Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 51 nº 660 – Outubro de 2009
Foto: Raquel Magalhães
MISSÃO CAIUÁ: DESAFIO AOS PRESBITERIANOS Páginas 10, 11 e 12
SEMINÁRIO TEOLÓGICO DO NORTE FAZ 110 ANOS
UMP COMPLETA 73 ANOS
Páginas 17, 18 e 19
Páginas 06 e 07
Brasil Presbiteriano
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EDITORIAL
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A marca para ficar
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s palavras “não me envergonho do evangelho” em Romanos 1.16 sugerem que Paulo conhecia o evangelho que mencionava, cujo conteúdo era também a conteúdo de sua pregação. Por isso ele menciona aos coríntios (1Co 15.1) “o evangelho que vos anunciei”. O conteúdo era o que Paulo também havia recebido: “que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (vs.3,4). O apóstolo conhecia também a eficácia do evangelho: “...por ele... sois salvos...” (v.2), resultado observado na vida dos que recebiam e retinham aquela mensagem, pois ela é o “poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16). Não reparem se este edito-
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rial está parecendo um sermão, porque eu sou mesmo um pregador. E essas considerações sobre o conteúdo e o efeito da pregação apostólica surgiram por ser esta a edição de outubro do BP, mês em que nos recordamos e agradecemos a Deus pela Reforma do século 16. A Reforma teve origens históricas bem distantes de Wittenberg e do século 16, incluindo em diferentes épocas e locais os valdenses, Jan Hus e Wycliffe, mas seu marco reconhecido, ocorrido a 31 de outubro de 1517, foi uma pregação no sentido literal do termo. O monge agostiniano Martinho Lutero pregou, afixou suas 95 teses contra as indulgências na porta da igreja de Wittenberg, sabendo que no dia seguinte, primeiro de novembro, grande número de pessoas viria para a missa
no dia dos finados e leria seu protesto. A pregação reformada, porém, foi mais do que os pregos afixados ali na ocasião. Lutero reconhecia a importância da pregação da Palavra e afirmava ser essa a primeira marca da igreja verdadeira. Durante os anos que se seguiram, o reformador não fez outra coisa, senão pregar e pregar. Calvino, o reformador de Genebra, tinha a mesma opinião sobre o lugar e importância da pregação na igreja e deixou um impressionante legado como pregador da Escritura. Foi ele o exegeta da Reforma, comentarista bíblico prolífico e pregador regular durante todo o seu ministério. Pregando a Palavra, e não despejando sobre os crentes mensagens mornas de auto-ajuda, de psicologia barata batizada com termos cristãos ou pla-
giadas de algum pregador da moda, João Calvino contribui de modo revolucionário para o desenvolvimento da igreja e da sociedade de sua época. A marca mais distinta que ele destacou foi Sola Scriptura. Quais são as marcas da IPB hoje? É a fiel pregação do evangelho a sua primeira marca, como sustentavam os reformadores ocorrer com a verdadeira igreja de Cristo? Não responda agora. Um levantamento cuidadoso do que está sendo pregado indicaria isso?
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Haveraldo Ferreira Vargas superintendente Cláudio Antônio Batista Marra editor Conselho Editorial: Alexandre Henrique Moraes Anízio Alves Borges Cláudio Marra (supervisão) Hermisten Maia Pereira da Costa Jader Borges Filho Misael Nascimento Valdeci da Silva Santos Edição e textos: Raquel Magalhães ES - 01149/JP E-mail: bp@ipb.org.br Diagramação: Aristides Neto Impressão Folhagráfica
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DOCUMENTOS DA HISTÓRIA DA IPB
Chamberlain escreve sobre a Escola Americana Alderi de Souza Matos
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o mês de outubro se comemora o aniversário do Instituto Presbiteriano Mackenzie. As raízes mais distantes dessa grande escola retrocedem ao ano de 1870, quando o Rev. George W. Chamberlain, pastor da Igreja Presbiteriana de São Paulo, e sua esposa Mary Ann deram os primeiros passos para a criação da Escola Americana. Em 1876, a instituição ocupou um prédio próprio na esquina das ruas São João e Ipiranga. Pouco tempo depois, o casal adquiriu da Sra. Maria Antônia
da Silva Ramos uma área de terra nos altos da Consolação (hoje Higienópolis), na esquina das atuais ruas Maria Antônia e Itambé. Nesse local foi construído o primeiro edifício do futuro campus do Mackenzie – o Internato Masculino, no lugar em que hoje se situa a Faculdade de Arquitetura. No dia 4 de julho de 1885, houve a cerimônia de lançamento da pedra memorial desse edifício. A data, que marca o Dia da Independência dos Estados Unidos, foi sugerida por Rui Barbosa. Ele havia sido convidado para a ocasião, mas não pode compa-
recer por motivo de saúde. Todavia, enviou o seu discurso, que foi lido aos presentes. Em novembro do mesmo ano, o periódico The Foreign Missionary, órgão oficial da Junta de Missões Estrangeiras da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (Igreja do Norte), publicou um artigo de Chamberlain sobre o evento, com o título “Instituto de São Paulo (Escola Americana)”. Esse texto é fascinante por seu estilo pitoresco e, mais ainda, pelo entusiasmo do autor pela cidade de São Paulo e pela nova escola cristã que estava surgindo. “Paz, paz seja contigo! e paz com
os que te ajudam! porque o teu Deus te ajuda” (1Cr 12.18). No dia 4 de julho de 1885, se você tivesse estado nesta Imperial Cidade de São Paulo, no Brasil, poderia ter visto as bandeiras de todas as nações expostas em um terreno de quatro acres situado na encosta de uma colina que olha para o sol nascente. A partir da Igreja Matriz, em torno da qual, como seu centro, a cidade cresceu, ou do correio próximo, você pode atingi-la com uma rápida caminhada de quinze ou vinte minutos através da rua chamada Arquivo
Instituto Presbiteriano Mackenzie: compromisso com a educação de qualidade, desde a sua fundação.
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DOCUMENTOS DA HISTÓRIA DA IPB Direita, que, como muitas outras coisas chamadas “direitas” pelos homens, é de fato bastante torta, e então descer pela Conselheiro Falcão, atravessar o vale do riacho que ainda conserva o seu nome indígena, Anhangabaú, e subir a colina pela Rua da Consolação. Quando você tiver atingido o ponto mais elevado do terreno, onde os fundamentos do novo edifício estão sendo lançados, volte-se para o leste e olhe para a cidade de 40 ou 50 mil habitantes que se estende através do vale do Tamanduateí. Bem em frente de você, a 10 quilômetros de distância, os seus olhos repousam sobre um “templo” situado numa elevação que parece mais alta que a sua própria, mas o nível do engenheiro lhe diz que os seus pés estão mais altos que a torre da Igreja de “Nossa Senhora da Penha”. Olhe diretamente 300 milhas além de “Nossa Senhora” e você poderá ver, em sua imaginação, um dos subúrbios de nossa cidade, comumente chamado Rio e mais apropriadamente registrado como a “Imperial Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro” – “cidade não insignificante” [At 21.39] em si mesma. Para aquele lugar o primeiro de nossos missionários se dirigiu após infrutífera busca de uma casa apropriada nesta cidade, na qual pudesse iniciar o seu trabalho. A Junta julgou que São Paulo, sendo um centro de estudos para o qual vinham jovens de todas as partes do império, devia ter prioridade na ordem de ocupação. Você estava olhando para o leste. Olhe agora para o Vale do Tietê, na direção nordeste, e os seus olhos irão avistar outro templo, a cerca de 6 quilômetros de distância, no primeiro conjunto de montes além do qual se eleva a cadeia de montanhas chamada Serra da Mantiqueira. Desses montes, onde se situa a Igreja de Santana, o nosso arquiteto, Sr. Edward Everett Benest, um engenheiro inglês, trouxe água para o
abastecimento de São Paulo, através de canos de ferro, numa distância de 16 quilômetros. Tendo concluído esse grande empreendimento, ele nos deu o seu auxílio na construção de um reservatório do qual águas terapêuticas irão fluir por todo este império. Olhe diretamente agora ainda para o nordeste, porém uma vez mais com os olhos da imaginação, cerca de 1.600 quilômetros, e você verá
grão de arrogância, que “o pequeno órgão se gaba de grandes coisas”, nos o esmagamos citando o historiador brasileiro: “A história de São Paulo é a história do Brasil”. Mas estamos postados nesta colina, no meio de nosso terreno de quatro acres. O que viemos ver? É a pedra angular, ou mais apropriadamente a pedra memorial, em honra de cujo lançamento as bandeiras de todas as nações estão
