Newsletter Julho 2009

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Propriedadeda JA!Rua RuaMarconi Marconi n110 110 zandar andar Maputo Tel: 21496668 Propriedade nn110 11 andar Maputo Tel:Tel: 21496668 Propriedade dadaJA! JA! Rua Marconi Maputo 21496668 Email:ja@ja.org..mz, ja@ja.org..mz,news@ja.org.mz, news@ja.org.mz, Dircectora : Anabela Lemos Email: Directora : Anabela Lemos Email: ja@ja.org..mz, news@ja.org.mz, Directora : Anabela Lemos Conselho Editor: Anabela Lemos, Daniel Ribeiro, Janice Lemos, Jeremias Conselho Editor: Anabela Lemos, Daniel Ribeiro, Janice Lemos, Jeremias Conselho Editor: Anabela Lemos, Daniel Ribeiro, Janice Lemos, Jeremias Vunjanhe, Vunjanhe, Sílvia Dolores , Vanessa Cabanelas e Nilza Matavel Sílvia, Dolores Vanessa Canabelas Vunjanhe, Sílvia Dolores Vanessa eCabanelas e Nilza Matavel V O L U M E

E D I Ç Ã O

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J U L H O ,

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A morte de mais um Dugongo DESTAQUES: Refleções Sobre a Sociedade Civil Moçambicana DESTAQUES: - Pág 3 Debate e Auscultação sobre a Situação FloExposicão—Ambiente restal em MoçambiExposto - Pág 7 que - Pág 4 Vitória para BioAgentes adiwatch químicos no Processo cionados lista de proLegalaLandmark

dutos banidos - Pág 4 - Pág 6

Expostos os Crimes Climáticos da Shell

No Brasil: Trabalhadores da Vale -Págameaçam 8 ocupar instalações Pág 13

Mangal, qual a sua importância para nós!!! -Pág 10

Praia de Paindane - Província de Inhambane 24 de Abril 2009 foi o dia em que este massacre ocorreu, como aconteceu não sabemos, se o dugongo ainda estava ou não com vida quando começaram a cortar, não temos a certeza, pouco mais sabemos para além do que podemos ver nestas fotografias chocantes. O Dugongo é considerado um animal protegido, estando na lista de espécies que cuja captura/ pesca é proibida pelo Decreto Nº 12/2002 de 6 de Junho, que aprova o Regulamento da Lei Nº 10/99 de 7 de Julho, lei de florestas e fauna bravia, com uma pena que constitui uma sanção de multa de 50,000 Mt. Sabemos que este não é o primeiro caso, nem será o último se quem de direito não tomar todas as medidas necessárias para se parar com estes massacres. Quando é que vamos começar a respeitar e implementar as nossas leis e regulamentos? Quando já não existirem mais dugongos? Por favor, por mais chocante que sejam estas imagens e por muito que lhe custe, olhe e veja se consegue ficar indiferente e nada fazer. A JA esta a preparar uma queixa formal, com base nestas fotografias. Escreva para nós, para que possamos acrescentar o seu nome, para forçar a implementação do regulamento que proibe a captura dos dugongos antes que seja tarde demais.


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Refleções Sobre a Sociedade Civil Moçambicana Por: Anabela Lemos Em moçambique a sociedade civil não é um fenómeno natural como o ar que respiramos, talvez devido à nossa história, ou seja, como tudo começou. Durante a época colonial, o governo colonial tentou organizar a sociedade civil, por meio de sindicatos e associacções. Assim, além de manter a sociedade civil sob seu controle o governo colonial conseguia ainda o monopólio do sistema pois, em troca de serviços e propaganda política, estas associações recebiam protecção e favores do governo colonial.

negação ou a substituição de ideais, cargos ou orgãos políticos, mas sim uma força vital e de base para o funcionamento de uma nação saudável.

