silvério, Inésia, Cácio e Elisângela têm sido dedicados neste trabalho com a visão de serem uma igreja indígena contextualizada, fiel à Palavra e missionária.

Após este tempo em São Gabriel, Rossana teve que voltar para Manaus e eu segui viagem com o restante Indígena alcançado pela evangelização na Amazônia da equipe no Alto Rio Negro.

Com Cácio e Elisângela, para uma série de atividades. e fomos juntos realizar uma visitei os indígenas do Rio Marcelo e Cláudia voltaram pesquisa entre os povos da Onça, que prontamente para sua aldeia continuando Kwyauí, no Rio Iraí e os nos ajudaram a levantar uma as atividades no estudo da lín- Yanomami, no Rio Mauí. Os casa que servirá de apoio gua e cultura, além de outras Kwyauí estão se reagrupanpara o trabalho naquele lugar. iniciativas. O retorno para a do em seu rio de origem e Cremos que a ida de Cácio e aldeia é sempre um momento fomos bem recebidos, apeElisângela para essa aldeia de muito trabalho, cansaço, sar de certa desconfiança.

Conversamos com o velho da aldeia e ele nos falou demoradamente sobre os motivos do retorno para o rio de seus pais e nos contou algumas particularidades do povo.

Com os Yanomami nossa chegada foi cheia de surpresas. Devido a um contato que tiveram com Jaime e Cleidinha, quando visitavam a cidadezinha de Santa Isabel para venda de artesanatos, já nos esperavam com muito entusiasmo. Pintaram-se de forma festival e se ornaram com penas de arara e papa-

gaio. Vestiram-nos também de forma yanomami e passaram a nos falar sobre todas as aldeias da região. Ouvimos ali sobre o desejo que eles têm de ouvir sobre Deus.

Um dos caciques nos falou: “Venham. Estamos esperando há 40 anos para ver Jesus”. Ainda não sei o porquê dos 40 anos mas, após visitarmos três agrupamentos Yanomami, saímos de lá com os corações cheios de sonhos e esperança. Precisamos agora de sabedoria do alto para os próximos passos.

Pedimos suas orações: 1. Por sabedoria para os próximos passos entre os Yanomami e Kwyauí na região de Santa Isabel.

2. Pelos missionários Flávio e Mara, pelo trabalho no Rio Cuieiras e o discipulado dos novos na fé. Pela saúde de Mara, que está grávida.

3. Pelos missionários Daniel e Vanusa, com a pequena Laís, à frente da Base de Apoio em Manaus.

4. Pelos missionários Rapha e Beth, ela também grávida, que têm cooperado com intensidade na Base, e pelo trabalho entre os Ticuna nessa localidade.

5. Pelos missionários Márcio, Isaura e as filhas, que estão visitando diversas igrejas e divulgando o trabalho indígena enquanto aguardam os vistos para um curso de Inglês.

8. Por clara direção de Deus para os missionários Adilson e Cíntia nesse tempo de reconhecimento do campo.

9. Pelos missionários Marcelo e Cláudia que se encontram na aldeia. Por proteção e ótimas oportunidades junto ao povo.

10. Pelos missionários Cácio e Elisângela, que se preparam para subir também para a aldeia no Rio da Onça.

11. Pelos missionários Chico e Rose, por renovação de forças e saúde, e estratégia de Deus para o alcance do povo Tukano em outras aldeias.

12. Pelos missionários Silvério, Inésia, Jacinto, Felícia, Jaime e Cleidinha que estão envolvidos com os grupos Tariano, Baniwa, Kuripako e Baré em suas áreas de trabalho.

13. Pelos novos missionários que planejam chegar em fevereiro próximo: Jossandro e Viviane, Gabriel e Crislaine, Lia e Caroline.

14. Por nós, como família, para que tenhamos de Deus forças renovadas para as atividades até o final do ano, sabedoria para discernir os passos certos, perseverança para seguir sempre em frente.

Agradecemos profundamente a cada um que ora por nós.

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Perfil

O braço direito do seu pastor Divulgação

“Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18) Caroline Santana Pereira

S

ara, Maria, Ana e Priscila são exemplos bíblicos de mulheres que ocuparam lugares valorosos na vida de suas respectivas famílias e foram instrumentos de Deus para que Ele cumprisse suas promessas e planos. Suas trajetórias são descritas nas Sagradas Escrituras, mas hoje elas ainda podem ser encontradas dentro das igrejas, nos trabalhos da SAF, nas reuniões de oração e no trabalho secular, empenhadas na obra do Senhor.

Dentre essas mulheres, uma determinada categoria - se assim puder ser chamada merece especial atenção. No segundo domingo de dezembro, comemora-se o Dia da Esposa de Pastor. Para traçar um perfil mais aproximado dessas estimadas irmãs, o BP entrevistou Sandra, esposa do rev. Alfredo de Souza (Primeira IP de Roraima RR), Adriana, esposa do rev.

