Brasil
PRESBITERIANO
M arç o de 2006
Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil
Rede Presbiteriana de Comunicação
Ano 49 / Nº 618 - R$ 1,80
NaUpa reúne 900 adolescentes em Guarapari “Vamos incendiar o Brasil Com o evangelho de Jesus Espalhar nos quatro cantos: Jesus Cristo é o Senhor”
Versos da música tema do Congresso
Páginas 10 e 11
Congresso da SAF elege nova diretoria para quadriênio
Missionário presbiteriano evangeliza na Austrália
Caldas Novas recebe Congresso da Mocidade Presbiteriana
Páginas 8 e 9
Páginas 14 e 15
Páginas 16 e 17
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Março de 2006
Palavra da Redação O Brasil é um país jovem. A afirmação é fundamentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultas aos censos realizados a partir de 1960 registram que, tomando como ponto de partida aquele ano, e contabilizando até 2005, a população do país passou dos 70 milhões para algo acima dos 175 milhões. O que quer dizer que aproximadamente 105 milhões de brasileiros têm até 45 anos. Se a juventude representa a maior parte da população, faz total sentido encontrar na juventude evangélica engajamento para transformar o país com a Palavra por meio de seu testemunho. ‘Impactar o Brasil com Cristo através da UPA” foi a frase que motivou cerca de 900 adolescentes a participarem do NaUpa 2006, congresso de adolescentes da IPB realizado nas dependência do Sesc de Guarapari, ES, de 30 de janeiro a 3 de fevereiro. A matéria de capa do Brasil Presbiteriano (págs 10 e 11) narra com detalhes o que aconteceu de mais importante durante os quatro dias do evento. Quase simultaneamente ao NaUpa, as a Sociedade Auxiliadora Feminina reuniu-se em Sumaré, interior de São Paulo, de 31 de janeiro a 4 de fevereiro, para o 15º Congresso da SAF. Eleger a nova diretoria e repensar o trabalhado feminino realizado no último quadriênio foram os objetivos traçados para esta edição. As páginas 8 e 9 registram como foram os quatro dias do encontro. Quando se está diante de um campo missionário cujo contexto é de prosperidade e secularização, quais os desafios enfrentados pelo agente do evangelho? O rev. Júlio Marcelo Ferreira dos Santos, missionário em Perth, na Austrália, conta, nas páginas 14 e 15, quais são estes desafios e os instrumentos que Deus coloca à sua disposição para a transmissão da Boa Nova em meio aos povos de língua portuguesa. O BP deste mês traz ainda duas matérias sobre maneiras encontradas pela IPB para, a partir das ferramentas disponíveis, lutar por justiça social aliada à disseminação do Evangelho. No foco desta questão estão o Conselho de Ação Social (CAS) da IPB e o Instituto Anima, da IP da Saúde, em São Paulo, em reportagens nas páginas 20 e 13, respectivamente. Tenha uma leitura abençoada.
Seu recado Jubilação Faço minhas as palavras do rev. João Wesley Boechat, sobre o artigo “O Ministro Presbiteriano Jubilado” (edição de Janeiro de 2006 do BP). Realmente existem dezenas de pastores jubilados vivendo uma vida de grandes dificuldades sem recursos até para adquirir medicamentos para si e esposa. Recebem do INSS uma quantia irrisória e os Presbitérios a que pertenceram não ajudam em nada. Há alguns anos passados freqüentei um Presbitério da Baixada Fluminense representando minha igreja e, certa vez, lá compareceu o saudoso e grande servo de Deus, que prestou relevantes serviços à IPB, rev. Aníbal Nora, solicitando ajuda pois se encontrava em condições de quase indigên-
Nosso recado Erramos Almeida. Diferentemente do que foi publica- R. Padré Café, 405/301 - São do na edição de fevereiro do BP na Mateus agenda de 2006 da IPB, o presidente Juiz de Fora - MG 36016-450 do Sínodo Leste de Minas Gerais é o (32) 3232-2331 / (32) 8833-2331 Presb. Alexandre Henrique Moraes de ahmalmeida@uol.com.br
EXPEDIENTE Órgão Oficial da
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Uma publicação da
Ano 49, nº 618 – Março de 2006
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Presb. Gunnar Bedicks Jr. – Presidente Presb. Gilson Alberto Novaes - Secretário Rev. Alcides Martins Jr. – Titular Presb. José Augusto Pereira Brito – Titular Rev. Carlos Veiga Feitosa – Titular Presb. Sílvio Ferreira Jr. – Titular Presb. Clineu Aparecido Francisco – Diretor Administrativo-financeiro Rev. André Mello – Diretor de Produção e Programação
cia. Doente, idoso, precisou vender livros de porta em porta de uma forma humilhante, pois não tinha condições de sobrevivência. De imediato foi levantada uma coleta entre os presentes e o Presbitério ficou de votar uma verba de ajuda. Até hoje o SC (Supremo Concílio) da IPB não tratou deste assunto com a seriedade merecida. Já é tempo deste assunto ser tratado e resolvido. Sei que não é fácil, mas o SC da IPB tem de resolvê-lo urgentemente. É constrangedor o que homens que dedicaram a vida para a IPB vivam assim. Nathanael Oliveira Neves Comunidade Presbiteriana do Calvário São João da Boa Vista, SP.
Conselho Editorial: Rev. Augustus Nicodemus Lopes Rev. Celsino Gama Rev. Evaldo Beranger Presb. Gilson Alberto Novaes Rev. Hernandes Dias Lopes Rev. Vivaldo da Silva Melo
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Opinião
A incredulidade no púlpito C
rer naquilo que a Bíblia diz é um dom salvador de Deus. Aptidão para falar em público, não. Crer em Jesus Cristo como o Filho de Deus encarnado é obra salvadora da graça. Capacidade para administrar uma igreja, não. Receber os relatos bíblicos em fé e viver por eles é resultado da operação salvadora do Espírito de Deus no coração. Capacidade para liderar um culto e dirigir uma liturgia, não. Fé nos relatos bíblicos de milagres é graça especial aos eleitos. Poder intelectual e acui-
dade mental, não. É por isto que existem pastores e professores de teologia que são incrédulos. Pois para ser pastor e professor de teologia não é preciso fé. Tive um professor de teologia no mestrado que me confessou ter sido um agnóstico durante toda sua vida. Creu aos 65 anos de idade, durante uma enfermidade. Sua vida mudou. Pastores e professores de teologia que não têm fé têm de ter outra coisa: a habilidade de separar mentalmente o que ensinam domingo na sua igreja
daquilo que realmente acreditam, quando estão a sós com seus livros. Se não tiverem isto, até o que tem lhes será tirado. Pois se ensinarem na igreja o que realmente acreditam, dificilmente manterão seu emprego. Qual é a igreja que deseja ouvir um pastor que não crê nas Escrituras? As que quiseram, fecharam ou estão morrendo. As igrejas da Europa que o digam. Por não ter fé, o pastor incrédulo tem de direcionar seu ministério e seu culto para áreas onde sua incredulidade
passe mais despercebida. Tudo deve estar voltado para ocupar os sentidos de maneira que a fé não faça falta. A mensagem deve evitar temas difíceis. O foco é em pontos morais, sociais e políticos. O problema com pastores incrédulos não é o que eles dizem, mas o que eles deixam de dizer, os temas que evitam, os assuntos que nunca mencionam, como a ressurreição de Cristo, a infalibilidade das Escrituras, a veracidade e confiabilidade da narrativa bíblica, o poder do Espírito para
regenerar a natureza humana pecaminosa, a morte vicária de Cristo, a realidade da tentação e a necessidade de resisti-la. É assim que sobrevivem, evitando matérias de fé e pregando aquilo que um rabino, um mestre espírita ou líder muçulmano também pregaria, como a honestidade e o amor ao próximo, por exemplo. Alguém pode perguntar “Por que alguém gostaria de ser pastor se não tem fé? Não tem uma maneira mais fácil dele ganhar dinheiro?”. Pois é, pior é que não tem.
Consultório Bíblico
Sobre a morte de Pedro Odayr Olivetti
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ergunta: Como foi a morte do apóstolo Pedro? Resposta: Cito algumas fontes e digo uma palavra pessoal. I. Fontes: Bíblia de Estudo de Genebra, sobre João 21.19: “Uma tradição antiga diz que Pedro foi martirizado, sendo crucificado de cabeça para baixo”. Manual Bíblico de Halley, p. 583: “Quo Vadis” cita com alguns detalhes o martírio de Pedro, crucificado de cabeça para baixo. Mas, diz Halley, “Isto é só tradição”. João Calvino, comentando João 21.18,19, nem se refere à tradição, e é interessante que ele cita a ordem de Jesus a Pedro no fim do versículo 19: “Segue-me”, e comenta (resumo meu): É como se Jesus dis-
sesse: “Uma vez que você terá que sofrer a morte segundo o meu exemplo, siga o seu líder”. Com isso Cristo mostra que a morte de Pedro seria semelhante à de Cristo. Como disse isso depois da Sua ressurreição, esta vitória sobre a morte abranda o amargor da morte. James M. Gray, em The International Standard Bible Encyclopaedia, afirma que é tradição que Pedro morreu como mártir em Roma no ano 65 d.C., quando estava com 75 anos de idade; e que foi crucificado durante o governo do imperador Nero. Também se diz que ele quis ser crucificado de cabeça para baixo, sentindo-se indigno de morrer como Cristo morreu. É pura tradição, diz J. M. Gray. Segundo essa mesma fonte, alguns antigos pais da igreja
imaginaram (sem base) que Pedro foi para Roma em 42 d.C., logo depois de ter sido libertado da prisão (ver At 12.17). Gray cita Schaff, grande historiador da igreja. Schaff afirma que essa tradição “é inconciliável com o silêncio da Escritura e com o simples fato da existência da Epístola de Paulo aos Romanos, escrita em 58 d.C., visto que essa carta não diz uma palavra sequer sobre trabalhos anteriores de Pedro naquela cidade, e ele próprio [Paulo] nunca edificou sobre fundamentos de outros homens” (ver Rm 15.20 e 2 Co 10.15,16). II. Anoto pessoalmente o seguinte: Acredito que o silêncio da Bíblia sobre como se deu a morte de Pedro é aplicação da mesma sabedoria que levou
Deus a ocultar o lugar do sepultamento de Moisés (Dt. 34.5,6): evitar o endeusamento do grande líder israelita. Mesmo tendo sido ocultados os fatos sobre a morte de Pedro, o romanismo, viciado em extravios, criou toda uma série de erros, a começar por declarar, como primeiro papa, Pedro, um homem casado, encimando a lista de papas e sacerdotes não casados (não necessariamente celibatários!)... E dizendo que Pedro é a pedra da igreja, quando mais de uma vez o apóstolo Pedro afirma que Cristo é a pedra (At 4.11 e 1 Pe 2.3-7). Pedro é uma das “pedras que vivem” do edifício espiritual que é a igreja (1 Pe 2.5), mas Cristo é a “pedra que vive... eleita e preciosa... a principal pedra angular” (1 Pe 2.4,6,7).
De Pedro devemos seguir as pregações que ele fez, centradas na pessoa e na obra redentora de Jesus Cristo. Como aquela na qual ele diz, em Atos 4.11,12: “Este Jesus é ‘a pedra que vocês, construtores, rejeitaram, e que se tornou a pedra angular’. Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos”.
O rev. Odayr Olivetti é ministro jubilado da IPB, foi pastor de várias igrejas e professor de Teologia Sistemática no Seminário Presbiteriano de Campinas. É autor de alguns livros e tradutor de inúmeras obras cristãs.
