5 revista fazer o bem by Kelly Cristina

revista

Fazer o bem

Ano 02 | EdiĂ§ĂŁo 05

Projeto Limpando o Mundo

Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela. Você nunca será minha e por isso terei você para sempre. Paulo Coelho

Foto: Luzia Monalisa

palavras do bem

A quinta edição da Revista Fazer o Bem chegou!! E chegou cheinha de filhotes lindos para a adoção, com a cobertura da entrega de donativos para o Lar Torres de Melo, que foi resultado da promoção da segunda Rifa do Bem. Apresentamos também a história de superação das drogas com um projeto que tira jovens do vício. Além disso, você ainda tem acesso a dicas de filmes e pode aprender como reaproveitar materiais que iriam para o lixo. Demos destaque, ainda, para a história fantástica de uma biblioteca nascida da vontade de um grupo de jovens de levar à leitura a uma comunidade no interior do Ceará. Nessa edição tivemos a ajuda de mais quatro companheiros super do bem: Fernanda Moreira com todo o seu conhecimento cinematográfico, Izabele Soeiro e sua visão de acessibilidade, Rafael de Mesquita com muitas ideias na caixola e a ajuda indispensável de Idalécio Costa. Agradecimento especial a Douglas Simão e Paty Araújo. Curtam e compartilhem esse trabalho que é feito com tanto amor e dedicação.

Carinho e amor não têm preço, pode ser dado a qualquer um, indiferente se ele é adotado ou comprado, é dado de graça, pois não existe dinheiro no mundo que compre esse dom. Matéria: Porque adotar faz bem a alma

s o t n e im c e t n o c a s o s a d To s e õ ç li m a d r a u g a id v da preciosas.

Para refletir... Todos os trechos foram retirados do nosso site: www.revistafazerobem.com.br

Quero aproveitar o que cada um tem a me oferecer e poder dar o máximo de mim em tudo que eu puder. Matéria: Metas para 2014

Matéria: Lições

ais m o it u m e t is x E a r a p s a o b s a is o c as t r e b o c s e d m e r e s . s in u r s a is o c e u q ores de d a ç a C : ia r é t Ma bom exemplo

Logo na manchete do jornal, escuto desgraças além do que meu cérebro pode assimilar e meu coração possa sentir.

Matéria: Não estamos sozinho s na busca por um mundo melhor

ASSESSORIA DE IMPRENSA Jessika Thaís

Colaboradores

DESIGNER Kelly Cristina ORGANIZAÇÃO Fernanda Moreira Patrícia Araujo Rafael de Mesquita Izabele Soeiro Palloma Lopes Idalécio Costa

FOTOGRAFIA Luzia Monalisa AGRADECIMENTOS Douglas Simão Carol Loureiro Ana Policarpo Camila Pio REVISTA FAZER O BEM Fortaleza – Ceará – Brasil revistafazerobem.com.br Facebook Revista Fazer o Bem Twitter Fazer_obem Instagram @revistafazerobem Contatos Kelly Cristina (85) 8878.3587 Jessika Thaís (85) 8772.4587

09 06

1 Fernanda Moreira 4 Jessika Thaís

7 Kelly Cristina

2 Patricia Araujo

5 Rafael de Mesquita 8 Palloma Lopes

3 Luiza Monaliza

6 Izabele Soeiro

9 Idalécio Costa

páginas do bem

Cobertura Eles precisam de você!

Faça Acontecer Entre pranchas, rodinhas e redenção

18 20

Faça você mesmo Painel de cano Pvc

fique por dentro Dando vida aos sonhos

Edição 05

26 36

matéria de capa Lição de vida em poucas horas

páginas verdes Do lixo para as passarelas

Fique por dentro A Ocupação de espaços públicos

opinião Liberdade em quatro rodas

coberturas

Eles precisam de vocĂŞ! por Kelly Cristina

Lar Torres de Melo: Um lar para todos 10

eu primeiro nome foi Asilo de Mendicidade do Ceará e foi fundado em 10 de agosto de 1905 para acolher moradores de rua. Em 1979 por força da lei, teve de mudar seus estatutos, especificando o tipo de usuário e modalidade de atendimento recebendo assim a denominação de Lar Torres de Melo, em homenagem ao seu presidente, José Ramos Torres de Melo. Hoje o Lar Torres de Melo atende 222 idosos residentes e mais 100 vindos do Projeto de Convivência, que passam duas tardes na instituição. Todos os idosos realizam atividades laborativas, recreativas, expressivas, religiosa, lúdicas, sociabilizante, cognitiva. Lá são desenvolvidas ações no meio social, da saúde, da nutrição e da gestão. Sua equipe é formada por assistentes sociais, médicos, enfermeiros, terapeuta ocupacional, fisioterapeutas,

nutricionistas, pedagogos e psicólogo, alguns deles voluntários. Além de profissionais auxiliares e de apoio administrativo, outras pessoas ajudam nos serviços gerais e na segurança. O Lar Torres de Melo é uma das únicas instituições filantrópicas de atendimento de Alta Complexidade nos diversos graus de dependência. O que acarreta uma demanda incapaz de ser atendida pela escassez de recursos e da capacidade física. Mesmo com todas essas dificuldades, a Diretoria do Lar Torres de Melo está disposta a enfrentá-los e dar continuidade aos ideais. A instituição se sustenta com auxílio público, que infelizmente, só cobre 10% dos gastos. Além disso, eles contam com as aposentadorias dos idosos, mas nem todos os idosos a recebem, o que torna o trabalho do Lar ainda mais difícil.