Isaías Cavalcanti (IP do Rio de Janeiro) e Paula, esposa do rev. Adler Coelho (IP de São João do Paraíso - MG).

Ser apresentada somente como “a esposa do pastor” faz parte do cotidiano de algumas mulheres. Tal atribuição é extremamente especial, mas aceitar o título de mulher sem nome não é uma tarefa fácil.

Todavia, as três entrevistadas concordam que pior é

Rev. Isaías, da IP do Rio, e a esposa Adriana

receber o apelido de pastora, principalmente quando ele é carregado de obrigações e exigências semelhantes às do pastor. “Definitivamente, esse não é o nosso papel”, justifica Paula. O rev. Adler concorda com sua esposa e ressalta que os desafios pastorais estão estendidos à mulher do pastor e não há como dissociá-la do ministério, mas o papel dela é ser companheira e amiga, compreendendo-o e incentivando-o.

O ministério da mulher de pastor exige dedicação e empenho e, como qualquer outra atividade, gera frustrações e alegrias. Para Sandra, é difícil enfrentar as críticas destrutivas contra seu marido.

Mas Adriana destaca que a maior satisfação é ver o esposo cumprindo o propósito de Deus.

FAMÍLIA Suportar as ausências do cabeça da casa é um outro desafio, afinal, muitas vezes o pastor precisa abrir mão de seu tempo com a família para se dedicar mais ainda ao ofício. “Difícil sempre é, mas também é recompensador

saber que ele se ausentou para fazer aquilo para o qual Deus o chamou e que dali surgirão frutos”, completa Paula.

Críticas e cobranças também atingem os filhos do pastor. E essas mães, juntamente com seus maridos, zelam pela vida deles, principalmente quando as críticas tornam-se severas.

Nesse caso, Sandra procura verificar se elas procedem.

Caso positivo, seus filhos são corrigido à luz das Escrituras.

Para Paula, é necessário muita sabedoria. “Minhas filhas podem ser repreendidas sim, mas como qualquer outra criança dentro da igreja, e podem cometer erros, pois são humanas”. Ela acredita que a família do pastor deve ser exemplar, afinal, se a esposa deseja que as ovelhas sigam o caminho certo, a família do pastor também deve indicá-lo. “Não estou falando de perfeição, mas a igreja precisa ver a família do pastor bem estruturada para crer que a sua também pode ser”.

PRIORIDADES Além da dedicação ao marido e aos filhos, tais mulheres utilizam seus dons e talen-

tos na igreja e no trabalho secular. Para conciliar tantos afazeres, Sandra se apóia nas forças e na graça provenientes de Deus. Adriana estabelece suas prioridades, sabendo que o Senhor pode alterar o que ela planejou e, se necessário, é capaz de abrir mão de seus projetos pessoais, ou melhor, adiá-los.

Para o rev. Alfredo, a palavra renúncia define a jornada dessas mulheres e das demais pessoas que trabalham no Reino de Deus. O rev. Adler concorda ao afirmar que, muitas vezes, a esposa tem que abrir mão de alguns dos seus sonhos e desejos pelo bem do ministério do marido.

Contudo, o rev. Isaías ressalta que renúncia não é sinônimo de anulação.

Paula prefere o termo disposição para enfrentar mudanças, para apoiar o marido em seus projetos e para viver intensamente tudo o que esse ministério proporciona. Adriana define como ajuda mútua e, de vez em quando, mudança de prioridades.

Fatos curiosos podem demonstrar o amor, o carinho, a paciência e a compreensão que essas irmãs têm nesse ministério. “Sempre que eu preparava um bom estudo bíblico, perguntavam se eu havia roubado do meu marido”, conta Sandra. E que tal Divulgação

Rev. Ádler, da IP de São João do Paraíso, e a esposa Paula

dormir horas no carro com as crianças, enquanto seu cônjuge dá um aconselhamento imprevisto? “Coisas bem comuns à família do pastor”, finaliza Paula, que já passou por situação semelhante.

Assim, uma boa esposa de pastor não precisa ser uma mulher fora do comum. Como explica o rev. Adler, tanto o pastor quanto sua esposa são

pessoas imperfeitas que precisam uma da outra, da compreensão e apoio da igreja. E para quem pretende se casar com um servo do Senhor, Paula enfatiza: “Você está prestes a viver os melhores anos de sua vida. Não serão prefeitos, mas você aprenderá muito. Verá com prazer vidas alcançadas e saberá que seu marido foi o instrumento de Deus”.

