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Brasil

PRESBITERIANO

J ulho de 2006

Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil

Junta de Missões Nacionais planta igreja no maior município do Maranhão

Prédio de Educação Cristã, no qual funcionam o templo provisório e três salas de aula do CM em Balsas (MA)

Editoriais

A reunião do Supremo Concílio e a IPB O que se espera dos deputados ao SC/IPB PÁGINA 2

Diante da deficiência do sistema educacional brasileiro, organizações do terceiro setor estão implementando modelos alternativos que, ao trabalhar a capacidade criadora e dialógica das crianças, alcançam resultados que ultrapassam a simples assimilação de conhecimentos. De acordo com o idealizador do projeto, pastor da IP Betel e pastor auxiliar na IP de Manaus, rev. Alcedir Sentalin, a educação desenvolvida pelo Pequenos Discípulos segue a metodologia ensinada por Jesus, pois é voltada para a exposição direta de princípios essenciais à vida. PÁGINA 15

Ano 49 / Nº 622 - R$ 1,80

Os membros do Campo Missionário em Balsas (MA) trabalham à noite na construção do templo Balsas é o maior município do estado do Maranhão, com setenta mil habitantes. Está localizado numa região de serrado e próximo a Araguaína (TO) e Imperatriz (MA), ambas a 400 quilômetros de distância. Há seis anos, o trabalho da JMN chegou ao local. O rev. Antônio Campos e sua família se instalaram em Balsas em 2002. Em 2003, o trabalho foi abençoado com a oferta de um terreno, onde está o prédio da educação, no qual funcionam o templo provisório e três salas de aula. O campo tem 65 membros comungantes e 14 não comungantes. Segundo o missionário, considerando o tamanho da região e sua necessidade, o templo da igreja precisa ser construído urgentemente. A obra já foi iniciada pelos próprios membros da igreja, que trabalham a noite para minimizar os custos da mão-de-obra. PÁGINAS 16 E 17

36ª Reunião Ordinária do Supremo Concílio da IPB

Recreação educativa no projeto Educa para a Vida em Manaus (AM)

Projeto Pequenos Discípulos educa para a vida

Rede Presbiteriana de Comunicação

Clifton Kirkpatrick, presidente da AMIR, conversa com o papa Benedito XVI no Vaticano. Reunião dos líderes da Aliança Mundial de Igrejas Reformadas com o papa Benedito XVI no Vaticano, organização da qual a IPB é membro, pode, segundo o rev. Ludgero Bonilha Moraes, secretário executivo do SC-IPB, criar problemas nessa relação, que será considerada na próxima reunião do Supremo Concílio. Clifton Kirkpatrick disse que a família reformada é grata a Deus pelas três fases de diálogo reformado-católico que se completaram e disse, ainda, que a AMIR está ansiosa para maior aproximação com a a Igreja Católica “no testemunho e na fé comum”. PÁGINA 5

Acontece de 16 a 22 de julho, em Aracruz (ES), a 36ª Reunião Ordinária do Supremo Concílio da IPB. Informações sobre traslados, hospedagem e acesso aos locais de reuniões. PÁGINA 10

Supremo Concílio 2006

O concílio de Jerusalém e os concílios da IPB PÁGINAS 18

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Editoriais

A reunião do SC e a IPB A assembléia máxima da Igreja Presbiteriana do Brasil, o Supremo Concílio (SC/IPB), reúne-se de quatro em quatro anos em qualquer parte do território nacional. Muito embora a Comissão Executiva do Supremo Concílio da IPB (CE-SC/ IPB) trate no interregno dos mais diversos assuntos relacionados ao andamento da vida da denominação, é no SC/IPB que as questões teológicas, estruturais e administrativas são tratadas pelos representantes dos presbitérios que compõem a igreja. Daí a grande expectativa que sempre cerca essa reunião, pois ela tem caráter decisivo para todas as áreas da vida da IPB. Um assunto que sempre desperta a atenção e concentra os esforços dos delegados ao SC/IPB é a eleição da Mesa do Supremo Concílio, que é feita no primeiro dia da reunião. Em nossa denominação, o presidente do Supremo Concílio não somente modera a sua reunião, como também preside as reuniões da Comissão Executiva, representa a Igreja internamente, bem como em suas relações inter-eclesiásticas, civis e sociais (Estatuto da IPB, Art. 4º). Em outras denominações presbiterianas do exterior, o presidente apenas preside a reunião da Assembléia Geral, que acontece anualmente, enquanto que a operacionalização das decisões são do encargo do secretário-executivo, que geralmente trabalha tempo

O que se espera dos deputados ao SC/IPB

integral na função. Assim, pela importância dos cargos da Mesa em nossa denominação, as eleições iniciais representam um momento de grande expectativa e oração, que canaliza as atenções de todos. Nesse Supremo Concílio teremos a eleição para a presidência, para a tesouraria e as secretarias temporárias. O secretário-executivo ainda tem um mandato de quatro anos para exercer. No momento, três pastores foram apresentados por concílios da IPB como postulantes à presidência do Supremo Concílio: rev. Cilas Cunha de Meneses, rev. Guilhermino Cunha da Silva e rev. Roberto Brasileiro da Silva. Neste momento, cerca de seis outros oficiais da IPB são postulantes à vicepresidência, em caso da reeleição do atual presidente, o Rev. Roberto Brasileiro. Em outras ocasiões, indicações para cargos na Mesa têm sido feitas a partir do próprio plenário. Uma reunião de Supremo Concílio é sempre um marco na vida da denominação, quando expectativas e esperanças de decisões visando o bem da igreja são alimentadas, quando as orações sobem aos céus em favor daqueles que serão eleitos para liderar a IPB nos próximos quatro anos ocupando os mais diferentes cargos e papéis nos órgãos, autarquias e instituições da denominação. Juntamos nossas orações a estas, rogando a Deus sua bênção sobre nosso concílio maior.

Ashbell Simonton Rédua

Estamos às portas da assembléia geral da Igreja Presbiteriana do Brasil, o Supremo Concílio. Esse concílio decide os rumos da IPB até 2010. Somos uma Igreja Reformada, e ser Reformado é subscrever a Confissão de Fé de Westminster, o Catecismo Maior e Menor, como exposição fiel às Escrituras Sagradas. O que se espera dos deputados ao Supremo Concílio: 1. Espera-se integridade Confessional O compromisso confessional é capaz de nos fornecer raízes históricas e teológicas profundas para lutarmos e vencermos todas as intempéries do teologismo moderno. Pense em todas as decisões dos Concílios anteriores, travando grandes lutas em várias frentes teológicas, tais como: Ordenação Feminina, Confissão Positiva, Teologia da Prosperidade, Quebra de Maldições, Montanismo Moderno (pentecostalização), Sacramentos (Ceia Infantil, Batismo), Princípios de Liturgia (Corinhologia, Coreografia, Palmas e Danças Litúrgicas), Mercado da Fé, Maçonaria etc. Não é fácil ser uma igreja confessional, mas é a única forma de manter a nossa integridade. 2. Espera-se integridade Doutrinária Existem muitas heresias penetrando na Igreja. Heresias vindas de grupos, com propostas estranhas, através da televisão, como a doutrina da determinação – segundo este ensino, Deus é uma espécie de gênio da lâmpada, que está na Igreja somente para reali-

EXPEDIENTE Órgão Oficial da

Brasil PRESBITERIANO

Uma publicação da

Ano 49, nº 622 – Julho de 2006

www.ipb.org.br

Rua Maria Antônia, 249, 1º andar, CEP 01222-020, São Paulo – SP Telefone: 0(XX)11 3255 7269 E-mail: editorbp@rpc.ipb.org.br

Gunnar Bedicks Jr. – Presidente Gilson Alberto Novaes - Secretário Alcides Martins Jr. – Titular José Augusto Pereira Brito – Titular Carlos Veiga Feitosa – Titular Sílvio Ferreira Jr. – Titular Clineu Aparecido Francisco – Diretor Administrativo-financeiro André Mello – Diretor de Produção e Programação

Conselho Editorial: Augustus Nicodemus Lopes Celsino Gama Evaldo Beranger Gilson Alberto Novaes Hernandes Dias Lopes Vivaldo da Silva Melo

Rede Presbiteriana de Comunicação

Edição e chefia de reportagem: Letícia Ferreira DRT/PR: 4225/17/65. E-mail: editorbp@rpc.ipb.org.br Textos: Martha de Augustinis - martha@rpc.ipb.org.br e Caroline Santana - caroline@rpc.ipb.org.br Diagramação: Aristides Neto Impressão: Folhagráfica

Secretaria de Atendimento ao Assinante: (19) 3741 3000 / 0800 119 105

zar os nossos pedidos. Outras como: quebra de maldição, prosperidade, teologia relacional, teologia da preconização, movimentos (Marcha para Jesus, Show Gospel). Deverá, portanto, o Concílio decidir de forma a resgatar a integridade doutrinária e reformada: a) Sola gratia – afirma a justificação pela fé somente; b) Solus Chistus - afirma a supremacia de Cristo; c) Sola Scriptura - afirma que as Escrituras Sagradas são a ÚNICA regra de fé e prática; d) Sola fide – afirma a justificação é somente pela fé; e) Soli Deo Gloria – afirma que a Glória é somente a Deus. 3. Espera-se integridade de caráter moral e espiritual A integridade espiritual para guardar nossos princípios provém da constância no estudo das escrituras, na oração, no serviço e sacrifício. Integridade vem do latim integritate, que significa a qualidade de alguém ou algo ser íntegro, de conduta reta, ética, educada, imparcial. É preciso encarar a vida eclesiástica e a vida cotidiana como peças do mesmo quebra-cabeça, guiando a liderança local a ser íntegra no trabalho, vida familiar, comunidade e o indivíduo tanto para melhorar os resultados na igreja como na vida diária. A poderosa combinação de autenticidade, integridade e criatividade impulsiona o desempenho rumo à consecução dos objetivos no trabalho eclesiástico e em todas as esferas da nossa vida. Ashbell Simonton Rédua é pastor da IP Sinai, Niterói (RJ). E-mail: asredua@yahoo.com.br

Assinaturas Para qualquer assunto relacionado a assinaturas do BP, entre em contato com:

Luz para o Caminho 0(XX)19 3741 3000 0800 119 105 brasilpresbiteriano@lpc.org.br Rua Antônio Zingra nº 151, Jardim IV Centenário CEP 13070-192 - Campinas - SP


Brasil PRESBITERIANO Opinião

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explosão de violência no país nos últimos dias, a partir de São Paulo e sob a coordenação de grupos criminosos organizados, trouxe à tona a velha discussão sobre as suas raízes mais profundas. Muito se falou da necessidade de maior investimento na educação e em programas sociais. Foi este o argumento, por exemplo, do presidente da República, que associou os altos índices de violência no país à fragilidade do sistema educacional e à pobreza. De pronto, o argumento foi contestado por diversos intelectuais e pela própria mídia, com base em dados estatísticos da Unesco. Não faltou quem lembrasse que muitos dos agentes da violência urbana são pessoas intelectualmente bem preparadas e de alto padrão de vida, fruto dos lucros podres do narcotráfico. Os ideólogos do PCC, por exemplo, lêem com freqüência os maiores pensadores do comunismo – criaram até uma cartilha com base em alguns de seus pressupostos – e têm dinheiro suficiente para tentar comprar favores e até

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Seu recado

Violência, a alternativa que as autoridades não indicam Vivaldo da Silva Melo

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para financiar campanhas políticas. O problema, portanto, é muito mais complexo. Ninguém questiona que certas ações preventivas podem surtir melhor efeito do que a mera repressão ou a criação de determinadas leis. Também é ponto pacífico que as políticas de inclusão social – especialmente para crianças e adolescentes -, o combate eficaz ao desemprego, melhor poder de compra do salário, distribuição de renda mais justa, aperfeiçoamento do judiciário e melhor aparelhamento das polícias são imprescindíveis para uma vivência comunitária mais fraterna. E, finalmente, que a educação pode contribuir decisivamente para desarmar os espíritos do povo, pois, entre os seus benefícios, está a possibilidade de termos um contingente maior de cidadãos que saiba exigir e cobrar mais essas medidas dos governantes. Entretanto, mesmo todas essas alternativas não produzirão uma sociedade menos violenta. Algo imprescindível está faltando: as pessoas precisam se voltar para Deus, vendo-o como a maior fonte de amor, paz e justiça. Por se tratar de uma

tese religiosa, ninguém a tem listado nos debates acalorados dos últimos dias. Ocorre que grande parte da população brasileira é confessionalmente cristã. Assim, muitos que poderiam atuar como profetas de um tempo de caos, indicando que o afastamento de Deus produz inevitavelmente uma sociedade sem referenciais, simplesmente tomam a forma do mundo alienado de Deus. E, por conveniência, reproduzem seu discurso. Mais triste é constatar que de forma corporativa, neste momento da história, a Igreja tem ignorado a sua missão profética de ser a consciência do Estado, denunciando o mal, onde ele estiver. Em termos gerais o discurso contra o pecado estrutural é tímido. Muitas vezes se restringe às prédicas dominicais. Entre as muitas razões, está o vínculo de muitas denominações com grupos políticos, além do medo e visão absurda de que determinados posicionamentos não sejam de sua competência. Até que acordemos, muitas mortes lamentavelmente continuarão acontecendo. Vivaldo da Silva Melo é pastor da IP de Aquidauana (MS). E-mail: vivaros@terra.com.br

