FAÇA VOCÊ MESMO: O NOVO CINEMA DA MALÁSIA

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DESVENDAR O MUNDO Desvendar o mundo sempre foi obra de grandes navegantes e, desde o singrar das caravelas portuguesas pelos oceanos desse planeta, uma enormidade de informações e conteúdos tem descrito o que pensamos sobre o oriente e toda a sua diversidade. Em tempos mais ágeis do que as correntezas oceânicas, o cinema, o fazer cinema, tem aberto oportunidades raras e expressivas para ampliarmos nosso conhecimento acerca da humanidade. Por essa via, o CineSESC mantém um olhar cuidadoso e curioso pelos projetores que colorem a enorme tela branca dos tons mais pastéis aos mais intensos da palheta de um artista, sempre atento aos saberes de uma nação por tantas vezes desconhecida e esquecida no ritmo de nossas vidas cotidianas. Essa oportunidade se pronuncia com a nova realidade de novas tecnologias aplicadas em escala mundial, traduzindo em imagens quase instantâneas como só uma boa polaroid poderia obter do espectro de seu alvo. Esse novo cinema, realizado por seus próprios atores e por vezes personagens, tem se destacado em circuitos internacionais e clama atenção pelo seu modo próprio de feitura, e talvez o próprio revelar da força que permeia e mantém a insistência, de malaios e brasileiros, em manterem a fé no porvir de um novo fluxo de ideias e fonte de originalidade. Esse brevíssimo período, tanto no Rio de Janeiro, quanto em São Paulo, dessa mostra intitulada "Faça você mesmo – O novo cinema da Malásia" quer fazer jus ao seu nome, instigando nesse lado de cá do mapa-múndi o real fazer. Transparecer a arte cinematográfica nas mentes e cabeças que se iniciam nesse universo de descobertas, tais quais aqueles navegadores se lançando além mar, com seus instrumentos de observação e orientação, com a mais alta tecnologia de sua época, buscando tesouros, joias e especiarias que correspondem hoje à produção artística e intelectual, à informação. Navegar por esses mundos requer hoje a sabedoria de um condutor experiente, que se apresenta cada vez mais por meio de tecnologias acessíveis e por vezes misteriosas, apresentadas em histórias de um novo mundo na sala de cinema. CineSESC


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A CAIXA traz ao público a mostra “Faça você mesmo – O Novo Cinema da Malásia”, panorama de 14 longasmetragens e 3 curtas-metragens do belíssimo cinema independente feito hoje na Malásia, país onde os novos cineastas, utilizando-se da revolução digital que democratizou os meios de produção, realizam seus filmes de forma colaborativa, questionando a desigualdade e exaltando a diversidade. A mostra promove o intercâmbio cultural que possibilitará a aproximação dos dois países, Brasil e Malásia, por meio do cinema, ressaltando suas semelhanças através da discussão sobre o uso dos equipamentos digitais como forma de viabilização da produção independente de cinema, entre outras. O projeto, selecionado pelo Edital 2009 de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural, além de nos trazer o novo cinema malaio, em uma rara oportunidade de conhecer filmes que dificilmente serão lançados comercialmente por aqui, promove ainda o diálogo entre os dois países por meio da realização de debates temáticos com a presença dos diretores Amir Muhammad e Woo Ming Jin. A CAIXA, uma das empresas que mais investem e apoiam a cultura no Brasil, sente-se honrada em patrocinar mais essa ação cultural, contribuindo tanto para estreitar os laços com a cultura malaia, bem como proporcionando mais uma mostra de qualidade aos visitantes de seus espaços culturais. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL


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UM PRIMEIRO OLHAR Em janeiro de 2007 tive a sorte de descobrir, ao longo do Festival Internacional de Rotterdam, alguns filmes que, logo percebi, enunciavam um novo cinema. Esses filmes me apresentaram todo um país, sobre o qual eu quase nada sabia. Por vezes a singeleza das imagens, por vezes a força das imagens, mas, sobretudo a poesia e despretensão destas, me arrebataram. Travei contato com diretores, se perdia algum novo filme em algum festival, eles me mandavam o DVD. Por isso, venho acompanhando cada passo deste novo cinema, intrigada com sua forma colaborativa de realização e com os resultados de uma mistura tão grande. São três culturas distintas dentro de um só território. São três religiões diferentes dividindo os mesmos espaços, e talvez por isso gerando tantos conflitos entre as três etnias. Mas através deste novo cinema, os três povos estão pela primeira vez dialogando e se descobrindo com uma única nação. O novo cinema feito na Malásia é a perfeita tradução hoje do velho hibridismo cultural, e estes jovens cineastas aproveitam-se bem das novas mídias para promover esse hibridismo. Por isso concluí que, além de prazeroso, era necessário dividir com vocês, espectadores, um pouco do jovem cinema deste país.

A MALÁSIA Culturas vêm se misturando na Malásia desde o comecinho de sua história. Mais de mil e quinhentos anos atrás, a bonança do Reino Malaio atraiu comerciantes chineses e indianos. Com a chegada do ouro e da seda, chegaram também o budismo e hinduísmo. Mil anos depois os árabes invadiram o território e trouxeram com eles os princípios islâmicos; e o então Império Malaio tornou-se um dos mais cosmopolitas do mundo – tendo sido, também, colonizado por portugueses, seguidos por ingleses, que contribuíram ainda mais para sua diversificação cultural. Finalmente depois de muitos e muitos anos, em 1957, a Malásia tornou-se independente. A população hoje, de 30 milhões de habitantes, é composta em sua maioria por malaios (muçulmanos), mas também por aproximadamente 30% de chineses e 10% indianos. A riqueza multiétnica e multicultural devida à diversidade da população, de religiões e de modos de vida terminam gerando inevitáveis choques, que deixam a sociedade malaia bastante fragmentada. São várias línguas se misturando em um só território. É justamente em cima de todas essas questões que o novo cinema malaio se reflete.

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O NOVO CINEMA A Malásia já foi sede de grandes estúdios de cinema, que foram desaparecendo no final dos anos 1980. Só durante a década de 1990 existiu um cinema malaio propriamente, bem comercial, mas foi na virada dos anos 2000 que o país foi testemunha do que se constitui, não propriamente uma Nouvelle Vague, mas o surgimento de um novo e vigoroso cinema independente. Um pequeno grupo de cineastas, quase todos nascidos depois da independência do país, nos anos 1970, emergiu, fazendo um trabalho extremamente colaborativo e de intercâmbio comunitário. E, apesar de os filmes serem feitos com relativamente pouca infraestrutura (pelo menos neste começo), são extremamente bem dirigidos e interpretados, fazendo, muitas vezes, eco de questões religiosas, sociais e políticas do país. Ainda que tenham exceções, a maioria dos filmes independentes é filmada sem permissão das organizações profissionais de cinema, usando vídeo digital, não-atores e uma equipe reduzida. Feitos com orçamentos ínfimos, oriundos de fundos privados, os filmes podem ser editados em computadores de suas próprias casas,

SEPET DE YASMIN AHMAD


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e muitas vezes são exibidos em circuitos underground. Já que os filmes exibidos nos circuitos comerciais malaios devem passar pelo Comitê Nacional de Censura, a maior parte do filmes independentes não entra nesse circuito, garantido uma liberdade maior de expressão e criatividade. Os cineastas independentes estão prestando uma importante contribuição para a mais grave questão da Malásia, a racial. Os problemas entre a maioria malaia, a minoria chinesa e a indiana são imensos, e muitos cineastas, alguns com muita sutileza, tocam nestas questões. Não necessariamente todos os cineastas independentes fazem essa abordagem, alguns focam no individualismo urbano alienante. Mas, mesmo não usando um discurso exageradamente político, os cineastas independentes representam constantemente as diversidades étnicas e linguísticas. Essa é a força desse cinema.

