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Brasil

PRESBITERIANO Janeiro de 2004

O Jornal da Família Presbiteriana

Ano 45 / Nº 592 - R$ 1,80

Wilson Camargo

A Voz dos Mártires

Capelã presbiteriana sofre perseguição Página 7

Como evangelizar muçulmanos Página 14 Divulgação

Presbítero lança livro sobre relacionamento matrimonial Página 8 A Voz dos Mártires

Vietnamitas se escondem para estudar a Bíblia Eleny Vassão

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Palavra da Redação Ouvimos dizer com freqüência que o cristianismo na Europa está sofrendo um recrudescimento. Para saber como isso está se dando, nada melhor do que ouvir alguém que está lá, trabalhando exatamente com a divulgação do cristianismo. Nas páginas centrais deste mês, trazemos uma matéria sobre os missionários rev. Dirceu e Tirza de Mendonça, que trabalham na Espanha, na cidade de Dom Benito. Eles contam como as igrejas evangélicas estão se deteriorando naquele país e sobre o que têm desenvolvido para mudar essa realidade. Segundo o escritor Julio Severo, autor do livro O Movimento Homossexual (publicado pela Editora Betânia), no dia 25 de abril, a Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas concluiu sua sessão anual sem conseguir votar a controvertida resolução do Brasil defendendo a orientação homossexual. Por causa da oposição de vários países, a votação foi adiada para o ano que vem. O objetivo da resolução é estabelecer leis internacionais antidiscriminação que favoreçam indivíduos que praticam atos homossexuais. A resolução chama o termo orientação sexual de "um direito humano inalienável". Logo, quem se pronunciar de qualquer maneira contra o homossexualismo poderá sofrer sérias repressões. Um pouco disso vem experimentando a capelã presbiteriana Eleny Vassão, que enfrenta críticas de vários grupos no Brasil e no mundo por apresentar, em aconselhamentos, a verdade bíblica quanto ao homossexualismo. Ela deu uma entrevista ao BP, em matéria na página 7, e conta como está sendo apoiada pela IPB e vários irmãos de outras denominações. Evangelizar muçulmanos, todos já ouvimos falar, é extremamente difícil. Primeiramente, deve-se conquistar a amizade e a confiança, com amor, para depois falar de Cristo. Sobre como evangelizar muçulmanos fala o missionário e reverendo Osni Ferreira, que trabalha no Oriente Médio. Seu valioso artigo encontra-se na página 14. Outro valioso artigo é o que publicamos nas páginas 18 e 19, escrito pelo rev. Ludgero Bonilha Moraes, secretário-executivo do Supremo Concílio da IPB, sobre Samuel Doctorian e a heresia montanista. Em 2003, a Comissão Nacional de Evangelização (CNE) da IPB realizou cinco simpósios estaduais. O último foi no Maranhão, em novembro, e sobre isso e evangelização fala o rev. Cícero Ferreira da Silva, secretário-executivo da CNE, na matéria da página 12. Você lembra da novela global Mulheres Apaixonadas, que terminou em outubro? Lembra-se dos valores deturpados e anti-bíblicos que a novela divulgava? Para contrapor esses valores, a IP do Lago Sul, em Brasília, realizou o encontro Mulheres Abençoadas, no qual os valores da Palavra de Deus para a mulher presbiteriana moderna foram enfatizados. O resultado disso tudo, você encontra na página 13. Confira estes e outros acontecimentos no mundo presbiteriano no BP de janeiro, aproveite!

EXPEDIENTE Brasil PRESBITERIANO / Ano 45, nº 592 – Janeiro de 2004 Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil, sucessor de O Puritano e Norte Evangélico Uma publicação da Rede Presbiteriana de Comunicação - RPC

RPC – Rede Presbiteriana de Comunicação Pb. Gunnar Bedicks Jr. – Presidente Pb. Gilson Alberto Novaes - Secretário Rev. Alcides Martins Jr. – Titular Pb. José Augusto Pereira Brito – Titular Rev. Carlos Veiga Feitosa – Titular Rev. André Mello – Titular Pb. Sílvio Ferreira Jr. – Titular Pb. Alberto Jones – Diretor Administrativo-financeiro Pb. Euclides de Oliveira – Diretor de Produção e Programação Conselho Editorial: Rev. Alderi Souza de Matos Rev. Celsino Gama Rev. Cláudio Marra Pb. Gilson Novaes Rev. Silas de Campos

www.ipb.org.br Edição: Letícia Ferreira DRT/PR: 4225/17/65 E-maill: editorjbp@terra.com.br Reportagem: Letícia Ferreira (SP), e Lucilene Nascimento (SP) Ilustração: Aldair Soares Gomes Diagramação: Aristides Neto Revisão: Douglas Moura Ferreira Secretaria de Atendimento ao Assinante: (61) 242 9719

Seu recado Informamos que os amados podem contar conosco como apoiadores, defensores e divulgadores do precioso jornal Brasil Presbiteriano. Mudar é bom e, em muitos casos necessário. Entretanto confesso minha estranheza pelas várias mudanças em tão pouco tempo. Mudanças freqüentes podem afetar a fidelidade do consumidor ao produto. Além do mais, houve uma perda da identidade visual da IPB, cadê o verde e a sarça? O excesso de azul, vermelho e branco nos faz pensar que se trata de um jornal da Embaixada Americana. No amor de Jesus, God bless you! Rev. Valdinei Moraes da Silva, pastor da IP de Cristina (MG) Agrademos o apoio oferecido, pois precisamos muito dele e pedimos que o irmão compreenda que, quando mudanças são necessárias não podemos ignorar essa necessidade. A RPC está buscando uma identidade própria para si e para o BP. As cores azul, vermelho e branco nos foram dadas por Deus para que usufruamos delas, como de qualquer outra cor. Elas não são exclusividade norte- americana, pelo contrário, são universalmente utilizadas. Pedimos que o irmão continue divulgando o BP e entre em contato conosco sempre que desejar. Queria agradecer pela matéria de novembro, sobre a Missão Plantar, gostei muito. E quero parabenizar a equipe pelo ótimo trabalho com o Jornal. Fui assinante do Jornal no final do ano passado e começo deste ano, e não continuei porque não me senti atraído pelo conteúdo e pelo formato. Tenho que admitir que ficou muito melhor esta nova etapa do Jornal. Espero que, no mínimo, continue assim, de boa qualidade. Mas acredito que irá melhorar ainda mais, não é mesmo? Fábio Megiati Bitencourt, secretário de Informática e Internet da Confederação Nacional de Mocidades Fábio, ficamos muito contentes que tenha gostado das

mudanças no BP e, como você, também acreditamos que irá melhorar ainda mais, com a ajuda de Deus e o apoio dos irmãos. Parabenizo o nosso jornal, em especial o artigo do rev. Carlos Alberto Henrique (BP novembro), que esclarece tudo sobre Reforma, e desejo que este jornal continue e não se transforme em revista. Itamar Queiroz de Moraes, presbítero emérito da IP de Ibitirama, Espírito Santo Obrigada, irmão, com certeza levamos em conta sua opinião. Sou assinante do jornal, sempre leio com atenção as matérias publicadas e reconheço o bom trabalho que os irmãos estão fazendo. Aproveito para parabenizá-los sobre a "nova" cara do jornal. A respeito da matéria sobre a exposição Caminhos da Reforma, publicada no BP de novembro: participei das palestras e a minha indignação é que na matéria publicada houve uma atenção extremamente particular ao tema proferido pelo rev. Alderi Souza de Matos. Sequer colocaram o título dos outros palestrantes (dia 18 – Juventude a Serviço da Reforma, pelo rev. Wilson Santana Silva; dia 25 – Caminhos da Reforma: da Europa ao Brasil, pelo rev. Hermisten M.P. da Costa), sendo que, não só para mim, mas para varias outras pessoas, as palestras tanto do rev. Wilson, quanto do rev. Hermisten, foram tão boas quanto a do rev. Alderi. Márcio Cantalício, diácono da IPB Prezado irmão, Não houve intenção alguma por parte do BP de desprezar os palestrantes ou os temas por eles proferidos nas outras palestras, foi apenas uma questão de tempo para a apuração e espaço para a publicação. Mas compreendemos a indignação do irmão e nos comprometemos a sempre fazer cada vez melhor pelo nosso jornal. Divulgação

Imagem do mês

Esta é a Letícia Santos Bueno, 2 aninhos. Quem enviou a foto foi o papai, pb. Sandro Ricardo Bueno, membro da Primeira IP de Santos, São Paulo. "A Letícia é um enorme presente de Deus para as nossas vidas. Sou coruja mesmo. E extremamente grato a Deus por permitir esta maravilha na minha vida".

ATENDIMENTO NO BP É fácil falar com o BP. Entre em contato dentro do horário comercial: E-mail: editorjbp@terra.com.br Assinaturas: (61) 244 2637 E-mail: jornalbp@terra.com.br Administração: (61) 242 9719


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Opinião

Ano Novo, Nova Esperança stamos no começo de um novo ano. "Ano novo, vida nova!", a gente sempre repete. Mas quando olhamos os acontecimentos que marcaram os últimos meses, parece não haver nada novo. O que se pode esperar para este novo ano, se continuamos a viver num mundo onde as palavras violência, corrupção, crise, continuam a dominar o noticiário e tocam bem de perto nossas vidas? O índice de desemprego cresceu no primeiro ano de um governo que prometeu 10 milhões de novos empregos; a renda média do trabalhador diminuiu; a Operação Anaconda encontra corrupção entre delega-

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dos, agentes da Polícia Federal, advogados e juizes federais. Esperar o que desse mundo, se as nações desenvolvidas vão gastar milhões na construção de armas que causam destruição e morte; os ataques terroristas não cessam na Palestina, Iraque, Afeganistão, Turquia; a aids dizima populações na África; a cada 4 minutos uma pessoa morre de fome no mundo e 40% da população brasileira vivem em condições de miséria. Em uma época semelhante à nossa, tempo de corrupção moral, degradação, violência, o profeta Isaías levantou a sua voz e profetizou contra o seu próprio povo. Suas palavras duras parecem refletir nosso mundo hoje: "Ai desta nação pecaminosa,

povo carregado de iniqüidade, raça de malignos, filhos corruptores; abandonaram e blasfemaram o nome de Deus" (Is 1.4). Deus puniu a nação de Israel por causa de todos esses pecados, permitindo que a Babilônia destruísse Jerusalém e o templo sagrado, e levasse o povo para as suas fronteiras onde seria escravizado por 70 anos. A guerra, destruição, calamidade, atingiram a todos. E ainda por fim, viver como escravos num país estrangeiro. É assim em qualquer época. O ser humano planta ódio, violência, corrupção e maldade, e a colheita não pode mesmo ser muito boa. Sofremos hoje a conseqüência do nosso próprio pecado, do

nosso afastamento de Deus. É aí que as coisas se tornam difíceis de serem compreendidas. Há uma tendência natural de nos revoltarmos contra a situação reinante, ou até de pensarmos que Deus se esqueceu de nós. O profeta Isaías levanta a sua voz para condenar o erro do seu povo; para avisar do castigo de Deus, mas não é só isto. Ele deixa claro que para qualquer época pode haver esperança. E a garantia disso não são os tratados de paz nem a tecnologia do homem, mas a certeza de que Deus mantém, de maneira providencial e provisional, a Sua criação. Ele sustenta tudo aquilo que criou, inclusive a vida e o destino do ser humano. Não podemos perder a esperan-

ça. O profeta Isaías diz ainda: "Os que esperam no Senhor, renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam" (Is 40.31). Esperar no Senhor é confiar plenamente nEle, no Seu poder, na Sua graça, na Sua providência diária. Isto não é alguma coisa ilusória. Deus intervém na nossa história e nos nossos problemas. Jesus Cristo é Deus histórico, pessoal, que assumiu nossa humanidade e nossa culpa. A vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo não é algo ficcional, mas o começo e a base da nossa esperança. Jesus Cristo é nossa esperança para 2004 e para os outros anos que virão.

Consultório Bíblico

Não há Deus maior Rev. Odayr Olivetti

ergunta: À luz de 2 Rs 5.15b, 1 Tm 2.5 a e Sl 89.6, é aceitável a letra do cântico que diz ""Não há deus maior... melhor... tão grande como o nosso Deus? Resposta: Eu sinto o problema que o meu irmão consulente sente, mas as expressões assinaladas do cântico "Não Há Deus Maior" têm apoio na Bíblia, em passagens como Ex 18.11 – "...sei que o Senhor é maior que todos os deuses", se bem que a frase foi pronunciada pelo midianita Jetro; Ex 20.3 (NVI) – "Não terás outros deuses além de mim..."; Jz 5.8 – "Escolheram-se deuses novos..."; Sl 82.1 – "Deus... no meio dos deuses...". Considere-se, porém: Na Bíblia, todas as referências a outros deu-

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ses são com o entendimento explícito de que são falsos. Esta consideração desaconselha citações ou declarações como a do citado cântico, porque está fora do referido contexto bíblico. Quanto às passagens citadas pelo irmão consulente, 2 Rs 15 fala do Deus verdadeiro; 1 Tm 2.5 declara que Deus é único; Sl 89.1 afirma que Deus é incomparável. Tudo certo e claro. Contudo, note-se que o contexto de 2 Rs 15 fala em outros deuses: 2 Rs 15 – o Deus verdadeiro; 17 – outros deuses (falsos); 18 – um caso concreto de deus falso: Rimom. O contraste bíblico entre Deus e deuses pode ser sumariado assim: Deus é único: Dt 6.4; Mc 12.29 – os deuses falsos são muitos;

Deus é vivo: Js 3.10; At 14.15 – os falsos são mortos, não têm vida; Deus é verdadeiro: 2 Cr 15.3 – os outros deuses são falsos; Deus é vivo e verdadeiro: 1 Ts 1.9 – os outros são falsos e mortos; Deus é único e verdadeiro: Jo 17.3 – os outros são muitos e falsos; Deus é incomparável: Sl 89.6 – os outros são comparáveis: Is 36.18-20(note-se o poder vitorioso do Deus incomparável: 37.3638); Deus é eterno: Dt 33.27 – os outros deuses nem existem realmente; Deus é vivo e eterno: Jr 10.10 – idem; Deus é eterno, imortal, invisí-

vel, único: 1 Tm 1.17 – os outros só tem algum valor para os idólatras enquanto for visível em suas representações; Deus é único e soberano: 1 Tm 6.15 – os deuses falsos nem para os seus seguidores são soberanos; em geral, os idólatras são politeístas; Deus é Soberano, Senhor, santo e verdadeiro: Ap 6.10 – a santidade está muito longe dos cultos idolátricos. Juntando as expressões, declaramos: O bendito "Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo", o "Pai nosso" que está "nos céus" (Ef 1.3; Mt 6.9) é o Deus único, vivo, verdadeiro, eterno, Senhor, Soberano, incomparável e santo. Duas grandiosas passagens fazem dramático contraste (não

comparação) entre o único Deus vivo e verdadeiro e os deuses falsos: Sl 115 e Is 44.1-20. Conclusão: Na pregação, nas conversas, nos cânticos – ou fazemos um contraste claro entre o Deus verdadeiro e os deuses falsos, ou é melhor não usar aparentes comparações com o Incomparável. É isso.

