Brasil
PRESBITERIANO Março de 2004
Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil
Ano 45 / Nº 594 - R$ 1,80 U. Dettmar/BRimagens
O Sertão Florescerá
IPB cresce no Oeste baiano Páginas 10 e 11
Gustavo Brigatto
Divulgação
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RPC lança programa em TV aberta produzido pela LPC
Secretário Executivo do SC-IPB comemora 25 anos no Ministério
Dep. Henrique Afonso fala sobre Lei de Biossegurança
Página: 18
Página 17
Páginas: 6 e 7
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Brasil PRESBITERIANO
Março de 2004
Palavra da Redação Poucos membros da IPB conhecem o trabalho que a igreja está realizando no sertão baiano, uma região de muita carência que propõe muitos desafios. Os principais estão nas áreas de educação e ação social, em que muito têm atuado as igrejas de João Dourado, Lapão e Piritiba. A partir deste mês, o BP publica algumas reportagens sobre estas igrejas e o trabalho que realizam, começando pela Missão Servir, em João Dourado, administrada pelo rev. Gilmar Oliveira de Cerqueira, pastor da IP de Piritiba. A região tem também o apoio do Conselho de Ação Social, CAS, que, junto com outras instituições, vem realizando fóruns de capacitação de líderes para despertar a igreja e fomentar iniciativas. Outras informações você fica sabendo ao ler a reportagem central desta edição, nas páginas 10 e 11. Muito se tem discutido no Brasil e no mundo sobre pesquisas genéticas e a utilização de Organismos Geneticamente Modificados. As questões mais preocupantes, no entanto, para a Frente Parlamentar Evangélica na Câmara dos Deputados, são a clonagem humana e a utilização de embriões humanos em pesquisas. Os parlamentares cristãos querem que, no Brasil, essas práticas sejam proibidas, pois a manipulação da vida é prerrogativa apenas divina. Cientistas afirmam, no entanto, que essa proibição será um erro, pois limitará as pesquisas no Brasil e fará com que o País tenha que pagar royalties na utilização de tudo o que for alcançado pela Ciência nessas áreas em outros países. O deputado presbiteriano Henrique Afonso, do PT do Acre, está bem engajado na luta da Frente Parlamentar e concedeu uma entrevista ao BP sobre o assunto, publicada nas páginas 6 e 7. Acompanhe também a reportagem, na página 18, sobre a Luz para o Caminho, organização especializada em comunicações que, a partir de fevereiro, passou a produzir um programa para a Rede Presbiteriana de Comunicação, que vai ao ar pela Rede Bandeirantes. E não é apenas isso, mais eventos e reportagens de igual importância você acompanha nas outras páginas do BP, o órgão oficial da IPB.
Seu recado Sobre a matéria Presbiterianos querem resgatar valores teológicos, espirituais e reformados no louvor (BP Dezembro/2003), gostaria de lembrar a "advertência" datada de 1868: "Aconselha-se a todos de nunca forçar a voz: melhor é cantar com demasiada brandura do que com aspereza. Lembramos também que suposto convenha haver muita solenidade e reverência no modo de cantar louvores ao Altíssimo Deus, todavia o costume de pronunciar as palavras com grande lentidão não corresponde à santa alegria que deve caracterizar o culto dos Remidos pelo precioso sangue de Cristo. A principal coisa, porém, é tributar a Deus o verdadeiro louvor do coração;" . Esta "preciosidade" está escondida na folha 339 do Novo Cântico, 1ª ed.com música, 1991. Espero em Deus que em breve possamos voltar a cultuar na Casa do Senhor em sublime comunhão e real adoração. Signe Dayse de Melo e Silva, de Curitiba A matéria Presbiterianos querem resgatar valores teológicos, espirituais e reformados no louvor, uma vez que não traz qualquer orientação clara ao leitor, é uma grande miscelânea. A leitura permitiu constatar que os entendimentos e práticas dos dois pastores são completamente inversos. Não quero aqui discutir qual dos dois entendimentos é o correto e qual deles deve ou seria, em tese, adotado pela IPB, mas o artigo foi extremamente infeliz porque não concluiu nada. Não está assinado, não se sabendo, por isso, quem é o autor do texto. Sendo assim, estando ele no Órgão Oficial da Igreja, expressa a opinião da IPB. Essa opinião é assim tão flexível e contraditória? Pérside de Araújo Duarte Bousfield, de Joinville (SC) Quero dizer que as matérias Louvor (BP dezembro 2003, pg. 17) e Homenagem (BP dezembro 2003, pg. 18) em seus conteúdos demonstram como o Brasil é um continente diversificado em suas culturas e contextos. Evidencia-se que, sem abrir mão do conteúdo teológico e bíblico, podemos louvar e adorar a Deus com diversidade e qualidade poética, musical e teológica. A abordagem jornalística foi valorizada oportunizando todas as tendências a se posicionarem. O que
realmente importa é que: "... todo ser que respira louve ao Senhor." e pronto. Rev. Ricardo Saltes, do Presbitério do Vale do Paraíba Fico imaginando qual o motivo da publicação Presbiterianos querem resgatar valores teológicos, espirituais e reformados (BP dezembro de 2003, pg. 17). Para início, só se resgata alguma coisa que foi perdida. Nasci em berço evangélico e nunca presenciei equipe de louvor ou coisa parecida dentro de nossas igrejas, a não ser corais, conjuntos, órgão e, exagerando, um bom piano, mas tudo com muita inspiração. Não acredito na desculpa de que as igrejas precisam se atualizar. Haverá sempre lideranças firmes pare evitar os abusos e os que não estiverem contentes com a igreja tradicional, paciência, que se adaptem ou saiam. Pb. Ivan Furquim de Arruda, IP Jardim da Glória, São Paulo Desejamos agradecer ao rev. Alderi a justa homenagem prestada ao saudoso rev. Samuel Martins Barbosa (BP janeiro de 2004, pg. 6), recentemente falecido. Por muitos anos, ele lecionou Filosofia da Educação nas Faculdades Metropolitanas Unidas, sendo um dos mais respeitados mestres. Obrigada, rev. Alderi, pelo resgate da memória de tão ilustre servo do Senhor. Nathanael de Oliveira Neves, de São João da Boa Vista Devido à belíssima apresentação e conteúdo sadio, o jornal Brasil Presbiteriano será um ótimo instrumento de anunciação das Boas Novas,. Depois que dei um exemplar que tinha a uma professora da nossa cidade e vi a reação nos olhos dela devido à influência do nosso jornal, fiquei convicto de que outras pessoas poderiam ser também abençoadas. Missionário Antônio de Pádua, de Salgado de São Félix, PB Saúdo os irmãos e um grande parabéns pelo novo BP, que está rico e bonito. André Filipe, da IP Betânia de Santa Bárbara d'Oeste.
EXPEDIENTE Órgão Oficial da
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Uma publicação da
Ano 45, nº 593 – Fevereiro de 2004
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Conselho Editorial: Rev. Alderi Souza de Matos Rev. Celsino Gama Rev. Cláudio Marra Pb. Gilson Alberto Novaes Rev. Silas de Campos
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Edição: Letícia Ferreira DRT/PR: 4225/17/65 E-maill: editorbp@rpc.ipb.org.br Reportagem: Letícia Ferreira, Lucilene Nascimento (e-mail: lu@rpc.ipb.org.br) e Gustavo Brigatto (e-mail: gustavo@rpc.ipb.org.br) Ilustração: Aldair Soares Gomes Diagramação: Aristides Neto Revisão: Douglas Moura Ferreira Impressão: Folhagráfica
Assinaturas Expedição Luz para o Caminho 0(XX)19 3741 3000 brasilpresbiteriano@lpc.org.br
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Opinião
O Culto Cristão inda que muito sabido em todo o universo presbiteriano, o culto cristão é prestado ao Deus triúno em espírito e em verdade. Como fazemos isso é o x da questão, que está a merecer novas análises e redimensionamentos. Nossa Confissão de Fé, em seu capítulo XXI, muito bem destaca que o verdadeiro Deus "não deve ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens ou sugestões de Satanás, nem sob qualquer representação visível ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras". Realçam, a seguir, os teólogos de Westminster, a importância da leitura das Escrituras e sua pregação com inteligência , fé
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e reverência e, ainda como parte do culto, a devida administração dos sacramentos instituídos pelo Senhor Jesus Cristo. Inimaginável um culto cuja prédica não se baseie na palavra de Deus. Ainda que, não poucas vezes, alguns pregadores usem textos para pretextos, a mensagem de Deus a sobressair ao povo em adoração é a do Sagrado Livro. Em razão disso, o púlpito tem lugar de destaque central na casa de Deus. É por essa tribuna sacra que o pregador transmite profeticamente o recado divino. É certo que para se pregar a palavra de Deus não é preciso o púlpito, mas no templo não pode ele ficar descartado. A mesa da comunhão passou
a ocupar na Igreja Reformada e Presbiteriana não menos importância que o púlpito, pois é ela símbolo do encontro e reunião do povo de Deus com o Senhor e Salvador Jesus Cristo. Poucas são as igrejas presbiterianas no Brasil que adotam a pia batismal, outro símbolo a realçar a recepção de todo aquele que aceita e confessa o Senhor Jesus, pois sem o batismo ninguém pode ser admitido à comunhão da igreja. Constata-se hoje que não poucas igrejas destronaram o púlpito e a mesa da comunhão, transformando o local em palco para conjuntos e baterias. Não se quer desprezar o talento e a participação dos jovens na adoração e louvor durante o
culto, mas tem havido (sem com isso se querer generalizar), muito show e exibicionismo, com uma cópia inconsciente do que ocorre na mídia eletrônica mundana, até com requebros e trejeitos, ainda que se diga que os cânticos são de louvor. Não se duvidando disso, entretanto, a Igreja precisa repensar seu conceito de culto e adoração para os nossos dias, já que o verdadeiro culto cristão não ocorre ao sabor, vontade e apreciação humanos, mas tão somente como expressão humana diante do Deus que veio encontrar-se conosco soberanamente. Em resumo, o culto não pode ser apresentado a Deus pelo modo e demonstrações que o povo gosta e "acha" deve transcorrer segun-
do os mais rígidos ditames do santo Livro, ainda que dessa maneira o povo não goste. Destarte, alijar o púlpito e a mesa da comunhão para no local colocar instrumentos musicais se nos afigura indisfarçável heresia, ainda que os participantes estejam imbuídos do mais elevado propósito de adorar e louvar a Deus. A análise sobre o culto cristão comporta muitos ângulos e abordagens à luz do sagrado e soberano Livro de Deus. O Brasil Presbiteriano abre suas páginas para que estudiosos da matéria se manifestem, em tudo visando a maior glória de Deus e de seu Filho, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Consultório Bíblico
Liturgia e Tédio ergunta: A liturgia não torna tedioso o culto? Resposta: Naturalmente, se o culto vai ser tedioso ou não, depende do pregador ou do dirigente. Se ele tem em si a vida de Deus em Cristo, pelo Espírito Santo, essa vida transparece no culto e em tudo mais. Lembre-se o dileto consulente que agitação não é vida; som não é música; barulho não leva ao céu (1 Rs 18.27; 19.11,12); solenidade não é sono. Na real comunhão com Deus, mesmo no silêncio há vida. A "liturgia" implanta ordem no culto. Aliás, a expressão clássica para "liturgia" é "Ordem do Culto", abandonada por muitos hoje em dia.
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Existem "liturgias" ou "ordens" muito elaboradas. O exagero sempre é prejudicial. Cuidados requeridos: (1) Não subdividir nem rechear demais a ordem do culto ao ponto de sufocar a pregação da Palavra; (2) Incluir, com o devido preparo antecipado, alguma participação dos adoradores presentes. (3) O pregador ou oficiante deve estar aberto para o fluxo dos impulsos do Espírito. — Já me ocorreu, não poucas vezes, alterar a ordem durante o culto, mesmo quando a "ordem" estava impressa e fora distribuída aos presentes. Alterações: eliminando parte(s); substituindo hino(s); mudando a mensagem (o sermão e o respectivo texto).