mos “Hosanas ao Filho de Davi”, recitamos o salmo “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” e dedicamos a ele esse labor de nossas mãos, para que o guarde e o administre para a sua glória. Esperamos que até novembro – a época em que a igreja estará empenhada de modo especial em oração pelo Brasil – o som do martelo terá cessado e nós estaremos louvando e Divulgação
Atuais dependências do Instituto Presbiteriano Mackenzie
outro de nossos subúrbios – a Bahia [Salvador], com suas 120.000 almas. É a sede do arcebispado do império e mui apropriadamente a residência do nosso patriarca, Rev. A. L. Blackford, este ano condignamente agraciado por sua alma mater com o título de Doutor em Divindade. Ele tenta convencer-se de que está no “coração” do universo brasileiro, mas o seu erro é evidente para cada presbiteriano não preconcebido que reside perto de São Paulo. Se qualquer pessoa tenta rebater a nossa posição de que o Rio e Salvador são subúrbios desta cidade de São Paulo, porque são maiores, respondemos com o argumento de Tiago: “Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes... por um pequeníssimo leme são dirigidos” [Tg 3.4]. Se ela replicar, com um
tremulando no dia de hoje. Mais que isso, é a construção de um novo edifício para a instalação de nossa Escola Americana, a escola cristã fundada neste local por nossa Igreja Presbiteriana. Essa pedra memorial é o nosso Ebenézer, dizendo à multidão que se reúne: “Até aqui nos ajudou o Senhor” [1 Sm 7.12] e “Em nome do nosso Deus hastearemos pendões” [Sl 20.5]. A própria pedra foi cortada do mármore verde desta província, e nas duas faces expostas, no canto sudeste de um edifício de 48 metros de comprimento, na altura da cabeça de um homem, ela contém a inscrição em português, com letras em alto relevo: “Ao Rei dos séculos, imortal, invisível, a Deus só seja honra e glória. Anno Domini, 1885”. Antes de lançarmos as primeiras fundações, nós canta-
orando dentro de suas paredes. Solicitamos, especificamente, ações de graças e oração por parte da igreja a nosso favor: Primeiro – pelos brasileiros generosos cujos donativos a nós neste ano para a educação cristã, no montante de $5.000 dólares, nos estimulam a empreender grandes coisas. Segundo – pela vinda de dois trabalhadores em nosso auxílio – Dr. H. M. Lane e Rev. D. C. McLaren. Orem para que a bênção de Deus repouse sobre eles. Terceiro – porque o Senhor nos deu o coração do povo a ponto de nos confiarem 150 de seus filhos e filhas, embora o propósito religioso de nossa escola nunca seja ocultado. O Rev. Alderi Souza de Matos é pastor presbiteriano e historiador oficial da IPB. asdm@mackenzie.com.br
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REENCONTRO
Encontro Vintage da Mocidade do Rio de Janeiro Divulgação
Quênia Baptista
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ealizado com sucesso o UMP Vintage. O evento, nada mais nada menos, que o reencontro de jovens unionistas das décadas de 1980 e 1990, deuse na Igreja Presbiteriana de Jacarepaguá (RJ). Cerca de 200 ex-participantes de mocidades de todos os Sínodos do Rio de Janeiro marcaram presença ao longo do dia 7 setembro. Das 14h às 21h, velhos companheiros se reviram, adoraram a Deus e se recordaram daquela época. Uma devocional com cânticos daqueles anos abriu o encontro. A emoção era perceptível por meio das vozes e feições alegres do povo reunido. É fato que a igreja não estava lotada, mas, aos poucos, rostos conhecidos iam chegando e os burburinhos da satisfação enchendo o ambiente. Após o retorno do primeiro intervalo, por meio da apresentação de slides, foram homenageados os saudosos Maurílio Sathler Gripp, da IP Rio de Janeiro, e Joel Clarindo, da IP de Colégio. O culto foi a terceira e última parte do encontro. Além do pregador, Rev. Marcos Amaral, a presença do Rev. Enos Moura, exSecretário Geral do Trabalho da Mocidade, e de Dona Lucila, sua esposa, abençoou a todos. No encerramento, a entrada da tocha
Encontro reuniu jovens unionistas das décadas de 1980 e 1990
da UMP acesa impressionou a todos, bem como a entoação de “Jovens Testemunhas”, Hino da UMP, de Moacir Bastos. Para o encontro, foram confeccionadas camisas, para serem vendidas, e canetas, que foram distribuídas. O UMP Vintage foi concebido na internet, em conversas de ex-unionistas. Um dos idealizadores, o ex-Presidente da Federação de Mocidades do Presbitério de Madureira (FEMAD), Frederico Marcello Bezerra de Gusmão, mais conhecido como Fred, conta que algumas tentativas de reencontro já haviam surgido, mas nenhuma tinha dado certo. “Por que não usar o orkut para unir o pessoal?”, pensou. E, ao se utilizar dessa
rede, o encontro tomou forma e vingou. Para ele, o êxito da reunião vem das pessoas recordarem-se de si mesmas com carinho em determinada época. “Recebi muitos e-mails e ligações. Nós nos lembramos de nós mesmos e isso toca fundo, pois somos diferentes agora”. Até o fim do ano estão previstos reencontros por federação, quiçá, um congresso. O nome do evento, muito apropriado, foi tirado tanto do mundo da moda, que usa a palavra para designar peças que marcaram uma época, como dos vinhos, cujo termo vem dos sabores especiais que a bebida engarrafada ganha com o passar dos anos (vint – safra de uvas e age – idade). Que venham os próximos.
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COMEMORAÇÃO
73 anos de identidade e Ricardo Beraldo
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União de Mocidade Presbiteriana completa 73 anos este ano. Apesar da idade denunciar os anos de estrada, o que se vê, na prática, é uma sociedade “cheia de gás” para trilhar mais 73 anos. As comemorações por mais este ano de vida da UMP aconteceram entre os meses de maio e junho. Cultos de gratidão, mobilizações sociais, mobilizações evangelísticas, mobilizações missionárias. Todas as instâncias: UMPs locais, Federações, Confederações Sinodais e Confederação Nacional, de várias formas, deixaram claro: quem é a UMP e com ela está comprometida. No estado do Espírito Santo, sob a coordenação do jovem João Lucas Nascimento, Presidente da Federação Central Espírito-Santense e membro da UMP da Iª IP de Vitória, as Federações de UMPs da Sinodal Central EspíritoSantense, realizaram, no dia 16, uma Caminhada Jovem. Além de comemorar os 73 anos da UMP, a Caminhada também celebrava os 150 anos de nossa IPB. O percurso de 4 km teve o seguinte trajeto: concentração realizada em frente ao Clube dos Oficiais, na Praia de Camburi, se deslocando até a Praça da Paz, na Enseada do Suá, ambos na grande Vitória. Cerca de 100 jovens, guiados por um carro de som, percorreram o trajeto com muita música e animação. Todos
estavam vestidos com a camisa oficial do aniversário do sesquicentenário da IPB e levavam faixas e balões brancos e verdes nas mãos. A Caminhada Jovem culminou em um culto de gratidão a Deus pelos 73 da UMP e pelos 150 anos da IPB. “Foi um momento de união e confraternização pela proclamação do evangelho em nossa cidade” – relatou a Presidente da Confederação Sinodal de Mocidade Central EspíritoSantense, Karolina Cordeiro. Enquanto isso, na cidade de Silva Jardim, interior do estado do Rio de Janeiro, a UMP celebrava ao Senhor, servindo às pessoas. Por meio da Sinodal de Mocidade Leste-Fluminense, os jovens presbiterianos daquela região realizavam o “Dia de Mobilização UMP”. Profissionais prestando serviços
Dia M, em São Paulo
de: orientação jurídica economia de energia elétrica, atendimento clínico (neuropediatria, aferição de pressão arterial, teste de glicose), fisioterapia, massoterapia, aplicação de flúor, corte de cabelo, manicure, recreação e arte infantil atividades recreativas com crianças. Vale destacar que a quase totali-
UMP Mineira reunia na IP de Itabira
dade dos serviços prestados à comunidade foi executada pelos jovens. A exceção foi o corte de cabelo, realizado por meio de uma parceria com o Instituto Embeleze. Segundo o Presidente da Sinodal de Mocidade Leste Fluminense, Presb. Sidiclei Gil, nessa parceria com a Congregação Presbiterial de Silva Jardim, foram doadas à comunidade 150 Kits de higiene bucal e 400 peças de roupas. Foram atendidas aproximadamente 500 pessoas. Com esses atrativos, a evangelização fluiu em paralelo. As crianças tiveram histórias bíblicas com fantoches e também muita diversão com o “pula-pula” doado pela Confederação Sinodal. Cerca de 20 pessoas não crentes receberam das mãos da UMP e do Rev. Ademir Honorato (pastor da