O rev. Odayr Olivetti é ministro jubilado da IPB, foi pastor de várias igrejas e professor de Teologia Sistemática no Seminário Presbiteriano de Campinas, São Paulo. É autor e tradutor de inúmeras obras cristãs. Envie-nos perguntas para o Consultório Bíblico: editorjbp@terra.com.br


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Reflexão

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Presbítero e diretor do Mackenzie reflete sobre a comunicação eclesial

Secretário da RPC desenvolve dissertação sobre comunicação presbiteriana ara o pb. Gilson Novaes, secretário da Rede Presbiteriana de Comunicação (RPC) e diretor administrativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), desde que o missionário Ashbel Green Simonton chegou ao Brasil, há 143 anos, a IPB tem buscado na comunicação um instrumento de expansão, unidade e identidade. Em Políticas de Comunicação da Igreja Presbiteriana do Brasil – Análise do Período Contemporâneo 1994-2002, dissertação de mestrado da Universidade Metodista de São Paulo, o pb. Gilson Novaes realizou uma extensa pesquisa para analisar como, nos dias de hoje, a IPB se comunica com seu público interno e externo e como essa comunicação pode alavancar seu crescimento e fortalecimento. "A IPB tem buscado, com os avanços tecnológicos disponíveis, um maior espaço nos meios de comunicação", afirma, no resumo da obra. "O crescimento numérico da Igreja é visível, mas não mensurável com fidelidade por falta de informações estatísticas". A dissertação ganhará uma versão para ser publicada em breve. Uma das afirmações do pb.

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Novaes em sua obra é que, Brasileiro era candidato à necessária em um país como do SC: o nosso e a Igreja carece de no período analisado, quan- presidência do a presidência da IPB este- "Atualmente, na área da um projeto a curto, médio e ve a cargo do rev. comunicação, a IPB vive um longo prazo, para a utilizaGuilhermino Cunha, houve projeto bom, mas não sus- ção do rádio". Origens grande avanço nos métodos tentável dentro de nossa reaA dissertação do pb. sócio-econômica. de comunicação e marketing lidade Wilson Camargo Novaes pesquisa as da Igreja. Na introorigens da imprensa dução da dissertaevangélica no ção, ele afirma: Brasil, principal"Nesse período, a mente no Estado de IPB passou a contar São Paulo. Vai além com o Conselho de da IPB, mostrando Comunicação e como algumas igreMarketing e com a jas evangélicas se Rede Presbiteriana co-municam através de Comunicação da imprensa escrita, (RPC), quando ocoranalisando a proreram transformaposta de democratições administrativas, zação na América estruturais e operaLatina visando ao cionais na área de estabelecimento de comunicação". uma nova ordem no Esses avanços, na mundo da informaopinião do secretáção e comunicação. rio, tiveram resultaAborda a relação dos nos campos mis- Pb. Gilson Novaes: análise da entre a Igreja Catósionários, de ação comunicação eclesial da IPB lica e as tecnologias social, evangelístico e educacional. Nessa época, Cabe-nos, no momento, ser- da comunicação, mostrando a Igreja passou a contar tam- mos coerentes e almejarmos a evolução dos seus conceibém com o Programa de a adoção de um programa tos de comunicação apresenem canal aberto, visando a tados pelas sucessivas lideIdentidade Visual. Digna de destaque é a alcançar um maior número ranças no Vaticano. No capítulo A Igreja declaração do rev. Roberto de pessoas. Precisamos, tamBrasileiro Silva, presidente bém, dar maior ênfase ao Presbiteriana do Brasil Hoje, do Supremo Concílio da nosso Jornal e Portal, tornan- se esclarece a origem e o sigIPB, que o pb. Novaes do-os mais aceitáveis à nificado do termo "presbitecolheu da edição 572 do jor- Igreja como um todo. Ou- riano", que, segundo a pesnal Brasil Presbiteriano, de trossim, a comunicação quisa do secretário da RPC, maio de 2002, quando o rev. radiofônica é altamente baseada, por sua vez, nas

pesquisas do rev. Alderi Souza de Matos, historiador da IPB, decorre do fato de que, nas igrejas desse nome, o governo é exercido por presbíteros. Além disso, menciona a estrutura da IPB, seu histórico desde a implantação, passando pelas diferentes fases e a história dos seus concílios eclesiásticos. Foi analisada A Comunicação ao longo da História da Igreja Presbiteriana do Brasil no terceiro capítulo, desde o missionário Simonton, em 1859. A partir daí demonstrase como evoluiu a imprensa presbiteriana no Brasil desde o primeiro jornal, Imprensa Evangélica, até o atual, Brasil Presbiteriano. O período objeto da pesquisa, 1994 a 2002, é analisado no quarto capítulo da dissertação: A Comunicação da Igreja Presbiteriana do Brasil no Período Contemporâneo. Nele, com acurada pesquisa nos jornais da época e em atas das reuniões oficiais da Igreja, demonstram-se todas as fases em que a comunicação da IPB foi alvo de preocupação dos seus dirigentes. Concluindo, o pb. Gilson Novaes aborda a comunicação da IPB como instrumento de expansão da mesma e demonstra as dificuldades estatísticas da Igreja.


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Liderança

Pastores Segundo o Coração de Deus Rev. Valdeci dos Santos

ebuscar o acervo de contribuições da teologia reformada ao ministério pastoral pode ser altamente compensador. Em uma dessas atividades depareime com uma pérola de grande valor. Trata-se de um sermão pregado pelo puritano John Shaw (1708-1791) sobre o texto de Jeremias 3.15, que diz: "Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência". Essa mensagem foi pregada durante uma cerimônia de ordenação ministerial no dia 26 de agosto de 1725. Os princípios expostos por aquele pregador são relevantes não apenas para aqueles que

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estão ingressando no ministério sagrado, mas também para todos os interessados em uma revitalização do ministério pastoral. Em sua exposição sobre o assunto, John Shaw indicou dez princípios pelos quais se poderia reconhecer o caráter de um pastor segundo o coração de Deus. Devido à objetividade e concisão do presente artigo, resumiremos aqueles princípios em quatro pontos básicos. Em primeiro lugar, esses pastores são novas criaturas em Cristo, pois, a não ser que tenham sido regenerados, serão sempre impróprios para o ministério da Palavra. Nesse sentido, Shaw enfatiza que

"raposas e lobos não são instrumentos naturais para se gerar ovelhas". Após terem sido convertidos, eles foram vocacionados para o sagrado ministério, pois "ninguém toma esta honra para si mesmo" (Hb 5.4). Em segundo lugar, esses ministros são comprometidos com uma vida de santidade. Eles evitam o envolvimento desnecessário nos negócios dessa vida, pois o objetivo do bom soldado de Cristo é satisfazer aquele que o arregimentou (2Tm 2.4). Em sua exortação, Shaw salientava que "a vida de um ministro é a vida do seu ministério e os pecados dos mestres são mestres de pecados".

Em terceiro lugar, pastores segundo o coração de Deus são homens que zelam pelo sábio proceder. O texto de Jeremias ensina que esses pastores apascentam com entendimento e com inteligência. E, como parte do ministério pastoral envolve a instrução e o ensino, não só através de palavras, mas também de exemplo de vida, o sábio proceder é uma exigência para um ministério divinamente aprovado. Finalmente, esses ministros são homens zelosos pela vida de oração. O modelo para um ministério segundo o coração de Deus foi estabelecido pelo próprio Jesus, que deixou exemplo para que os seus discí-

pulos sigam os seus passos (Jo 13.15 e 1Pe 2.21). Sendo que o próprio Filho de Deus não negligenciou a vida de oração em seu ministério terreno, a sabedoria e a prudência apontam para essa prática como uma necessidade vital no ministério sagrado. A relevância dos argumentos acima reside no fato de que eles foram alicerçados na Palavra viva de Deus. Ninguém que almeja vivificação em seu ministério deveria desprezá-los. O rev. Valdeci da Silva Santos é coordenador do Doutorado em Ministério no Centro Presbiteriano de Pósgraduação Andrew Jumper

Resenha

ALEGREM-SE OS POVOS: A Supremacia de Deus em Missões Prof. Antônio José

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á no início da obra Alegrem-se os Povos: a Supremacia da Graça de Deus em Missões (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2001. 254 pp), o autor, John Piper, evoca um importante enunciado da missiologia reformada, afirmando que o alvo das missões é a alegria dos povos na grandiosidade de Deus. Deus é o alvo supremo da atividade missionária da igreja. As missões começam e terminam com adoração. Portanto, "a paixão por Deus na adoração precede a apresentação de Deus por meio da prega-

ção. Assim sendo, antes que um missionário esteja hábil para proclamar Cristo às nações, ele precisa, antes de tudo, ser um verdadeiro adorador". Naturalmente, há que se entender que a verdadeira adoração transcende o momento circunstancial litúrgico. O cristão possui o inarredável compromisso de adorar a Deus e fazer da sua vida um ato de adoração e louvor a Deus. Esse livro enfatiza os pressupostos de uma outra obra do autor, A Teologia da Alegria, os quais podem ser resumidos na frase: "Deus é mais glorificado

em nós quanto mais nos satisfazemos nEle". Segundo Piper, se não tivermos zelo algum para com a glória de Deus, nos tornamos superficiais e egoístas. Mais adiante, Piper reflete sobre o papel da oração na obra missionária. Para ele, a oração é um aparelho comunicador do campo de batalha para ser utilizado à medida que a igreja avança contra os poderes das trevas. Concluindo a primeira parte do livro, o autor enfatiza a supremacia de Deus nas missões mediante o sofrimento. De acordo com Piper, a perda e o sofrimento, jubilosamente

aceitos pelos cidadãos do Reino, evidenciam a supremacia do valor de Deus no mundo de forma mais clara do que toda a adoração e oração. A segunda parte do livro aborda a necessidade de reconhecer que Deus é supremo nas missões. Ali são focalizadas: a supremacia de Cristo como aspecto consciente de toda a fé salvadora e a supremacia de Deus sobre todas as nações. O autor ainda faz uma pertinente análise dos termos gregos ethnos, panta ta ethne, pasai hai phulai e pasai hai patriai. Novamente, a conclusão dessa

parte é que "o grande objetivo de Deus em toda a História é manter e manifestar a Sua glória para o contentamento dos redimidos de toda tribo, língua, povo e nação". Certamente essa é uma obra recomendável para todos os cristãos que desejam participar do cumprimento da Grande Comissão.

O professor Antônio José é coordenador da área de Teologia Pastoral do Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper


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História

A Difusão do Movimento Reformado na Suíça Rev. Alderi Souza de Matos Augsburg Historical Atlas

reformador Ulrico Zuínglio foi impelido por dois tipos de motivações: humanismo bíblico e fervor patriótico. Quanto ao primeiro elemento, Zuínglio se tornou um grande estudioso das Escrituras nas línguas originais, um notável pregador e expositor bíblico, e um firme defensor da autoridade da Palavra de Deus. Ele entendia que a essência da vida cristã é a conformidade com a vontade de Deus conforme expressa em sua Palavra e que esta deve ser o único fundamento para a fé cristã e o culto cristão. Somente o que a Bíblia ordena ou indica claramente é obrigatório ou permissível ("princípio regulador"). Suas idéias estão contidas nos Sessenta e Sete Artigos que redigiu para o primeiro debate de Zurique (1523), no seu Comentário Sobre a Verdadeira e a Falsa Religião (1525) e em outras obras. Além de pregador e teólogo, Zuínglio

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era um patriota e foi, no aspecto político, o mais talentoso dos reformadores. Ele desejava que o evangelho bíblico fosse pregado livremente em todos os treze cantões da confederação suíça e nas regiões adjacentes da Alemanha. Inicialmente, apenas Zurique abraçou a fé reformada. Em seguida, a partir de 1522, houve a adesão gradual de Basiléia, especialmente mediante os esforços do reformador João Ecolampádio (1482-1531). Berna, o maior dos cantões, foi ganha para a reforma em 1528, através de um debate público em que Zuínglio teve papel destacado. O cantão natal de Zuínglio, St. Gallen, também foi ganho, bem como Schaffhausen e Glarus, e as cidades de Constança e Mülhausen, na Alsácia. Outra conquista importante para a fé reformada foi a cidade alemã de Estrasburgo, onde atuaram os reformadores Wolfgang Köpfel ou Capito (1478-

Ulrico Zuínglio, personagem chave na Reforma Protestante 1541) e o notável Martin Bucer (1491-

1551). Lamentavelmente, como foi visto no artigo anterior, Lutero e Zuínglio não chegaram a um consenso no que diz respeito à Ceia do Senhor. O primeiro acreditava na presença real ou física de Cristo na Ceia e o segundo interpretava o sacramento de maneira simbólica, comemorativa. Tal divergência enfraqueceu o movimento evangélico mais amplo. Além disso, os velhos cantões rurais de Uri, Schwyz, Unterwalden e Zug, bem como a cidade de Lucerna, rejeitaram a reforma e criaram um forte partido católico. Quando os dois grupos se enfrentaram na segunda batalha de Kappel (11 de outubro de 1531), o próprio Zuínglio foi uma das vítimas fatais. Outra vítima foi a reforma na Suíça alemã, cujo progresso foi permanentemente detido. Zuínglio foi sucedido na liderança da igreja de Zurique por Johann Heinrich Bullinger (1504-1575),

líder hábil e conciliador, que, entre outras contribuições, teve participação destacada na redação do Acordo de Zurique (Consensus Tigurinus, 1549) e nas chamadas Confissões Helvéticas. A filiação da cidade de Berna ao protestantismo reformado foi da mais alta relevância. Esse fato salvou o zuinglianismo do isolamento na confederação suíça e – o que é mais importante – contribuiu para a adesão de Genebra à causa reformada, livrando-a do domínio dos duques católicos de Savóia. Com isso, tornou-se possível a obra do expoente mais ilustre da causa reformada – João Calvino.