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As Confissões Reformadas
As Dez Conclusões de Berna (1528) Alderi Souza de Matos
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As primeiras confissões reformadas foram escritas na Suíça, o berço do movimento. Várias delas foram elaboradas no contexto de importantes debates teológicos que levaram à aceitação do protestantismo em diversas cidades daquela confederação. Inicialmente, a única cidade importante que aceitou a Reforma foi Zurique, sob a influência de Ulrico Zuínglio. Os governantes civis de Berna seguiram o exemplo de Zurique e convocaram um debate sobre as questões religiosas da época, que ocorreu nos dias 6 a 26 de janeiro de 1528. Entre as cidades representadas no debate estavam Zurique, Basiléia, Constança, Estrasburgo, Augsburgo e Ulm; entre os
participantes, além dos redatores das teses, estavam Zuínglio, Martin Bucer (Estrasburgo) e Ecolampádio (Basiléia). O debate reuniu 350 religiosos, além de muitos homens públicos e cidadãos. Foi o maior e mais espetacular de todos os debates públicos realizados nas cidades suíças. Para esse debate, o reformador local Berchtold Haller (14921536) e seu colega Franz Kolb elaboraram as Dez Conclusões de Berna ou Teses de Berna, que foram revisadas por Zuínglio. Este as verteu para o latim e Guilherme Farel para o francês. O debate começou quando Kolb leu a primeira tese: “A santa igreja cristã, cujo único cabeça é Cristo, nasce da Palavra de Deus e permanece na mesma, e não ouve a voz de um estranho”. Colocou, assim, o
fundamento da igreja em Cristo e na Escritura. As teses seguintes abordaram os seguintes temas: a Escritura está acima das tradições humanas (2); Cristo é o único meio de salvação e satisfação pelo pecado (3); Cristo não está presente na Eucaristia de forma corpórea (4); a missa é contrária às Escrituras e uma blasfêmia contra o sacrifício de Cristo (5); Cristo é o único mediador e advogado dos seres humanos, à exclusão de todos os demais (6); não existe purgatório, sendo vãs todas as cerimônias pelos mortos (7); as imagens são condenáveis como objetos de culto (8); a Escritura não proíbe o matrimônio a ninguém; o celibato clerical é pernicioso porque conduz à impureza (9-10). As teses foram aprovadas “como
cristãs” pela grande maioria dos delegados e aceitas “para sempre”, devendo ser observadas mesmo “ao custo da vida e da propriedade”. Elas se tornaram um documento respeitado em uma vasta região da Suíça e mesmo além das suas fronteiras, sendo a primeira definição do tipo suíço de fé reformada a ter ampla aceitação. Os resultados mais importantes do Debate de Berna foram a introdução definitiva da Reforma nessa importante cidade e a estabilização do protestantismo suíço. A partir de 1531, Berna enviou missionários evangélicos aos territórios de língua francesa do oeste da Suíça. O mais conhecido desses pregadores foi Guilherme Farel (1489-1565), que em 1536 levou Genebra a abraçar a Reforma e no mesmo ano convenceu o jovem
João Calvino a ajudá-lo naquela cidade que seria tão decisiva para a consolidação e difusão do movimento reformado. Talvez a mais fundamental das Teses de Berna seja a terceira, que afirma: “Cristo é a única sabedoria, justiça, redenção e satisfação pelos pecados do mundo inteiro. Por isso confessar qualquer outro meio de salvação ou satisfação pelo pecado é uma negação de Cristo”. Documentos como esse ajudaram a dar uma clara identidade doutrinária e confessional às igrejas reformadas, contribuindo ao mesmo tempo para a trajetória do protestantismo como um todo.
O rev. Alderi Souza de Matos é o historiador oficial da IPB asdm@mackenzie.com.br
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Liderança
Quem é o ungido de Deus? Valdeci da Silva Santos
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á um erro comumente aceito pelos evangélicos com respeito aos pastores, cujas implicações nem sempre são devidamente analisadas. Refiro-me ao fato deles serem considerados como “ungidos de Deus” e, consequentemente, não poderem ser questionados em suas atitudes, decisões ou ensinamentos. Certamente os ministros do evangelho devem ser honrados pelo trabalho que realizam. As Escrituras afirmam serem “formosos os pés dos que anunciam coisas boas” (Is 52.7 e Rm 10.15). Além do mais, aqueles que se afadigam na palavra e no ensino devem
ser considerados merecedores de dobrados honorários (1Ts 5.17). Os cristãos ainda são exortados a se lembrarem dos seus guias e obedecerem-nos (Hb 13.7 e 17). Contudo, no afã de expressar essa honra aos seus ministros, alguns cristãos os consideram como ungidos de Deus, colocandoos em posições de intocáveis e inacessíveis. Esse equívoco aparentemente inocente possui sérias implicações para a vida cristã. O primeiro problema oriundo dessa atitude é que ela representa um desprezo prático pela doutrina do sacerdócio universal. Essa doutrina foi uma das mais importantes descobertas da Reforma Protestante, quan-
do os reformadores insistiram na verdade bíblica de que cada cristão é um sacerdote com livre acesso à presença de Deus, através de Cristo (cf. 1Pe 2.5 e 9). Nesse sentido, o único mediador entre Deus e os homens é o Senhor Jesus (1Tm 2.5). Com isso, os reformadores rejeitavam a ênfase do Catolicismo Romano de que a igreja, através do clero, era a mediadora entre Deus e os homens. Embora o ministro do evangelho seja revestido de autoridade divina em função do seu ministério, essa posição não concede a ele o status de intocável. O segundo problema com esse erro é que as Escrituras revelam claramente ser Cristo
o “Ungido de Deus” (Dn 9.2526 e At 4.25). Dessa forma, o título “ungido” é um título messiânico, pois foi Cristo quem desempenhou a função tripla de profeta, sacerdote e rei. Essa é uma das razões pelas quais ele é o cabeça e a autoridade absoluta sobre a Igreja. É em virtude da unção de Cristo que os seus discípulos são chamados cristãos, ou seja, “ungidos”. O problema é que no temor de ofender os ministros do evangelho, os quais são identificados como ungidos, muitos cristãos ofendem o verdadeiro Ungido de Deus quando deixam de confrontar e exortar alguns pastores ao arrependimento. Os ministros são ungidos de
Deus para o exercício sacerdotal debaixo da autoridade do Supremo Pastor das ovelhas. Ao final dessa meditação, há que se dizer que não fica aqui uma licença para a rebeldia, para o descaso ou para o desrespeito. O único objetivo dessa observação é exortar que as relações dos membros da igreja com os seus pastores sejam embasadas no amor e no compromisso cristão, e não em um medo supersticioso advindo de uma interpretação errôneas das Escrituras. Valdeci da Silva Santos é Coordenador do Programa de Doutorado de Ministério do CPAJ
Resenha
Livro amplia conhecimento sobre obra de Calvino Mauro Meister
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o dia 14 de fevereiro, nas dependências do Edifício João Calvino, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, o dr. Hermisten Costa apresentou o seu mais novo livro à comunidade, Calvino de A a Z. Trata-se de uma coletânea de citações das obras de João Calvino, o reformador de Genebra e autor de dezenas de livros, sendo a sua obra mais importante e conhecida A Instituição da religião cristã. Grande conhecedor da obra de Calvino, este pesquisador presta um grande serviço aos
leitores brasileiros. Tendo consultado 33 obras do reformador, em português, inglês e espanhol, Costa apresenta mais de 200 tópicos em ordem alfabética com mais de 1200 relevantes citações. Tudo isto faz da obra uma excelente ferramenta de pesquisa, além de uma amostragem para quem quer conhecer o pensamento de Calvino em sua obra geral. Contudo, além das citações, o autor apresenta uma introdução de cerca de 50 páginas sobre a vida de Calvino, sua obra, teologia, ministério e influência. O autor propõe que pela introdução o leitor tenha condições de compre-
ender melhor a “visão hermenêutica e exegética” (p. 12) do reformador. Uma seção da introdução intitula-se “Calvino Como Humanista”. Costa expõe o humanismo de Calvino tanto no seu pensamento quanto na sua prática. Ele diz: “O humanismo de Calvino, no entanto, não deve ser confundido com o humanismo secular, que colocava o homem como centro de todas as coisas. Calvino rejeitava este tipo de humanismo. Na sua obra magna, A instituição da religião cristã, ele expressa a sua concepção humanista, que consiste em reconhecer a grandeza do homem como criatura de
Deus, a quem deve adorar e glorificar.” (p. 19) Outra seção da introdução lida com a “Autoridade interna das Escrituras”, onde Costa aponta para a forma magistral como Calvino compreende a obra do Espírito Santo a nos guiar na compreensão das Escrituras e o temor que devemos guardar diante da Palavra de Deus. O método hermenêutico de Calvino fica exposto na seção “A Escritura à Luz da Escritura”. Outras seções encerram o quadro que vai esclarecer a forma pastoral e prática com que Calvino aplica as Escrituras para a sua vida e para o povo de Deus.
Recomendo entusiasticamente o livro de Hermisten Costa tanto para aquele que conhece a obra de Calvino quanto para o novato! Não deixe de ter em sua biblioteca esta obra! Serviço: Calvino de A a Z, Hermisten Costa, Série Pensadores Cristãos, Editora Vida, 2006. Dr. Mauro Meister é professor do Antigo Testamento graduado pelo Seminário do Sul, mestre em Teologia Hexegética do Antigo Testamento no Covernant Theological Seminary, em Saint Louis, Missouri, EUA, e pastor colaborador da IP da Lapa.
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Brasil PRESBITERIANO Notícias
Universidade Presbiteriana Mackenzie publica “Religião e Tecnologia” A Universidade Presbiteriana Mackenzie lançou, em fevereiro, o livro “Religião e Tecnologia”. De autoria do dr. Egbert Schuurman e organizado pelo Rev. Augustus Nicodemus, o título é resultado de uma palestra realizada por Schuurman no Congresso Internacional de Ética e Cidadania, realizado na Universidade Presbiteriana Mackenzie, durante a semana de Ética e Cidadania, em agosto do ano passado. Preocupado com a utilização da tecnologia que, por vezes, não respeita critérios éticos, dr. Schuurman traça um panorama do atual cenário tecnológico. As visões positivista-pragmática e marxista-ortodoxa, a tensão cultural entre tecnicismo e naturalismo e a religião da tecnologia estão entre os tópicos abordados pelo autor na obra. Nas palestras proferidas, o dr. Schuurman analisou as questões éticas relacionadas com o uso da tecnologia moderna. Como ponto central, está a preocupação de que a tecnologia deve ser utilizada de maneira responsável, o que só pode ser feito levando-se em consideração os valores atribuídos pela fé cristã à criação e à humanidade. Cientista por formação, conforme explica o rev. Augustus em seu texto de apresentação, o dr. Egbert Schuurman é professor em universidades públicas na Holanda, membro do Senado daquele país e cristão reformado por convicção. Para esta edição, o Mackenzie preparou 4 mil exemplares distribuídos aos calouros da universidade. ‘Spurgeon’ africano fala sobre Avivamento na Visão Reformada no Mackenzie Nos dias 3 e 4 de março, o Auditório Rui Barbosa do Instituto Presbiteriano Mackenzie, em São Paulo, recebe o Pr. Conrad Mbewe, da Igreja Batista Kabwata,
em Lusaka, Zâmbia. Considerado o “Spurgeon Africano”, em referência ao evangelista Charles H. Spurgeon, o pastor faz uma exposição a partir do tema “Avivamento na Visão Reformada”. O rev. Augustus Nicodemus será o intérprete do Pr. Mbewe, que no dia 3 faz sua pregação a partir das 19h30, e no dia 4, às 16h. A organização do evento é do rev. Jannes Daniel Bertoni. O Instituto Presbiteriano Mackenzie fica na Rua Itambé, 45, Higienópolis, São Paulo. Mais informações pelo telefone (11) 6957 5111, ou pelo email jannes@faciolo. com.br.
consultório odontológico capacitado para atendimentos regulares. O que permitiu que indígenas provenientes de mais de dez diferentes etnias fossem atendidos com resultados satisfatórios. Segundo eles, a equipe Amanajé permanece motivada e fiel ao trabalho do Senhor. São 18 missionários no campo e, para este ano, outras famílias são aguardadas. O trabalho entre as etnias do Alto Rio Negro continua a despeito da distância e das barreiras, assim como o amadurecimento da Igreja Tukano, em São Gabriel, e o trabalho de plantio da igreja no Rio Cuieiras. O casal louva a Deus pela proteção nas muitas viagens e pelos dois mapeamentos realizados neste ano, que lhes dão direção para onde devem caminhar no futuro.