Há passagens bíblicas que contêm elementos para uma ordem do culto. Dois exemplos: Salmo 96: Convite ou chamado para o louvor e para a proclamação do nome do Senhor: 1-3: Exaltação de Deus e Suas obras: 4-6; Chamamento para a adoração: 7,8 a; Ofertas: 8 b; Adoração (contemplação espiritual): 9. (Notem-se estes passos nos versículos 8 b e 9: trazer oferendas — entrar no templo — adorar.); Incentivo ao testemunho (evangelização): 10; Aplicações: alegria na presença do Senhor e certeza da Sua vinda, do Seu juízo, da Sua fidelidade: 12,13. Isaías 55: Deus chama: 1-3; Deus vocaciona e envia: 3,fim
Odayr Olivetti
e 4,5; Deus apela: 6,7; Deus se contrasta com os homens: 8,9; Deus garante a eficácia da Sua Palavra: 10,11; Deus garante bênção, alegria: 12,13 a; Deus se gloria em Seu povo: 13 b. Muitos pensam que foram os missionários americanos que trouxeram programas litúrgicos ao Brasil, mas o Dr. Carl Joseph Hahn, missionário, em sua obra sobre o culto no Brasil, fala e documenta que o Rev. Modesto Perestrello Barros de Carvalhosa, ministro presbiteriano, produziu o primeiro manual de culto nas Américas, hoje publicado pela Cultura Cristã (infelizmente omitindo sua origem). "...Carvalhosa antecipou-se em mais de uma década à Igreja
Presbiteriana dos Estados Unidos..." (Na Esteira dos Passos de Deus, p. 235 – livro do centenário da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo"). "Aviva a Tua obra, ó SENHOR", a começar por mim. Amém.
O rev. Odayr Olivetti é ministro jubilado da IPB, foi pastor de várias igrejas e professor de Teologia Sistemática no Seminário Presbiteriano de Campinas, São Paulo. É autor e tradutor de inúmeras obras cristãs. Envie-nos perguntas para o Consultório Bíblico: editorbp@rpc.ipb.org.br
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História do Movimento Reformado
João Calvino: O Surgimento de um Novo Líder Arquivo
Alderi Souza de Matos om a morte de Ulrico Zuínglio, em 1531, parecia que a reforma suíça havia recebido um golpe fatal. O movimento continuou, sob a hábil liderança de Henrique Bullinger, mas possivelmente teria ficado restrito a algumas partes da Confederação Suíça e da Alemanha, sem causar um impacto mais amplo na Europa e no mundo. Foi então que entrou em cena um novo personagem, cujo brilhantismo intelectual e habilidade diplomática haveriam de dar profundidade teológica e amplitude continental à fé reformada. Esse personagem foi o reformador francês João Calvino. Inicialmente, parecia pouco provável que Calvino viesse a se tornar um dos maiores vultos da Reforma Protestante.
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Nascido em 10 de julho de 1509 na cidadezinha de Noyon, na Picardia (nordeste da França), o menino Jean cresceu em um lar profundamente católico. Seu pai era advogado do clero local e secretário do bispo, posição que lhe permitiu obter para o filho um "benefício eclesiástico", ou seja, um cargo na estrutura da igreja. Aos catorze anos, Calvino ingressou na antiga e prestigiosa Universidade de Paris, visando a preparar-se para o sacerdócio. Estudou a teologia escolástica e as chamadas "humanidades", isto é, as línguas (especialmente o latim) e a literatura da antiguidade clássica. Por três anos (15281531), também se dedicou ao estudo do direito em duas cidades do interior, Orléans e Bourges. Nesta última, teve a oportunidade de aprender grego com o erudito luterano Melchior Wolmar. Toda esse
João Calvino na juventude
preparação esmerada haveria de ser muito valiosa para o seu futuro trabalho como reformador. Regressando a Paris, Calvino dedicou-se à sua grande paixão, os estudos humanísticos, publicando um comentário do tratado Sobre a Clemência, do antigo filósofo estóico Sêneca. Pouco depois, ocorreu o primeiro gran-
de ponto de transição em sua vida – sua conversão à fé evangélica –, sobre a qual existem poucas informações. No fim do mesmo ano (1533), ocorreu um incidente curioso. Nicolau Cop, um amigo de Calvino que acabara de ser eleito reitor da Universidade de Paris, fez um discurso polêmico em que expôs idéias protestantes e pediu reformas. As reações foram intensas e os dois amigos tiveram de fugir para salvar a vida. Calvino encontrou abrigo na casa de um amigo em Angoulême, onde começou a escrever a obra notável que o tornaria conhecido em toda a Europa. Enquanto isso, crescia assustadoramente a repressão estatal contra os protestantes franceses. Calvino retornou brevemente à sua cidade natal em maio de 1534, a fim de renunciar ao seu benefício eclesiástico, e em
janeiro do ano seguinte deixou a França, indo residir em Basiléia, na Suíça. Foi ali que ele teve a oportunidade de concluir as Institutas da Religião Cristã, publicando-as em março de 1536. Tinham como prefácio uma carta ao rei Francisco I, suplicando tolerância em favor dos evangélicos perseguidos. Com essa obra, Calvino foi reconhecido imediatamente como o principal líder e portavoz do protestantismo francês. Poucos meses depois ocorreria o segundo grande momento de transição na vida do jovem reformador, que teve conseqüências ainda mais dramáticas e profundas.
O rev. Alderi Souza de Matos é historiador oficial da IPB. asdm@mackenzie.com.br
Homenagem
Dia do Homem Presbiteriano: Caminhando para o futuro Haroldo Peyneau vida é uma peregrinação num processo de crescimento, não havendo atalhos para o amadurecimento, aonde só chegaremos percorrendo a estrada da vida, independentemente dos obstáculos encontrados. Cada passo é uma oportunidade dada por Deus para nos aproximar mais do alvo Espiritual de crescimento e maturidade. É certo que, ao caminhar pela estrada da vida, temos em Cristo os recursos para enfrentar qualquer problema. Estando sob sua
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proteção e amor, podemos superar o presente e prosseguir rumo ao futuro. Não precisamos ser derrotados por nossas falhas; nossa vitória já está garantida em Cristo. Quaisquer que sejam nossos problemas, se tornam insignificantes à luz da misericórdia dEle. Não importa o quanto nossas falhas sejam graves, a graça de Deus é maior. Por isso, ergamos a cabeça e encaremos a vida, não evitemos os problemas. Enfrentemos cada um diretamente, sabendo que Deus nos ajudará. Quanto maior o problema, maior é a Sua graça. Lembre-se: ninguém
consegue sucesso total o tempo todo, quando tudo vai bem, precisamos ajudar os que estão em dificuldade, para que, quando estivermos passando por problemas, eles tenham condição de nos ajudar. Assim deve ser o Trabalho Masculino. Um ministrando o outro para que todos sejam auxiliados e restaurados. CONFIANÇA EM JESUS Não somente aprendemos com nossos erros, como podemos ensinar aos outros como superá-los, e então seremos encorajados a ouvir suas experiências também. Nunca desista da sua UPH.
Não se vence a corrida na primeira volta, a vida é uma maratona, e não os cem metros rasos. A última volta parece sempre a mais difícil. Continue correndo até alcançar a linha de chegada, mantenha o ritmo, prepare-se para os desvios e buracos na pista e, quando estes aparecerem, não desista, lembre-se que somente aqueles que perseveram alcançam a vitória. Deus conhece nossas lutas, Ele as permite para que nos fortaleçamos a amadureçamos para a volta final. Sabe o quanto podemos suportar, nunca nos provará além de nossa capacidade.
ENTUSIASMO NA AÇÃO Homens presbiterianos, Deus está nos convocando, para colocarmos as nossas vidas na obra dEle, não pensando em nosso próprio bem estar, mas, pela fé, arriscando tudo para vermos o nosso Brasil evangelizado. Unamos nossas forças físicas e espirituais para tornarmos o trabalho de nossas UPHs a grande força de integração e expansão da Igreja local. Caminhemos para o futuro juntos e com Jesus – UNIÃO FRATERNAL. O pb. Haroldo Peyneau é secretario geral do Trabalho Masculino da IPB
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Liderança
Avaliando o Ministério Pastoral Valdeci da Silva Santos
julgar pelo resultado da eleição pastoral ocorrida em meados de junho de 1750 na cidade de Northampton, Massachussetts, EUA, diríamos que o ministério do avivalista Jonathan Edwards foi um grande fracasso. Afinal, num cômputo total de 230 votos contra 23, sua congregação decidiu desfazer os laços pastorais com o seu renomado pastor. Aquela eleição certamente resultou em grandes dificuldades para Edwards e sua família. Após meses sem um campo definido de trabalho ele aceitou o campo missionário em Stockbridge, Massachussetts, EUA, onde permaneceu até pouco tempo antes de sua
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morte. Ao avaliar o ministério do profeta Isaías pelo número de convertidos através de sua pregação poder-se-ia concluir que seu desempenho não foi bem-sucedido. O próprio profeta afirma ter sido chamado para servir como um instrumento de juízo divino, a fim de que os corações impenitentes fossem endurecidos (Is 6.9-10). Se aplicarmos o mesmo critério de avaliação ao ministério de Jesus, poderíamos até dizer que o mesmo não obteve um resultado ideal, pois durante três anos ele discipulou diretamente apenas doze pessoas, sendo que uma delas se revelou um traidor, outra o negou e os outros dez fugiram
quando o Mestre foi preso. O grande problema dos exemplos acima não está nos números apresentados, mas no critério de avaliação ministerial aplicado a eles. Se o pragmatismo for adotado como um instrumental da avaliação ministerial, os resultados podem ser compreendidos como insatisfatórios e até mesmo desastrosos. Quem, em sã consciência, por exemplo, escolheria o profeta Jonas como pastor em lugar de Isaías? É verdade que o ministério de Jonas resultou no quebrantamento de grande número de pessoas, mas o profeta era desobediente a Deus, não exercitou misericórdia com relação aos perdidos e alimentou amar-
gura em seu coração no caso da planta que pereceu. As Escrituras ensinam que o critério divino para avaliação ministerial é a fidelidade (1Co 4.2; Ef 6.21; 1Tm 4.12 e Hb 3.5). O despenseiro dos mistérios de Deus deve ser fiel àquele que o vocacionou, fiel à sua vocação, fiel à mensagem a que foi comissionado pregar e fiel à congregação que lhe foi confiada para pastorear. A fidelidade ministerial nem sempre é premiada com o aumento significativo no rol de membros, pois os últimos dias também podem ter como marca, em uma comunidade local, aqueles que não suportam a sã doutrina e recusam dar ouvidos à verdade
(2Tm 4.3-4). Reconhecemos que o crescimento é algo desejável e normal na Igreja de Cristo. Entretanto, a obsessão por números, uma condição sine qua non em estratégias de marketing tem integrado erroneamente o ministério de muitos. Nenhum resultado numérico deve ser almejado à parte da fidelidade ao Senhor.