O rev. Alderi Souza de Matos é professor de História da Igreja no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper e historiador da IPB.

Homenagem

Rev. Samuel Martins Barbosa Rev. Alderi Souza de Matos o dia 26 de novembro de 2003, às 15 horas, foi sepultado no Cemitério do Redentor, em São Paulo, o corpo do rev. Samuel Martins Barbosa. Embora estivesse filiado à Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, o rev. Samuel foi um ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil por quase trinta anos, tendo prestado valiosa contribuição à igreja, principalmente na cidade de São Paulo. Samuel Martins Barbosa nasceu em 25 de junho de 1918 na localidade de Santo Antônio da Figueira, atual Guarapuã, um subdistrito de Dois Córregos, no Estado de São Paulo. Era filho de Isaías Gomes Martins e Maria Carolina Barbosa, de quem recebeu as primeiras instruções na fé cristã. Seus pais foram fruto do trabalho de missionários da Igreja Metodista, igreja essa pela qual ele sempre demonstrou grande apreço. Fez o curso primário e parte do ginásio em Dois Córregos. Ainda adolescente, começou a trabalhar no cartório daquela cidade. Tinha oito irmãos: Jaime, Edgar, Ermelinda, Tarcílio, Natanael, Lucinda, Enoque e Daniel. Aos catorze anos pregou o seu primeiro sermão. Em 1936, aos dezoito, foi para São

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Paulo em busca de oportunidades de trabalho e para completar os estudos. Trabalhando em uma casa comercial, pôde, com muito esforço, concluir o curso ginasial no Colégio Osvaldo Cruz. A família passou a freqüentar a Igreja Presbiteriana Unida, na rua Helvetia, onde o jovem Samuel, já consciente da vocação ministerial, participou ativamente, tornando-se superintendente da Escola Dominical. Apreciava profundamente os sermões do rev. Miguel Rizzo Júnior, acompanhando-o a outras igrejas a fim de ouvi-lo. Em 1942, ingressou no Seminário Presbiteriano de Campinas por indicação da sua igreja, seguindo-se um período de grande satisfação pessoal, pois pôde dedicar-se plenamente aos estudos. Durante as férias, trabalhou em campos missionários como a Missão Evangélica Caiuá, em Dourados, Mato Grosso, viajando a cavalo e dormindo em choupanas. Foi ordenado em 1947. O texto que escolheu para a formatura foi Isaías 6.7: "A quem enviarei e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eisme aqui, envia-me a mim". Nessa época, casou-se com Olga Ruiz, de Campinas, que foi sua companheira por dezesseis anos e com quem teve seis filhos: Samuel Jr.,

Beatriz, Gérson, Lísias, Raquel e Míriam. Olga era irmã de Mercedes Ruiz, esposa do rev. Oswaldo Soeiro Emrich, pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Curitiba. Samuel foi pastor auxiliar do rev. Miguel Rizzo na Igreja Unida, ficando responsável por 46 grupos de oração que reuniam de seis a quarenta pessoas cada um. Pastoreou as igrejas de Casa Verde, Vila Espanhola (I. P. Aliança), Parque das Nações, Santo André e Jandira, tendo sido o fundador de algumas delas. Em 1954, quando pastoreava a Igreja de Jandira, fundou a Congregação Presbiteriana de Osasco. Tendo grande apreciação pelos estudos, formou-se em filosofia pela Universidade de São Paulo em 1955. Nesse período, aprofundou os seus conhecimentos de grego e hebraico, tendo aulas com o professor rev. Michael Bitchmaya (18691962), profundo conhecedor de línguas antigas. Eleito pelo Supremo Concílio de 1958 para ser professor no Seminário Presbiteriano de Campinas, lecionou grego, hebraico e exegese do Antigo Testamento. Em 1961, graduou-se mestre em teologia no Seminário Teológico Union, em Richmond, Virgínia. Em 1966,

durante grave crise vivida pela igreja, foi dispensado do seminário junto com outros professores. Foram tempos difíceis, porque a esposa havia falecido dois anos antes e o filho mais velho estava com catorze anos. Lecionando em diversas faculdades, conseguiu criar todos os filhos sozinho, encaminhando-os na vida cristã. Foi pastor da Igreja de Vila Maria. Ao mesmo tempo e posteriormente, da Igreja da Bela Vista, por treze anos. Sempre teve muito carinho por essas igrejas. Mesmo depois de tê-las deixado, compareceu diversas vezes a bodas de prata e bodas de ouro de irmãos cujos casamentos havia oficiado. Também pastoreou a Igreja de Vila Carolina (hoje Igreja Moriah). Em 1968, novamente convidado para ser pastor da Igreja do Jardim das Oliveiras, depois de ter recusado duas vezes devido às obrigações familiares, aceitou o encargo e ali trabalhou por vinte e três anos, até 1992. Pastoreou também a Igreja de Vila Yolanda, em Osasco. Participou do Manifesto de Atibaia, em 1978, que criou a Federação Nacional de Igrejas Presbiterianas (FENIP), e foi um dos fundadores da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (1983).

Graduou-se doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo, com a defesa de tese sobre educação permanente. Participou da tradução da versão brasileira da Bíblia de Jerusalém, da Editora Paulus, ao lado de eruditos católicos e protestantes. Fez parte da Academia Paulista Evangélica de Letras (APEL), na qual exerceu o cargo de bibliotecário. Foi filiado à maçonaria, tendo sido Venerável em sua loja maçônica. Nos últimos tempos, junto com o colega Rev. Humberto Xavier Lenz César, dirigiu os cultos dominicais de uma igreja local autônoma ("Igreja que Está em Tua Casa"). Até recentemente, o rev. Samuel gozava de boa saúde. Sofreu um trauma com a perda da filha Beatriz, em abril de 2003. Em setembro, foi diagnosticado um câncer que, após uma cirurgia e muitos padecimentos, veio a causar o seu falecimento no dia 25 de novembro. Além de cinco filhos, deixou dez netos e uma bisneta. Para os que o conheceram, ficou a lembrança de um pai exemplar, um pastor amoroso e um mestre devotado aos seus alunos, "que ouviram em muitas oportunidades palavras temperadas com o evangelho de Cristo".


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Eleny Vassão, com 20 anos de experiência em capelania hospitalar, enfrenta críticas de vários grupos pelo Brasil e pelo mundo

Capelã presbiteriana sofre perseguição por se pronunciar contra o homossexualismo Wilson Camargo

izendo-se desesperado para deixar o homossexualismo e sua prática promíscua, um homem procurou pelo telefone a missionária Eleny Vassão de Paula Aitken, que, além de atender na Capelania do Hospital das Clínicas, do Instituto Emílio Ribas e no Hospital do Servidor Público do Estado, em São Paulo, trabalha com aconselhamento bíblico em crises. Entre muitas áreas, atua também no atendimento a homossexuais que estão buscando ajuda para mudar de vida. Ela o faz também cooperando com o Movimento pela Sexualidade Sadia (Moses), cujo objetivo é levar o evangelho do Senhor Jesus Cristo a pessoas com problemas de homossexualismo e em outras áreas da sexualidade. Durante a conversa, o rapaz insistia em focalizar seu problema no homossexualismo, mas Eleny enfatizava que este não era o problema, e sim o sintoma de um problema maior. Disse-lhe que este problema maior, o pecado, está enraizado no coração humano e afeta a todos, fazendo-os desenvolver práticas contrárias à vontade de Deus. E ainda que a Bíblia diz que nem os bêbados, nem os roubadores, ou os sodomitas, como também os maldizentes não herdarão o reino de Deus. Contou-lhe que o pecado afeta toda a humanidade, mas deulhe a boa notícia que, para qualquer pecado, existe esperança e solução. A esperança está na pessoa de Cristo, o Filho de Deus, que morreu na cruz para que todo aquele que Nele crê tenha Vida plena e eterna, perdão de todos os pecados, paz com Deus e alegria interior, que situação alguma poderia tirar. Após ouvir o plano da salvação e a verdade bíblica em resposta também às suas questões sobre o homossexualismo, o homem que, na verdade, era o jornalista Facundo Guerra, do portal América Online, publicou uma matéria em que caracteriza o trabalho realizado pela mis-

D

sionária na capelania como uma estratégia para aumentar o número de fiéis evangélicos. No texto publicado, ele diz que a conclusão a que chegou foi de que "a pretensa ‘correção de orientação sexual’ promovida pela capelania de um dos maiores hospitais públicos de São Paulo acoberta, atrás de seu palavrório, a estratégia de aumentar o rebanho de uma das facções religiosas que mais crescem no Brasil, a evangélica. Motivados por um desespero que decerto não tem nome, aqueles que buscam solução para suas dores sairão, após meia hora de ‘sessão’, entoando algum Salmo. E do Salmo para o dízimo, basta um amém". Uma segunda jornalista disfarçada, dessa vez dizendo trabalhar por um projeto de lei que proporia ao Ministério da Saúde o custeio de tratamento para quem quisesse deixar o homossexualismo, entrevistou Eleny pelo telefone. A jornalista, Sandra Soares, também escreveu uma matéria para a América Online, que foi ao ar no dia 3 de novembro. Ela disse que, segundo as assessorias de imprensa do HC e do Emílio Ribas, as respectivas diretorias desconhecem que esse tipo de trabalho aconteça lá dentro. "Mas os números de telefone que a capelã Eleny divulga na Internet para marcação de consultas - ela só atende se as entrevistas forem agendadas por telefone - pertencem aos hospitais", diz a jornalista. A principal acusação contra Eleny e contra os hospitais onde ela trabalha como capelã, é utilizar a capelania como meio de divulgar idéias contra o homossexualismo. Eleny explica que o trabalho que ela e sua equipe fazem nos hospitais é o de levar consolo e esperança para aqueles que sofrem, respondendo às questões levantadas pelos próprios pacientes e profissionais da saúde, tendo como base a Palavra de Deus. Os atendimentos nos casos de

Eleny Vassão: 20 anos de capelania hospitalar homossexualismo não são feitos usualmente nos hospitais, durante o tempo que dedica à capelania, mas em casa ou em igrejas, em entrevistas marcadas após primeiros contatos pela internet, pelo e-mail publicado no site do Moses, e não pelo telefone, a não ser em caso de encaminhamento por pastores amigos. A divulgação dos telefones dos hospitais para esse fim foi um engano, Eleny não tinha conhecimento que os números estavam publicados no site do Moses. Quanto ao jornalista Guerra, Eleny só o atendeu no HC porque ele se disse muito desesperado e precisando de atendimento urgente. Perseguição Segundo Eleny, que é formada em Teologia e fez curso de mestrado em Aconselhamento pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida, além da

publicação no AOL, os textos foram espalhados por comunidades homossexuais e GLS por todo o Brasil e também em várias partes do mundo. "Alguns desses grupos enviaram carta à Superintendência do HC e do Emílio Ribas, exigindo uma tomada de posição dos hospitais quanto à capelania e a minha pessoa. O assunto está fervilhando nas comissões de Direitos Humanos, de Ética Médica, de Bioética, no Conselho Federal de Psicologia e de Medicina, etc.", conta. Ela afirma que não está aconselhando especificamente contra o homossexualismo, mas a todos que a procuram apresenta a verdade bíblica de que todo o ser humano é pecador e todos precisam da graça de Deus. Por outro lado, sempre deixa claro que o aconselhamento que pratica é bíblico e que ela não é

psicóloga. O fato de a capelania dos locais em que trabalha pregar ideais evangélicos é verdadeiro, evidente e não traz nenhuma novidade. "Os hospitais têm nossa declaração de fé desde que começamos, há 20 anos, e todos os anos suas diretorias recebem nossos relatórios de atividades, onde mostramos claramente nossos princípios e os resultados de nosso trabalho diário. Temos tido, por parte dos superintendentes, diretores e de muitos profissionais da saúde, um forte apoio e estímulo para continuar, pois estes reconhecem os benefícios da fé à saúde física e mental de seus pacientes", afirma. Por causa desse caso e sua repercussão, Eleny está encaminhando à direção do HC e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, as instituições mais afetadas, um relatório completo e detalhado de tudo em que a capelania crê, divulga, desenvolve, bem como de suas atividades como capelã evangélica. A poio Eleny Vassão tem recebido apoio de evangélicos de muitas denominações em vários países. " Em meio à tribulação, invoquei o Senhor, e o Senhor me ouviu e me deu folga. O Senhor está comigo, não temerei. Que me poderá fazer o homem?" (Sl 118.5-6), ela cita. "Como tem sido precioso o apoio de toda a família evangélica em meio à tempestade pela qual estamos passando. Temos recebido mensagens de muitos irmãos e igrejas não só de muitas denominações de todo o Brasil, mas também de nossos irmãos da Polônia, Argentina, Bolívia, Inglaterra, EUA, Rússia, Irlanda, Canadá, Angola e Kenya, que conhecem e apreciam nosso trabalho de capelania.", compartilha. "Acabamos de receber também mensagem de apoio dos colegas e amigos capelães evangélicos do Exército, Marinha, Força Aérea, Polícia e Bombeiros Militares do Brasil", comemora.


