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NEGÓCIOS O cristão e as leis
from Revista Movimento Gospel 5
by knks
O cristão e as leis
“DAÍ A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR, E A DEUS O QUE É DE DEUS” MC 12:17
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O ENSINAMENTO DE JESUS NO EVANGELHO de Marcos deixa claro que o cristão deve obediência às leis dos homens. Entretanto em um mundo globalizado, um mercado competitivo e o pesado ônus tributário que sufoca as empresas, como obedecer a esse ensinamento deixado por Jesus?
A expressão “Daí a César” traz implicitamente o dever de cumprir as obrigações trazidas pelas leis dos homens, sejam elas de natureza tributária, trabalhistas, cíveis e etc. Todavia, o cumprimento dessas leis deve ser feito de maneira justa e lícita.
Em um país com excessiva carga tributária, e um sistema tributário complexo, pagar tributos de maneira justa e correta, requer do empresário uma visão estratégica para a maximização dos lucros e para a manutenção dos negócios da empresa. Sob esta ótica, o Planejamento Tributário torna-se imprescindível na estratégia e finanças da empresa.
Entende-se como planejamento tributário, a estratégia empresarial que tem como objeto os tributos e seus reflexos na organização, e visa obter economia de impostos, adotando procedimentos estritamente dentro dos ditames legais.
É comum ouvir reclamação de empresas sobre a grande quantidade de tributos. Mas qual tem sido a atitude destas para buscar aquilo que é justo na arrecadação desses impostos?
O primeiro passo é o empresário ter uma postura diferente em relação à empresa. Como? Participando mais da vida financeira do seu negócio. Hoje existem vários tipos de tributação, e verificar a forma mais adequada de recolhimento, e se o que é pago é justo, será a primeira ação. Peça orientação ao seu contador, e entenda o sistema tributário em que sua empresa se enquadra. Mudança de postura é participar de todas as transações do seu negócio, e não somente esperar os resultados e lucros dele.
ITAMAR MORANDINI R. JUNIOR Consultor tributário São José dos Campos, SP
Os exemplos que o esporte nos dá
A PRIMEIRA FONTE DE CONSULTA PARA escrever a abertura desta entrevista foi o site do Daniel Dias. No item “Daniel Dias”, ao invés dos tradicionais textos formais de apresentação, o que encontramos é um belo texto dos pais, escrito em 2008 e intitulado “A vida de Meu Filho”. Trata-se de uma emocionante declaração de amor. Mais do que isso, ao ler parágrafo por parágrafo, entendemos os motivos pelos quais esse jovem atleta é um grande vencedor, em todos os sentidos.
Ele nasceu em Campinas no dia 24 de maio de 1988. É torcedor do Corinthians e tem a humildade como um traço de sua personalidade. Perguntei a ele qual nome daria para um filme a respeito de sua vida. A resposta: “Daniel Dias – Atleta Paraolímpico”. Simples assim.
Daniel nasceu sem os pés e as mãos. Filho único, ele é mais do que o orgulho dos seus pais, Paulo e Rosana. “Entre muitas coisas, ele nos ensinou a superação e a motivação. Ele sempre nos surpreendeu com alguma coisa”, emociona-se Paulo. Uma das surpresas é que Daniel também é baterista.
Dos pais, o jovem campeão herdou o respeito às pessoas, a honestidade, a disciplina e amor em tudo o que faz. “Confiança e acreditar que pode realizar todas as coisas, independente de suas “limitações” físicas”, completa o pai.
A estrutura familiar e a confiança em Deus deram suporte para sua preparação. São muitos os títulos. O mais importante deles foi fora da piscina. Em 2009, recebeu o troféu Laureus, espécie de “Oscar do Esporte”, como melhor atleta paraolímpico de 2008. Sua indicação teve como motivo as suas nove medalhas conquistadas durante os Jogos Paraolímpicos de Pequim. Até então, apenas três outros brasileiros haviam recebido este prêmio: Pelé (Futebol, 2000), Ronaldo Fenômeno (Futebol, 2003) e Bob Burnquist (Skateboarding, 2002).
Leia, a seguir, a entrevista com o jovem campeão.
Movimento Gospel_Você já superou os seus principais desafios, já conquistou a maioria dos seus sonhos, já é um dos principais representantes do seu esporte, vai disputar uma olimpíada no Brasil, já recebeu o prêmio Laureus, tem personalidade e humildade, é exemplo de superação e lida bem com a deficiência física. Onde pretende estar, e o que estará fazendo, daqui a 10 anos?
Dias_Acredito que ainda estarei competindo, mas em menos provas e espero estar empenhado ainda mais na luta pelos deficientes e no esporte paraolímpico.