O rev. Valdeci da Silva Santos é coordenador do Doutorado em Ministério no Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper valsaints@mackenzie.com.br
Resenha
Reflexões bíblicas acerca da missão integral Tarcízio de Carvalho
lgumas reedições recebem apenas a mudança de capa. Outras mudam a capa e fazem algumas correções. A obra O caminho missionário de Deus: uma teologia bíblica de missões, de Timóteo Carriker, relançada pela Editora Sepal em 2000, mudou a capa e recebeu não apenas algumas correções, como também teve seu conteúdo reformulado. Quem leu a publicação de 1992, Missão integral: uma teologia bíblica poderá pensar que se trata de outro livro. O caminho missionário de Deus não é apenas uma revisão de estilo ou da linguagem da obra de 1992, mas uma obra com um capítulo introdutório totalmente reformulado, além de uma proposta
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de divisão de capítulos bem diferenciada. Na primeira edição, a divisão era Antigo e Novo Testamento. No Antigo Testamento, após a introdução (cap. 1), a ênfase maior recai em Gênesis, sua base conceitual, com os capítulos 2, 3 e 4. Os capítulos seguintes tratam de Êxodo-Josué (cap. 5), profetas anteriores (cap. 6), os escritos (cap. 7) e os profetas posteriores (cap. 8). A transição para o Novo Testamento se dá através do capítulo 9, uma síntese apresentada. No Novo testamento, após a introdução (cap. 1), o autor desvenda o conceito de missão nos evangelhos (cap. 2), a missão de Paulo (cap. 3), fornece um tratamento prático com a primeira carta de Pedro (cap. 4), discute a missão frente
à escatologia (cap. 5) e sintetiza no cap. 6. Na edição de 2000, a divisão continua a ser entre Antigo e Novo Testamentos. Entretanto, cada uma delas está bem diferente. As duas introduções estão estilisticamente remodeladas. Os títulos dos capítulos, conquanto sejam diferentes da edição anterior, refletem o conteúdo bíblico já discutido. A diferença está que, na nova edição, o progresso ocorre livro a livro da Escritura, quase na mesma ordem como temos na Bíblia em língua portuguesa. Já o Novo Testamento apresenta a seqüência apenas dos Evangelhos, Atos, Gálatas, Primeira Coríntios, Romanos, Hebreus, Primeira Pedro e Apocalipse.
A edição atual apresenta diversas distinções importantes. Procurou apresentar uma formulação de capítulos mais didática, utilizou-se de menos linguagem técnico-missiológica e tratou as discussões políticoculturais como periféricas (questões como o feminismo, a teologia da libertação etc, em alguns casos foi abrandada e, em outros, totalmente retirada). Em toda a obra, como na primeira edição, o autor procura apresentar as bases da vocação missionária da igreja ao longo da história bíblica. Procura ainda convidar os leitores para uma reflexão acerca da missão de Deus e da missão da igreja, tendo as Escrituras como base referencial. Este é um livro desafiador e
certamente uma importante fonte de pesquisa para estudantes de quaisquer áreas. Especialmente para entender como mesmo fora da área técnica da teologia, o fazer missões acontece, ou seja, descobrir como a importante tarefa missionária se desdobra diante da multifacetada vida contemporânea. Nesse sentido, embora o título tenha mudado, a perspectiva continua sendo integral.
O rev. Tarcízio de Carvalho é coordenador da Educação à Distância e professor de Antigo Testamento do Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper
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Entrevista
Parlamentares cristãos se manifestam contra a manipulação da vida
Dep. Henrique Afonso, presbiteriano, fala sobre Lei da Biossegurança N
o dia 12 de fevereiro, um grupo de cientistas da Universidade Nacional de Seul anunciou a clonagem de 30 embriões humanos cultivados até a obtenção de células-tronco. As células-tronco, chamadas de curingas, podem se transformar em diferentes tipos de células e, assim, regenerar tecidos. Muitos cientistas as consideram uma grande esperança no tratamento de doenças degenerativas, como os males de Alzheimer e Parkinson, distrofia muscular, diabetes ou distúrbios cardiovasculares. No Brasil, a clonagem ou o desenvolvimento de embriões humanos para esse fim deverá ser proibida se for sancionado o Projeto de Lei da Biossegurança conforme aprovado pela Câmara dos Deputados Federais,
Jornal Brasil Presbiteriano: Por que a FPE é contra a utilização de embriões humanos em pesquisas e medidas terapêuticas contra doenças degenerativas? Deputado Henrique Afonso: O direito à vida é o primeiro, o mais importante, dentre os direitos fundamentais do Homem. O Projeto de Lei aprovado, que dispõe sobre a segurança da vida, não pode normatizar e legalizar a violação do direito à vida. Porque, no nosso entendimento como cristãos, a vida começa na fecundação, portanto embrião já é vida. O mandamento bíblico não matarás abrange a vida desde a fecundação até a morte natural. Sendo a vida um dom de Deus, só Ele é Senhor dela. Assim, a vida se reveste de um caráter sagrado. Isso deve preceder e reger as nos-
na madrugada de 5 de fevereiro. Esse projeto dispõe sobre plantio e comercialização de organismos geneticamente modificados (OGM), o uso de embriões humanos como material de pesquisa e a clonagem humana para fins reprodutivos. A Frente Parlamentar Evangélica (FPE), com apoio dos católicos e da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tem se pronunciado contra estas duas últimas questões e trabalhado intensamente para que a Lei de Biossegurança proíba essas práticas no País. O deputado federal Henrique Afonso (PT-AC), presbítero da Igreja Presbiteriana de Rio Branco, no Acre, tem se destacado nesse trabalho. Para ele, a principal questão é a posição cristã em relação à manipulação da vida.
sas ações e regulamentações. de recorrer aos embriões humaExperimentações com embriões nos. humanos são condenáveis do A resolução nº 196/1996 do ponto de vista moral e ético, Conselho Nacional de Saúde, que assim como a clonagem de seres normatiza pesquisas envolvendo humanos. Somos a favor da clo- seres humanos, ressalta, além da nagem teraupêutica, mas sem a dimensão física ou biológica, os necessidade de riscos das pesquisacrificar vidas sas para a dimenhumanas. A ciênsão psíquica, Não há cia ainda está moral, intelectual, experimentando justificativa para social, cultural e esta técnica, e salvar uma vida espiritual. Se a ainda não é segura vida humana, se a cometendo a sua utilização. constituição do ser Temos depoimenhumano, não se crime contra tos de muitos cienresume ao ser biooutra vida. tistas, do Brasil e lógico, não pode de outros países, ser tratada como que afirmam serem necessárias se fosse só um conjunto de células muitas pesquisas e experimentos e genes e, por isso, envolve, além com animais, cobaias e com célu- de questões científicas, também las-tronco, ainda incipientes, de as jurídicas, éticas, religiosas, adultos, não havendo necessidade morais e de cosmovisão.
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BP: Curar ou mininimizar uma doença degenerativa ou fatal também não é preservar a vida? Dep. Henrique Afonso: Não há justificativa científica ou ética para salvar uma vida, cometendo crime contra outra vida. Além disso, a quase totalidade de produção dos medicamentos provém de princípios ativos animais e plantas, e temos a maior diversidade e quantidade de espécies do planeta na nossa Amazônia, por exemplo, mas só conhecemos no máximo 10% destas espécies. Imaginem o quanto ainda há para a ciência explorar. No nosso documento sobre o assunto, iniciamos com o versículo 16 do Salmo 139:"Os teus olhos me viram a substância ainda informe....". Cito também o Vaticano, em Evangelium Vitae
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da área. A posição da bancada evangélica, de outros parlamentares, de diversos setores da sociedade, não é nova, tem precedentes, tem discussão de mérito acumulada no Legislativo e Executivo, e estamos prevendo a realização de um amplo debate sobre este tema.
Dep. Henrique Afonso: só Deus é Senhor da vida
83: "A vida tem que ser vista e compreendida em toda a sua profundidade, reconhecendo nela as dimensões de generosidade, beleza, apelo à liberdade e à responsabilidade. É o olhar de quem não pretende apoderar-se da realidade, mas a acolhe como um dom, descobrindo em todas as coisas o reflexo do Criador e em cada pessoa a sua imagem viva". BP: No dia 27 de janeiro a FPE, referendada pela CNBB, entregou um manifesto sobre este assunto ao Executivo. Além dessa, quais foram as outras atitudes tomadas pela FPE, até agora, sobre o Projeto de Biossegurança? Dep. Henrique Afonso: A FPE teve um papel fundamental e decisivo no que diz respeito à aprovação do Projeto de Lei nº 2.401/2004, que dispõe sobre a Política Nacional da Biossegurança e dá outras providências, principalmente no que diz respeito ao Artigo 5º, que trata da veda-
ção de produção, armazenamento e manipulação de embriões humanos. Considera-mos que o Princípio da Precaução deveria nortear todo o Projeto, no que diz respeito também aos riscos que se corre no meio ambiente e à saúde humana com uso e manipulação de OGMs. Realizamos uma reunião com coordenadores da FPE e lideranças católicas, encaminhamos o Manifesto para o presidente da Câmara dos Deputados, dep. João Paulo (PT-SP), para o novo relator do Projeto, deputado Renildo Calheiros (PC do B-PE). Realizamos um debate com médicos, pesquisadores, bancada evangélica, católicos, membros da Comissão Especial da Biossegurança, da qual é presidente do dep. Silas Brasileiro (PMDBMG), presbítero da IP Central de Patrocínio, Minas Gerais, quando distribuímos um documento de avaliação e posicionamento nosso sobre questão, de acordo com fé cristã e com alguns pesquisadores
ideal ao referido Artigo, tal como foi aprovado pela Câmara. BP: O que a FPE defende a respeito dos Organismos Geneticamente Modificados – OGMs?
Dep. Henrique Afonso: Sobre isso a FPE não tem uma posição oficial, mas posso afirmar que não BP: Qual tem sido a sua partici- somos contra os OGMs, ao conpação nessa questão, na defesa trário, somos favoráveis à pesquida posição da frente? sa e as oportunidades que podemos ter com seus resultados. Dep. Henrique Afonso: Assim Segundo a Embrapa, praticaque fiz o estudo completo do mente inexistem pesquisas consubstitutivo do deputado Aldo clusivas sobre os riscos para a Rebelo, comparando-o com o saúde dos consumidores que texto do projeto original, encami- venham a ingerir alimentos genenhado pelo Governo, percebi a ticamente modificados, bem gravidade da aprovação do substi- como pesquisas conclusivas sobre tutivo, eliminando do projeto ori- os riscos decorrentes da liberação ginal o inciso que vedava produ- de OGMs no meio ambiente. É ção, armazenamento e manipula- muito importante que as novas ção de embriões humanos, além descobertas e possibilidades posde não proibir clasam ser aproveitaramente a clonadas para o benefígem. Contatei noscio da humanidaA sociedade sos coordenadores, de. Entretanto, há é quem deve pastor Reinaldo questões fundaSantos e Silva estabelecer os mentais que deve(PTB-RS) e pastor mos colocar: Que limites para a Adelor Vieira esperanças pode(PMDB-SC), que mos ter? Quais Ciência. imediatamente proveitos podeconvocaram nossos mos esperar? Que irmãos parlamentares e começa- receios devemos ter? Pode-mos mos uma mobilização que incor- nos precaver dos riscos? A socieporou também os católicos. dade é quem deve estabelecer os Defendi nosso posicionamento na limites para a ciência. E nós, bancada do PT, entrei com seis legisladores, temos a missão prinemendas ao substitutivo e fui cipal de defender os interesses da delegado pelo nosso coordenador sociedade. Logo, este debate e as da FPE para informar os demais decisões que possam recair sob a sobre o conteúdo do Artigo em nossa responsabilidade não questão, além de representar a podem se restringir ao que alguns Frente junto ao novo Relator do segmentos das ciências naturais, Projeto, deputado Renildo os pesquisadores, um grupo de Calheiros, juntamente com o pas- cientistas ou o lobby de multinator Amarildo Martins da Silva cionais de transgênicos e biotec(PSC-TO), para dar a redação nologia possam nos impor.
