Newsletter Abril 2009

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Cientistas apontam para possibilidade de catástrofe • Banco Mundial desmente ministro Salvador Namburete, da Energia

Os especialistas entrevistados no programa “Carte Blanche” da M-Net, defendem a tese de que a construção de mais uma barragem no Rio Zambeze irá aumentar o perigo de ocorrências sísmicas que poderão resultar no desmoronamento das barragens de Kariba e Cahora Bassa. Segundo o geofísico Chris Hartnady, as “autoridades moçambicanas deviam considerar o potencial de terramotos de proporções e magnitudes ainda maiores.” A intensidade do terramoto de 2006 em Moçambique, frisou Hartnady,”foi 13 vezes maior do que aquela que se julgava possível viesse a ocorrer ao longo da referida fractura da África Oriental.” A projectada construção da barragem de Mphanda Nkuwa no vale do Zambeze, e os problemas ecológicos a ela inerentes, voltaram a ser tema de discussão. O canal televisivo M-Net da África do Sul apresentou no passado domingo um documentário intitulado, “Uma Vergonha de Barragem”, realçando o perigo que complexo inserido no âmbito do GPZ, a ser construído com financiamento do Banco Ex-Im da China, irá representar para as populações ribeirinhas e das comunidades das zonas circundantes. Os especialistas entrevistados no programa “Carte Blanche” da M-net, defendem a tese de que a construção de mais uma barragem no Rio Zambeze irá aumentar o perigo de ocorrências sísmicas que poderão resultar do desmoronamento das barragens de Kariba e Cahora Bassa. Os entrevistados referem que o sinal de alerta tem vindo a ser dado pela própria natureza, na sequência da construção da barragem de Kariba, em 1959, na fronteira entre o Zimbabwe e a Zâmbia. Desde a sua conclusão, a barragem de Kariba causou inúmeros terramotos na área, 20 dos quais de intensidade superior a 5 na escala de Richter. O terramoto ocorrido em Moçambique em 2006, que teve uma intensidade de 7,5 na mesma escala, é tido como consequência directa da formação da albufeira de Cahora Bassa. De acordo com Chris Hartnady, geofísico residente na Cidade do Cabo, “o governo de Moçambique devia ter tomado a devida atenção ao terramoto ocorrido em 2006”. O geofísico é bastante crítico em relação aos relatórios de actividades sísmicas na posse das autoridades moçambicanas e que foram elaborados em 2002, salientando que a região onde se pretende construir a barragem de Mphanda Nkuwa situa-se junto ao sistema de vales de fractura da África Oriental. Por esse motivo, acrescentou Chris Hartnady, as “autoridades moçambicanas deviam considerar o potencial de terramotos de proporções e magnitudes ainda maiores.” A intensidade do terramoto de 2006, frisou Hartnady,”foi 13 vezes maior do que aquela que se julgava possível viesse a ocorrer ao longo da referida fractura da África Oriental.”


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