RMG_O roteiro da sua vida daria um belo filme. Se pudesse escolher o nome, qual seria? Dias_Daniel Dias – Atleta Paraolímpico.
RMG_Além de tudo é palestrante. É algo que curte fazer? Dias_Gosto muito de contar a minha experiência e assim poder ajudar os outros.
RMG_O Daniel foi um bom aluno na escola? Dias_Fui como qualquer outro. Às vezes fazia uma “baguncinha” básica, mas nada além do normal.
Acredite em seu sonho e em seu potencial. Coloque nas mãos do Senhor Jesus e dedique-se no que faz, fazendo como se fosse para Ele
RMG_A maioria das pessoas que convivem com você sabe da ligação que tem com os seus pais e o quanto eles sentem orgulho e te incentivam. Eles também costumam chamar sua atenção quando não vence uma prova ou em outras situações? Dias_Sempre me apoiaram, mesmo se eu não ganhasse. Na educação familiar e social sempre me chamaram atenção e me corrigiam.
RMG_Você começou a praticar natação com 16 anos. O que fazia antes disso? Dias_Estudava somente.
RMG_Qual foi a situação mais engraçada pela qual você já passou durante as competições que participou? Dias_Não me lembro de alguma situação assim engraçada, mas no treinamento e na seleção somos muito amigos e sempre brincamos um com o outro, até mesmo com nossas deficiências. É um ambiente bastante amigável e de descontração.
RMG_Tem algum “ritual” ou mania antes das provas? Dias_Gosto de me “bater” e me molhar um pouco, mas sem superstição nenhuma.
RMG_O Hino Nacional Brasileiro é um dos mais belos. Em qual situação, ou pódio, foi mais emocionante ouvi-lo? Dias_Sem dúvida no dia 07/09/2008. Minha primeira paraolimpíada, primeira prova e primeira medalha de ouro e do Brasil nos Jogos Paraolímpicos de Pequim.
RMG_Se não fosse nadador, o que seria ou o que gostaria de fazer? Dias_Talvez estivesse estudando Engenharia Mecatrônica.
RMG_Você tem algum defeito além de ser corintiano? Dias – Ser Corintiano é uma virtude (rsrs).
RMG_Qual é o melhor jogador de futebol pra você? E nadador? Dias_Que eu conheci e vi jogando é o Ronaldo Fenômeno. Como nadador, gosto muito do Michel Phelps e do Cielo.
RMG_Você ainda toca bateria? Deve ter dado muito trabalho, pois bateria é um dos instrumentos mais complicados (para os vizinhos principalmente) no início. Dias_Não tenho tocado mais não. Mas é só por falta de tempo mesmo. No inicio
foi muito difícil lá em casa (barulho...rsrs), mas meus pais não achavam ruim.
Movimento Gospel – Quais músicas e bandas costuma ouvir? Dias_Músicas Gospel. Gosto muito do Hillsong e do Diante do Trono.
Movimento Gospel – O que Cristo representa no seu dia a dia? Dias_Ele é tudo em minha vida. Movimento Gospel – Qual é o mais significativo ensinamento de Cristo pra você? Dias – Ele é Nosso Deus, portanto todos os Seus ensinamentos são importantes.
Movimento Gospel – Qual é a responsabilidade de ser um atleta de Cristo? Dias_Testemunho e levar a mensagem àqueles que ainda não conhecem a Jesus Cristo.
Tenho o prazer de apresentar nesta edição uma das mais belas páginas da História Contemporânea. Num mundo de tantas injustiças, violência e falta de pacificadores, destaca-se a figura do Dr. Martin Luther King Jr. É um personagem que marcou profundamente a luta pelos direitos civis nos anos de 1950 e 1960, mas cuja mensagem e exemplo permanecem até os dias atuais.
Boa leitura!
Exatamente dois meses antes de sua morte, no dia 4 de fevereiro/1968, no púlpito da Igreja Batista Ebenezer, em Atlanta, Martin Luther King Jr. fez um sermão revelando o que gostaria que fosse dito a seu respeito no próprio funeral. Nele, o pastor pediu que não se mencionasse seu Prêmio Nobel da Paz, recebido em 1964, ou nenhuma das outras 300 ou 400 honrarias que recebeu ao longo de sua trajetória. O líder negro ainda especificou para que não fosse citado em que escola ou faculdade ele se formou. King queria apenas que se dissesse que ele tentou sempre estar certo nas questões da guerra. Que buscou alimentar os famintos, vestir os pobres, visitar os presos, amar e servir a humanidade.