Imaginando tamanha dificuldade, nós da Revista Fazer o Bem, elaboramos a campanha “Eles precisam de você!”. Com ela arrecadamos ajuda para o Lar Torres de Melo por meio da segunda edição da Rifa do Bem. Os pontos foram vendidos a dois reais e fizemos o sorteio de um ovo da Páscoa. O sorteio foi realizado no dia 13 de abril, às 16h e a ganhadora foi Delfina Pontes, com o número 146. Além disso conseguimos o apoio da loja A&Cia Móveis, especializada em móveis e eletros. E graças a ajuda de to-

dos e a A&Cia Móveis conseguimos doar ao Lar leite, aveia, café, açúcar, biscoitos água e sal, material para higiene pessoal e ambiental e dois colchões de solteiro. A feira foi entregue no Lar Torres de Melo no dia 19 de abril, pela equipe da revista e o colaborador Euriberto Ramos da A&Cia Móveis. Agradecemos a todos que participaram da rifa e em especial a A&Cia Móveis que ajudou e confiou em nosso projeto. A nossa campanha terminou, mas o Lar Torres de Melo sempre irá precisar da sua ajuda.

Como ajudar o Lar Torres de Melo? 1. Doando alimentos como leite, aveia, café, Ensure, Sustagem, açúcar, biscoitos água e sal, material para higiene pessoal e ambiental;

kelly cristina é publicitária, diagramadora e disposta a fazer boas ações

2. Depositando nas contas da instituição: Banco do Brasil S.A: Ag. 1369-2 CC 105.915-7 Caixa Econômica Federal Ag. 0920 CC 1018-5;

3. Doando tampinhas de garrafa pet.

faça acontecer

A história de um grupo que consegue tirar jovens das drogas com o skate e as histórias de conquistas de ex-viciados. por Jessika Thaís

O Correria para Cristo acontece às sextas-feiras, na pista de skate do Nova Metrópole, Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza, às 22h30.

Rodolfo viveu de perto as dificuldades de um viciado. Dormiu na rua, perdeu vários amigos para o vício e se viu no fundo do poço.

O espaço era conhecido como um dos maiores pontos de venda e consumo de drogas da região e foi escolhido como ponto de partida para sensibilizar os jovens a mudarem de vida e dar uma nova cara à pista de skate.

o dia 25 de abril parte da equipe da Revista Fazer o Bem conheceu o projeto Correria para Cristo. Fundado em 2010 pelo técnico de segurança no trabalho Rodolfo Santiago, que saiu das drogas com o apoio da religião.

Então, o que era ponto de encontro para entrar nas drogas, virou ponto de partida para sair delas. Para Rodolfo, o ponto alto para a inclusão social é a união dos depoimentos de pessoas que conseguiram superar o vício e os esportes. “A cada dia jovens morrem para o crime, não quero isso para ninguém, sigo o exemplo de Jesus, que nos ensinou a ajudar as pessoas, dar a vida por elas. Uma vez me ajudaram e hoje eu ajudo os outros”, completa.

O projeto se sustenta através das boas ações de amigos e da venda de blusas e bonés. Muitos membros do projeto são atletas e participam de competições e não têm dinheiro para as inscrições, que são pagas com essas vendas. Quando o dinheiro não é suficiente, eles pedem apoio nas redes sociais. “Mesmo sem grana, temos campeões que se destacam no Ceará e fora do estado”, comenta Rodolfo. Além dos encontros para contar suas histórias, ler a bíblia e praticar skate, o Correria ajuda quem desejar aprender a andar de skate com a escolinha. Eles levam educação, cultura, lazer e o ensino da palavra de Deus. Fazem um acompanhamento junto com as famílias das crianças mais carentes da Escolinha e as incluem no projeto Alimentar, arrecadando cestas básicas e beneficiando as famílias mais carentes do bairro sempre que possível. O Cinema itinerante é outra ação em meio a tantas que o Correria para Cristo faz com os moradores da comunidade, que nesses encontros aproximam-se da sétima arte. Esse é mais um exemplo de alguém que conseguiu mudar a sua realidade e a de uma comunidade inteira com muita força de vontade e sempre acreditando em seus ideais. Inspire-se em história do bem e faça acontecer também!

Para quem se interessar, os membros do Correria para Cristo se encontram toda sextafeira a noite na pista de skate do Metrópole, na Caucaia. Mais informações podem ser conferidas no site www.correriaparacristo. com.br, no Facebook Projeto Correria Para Cristo, que sempre é atualizada pelo próprio Rodolfo, que conta com ajuda de um publicitário Bruno Gomes e do designer Son. JESSIKA tHAÍS é jornalista e radialista

dicas

Fernanda Moreira é Jornalista, Social Media, apaixonada por cinema, fotografia e gente.

no Cinema

em dvd

Clássico

A Culpa é das Estrelas

Questão de Tempo

Direção Josh Boone

Direção Richard Curtis

Elenco Shailene Woodley, Ansel Elgort, Nat Wolff

Elenco Domhnall Gleeson, Rachel McAdams, Bill Nighy

Gênero Romance, Drama

Gênero Romance

Elenco Audrey Tautou, Mathieu Kassovitz, Isabelle Nanty

Duração 2h5min

Duração 2h3min

Gênero Comédia

Ano 2014

Ano 2013

Duração 2h0min

Título original The Fault In Our Stars

Título original About Time

Ano 2001

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain Direção Jean-Pierre Jeunet

Título original Le Fabuleux destin d'Amélie Poulain

faça você mesmo

PAINEL DE CANO PVC Para fazer não tem segredo: é só medir na parede o tamanho que você quer e depois comprar cano, luvas de encaixe, tela de galinheiro e lacres. Primeiro você corta o cano em quatro partes. Em seguida junta essas quatro partes usando as luvas (ou joelhos). A sua moldura já está pronta. Agora é só pegar a tela e prender nas extremidades. Para cortar no tamanho do painel você pode usar um alicate de corte ou uma tesoura das boas.