Pastor Presbiteriano é homenageado com Título de Cidadão na Bahia No dia 12 de dezembro, em sessão solene na Câmara Municipal de Coaraci (BA), o rev. Waldérico de Santana Filho recebeu o título Honorífico de Cidadão Emérito Coaraciense. Rev. Waldérico é Revista Fides Reformata completa pastor da Congregação Presbiterial de dez anos Coaraci, que será organizada no próximo Organizada e distribuída pelo Centro ano, em 11/03/2006. Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper (CPPAJ), a revista Fides Evangelismo explosivo na Paraíba Reformata completou dez anos de A segunda clínica de Evangelismo existência. Trata-se de uma publicação Explosivo se realizará na IP de Campina semestral de cunho acadêmico, sendo Grande (PB), nos dias 22 a 26 de maio. considerada a revista oficial do CPPAJ. Será um treinamento intensivo para pas- Lançada em 1996 e tendo à frente, àquetores e líderes. Os preletores serão os la época, o rev. Augustus Nicodemus, a pastores rev. José Airton, de Mossoró revista possui artigos e reflexões rela(RN), e Jorge Issao Noda, de Campina cionadas com as áreas que o Centro de Grande. Informações pelos telefones (83) Pós-graduação estuda e conta com a 3322 4000/8802 4141/9996 8207. colaboração de seus professores, alunos e ex-alunos. Rev. Ronaldo Lidório comemora Como comemoração aos dez anos, o resultados obtidos em viagem médica número mais recente da revista traz uma seção especial: um índice de todas as realizada na Amazônia O casal de missionários Ronaldo e matérias e artigos publicados até hoje, Rossana Lidório iniciam 2006 com moti- divididos por categorias. vos para comemorar. Os resultados obti- Além do cunho acadêmico, a revista dos nas viagens médicas realizadas na busca também auxiliar a liderança da Amazônia superaram as expectativas. igreja e pode ser adquirida através do A expedição foi feita a bordo do barco site do CPPAJ: Amanajé, espécie de barco-hospital, com www.mackenzie.br/teologia.
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Inauguração
Nova igreja no pantanal sul-matogrossense Vivaldo S. Melo
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sonho do presidente do Sínodo de Mato Grosso do Sul, Rev. Adoniran Judson de Paula, de ver criado um legítimo Presbitério do Pantanal, formado a partir da Igreja Presbiteriana de Aquidauana (Portal do Pantanal), parece mais próximo de ser realizado, pois uma nova Igreja foi constituída na região. Em cerimônia que contou com a presença do Rev. Sebastião Pereira da Cruz, hoje jubilado e que lançou a pedra fundamental da Congregação Presbiteriana de Miranda em 12 de agosto de 1975, foi organizada a Igreja Presbiteriana desta que é uma das cidades mais antigas de Mato Grosso do Sul. O que se viu no culto solene de instalação da nova Igreja foi um momento emocional muito forte para alguns dos membros remanescentes do início dos anos 60, do século 20. Em 1960 passou pela região pantaneira de Miranda o evangelista Gedion Lili, lançando a semente da obra presbiteriana a partir das fazendas e chácaras. Histórico elaborado pelo Rev. Jackson Balmant Fraga, Secretário Executivo do PPAN e ex-pastor do campo, registra que os frutos iniciais deste projeto evangelístico apareceram em 17 de dezembro de 1961, quando o Rev. Eudes Ferrer, da Igreja Presbiteriana de Aquidauana, recebeu por
Fachada da Igreja Presbiteriana de Miranda, no Mato Grosso do Sul
Batismo e Profissão de Fé os primeiros membros. O ano seguinte foi marcado por uma grande colheita. Em três ocasiões aconteceram cerimônias de batismo e profissão de fé, dirigidas respectivamente pelos pastores Rev. Newton Serra (da IPB de Campo Grande), Rev. Carlos José Hahn Jr. ( da IPB de Corumbá) e Rev. Domingos Hidalgo (da IPB de Dourados). As alegrias desses momentos foram rememoradas no último dia 19 de fevereiro por Genésio de Campos Leite, Flora Piúna Leite, Milton de Campos Leite, Galdina Barros Leite, Aparecida Fernandes Rodrigues de Barros e Hermes Baltazar, na medida em que o Rev. José Ronaldo Pissurno, presidente da comissão organizadora, compartilhava a palavra com base no texto
de Mateus 25:14-30, conclamando os presentes a operacionalizarem os talentos dados por Deus. Da fase de implantação da obra presbiteriana em Miranda, esses pioneiros sempre entenderam o espírito da exortação pastoral, e agora colhem os frutos de um trabalho árduo e perseverante. No dia anterior, em assembléia, os membros da nova Igreja escolheram como presbíteros Cláudio do Amaral Góes, Luiz Cezar de Albuquerque e Marisden Freitas Batista. Compõem a Junta Diaconal Milton de Campos Leite, Geraldo Ferreira da Silva, Marcos Piúna Leite e Paulo Albuquerque Filho. O Rev. Paulo Afonso de Sá, oriundo de Belo Horizonte (MG), foi recebido como pastor da Igreja. Antes dele também contribuíram para que sur-
gisse uma nova Igreja nos limites do Presbitério do Pantanal, PPAN, o evangelista Hermes Baltazar; os missionários Roberto Vieira da Silva Filho, Vandira Santos da Cruz, Eliamar Gomes Carolino e Madalena Neves e os pastores Hiruito de Azevedo, Clemente Arcanjo Albuquerque, Carlos Cooper Iapechino, Marcos Alves Vieira Neto, Vivaldo da Silva Melo, Fernando Glória Caminada Sabra e Ian Carlos Gomes Lopes. A CAÇADA QUE VIROU PESCARIA Se existe um fato inusitado na história da Igreja Presbiteriana de Miranda, este aconteceu num certo domingo de 1984, quando dois jovens, Fábio e Heitor, filhos de Germano de Oliveira, foram caçar nas imediações da Chácara Esperança. Mês de seca, muito calor, depa-
raram com uma casa cujo morador era desconhecido. Como estavam com sede, Heitor sugeriu que fossem pedir água ao desconhecido. Não só tomaram água como foram convidados para almoçar. Nasceu daí uma grande amizade. O hospedeiro, Manoel Francisco de Lima, também conhecido como “Manezão”, era cristão e sabendo que os dois jovens eram presbiterianos, convidou-os para darem início a um trabalho evangelístico na região. A obra alcançou significativo crescimento e o apoio do diácono Genésio de Campos Leite, da então Congregação de Miranda, foi decisivo para que ali nascesse um ponto de pregação, com predominância da etnia terena. Registro histórico da Igreja Presbiteriana de Miranda salienta que “pela onisciência, bondade e misericórdia do Senhor, os irmãos da Chácara Esperança e circunvizinhos foram alcançados pelo evangelho. E o que parecia uma simples caçada transformou-se em uma grande pescaria. Pescaria de homens para Jesus!”. Hoje no local existe um templo presbiteriano, onde acontecem reuniões de estudo bíblico aos domingos e sexta-feiras, dirigidas por Heitor de Oliveira, egresso do Instituto Bíblico Felipe Lands, da Missão Caiuás, em Dourados. Rev. Vivaldo S. Melo é pastor da Igreja Presbiteriana de Aquidauana
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Congresso
Reunidas para repensar o Trabalho Feminino e eleger a nova diretoria, auxiliadoras participam do 15° Congresso Nacional da SAF
Santidade, unidade e paz marcam reunião da SAF
As 565 delegadas de todo Brasil posam para foto oficial do Congresso.
Martha de Augustinis
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epresentando a assembléia máxima do Trabalho Feminino, confederações das Sociedades Auxiliadoras Femininas (SAFs) de todo o Brasil se reuniram no 15° Congresso Nacional das SAFs. O evento aconteceu entre os dias 31 de janeiro e quatro de fevereiro deste ano e levou 565 auxiliadoras na Estância Árvore da Vida, em Sumaré (SP). O tema do quadriênio, Santidade, Unidade e Paz (Efésios de 1 a 6), foi concluído por meio de palestras, reuniões e devocionais, dando destaque à eleição da nova diretoria e aos estudos do rev. Paulo de Tarso Brito de Souza, pastor da Primeira IP de Duque de Caxias (RJ), capelão do Seminário Presbiteriano do Rio de Janeiro e preletor oficial do evento.
O pastor dividiu o tema do congresso em três estudos, buscando elucidar, por meio de textos bíblicos, a Santidade no ouvir, no pensar, no falar e no agir, contextualizando esses subtemas às atividades cotidianas das participantes. Além da palavra do rev. Paulo, o evento contou com uma série de palestras sob o tema geral A mulher que Deus quer usar em face dos desafios do século 21. As palestrantes foram as professoras Keila Coelho Neto V. Glória, com o tema A mulher cristã como embaixadora do Reino dos Céus e Lídice Meyer Pinto Ribeiro com o tema Mantendo a Santidade no Mundo Informatizado; a psicóloga Eloísa Helena Chagas M. Alves com o tema A Mulher que Deus quer na liderança e a professora Solange Tambelini Brasileiro, que tratou do tema Minha família não tem preço. A
prof. Solange é esposa do presidente do Supremo Concílio da IPB, rev. Roberto Brasileiro, que ministrou o culto de abertura, quando aconteceu a entrada solene das bandeiras das sinodais ali presentes. BENÇÃOS DIVINAS A rica programação e a colaboração de todas as congressistas fizeram do 15° Congresso Nacional um marco na história da SAF. Além da presença dos secretários dos 63 sínodos ali representados, todas as palestras, seminários e a eleição foram veiculadas em um telão ao alcance da visão de todos. O mote e o lema da SAF eram lembrados em todas reuniões, sempre dando ênfase à oração e à comunhão com Deus em cada nova decisão. “Deus é maravilhoso! Mulheres dos mais diferentes locais, com seus sotaques, costumes e culturas diferentes pareciam uma
só família. Nossos corações voltados para o mesmo objetivo: glorificar a Deus através de nossas vidas e ouvindo Deus falar aos nossos corações da mesma maneira. Éramos todas irmãs e falávamos a mesma linguagem. Isso é maravilhoso! Sinto saudades de todas”, conta a presidente da Sinodal Norte Paulistano, da região sudeste, Miriam Gomes da Silva. No evento todas as regiões sugeriram e apontaram metas para o andamento da SAF, tanto em âmbito regional, quanto nacional, por meio do projeto Repensando o Trabalho Feminino. A Comissão de Planos e Metas, responsável pela elaboração do documento, apresentou as decisões das congressistas. Tal documento abrangeu desde as missões até as publicações da SAF em Revista, dando maior destaque para as sugestões que envolvem
a terceira idade, o incentivo aos cultos domésticos e o desenvolvimento de projetos mobilizadores para o crescimento da sociedade. O Encontro Nacional de Formação de Líderes, promovido por meio das vice-presidentes de cada região brasileira, também fazia parte do conjunto de propostas apresentadas pelo projeto – sugestão muito aplaudida pelas congressistas. Estandes da Casa Editora Presbiteriana (CEP), da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT) e da Junta de Missões Nacionais (JMN) também se faziam presentes. O presidente da APMT, rev. Sérgio de Paula, conversou com a plenária e fez um apelo às irmãs para que a sociedade não deixasse de divulgar e orar por missões. “Um dos principais compromissos da SAF é orar pelo
Brasil PRESBITERIANO trabalho missionário da igreja”, afirmou a ex-presidente da CNSAF, Leontina Dutra da Rocha. Da mesma forma, o secretário executivo da JMN, rev. Lourival Luiz do Prado, incentivou as congressistas a continuarem em oração e com as contribuições para missões nacionais. Mas o Congresso não foi feito apenas de momentos de decisão e reflexão. As Sinodais de Campinas e Sorocaba, que realizaram a recepção das congressistas, prepararam uma noite cultural com alguns dos trabalhos sociais que as irmãs das SAFs da região exercem. O primeiro trabalho a se apresentar foi o Coral Desafio, da APAE de São Carlos (SP), que é regido e coordenado por duas irmãs do Trabalho Feminino daquela cidade. Em seguida, foi a vez do Projeto Vida – trabalho com crianças e adolescentes carentes – executado pelo Serviço Social Presbiteriano de Americana, da IP Central de Americana (SP). O último número foi do Grupo de Surdos da IP de Itu e Indaiatuba, que encenou a passagem de Lucas 7:36-50. “Essa foi a minha primeira experiência em um Congresso Nacional e o que mais me chamou a atenção foi a organização de todos os atos. Pude sentir a doce e forte mão de Deus conduzindo cada parte, desde as devocionais abençoadas aos plenários, com muita ordem. O momento da eleição foi marcante, pois com 565 delegadas votando, o silêncio e a ordem eram absolutos”, conta Miriam, da Sinodal Norte Paulistano. A eleição da nova diretoria nacional do Trabalho Feminino foi ponto forte do Congresso. Miriam coloca que as líderes a serem escolhidas devem ser mulheres comprometidas com o Senhor, que falem a mesma linguagem, e que possuam respeito mútuo. PLANEJAMENTO A presidente eleita para o quadriênio 2006 – 2010, foi Anita Eloísa Chagas, que nos quatro anos anteriores ocupava a vice-
presidência da região sudeste. Ela afirmou que a nova diretoria possui muitos sonhos para serem realizados nos próximos anos, mas que todas desejam que nesse quadriênio o Trabalho Feminino esteja voltado para a Evangelização e Missões. “Presidir a CNSAFs realmente é uma grande responsabilidade, pois as pessoas esperam no mínimo que sejamos exemplo a ser seguido, e isso não é fácil. Mas Deus nos
a consagração dos nomes da nova diretoria foi um momento muito especial. “É algo sonhado e desejado pela mulher presbiteriana; e não somos diferentes. Estar junto com a ex-presidente Leontina, toda a diretoria e secretárias de atividades no planejamento e execução do Congresso e ao final poder agradecer a Deus pelo mesmo haver transcorrido da forma como foi, também é benção sem medida. A SAF caminha
Março de 2006
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os dias no congresso tudo leva nheiras de diretoria e com as a crer que o tema foi vivi- secretárias de sinodais. Cada do intensamente. A impres- uma delas, dentro da sua área são que tivemos foi de que específica de serviço, muito à todas as auxiliadoras ali pre- vontade diante de Deus desemsentes estavam vivenciando a penhou com toda a fidelidade ‘Santidade, unidade e paz’ profundamente. Diretoria eleita para o Os resultados do 15° quadriênio 2006-2010: Congresso Nacional não é um mérito Presidente apenas da diretoria, Anita Eloísa Chagas mas de cada uma das irmãs membros da Vice Presidente Norte Terezinha Moraes Santana Vice Presidente Nordeste Ana Maria Prado Vice Presidente Sudeste Mathilde Meyer Pinto Ribeiro Vice Presidente Sul Niracy Henriques Bueno Vice Presidente Centro-Oeste Edicélia Tomas Carneiro Secretária Executiva Eloísa Helena Chagas M. Alves Primeira Secretária Edna Coelho Neto Vieira Segunda Secretária Lúcia de Araújo Ramos Martins Tesoureira Maria da Paz Magalhães Sousa Secretária Geral Onilda Portella Peixoto
Nova diretoria eleita para o quadriênio 2006-2010.