Deixemo-nos de paranóias políticas, comecemos a olhar a sociedade civil e as organizações da sociedade civil, como parceiros no crescimento do País, não esquecendo que uma nação forte e coesa tem de ter uma sociedade civil forte, com opinião, com atitude, com voz, saudável e participativa em todos os processos de decisões rumo o desenComo consequência e em contraste com os países volvimento do País (sustentável, claro). vizinhos, a nossa sociedade civil não emergiu com a força, integridade e a responsabilidade Termino com uma comparacão que faço sempre, civica que lhe deveria ser de direito, mas sim com País ↔ cidadão / pais ↔ filhos; os filhos crescem e passam a ser eles próprios, concordando ou não a influência de um estado colonial.1 com os pais, mas não é por isso que nos querem Para piorar, no período pós-independência, o sis- mal, nem é por isso que temos o direito de impor tema mono-partidário, proibiu qualquer forma as nossas ideias, ou que temos o direito de tirar a de associação que se realizasse fora dos veículos sua liberdade e de terem a sua própria personaliformais do Estado Moçambicano. A Frelimo e o dade, pelo contrário: só assim é que podemos Estado assumiam-se como os únicos represen- crescer, desenvolver com o carinho e amor, com tantes legítimos do povo e as poucas organi- respeito pelas diferenças, saber ouvir, dar oporzacões existentes da Sociedade Civil, ou eram tunidade e se valer a pena, com eles mudarmos, organizacões de ajuda como a Cruz Vermelha de com orgulho, porque eles são o futuro. Moçambique e Médicos Sem Fronteiras, ou associações vinculadas ao partido Frelimo (OMM, “Organização da Mulher Moçambicana”OJM Sociedade civil refere-se a todas as formas “Organização da Juventude Moçambicana” entre de organização e instituições cívicas volunoutras) que na realidade não eram mais que um tárias que formam a base de uma sociedade em funcionamento por exemplo, sindicatos, braço do partido/governo. ONGs, organizações filantrópicas, organizaDevido a este cenário o crescimento da Sociedade ções religiosas, organizações comunitárias..., contudo os filósofos da antiguidade viam a Civil Moçambicana não tem sido fácil. Ainda hoje, 34 anos pós-independência o ambi- sociedade civil como tudo o que se encontra ente é altamente politizado e se uma voz se le- entre a família e o estado, excluindo a igreja vanta e questiona uma decisão do Governo, seja o que for, é automaticamente atacada como sendo contra o desenvolvimento, ou contra o governo/ partido. Os políticos e o Governo ainda não compreendem que a sociedade civil não é, nem pretende ser, a


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Debate e Auscultação sobre a Situação Florestal em Moçambique Por: Carlos Serra O movimento Amigos da Floresta, realizou, no passado dia 8 de Julho de 2009 uma reunião para debate e auscultação sobre a situação florestal em Moçambique, com a principal finalidade de colher contributos para o Plano de Actividades referente ao período compreendido entre 2010 e 2013, bem como para desenhar novas linhas de intervenção. Este Movimento foi criado em 2007, sendo uma coligação informal de cidadãos, organizações não governamentais, empresas, instituições académicas e outras instituições interessadas na abordagem pública de questões ambientais, especialmente da gestão racional dos recursos florestais, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável.

na discussão sobre assuntos ligados à governação florestal, não seja o facto de ser a entidade governamental responsável pela administração das florestas. Estiveram igualmente representadas as associações de madeireiros das províncias da Zambézia, Nampula e Sofala, e que em muito contribuíram para o enriquecimento do debate, bem como para a apresentação de sugestões, ajudando a perceber melhor os reais problemas que enfermam o sector florestal. Por parte da sociedade civil, para além das organizações sedeadas em Maputo que compõem o Movimento, foram convidadas organizações provenientes das províncias de Nampula, Zambézia, Sofala, Manica, Tete e Cabo Delgado, o que veio a comprovar a existência de bases sólidas para o reforço dos Amigos da Floresta ao nível local, permitindo-se um maior acompanhamento dos problemas e a pronta e directa resposta sempre que possível.