Com a estrutura principal pronta, agora é moleza finalizar. Uma demão de tinta branca spray pra dar a base e depois é só usar uma tinta na sua cor preferida. Mais duas demãos e o painel já tá pronto pra você colocar suas fotos. Eu optei em usar só fotos preto e branco, nem precisa de dizer da fissura que eu ando na combinação de amarelo com tons de cinza né? Mas achei legal também porque tirou aquela cara de painel de cortiça todo colorido que a gente via na malhação dos anos 90.

Para prender, eu usei mini pregadores que encontrei no xingling por 1,99. Os bichinhos eram rosa, mas nada que uma demão de tinta spray preta não resolva. Você também pode usar clips para prender as fotos. Agora é só colocá-las do jeito que achar melhor. Também rola de pendurar lembranças de viagens, ingressos de shows, recadinhos de amor, contas pra pagar, etc.. E aí, gostaram?

Fonte: www.homensdacasa.net

fique por dentro

Dando vida aos

Sonhos

Uma biblioteca que nasceu da força de vontade de uma comunidade. por Rafael de Mesquita

decisão de não ficar parada diante das dificuldades e falta de recursos, somada a disposição de cinco cearenses em criar um impacto positivo por onde passaram, fez nascer a biblioteca comunitária em Águas Pretas, no município de Tururu-CE. As bibliotecas comunitárias estão longe de ser algo novo, mas nem por isso existem e funcionam de forma a seguir um padrão pré-estabelecido. Elas assumem a cara e a identidade da comunidade onde se instalam e alguns pontos podem ser encontrados em comum, como a mobilização social e a união de forças em torno de uma causa. As raízes desta biblioteca podem ser traçadas a partir do projeto Patrimônio para Todos, da Escola de Artes e Ofícios. Ele é voltado para a valorização e preservação do patrimônio cultural e no ano de 2012 esteve voltado para as comunidades indígenas e quilombolas. Foi em 2012 que Alysson Lemos, Viviane de Lima e Sula Sousa se conheceram e visitaram duas comunidades em Tururu: Águas Pretas e Conceição do Coité. Durante uma semana de oficina vivida pelo grupo, foram criados laços de amizade e admiração. Logo no primeiro dia em Águas Pretas já ficou claro a capacidade de articulação que a comunidade possuía. A mobilidade e força encontradas foram personalizadas na figuras de Dona Toinha, líder comunitária que se esforça para manter viva a identidade quilombola de Águas Pretas.

Dona Toinha é a presidente da Associação dos Remanescentes quilombolas de Águas Pretas, e como tal, vem tendo ativa participação na busca da manutenção da identidade cultural da comunidade. Durante todo o processo de formação da biblioteca, desde a localização, estrutura e divulgação, até o apoio com a alimentação e estadia do grupo de Fortaleza, ela se fez presente.

Um pequeno começo para um grande resultado Dois anos após o fim da vivência tida pelo trio de amigos e a volta à Fortaleza, permanecia o desejo de retornar a Tururu. Juntamente com os três amigos do projeto Patrimônio para Todos, a jornalista Henriette de Salvi também aguardava por uma oportunidade de visitar Águas Pretas e conhecer pessoalmente as pessoas e o local sobre os quais havia escutado. O grupo não queria voltar à cidade de mãos vazias e surgiu a ideia de levar livros. No mesmo momento Henriette postou no Facebook o pedido para a doação de livros para a montagem da biblioteca em Tururu. Os livros eram entregues na casa dos organizadores ou buscados na residência dos doadores. O que eles não esperavam era que a resposta fosse tão grande. De todos os cantos da cidade vinham ligações e recados de pessoas

informando que tinham livros que gostariam de doar. Por diversas vezes, ao coletar as doações se deparavam com caixas cheias de livros. Em um mês, foram mais de 1.400 livros! E ainda haviam mais livros para serem doados, porém a quantidade já era mais do que eles tinham capacidade de levar. No caminho para Tururu, eles ainda recebiam ligações de pessoas dizendo que tinham livros que gostariam de doar. Durante a divulgação da doação de livros, surgiu o contato com o bibliotecário Edvander Pires. Sua ajuda foi de extrema importância para a criação da biblioteca. Como bibliotecário da Universidade Federal do Ceará (UFC), Edvander levou seu olhar técnico para a iniciativa. Estava então formado o grupo que formaria a biblioteca.

Criando um ciclo virtuoso Era chegada a hora de Alysson, Edvander, Viviane, Sula e Henriette partirem com os livros em um carro completamente cheio em direção a Águas Pretas. Improvisação foi a palavra-chave para a formação da biblioteca e isso tornou-se mais evidente durante a montagem do projeto. Em Águas Pretas, Dona Toinha havia mobilizado alguns moradores para receber o grupo de Fortaleza, que logo começou a ajudar a descarregar os livros. A noticia se espalhou e o grupo logo foi crescendo.

A campanha teve início com um post no Facebook. Foram 86 compartilhamentos.