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Acontece

Presbiteriano ganha prêmio por destacar-se entre os evangélicos de Governador Valadares, Minas Gerais

Escultor, pintor, poeta e escritor presbiteriano inspira-se na Palavra de Deus scritor, poeta, escultor, pintor, engenheiro da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), administrador de imóveis, agente do BP, presbítero, conselheiro e diretor da UPJ, secretário de Planejamento da Igreja, professor de escola dominical, membro da Comissão de Orçamento da igreja, tesoureiro da UPH, trabalho com os adolescentes... Onde o pb. Ovídio Gomes Spínola consegue tempo e energia para tantas atividades? "Deus é quem nos inspira e conduz. É Ele, na sua infinita bondade, que nos dá o nosso cônjuge, filhos, amigos, irmãos e família para que possamos abençoá-los (pois somos abençados para abençoar) e, desta forma, a nossa vida torna-se cheia de atividades e alegria, ficamos felizes e contagiamos todas as pessoas à nossa volta, pois passamos a desejar estar cada dia mais juntos e nos ajudando uns aos outros, compartilhando a nossas vidas e nos amando verdadeiramente, sem amarras e preconceitos", essa é a resposta do presbítero, que é membro da IP Filadélfia de Governador Valadares, Minas Gerais. As experiências em seu próprio casamento levaram o pb. Ovídio a fazer palestras sobre o amor conjugal e a escrever o livro Casamento e Amor – o melhor da vida é conviver com alguém que sabe fazer de um pequeno instante, um grande momento. "O livro é a minha cara, eu pratico 100% do que está escrito nele. E amo a Silvinha, muito mais de quando eu casei. É como se fosse crescendo dia-a-dia o nosso amor". Silvinha é Sílvia Nalon Spínola, esposa do pb. Ovídio há 22 anos. Não é o primeiro livro que ele escreve. Nos dois outros livros que escreveu, ele teve o apoio cultural

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da Cemig, mas todos foram lançados com recursos próprios. No primeiro, Momentos : Escritos e Esculturas, conta o pb. Ovídio, ele quis levar ao público uma experiência familiar, passando adiante as boas lições e o que acredita ser importante para a vida. Fez uma coletânea das poesias que escreve, de teor cristão, e anexou fotos de algumas de suas esculturas em argila e gesso. Em Coletânea de Ilustrações e Mensagens para Reflexão, a intenção foi passar reflexões a serem utilizadas como ilustrações e exemplos para diversas situações da vida do cristão. "Muitos pregadores têem utilizado esse livro para tirar ilustrações/estórias para exemplos em textos e sermões", compartilha. No terceiro livro, o foco é o casamento, o amor e a família. "Falo aos casais mostrando que a vida conjugal é um projeto divino através do qual Deus nos torna mais felizes. É no casamento que aprendemos a amar ao próximo como a nós mesmos", afirma o escritor. Um CD-ROM com o primeiro livro e fotos de esculturas, inclusive de areia, nas praias, também foi lançado, além de um vídeo com o poeta declamando seus versos. Prêmio Ágape Em novembro, o pb. Ovídio recebeu o prêmio Ágape, na primeira edição do prêmio, concedido pelo Núcleo Evangélico de Governador Valadares e Região a cristãos que se destacam na cidade, considerada a capital evangélica do Brasil. Presbiteriano desde a infância, o pb. Ovídio, sua esposa Sílvia e seus três filhos, Guilherme, de 20, Pedro, 16, e Ana Carolina, com 15 anos, são membros atuantes da IP Filadélfia, que comemora Jubileu de Ouro no dia 4 de abril de 2004.

Há 16 anos, o presbítero promove e organiza, na igreja, o Festival de Poetas e Cantores, uma oportunidade de confraternização e integração entre as sociedades internas. "Os avós e pais se emocionam vendo seus filhos e/ou netos recitando as poesias que fizeram dentro de um tema pré-determinado. Distribuímos pipoca, canjicão, cafezinho, queimadinha e biscoito de polvilho nos intervalos. É entregue um troféu para a sociedade ganhadora e medalhas para os melhores cantores, poetas, intérpretes de poesia e a melhor criança, destaque e simpatia". Foi ainda na infância que o pb. Ovídio descobriu, graças a uma professora da Escola Dominical, que tinha aptidões artísticas. "A professora Agazinha ou Agá, (ela ainda leciona na Nona IP de Governador Valadares), que era muito criativa, nos fazia declamar poesias, participar de pequenos teatrinhos, trabalhar com as mãos e fazer artesanato, e eu fui me destacando e gostando", conta. Aos 13 anos, quando viu o mar pela primeira vez, com medo da água ficou se distraindo fazendo esculturas na areia que foram muito admiradas. Em 1996, um gerente do trabalho, vendo as fotos das esculturas, o presenteou com argila e gesso e pediu-lhe que experimentasse fazer as esculturas naqueles materiais." Fui fazendo, e hoje tenho só em casa mais de 100 esculturas. Quanto aos quadros, foi um desafio: eu coloquei na cabeça que poderia fazer quadros e fui criando uma técnica nova, onde eu fazia arte na tela, utilizando massa corrida, arames, panos etc.", diz. O pb. Ovídio é engenheiro eletricista, com pós-graduação em TeleInformática, e concluiu recentemente o MBA em Gestão Empresarial da Fundação Getúlio

Dilvulgação

Esculturas do pb. Ovídio em exposição Vargas -FGV. Para adquirir os seus livros, que custam R$10, ou obter mais informações, o telefone residencial do escritor é 0XX33 3221 7560 e o e-

mail é ovídio@cemig.com.br. Ele avisa: se alguma sociedade interna ou igreja se interessar em adquirir os livros em grande quantidade, dará 30% de desconto.


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Janelas para o Mundo

Vietnamitas estudam a Bíblia ilegalmente Sra. Nguyen Fonte: A Voz dos Mártires

emos em casa uma escola bíblica que funciona todos os dias. Nós, os cristãos, temos que ficar três meses fechados dentro dela. Somos obrigados a isto, já que o governo proíbe o ensino bíblico. São três períodos de estudos por dia, num total de 10 horas. Para o caso de a polícia aparecer (o que não é raro), temos uma sala secreta, de mais ou menos um metro de altura. Os irmãos e as irmãs têm que permanecer sentados para se esconder. Há uma pequena janela para poderem respirar. Não dá para deixar os sapatos na porta da casa porque certamente os policiais vão estranhar a quantidade. Então colocamos os sapatos dentro de uma caixa e escondemos (em nossa terra, é costume tirar os sapatos antes de entrar em casa). Em função do espaço apertado, os estudantes são obrigados a assistir às aulas deitados em linha reta no chão, em colchões ou colchonetes. Os 30 a 75 estudantes têm se levantar às três ou quatro horas da manhã para a sua higiene matinal no único banheiro da casa. Os colchões ficam escondidos durante o dia. Nossos irmãos da aldeia cozinham para nós, para que os alunos, que vêm de todas as partes do Vietnã, tenham tempo de estudar. Eles nunca reclamam e são ótimos obreiros. Não podemos cantar alto porque um dos nossos vizinhos é membro do Partido Comunista e já nos delatou uma vez. Há 20 anos ministramos estudos bíblicos em diversas partes do Vietnã. Em I Reis 18, o fiel Obadias trabalhou respeitosamente para o cruel Rei Acabe, mas alimentou secretamente 100 profetas durante três anos (55 toneladas de comida, no mínimo!). Qual a desculpa que ele

T

dava para pegar tanto pão? E como ele conseguia esconder tudo aquilo? Quem eram os crentes "clandestinos" que o ajudavam com a comida? Ele estava cumprindo a maior lei de Deus: amar ao próximo, amar a Deus. Existem cristãos teologicamente corretos hoje em dia, que agem sempre dentro da lei e

Vietnã. No Vietnã, os comunistas criaram leis para benefício próprio, não baseadas nas leis da Bíblia, como é nos países livres. Aqui no Vietnã, nós pagamos os nossos impostos e respeitamos as leis do nosso país, mas se essas leis nos obrigam a negar a nossa fé, não podemos obedecêlas.

para ensinar doutrinas políticas e evolução. Assim, quatro dos treze professores estão lá para misturar o seu veneno ao remédio do Evangelho. Isto não é progresso. É retrocesso. Não é obediência a Deus. Se tivermos que esperar até o governo nos dar licença para termos a nossa própria escola bíblica, você pode A Voz dos Mártires

Escola Bíblica ilegal no Vietnã

que obedecem as Jezebels dos governos cruéis, ajudando-as a "caçar" os profetas "fora-da-lei" que são obrigados a viver escondidos nas cavernas. Esses cristãos colocam o legalismo acima do amor. Quando escondeu os espiões israelitas, Raab cometeu um crime de traição contra o próprio governo. Ela traiu e mentiu, mas ganhou um lugar de honra na galeria dos heróis da fé em Hebreus 11, por obedecer à lei maior de Deus. Não é errado nem "ilegal" se esconder. Muitos dos servos de Deus já tiveram que se esconder das autoridades – Moisés, Davi, Elias, Jeremias, Paulo e até Jesus (João 12.36). As leis nos países livres do ocidente são diferentes das leis no

Quando a polícia me faz perguntas sobre os nossos evangelistas ou sobre detalhes da nossa igreja, eu digo que "não posso responder às suas perguntas". O que não significa que não obedecemos às nossas leis. Quando nossa fé é atacada, não temos que obedecer. Temos a liberdade de seguir a nossa fé. A Igreja Tin Lanh (Boas Novas) obteve uma licença do governo do Vietnã, mas essa licença não ajuda em nada. A igreja pediu ao governo permissão para abrir uma escola bíblica para 100 estudantes (a primeira em cerca de 30 anos de regime comunista). O governo verificou a biografia dos alunos e só permitiu a entrada de 50. E, além disso, obrigou a Escola Bíblica a aceitar quatro professores ateus

crer que Jesus voltará antes. Não podemos esperar. Obadias era um funcionário do governo que trabalhava para a família real. Obadias amava seu país. Mas de onde ele tirou a comida que deu aos 100 profetas? Eu penso que ele a roubou. Com Deus, Obadias estava legal. Para o Rei Acabe, ele estava fora da lei. É possível que a cada dia ele tirasse um pouco da comida do governo. E fez isso por três anos! A fome durou três anos. Não foi fácil. Se ele tivesse obedecido ao governo, embora devesse por ser um oficial, os profetas teriam morrido de fome. O que você faria, obedeceria ao governo? Se Obadias não tivesse visão, não teria feito o que fez. Ele seguiu a lei maior. Amou a

Deus, amou o seu povo. Ele agiu como a Rainha Ester. Isto é fé. Desde que se enquadraram à lei, a única permissão que os nossos amigos da Igreja Tin Lahn, em Saigon (8 milhões de pessoas), tiveram dos comunistas foi abrir uma única igreja num único bairro daquela única cidade, e isto depois de muita briga. O número de membros das igrejas subterrâneas ultrapassa em muito o das igrejas oficiais. Não haveria nas tais igrejas oficiais espaço suficiente para todos eles. Há dezenas de milhares de novos convertidos nos planaltos vietnamitas, que não dispõem de uma igreja sequer para freqüentar. Há somente duas igrejas oficiais em Hanói, uma cidade com milhões de habitantes. Não posso comparar as igrejas do ocidente com as do Vietnã. A liberdade vem do Espírito Santo, não do governo. Na América, por exemplo, você não é obrigado a registrar a sua igreja, a não ser que queira redução de impostos. Em muitos países do Ocidente, como a América, você pode louvar a Deus até na calçada, se quiser. No Vietnã, a polícia tenta nos impedir, mas não nos importamos. Na América, você pode escolher. O louvor depende do seu coração, não das leis do governo. Faz 15 anos que realizamos reuniões em nossa casa. Meu marido esteve preso por dois anos. A polícia entrou em casa 12 vezes, sem permissão ou mandato. Se tivéssemos uma igreja oficial, poderíamos freqüentá-la, mas ainda assim usaríamos as nossas casas para grupos familiares. No futuro, mesmo que o governo venha a nos autorizar a construir uma igreja, ainda assim nos reuniremos em grupos caseiros. E assim, os nossos vizinhos vão poder ouvir o evangelho. Ore pelos cristãos do Vietnã.


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Missionários da APMT lutam para difundir o cristianismo na Europa

Igrejas evangélicas estão se deteriorando na Espanha partir da proposta do rev. Emílio Bellido, da Escuela Reformada de Sevilla, a IP em Don Benito, Espanha, liderada pelos missionários presbiterianos rev. Dirceu e Tirza de Mendonça, realizou um dia de conferências sobre a Reforma Protestante em 31 de outubro. O rev. Bellido pregou sobre a liberdade advinda da Reforma. Destacou que a sociedade européia medieval, na época em que aconteceu a Reforma, estava integralmente voltada para a perspectiva da salvação da alma através da igreja católica. As regras que esta havia estipulado para se chegar a tal objetivo escravizavam o continente a um poder eclesiástico opressivo, tornando a sociedade e os poderes civis subservientes. Ele afirmou insistentemente que os institutos e escolas, na Europa, somente se tornaram centros de livre pensamento e investigação cultural graças aos reformadores. "Para um contexto que desconhece quase que completamente a Reforma Protestante e as igrejas evangélicas, eventos como esse são extremamente significativos e de uma importância ímpar para o crescimento do cristianismo", afirma o rev. Dirceu.

