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Capítulo IV –A Fábrica no Guabirotuba
APÍTULO IV
A FÁBRICANO GUABIROTUBA
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Ahistória da Refrigeração começou há muito tempo, e merece um volume à parte. Foi um desenvolvimento gradual ao longo da década de 50 e 60, sendo significativamente até 1963 quando mudou da Rua Marechal Floriano para novas e modernas instalações no bairro Guabirotuba em 1964.
Era assim quando comecei a trabalhar em 1966. Num dia de expediente normal na Refrigeração Paraná, um ou dois caminhões carregando na Expedição a grande produção do dia (cerca de 100 Refrigeradores com embalagem de madeira!).
Lá no canto, o estacionamento interno com espaço para uns 20 veículos no máximo, mas que eram ocupados por uns 10, apenas para Diretores, Gerentes e Engenheiros.
A maioria dos chefes de departamentos e funcionários ia para o trabalho de bicicleta, motoneta (Vespa, Lambreta) ou ônibus. Entre os veículos, havia um Studbaker antigo, entre outras antiguidades da época (Ford e Chevrolet) e alguns fusquinhas 1300. Lembro que o diretor Industrial, o Dr. August, tinha um fusca 1300 verde abacate, que mais tarde trocou por um “Simca Esplanada” (era um carro de luxo na época, sendo uma nova versão do Simca Chambord). O diretor técnico Dr. Vieira tinha um fusca 1300 azul marinho, que mais tarde trocou, se não me engano, por um Aero Willys. Já o Sergio Prosdócimo tinha um fusca 1300 dourado. Para outras pessoas da diretoria, não lembro que tipo de automóveis eles tinham. Para o restante dos funcionários, havia um bicicletário que comportava cerca de 200 bicicletas.
A rua em frente (Min. Gabriel Passos) não tinha saída para a Av. Salgado filho, devido ao córrego que vem lá da lagoa, e que passava na parte mais baixa da rua e, sobre o qual havia apenas uma tábua para a travessia de pedestresque eventualmente passavam por ali. Que beleza!E só.
A entrada e saída dos trabalhadores, bem como os caminhões de matéria prima e produtos embalados, se dava pela Rua Dionísio Baglioli, (hoje fechada) até a Av. Salgado filho.
Restaurante interno? Nem pensar! Mas havia um Refeitório com aquecedor de marmitas para aqueles que moravam longe e traziam seu almoço, - (Houve um caso curioso de um funcionário – folgado - que foi pego comendo a marmita de outro...), porém, muitos funcionários (inclusive eu) almoçavam em suas casas, já que o horário era de duas horas; da 11h00 às 13h00, o que dava até para tirar uma soneca para quem morava nas proximidades. Andando pela fábrica nesse horário, era comum ver trabalhadores dormitando sobre placas de papelão pelos cantos da fábrica.