Congregação Presbiterial de Silva Jardim) um exemplar da Bíblia Sagrada, edição especial comemorativa do Sesquicentenário de nossa IPB, entre eles o Prefeito da cidade de Silva Jardim, que veio agradecer pessoalmente a grande ajuda dos jovens presbiterianos aos moradores daquele município. Nesse mesmo dia, nas dependências da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, a Mocidade Presbiteriana Paulista, mais uma vez realizava o Dia M. Durante todo o dia, a juventude presbiteriana do estado de São Paulo, como preito de gratidão ao Senhor, a UMP se doou, literalmente. Foi emocionante ver os jovens de várias regiões do estado de São Paulo chegando e se alegrando. Matando a sau-
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compromisso com Cristo Divulgação
dade, contando as novas, alegres e vibrantes por estarem ali, adorando ao Senhor. Segundo o Presidente do projeto UMP São Paulo, o jovem Diác. Jeferson Carvalho, foram 123 bolsas de sangue e mais de 3 toneladas de alimentos arrecadados. À noite, no auditório Rui Barbosa, aproximadamente,
1. 100 jovens encerraram a programação com culto de louvor, adoração e gratidão a Deus. Músicas de qualidade e a mensagem, genuína e eficaz, ministrada pelo Rev. Nelson Taibo da IP de Diadema, que desafiou a UMP a dar o seu melhor, a sair da posição de conforto, a levar a chama que arde, no coração do jovem presbiteriano a outros que estão gelados, sem a presença do Espírito Santo de Deus. A UMP foi desafia a não retroceder, mas continuar impactando o mundo com a Palavra da Verdade. Também nessa programação tradicional, foi lançado o “Projeto Plantar 2009”. Um desafio para a mocidade paulista: contribuir para o plantio de uma Igreja Presbiteriana na cidade de Canas. Uma empreitada que já começou com a arrecadação de 20 Bíblias e ofertas para aquisição de material de construção. Também na noite do dia 16, parte da UMP Mineira se reunia na IP de Itabira, para celebrar esse dia tão especial. A Confederação Sinodal Belo
Jovens mineiros durante a festa de aniversário da UMP
Horizonte, mobilizou as suas três Federações: Alterosas, Belo Horizonte e Inconfidentes para adorarem ao Senhor, bem como bradarem o hino da nossa UMP. O preletor da noite Rev. Tchaikovski Hoth da Sosta Porto, Secretário Presbiterial da Federação de Mocidade Belo Horizonte. “Ele trouxe uma excelente mensagem nos incentivando para o trabalho da UMP em nossas igrejas locais e, acima de tudo, exortando-nos para que não esmoreçamos no trabalho da juventude e do reino de Deus. Foi literalmente emocionante. ” – relatou o Presidente da Sinodal de Mocidade Belo Horizonte, Marcelo Menezes. Após o término do culto, a comemoração continuou com uma parte social e de integração, inclusive com um lanche oferecido pela UMP de Itabira. Mas, como um dia só é pouco para agradecermos ao Senhor, por tantas bênçãos recebidas. Por isso a Mocidade Presbiteriana do estado do Rio de Janeiro se encontrou no dia 23, para continuar a festa, no já tradicional DJ Presbiteriano. Os jovens presbiterianos fluminenses se dirigiram para a o sul do estado e lá, na 1ª IP de Volta Redonda, a festa não foi menos animada. Segundo o Presidente da Sinodal de Mocidade Oeste Fluminense, o jovem Daniel Granadeiro, cerca de 450 jovens participaram dessa programação especial. As 07 Confederações Sinodais estiveram representadas. Ou seja, jovens
Recreação infantil no Dia de Mobilização da UMP, Rio de Janeiro
de todos os cantos do estado do Rio, chegando em caravanas, carros particulares e ônibus de viagem, se encontrando para adorar e agradecer ao Senhor juntos. Foram momentos maravilhosos. Lá pudemos ver a expectativa da juventude presbiteriana fluminense em receber o próximo Congresso Nacional da Mocidade Presbiteriana,
cional, conclamou a UMP a não apenas relembrar, mas, a continuar escrevendo essa maravilhosa história, pois “Crer é também pensar, agir e transformar”. E assim, a UMP segue enfrentando desafios, rompendo as barreiras, transpondo as dificuldades e marcando as gerações sem abrir mão da sua identidade e do seu com-
No Dia M, em São Paulo, foram arrecados mais de três toneladas de alimentos
que acontecerá em janeiro de 2010. Com a participação de vários Secretários Presbiteriais e Pastores, todas as Sinodais do estado participaram da arrecadação de alimentos não perecíveis e na direção do culto. A mensagem, instrumentada pelo querido Rev. David Marques, um dos preletores do próximo Congresso Na-
promisso com Cristo. Afinal, “somos jovens num mundo velho a pregar novos ideais, do mesmo evangelho que pregaram nossos pais”. Louvado seja Deus, por tudo aquilo que ele tem feito em nós, em nosso favor e por nosso intermédio. O Presb. Ricardo Beraldo é vicepresidente Sudeste da Confederação Nacional da Mocidade Presbiteriana
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EDUCAÇÃO CRISTÃ
Por uma educação cristã presbiteriana A
Igreja Presbiteriana é uma Igreja Reformada e tem uma missão educacional. Apenas para recordar os leitores, os primeiros passos para que ela viesse a existir foram dados por John Knox, que levou o Calvinismo para a Escócia. Com a morte de Knox, em 1572, coube a Andrew Melville (15451622) prosseguir o trabalho e estabelecer o sistema presbiteriano de governo da igreja, na década de 1570. Naqueles idos, Knox e Melville foram perseguidos e presos, porque lutavam contra a ideia da igreja subordinada ao bispado monárquico e ao rei. Ela deveria ser autônoma em relação ao estado e escolher presbíteros dentre os próprios membros, para pastoreá-la e administrá-la. Knox e Melville lutaram e sofreram por causa dessas ideias revolucionárias. Por que reformada? A Igreja Presbiteriana nasceu baseada na doutrina calvinista, o braço mais desenvolvido da Reforma Protestante do século 16, e adotou-a como seu sistema de doutrina. Alguns pontos desta doutrina são: 1) Deus é soberano, onipotente, onisciente, onipresente e imutável. Ele está acima de todas as coisas e é insondável. Criou todas as coisas para sua glória, e não depende delas para existir (At 17.24-27). 2) Toda a raça humana está contaminada pela Queda do homem. Todos os seres humanos são corrompidos e condenados. O pecado é a condição natu-
ral de todos os habitantes da terra (Rm 3.10-18). 3) Por causa da corrupção humana, todos estão debaixo da ira divina (Cl 3.5-7), necessitando ser salvos pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo (Rm 3.23-25). 4) Não há salvação à parte da obra expiatória de Jesus Cristo (Jo 14.6; At 4.12), sendo recebida somente por
A Igreja Presbiteriana nasceu baseada na doutrina calvinista, o braço mais desenvolvido da Reforma Protestante do século 16, e adotou-a como seu sistema de doutrina
fé (Ef 2.8,9), por aqueles a quem Deus escolhe salvar (Ef 1.3-6); 5) A salvação se completará inteiramente na eternidade mediante a volta de Jesus Cristo (Jo 6.40; 1Ts 4.14-18). Aqueles que não creem em Cristo serão condenados ao tormento eterno (Ap 14.9-11). No tempo de Knox e Melville, e também na atualidade, estes princípios têm sido muito combatidos tanto pela sociedade; que não compreende nem aceita as coisas de Deus, porque lhe parecem loucura (1Co 2.14); quanto pela própria religião cristã; que vive uma teologia desconexa, pela qual pretende “facilitar” as coisas para “atrair” pessoas para o evangelho, tratando apenas do “aqui” e “agora”. A despeito dessas oposições, a
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Wilson do Amaral Filho
sociedade e a religião continuam precisando de cristãos bem instruídos, que estão no mundo, mas não pertencem a ele (Jo 17.11-16); que atuam na igreja e no mundo como pessoas verdadeiramente espirituais, com uma visão centrada no Senhor, e que tributam honras a Deus por sua vida e seu trabalho, na igreja e no mundo (Mt 5.13,14). Precisam de educação cristã em todas as dimensões do saber. Poderá parecer que Jesus se referiu apenas à evangelização dos pecadores, quando ordenou aos seus discípulos que pregassem o evangelho a todos e formassem outros discípulos, ensinando-os a guardar todas as coisas ordenadas por ele (Mt 28.20). Entretanto, é muito clara a transformação que o Espírito Santo, mediante o evangelho, produz no indivíduo. Além da vida espiritual, o evangelho modifica sua visão de mundo. O salvo por Cristo começa a se entender como mordomo de Deus, e se compromete com essa responsabilidade, perseguindo o ideal apostólico: “... tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Cl 3.17). Quando Deus salva alguém o faz por completo e, na santíssima coerência que lhe é própria, encaminha essa nova criatura a tudo quanto planejou para ela na criação. Em primeiro lugar, esse filho está destinado a crescer segundo a imagem de Jesus Cristo (Rm 8.29).