Origem e formação Nascido em 15 de janeiro de 1929 em uma família de classe média da Geórgia, filho de um pastor batista ativo na questão dos direitos civis, King pensou em seguir carreira no Direito, buscando uma base intelectual a fim de compreender a filosofia social. Acabou sendo atraído para a vida religiosa. Aluno destacado no seminário na Pensilvânia, descobriu os trabalhos de Hegel e Kant, mas especialmente a doutrina de não-violência de Gandhi, que acabaria sendo seu norte por toda a vida. “De minha formação, eu obtive meus ideais cristãos. Com Gandhi, aprendi minha técnica operacional”, costumava dizer. Em seguida, Luther King partiu para a Universidade de Boston, onde desenvolveria seu doutorado e se casaria com a jovem Coretta Scott. Em 1954, foi nomeado pastor da Igreja Batista da Avenida Dexter, em Montgomery, Alabama. Lá, sua carreira como campeão dos direitos civis teria um início arrebatador.
O sonho da liberdade
“Eu tenho um sonho de que meus quatro filhos um dia viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter.” Trecho do famoso discurso “I have a dream” (Eu tenho um sonho”).
Marcha e sonho No ano de 1955, a recusa da costureira negra Rosa Parks em ceder seu assento no ônibus da cidade a um passageiro branco, deu origem a um boicote liderado por King - que durou mais de 300 dias, mas finalmente obteve, por uma determinação da Suprema Corte, a abolição da segregação racial nos ônibus de Montgomery. Fortalecido, o pastor fundou a Conferência Sulista de Liderança Cristã, e passou a ser citado como referência na busca pela igualdade racial. Na Geórgia, uma das regiões mais segregacionistas do país, o líder comandou um protesto não-violento que acabou sufocado pelas forças locais de segurança pública, em que 3.300 negros foram presos, incluindo King.
Em 1963, cercado por uma imensa legião de adeptos à causa dos direitos civis, Luther King comandou a Marcha pelo Trabalho e pela Liberdade, em Washington, reunindo mais de 250.000 pessoas em frente ao Memorial Lincoln, ocasião em que ele proferiu o seu mais famoso discurso “Eu tenho um sonho”. No ano seguinte foi aprovado o Ato dos Direitos Civis, enviado pelo presidente John Kennedy ao Congresso, banindo a discriminação racial em escolas e locais públicos. Seu trabalho foi reconhecido em 1964 com o Prêmio Nobel da Paz. Aos 35 anos, King tornou-se o mais jovem a receber esta homenagem.
“Aceito o Prêmio Nobel da Paz num momento em que 22 milhões de negros nos Estados Unidos estão envolvidos numa batalha criativa para encerrar a longa noite da injustiça racial”. Palavras de King na cerimônia de entrega do Nobel da Paz, em Oslo, 10 de dezembro de 1964
Aos poucos, ele foi ampliando seus objetivos. Ao mesmo tempo, ganhava mais inimigos, tanto entre brancos segregacionistas como entre negros que acreditavam que a estratégia de não-violência não trazia resultados práticos ao movimento. Recebeu inúmeras ameaças, teve sua casa apedrejada, foi esfaqueado por uma negra com problemas mentais. Posicionou-se contra a guerra do Vietnã e começou a defender a segurança econômica e redução da pobreza. Morte aos 39 anos Martin Luther King planejava um ato em Washington em favor dos negros e brancos massacrados pela pobreza no Sul do país - marco inicial de sua “Campanha das Pessoas Pobres”, nova menina dos olhos do pastor de Atlanta. Chegou a pensar em não voltar mais a Memphis, depois de distúrbios ocorridos ali. Entretanto, decidiu que era necessária uma nova aparição na cidade, mostrando à população local que a não-violência era a melhor arma na luta pela justiça econômica e social. O reverendo se hospedou no quarto 306 do modesto Hotel Lorraine, de um casal de proprietários negros. Ali, naquela noite, estava programado um sermão de King aos trabalhadores. Seria o último discurso do ativista, em que parecia estar pressentindo a própria morte.
“Bem, eu não sei o que virá agora. Teremos dias difíceis pela frente. Mas isso não importa para mim agora porque eu subi ao topo da montanha. Não me importo mais. Como qualquer pessoa, eu gostaria de ter uma vida longa. A longevidade é boa. Mas não estou mais preocupado com isso agora. Quero apenas cumprir a vontade de Deus. E Ele permitiu que eu subisse a montanha. E lá de cima eu enxerguei. Eu enxerguei a Terra Prometida. É provável que eu não entre lá com vocês. Mas quero que vocês saibam esta noite que nós, como um povo, chegaremos à Terra Prometida. Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa. Não temo nenhum homem! Meus olhos viram a glória da vinda do Senhor!” Trecho do discurso proferido, no dia anterior ao seu assassinato.