Sobre a Resolução do SC-IPB 2004 sobre batismo de criança e Santa Ceia “Inferi-se que o fato das crianças serem circuncidadas aos oito dias e, nessa ocasião, estarem impossibilitadas de comer a carne do cordeiro pascal, estariam elas proibidas de participar dos elementos da Ceia. Esta é uma inferência não necessariamente verdadeira. Muito mais evidente, pois está claramente dito no texto, é o fato de que as crianças eram circuncidadas ao oitavo dia e nem por isso estabelecemos esta data para o seu batismo. A afirmação de que as crianças só comiam do cordeiro pascal a partir do momento que podiam compreender não tem respaldo na Bíblia. Como o cordeiro era comido pela família é mais natural entender que as crianças também comiam dele. (...) Tem sido prática dos concílios tentar garantir determinadas questões excluindo do debate aqueles que discordam da proposta que se deseja aprovar. Não percebe a igreja que isso empobrece o debate; desqualifica algumas decisões, porque na falta de um debate verdadeiro, decide-se inconsistentemente; e o segmento excluído fará pouco caso de decisões da igreja, fragilizando-a politicamente. (...) Um debate honesto tem o mérito de deixar em paz até mesmo a parte vencida (sendo ela honesta, deixa-se convencer pela maioria). A manobra instiga o ressentimento e a amargura e, por fim, a perda de uma mão de obra, algumas vezes, de muito boa qualidade.” Rev. Zwinglio de Andrade Costa, pastor da IP de Cidade Satélite, em Natal (RN) Violência e oração “Rodrigo Netto (o guitarrista da banda Detonautas) morreu perto da minha casa. É mais uma vida ceifada pelo ódio humano e pelo poder do mal através daqueles que servem aos demônios. (...) Não foi em nenhum campo de guerra. Foi ali, próximo da Universidade Celso Lisboa, da nova Faculdade de Comunicação e Letras do CCAA, do Instituto Politécnico do Senac e do Seminário Teológico Betel. (...) Enquanto orava e meditava, percebi que tenho orado pouco contra a violência e senti uma convicção profunda de que tenho que orar pela segurança do meu bairro, da minha cidade, do meu país. Orar para que Deus dê sabedoria e poder às autoridades. Mas também pela conversão dos criminosos, pois só o evangelho pode mudar radicalmente a vida deles e, conseqüentemente, a sociedade.” João Luiz Santolin, membro da IPB no Rio de Janeiro e presidente do Movimento pela Sexualidade Sadia (Moses) Rev. Crispim José Ferreira Solicito a gentileza de divulgar meu atual endereço: Rua Olívia Marques, 1017 - Centro, CEP- 18400-100. Itapeva

(SP). Fone: (15) 3521-2274 e e-mail: crispim33@itelefonica.com.br Miguel Torres O saudoso rev. Julio A. Ferreira escreveu um livro sobre o missionário rev. Miguel Gonçalves Torres, chamando-o de o apóstolo de Caldas. Muito bem, o rev. Miguel Torres faleceu muito moço em Caldas (MG) e lá foi sepultado. Conforme pudemos conferir há uns seis anos, seu túmulo encontra-se abandonado. Tentamos limpá-lo, ao menos à placa de inscrição, mas pouco conseguimos. Informei ao Presbitério São João de Boa Vista, de cuja cidade está sob jurisdição e, passados seis anos, não obtive nenhuma resposta da minha carta. Lá voltamos e constatamos que nada foi feito. É assim que a IPB preserva sua memória.... Nathanael Oliveira Neves, da Comunidade Presbiteriana Boas Novas de São João da Boa Vista (SP). Aniversário do Brasil Presbiteriano (8 de junho) Recebemos na redação os cumprimentos e felicitações das seguintes pessoas, igrejas e SAFs:

Ana Lúcia da Silva de Magalhães Pinto, segunda secretária da SAF da IP Jardim de Oração em Santos (SP); Confederação Sinodal Norte do Paraná de SAF’s; Diretoria da SAF da Igreja Presbiteriana de São José, presidente Celi M. Costa Silveira e vice-presidente e primeira secretária Lenita Santiago Lohmeyer; Eliane Cereda, secretária de Comunicação e Marketing; Federação Central Fluminense do Trabalho Feminino; Federação de SAF’s do Presbitério Vale do Ivaí; Georgina Moraes Dias, secretária de Causas da IP de Cachoeira (BA); Giane Domingues Vieira Alves, secretária de Causas da IPB, SAF “Vitória Martins Banks Leite” e Congregação Presbiteriana de Vila Sanches de Juquiá (SP); Ilza Silva Dutra de Souza, presidente da SAF da IP de Eldorado, em Diadema (SP); IP de Monte Carmelo (MG); IP de Pederneiras (SP); Maria Aparecida Carniel da Costa, secretária de causas da SAF IPB; Nilza Pereira, secretária de Causa da SAF da IPVC; Norma Disney da IP de Aldeota, Fortaleza (CE); Paulo Ricardo Dias Ferreira; Priscila, secretária de Estatística da SAF; Rosilene Lameira, secretária de Sociabilidade e Causas Locais da SAF Belém; SAF da Capela Presbiteriana de Anápolis (GO); SAF da Congregação da IPB em Galiléia (MG); SAF da Congregação Presbiterial da IPB em Ivaiporã (PR); SAF da Congregação Presbiteriana de Nazário (MG); SAF da Congregação Presbiteriana do Jardim Piza, em Limeira (SP); SAF da IP Central de Ipatinga (MG); SAF da IP de Juquiá (SP); SAF da IP de Parauapebas (PA); SAF da IP do Jardim Vera Cruz, em São Bernardo do Campo (SP); SAF da IP Ebenézer, em Monte Carmelo (MG); SAF da IP Jardim das Oliveiras, em Governador Valadares (MG); SAF da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória através da Secretaria de Causas da IPB representada pela secretária Ely Batalha Silveira de Magalhães; SAF da Primeira IP Aracruz.(ES); SAF da Primeira IP de Bauru (SP); SAF da Primeira IP de Manhuaçu (MG); SAF da Primeira IP de Salinas (MG); SAF da Segunda IP de Juiz de Fora (MG); SAF da Segunda IP Nova Venécia, em São Cristóvão (ES).; SAF de Ibicaraí (BA) parabeniza o Jornal Brasil Presbiteriano pelo seu aniversário.; SAF de Itabuna (BA); SAF de Mantenópolis (ES); SAF de São José de Freitas (PI); Segunda IP de Uberlândia (MG)

O “Seu Recado” recebe colaborações pelo correio: Rua Maria Antônia, 249, 1º andar, CEP 01222-020, São Paulo, SP, por fax: 11-3255-7269 e por e-mail: brasilpresbiteriano@lpc.org.br. As cartas devem ser concisas e conter nome, endereço completo e assinatura, exceto quando for e-mail. O Brasil Presbiteriano se reserva o direito de selecionar cartas e publicar trechos.


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Consultório Bíblico

As Confissões Reformadas

O Verbo Eterno sujeito ao diabo? Odayr Olivetti

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ergunta: “Como entender o fato de Jesus Cristo, sendo a segunda pessoa da Santíssima Trindade, submeter-se aos caprichos do diabo durante quarenta dias no deserto, conforme Lc 4.1,2?” Resposta: Consideremos: Primeiro, Jesus Cristo não se submeteu aos caprichos do diabo; submeteu-se, levado pelo Espírito Santo, a ser tentado, mas não cedeu a nenhuma tentação (Hb 4.15). Segundo, Cristo veio para ser o servo sofredor, para cumprir toda a justiça, humilhando-se, fazendo-se obediente até à maldição da morte na cruz (Is 52.13 a 53.12; Mt 3.14,15; e 5.17,18; Fp 2.5-8; Gl 3.13). Terceiro, a máxima humilhação a que se rendeu o Verbo de Deus, o Verbo Eterno, é que o Pai O fez pecado por nós, para que fôssemos revestidos da Sua justiça (2 Co 5.21). Em razão disso, Jesus Cristo

sofreu o misterioso mas real desamparo do Pai na cruz – porque ali Deus viu em Cristo o nosso pecado, e O puniu em vez de nos punir eternamente (se é que verdadeiramente cremos nEle). No conselho da eternidade, Deus o Pai entregou ao Filho aqueles que Ele haveria de salvar, como Ele próprio declara em Sua oração sacerdotal: “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus” (Jo 17.9). Louvado seja o nome do Senhor! Almoços na igreja Pergunta: “É lícito a uma igreja promover almoço beneficente no dia do Senhor?” Resposta: Consideremos dois aspectos: Primeiro, o aspecto negativo. Consiste mais de perigos, espero, do que de fatos. Os perigos de induzir pessoas a só ajudarem os necessitados

em troca de algo (comida) e os perigos de outras formas de carnalidade. Lembrete importante: toda a coordenação da obra assistencial da igreja local deve (ou deveria) estar a cargo da Junta Diaconal. Segundo, o aspecto positivo. Como as pessoas em geral almoçam, bom será que seu almoço redunde em benefício de pessoas carentes. Se o espírito dos que promovem tais almoços é realmente cristão, para real prestação de serviço e cumprindo o ministério de misericórdia da igreja – se é esse o espírito, acredito que se aplique a essa obra o que disse Jesus aos judeus que O criticaram por curar um paralítico no dia de santo repouso semanal. Disse Ele: “É lícito, nos sábados, fazer o bem” (Mt 12.12). Odayr Olivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor. E-mail: odayrolivetti@uol.com.br

Consultório Constitucional da IPB Addy Félix de Carvalho

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ergunta: Como é decidido quem representa as igrejas e regiões no Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil? Resposta: Para as reuniões do Supremo Concilio da IPB cada Presbitério é representado por 2 ministros e 2 presbíteros - titulares (2 ministros e 2 presbíteros suplentes), eleitos na reunião ordinária que antecede a RO-SC (nos anos pares, de 4 em 4 anos), levando-se em consideração o número de membros comungantes de cada Presbitério, até o limite de 2000 membros. O Presbitério terá direito a ser representado por mais 1

ministro e 1 presbítero, ou seja, 3 ministros e 3 presbíteros, caso tenha mais de 4000 membros. Se tiver 6000 membros, será representado por 4 ministros e 4 presbíteros. O SC (58-184) interpretou o artigo 90 dizendo que SOMENTE CADA GRUPO DE 2000 DÁ DIREITO A MAIS UM PASTOR E UM PRESBÍTERO. E a CE (86046) confirma que os art. 89 e 90 REFEREM-SE A MEMBROS COMUNGANTES. Interessante é que os pastores e presbíteros detentores de representatividade junto ao SC-IPB devem ser tratados de DEPUTADOS, e não de REPRESENTANTES, como

são tratados nas reuniões dos Presbitérios e dos Sínodos. Os representantes (1 titular e 1 suplente) dos Conselhos junto aos Presbitérios são eleitos anualmente. Dos Presbitérios (3 ministros e 3 presbíteros titulares, mais 3 ministros e 3 presbíteros suplentes) às reuniões dos Sínodos são eleitos nas reuniões dos Presbitérios. E os deputados ao Supremo Concilio (2 ministros e 2 presbíteros - titulares, mais 2 ministros e 2 presbíteros suplentes) são eleitos também nas reuniões dos Presbitérios. Addy Félix de Carvalho é pastor da Ig Presb de Petrópolis, RG e autor do livro Interpretação e Comentários sobre a Constituição da Igreja. E-mail: addy1@uol.com.br

Primeira Confissão Helvética (1536) Alderi Souza de Matos

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sse importante documento, também conhecido como Segunda Confissão de Basiléia, foi motivado por duas circunstâncias: a convocação, pelo papa Paulo III, de um concílio geral a reunir-se em 1537 em Mântua, no norte da Itália, e as atitudes conciliatórias dos reformadores de Estrasburgo, Martin Bucer e Wolfgang Capito, que desejavam ardentemente unir zuinglianos e luteranos. Representando oficialmente as principais cidades reformadas suíças, vários teólogos se reuniram em Basiléia nos dias 1º a 4 de fevereiro de 1536. Eram eles Henrique Bullinger e Leo Jud, de Zurique; Osvaldo Micônio e João Grineus, de Basiléia; Gaspar Megander, de Berna, bem como os alemães Bucer e Capito, que compareceram como convidados. A confissão redigida nessa ocasião pelos teólogos suíços foi assinada por todos os delegados, no último dia da conferência, e publicada em latim. Leo Jud preparou o texto em alemão, também aceito oficialmente. Em 27 de março, os delegados dos conselhos municipais aprovaram formalmente o documento. Na Primeira Confissão Helvética, todas as cidades suíças de língua alemã que abraçaram a Reforma (Zurique, Basiléia, Berna, Schaffenhausen, St. Gall, Muhlhausen e Biel) apresentaram a sua fé comum. Assim, ela tornou-se a primeira confissão geral suíça e a primeira confissão reformada com autoridade nacional, sendo considerada o ápice do desenvolvimento confessional do zuinglianismo. Martinho Lutero recebeu uma cópia da confissão através de Bucer e expressou apreciação pela mesma, mas exigiu que os suíços assinassem a Concordata de Wittemberg, proposta por Bucer em maio de 1536, o que não veio a ocorrer.