Em segundo lugar, concomitantemente, esse filho terá como encargos os mandatos: cultural – cuidar da criação (Gn 2.15); espiritual – viver em comunhão e obediência a Deus (Gn 2.16,17); e social – ter vida familiar responsável (Gn 2.21-24). A Bíblia detalha todo esse ensino e exorta a
A sociedade e a religião continuam precisando de cristãos bem instruídos, que estão no mundo, mas não pertencem a ele
uma vida de testemunho e serviço, pela qual pessoas nas mais diversas situações sejam alcançadas. Abraham Kuyper (Calvinismo, CEP, 2003) fala das relações fundamentais da existência humana, recordando o princípio calvinista “de que há uma graça particular que opera a salvação e também uma graça comum pela qual Deus, mantendo a vida do mundo, suaviza a maldição que repousa sobre ele, suspende seu processo de corrupção e, assim, permite o desenvolvimento de nossa vida sem obstáculos, na qual glorifica-se a Deus como Criador” (p. 38). Assim, na relação com Deus, o salvo
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DESMEMBRAMENTO tem uma comunhão pessoal com o Senhor, independentemente de sacerdotes ou igrejas (1Tm 2.5). Na relação com outros seres humanos, o salvo reconhece o valor humano de cada pessoa, em virtude de sua criação à semelhança de Deus, considerando a igualdade de todos diante de Deus e do magistrado (1Pe 2.17). Na relação com o mundo, o salvo reconhece que tudo foi criado por Deus e que a maldição sobre o mundo é restringida pela graça; a vida do mundo deve ser honrada em sua independência; os tesouros e as potências da natureza e da vida humana, criados por Deus e ainda ocultos, devem ser descobertos e desenvolvidos (Fp 4.8) (p. 40). A educação cristã presbiteriana inclui, por princípio fundamental, o anunciar “todo o desígnio de Deus” (At 20.27) às crianças, aos jovens e aos adultos, em todos os tipos de conhecimento, preparando-os para viver e integrar a sociedade como cidadãos responsáveis, sem que deformem ou abandonem a fé no Salvador e nas Escrituras. Este é um processo verdadeiramente revolucionário para a Igreja de hoje e para a própria sociedade pós-moderna. A educação cristã presbiteriana, então, começando pela educação bíblica que se oferece nos templos e nos lares, deve ser estimulada a alargar o espaço de sua tenda, alongar as suas cordas e firmar bem as suas estacas (Is 54.2), na direção da criação de escolas confessionais formais, na preparação de professores dotados de uma cosmovisão
Quando Deus salva alguém o faz por completo e, na santíssima coerência que lhe é própria, encaminha essa nova criatura a tudo quanto planejou para ela na criação cristã, firmada nos pressupostos das Escrituras e da teologia calvinista. A figura da escola ao lado do templo presbiteriano já é realidade para várias igrejas locais, em vários lugares do Brasil. Não faltarão “ismos” que busquem eliminar ou ridicularizar a fé e a cosmovisão cristãs. Muitas tentativas, aliás, têm sido feitas, mas jamais prevalecerão. A pregação da pluralidade, do relativismo, da negação da verdade absoluta, é nociva e contrária ao bem estar humano e precisa ser combatida. Aquele que disse “eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século” (Mt 28.20b) continua fazendo discípulos, em todas as partes do mundo, por meio da pregação do evangelho e do testemunho cristão. Continua mudando mentalidades. A Igreja continua sendo depositária dessa verdade e agente do reino de Deus na terra. Por que não oferecer ao mundo o que há de melhor em matéria de educação? O Rev. Wilson do Amaral Filho é casado com a dona Ester e ensina Teologia Sistemática na EST do Mackenzie.
Nasce novo presbitério no Mato Grosso Raquel Magalhães
Foi oficializado, no último dia 18 de setembro, o desmembramento do Presbitério Oeste Matogrossense (PROM). A decisão foi tomada na reunião ordinária do SMT, que aconteceu nos dias 12 e 13 de julho. Com o desdobramento do Presbitério Oeste Matogrossense, surge o Presbitério Grande Morada da Serra. A reunião para a oficialização da decisão, aconteceu na Igreja Presbiteriana Morada da Serra, tendo início com um culto solene, que contou com a participação dos membros da comissão do Sínodo Matogrossense (STM), do PROM, além dos irmãos das igrejas do presbitério. Segundo rev. Adilson Maciel, presidente do SMT, foi um momento de grande regozijo, pois esse fato evidencia o crescimento da Igreja Presbiteriana na jurisdição do Sínodo Matogrossense. “Com essa medida, teremos redução de custos das reuniões do concílio e de sua comissão executiva, uma vez que de um extremo ao outro, as distâncias chegam a 700 km. As igrejas do interior ficarão mais próximas uma das outras, e as da capital também terão maior mobilidade. Os trabalhos federativos ocorrerão com maior frequência e com otimização de custos”, explicou o rev. Adilson, em email enviado para o BP.
O Presbitério Grande Morada da Serra, cuja sigla será determinada pela Secretaria Executiva da IPB, fica constituído pelas seguintes igrejas: - Igreja Presbiteriana Morada da Serra - Congregação Presbiteriana do Jardim Vitória - Igreja Presbiteriana do Planalto - Congregação Presbiteriana Monte Sião - Primeira Igreja Presbiteriana do CPA IV - Congregação Presbiteriana do CPA III - Igreja Presbiteriana Betel Já o Presbitério Oeste Matogrossense fica constituído pelas igrejas a seguir: - Igreja Presbiteriana de Araputanga - Congregação Presbiteriana Talhamares - Igreja Presbiteriana de Cáceres - Congregação Presbiteriana Salto do Céu - Congregação Presbiteriana de Rio Branco - Igreja Presbiteriana Lírio dos Vales - Congregação Presbiteriana de Indiavaí - Congregação Presbiteriana de Porto Esperidião - Congregação Presbiteriana de Mirassol do Oeste - Ponto de Pregação de S. José dos Quatro Marcos - Igreja Presbiteriana de Pontes Lacerda - Congregação Presbiteriana de Comodoro - Ponto de Pregação Esperança Divulgação
Comissão Especial do Sínodo Matogrossense (SMT) e Presbitério Oeste Matogrossense (PROM) após o desmembramento
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Fotos: Raquel Magalhães
ESPECIAL
Raquel Magalhães
A
convite do Sínodo Sudoeste Paulista, a reportagem do Brasil Presbiteriano esteve na Missão Caiuá, no último mês de setembro. Lá pudemos ver com os próprios olhos os frutos desse trabalho importantíssimo apoiado pela Igreja Presbiteriana do Brasil. Com sede na cidade de Dourados (MS) a Missão, criada em 1928 pelo missionário Albert Maxwell, tem por objetivo evangelizar o índio e habilitá-lo para a vida, preservando a identidade e os costumes de sua aldeia de origem. Atualmente, para a realização desse ministério, trabalham na base da Missão 125 pessoas. Mas essa quantidade não é suficiente. “A aldeia de Dourados é a maior do Brasil. Só aqui, temos, aproximadamente, 13 mil índios”, conta o reverendo Beijamim Benedito Bernardes, secretário executivo e coordenador da Missão Caiuá. “Hoje, só para a base, temos carência de missionários, professores teológicos, administradores, professores seculares, dentistas,
enfermeiros e médicos”, revela. O trabalho é árduo e requer gente disposta como a missionária Vânia Pereira da Silva Souza. Formada pelo IBEL, ela trabalha na missão há 21 anos. “Evangelizar o indígena é um dos maiores desafios que pode existir! Eles têm muitas crenças e uma cultura muito forte. Muitos frequentam as igrejas por anos, mas basta, por exemplo, alguém da família ficar muito doente, para que eles recorram a um rezador da tribo. Há os que participam das nossas reu-
niões, mas que continuam acreditando em lobisomem, saci... A firmeza espiritual de um indígena leva tempo. Muito tempo”, conta ela. Por isso a dedicação de quem trabalha por lá é grande. Mas é preciso que mais pessoas se interessem pelo projeto para que ele tenha condições de fazer ainda mais pelos indígenas da região. “Infelizmente, hoje, não conseguimos manter um quadro de funcionários que esteja 100% comprometido com a obra. Abrimos algumas vagas, por exemplo, para profissionais da área de saúde e, devido a nossa urgência e necessidade e a carência de profissionais cristãos dispostos a trabalharem aqui, acabamos por preencher essas vagas com pessoas que não professam a nossa fé”, afirma Beijamim.
Escola Francisco Meireles Faz parte da obra da missão o incentivo à educação. Por isso, são mantidos convênios com prefeituras locais que possibilitam à Missão ter seis escolas. Uma delas, a Escola Francisco Meireles, localizada na sede, em Dourados, tem 850 alunos. Todos indígenas. “Dos professores que trabalham nesta escola, 50% são indígenas, fruto do nosso trabalho”, comemora Margarida G. Bernardes, esposa do reverendo Beijamim e uma das coordenadoras dessa escola. A educação é bilíngue. Em português e na língua falada pelo povo, desde o ensino fundamental até o ensino médio. Os alunos são incentivados a práticas esportivas, à música e a participarem dos cultos.
de doenças respiratórias, infecções, diabetes e tuberculoses. “Os índios acometidos com a tuberculose, agora, são tratados em casa”, informa o doutor. No ambulatório do hospital, em média, são atendidos 20 índios.