Depois de ter estado hospedado desde a sua fundação na Justiça Ambiental, a coordenação do movimento Amigos da Floresta encontra-se actualmente a cargo do Centro de Integridade Pública, mais concretamente desde o passado mês de Junho, O encontro serviu para confirmar a enorme falta de numa perspectiva de rotatividade da função de espaço para debate e discussão franca e aberta os liderança entre as organizações que o compõem. diversos problemas que afectam o sector florestal, juntando os principais blocos de interesse envolviPara o programa do debate, foram seleccionados dos, nomeadamente os diversos organismos públiseis temas com o objectivo de promover a discus- cos (a nível central e local), os operadores privados, são e colher subsídios: (1) Fragilidades legais e ins- as organizações da sociedade civil, as comunidades titucionais do Sector Florestal; (2) Políticas e legis- locais e os parceiros internacionais de cooperação. lação de conservação; (3) Planificar, plantar e proteger; (4) Maneio Comunitário dos Recursos Florestais; (5) Florestas e Mudanças Climáticas; (6) Transparência e Integridade do sector florestal. Registou-se a participação de representantes de instituições públicas, designadamente dos Ministérios de Planificação e Desenvolvimento, da Coordenação da Acção Ambiental, do Turismo e da Ciência e Tecnologia. Há, no entanto, a sublinhar uma ausência de vulto – a Direcção Nacional de Terras e Florestas (Ministério da Agricultura), que enviou um representante que se fez presente apenas por um período reduzido de tempo, tendo desaparecido a meio da manhã, não obstante a vital importância da participação desta instituição

A maioria dos participantes, no total de cinquenta, aludiu às imensas dificuldades referentes à implementação do quadro legal em vigor, sistematicamente atropelado, inclusive por parte de instituições e funcionários do Estado, revelando não só uma falta de conhecimento ou compreensão dos dispositivos legais, mas também a ocorrência de casos de corrupção e outros comportamentos antiéticos. Houve uma clara assunção de que o corte de madeiras com valor comercial tem sido excessivo, principalmente devido à actuação de operadores ilegais, incluindo alguns que actuam sob regime de concessão florestal, e que o mesmo se encontra


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a ser efectuado sem um conhecimento prévio do real minando na conclusão de que foram largamente alcançapotencial existente na floresta, sublinhando-se a impor- dos e extravasados os objectivos previamente traçados. tância da realização de inventários a nível local. Em jeito de conclusão, julgamos que os objectivos inicialPor seu turno, os participantes aludiram a problemas mente traçados para o debate foram largamente atingicomo o corte para a produção de carvão vegetal, a agri- dos, estando criadas as bases para uma melhor e maior cultura de subsistência e as queimadas florestais, e que, actuação do movimento Amigos da Floresta, a nível cencombinados, produzem um impacto bastante negativo tral e local, bem como para uma articulação e interacção nas florestas moçambicanas, fazendo com que haja extre- mais próximas com as entidades e organizações com intema urgência na definição e disseminação de modelos resse na protecção, conservação e utilização sustentável alternativos de desenvolvimento, assentes na sustentabi- das florestas de Moçambique. Importa agora concluir o Plano de Actividades e por lidade ambiental, social e económica. mãos à obra, pois não falta trabalho pela frente na busca Um outro aspecto bastante importante refere-se à inexis- da sustentabilidade florestal. tência de políticas, estratégias e medidas de repovoamento florestal, sendo indiscutivelmente certo que o País perde muito mais floresta do que aquela que se tem vindo a plantar. Sobre as experiências em curso no domínio do Maneio Comunitário de Recursos Naturais, houve unanimidade em relação à necessidade de melhorar e aperfeiçoar os modelos existentes, principalmente no que diz respeito aos direitos comunitários. Previsto para decorrer apenas no período da manhã, tendo presente as imensas e ricas intervenções dos participantes, foi necessário estendê-lo ao longo da tarde, cul-

Sabias que… De acordo com a UNFCCC "desmatamento é a conversão directa de áreas florestadas em áreas desmatadas , induzidas pela acção humana". Fonte: JÚNIOR, H. M.( 2009) Glossário De Termos e Conceitos Usados no Contexto da UNCCD. Ministério do Meio Ambiente, Brasil.