Em dois atentados anteriores, o
A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio.
reverendo Martin Luther King conseguira escapar por pouco da morte. Mas agora seria diferente. Enquanto conversava com o pastor Jesse Jackson, na sacada do hotel, hoje sede do Museu Nacional dos Direitos Civis, King, com 39 anos, foi atingido por um tiro do rifle de James Earl Ray e não sobreviveu.
Em 1986 foi estabelecido um feriado nacional nos EUA para homenageá-lo, o chamado Dia de Martin Luther King - sempre na terceira segunda-feira do mês de janeiro, data próxima ao aniversário dele. Em 1993, pela primeira vez, o feriado foi cumprido em todos os estados do país.
Quatro décadas depois da militância de Luther King, que resultou no fim das leis raciais nos Estados Unidos, a sociedade sonhada pelo ativista ainda não se concretizou plenamente. A renda das famílias brancas é, na média, muito superior a dos negros. Mas muita coisa também mudou, inclusive na Casa Branca, agora endereço de Barack Obama, o primeiro afro-americano a presidir os Estados Unidos.
Educação para a vida
NA CONTRAMÃO DA MAIORIA DAS instituições de ensino, os colégios pautados pelo cristianismo passam a ser, cada vez mais, protagonistas na construção do caráter do indivíduo. Enquanto a sociedade reflete a respeito do papel da escola e dos pais na educação dos jovens, se percebe a transferência de responsabilidades para os colégios, por conta do mundo a cada dia mais distante de valores.
Não existem estatísticas que comprovem o aumento do número de pais não evangélicos que matriculam seus filhos em colégios com princípios cristãos. Entretanto, isso é mais recorrente do que se imagina. “Muitos pais não cristãos procuram nossas escolas em função do ambiente saudável, da disciplina, do tratamento amoroso e cordial que vivemos, o que não se encontra em muitas instituições de ensino. Atualmente, muitos transferem para a escola a responsabili¬dade de ensinar, formar caráter e até mesmo de evangelizar a criança. Por isso, trabalhamos também com eles, para que assumam a sua parcela na formação do aluno. Os pais estão muitas vezes mais preocupados com questões profissionais e financeiras e acabam passando toda
a responsabili¬dade para a escola.”, afirma Iolene Lima, Diretora Pedagógica da Escola Cristã Batista, de São José dos Campos.
A respeito do foco da preparação, Iolene diz que, além da preparação acadêmica de excelência que a escola cristã deve oferecer – preparando o aluno para o vestibular e para o ENEM – existe a preocupação de prepara-lo para uma vida de diferença na sociedade.
Escola: Reflexo da Sociedade A população mundial vive um triste retrato de um lento processo de degradação social, sendo que nesse ambiente desolador, de violência e de falta de valores, também se encontra o Brasil. O país, apesar do crescimento dos últimos anos, das grandes construções e projetos econômicos, ainda é visto como local de desigualdade e de educação deficitária.
Segundo Iolene, essa situação reflete o universo das escolas. Para ela, a grande maioria reflete o ambiente hostil da sociedade: violência, descaso de autoridades, falta de investimento, falta de alegria e de amor. “Nosso povo vive hoje o resultado daquilo que recebeu durante décadas: formação deficitária e uma mentalidade que foi se esvaziando de valores éticos”.
Para ajudar a reverter esse triste quadro, a educação cristã proporciona não apenas a obtenção de conhecimentos variados, mas sim o de conceder uma visão integrada e coerente da vida, relacionada com o Criador e com os Seus propósitos.
Dentre os principais objetivos da Educação Cristã estão: ensinar o indivíduo a pensar de forma diferente, sendo que a criança precisa analisar as adversidades, descobrir o que acontece e por que acontece e, principalmente, o que ela pode fazer para enfrentar tal situação e qual o propósito de Deus dentro desse contexto. É utilizar os conceitos do saber ser, saber fazer e saber conviver, dentro de uma cosmovisão cristã.
“Todo o processo de educação deve ser visto como um instrumento usado por
Deus para trazer o aluno à comunhão com Ele, fortalecendo-o na caminhada cristã para treiná-lo na semelhança de Cristo, ensiná-lo a agir como Deus age, auxiliando-o a demonstrar qualidades cristãs de caráter, de maneira que ele possa cumprir o propósito de Deus para a sua vida pessoal e vocacional. O seu desenvolvimento e relacionamento com Deus são globais: espiritual, mental, física e socialmente. Dentro desta perspectiva, o aluno é visto como indivíduo possuidor de personalidade e habilidades únicas, que devem ser refletir o caráter de Cristo.”