colocou nessa posição. Então é nEle que depositaremos com muita humildade, as orações para que nos dê sabedoria, forças e as condições necessárias para exercê-la”, afirma a presidente. O tema do próximo quadriênio será divulgado logo após a primeira reunião da diretoria, nos dias três e cinco de março. A divulgação para toda a IPB será logo após a reunião Executiva que será nos dias 27 e 30 de abril, no Rio de Janeiro (RJ). “Não podemos adiantar mais nada sobre o tema, mas desejamos que, assim como os temas anteriores, esteja inspirando, edificando e estimulando as auxiliadoras por esse imenso e querido país”. Anita conta que a emoção sentida durante a eleição com
muito bem e pedimos a Deus que ajude a nossa diretoria e às irmãs que irão se juntar a nós como secretárias de atividades, a conduzi-la de forma que continue crescendo, atendendo às esperanças depositadas em nós pelas auxiliadoras, pela Igreja e sobretudo pela gratidão que devemos a Deus”. Quando questionada a respeito da importância do Congresso, Anita afirmou que o evento ajudou as auxiliadoras a estarem preparadas para servir melhor a Deus, à Igreja, e em todo o lugar que Deus as colocar. A ex-presidente Leontina, por sua vez, disse que se sente satisfeita e abençoada, tanto com os resultados do quadriênio, quanto com os do evento. “Pelo modo como passamos
sociedade. Durante os cinco dias de evento vimos apenas o reflexo do que elas viveram em todo o quadriênio em suas respectivas SAFs”. Ela ressaltou que o papel das vice-presidentes durante o quadriênio foi fundamental, junto do trabalho das Secretárias de Atividades. “A vices tiveram um papel preponderante atuando junto às suas regiões, o que possibilitou uma maior integração. E também o trabalho consciente de cada secretária de atividades que se esmerou no cumprimento de suas atribuições, ensejando o mesmo em relação às sinodais, federações e SAFs”. E ainda completou dizendo que prestar esse serviço foi muito gratificante e abençoador. “Pude contar com cada uma das minhas compa-
o seu trabalho e esteve à disposição da diretoria, das confederações sinodais, das federações e da SAF”. O culto de encerramento foi presidido pelo secretário executivo do Supremo Concílio da IPB, rev. Ludgero Bonilha de Morais, que logo em seguida dirigiu a Santa Ceia. No início de sua pregação, o reverendo falou sobre a importância da SAF para a IPB e das estatísticas presbiterianas do Brasil. “Vejo o trabalho feminino como um instrumento do Evangelho nas mãos Divinas”, afirmou o reverendo. Antes do encerramento oficial do evento, a nova diretoria divulgou o local do próximo congresso: o 16° Congresso Nacional das SAFs acontecerá em Recife (PE).
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Aconteceu
Congresso Nacional de Adolescentes da IPB proporciona momentos inesquecíveis de comunhão, adoração e despertamento espiritual.
Cinco dias que marcaram a vida UPA
Adolescentes se preparam para marchar pelas ruas de Guarapari (ES)
Caroline Santana
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pós quatro anos de espera, o que significa uma viagem cansativa de longas horas perto da vontade de participar do encontro que reúne adolescentes da IPB de todas as partes do Brasil? Nada, já que os primeiros momentos de comunhão e amizade começam a ser vivenciados nas caravanas. Portanto, pode-se considerar que assim começou a edição do Congresso Nacional da UPA (União Presbiteriana de Adolescentes) de 2006, realizada entre os dias 30 de janeiro a três de fevereiro no SESC de Guarapari (ES), local que acolheu com amor os mais de 900 inscritos. A chegada foi o momento de conhecer os amigos de quarto, aqueles com os quais os dias começariam e terminariam – na recepção, os congressistas receberam a mochila do NaUpa, com a revista oficial do Congresso (com toda a programa-
ção do evento), a Revista Point da Upa, de circulação bimestral, e o crachá de identificação. Dialetos, costumes e culturas diferentes foram aos poucos sendo assimilados, formando naqueles jovens um só coração e um só propósito. ABERTURA Reunidos na parte exterior dos auditórios, os adolescentes ajoelharam-se num momento de oração, agradecendo ao Senhor pela oportunidade de estarem juntos e rogando proteção ao longo do evento. Uma grande bandeira da UPA foi estendida para a entrada dos congressistas, abençoando o espaço separado para as devocionais. Na introdução do culto, o moto da UPA foi recitado. O conjunto musical formado por adolescentes de igrejas presbiterianas de Vila Velha conduziu o momento de louvor. Em seguida, o rev. Haveraldo Vargas, secretário geral da UPA,
passou a palavra para o pregador da noite, rev. Ronaldo Lidório. Baseado no texto de 2 Reis 7:39, o reverendo fez referência ao sermão que seu próprio pai pregou quando ele tinha 15 anos de idade e que o despertou para o trabalho missionário. A passagem bíblica relata a escolha de Deus por quatro homens leprosos, excluídos da sociedade da época, para revelar a fuga dos sirios, algo benéfico para o povo de Israel. Assim, ele frisou que Deus usa quem ele quer para cumprir os seus planos, até mesmo os fracos, os problemáticos e os pecadores, mostrando que somos usados pela sua graça. “Basta dizer sim! Eu quero ser usado pelo Senhor”, afirmou. Da mesma forma que os samaritanos passavam fome e estavam tomados pelo desespero, hoje, mais de 3 mil povos não possuem a bíblia traduzida para suas línguas. Após a mensagem, seguiu-se a apresentação dos grupos de coor-
denação do NaUPA. Um dos destaques foi a equipe dos “Anjos”, composta por congressistas voluntários, dispostos a colaborar para a organização e funcionamento do evento. Encerrando, o grupo de louvor compostos por jovens de igrejas presbiterianas do Rio de Janeiro apresentou a música composta especialmente para o NaUPA 2006. Ao fim do culto, foram realizadas atividades sociais, com brincadeiras e dinâmicas saudáveis. Mas a programação não acabou assim. Os adolescentes dirigiram-se a seus respectivos quartos para realizar a devocional diária, disponível na revista do congresso. Momento que se repetiu nas demais noites, seguindo o programa de devocionais apresentado pela revista. O evento contou também com a Rádio NaUpa. Durante os quatro dias, a emissora veiculou recados, avisos e mensagens, além de músicas evangélicas. A programação
manteve os participantes informados sobre tudo o que aconteceria no NaUpa SEGUNDO DIA Na manhã seguinte, o rev. Ronaldo pregou sobre a vida de Jonas e a ferida de sua alma; o ódio à cidade de Nínive. Foram enfatizados o ato de obedecer a Deus em qualquer circunstância e, mais uma vez, o amor ao próximo, mesmo que esse seja seu inimigo. “Sempre teremos motivações humanas para não obedecer a Deus”, afirmou o reverendo. Porém, “o importante é fazer a vontade do Pai”, concluiu ele. À tarde, ocorreu a primeira reunião de Congresso. Foram compartilhadas e debatidas idéias com representantes de todas as regiões, envolvendo e aproximando as UPAs. À noite, o primeiro jantar temático, “De volta à UCP” (União de Crianças Presbiterianas), homenageou o ministério. Para relembrar a época, os adolescentes vestiram-se
Brasil PRESBITERIANO de super heróis e demais personagens infantis. Na devocional, a educadora Leninha Maia falou sobre os vários embaraços e complexos da adolescência, e como estes podem impedir a aproximação com Deus. Muitos jovens cristãos são caracterizados como “quadrados” por viverem uma vida de santidade, longe das coisas contaminadas do mundo. Porém, “é melhor ir quadrado para o céu do que rolando para o inferno”, completou. TERCEIRO DIA Após a devocional matutina, os adolescentes participaram das clínicas vivenciais. Cada um pôde conhecer dois projetos. Programas desenvolvidos: Pé na estrada, de despertamento e apoio à atividade missionária; Alunos de Cristo, um método de evangelização nas escolas; Turma do Consolo, ministração da bíblia e visitação em hospitais, creches, orfanatos e asilos, e Sede de Justiça, atividades em nome das causas sociais. As delegações do congresso reuniram-se naquela tarde para eleger a nova diretoria da UPA nacional (confira os nomes eleitos no quadro). O presidente eleito, Milson Ribeiro, que já foi presidente de confederação sinodal por três anos, sempre considerou a figura do presidente como algo muito distante. Agora, ele poderá vivenciá-la. “Sonhos eu tenho muitos, mas certeza eu só tenho uma: desempenharei meu trabalho de todo o coração”. Alegria, felicidade e gratidão são sentimentos que expressam a sensação da nova secretária executiva, Mariana Marcolino. “Estou muito grata a Deus por esse presente maravilhoso. Sei que é um cargo de muita responsabilidade, mas Deus é soberano e vai me capacitar”, afirmou. O segundo jantar temático, “UPA Esporte Clube”, reuniu torcidas de grandes times brasileiros. Apesar das rivalidades existentes no futebol, os adolescentes deixaram-nas de lado em nome de uma equipe maior: a de Jesus Cristo.“Somos mais do que vencedores, independentes da camisa”, afirmou o rev. Carlos Aranha Neto. O rev. Deivson Torres, mensageiro da noite, apontou algumas características de um participante do
time de Deus. E ressaltou que o Senhor convoca seus servos para grandes desafios. Portanto, “Sê forte e corajoso” (Js 1:6), assim como foi Josué, homem reto e íntegro que foi “escalado” para conduzir o povo de Israel rumo à conquista da terra prometida. QUARTO DIA Na manhã seguinte, os adolescentes tomaram as ruas de Guarapari. Juntos e uniformizados com a camiseta oficial do NaUpa – Secretaria da IPB e Confederação Nacional dos Adolescentes presentearam os congressistas com
a camiseta e a mochila oficiais do Congresso –, todos marcharam proclamando o amor de Cristo, distribuindo folhetos e pregando a Palavra. Nem o sol forte calou as vozes que anunciavam “ei, você aí, Jesus te ama”. O momento impactou a cidade e foi uma experiência única para os adolescentes. “Todos os que ali estavam saíam seja de onde fosse para ver a grande marcha que estava acontecendo. Havia sorriso no rosto de todos e muitas pessoas querendo pegar os folhetos”, relatou Isabela Dias, da IP de Volta Redonda (RJ).