A

Deterioração das igrejas na Europa O rev. Dirceu de Mendonça afirma

que as igrejas estão fechando na Europa. Na Espanha, o que tem produzido isso é a falta de pastores e líderes. Ainda assim, afirma que o país não é um cemitério de missionários, como imaginam muitos no Brasil. Ele explica que a razão desse apelido é o fato de que muitos

União Soviética), e todos os que vierem sem o devido preparo, voltarão desesperados, pois os frutos visíveis são escassos e a pressão é muito grande". Faltam pastores, diz o missionário, porque a maioria é transferida por falta de recursos. Alguns são mis-

esporádica, de um líder mais preparado. "A situação espanhola apresenta pastores cuidando, sozinhos, de várias igrejas em cidades diferentes, na maioria das vezes, as únicas igrejas evangélicas nessas regiões", compartilha o rev. Dirceu. Rejeição à palavra

Famíla Ovidio

pensam que, pela Espanha ser um país europeu e de tradição católica, evangelizar naquele país seria muito fácil. Assim, alguns missionários vão sem o devido preparo e acabam retornando ao Brasil desestruturados. "O que se diz entre os missionários mais experientes (de várias missões e denominações), alguns com quase 20 anos neste país, é que, atualmente, a Espanha é tão difícil para o evangelismo quanto um país muçulmano mais aberto, ou países que foram comunistas (antiga

sionários que voltam a seus países de origem, outros são pastores espanhóis que ¨fazem tendas¨, isto é, trabalham ¨secularmente¨ para garantir o seu sustento. Muitas vezes, precisam transferir-se para uma região distante para trabalhar. Assim, as igrejas das quais cuidavam acabam fechando. Algumas igrejas permanecem abertas, porque alguém, mesmo sem preparo, mas com coragem, como foi o caso em Don Benito, mantém as portas da igreja abertas, lutando sempre pela presença, ainda que

O rev. Dirceu de Mendonça afirma que a rejeição à Palavra é grande na Espanha, o que acontece por três motivos fundamentais: desconhecimento, tradição católica e um sentimento anti-religioso. A igreja evangélica é praticamente desconhecida, já que foi perseguida durante quase 40 anos pela ditadura Franquista. Na época, propagar a fé evangélica era crime, pois significava um confronto à fé católica, entendida como a única religião correta, sendo a igreja protestante considerada seita. "Isso permanece no inconsciente coletivo da população", explica o missionário. Segundo a nova constituição espanhola, o catolicismo não é mais a religião oficial do Estado, pois há liberdade religiosa e uma consciência muito forte de que a unidade nacional depende do respeito a essa constituição. Entretanto, ainda se conserva a visão de que o catolicismo representa a unidade nacional, mesmo que simbólica e folclórica. As outras religiões representam um perigo para tal unidade e para a

manutenção da cultura espanhola. Já o sentimento hostil quanto à religião vem ainda da ditadura, quando a confissão religiosa católica era obrigatória, inclusive com prisões e mortes a quem não obedecia. Por causa disso, as novas gerações manifestam uma vigorosa rejeição a tudo que apresenta conotação religiosa, inclusive nas escolas, onde a freqüência às classes de ensino religioso é inferior a 20%. Pelo descrédito à religiosidade, o espanhol necessita primeiro conhecer o cristão como pessoa e vê-lo amistosamente, para depois dar crédito à sua pregação. "Por esses fatores, a igreja evangélica espanhola perdeu seu afã evangelístico, restringindo-se a serviços sociais, em que é muito atuante. Há um temor, muitas vezes chamado de respeito às liberdades, em se praticar o evangelismo, principalmente pessoal", diz o rev. Dirceu. "A igreja evangélica precisa ser muito divulgada na Espanha para vencer o desconhecimento e, assim, crescer, pois muitos são simpáticos aos evangélicos mas não se aproximam da igreja pela pressão social dos que ainda a desconhecem." Ministério Os missionários Dirceu e Tirza de Mendonça trabalharam durante dez anos no Brasil, socorrendo drogaditos, depressivos e famílias em crise. Na Espanha, sua "pequenina igre-

fonte principal da cidade, que representa a abundância de água do Rio Guadiana, que banha a cidade

ja", como a chamam, iniciada pelo rev. Hugo Vivas (hoje residente em Fronteira, Minas Gerais), se tornou conhecida como um centro de apoio a pessoas nessas situações. O casal trabalha também com um ministério voltado para a formação musical e instrumental de pessoas dispostas a usá-las na adoração. Eles acreditam que a interação com outros músicos é um bom canal de evangelismo e destacam que o ensino musical, na Europa, tem uma importância muito grande. Outro ministério em que atuam é o de ventriloquia, que teve início há nove anos. O missionário conta que

começou como uma brincadeira com os filhos, Mateus e Maíra, e, depois, com as crianças de uma congregação. "Após tantos anos, contabilizamos trabalhos em dezenas de escolas e igrejas, além de acampamentos", compartilha. Ele crê que as oportunidades neste ministério surgirão, pois há uma tradição européia muito forte nessa arte. O alvo é conseguir um boneco profissional para poderem participar de eventos artísticos e técnicos, já que Gibizinho, o boneco atual, feito de pano, é muito infantil e não permite o uso de técnicas mais avançadas. Rev. Dirceu, Tirza, Mateus e Maíra

são missionários da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais e também estão associados a várias IPBs pelo Brasil. "Nossa vida é muito simples e temos lutado, junto com a APMT, pela divulgação do nosso trabalho para continuar recebendo os recursos básicos para desempenhar nosso ministério", afirmam. Há ainda mais quatro famílias missionárias da APMT na Espanha, nas cidades de Huelva, La Línea, Puerto Real e Sevilla. e-mail: dirceutirza@apmt.org.br http://www.projetoespanha.hpg.ig.com.br


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Evangelismo

Comissão Nacional de Evangelização realiza simpósios pelo Brasil

CNE promove aproximação com lideranças da IPB Comissão Nacional de Evangelização (CNE) da IPB realizou cinco simpósios em 2003, nos estados do Paraná, Pará, Piauí e Maranhão. Segundo o rev. Cícero Ferreira da Silva, secretário-executivo da CNE, os simpósios fazem parte da etapa de contatos que a comissão está fazendo com lideranças, concílios e igrejas locais da IPB. Os eventos foram organizados sob o tema Eleitos para Proclamar, baseado em I Pe 2.9, com os subtemas Motivação Bíblica e Teológica da Evangelização, Restaurando a Paixão na Evangelização e Estratégias de Evangelização Pessoal, Coletiva e Institucional. No último encontro estadual, que foi realizado em São Luiz do Maranhão, de 20 a 23 de

A

novembro, participaram aproximadamente 350 pessoas. "Tivemos uma excelente receptibilidade e o simpósio teve grande impacto para aqueles amados irmãos. A ênfase foi na Palavra, no encorajamento, nos desafios, nos projetos de trabalho práticos", compartilha o rev. Cícero. Qualquer sínodo ou presbitério que tenha interesse em realizar um Simpósio Relâmpago (a custo quase zero) em sua região, pode entrar em contato com a Central de Atendimento da CNE e conversar com o rev. Cícero. Evangelização não é opcional Segundo o rev. Cícero, o tema Eleitos para Proclamar foi desenvolvido para a conscientização do papel de cada crente no Corpo de Cristo. "Pedro diz

que fomos eleitos para proclamarmos as virtudes de Cristo, exatamente o que nosso mundo necessita ouvir. O Senhor Jesus disse: ‘não fostes vós que escolhestes a mim... antes eu vos escolhi, vos nomeei, para que vades e deis fruto e vosso fruto permaneça...’ Jo 15.16", afirma o secretário. O rev. Cícero explica que evangelização não é opcional. Assim como as leis físicas governam o universo e precisam ser conhecidas e respeitadas, as leis de Deus governam o relacionamento do homem com seu Criador, Redentor e Preservador. "Ignorar o evangelho é pior que desrespeitar a lei da gravidade. Os imperativos de Deus são eternos. A palavra de Deus é viva e eficaz. Em contraste com a palavra do

homem, que é tão passageira, a palavra de Deus é como espada de dois gumes, como martelo que esmiúça a penha. Não volta vazia. Cumpre seu propósito. Traz fé salvadora. Vivifica mortos. Transforma: vidas, famílias, sociedades. O evangelho traz nova ordem espiritual, social, econômica, financeira. Restaura valores eternos, instaura o reino de Deus aqui e agora... Veja quão culpados somos por deixar esta humanidade tão perdida, com esse silêncio sepulcral, quando não falamos de Jesus". Ele aponta três principais pontos que não devem ser esquecidos sobre evangelização: Deus é soberano, mas o homem é responsável; o crente jamais deve ser passivo na evangelização e ou o cristão cumpre o manda-

mento - I Pe 2.9, Jo 15.16 - ou será culpado diante de Deus e da geração à qual pertence. Antes de o mundo existir, Deus elegeu os cristãos, os nomeou e designou para proclamar as virtudes de Cristo, que constituem a perfeita e eterna salvação. Virtudes que perdoam, que encorajam, que consolam. Ele diz: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me" Lc 9.23; "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" Lc 9.23; Mt 28.18-20.

Um Toque Especial Adriana Ferreira

sses dias, li uma história do grande pastor e escritor Max Lucado, intitulada Um Toque Especial!. Era a história do Leproso, descrita no Evangelho de Mateus, mas contada da perspectiva do próprio homem. Uma história dolorosa e cheia de emoção. Fui tomada por um desejo enorme de chorar e não tive como resistir, pois era como se estivesse lá presenciando a cena. Ele conta como havia sido esquecido pelas pessoas, marginalizado e excluído do sistema social pois naquela cultura a lepra era algo horrendo, e o leproso, considerado como impuro e ninguém podia toca-lo, nem falar com ele e como, ao vê-lo, davam passos em outra direção. Que história! Ao final, que maravilhoso! Ele tinha ouvido falar do Filho de Deus. Que curava as pessoas de suas feridas do corpo e da alma, que perdoava os pecados. Resolveu, então, se arriscar: ou Ele

E

ouviria a sua queixa e o mataria ou ouviria sua súplica e o curaria - estes eram os seus pensamentos. Afinal, ele nada tinha a perder. E assim, só de olhar para Ele, foi transformado não por fora, mas por dentro. Nos seus olhos estava claro que Ele se importava com aquele homem, que, ao invés de se afastar como todos faziam, deu um passo em sua direção e, não satisfeito em apenas dizer "quero", "sê limpo", Jesus o tocou, o que o deixou surpreso, pois havia mais de cinco anos que ninguém o tocava, e foi curado. Imagine você, este homem foi considerado digno do toque de Deus, um Toque especial! Bom, parei para pensar em quantos lugares Jesus, o Filho de Deus, tem chegado através de nossos missionários. E nesses lugares também há pessoas com histórias semelhantes ou tão dolorosas como a deste homem, marginaliza-

das, impuras e que estão há anos sem ser tocadas: hindus, africanos, árabes e tantos outros que só poderão ser tocados pela palavra de Deus. Sabe? Há neste momento tantas outras que foram consideradas dignas do "toque de Deus" . E isto só foi possível porque você é uma destas pessoas que têm nos ajudado a manter e a enviar nossos missionários até esses lugares. Todas as vezes que você contribui ou ora por nossos missionários, você abre a porta para que outras pessoas possam ser dignas deste ato curador de Jesus.

Adriana Ferreira, formada em Teologia, é missionária da base da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais há três anos, e está concluindo pós-graduação em Terapia Familiar.


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Evento resgata valores bíblicos para os dias modernos

Acampamento Mulheres Abençoadas reúne mulheres presbiterianas em Brasília Dilvulgação

Lucilene Nascimento ulheres Abençoadas, esse nome lembra algo? Qualquer semelhança com o nome da novela global Mulheres Apaixonadas, que terminou em outubro, não é mera coincidência. Ao perceber a proposta da novela, o rev. Luciano Roberto Nunes, pastor efetivo da IP do Lago Sul, em Brasília (DF), resolveu mostrar a verdadeira proposta de vida e comportamento apresentada por Deus, diferente do falso padrão de família e relacionamento que a novela apresentava. Foi o que aconteceu no acampamento Mulheres Abençoadas que, de 14 a 16 de novembro, reuniu 43 mulheres da IP do Lago Sul. Segundo o pastor, diversas mulheres puderam conhecer os planos de Deus para ser uma benção nas mais diversas áreas de suas vidas. Temas como a benção do perdão, da correção e da obediência, foram ministrados e "cada mulher firmou um compro-

M

Mulheres Abençoadas fazendo diferença na IPB e no mundo misso individual com o Senhor, e certamente, muitas transformações estão ocorrendo", comenta Denise Falcão, líder há um ano do ministério feminino da igreja. O trabalho existe há três anos na igreja e, mensalmente, as mulheres se reúnem em palestras e reu-

niões buscando desenvolver uma vida conforme a vontade do Pai. "Nosso foco é o Senhor e é para Ele que trabalhamos", afirma Denise. Para ela, o ministério feminino da IPB vem mostrado sua força e importância dentro de inúmeras

igreja. "Temos que trabalhar e as mulheres têm se disposto a isso", diz, a líder do ministério, destacando a importância desse trabalho. O primeiro acampamento desse ano teve como tema Sê tu uma benção na igreja, no lar e no traba-

lho, e, seguindo esse mandamento, frutos já podem ser colhidos. "O acampamento feminino une muito as irmãs, e conseqüentemente nos tornamos mais sensíveis ao próximo" diz Denise. Segundo ela, esse trabalho também tem ajudado mulheres a manter, de forma sábia, os relacionamentos no lar. "Percebemos que nossos filhos ficam mais motivados com os trabalhos da igreja, pois vêem que estamos diferentes, mais serenas, fervorosas", conclui. Para Denise, as mulheres presbiterianas entendem a importância de serem benção em uma sociedade onde valores, modismos e vidas estereotipadas servem como um padrão social e, muitas vezes, invadem a igreja e os lares cristãos. Elas reconhecem que, para serem verdadeiramente mulheres abençoadas, têm que permanecer firmes no principal alvo do ministério, que é estar na presença do Senhor e ajudar, uma as outras, a escutar a voz dEle e andar nos Seus caminhos. Dilvulgação

Ronaldo Lidório participa do CBE2 missionário rev. Ronaldo Lidório foi um dos pregadores durante o Segundo Congresso Brasileiro de Evangelização, o CBE2, de 27 a 31 de outubro, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Aproximadamente mil líderes evangélicos, de todo país, estiveram presentes, entre eles dr. Russel Shedd e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A ênfase no primeiro dia foi a apresentação de um resumo histó-

O

rico da Missão Integral, movimento que teve início com o Pacto de Lausanne, em 1974, e desembocou no Brasil através do primeiro CBE, também realizado em Belo Horizonte, em 1983. O segundo dia teve como tema a espiritualidade em missão, propondo uma volta ao íntimo e a redescoberta de um profundo relacionamento com o Senhor da obra, para a realização da vontade dele. Vários outros temas foram discutidos, entre eles, o desafio da mis-

são ética e consagração. No dia 28, o rev. Lidório pregou sobre o chamado à Missão Integral em uma mensagem que denominou de A Tríplice Missão, baseada em Apocalipse 5. "Falei sobre a Missão de Deus, que é Reinar; a Missão de Cristo, que é Pagar o Preço e e a Missão da Igreja, que é Servir ao Cordeiro", sintetiza o missionário. Ronaldo e sua esposa, Rossana, passaram quase toda a década de 90 entre povos africanos, como os

konkombas e os chakalis, ambos de Gana. Hoje, ainda trabalhando pela Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT) no Amazonas, desenvolvem o projeto Anamajé (mensageiro, em tupi-guarani), numa parceria da APMT com a Missão de Evangelização Mundial. Eles fazem, em Manaus, pesquisa e mapeamento étnico, plantação de igrejas, tradução da Palavra, educação na língua materna e apoio de saúde.

