Rotary em Acção Edição nº30 Julho/Agosto

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ROTARY em Acção Diretor: Luis Valente

entrevista a joel lopes Reis, bolseiro da FRP

“a Fundação Rotária Portuguesa (…) premeia aqueles que têm a coragem e a perseverança para se manterem em competição”

Edição Nº 30 | Bimestral | Julho e Agosto 2015 | Assinatura 6€

www.rotaryportugal.pt

PÁG. 02 & 03

entrevista ao governador do Distrito 1970, antónio Vaz

“os rotários são cidadãos globais conectados pela amizade e dedicados a serviços comunitários” entrevista ao governador do Distrito 1960, Miguel Real Mendes

PÁG. 08 a 10

Filipe Cortez recebeu Bolsa da FRP em 2011

artista português com exposição individual em nova Iorque

PÁg. 07

transmissão de tarefas do Distrito 1970

teresa mayer representou FRP na cerimónia de tomada de posse de antónio Vaz PÁg. 06

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“todos os rotários têm a oportunidade com o seu exemplo, acção e palavra de tocar, melhor e transformar a vida de um ser humano” VIII Congresso Internacional da síndroma de Cornélia de lange

“É importante que despertemos consciências” “o Rotary club da moita e outros clubes Rotários do nosso País vão apoiar economicamente a vinda de crianças portadoras da doença rara cornélia de Langer à nossa conferência, que de outro modo, por razões económicas, não poderiam participar neste evento.” PÁg. 16


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ROTARY em Acção

editorial

PROPRIEDADE Fundação Rotária Portuguesa MORADA Rua João Machado, 100, 3º Salas 303/304 3001-903 Coimbra DIRETOR Luis Valente COLABORAÇÃO Diamantino Gomes, Filipe Dias, Jorge Humberto Ferreira, Cláudia Martins, Jorge Silva, Manuela Coelho, Ana Lima, Mara Duarte, Ricardo Madeira, Santos Bento e Tiago Alves EDIÇÃO Contexto www.contextoglobal.pt PAGINAÇÃO Kriamos www.kriamos.pt TIRAGEM 6.000 exemplares IMPRESSÃO Diário do Minho (Braga) CONTACTO comissaorelacoespublicasimagem@gmail.com

rotaryemaccao@gmail.com TELEFONES 239 823 145 239 834 348 FAX 239 837 180 NIF 501129081 DEPÓSITO LEGAL 290346|09 PUBLICAÇÃO Nº 125744

Com é o meu primeiro editorial, importa desde já efectuar algumas considerações, para que fiquem registadas para memória futura. Assim cumpre referir que: 1.- Foi para mim uma honra o convite formulado por parte da presidente do Conselho de Administração da Fundação Rotária Portuguesa, Past-Governadora Teresa Mayer, para desempenhar as funções de Director no Jornal “ROTARY EM ACÇÃO”, a qual espero não defraudar bem como a todos aqueles que comigo fazem parte do Conselho de Administração, e que em mim confiaram;

…cada um de nós deve aproveitar esta oportunidade única e ser um presente para o mundo 2.- O jornal “ROTARY EM ACÇÃO “assumindo-se este Jornal como uma plataforma directa de informação rotária nacional, não concorrendo com nenhum outro meio de comunicação distrital ou nacional, reforçando apenas a divulgação da acção de Rotary. Este Jornal assenta numa tríplice vertente; encontra três faces de acção rotária: a da Fundação Rotária Portuguesa e a dos dois Distritos portugueses de Rotary International. 3. As suas páginas deverão estar à disposição do trabalho de todos governadores dos Distritos Rotários 1970 e 1960 , e cuja acção a desenvolver abarcará, em geral, a divulgação das actividades nos campos educativo, científico, cultural, humanitário e social, em apoio ao Movimento Rotário Português . 4.- Não deve ser esquecido que a Fundação Rotária Portuguesa é o maior projecto rotário desde 19 de Abril de 1959, de serviços á comunidade. 5.- Que o movimento Rotário é um movimento de Clubes, pelo que o papel dos Clubes Rotários ( Rotary, Rotaract, Interact) nunca deverá ser esquecido. 6.- Por ultimo, o “Rotary em Acção” ao estar ao serviço da Fundação Rotaria Portuguesa irá permitir divulgar de forma mais ampla e abrangente todas as suas iniciativas bem como as de todos os Clubes Rotários Portugueses. São estes os vectores que pautam a actuação de um Jornal que se pretende jovem e dinâmico, daí se apresentar de uma forma diferente para mais um ano rotário que se inicia e onde é necessário, se não mesmo essencial, atrairmos jovens para os nosso Clubes, pessoas capazes de trazer ideias e sangue novo à nossa organização. Eles são o futuro, como disse Gray Huang – Presidente de R.I. 2014/2015. Pelo que “…cada um de nós deve aproveitar esta oportunidade única e ser um presente para o mundo “ afirmou Ravi Ravindran - Presidente de RI 2015/16. Espero que gostem.