Diretoria eleita da UPA Presidente: Milson Jonatas Borges Ribeiro (Governador Valadares – MG) Vice- presidente nordeste: Danilo Lopes (Cocos – BA) Vice- presidente sudeste: Priscila da Silva Matias (Rio de Janeiro- RJ) Vice- presidente norte: Tassio Gonçalves (Palmas – TO) Vice- presidente sul: Franklin Valentin (Vila Operária – SC) Vice- presidente centro-oeste: Helder Barbosa Maciel (Várzea Grande – MT) Secretária Executiva: Mariana Marcolino dos Anjos (São Paulo – SP) 1º secretário: Thiago Maia Ferreira Cavalcanti (Rio de Janeiro –RJ) 2º secretário: Letícia Laviola Laignier (Baixo Guandú – ES)
Março d e 2 0 0 6 No culto da noite, o mensageiro foi o rev. Walcyr Gonçalves, secretário geral da União da Mocidade Presbiteriana (UMP). Baseado em Ec.12:1, enfatizou que viver a juventude apegado a Jesus é o melhor projeto de vida. Membros da diretoria nacional da Mocidade fizeram-se presentes no culto. Completando as palavras proferidas pelo rev. Walcyr, o Pb. Júlio César Mendes Pereira, presidente da Confederação Nacional da Mocidade (CNM) também incentivou os adolescentes a permanecerem firmes no santo caminho. Após esse período, a nova diretoria da UPA foi apresentada na companhia dos membros da diretoria anterior. O presidente do Supremo Concílio da IPB, rev. Roberto Brasileiro, rogou ao Pai celeste as mais ricas bênçãos sobre a vida de cada um deles. O ex-presidente Alex Brito falou sobre a alegria de ter completado uma trajetória de cinco anos abençoada por Deus. Mas não conseguiu esconder o sentimento de tristeza. “Cinco anos não são cinco dias. É uma caminhada e tanto. Certamente começaria tudo de novo”, afirmou. Nessa noite, os adolescentes foram mais uma vez desafiados a ser sal e luz. Em um ato simbólico, velas foram distribuídas a todos os presentes. Progressivamente, cada um acendia a do outro. A iluminação do auditório foi desligada, enquanto o cântico “Brilha Jesus” era entoado, conclamando os ado-
Tesoureira: Isabela Guerra Gonçalves (Governador Valadares – MG)
Programa Alunos de Cristo, ministrado pelo rev. Deivson Torres
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lescentes a serem sal da terra e luz do mundo. ÚLTIMO DIA Na devocional do último dia, o tesoureiro da IPB, Pb Renato José Piragibe, que acompanhava o presidente do Supremo Concílio, também incentivou os adolescentes a progredirem nos caminhos do Senhor. E revelou: “Os melhores dias da minha vida foram e continuam a ser dentro da igreja”. O rev. Roberto Brasileiro dirigiu da cerimônia de posse da nova diretoria. Ele enfatizou que “toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto”, (Tg 1:17). Portanto, ter sido eleito para a direção da UPA é uma benção do Pai celeste. Frisou ainda que o trabalho em equipe é essencial. Ao fim da mensagem, os presentes participaram também da Santa Ceia. O NaUPA não poderia deixar de reconhecer o esforço, competência, dedicação e empenho do secretário geral de adolescentes. O rev. Haveraldo e sua família foram abençoados e homenageados pelo trabalho expressivo na IPB. A equipe de coordenação do NaUPA também foi digna de agradecimentos. Por meio dessas pessoas, que colocaram suas vidas em prol do congresso, o desenrolar de toda a programação e logística do evento foram um sucesso, para honra e glória de Deus. “Ao mestre sejamos fiéis, nas trevas sejamos luz, nas lutas sejamos fortes, servindo ao Senhor Jesus” (moto da UPA).
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Solidariedade
Parceria entre IP e Igreja Batista organiza ONG em região carente
Auxílio mais que necessário Da Redação
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o natal do ano passado, o município carente de Salto da Divisa, região do Baixo Jequitinhonha, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, foi presenteada com a Ong Comunidade AutoSustentável, projeto criado a partir de uma parceria entre duas igrejas de denominações importantes: a Igreja Presbiteriana de Salto da Divisa (campo missionário) e a Igreja Batista local. O projeto foi criado com o objetivo de oferecer à população da região oportunidades de emancipação social – a região ainda é dominada, em pleno século 21, por famílias tradicionais dos antigos coronéis, como acontece em algumas regiões pobres do país. A política em Salto da Divisa ainda é coronelista,
Educação
dos tempos do Brasil-colônia, servindo portanto de instrumento de opressão e manipulação – que segue à risca o ditado popular “manda quem pode, obedece quem tem juízo” – e à serviço dos interesses políticos e até particulares destas famílias. Porém, por meio do missionário Gilberto da Penha de Andrade, a IP local tem sido responsável por mudar essa realidade triste e que ainda assola alguns municípios brasileiros. O projeto da Comunidade Auto-Sustentável tem oferecido aos moradores do município cursos gratuitos de computação, inglês comunitário, aulas de reforço escolar, além da escola de futsal, voley e handebol, que tem como alvo trabalhar com as crianças carentes da cidade, como instrumento de integração social. A organização não-gover-
Salto de Divisa, no Vale do Jequitinhonha: política ‘coronelista’ oprime população
namental está registrada sob o nome de Associação Cristã de Promoção Social e Cultural das Comunidades do Vale do Jequitinhonha, e atualmente procura profissionais voluntários na área de saúde para atuar no trabalho. O objetivo para os próximos meses é também organizar cursos profissionalizantes e promover doaçõesde roupas e brinquedos
com o objetivo de suprir algumas das necessidades da população local. Atualmente, a IP de Salto da Divisa conta com dez membros congregados e três comungantes. Por sua vez, a escola dominical já registra a presença de 30 alunos. Esta é a segunda igreja plantada pelo missionário Gilberto. Antes da IP de Salto da Divisa,
ele iniciou o trabalho da IP de Curionápolis, no Sul do Pará, que continua ativa a levar a bandeira do Evangelho de Salvação naquela região do país. Interessados em auxiliar o trabalho realizado em Salto da Divisa podem entrar em contato com o missionário Gilberto Penha de Andrade pelo email gilbertomissiona rio@yahoo.com.br
Resolução do MEC autoriza escolas de teologia reconhecidas a validar créditos obtidos em seminários
Formatura da primeira turma de validação A
conteceu no último dia 22 de fevereiro a cerimônia de formatura da primeira turma de validação na área de teologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. A partir de uma resolução do Ministério da Educação (MEC), que autoriza esco-
las de teologia reconhecidas a validar os créditos obtidos em seminários maiores das denominações, o Mackenzie iniciou o projeto, a pedido do Supremo Concílio da IPB. O Rev. Dr. Antônio Máspoli deu os primeiros contornos do programa, que após ser aprovado pelos
Conselhos da Universidade e pelo MEC, entrou em operação em janeiro do ano passado. Atualmente, mais de 250 alunos estão matriculados nas turmas especiais e regulares. Esta é a primeira turma que se forma a partir da aplicação da resolução do Ministério.
A cerimônia foi realizada no auditório Ruy Barbosa da Universidade, em São Paulo, e contou com a participação do Rev. Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da IPB, além de outras autoridades eclesiásticas e acadêmicas. O programa de teologia do
Mackenzie não visa a formação de pastores. Com o diploma de teólogo reconhecido, os pastores presbiterianos e de outras denominações terão melhores condições de ingressar em cursos superiores e também de lecionar religião nas escolas.
Brasil PRESBITERIANO Ação social
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IP da Saúde trabalha pelo desenvolvimento social de comunidades carentes da região sul de São Paulo
Instituto Anima evangeliza e promove integração Filipe Albuquerque
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m outubro de 2003, a Igreja Presbiteriana da Saúde, na zona sul da capital paulista, decidiu compartilhar com a comunidade carente da região o amor recebido da parte de Deus. Liderança e membros da IP entenderam que era hora de oferecer uma perspectiva diferente aos jovens das classes D e E daquela localização da cidade. Para isso, fundaram o Instituto Anima. Hoje, quase seis anos após sua criação, o Instituto atende cerca de 150 famílias. Para este ano, os planos são de dobrar a capacidade de ação. Dividido em módulos, o trabalho oferece escola de informática, grupo de artesanato, alfabetização de adultos, reforço escolar, orientação vocacional e psicológica, e orientação espiritual. “Nosso objetivo é o atendimento de crianças e adolescentes, na faixa-etária de 10 a 17 anos de idade, e que se encontram em vulnerabilidade social”, explica Acyr Ferreira Costa, responsável pela administração do Instituto. Ele afirma que, muito mais que um programa de ação social, o projeto nasceu no coração do povo da IP da Saúde e de sua liderança, “em cumprimento à palavra de Deus que, através de Jesus, nos diz sobre sua própria missão e a nossa como Corpo”, e cita como exemplo a passagem de Lucas 4:18 e 19: “O espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos
cativos e restauração, da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos e apregoar o ano aceitável do Senhor”. Por meio das atividades oferecidas, o instituto visa trazer esperança às famílias assistidas pelo Evangelho, e criar oportunidades de valorização do relacionamento familiar, da educação e da profissiona-
básico dos programas Word e Excel. Com o reforço escolar e a alfabetização de adultos, fornece apoio ao aluno com dificuldades escolares por meio de atividades educativas que visam contribuir com o desempenho escolar. O diferencial do processo é o vínculo próximo e afetivo estabelecido com os atendidos pelo
ta-feira, das 9h às 17h, no espaço social da IP da Saúde. “Desenvolvemos oficinas de trabalhos manuais visando a profissionalização e o desenvolvimento das cooperativas locais que traçam um horizonte de trabalho não só entre os jovens, mas em toda a comunidade”, esclarece Acyr. Ele acrescenta que as oficinas
pessoas assistidas pelo Anima; cumprimento da missão da Igreja enquanto corpo de Cristo
lização. “Tornando a família participante dessa transformação, visamos atingir não só o indivíduo, como sua célula familiar e comunitária”. O programa conta com duas empresas patrocinadores. A Microlins oferece o curso de formação profissional. A Corporis tem atuado como mantenedora do projeto, a colaborar com os salários da coordenadoria geral do Instituto e da coordenadoria de informática. No módulo de informática, o programa oferece ensino
Anima e seus familiares, e a inserção da orientação cristã, abordada de forma prática e descontraída durante as aulas. Aos alunos do módulo sobre orientação vocacional, o projeto apresenta informações sobre profissões, mercado de trabalho e cursos profissionalizantes. No trabalho desenvolvido com o grupo de artesanato, o Anima ensina técnicas para trabalhos em crochê, tricô, ponto cruz, tear, patchwork, corte e costura, e criação de bijuterias. Este módulo é realizado toda quin-
de artesanato hoje atendem principalmente aos pais dos jovens trabalhados no Anima. Segundo ele, as oficinas de artesanato proporcionam real oportunidade de negócio, como as de bordado, bijuteria e patchwork, além da possibilidade de incremento no orçamento doméstico. Há ainda o programa de orientação cristã, cujo objetivo é apresentar o plano de salvação e promover reflexão da própria existência nas dimensões física, mental, espiritual e social. Assim,
o instituto busca identificar os significados estabelecidos entre crenças internas e externas, valores e atitudes. Além destas ações, o Anima oferece trabalho interdisciplinar, que é realizado com todos os assistidos e dentro de suas comunidades. Esta parte do projeto lida com temas relevantes, oferecendo, por exemplo, palestras sobre saúde – saúde da família, amamentação, higiene sanitária, sexualidade na adolescência, métodos de contracepção, prevenção de doenças –, aproveitamento total de alimentos, relações familiares, desenvolvimento social, organização comunitária etc.. “Desenvolvendo um trabalho sócio-educativo de caráter preventivo, através de atividades planejadas que respeitem a capacidade de cada um, buscamos a multiplicação de conhecimentos, o desenvolvimento de um trabalho em conjunto com toda a área pedagógica da unidade de ensino do jovem, e desenvolver a pessoalidade, sociabilidade, caráter e valores éticos e morais”, completa Acyr. Em texto institucional, a organização do Instituto Anima ressalta que a experiência do desenvolvimento de um projeto social no ambiente da igreja proporcionou uma surpresa agradável: a mobilização de pessoas unidas em prol de uma causa – a de servir. Mais informações sobre o Instituto Anima pelos telefones (11) 5585 9057, 5072 5123 ou 5584 7645, ou pelo email anima.instituto@gmail. com.
