País Verde - Dezembro 2008

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Suplemento

Sexta-feira: 19 de Dezembro de 2008

O PaÍs VERDE

Porque o projecto “ Pais Verde” terminou! Este projecto com a duração de um ano e meio, apoiado pela Cooperação Francesa termina neste mês de Dezembro de 2008... portanto esta será a última edição do suplemento, o que não quer dizer que vamos terminar tudo, iremos continuar sempre à procura de apoios e fundos afim de conseguirmos dar continuidade a projectos tão importantes para a consciencialização ambiental como o “Pais Verde”.

Propriedade da JA! Justiça Ambiental, Rua Marconi, nº 110, 1º andar - Maputo -Tel: 21496668 E-mail: ja@ja.org.mz, news@ja.org.mz Directora: Anabela Lemos Periodicidade: Mensal Conselho Editor: Anabela Lemos, Daniel Ribeiro, Janice Lemos, Jeremias Vunjanhe, Marcelo Mosse, Silvia Dolores, Vanessa Cabanelas Edição nº 17 * 19 de Dezembro de 2008

Tegucigalpa, o quê? Aonde?

Nota de edição É com imensa tristeza que escrevo esta nota para todos os nossos leitores e tristeza porquê?

Por: Anabela Lemos

Depois de uma longa viagem pelo Atlântico, Brasil, Panamá, horas de espera em aeroportos, dormir em dois dias de viagem, só umas horas num hotel em S. Paulo, diferencia de horas dum aeroporto para outro, chegamos a Tegucilgapa, uma cidade no meio das montanhas e um dos aeroportos mais perigosos do mundo, a capital das Honduras.

T

egu, como é chamada , e onde se localiza a organização “movimiento madre tierra (MMT)”, uma organização que entre várias

Todos os africanos, com a excepção da África do Sul, tiveram que tirar o visto, enquanto a maioria dos países pagou USD30 pelo visto, para

mente para as montanhas, por um caminho de arrepiar, mas duma beleza incrível. Depois de mais ou menos uma hora, chegámos a um acampamento rústico dum sindicato de trabalhadores, no meio das montanhas. O primeiro dia foi reunião por continentes, reunimos todos os africanos as organizações membros dos FOEI(Friends of the earth / Amigos da terra), e os futuros membros, entre elas, a JA (Moçambique), Malawi, Tanzânia, Uganda e Líbia. Sábado e Domingo, a MMT organizou uma conferência com representantes das comunidades afectadas pela industria

Durante esses dois dias, entre testemunhos de pessoas afectadas, que sofreram e sofrem com os impactos e injustiças das multinacionais, ouvimos declarações como: “ Podemos viver sem o ouro, mas não podemos viver sem água”, ¨as companhias mineiras estão a matar os nossos filhos, com a poluição” , “as industrias mineiras já exterminaram vários povos (comunidades)”, fotografias de acções e marchas contra as minas de milhares de pessoas, cantos entoando “ povo unido jamais será vencido”. Arrepieime varias vezes, voltei atrás nos tempos pós-independência, em que todos nós tínhamos grandes expectativas, e que havia um sentido de união e de esperança que todos juntos iríamos construir um país ex-

Acreditamos que iremos conseguir, mas ate lá se os nossos leitores estiverem interessados iremos inaugurar dentro em breve a nossa página na internet (www.ja.org.mz) e assim poderão também ter acesso às noticias mais alargadas e actualizadas de todos os temas abordados neste suplemento. Por isso acreditamos que não será uma despedida, não... mas digamos antes um “ até breve”...não sabemos ainda se o próximo suplemento da Justiça Ambiental será publicado aqui no Jornal “ O País” ou em outro orgão de comunicação social mas acreditamos que iremos regressar com uma nova face mas que permanecerá sempre como um suplemento de temas e noticias ambientais de Moçambique e do Mundo. A Justiça Ambiental aproveita esta oportunidade para desejar a todos os Moçambicanos do Rovuma ao Maputo, Festas Felizes e que 2009 seja um ano que traga mais prosperidade e um melhor nível de consciência traduzindo-se numa facilitação do enquadramento do desenvolvimento sustentável no País. “Só depois da ultima árvore ter sido cortada Só depois do último rio ter sido envenenado Só depois do último peixe ter sido pescado Só então descobriremos que o dinheiro não pode ser comido”

Mulheres afectadas pela indústria mineira (América Latina) reunião FOEI actividades trabalham com as comunidades afectadas pela industria mineira, estavam à nossa espera e seriam os nossos anfitriões para os próximos 10 dias.

Moçambique foi USD130.00. Visto na mão e fomos levados por um machibombo amarelo, daqueles que os americanos usavam nas escolas, directa-

emplar, onde a justiça, e igualdade seriam a sua base e onde a pobreza não tinha lugar.

(Cont. na pág seguinte)

A publicação do País Verde foi possível graças ao apoio da Cooperação Francesa

(provérbio da tribo de indios Cree ) Saudações ambientalistas Janice Lemos

mineira da América latina Honduras, El Salvador, Bolívia, Guatemala, Uruguai , Peru, etc, - mais de 600 pessoas, maioria mulheres e crianças.

AMBASSADE FRANCE AU MOZAMBIQUE ET AU SWAZILAND

O conteúdo nele expresso não reflecte necessariamente os pontos de vista da Embaixada da França é da responsabilidade exclusiva da Justiça Ambiental


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