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Vitória para Biowatch no Processo Legal Landmark JOANESBURGO- O Tribunal Constitucional Justice Albie Sachs apresentou hoje acusações no caso Biowatch. Denominando o caso como “uma questão de grande relevância para o interesse jurídico e público no geral, e também órgãos relacionados com o litígio de interesse público”, a Justice Sachs separou a ordem de custos concedidos contra a Biowatch em prol da Monsanto e outros custos legais concedidos nas audições do Tribunal Supremo a favor da Biowatch e contra o Estado. O banco composto por onze juízes foi unânime na sua decisão. A Biowatch é uma pequena organização Sul Africana não-governamental, que organiza campanhas de interesse público a favor da agricultura sustentável, bio-diversidade, bio-segurança e direitos dos camponeses. Durante muitos anos esta organização tem-se oposto à expansão rápida das colheitas geneticamente modificadas na agricultura Sul-Africana. A Biowatch argumenta realçando o facto de existirem riscos sanitários e ambientais como consequência desta tecnologia, assim como a diminuição da segurança e soberania alimentar. O julgamento no Tribunal Constitucional foi o culminar de uma batalha legal de nove anos. Em 2000, o estado havia consistentemente negado prover a Biowatch da informação oficial por estes requisitada sobre a plantação de colheitas geneticamente modificadas, na África do Sul. A Biowatch foi forçada a recorrer a uma acção legal para exercer o seu direito constitucional à tal informação. No Tribunal Supremo, a Biowatch ganhou direito a 8 das 11 categorias da informação requisitada. O juiz, no entanto, sentiu que a Monsanto- uma multinacional gigante que reforça a introdução das colheitas geneticamente modificadas no mercado Sul Africano- havia sido forçada a juntar-se ao caso e que a Biowatch deveria, portanto, custear as despesas legais. Esta anomalia pareceu ter escapado à atenção da justiça, mas ainda assim, a Biowatch perdeu o pedido, no mesmo tribunal, para por de lado esta ordem de custos. Foi também recusada à Biowatch a permissão para apelar ao Tribunal Supremo de Apelo em Bloemfontein. O altos custos a pagar teriam enfraquecido senão destruído a Biowatch como organização, algo que a Monsanto parecia empenhada em fazer. O Tribunal Constitucional mostrou-se capaz de ouvir o apelo, pois o caso envolvia direitos constitucionais. A Justice Sachs declarou que o Tribunal Supremo se tinha “enganado relativamente aos custos, na sua totalidade” devido à falha na consideração das implicações constitucionais. Tal facto permitiu ao Tribunal Constitucional o seu pronunciamento na matéria de custos no Tribunal Supremo em questões constitucionais. Normalmente os juízes do Tribunal Supremo assumem discrição total no que se relaciona com a atribuição de custos. Justice Sachs disse que a decisão do Tribunal Supremo “demonstrou-se inapropriado nos factos e indevidamente desencorajante nos processos constitucionais e suas consequências”. O caso teve implicações importantes para a a justiça Sul Africana. Significa que organizações que actuam no interesse público serão capazes de litigar de modo a reivindicarem os seus direitos sem que recebam necessariamente o “efeito congelante/desanimador” de ordens de custos contra si próprias. Este facto pressagia uma confiança pública no sistema legal da África do Sul.


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Para interesses jurídicos, o caso clarifica que os direitos constitucionais necessitam de ser levados em conta quando as ordens de custo são efectuadas. O caso Biowatch é já discutido largamente nos circuitos legais. “Este veredicto não só constitui uma vitória para a Biowatch mas também marca um predecessor importante para todos os que promovem o interesse público”, - dito por Rose Williams, directora da Biowatch. “As actividades da Biowatch podem agora continuar sem a ameaça da Monsanto. Desejamos assim agradecer às muitas centenas de indivíduos e organizações que nos apoiaram durante o decurso do caso, assim como ao Centro de Recursos Legais por nos ter representado tão bem”. Para mais informação sobre o caso, contacte Rose Williams (Directora da Biowatch) pelo telefone +27 82 4355812.