entrevista a joel lopes Reis, bolseiro da FRP

“a Fundação Rotária Portuguesa (…) premeia aqueles que têm a coragem e a perseverança para se manterem em competição”

conversámos com Joel Lopes Reis bolseiro da Fundação Rotária Portuguesa (FRP) através do Rotary club da Feira, desde o ano lectivo 2009/2010. no presente ano lectivo e face ao seu excelente percurso académico, e também por reunir as condições necessárias, a FRP inscreveu-o como merecedor da Bolsa de estudo Pedro ecoffet taborda. É sobre este tema, o seu percurso como estudante, as dificuldades do dia-a-dia e os seus projectos que falámos com este futuro médico, que está completar o último ano de medicina na Faculdade de medicina da Universidade do Porto.


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Que dificuldades sentiu na passagem da Escola Secundária Coelho e Castro, em Fiães para a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto? A transição foi um momento de muitas descobertas. Conhecia minimamente a cidade e o Hospital de S. João onde se insere a faculdade. Os primeiros dias foram de completa desorientação, não conhecia ninguém naquela faculdade, mas não tardei muito a estabelecer alguns contactos (alguns deles amigos até hoje) e a descobrir o local das aulas e onde buscar os apontamentos. Na altura a faculdade adoptava um método curioso de organizar as turmas: agrupava os alunos consoante os códigos postais de onde eram naturais. Isso fez com que eu ficasse com alguns conterrâneos de outras escolas secundárias da região e facilitou a minha integração. A primeira aula de anatomia foi o verdadeiro choque. O anfiteatro Norte cheio, como nunca mais o voltei a ver, felizmente. Seríamos certamente mais de 400 alunos entre “caloiros” e mais velhos. A bibliografia recomendada e a velocidade a que era debitada matéria era simplesmente algo de surreal para alguém acabado de chegar à faculdade. Quem lá estudou rever-se-á certamente nestas palavras. Tive de reajustar os meus métodos de estudo porque é um curso que se baseia muito na capacidade de memorização. Mas as dificuldades servem para ser ultrapassadas e ao fim da primeira época de exames tive a certeza que merecia lá estar e que a minha passagem pelo secundário me tinha preparado adequadamente para fazer face às adversidades. Tem noção de que acabar o Ensino Secundário com média de 19,1 valores o colocou num grupo de estudantes de excelência? Mais do que me colocar num grupo de excelência, a média que obtive reflecte a excelência das pessoas com as quais me cruzei. Tive a sorte de ter um ambiente espectacular e muito propício naquela escola para que os resultados

À margem…

“não deixes que o lugar de onde vens te impeça de ir para onde queres”