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Missões
Secularização, consumismo e tradições religiosas são desafios enfrentados por casal de missionários presbiterianos na Austrália
Missões do outro lado do planeta Filipe Albuquerque
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estão na segunda posição em termos de distribuição junto aos nativos. Mas a secularização segue a passos firmes entre os nativos e residentes naquele país. Líderes cristãos australianos revelaram que templos cristãos têm sido vendidos
provado. De acordo com Júlio, a Austrália está entre os cinco países mais difíceis de serem evangelizados. “Dizem que as igrejas cristãs fecharão suas portas nos próximos 50 anos. É quase comum ir a feiras ou lojas onde encontramos bíblias
pregação da Boa Nova de Salvação. “Pudemos ver (em Londres) vários templos evangélicos (batistas, presbiterianos, metodistas etc.) sendo comprados por muçulmanos e outras religiões. Igrejas pequenas se unindo ou fechando as por-
uando o casal de missionários presbiterianos Júlio Marcelo Ferreira dos Santos e Celeste Barros dos Santos desembarcou em Perth, região oeste da Austrália, em setembro de 1996, não fazia idéia dos desafios que o campo na Oceania apresentavam. Após temporadas missionárias na Bolívia, Reino Unido, Espanha, Portugal, além do trabalho iniciado no Brasil, a realidade que se apresentou diante deles na Austrália revelou-se distinta das já enfrentadas anteriormente. Tradições religiosas extremamente arraigadas e o secularismo vivido naquele país atualmente foram algumas das situações que deixaram o casal preocupado com os dias que estavam por vir. Mas o chamado para missões e a certeza de que a vontade divina é de que o casal esteja focado na evangelização dos povos de língua portuguesa residentes naquele O rev. Júlio no estúdio em Perth de onde transmite os programas: vidas país foram suficientes para abençoadas por meio dos programas transmitidos em língua portuguesa fortalecer a família naqueles dias difíceis de adaptação e e transformados em casas presenteadas sendo vendi- tas completamente. Muitos afirmam que a teologia choque cultural. “Em se tra- noturnas, restaurantes e das”, lamenta. A colonização britânica liberal arruinou as igrejas tando de Austrália, tardamos endereços comerciais. Estas mais de cinco anos espe- informações constam no ocorrida na Austrália não no Reino Unido”, lembra o rando as portas se abrirem. blog alimentado periodica- facilitou automaticamente missionário. Para ele, a Austrália segue Tinha no meu coração abso- mente pelo Rev. Júlio (ver o campo para a expansão luta certeza de que Deus nos Box), ferramenta eficiente da fé cristã reformada. A o mesmo caminho, “embora traria para cá”, revela o rev. para manter interessados experiência vivida pelo Rev. certos líderes não queiram em seu trabalho atualizados Júlio em Londres, antes de admitir e os neo-pentecosJúlio. País de colonização britâ- com o que tem sido feito fixar residência em Perth, tais sempre falem de um nica, a Austrália tem 26% na Austrália. O missionário mostrou que a cultura do reavivamento que está chede sua população formada afirma que o secularismo no Reino Unido não é sinô- gando”. Ele lamenta o fato por anglicanos; os católicos país é estatisticamente com- nimo de facilidade para a de a fé reformada, naquele
país próspero, cujo índice de alfabetização acima dos 15 anos é de 100%, estar subdividida e, atualmente, lutando para manter seus membros. “A igreja presbiteriana do Estado de Victoria, em Melbourne, comemorou a diminuição da velocidade do decréscimo de seus membros. Entre os campos por que passamos, a Austrália tem sido, com certeza, o mais difícil”. PLANO DE AÇÃO A comunidade de língua portuguesa residente em Perth é o foco da ação do trabalho missionário desenvolvido pelo Rev. Júlio e sua família. Segundo ele, informações não oficiais registram um pouco menos de 400 brasileiros residentes na cidade. Mas a região conta com uma comunidade portuguesa, oriunda da Ilha da Madeira, de tamanho considerável. “O objetivo é alcançar pessoas de fala portuguesa, depois, os hispanos”, comenta o missionário. “No dia-a-dia, tentamos alcançar a todos que surgem em nosso caminho. A Austrália é um país multicultural”, destaca. A realidade dos brasileiros que escolhem a Austrália é a mesma dos que embarcam para os Estados Unidos ou para diferentes países do mundo. O sonho de substituir uma vida de total instabilidade econômica no Brasil por dias mais estáveis, somado a certa dose de consumismo, sublima a necessidade de cuidados com questões emo-
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Reunião em um dos lares de famílias evangelizadas pelo trabalho desenvolvido em Perth
cionais e espirituais, além de uma vida de comunhão com Deus. “Os estrangeiros também entram na corrida consumista”, constata o rev. Júlio. “Quase todo feriado em que ele puder fazer um dinheiro extra, ele faz. A Austrália é um dos países em que mais se trabalha. Por isso, nem sempre a pessoa prioriza ler a Bíblia ou ir à igreja. Em pouco tempo, esfria”. Segundo o missionário, grande parte dos brasileiros que procuram o país para viver prefere Sidney por ser mais fácil encontrar trabalho naquela cidade. E novamente, segundo relato do reverendo, os problemas pelos quais passam naquele país são praticamente os mesmos enfrentados em países como os Estados Unidos, Inglaterra e demais locais onde a presença de brasileiros é maciça; trabalho, ilegalidade e a luta para se regularizar junto à imigração. Mas, para Júlio, é triste ver o modo como os brasileiros são influenciados pelo secularismo. “É difícil
ver um evangélico com a mesma firmeza anterior. As razões são as mais distintas: ganhar dinheiro, estar ilegal ou viver um cristianismo ‘light’. Alguns entram como turistas, tentam casar e viver em regime de concubinato para pegar o visto permanente. Obviamente não se pode generalizar”. Para atender à comunidade de língua portuguesa, o trabalho conta com o programa Cada Dia, produzido pela Luz para o Caminho (LPC) e transmitido por uma emissora de rádio FM portuguesa, com audiência satisfatória, e um programa curto em espanhol. Neste ano, o rev. Júlio pretende incrementar o programa na FM portuguesa e estender o tempo do transmitido em língua espanhola. Outro problema enfrentado pelo casal é o suporte financeiro. Como o sustento missionário atualmente não permite ao casal viver exclusivamente dedicado ao trabalho no campo, o Rev. Júlio e Celeste precisam de trabalhos seculares para
continuar em Perth. Mas para este ano, o objetivo do casal é obter sustento suficiente para que possam diminuir o tempo dedicado nos empregos regulares, dando atenção ainda maior ao ministério. E se tudo correr como o planejado, 2006 será também o ano em que igrejas serão plantadas em Sidney e outras capitais australianas. Consta ainda, na agenda de projetos para este ano, a criação de um programa de TV. PRIMEIROS DIAS A família do missionário também enfrentou dificuldades tão logo chegou em Perth. Além da falta de recursos financeiros, que obrigou o casal a correr atrás de emprego logo nos primeiros dias de residência na Austrália, e os problemas já citados do secularismo impregnado na sociedade australiana e das tradições religiosas de fundamentos questionáveis, o casal e as filhas estiveram diante do maior choque cultural já enfrentado por eles. O rev. afirma que a vontade de
Março de 2006 voltar para o Brasil tomou conta da família nos primeiros meses de estadia em Perth. Até hoje Júlio não se considera adaptado à realidade daquele país, e sim “conformado”. “Se eu soubesse o que iria passar nesse sentido (adaptação), talvez não tivesse vindo para a Austrália com filhos na adolescência”, pondera o missionário, pai das meninas Kamila, Karoline e Kéziah. “Para nossa cultura e outras similares, a questão familiar aqui é diametralmente oposta”, aponta o reverendo, que destaca que, nos primeiros dias de Austrália, uma das filhas enfrentou crises de depressão. FRUTOS A despeito de todos os desafios enfrentados pela família do Rev. Júlio nestes quase
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dez anos em Perth, parte ocidental da Austrália, os resultados colhidos pelo trabalho missionário são animadores. Entre eles, o missionário ressalta a ação que resultou em vidas sendo resgatadas da prostituição, do álcool e das drogas, incluindo o resgate de pessoas envolvidas com seitas diversas. “Temos também ouvintes do programa Cada Dia, que nos telefonam dizendo o quanto têm sido abençoadas por Deus por meio da rádio”, vibra. Para mais informações sobre o trabalho realizado pela família do Rev. Júlio na cidade de Perth, escreva para julio_mfs@yahoo.com. br, ou acesse o blog constantemente atualizado pelo missionário, no endereço http://juliocelesteaustralia. zip.net
Blog é ferramenta de missionário para auxiliar no trabalho de evangelização O blog é uma ferramenta criada na Internet, que funciona como uma espécie de diário virtual. Qualquer pessoa pode criar e atualizar seu próprio blog, sem a necessidade de conhecer HTML, Java ou qualquer outro instrumento utilizado na criação de websites. O rev. Júlio tomou emprestada a idéia de milhares de jovens espalhados pelo mundo, que usam os blogs para comentar sobre as dores e as delícias da vida juvenil, e resolveu criar um diário eletrônico em que consegue manter informados parentes, amigos e auxiliadores de seu trabalho via Internet. No blog, cujo endereço é a soma dos nomes do missionário e da esposa, Júlio veicula testemunhos, informações sobre obtenção de visto para quem pretende estudar ou trabalhar na Austrália, e textos pertinentes ao trabalho missionário em Perth. Até o fechamento desta edição, a mensagem mais recente deixada pelo reverendo no blog trazia informações sobre os programas de rádio e de que maneira a veiculação desses programas tinha sido útil para a quebra de barreiras que muitos possuíam com relação ao trabalho desenvolvido por ele naquela cidade.