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Homenagem
Dia da Mulher Presbiteriana Leontina Dutra da Rocha esde l941, o segundo domingo de fevereiro é conhecido como o Dia da Mulher Presbiteriana. Foi uma maneira encontrada pelas delegadas do Primeiro Congresso Nacional das Sociedades Auxiliadoras Femininas/SAFs, reunido no Rio de Janeiro, para homenagear uma de suas grandes líderes, a professora Cecília Rodrigues Siqueira. Desde então, a data passou a ser festivamente observada, com manifestações de carinho e apreço, geralmente, para com as líderes do Trabalho Feminino em todos os níveis. Algo, no entanto, tem despertado em nós, liderança nacional, o desejo de que essa data seja comemorada com o intuito de homenagear a mulher membro da IPB, estimulando todas as irmãs a se tornarem sócias da SAF. Quando Deus fez a mulher (Gn 2.18), "... uma auxiliadora idônea", certamente estabeleceu para ela o padrão bíblico que podemos vivenciar: mulher operosa, servindo a Deus com seus bens e talentos, ao mesmo tempo em que se deixa gastar no serviço ao próximo. Neste ano, em que a SAF comemora 120 anos de abençoado trabalho, queremos recordar coisas que nos podem dar esperança e alegria. Trazer à memória todo o bem que Deus tem feito às suas servas – mulheres presbiterianas - espalhadas por este imenso torrão pátrio, servindo-o através dos mais variados meios, sempre de acordo
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com a necessidade e realidade local. É, pois, sem dificuldade alguma que vemos na mulher
presbiteriana a mulher virtuosa descrita pelo sábio. Razão pela qual há algum tempo escrevemos estes versos:
Mulher Cristã Pv 31.10-31 Mulher virtuosa, quem a achará ? Ei-la aqui, ali e acolá ... Elegante executiva ou doméstica modesta, A mulher cristã é arquiteta do lar. Edifica com sabedoria a sua casa, Inestimável é o seu valor. Dos serviçais, do marido e dos filhos É alvo do respeito e do amor. Com prudência olha pelo governo do seu lar, Nada lhe escapa aos cuidados e sentidos, É sempre bem disposta, não se abriga ao ócio, Não se dá à inércia nem cultiva a preguiça! Mulher virtuosa é a mulher cristã Que sabe desde cedo a arte de viver – Cristo! É habilidosa, prudente e corajosa, Tem tudo preparado, não há o que temer. Com tal sabedoria abre a boca, Que dela se derrama o amor de Deus, Ensinando a beneficência praticada, Vivida principalmente, entre os seus. A mulher virtuosa está sempre bem trajada, purpúrea é a sua roupa, Apresenta-se à hora certa a rigor, meigo sorriso! Pelo trato e deferência da esposa, Entre os nobres da corte se conhece o seu marido. A mulher virtuosa não busca, no entanto, Lauréis, glória e honra aqui na terra, Porque sabe, com lídima certeza: Das suas mãos, o fruto, é a coroa eterna. Mulher virtuosa, quem a encontrar, Bom prêmio do Senhor alcançou, Porque a graça, a vaidade e a formosura passam, "Permanece porém, o temor do Senhor". Assim, com muito carinho, a homenagem da SAF a todas as irmãs presbiterianas, e um convite para que venham nos auxiliar, porque "de mãos dadas, somos muito mais fortes". Leontina Dutra da Rocha é presidente da Confederação Nacional de SAFs.
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Educação
Pastor lança livro sobre Pai da Pedagogia Moderna Divulgação: Wilson Camargo
pesar de ser considerado o Pai da Pedagogia Moderna, por ter sistematizado a ciência da educação, tornando-se um dos pioneiros a defender a democratização e a universalização do ensino, o tcheco João Amós Comenius e sua obra são pouco conhecidos no Brasil. No que depender, no entanto, do rev. Edson Pereira Lopes, essa realidade vai mudar. Ele está lançando, pela Editora Mackenzie, o livro O Conceito de Teologia e Pedagogia da Didática Magna de Comenius, em que analisa a principal obra publicada de Comenius, a Didática Magna. Além disso, em seu doutorado o pastor está traduzindo, do tcheco para o português, uma
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sendo imagem e obra do mesmo semelhança de autor: Labirinto do Deus, para que Mundo, Paraíso cumpra sua função do Coração. de coroa da criaO rev. Edson, que ção, deve ser verpastoreia a IP de dadeiramente forParada XV de mado. Comenius Novembro, em desenvolveu a peSão Paulo, explica dagogia, mas o que Comenius, pré-suposto é teoinfluenciado pelas lógico", afirma o idéias protestantes pastor. da Reforma ReliSegundo o escrigiosa do século tor, Comenius baXVI, acreditava seou suas idéias a que a educação e a respeito de Teoloreligião, no caso, o gia no Protestanprotestantismo, tismo. Não era caldevem caminhar Rev. Edson Pereira Lopes: análise da vinista nem luterade mãos dadas e obra do Pai da Pedagogia Moderna no, apesar de ter que o homem deve ser educado integralmente. base na sua visão teológica sido influenciado por Cal"O fato dele ter sido o Pai da do ser humano, no que afir- vino e Lutero e, historicaPedagogia Moderna tem ma que o homem, uma vez mente, seguiu o pré-reforma-
dor John Huss. Nasceu em 1592, onde é hoje a República Tcheca. "Por ter esse elemento protestante e, até pouco tempo, no Brasil, só se falar em educação via catolicismo romano, Comenius foi praticamente descartado. No país, foi recuperado, de 1992 pra cá", afirma o escritor. O rev. é bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição e mestre em Educação e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde leciona nas faculdades de Teologia e Filosofia, Letras e Educação, e trabalha na Coordenadoria de Extensão de Ação Comunitária, criada em dezembro de 2003.
Missões
Ronaldo Lidório escreve livro sobre missões C
om sete livros já escritos, o rev. Ronaldo Lidório está lançando, pela Editora Betânia, Missões – o desafio continua. Nele, o pastor e missionário presbiteriano tenta humanizar o desafio missionário, traduzindo o cenário estatístico e gráfico para uma figura de linguagem mais próxima de cada cristão. "É necessário encarar a perspectiva cristã do valor de uma alma e passar a crer que não nascemos apenas para ver a história passar. Cada um de nós pode e deve ser usado por Deus no projeto
mais fascinante do universo: a transmissão da mensagem de que Jesus está vivo e reina", afirma. Lidório acredita que na Igreja, em geral, há falta de motivação para missões, certo de que a obra missionária jamais será fruto de convencimento apologético ou citações estatísticas, mas sim de avivamento espiritual e experiência com Jesus. "Uma Igreja santa e apaixonada pelo Senhor certamente irá pôr as mãos no arado, sem olhar para trás", acrescenta. O missionário tem também
um livro lançado pela Casa Editora Presbiteriana, Konkombas, que narra a história da Igreja no nordeste de Gana, África, que será lançado em inglês pela editora Wec Press. Neste ano, ele planeja concluir um comentário do livro de Atos, colocar no papel um pequeno manual de Antropologia Cultural com aplicação missionária e terminar um projeto sobre integridade no ministério, que está desenvolvendo com seu irmão Gedson Lidório. Alegrias e dissabores A vida muitas vezes traz dis-
sabores e a vida de um missionário em campo não é isenta disso. Ronaldo Lidório e sua esposa, Rossana, têm passado por muitas dificuldades ao longo do ministério, mas sempre buscam renovar o ânimo em Deus. "Sem dúvida, jamais passamos por uma provação sem experimentar a forte presença do Senhor; sempre houve um escape, um novo ânimo e uma palavra de encorajamento", compartilha Lidório. As alegrias também têm sido muitas e Lidório e Rossana amam a vida missio-
nária. Ele sempre lembra das histórias missionárias lidas por sua mãe, Euza, diariamente, na cabeceira da cama, quando ele ainda tinha 8 anos de idade. Ao fim, ela sempre orava e dizia: "Não há nada melhor do que ser um missionário". Seu pai, Gedeon Lidório, pastor presbiteriano que plantou várias igrejas ao longo de 36 anos de ministério, tinha muita alegria ao distribuir um folheto, pregar em um culto na praça ou iniciar um ponto de pregação na casa de um recém convertido.
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Presbiterianismo cresce e faz diferença no sertão baiano
Ação Social
O que é que a Bahia tem? Divulgação
Letícia Ferreira Bahia tem IPB. A Bahia tem presbiterianos que não se acomodam e não se conformam em ver o povo sofrendo, longe de Deus. Pessoas que lutam, perseveram em meio a muitas dificuldades e não deixam arrefecer a fé e a vontade de crescer e ajudar a crescer. Pessoas que não perdem tempo olhando somente para si mesmas e seus problemas, que não são poucos, ou para barreiras e dificuldades, mas focalizam seus esforços e objetivos em fazer a palavra de Deus conhecida e em ajudar o próximo. Pessoas como os reverendos Gilmar Oliveira de Cerqueira, pastor da IP de Piritiba e presidente do Sínodo Oeste Baiano, Clóvis Azevedo de Oliveira, pastor da IP de João Dourado, e Daniel Ramos da Silva Júnior, pastor da IP de Lapão. A região, que envolve as cidades de Irecê, Piritiba, João Dourado, Lapão e outros povoados, é uma das mais pobres do País e uma das que mais têem visto a IPB crescer e trabalhar pela propagação do evangelho e o desenvolvimento social da população. A partir deste mês, o Brasil Presbiteriano irá publicar algumas reportagens contando o que os irmãos presbiterianos que habitam essa região do oeste baiano estão fazendo pelo reino de Deus.
acontecerá o quarto fórum, com o objetivo de deliberar ações concretas, baseadas nos resultados dos fóruns anteriores, e capacitar tecnicamente os líderes da região. Servir a Deus e ao próximo A Missão Servir (Serviço Evangélico pela Restauração de Vidas Integralmente Recuperáveis), Servindo ao Deus da Igreja e à Igreja de Deus para Restauração de Vidas, foi fundada em 12 de junho de 1999
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Ação Social Há três anos, o Oeste da Bahia vem sendo objeto de estudo de um fórum promovido pela Missão Servir, situada em João Dourado e presidida pelo rev. Gilmar, com o apoio do Conselho de Ação Social (CAS) da
Projetos da Missão Serv ir
municípios na área do Sínodo Oeste Baiano, ainda não alcançados pelo trabalho presbiteriano", diz o rev. Gilmar. Ele conta que o sínodo foi organizado há 20 anos e um dos principais objetivos era alcançar o sertão baiano, objetivo ainda não alcançado. Em 1997, na Reunião Executiva do Sínodo, foi deliberado que seria realizado um mapeamento da região compreendida pelo sínodo, e cada presbitério foi desafiado a Divulgação
desenvolvimento integral do ser humano. Os temas abordados foram: desafios da Igreja por uma ação integral, o papel da ação social na evangelização, os caminhos da captação de recursos no Terceiro Setor, planejamento estratégico para entidades sociais, a Igreja como comunidade terapêutica, Aids – o clamor do século, desafios de um novo tempo para o enfrentamento da pobreza e responsabilidade social da Igreja. Foram preletores do evento, além do rev. Marcos Serjo, o dr. Antônio José Nascimento, professor do Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper; dr. Custódio Pereira, presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie; dr. Hans Carloni, coordenador regional da
Projeto Ide Em época de férias escolares , são realizadas ações missio nárias denominadas Impacto s Avanços Missionários na s comunidades da região. Irmão s de outras igrejas, mesmo de outros estados, contribuem ne sses avanços, como médicos, dentistas, cabeleireiros e ou tros profissionais, com seu trabalho e ainda fazendo distrib uição de folhetos, teatro eva ngelístico, cantando e pregand o nas ruas. Em julho de 2003 , aproximadamente 20 comun idades receberam Impactos. O projeto conta com o apoio da Missão Asas do Socorro, qu e pretende estabelecer na reg ião sua primeira base em sol o nordestino no Brasil. Projeto Clínicas Móveis Levar assistência médica on de ela não existe ou é muito precária é o objetivo desse projeto, do qual também partic ipam profissionais voluntários . Nele, a Missão Servir també m conta com o apoio da Asas do Socorro, além da Secretar ia Municipal de Saúde de João Dourado. Projeto Uma Bíblia em Cada Lar no Sertão Em parceria com a Socieda de Bíblica do Brasil e igreja s, inicialmente foram alcançad os mil lares no município de João Dourado.