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Expostos os Crimes Climáticos da Shell Segunda-feira, 29 de Junho, 2009 PARA PUBLICAÇÃO IMEDIATA CONTACTE: Nick Berning, Friends of the Earth, 202-222-0748 Steve Kretzmann, Oil Change International, 202-497-1033

Um novo relatório de grupos ambientais expõe”lobbies”das actividades anticlimáticas da Shell WASHINGTON, D.C- A “Friends of the Earth” e a “Oil Change International” publicaram hoje um relatório que detalha a colossal contribuição da gigantesca produtora de petróleo Shell, para as mudanças climáticas e o seu contínuo investimento em combustíveis fósseis de uso de carbono intensivo. O relatório revela também novos documentos internos que mostram que a Shell sabia dos perigos ambientais da queima de gases na Nigéria há mais de quinze anos, mas preferiu continuar por motivos puramente financeiros. “A Shell disfarça-se de uma empresa ambientalmente limpa e sustentável quando na realidade é a mais suja de todas as produtoras de petróleo”, disse Ben Schreiber, da “Friends of the Earth”. - Conforme evidências dadas pelas actividades de “lobby” da Shell na falhada proposta sobre clima que saiu no edital da casa na passada Sexta-feira, a Empresa tem sido crucial no enfraquecimento da legislação climática enquanto pretende fazer crer que cuida do ambiente -”. Apesar das tentativas do Presidente do Conselho de Administração (CEO) da Shell, Sr. Jeroen van der Veer, em tentar transmitir uma imagem verde, a empresa optou por uma estratégia directa que contradiz a necessidade de redução da poluição pela emissão de gases causadores de efeito de estufa e das mudanças climáticas. Os grandes investimentos da Shell nas maiores fontes de emissão de carbono, como é o caso das areias de alcatrão, do gás natural liquidificado e do crude da Nigéria- que está associado a elevados níveis de queima de Apesar das tentativas do Presidente do Conselho de Administração (CEO) da Shell, Sr. Jeroen van der Veer, em tentar transmitir uma imagem verde, a empresa optou por uma estratégia directa que contradiz a necessidade de redução da poluição pela emissão de gases causadores de efeito de estufa e das mudanças climáticas. Os grandes investimentos da Shell nas maiores fontes de emissão de carbono, como é o caso das areias de alcatrão, do gás natural liquidificado e do crude da Nigéria- que está associado a elevados níveis de queima de gases- tornam-na a mais suja de todas as grandes empresas de petróleo em relação à poluição pela emissão de gases causadores de efeito de estufa, segundo o relatório. Desde 1996 que a Shell promete cessar a queima de gases na Nigéria- uma das maiores fontes de retenção de calor na África Subsahariana. Mas a empresa tem quebrado repetidamente as suas promessas e rejeitado as declarações do Governo Nigeriano que mandou parar com a queima de gases. A Shell recusa-se a implementar o prazo de 2011 imposto pelo Governo Nigeriano para o término dos ditos gases e tem falado recentemente sobre um possível alarga- mento do prazo para 2013.


Steve Kretzmann da Oil Change International disse, “a Shell poderia extinguir a queima de gases na Nigéria por apenas 10 por cento dos seus lucros obtidos no ano passado. O novo Presidente do Conselho de Administração da empresa, Peter Voser, tem o poder de fazer parar a queima de gases, poupar os nigerianos da inalação de toxinas mortíferas, e, ajudar a restrição das mudanças climáticas num só golpe. A questão é: fará ele?” O relatório apresentado, “Shell’s Big Dirty Secret” (O Grande Segredo Sujo da Shell), chega depois de grandes revoltas com repercussão a nível mundial do abuso dos gigantes da energia contra os direitos humanos e o ambiente. A 8 de Junho, a Shell foi forçada a pagar $15.5 milhões devido a uma acusação nos Estados Unidos, que tornava a empresa culpada pelo abuso dos direitos humanos na Nigéria. A empresa está também a enfrentar uma acção legal em “The Hague” devido a repetidas fugas de petróleo que danificaram zonas residenciais de pescadores e camponeses nigerianos. O

relatório

pode

ser

visualizado

em:

http://www.foe.org/sites/default/files/

shellbigdirtysecret_June09.pdf. Para mais informação visite www.ShellGuilty.com. A campanha contra a Shell é uma coligação global incluindo os Friends of the Earth (www.foe.org), Oil Change International (www.priceofoil.org) e projecto lembre saro-wiwa da PLATFORM (www.remembersarowiwa.com), com o apoio de grupos de direitos ambientais e humanos da Nigéria, América do Norte e Europa