Uma sala da creche local serviu para comportar a nova biblioteca e as estantes, conseguidas por meio de doações na mesma tarde. Durante todo o dia aquela sala da creche foi sendo transformada e se enchendo de novas histórias. Enquanto alguns trabalhavam na catalogação dos livros, os mais novos deram a sua contribuição com desenhos e decoraram as paredes da nova biblioteca. Em pouco tempo já havia grupos que conseguiam um cantinho em meio a arrumação para se entregar à leitura ou para contar histórias em grupo. Já durante a organização do espaço era possível ver o envolvimento das crianças da comunidade.

Assim a biblioteca foi, logo em seu nascimento, assumindo a cara e identidade da comunidade para a qual ela se destinava.

Quem faz parte desse projeto Alysson Lemos Campos, 24

Edvander Pires, 26

Circense e artista de rua

Viviane de Lima Barbosa, 27

Henriette de Salvi, 38

Sula Sou

Estudante e professora de história

Jornalista

Edu Soc

Sula reforça a importância da pluralidade nas atividades. “A biblioteca é um espaço de pesquisa para os meninos que estão no ensino médio ou fundamental. É um local de vivência e de leitura para que as crianças, em um momento que não tenham o que fazer, em vez de ficar

Bibliotecário

na rua, possam ficar na biblioteca para ler, desenhar, pintar.” Terminada a categorização dos livros e a montagem e arrumação da biblioteca, Dona Toinha preparou uma inauguração do espaço, onde todos da comunidade foram convidados, e com-

aneide uza, 30

ucadora ial

pareceram. A biblioteca estava então, oficialmente, nas mãos da comunidade. Compareceram à inauguração desde os mais novos aos mais idosos e ao final do dia alguns já estavam escolhendo livros para começar a leitura.

A construção de um caminho Em outras bibliotecas comunitárias é possível verificar esse mesmo esforço em torná-la um espaço de lazer. Colocá-la além do espaço de pesquisa.

Diversos são os benefícios já pesquisados e divulgados provenientes da leitura prazerosa. Como diz Neil Gaiman, em uma palestra para a Reading Agency (instituição britânica que apoia programas de alfabetização, assim como bibliotecas e indivíduos no incentivo à leitura): “Descobrir que a leitura por si é prazerosa. Uma vez que você aprende isso, você está no caminho para ler de tudo”. O público que mais frequenta a biblioteca são crianças e jovens em idade escolar. Seja para aprimorar o estudo ou

por lazer. Um objetivo a ser alcançado é levar a leitura para fazer parte da vida dos jovens adultos, que começam cedo uma família e têm necessidade de sustentá-las. Nesses casos há uma tendência maior em ver a leitura como algo que não se encaixa dentro da realidade deles. Alysson, Viviane, Sula, Henriette e Edvander pretendem voltar e fazer oficinas buscando uma melhor capacitação daqueles que vão continuar cuidando do espaço e a criação de um calendário de atividades.

Ao conhecer a história desse grupo ficou claro que uma comunidade é capaz de crescer e evoluir, se não devido a benefícios, ela consegue apesar das dificuldades. Me alegra saber que nasceu um local onde poderá fornecer uma pluralidade de histórias, ideias e possibilidades para mentes que estão prontas para crescer. E de fato acredito, cada vez mais, que temos a capacidade de caminhar para um mundo melhor.

Rafael de Mesquita é estatístico, curioso e viajante por leituras, pessoas e paisagens

matĂŠria de capa

Veja o que fazer para contribuir da melhor maneira com o nosso planeta. por Izabele Soeiro

o último dia 15 de abril, foi comemorado o primeiro ano do Projeto Limpando o Mundo no Ceará. O evento ocorreu no SESC Iparana. O “Limpando o Mundo” nasceu em Sidney, Austrália, em 1993, sendo realizada em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A campanha reúne esforços de organizações não governamentais, grupos comunitários, colégios, governos, empresas e pessoas na busca de melhorar a qualidade da água, limpar e educar as comunidades sobre a preservação do meio ambiente.

A Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (AQUASIS), fundada em abril de 1994, participa desde 2002 como membro

desta campanha e, em 2013, iniciou o Projeto “Limpando o Mundo” no Ceará, traçando a missão de mobilizar voluntários para executar um monitoramento contínuo de ecossistemas e buscando sensibilizar, reduzir, remover e gerar dados sobre o lixo em praias, manguezais e quaisquer ambientes aquáticos. As comunidades de Fortaleza e Caucaia, organizadas em 20 grupos, realiza duas a três limpezas de praia mensais e registra os dados da coleta de lixo. A AQUASIS firma parcerias e reconhecimentos importantes, como o convênio junto ao SESC/Ceará e a Federação do Comércio do Estado (Fecomércio) há mais de dez anos, onde a instituição possui um Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos (CRMM) nas

instalações da Colônia Ecológica do SESC Iparana (Caucaia/CE). Possui parceria também com a Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura de Caucaia e o Instituto Povo do Mar (IPOM). É patrocinada pelas marcas GREENISH Surf Wear e a Skol, marca da AmBev. Em 2013 um de seus idealizadores, o coordenador técnico, Juaci Araújo Oliveira, foi escolhido pelo projeto 'Transtorno Obsessivo por Praia' (T.O.P) um dos seis embaixadores das praias. O T.O.P é um projeto da Skol que tem como objetivo identificar pessoas transformadoras na costa brasileira que dedicam sua vida à gestão ambiental e segurança do litoral e fazer com que esses embaixadores ajudem na multi-

plicação de suas histórias e no fortalecimento de suas ações.