Clínicas móveis: levando assistência médica à população
IPB, entre outras instituições. De 13 a 16 de novembro de 2003, na Universidade Estadual de Feira de Santana (BA), aconteceu o Terceiro Fórum Nordestino de Ação Social, com o apoio do CAS, da Secretaria Sinodal de Evangeli-zação da IPB, do Mackenzie Solidário, do Instituto Presbiteriano Mackenzie, e da missão Asas do Socorro. Segundo o presidente do CAS, rev. Marcos Antônio Serjo, o objetivo do Terceiro Fórum e dos dois anteriores, que aconteceram em 2002 e 2001, foi capacitar líderes engajados no evangelismo e desenvolvimento do Oeste baiano, fomentar iniciativas e despertar a igreja para a realidade da região e a missão integral dos cristãos, ou seja, evangelizar e ajudar no
Projeto O Sertão Floresc erá Esse projeto pretende planta r IPBs em 92 municípios e auxiliar no desenvolvimento integral da população, com pa rcerias com igrejas e organiza ções e com a Junta de Missõe s Nacionais da IPB.
Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente e especialista em Planejamento Estratégico para Entidades Sociais; missionária Eleny Vassão, capelã dos hospitais Emílio Ribas e das Clínicas em São Paulo; Pastor Carlos Queiroz, assessor de Relações Eclesiásticas da Visão Mundial; pastor Rossindes José Correia, secretário executivo da missão Asas de Socorro; rev. Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da IPB, Sandra Sueli de Oliveira, coordenadora nacional do Alfabetização e Evangelização Internacional e olga Souza Dias, coordenadora regional do Aliança Pró Evangelização das Crianças Apec. Em outubro de 2004, em Seabra,
Rev. Marcos Antônio Sérgio fala no Terceiro Fórum Nordestino de Ação Social
pelo rev. Gilmar Oliveira de Cerqueira e outros líderes da do Sínodo Oeste da Bahia (SOB), com o objetivo de potencializar e apoiar a Igreja por meio de projetos missionários e sociais, visando ao investimento integral no bem-estar do sertanejo baiano, povo muito sofrido e carente. "Primeiramente, a missão Servir nasceu da necessidade de alcançar para o evangelho os 92
desenvolver projetos missionários e de ação social pelo alcance da região. Assim nasceu a Missão SERVIR, que hoje tem o reconhecimento municipal de utilidade pública, apoiando os seis presbitérios e as 46 igrejas do sínodo para plantação de novas IPBs e desenvolvendo projetos com apoio de várias organizações.
Projeto AMI Servir O projeto Apoio ao Ministério Infantil - AMI, com o apoio da APEC, potencializa os ministé rios infantis das igrejas com material e capacitação de ob reiros. Projeto Alfabetização de Jovens e Adultos Esse é um projeto para o fut uro, no qual a Servir contar á com o apoio do Macke nzie Solidário, do Institu to Presbiteriano Mackenzie e da Alfabetização e Evangelização Internacional, uma organização cuja sede, no Brasil, está na Primeira IP de Belo Horizonte (MG). Outro objetivo da Missão Se rvir é incentivar empreendimentos que combatam o êxodo rural, que é grande na região por conta das dificulda des com o clima. Missão Servir, Rua Durval Costa, 257, CEP 44920-000 , João Dourado – BA, Caixa Postal 05. Telefones: 0(XX)7 4 668 1151, com Olindina, e 0(XX)74 628 2833, com rev . Gilmar.. E-mail: missaoservir@ ieg.com.br.
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Aniversário
Primeira IP de Santos completa 70 anos Dilvulgação
urante todo o mês de fevereiro, os membros da Primeira IP de Santos, em São Paulo, comemoraram o aniversário de 70 anos da Igreja com a programação 70 anos: Contando as Bênçãos em todo Tempo. A programação festiva teve início no dia primeiro de fevereiro, com uma pregação do rev. Roberto Brasileiro Silva, presidente do Supremo Concílio da IPB. Segundo o pb. Sandro Ricardo, a Primeira IP de Santos, organizada em 24 de fevereiro de 1938, conta hoje com 320 membros comungantes e 33 não comungantes. Tem duas escolas dominicais, uma na sede e outra na congregação, com 167
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alunos matriculados e 27 professores. O pastor titular é o rev. David Cestavo, desde 1998. O pb. Sandro conta que o departamento missionário da Igreja desenvolve um projeto de missões urbanas numa região de Santos, onde montou uma congregação há pouco mais de dois anos. "Nossa igreja é mãe de outras igrejas de nossa região, nascidas deste tipo de trabalho, e contribuímos também com a Junta de Missões", afirma. Templo e membros da IP de Santos
HISTÓRIA Segundo levantamento histórico realizado pelos irmãos da Primeira IP de Santos, o primeiro trabalho presbiteriano na cidade foi iniciado em
1924, por Augusto Pereira França e sua esposa Laura, que começaram a promover cultos regulares na Avenida Afonso Pena, 548 e, dali,
para a Rua Comendador Alfaia Rodrigues, 17. Naquela época, ainda se dizia e escrevia egreja e presbyterianos. Quando foi organiza-
da Igreja, a Primeira IP de Santos era pastoreada pelo rev. João Paulo de Camargo. De junho de 1946 a julho de 1951, a Primeira IP de Santos foi pastoreada pelo conhecido rev. Boanerges Ribeiro, que veio a se tornar muito importante na história da IPB. Outro marco na história da Primeira IP de Santos foi a inauguração do templo, em 25 de setembro de 1960, onde a igreja se reúne até hoje, na Rua Marquês de São Vicente, 100. Conta-se que, no dia da inauguração, as pessoas, nas ruas vizinhas, paravam e se perguntavam quem eram aquelas pessoas que chegava ao novo templo, cantando, sorrindo e pulando de alegria.
Janelas para o Mundo Governo francês recomenda proibição de símbolos religiosos em escolas
Católicos são maltratados na Venezuela A Voz dos Mártires
Uma comissão especial criada pelo governo da França está recomendando, desde dezembro de 2003, que seja proibida a utilização de símbolos religiosos evidentes nas escolas, como os véus que cobrem a cabeça das muçulmanas, o solidéu utilizado por judeus e crucifixos de cristãos. A comissão examinou durante três meses como o Estado laico deve tratar minorias religiosas. "Eu prefiro que me atirem na cadeia se me obrigarem a andar num local público sem meu véu", afirmou, num fórum da Internet francesa, uma jovem islâmica do País.
Véu muçulmano: proibido nas escolas francesas
A agência de notícias Cubanet, de Miami, informou que no dia 6 de janeiro uma praça de Caracas, na Venezuela, onde os católicos tradicionalmente se reúnem para rezar e na qual existiam duas imagens de Maria, na hora das orações, foi invadida por um grupo de milicianos chavistas (favoráveis ao governo do presidente Hugo Chaves), armados e usando barretes vermelhos. Os fiéis foram surrados e expulsos da praça, seguindo-se uma dessecração das imagens de Maria. Dias depois, o Ministro da Justiça foi à mesma praça, para examinar o ocorrido, e reportou que tudo estava bem e em boa ordem, tendo sido muito boa coisa que a praça não mais era lugar de encontro de "católicos reacionários".
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Curso é um dos cinco reconhecidos pelo MEC no país
Primeira turma de Teologia do Mackenzie Wilson Camargo
Gustavo Brigatto o dia 4 de fevereiro, Clério Marcos Batista Vieira, Leia Batista Gomes e Wilson Reginaldo Cardoso foram os primeiros formandos da Escola Superior de Teologia da Universidade Mackenzie, uma ocasião muito importante para a Instituição, pois era um sonho de seus fundadores, e para a IPB, que tem assim mais um instrumento de divulgação da fé reformada. "Na Escola Superior nós utilizamos os termos da Enciclopédia Clássica de Teologia a fim de preparar o aluno para compreender profundamente o pensamento reformado a partir do pensamento de João Calvino, John Knox e de outros reformadores posteriores, de forma que ela possa representar um centro de reflexão acadêmica sobre o pensamento reformado e as conseqüências desse pensamento nas áreas da economia, filosofia, política, educação e na
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Esquerda para direita: Clério Marcos Batista, Leia Batista Gomes e Wilson Reginaldo Cardoso
própria Teologia Prática", diz o dr. Antônio Máspoli de Araújo, diretor da Escola. Segundo ele, o curso foi reconhecido recentemente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação com conceito A na avaliação, integrando um grupo no qual figuram apenas cinco universidades brasileiras. Além disso, é o único da América Latina a oferecer
uma formação teológica calvinista. Com duração de oito semestres, o curso proporciona o estudo da Teologia e da Religião fazendo uma reflexão sobre seus paradigmas a partir da perspectiva bíblica e rela-
cionando-os com a sociedade contemporânea e suas necessidades. Entre as disciplinas lecionadas estão História, Sociologia, Pensamento Cristão e Literatura Bíblica. Primeira Turma "A classe se forma com uma
capacidade acadêmica invejável, com plenas condições para partir para cursos de pós-graduação, mestrado, doutorado ou então para cursos oferecidos pelas suas próprias denominações com fins de ordenação e também para o ensino religioso nas escolas públicas", afirma Ricardo Quadros Gouvêa, professor de História do Pensamento Cristão e Hermanêutica, homenageado na cerimônia de colação. O diretor da escola, dr. Antônio Máspoli de Araújo, faz questão de ressaltar que o curso não forma pastores. "No nosso curso não há um departamento de Teologia Pastoral, para não concorrer com os seminários. Quem desejar ser pastor presbiteriano, deverá fazer o seminário de teologia prática no seminário da igreja".
Doutorado em Ministério do CPAJ oferece novos módulos No novo mundo globalizado, pastores estão sendo pressionados a atuarem como diretores empresariais, terapeutas e comunicadores. Em uma pesquisa realizada junto aos principais líderes evangélicos dos Estados Unidos, concluiu-se que as maiores inquietações daquele grupo giram em torno dos seguintes temas: confusão quanto à natureza do evangelicalismo, crescimento numérico sem um impacto social significativo, isolamento cultural e reorientação ministerial em prol das estratégias de marketing. Considerando esse contexto, o Programa de Doutorado em Ministério do Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper (CPAJ) em convênio com o Reformed Theological
Seminary (RTS) oferece, neste semestre, dois módulos para a capacitação ministerial: Teologia Contemporânea de Missões, de 8 a 12 de março próximo, ministrado pelos doutores Antônio José do Nascimento Filho e Valdeci da Silva Santos, professores do CPAJ, com experiência missionária e acadêmica amplamente reconhecida; e O Ministério Pastoral num Mundo Globalizado, de 15 a 19 de março próximo, ministrado pelo dr. Samuel H. Larsen, professor de missões e atual deão acadêmico no RTS, em Jackson, Mississippi, Estados Unidos. Informações: http://www.mackenzie.com.br/teologia/ ou telefone (11) 3236-8644.
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Notícias Confederação Nacional de Homens Presbiterianos realiza III Bienal Nordeste De 8 a 11 de abril próximo, a Confederação Nacional de Homens Presbiterianos (CNHP), com o apoio das UPHs das IP do Pirangi, do Alecrim e Memorial, em Natal, Rio Grande do Norte, realizam a III Bienal Nordeste. O tema do encontro será Sacerdócio Real, tema que vem sendo trabalhado pela CNPH e UPHs da IPB, e sobre ele discorrerão os reverendos Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da IPB, Cleominis Anacleto e Hernandes Dias Lopes. O evento ocorrerá em São José do Mipibu (RN). As vagas são limitadas para 500 pessoas. Informações: pb. Marcos de Jesus, e-mail: pbmarcosdejesus@yahoo.com.br, e rev. Enoque José de Araújo, telefone 0(XX)84 217-5220 e email: ippirangi@yahoo.com.br. E-mail do evento: bienalnor-deste@yahoo.com.br. Seminário sobre Capelania Hospitalar A Associação de Capelania Evangélica Hospitalar (ACEH) promove, no dia 20 de março, o Seminário sobre Capelania Hospitalar, no Instituto Presbiteriano Mackenzie, em São Paulo. A coordenação é da capelã presbiteriana Eleny Vassão de Paula Aitken, com 20 anos de experiência na área. O seminário irá esclarecer como funciona a Capelania Evangélica Hospitalar e preparar os participantes para o Curso de
Visitação Hospitalar, também promovido pela ACEH. Inscrições e informações: Capelania Evangélica do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE), fone: 115088-8551 e/ou e-mail: capelaniaevangelica@yahoo.com.br. IBN convoca ex-alunos para festa O rev. José Ernando Pereira de Vasconcelos, diretor do Instituto Bíblico do Norte, convoca, em nome do IBN, todos os ex-alunos para a elaboração da festa de 60 anos do Instituto. A festa deve acontecer no dia 1º de maio. IBN: Cx. Postal 66, Garanhuns- PE CEP 55293-970. Telefone: 0(XX) 87 3762-1678, fax: 0(XX)87 3762- 1931. E-mail: ibn@bluenet.com.br E site: www.ibnnet.hpg.ig.com.br. IP de Pariquera Açu completa 27 anos A IP de Pariquera Açu , em São Paulo, comemorou seus 27 anos de organização com a inauguração do novo templo e com uma série de conferências evangelísticas em outubro de 2003. O tema da comemoração foi Alegrai-vos no Senhor. O pastor titular da Igreja é o rev. João Natanael Ribeiro e os preletores convidados foram os reverendos Onésio Fernandes Franco, Benedito Pontes, Abimael Pereira da Silva e François Nunes.