Miss. Ronaldo Lidório, levando Jesus a populações indígenas


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Missões

O Deus que o islamismo não conhece Rev. Osni Ferreira A Voz dos Mártires

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uando lemos o Alcorão (livro sagrado dos muçulmanos) e observamos a prática da religião islâmica, encontramos um deus diferente do Deus das Escrituras Sagradas. Na língua árabe, tanto o deus do islamismo como o Deus do cristianismo são chamados pelo mesmo nome Allah, mas eles diferem um do outro na concepção que os muçulmanos e cristãos têm de Deus. Do ponto de vista islâmico, deus é distante, impessoal, severo juiz e que está a todo o tempo observando os erros dos homens. Um deus incompreensível, exigente, duro e que se apraz apenas com os rituais e práticas que estão relatadas no Alcorão. Para os muçulmanos, cada detalhe do Alcorão deve ser observado de forma muito específica, senão deus não aceita. Eles cumprem os rituais de forma precisa e gostam de mostrar às pessoas que estão procedendo de forma correta porque disso resulta um certo status. A fé islâmica é algo pesado, difícil e que exige muito sacrifício e tempo para conseguir praticar as centenas de rituais e exigências descritas no Alcorão. Assim, o resultado são pessoas frustradas, desanimadas e desiludidas. Pessoas que estão o tempo todo tentando agradar a deus, mas que não conseguem e, como conseqüência, ele está sempre zangado com elas. Por outro lado, quando lemos a Bíblia, encontramos o Deus que o islamismo não conhece. O Deus que encontramos nas páginas das Escrituras é o Deus pessoal, próximo, amigo, companheiro. O Deus que possui o amor incondicional, que O

levou a entregar seu único filho Jesus para morrer pelos nossos pecados. O Deus que anda ao nosso lado e que se preocupa com os mínimos detalhes da nossa vida, até mesmo com aquilo que comemos ou vestimos. Esse é o Deus verdadeiro. O Deus com quem podemos conversar, a quem podemos apresentar nossos problemas, compartilhar as nossas ansiedades. O Deus que não está preocupado com sacrifícios ou rituais vazios e sem sentido. Contudo, O Deus que está à procura de corações quebrantados e totalmente rendidos diante dEle. Esse é o nosso Deus, esse é o Deus que o cristianismo prega e vive e esse é o Deus que o islamismo precisa conhecer. Como podemos apresentar esse Deus verdadeiro aos muçulmanos, de forma eficaz? Esta, com certeza, é uma pergunta complexa e difícil de ser respondida, porém, eu quero ousar colocar algumas coisas que, do meu ponto de vista, nos ajudariam a apresentar as boas novas de salvação aos muçulmanos. Primeiro, creio que devemos mostrar a eles que Deus os ama. O islamismo não tem a mínima concepção de Deus como um Deus de amor. Para eles, juízo e amor são incompatíveis, duas coisas muito longe uma da outra. Na visão deles, é impossível Deus ser juiz e, ao mesmo tempo, amor. A tarefa daqueles que estão perto dos muçulmanos é mostrar que Deus os ama. Como podemos fazer isso? Essa é à parte difícil. Devemos amá-los como eles são, para podermos mostrar um pouco do amor de Deus e, assim, dar con-

Povos muçulmanos são alcançados somente pelo amor

dições a eles de entender esse amor. Nestes últimos dias, os muçulmanos têm sido odiados como nunca, porém, dessa forma jamais vamos conseguir alcançá-los, uma vez que eles estão carentes e sedentos da água viva que a religião deles não pode conceder. Segundo, devemos apresentar nas Escrituras que Deus é um Deus pessoal e amoroso. Como? A religião islâmica não aceita toda a Bíblia como Palavra de Deus, porém, eles crêem no Pentateuco, nos Profetas, nos Salmos e, por incrível que pareça, nos Evangelhos. Eles acreditam que Jesus veio a este mundo como profeta, mas não aceitam Jesus

como Filho de Deus, sem pecado. Jesus, para eles, é um profeta anterior a Maomé, mas não com tanta autoridade como este. Vejamos alguns textos das Escrituras que são plenamente aceitos pela religião islâmica e que podemos apresentar a eles: Deuteronômio 7.9, Lucas 1.50 (Deus misericordioso), Salmo 5.12 (Deus abençoador), Salmo 67.19, 20 (Deus que nos ouve), entre outros. Contudo, isso deve ser apresentado de maneira branda e amorosa porque devemos a todo o tempo mostrar Jesus em nós, o que é muito mais importante do que entrarmos em discussões que não levam a lugar algum.

Se você é cristão, então você conhece o Deus verdadeiro. O maior problema dos cristãos que querem alcançar os muçulmanos é o desejo de querer provar para eles que o cristianismo é a religião correta, sem um espírito de mansidão, humildade e amor. Se você deseja ver muitos muçulmanos aos pés de Jesus, comece a orar para Deus nos dar um amor profundo por eles. Ore por aqueles que estão perto dos muçulmanos pregando a Palavra, para que tenham paciência e muito amor para compartilhar as boas novas. Ore para que as igrejas sejam despertadas não somente para orar por vidas não alcançadas mas, principalmente, para amálos como pessoas que carecem da Graça de Deus. Os muçulmanos não são animais, não são criminosos. Eles são seres humanos, com sentimentos, com emoções, e foi também por eles que Jesus morreu na cruz do Calvário. Eles necessitam de pessoas que falem menos sobre Jesus, mas que mostrem mais em suas vidas a vida de Jesus. Eles estão carentes de algo novo que venha libertá-los dos rituais vazios do islamismo. Nós temos a mensagem de vida; vamos, então, apresentar aos muçulmanos o Deus verdadeiro, esse Deus que eles não conhecem assim como os atenienses não conheciam. Que Deus nos ajude a sermos testemunhas vivas dEle neste mundo. Osni Ferreira é missionário da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais e trabalha com povos não alcançados no Oriente Médio


Brasil PRESBITERIANO Testemunho

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Filha de pais católicos, Ilga Maria Mueller se converteu e hoje é membro da IP Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul

Mais uma gaúcha no Reino de Deus Divulgação

iúva há oito anos e mãe de três filhos, Ilga Maria Mueller já passou por muitos problemas de depressão e dificuldades de relacionamento. Chegou a ser internada em uma clínica psiquiátrica. Hoje, conta que procura viver segundo a Palavra de Deus e em breve será batizada na IP de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul.

V

"Como católica, eu era praticante de todas as tradições, mas não conhecia Jesus. Tinha muitos problemas, depressão, problemas de relacionamento com os filhos. Saía de casa e não tinha vontade de voltar era a pior hora. Cheguei a ser internada em uma clínica psiquiátrica. Nesse estado, busquei em muitos lugares por solução, mas quanto mais buscava, mais parecia que as coisas pioravam e eu não encontrava paz. Então, em julho de 2002,

encontrei um grupo de jovens de origem coreana, que me deram um folheto e perguntaram se eu gostaria de receber uma visita do pastor missionário e da esposa. Eu disse que sim, só que teria que ser naquela semana. Eles estiveram várias vezes em minha casa, mas eu nunca estava. Até que um dia, meu neto, que estava em casa, deu o número do meu telefone. O pastor entrou em contato comigo, e eu disse que não me interessava mais. Ele insistiu, disse que ele e a esposa gostariam de me conhecer e eu falei que ia pensar, pois não estava muito bem de saúde, e voltaria a entrar em contato marcando um encontro em minha casa. Mas o pastor insistiu e disse: pois agora é que a senhora mais precisa de Jesus. Eu falei: será? Ele disse que tinha certeza que sim. Era um sábado. Então eu concordei, e marcamos nosso encontro para terça-feira, dia 20 de agosto de

2002, o primeiro encontro. Graças a Deus pela insistência dele! Ele me falou de forma tão clara sobre Jesus que eu não tive dúvida, era esse Jesus que eu sempre buscava, mas não encontrava. Depois de ouvir Sua palavra e orarem comigo, e eu aceitar Jesus como meu único Salvador, as coisas mudaram. Sinto muita paz. O relacionamento com meus filhos é melhor do que antes. Minha saúde está boa. Além do fato de ter certeza da minha salvação, que agora entendo ser o mais importante para a vida de uma pessoa. Hoje, procuro viver a Palavra de Deus, levando essa boa nova a outras pessoas. Que só Jesus Cristo salva. Já disse a meus filhos, que me verão cantando e pregando na igreja. Não sou batizada ainda, mas penso em fazê-lo em breve, pois o rev. Alfredo Terras está me preparando para esse fim".

Ilga Maria Mueller da depressão profunda à paz com Jesus

Louvor

Música Sacra pode ser utilizada em educação C

om o objetivo de capacitar as igrejas presbiterianas nas áreas missionária, musical e educacional, utilizando a música como instrumento de evangelismo, foi realizado, de 20 a 23 de novembro, no Seminário Presbiteriano do Norte, em Recife (PE), o Primeiro Congresso Musivoz: A música Sacra Numa Visão Missionária, Ministerial e Emocional.

Para o rev. Charles Martins, pastor presbiteriano, missionário e músico, diretor do congresso, a música sacra deve ser vista como um grande instrumento de evangelismo no trabalho missionário da Igreja. "Cabe a nós, como IPB, nos unirmos em prol deste grande desafio que é capacitar as nossas igrejas quanto à função da música sacra. Para isso o nosso Musivoz foi criado, para nos

mover quanto à nossa responsabilidade como dispenseiros do nosso senhor Jesus Cristo". Segundo ele, ao analisar a história da música sacra, pode-se deparar com vários exemplos de como esse estilo musical auxiliou o trabalho dos missionários. "Podemos citar os avivamentos ocorridos na igreja e a contribuição dos missionários americanos e ingleses. Em nosso Hinário Novo Cântico

podemos ver a contribuição de missionários como o casal Kalley, o médico missionário dr. Kalley e sua esposa Sarah, que escreveram vários hinos, entre eles os de número 3, 12, 19, 22, 24, 46, 50, 54, 73 e 212, entre outros". O rev. Charles explica que a música sacra pode, também, ser utilizada como instrumento educacional dentro e fora das igrejas pois, através da música,

uma pessoa pode ser educada nas áreas sócio-cognitiva e emocional. Ele cita que especialistas afirmam que a música pode ser utilizada como um agente transformador de personalidade e ajustamento social. "Como IPB, temos que educar nossos jovens e formalizar uma identidade musical, em grupos, os mais diversos, que não sejam reconhecidos como referência litúrgica".


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Acontece

Palestras discutem identidade das sociedades internas da IPB

Congresso reúne federações de Campo Grande esgatando nossa Identidade foi o tema do Congresso Unificado das Federações de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, que reuniu 140 pessoas nos dias 15 e 16 de novembro. Quase todos os pastores do presbitério estiveram presentes. Segundo o rev. Divino Gomes da Silva, secretário presbiterial, a idéia de unificar os congressos das federações das sociedades de Campo Grande surgiu no Congresso das Federações de SAFs da região, no ano passado. No mesmo dia, esta-

R

vam acontecendo os congressos das federações de UPAs e UMPs, em locais diferentes. "O pai em um lugar, a esposa em outro e os filhos em outro, dessa maneira os gastos ficavam altos. Com o Congresso Unificado economizamos. A idéia foi aprovada pelo Presbitério", conta o ver. Divino. Ele compartilha que o objetivo era integrar as federações, o que foi alcançado: "A realidade foi melhor do que o Sonho. Devido ao grande sucesso do primeiro congresso unificado, não haverá mais lugar para congressos isolados. Com a

bênção de Deus, queremos que, em 2004, nossas Federações estejam trabalhando em conjunto". Foi desenvolvida uma Agenda Unificada das Federações e a primeira Reunião Unificada, quando serão discutindo projetos, será no dia para o dia 31 de janeiro, em Dourados (MS). Identidade da IPB Para o rev. Divino Gomes da Silva, a identidade da IPB não está perdida, mas há necessidade de se resgatar a estrutura das sociedades internas que, infelizmente, estão desacreditadas.

"Muitos pastores acreditam que os ministérios têm mais valor que as Sociedades Internas", alerta. O ver. Divino acredita que não há necessidade disso, pois, dentro das sociedades, há espaço para todos os ministérios. "Pessoalmente, eu nem me preocupo com a nomenclatura ministério. Sou presbiteriano e uso a nomenclatura presbiteriana", afirma. Segundo ele, a estrutura presbiteriana precisa ser compreendida pelas sociedades internas para que todos sejam verdadeiramente presbiterianos. "Tenho absoluta certeza que ser-

vimos ao Senhor através da submissão às nossas lideranças, que foram sabiamente distribuídas no Organograma: Confederação Nacional, Confederações Sinodais, Federa-ções, Departamentos das Igrejas locais. Precisamos ensinar a hierarquia da IPB a seus membros, porque ela não é contrária a vontade de Deus. Além do rev. Divino, foram preletores do encontro os reverendos Fernando Glória Caminada Sabra, Hernandes Dias Lopes, Gentil Fernandes Marques.

Nasce mais uma UPH no Espírito Santo mais nova UPH do Sínodo Espírito Santo/Rio de Janeiro nasceu na cidade de Apiacá, extremo sul do Estado do Espírito Santo, no dia 19 de outubro. A Segunda IP de Bom Jesus do Itabapoana organizou, na Congregação Presbiteriana de Apiacá, a União Presbiteriana de Homens, contando com oito membros fundadores, entre eles dois presbíteros e dois diáconos. O presbítero Rágem Gomes de Menezes, Secretário Sinodal do Trabalho Masculino da região, foi eleito presidente da nascente sociedade. O presidente da nova UPH declarou que o trabalho masculino no Presbitério de Bom Jesus do

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Itabapoana vem crescendo de forma visível, com cores vivas, e que, de fato, trata-se de uma sociedade de homens responsáveis. "Esta pequena UPH tem gênesis em planos ousados", diz. Torneio da Reforma A UPH de Apiacá, Espírito Santo, promoveu, no dia 25 de outubro, o Primeiro Torneio de Futebol Society pelo dia da Reforma Religiosa do Século XVI. O torneio aconteceu no sítio da Família Almeida, em Apiacá, extremo sul do Estado. Participaram do evento 10 equipes, entre as quais, todas as oito igrejas do Presbitério de Bom Jesus do Itabapoana (SER).

Na abertura deu-se uma palavra alusiva à data comemorada, contando com a presença do rev. Gilberto Dutra Leite do Amaral, presidente do Presbitério. A Igreja Presbiteriana de São José do Calçado foi a campeã do torneio; em segundo lugar, ficou a IP de Santa Maria de Campos e, em terceiro lugar, a IP de Rosal, que receberam troféus. Foram ainda premiados o melhor artilheiro, com troféu, e o melhor goleiro, com medalha. O presidente da UPH, pb. Rágem Gomes de Menezes, anuncia que no ano próximo acontecerá o Segundo Torneio da Reforma Protestante, pois esta bandeira está hasteada de forma definitiva.