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Evento
No coração do Brasil: Congresso realizado em Caldas Novas reune 500 jovens
15º Congresso da Mocidade Presbiteriana Lucas Heler e Marina de Moura
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na história dos Congressos Nacionais, o que encheu de cores, sotaques e sonoridades, que só a diversidade cultural do nosso grande país é capaz de reunir. A Mocidade Presbiteriana do Brasil se envolveu de corpo e alma com o tema proposto pela gestão 20022006. Durante quatro anos,
Mendes Pereira, Presidente da CNM, “percebemos que a Mocidade resgatou valores importantes ensinados pelo Senhor da Igreja. Resgatar valores e reformar atitudes e comportamentos é construir base sólida para avanços significativos. Nesse sentido, o tema do Congresso Nacional – Quem vê cara, vê coração?
foram ministradas pelo Rev. Samuel Vieira com mensagens que estimularam os congressistas a conhecerem sua própria identidade e mudá-la de acordo com a vontade de Deus, retirando os véus que impedem de nos aproximarmos verdadeiramente do Senhor (II Co 3.12-18). Ele ainda faz um
cada quatro anos os jovens presbiterianos de norte a sul do Brasil se reúnem para a maior festa da Mocidade Presbiteriana, o Congresso Nacional. No coração do país, a cidade de Caldas Novas-GO recebeu cerca de 500 jovens na 15ª edição do Congresso Nacional da Mocidade Presbiteriana, realizado durante os dias 16 a 21 de janeiro de 2006, todos com objetivo de adorar ao nosso Deus e fortalecer o trabalho D´Ele. O tema “Quem vê cara, vê coração?” foi amplamente debatido pelos preletores Rev. Roberto Brasileiro (Presidente do Supremo Concílio da IPB), Rev. Walcyr Gonçalves (Secretário Geral da Mocidade) e Rev. Samuel Vieira (Presidente do Sínodo Brasil Central), além de diversas oficinas ministradas pelo Pb. Uriel Heckert (Relações Interpessoais), Rev. Haveraldo Jr. (Evangelização Urbana), Pb. Momento de louvor durante o Congresso; tema do evento resgata a idenMax Freitas Mauro Filho tidade do jovem presbiteriano e o seu papel na sociedade e no reino de (Política e Cristianismo), Deus Banda Expresso Luz (Música e Adoração) e Rev. estudou a mensagem regis- – vem resgatar a identidade alerta, baseado em Mateus Enos Moura (A Mocidade trada na carta de Paulo aos do jovem presbiteriano e o 9.32-34, de que nem sempre tem História). Romanos, versículo 12:2, e seu papel na sociedade e no quem vê cara, vê coração, e Os momentos de louvor entendeu que, para transfor- reino de Deus”. para que nossa cara e coraforam conduzidos pelos mar o mundo, a sociedade e Na noite de abertura a pala- ção reflitam a Cristo, precimúsicos da Banda Expresso até mesmo a Igreja, é neces- vra trazida pelo Rev. Roberto samos reconhecer a origem Luz, não faltando no reper- sário, antes de tudo, não se Brasileiro foi baseada em de nosso pecado e não ficar tório músicas atuais e alguns conformar às formas de pen- Isaías 53.2-6 e 10, e com apenas na superficialidade. cânticos do passado. samento e comportamento esta mensagem ele desafiou De acordo com o Rev. Esta edição registrou a secular, e ainda renovar a os jovens a refletirem a bele- Samuel, “o tema escolhido maior representativida- sua mente dia após dia. za de Cristo em suas vidas. para o Congresso é de extrede dos Estados brasileiros Segundo o Pb. Júlio César As palestras dos demais dias ma relevância, pois, numa
época em que os jovens são tão apegados à aparência, encontrar a felicidade verdadeira só é possível quando entregamos nossa vida a Deus, assim, nossa identidade é transformada, nossos véus são removidos e nossos pecados são tratados desde a raiz”. Nos seminários promovidos durante o Congresso, a ação de Deus foi tão sensível quanto nos cultos e palestras; o seminário ministrado por Índio Mesquita, integrante da banda Expresso Luz, teve como tema “Louvor e Adoração”, advertindo os jovens que, para ministrar louvor, é fundamental conhecer a Bíblia e nossa doutrina, pois a doutrina que se canta é a doutrina que se vive, levando-nos a uma vida de adoração ao nosso Deus. O seminário sobre Cristianismo e Política, ministrado pelo Prefeito de Vila Velha (ES), Pb. Max Freitas Mauro Filho, foi enriquecedor para o jovem presbiteriano. O Prefeito demonstrou o envolvimento político de alguns personagens registradas na Bíblia e também de João Calvino - o grande reformador que foi Prefeito da cidade de Genebra, motivando os presentes a participarem da vida da cidade e da nação, tendo sempre Cristo como exemplo. No seminário sobre Relações Interpessoais, o médico psiquiatra Pb. Uriel Heckert sensibilizou os jovens sobre nossa condição
Brasil PRESBITERIANO de seres humanos únicos, enfatizando que esta visão é essencialmente cristã, refletindo sobre nosso reconhecimento como pessoa, reconhecimento de Deus como pessoa e as implicações desta visão para o nosso relacionamento com Ele. Para mostrar que a Mocidade Presbiteriana tem história, uma verdadeira viagem no tempo foi proposta pelo Rev. Enos Moura, ins-
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tigando os jovens líderes a vôos cada vez mais altos na condução dos trabalhos em cada região do Brasil. Aproveitando a ocasião do Congresso três grandes colaboradores da UMP em âmbito nacional foram homenageados com o título “Amigo da Mocidade”, em reconhecimento ao apoio e dedicação à juventude presbiteriana: Rev. Enos Moura – Secretário Geral
Diretoria da CNM 2006-2010 Presidente: Pb. Júlio César Mendes Pereira Presidente da CNM (2002-2006) Confederação Sinodal Rio Doce / MG Vice-presidente Região Norte: Corrie Elizabeth Ault Vice-presidente Norte da CNM (2002-2006) Confederação Sinodal Setentrional / AM Vice-presidente Região Nordeste: Pb. Pedro Pereira Barros Sobrinho Vice-presidente Nordeste da CNM (2005-2006) Confederação Sinodal Garanhuns / PE Vice-presidente Região Sudeste: Diác. Graziane Valentim da Silva Confederação Sinodal Pampulha / MG Vice-presidente Região Centro-Oeste: Éber Eurípedes de Souza Confederação Sinodal Araguaia-Tocantins / TO Vice-presidente Região Sul: Quelita da Silva Sinodal Curitiba / PR Secretário Executivo: Pb. André Luiz Moraes de Almeida Confederação Sinodal Leste de Minas / MG 1ª Secretária: Lílian Rodrigues Lima Confederação Sinodal Taguatinga / DF 2ª Secretária: Tirza Monteiro 2ª Secretária da CNM (2002-2006) Confederação Sinodal Campinas / SP Tesoureiro: Dc. Fabiano Silva Garcia Confederação Sinodal Leste Fluminense / RJ
Nova diretoria da CNM (à partir da esquerda): Rev. Walcyr, Pb. Júlio César, Corrie, Éber, Pb. Pedro, Dc. Graziane, Quelita, Pb.André, Lílian, Tirza, Fabiano
da Mocidade (1994-1999); Pb. Renato José Piragibe - Tesoureiro da CNM (1986-1990), Tesoureiro do Supremo Concílio (19982006); e Pb. Vilson Sebastião Ferreira – Secretário de Esporte e Recreação (19982002), Vice-presidente Sudeste (2002-2003). O Congresso Nacional é o maior fórum deliberativo da UMP com o objetivo de avaliar e repensar as nossas atividades e idéias em âmbito nacional. É ainda a maior escola de líderes e a maior fonte de renovação de forças. “É impossível não sofrer o impacto transformador provocado por um evento desses. Tenho certeza que cada participante saiu maravilhado com a dimensão e profundidade desta geração que serve a Deus cuidando da juventude”, diz Rev. Walcyr Gonçalves, Secretário Geral da Mocidade. Durante cinco dias os delegados se dividiram em comissões, responsáveis pela análise das diversas áreas que compõem o trabalho da Confederação Nacional
da Mocidade. Ao concluir este trabalho, cada comissão apresentou suas considerações em um relatório, contendo ainda propostas para a melhoria das ações da CNM. Este conteúdo será compilado em forma de um boletim a ser publicado na edição da Revista Mocidade Presbiteriana do mês de abril. Após o intenso trabalho das comissões e apresentações dos relatórios, passou-se ao processo eleitoral da nova Diretoria da Confederação Nacional da Mocidade Presbiteriana, para o quadriênio 2006-2010 (confira box), com um resultado inédito na história da CNM. Desde a organização da Confederação, em 1946, esta é a primeira vez que um Presidente Nacional é reeleito. O Pb. Júlio César Mendes Pereira foi reeleito em primeiro escrutínio para seu segundo mandato frente à CNM. “Vejo a reeleição como um presente de Deus e o cumprimento da promessa descrita em Mateus 20.25-28”
– comenta Júlio. “Hoje estou mais maduro, experiente e igualmente motivado. Começar uma gestão com a visão do todo e não com a visão da soma das partes proporcionará a mim a chance de continuar investindo em estratégias e ações que deram certo e trabalhar os pontos a serem melhorados. Creio que tanto eu quanto a Confederação Nacional saberemos aproveitar o momento para conduzir a Mocidade Presbiteriana em seu processo de reforma mental e comportamental pautados por princípios cristãos”. Ao final deste grande evento fica a certeza de que as belezas naturais e as águas termais de Caldas Novas foram o cenário perfeito para bons momentos de lazer e comunhão entre os congressistas, compartilhando experiências que certamente serão levadas para cada canto do país.
Lucas Santos Heler e Marina de Moura - Assessoria de imprensa da CNM
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Biografia
Rev. Ludgero é parte da trajetória recente do Presbiterianismo no Brasil
Personagem da história da IPB Da redação
A
história do rev. Ludgero Machado Moraes, falecido no ultimo dia 14 de janeiro, confunde-se com a história da IPB. Nascido em 17 de dezembro de 1920, o rev. Ludgero permeou momentos significativos da trajetória da Igreja a partir do final da primeira metade do século 20. Novembro de 1946 reservou significativas transformações para a vida do
jovem Ludgero. Capixaba nascido na cidade de Alegre, formou-se em Teologia no Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas, em 16 de novembro daquele ano. Sete dias depois, casou-se com Josenira Bonilha de Moraes. Em fevereiro de 1947, Ludgero foi ordenado pastor, e no mesmo ano, assumiu a IP de Muqui (ES). Durante 12 anos, foi missionário da Junta de Missões Nacionais da IPB. No período, foi pioneiro ao implantar trabalho presbiteriano na cidade de
O ministério do Rev. Ludgero permeou momentos importantes da história da IPB
Ponte Nova (MG). O ano de 1957 o trouxe a São Paulo, onde atuou em São Caetano do Sul, cidade do ABC Paulista, onde permaneceu por 33 anos. Na região, pastoreou as IPs Filadélfia, São Caetano do Sul, Vila Paula, Vila Gerti e IP de Diadema. Entre suas importantes contribuições para a história da IPB está a construção de 21 templos ao logo do ministério. Em 1990, foi jubilado na IP de Diadema, voltando em seguida para o ES, na cidade
de Meaípe. Em 2005, o Rev. Ludgero decidiu que era hora de voltar a São Paulo, e escolheu a cidade onde formou-se em Teologia. Em Campinas, pastor e família freqüentaram a IP de Barão Geraldo. Josenira e Ludgero tiveram seis filhos – Ludgero, Paulo Rubem, Hamilton, Lucila, Priscila e Marila – e 12 netos. O Rev. Lugdero Bonilha Moraes é pastor da 1ª IP de Belo Horizonte (MG) e Secretário Executivo do Supremo Concílio da IPB.
Gratidão Por Ludgero Bonilha de Moraes Estimados irmãos; quero registrar aqui nossa gratidão pelas manifestações de todos os irmãos que, através de e-mail, telefonemas, centenas de telegramas, a presença de tantos colegas pastores no sepultamento do papai, várias comitivas de igrejas por onde pastoreou, uma caravana de Belo Horizonte de irmãos muito amados, deixaram sua palavra de carinho e amizade nesta hora que meu pai querido foi chamado à presença do Senhor. Teve ele uma morte tranqüila. Na noite anterior, foi deitar no horário de costume dele e visto que estavam recebendo em casa a visita de uma irmã sua, a mamãe ficou acordada um pouco mais. Uma meia
hora depois papai se levantou e foi à sala e disse para minha mãe, com aquele tom que só o papai sabia fazer: “querida, passei a mão do seu lado da cama e ela estava vazia. Eu quero ter você sempre perto de mim.” Foram deitar, dormiu bem a noite toda e pela manhã mamãe levantou-se antes dele. Daí uns minutos ouviu um som de uma respiração mais forte, papai estava morrendo. Morreu cercado de amigos. A médica que o atendia veio à casa da mamãe e disse: “Rev. Ludgero era uma pessoa muito especial. Eu tenho por ele um grande amor e admiração”. E era de fato. Nunca vi um médico chorar pela morte de seu paciente, mas ela chorou muito. Papai sempre se alegrou com as coisas pequenas.
