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ARTIGO A música na adoração

A música na adoração

ESTAMOS INICIANDO UMA SÉRIE DE ESTUDOS sobre o uso da música na “Adoração” e esperamos que você nos acompanhe nas próximas edições, refletindo no que Deus almeja de nós, no Ato de Adorá-Lo em sua forma e atitudes diariamente por meio da música e com o nosso viver diário.

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Embora a primeira citação bíblica envolvendo a música esteja em Gênesis 4:21, referindo-se a Jubal como o pai de todos os que tocam harpa e flauta, encontramos o primeiro ato de adoração que foi com ação de graças envolvendo um grupo vocal e instrumental quando os filhos de Israel foram libertos dos egípcios, após a travessia do Mar Vermelho. “Israel viu o grande poder que o Senhor exercera contra os egípcios. O povo temeu o Senhor, e passou a confiar nele e em seu servo Moisés. Então Moisés e os israelitas cantaram este hino ao Senhor. Cantarei ao Senhor, porque ele venceu maravilhosamente. Lançou nas profundezas do mar o cavalo e o seu cavaleiro! O Senhor é a minha força e a minha canção; Ele é a minha salvação! Ele é o meu Deus; por isso cantarei louvores a ele. Ele é Deus de meu pai; por isso eu o exaltarei. Então Miriã, a profetiza, irmã de Arão, tomou um tamborim e começou a dançar, acompanhada pelas mulheres.” Ex 14:31; 15:1, 2 e 20).

No período dos reis, com a construção do templo, Davi separa músicos para dedicarem tempo integral para prestarem adoração a Deus. “Davi também deu ordem aos líderes dos levitas para organizarem um grupo de cantores e instrumentistas, seus parentes, e eles deviam tocar bem alto e com muita alegria os instrumentos como alaúdes, harpas e címbalos sonoros.” - (I Cr 15:16).

O livro dos Salmos tem sido chamado através das gerações como “Hinário de Israel”. Eles eram cantados em sequências singulares, seguindo os sacrifícios, matutinos e vespertinos, em dias de semana

designados. Eram acompanhados por uma enorme orquestra.

Os Salmos oferecem três tipos de expressões de adoração que exemplificamos a seguir para que você possa, motivados por eles, adorar único Deus merecedor de toda a nossa adoração: Louvor - Sl 147:1 “Aleluia! É maravilhoso cantar louvores ao nosso Deus; é bom e agradável louvá-lo.” Petição – Sl 80:1,2 “Ouça-nos ó Pastor de Israel, que conduz José como um rebanho; Ó Deus cujo trono fica acima dos querubins, mostre ao mundo a sua glória”; Ação de Graças – Sl 116:1 “Eu amo o Senhor, porque Ele sempre me ouve e atende às minhas orações”.

NADIR FERREIRA QUADRA Bacharel em Música Sacra, Mestre em Música com especialização em Terceira Idade pelo STBSB

Família hospedeira

PROJETO DÁ PERSPECTIVA AOS JOVENS QUE NÃO CONSEGUIRAM A REINTEGRAÇÃO COM SUAS FAMÍLIAS BIOLÓGICAS E QUE ESTÃO FORA DO PERFIL DE ADOÇÃO

O CONVÍVIO SOCIAL É UM DIREITO DE TODOS, mas hoje a realidade de muitas crianças e adolescentes no Brasil é viver sem perspectiva de adoção e de ter acesso ao ambiente familiar. Pensando em mudar a realidade desses menores que estão em entidades de acolhimento institucional, proporcionando o direito à convivência familiar e comunitária, a comarca de Pindamonhangaba por meio de Portaria da Infância e Juventude criou o projeto Família Hospedeira. Criado pelo juiz Alessandro de Souza Lima, o projeto possibilita o cadastramento de famílias interessadas em retirar as crianças das entidades temporariamente, a fim de participarem de eventos esportivos, religiosos, comemorativos, recreativos, tais como aniversário, natal, réveillon, páscoa, passeio ou eventos aos finais de semana e feriados em geral. Esse tempo de convivência, a fixação de laços de afinidade e afetividade pode implicar no apadrinhamento, guarda, tutela ou adoção.

A intenção é dar uma perspectiva diferente aos jovens que não conseguiram a reintegração com suas famílias biológicas e também estão fora do perfil de adoção.

Segundo pesquisa realizada no ano de 2003 pelo do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, existem cerca de 80.000 crianças e adolescentes vivendo em entidades de acolhimento no Brasil, sendo 61% entre 7 e 15 anos.

O Cadastro Nacional de Adoção (CNA), criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em abril de 2008, revela que o percentual de interessados em adotar crianças com cinco anos é de apenas 9,10%. Com seis anos de idade, o índice de interessados chega a 3,12% e com até sete anos chega a 1,66%. A proporção cai para menos de um por cento - 0,80% - para crianças com mais de oito anos. “Para viabilizar um instrumento de aproximação entre famílias, crianças e adolescentes é que foi criado o família hospedeira, e esse projeto tem produzido resultados expressivos e emocionantes. Um exemplo é o de três irmãos com idades de 16, 14 e 12 respectivamente. Eles estavam em entidade de acolhimento há vários anos e graças ao projeto uma família cadastrada veio a pedir a guarda e ajuizou ação de adoção dando nova vida a esses adolescentes que não tinham até então qualquer perspectiva favorável”, conta o juiz Alessandro de Souza Lima.