“Temos muitos casos de índios que usam drogas como maconha, crack, cocaína, álcool, e o índice de violência na região é alto”, afirma o médico. Ainda na área da saúde, há o “Centrinho”, unidade para trataPresidente da Igreja Indígena Presbiteriana, Jaisson Souza; e o secretário executivo da Missão Caiuá, rev. Beijamim Benedito Bernardes
mento de crianças desnutridas. A ala, que antes servia como ponto de apoio aos pacientes tuberculosos, foi transformada para atender aos casos de desnutrição em 2001. “O tratamento da tuberculose, leva, em média, seis meses. E o índio não consegue ficar tanto tempo no hospital. Junto com a Funasa (Fundação Nacional de Saúde), passamos a atender a esses pacientes em suas próprias casas. Os resultados melhoraram muito e nós, então, aproveitamos
o espaço no hospital para atender, especificamente, às crianças com dietas inapropriadas”, explica o doutor e missionário Esdras Auguto Hossri, diretor administrativo do Centrinho. No dia da visita do Brasil Presbiteriano, havia apenas seis crianças internadas, o que, segundo Esdras, era motivo de comemoração. “Já chegamos a ter uma média de 60 crianças internadas aqui, muitas, inclusive, chegaram a falecer. >>
Hospital Porta da Esperança
Trabalho realizado com os adolescentes indígenas
A missão desenvolve também um trabalho constante na área da saúde e mantém, por meio de convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde), um hospital para atendimento exclusivo ao índio, o Hospital e Maternidade Porta da Esperança. Atualmente, três médicos coordenam as atividades desse hospital que tem uma média mensal de internamentos de 130 índios. De acordo com o reverendo e doutor Edgar de Melo Cézar, um dos médicos coordenadores do hospital, a maioria dos casos são
O Hospital Porta da Esperança tem, em média, 130 índio internados por mês
Sínodo Sudoeste Paulista, em frente à Igreja Indígena Presbiteriana, na Missão Caiuá
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ESPECIAL Mas, graças a Deus e ao trabalho que estamos realizando, conseguimos diminuir esse número”, explica. Os hospitais da Missão são mantidos pelo SUS e pelas doações enviadas pelas igrejas. “Estamos sempre carentes de alguma coisa, por isso, toda ajuda que chega até nós é muito bem-vinda”, garantiu o doutor Esdras. Igreja Indígena Presbiteriana No ano passado, por conta das festividades de aniversário de 80 anos da Missão, foi organizada a 1ª Igreja Indígena Presbiteriana no Brasil (IIP). Na ocasião, foram ordenados quatro pastores indígenas, formados na Instituto Felipe Landes, pertencente a própria Missão: Rev. Xisto San-
ches (Kaiuá), Rev. Hélio Nimbú (Terena); Rev. Antonio Casteão (Kaiuá); e Rev. Alziro Souza da Silva (Guarani). Em Dourados há, ainda, uma igreja erguida nos moldes indígenas. Construída com troncos de árvores e coberta com folhas de palha em cima de um chão de terra batida e vermelha, a oca tem sido ponto de apoio para as grandes celebrações das igrejas e congregações da região. “Temos sete igrejas e 27 congregações espalhadas por 17 aldeias, aqui no Mato Grosso do Sul”, informou o presidente da IIP, Jaisson Souza, o Tato, um indígena que conheceu a Palavra por meio dos trabalhos da Missão. O líder da IIP aproveitou a ocasião para falar a respeito das dificuldades que têm encontrado
Troca: “Sempre temos o que aprender e o que ensinar. E se cada um fizer o que pode, não vai faltar nada nunca para a obra missionária”, disse Iolanda Bueno, secretária de missões da Sinodal paulista
para pregar o evangelho. “Os campos são longe e nem sempre temos condições de irmos até lá. Temos um carro, mas falta o dinheiro do combustível. Precisamos de mais missionários e mais investimentos para podermos re-
alizar o trabalho melhor”, frisou. Tato encerrou dizendo a todos que, apesar das diferenças culturais que existem entre índios e brancos, somos todos irmãos de fé. “E presbiterianos!”, salientou!
• A Missão Caiuá foi escolhida pela Funasa para contratar e coordenar profissionais da área da saúde para trabalhar com os índios yanomamis. Esses profissionais trabalharão no mesmo sistema do projeto Saúde da Família, do Governo Federal. Estão abertas cerca de 900 vagas. Os interessados devem enviar currículo para mcaiua@uol.com.br. • A missionária americana Loraine Irene Bridgeman dedicou 50 anos de sua vida para traduzir a Bíblia para a língua caiuá. Por conta dela, 80% da Bíblia já estão prontos! Loraine, atualmente, coordena a equipe, formada pelo casal Cristiano e Eliane Barros, que traduz os 20% restantes. • A Missão Caiuá ocupa uma área de 37,1 hectares e 3.001.66 m2 de área construída. • Em 2008, foram realizadas 6.648 consultas médicas, 6.016 exames laboratoriais e 265 partos no Hospital Indígena Porta da Esperança.
A caravana do Sínodo Sudoeste Paulista entregou, à Missão Caiuá, mais de 10 mil roupas, bem como outros donativos
Para ajudar, financeiramente, a Missão, as contas bancárias são: Banco do Brasil Ag.: 3153-4 Cc 10.165-6
Bradesco Ag.: 0189 Cc: 37.639-6
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RESENHA
Sexualidade purificada Sexo e a supremacia de Cristo – John Piper e Justin Taylor (orgs.), Editora Cultura Cristã, 352 páginas. Bruna Perrella Brito
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bserve os seguintes dados: 12% de todos os sites são relativos a algum tipo de pornografia; 90 bilhões de dólares é o valor aproximado da arrecadação do mercado pornográfico mundial; por dia, 2,5 bilhões de e-mails são enviados e recebidos com conteúdo pornográfico – 8% de todos os e-mails do planeta. Segundo um estudo feito no País, 55% dos internautas brasileiros visitam páginas com conteúdo pornográfico quando estão on-line. Uma pesquisa com 400 jovens do Rio de Janeiro concluiu que 25,63% das pessoas entre 17 e 25 anos dizem que não se lembram do nome de um ou mais parceiros que já tiveram; já 45,5% dos entrevistados disseram que sexo casual é normal. Esses números revelam apenas uma parte do problema que atinge a sociedade. É a ponta do iceberg, o reflexo de um todo doente. São os sintomas graves de uma doença que há muito
tempo vem nos atacando: a da corrupção da imagem de Deus no homem, ocasionada pela deturpação da sexualidade. As porcentagens mostram em quantidade o que vemos em novelas, filmes e seriados, ou ouvimos em conversas com amigos da faculdade e com colegas do trabalho: a banalização e a deturpação do sexo. Ele não mais une, separa – separa o homem de Deus, de seu propósito na Terra e de seus semelhantes, quando usa para o prazer egoísta aqueles que deveria respeitar. Entender o verdadeiro papel do sexo estabelecido por Deus para nossa vida ajudará a manter a pureza, tanto física quanto mental, até o casamento – e durante ele. John Piper, Justin Taylor e outros autores, no livro Sexo e a supremacia de Cristo, mostram para os cristãos que estão no mundo a seriedade de se ter uma vida sexual santa e dedicada ao Senhor. No entanto, deixam claro que isso só será possível quando Cristo estiver no centro da vida e compreendermos o que é ter a sua supremacia em todos os âmbitos dela. O livro é dividido em cinco partes, cada uma tendo um tema específico (Deus e o sexo, Pecado e sexo, O homem e o sexo, A mulher e o sexo, A história e o sexo), o qual é trabalhado por dois ou mais auto-
res. Essas partes se complementam em uma sequência de aprofundamento do conteúdo. Os autores desenvolvem as ideias partindo de que o sexo foi estabelecido na criação do mundo com um propósito especial
apresentam a base para os demais capítulos, trazendo uma grande quantidade de textos bíblicos que fundamentam o apresentado no livro. Ele afirma, resumindo o primeiro capítulo: “1) A sexualidade foi conce-
– o de formar uma família e juntar dois seres humanos (homem e mulher) em uma aliança que permite conhecer mais intimamente a relação com Deus. Os dois primeiros capítulos, de autoria de Piper,
bida por Cristo como um modo de conhecer Deus mais plenamente; 2) conhecer Cristo mais plenamente em toda sua supremacia absoluta é um modo de guardar e orientar nossa sexualidade. Toda a cor-
rupção sexual serve para ocultar o verdadeiro conhecimento de Cristo, e o verdadeiro conhecimento de Cristo serve para prevenir a corrupção sexual”. Vamos compreendendo, ao longo da leitura, que a proibição do sexo antes do casamento não é uma punição aos cristãos. Muito pelo contrário: Deus prepara os seus para um relacionamento muito melhor, mais profundo e gratificante, que terá como símbolo supremo o sexo. Deste ponto de vista, a relação sexual é um sinal físico de uma união emocional entre um homem e uma mulher que se amam, em Cristo, e o têm como ponto principal de suas vidas. Sexo e a supremacia de Cristo é recomendado, especialmente, para jovens; casais de todas as idades; pessoas com problemas na área sexual ou que querem entender o lugar que Deus estabeleceu para o sexo em suas vidas. Por seu aprofundamento do conteúdo, pelos exemplos práticos, pelos conselhos, pela relevância do assunto, pelo embasamento bíblico e pela linguagem simples e direta, esse livro é, sem dúvida, leitura obrigatória e indispensável para o cristão, não uma só vez – mas várias vezes, ao longo da vida! Bruna Perrella Brito, formada em Letras, é autora e revisora da Editora Cultura Cristã
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LANÇAMENTO
CD de músicas inéditas já está disponível J
á está disponível, na Casa Editora Presbiteriana, o CD Povo da Aliança. Produzido pelo Conselho de Hinologia, Hinódia e Música da IPB, o trabalho reúne cânticos inéditos e alinhados com a filosofia musical da IPB. De acordo com o Rev. Charles Melo, presidente do Conselho, o objetivo maior do CD é fornecer repertório de cânticos em estilo mais popular. “É um material com profundas
mensagem e de melodia e harmonia criativas. Nada enlatado ou comercial”, avisa. No CD, que teve produção musical de Daniel Maia, as pessoas poderão ouvir cânticos como Exaltado de autoria de Idail Jr; Faz Santo o Coração, de Charles Melo; Leão de Judá , escrita por Heber Jr, entre outras. Para o mês que vem, está previsto o lançamento do CD na 6ª IP
de Belo Horizonte. Serviço: Povo da Aliança. CD com músicas inéditas produzido pelo Conselho de Hinologia, Hinódia e Música da IPB. Valor: R$ 7,00. Para adquirir, entrar em contato com a Casa Editora Presbiteriana pelos telefones 0800 14 19 63 ou (011) 3207-7099. Quem preferir pode fazer o pedido pelo site http://www.editoraculturacrista.com.br/.