Das iniciativas ao reconhecimento Pessoas tão comprometidas ao voluntariado que antes mesmo do evento iniciar, a equipe do AQUASIS era avisada sobre dois golfinhos e uma tartaruga que estavam naufragados devido a maré baixa no fim de tarde do dia anterior e necessitava de uma equipe de resgaste. Eles foram vistos numa praia próximo à Taíba. Então, nossas boas vindas são com imagens de muito lixo acumulado em toda costa cearense. Mostrando um antes e um depois. O antes, onde vemos copos descartáveis, canudinhos, cocos

“O Projeto Limpando o Mundo convida as pessoas a serem conscientes da importância da preservação do meio ambiente e limpeza das praias” vazios, garrafas pet, tampinhas de garrafa e latas de cerveja ou refrigerantes jogados sem o menor cuidado por toda extensão da praia, na areia e próximo às pedras e ao mar. Sabe a sensação de vergonha alheia? Pois é. O Projeto Limpando o Mundo convida as pessoas das mais diferentes idades e classes sociais a serem conscientes da importância da preservação do meio ambiente e limpeza das praias. Eles

fazem a coleta, catalogam e explicam o impacto que esse lixo causa na vida marinha e terrestre e inclusive, causando danos a nossa saúde. Eles nos alertam da nossa responsabilidade. Sim, porque a culpa é nossa e não tem como você olhar para um lado e para o outro e negar essa afirmação. Direta ou indiretamente, você e eu somos responsáveis. Então a abertura oficial do evento foi uma caminhada onde plantaríamos

mudas em alusão às comemorações ao dia do Planeta Terra, onde o Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam) ensinaria o correto modo de plantio e cuidado, além de tirar todas as dúvidas sobre manutenção e cuidado com as plantas que você possa se interessar, ainda oferece mudas, gratuitamente, no Parque Botânico, em Caucaia.

O peso da realidade atual Uma das primeiras apresentações do evento mostrou a quantidade de lixo no mundo e o quanto as pessoas são condizentes com isso devido ao seu comportamento, onde cada ato irresponsável, por menor que seja, como jogar cotonetes, lacre plástico ou fio dental no aparelho sanitário, podem contribuir para o impacto que pode ser causado no ambiente. É reconhecido o fato de que hoje, as pessoas estão mais conscientes da importância de cuidar do planeta, sobre

o que deixar para as futuras gerações, mas muitas pessoas ainda tem a mentalidade de que se eu fizer algo, ele não precisa fazer porque já estou fazendo por mim e por ele. A pessoa deveria fazer uma reflexão sobre seu comportamento de forma individual, pensando inclusive na sua própria saúde e dos seus, pois tudo o que é descartado das nossas mãos, um dia volta. Não da maneira direta que esperamos, mas o impacto pode ser percebido. Esse lixo jogado nas águas dos córregos, lagoas e até no mar, contaminam os animais que lá vivem e ao seu redor e depois, quando menos espera, está ingerindo alimentos que foram infectados pela poluição. O Projeto visita também lares próximos à praia e fazem todo um trabalho de conscientização sobre os cuidados com o ambiente e a correta coleta de lixo. Em Caucaia, o projeto também já teve oportunidade de passar sua mensagem nas

salas de aula, buscando por meio desses pequenos aliados, novos voluntários para fazer parte no combate dessa luta desigual entre os acomodados e os que querem um lugar melhor para se viver. E vem das escolas, jovens como o Jefferson e o Dourado, garotos que ajudam na monitoração, orientando as crianças e voluntários, como turistas nacionais e internacionais que se solidarizam e fazem sua parte na coleta do lixo nas praias. Esses rapazes apresentaram no evento um rap que é o tema do "Limpando o Mundo - Ceará", onde a letra e a música são de sua autoria. E mais uma vez, eles deixam o recado do quão importante deve ser a propagação do projeto, buscando visibilidade e conscientização na sociedade. Quando o projeto mostrou em números a quantidade de lixo que coletaram no ano de 2013, em toda Fortaleza e Caucaia, o destaque foi para o Icaraí, em Caucaia, sendo a praia onde houve maior recolhimento com mais de 13 mil quilos de lixo. Segundo a bióloga marítima portuguesa Ana C. Jesus, um dado preocupante é que o maior percentual desse lixo é plástico, sabendo que este demora aproximadamente 100 anos para se decompor. A praia do Titanzinho (ou do Farol), no bairro Mucuripe, em Fortaleza, ficou em segundo lugar. Em situações de calamidade, se não houver preparo e cuidados necessá-

rios, a situação piora visivelmente! Para ter uma ideia do impacto que isso pode causar, basta lembrar do dia 31 de março de 2014, quando Fortaleza sofreu com fortes chuvas, alagando diversos pontos, deixando a cidade numa situação crítica. Segundo o relato de Juaci Araújo de Oliveira, a equipe do Projeto, mesmo com sua minoria buscando fazer a diferença, fez a coleta e catalogação durante todo o domingo, dia anterior à chuva, e retiraram das praias muitos sacos abarrotados de lixo. Quando o dia amanheceu, eles foram no mesmo local onde haviam feito a campanha e felizmente o local continuava limpo. Se estivesse com todo aquele lixo, adivinha onde seria o destino final e quem sofreria as consequências?

Em 2014, o projeto busca mais patrocinadores e apoiadores para contribuição, divulgação e também mobilização. Sair da zona de conforto e buscar melhorar a imagem de nossas praias, e agora visar também as regiões serranas onde se concentram também o turismo e esportes radicais.