FAÇA VOCÊ MESMO Essa novíssima geração destaca-se pela sua produção prolífica e um modo especialmente criativo de realização e organização. Eles se distinguem de quase todos os cineastas do mundo contemporâneo justamente pela sua forma colaborativa de trabalhar: ajudam a editar, produzir, filmar, interpretar e escrever os filmes uns dos outros. Detentores de vasto conhecimento tecnológico, adquirido pelo uso da internet e pelo interesse nas novas mídias, essa geração de cineastas independentes, conhecida como “Do it Yourself” (faça você mesmo), surgiu justamente da revolução digital. Buscando suporte mínimo em fundos internacionais, tais como Hubert Bals e Pusan, os jovens cineastas criaram, a partir do domínio do digital, modos independentes de produção, exibição e distribuição.

O FUTURO O cinema independente da Malásia vem atraindo muita atenção, principalmente no âmbito de festivais internacionais. Estes jovens vêm rapidamente ganhando reputação por permanecerem consistentemente ativos e independentes do Estado, que não oferece uma forma sistemática de suporte, seja em empréstimos ou fundos. Os novos cineastas vêm ganhando maturidade, segurança, enquanto que individualmente tentando achar suas vozes e estilo próprio. A satisfação é enorme em dividir com o público brasileiro esses filmes, tão autorais, tão culturalmente enriquecedores; muitos deles pequenas obras-primas, que refletem bastante sobre mundo contemporâneo. Espero que a mostra “Faça você mesmo – O novo cinema da Malásia” inspire, encoraje e agregue todos que a assistirem.

Tatiana Leite

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O CINEMA INDEPENDENTE MALAIO por Luiz Carlos Oliveira Jr.

Foi nos anos 1990 que o cinema asiático veio a primeiro plano e passou a ser tratado pela crítica e pelas curadorias de grandes festivais como sendo de igual ou maior importância que os cinemas americano ou europeu. Ao grande fenômeno de crítica e de cinefilia da década anterior, que fora o cinema de Hong Kong, vinha se somar ali por volta de 1995 a popularização da Nouvelle Vague taiwanesa, com o reconhecimento de uma segunda geração de novos diretores (Tsai Ming-liang, Lin Cheng-sheng) e com a consolidação das obras de cineastas que haviam começado a filmar um pouco antes, como Hou Hsiao-hsien e Edward Yang. Paralelamente, o japonês Takeshi Kitano fazia seus melhores filmes (Boiling Point, Sonatine, Hana-bi), reinventando o filme de gângster por meio de sua persona simultaneamente burlesca e ultraviolenta e de um uso desconcertante da elipse e do fora-de-campo. Na virada dos anos 1990-2000, um novo vento sopra daquele mesmo continente: o boom industrial do cinema sul-coreano, que recupera gêneros já dados como mortos em Hollywood (thriller policial, sci-fi, terror, filme noir) e os revitaliza mediante uma mescla da grande forma épico-romântica hollywoodiana com a fosforescência do cinema pop de Hong Kong. Depois, ao longo dos anos 2000, enquanto minguavam as “novas ondas” dos países que haviam sido a coqueluche dos anos 1980/90 (Taiwan, Hong Kong, China), outras cinematografias asiáticas emergiam: Tailândia, Filipinas, Cingapura, Malásia. No caso específico desta última, foco da presente mostra, uma coisa chama atenção e polariza o debate num primeiro momento: são filmes realizados por jovens diretores no espírito de faça-você-mesmo, com baixíssimo orçamento, material digital de pequeno porte, desenho de produção muito bem pensado para os meios disponíveis. Assim como aconteceu com os primeiros filmes de Jia Zhang-ke na China, os filmes desses jovens cineastas malaios são censurados em sua terra natal, mas circulam mundo afora em festivais internacionais de peso. A produção independente aparece como uma alternativa ou, mais ainda, um caminho obrigatório face ao esgotamento de antigos modelos que pararam de funcionar (em Taiwan, por exemplo, o fechamento da empresa estatal outrora responsável pelo cinema e a ausência de um mecanismo econômico substituto gerou uma crise que levou seus principais diretores a buscar financiamento fora de seu país – eles recorreram a produtoras do Japão e da França, principalmente). E falo de produção independente de verdade. Exemplo: O amor conquista tudo (Love Conquers All, 2006), de Tan Chui Mui, foi feito com uma ninharia e venceu a competitiva de Rotterdam em 2007. A diretora então investiu o dinheiro do prêmio em Flores no bolso (Flowers in the Pocket, 2007), de Liew Seng Tat, que por sua vez foi um dos vencedores de Rotterdam em 2008.

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O clima de ação entre amigos que caracteriza as pequenas equipes do cinema independente na Malásia pode suscitar a ideia de uma arte meio naïf, meio desajeitada, feita na base da tentativa-e-erro. Mas não: tratase de filmes extremamente bem realizados, que exploram o digital como um meio novo a desbravar, e não como um substituto capenga do 35mm. Há nesses filmes um trabalho realmente original com a luz e com os cenários naturais (dificilmente se verá uma cena filmada em estúdio num filme independente malaio). Esses diretores não enxergam no digital uma limitação para as qualidades plásticas da imagem. Muito pelo contrário: saem à caça de enquadramentos e luminosidades que os caracterizam como verdadeiros estetas. Algumas paisagens filmadas por Woo Ming Jin em O elefante e o mar (The Elephant and the Sea, 2007) e Mulher em chamas procura água (Woman on Fire Looks for Water, 2009), por exemplo, são dignas de uma pintura holandesa do século XVII, dando uma amostra de como ele passa totalmente por cima de qualquer limitação inerente a seus modestos materiais. Os jovens cineastas malaios parecem ter assimilado com muita competência um modelo de narrativa minimalista construído pelas vagas asiáticas que os precederam: diálogos esparsos, recusa da decupagem clássica em proveito do plano-sequência, situações ambíguas, relação afetiva entre câmera e personagens etc. Às grandes rupturas narrativas, eles preferem a soma de pequenos nadas. O olhar não julga os personagens, mas antes os absorve num processo de pura contemplação. Ecos de Tsai Ming-liang e Hou Hsiao-hsien podem ser sentidos aqui e ali. Do primeiro, alguns assimilaram uma refinada arte da cenografia e do plano fixo (filmes como Flores no bolso e O elefante e o mar às vezes conseguem dizer tudo tão-somente através do enquadramento, da disposição dos objetos, das luzes e dos corpos no cenário). De Hou, outros incorporaram o estilo flutuante da câmera e a parcimônia inabalável que o faz aguardar pelos brotamentos inusitados do plano longo (Adeus ao Sul parece ter sido uma referência crucial para Cachorros molhados de chuva / Rain Dogs, 2006, de Ho Yuhang). Se por um lado os filmes malaios beiram a afasia e o autismo, por outro revelam uma força secreta escondida na observação de cotidianos silenciosos e asfixiantes, de jovens à deriva, de existências precárias, de lugares cuja rusticidade e cuja poluição visual contrastam com a superfície límpida e lisa da ambiência digital em que o filme os insere. Essa textura peculiar que eles construíram por meio de câmeras digitais, e que já figura como um traço local comum (no sentido em que se pode falar de uma “escola veneziana das cores” na pintura do século XVI ou de uma “escola do expressionismo” no cinema da Alemanha dos anos 1920, por exemplo), tal aspecto é justamente o que salva esses filmes de serem um simples déjà-vu das demais cinematografias asiáticas contemporâneas e justifica um lugar de destaque para o cinema malaio independente.