Embora não tenha sido apresentada em Mântua (o concílio convocado pelo papa só veio a reunir-se em Trento em 1545), nem tenha unido reformados e luteranos, essa confissão continuou por muitos anos a ser uma eloqüente expressão da fé dos reformadores suíços. Trinta anos depois, foi substituída pela Segunda Confissão Helvética, preparada por João Bullinger e Pedro Mártir Vermigli em 1561 e publicada em 1566. A versão latina contém 28 breves parágrafos (27 no texto alemão mais pleno e vigoroso, que une os artigos 13 e 14). Os temas tratados são os seguintes – Arts. 1-5: as Escrituras, sua interpretação e propósito (pela primeira vez a questão da autoridade doutrinária é respondida com o princípio formal da Escritura); Art. 6: o Deus triúno; Arts. 710: o ser humano, o pecado, o livre arbítrio e a salvação; Arts. 11-12: Jesus Cristo e “o que nós temos através dele”; Arts. 13-14: a fé na graça de Deus como o meio de salvação; Arts. 15-20: a igreja, o ministério, a autoridade eclesiástica, a eleição dos ministros, os verdadeiros pastores (tendo a Cristo como modelo supremo) e o ofício do ministério; Arts. 21-23: abordagem moderada e conciliatória de um tema crucial – os sacramentos; não são meros sinais vazios, mas símbolos da graça divina que oferecem as realidades espirituais para as quais apontam; Arts. 24-28: o culto e as cerimônias públicas, coisas indiferentes, heresia e cisma, magistrados civis e casamento. Segundo consta, Bullinger e Jud tentaram sem êxito incluir uma cláusula advertindo contra a autoridade normativa dessa ou de qualquer confissão que pudesse usurpar o lugar da Escritura, o único vínculo verdadeiro e suficiente da união evangélica. Alderi Souza de Matos é pastor presbiteriano e historiador oficial da IPB. E-mail: asdm@mackenzie.com.br


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Aconteceu Jovens celebraram 70 anos de UMP decidiu extinguir a Confederação Nacional de Comemoração nacional se deu na IP Mocidade Presbiteriana, alterando a estrutura do trabalho da Mocidade quanto à sua relevândo Rio de Janeiro Por Suely Montalvão Rédua Os jovens presbiterianos comemoraram nacionalmente, no Rio de Janeiro, 70 Anos de Mocidade Presbiteriana. O evento foi realizado no dia 20 de maio na IP do Rio de Janeiro, com a liderança regional das confederações sinodais, federações e UMPs. Contando com a presença do secretário geral da Mocidade, rev. Walcyr José de Paiva, do tesoureiro da Confederação Nacional de Mocidades, diác. Fabiano e o secretário de Esportes/Recreação, presb. Ricardo Beraldo. Estiveram presentes também jovens da antiga geração: rev Enos Moura, Eloísa Helena Alves e presb. Renato Piragibe, entre outros. Foram rememoradas as lutas e vitórias dos jovens presbiterianos desde 1938, quando o SC/IPB teve o entendimento de que a Mocidade Presbiteriana carecia de maior cuidado, amor e atenção dos líderes, principalmente dos pastores e presbíteros, e foi criada a Secretaria Geral da Mocidade, sendo nomeado para o exercício do cargo o rev. Benjamin Moraes. Na década de 1960, o Supremo Concílio

Eloísa Helena fala sobre a história da UMP

Igreja reunida para comemorar aniversário da Mocidade

cia nacional, devido às dificuldades de relacionamentos entre a Diretoria da CNMP e a IPB. Esta situação permaneceu por 26 anos, período de muitas lutas nacionais que atingiram em certa parte a vida da igreja. No entanto, com o crescimento da IPB foram organizadas várias federações presbiteriais e confederações sinodais, o que exigiu uma postura maior da igreja no cuidado da Mocidade. As mudanças aconteceram em 1986, sob a coordenação do rev. Cleómines Anacleto de Figueiredo, secretário geral da Mocidade, reorganizando a Confederação Nacional da Mocidade. Em 1990, com a eleição da nova diretoria nacional da Mocidade, sob a presidência da jovem Eloísa Alves Helena, empreendedora de uma nova dinâmica no trabalho, foi desenvolvida a estrutura que vigora hoje. Foram compartilhadas novas esperanças e novos sonhos por meio do entendimento que a igreja nacional tem dado à Mocidade através da premissa Sociedades Internas: Fator de Integração da Igreja.

Líderes da AMIR visitam o Papa Líderes da Aliança Mundial de Igrejas Reformadas (AMIR) fizeram um apelo por uma nova era de parceria em questões de justiça em sua primeira visita ao papa Benedito XVI no Vaticano, no dia sete de janeiro. A notícia repercute agora em face da Reunião do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana, uma das afiliadas à AMIR. A Aliança é uma fraternidade de mais de 200 igrejas em 107 países do mundo, congregando 75 milhões de cristãos reformados. A Igreja Presbiteriana do Brasil reativou sua filiação a AMIR por resolução do Supremo Concílio em 1998, considerando “que a Aliança Mundial de Igrejas Reformadas - AMIR é herdeira de uma tradição de 120 anos, agregando as principais denominações reformadas no mundo.” (SC-1998 - Doc. 68) “Estamos ávidos em buscar com o Sr., nessa visita ao Vaticano, uma maneira em como os católicos e cristãos reformados possam trabalhar juntos pela justiça de Deus num mundo esmagado pela pobreza, guerra, destruição ecológica e negação da liberdade humana,” disse ao pontífice Clifton Kirkpatrick, presidente da AMIR. Para o secretário executivo do SC-IPB, rev.

Secretário Geral da AMIR, Setri Nyomi e o presidente Clifton Kirkpatrick se encontram com o papa Benedito XVI e o bispo Brian Farrel, secretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade Cristã.

Ludgero Bonilha Moraes, o que pode causar consternação e constrangimento à IPB são declarações do presidente da AMIR, que naquele ato a representava, como estas: “Ainda há muito a ser feito para irmos além do nosso passado de condenações mútuas, ao respeito de um ao outro como partes de um só corpo de Jesus Cristo, servindo a Deus juntos sem preocupar-nos com restrições em nossos países e virmos juntos à mesa do Senhor. Queremos ser parceiros contigo nesse importante ministério da unidade cristã.”

Culto dos Jubilados em março No dia 28 de março, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo (SP), foi celebrado o culto de ação de graças pela vida dos pastores jubilados durante a reunião da Comissão Executiva Rev. Abel José de do Supremo Concílio. Paula Entre eles, o rev. Abel José de Paula, pastor emérito da IP de Vila Formosa, em São Paulo, onde trabalhou 33 anos. Atualmente, o rev. Abel exerce seu ministério auxiliando o trabalho de Deus nesta mesma igreja. Irmãos e amigos agradecem a Deus pela vida de dedicação do seu pastor, parabenizando-o juntamente com todos os pastores jubilados que, com mérito, foram homenageados pelo Supremo Concílio. Maria Aparecida Marra Matias, membro da IP de Vila Formosa, São Paulo


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Apologética

Pastores opinam sobre abordagem do polêmico livro O Código da Vinci.

Uma análise cristã O livro O Código da Vinci, recentemente levado ao cinema com o ator Tom Hanks no papel principal, escrito por de Dan Brown, expõe, por meio de uma história fictícia, diversos segredos que envolveriam uma sociedade secreta dos tempos de Jesus, portadora de um mistério milenar que envolve desde o sorriso de Mona Lisa até o significado do Santo Graal. O romance tornou-se um dos maiores best-sellers modernos.

A novel – Um romance Odayr Olivetti

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e é obra de ficção, um romance, não está comprometido com a verdade histórica. O autor afirma que descrições como as da arquitetura e os documentos “são acurados”. Mas não dá informações bibliográficas que assegurem aos referidos documentos valor documental. À pergunta se Da Vinci era homossexual, a resposta do livro é: “Os historiadores geralmente não dizem bem isso, mas, sim, Da Vinci era homossexual”. Notável o dogmatismo da resposta apesar da insegurança do fundamento. É comum em escritos modernos afirmações como essa a respeito de vultos do passado, que não estão aqui para explicar-se. A impressão é que os degenerados e os promotores da degeneração moderna querem justificar dessa forma a sua degeneração ou o seu afã em promover uma sociedade cada vez mais permissiva, para não dizer libertina. Uma das teses fundamentais da obra é que Constantino e certos sucessores “converteram o mundo do paganis-

mo matriarcal ao cristianismo patriarcal”, que procurou eliminar “o feminino sagrado, obliterando a deusa para sempre da religião moderna” (p.133). Os argumentos sobre o desvirtuamento do cristianismo se baseiam em Constantino e seus sucessores. Todos os “pais da igreja” dos primeiros séculos são deixados de lado. O cristianismo do Cristo divino e humano (negado no livro) é ratificado pelos cristãos dos dois primeiros séculos (pp. 133ss e 250ss). Note-se que, ao invés de eliminar o feminino, a tradição do catolicismo romano, a partir do século IV (ou seja, a partir do tempo de Constantino), desenvolveu fortemente o culto a Maria, colocando-a quase no nível de Jesus Cristo e, nalguns aspectos, acima dele). O romanismo é atacado “de fio a pavio” na obra de Dan Brown, principalmente a partir do século XI, época do surgimento da famigerada “santa” inquisição). O protestantismo é atacado no que se refere às suas crenças fundamentais, calcadas na interpretação correta da Bíblia em geral e do Novo Testamento em particular. O

autor segue linhas gnósticas (racionalistas e imaginosas, que os apóstolos Paulo e Pedro chamam de “fábulas” engenhosas, como se vê nestas passagens: 1 Tm 1.4; 4.7; 2 Tm 4.4; Tt 1.14, “fábulas judaicas”; 2 Pe 1.16). Muita gente moderna tem ido na onda da afirmação de que o Novo Testamento é pura alegoria. O autor, que algures faz referência a um obscuro escrito dos “Rolos do Mar Morto”, deixa de mencionar o escrito mais importante deles: o manuscrito completo do Livro de Isaías, que os cientistas do Museu Britânico declararam que só pode ter sido escrito antes do século 2º antes de Cristo. E o Livro de Isaías tem profecias tão minuciosas a respeito de Jesus Cristo como o Servo Sofredor, o Rei eterno (“Deus Forte,

Pai da Eternidade”), filho de uma virgem etc. (Is 7.14; 9.6; 53), que os modernistas afirmavam que esse livro só pode ter sido escrito depois da vinda de Cristo. Com a descoberta do manuscrito do Mar Morto, esses modernistas tiveram que calar a boca sobre isso. Nas páginas 266 e 267 o autor, baseado em “evangelhos” espúrios, afirma que Maria Madalena foi esposa de Jesus, que os discípulos reclamaram: “Por que a amas mais que a todos nós?” e que Pedro teve ciúme por Jesus amá-la mais que aos outros discípulos. Ora, claro está que o amor conjugal é de natureza diferente do amor ao próximo ou do amor dos irmãos na fé. A reclamação e o ciúme referidos não têm razão de ser. Ao contrário, se mos-

tram alguma coisa, mostram que Maria era uma discípula, como os demais discípulos de Jesus Cristo. Mas tudo isso é fábula. Diz ainda o livro que as palavras de Jesus sobre a pedra (Mt 16.18) foram dirigidas a Maria Madalena (p. 267). Vejamos: 1°. As palavras de revestimento de autoridade ditas a Pedro são depois ditas por Jesus a todos os apóstolos: Mt 16.19; 19.18. 2°. O próprio Pedro afirma claramente que a pedra fundamental da igreja é Jesus Cristo: At 4.11 e 1 Pe 2.3,4. Os cristãos são “pedras vivas”, como diz o versículo seguinte, mas Cristo é a pedra fundamental. 3°. O apóstolo Paulo afirma: “a pedra era Cristo”: 1 Co 10.4. 4°. O pronunciamento de Cristo em Mt 21.42-44 é feito em termos que eliminam qualquer dúvida a respeito da pedra e é feito com tal majestade e rigor divinos que os que brincam com a Palavra de Deus deveriam apavorar-se e, para não serem destruídos, recorrer à misericórdia do Juiz que salva o crente penitente. É negada a autenticidade do Novo Testamento e é posta em dúvida a credibilidade dos historiadores e de outros testemunhos antigos (p. 276). 1º: Não se compara a comprovação da Escritura com a de outras obras. É extraordinário o trabalho de especialistas individuais e de equipes – um trabalho cumulativo através dos séculos, uma equipe partindo dos resultados dos trabalhos das equipes anteriores, e assim por diante. 2º: Se devo duvidar dos historiadores, por que devo acreditar em Dan Brown, ainda mais quando ele mesmo declara que seu livro é um romance, uma obra de


Brasil PRESBITERIANO ficção? 3º: Astrologia. Segundo a obra em foco, tivemos dois mil anos sob o signo de peixes, período durante o qual os homens foram incapazes de pensar por si. Daí, foi “um período de fervente religião”, a Era de Peixes. Agora estamos entrando na Era de Aquário. Os homens se libertam da religião e se tornam independentes de Deus (pp. 289, 290). Muitas vezes, durante esses dois mil anos, houve movimentos que tentaram acabar com a crença no sobrenatural, nos milagres e na divindade de Cristo. Desde os saduceus (Mt 22.23), passando pelos ebionitas (influenciados pelos gnósticos), por Ário, e daí em

diante. Mais recentemente, mas bem dentro da Era de Peixes, em meados do século 19, Nietzsche declarou a morte de Deus e a autonomia do homem. E ficou bravo porque Sthendal tinha dito isso antes dele. 4º: “Os judeus primitivos acreditavam que o Santo dos Santos, no templo de Salomão, abrigava não somente Deus, mas também Sua poderosa igual feminina, Shekinah. Os homens que buscavam alcançar completitude espiritual vinham ao templo para visitar as sacerdotisas – ou hierodules – com as quais tinham relações sexuais e experimentavam o divino por meio da união física” (p. 336). A prostituição ritual ou cul-

tual sempre foi condenada por Deus e por Seus servos fiéis. Em 1 Rs 14.24 há uma referência a “prostitutos cultuais” que havia no país (não no templo). Mas o mesmo versículo informa que, por essa e outras “abominações” de outros povos, “o Senhor expulsará ‘aquelas nações’ de diante dos filhos de Israel”. No capítulo seguinte, versículos 11 e 12, lemos que o rei “Asa fez o que era reto perante o Senhor, como Davi, seu pai. Porque tirou da terra os prostitutos cultuais...”. Não os havia no templo; tirou-os da terra, ou seja, do país. Jó foi um dos “judeus primitivos”, um dos mais antigos personagens da história dos hebreus. Em Jó 36.13,14, lemos: “Os

Julho de 2006 ímpios de coração amontoam para si a ira; e, agrilhoados por Deus, não clamam por socorro. Perdem a vida na sua mocidade e morrem entre os prostitutos cultuais”. Essa prática era dos ímpios, dos povos pagãos, não de Israel. Colocar a prática de prostituição cultual no Santo dos Santos envolvendo o maravilhoso símbolo da glória divina, a Shekinah, como faz o abominável livro, é o cúmulo da blasfêmia. 5º: O livro termina com a suposta Maria Madalena, no Louvre, sendo adorada, “... the outcast one” (“a expulsa” p. 482). Maria Madalena e outras mulheres, alienadas pelo poder do Maligno, foram

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libertadas desse poder por Jesus Cristo e Lhe prestaram serviço com seus recursos materiais: Lc 8.1-3. Como também podem ser libertados do jugo do pecado, do mundo, da carne e de Satanás quantos recebam Cristo como o Verbo eterno que se fez carne, e deu Sua vida por nós. Salvo exceções, os judeus não O receberam como o Messias, Rei divino, o Redentor, “mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo 1.11-13).