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Brasil PRESBITERIANO

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A boa notícia Ricardo Mota

S

Foto: Rogério Cassimiro/Folha Imagem

Natal

erá que o Natal é uma data antiquada ao considerar seu significado original? Não é muito interessante ou vendável relacionar o Natal a uma festa cristã, pensam alguns lojistas. Nada contra o “velhinho simpático”, amigo das crianças e dos lojistas, mas o “Papai Noel” representa muito bem o interesse consumista que caracteriza nossos dias. A estratégia é descaracterizar Algumas lojas e shoppings, como o Shopping Iguatemi, em São Paulo, preferem colocar em sua ou “descristianizar” o Natal. decoração os dizeres “Happy Hollydays” ou “Boas Festas”, para não “desrespeitar” outras religiões Isto feito, as vendas aumen- que não comemoram o nascimento de Jesus tariam ainda mais, pois hostilidade; o segundo, “não a maior de todas as boas Ele sua fé. Têm nele a pos“Estou aqui a fim de ampliaria o “público alvo”. por força nem por violência, notícias: a vinda de Deus ao sibilidade da cura de enfertrazer uma boa notícia Com a diversidade de ideo- mas pelo Espírito Santo.” mundo. Jesus Nasceu! Ele midades físicas, emocionais para vocês, e ela será logias e instituições religio- Conforme a reportagem vei- sim, o ungido, glorioso líder, e espirituais. Invisível, mas motivo de grande alegria sas, limitar o Natal ao nas- culada em importante revista descendente do rei Davi, também para todo o povo! real, Jesus reina e domina cimento do Verbo de Deus brasileira, Saddam Hussein segundo a profecia, rei dos Hoje mesmo, na cidade de corações. Altera a ética e a seria um reducionismo eco- foi “o ungido, glorioso líder, reis e Senhor dos senhores. moral de uma geração corDavi, nasceu o Salvador nômico. Mas notícias impor- descendente direto do pro- O Criador que deixou a sua rompida. Faz com que o desde vocês – o Messias,o tantes a história se encarrega feta Maomé, presidente do glória e encarnou, assumindo valido se erga do pó e se Senhor! de preservar. O nascimento Conselho de Comando da o papel de criatura. Apesar assente ao lado de príncipes.

Lucas 2.10,11. virginal de Jesus jamais será Revolução, Marechal-de- de tal evento ter ocorrido no Daqui a alguns dias, nós nem esquecido! Todavia, vale Campo de seus exércitos, passado, seus efeitos marcaA fé, “a maior diferença nos lembraremos mais do fazer comparações ainda que Grande Tio de todos os seus ram a existência humana, e o entre homens e animais”, Papai Noel, se ele aparecer possa parecer notícia velha. clãs e tribos, Comandante- farão eternamente. Jesus nas- segundo escreveu o evolu- em março, abril ou em outro Veio à minha mente o episó- em-Chefe da Imortal Mãe ceu! O Natal está aí! Luzes, cionista Charles Darwin, mês antes de novembro e dio da guerra no Iraque que de todas as batalhas, dono festas, comidas diferentes me faz pensar nos detalhes dezembro, estará sendo inose arrasta pelos anos. O pre- de 23 palácios, foi encon- para alguns, falta de comida daquela “noite feliz, noite portuno. O episódio Saddam sidente dos Estados Unidos, trado em um buraco de 1,80 para outros; alguns poderão de paz”. As fraldas no varal já estará esquecido por muiGeorge W. Bush, declarou por 2,40 metros.” Hoje nem gastar o 13º salário, outros improvisado; o mugido dos tos, já será um “lixo da hisque a captura do ex-ditador tanto, mas, naqueles dias, estão entristecidos por conta animais espectadores do tória”. A glória de Bush ou iraquiano Saddam Hussein George W. Bush teve mais do desemprego. O consumis- maior de todos os eventos; Lula, ainda que reeleito, não foi seu melhor presente de uma estrela em sua paten- mo tentando ofuscar o senti- a alegria em meio à dor, da é permanente. Todavia, Jesus “Papai Noel”. Façamos uma te de “guardião mundial”. do original do Natal, substi- glória eterna à manjedou- Cristo, o salvador prometido simples comparação: do A captura de Saddam foi a tuindo o aniversariante pela ra, nascia Jesus. Diferente e sua glória não terão fim. palácio a um buraco, resu- melhor das notícias, um ver- figura “simpática” do velhi- dos poderosos deste mundo, Seu reinado é eterno como miu-se a trajetória daque- dadeiro presente do “Papai nho boa praça. A boa notícia Jesus não tem lembrança eterno é Seu amor. A Ele, le ditador; da estrebaria à Noel”. Todavia, essa ou foi transmitida, inicialmen- provisória ou glória pas- pois, toda glória. glória celeste e eterna, a de outra notícia qualquer que te, pelos anjos e testificada sageira. Após milhares de Jesus Cristo, o Nazareno. O possa fazer célebre o nome por homens e mulheres no anos, pessoas são transforRicardo Mota é pastor primeiro, impunha-se com de alguém, não se iguala decorrer da história: madas ao direcionarem para da IP de Uberlândia (MG)