Luiz Carlos Oliveira Jr. é crítico de cinema e pesquisador.

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AMOR SUICIDA LOVE SUICIDES

Malásia . 2009 . 13 min . DV Cam . 12 anos. Com Kiew Suet Kim, Arika Lee.

Numa isolada aldeia de pescadores na Malásia, o relacionamento de uma mulher com sua filha transforma-se quando ela começa a receber estranhas cartas do marido que a abandonou. Inspirado no conto de Yasunari Kawabata.

EDMUND YEO Edmund Yeo, nascido em Cingapura em 6 de março de 1984,mudou-se para a Malásia e atualmente estuda no Japão. Ele é um produtor malaio que escreve e dirige diversos curtas ganhadores de prêmios exibidos em importantes festivais internacionais de cinema, como Chicken Rice Mistery (vencedor de dois prêmios no BMW Shorties em 2008 e escolhidos para competir no Dubai International Film Festival 2008), Fleeting Images (vencedor do Grand Prix no Japan’s CON-CAM Movie Festival 2009), Amor suicida / Love Suicides, 2009 (vencedor do Prêmio de Melhor Diretor no China Mobile Film Festival 2009, escolhido para concorrer no Paris Cinema International Film Festival 2009 e no Split International Film Festival 2009) e seu primeiro curta falado em japonês, Kingyo (selecionado para competir no Festival de Veneza em 2009 e vencedor de dois prêmios principais no Japan’s Eibunren Awards). Ele também produziu filmes para a televisão tais como Cinta Tiga Segi e Kurus (Days of the Turquoise Sky), além de ter produzido e editado os filmes O elefante e o mar (The Elephant and the Sea, 2007) e Mulher em chamas procura água (Woman on Fire Looks for Water, 2009), de Woo Ming Jin.

CAIXA CULTURAL RJ Dia 18/3, quinta-feira. 19h Dia 28/3, domingo. 17h CINESESC SP Dia 1°/4, quinta-feira. 19h

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FLORES NO BOLSO FLOWERS IN THE POCKET

Malásia . 2007 . 97 min . Digi Beta . Livre Com Azman Hassan, Zi Jiang, James Lee, Wei Lim, Wong Ming, Mislina Mustafa.

Dois irmãos tomam conta de si mesmos, enquanto o pai passa a maior parte do tempo absorvido pelo trabalho. Os meninos fazem novas amizades, arrumam um filhote de cachorro e se encrencam na escola.

Vencedor do Festival de Rotterdam 2007.

LIEW SENG TAT Liew Seng Tat nasceu em 30 de setembro de 1979, em uma área de má reputação chamada Jinjang. Ele é conhecido por fazer piadas de humor negro – hilárias, ridículas, absurdas e, ainda assim, tocantes. Desde que seu primeiro curta foi exibido na Malaysian Shorts Series no Clube do Filme da Malásia, nunca deixou de ganhar o prêmio de audiência. Terceiro de cinco irmãos, Liew Seng Tat cresceu cercado de muito amor, muita risada e frequentes brigas de família com facas que ameaçavam sua vida. Como ele quase não falava no primeiro ano de vida, sua mãe suspeitava que ele fosse mudo ou retardado. Foi um alívio quando ele finalmente falou em seu primeiro aniversário.

CAIXA CULTURAL RJ Dia 20/3, sábado. 15h Dia 25/3, quinta-feira. 19h CINESESC SP Dia 27/3, sábado. 17h Dia 28/3, domingo. 21h

Muito depois, Liew se formou na Multimedia University (MMU) em Cyberjaya, com especialização em animação 3D. Depois de ganhar a vida com isso em um estúdio local, perdeu o interesse em animação e voltou aos filmes. Ele chamou muita atenção com seu primeiro curta Bread Skin With Strawberry Jam. O filme ganhou o prêmio de Melhor Curta no 8º Malaysian Video Awards em 2003 e, no ano seguinte, ganhou quase todos os prêmios da categoria de curtas estrangeiros com seus Not Cool e Flower. 11


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DANCING BELLS Malásia . 2006 . 100 min . Digi Beta . 14 Anos Com Rameshi Kumar, Sangkara, Dhaarshini Sankran.

Os irmãos Uma e Siva vivem com sua mãe em um bairro pobre indiano em Kuala Lumpur. Enquanto Uma sonha em ser dançarina, Siva se vê forçado a abandonar os estudos para ajudar a família.

DEEPAK KUMARAN MENON Deepak K. Menon nasceu em 1979 em Kuala Lumpur, capital da Malásia. Formado no campo de filmes e animação em 2001, na Multimedia University (MMU) em Cyberjaya, na Malásia; onde atualmente também está cursando o MBA e lecionando produção de mídia, filmes e animação. Já participou da produção de filmes como escritor, produtor, diretor e editor; além de ser fotógrafo e ter aspirações de, no futuro, escrever, tocar e, com esperança, fazer boa música.

Prêmio de Melhor Filme Asiático no Festival de Tóquio 2006.

Considera que o avanço da tecnologia digital é ininterrupto, tecnologia esta que permite uma grande liberdade para os produtores. Hoje, na Malásia, os filmes são produzidos para serem distribuidos de muitas formas, como cinema, televisão, vcd ou dvd, internet, blogs, celulares e outros que virão. Ao mesmo tempo, o filme é uma maneira de estreitar as relações entre as diferentes raças na Malásia.

CAIXA CULTURAL RJ Dia 26/03, sexta-feira, 17h Dia 28/3, domingo. 19h 12


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CACHORROS MOLHADOS DA CHUVA RAIN DOGS

Malásia . 2006 . 94 min . 35mm . 14 anos Com Kuam Choon Wai, Pete Teo, Cheong Wing Hong.

Tung viaja para a cidade para encontrar seu irmão, mas logo após a sua partida descobre que o irmão foi morto. Tung volta para sua casa e, sentindo-se um estranho em seu próprio lar, vai morar com os tios. Essa estada mudará sua vida.

Prêmio de Melhor Filme no Festival de Vancouver e Seleção do Festival de Veneza - Mostra Orizzonti 2009.