A estatística também é amplamente favorável. O projeto foi lançado no mês de março de 2008, ocasião em que as duas entidades de acolhimento da comarca de Pindamonhangaba tinham 43 crianças e adolescentes, entre os quais 15 sem possibilidade de reintegração familiar ou adoção.

Quatro anos depois, em março de 2012, a avaliação do Setor Técnico do Juízo apontou a redução do número de crianças e adolescentes acolhidos nas entidades de 43 para 29, bem como daqueles sem qualquer perspectiva de reintegração ou adoção de 15 para 6.

Aprendizado teológico

ATÉ QUE PONTO O CONHECIMENTO AUXILIA NO RELACIONAMENTO COM DEUS

ALGUMA VEZ VOCÊ JÁ SE QUESTIONOU sobre a importância do aprendizado teológico? Já se perguntou também sobre a questão do chamado de pastores e líderes que exercem ministério e são responsáveis por ensinar o caminho de Deus para a igreja?

Que o conhecimento é importante, todo mundo sabe. Mas até que ponto ele pode auxiliar o nosso relacionamento com Deus? O conhecimento não enfraquece a fé; pelo contrário, auxilia o relacionamento com Deus e produz muita dependência dEle também.

O pastor Elias Naline Shumiski, Vice-presidente da Comunidade Igreja Evangélica do Brasil e Reitor da Universidade Evangélica do Brasil, explica que o aprendizado teológico pode ser analisado observando-se dois aspectos: conhecimento necessário para ensino da palavra e conhecimento da verdade que ensina o caminho para a vida eterna.

“Paulo, quando escreve sua segunda carta a Timóteo no capítulo 2 e verso 15, diz: ‘Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade’. Para aqueles que desejam o episcopado - e boa coisa é desejar - faz-se necessário conhecer bem a palavra para que o desempenho na obra do Senhor no cumprimento deste chamado seja segundo a Sua vontade, que é boa, perfeita e agradável para as nossas vidas. E no segundo aspecto, está relatado no livro de Oséias capítulo 4 e verso 6 que o povo do Senhor foi destruído porque lhe faltou conhecimento da palavra de Deus. Em nossos dias muitos têm sido destruídos pelo único fato de rejeitarem, e alguns de aceitarem, mas desconhecerem a verdade da palavra de Deus. É importante e necessário, que todos busquem o conhecimento desta verdade que é um manual para esta vida e que nos mostra o caminho para a vida eterna”, explica.

Deus deixa claro em sua palavra a importância do conhecimento. Mas será que o conhecimento teológico pode ser aplicado para todos? Para o pastor Shumiski, todos deveriam estudar teologia. “A teologia é o estudo de Deus e da Sua vontade. Não existe um ser humano sequer que não precise conhecer a Deus e qual a sua vontade para nossas vidas. Com certeza muitas coisas seriam diferentes se em primeiro lugar as pessoas buscassem conhecer a Deus”, afirma o pastor Elias Shumiski.

O cristão deve se apegar ao

conhecimento das verdades bíblicas. No texto de Hebreus 2:1, Deus nos orienta em sua palavra para atentarmos para a verdade (palavra) para que em tempo nenhum nos desviemos dela.

“No livro de Josué 1:8 a palavra de Deus nos diz: ‘Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido’. O segredo para ser próspero e bem sucedido é o conhecimento das verdades bíblicas”, afirma.

Para aueles que ensinam, o estudo da palavra de Deus se faz ainda mais necessário.“O propósito principal do estudo teológico é o de conhecer a palavra de Deus de forma mais aprofundada e sistemática, no entanto aqueles que exercem funções de liderança eclesiástica ou que queiram desempenhar profissionalmente a função de docentes ou especialistas na área devem buscar a formação teológica. Hoje existem também diversos cursos voltados para a formação cristã em muitas Universidades, Faculdades e Institutos Teológicos. O importante é que essas instituições tenham como norte a orientação para a palavra do Senhor”, alerta o pastor Shumiski e enfatiza a questão do ensino. “A liderança pastoral passa por um momento de falta de credibilidade ética, moral e até mesmo de desconhecimento em como agir e lidar com as pessoas, portanto, é preciso sim o aprofundamento do estudo da ética cristã, da educação cristã, da liderança cristã, mas tudo isso é

parte e consequência do estudo da palavra de Deus”.

Outro fator importante do conhecimento é saber lidar e esclarecer sobre temas que hoje confundem e estão cada vez mais presentes em ambientes que se denominam cristãos.

“É importante saber que muitos têm distorcido a verdade da palavra de Deus. O estudo de seitas e heresias como parte da formação teológica, por exemplo, tem por objetivo mostrar estas distorções da palavra”.

Se tomarmos como base os indicadores de leitura do brasileiro em geral, temos argumentos para dizer que pouco se lê. Para se conhecer a Deus e a Sua palavra é importante ouvir sermões, palestras, etc., mas o mais importante de tudo isto é a leitura constante da palavra e a busca incessante por intimidade sincera e verdadeira com Ele.

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