surgissem, um ambiente quase familiar. Os professores sempre alimentaram a minha curiosidade e sede de conhecimento e estavam sempre disponíveis. Os meus amigos foram fundamentais pelas dúvidas que me colocavam e que me ajudavam a sedimentar os meus conhecimentos, mas sobretudo pela alegria que partilhavam com as minhas conquistas. É mais fácil vencer a corrida quando se tem uma boa equipa. O meu objectivo foi dar sempre o meu melhor para que pudesse ter um leque alargado de escolhas no final do secundário, e os resultados foram surgindo com naturalidade. Como descobriu a sua vocação para a Medicina? Pergunta difícil. Os meus pais dizem que desde pequeno eu queria ser médico. Eu sempre quis ser muita coisa, ainda hoje sou assim. Adoro botânica, gosto de engenharia, de geologia, e tantas outras áreas. A escolha não foi fácil. Contudo há algo que sempre me fascinou muito, as pessoas. E se há coisa que me deixa feliz é comunicar. A vocação para Medicina foi crescendo desta combinação do desejo pelo conhecimento, de comunicar, sendo que o silêncio é por vezes a melhor estratégia de conversação, e da vontade de contribuir para uma sociedade melhor. Estudar implica sacrifícios. Onde é que um jovem estudante com as suas qualidades académicas arranja forças para durante quase 4 anos, do tempo do seu curso de 6 anos, fazer diariamente os 30 quilómetros (ida e volta) da sua casa à Universidade? Pode parecer estranho, mas tenho saudades desses momentos. Foi nos transportes públicos que fiz alguns dos meus grandes amigos. Além de mais o tempo que despendia na viagem era por vezes o tempo que tirava para mim. Tenho saudades de atravessar a ponte D. Luís e ser bafejado pela magnífica paisagem, todos os dias diferente, todos os dias bela. Aproveitar os 10

No final da entrevista Joel Lopes Reis partilhou o seu lema de vida e deixou sugestões a outros jovens. “Há uma ideologia que me tem marcado ao longo dos últimos anos. Dei explicações a alguns miúdos e penso que lhes falta acreditarem que são capazes de atingir determinados objectivos como outra pessoa qualquer. Os casos de

num minuto Nome Joel Lopes dos Reis Idade 23 Natural Lobão Reside Lobão Hobby Caminhadas e cuidar das minhas plantas Livro preferido “Novos contos da montanha”, Miguel Torga; “Ensaio sobre a cegueira”, José Saramago A minha música é Depende do meu estado de espirito Filme que mais gostei Elysium O meu prato preferido é Polvo à Lagareiro Praia as ilhas cies foram até hoje as praias mais bonitas que já visitei. Normalmente frequento a praia de Miramar. País Tenho um fascínio pelo sul de França e norte de Itália. Férias em um local tranquilo, sem multidões, rodeado de natureza, seja na montanha, de preferência com um curso de água, seja junto ao mar. Adoro um bom pôr-dosol ou um céu estrelado que só estes locais, a maioria das vezes longe dos grandes centros urbanos, permitem e aproveitar para colocar a leitura em dia. Viagem que gostava de fazer Um interrail pela Europa

verdadeiras deficiências intelectuais são raros. Contudo muitas vezes os preconceitos são despejados gratuitamente e nem sempre inconscientemente sobre algumas franjas da sociedade fazem crer que uns nascem mais iluminados que outros. “Não deixes que o lugar de onde vens te impeça de ir para onde queres”. Na minha opinião uma sociedade igualitária não é

minutos de sol no jardim do morro enquanto esperava pelo autocarro ou passear pelas ruas da baixa do Porto. Aproveitava muitas vezes para ler ou preparar as aulas. É certo que por vezes, talvez mais do que aquelas que esta visão nostálgica me permite lembrar, me custava acordar bem cedo, por vezes às 6h00. Mas, isto também me ajudava a ser mais organizado com o meu tempo e felizmente as avaliações concentravam-se sobretudo na época de exames de maneira que não tinha de ir tão frequentemente à faculdade e não despendia tanto tempo em viagens. É bolseiro da Fundação Rotária Portuguesa (FRP) através do Rotary Club da Feira, desde o ano lectivo 2009/2010. Como chegou ao seu conhecimento a possibilidade de usufruir desta bolsa de estudo? Na altura o meu pai encontrava-se desempregado desde o início do meu secundário e foi através da directora da escola a Dr.ª Anabela Pereira, à qual agradeço publicamente por todos os esforço que tomou, que soube da possibilidade desta bolsa. Descobri posteriormente que um dos representantes do clube rotário da Feira era meu conterrâneo, o Dr. Sérgio, ao qual agradeço pela imensa disponibilidade, e entrei em contacto com ele e deu início ao processo de candidatura. Neste ano lectivo 2014/2015, e devido a reunir as condições necessárias, foi-lhe atribuído através da FRP a possibilidade de usufruir de uma Bolsa de Estudo Pedro Ecoffet Taborda. Sente-se de facto um aluno especial? É muito bom ser-se reconhecido pelo trabalho que se realizou ao longo destes anos. O ego e alma também precisam de alimento. Sei que sempre trabalhei muito, por mim e por todos aqueles, sobretudo os meus pais e a minha irmã, que tantas vezes fizeram esforços acima das suas capacidades para que nunca me faltasse nada e o meu percurso seguisse sem percalços. Por isso de facto sinto-me muito especial