CAIXA CULTURAL RJ Dia 20/3, sábado. 19h Dia 26/3, sexta-feira. 17h CINESESC SP Dia 28/3, domingo. 19h Dia 30/3, terça-feira. 21h

HO YUHANG Ho Yuhang nasceu e foi criado na tranquilidade da comunidade de Petaling Jaya, nos subúrbios logo ao lado da maior cidade da Malásia, Kuala Lumpur. Formado em engenharia na Iowa State University nos EUA, é escritor e diretor de filmes. Voltou à Malásia para começar o que deveria ter sido, de uma maneira geral, uma carreira tranquila e simples não fosse sua decisão de último minuto de deixar o emprego e se concentrar em escrever e produzir seus próprios filmes, mudando sua vida para melhor. Ele começou sua segunda carreira na indústria de televisão comercial da Malásia, para que pudesse se dedicar ao básico da produção cinematográfica e, mais tarde, filmar um documentário ganhador de prêmios: Semangat Insan: Masters of Tradition (2000). Seu primeiro filme de ficção, Min (gravado para uma série de televisão da Malásia chamada “Odissi”, que foi projetada para apresentar diretores novos e histórias com temas locais), ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival de Nantes dos 3 Continentes. Sua segunda produção digital, Sanctuary, ganhou o NETPAC Award no Festival Internacional de Rotterdam em 2005, e uma menção honrosa no Pusan International Film Festival em 2004. Juntos com os amigos e companheiros produtores James Lee e Amir Muhammad, Ho Yuhang é agora reconhecido como uma das figuras principais do internacionalmente celebrado movimento de filmes independentes contemporâneos. Cachorros molhados da chuva (Rain Dogs, 2006), seu segundo longa-metragem, recebeu apoio do fundo de desenvolvimento de roteiros do Hubert Bals de Rotterdam, e foi financiado pela Focus Films de Hong Kong. 13


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15 MALÁSIAS 15 MALAYSIA

Malásia . 2009 . 80 min . Digi Beta . 12 anos Realizado por Ho Yuhang, Yasmin Amad, Amir Muhammad, Linus Chung, Liew Seng Tat, Desmond Ng, Kamal Sabran, Tan Chui Mui, Woo Ming Jin, James Lee, Benji & Bahir, Johan John, Khairil Bahar, Nam Ron, Suleiman Brothers. Produzido por Pete Teo.

PETE TEO Pete Teo é um ícone da música e cinema independente da Malásia. Nascido em Kota Kinabalu, é tido como um visionário e um dos líderes da cultura alternativa do país ao lado de Yasmin Ahmad (sua grande amiga), Datuk Faridah Merican e Amir Muhammad. Ele compõe, canta, e ainda produz e atua em vários filmes. Compôs várias trilhas sonoras, entre elas a do último filme dirigido por Yasmin Ahmad, Talentime (2009) e At the End of a Daybreak (2009) de Ho Yuhang. Ainda de Ho Yuhang, participou do filme Cachorros molhados de chuva (Rain Dogs, 2006), e sua atuação em Ligueme se precisar (Call If You Need Me, 2009), de James Lee, recebeu muitos elogios da crítica. Em 2009 ele produziu o fime 15 Malásias (15 Malaysia), uma coletânea de 15 curtas-metragens de conteúdo sociopolítico, dirigido por 15 cineastas. O filme foi lançado na internet e visto por mais 11 milhões de pessoas.

CAIXA CULTURAL RJ Dia 18/3, quinta-feira. 17h CINESESC SP Dia 27/3, sábado. 19h

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KARAOKÊ KARAOKE

Malásia . 2009 . 67 min . Digi Beta . 12 anos Com Zahril Adzim, Amerul Affendi, Hariry Jalil.

Batik quer sair de sua cidade, mas encontra resistência da parte de sua mãe, que insiste que ele administre o negócio da família. No entanto, ele arruma dois trabalhos: de dia faz vídeos de karaokê e à noite trabalha num bar de karaokê, onde conhece uma menina.

Participou da Semana da Crítica do Festival de Cannes 2009.

CHRIS CHONG CHAN FUI Chris Chong Chan Fui, nascido em Bornéu, produtor e artista mediático, focado em histórias não-convencionais e experiências entre o cinema tradicional e arte contemporânea. O trabalho experimental mais recente de Chris, Block B, ganhou, em 2008, o prêmio de melhor curta no Festival de Mar Del Plata, na Argentina e no Festival Internacional de Toronto – sendo que neste, pelo segundo ano consecutivo (em 2007 Kolam ganhou o mesmo prêmio). Block B também foi convidado para o Festival Internacional de Rotterdam e para o Festival de Berlim em 2009. Chris é um bolsista da Asian Scholarship Foundation (Fundação Ford) e, em 2006, foi convidado pela Pusan’s Asian Film Academy.

CAIXA CULTURAL RJ Dia 19/3, sexta-feira. 19h Dia 27/3, sábado. 17h

Seu primeiro longa-metragem, Karaokê, foi convidado para o Script Clinic do Festival de Berlim em 2007 e foi escolhido para participar do Pusan’s Asian Film Academy em 2008. Foi finalizado em 2009. The Tour será seu segundo longa, gravado em sua terra natal, Kota Kinabalu, em Bornéu. O projeto foi selecionado para a edição 2009 do Cinemart (Festival de Rotterdam).

CINESESC SP Dia 29/3, segunda-feira. 14h30 Dia 31/3, quarta-feira. 19h

Compound, uma instalação audiovisual que teve a colaboração do artista “de som” japonês Yasuhiro Morinaga, será apresentado em Toronto e Kuala Lumpur em 2009/2010. 15


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TODO DIA, TODO DIA EVERYDAY, EVERYDAY

Malásia . 2008 . 17 min . DV Cam . 12 anos Com Bok Lai Loh, Thian See Chua.

Sook Chen larga seu emprego. Ela decide ir para o Peru. Ma não entende o motivo. Na verdade, ele nunca entendeu o quê Sook Chen.

TAN CHUi MUI Tan Chui Mui nasceu em 1978, em Sungai Ular, uma pequena vila de pescadores em Kuantan, na Malásia.

Grande Prêmio no Festival de Clermond-Ferrand 2009.

Ela está ativamente envolvida na cena de filmes independentes malasianos, trabalhando como produtora, editora, roteirista e eventualmente atriz. Em 2004 ela criou a produtora Da Huang com Amir Muhammad, James Lee e Liew Seng Tat . Seu primeiro longa-metragem, O amor conquista tudo (Love Conquers All), foi premiado em diversos festivais, incluindo Pusan e Rotterdam. Muitos esquecem que ela é uma grande produtora e realizadora de curtasmetragens, que já foram agraciados também nos principais festivais do formato, como o Festival de Curtas de Oberhausen e o de Clermont-Ferrand Em 2008 ela fez sete curtas-metragens, cujo conjunto ela chamou de All My Failed Attempts . Atualmente ela está pré-produzindo seu segundo longa, que se intitulará The Year Without a Summer.

CAIXA CULTURAL RJ Dia 19/3, sexta-feira. 19h Dia 27/3, sábado. 17h CINESESC SP Dia 29/3, segunda-feira.14h30 Dia 31/3, quarta-feira. 19h

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O AMOR CONQUISTA TUDO LOVE CONQUERS ALL

Malásia . 2006 . 90 min . Digi Beta . 14 anos Com Leong Jiun Jiun, Ho Chi Lai, Shua Jyh Shyan.

Ping muda-se da pequena cidade de Penang para Kuala Lumpur para trabalhar com sua tia. Lá ela conhece John, um jovem que tenta aproximar-se dela. Ping sente-se atraída por John, e mesmo tendo um namorado em Penang, ela se envolve com o rapaz e perde-se no seu amor.

Vencedor do Festival de Rotterdam de 2006 e do Festival de Pusan de 2006.