Opiniões

Rev. Samuel Santos,

Rev. Gilson Moreira,

Rev. Tércio Rocha ,

pastor da IP do Recife (PE).

pastor da 1ª IP em Barra Mansa (RJ).

pastor da IP Redenção (GO).

A obra apresenta três grandes problemas que precisam ser avaliados: primeiro, diz respeito aos grandes e graves problemas teológicos. O segundo aspecto, diz respeito aos grandes problemas da teologia Bíblica; e o terceiro, aos grandes problemas históricos (não há pressupostos históricos e sim suposições). O outro grave problema é que, para afirmar seus devaneios, o autor fundamenta seus argumentos nos livros Apócrifos.

Tanto o livro, quanto o filme apenas denigrem e aviltam a verdadeira mensagem Bíblica, a fé, a verdadeira história e tudo o que até então o mundo científico produziu e defende mediante descobertas arqueológicas que comprovam os fatos e não as aberrações que o Código da Vinci, como romance, apresenta e defende como sendo verdade. A Bíblia Sagrada afirma: “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1Co.3:11).

Um livro que defende conceitos como: Jesus teve amante e filhos, a divindade de Cristo foi o resultado de um concílio eclesiástico que escondia nos bastidores motivações políticas, o cristianismo foi uma invenção para reprimir as mulheres e afastar as pessoas do “sagrado feminino”, não passa de um sórdido embuste e de uma blasfêmia contra Deus. Mesmo que alguém queira nos rotular de fundamentalistas, tendo em mãos o engenhoso trabalho de Dan Brown, reafirmaremos que suas idéias não passam de infames mentiras


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Liderança Pastoral

Pastores, divórcio e novo casamento Augustus Nicodemus Lopes

Afinal, qual a importância de um casamento sólido e duradouro para o ministério pastoral? Paulo escreveu que “é necessário que o bispo ... seja esposo de uma só mulher” (1Tm 3.2). Podemos interpretar essa passagem de duas ou três maneiras diferentes, mas todas elas, ao final, falam da necessidade de um casamento exemplar para os líderes cristãos. Creio que há vários pontos que podem ser mencionados aqui. Primeiro, a paz e o sossego que um casamento estável oferece refletem inevitavelmente na lide pastoral. Segundo, o exemplo para os filhos, se houver, e para os casais da igreja que pastoreia. Todos esperam que o casamento do pastor seja uma fonte de ins-

piração e exemplo. Casamentos que dão certo e duram a vida toda funcionam como uma espécie de referencial para os demais casamentos, especialmente se for o casamento do pastor. Terceiro, a questão da autoridade. Não era esse o receio de Paulo, que após ter pregado a outros não viesse ele mesmo a ser desqualificado? (1Co 9.27). Que autoridade tem um pastor divorciado, sem uma razão acima de qualquer suspeita, ou que vive uma vida conjugal em constante crise, para exortar os maridos da sua igreja a amarem a esposa e a se sacrificar por ela? Certo dia, um ex-colega de seminário, falando na igreja sobre os deveres do marido cristão, foi surpreendido por sua própria esposa que se levantou no meio do povo e disse, “É tudo mentira, ele não faz nada disso em casa!”. O pasto-

rado daquele colega acabou ali mesmo. Quarto, mensagem errada de que o divórcio é a solução. Pastores que se divorciaram e estão num segundo casamento passam aos casais da igreja a mensagem de que o divórcio é uma solução legal e fácil para resolver as crises conjugais. Quando as coisas começam a ficar difíceis, o caminho mais rápido é o da separação e o recomeço com outra pessoa. Essa mensagem é também captada pelos jovens, que um dia vão se casar já pensando no divórcio como a saída de incêndio. Não que eu seja absolutamente contra o divórcio. Como calvinista, entendo que o divórcio é permitido naqueles casos previstos na Escritura, que são o adultério e a deserção obstinada (Mateus 19.9; 1 Coríntios 7.15; ver Confissão de Fé de

Westminster XXIV, 6). Sou contra a sua obtenção por quaisquer outros motivos, mesmo que fazê-lo seja legal no Brasil. O ideal é que o pastor, presbítero, seja “marido de uma só mulher”. Mais que isso, que viva bem, harmoniosamente, com estabilidade, alegria e crie seus filhos no temor de Cristo. Esse é o ideal para todos os crentes, mas o pastor e sua família estão sujeitos aos mesmos revezes, atritos, incompatibilidades e pecados, como qualquer outro casal da igreja. O pastor sozinho não consegue, por mais dedicado que seja a Cristo, manter seu casamento. Pode haver leviandade e irresponsabilidade em vários casos, mas em tantos outros há sofrimento e amargura por parte de alguém que tanto se esforça e não consegue viver feliz com sua mulher. Considerem-se,

ainda, casos mais graves da deserção da esposa. Cada caso deve ser tratado com misericórdia e amor, próprios da vida cristã, do serviço da igreja que acolhe os feridos de coração, os de lares partidos, os abandonados, os solitários. Divórcio não é solução de problemas para nenhum crente, muito menos para os líderes do rebanho de Cristo; é fruto do coração duro, do egoísmo e do pecado. Não é tábua de salvação nem porta que se abre para a felicidade. É antes uma saída melancólica, para quem não tinha nenhuma outra saída. Não deve ser aplaudido, mas recebido com lágrimas, oração e compaixão. Augustus Nicodemus Lopes é pastor auxiliar da IP de Santo Amaro, São Paulo (SP) e chancelar da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Blog: www.tempora-mores.blogspot.com

O pastor teólogo Valdeci da Silva Santos

Ainda que alguns questionem e até ofereçam algumas objeções, a verdade é que cada pastor é chamado para exercer a função de teólogo. A resistência a isso decorre do fato de que muitos vêem a teologia apenas como uma disciplina a ser estudada no seminário e não como algo central e contínuo no ministério pastoral. Um significativo número de cristãos é guiado pela pressuposição de que o ministério pastoral é essencialmente prático, enquanto que o zelo doutrinário é um exercício árido e distante da realidade diária. Por mais atraente que essa idéia possa parecer, ela não corresponde à verdade do que ocorre no ministério pastoral e nem possui qualquer apoio bíblico. De

fato, a saúde e vigor espiritual de uma igreja estão intimamente conectados ao fato de o pastor atuar como um teólogo fiel, ensinando, pregando, praticando e aplicando as doutrinas da fé cristã. A concepção da teologia como uma abstração acadêmica é relativamente nova e tem sido um dos fatores mais lamentáveis dos últimos séculos da igreja. No início do cristianismo e ao longo da história da igreja, os teólogos mais importantes eram pastores comprometidos com o seu rebanho. Qualquer livro de história antiga provavelmente menciona os nomes de Irineu, Atanásio e Agostinho como teólogos daquela época, mas as suas reflexões teológicas foram fruto dos desafios que eles enfrentavam em seus contextos pastorais. Na

Reforma Protestante, Martinho Lutero, Ulrico Zuínglio, João Calvino e Martin Bucer foram considerados os principais teólogos, mas eles eram, acima de tudo, pastores sensíveis às lutas e esperanças de sua época. Semelhantemente, o puritanismo, que produziu reflexões teológicas tão profundas através de homens como Thomas Goodwin, John Owen e Jonathan Edwards, era um movimento essencialmente pastoral. Para homens como esses, a reflexão teológica era parte central de suas funções como ministros da Palavra. Historicamente, a dicotomia entre teologia e prática coincidiu com o desenvolvimento do conceito moderno de universidade, com a sua ênfase na profissionalização. No campo religioso também ocorreu um

fenômeno de fragmentação entre a natureza e a graça, sendo que a primeira foi identificada com a pesquisa acadêmica e a segunda com a devoção pessoal a Deus. O problema é que, enquanto a teologia é o estudo do Deus revelado e de sua relação com o mundo, os estudos religiosos são reduzidos à análise da religião como “fenômeno sócio-devocional”. Nesse caso, o objeto do estudo teológico pode estar completamente divorciado da fé cristã e de suas reivindicações bíblicas. O fato é que todo esse “desenvolvimento” tem causado muitos males à igreja. Em grande medida o ministério pastoral tem ficado desprovido de qualquer reflexão teológica séria e saudável. Há um grande divórcio entre ministérios e teologia, pregação e doutrina, bem como

aconselhamento e reflexão teológica. Com isso, o rebanho não é alimentado, as feridas são curadas apenas superficialmente. Em contrapartida, muitos “teólogos por profissão” deixam de exercitar qualquer compaixão pelas almas e sensibilidade com os que sofrem. Deve haver uma reforma nesta área. Cada pastor precisa acordar para o seu chamado teológico e cada teólogo deve exercer a sua vocação pastoral. Somente assim o pastor e o teólogo não trairão a exortação bíblica: “prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4.2). Valdeci da Silva Santos é coordenador do Programa de Doutorado de Ministério do Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper. E-mail: valsaints@mackenzie.com.br


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Brasil PRESBITERIANO Acontece

36ª Reunião Ordinária do Supremo que a ciência tenha em grande parte rejeitado os Jubileu de Ouro do rev. Obedes Ferreira pressupostos cristãos, continua a tomar capital da Cunha Concílio da IPB Acontece de 16 a 22 de julho, em Aracruz (ES), a 36ª Reunião Ordinária do Supremo Concílio da IPB. A Tesouraria do SC informa que na chegada haverá transporte para os deputados e visitantes. No dia 16, das 8h às 22h e, no dia 17, das 8h às 14h, tanto no aeroporto quanto na rodoviária. Fora deste período o traslado será por conta própria. Na saída haverá transporte somente no dia 22, das 6h às 14h, tanto para a rodoviária como para o aeroporto. Hospedagem A hospedagem se inicia às 12h do dia 16 e se encerra às 13h do dia 22. No dia 16, somente será permitida a entrada antes do horário estipulado se o apartamento estiver livre. Os deputados e visitantes ficarão hospedados no Centro de Turismo de Praia Formosa, do SESC, Pousada Veleiros, Hotel Praia Sol e Coqueiral Praia Hotel. Haverá equipes de apoio no aeroporto, rodoviária e em todos os hotéis. O café da manhã será no hotel de hospedagem e o almoço e o jantar no SESC. Haverá ônibus diariamente pela manhã e a noite entre os hotéis e o Centro de Turismo de Praia Formosa – SESC.

emprestado do cristianismo para funcionar. Além de Pearcey, outros palestrantes de renome, professores do Mackenzie, da USP e PUC estarão presentes em oficinas. Durante o evento, será lançado, em conjunto com a Casa Publicadora das Assembléias de Deus, o último livro de Pearcey, Verdade Total: Resgatando o Cristianismo de seu Cativeiro Cultural. As inscrições para o evento podem ser feitas no site do Mackenzie: www. mackenzie.com.br. O evento é uma promoção da Chancelaria da UPM visando ao fortalecimento da confessionalidade da instituição e a promoção do conhecimento nessa importante área.

Grupo cristão monta peça de teatro

Mackenzie promove congresso interCia Karis de teatro cristão nacional sobre religião e ciência Durante o mês de setembro a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) promove seu congresso internacional anual sobre Ética e Cidadania. Dessa feita, o tema é Religião e Ciência. A principal palestrante é Nancy Pearcey, uma das maiores autoridades cristãs atuais em História da Ciência e Apologética. Pearcey tem formação científica, estudou no L’Abri de Francis Schaeffer (filósofo, teólogo, preletor, escritor e conselheiro reformista), nos Alpes Suíços, e vem se destacando no cenário mundial pelas publica- Nancy Pearcy ções e palestras em que defende que o Cristianismo e a Ciência não devem ser vistos em conflito, mas numa relação de cooperação. Em seu livro A Alma da Ciência, publicado pela Editora Cultura Cristã, Pearcey demonstra historicamente como os pressupostos cristãos criaram a visão de mundo necessária para o estabelecimento dos princípios científicos sobre os quais a moderna ciência se apóia. Mesmo

Nos dias 22 e 23 de abril foi apresentado no Teatro Municipal Teotônio Vilela, de Sorocaba, SP, Não tenho tempo, espetáculo teatral da Cia. Karis. Com roteiro de Cláudia Prieto e direção de Paulo Ronchi, Não tenho tempo narra a história de um empresário de vida agitada que não tem tempo nem para dar atenção a sua família. Um dia, após um estresse, ele é internado numa clínica onde conhece uma senhora evangélica em estado terminal, e, a partir daí, descobre o sentido da vida. A peça, que também foi apresentada nas cidades paulistas de Araçoiaba da Serra, Piedade e Votorantim, foi criada pela Cia. Karis, grupo que começou em 1997 e já montou dez espetáculos. A Cia. Karis ou Ministério de Evangelismo pelo Teatro, da IPB do Jardim São Paulo, em Sorocaba (SP), conta com 14 integrantes e é formada por pessoas de várias profissões, como empregada doméstica, professora, secretária, costureira, advogada e engenheiro, além de estudantes. Em 2005, o grupo participou do Projeto Ademar Guerra, da Secretaria de Cultura de São Paulo, e contou com a coordenação da atriz e diretora sorocabana Ângela Barros, recentemente indicada para o Prêmio Shell de teatro.