Fotos: Divulgação
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Parte da equipe que trabalhou para a realização do CD Povo da Aliança
Igreja Presbiteriana RPC 090330 / AM
150 anos evangelizando o Brasil No Brasil há muitas igrejas cristãs. Mas poucas têm um século e meio de história. A IPB tem. São cento e cinquenta anos educando, promovendo ações sociais, transformando vidas com a palavra de Deus. Igreja Presbiteriana. 150 anos evangelizando o Brasil.
www.ipb.org.br/sesq
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SOB NOVA DIREÇÃO
SBB elege novo presidente O
reverendo Adail Carvalho Sandoval é o novo presidente da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB). Seu nome foi escolhido durante a XIX Assembleia Geral, que aconteceu nos dias 26 e 27 de agosto último, na sede da SBB, em Barueri, SP. No evento também foram definidos os demais órgãos de governança da entidade, com mandato para o triênio 2009-20012. O Pastor Enéas Tognini, presidente por dois mandatos consecutivos, passou a ser presidente de honra da organização. Paulista de Avencas, o Rev. Adail Carvalho Sandoval é casado e tem seis filhos. Reside em Brasília (DF) desde 1975, sendo pastor efetivo da Igreja Presbiteriana local desde 1980. Cursou Teologia no Seminário Presbiteriano do Norte, Filosofia Ciências e Letras na Universidade Mineira e Pedagogia na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Entre as várias atividades exercidas, participa da organização da ONG para a Terceira Idade com membros do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e faz palestras em vários órgãos, como a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Advocacia Geral da União (AGU) e Procuradoria Geral da República. Engajado na obra da SBB há mais de 30 anos, quando foi convocado para ser um de seus colaboradores, a partir do Diretório Estadual em Brasília, integrou a Diretoria Executiva como vogal e secretário de atas, além de atuar como vice-presidente nos
dois últimos triênios (20032009). “Agora, quando sou eleito para esse cargo, sinto que além da honra imensa a mim concedida pela graça do Senhor, é também uma enorme responsabilidade. Porém, estou em paz, porque a obra é de Deus, nós somos de Deus,
Semeando a Palavra que transforma vidas. “Com o apoio de todos os sócios da SBB e das igrejas cristãs, vamos semear com mais vigor essa Palavra viva para que ela produza, com o poder do Espírito, uma transformação visível em nossas igrejas, a Divulgação
Da esquerda para direita, estão o Rev. Adail Carvalho Sandoval, Pr. Enéas Tognini (presidente de honra da SBB), e o Rev. Guilhermino Cunha (presidente de honra do Conselho Consultivo).
assim como os irmãos e irmãs que estão ao nosso lado”, revelou. Sobre as expectativas para seu mandato, o Rev. Adail afirma que estão firmadas na mensagem do lema da SBB:
fim de que as famílias, a sociedade e nossas autoridades sejam impactadas pelo evangelho que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16)”, declarou o novo presidente.
Sobre a SBB Fundada em 1948, a Sociedade Bíblica do Brasil (www. sbb.org.br) é uma organização sem fins lucrativos, de natureza religiosa, social e cultural. Por seu caráter social, desenvolve programas com o objetivo de promover o desenvolvimento espiritual, ético e social da população brasileira. A entidade faz parte das Sociedades Bíblicas Unidas, uma fraternidade mundial criada no início do século 19 com o objetivo de facilitar o processo de tradução, produção e distribuição das Escrituras Sagradas por meio de estratégias de cooperação mútua. As SBU congregam 145 Sociedades Bíblicas, atuantes em mais de 200 países e territórios. Essas entidades são orientadas pela missão de promover a maior distribuição possível de Bíblias, numa linguagem que as pessoas possam compreender e a um preço que possam pagar.
NOVO QUADRO DE GOVERNANÇA Assembleia Administrativa Presidente: Adail Carvalho Sandoval 1º Vice-Presidente: Leopoldo Heimann 2º Vice-Presidente: Ney de Mello Almada Secretário de Atas: Lourdes Lemos Almeida Tesoureiro: José Júlio dos Reis Vogais: Antonio Cabrera Mano Filho, Assir Pereira, Euclides Schlottfeldt Fagundes, Lécio Dornas, Ruy Carlos de Camargo Vieira, Vitor Hugo Mendes Sá, Eleny Vassão de Paula Aitken, Waldir Agnello, Ageo Silva, Antonio Gilberto, Waldicir Rosa da Silva, Joel Holder, Sócrates Oliveira, Roberto Brasileiro, Christian Santiago Lo Iacono, Clarindo Aparecido da Silva Filho, Marta Alves Lança, Hesio César de Souza Maciel, Paulo Lutero de Mello, Jonas Moreira Valente Filho. Diretoria Presidente: Adail Carvalho Sandoval 1º Vice-Presidente: Leopoldo Heimann 2º Vice-Presidente: Ney de Mello Almada Secretário de Atas: Lourdes Lemos Almeida Tesoureiro: José Júlio dos Reis Vogais: Antonio Cabrera Mano Filho, Waldir Agnello, Lécio Dornas, Christian Santiago Lo Iacono Conselho Consultivo Presidentes de Honra: Guilhermino Cunha e Aldo da Silva Fagundes Vogais: Edvaldo José Gonzaga de Melo, Sérgio Gonçalves, Luiz Carlos Pinto, Joaquim Beato, Nilo Wacholz, Samuel Camara, Manoel Ferreira, Daisy Reis, Euler Alves de Oliveira, Rosecler Queiroz, Heber Cocarelli, Ebenezer Bittencourt, Klênia Fassoni, Samuel Sobottka, Eliane Ovalle, Zezina Bellan, Mauricio Price, Nairo José de Carvalho, Hilquias de Anunciação Paim, Altair Germano da Silva, Luciano Fernandes Martini, Daniel Oliveira da Rocha, Walter Pereira da Silva. Conselho Fiscal Presidente: Carlos Wesley Vogais: Carlos Wesley, Bonfim Raimundo de Aguiar, Arno Hubner, Newton de Barros Madureira, Cristiano Farias Santos, Sillas dos Santos Vieira Presidente de Honra Enéas Tognini
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Consultório Bíblico
Tribos e fantasmas Odayr Olivetti
Como entender as divergências entre Números 13 e Apocalipse 7, quanto aos nomes das tribos?”
O
consulente anota que em Números 13.8 aparece Efraim e no versículo 11 Manassés (ambos filhos de José), e que não consta representante da tribo de Levi. Quanto a Apocalipse 7, anota que não aparecem as tribos de Efraim e Dã, e que constam Manassés e José. Ausência da tribo de Levi em Números 13: Essa tribo foi separada para o sacerdócio (uma linhagem de Levi: sacerdotes; outra: levitas, assessores dos sacerdotes). Por isso, para completar 12, em vez de José constam os nomes de seus filhos Efraim e
Manassés. Se Levi fosse incluído, seriam 13 tribos. Em Apocalipse 7 a descrição é da totalidade de Israel. Por isso aparece a tribo de Levi. José aparece no lugar de Efraim, e a tribo de Dã é excluída. Há evidências de que a razão da exclusão de Dã é seu extravio idolátrico persistente. Eis um eloquente resumo da situação: Danitas roubaram uma imagem e ídolos, e o povo de Dã passou a adorá-los: Juízes 18.18,30,31; O povo de Dã aderiu à idolatria de Jeroboão (ídolos: bezerros): 1Reis
12.25-30; Asa, fiel rei de Judá, mandou destruir ídolos e centros de idolatria, Dã inclusive: 1Reis 15.11,12,19,20; Os danitas sobreviventes persistiram na idolatria: 2Reis 10.29; Em Amós, na profecia contra Israel, há uma referência especial à idolatria de Dã: Amós 8.14. Note-se que o objetivo da passagem de Apocalipse 7 é falar da redenção total de Israel, do Israel espiritual (do Antigo e do Novo Testamentos). O número 144.000 é múltiplo de 12 e simboliza completitude (12 tribos vezes 12 apóstolos vezes mil).
“Não creio em fantasmas, porém Isaías 29.4 e 34.14 dão a entender a existência deles. Favor explicar-me.”
A
s duas passagens de Isaías não apontam para fantasmas. A primeira (29.4) é linguagem figurada num texto poético; a segunda emprega palavra de sentido ambíguo, e pode ser traduzida legitimamente de forma diferente, como faz a NVI (Nova Versão Internacional), que também traduz diferentemente a outra passagem aqui citada. Isaías 29.4 (profecia contra a Cidade de Davi): “Lançada ao chão, de lá você falará; do pó virão em murmúrio as suas palavras. Fantasmagórica, subirá sua voz da terra; um sussurro vindo do pó será sua voz”. Isaías 34.14: “Criaturas do deserto se encontrarão com hienas, e bodes selvagens balirão uns para os outros; ali também descansarão as criaturas noturnas e acharão para si locais de descanso”. A explicação que dei não elimina o fato de
que a Bíblia em geral e Cristo em particular atribuem poderes extraordinários ao Diabo, podendo ele manifestar-se de muitas maneiras. Temam-no os seus servos. Os
escolhidos do Senhor, em sua comunhão constante com Deus, não serão atingidos pelos “dardos inflamados do maligno” (Mt 24.24; Ef 6.16). – “Maravilhosa graça!”