CAIXA CULTURAL RJ Dia 17/3, quarta-feira. 19h Dia 26/3, sexta-feira. 19h CINESESC SP Dia 27/3, sábado. 21h Dia 30/3, terça-feira. 19h 17


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ENCONTRANDO AMBER MEETING AMBER

Malásia . 2006 . 11 min . Mini DV . 12 anos Com Gavin Yaps, Melissa Maureen Rizal, Tan Chui Mui, Amir Muhammad.

Jovem tenta conhecer uma garota no metrô.

AZHARR RUDIN Azharr Rudin, nascido em Johor Bahru, na Malásia, é uma pessoa com raízes em Kuala Lumpur. Fez uns bicos como pizzaiolo, web designer e fotógrafo/escritor para uma revista de música da Malásia antes de se arriscar na produção de filmes. Ele foi o editor dos documentários The Year of Living Vicariously (2005) e Lelaki Konunis Terakhir (The Last Communist, 2006). Seu filme Majidee (2005) ganhou prêmios nos festivais do Havaí, Tóquio e Cingapura. Sua coleção de curtas, Amber Sexology, estreou no Singapore International Film Festival de 2006. Alguns de seus trabalhos também participaram de uma série de festivais internacionais, incluindo Fajr, Vancouver, Clermont-Ferrand, Pusan, Sydney, Rotterdam, São Francisco, Buenos Aires e Jogja. Atuou como jurado NETPAC no Jogja-NETPAC Asian Film Festival (2007).

Essa espera (Punggok Rindukan Bulan / This Longing, 2008) é seu longa-metragem de estreia.

CAIXA CULTURAL RJ Dia 17/3, quarta-feira. 19h Dia 26/3, sexta-feira. 19h CINESESC SP Dia 27/3, sábado. 21h Dia 30/3, terça-feira. 19h

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ESSA ESPERA THIS LONGING

Malásia . 2008 . 122 min. DV Cam . 12 anos Com Sharifah Amani, Sahronizam Noor, Saeful Nahzif Satria.

Sid mora com seu pai Adamn. Os dois aprendem a viver com a recente perda da figura feminina em suas vidas. Paralelamente, uma menina retorna para fotografar o seu passado. O título em malaio significa “a coruja sente saudades da lua”, uma reflexão sobre a espera.

ENTREVISTA Como você conseguiu fazer Essa espera [This Longing]? Você teve ajuda do governo ou tentou apoio de instituições privadas? Conseguimos fazer Punggok Rindukan Bulan em grande parte graças a Amir (Muhammad), o produtor. O filme foi rejeitado várias vezes e eu, provavelmente, teria desistido se Amir tivesse dito não à produção. Havia um fator baseado no tempo da execução do filme como evidenciado no fim do filme, então tivemos que nos apressar para fazê-lo. Outro fator chave foi a doação da Multimedia Corporation of Malaysia (MDeC) e da Da Huang Pictures, entrando como a casa de produção e depois oferecendo todo o apoio que pudessem. As pessoas precisavam ser pagas. Não imagino outra casa de produção malaia tendo a coragem de produzir um filme “desafiador” como Punggok Rindukan Bulan. Também houve diversos apoios de outras fontes, amigos e família. O processo da produção de filmes no novo Cinema Malaio parece ser bastante colaborativo (é de fato evidente quando lemos os créditos do filme). Como isto funciona? CAIXA CULTURAL RJ Dia 24/3, quarta-feira. 19h CINESESC SP Dia 26/3, sexta-feira. 14h30

Isto foi elaborado com amor e, até certo ponto, necessidade. Havia poucos de nós quando começamos, mas reconhecemos potenciais, talento e determinação em cada um e assim trabalhamos juntos para fazer a vida das pessoas de fora do círculo mais fácil. Crescemos como pessoas e produtores rapidamente após cada colaboração, talvez em parte porque percebamos que os recursos e chances são muito pequenos para o tipo de filme que fazemos. 19


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ANTES DE NOS APAIXONARMOS NOVAMENTE BEFORE WE FALL IN LOVE AGAIN

Malásia . 2006 . 100 min . Digi Beta . 14 anos Com Chye, Chee Keong, Pete Tao, Amy Len.

A mulher de Chuan, Ling, um dia foi trabalhar e não voltou, ninguém tem notícias dela. Algum tempo depois de seu desaparecimento, aparece Tong, que clama ser o amante de Ling e está à procura dela.

JAMES LEE James Lee é um diretor de filmes da Malásia. Ele nasceu Lee Thim Heng em 13 de dezembro de 1973 na cidade de Ipoh, em Perak. Ele é um dos pioneiros da Nova Onda da Malásia, mais conhecido como Movimento de Filmes Independentes da Malásia. Ele produziu os primeiros filmes de outros produtores malaios tais como Amir Muhammad e Ho Yuhang, em sua casa de produção, Doghouse 73 Pictures. Em 2004, ele criou a Da Huang Pictures com Amir Muhammad, Tan Chui Mui e Liew Seng Tat. James esteve envolvido com teatro antes de produzir filmes. Ele começou como ator e diretor de teatro. Seu primeiro papel como ator em filmes foi em Lips to Lips de Amir Muhammad, e atuou, recentemente, no filme de estreia de Liew Seng Tat Flores no bolso (Flower in the Pocket, 2007). Ele dirigiu algumas peças de teatro. Em 2007, dirigiu uma peça de Harold Pinter, Betrayal. Em abril de 2007, o 9º Festival de Filmes de Deauville Asian se concentrou nele com “A glance at the work of James Lee” (um olhar sobre o trabalho de James Lee). Eles honraram sua carreira de um jovem diretor com uma visão pessoal. 20

CAIXA CULTURAL RJ Dia 17/3, quarta-feira. 17h Dia 23/3, terça-feira . 17h CINESESC SP Dia 26/3, sexta-feira. 17h Dia 29/3, segunda-feira. 17h


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LIGUE-ME SE PRECISAR CALL IF YOU NEED ME

Malásia . 2009 . 120 min . Digi Beta . 14 anos Com PeteTeo, Sunny Tang, Chua Thian See.

A história de Sunny, um homem que chega à cidadegrande e se envolve com o crime organizado através de seu primo Pete; e seus pequenos progressos para alcançar o sucesso que o levará a fazer uma difícil escolha. Malásia . 2006 . 100min . Digibeta . 14 Anos

Ah loong, um chinês de 19 anos, tem um barraca de DVD piratas. Sua vida muda completamente quando conhece Orked, uma jovem malaia, que está à procura do filme Anjos Caídos, de Wong Kar Wai.

Entre 2006 e 2008, James fez uma trilogia do amor com os filmes Things We Do When We Fall In Love, Antes de nos apaixonarmos novamente (Before We Fall In Love Again) e Waiting for Love. Seu mais recente filme Ligue-me se precisar (Call If You Need Me, 2009), ganhou o prêmio de Melhor Filme Digital no Festival de Hong Kong em 2010.

CINESESC SP Dia 27/3, sábado. 14h30 Dia 31/3, quarta-feira. 21h 21


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O ELEFANTE E O MAR THE ELEPHANT AND THE SEA

Malásia . 2007. 100 min . DV Cam . 14 anos Com Berg Lee Seng Wan, Tan Chui Mui, Chung Kok Cheung.