O Presbitério das Alterosas (MG) realizou no dia 23 de abril um culto de gratidão a Deus pela vida e ministério do rev. Obedes Ferreira da Cunha que completou 50 anos de ordenação ministerial e de laço matrimonial. O culto foi realizado no templo da Sexta IP de Belo Horizonte (MG), e contou com a participação de familiares, amigos, diversos pastores e autoridades da IPB. O pregador foi o filho do pastor, Obedes Ferreira da Cunha Júnior. Na ocasião, o Presbitério das Alterosas entregou ao rev. Obedes uma placa comemorativa em reconhecimento pelo seu dedicado trabalho prestado. O pastor nasceu em 13 de setembro de 1925, na cidade de Inhapim (MG), casou-se com Cenyr Lourenço da Cunha com quem teve sete filhos (Eleny, Lílian, Obedes Jr., Gleidys, Erdman, Emerson e Eiller) e 17 netos. Estudou no Instituto José Manoel da Conceição e no Seminário Presbiteriano do Sul, onde se formou em Teologia. Foi ordenado ao sagrado ministério no dia 15 de julho de 1955, ano em que também se casou. Pastoreou diversas igrejas em Minas Gerais, como Inhapim (seu primeiro campo), Santa Margarida, Dom Cavati, Governador Valadares e Belo Horizonte. Em seu ministério, organizou várias congregações, igrejas e escolas. Foi um dos fundadores do Seminário Teológico Presbiteriano Rev. Denoel Nicodemus Eller, onde atuou como professor, capelão e diretor por mais de vinte anos. Ocupou vários cargos em concílios e comissões da IPB, presidiu o Sínodo e o Presbitério Belo Horizonte por diversos mandatos. “O ministério do rev. Obedes trouxe preciosas contribuições para a expansão do Reino de Deus e o progresso da IPB em nosso meio. Hoje ele vive, juntamente com sua esposa, cercado pelo carinho de seus filhos, netos, amigos e da igreja, que glorificam a Deus e se congratulam com ele nesta celebração do seu jubileu de ouro”, diz o rev. Eliézer Monteiro Reis, secretário presbiterial de Apoio Pastoral.

Rev. Obedes e a esposa Cenyr


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Presbiterianos e cristãos de outras denominações acolhem crianças e adolescentes

Ministério Jeame completa 25 anos Da Redação

O ministério Jeame, que, no dia 27 de maio completou 25 anos de existência, tem, como principal objetivo, atender crianças e adolescentes internos de instituições públicas ou privadas, assistenciais e/ ou correcionais, bem como os que se encontram abandonados pelas ruas de São Paulo, reabilitando-os. É o que informa Ailton José Fonseca de Souza, gerente administrativo do ministério e membro da IP de Osasco (SP). É também objetivo do ministério “proporcionar a formação de um caráter idôneo, gerando valores e desenvolvendo aos assistidos atitudes adequadas, através de um trabalho sistemático de ensino e convivência”, explica Ailton, que neste trabalho é auxiliado pela esposa Eunice. O Jeame também acolhe e ampara crianças e adolescentes provenientes de famílias desestruturadas ou com desvio de conduta; promove a conscientização da realidade da criança e do adolescente dos grandes centros urbanos, especialmente da cidade de São Paulo. Busca “dar apoio individualizado com aconselhamento e estudos de formação humana, trabalhando valores, caráter e atitudes; estimular o ‘não desejo’ pela vida marginal por meio de reflexões sobre a ilusão das drogas, rua, criminalidade e acompanhar na família, na escolarização e na assistência social aos liberados da Fundação Estadual do Bem Estar do Menor (Febem), anteriormente atendidos por nós enquanto internos na fundação”, afirma Ailton. Ele diz que o ministério tem o reconhecimento das polícias Militar e Civil do Estado,

da Rede Evangélica Nacional de Ação Social (Renas), do Serviço de Evangelismo da América Latina (Sepal), do Conselho de Segurança Pública de São Paulo (Conseg), da Delegacia de Narcóticos de São Paulo (Denarc), da presidência da Febem e de diversas igrejas, comunidades e setores da sociedade civil pelos altos índices de reabilitação de seus assistidos, inclusive em casos de criminalidade grave. PARCERIAS Segundo Ailton, o Ministério Jeame é uma instituição sem fins lucrativos e os recursos para mantê-lo vêm de uma parceria com uma organização internacional e com várias igrejas evangélicas, bem como contribuições de pessoas físicas. “O maior sonho do Jeame, no momento, é estabelecer

Ailton José Fonseca de Souza: gerente do Jeame e membro da IP de Osasco (SP) parcerias para a reativação dos projetos com crianças, adolescentes e jovens em situação de risco nas ruas de São Paulo, tais como: Escola de Rua, Casa Lar, Casa Triagem, Casa de Recuperação e Escola Profissionalizante”, afirma o gerente. “Há anos atrás, quando estavam em funcionamen-

to esses projetos, obtivemos excelentes resultados”. Ele informa que, em 25 anos de trabalho, foram acompanhados mais de mil casos,

apanhando constantemente, passou 14 anos de ódio e rancor internado naquele orfanato. Cresceu nutrindo sentimentos de vingança contra

Lar de Apoio do Ministério Jeame sendo alguns encaminhados para casas de recuperação, retorno para seus lares, cursos profissionalizantes e com ingresso no mercado de trabalho. “Alguns atuam como líderes no trabalho na Febem, outros estão ativos em organizações congêneres e estamos assistindo aqueles que se recuperam”. Para Ailton e os demais obreiros do Jeame, esse investimento impulsiona o ministério a continuar investindo na reintegração de crianças, adolescentes e jovens em situação de risco social. TESTEMUNHO Em 1962, no Rio de Janeiro, bairro de São Gonçalo, um bebê envolto em jornais e coberto de formigas chorava alto na porta de uma residência. Um rapaz surdo e mudo passava por ali viu a criança e a pegou, encaminhado-a a um orfanato, onde lhe foi dado o nome do rapaz que o encontrou: André. Hoje, André conta que sua infância foi de solidão e que,

sua mãe e o funcionário que o espancava. Certo dia, começou a passar mal e desmaiou, com falta de ar. Sentia como se fosse morrer. Como grupos de cristãos haviam falado do

seu voto. Em Campos (RJ), estudou no Colégio Batista e começou, escondido, a tocar violão. Depois passou a tocar contra-baixo na equipe de louvor da igreja. Aos 18 anos, Deus o chamou para o ministério pastoral e ele fez seminário. Exerceu seu pastorado em igrejas durante 16 anos. Até que o Ministério Jeame apareceu na igreja do pastor André para fazer um trabalho de despertar missionário. Tocado pelo ministério, logo depois o pastor prestou concurso para atuar como funcionário da Febem. Ele conta que, de forma clara, Deus lhe mostrou um novo pastoreio: o das ovelhas feridas como ele tinha sido. É chamado por muitas unidades para acalmar jovens e funcionários em meio a rebeliões. Um dos jovens disse: “Quando o pastor está, a paz vem porque Deus está com ele”.

Programação especial com crianças de rua amor de Deus no orfanato, André fez um voto com Deus dizendo: “Se eu sobreviver perdoarei minha mãe, tirarei todo ódio do coração e o seguirei”. André não apenas sobreviveu como levou a sério

O pastor André Silveira hoje está casado com Adylamar e o casal tem dois filhos: Eduardo e Mylena. Informações no site:www. jeame.blogger.com.br ou pelo e-mail mjeame@uol.com.br


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História IPB

IP do Piracicamirim

IP Pinheiros, São Paulo (SP)

35 anos em Piracicaba (SP) Por rev. José Marcos Lopes A IP do Piracicamirim completou, no dia 27 de junho, 35 anos de organização eclesiástica. Porém, o trabalho começou em 1969, na residência de alguns irmãos oriundos da IP de Piracicaba. A então congregação cresceu e foi organizada em 1971 pelo presbitério de Campinas, contando com cerca de 50 membros comungantes e nãocomungantes. O primeiro ministro do evangelho foi o rev. Ademar de Oliveira Godoy, que pastoreou a igreja entre 1971 e 1985, e foi sucedido pelo seu irmão, o rev. Astrogildo de Oliveira Godoy, pastor entre os anos de 1986 a 1995. Hoje, ambos são eméritos da igreja. O rev. Wagner Leite Bonfin pastoreou a igreja de 1996 a 2002 e, o atual pastor, o rev. José Marcos Lopes Ribeiro Junior, assumiu em 2003. A igreja é caracterizada por pastorados de médio e longo prazo, o que demonstra a visão de sua liderança pelo não imediatismo.

Hoje faz parte do Presbitério de Santa Bárbara d´Oeste e conta com cerca de 200 membros maiores e 30 menores, se estruturando e sempre buscando um crescimento contínuo, sem abrir mão da correta doutrina e não aderindo a modismos ou estratégias mirabolantes e antibíblicas. A ênfase da igreja está no estudo da

Cem anos de história Palavra de Deus e na oração. O ponto alto da comemoração se deu no dia 25 de junho, com um culto festivo de louvor e adoração a Deus, tendo como pregador o rev. Daniel Mosca, pastor da IP Bela Vista da cidade de São Carlos (SP) e presidente do Presbitério de São Carlos.

Fachada do templo da IP de Piracicamirim

IP de Nova Era (MG)

20 anos de organização Por rev. Juberto Rocha Júnior O trabalho presbiteriano em Nova Era (MG) nasceu com um culto de ação de graças realizado no dia 13 de outubro de 1961, na casa de Matatias Pinheiro de Oliveira (militar) e, no ano seguinte, foi organizada a Congregação Presbiteriana. O trabalho era conduzido pelo missionário rev. John Marshall Guthrie e pelo evangelista Durval Antonio Moreira. A EBD foi organizada em maio desse ano com 27 alunos: 14 na classe de adultos e 13 na classe de crianças. Na primeira EBD havia dez visitantes. Nesse ano também foi organizado o primeiro coral, contando com a participação de seis componentes. Em agosto do mesmo ano foi adquirido o terreno onde hoje se

encontra a igreja, local em que, antes de ser separado para cultuar a Deus, funcionava uma casa de prostituição com jogos de azar. Em 1964, foi iniciada a construção do templo. Naquele ano, o missionário rev. Edward C. Lareg era

Novo templo da IP de Nova Era

responsável pelo campo. A obra foi inaugurada em agosto e, no culto, pregou o rev. Lawrence Calhon, do Instituto Gammon de Lavras (MG). No início, o templo foi apedrejado várias vezes e houve um período de intensa perseguição. Em 1978, a congregação foi fechada. Reabriu suas portas em 1979 e foi organizada igreja em 10 de agosto de 1986. O pastor que assumiu o trabalho foi o rev. Vicente Lúcio da Silva. Com a graça de Deus muitas almas têm sido ganhas. A igreja tem vários ministérios e muitos planos. O conselho e seu pastor atual, rev. Juberto Oliveira Rocha Jr, têm trabalhado com afinco para o crescimento da obra. Vontade, empenho e desafios que revelam o desejo de ser uma Igreja Missionária e Autêntica (tema do ano).

Por rev. Arival Dias Casimiro e rev. Alderi Souza de Matos Num dos últimos domingos de junho de 1902, alguns irmãos da IP Unida de São Paulo vieram desde o bairro Campos Elíseos até Pinheiros para distribuir folhetos. Eram os Esforçadores Cristãos, jovens, senhores e senhoras com o firme propósito de evangelizar e divulgar a palavra de Deus. O trabalho foi iniciado numa sala da escola pública que ficava em frente à Igreja Matriz (católica). Logo surgiram as primeiras perseguições, a ponto de a professora responsável pela escola não mais ceder a sala, por pressão dos moradores do bairro. Da escola, o trabalho foi transferido para outra sala, no Largo da Matriz, cedida pelo comandante do destacamento policial, que se simpatizava com o trabalho evangélico. E de lá saiu para outra no mesmo Largo. Não obstante a distância de Campos Elíseos até Pinheiros, percorrida em troles (espécie de charretes) ou cavalos, os irmãos, mensageiros de Cristo, levavam a palavra a cada quinze dias. No ano seguinte, devido à grande perseguição sofrida pelos crentes, o número de ouvintes interessados diminuiu para apenas dois. Contudo, isso também não desanimou os cristãos. Muitos trabalhos foram realizados sob proteção policial.

Os cultos continuavam quinzenais e, em 1904, foi organizada a Sociedade dos Esforçadores Cristãos da Congregação de Pinheiros, que ficou responsável pelo trabalho local, bem como por iniciar outro na região. Ao todo, eram quinze membros que, em seu primeiro ano de trabalho e uma visão missionária, levantaram ofertas para missões no valor de dez mil réis. Seguiram-se a essa outras ofertas para missões e para a construção do templo em Pinheiros. Em 1905, foi criada uma classe noturna para instrução primária, tanto para os membros da congregação como para outros interessados. Junto a essa classe foi organizada também uma outra para aulas bíblicas. Aos poucos, irmãos de outras denominações evangélicas foram se juntando ao grupo. Novas profissões de fé ocorreram no ano seguinte. No dia 8 de julho de 1906, por decisão do Presbitério de São Paulo, uma comissão especial composta pelos irmãos rev. Modesto Carvalhosa, rev. José Zacarias de Miranda, presb. José Gomes Villela e presb. Eliézer dos Santos Saraiva, organizou a IP de Pinheiros. Em seus 100 anos, a igreja recebeu a assistência de muitos pastores, herdou de seu passado uma igreja que buscou honrar o nome do Senhor Jesus e teve como marca de sua origem a visão missionária.