O Rev. Odayr Olivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor. - odayrolivetti@uol.com.br
SXC
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ANIVERSÁRIOS Um ano mais de vida!
O
• 80 anos de IPRO A IP de Rosário Oeste, no Mato Grosso, completou 80 anos no último dia 31 de agosto. As comemo rações pelo aniversário ocorrer am nos dias quatro e seis de setembr o, com cultos em ações de graç a pela data. Estiveram presentes: Rev . Egimar Ribeiro Oliveira, atua l pastor da igreja; Rev. João Petreceli, pastor da 5ª Igreja Presbiterian a em Santiago (Chile), Rev. Eugene Floy d Greyd e sua esposa Marina Gre yd. Rev. Floyd; Rev. Marcos Isidoro dos Anjos, presidente do Pres bitério Centro Matogrossense, e sua espo sa Glaúcia, bem como os mem bros da igreja aniversariante! • 100 anos da 1ª IP de Rio Novo do Sul A 1ª Igreja Presbiteriana de Rio Novo do Sul comemora, no dia 11 de novembro, o seu centenário. A festa oficial para comemoração da data acontecerá no dia oito de novembr o, com preleção do reverendo Rob erto Brasileiro. A igreja, que faz parte do presbité rio de Itapemirim e do Sínodo Espí rito Santo/Rio de Janeiro (SER), atua lmente a igreja conta com 71 membros comungantes e 07 membros não comungantes. Fazem parte do Con selho o Rev. Devalde Ferreira da Cunha, o Presb. Marinho Decotté Scheideg ger (vice-presidente), o Presb. Paulo Sérgio Stauffer (secretário), o Pres b. Idalto Scheidegger Stauffer e o Presb. Lean dro de Oliveira Stauffer. A Junta Diac onal conta com os Diáconos Queiner Roh r Stauffer (presidente), Eralto Roh r (vicepresidente) e Wanderlan Scheideg ger Stauffer (secretário). A igreja, apes ar da idade se mantém operosa com a graç a de Deus e trabalha com as sociedad es internas, UPH, SAF e UMP. Tem aind a na área da música o Conjunto Coral Presbítero Florentino Telles, o Con junto Louvor que Renova e a Equ ipe de Louvor. Mais informações sobre a 1ª IP de Rio Novo do Sul e a comemoraçã o de seu centenário pelo email lstau ffer@uol.com.br (presbítero Lean dro) ou pelos telefones (28) 9252-9156 Presb. Leandro e (28) 3522-6488 - Quézia - Tesouraria da igreja. • 23º aniversário da Congregação Presbiterial em Machadinho do Oes te A Congregação Presbiterial em Mac hadinho do Oeste (RO), comemora seu 23º aniversário nos dias 17 e 18 deste mês. Haverá culto especial nos dois dias, com preleção do reverendo Luis Carlos da Silva, presidente do SNB, do PCRO e pastor da 1ª IP de Jaru; e do reverendo Robson de Souza, past or da 3ª IP em Ji-Paraná.
• 90 da IP de Pachecos A Igreja Presbiteriana de Pacheco s, localizada em São Gonçalo, Rio de janeiro, comemorou, no dia 26 de setembro, o seu aniversário de 90 anos! A igreja agradece a todos que estiveram presentes e a aqu eles que enviaram correspondência felicitando à igreja pela passage m da data.
bom! Aconteceu e foi muito fechou o mês , Osasco, São Paulo, • A IP de Vila Baronesa sesquicentenário comemoração pelo de agosto com uma a igreja recebeu al de semana do mês da IPB. No último fin me que são de Cro osa guel e sua esp o missionário rev. Mi de muita alegria a. Foi um momento Guiné Bissau, na Áfric o os projetos a ano, tem intensificad para a igreja que, a cad lo! mp exe ssionárias. Belo e o apoio às causas mi
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PROGRAME-SE! al de UPH´s de SP Acampamento Sinod ampamento inscrições para o Ac Já estão abertas as Encontro da XV o , ulo Pa UPH´s de São de abril e Recreativo Sinodal de 30 dias á realizado entre os ão Pires, Família. O evento ser eir Rib em , no Sítio Nardelli, ssados ere dois de maio de 2010 int Os . sta uli da capital pa telelos região metropolitana pe dores tato com os organiza ir, fer pre devem entrar em con em Qu . ou (011) 7217 – 0223 me. cos fones (11) 4367 – 2833 o é o reç de por email, o en pode tirar as dúvidas br m. .co oo nogueira@yah
NOTAS DE FALECIMENTO Deixará saudades * Faleceu, no mês de julho, dia 25, o Rev. Walter Reis Donald. Filho do Escocês Walter Cameron Donald e da sergipana Francisca Reis Donald, ele nasceu em Salvador/BA aos 06 de junho de 1922, vindo posteriormente residir com a família nas terras sergipanas. Em 13 de dezembro de 1946 professou sua fé tendo como celebrante o Rev. Alfeu Barra de Oliveira na IP de Aracaju . Como dedicado membro exerceu diversas funções dentro da estrutura Presbiteriana constando em seu longo histórico de serviço o exercício da presidência de UMP, participação na diretoria da federação de mocidade do antigo presbitério Bahia/Sergipe. Foi do Rev. Donald a proposta vencedora em concurso que escolheu o símbolo da UMP Nacional. Em agosto de 1949 foi eleito e ordenado Presbítero. No âmbito dos concílios exerceu função de presidente de presbitério sendo um dos fundadores do Presbitério de Sergipe. Casou-se em1949 com D. Ivonete dando início assim a uma longa vivencia de 60 anos da qual surgiram dois frutos, as filhas: Ilma Donald Pereira e Ilza Donald Oliveira. Em 1964 integrou comissão que organizou a memorável campanha “Cristo Esperança Nossa”. Seu profícuo ministério pastoral teve início em no dia no dia 24/05/1964, por ocasião de sua ordenação ao sagrado ministério. Em quarenta e cinco anos de atividade ministerial pastoreou as seguintes igrejas: IP Aracaju, IP 13 de Maio, IP Salgado, IP Estância, IP Ebenézer, IP Fazenda Nova, IP Itabaiana, IP Frei Paulo, IP Campo do Brito, 1ª IP de Sergipe, IP Tapera da Serra. Por sua dedicação e pastorado atencioso e zeloso foi eleito pastor emérito da IO Sião em Aracaju, igreja na qual veio a congregar após sua jubilação e afastamento das atividades ministeriais em razão das enfermidades que sofreu. Os concílios e igrejas estabelecidos em terras sergipanas são amplamente agradecidos pela vida, testemunho e ministério realizado por esse estimado irmãos que hoje habita na glória ao lado do Senhor nosso Deus. * Faleceu, em Belo Horizonte, no Hospital Biocor, o irmão Sebastião da Silva Guimaraes, membro da IP de Raul Soares (MG) , pai do Pb Marcos Antonio Guimarães da IP de Raul Soares. O irmão Sebastião nasceu em Viçosa, interior de Minas, no dia 26/08/1929. O irmão Sebastião foi recebido por Batismo e Profissão de Fé na IP de Raul Soares em 13/01/1989 pelo Rev Dionei Faria. Deixa quatro filhos e seis netos.
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ENTREVISTA
110 anos do Seminário Teológico do Norte Divulgação
Seminário Teológico Presbiteriano do Norte (SPN), localizado em Recife (PE), comemorou 110 anos de história no último dia 9 de setembro. Nascido no ano de 1899, em Garanhuns (PE), o SPN oferece cursos de Bacharel em Teologia, Liderança Ministerial e estudos em nível de mestrado. Ao longo desses 110 anos o SPN já formou mais de mil setecentos e cinquenta pastores que serviram e servem a IPB, ou ainda a outras denominações. Em entrevista ao Brasil Presbiteriano, o atual diretor do SMN, rev. Marcos André Marques, contou sobre a importância da data, dos alunos que já passaram por lá e dos planos para o futuro da instituição. Confira. Seminário Teológico do Norte
BRASIL PRESBITERIANO: Muitos homens que ajudaram a construir a história da IPB estudaram no SMN. O senhor pode citar algumas dessas pessoas? MARCOS ANDRÉ: Ao citar alguns nomes corremos o risco de sempre cometer injustiças, mas alguns se destacaram entre os demais. Para iniciar não podemos esquecer o Rev. Jerônimo Gueiros,
o “Leão do Norte” como foi apelidado, pela forma como defendia o então novel seminário, ainda não reconhecido pela denominação. Foi aluno da primeira turma do SPN. Desse período, ainda em Garanhuns, dois outros nomes se destacam, o do Rev. Dr. Antônio Almeida, que em 1921 assumiu a direção do SPN e o do Rev. Natanael Cortez. Outros nomes de des-
taque podem ser citados nessa lista, agora já na cidade de Recife, quando as suas atividades foram reiniciadas, depois de uma paralisação de dois anos. O Rev. Samuel Falcão, grande ícone da teologia sistemática no seu período, é um desses nomes. Passaram no SPN e daqui saíram para exercer altos cargos na IPB, o próprio Rev. Natanael Cortez, o Rev. Edésio Chequer , Rev. Noé de
Paula Ramos e o Rev. Cilas Cunha de Menezes, atual Vice-Presidente do Supremo Concílio da IPB. Ocuparam ou ocupam, ainda cargos importantes o Rev. Marcos Lins (ExPresidente do IPM), o Rev. Augustus Nicodemus Lopes, atual Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o Rev. Adail Sandoval, atual presidente da SBB. Na área acadêmica e de
missões o Rev. Ronaldo Lidório, o Rev. Dr. Antônio José, Rev. Elias Medeiros, o Rev. Elias Dantas, esses dois últimos desenvolvendo seus ministérios nos EUA. Entre os professores destacam-se o Rev. Othon Dourado, o Rev. Heinz Neumann e Francisco Leonardo, que contribuíram para a consolidação do SPN como um pólo acadêmico e de piedade nos anos 70 e 80.