Ideias criativas que dão certo O artista plástico da Maré Verde, Franklin Almeida estava lá apresentando vários produtos que ele faz com materiais reciclados e confidenciou que a maioria de seus trabalhos são peças doadas de pessoas que já tem comprometimento ao meio ambiente e sabem que dá para reutilizar alguma coisa, mas ele também já encontrou mouse para

computador na praia. Ele trabalha com rolos de papelão, garrafas pet, mouses, teclados, gabinete de CPU, cartões telefônicos, arames e usa até papéis de revistas como sacolinhas para colocar seus produtos vendidos. Franklin comentou que já fez caixas de correio de CPU e agora com galões de desinfetante para receber suas correspondências e a ideia chamava tanto a atenção que ele sempre era furtado. Hoje, ele apenas expõe seu produto e caso alguém deseje, ele faz tudo em menos de meia hora e com preços acessíveis. Ele faz também cartões kirigamis (que se movem a medida que você abre), caricaturas, abajur feito com garrafão de água 20l, mandalas e outros objetos de decoração.

Izabele Soeiro é revisora, tradutora e administra o blog Deficiente & Eficiente

Obrig Voc锚s fazem parte da hist贸ria da Revista Fazer o bem

gada!

páginas verdes

Vestidos de papel higiênico, plásticos-bolhas, páginas de revistas, guarda-chuva velho essas são as matérias-primas utilizados pela estilista Lua Guirra, de Planaltina – DF.

m setembro, acontece o principal evento de moda de Brasília, a Capital Fashion Week. A estilista Lua Guirra já confirmou sua presença. Lua usa materiais que para maioria das pessoas não tem serventia, mas para ela, tudo isso vira roupa e conceito. Suas peças são feitas de papel higiênico, plásticos-bolhas, páginas de revistas, folhas de cajueiro, guarda-chuva velho, caixas de ovos, garrafas PET, entre outros. Dessa forma, Lua se alinha a uma tendência que, no mundo das passarelas, é chamada de moda sustentável. Lua, quando pequena, costurava os vestidos das suas bonecas e na adolescência não gostava de se vestir igual aos outros, criando assim, suas próprias roupas. Depois, especiali-

zou-se em customização e ajustes de vestidos de noiva e sua vida começou a mudar. Em outubro de 2013, quando foi chamada para fazer um desfile beneficente na creche São Vicente de Paula, em sua cidade. De lá para cá, passou a ser convidada para eventos de empresas. Nesse universo sustentável, temos outros grandes nomes, como Baby Steinberg, Oskar Metsavaht, Ronaldo Fraga, Melk Z-Dae e Stella McCartney (filha do ex-integrante The Beatles, Paul) aclamada por unir em suas coleções, ecologia e beleza. Segundo o professor Régis Puppim, do Instituto Federal de Goiás, a moda sustentável não é uma tendência passageira.

Conheรงa mais o trabalho de Lua Guirra Lua Guirra Designer LuaGuirra

fique por dentro

Melhorias da qualidade de vida nas cidades. Pode vir, o espaço é público por Rafael de Mesquita

m diversas cidades o conceito de urbanidade tem sido discutido, tendo como alguns de seus objetivos a melhoria da qualidade e segurança da vida urbana. Importante aspecto para este conceito é a ocupação dos espaços públicos pela população. Em Fortaleza existem grupos buscando essa ocupação. Eles estão levando cultura e lazer de forma acessível para localidades que, por diversas vezes, estão fora do circuito dos grandes centros da cidade. O tema é de importância tanto local como mundial. Temos bons exemplos não tão longe de casa. Mendellin é uma cidade colombiana que por muitos anos esteve marcada pela presença do cartel de drogas de Pablo Escobar. Desde os anos 90 a cidade começou, através de um longo processo de planejamento e execução, um novo projeto para a cidade. Projeto este que colocou em grande destaque o aproveitamento de espaços públicos. Hoje a cidade tem se destacado como bom exemplo do acréscimo da qualidade de vida que atitudes como essa podem resultar. Importante vertente desse processo foi a inclusão de setores da sociedade que antes estavam negligenciados em termos de espaços de lazer, cultura, educação e saúde. Em Fortaleza, essa discussão está em evidência diante de vários casos, onde talvez o mais recente seja o projeto em relação à Praça Portugal. A discussão

e as soluções que vem surgindo vão muito além deste caso. As universidades têm sido chamadas a contribuir na construção de uma cidade melhor. A estudante do curso de Arquitetura na Universidade Federal do Ceará, Raquel Martins, ressalta a importância da participação deste setor para um melhor aproveitamento da cidade: “Claro, a cidade é assunto de todos, mas a Universidade, enquanto instituição de produção de conhecimento (pesquisa) e atuação na esfera social (extensão) tem que estar ativa na discussão. As pessoas que a compõe, alunos e professores, devem possuir embasamento teórico e crítico para se posicionar frente aos problemas urbanos, seja através de assessorias ao poder público ou no auxilio de movimentos sociais”, afirma. Em adição a isso, é com grande satisfação que percebo que muitos movimentos populares (com ou sem apoio de instituições governamentais) na cidade têm levado boas doses de cultura e lazer a diversos locais. São pessoas que mostram que a cidade não se resume a perigos, que a periferia não é o sinônimo de criminalidade e, de uma forma mais profunda, mostram que cada um pode gerar uma mudança positiva no mundo. “Temos que difundir que a rua não é o local do perigo, mas do encontro e das trocas da vida urbana, onde as pessoas podem se encontrar em pé de igualdade, da democracia.”, diz Raquel.