aquela que transforma todos em médicos ou leva todos os seus cidadãos à Lua, mas é aquela que torna a linha de partida mais justa para todos. Eu posso sempre decidir não correr, mas essa deve ser uma escolha minha e não uma imposição causada pelas adversidades externas. A Fundação Rotária tem um papel importante porque faz um esforço para diminuir as desvanta-

por tê-los ao meu lado. Sem eles este prémio não seria possível. Este prémio é também um reconhecimento das suas capacidades. De que forma tem contribuído para a sua formação o apoio da FRP? O apoio da FRP foi fundamental nos meus primeiros anos porque me permitiu ter alguma independência financeira que possibilitou comprar o material necessário, participar nas diversas actividades, mas sobretudo que a frequência do ensino superior não representasse uma sobrecarga para o orçamento familiar. A atribuição da bolsa ao longo dos anos foi também uma renovação da confiança que depositaram em mim e um estímulo para que eu continuasse a ser merecedor desses votos. Agora que está no 6.º ano de Medicina e numa altura em que terá de escolher a especialização, que área vai abraçar? Segunda pergunta difícil. A Medicina é uma área muito abrangente. Sei que não me agradam as especialidades cirúrgicas. O bloco operatório não é o local que mais me fascina. A Medicina interna e Medicina geral familiar são áreas que são especiais para mim. A primeira pela diversidade de patologias que aborda. A segunda pela proximidade com as populações na qual se insere e pela globalidade de situações com que se depara. Espero que o ano que me espera enquanto interno do ano comum me ajude a escolher. Projectos para o futuro? Já plantei muitas árvores. Falta-me escrever o livro e ter o filho. De imediato os meus objectivos passam por terminar o curso e posteriormente a especialidade. Gostaria muito de poder trabalhar no estrangeiro por algum tempo, ver outras culturas e outras formas de prestar cuidados de saúde. Gostaria também de me envolver num projecto de voluntariado. Acima de tudo gostaria de fazer alguma diferença, espero que positiva, na sociedade da qual faço parte.

gens de quem quer enveredar por esta corrida e premeia aqueles que têm a coragem e a perseverança para se manterem em competição. Agradeço sinceramente a todos aqueles que sempre fizeram com que eu acreditasse que seria capaz de chegar onde queria. Para os outros, o meu obrigado também porque só me deu ainda mais vontade de correr”.


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Cerca de 350 crianças serão beneficiadas

Projecto do Rotary club da Figueira da Foz coloca em marcha programa de vacinação

o que eles dizem… armindo Carolino

Vice-presidente do conselho de administração da Fundação Rotária Portuguesa

Protocolo importante pelo presente e pelo futuro

Foto de grupo com todos os parceiros do programa de vacinação

O Rotary Club da Figueira da Foz celebrou, recentemente, um protocolo com a Administração Regional de Saúde que tem por objectivo possibilitar que cerca de 350 crianças, com idades entre os 2 e os 5 anos, oriundas de famílias mais desfavorecidas de todo o concelho da Figueira da Foz, tenham a possibilidade de tomar a vacina Prevenar (contra pneumococos que podem gerar patologias como as pneumonias ou a meningite, entre outras). A cerimónia de assinatura do protocolo, que marcou o arranque do processo de vacinação, juntou na Unidade de Saúde de Saúde Pública (pólo

Por iniciativa do governo desde 1 de julho

Vacina Prevenar disponível nos centros de saúde

da Figueira da Foz), os diversos intervenientes, bem como os patrocinadores que “abraçaram” esta iniciativa, nomeadamente a Celbi, Águas da Figueira, Verallia, Carlos Andrade e Associações, Litocar e a Câmara Municipal da Figueira da Foz e ainda os parceiros Pfizer e Farmácia Jardim. Segundo Leão Costa, presidente do Rotary Club da Figueira da Foz, o programa de vacinação custará 17.500 euros e o clube já apurou um terço deste valor. Quanto à verba em falta o rotário manifestouse optimista e frisou «o nosso lema é servir e temos conhecimentos que irão permitir alcançar o financiamento».