O filme segue a vida de dois personagens numa aldeia de pescadores que foi recentemente assolada por uma contaminação na água. Ah Ngau perde sua esposa, e sua vida dá uma reviravolta. Enquanto o jovem Yun Ding procura encontrar um motivo para viver.

WOO MING JIN Nascido na cidade malaia de Ipoh, é diretor, editor e fotógrafo.

Grande Prêmio do Júri no Festival de Torino.

Aos 33 anos de idade, teve seu longa-metragem de estreia, Monday Morning Glory, selecionado para os festivais de Berlim, Locarno, Pusa, Tóquio, São Francisco e Bangkok. Em seu segundo filme, O elefante e o mar (The Elephant and the Sea) – vencedor do Prêmio de Melhor Diretor e o de Melhor Filme no Festival de Cinema Digital de Seul, e do Prêmio de Júri Especial no Festival de Torino –, foi aclamado pela revista Variety como "a nova voz brilhante e marcante do leste asiático". O filme foi convidado a ser exibido em mais de 50 festivais ao redor do mundo. Seu último filme, Mulher em chamas procura água (Woman on Fire Looks for Water), fez parte da seleção do Festival de Veneza. CAIXA CULTURAL RJ Dia 18/3, quinta-feira. 19h com a presença do realizador. Dia 28/3, domingo. 17h CINESESC SP Dia 1°/4, quinta-feira. 19h 22


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MULHER EM CHAMAS PROCURA ÁGUA WOMAN ON FIRE LOOKS FOR WATER

Malásia . 2009 . 97 min . Digi Beta . 12 anos Com Ernest Chong, Foo Fei Ling, Chung Kok Keong.

Pai e filho lutam pelo amor numa pequena aldeia de pescadores. Enquanto o pai luta para reconquistar um amor perdido há anos atrás, seu filho enfrenta um dilema: ele deve escolher entre a menina por quem se apaixonou e pela filha de seu chefe.

Seleção do Festival de Veneza - Mostra Orizzonti 2009.

ENTREVISTA Você poderia nos dar um parecer geral sobre os filmes locais independentes? Fomos recém descobertos aqui na Malásia, diferentemente do que na Tailândia e nas Filipinas, então estamos, de certa forma, fazendo história agora. Acho isto incrível. A atenção e oportunidade estão lá. A melhor coisa é que estes filmes recentes indie são muito bons realmente. Fui a muitos festivais de cinema, tranquilamente uma dúzia. Assisti a uma quantidade de filmes considerável. Quer dizer, a gente tem má reputação na Malásia, como sempre, porque os críticos locais querem nos comparar com Hollywood. Mas estive em festivais onde fomos comparados a filmes locais indie big-time e ninguém nos disse que nossos filmes eram baratos ou algo assim. Então estou orgulhoso de fazer filmes na Malásia, e as histórias que contamos vêm da nossa experiência de vida. Você pode me falar um pouco sobre seu novo projeto?

CAIXA CULTURAL RJ Dia 16/3, terça-feira. 19h com a presença do realizador. Dia 19/3, sexta-fera. 17h com a presença do realizador.

O novo filme chama-se The Tiger Factory. É uma história sobre uma jovem mulher pobre que decide ter um bebê por dinheiro.

CINESESC SP Dia 26/3, sexta-feira. 21h 23


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O GRANDE DURIAN THE BIG DURIAN

Malásia . 2003 . 73 min . DV Cam . 12 anos Com Ghafir Akbar, Soo Boon Tat, Amir Muhammad.

O filme dá voz a 23 malaios (alguns reais e outros fictícios) sobre os acontecimentos em um incidente ocorrido no ano de 1987 em Kuala Lumpur – cuja violenta reação do governo ficou conhecida como Operação Lalang –, e que teve grande repercussão na sociedade malaia.

AMIR MUHAMMAD É escritor, editor e produtor baseado na Malásia. Seus filmes foram selecionados para diversos festivais ao redor do mundo, incluindo os de Berlim, Sundance e Pusan. Dois de seus documentários foram proibidos na Malásia. Autor dos livros Malaysian Politicians Say the Darndest Things, em dois volumes, e Yasmin Ahmad's Films. Sua primeira coleção de contos foi publicada em 2010.

Participou da seleção do Festival de Sundance de 2004. Menção Honrosa no Festival de Yamagata de 2003.

CAIXA CULTURAL RJ Dia 16/3, terça-feira. 17h Dia 21/3, domingo. 19h com a presença do realizador. CINESESC SP Dia 25/3, quinta-feira. 21h com a presença do realizador. 24


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DEUSES DA MALÁSIA MALAYSIAN GODS

Malásia . 2009 . 70 min . DV Cam . 12 anos

A partir de um episódio político marcante na Malásia ocorrido em 1998, o diretor Amir Muhammad colhe depoimentos da minoria hindu que vive no país. Os relatos de suas vidas, esperanças e sonhos evidenciam as mudanças sociopolíticas que vêm ocorrendo desde então no país.

ENTREVISTA Você escreve desde os 14 anos, quando e por que você decidiu fazer filmes? Sair do tédio absoluto e o desejo de fazer algo divertido com os amigos. Também não via as pessoas à minha volta fazendo o tipo de filme que eu gostaria de assistir, então pensei que talvez eu pudesse (mesmo que imperfeitos) fazê-los. Como você acabou fazendo O grande durian [The Big Durian]? Foi baseado num incidente da vida real que aconteceu em 1987. Um soldado surtou com um fuzil M16 e o país todo entrou em pânico. Sempre me interessei pelo fato de as pessoas se apavorarem tão facilmente. Conta pra gente um pouco sobre seu último longa-metragem, Deuses da Malásia [Malaysian God].

CAIXA CULTURAL RJ Dia 23/3, terça-feira. 19h com a presença do realizador.

Este filme marca o aniversário de 10 anos da única campanha de demonstração de massa sustentada na Malásia. [Foi a única vez que o povo foi às ruas protestar na história do país.] Uma vez mais, é estranho que ninguém tenha feito um filme sobre isso! Mas isto não é uma propaganda ou um filme que promova discussões; é um olhar peculiar para os lugares.

CINESESC SP Dia 26/3, sexta-feira. 19h com a presença do realizador. 25


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SEPET Malásia . 2004 . 104 min . Beta SP . 14 anos Com Sharifah Amani, Harith Isknder, Ng Choo Seong.

Ah loong, um chinês de 19 anos, tem um barraca de DVDs piratas. Sua vida muda completamente quando conhece Orked, uma jovem malaia que está à procura do filme Anjos caídos (Fallen Angels, 1995) do diretor Wong Kar Wai.