Mais nova IPB é organizada em junho Nasceu no dia 3 de junho, a IP do mantém duas práticas: oferta semaJardim Flamboyant. É a igreja mais nal para missões e envio fiel do recentemente organizada na IPB, dízimo ao Supremo Concílio. fruto da iniciativa de um grupo de Segundo ele, a igreja ainda irmãos moradores do bairro Jardim apóia financeiramente três famíFlamboyant na cidade de Cabo Frio lias de missionários: rev Júlio (RJ), e que contou com apoio do Marcel, na Austrália, pela APMT Conselho da IP de Cabo Frio. (Agência Presbiteriana de Missões Seu início deu-se na casa do diác. Transculturais); rev. Urias França, Pedro Paulo e a esposa, Márcia no Paraná, e Maria Lúcia Maia, Lessa, que, durante quatro anos em Moçambique, além de ofere meio abrigaram, uma vez por tar dominicalmente para outros 12 semana, a comunidade. A partir de março de 1999, assumiu a direção da Congregação o rev. Edison Aguiar. A partir de julho houve sensível desenvolvimento, passando a mesma a recolher o dízimo na própria comunidade, realizar estudos bíblicos nas quintas-feiras, e em outubro deste mesmo ano, passa aos cultos dominicais e a funcionar em nova loca- Painel de entrada da igreja lidade. missionários da IPB. Em janeiro de 2000 teve iníO pastor ressalta ainda que essa cio a Escola Dominical. Ainda comunidade, há cerca de quatro naquele ano, com apoio do Plano anos sustenta integralmente o pasMissionário Corporativo da IPB, a tor e as despesas exclusivamente congregação assumiu novo ende- com os dízimos locais. reço com área construída de 600 A igreja organizada conta com metros quadrados. 27 membros comungantes e três O rev. Edison, pastor da igreja até não-comungantes, tendo entre seus hoje, destaca que esta comunidade freqüentadores 13 maiores de idade

e mais 21 crianças e adolescentes. Estão organizadas a UPA, SAF e UCP, e em breve, a UPH. “Todas com forte atuação voltada para a evangelização. Temos ainda ministérios de apoio ao trabalho das sociedades.”, diz o reverendo. Em outubro de 2003, o que para a igreja foi um maravilhoso milagre do Senhor Jesus, foi adquirida uma propriedade na região central de Cabo Frio (515m2) onde a igreja atua. A compra foi viabilizada com ajuda do PMC que custeou metade do valor do imóvel. “Esta pequena comunidade é a mais nova igreja a ser organizada pelo Presbitério de Cabo Frio”, informa o rev. Edison. No culto de organização, estiveram presentes cerca de 300 pessoas, além de diversos pastores do Presbitério de Cabo Frio e de outras denominações, bem como irmãos de várias igrejas e vizinhos da igreja. “Esta comunidade sempre contou com o apoio do Conselho da IPB de Cabo Frio, bem como de seu pastor, rev Luiz Carlos e de todas as sociedades internas, bem como de suas congregações”, conclui o pastor.

IP de Acesita, Timóteo (MG)

30 anos servindo ao Senhor em Família Por rev. Paulo Enrique Sinoti

Templo da IP de Pinheiros, em São Paulo

IP de Ananindeua (PA)

A igreja originou-se da implantação de um campo missionário da IP de Coronel Fabriciano (MG), na pessoa do pastor, rev. Manuel Silva Estrela e do casal de missionários rev. Richard Dolle e Alma Dolle. Em 1976, o PRVA (Presbitério Regional Vale do Aço) designou uma comissão para proceder aos trabalhos de organização e, nos dias 5 e 6 de junho de 1976, concretizou-se a emancipação e organização da IP de Acesita, com cultos de adoração, gratidão

e louvor a Deus. Os 202 membros comungantes e 52 membros menores festejam, portanto, 30 anos de organização eclesiástica de uma igreja que tem servido ao Senhor com alegria. O desejo desses irmãos é continuar crescendo de forma sadia, em nível espiritual e numérico. O grupo musical Ide, da IPA, que busca a prática de um louvor equilibrado, cujo objetivo único é glorificar e adorar a Deus, lançou, recentemente, o segundo CD, fazendo alusão aos 30 anos da igreja. O próximo sonho dos presbiterianos é a inauguração de

uma Escola de Educação Infantil em 2007. A IPA também se alegra em anunciar sua fidelidade aos Concílios da IPB e à obra missionária, sendo mãe de duas igrejas organizadas e uma terceira em fase de organização. Por ocasião do culto de adoração, no dia 11 de junho, que foi o ápice da comemoração do aniversário, o preletor foi o rev. Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio, que ministrou aos corações de um número expressivo de membros e visitantes.

Jubileu de Prata

Membros da IP de Ananindeua Por rev. Sérgio Paulo Barbas A IP de Ananindeua (PA), passou pela maioridade penal, 18 anos de vida, e pela civil, 21 anos, e agora completa seu Jubileu de Prata, 25 anos de organização. Porém, considerando a data da fundação do trabalho, 1975, chega-se também à maioridade judaica (30 anos), pois são 31 anos de fundação. A igreja procura cumprir sua missão sem se omitir das responsabilidades. Com suas muitas deficiências e muitos sacrifícios, foi à luta. Em seus primeiros cinco anos, sete pastores assumiram a direção. Mesmo assim, essa igreja continuou prosseguindo para o alvo de seu ministério. Em setembro de 1986, o atual pastor da igreja, rev. Sérgio Paulo de Carvalho Barbas, na época presbítero da IP de Belém, chegou ao campo para ajudar nesse trabalho, auxiliando na instrução, pregação e organização da estrutura eclesiástica. E após 20 anos de trabalho,

IP de Acesita

a igreja se prepara para a sucessão pastoral. O candidato é o professor e pastor rev. prof. Hélcio Castro de Almeida, atual pastor auxiliar. “Temos a certeza de que até aqui o Senhor nos ajudou e creio ser esta a certeza dos mais antigos, dos fundadores da igreja”, completa o rev. Sérgio. Atualmente, a igreja presenciou a pré-inauguração do templo, que ocorreu propositalmente com o período de celebração do aniversário. Oficialmente, a construção será inaugurada em dezembro deste ano. Mesmo assim, as obrigações espirituais e deveres dos crentes fazem parte do calendário festivo. Para o pastor da igreja, há muito ainda a ser feito, pois, “envelhecimento com fruto é produtividade, mas envelhecimento sem fruto é podridão”. Além disso, “é preciso sempre estar lembrando de como tudo no início é difícil. Se não se preserva o passado, o presente não tem sentido, e o futuro torna-se incerto”, enfatiza o rev. Sérgio.


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Brasil PRESBITERIANO


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Educação Resultados que ultrapassam a simples assimilação de conhecimentos

Projeto Pequenos Discípulos educa para a vida Priscila Mesquita de MANAUS

D

iante da deficiência do sistema educacional brasileiro, organizações do terceiro setor estão implementando modelos alternativos que, ao trabalhar a capacidade criadora e dialógica das crianças, alcançam resultados que ultrapassam a simples assimilação de conhecimentos. Estimular o aprendizado participativo e transmitir valores cristãos de modo prático às crianças é a proposta do projeto Pequenos Discípulos, desenvolvido há três anos no Amazonas pela ONG Associação Missionária de Apoio Reformado (Amar). Ao todo, estão cadastradas 100 crianças dos municípios de Manaus, São Sebastião do Uatumã, Itacoatiara e Beruri. Os recursos que mantêm o trabalho vêm do apadrinhamento, que consiste no compromisso firmado por pessoas que desejam sustentar mensalmente um dos cadastrados, pela quantia de R$ 80. De acordo com o idealizador do projeto, pastor da IP Betel e pastor auxiliar na IP de Manaus, rev. Alcedir Sentalin, a educação desenvolvida pelo Pequenos Discípulos segue a metodologia ensinada por Jesus, pois é voltada para a exposição direta de princípios essenciais à vida. “O modelo de educação vigente no Brasil está fadado ao fracasso porque é superficial e impositivo. O aluno decora o conteúdo para fazer provas coercitivas. Ao contrário, o método prático utilizado por Cristo impactou até os seus inimigos, que demonstraram mudanças comportamentais”, explica. O projeto funciona de segunda a sexta-feira. As atividades iniciam às 7h30 com o café da manhã e, após a primeira refeição, os ‘pequenos discípulos’ participam de um devocional quando ouvem ensinamentos e histórias de personagens bíblicos. Em seguida,

começam as aulas de reforço escolar, ministradas por professores voluntários. Das 10 às 14h, é servido o almoço. As crianças matriculadas na rede pública de ensino, no período da tarde, vão para as suas escolas, enquanto os alunos que estudam no turno matutino chegam ao projeto por volta do meio-dia. Dessa forma, a instituição recebe duas turmas distintas de crianças – o grupo da manhã e o da tarde. Depois do almoço, os pequeninos realizam uma série de atividades que varia conforme o dia e o voluntário disponível. Além da prática desportiva, as crianças desenvolvem atividades artísticas como pintura e desenho, artesanato, teatro e dança. Elas aprendem ainda culinária, crochê e instrumentos musicais como flauta e violão. No final da tarde, é a hora do lanche. É o momento de ‘recarregar’ as energias para participar de jogos e brincadeiras até a hora de ir para casa, às 18h30. A presidente da ONG Amar e esposa do pastor Alcedir, Marly Sentalin, enfatiza que o cronograma de atividades semanais é extenso porque o objetivo é evitar que as crianças fiquem ociosas nas ruas. “Não queremos apenas transmitir os conhecimentos gerais dos livros, mas trabalhar de forma a abranger toda a família com princípios cristãos. A maior carência dos meninos e meninas que atendemos é o afeto de pai e mãe”, ressalta. Segundo Marly, a maioria dos participantes do projeto não têm contato com o pai, porque nem sempre o conhecem e poucos vêem a mãe durante a semana, em virtude delas estudarem e trabalharem para sustentar a casa. Este quadro constitui a realidade mais preocupante para a direção do Pequenos Discípulos: as crianças não possuem o referencial de família. “O nosso desejo para os próximos anos é alcançar um número maior de apadrinhados e oferecer uma melhor assistência junto aos lares. Não integrar

os pais ao trabalho é o mesmo que começar do ponto de partida a cada segunda-feira”, afirma Marly, que lidera uma equipe de 20 voluntários. Uma das voluntárias é Neuricene Pinheiro de Souza, 28 anos, responsável pelo serviço de limpeza. Há quatro meses participando do ‘time’, Neucirene diz que decidiu se colocar à disposição por considerar fundamental o ensino das Boas Novas aos pequeninos. “O devocional da manhã é uma bênção inclusive para mim”, comenta. Outra jovem voluntária é a professora de inglês Rute Leão Rodrigues, há dois meses ministrando aulas para as crianças. Para Rute, o método educacional aplicado no Pequenos Discípulos é diferente porque transforma o caráter das crianças. Andreza Medeiros, nove anos, é uma das crianças beneficiadas pela iniciativa. Aprendiz de flauta, violão, teatro e dança, Andreza lembra lições marcantes que assimilou no momento devocional. “Ouvi a história de Jacó e aprendi que o pecado é ruim”, lembra. O pastor Alcedir afirma que a ONG não possui parceria com empresas, órgãos governamentais ou igrejas. A dificuldade para angariar os recursos necessários existe, principalmente, porque das 100 crianças cadastradas, somente 46 foram apadrinhadas. O casal Sentalin deixa claro que a vocação do Pequenos Discípulos não é ser uma escola convencional, mas um agente incentivador de cada criança, para que elas se sintam estimuladas a desenvolver sua criatividade. “Nosso papel é fomentar os sonhos de cada um deles, ajudá-los a lidar com emoções, mostrá-los como viver bem. Essa é a educação para a vida e é preocupação nossa fazer com que as crianças tenham a oportunidade de experimentar isso”,salienta o pastor. Informações pelo e-mail pastoralcedir@gmail.com

Pequenos discípulos em aula

Recreação educativa

Hora da merenda

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Missões JMN

“Erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa.” (João 4:35)

Campo Missionário de Passo Fundo (RS) Revitalizando o amor no casamento. Esse foi o tema do primeiro encontro de casais do campo missionário, realizado no dia 22 de abril. De acordo com o miss. Davi Boaretto, o objetivo dessa atividade foi proporcionar aos convidados uma oportunidade para revigorar o relacionamento matrimonial e atrair os participantes para uma nova vida em Cristo. A noite foi marcada por uma palestra com o psicólogo, sociólogo e membro da Igreja Batista Independente de Passo Fundo, o professor Ginês Leopoldo. Após uma social, houve o jantar. Dezessete casais foram alcançados, sendo 11 não convertidos ao evangelho. O encontro foi organizado por Cléber e Rosana, um casal que é resultado do trabalho missionário em Passo Fundo. “Isso muito nos anima, pois o que mais desejamos é ver os frutos produzindo outros frutos. Confiamos que no Senhor, a seu tempo, colheremos muitos frutos do trabalho evangelizador que temos realizado. Agradecemos aos irmãos que de longe nos ajudam orando e enviando recursos financeiros pois, só assim, trabalhando juntos, é que veremos mais brevemente a glória do Reino de Deus”, completa o missionário Davi. Informações pelo e-mail: boarettoipb@yahoo.com.br

