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Revista JM - Uma luz de esperança: um novo renascimento
from Revista JM - 25
Uma luz de esperança: um novo renascimento
Redescobrindo a alegria e a generosidade, no silêncio das noites sagradas
Muitos cristãos veem o Natal como tempo de reflexão espiritual sobre as prioridades da vida e um momento para renovar a FÉ e o compromisso com os seus princípios. É, sobretudo, um esforço sincero em busca da verdade, de tirar as máscaras, abandonar as mentiras e de sair do mundo das aparências e contemplar aquilo que é eterno. No Natal existe uma magia inconfundível, pois o amor e a generosidade é definitivamente uma marca presente nessa época. O espírito natalino inspira o amor ao próximo, a generosidade e o ato de dar sem esperar, simbolizado pela tradição de dar presentes, que remete aos presentes que os magos trouxeram ao Menino Jesus, todavia a conversão do coração é o maior presente que podemos receber.
O Natal é também um tempo para reunir famílias e comunidades, refletir sobre a importância das relações humanas e da comunhão, inspirado pelo evento familiar do nascimento de Jesus em um estábulo, cercado por sua mãe, São José e visitantes simples como os pastores.
Assim, a Família é, segundo a tradição cristã, uma
instituição sagrada, um reflexo do amor e da comunhão existente. É o primeiro espaço de educação na fé, amor e valores morais, e é considerada fundamental para o desenvolvimento da sociedade e para a transmissão da fé através das gerações.
Agora, sejamos autênticos, isto é: simplesmente “ser”, e façamos os mesmos movimentos de alma de Santo Agostinho – Quando foi que mentimos para nós mesmos e nos afastamos da verdade? Quando você perdeu o rumo em alguma fase da vida? A família de alguma forma foi a sua base de retorno?
Dessa forma, o que nos provoca tanta inquietação? Para muitos, isso tudo não passa de uma mera bobagem. Então, o que dizer das pessoas conhecidas por nós que possuem muito dinheiro, porém revelam uma imensa pobreza espiritual? Ou não demonstram interesse algum em enriquecer a alma. Ou, ainda, que direito elas têm de ser tristes? Que razão têm para ser rabugentas? Elas são muitíssimo ricas.
O Natal é tradicionalmente associado à mensagem de paz, à boa vontade e à alegria entre as pessoas. Segundo Lutero, a alegria é o coroamento da fé. Para ele, crer com alegria é a atitude do cristão. A alegria não é, portanto, apenas uma condição do humor, mas uma atitude espiritual. Isso nos leva à generosidade, considerada um pilar essencial na construção de uma sociedade mais
justa, humana e fraterna, mitigando desigualdades e reduzindo lacunas, contribuindo para um tecido social mais fortalecido, pois o apoio mútuo e o cuidado com o outro são valorizados.
Além disso, que outras finalidades o Natal pode ter? De fato, algumas pessoas conseguem mudar e transformar o ambiente. Nós Podemos ser aquela pessoa que torna o ambiente mais alegre, mais leve? O Natal também pode ser um momento de reconciliação e de reconstrução de relações desgastadas? Para isso, é necessário ter a capacidade de perdoar, e de se arrepender, pois é preciso que nasça uma vida nova, iniciando com um gesto bondoso, talvez para consigo mesmo. Ou, talvez, estender a mão àqueles que se encontram sozinhos.
Para esse propósito, saibamos que dentro de nós reside o alicerce da verdade, que é a presença de Deus. Então, é tempo de recordarmos a humildade e de reforçarmos a importância da solidariedade e da generosidade para com aqueles menos afortunados, com o intuito de atenuar os sofrimentos e diminuir a desigualdade social.
Assim, aproveitemos o dom divino que nos é concedido: a FÉ. Ela emerge da humildade, virtude que não se adquire por meio dos livros de filosofia, mas sim através da experiência e da reflexão. A FÉ é um presente que deve ser acolhido com o coração grato e repleto de confiança.
À medida que o manto
da noite de Natal se estende sobre a terra, envolvendo cada lar em um abraço de estrelas, descobrimos que a sua verdadeira beleza se aninha nos recantos mais modestos. Não é na grandiosidade ou na extravagância que o espírito natalino floresce, mas sim na simplicidade dos pequenos gestos: um olhar caloroso trocado sobre a luz trêmula de uma vela, as risadas compartilhadas ao desembrulhar presentes feito à mão, ou a canção suave entoada com entes queridos, cujas vozes se entrelaçam na melodia da comunhão.
As tradições mais simples, aquelas tecidas com fios de afeto e tranquilidade, são as que adornam o Natal com as cores mais vivas e memoráveis. Em cada abraço sincero, em cada palavra gentil, a essência da festividade se revela, lembrandonos que a magia do Natal reside na calorosa proximidade de nossos corações.
Dessa forma, pensemos nessa época como um bom momento, como um tempo agradável, de amor, perdão e caridade, talvez o único dia – pelo que sabemos – no longo calendário anual, em que homens e mulheres parecem, por consenso, abrir livremente os seus corações fechados e pensar nas pessoas “inferiorizadas”, “marginalizadas” como se fossem legítimos companheiros de viagem rumo ao túmulo e não uma “raça” de outras criaturas com destinos diferentes.
Por fim, se os seus olhos
forem luz todo o seu corpo será luz. E, lembremo-nos que o destino que une o Presidente dos Estados Unidos àqueles que nascem na África é o mesmo. Enfeite o seu interior e seja diferente!
FELIZ NATAL!
Autor: Wagner Lourenço –Advogado e Escritor.
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toda a diferença e é por isso que gosto de ouvi-los e saber o que acharam. Sua opinião é valiosa e me ajudará a continuar melhorando e proporcionando momentos de leitura ainda mais especiais. De coração, muito obrigado e até o próximo encontro.
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