Duas semanas após a realização do protocolo o Governo tomou a decisão (1 de Julho) de disponibilizar gratuitamente nos centros de saúde a vacina Prevenar, para todas as crianças nascidas desde 1 de Janeiro deste ano, uma vez que foi integrada no Programa Nacional de Vacinação. A vacina Prevenar previne doenças provocadas pela bactéria pneumococo, como a pneumonia, meningite, otite e septicemia, entre outras. O esquema de vacinação recomendado fica completo com três

José Faria, responsável do pólo da Figueira da Unidade de Saúde Pública avançou que as crianças que vão beneficiar da vacina já estão referenciadas graças ao trabalho realizado pelas unidades de saúde do concelho. Por seu lado, António Tavares, vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz manifestou que a Autarquia «tem responsabilidades na acção social e em subsidiários na área da saúde», recordando que estão «atentos», às dificuldades no concelho e por isso, se aliaram a este programa.

doses da vacina, devendo ser administrada aos dois meses, quatro meses e 12 meses. Além das crianças, a Prevenar 13 é igualmente gratuita para “os adultos com doenças crónicas e considerados de alto risco, nomeadamente os portadores do vírus VIH e de certas doenças pulmonares obstrutivas, além do cancro do pulmão”. Para a restante população, nomeadamente os adultos e as crianças nascidas antes de 1 de Janeiro deste ano, o Estado vai comparticipar 15% do custo da vacina.

“Entendemos que é muito importante este protocolo não só pelo presente como pelo futuro, porque na realidade há um conjunto de crianças que de outra maneira não teriam acesso a esta vacina. Além disso o Rotary Club da Figueira da Foz conseguiu que a Fundação Rotária Portuguesa se juntasse a um conjunto de excelência de parceiros que dão a garantia de futuro. O investimento é de 17.500 euros e um terço da verba para dar andamento a esta campanha de vacinação das 350 crianças, que irão receber a vacina de forma gratuita, já está conseguida. Possivelmente a Fundação Rotária Portuguesa nos anos que se seguem se o clube apresentar, um novo projecto em cada ano, com certeza que gostará sempre de enfileirar ao lado desses parceiros de excelência. O Rotary Club da Figueira da Foz tem um historial

em relação à Fundação Rotária Portuguesa primeiro, porque a primeira sementinha de todas foi lançada em 1955 na IX Conferência Distrital. E, depois, por que a Figueira da Foz, ao longo destes 56 anos, tem estado sempre representada nos corpos sociais da FRP por companheiros de excelência. Inclusivamente, nos tempos mais modernos, a Fundação tem vindo a modernizar a sua maneira de estar e a realização da acção junto das comunidades através dos clubes com uma modernidade a que não é alheia ao nosso companheiro Nogueira dos Santos, que até há bem pouco tempo esteve nos corpos sociais da Fundação. Sem esquecer os outros companheiros que por lá passaram a começar pelo companheiro Rodrigo Santiago, que foi fundador e pertenceu aos primeiros corpos sociais”.

josé antónio Nogueira dos santos

Past-administrador da Fundação Rotária Portuguesa; elemento do Rotary club da Figueira da Foz

“Projecto ‘bandeira’ do Rotary club da Figueira da Foz” É um projecto de grande envergadura devido ao impacto que tem ao nível do concelho da Figueira da Foz. É um projecto de mobilização de diversos parceiros, e nomeadamente com candidatura à Fundação Rotária Portuguesa, o que levou a que outros parceiros e empresas também aderissem. É definitivamente um projecto que tem um impacto para além do ano rotário em causa. É um projecto do Rotary Club da Figueira da Foz independentemen-

te dos anos rotários, pois vai prolongar-se. Tem um montante elevado em termos financeiros, mas já se conseguiu arranjar os patrocínios para assegurar este primeiro ano de vacinação e, naturalmente, irá continuar a mobilizar no próximo ano rotário, e nos seguintes, todos os membros do clube no sentido de levar este projecto ambicioso a cabo. É um projecto ‘bandeira’ do Rotary Club da Figueira da Foz.