Divulgação

Diretoria da nova UPH (da esquerda para a direita): pb. Osair, Honoracy, pb. Rágem, dc. Jardel e rev. Luiz Lopes

Tesoureiro da IPB fala em congresso de UPAs bordando o tema Cristologia, o pb. Renato Piragibe, tesoureiro do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, foi um dos preletores no Congresso da Federação de UPAs do Presbitério de Bom Jesus do Itabapoana, nos dias 1 e 2 de novembro de 2003. O evento foi realizado no Colégio Estadual de Santa Isabel, em

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Bom Jesus do Itabapoana, Rio de Janeiro. A irmã Eliane Menezes, secretária sinodal e presbiterial de UPAs, também proferiu palestra na área de comportamento e testemunho cris-tão. Participaram aproximadamente 70 adolescentes. Na mesma data foi também realizado o Festival de Música Sacra Conhecida e os vencedores ganharam troféus. "O

trabalho com adolescentes, nesta região, tem sido gratificante. As programações são bastante objetivas, participativas e realizadas com intensa alegria, e sempre podemos contar com a secretária presbiterial, irmã Eliane Menezes, companheira de todos os momentos", declara a presidente da Federação, Fabiana Mulinari.

Pb. Renato Piragibe dando posse à diretoria eleita


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Acontece

Presidente do SC visita Presbitério de Botucatu Divulgação

Presbitério de Botucatu (PBTU), São Paulo, recebeu a visita do rev. Roberto Brasileiro Silva, presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil (SC-IPB), no dia 17 de agosto. Segundo o presidente do Presbitério, pb. Clodoaldo Waldemar Furlan, foi uma tarde muito agradável em que os pastores do PBTU e membros das Igrejas do Concílio puderam ouvir uma mensagem pastoral, amiga e abençoadora por parte do rev. Brasileiro. "O Encontro foi marcado pela humildade e amizade do presidente do SC da IPB", compartilha o pb. Furlan. À noite, o rev. Brasileiro pregou na comemoração do aniversário da IP de Botucatu, logo após confraternizando com todos os irmãos presentes naquele culto. "O PBTU agradece ao Presidente

O

do Supremo Concílio da IPB, rev. Roberto Brasileiro, por seu empenho e grata presença em nosso meio", diz o presidente do Presbitério. No mês de agosto, o PBTU realizou também o Encontro de Pastores e Esposas. As esposas dos ministros tiveram como preletora a profa. Nilza Coine e o rev. Alberto Almeida de Paula foi o preletor dos pastores. A direção do encontro ficou com o rev. Antonio Coine, secretário presbiterial de Apoio Pastoral do PBTU. Encontro de casais e pescaria De 17 a 19 de outubro, o PBTU realizou o Quinto Encontro de Casais, em Paranapanema (SP). Participaram 70 casais que puderam ouvir mensagens proferidas pelo rev. Antonio José do Nascimento. O coordenador do

Quinto Encontro de Casais em Paranapanema evento foi o pb. Furlan, presidente do PBTU. Um ônibus do Presbitério esteve, de 11 a 13 de setembro, com 33 pescadores em Cardoso (SP). Eles

ficaram hospedados na Colônia de Férias da Sabesp, onde praticaram a pesca do tucunaré. "Essa pescaria serviu de grande comunhão entre os presbiterianos pescadores de

tucunaré. Agradecemos ao Nosso Deus pela abençoada viagem que fizemos.A próxima será em Presidente Epitácio, em 2004, se Deus quiser", afirma o pb. Furlan.

IP Unida de São Paulo promove Refinaria L

evar os crentes a ser refinados por Deus como ouro e prata é o objetivo da programação Refina-

ria promovida pela UPA da IP Unida de São Paulo. A princípio, foram três reuniões organizadas por Éber Coelho, responsável

pelo trabalho com adolescente da Igreja, baseadas em Malaquias 3.3: "Assentar-se-á como derretedor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata; eles trarão ao Senhor justas ofertas". As atividades são cânticos, estudo bíblico, oração e testemunho para os membros da igreja e visitantes. A idéia da programação, conta Éber, nasceu da intenção de separar um tempo em que, de maneira especial, Deus "refinasse" as pessoas, começando pelo adolescentes, além de provocar um despertamento pela busca de Deus no dia-a-dia. As Refinarias, nas três reuniões que foram realizadas até agora, uma em setembro, outra em outubro e outra em novembro, começaram com um tempo de oração mais longo do que os

crentes estão acostumados, de modo geral, na igreja. Todas as reuniões tiveram também um testemunho ligado a missões. Na primeira Refinaria, a Igreja teve a presença de representantes do ministério Jesus Ama o Menor (Jeame) de Assistência Integral à Criança e ao Adolescente Carentes e de Conduta Infracionária, que atua, principalmente, nas unidades da Fundação Estadual do BemEstar do Menor (Febem). Na segunda edição do evento foi a vez da missão Asas do Socorro, que atua levando socorro médico a regiões inacessíveis e, na terceira, falou-se sobre a Missão Portas Abertas, que trabalha com a Igreja Perseguida em muitos países. "Infelizmente, não conseguimos levar ninguém desses dois últimos", lamenta Éber. Ele explica que as três mis-

sões foram escolhidas com o propósito de refletir e divulgar a necessidade de envolvimento missionário com diversas alternativas. Os estudos bíblicos das três reuniões foram dirigidos por Éber que, no dia 30 de novembro, foi ordenado pastor, e versaram sobre o tema Busque a Deus. A IP Unida, aos 103 anos, tem aproximadamente 700 membros e mantém dois missionários, um no Paraguai e outro no Norte do Brasil, além do rev. Amilcar Borba, que atua com Evangelismo Nacional. Segundo Éber, na área social a Igreja atua bastante por meio da SAF, mas a UPH e a Junta Diaconal estão à frente de uma parceria com a Associação Evangélica Beneficente, na Casa Porto Seguro, projeto de assistência a moradores de rua.


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Cumprindo a determinação do Supremo Concílio da IPB contida na resolução SC-IPB-2002 Doc. XV, o Brasil Presbiteriano publica o documento a seguir, explicitando a posição da IPB com relação aos ensinos do Dr. Samuel Doctorian.

Samuel Doctorian e a heresia montanista

E não vos conformeis com este século...

(Rm 12.2).

s palavras do apóstolo Paulo, mais que nunca, nos alertam para o cuidado que devemos ter quanto à influência deste mundo sobre a Igreja do Senhor. Essa influência, em nossos dias, tem se evidenciado de maneira muito clara na destruição dos nossos fundamentos. Todos os princípios absolutos de nosso mundo têm sido ameaçados. O que sempre foi tido como verdade, hoje é questionado. Gene Edward Veith Jr., em seu livro Tempos PósModernos, publicado por nossa Casa Editora Presbiteriana, explica bem essa ameaça de nosso século: "Os grandes sistemas intelectuais do passado (tais como o platonismo, o Cristianismo, o marxismo, as ciências) sempre tiveram fundamentos específicos (ideais racionais; Deus; a economia; a observação empírica). O pós-modernismo, por outro lado, é antifundamentos. Busca destruir todos esses fundamentos objetivos, sem i nada colocar no lugar deles". Essa ameaça contemporânea tem afetado fortemente a Igreja do Senhor no que diz respeito às suas bases doutrinárias. Nunca a Palavra de Deus e nossos símbolos de fé foram tão questionados dentro da Igreja. Nunca as bases da nossa fé foram tão atacadas como em nossos dias. Sábias são as palavras do salmista inspirado quando questiona: "Destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?" (Sl 11.3). De fato, o que será de nossa histórica Igreja Presbiteriana do Brasil se destruídos forem os seus fundamentos? Se a Palavra de Deus for rejeitada e colocada de lado? Com estas perguntas em nossas mentes, analisemos um dos movimentos que ameaçou a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo nos seus primeiros séculos, a sua condenação e a defesa da mesma heresia por parte de Samuel Doctorian.

A

Rev. Ludgero Bonilha Moraes to por volta do ano 150 d.C.. Recentemente, a Comissão Permanente de Doutrina da IPB definiu este movimento da seguinte forma: "O Montanismo foi um movimento apocalíptico cristão que surgiu no século II, liderado por Montano, um cristão da Frigia, que alegava ter recebido uma revelação direta do Espírito Santo de que ele, como representante do Espírito, lideraria a Igreja durante o último período dela aqui na terra."ii Montano cria na inspiração contínua e colocou-se como alguém por meio do qual o Espírito Santo falava, no mesmo nível que falara através de Paulo e dos outros apóstolos. Na sua visão, o "mais elevado estágio da revelação"iii havia sido atingido nele. O fim do mundo estava próximo e o Espírito o havia escolhido, juntamente com duas profetisas, Maximila e Prisca, para falar à humanidade sobre os últimos julgamentos de Deus sobre o mundo. Montano cria que era o último profeta escolhido por Deus para revelar seus eternos planos. Tertuliano, o mais famoso adepto do Montanismo, em sua obra De Anima (Sobre a Alma), deu o seu relato sobre o movimento. Falando sobre uma das profetisas, ele disse o que segue: "Nós temos entre nós uma irmã que tem sido agraciada com muitos dons de revelação, os quais ela vivencia no Espírito, por meio de visões extáticas, na Igreja, no meio dos ritos sagrados do Dia do Senhor. Ela conversa com anjos e, às vezes, até com o Senhor. Ela vê e ouve comunicações misteriosas. Ela consegue discernir o coração de alguns homens e recebe instruções para a cura sempre que precisa. Seja lendo as Escrituras, cantando salmos, pregando ou oferecendo orações - em todos estes serviços religiosos, oportunidades são oferecidas a ela para que tenha visões".iv Além das visões e conversas com anjos, uma das profecias do movimento era a de que, após a morte de uma de suas profetisas, Maximila, viria o fim, com tumultos e guerras por toda parte. A história provou a falsidade desta profecia. II. A POSIÇÃO DA IGREJA

I. O MONTANISMO O Montanismo foi um dos movimentos heréticos da história da Igreja Cristã, com surgimen-

A Igreja Cristã reagiu fortemente contra o Montanismo. O fanatismo e as reivindicações de possuir revelações superiores às do Novo

Testamento fizeram do Montanismo uma ameaça à Palavra de Deus. Na medida em que os profetas do movimento consideravam suas revelações como sendo últimas, a revelação bíblica, dada por Deus através dos profetas e apóstolos, ficava rejeitada a um segundo plano. Diante dessa ameaça à Palavra de Deus, a posição da Igreja foi condenatória. Em 381, o Concílio de Constantinopla condenou o movimento como herético. III. SAMUEL DOCTORIAN Samuel Doctorian é um pastor de origem armênia, nascido em Beirute. Obteve sua graduação em Teologia no Hurlet Nazarene College, na Escócia, e foi ordenado em 1951. Desde 1952, Samuel Doctorian tem rodado o mundo pregando avivamento em igrejas evangélicas, católicas e ortodoxas. Seguindo a mesma linha milenarista e apocalíptica de Montano, ele declara conversar com anjos e ter revelações quanto ao grande julgamento que Deus exercerá sobre o mundo nos últimos dias. Montano e Doctorian se igualam na percepção de que foram escolhidos por Deus para, por meio de novas revelações, superiores às das Escrituras, anunciar ao mundo o grande julgamento do Senhor. IV. O CONFRONTO DAS REVELAÇÕES DE SAMUEL DOCTORIAN COM A DOUTRINA DA IPB Abaixo transcrevemos alguns trechos dos ensinos de Samuel Doctorian e, em seguida, a posição da IPB a respeito de tais idéias: 1. MEIO PELO QUAL DEUS REVELA SUA VONTADE Samuel Doctorian "PRIMEIRA CARTA DE SAMUEL DE PATMOS. PATMOS, Grécia - João o Apóstolo do Senhor, o Apóstolo do Amor. Dois mil anos atrás, ele estava no exílio, nesta ilha de Patmos. Pela graça de Deus e pela condução do Santo Espírito, aqui estou eu, em Patmos, após dois mil anos, tendo uma maravilhosa experiência com o Senhor. Eu estou só e capacitado pelo Espírito a escrever esta carta de Patmos a todos os meus preciosos irmãos e irmãs em Cristo, a todos aqueles na comunhão da Bible Land Mission, a todos que estão orando por nós e

pelo ministério que o Senhor nos deu".V Igreja Presbiteriana do Brasil "Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo, não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e a malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-Ia escrever toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo. Referências: Sl 19.1-4; Rm 1.32, e 2.1, e 1.1920, e 2.14-15; I Co 1.21, e 2.13-14; Hb 1.1-2; Lc 1.3-4; Rm. 15.4; Mt 4.4, 7, 10; Is 8.20; I Tm 3.15; II Pedro 1.19."vi Observe que Samuel Doctorian vai para Patmos, a mesma ilha onde João recebeu a revelação sobre as últimas coisas, o Apocalipse, e, da mesma forma que João, tem "revelações" e as escreve aos crentes de nossos dias. Como se tantas semelhanças fosse pouco, ele denomina suas cartas da mesma forma que as cartas inspiradas "PRIMEIRA CARTA DE SAMUEL DE PATMOS". Assim como Montano, Doctorian crê que sua revelação é um substituto à revelação registrada na Bíblia. 2. APEGO AOS ANJOS, DESPREZO À PALAVRA Samuel Doctorian "Enquanto meditava durante o período de um mês naquele lugar solitário, pensei: Gostaria de saber se o Senhor algum dia enviará o décimo anjo. Eu já vira anjos nove vezes anteriormente."vii "O anjo respondeu: ‘Esta é a sua mensagem. Você é o instrumento, o canal. Que privilégio Deus ter escolhido você para entregar esta mensagem às nações’".viii "TERCEIRA CARTA DE SAMUEL DE PATMOS. Nos últimos vinte e cinco anos de meu ministério por Cristo, eu tive o mais maravilhoso privilégio e bênção de experimentar nove visitas de anjos. Eu vejo anjos. Eu falo