No bairro do Pici, o artista visual e produtor cultural conhecido como Emol abriu sua casa para a criação de um espaço artístico e cultural, voltado a sediar e estimular encontros poéticos e musicais e ser base para intervenções artísticas nas ruas do bairro. Em abril, tive o prazer de visitar o 3º Sarau promovido no local. O espaço aberto convida a participação de todos que sentirem vontade de expressar-se. Crianças, jovens e adultos recitam poesias e texto de sua própria autoria ou de outros autores. O espaço é aberto para música, circo, artistas visuais etc. Ainda longe dos grandes centros culturais e comerciais da cidade, o projeto Ocupa com Circo, fez quatro intervenções em diferentes localidades da Barra do Ceará. Este é um projeto que foi contemplado com o 3º Edital Ação Jovem do Centro Urbano de Cultura, Artes, Esporte e Ciência – Cuca Barra. Inclusive, não apenas com este edital, mas o Cuca já executa há certo tempo um importante papel de agente revitalizador do espaço público.

O Ocupa Com Circo levou a alegria das apresentações circenses, além de permitir ao público tornar-se também artistas e conhecer bastidores das apresentações. Alysson Lemos, idealizador e artista circense também conhecido nas apresentações como palhaço Sandoval, deixa bem claro a importância destas atividades: “Quanto maior for a quantidade de atividades a serem realizadas nos espaços públicos maior será a apropriação e participação da comunidade dentro do seu espaço físico”, explica. Em uma vertente artística diferente, aconteceu em Fortaleza o Festival Concreto, onde diversos artistas gráficos trouxeram cores a diversos pontos da cidade, usando para isso seus Grafites. O movimento foi inédito, da forma como aconteceu, na capital cearense. Porém, em diversas cidades, como São Paulo no Brasil ou Valparaíso no Chile, o Grafite foi utilizado como forma de fortalecimento da identidade urbana e cultural das cidades, sendo inclusive na cidade chilena uma das grandes atrações turísticas. A proposta aqui é que

“De maneira geral, acho que este cenário está melhorando, pelo menos em termos de conscientização. Não apenas pelas mudanças de gerações, mas por uma capacidade de comunicação mais instantânea e a coleção de um conjunto de experiências de como esses problemas foram enfrentados em diversos locais do mundo. Precisamos reconhecer o que foi feito nos últimos anos e pensar positivo, acreditar na mudança.” Raquel Martins, estudante de arquitetura fortalecendo esta identidade cultural seja construída uma nova cidadania. A marca do festival está espalhada por 17 pontos da cidade hoje. Em um caminho diferente, porém não menos benéfico, voluntários da Associação Cearense de Ciclistas Urbanos Bike Anjo e o grupo Massa Crítica Fortaleza realizam na praça Luiza Távora, todo segundo domingo do mês, encontros onde qualquer pessoa independente da idade pode aprender a andar de bicicleta. Além de também servir como um local para tirar dúvidas sobre cuidados com a bicicleta, legislação e comportamento no trânsito para quem a deseja usar nas ruas e

ponto de encontro para os amantes ou admiradores deste meio de transporte e lazer. Divulgando estas ações, pretendo mostrar que não é por vivermos em uma grande cidade, que precisamos seguir a velha imagem da selva de pedra. Todos esses casos mostram que existe um belo mundo em espaços abertos, que não negam haver problemas, mas que apesar disso não é impossível obter uma vida de qualidade e saudável na grande Metrópole. E você, conhece outros projetos que estão acontecendo pela cidade? E em outras cidades que possam servir de inspiração para serem aplicados aqui?

Me leva para casa? Todas essas fofuras estão disponíveis para adoção. Não perca tempo, leve um deles para casa e viva momentos maravilhosos com seu novo amigo. *Alguns desses animais já podem ter sido adotados.

Filhotes de aproximadamente 3 meses, todos machos. Contato: contato@upac.org.br

Pluto Já esterilizado, porte médio, em torno de 2 anos, é superativo e companheiro inseparável do Pluto, formando uma boa dupla para companhia e guarda. Somente para casas com espaço. Contato: contato@upac.org.br

Zeus Tenho aproximadamente 1 ano, sou porte médio e estou a procura de um lar e uma família que me dê muito amor e carinho. Sou super carinhoso e dócil. Contato: Karinne Coelho 8558.6095 karol.raul.kc@gmail.com

Napoleão Macho super tranquilo e carinhoso. Tem aproximadamente 6 meses. Contato: contato@upac.org.br

Tenho aproximadamente 3 meses e fui resgatado junto com minha mãezinha e meus irmãos. Estou a procura de um lar onde eu possa ser muito feliz. Contato: Edson 9953.6162

Fêmea Tenho aproximadamente 6 meses e estou a procura de um lar, eu e minhas irmãzinhas. Caso você tenha interesse em me fazer muito feliz, por favor entra em contato com a Tia Taci. Contato: Taci Cardoso 8775.2345 / 8713.8949 taciane.cardoso@yahoo.com

Fêmea Sou uma filhotinha e irei crescer. Sou super dócil e brincalhona, adoro crianças. Se você quiser me dá um lar, te farei muito feliz. Contato: Rose 8663.4808

Senhor Botinhas Oi! Sou um rapazinho de aproximadamente 4 meses. Fui resgatado de uma praça na Aldeota. Estou em busca de um lar onde eu possa brincar e me divertir muito. Contato: Rebeca Áurea Monteiro 9699.5234

opinião

by Izabele Soeiro

Liberdade em quatro rodas Tudo o que você precisa saber para ter seu carro adaptado e com isenções.

s concessionárias hoje estão lidando com um atendimento cada vez mais especializado para seus novos clientes, que estão crescendo visivelmente no mercado de venda de automóveis. Esses novos clientes são pessoas que tem algum tipo de limitação física e dependendo da procura, podem encontrar carros de fácil adaptação e preços acessíveis. Mas a pessoa deve estar preparada para uma verdadeira batalha contra a burocracia, pois irá passar por vários órgãos do governo para poder ter direito a cada isenção que torna seu carro mais barato.