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Candidatura a projectos de apoio da Fundação Rotária Portuguesa

Rotary club de Palmela prepara apoio para famílias carenciadas

Visita do RC Palmela à Santa Casa da Misericórdia de Palmela acompanhada pelo past-governador D. 1960 António Mende

Rotary em Acção divulga um novo projecto enquadrado no âmbito do novo regulamento de candidatura a projectos de apoio da Fundação Rotária Portuguesa. Falámos com Jaime Filipe Borges Puna, past-presidente do Rotary Club de Palmela e responsável por acompanhar o projecto “Apoiar Famílias Carenciadas da Santa Casa da Misericórdia de Palmela” que está a ser implementado pelo Rotary Club de Palmela. O projecto enquadra-se na ênfase “Combate à Fome e à Pobreza”.

O RC de Palmela desde a entrada em vigor do novo Regulamento de Candidatura a Projectos de Apoio à Fundação Rotária Portuguesa é a primeira vez que vê um projecto ser aprovado? Qual a expectativa? Sim. A expectativa é a maior possível, pois o club prtende, com este apoio, apoiar as famílias mais carenciadas que recorrem à Santa Casa da Misericórdia de Palmela para verem as suas necessidades básicas de alimentação satisfeitas. O projecto prevê a realização de um evento de cariz cultural, neste caso um espectáculo, aberto a toda a comunidade, cuja receita reverterá para a acção social da Santa Casa da Misericórdia de Palmela. Como está a decorrer a sua preparação? Está a correr bem, embora haja algumas dificuldades logísticas de espaço e meios adequados, mas vai tudo correr pelo melhor.

Para concretizar este projecto têm parcerias? Contamos com alguns parceiros económicos locais. As famílias a serem apoiadas já estão identificadas? A Santa Casa da Misericórdia de Palmela tem essas famílias identificadas. Sim. A área do Combate à Fome e à Pobreza é prioritária para o clube ou consideram apresentar candidaturas noutras, como por exemplo o apoio a jovens estudantes carenciados, através da atribuição de bolsas de estudo? A área do combate à fome e à pobreza é uma das prioridades do club mas, naturalmente, existem outras duas igualmente importantes: o acesso a cuidados básicos de saúde e o acesso à educação. O apoio a jovens carenciados através das bolsas de estudo é uma das hipóteses a ser considerada nesta última área de actuação que indiquei.

espectáculo realizou-se no grande auditório do CCB

Vídeo da Gala de Ópera Laureados do concurso de canto Lírico já está editado Já pode ser visitado no site http://www.rotaryportugal.pt/2015-2016/index/index.html o vídeo promocional da Gala de Ópera – Laureados do Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa (FRP) que teve lugar em Maio, no grande auditório do CCB – Centro Cultural de Belém. O vídeo reúne, em pouco mais de três minutos, alguns dos momentos mais significativos da gala, que juntou no palco os jovens cantores Bárbara Barradas (soprano), Marina Pacheco (soprano), Cátia Moreso (meiosoprano) e João Terleira (tenor), acompanhados da Orquestra Clássica do Sul, sob direcção do maestro Rui Pinheiro. O espectáculo teve uma componente solidária pois o objectivo foi o da angariação de fundos que serão aplicados na realização do 9.º Concurso de Canto Lírico da FRP em 2016. Para Teresa Mayer, presidente do Conselho de Administração da Fundação Rotária Portuguesa, «o concurso de Canto Lírico integra a acção cultural da instituição e é promovido desde 2007, com a colaboração da Escola de Música do Conservatório Nacional». Esta iniciativa já conta «oito edições nacionais, com provas realizadas em diversas cidades do País, e duas edições internacionais».

gala foi divulgada no IFRM

A edição de Julho de 2015 do IFRM – International Fellowship of Rotarian Musicians traz uma alusão à recente (Maio 2015) Gala de Ópera – Laureados do Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa (FRP) que teve lugar no Centro Cultural de Belém. A notícia no IFRM tem origem em Maria João Melo Gomes, do Rotary Club de Parede-Carcavelos, e IFRM Country Chair of Portugal. O texto, em inglês, de Jean-Louis Nguyen Qui vice-chair/Europe and Asia, que traduzimos refere o início do concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa e a importância que tem registado, nomeadamente, ao apoiar os «jovens cantores portugueses a embarcar em carreiras musicais». E acrescenta «em co-produção com o CCB, esta Gala de Ópera provou ser outro sucesso deste ano. Sob a direcção do Maestro Rui Pinheiro, chefe da Orquestra Clássica do Sul, quatro laureados cantores interpretaram árias de óperas a solo e em conjunto. Além de se ouvirem uma variedade de belas vozes, o evento gerou vendas de bilhetes suficientes para assegurar que haverá financiamento suficiente para a nona edição desta competição no próximo ano», acrescenta.