Cleber e Rosana, organizadores do jantar

Davi Boaretto, obreiro do campo da JMN em Passo Fundo

Prof. Gines Leopoldo, preletor do evento

Missões em Balsas, Sul do Maranhão Balsas é o maior município do estado do Maranhão. Está localizado numa região de serrado e próximo a Araguaína (TO) e Imperatriz (MA), ambas a 400 quilômetros de distância. Tem 70 mil habitantes, com uma população evangélica que não chega aos quatro por cento. A região é fomentada pela idolatria e pelos 12 festejos pagãos realizados anualmente. A agricultura é a base da economia e o prefeito da cidade decretou, nesse ano, estado de emergência. Assim, a especulação imobiliária cresceu, elevando os

preços dos aluguéis e do custo de vida em geral. Há seis anos, o trabalho da JMN chegou ao local. O rev. Antônio Campos e sua família se instalaram em Balsas em 2002. Em 2003, o trabalho foi abençoado com a oferta de um terreno, onde está o prédio da educação, no qual funcionam o templo provisório e três salas de aula. O campo tem 65 membros comungantes e 14 não comungantes. Somando membros e os congregados, cerca de cem pessoas freqüentam o trabalho. A EBD tem 80 alunos matriculados e sempre recebe a presença de visitantes. As crianças também fazem parte da vida da igreja. Na Escola Bíblica de Férias de 2005, participaram do evento 200 pequenos. Agora, todas as expectativas estão voltadas para a próxima edição, que será neste mês. Há também um encontro de casais mensal e uma semana separada para jejum, consagração, estudo da palavra e oração. Esse ciclo é encerrado com a Santa Ceia do Senhor. Segundo o missionário, considerando o tamanho da região e sua necessidade, o templo da igreja precisa ser construído urgentemente. A obra já foi iniciada pelos próprios membros da igreja, que trabalham a noite para minimizar os custos da mão-de-obra. No futuro, o templo será sede do Presbitério Sul Maranhão (em formação), e o prédio da educação funcionará como escola formadora de evangelistas, para que novas Igrejas possam ser plantadas no serrado maranhense. “Os recursos estão nas mãos poderosas do nosso Deus e, como disse o anjo a Paulo em Trôade, digo: Venha a Balsas e ajude-nos nesses desafios”, completa o rev. Antônio, missionário da JMN desde 1992. Informações no e-mail rev. campos@hotmail.com

Fachada do prédio da igreja

Culto com as crianças

Rev. Antônio Campos com irmão Antônio na construção do futuro templo


Brasil PRESBITERIANO O poder transformador do evangelho em S. Mateus do Sul (PR) No primeiro ano de atuação do Campo Missionário de São Mateus do Sul, o passo inicial foi o trabalho com adolescentes, todos eles com dificuldades sociais e familiares. De acordo com relato do rev. José Júlio, vários foram evangelizados, porém, não se firmaram na igreja. “Mas a semente está viva e latente em seus corações”, diz o pastor. Desses adolescentes atendidos, um deles nunca foi reconhecido pelo pai biológico. Morava com a família num casebre, na beira do rio Taquaral, e seu padrasto era alcoólatra. Outro adolescente sentia-se rejeitado pela mãe, que o acusava de ter nascido, apesar dos contraceptivos. Dois tinham o pai cumprindo pena na cadeia local, envolvido em tráfico de drogas. Nessa jornada de quase sete anos, esses jovens foram alcançados, batizados, professaram publicamente a fé e hoje são músicos de valor no grupo da igreja. Estudaram, graças ao auxílio da IPB local, e tocam bateria, contra-baixo, guitarra e violão. Um deles serve ao Senhor numa Igreja do Evangelho Quadrangular. Dois se casaram e batizaram seus filhos há pouco menos de um ano. Trabalham, estudam e são dizimistas fiéis. Um deles,

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IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS Regulamento para Parcerias de Plantação de Novas Igrejas

Culto de Natal no pátio da igreja

Devocional evangelizadora em um supermercado da região

chamado Vanderlei, pretende se candidatar ao sagrado ministério. “São vidas genuinamente transformadas e fortalecidas pelo poder do Evangelho da Graça de Deus”, comemora o rev. José Júlio. A IP de São Mateus do Sul é uma parceria da JMN com Presbitério das Araucárias (PARC). Conta com 17 membros comungantes e a maioria se envolve nos trabalhos da igreja: SAF, música, ensino

e oração. Evangelizam cerca de 35 crianças carentes, muitas em situações semelhantes a dos jovens cujas biografias foram descritas. A igreja é a única no município que não possui sede e terreno próprios. A arrecadação atende às necessidades básicas e há carência de recursos para consolidar o trabalho. Informações pelo e-mail azevedo.julio@ibestvip.com. br

Para uniformização das atividades de plantação e de criação de novas igrejas filiadas à Igreja Presbiteriana do Brasil, a Junta de Missões Nacionais recomenda os critérios deste regulamento, para propiciar uniformidade de procedimentos entre todos os solicitantes às igrejas já constituídas, aos presbitérios, aos sínodos e a outras instituições da IPB de caráter missionário e que queiram estabelecer parceria com a JMN, visando a expansão do Reino de Deus através de ações para plantação de novas Igrejas. 1) O início de um projeto de parceria dar-se-á por iniciativa da JMN, dos Sínodos, dos Presbitérios e das Igrejas locais. 2) Todo projeto só será recebido até o prazo de 31 de agosto de cada ano e encaminhado diretamente ao escritório da JMN, a fim de que seja analisado e, uma vez aprovado, possa entrar em vigor em janeiro do ano seguinte. Projetos enviados após esta data só serão analisados no próximo exercício. 3) A JMN/IPB terá participação efetiva no acompanhamento e nas decisões do trabalho, conforme contrato assinado entre as partes interessadas. 4) Nenhum contrato será assinado / firmado sem a prévia apresentação e aprovação do projeto. 5) Todo projeto oriundo de parceiro (s) será acompanhado de documento aprovado em plenário, quando de concílio (s), ou de reunião do conselho, quando de igreja local e de sua celebração, constará das assinaturas do presidente, do secretário executivo e do tesoureiro das partes implicadas. 6) Todo plantador, uma vez aceito pelas partes, deverá participar de cursos de atualização promovidos pela JMN. 7) Todo projeto de parceria obedecerá aos seguintes critérios: a) Introdução ao projeto b) Histórico do sínodo, do presbitério e / ou da Igreja solicitante c) Descrição da Igreja iniciante d) Contexto histórico da cidade onde será iniciado o trabalho, constando dos seguintes itens: i) Situação geográfica (mapas) ii) Situação demográfica iii) Situação econômica iv) Situação social e religiosa e) Planejamento Estratégico da Igreja iniciante constando: i) Áreas de atuação da Igreja ii) Estratégias para cada área de atuação iii) Prazo para cada meta estabelecida iv) Prazo de sustentabilidade da Igreja v) Prazo de organização da Igreja (até 5 anos) vi) Planejamento financeiro da Igreja iniciante vii) Envolvimento de outros parceiros consorciados viii) Escolha do plantador da Igreja iniciante acompanhado de seu currículo ix) Conclusão 8) A aprovação de qualquer projeto, mesmo estando de acordo com as exigências deste regulamento, dependerá da conveniência da JMN/IPB São Paulo, março de 2006 Marcos Azevedo – JMN/IPB

Comemoração do Dia da Criança


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Brasil PRESBITERIANO Supremo Concílio 2006

O concílio de Jerusalém e os concílios da IPB Fôlton Nogueira da Silva

O

sistema conciliar de governo é o único que a Bíblia menciona, e, por conseqüência, é o único que devemos praticar se quisermos ser bíblicos. Observe que, em sua primeira viagem missionária, Paulo, após ser apedrejado e dado como morto, recuperandose, volta de imediato às cidades por onde havia passado e, mesmo perseguido, promove em cada uma a eleição de Presbíteros (At 13.15-23). Ora, é essa base de representação de cada Igreja que será mobilizada a comparecer a Jerusalém, no primeiro Concílio Cristão, para resolver o que prejudicava a obra missionária da Igreja. A primeira lição que se tira daí é que a Igreja possui apenas dois estados de atividade: ou está trabalhando em sua tarefa missionária ou está reunida em concílios, resolvendo os problemas surgidos. Notável é ver que o processo descrito em Atos foi praticamente copiado pela IPB. Veja: 1. Há uma questão a ser dirimida. A solução é buscada em um Concílio: “Alguns indivíduos que desceram da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos. Tendo havido, da parte de Paulo e Barnabé, contenda e não pequena discussão com eles, resolveram que esses dois e alguns outros dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e presbíteros, com respeito a esta questão”. (At 15.1-2) 2. Há delegados. Conhecidos no envio e no recebimento. Portanto portadores de alguma espécie do que conhecemos

como “credencial” (ainda que informal). Veja também que com os 12 (ou parte deles) os presbíteros são citados como representantes da Igreja hospedeira. Na IPB, isto é uma reunião para “verificação de poderes”. Veja que logo após o recebimento há uma exposição de relatórios. O que corresponde a nossa “entrada de papéis” sobre os quais o Concílio se pronunciará: ”Enviados, pois, e até certo ponto acompanhados pela igreja, atravessaram as províncias da Fenícia e Samaria e, narrando a conversão dos gentios, causaram grande alegria a todos os irmãos. Tendo eles chegado a Jerusalém, foram bem recebidos pela igreja, pelos apóstolos e pelos presbíteros e relataram tudo o que Deus fizera com eles”. (At 15.3-4) 3. A igreja estava envolvida, porém a decisão cabia aos que tinham poderes para tanto: Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos fariseus que haviam crido, dizendo: É necessário circuncidálos e determinar-lhes que observem a lei de Moisés. Então, se reuniram os apóstolos e os presbíteros para examinar a questão. (At 15.5-6) 4. As posições são debatidas. Os argumentos consultam o que as Escrituras revelam e os compara a prática que é manifesta através do que ocorre na Igreja. “Havendo grande debate, Pedro tomou a palavra e lhes disse: Irmãos, vós sabeis que, desde há muito, Deus me escolheu dentre vós para que, por meu intermédio, ouvissem os gentios a palavra do evangelho

e cressem. Ora, Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo o Espírito Santo a eles, como também a nós nos concedera. E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração. Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais puderam suportar, nem nós? Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram. (At 15.7-11) 5. A sessão era aberta (como todos os nossos concílios maiores o são) pois havia uma multidão que, em silêncio, acompanhou os relatos de Barnabé e Paulo: E toda a multidão silenciou, passando a ouvir a Barnabé e a Paulo, que contavam quantos sinais e prodígios Deus fizera por meio deles entre os gentios. 6. Há propostas. Neste caso a de Tiago que, examinando a experiência, se preocupa em que ela não seja contra as Escrituras: Depois que eles terminaram, falou Tiago, dizendo: Irmãos, atentai nas minhas palavras: expôs Simão como Deus, primeiramente, visitou os gentios, a fim de constituir dentre eles um povo para o seu nome. Conferem com isto as palavras dos profetas, como está escrito: Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurálo-ei. Para que os demais homens busquem o Senhor, e também todos os gentios sobre os quais tem sido


Brasil PRESBITERIANO invocado o meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos. Pelo que, julgo eu, não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue. Porque Moisés tem, em cada cidade, desde tempos antigos, os que o pregam nas sinagogas, onde é lido todos os sábados. (At 15.13-21) 7. A proposta é votada. Vencedora, resta sua aplicação, o que é feito por escrito (será que essa não deveria ser a resolução número 1 do nosso Digesto Presbiteriano?). Porém, como a questão era melindrosa, uma “comissão especial” foi nomeada para redigir e entregar pessoalmente a decisão, que tem o formato de uma “carta pastoral”. Veja também que a “comissão” foi habilmente montada: Um judeu tradicional (Judas, Filho do Sábado), e um gentio (Silas). Observe também que Paulo e Barnabé, que poderiam levar a decisão, têm agora uma comissão a ampará-los livrando-os de suspeição. Observe ainda que, embora o mérito da questão seja teológico, a decisão contempla também a perturbação da Igreja como falta (o que certamente deve ter inspirado a definição de falta em nosso Código de Disciplina): Então, pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a igreja, tendo elegido homens dentre eles, enviá-los, juntamente com Paulo e Barnabé, a Antioquia: foram Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens notáveis entre os irmãos, escrevendo, por mão deles: Os irmãos, tanto os apóstolos como os presbíteros, aos irmãos de entre os gentios em Antioquia, Síria e Cilícia, saudações. Visto sabermos que alguns que saíram de entre nós, sem nenhuma autorização, vos têm perturbado com palavras, transtornando a vossa

alma, pareceu-nos bem, chegados a pleno acordo, eleger alguns homens e enviá-los a vós outros com os nossos amados Barnabé e Paulo, homens que têm exposto a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais pessoalmente vos dirão também estas coisas. Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde.” (At 15.22-29) 8. Os membros dessa “comissão especial” tinham alma pastoral. E as ovelhas viviam em submissão ao Senhor. O resultado foi: alegria, conforto e fortalecimento da Igreja: Os que foram enviados desceram logo para Antioquia e, tendo reunido a comunidade, entregaram a epístola. Quando a leram, sobremaneira se alegraram pelo conforto recebido. Judas e Silas, que eram também profetas, consolaram os irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram. Tendo-se demorado ali por algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz aos que os enviaram. (At 15.30-33) Porém as conseqüências desta decisão foram mais importantes do que geralmente se imagina: 1. No capítulo seguinte do Livro dos Atos dos Apóstolos, Paulo toma Silas, um dos membros da “comissão especial” e começa sua segunda viagem missionária, exatamente na região “perturbada” em que antes ele havia promovido a eleição de presbíteros, e lemos: “Ao passar pelas cidades, entregavam aos irmãos, para que as observassem, as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros de Jerusalém. Assim, as igrejas eram fortalecidas na fé e, dia a dia, aumen-

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tavam em número.” (At 16.4-5) Repare: a. A “carta pastoral” era entregue a cada Igreja para ser observada. Porém agora ela é chamada de decisão: no grego, dogma. b. Ao observá-la as Igrejas eram fortalecidas na fé e dia a dia aumentavam em número. 2. Muitos anos mais tarde, quando Paulo volta a Jerusalém, Tiago o recebe e declara que esses dogmas eram observados lá também: “Quanto aos gentios que creram, já lhes transmitimos decisões para que se abstenham das coisas sacrificadas a ídolos, do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas.” (At 21.25) Concílios, delegados (deputados), credenciais, debates, decisões, comissões, tudo isto está claro na letra. Porém está claro também no “espírito” do texto algumas coisas que, por imateriais que sejam, jamais podem ser objeto de legislação escrita, mas de ética pessoal de crentes tementes a Deus. Lembro-me de ter ouvido de alguém que um dos parlamentares brasileiros irritados com o descaso pela lei escrita teria dito, que bastava apenas uma lei:” Artigo 1° - Todos devem ter vergonha na cara. Parágrafo único: Revogam-se as disposições em contrário.” Que lições nossa igreja pode ainda tirar do Concílio de Jerusalém? Há porventura politicagem de Tiago para presidir o Concílio de Jerusalém? Apresentou ele uma plataforma política? Tomaram-se decisões que atrapalhassem a liberdade das Igrejas? Analisaram o “momento” da Igreja pelo século ou pelas tendências sociais ou pelas Escrituras? Passaram por cima do problema ou atrás de uma ação pastoral havia um Dogma sólido? Esqueceram-se da necessidade de paz na Igreja? Fôlton Nogueira da Silva é pastor da IP da Ilha dos Araújos, Governador Valadares (MG).