Para poder ter o carro, você deve saber dirigi-lo, certo? Claro que sim! Obviamente que existe a possibilidade de comprar o carro em seu nome, embora seu (sua) companheiro (a) vá dirigir por você. Mas se for possível, recomendo a você, ter essa experiência de liberdade. Normalmente, pessoas com limitação e que ficam em cadeira de rodas ou possuem qualquer forma de deficiência de locomoção têm certas dificuldades para ir e vir. Mas no carro, você é um condutor como qualquer outro no trânsito. Isso exige responsabilidade e habilitação. Logo, você terá que fazer autoescola!

Em Fortaleza, contamos inúmeras autoescolas, embora apenas duas contam com atendimento aos portadores com necessidades especiais: autoescola Caçula e a autoescola Barcelos. O futuro aluno passa por uma perícia junto ao DETRAN, paga uma taxa junto à autoescola num valor aproximado de R$ 150,00 e dependendo da especificação junto a perícia médica do órgão, o aluno passa pelo curso de legislação e aulas práticas. O valor varia entre R$ 1.500,00 a R$ 2.200,00. Porém, o aluno poderá aprender a dirigir com o carro adaptado oferecido pela escola. Enquanto busca sua qualificação junto ao DETRAN, você pode solicitar junto a Receita Federal, os formulários para isenção dos impostos IOF e IPI. Mas lembre-se, a isenção do IOF ocorre apenas na primeira compra de veículo. Já o IPI, a isenção ocorre a cada compra, de dois em dois anos. A Receita Federal possui formulários para preenchimento que eles chamam de “kit de isenção”. Neles, você preenche todos os dados referente a sua limitação, solicita laudo do seu médico em formulário específico da RF e informa se é você ou não o condutor. Acessando o website da Receita Federal, na parte de serviços e isenções, você encontra facilmente esse kit para preenchimento. Uma vez concluído, entregue à unidade da Receita Federal para protocolar seu pedido. Logo, terá o parecer para poder continuar suas solicitações de isenção.

Você precisa comprovar que está regularizado junto ao INSS, pagando direitinho sua contribuição. As formas de comprovação são contracheque, onde informa o valor recolhido para o INSS, para o caso de autônomo, empresário e profissional liberal, é necessária a declaração do INSS que demonstre recolhimento mensal chamada de DRSCI obtido pela internet no site ou direto em uma agência da Previdência Social. Caso você não se enquadre em nenhuma das situações acima, você deve preencher uma declaração sob as penas da lei de não ser contribuinte do INSS. O próximo passo é buscar a isenção junto à SEFAZ, eles serão os responsáveis pela isenção do ICMS e do IPVA. Você também preenche formulários para solicitar a isenção, protocolar e então aguardar o parecer. Essa isenção é mais complicada, pois apenas pessoas com limitação específica como paraplegia, é que possuem o direito para a isenção do IPVA. Verifique o laudo pericial do DETRAN primeiro e veja se você se encaixa nesse perfil. Sobre

a isenção do ICMS também há um detalhe que é importante saber: ela é limitada à potência dos motores. Por exemplo, comprar um carro com motor a partir de 2.0 já torna a isenção desfavorável ao comprador, isso dificulta bastante o acesso de motoristas com deficiência a modelos tecnologicamente mais avançados.

Consegui as isenções e a habilitação e agora? Parabéns! Agora é hora de buscar a melhor concessionária. Você deve conhecer quais marcas possuem melhor custo/benefício. Lembre-se da especificação do DETRAN em seu laudo e sua CNH, pois, numa blitz, vai ser a primeira observação que eles irão fazer. Anteriormente, dependíamos apenas de carros importados para encontrar câmbio automático, felizmente hoje, você pode encontrar o câmbio automático em vários carros considerados populares e em valores mais interessantes ao seu bolso. Com todas essas isenções e a busca pela melhor concessionária você pode conseguir um carro novo até 25% mais barato. Se você será o condutor e especialmente com dificuldade nos membros inferiores, por não ter forças para pisar nos pedais do freio e do acelerador, a empresa Entre em contato: Autoescola Caçula (85) 3245.1000 Autoescola Barcelos (85) 3472.5262 Cavenaghi (11) 2380.3050

paulista CAVENAGHI trabalha na confecção de diversos tipos de adaptadores, de acordo com a necessidade do condutor. O mais conhecido é o acelerador e freio manual, um tipo de alavanca que ao puxar, aciona o pedal do acelerador colocando o carro em movimento. E a mesma alavanca quando empurrada, aciona o pedal do freio para parar o carro. O valor para adquirir essa adaptação é a partir de R$ 1.500,00, mas, felizmente, é algo que você compra apenas uma vez. Você troca de carro e pode retirar a adaptação e colocar no novo sem problemas. Outra informação importante é a necessidade de ter o cartão para estacionamento para pessoas com deficiência. A Autarquia Municipal cadastra sua CNH no sistema e assim você recebe o cartão que facilita o acesso para estacionar nas vagas especiais e mesmo que você tenha identificado o carro com adesivo internacional de deficiência, a autarquia não libera o estacionamento e é passível de multa se não tiver o cartão. Para isso, basta levar originais e cópias de comprovante de endereço, CNH e laudo médico com o CID10 (código internacional da doença). Para toda renovação é necessário levar essa documentação. O veículo para a AMC não importa, contanto que quando o agente solicitar, o condutor apresente o cartão comprovando que ele ou alguém em seu carro é pessoa com deficiência.

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