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Primeira Dama de Moçambique visitou associação Raríssimas

teresa mayer acompanhou visita de D.

A Raríssimas – Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras, com sede na Moita (Seixal), acolheu, recentemente, a visita da primeira Dama de Moçambique D. Isaura Nyusi. A visita inseriu-se no âmbito da preparação de uma colaboração entre a associação e Moçambique e pretendeu dar a conhecer a sua acção no terreno. Teresa Mayer, presidente da Fundação Rotária Portuguesa (FRP) representou a instituição no encontro que teve lugar na Casa dos Marcos, no que foi acompanhada por Afonso Malho, governador indicado D. 1960 ano 2017-2018, que representou o

seu clube, Rotary Club da Moita. A anfitriã Paula Cristina de Brito Cardoso da Costa, presidente da associação, sublinhou no encontro que a «instituição está evidentemente disponível para a ajudar [à primeira Dama de Moçambique] nas causas que decidiu abraçar, assumindo simplesmente que levará no peito as crianças afectadas com doenças menos frequentes que se cruzaram com V.ª Ex.ª hoje na Casa dos Marcos». Por seu lado, a primeira Dama de Moçambique, D. Isaura Nyusi, após a visita e a reunião com a direcção da associação, tida como uma re-

ferência no nosso país na sua área de actuação, e escolhida para reforçar a cooperação bilateral entre os dois países, manifestou-se emocionada com esta experiência principalmente com a visita à Unidade de Cuidados Continuados. Sublinhou que gostaria de «permitir a todos os moçambicanos com as mesmas carências e portadores de uma doença rara terem acesso a estes cuidados». Mulher de causas D. Isaura Nyusi sustentou que «só com a tolerância, solidariedade, união e trabalho podemos construir o nosso país».

Teresa Mayer (a segunda à esquerda) representou a FRP na visita de D. Isaura Nyusi à Rarísismas

transmissão de tarefas do Distrito 1970

teresa mayer representou FRP na cerimónia de tomada de posse de antónio Vaz O auditório do Conservatório de Música de Coimbra acolheu a cerimónia de transmissão de tarefas do Distrito rotário 1970. A sessão abriu com curtas mensagens de boas vindas por Fernando Laranjeira (Governador do Distrito 1970, 2014-2015); Fernando Regateiro (presidente do Rotary

Club de Coimbra) e Teresa Mayer (presidente da Fundação Rotária Portuguesa). A presidente da FRP, na curta intervenção proferida destacou que «ser rotário, ou rotária, é defender valores que hoje uma parte da sociedade rejeita e outra ignora. Trabalhar dentro e para esta sociedade é um

Teresa Mayer, presidente do Conselho de Administração da Fundação Rotária Portuguesa

acto de coragem. Por isso, em meu nome e em nome da Fundação Rotária Portuguesa peço-vos que não deixem de ser corajosos. Podem contar com a Fundação Rotária Portuguesa para vos continuar a apoiar». No encontro, que decorreu sob o lema do ano rotário 2015-2016 “Seja um presente para o Mundo”, foi anunciado António Melo como coordenador de Rotary Kids do Distrito 1970 no ano 2015-2016; os represen-

tantes de Rotaract fizeram também a respectiva troca de emblemas com Ricardo Laranjeira a passar o testemunho a Rosana Diaz; e foi anunciada a nova equipa distrital de Interact, com Inês Portela a passar o testemunho a José Torres. O ponto alto do encontro foi a transmissão de tarefas e respectiva troca de emblemas entre o governador Fernando Laranjeira e o governador eleito António Vaz.