Coral Deraldo Neves completa 47 anos O ano de 1956 foi muito importante na história da IP de Higienópolis, no Rio de Janeiro, conta Wilson Alves Sassui, agente do BP na Igreja. Naquele ano, ainda como Congregação, ela via nascer o coral Deraldo Neves, por meio do trabalho do seu primeiro maestro presbiteriano, Daniel Antônio Teixeira. Atualmente, o coral é regido por Amilton Lopes Monteiro. "O coral tem sempre presença certa nos programas da nossa igreja, trazendo louvores ao nosso Deus e contribuindo para a edificação de todos os irmãos. Por isso, toda a Igreja agradece e louva a Deus pelos 47 anos do Coral Deraldo Neves, cujo moto é: ‘Louvarei ao Senhor durante a minha vida e cantarei louvores ao meu Deus enquanto eu viver (Sl 146.2)’", afirma o irmão Wilson.
IP de Pariquerá Açu, interior de São Paulo: 27 anos
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Turma de formandos de 1953 do Seminário Presbiteriano do Sul se encontra para relembrar bons momentos e louvar a Deus
50 anos de formatura reúne pastores em Campinas Divulgação
crescimento e a edificação do Seu rebanho presbiteriano. Outra reunião semelhante a essa já tinha acontecido. Foi há dez anos, na ocasião em que a turma comemorava 40
anos de formatura. O encontro se deu no Salão Nobre do Seminário Presbiteriano, com a participação de vários professores e membros da turma.
Formandos da turma de 1953 do Seminário Presbiteriano do Sul
Em pé, da esquerda para direita: rev. Odayr Olivetti e esposa, Azena, rev. Ademar de Oliveira Godoy e esposa, Marta, rev. Ragi Khouri e rev. Astrogildo de Oliveira Godoy e esposa, Alaíde. Sentados, da esquerda para direita: rev. Reinaldo Corrêa da Silva e rev. José Costa e esposa, Nina
Lucilene Nascimento
assados 50 anos da ocasião em que a turma de formandos de 1953 do Seminário Presbiteriano do Sul firmou seu compromisso com Cristo para o Ministério, seis desses pastores se reuniram, no dia oito de novembro de 2003, para relembrar os bons momentos vividos e agradecer a Deus pelo cuidado em todos esses anos de ministério. O encontro aconteceu na casa do rev. Ragi Khouri e estiveram presentes os reverendos Ademar de Oliveira Godoy, Astrogildo de Oliveira Godoy, José Costa, Odayr Olivetti e Reinaldo Corrêa da Silva, sendo que os quatro primeiros estavam acompanhados das esposas.
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Marcaram presença, também, Alzira Helena Valim Ferreira, viúva do rev. Julio Andrade Ferreira, professor da turma do ano de 53 do Seminário Presbiteriano do Sul; Amélia Luz, esposa do rev. Waldyr Luz, professor e paraninfo da turma, que não pôde comparecer à reunião, e também Noha, anfitriã e sobrinha do rev. Ragi. Nove dos alunos dessa turma já faleceram. "O encontro foi marcado por conversas, lembranças, declamação de poesias e gratidão ao Senhor", relembra o rev. Odayr Olivetti, pastor e ex-capelão do Mackenzie. "Inicialmente, gastamos cerca de trinta minutos de devoção, com algumas leituras bíblicas, breve exposição da palavra de Deus, orações e hinos", complementa.
A reunião foi marcada pela emoção. "Cinqüenta anos é um longo período e era preciso resgatar o tempo, o companheirismo e matar as saudades do convívio e a fraternidade que a própria natureza do ministério torna tão escassa", comenta o rev. Reinaldo Corrêa da Silva, pastor e exeditor do BP, sobre a importância daquele encontro. Ele conta que os ex-alunos cantaram o hino da formatura - Nem sempre será para onde eu quiser – sentindo o desafio do seu texto e o peso da sua realidade ao longo da experiência de cada um. Depois da liturgia, falaram uns aos outros da beleza daquele momento e da maneira prodigiosa como o Senhor da Seara usou seus discípulos para a glória do Seu nome, objetivando o
Abílio Domingues Boaventura – mineiro, nascido em 10/11/1920. Já falecido. Ademar de Oliveira Godoy – mineiro da cidade de Brasópolis, nascido em 05/12/1926. Argemiro Oliveira Souza – paulista da cidade de Araçoiaba da Serra. Já falecido. Arlindo Emétrio Pereira – mineiro da cidade de Manhumirim, nascido em 30/01/1920. Já falecido Astrogildo de Oliveira Godoy – mineiro da cidade de Conceição dos Ouros, nascido em 07/09/1924. Carl Joseph Hahn Jr. – americano, da cidade de Kansas, atualmente reside nos Estados Unidos. Celso Gomes Barbosa – paulista da cidade de Bernardino de Campos, nascido em 21/08/1926. Já falecido. Francisco Jacinto Pereira Jr. – paulista da cidade de Guararema, nascido em 15/09/1920. Já falecido José Costa – mineiro da cidade de Patrocínio Luiz Carlos Santos – capixaba da cidade de Jabaeté, nascido em 08/10/1929. Ele é o único de quem não se têm notícias Manoel Barbosa de Souza – carioca da cidade de Bom Jesus do Itabapoana. Já falecido. Moacyr Jordão de Oliveira – paulista da cidade de Ribeirão Preto, nascido em 04/08/1925. Já falecido. Odayr Olivetti – paulista da cidade de Rio Claro, nascido em 29/05/1928. Ragi Khouri Makdisi – libanês de Trípoli, nascido em 1917. Reinaldo Corrêa da Silva – carioca da cidade do Rio de Janeiro, ex-editor do Jornal Brasil Presbiteriano, nascido em 02/02/1926. Sabatini Lalli – paulista da cidade de São Bernardo do Campo, nascido em 26/10/1923. Já falecido. Wilson de Souza Lopes – capixaba da cidade de Piaçu, ex-secretário executivo do Supremo Concílio da IPB. Já falecido.
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Jovens
CNM lança programa de identidade visual e nova logomarca
Encontro reúne Mocidade Presbiteriana Divulgação
Lucas Santos Heler ovens presbiterianos de norte a sul do país se reuniram na cidade de Domingos Martins, Espírito Santo, de 19 a 24 de janeiro, para o Encontro Nacional da Mocidade Presbiteriana. Durante o evento, os participantes ouviram o presidente e o vice-presidente do Supremo Concílio da IPB, reverendos Roberto Brasileiro e Guilhermino Cunha, o presidente da Confederação Nacional de Mocidades, pb. Júlio César Mendes Pereira, e o pastor da IP do Rio de Janeiro, rev. Christian Bittencourt. "Temos uma Mocidade atuante e participativa na vida da Igreja, que quer fazer a história, e não apenas ver a história", disse o rev. Guilhermino Cunha na abertura do encontro. "Para atingirmos o Crescimento Integral – Transformação Social, lema 20022006 da Confederação Nacional da Mocidade, é necessário que antes aconteça a transformação do próprio homem". Além dos cultos, a programação se diversificou com seminários sobre Psicologia, com o rev. Reginaldo Campanati (SP); Missões Urbanas, com o rev. Saul Henrique Filho (RS); Vida e Ética Cristã, com o dc. Alexandre Henrique M. Almeida, vice-presidente Sudeste da CNM; Relacionamentos na Internet, com o rev. Marcos Antônio Costa (ES); Ação Social, com o pb. Eduardo Abrunhosa (RJ), e Pós-Modernidade, com o rev. Márcio Egger (RJ). Também foi possível conhecer pontos turísticos em Guarapari, Vitó-
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Foto oficial do Encontro Nacional da Mocidade Presbiteriana Nova Logomarca da Mocidade
ria e Vila Velha, durante passeios mesclados com momentos de integração e louvor. Ao encerrar o Encontro, o rev. Roberto Brasileiro desafiou a Mocidade a se tornar um grupo que receba bem os que chegam à Igreja, que assuma o compromisso com o trabalho social, seja um grupo de incentivo ao estudo para crentes e não-crentes, crie grupos curativos e inclua os "mais velhos" da igreja. O rev. Roberto e o Tesoureiro do Supremo Concílio da IPB e secretário geral pro tempore da Mocidade, pb. Renato Piragibe, esclareceram dúvidas e responderam perguntas sobre as decisões e caminhos da Igreja Presbiteriana. NOVA IDENTIDADE VISUAL No último dia do Encontro, a
Comissão Executiva se reuniu extraordinariamente para a aprovação e lançamento do novo Programa de Identidade Visual da UMP, recebendo elogios pela mudança da Marca, ao tornar-se mais moderna e expressiva ao público de hoje. A União de Mocidade Presbiteriana tem como principal elemento de identidade visual a marca conhecida como "A Tocha", criada pelo rev. Walter Reis Donald, vencedor de um concurso nacional promovido pela CNM Presbiteriana em 1944. Esse símbolo foi se consolidando, sendo amplamente aplicado em diversas peças de comunicação visual e utilizado por jovens de todo o Brasil, desde a Confederação Nacional, passando pelas confederações sinodais, federações e
chegando às UMPs das igrejas locais, servindo de inspiração para a idealização de diversos projetos, como o Projeto Tocha do Evangelho (1997/1998). No entanto, a marca foi também se descaracterizando, sofrendo modificações, sendo alterada em suas formas e cores, perdendo sua unidade, podendo ser encontradas diversas versões da Tocha pelas regiões do país. Frente a isso, a CNMP nomeou, em maio de 2003, uma Comissão de Identidade Visual: Lucas Santos Heler, Rute Mara Soares e Wesley Ferreira de Paula, com a missão de repensar os símbolos da UMP e propor normatizações para suas aplicações. Após o estudo do material já existente e análise dos dados levanta-
dos, a Comissão viu a necessidade de fazer uma nova versão da marca sem substituir a idéia original. Assim, a Tocha foi revitalizada, ganhando um traçado mais moderno, leve e de fácil aplicação. Além da marca, uma nova bandeira é concebida para reforçar o conjunto de elementos de comunicação visual. O resultado desse trabalho é um completo Programa de Identidade Visual, apresentado e aprovado pela Comissão Executiva da CNM, reunida extraordinariamente no dia 24 de janeiro de 2004, constituindo-se em mais um marco na história da UMP. Esse Programa de Identidade Visual está disponível, na íntegra, para download no site: www.mocidadepresbiteriana.com.br.