Era um homem verdadeiramente feliz. Todos os dias realizava o culto doméstico em nossa casa. Pediu sempre a Deus que lhe mantivesse duas coisas: a lucidez e a voz. Deus atendeu o seu pedido. Morreu perfeitamente lúcido, espirituoso, contador de lindas histórias vividas por ele ao longo de sua vida repleta de bênçãos. Amava muito a mamãe e fazia a ela constantes declarações de amor. Há poucos dias, recebi um telefonema dele e ele iniciou dizendo: “Meu filho querido, estou ligando somente para lhe dizer uma coisa: ‘Eu o amo muito, você é muito especial para mim. Não cesso de orar em seu favor. Filho querido, um beijo”. Papai fez isto muitas e muitas vezes, com todos os filhos, estas declarações. Nos sentíamos muito ama-
dos por ele e pela mamãe. Vou sentir saudades de seu sincero carinho, da sua presença contagiante, do seu jeito simples de ser, de sua vida santa e dedicada a Deus. Papai foi um homem de convicções profundas. Amava a Igreja, viveu por ela, desgastou-se. Realizou uma obra, pela graça de Deus, admirável, construindo mais de uma dezena de templos, foi pastor da Junta de Missões Nacionais naquela época de penúria e pobreza, mas sempre entusiasta. Pregou com grande dedicação, levou muitos ao conhecimento do Evangelho. Representou a IPB em diversos encontros internacionais, na África, Europa e Estados Unidos. Enfrentou grandes embates conciliares por amor a Deus e à Sua Palavra. Deixou a todos os seus filhos uma
visão de igreja extremamente otimista. Todos, pela graça de Deus, são crentes a Cristo. Seus filhos e esposa permanecem fiéis e esperançosos do Dia de Cristo. Josenira, mamãe querida, mulher virtuosa, Lucila, a filha mais velha, eu, que recebi o seu nome, para minha alegria, Paulo Rubem, diácono da Igreja do Senhor, Hamilton, compositor de hinos, Priscila, crente fiel e Marila, mulher de Deus. Amigos queridos, obrigado pelas manifestações de amor e apreço nesta hora. Estamos confortados em Deus. Levei para mamãe todos os e-mails, telegramas e comuniquei sobre os telefonemas. Ela pede para agradecer a todos. Sinceramente, Ludgero (filho)
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Educação IP do Rio de Janeiro realiza culto de gratidão a Deus pela implantação do Instituto Presbiteriano Mackenzie.
Rio de Janeiro comemora chegada do Mackenzie Martha de Augustinis
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o dia 12 de fevereiro deste ano, a IP do Rio de Janeiro (RJ) celebrou o culto de gratidão a Deus pela chegada do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) naquela cidade. O IPM, que já se faz presente em Brasília (DF) e em São Paulo (SP), possui todos os seus processos de expansão, inclusive o da capital carioca, orientados e consentidos pelo Supremo Concílio da IPB. Como parte do Instituto Brasileiro de Contabilidade (IBC), entidade mantenedora da Faculdade Moraes Junior (FMJ) (ver pág. 14 da edição de setembro de 2005 do
BP), o novo IPM contará com cursos de graduação e pósgraduação lato-sensu e já teve suas aulas iniciadas no dia 8 de fevereiro. O vice-presidente do Supremo Concílio da IPB e pastor efetivo da IP do Rio de Janeiro, rev. Guilhermino Cunha, crê que a chegada do Instituto na cidade significa a obediência às decisões do Supremo Concílio da Igreja, ou seja, expandir a marca do Mackenzie e a qualidade do ensino da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). O reverendo completa sua afirmação baseando-se em textos do novo Testamento, dos Atos dos Apóstolos e na história da
Igreja. O processo decisório de implantação do Mackenzie no Rio de Janeiro surgiu com a decisão da Comissão Executiva-SC, homologada pelo Plenário do Supremo Concílio, somados a todas as decisões do Conselho Deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie e da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Apesar de os cursos de graduação estarem presentes no Rio de Janeiro só neste ano, a pósgraduação já estava naquela cidade desde 2001. GRATIDÃO O culto de gratidão a Deus teve como pregador o presidente do Supremo Concílio,
rev. Roberto Brasileiro, e contou com autoridades do IPM, entre eles o presidente do Conselho Deliberativo, presb. Adilson Vieira e o diretorpresidente da Administração Geral do Instituto, rev. Marcos Lins, que compôs o púlpito e fez a oração pastoral. Representando a IPB, estavam presentes membros da mesa do Supremo Concílio, o presidente e o vice-presidente e o tesoureiro da Igreja, presb. José Renato Piragibe. Estiveram presentes também os presidentes de quatro sínodos do estado do Rio de Janeiro, além de autoridades do IBC, da Academia Evangélica de Letras e a presidente da Confederação
Nacional das SAFs, Anita Eloísa Chagas. O rev. Roberto Brasileiro pregou sobre gratidão, tomando como base o Salmo 145. As palavras do pastor aplicaram-se, especialmente, à filosofia educacional da IPB que tem por base a Bíblia e os valores cristãos da boa ética e da cultura, a busca permanente pela excelência e a qualidade no ensino. O Conselho da IP do Rio de Janeiro ofereceu ao Instituto Presbiteriano Mackenzie uma placa que representa um Memorial Histórico pela chegada da instituição àquela cidade. No Memorial constavam frases de boas vindas e gratidão.
Igreja Presbiteriana do Brasil Secretaria Executiva Belo Horizonte, 02 de dezembro de 2005. Estimado irmão em Cristo. Por ordem do senhor Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, Rev. Roberto Brasileiro Silva, venho por meio desta convocar a reunião da Comissão Executiva do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, que se reunirá no mês de março/2006, dos dias 20 à 25. A reunião se dará nas dependências da Universidade Presbiteriana Mackenzie, à Rua Itambé, São Paulo – Capital, iniciando com almoço no restaurante do Campus às 12h e 30min. do dia 20 de março de 2006. Os irmãos presidentes de sínodos terão as suas despesas ressarcidas da seguinte forma: a) Os presidentes que residem em distância
superior a 500Km, via aérea. b) Os presidentes que residem em distância inferior a 500Km, via terrestre. As passagens aéreas serão adquiridas pela Tesouraria do Supremo Concílio e remetidas aos irmãos presidentes com a devida antecedência. As despesas dos representantes das Juntas e Autarquias correrão por conta das entidades que representam. Para qualquer outro esclarecimento quanto a hospedagem, transporte e ressarcimento, solicitamos entrar em contato com a Tesouraria do SC/IPB através do telefone (28) 3522-6488. Lembramos que a documentação a ser encaminhada a esta Comissão Executiva teve seu
prazo máximo encerrado no dia 20 de fevereiro, contando com o carimbo postal. Todos os documentos que não foram remetidos dentro do prazo, não serão considerados nesta reunião. Lembramos ainda que toda a documentação oriunda dos Concílios deve ser tramitada via Sínodo. Rogamos as mais ricas bênçãos de Deus sobre o amado irmão, esperando vê-lo em breve, sublinhamos os nosso respeito e consideração em Cristo. Seu irmão e conservo. Rev. Ludgero Bonilha Morais Secretário Executivo do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil
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Conheça a IPB Conselho de Ação Social da IPB: fazendo com amor para fazer diferença
Misericórdia em ação Caroline Santana
E
nfrentar os desafios de uma sociedade, seus problemas e complicações, é uma das tarefas que tanto chamam a atenção no atual cenário mundial e local. O Brasil, país classificado como subdesenvolvido, possui dificuldades e obstáculos que impedem o seu crescimento. A fome não foi erradicada, as desigualdades são profundas, além da pobreza, violência, desemprego e tantos outros entraves sociais que se reproduzem dia após dia. Diante desTe ciclo vicioso, vários movimentos e organizações criam ou apóiam projetos que tenham impacto direto na melhoria das condições de vida da população brasileira. E é nesse contexto de responsabilidade social que se insere o Conselho de Ação Social (CAS) da IPB, atuando no combate à pobreza, auxílio à complementação de renda, geração de empregos, erradicação do trabalho infantil, alfabetização e outros. O CAS não é uma pessoa jurídica, mas um órgão de assessoria do Supremo Concílio. É uma comissão que atua em parceria com a instituições de Ação Social da IPB devidamente cadastradas. O CAS realiza seu trabalho sobre quatro pilares. O primeiro é fornecer assessoria para as entidades, igrejas, presbitério,
sínodos etc. Em virtude das exigências do Novo Código Civil, muitas instituições tiveram de mudar e ainda estão mudando seus estatutos. “Em média, o CAS presta dez assessorias por mês para entidades de norte a sul do Brasil na reforma de seus estatutos, na elaboração dos projetos e no planejamento da entidade”, acrescenta o rev. Marcos Serjo, presidente do CASIPB. O outro pilar é o da fomentação. O objetivo é estimular e despertar igrejas para a responsabilidade social. Para tanto, são promovidos fóruns regionais e encontros para um intercâmbio de idéias, experiências, debates de problemas e sugestões de respostas. Em 2005, foram realizados oito fóruns. Para 2006, o CAS pretende ampliar as edições. O fórum concentra-se em um determinado local e reúne pastores, presbíteros, diáconos e demais lideranças das igrejas da região. Enfatizam-se aspectos sobre o papel social da igreja e o que ela pode fazer à luz da teologia reformada e da história da IPB. Geralmente, o primeiro fórum é sucedido por outro de caráter operacional, aproximando a teoria à prática, ou seja, o que fazer e como fazer. “Nós não queremos o evangelho social, mas sim resgatar o social do evangelho”, enfatiza o presidente do CAS.
A partir de então, o CAS assume o papel de promover parcerias para captação de recursos e capacitação entre as instituições e entidades ligadas à IPB, como por exemplo o Instituto Mackenzie, Diaconia, Visão Mundial e outros. Para tanto, o CAS está promovendo o cadastramento e recadastramento das instituições, visando a criação de uma Rede de Entidades Sociais Presbiterianas. Como consequência, pretende-se criar também a ANESP (Associação Nacional de Entidades Sociais Presbiterianas), que será inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Essa associação poderá intermediar os capitais e distribuir os recursos, ou seja, será um ponto de convergência da Rede. Além disso, ela poderá ter acesso ao Conselho Nacional de Ação Social do Governo Federal, participar das discussões de nível nacional e defender os interesses de suas entidades. O quarto pilar é um projeto desenvolvido pelo própro CAS: Alfabetização que Transforma: Construindo Cidadania através da Alfabetização e Integração Social. De acordo com o rev. Marcos, o projeto está se transformando na “menina dos olhos” do Conselho, por meio da parceira com o AEI (Alfabetização e Evangelização Internacional), com a Primeira IP de
Rev. Marcos Serjo, presidente do CAS-IPB: um dos objetivos é alfabetizar e evangelizar três mil pessoas em três anos no semi-árido da Bahia
Belo Horizonte (MG), com o IBEL (Instituto Bíblico Eduardo Lane) e com a Missão Servi. Esta última coloca em prática o plano de ensino e a propagação da Palavra de Deus. O rev. Marcos afirma que o objetivo do plano é alfabetizar e evangelizar três mil pessoas em três anos no semi-árido da Bahia (João Dourado, Wagner, Feira de Santana e Teixeira de Freitas) e no norte de Minas Gerais. Uma equipe de coordenadores é treinada para capacitar professores nos métodos e cartilhas educativas da AEI.
DESAFIO Apesar de existir trabalhos brilhantes pelo país afora, muitos são desconhecidos pelo CAS. O cadastramento e recadastramento das entidades presbiterianas de ação social é de fundamental importância para a criação da Rede e da ANESP. Ter uma associação nacional responsável pela política social trará grandes benefícios para as instituições. Mais informações sobre cadastramento e recadastramento pelo telefone (11) 3255-7269 ou pelo e-mail eli.mota.santos@bol.com. br