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Mangal, qual a sua importância para nós!!! Por: João Fernando perigo, ano após ano, os ecossistemas costeiros, habitat de aves e outras espécies, devido o avanço do mar sobre a cidade. Eis as maiores vítimas de todo este processo, os cidadãos beirenses, os que não têm conhecimento ou ignoram as consequências desta prática que vem perigando, a médio e longo prazo, a estrutura física do litoral desta urbe. Nesta cidade a destruição do mangal está-se a tornar bastante célere nas zonas de Ponta-Gêa e Palmeiras I e II, onde durante a maré alta a água chega a galgar a estrada. Outra zona que sofre com esta acção é a região da Catembe, em Maputo. Os operadores de pesca industrial e semi-industrial, que praticam a pesca de arrasto são os indiciados de destruir as zonas de reprodução de crustáceos ao longo da baía de Maputo. Este tipo de arte de pesca tem demonstrado ser nociva para a reprodução de mariscos pelo facto desta contribuir para a destruição dos mangais. Todo este cenário se agrava com a utilização de redes mosquiteiras por alguns pescadores artesanais, para a pesca. Moçambique é um Pais que se localiza na costa do Oceano Índico. Sendo banhado por este oceano, este constitui uma das principais fontes de alimentação da nossa população. É junto à costa que encontramos os mangais, constituídos por espécies vegetais como a Rhizophora, Laguncularia e Avicennia, localizadas nos trópicos e em áreas junto ao mar, sujeitas às marés, numa espécie de lama escura e mole.

A baía de Maputo é uma área exclusiva para a pesca artesanal, mas devido aos precários meios de inspecção, os operadores industriais e semiindustriais têm vindo a operar, retirando o principal alimento da população desta região, devido à sua capacidade de extracção.

No nosso Pais têm sido poucos os que sabem ou conhecem a importância deste precioso ecossistema. Talvez seja por isso que todos nós tenhamos assistido ao desmatação dos mangais sem nada fazer, vejamos:

É de salientar que em Myanmar, ex-Birmânia, os empreendimentos costeiros na zona atingida pelo furacão, que provocou a morte de 22 mil pessoas no ano passado, levaram à perda das defesas naturais contra estas tempestades (os mangais), mostrando um estudo feito que as zonas com mangais saudáveis haviam sofrido menos danos e menos pessoas tinham morrido.

Na cidade da Beira foram devastados mais de 80 hectares de mangal ao longo da costa marítima, devido ao corte maciço onde dezenas de metros cúbicos são destruídos, acção que vem sendo motivada pela utilização dos mesmos para o fabrico de combustível lenhoso, carvão e construção de casas precárias. Este tipo de actividade parasítica tem vindo a destruir as reservas de camarão, pondo em

A construção em zonas de protecção e conservação de mangal, que serviam de tampão contra as subidas da maré, causadas pelas grandes ondas e tempestades, provocou a destruição de locais ocupados por residências e estabelecimentos, ”Transformando deste modo o próprio homem em mais uma vítima da poderosa força da natureza”.


Há muito que os mangais são considerados os “guardas biológicos” das zonas costeiras. Um estudo publicado em Dezembro de 2005 referiu que as florestas de mangal saudáveis ajudaram a salvar os aldeões do Sri Lanka durante o tsunami de 2004, que matou mais de 200 mil pessoas Uma avaliação recente a nível global revelou que 3,6 milhões de hectares de mangal já desapareceram, desde 1980. Descobriu-se que a conversão em larga escala dos mangais em culturas de camarão e peixe estava entre as principais forças destrutivas, mas outras incluem o turismo e o aumento da população costeira. O grande papel dos mangais na redução da devastação causada pelos fenómenos climáticos foi uma das razões porque o Bangladesh decidiu proteger um dos maiores exemplos deste habitat costeiro, que hoje conta com 100 mil hectares de mangal. Isto deve-se ao facto de o Bangladesh ter sido realmente devastado por um ciclone que matou cerca de 300 mil pessoas há algumas décadas. Se não tivessem o efeito tampão do mangal, outra tempestade na baía de Bengala causaria ainda mais estra-

gos pois a população aumentou muito desde então. Os mangais constituem um tipo de floresta muito densa, que cresce ao longo da costa, onde a água salgada e doce se encontram e o mangal cresce, estendendo-se muitas vezes alguns quilómetros para o interior. Especialmente nos deltas dos rios, os mangais impedem que as ondas danifiquem terras mais produtivas para o interior, tornando-o precioso para o homem. Para além de contribuir para a imagem turística estas plantas abrigam milhares de espécies marinhas. Cabe a nós preservar este tipo de vegetação!!