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Brasil PRESBITERIANO Espiritualidade

Igreja ou comunidade presbiteriana? José Paulo Tannús

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esus veio a esse mundo para salvar o que se havia perdido (o ser humano). Por isso, se fez um de nós e foi perfeito em tudo, cumprindo seu acordo com o Pai Celeste de restaurar todas as coisas através do seu sangue derramado. Jesus, durante seu ministério terreno, deu todas as instruções aos apóstolos e Paulo completou sua carreira dando instruções finais sobre a igreja (ekklêsia) para os discípulos no presente e no futuro. O mini-dicionário Houaiss define igreja como grupo de pessoas que segue a mesma doutrina. Portanto, a igreja está ligada ao cristianismo, à doutrina cristã, à doutrina de Cristo. O mesmo dicionário tem para comunidade a seguinte explicação: população de um bairro, região. Coletividade. Sociedade. A Reforma Protestante resgatou a igreja com a fiel doutrina bíblica. O que herdamos para divulgar é a Ecclesia Reformata Reformanda Es”, Igreja Reformada Sempre Reformando. Para nós, hoje, o título é de Igreja Presbiteriana. E essa Igreja Presbiteriana se caracteriza por poucos, mas fiéis ao ensinamento bíblico. No entanto, o que assistimos hoje é o caos em muitas igrejas sem compromisso com a Reforma, com as Escrituras e talvez até com Deus; e isso tem um objetivo: crescimento numérico e financeiro. Usam nomes ou títulos atrativos para conquistar seu publico e objetivos. O nome igreja traz e faz

lembrar a responsabilidade do ser humano para com Deus, com relação a amor, santidade, pecado, juízo e salvação. O nome comunidade abranda, a princípio, o sermão, que pode ser levado para o social, econômico, filosófico etc. Lemos no dicionário Vida Nova: “A ekklêsia tem sua localização, existência e razão de ser dentro de limites geográficos que se podem definir. Assim, o apóstolo escreve acerca da ekklêsia te ouse en korinthô, (a igreja que está em Corinto) 1Co 1.2 e 2Co 1.2, o que indica não somente que ela pertence ao povo do lugar, como também tem uma qualidade nova e diferente” (Colin Brown, Dicionário Internacional de Teologia, Novo Testamento, Editora Vida Nova, 2ª edição, pg 992) Comunidade indica facções diversas na qualidade daquilo que é comum. A palavra igreja, em seu sentido espiritual, visa a levar as pessoas a uma condição nova de vida, para se salvarem do juízo vindouro sobre o mundo. Enquanto a palavra comunidade é uma linguagem secular e visa agregar sócios para atividades afins. Nós somos a Igreja Presbiteriana do Brasil, organizada e abençoada por Deus para divulgar seu Reino, como está nas Escrituras e na nossa Constituição. Devemos nos apresentar como Igreja Presbiteriana. Não somos empresa para usar nome fantasia e não precisamos disso para crescer. José Paulo Tannús é presbítero da IP de Pirassununga (SP). E-mail: jptannus@lancernet.com.br


Brasil PRESBITERIANO

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Espiritualidade

O perdão que liberta Ismael Andrade Leandro Jr.

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inimigo tem aprisionado muitos corações, mantendo-os no calabouço das mágoas e vaidades. A raiva é um veneno que tomamos esperando que o outro morra! Alimentar mágoa é insistir na falta de perdão. O perdão liberta! Ele quebra aquele ciclo de pensamentos destruidores e vingativos que só nos fazem sofrer, represando em nossa alma os sentimentos mais baixos

do ser humano. Um grande empecilho para o perdão é o orgulho, que nos mantém numa condição de infelicidade permanente, transformando-nos em vítimas de nós mesmos. É necessário entendermos que ao liberarmos o perdão àqueles que nos fizeram algum mal, estamos, primeiramente, fazendo um bem para nossa alma, pois a pessoa ressentida é a triste e amarga, sem alegria na vida. O Senhor Jesus nos deu o exemplo quando, no

momento derradeiro da cruz, proferiu as palavras: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” Quem sofreu maior insulto, traição e animosidade que o nosso Senhor? Assim, Ele nos ensina que o perdão é um ato divino e, como filhos de Deus que afirmamos ser, devemos repetir seu exemplo. Perdoar não é fácil. Não é ato da vontade humana. Deve ser um gesto de obediência a Deus. Precisamos suplicar ajuda do Espírito

Santo, que certamente nos assistirá em nosso esforço. Perdoar é uma decisão que tomamos de uma vez por todas, de tal maneira que o acusador não tem mais voz em nossa vida. Na oração chamada de Pai Nosso, o Senhor condiciona o perdão dos nossos pecados ao perdão que concedemos ao nosso semelhante: “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”. Isto é, somente receberemos o

perdão divino se tivermos o coração limpo de mágoas. O perdão libera as bênçãos de Deus sobre nossas vidas e torna livre aquele que foi instrumento do mal para também se consertar com Deus. Portanto, quero convidá-lo a, juntos, experimentarmos desta dádiva divina do perdão. Pense nisso. E que Deus o abençoe.

verdadeiros Peters Pan; não querem crescer, agir como adultos espirituais, assumir responsabilidades, tomar atitudes de crentes maduros e, o que é pior, influenciam outros a agir da mesma maneira. Paulo aponta, no versículo três, duas atitudes que desencadeiam numa terceira e são características de um crente Peter Pan: os ciúmes e as contendas que produzem o partidarismo, coisas que nunca promovem o bem-estar da igreja. Basta dizer que elas fazem parte das

obras da carne relacionadas pelo próprio apóstolo quando escreveu aos Gálatas (5.19-21). Por isso mesmo é que Paulo chama aqueles de Corinto de carnais. Avalie o seu comportamento cristão e veja se não está habitando a Terra do Nunca e sendo um Peter Pan espiritual. A igreja é lugar de crescimento. Por isso, é chamada de corpo, lavoura, edifício. (1 Co 12.27; 3.9).

Ismael Andrade Leandro Jr. é pastor da IP Central de Presidente Prudente (SP). E-mail: ismaeljr@ipbprudente.com.br

A Síndrome de Peter Pan Nicanor Perrut Corrêa

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credito que a maioria das pessoas conhece o famoso personagem da literatura infantil criado por J.M. Barrie (1904) e adaptado para o desenho animado por Walt Disney (1953), o garoto Peter Pan. O conto que, posteriormente, virou peça de teatro e, mais tarde, desenho animado e até filme, narra a história de um menino que é levado para a Terra do Nunca, onde as crianças não crescem.

O apóstolo Paulo faz a seguinte exortação aos crentes: “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais e sim como a carnais, como a crianças em Cristo”. (1Co 3.1) Paulo identifica naquela igreja um comportamento impróprio para o verdadeiro cristão que já deveria revelar maturidade pelo tempo que decorre de sua conversão e aprendizado na igreja. Lembro-me de um professor de seminário que disse: “há crentes que se gabam de dizer que já têm quarenta anos

de experiência cristã, mas se comportam de tal maneira que a impressão que dá é que têm apenas um ano de experiência repetido quarenta vezes”. Por vezes, tenho encontrado pessoas na igreja com o mesmo comportamento daquelas da igreja de Corinto. Gente que dá mais trabalho do que trabalha. Pessoas que, pelo tempo decorrido na igreja, deveriam ensinar, mas necessitam ainda aprender “os princípios elementares dos oráculos de Deus” (Hb 5.12). Assim é que se revelam

Nicanor Perrut Corrêa é pastor da IP no Capão da Imbuía, Curitiba (PR). E-mail: ipbci@hotmail.com


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Brasil PRESBITERIANO Memória e Saudade

Rev. Daniel Mariano da Silveira

Por presb. Adonias Clemente dos Santos “Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência” (Jr 3.15). Essa promessa de Deus a Israel cumpriu-se na vida da Igreja Filadélfia da Penha por pouco mais de quatro meses, na pessoa do rev. Daniel Mariano da Silveira. No dia 19 de julho de 2005, o Senhor chamou para si aquele que era segundo o seu coração. Chamou-o de forma tão inesperada que ficamos perplexos diante da perda de nosso pastor. No seu breve pastoreio nesta igreja, ensinounos sobre o amor, a compreensão e o trabalhar para o Senhor. Mostrounos que para Deus temos que dar o nosso melhor e tudo isso ensinou com exemplos e não simplesmente com palavras. O nosso pastor deixou-nos um legado, deixou-nos um sonho e a concretização desse sonho depende, primeiramente, da graça de Deus e, em segundo lugar, de nosso esforço e amor ao Senhor. Estamos com saudades, mas façamos nossas as palavras de Jó: “o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!” O rev. Daniel Mariano da Silveira pastoreou as seguintes igrejas em São Paulo: IP Vila Diva, IP Vila Formosa, IP Bosque da Saúde, IP São Bernardo do Campo, IP Penha, IP Guaianases, IP Ferraz de Vasconcelos, IP Parada XV de Novembro, IP Monte Sião, IP Betel, IP Itaim Paulista, IP Vila Espanhola, IP Vila Dionísia, 1ª IP de Guarulhos; IP Monte Sinai, IP Filadélfia. Entre várias atividades eclesiásticas, foi presidente dos presbitérios Leste Paulistano e

Casa Verde e do Sínodo Leste de São Paulo. Foi professor da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, do Seminário Presbiteriano de Campinas e da Rede Oficial do Estado. O rev. Daniel pastoreou a IP Filadélfia da Penha de fevereiro à 19 julho de 2005, quando faleceu. Nascido em 3 de Novembro de 1924, na cidade de São Paulo, formado em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, em 30 de novembro de 1957, licenciado em 26 de janeiro de 1958 e ordenado ao sagrado ministério em 1º de fevereiro de 1959. Deixou esposa: Noemi Marques da Silveira, filho: Ruben Marques da Silveira, nora: Patrícia A.R. Silveira e neta: Marilia Rita R. Silveira.

Maria Helena Santos

Por presb. Antonio Carlos Simões de Oliveira A vida da jovem membro da Congregação Jardim das Oliveiras, Aracaju, SE, Helena, como era chamada, foi exemplo de vida cristã. Atuou na zeladoria e no serviço de organização dos trabalhos, principalmente nos dias da Ceia do Senhor, quando procurava promover, com muita criatividade e diversas especialidades, uma bela festa espiritual. Em sua homenagem foi dedicada, ainda em vida, uma placa com seu nome para o auditório da Chácara Rosa Carvalho, no município de São Cristóvão, SE, onde realizamos nossos acampamentos. Essa irmã foi muito querida e amada por nossa comunidade. A jovem Helena dedicou-se ao trabalho de Cristo, desde a fundação da congregação, em 1º de maio de 1997. Ao longo de nove anos, trabalhou na UMP e na SAF, nas quais

foi ativa unionista. Vítima de câncer no pulmão, sofreu com resignação durante sete meses e faleceu no dia 20 de maio. A família enlutada, representada pelos irmãos Durval Vieira de Carvalho e Elda Luza Carvalho, seus pais de criação, agradece a solidariedade dos irmãos e, ao mesmo tempo, roga o consolo do Senhor para estes momentos tão difíceis.

Inácio Pereira de Carvalho

Por rev. Abílio Gontijo de Carvalho, pastor jubilado No dia 22 de abril, faleceu em Rubiataba, GO, o filho de Inácio Pereira de Carvalho e d. Maria Madalena de Carvalho. Convertido ao evangelho aos seis anos, juntamente com seus pais, em Bom Sucesso, distrito de Patos de Minas, MG. Foi membro da IP de Uruana, GO, na década de 1960. Na de 1970, mudou-se para Pontes e Lacerda, MT, onde, em companhia do pai e dos irmãos, implantou e consolidou o trabalho presbiteriano. Em 1978, mudou-se para Jaru, RO. Lá, abriu as portas de sua casa para o rev. Bill, missionário da Junta de Missões Nacionais, iniciar o trabalho presbiteriano, doando, em seguida, um terreno para a construção do templo. Inacinho, como era conhecido, não era um pregador, mas gostava de contribuir para a obra e cantar louvores a Deus, algo fundamental para a abertura do trabalho evangélico. Aos 72 anos, sua vida foi ceifada por um câncer que o obrigou a deixar esta Terra. Próximo da morte, ele dizia: “Sei que a minha jornada está chegando ao fim; chegou a hora de estar preparado para ir para a Nova Terra!”


Brasil PRESBITERIANO

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