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GIL TEIXEIRA ADVOGADO

“Por norma nas notas autobiográficas o autor não invectiva o visado, o que seria baixa autoestima, e põe um pedacinho de sal para equilibrar os condimentos e fingir-se a imparcialidade. A forma de nos vermos como estranhos é lermos prosas sobretudo as que tenhamos publicado pelo menos com uma década atrasada.

Dito isto, à minha parte digo o que é normal dizer-se como seja depois de atravessar a idade das dúvidas da juventude passei a ter a certeza das dúvidas dos seniores.

A minha psicose pelos confrontos nos tribunais começou na infância, e retirado desse palco vou mantendo outras tendas noutros palcos. Apanhei o vício da leitura na infância e tive de me exorcizar dessa doença muitos anos depois embora com muitas recaídas. Além dessas psicoses sou marado pela democracia e transparência política que não sejam prisioneiras ou que vão além das cores partidárias. As injustiças transtornam-me. A música alentejana poupa-me as viagens além do Tejo e toda a música, que o seja, nunca jazz nem bossa nova, alimenta-me.

As palavras escritas são tramadas e a escrita alheia se não fizer ardor e também arder os pensamentos não me causam barulho na cabeça. Os políticos profissionais são uma desgraça e a maioria do jornalismo também não é muito rica.

Como disse noutro local falta-me sempre inteligência para as minhas necessidades. Chega, passe a conotação?”

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