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Breves Corte ilegal de madeira na reserva de Gilé

naturais, estudaram as populações de peixes

Mais de 2.800 toros de madeira foram apreen-

nos rios europeus, assim como no Mar do Nor-

didos no último mês de Julho por equipas de

te e no Mar Báltico.

fiscalização da Reserva Nacional de Gilé, na

A conclusão, publicada na revista "Proceedings

província da Zambézia segundo uma fonte da

of the National Academy of Sciences", é que as

administração da reserva, citada pelo o jornal

diferentes espécies de peixes perderam em

Notícias.

média 50% de sua massa corporal no decurso

Em ligação com o caso, quatro cidadãos

de 20 a 30 anos e que a massa total dos peixes

moçambicanos e um chinês foram detidos no

que existem actualmente nas águas européias

posto policial de Naburi indiciados de cumpli-

caiu 60%.

cidade na exploração ilegal de recursos flore-

Fonte: Yahoo!

stais na zona tampão da reserva.

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=46994

Em Abril de 2009, de acordo com a fonte, a administração da Reserva de Gilé reportou aos

Cidade australiana proíbe água engarrafada

Serviços Distritais da Agricultura de Pebane, a

A cidade rural de Bundanoon no sul da Aus-

existência de madeireiros de origem chinesa

trália votou por maioria quase absoluta pela

ligados a uma empresa designada Green Tim-

proibição da venda de água engarrafada por

ber que se dedicavam ao corte ilegal de ma-

causa de seu impacto sobre o meio ambiente.

deira nas áreas de Namahipe e Mihecué, área

A campanha pela proibição, apoiada por pro-

tampão da reserva.

prietários de lojas da cidade e pelo governo,

Fonte:Jornal Notícias

alega que a extração, embalagem e transporte

http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/

da água engarrafada usam muitos recursos.

getxml/pt/contentx/840035

Além disso, as garrafas plásticas vazias terminam em depósitos de lixo, afirma a campanha

Mudanças climáticas tornam os peixes cada vez menores Os peixes das águas européias perderam a metade da massa corporal no período de algumas décadas por efeito directo das mudanças climáticas, segundo o estudo do Instituto Cemagref da França, publicado nos Estados Unidos. Os pesquisadores desse instituto público, especializado na gestão sustentável dos recursos

"Bundy on Tap". Um dos líderes da campanha, John Dee, disse que a opinião mudou na cidade quando uma empresa de bebidas anunciou planos de explorar um reservatório subterrâneo em Bundanoon. "A empresa queria extrair a água localmente, levá-la para Sydney, onde seria engarrafada, e transportá-la de volta para vendê-la na cidade".


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telectual das crianças desde a gestação. O Primeiro-Ministro de Nova Gales do Sul,

Os HAP são poluentes tóxicos, produtos da com-

Nathan Rees apoiou a causa, ordenando que

bustão do carvão, do diesel, da gasolina ou do gás.

todos os departamentos do governo parem de

O estudo foi realizado pelo Columbia Center for

comprar água engarrafada e passem a usar água

Children's Environmental Health (CCCEH) em par-

da torneira.

ceria com o Instituto Nacional para a Saúde dos

Fonte: Estadão Online

Estados Unidos (NIH).

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/? id=46777

"Estas conclusões são preocupantes pois estes desempenhos em termos de coeficiente intelectual podem ter consequências no desempenho na escola",

Poluição afecta inteligência humana desde útero materno

disse Frederica Perera, professora de saúde ambiental e diretora do CCCEH. Fonte: Yahoo!

A exposição à poluição durante a gravidez afecta o http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=47007 coeficiente intelectual das crianças, segundo um estudo americano que será publicado no jornal Pediatrics de Agosto próximo. O estudo realizado durante cinco anos com 249 crianças que viviam nos bairros de Harlem e Bronx, em Nova York, mostra que os HAP, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, diminuem o coeficiente in-


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