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Fotos: Divulgação
BRASIL PRESBITERIANO: Muitos homens que ajudaram a construir a história da IPB estudaram no SMN. O senhor pode citar algumas dessas pessoas? MARCOS ANDRÉ: Ao citar alguns nomes corremos o risco de sempre cometer injustiças, mas alguns se destacaram entre os demais. Para iniciar não podemos esquecer o Rev. Jerônimo Gueiros, o “Leão do Norte” como foi apelidado, pela forma como defendia o então novel seminário, ainda não reconhecido pela denominação. Foi aluno da primeira turma do SPN. Desse período, ainda em Garanhuns, dois outros nomes se destacam, o do Rev. Dr. Antônio Almeida, que em 1921 assumiu a direção do SPN e o do Rev. Natanael Cortez. Outros nomes de destaque podem ser citados nessa lista, agora já na cidade de Recife, quando as suas atividades foram reinicia-
micismo; a vida devocional e a vida estudantil; como disse Calvino: “Orare et labutare”, ou seja, oração e trabalho. Cremos que essa é a característica dos nossos alunos, ou pelo menos, é o que temos lutado para imprimir em suas vidas. BP: Como escola que prepara jovens para o trabalho nas igrejas, quais as principais dificuldades encontradas pelo seminário?
Cerimônia oficial de aniversário do STN
das, depois de uma paralisação de dois anos. O Rev. Samuel Falcão, grande ícone da teologia sistemática no seu período, é um desses nomes. Passaram no SPN e daqui saíram para exercer altos cargos na IPB, o próprio Rev. Natanael Cortez, o Rev. Edésio Chequer , Rev. Noé de Paula Ramos e o Rev. Cilas Cunha de Menezes, atual Vice-Presidente do Supremo Concílio da IPB.
Ocuparam ou ocupam, ainda cargos importantes o Rev. Marcos Lins (ExPresidente do IPM), o Rev. Augustus Nicodemus Lopes, atual Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o Rev. Adail Sandoval, atual presidente da SBB. Na área acadêmica e de missões o Rev. Ronaldo Lidório, o Rev. Dr. Antônio José, Rev. Elias Medeiros, o Rev. Elias Dantas, esses dois últimos desenvolvendo seus ministérios nos EUA. Entre os professores destacam-se o Rev. Othon Dourado, o Rev. Heinz Neumann e Francisco Leonardo, que contribuíram para a consolidação do SPN como um pólo acadêmico e de piedade nos anos 70 e 80. BP: Qual a principal característica dos alunos formados pelo SPN?
Placa Comemorativa 110 anos
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MA: Sendo um seminário
com alunos de todos os lugares, o SPN desenvolveu um estilo próprio. Nestes últimos anos temos lutado para ver plantado no caráter dos nossos alunos dois elementos que consideramos essenciais: a piedade e o academicismo. Entendemos que necessitamos buscar a excelência em tudo aquilo que fazemos, por isso, a busca por uma vida mais santa, mais pura e mais apegada as Escrituras Sagradas, a nossa única regra de fé e prática. Isto é vida de piedade. Por outro lado entendemos que, além da piedade precisa-se adicionar o academicismo, ou seja, a busca do saber e conhecimento, que só será conseguido por meio de esforço e dedicação, da leitura e da pesquisa. Esta era a visão do reformador João Calvino, do qual a Igreja Presbiteriano do Brasil é herdeira, ou seja, a piedade e o acade-
MA: As dificuldades acontecem em diversas frentes. A primeira está na própria área da vocação, pois a cada ano que se passa, esta se torna mais rarefeita, o que tem levado nossos seminários a um esvaziamento, que conduz a conseqüências diversas, tais como, menos matéria prima para ser trabalhada para o ministério (seminaristas), maior dificuldade de ordem financeira/administrativa, pois manter uma estrutura com a dimensão desse seminário, demanda grande soma de recursos, que são inviabilizados pela falta ou escassez de candidatos. Nos últimos anos os seminários (falo no plural, tendo em vista crermos que todos passam por problemas similares), além das dificuldades corriqueiras, estão enfrentando concorrência com outras instituições de ensino, que não são habilitadas a prepararem os pastores da Igreja Presbiteriana >>
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ENTREVISTA do Brasil, mas têm conseguido provocar evasão. Estas instituições às vezes se encontram nas mesmas regiões onde estão nossos seminários, ou ainda, nas mesmas cidades. Creio que este é um grande problema que precisa ser repensado pela nossa IPB, no que tange a medidas não só eficientes, mas eficazes, para corrigir tal desvio. BP: Se pudesse destacar apenas um grande momento do seminário, nos últimos anos, qual seria e por quê? MA: Destacaria o momento que estamos vivendo hoje. É óbvio que este momento não é formado apenas por um motivo, mas pelo somatório de diversos motivos, que envolvem a restauração do SPN na parte administrativa, acadêmica e espiritual. Contratação de novos professores doutores e mestres, restauração da
nossa biblioteca com aquisição de mais de 5% de novas obras em relação ao acerto total. Publicação do primeiro número da Revista Vox Reformata (o segundo número deve sair ainda neste semestre). Reativação da nossa associação de ex-alunos; lançamento do selo comemorativo dos 110 anos em parceria com os Correios, a reaproximação do seminário com as missões (nacionais e internacionais) e com as igrejas de toda a região. Portanto, esse é o grande momento do seminário, nestes últimos anos. Um momento composto por diversos momentos abençoados. BP: Quais as metas do seminário para os próximos anos? MA: A meta principal do SPN para os próximos anos é a busca da excelência para a honra e a glória do nosso
Deus, em todas as suas áreas de ação. Desejamos fortalecer o quadro de professores com o incentivo a educação continuada, além da contratação de outros com mestrado e doutorado. Reabrir o mais rápido possível as inscrições do nosso mestrado, em parceria com o CPAJ, conforme já autorizado pela JET e CE-SC/IPB, com especialização nas áreas de Teologia Sistemática e Pregação. Continuar investindo na compra de livros para a nossa biblioteca e ainda reformulá-la para poder abrigar e atender melhor os nossos alunos em nível de graduação ou pós-graduação. Investir, como nunca foi investido até hoje no projeto “Laboratório de Plantação de Igrejas” e no projeto “Incubadora de Igrejas”, que estarão dando aos nossos alunos a condição de uma prática mais acurada, além de fazer com que novas igrejas sejam Edifício Martinho de Oliveira
plantadas em Recife, região metropolitana, interior do estado e até em outros estados. Restauração física dos prédios e edifícios do campus, inclusive o prédio dos casados, que carece de uma reforma profunda, a fim de podermos oferecer aos nossos alunos, condições mais dignas. Estas, entre outras, são a meta da atual diretoria do SPN, para os próximos anos. BP: Qual o melhor presente que o SPN poderia
ganhar neste ano em que completa 110 anos de existência? MA: O melhor presente, sem sombra de dúvidas, seria a chegada de muitos alunos para estudar conosco. É claro que o envio desses alunos passaria pelo reconhecimento dos presbitérios e igrejas do trabalho sério que está sendo desenvolvido nesta casa. Creio que este seria o melhor presente que o SPN poderia ganhar.
Educação é tema de Seminário no Rio Ricardo Beraldo
S
erá realizado, na IP de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, entre os dias 23 e 25 deste mês o Seminário de Educação Cristã –Resgatando o Ensino na igreja. De acordo com o reverendo André Luiz Ramos, Pres. do Sínodo Oeste Fluminense, o evento será de grande auxílio às igrejas da região. Outro elemento motivador do seminário, segundo o pastor, é o desafio de tornar a educação cristã conhecida nas igrejas. “Pretendemos, com esta iniciativa, fazer com que as lideranças das igrejas percebam que educação cristã não é só tarefa da Escola Dominical e muito menos uma tarefa das mulheres”, enfatiza. A expectativa com relação a realização do evento é grande, “Esperamos poder contar principalmente com
a participação das nove igrejas e das quatro congregações que fazem parte deste Presbitério e das 86 igrejas que compõem o Sínodo Oeste Fluminense. Se porventura cada igreja enviar três participantes teremos um número considerável neste seminário. Portanto, faço um apelo aos pastores que encaminhem seus professores para este seminário”, reforça o reverendo André Luiz. Temas – Entre os temas que serão discutidos na ocasião estão Qual o papel da diretoria da EBD? (Rev. André Luiz Ramos), A música na EBD (Rev. Charles Mello), Estruturando o Culto Infantil (Josilene Maria), A arte de trabalhar com fantoches (Suenir Cézar) e Resgatando o ensina na EBD (Solano Portela). Mais informações: (021) 3101 - 2662