Brasil PRESBITERIANO Jubileu de Prata
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Primeira IP de Belo Horizonte homenageia pastor
Rev. Ludgero Bonilha Morais comemora 25 anos de ministério pastoral em Belo Horizonte os 17 anos, Ludgero Bonilha Morais sentiu uma convicção de salvação e informou sua mãe que Deus o estava querendo no ministério pastoral. Ela, então, lhe mostrou uma carta escrita pelo pai dele, quando Ludgero tinha apenas três anos, que falava da alegria que o pai teria ao vê-lo pregando. Esse sonho foi realizado e, no dia 25 de janeiro, o rev. Ludgero, pastor da Primeira IP de Belo Horizonte e secretário-executivo do Supremo Concílio da IPB, completou seu Jubileu de Prata ministerial. Durante estes 25 anos ele permaneceu como pastor da mesma igreja. O culto comemorativo contou com a pregação do rev. Augustus Nicodemus Lopes, pastor da Primeira IP de Recife, e com as presenças do presidente do Supremo Concílio da IPB, rev. Roberto Brasileiro Silva, além de toda a liderança da Igreja. O Coral da Igreja e o Conjunto Orquestral de Sinos louvaram a Deus por tudo que o Ele fez nesses 25 anos. O culto contou ainda com a participação de um quarteto composto pelos filhos do rev. Ludgero. A esposa dele, Regina Helena, foi homenageada e recebeu uma placa de prata com a frase: "Rev. Ludgero Bonilha Morais, a Primeira Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte se alegra com os 25 anos de seu pastorado. ‘Quão formosos são os pés dos que anunciam as Boas Novas’ Romanos 10.15b - 25 de janeiro de 2004". O rev. Ludgero se declara muito emocionado ao celebrar essa data, pois é raro um pastor
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Rev. Ludgero (com o microfone), ao lado da esposa, dos filhos e do genro
comemorar um tempo tão longo pastoreando uma mesma igreja. "Hoje batizo os filhos das crianças que batizei outrora. Foram muitos momentos felizes, como os casamentos, e momentos muito tristes, como sepultamentos, principalmente de pessoas que eu amava", compartilha. Ele conta que, somente no primeiro ano de pastorado, realizou mais de 300 casamentos. "Fui o maior ‘santo casamenteiro’ da paróquia", brinca, avaliando que, em todo o ministério, deve ter realizado aproximadamente mil cerimônias matrimoniais. Quanto à Secretaria Executiva do Supremo Concílio da IPB, o rev. Ludgero diz que foi algo inesperado. Na época em que foi eleito, ele concorria à presidência do SC e nunca havia exercido um mandato de secretário executivo. "Ainda estou aprendendo, é tarefa muito desgastante, mas muito preciosa", afirma. "Graças a Deus posso contar com uma equipe muito boa, muito eficiente".
OPORTUNIDADES DA GRAÇA DE DEUS Atualmente, o rev. Ludgero está concluindo um doutorado em Teologia Contemporânea na Universidade Luterana em conjunto com o Concordia Theological Seminary, nos Estados Unidos. Foi naquele país que ele fez o curso de Mestrado, em Teologia Sistemática, mas fez ainda outro mestrado no Brasil, em Teologia Contemporânea. A graduação ocorreu no Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas, de 1971 a 1974. O reverendo foi presidente do Sínodo de Belo Horizonte por dez mandatos e do Presbitério de Belo Horizonte por 12 mandatos. Quando foi presidente da Comissão de Inter-relações Eclesiásticas, teve contato com muitas denominações presbiterianas pelo mundo. Recentemente, pregou na reunião do Supremo Concílio da IP do México e já representou a IPB na reunião do Supremo
Concílio da Evangelical Presbyterian Church in America, nos Estados Unidos, além de participar de encontros e congressos da Igreja Reformada Holandesa e da World Evangelical Felowship, nas Filipinas. O rev. Ludgero é vice-presidente da Fraternidade Latino-americana de Igrejas Reformadas, na qual exerceu dois mandatos na presidência, e foi vice-presidente da Fraternidade Mundial Igrejas Reformadas. "Todas essas oportunidades me vieram gratuitamente", afirma.
Carta que o rev. Ludgero recebeu do pai, aos três anos Conselheiro Pena, 30 de junho de 195 4 Meu filho amigo, um forte abraço Esta é a primeira carta que lhe esc revo, escrevo-a enquanto você ainda não pode lê-la, entretanto, como o tempo passa muito dep ressa, brevemente você poderá lê-la. Fiquei muito satisfeito com o sermã o que você fez trepado em cima da minha cam a. Desde aquele dia tenho pensado na consola dora possibilidade de você ser um ministro do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Estou certo de que se Deus o chamar, de maneir a nenhuma você desobedecerá a Sua voz. Tenho orado, e no dia 7 vou orar ainda ma is para que você seja, no futuro, um homem hon esto, cumpridor dos seus deveres e, acima de tudo, temente a Deus. Dê um beijo bem gostoso na mamã e, outro na Lucila, outro na vovó e aceite um daq ueles do papai. Feliz aniversário, Papai
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Comunicação
Luz para o Caminho divulga fé reformada
RPC transmite programa em TV aberta Gustavo Brigatto esde o dia 18 de fevereiro, a Rede Presbiteriana de Comunicação (RPC) transmite um programa em TV aberta com duração de dois minutos. Às segundas, quartas e sextas-feiras, entre 11h30 e meio-dia, o programa Gente que Crê é exibido pela Rede Bandeirantes. A produção é da Luz para o Caminho (LPC), uma organização também da IPB, em parceria com o departamento de rádio e TV da Igreja Cristã Reformada da América do Norte. A LPC é bem conhecida pela edição do Cada Dia, o devocionário oficial da IPB, o Disquepaz, mensagens para o telefone e os programas de rádio e televisão que produz. A LPC, além de produzir Gente que Crê, fará o atendimento aos telespectadores, repassando os interessados às igrejas locais. "É um projeto que vai criar uma imagem da IPB para milhares, quem sabe milhões, de pessoas, que irão se familiarizar com sua doutrina e sua forma de trabalho, diz Celsino Gama, diretor executivo da LPC. A LPC foi também encarregada da área de assinaturas e distribuição do Jornal Brasil Presbiteriano, publicação sob a responsabilidade da RPC. Segundo o rev. Celsino Gama, que também é jornalista, a LPC representa o lado reformado da comunicação. Para ele, alguns pontos distinguem o trabalho da LPC. Primeiro, apresenta o Evangelho sob a perspectiva presbiteriana-reformada; segundo, não pede contribuição finan-
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ceira aos seus ouvintes ou telespectadores; terceiro, qualidade. "Temos uma visão muito profissional de nossa produção. Por isso, o pessoal que trabalha na LPC tem formação profissional na área de administração, marketing, jornalismo, direção de TV, edição, sonoplastia, radialismo, locução..." diz. HISTÓRIA A LPC é uma parceria de sucesso entre a IPB e a Igreja Cristã Reforma da América do Norte. Esta, tem uma visão de proclamação do Evangelho via rádio e TV que atinge nove idiomas: inglês, espanhol, português, chinês, árabe, japonês, francês, russo e indonésio. Em 1969, recebeu uma proposta da Rádio Transmundial em Bonaire, Antilhas Holandesas, para transmissão de programas diários em inglês, espanhol e português. As mensagens em português eram gravadas pelo pastor presbiteriano Luiz Pierre. Em 1976, a Igreja Reformada convidou o rev. Wilson Castro Ferreira para abrir um escritório no Brasil para gravar os programas de rádio e atender aos ouvintes. O rev. Wilson selou uma parceria com a IPB. Assim nascia Luz Para o Caminho, inaugurada em duas salas do Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas, São Paulo. Nos quatro anos seguintes, o rev. Wilson estabeleceu uma base sólida para o ministério, contratou uma secretária bilingüe, um produtor de rádio, gravou cerca de 300 programas de uma hora, 700 de cinco minutos, publicou livros, iniciou o ministério de mensagens pelo telefone e preparou seu sucessor, Celsino Gama, que assu-
miu em 1980. RÁDIO E TELEVISÃO A LPC produz hoje vários formatos de programas para rádio, Palavra Amiga de dois, três e cinco minutos; Cada Dia de 15 e 30 minutos; Laudate, uma hora (produzido e apresentado pelo maestro Parcival Módulo); Coração Caboclo, uma hora. A programação de rádio produzida é enviada para emissoras do Brasil, Portugal, Estados Unidos, África e paí-
entre outras. O Cada Dia, o devocionário oficial da IPB é publicado há 23 anos ininterruptamente; é hoje publicado mensalmente com meditações diárias; edições especiais ocorrem ao longo do ano. A última "Coração de Estudante" foi preparada especialmente para os calouros da Universidade Presbiteriana Mackenzie. A edição de Natal, usada por várias igrejas, Gustavo Brigatto
Rev. Celsino gama, diretor executivo da LPC
ses onde existem grupos ou colônias que falam português. O programa de TV Cada Dia é produzido em formatos de 5, 15 e 30 minutos e é transmitido em algumas emissoras no Brasil. LITERATURA Na área de literatura, a LPC publicou mais de 100 títulos, hoje repassados à CEP. Teve papel decisivo na publicação de obras como As Institutas, de Calvino (tradução do Dr. Waldyr Carvalho Luz); Teologia Sistemática de Luis Berkhof; Novo Testamento Interlinear, também do Dr. Waldyr; Conheça sua Bíblia, do rev. Júlio Andrade Ferreira,
teve uma tiragem de 375 mil exemplares no Natal passado. DISQUEPAZ A LPC além da gravação das mensagens para o telefone, desenvolveu o equipamento e software, que são repassados às igrejas por um custo de manutenção mensal. O Disquepaz é uma mensagem de conforto e ajuda para pessoas com problemas pessoais ou familiares; ou uma devocional para outras, e está presente em mais de 200 localidades do Brasil e do exterior. Como extensão das mensagens por telefone há linhas diretas de aconselhamento em São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro e
Campinas, entre outras. MINISTÉRIO EM ESPANHOL A LPC presta serviços para o departamento espanhol da Igreja Cristã Reformada, sob a direção do rev. Guillermo Serrano. Copia e envia os programas de rádio para 400 emissoras; produz o programa de TV La Vida Ahora que é enviado a 95 emissoras na América Latina, Espanha e Estados Unidos. Produz o Disquepaz em espanhol e se prepara para lançar o Día a Día, um devocionário em espanhol, semelhante ao Cada Dia. "Acreditamos que o rádio, a televisão, o jornal, a mídia impressa têm uma linguagem própria, que não é a mesma do culto da igreja, esta linguagem dos veículos de comunicação deve ser respeitada, e é possível você produzir um programa de qualidade utilizando essa linguagem e, ao mesmo tempo, passando a mensagem de Cristo ou os princípios do Evangelho", explica Celsino Gama. "O mundo da comunicação evangélica no Brasil, mudou completamente desde o início da LPC há quase 30 anos. A LPC perdeu muito espaço para os neo-pentecostais e outros", pondera Celsino. Mas ele continua dizendo que isso teve, também, um lado positivo. Hoje a LPC é desafiada a produzir programas alternativos, como é o caso do Clube da Arca, umas série de 52 episódios para televisão que deve ser lançada até o final do ano; e, assessora pastores e igrejas que utilizam os meios de comunicação de massa, o caso mais recente, o da RPC, com a produção do Gente que Crê.
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Conforme a Resolução 225 da CE-SC-IPB 2003, o BP publica os estatutos da Rede Presbiteriana de Comunicação
Estatutos Sociais da Rede Presbiteriana de Comunicação - RPC Capítulo I - Da Denominação Sede, Fins e Duração
que tragam contribuições consideradas relevantes à Associação.
Artigo 1º - A Rede Presbiteriana de Comunicação RPC, órgão oficial de comunicação da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), é uma associação civil, sem fins lucrativos, de comunicação cristã, e de cultura, educação e de ação social, com sede e foro na cidade e comarca de São Paulo, à Rua Miguel Teles Jr, 382 - 394, Cambuci, São Paulo, SP.
Parágrafo Único – Os títulos referidos nas alíneas "III" e "IV", acima, serão conferidos pelo Conselho Deliberativo, por indicação de dois Diretores.