Brasil PRESBITERIANO com eles. Eles falam comigo. Tem sido algo tremendo em minha vida pensar que Deus ordenaria a mim ver seres angelicais, estes maravilhosos espíritos ministradores. A Deus seja a glória. Eu sempre quis descobrir se anjos têm asas. Tanta gente me pergunta "Quando você viu anjos, você viu asas?" Minha resposta era "Eu estava tão chocado, trêmulo e com medo quando vi anjos, que não tive coragem e ousadia para perguntar se eles tinham asas". Mas eu estou decidido a, na próxima vez, na minha décima experiência, se Deus quiser que isso aconteça e que eu veja o anjo, a perguntar a ele "Você tem asas? Eu adoraria vê-las. Muitos têm perguntado por elas!"ix Igreja Presbiteriana do Brasil "Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema." (Gl 1.8,9) "E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras." (2 Co 11.14,15) Ao revelar sua busca por mensagens de anjos e incentivar o povo de Deus ao mesmo, Doctorian mostra o pouco valor que dá a mensagem contida nas Escrituras Sagradas. 3. CESSAÇÃO BÍBLICO

DO

REGISTRO

Samuel Doctorian "Em maio de 1998, eu fui conduzido pelo Santo Espírito a ir à Ilha de Patmos. Esta foi uma oportunidade para oração, jejum, estudo bíblico e um tempo para examinar meu coração. Eu tive 125 maravilhosos dias lá, sozinho. Em 20 de junho, daquele ano, eu tive uma grande visita de cinco anjos... Eles me deram mensagens que agora estão em todo o mundo, na internet, em revistas, panfletos e livros, propagando a importante mensagem daqueles cinco anjos poderosos".x Igreja Presbiteriana do Brasil "A Escritura ensina e a Igreja crê que, como instrumento para predizer as várias etapas do plano divino de redenção, a profecia cumpriu sua finalidade através dos antigos profetas e dos apóstolos, os quais registraram de forma inspirada e infalível as etapas ainda futuras da História da Redenção, como a Segunda Vinda de Cristo, a ressurreição dos mortos e o juízo final. Assim, como veículo de revelação divina, ela cessou com os apóstolos e profetas, os quais lançaram os fundamentos da Igreja de Cristo".xi Para Samuel Doctorian, o cânon sagrado ainda está aberto, isto é, Deus continua mandando escrever a sua mensagem. 4. MENOSPREZO QUANTO AO TERCEIRO MANDAMENTO Samuel Doctorian Em suas diversas "revelações", S. Doctorian

utiliza o nome de Deus (Senhor, Espírito Santo e outros) nas descrições que faz, intentando criar autoridade. Exemplos: "Em maio de 1998, eu fui conduzido pelo Santo Espírito"; "Esta é a sua mensagem. Você é o instrumento, o canal. Que privilégio Deus ter escolhido você para entregar esta mensagem às nações"; "de algum modo, o Senhor me mostrou que, nos dias que estão por vir, em muitas partes do mundo, Deus irá revelar-se através de anjos ministradores". Igreja Presbiteriana do Brasil P. 111. Qual é o terceiro mandamento? R. O terceiro mandamento é: "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar em vão o nome do Senhor seu Deus". Ref. Ex. 20:7. P. 112. Que exige o terceiro mandamento? R. O terceiro mandamento exige que o nome de Deus, os seus títulos, atributos, ordenanças, a Palavra, os sacramentos, a oração, os juramentos, os votos, as sortes, suas obras e tudo quanto pelo que Deus se faz conhecer, sejam santa e reverentemente usados em nossos pensamentos, meditações, palavras e escritos, por uma profissão santa e um comportamento conveniente para a glória de Deus e para o nosso bem e o do nosso próximo. Ref: Mt 6.9; Dt 28.58; Sl 68.4; Ec 5.1; Lc 1.6; Sl 138.2; I Co 11.28-29; I Tm 2.8; Jr 4.2; Ec 5.2, 4; At 1.24, 26; Jo 36.24; Ml 3.16; Sl 8.1, 3-4 e 105.2, 5, e 102.18; I Pe 3.15, e 3.12; Mq 4.5; Fl 1.27; I Co 10.31; Jr 32.39. P. 113. Quais são os pecados proibidos no terceiro mandamento? R. Os pecados proibidos no terceiro mandamento são: o não usar o nome de Deus como nos é exigido, e o abuso dele por uma ignorante, vã, irreverente, profana, supersticiosa ou ímpia menção ou outro modo de usar os títulos, atributos, ordenanças, ou obras de Deus; a blasfêmia; o perjúrio; todas as imprecações pecaminosas, juramentos, votos e sortes ímpias; a violação dos nossos juramentos e votos, quando lícitos, e o cumprimento deles, se por coisa ilícita; a murmuração e as queixas contra os decretos e providências de Deus, a pesquisa curiosa e má aplicação dos mesmos; a má interpretação, a má aplicação ou qualquer perversão da Palavra, ou de qualquer parte dela; as zombarias profanas, questões curiosas e sem proveito, vãs contendas de palavras ou a defesa de doutrinas falsas; o abuso da Palavra, das criaturas, ou de qualquer coisa compreendida sob o nome de Deus, para encantamentos ou concupiscências, e práticas pecaminosas; a maledicência, desprezo, vituperação, ou qualquer oposição à verdade, graça e caminhos de Deus; a profissão da religião por hipocrisia ou para fins sinistros; o ter vergonha da religião ou o ser uma vergonha para ela, por uma conduta inconveniente, imprudente, infrutífera e ofensiva, ou por apostasia. Ref: Ml 2.2; At 17.23; Pv 30.9; Ml 1.6-7, 12; Jr 7.4; I Sm 4.3,5; Ex 5.2; Sl 139.20 e 50.16-17; I Co 11.21-23; Is 5.12; II Rs 19.22; Zc 5.4; Rm 12.14; Jr 5.7 e 33.10; Mt 5.34; Dt 23.18; At 23.12, 14; Et 9.24; Sl 24.4;

Janeiro de 2004 Ez 17.16, 18-19; Mc 6.26; Rm 9.14, 19-20; Dt 29.29; Rm 3.5, 7-8; Ec 8.11; Mt 5.38; Ez 13.22; II Pe 3.16; Mt 22.29; Jr 23-34, 36-38; I Tm 6.45. 20; II Tm 2.14; Tt 3.9; Dt 18.10-11; II Tm 4.3-4; At 13.45; I Jo 3.12; II Pe 3.3; Sl 1.1; I Pe 4.4; At 13.45, 50 e 4.18; Mt 23.14; II Tm 3-5; Mr 8.38; Sl 73-14-15; Ez 1. 5.15-17; Is 5.4; Rm 2.23-24; Gl 3.1, 3. P. 114. Quais são as razões anexas ao terceiro mandamento? R. As razões anexas ao terceiro mandamento, contidas nestas palavras: "O Senhor teu Deus" e "porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar em vão o seu nome" são - porque Ele é o Senhor e nosso Deus, portanto, o seu nome não deve ser profanado nem por forma alguma abusado por nós; especialmente porque Ele estará tão longe de absolver e poupar os transgressores deste mandamento, que não deixará escapar do seu justo juízo, embora que escapem das censuras e punições dos homens. Ref: Ex 20.7; Lv 19.12; Dt 28.58-59; I Sm 3.13."xii

5. MENTIRA Samuel Doctorian "Foi em 20 de junho, no ano passado, que o Senhor me deu a visão, profecia, e revelou-a para mim por meio dos anjos. Em agosto, irmãos da Ásia vieram a mim noticiando que coisas já estavam acontecendo na Ásia. O que os anjos haviam dito a mim já havia começado a acontecer na Ásia. O rio na China nunca havia inundado tanto antes. Agora, existem 20 milhões de pessoas desabrigadas. Em Papua Nova Guiné muitas cidades e aldeias foram para baixo do oceano. Dois terços de Bangladesh estão embaixo d’água. O mundo está caminhando para uma condição terrível. Meu filho Paul contou-me que nós recebemos um fax do Brasil, Amazonas, dizendo que tudo o que eles haviam lido acerca do que os anjos tinham dito estava se tornando realidade. Começou; notícias na televisão têm sido divulgadas. O Brasil está em tumulto, eles não sabem o que está acontecendo com o Rio Amazonas. Os anjos de Deus já revelaram que o Rio Amazonas virará um grande mar. Eu vi o terremoto na Colômbia."xiii Igreja Presbiteriana do Brasil "Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros" (Ef 4.25). "O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade" (Sl 15.2). "Não mintais uns aos outros, uma vez que vos

i ii iii iv v vi vii viii ix x xi xii xiii xiv

19

despistes do velho homem com os seus feitos" (Cl 3.9). Este alegado "tumulto" no Brasil por causa do Rio Amazonas nunca aconteceu. CONCLUSÃO "Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro" (Ap 22.18,19). No decorrer de toda a história da Igreja, muitos foram os movimentos heréticos que tentaram corromper a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo. O Montanismo, movimento apocalíptico contrário e prejudicial à suficiência das Escrituras, foi julgado e condenado pela Igreja Cristã como herético. Na história de nossa IPB temos exemplos de movimentos similares que apareceram, mas que foram disciplinados com firmeza. Em 6 de fevereiro de 1879, por exemplo, a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro suspendeu do presbiterato e, em 29 de setembro de 1879, suspendeu da comunhão, o pb. dr. Miguel Vieira Ferreira, presbítero da igreja que, na ausência do rev. Hazlett, o substituía no púlpito fundamentando suas mensagens em sonhos, visões e revelações. Conta-nos Vicente Themudo Lessa que muitos crentes se escandalizaram com estas pregações e a Sessão (Conselho) da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro interveio, suspendendo o referido presbítero e vedando-lhe o púlpito, ato este confirmado depois pelo Presbitério .xiv Quanto a Samuel Doctorian, pela graça de Deus, na última reunião do Supremo Concílio, nossos presbíteros regentes e docentes, fiéis à Palavra de Deus e aos seus símbolos de fé, responsáveis diante de Deus por manter a pureza da Igreja, declararam seus ensinos como heresia. Que Deus continue mantendo a IPB fiel à sua Palavra e que estejamos sempre prontos a zelar por sua pureza doutrinária, sabendo que, nos últimos dias "surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos" (Mt 24.24). Vigiemos!

O rev. Ludgero Bonilha Moraes é secretário-executivo do Supremo Concílio da IPB e pastor da Primeira IP de Belo Horizonte, Minas Gerais.

Gene Edward Veith, Jr. Tempos Pós-Modernos (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1999) p. 42. Comissão Permanente de Doutrina da IPB. Cartas Pastorais (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1995) p.16, n.58. Louis Berkhof. A História das Doutrinas Cristãs (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1992) p.51. Heresy in the Early Church: Christian History, Issue 51, (Carol Stream, IL: Christianity Today, Inc.) 1997. http://www.biblelandmission.org/htm/messages_patmos.htm Confissão de Fé e Catecismo Maior da Igreja Presbiteriana (São Paulo: Casa Editora Presbiteriana 1965) cap.I, Da Escritura Sagrada, parág. 1. http://www.catedral.org.br/doctorian/biografia3.htm Idem http://www.biblelandmission.org/htm/messages_patmos.htm www.biblelandmission.org/htm/the_evangelist_volume41_34.htm Comissão Permanente de Doutrina da IPB. Cartas Pastorais (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1995) p.19 Confissão de Fé e Catecismo Maior da Igreja Presbiteriana (São Paulo: Casa Editora Presbiteriana 1965)- Catecismo Maior. http://www.biblelandmission.org/htm/the_evangelist_volume40.htm Vicente Themudo Lessa. Annaes da 1ª Egreja Presbyteriana de S. Paulo (1863-1903) (São Paulo: Edição da 1ª EPISP, 1938) p. 162.


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Janeiro de 2004

Infantil

Brasil PRESBITERIANO

Ano Novo — uma oportunidade para esperar em Deus

Passagem de ano... muitos foguetes e fogos de artifício. A Florisbela, suspirando e balançando as anteninhas: "Afinal, ficou para trás o ano velho com tantas coisas que não conseguimos realizar". "Quantos projetos, planos, promessas deixaram de ser feitos!" — comentou a Cininha, ao lado da Jô, que confirmou e lamentou o fato. A Florisbela, levada pela emoção: "Neste ano que está começando, vai ser tudo diferente!" A Miloca, que estava ao lado, não perdeu a oportunidade: "Aí está um bom sinal que deve permanecer! Deixemos as coisas ruins, lamentações. Agora é a ocasião para tomar bons propósitos, fazer promessas a Deus, a si mesmo e aos outros. Nada de considerar as coisas velhas", afirmou. Ainda em meio àquele papo, a Miloca lembrou que é comum, no fim do ano, se realizarem as chamadas trocas e transferências do ano, práticas que ocorrem com os jogadores e times. Isso acontece não apenas no esporte, com trocas e transferências por valores altos, como também em outros segmentos da sociedade. "Sabia que o preço mais alto da história da humanidade foi Deus quem pagou?", perguntou a Miloca. A Cininha, surpresa com a pergunta: "Como assim?" A Miloca, então, explicou que Deus dá "homens por ti e povos pela tua vida". E tem mais: "Você é importante para Ele. O preço especial foi pago por Deus para todos nós. Você não pode ficar insensível diante daquele que foi capaz de dar tudo por você. O diálogo prosseguiu. A Cininha estava apreensiva e sentia-se frutrada por não haver conseguido atingir seus intentos e planos do ano anterior. A Miloca percebeu o estado emocional da Cininha, sugeriu que ela retirasse de seu coração toda ansiedade, esperando em Deus com muita confiança. "Como fazer, então?", perguntou a Cininha. "Bem...aqui estamos, iniciando um novo ano. Mesmo sendo uma etapa difícil, poderá ser marcada com vitórias. Procure traçar seus planos e submetê-los a Deus". "Mas eu sempre traço meus planos diante de Deus", disse ela. A Miloca passou a explicar com mais detalhes. "A confiança e espera em Deus não apenas trazem o resultado, mas anima, fortalecem e dão esperanças ao coração, com muitas bênçãos e alegrias, afastando as dificuldades". "Legaaaaaal!", gritaram a uma só voz a Florisbela, a Jô e a Cininha, concordando com a explicação, tendo por base o texto bíblico "Espera no Senhor, anima-te e Ele fortalecerá o teu coração..." Sl 27.14. Aldair Soares Gomes (Alsogo)

Vamos ligar com um traço os elementos

Os justos ficarão mais verdes como as folhagens. Pv 11.28

Vamos ajudar a Florisbela a desembaralhar as palavras!

promessa; confiança; plano; ideal; meta; sonho; ano novo


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