Propriedade da JA! Justiça Ambiental Rua Marconi, no 110, 1o andar -Maputo-Tel: 21496668 E-mail:ja@ja.org.mz, news@ja.org.mz Foto:A.Lemos Edição # 1: 5 de Junho 2011
MOÇAMBIQUE em AGONIA
DIA MUNDIAL DO AMBIENTE Como podemos pensar em celebrar o dia 5 de Junho, dia Internacional do meio Ambiente, quando o ambiente em Moçambique está em agonia? O dia mundial do ambiente começou a ser comemorado em 1972 com a preocupação cada vez maior de abordar e tentar minimizar assuntos ambientais que unissem o planeta inteiro. A partir desta altura, esta data tornou-se numa referência mundial para promover acções de reflexão e consciencialização da população e dos líderes mundiais sobre os perigos cada vez maiores dos problemas ambientais no Planeta Terra.
“Para o hemisfério Sul, e especialmente em África, questões ambientais não são um luxo. Impedir o aquecimento global, proteger e recuperar os nossos sistemas naturais são questões de vida ou morte para boa parte da população mundial”Wangari Maathai – Bióloga, ecologista e activista ambiental, vencedora do Prémio Nobel da Paz em 2004 e Vice Ministra do Meio Ambiente do Quénia. O planeta Terra está em agonia, e não podemos pensar celebrar este dia enquanto o ser humano não começar a ter vontade de mudar o rumo desta trágica trajectória !
A Constituição da República de Moçambique consagra no seu artigo 90, o direito de todos os cidadãos de ter um ambiente equilibrado e o dever de protegê-lo, mas existe a lei e a implementação dessa mesma Lei, coisa que infelizmente e na maioria das vezes não resulta no nosso País. Moçambique atravessa um momento particularmente preocupante, visto que nestes últimos 10 anos testemunhamos a mobilização sem precedentes de grandes investimentos que nada fizeram por preservar e proteger o meio ambiente ou melhorar a vida das comunidades rurais. Os maiores problemas ambientais no País hoje estão directa e indirectamente relacionados aos grandes projectos nos sectores de mineração, petróleo, florestas, barragens, grandes plantações de monoculturas, usurpação de terra, agro-negócio e erosão, com a sua exploração intensiva e insustentável dos recursos naturais. Para agravar a situação, a insuficiente capacidade institucional da administração ambiental e ineficácia dos processos de tomada de decisão política a todos os níveis, com uma ausência de perspectivas ambientais e planificação estratégica, na governação e no desenvolvimento de Moçambique juntando a escassez de informação ambiental credível, actualizada e acessível à sociedade, só pioram a situação ambiental em Moçambique, não tendo consciência dos seus impactos nos recursos naturais e no do futuro do País. Estamos hoje perante cenários nacionais e mundiais graves marcados pela problemática das mudanças climáticas com impactos perigosos na vida quotidiana da maior parte da população mundial. Pensar no desenvolvimento no nosso País sem ter em conta os impactos das mudanças climáticas, é na melhor das hipóteses uma grande irresponsabilidade.
Foto:A.Lemos
Trate bem a Terra. Ela não foi doada a você por seus pais. Ela foi emprestada a você por seus filhos. Provérbio africano Estimados leitores, Depois de algum tempo de intervalo a Justiça Ambiental resolveu novamente iniciar a publicação do seu boletim por email. E mais pequeno, constituído somente por 2 paginas, frente e verso, e como tem sido costume serão vários os temas ambientais, levantados e discutidos neste pequeno espaço. Será uma publição mensal, para já via email. Para quem esteja interessado em recebe-lo, basta mandar um email para “ja@ja.org.mz”or “news@ja.org.mz”com endereço de email a solicitar que deseja recebe-lo que logo acrescentaremos o seu nome à nossa lista. E claro que gostaríamos imenso que nos enviassem sempre as suas opiniões, criticas, comentários etc... ! , via email ou facebook . Conselho Editor: Anabela Lemos, Janice Lemos, Jeremias Vunjanhe, Sílvia Dolores e Vanessa Cabanelas/ Layout & design: Ticha