Artigo 2º - No exercício de suas atividades, a Rede Presbiteriana de Comunicação tem por finalidades: I. Zelar pela qualidade, pela adequação e pela linha editorial dos meios de comunicação impressa e eletrônica da IPB; II. Criar, divulgar e promover a identidade visual e sonora da igreja, para uso em todos os seus meios de comunicação: jornais, revistas, publicações e mídia eletrônica, bem como zelar pela unificação de sua imagem institucional; III. Promover o marketing interno e externo da IPB; IV. Assessorar a Mesa, a Comissão Executiva e o Supremo Concílio da IPB na formulação de diretrizes, de estratégias, de planos de ação e de sua implantação nos assuntos de comunicação e de marketing da IPB; V. Produzir, transmitir, agenciar, prestar serviços, distribuir vídeos, programas educativos e religiosos, documentários e mensagens para rádio, televisão, telefone, satélite, Internet, ou quaisquer outros meios de comunicação; VI. Produzir, agenciar e distribuir jornais e revistas; VII. Apoiar e desenvolver projetos de comunicação, divulgação e marketing de entidades e autarquias da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Artigo 6º - Os associados, conselheiros e sócios mantenedores não respondem com seus bens, solidária ou subsidiariamente, pelas obrigações sociais da Rede Presbiteriana de Comunicação - RPC. Capítulo III - Da Administração e Representação Artigo 7º - O Conselho Deliberativo é o órgão superior de administração e direção da Rede Presbiteriana de Comunicação - RPC.
Artigo 16 – Os Diretores reportam-se individual e solidariamente ao Conselho Deliberativo nas matérias de sua respectiva competência.
Artigo 8º - É órgão consultivo do Conselho Deliberativo, o Conselho Fiscal.
Artigo 17 – Compete ao Diretor Administrativo Financeiro:
Artigo 9º - A Associação será representada, ativa e passivamente pelos Diretores. Capítulo IV - Do Conselho Deliberativo Artigo 10 – O Conselho Deliberativo da RPC é composto de 7 (sete) membros efetivos e 3 (três) suplentes, eleitos pelo Supremo Concílio da IPB ou por sua Comissão Executiva, com mandato de 4 (quatro) anos. Parágrafo 1º - O Presidente do Supremo Concílio da IPB é membro ex-ofício do Conselho, sem direito a voto. Parágrafo 2º - O Conselho Deliberativo, sempre que necessário, convidará, a seu critério, assessores técnicos especializados, para participarem de suas reuniões, sem direito a voto.
Parágrafo 2º - Para consecução de suas atribuições, a RPC deverá trabalhar de forma articulada e harmônica com órgãos e autarquias da IPB que já atuam neste campo, especialmente com a Luz para o Caminho e com a Casa Editora Presbiteriana.
Artigo 11 – Os membros do Conselho Deliberativo não serão remunerados por suas funções. Entretanto, suas despesas de viagem, alimentação, hospedagem, comunicação e outras, devidamente autorizadas pelo Conselho, serão ressarcidas pela tesouraria da RPC, respeitados os limites orçamentários.
Artigo 3º - A duração da Associação será por tempo indeterminado.
Parágrafo único – Qualquer pessoa que ocupe cargo remunerado na Rede Presbiteriana de Comunicação, ou em seus órgãos, entidades, setores ou serviços, são inelegíveis para o Conselho Deliberativo. Artigo 12 – Ao Conselho Deliberativo compete: a) Eleger anualmente o seu Presidente e o seu Secretário. b) Admitir e demitir os Diretores. c) Gerir toda a vida da Rede Presbiteriana de Comunicação, cumprindo e fazendo cumprir as finalidades descritas no Artigo 2º e seus parágrafos.
Capítulo II - Dos Associados Artigo 4º - É associada fundadora da Rede Presbiteriana de Comunicação, a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), pessoa jurídica de direito privado, de fins religiosos, inscrita no CNPJ sob n. 00.093.385/0001-89, com sede e foro civil em Brasília – DF. Artigo 5º - A Rede Presbiteriana de Comunicação - RPC terá, ainda, número ilimitado de sócios mantenedores, pessoas físicas ou jurídicas, constituídos das seguintes categorias: I. Sócios Efetivos: que contribuem regularmente para a Associação, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Conselho Deliberativo; II. Sócios Voluntários: que contribuem para a Associação, sem compromisso de regularidade; III. Sócios Honorários: que prestam relevantes serviços à Associação ou à IPB. IV. Sócios Beneméritos: são pessoas físicas ou jurídicas
Parágrafo Primeiro - Os Diretores da RPC não poderão acumular funções com a de membro do Conselho Deliberativo. Parágrafo Segundo - Todos os documentos que possam envolver responsabilidades e obrigações à RPC, exceto os citados na letra c do Artigo 14, serão assinados pelos dois Diretores, após terem sido aprovados pelo Conselho Deliberativo.
Parágrafo 1º - Entre outras responsabilidades, a RPC, em especial, promoverá a publicação do Jornal Brasil Presbiteriano, a produção e veiculação da programas de TV, rádio, vídeo e o Portal da IPB na internet.
Parágrafo 3º – Para cobrir custos e viabilizar o cumprimento dos seus objetivos, a Rede Presbiteriana de Comunicação - RPC poderá estabelecer convênios e parcerias éticas, e utilizar sua estrutura para prestar serviços a terceiros, desde que os produtos ou serviços não contenham elementos, em seu conteúdo, que firam quaisquer princípios da Igreja Presbiteriana do Brasil - IPB, recursos estes que serão aplicados exclusivamente em sua finalidade.
dos entre os membros em plena comunhão com a Igreja Presbiteriana do Brasil - IPB, denominados: Diretor Administrativo Financeiro e Diretor de Produção e Programação.
Artigo 13 – O Conselho Deliberativo reunir-se-á ordinariamente uma vez por trimestre e extraordinariamente, quando convocado pelo Presidente. Artigo 14 – Compete ao Presidente: a) Convocar e presidir as reuniões do Conselho Deliberativo; b) Representar a Rede Presbiteriana de Comunicação em juízo, cabendo-lhe juntamente com outro membro do Conselho Deliberativo outorgar procuração "ad-juditia"; c) Assinar, juntamente com o Diretor Administrativo Financeiro, escrituras públicas de aquisição, alienação e permuta, convênios, cessão em comodato, hipoteca de bens imóveis, aquisição de equipamentos, contratação de direitos autorais e conexos.
I. Cumprir e fazer cumprir as normas deste Estatuto e as decisões do Conselho Deliberativo; II. Dirigir e supervisionar as atividades da Rede Presbiteriana de Comunicação nos assuntos de sua área; III. Movimentar as contas bancárias da Associação, sempre em conjunto com o Diretor de Produção e Programação; IV. Submeter ao Conselho Deliberativo orçamento econômico - financeiro e o plano de aplicação para as disponibilidades financeiras da Associação; V. Coordenar as atividades de planejamento estratégico e operacional da Associação, acompanhando a sua execução e reportando o andamento ao Conselho Deliberativo; VI. Acompanhar a execução orçamentária, no decorrer do exercício; VII. Representar a entidade nas matérias de sua competência, conforme Artigo 9º; VIII. Relatar mensalmente ao Conselho Deliberativo, as atividades da Rede Presbiteriana de Comunicação e o balancete financeiro; IX. Relatar mensalmente aos Associados, através do Conselho Deliberativo, o movimento financeiro da Rede Presbiteriana de Comunicação e de suas atividades; X. Em conjunto com o Diretor de Produção e Programação ou seu Procurador, assinar os documentos que envolvam responsabilidades da Associação. Artigo 18 – Compete ao Diretor de Produção e Programação: I. Cumprir e fazer cumprir as normas deste Estatuto e as deliberações do Conselho Deliberativo; II. Dirigir e supervisionar todos os trabalhos de produção e programação de Rede Presbiteriana de Comunicação; III. Juntamente com o Diretor Administrativo Financeiro, movimentar as contas bancárias da Associação; IV. Participar das atividades de planejamento estratégico e operacional da Associação e acompanhar a sua execução, reportando o andamento ao Conselho Deliberativo nas áreas de sua competência; V. Representar a entidade nas matérias de sua competência, conforme Artigo 9º; VI. Relatar mensalmente ao Conselho Deliberativo, as atividades de produção da Rede Presbiteriana de Comunicação; VII. Relatar mensalmente aos associados, através do Conselho Deliberativo, as atividades de produção da Rede Presbiteriana de Comunicação; VIII. Em conjunto com o Diretor Administrativo Financeiro ou seu Procurador, assinar os documentos que envolvam responsabilidades da Associação. Artigo 19 – Os Diretores respondem solidariamente por seus atos e pelos bens, havidos e por haver, pelas importâncias sob sua responsabilidade.
Capítulo V - Dos Diretores
Capítulo VI - Do Patrimônio e a Aplicação
Artigo 15 – A Associação terá 2 (dois) Diretores, escolhi-
Artigo 20 – O Patrimônio Social se constitui dos bens de
seu ativo contábil, de contribuições de seus associados, doações, subvenções, legados, bens resultantes das atividades sociais e de parcerias. Artigo 21 – A Rede Presbiteriana de Comunicação - RPC não distribuirá, a título de lucro ou de participação nos resultados, qualquer parcela do seu patrimônio, e reaplicará em sua própria finalidade estatutária, no país, todos os bens e recursos obtidos em sua atividade social. Capítulo VII - Do Exercício Social, Conselho Fiscal e das Auditorias Artigo 22 – O exercício social e fiscal coincidirá com o ano civil. Artigo 23 – O Conselho Fiscal é composto de 3 (três) membros efetivos, sendo pelo menos um deles Contador com registro no CRC, e 3 (três) suplentes, eleitos pelo Supremo Concílio da IPB ou por sua Comissão Executiva, com mandato de 4 (quatro) anos. Parágrafo 1º - O Conselho Fiscal deverá reunir-se para exame das contas após o fechamento do exercício, fiscalizando todo o movimento financeiro da Rede Presbiteriana de Comunicação, apresentando seu parecer e relatório ao Conselho Deliberativo; Parágrafo 2º - Os membros do Conselho Fiscal não poderão ser remunerados por suas funções e não respondem solidária nem subsidiariamente pelas obrigações sociais da Associação. Artigo 24 – As contas, balancetes, balanços, demonstrativos, documentos contábeis e relatórios financeiros da Associação serão submetidos anualmente a uma auditoria pela Junta Patrimonial, Econômica e Financeira da Igreja Presbiteriana do Brasil - IPB. Capítulo VIII - Da Extinção e Liquidação Artigo 25 – A Associação poderá ser extinta por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros do Conselho Deliberativo, homologada pelo Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil - IPB ou por sua Comissão Executiva. Artigo 26 – Se aprovada e homologada a extinção, o Patrimônio Social remanescente, feito o balanço e liquidado o passivo, será destinado a instituição de finalidade similar, com registro no Conselho Nacional de Assistência Social, sediada no território nacional, indicada pela associada fundadora. Capítulo IX - Das Disposições Gerais e Transitórias Artigo 27 – A Rede Presbiteriana de Comunicação adotará a denominação fantasia de "RPC". Artigo 28 – A RPC atenderá, cumprirá e zelará pelo cumprimento estrito, em todas as suas mensagens, de qualquer natureza e por qualquer mídia, aos Princípios Gerais da Linha Editorial da RPC, aprovados na CESC/IPB-2001. Artigo 29 – A Associação dará atendimento dentro dos fins estabelecidos neste Estatuto, sem distinção de cor, raça, classe social ou confissão religiosa. Artigo 30 – Estes Estatutos poderão ser reformados, no todo ou em parte, por proposta aprovada por pelo menos 2/3 (dois terços) dos membros do Conselho Deliberativo. As reformas entrarão em vigor na data de sua aprovação pelo Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil ou por sua Comissão Executiva. Artigo 31 – A RPC incorpora e é a sucessora das responsabilidades e atribuições do extinto Conselho de Comunicação e Marketing da IPB.
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