YASMIN AHMAD Por Amir Muhammad Yasmin Ahmad se tornou uma figura pública em 1996 com o comercial do Dia da Independência que ela dirigiu, Little Indian Boy. O diferente neste comercial é o protagonista, que era um garoto do menor dos três grupos étnicos da Malásia; indianos raramente são mostrados em comerciais de TV porque têm baixo poder de compra. Apesar disso, o comercial repercutiu entre muitos malásios. No início de 2005 ela ganhou notoriedade com o lançamento do seu primeiro longa-metragem Sepet. Este romance inter-racial sobre uma garota malaia e um garoto chinês veio com um pouco de controvérsia. Não foi seu maior sucesso, mas parece ter sido o filme que mais teve repercussão. Yasmin começou a fazer longas-metragens com uma idade considerada relativamente tardia, 45 anos, então seus filmes nasceram sob a ótica de um adulto, mas com o frescor de uma descoberta. E quando ela se lançou nos longas-metragens, já tinha uma reputação construída (através de seus comerciais) para ter total controle criativo. Existe um sentido real de família em seus filmes. Isto está bem claro nos quatro filmes que ficaram conhecidos como “Quarteto Orked”, que foi iniciado com Rabun (2003) e terminou com Mukhsin (2006), via Sepet (2004) e Gubra (2006). Seus dois últimos longas-metragens, Muallaf (2008) e Talentime (2009), escaparam da história de Orked, mas usaram as mesmas locações e elenco. Eu visitei os sets dos quatro últimos filmes porque eu gostava de ver a maneira de ela trabalhar. Tudo parecia espontâneo, ainda que totalmente organizado.

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O fato de que todos os seus filmes tivessem a mesma equipe, aponta para uma consistência notável de produção. Isso ajudou a torná-la uma “autora”, ela, como alguém que preferia Bollywood a Bazin, teria rido de tal nomenclatura. E ela realmente sabia como rir!

CAIXA CULTURAL RJ Dia 24/3, quarta-feira. 17h

Embora ela nunca tenha usado a mais clichê das palavras, cinta (amor), nos títulos de seus filmes, suas histórias eram, inquestionavelmente, sobre o amor. Não apenas o tipo romântico e fa-

CINESESC SP Dia 28/3, domingo. 14h30


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MUKHSIN Malásia . 2006 . 94 min . 35mm . Livre Com Mohd Syafie bin Naswip, Zainal Rashid, Sharifa Ariana Syed.

Orked, uma menina de 10 anos, entediada de brincar com as outras meninas, encontra Mukhsin, um garoto de 12 que veio com o irmão passar as férias escolares em sua vila. Enquanto isso, seus pais são criticados por um comportamento atípico, e por educar sua filha com a mesma liberdade dada a um menino.

miliar, mas a afeição de um adulto atencioso com seus vizinhos, onde a crítica social é moderada pela necessidade de perdoar. Há uma inclusão bondosa e tumultuada em suas histórias, que apontam para a maneira que a sociedade malaia poderia funcionar se deixarmos de lado alguns obstáculos.

Vencedor do Urso de Cristal e Menção Especial do Júri do Festival de Berlim de 2006. Melhor filme do Festival de Tóquio e do Festival des Femmes de Creteil. Grande vencedor do Malaysian Film Festival.

Yasmin, por outro lado, misturou linguagens corajosamente, e seu elenco veio em todas as cores do arco-íris da Malásia Peninsular. Isto porque ela viu nossa herança multicultural como uma gratificação e não como uma obrigação. Seus filmes geraram discussões, algumas vezes em lugares onde nem filmes locais haviam sido discutidos. Meu filme favorito dela é, provavelmente, Mukhsin. O filme parece ter sido esculpido em luz e tem todo o calor de um lar, e algumas das dores também. A cena favorita dela é a em que ouvimos Nina Simone(!) pela primeira vez. A minha cena preferida, que seria uma escolha estranha, é quando Yam, a empregada da família Orked, explica como ela faz seu tipo de sorvete. Simplesmente você não pode apreciar o doce se não tiver o amargo. Ainda nesta cena, a atriz estraga um pouco a “demonstração culinária”, mas depois disfarça dizendo que ela estava nervosa com um visitante! É maravilhoso. Outros diretores teriam gritado “Corta!”, mas, usando esta cena, o filme se torna mais transparente e charmoso. O último filme narrativo de Yasmin é Chocolate (2009), que é um dos curtas do filme 15 Malásias (15 Malaysia). É uma parábola simples e ilusória sobre o conflito entre nossos dois maiores grupos étnicos, vistos através do processo de compra de uma barra de chocolate.

CAIXA CULTURAL RJ Dia 21/3, domingo. 15h Dia 27/3, sábado. 19h CINESESC SP Dia 28/3, domingo. 17h Dia 1°/4, quinta‐‐feira. 21h

Chocolate foi lançado online em 19 de agosto de 2009, após sua morte, e atraiu mais de mil comentários no site oficial. Se alguém perguntasse: “Qual a mensagem?”, ela teria dito que nunca foi pela mensagem, mas sobre o sentimento. Ela também estaria curiosa em saber o que você pensou. Ela também teria dito que o filme é sobre o quão fácil é não gostar de alguém se você não conhece seus problemas; racismo e preconceito seriam reduzidos se você fizesse amizade com pessoas diferentes. Ela era assim, e como ela não está mais aqui, teremos que continuar a conversa em seu nome. 27


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Dia 16/3, terça-feira

17h

19h

O grande durian, 73’

Mulher em chamas procura água, 97’

Antes de nos apaixonarmos novamente, 100’

Conhecendo Amber, 11’ + O amor conquista tudo, 90’

Dia 18/3, quinta-feira

15 Malásias, 80’ + conversa com o realizador

Amor suicida, 13’ + O elefante e o mar, 100’

Dia 19/3, sexta-feira

Mulher em chamas procura água, 97’ + conversa com o realizador

Todo dia, todo dia, 17’ + Karaokê, 67’

Dia 17/3, quarta-feira

Dia 20/3, sábado

Flores no bolso 97´

Debate 1

Cachorros molhados de chuva, 94’

Dia 21/3, domingo

Mukhsin, 92’

Debate 2

O grande durian, 73’ + conversa com o realizador

Antes de nos apaixonarmos novamente, 100’

Deuses da Malásia, 70’ + conversa com o realizador

Dia 24/3, quarta-feira

Sepet, 104’

Essa espera, 122’

Dia 25/3, quinta-feira

Cachorros molhados de chuva, 94’

Flores no bolso, 97´

Dia 26/3, sexta-feira

Dancing Bells, 98’

Conhecendo Amber, 11’ + O amor conquista tudo, 90’

Dia 27/3, sábado

Todo dia,todo dia, 17’ + Karaokê, 67’

Mukhsin, 92’

Dia 28/3, domingo

Amor suicida, 13’ + O elefante e o mar, 100’

Dancing Bells, 98’

Dia 23/3, terça-feira


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14h30

17h

19h

21h O grande durian,73’ + conversa com o realizador

Dia 25/3, quinta-feira

Antes de nos apaixonarmos Deuses da Malásia, 70’ + conversa com novamente, 100’ o realizador

Mulher em chamas procura água, 97’

Dia 26/3, sexta-feira

Essa espera, 122’

Dia 27/3, sábado

Ligue-me se precisar, 120’

Flores no bolso, 97´

15 Malásias, 80’ + conversa com o realizador

Conhecendo Amber, 11’ + O amor conquista tudo, 90’

Dia 28/3, domingo

Sepet, 104’

Mukhsin, 92’

Cachorros molhados de chuva, 94’

Flores no bolso, 97´

Dia 29/3, segunda-feira

Todo dia,todo dia, 17’ + Karaokê, 67’

Antes de nos apaixonarmos

Dia 30/3, terça-feira

novamente, 100’

Cachorros molhados Conhecendo Amber, 11’ de chuva, 94’ + O amor conquista tudo, 90’

Dia 31/3, quarta-feira

Todo dia,todo dia, 17’ + Karaokê, 67’

Ligue-me se precisar, 120’

Dia 1°/4, quinta-feira

Amor suicida, 13’ + O elefante e o mar, 100’

Mukhsin, 92’


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Debates Debate 1: MODELO MALÁSIA: DEMOCRATIZAÇÃO DO PROCESSO DE FILMAGEM E O DESENVOLVIMENTO DO CINEMA DIGITAL E NOVAS MÍDIAS. Sobre o uso da tecnologia digital e o barateamento dos custos de produção. Como usar fundos privados, organizar projeções digitais e criar espaços alternativos de exibição e meios de distribuição. Participantes: Amir Muhammad, Woo Ming Jin, Gustavo Pizzi e Matheus Souza. Debate 2: CINEMA: ESPAÇO DE REFLEXÃO SOCIAL: UM BREVE PANORAMA DA MALÁSIA E DO BRASIL. Filmes realizados pela nova geração como espaço de reflexão, que perpassam questões sociopolíticas dos seus países e a pluralidade cultural destes. Participantes: Amir Muhammad, Woo Ming Jin, Luis Carlos Nascimento, Patricia Rebello e Anna Azevedo.

AMIR MUHAMMAD É escritor, editor e produtor baseado na Malásia. Seus filmes foram selecionados para diversos festivais ao redor do mundo, incluindo os de Berlim, Sundance e Pusan. Dois de seus documentários foram proibidos na Malásia. Autor dos livros Malaysian Politicians Say the Darndest Things, em dois volumes, e Yasmin Ahmad's Films. Sua primeira coleção de contos foi publicada em 2010.

WOO MING JIN É um diretor, editor e fotógrafo nascido na cidade malaia de Ipoh. Aos 33 anos de idade teve seu longa-metragem de estreia Monday Morning Glory convidado para os festivais de Berlim, Locarno, Pusa, Tóquio, São Francisco e Bangkok. O seu segundo filme, The Elephant and the Sea (O elefante e o mar), ganhou os prêmios de Melhor Diretor e Melhor Filme no Festival de Cinema Digital de Seul e o Prêmio do Júri Especial no Festival de Torino. Seu último filme Mulher em chamas procura água (Woman on Fire Look for Water) fez parte da seleção do Festival de Veneza.

DEBATE 1 CAIXA Cultural RJ Dia 20/3, sábado. 17h

DEBATE 2 CAIXA Cultural RJ Dia 21/3, domingo. 17h


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ANNA AZEVEDO Anna Azevedo é cineasta e jornalista. Em 2006 ganhou o Berlin Today Award do Festival de Berlim com o filme BerlinBall. Como realizadora, dirigiu 7 filmes documentais.

MATHEUS SOUZA Nasceu em Brasília, em 1988, e mudou-se para o Rio de Janeiro aos sete anos. Foi em maratonas de filmes nos finais de semana com seu pai que se apaixonou por cinema. Seu primeiro longa-metragem, Apenas o fim, ganhou os prêmios de Melhor Filme pelo Júri Popular no Festival do Rio 2008 e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Além disso, participou de outros festivais pelo mundo, como os de Rotterdam e Miami.

GUSTAVO PIZZI É diretor, produtor, roteirista e montador. Seu primeiro longa-metragem, o documentário Pretérito Perfeito, é sobre a Casa Rosa, um dos prostíbulos mais famosos do Brasil. Atualmente finaliza Riscado, seu primeiro longa de ficção produzido pela Cavídeo e com coprodução do Canal Brasil.

PATRICIA REBELLO Doutoranda da ECO/UFRJ, pesquisadora, professora, crítica de cinema, membro do Comitê de Seleção do Festival de Documentários É Tudo Verdade.

LUIS CARLOS NASCIMENTO É presidente e um dos fundadores da Escola Audiovisual Cinema Nosso e tem no currículo vários trabalhos como diretor e roteirista. Seu documentário Luto como mãe foi exibido na Première Brasil do Festival do Rio 2009 e tem estreia no circuito comercial prevista para o segundo semestre de 2010.


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Patrocínio CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Correalização SESC São Paulo Empresas Produtoras Jurubeba Produções e Zipper Produções Curadoria, Idealização, Coordenação de projeto Tatiana Leite Produção Executiva Alessandra Castañeda, Arndt Röskens Produção Fábio Savino, Larissa Bery Assistente de Curadoria Fábio Savino Tráfego de cópias São Paulo Renata Soledad Receptivo Maria Fantinato Monitoria Caixa João Levy Assistente de Produção (Zipper) Reginaldo Cerqueira Assistente de Produção (Jurubeba) Adriana Oliveira Design, Coordenação Gráfica Cristiano Terto Edição do Catálogo Rachel Ades, Tatiana Leite Assistente de Design Licínio Souza Web Design Cristiano Terto, Daniel Real, Ricardo Prema Programação Website Daniel Real, Ricardo Prema Revisão das peças gráficas Rachel Ades Tradução de textos Daniela Leite Vinheta Fábio Savino Assessoria de Imprensa Liliam Hargreave Tradução simultânea Marcos Silva Legendagem eletrônica Casarini Produções Novas mídias Bruna Benvegnu, Laura Caldas Despachante KM Comex Foto da Capa O amor conquista tudo de Liew Seng Tat Foto da Contracapa Flores no bolso de Tan Chui Mui

Agradecimentos Adelir Veiga Ailton Franco Jr. Amaia Torrecila Angelica Oliveira Anna Carolina de Abreu Beatriz Caiado Bruna Benvegnu Bruno Bastos Cavi Borges Célia Menezes Cik Wan Cili Clara Padron Clarisse Goulart Conceição Cascareja David Zisman Deepak K Menon Dianne Dagenais Douglas Dias Edmara RC Edmund Yeo Eduarda Paternot Eduardo Bellizzi Eva Markovits Francisco dos Anjos Gabriela Marcondes Gilson Packer Graziela Passabone Ho Yuhang Inês Aisengart Menezes James Lee Julia Levy Kelly Kishima Laura Caldas Luis Carlos Oliveira Junior

Luiz Eduardo de Souza Lurdinha Brandão Marcio Lima Marcos Davi Mariana Pinheiro Marie-Soleil Courcy Marília Sampaio Mila Cheseliov Milena Rodrigues Oxum Patricia Fróes Patrícia Novaes Pedro Cuia Pedro Maranhão Rafael Gaudenzi Raquel Rocha Renata Bellizzi Renato Reder Sandra Wirz Sérgio Kuczynski Simone Yunes Sophie Bernard Sylvie Pras Thaina Halfed Thiago Minamisawa Valéria Telles Wilson Savino Wong Tuck Cheong Xangô Empresas MHZ Delphis Films Green Light Pictures M-Appeal One Hundred Eyes

www.novocinemalasia.com.br CAIXA Cultural RJ Avenida Almirante Barroso, 25 - Centro - Rio de Janeiro Tel.: 21 2544 4080 - www.caixa.gov.br/caixacultural CINESESC Rua Augusta, 2075 - Cerqueira César - SP Tel.: 11 3087 0500 - www.sescsp.org.br

Agradecimentos especiais Amir Muhammad, Diana Leste, DA HUANG pictures, Fei Foo Ling, Renata Bellizzi, Tan Chui Mui e Woo Ming Jin Agradecimento muito especial A Azharr Rudin. Saya mendedikasikan pesta ini dengan setulus hati kepada anda Azharr Rudin.



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