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Rotary club de torres Vedras realizou rastreios visuais na Feira de S. Pedro

artista português Filipe cortez com exposição individual em nova Iorque

Como tem vindo a acontecer nos últimos anos, o Rotary Club de Torres Vedras marcou presença na Feira de S. Pedro, que decorreu entre os dias 25 de Junho e 5 de Julho e se assume como a maior mostra agro-industrial e comercial da região oeste. O clube esteve presente com um stand no qual se efectuaram rastreios visuais de forma gratuita. Esta participação foi possível graças a uma parceria estabelecida há alguns anos com o Oculista Central Torreense, que disponibiliza os equipamentos e técnicos necessários, permitindo ao Rotary Club de Torres Vedras fazer uma boa prestação de serviços na sua comunidade.

O artista plástico português Filipe Cortez, de 29 anos, que em 2011 recebeu a primeira bolsa de pintura da Fundação Rotária Portuguesa, realizou a sua primeira exposição individual na galeria Department of Signs and Symbols, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, uma mostra que esteve patente até 29 de Julho. Com o titulo “Disenchantment”, Cortez exibe o trabalho efetuado durante uma residência artística feita na cidade, em que criou uma série de “fósseis” de objetos abandonados nas ruas de Nova Iorque. “Apresento uma série de objetos ‘mortos’, grande parte deles feitos em gesso e pintados a acrílico como uma espécie de arquivo do lixo que ia encontrando. Ao mesmo tempo, acompanha uma pele, feita em látex, do verdadeiro objeto, agora de paradeiro desconhecido, que devolvo ao local original de recolha depois de copiado”, explicou o artista. A ideia para o trabalho surgiu quando o artista chegou a Nova Iorque e percebeu que os residentes da cidade deixavam móveis e outros objetos nos passeios, para serem colocados no lixo ou reutilizados por outros. Através deste processo de duplicação, Cortez cria pe-

ças que são distintas dos objetos iniciais, mas que mantêm muitas das suas propriedades originais, quase como se fossem resíduos de uma vida passada, evidenciando a passagem do tempo e processo de deterioração. Na mesma exposição em Nova Iorque, Cortez apresenta outro trabalho: uma intervenção no local em que “contamina” uma parede com pó de grafite, fazendo

artista natural do Porto recebeu há quatro anos a primeira bolsa de pintura do Rotary Club Portugal e, em 2013, o 9º Prémio amadeo de souza-Cardoso um comentário sobre degradação urbana. “As reações tem sido muito boas, de todos os projetos que tenho estado envolvido, tendo sido já objeto de varias notícias”, disse Cortez. Uma publicação nova-iorquina, a “Wall Street International”, escreveu sobre o artista dizendo que “cria alegorias visuais para a experiência vivida - da história,

lugar, memória e corpo.” “O seu trabalho é uma comemoração de uma vida passada ao mesmo tempo que cria fósseis do futuro; cria uma linguagem artística através da exploração da beleza subtil da deterioração, decomposição, desencantamento e ruínas”, acrescenta. Cortez nasceu no Porto e licenciou-se em Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, a mesma escola em que terminou um mestrado em pintura. Em 2011, recebeu a primeira bolsa de pintura do Rotary Club Portugal e, dois anos depois, venceu o 9º Prémio Amadeo de SouzaCardoso. Nos últimos anos, a exploração de vários meios artísticos, como desenho, pintura, escultura, instalação e performance, tem-se tornado cada vez mais frequentes no seu trabalho. Em fevereiro deste ano, chegou a Nova Iorque para fazer uma residência artística na Residency Unlimited de seis meses. Durante esse tempo, deu uma palestra na School of Visual Arts aos alunos de mestrado de curadoria, esteve presente na feira de arte NEWD e inaugurou uma instalação na Ilha dos Governadores.

Rotary club de mafra ofereceu roupa e refeições aos sem-abrigo em Lisboa Na noite de 17 de Julho, 15 voluntários do Rotary Club de Mafra levaram a cabo mais uma jornada de solidariedade e apoio, desta vez através da distribuição de roupas, refeições quentes, sandes, bolos, fruta e leite aos sem-abrigo que pernoitam na zona da Gare do Oriente, em Lisboa. Durante algumas horas, estes voluntários contribuíram

tias, sofrimento e isolamento com vocês!“ O reconhecimento crescente das suas acções na comunidade dá força aos voluntários, bem como a sensação de estar a cumprir os objectivos traçados e a conseguir dar uma boa resposta às necessidades dos sem-abrigo. Nesta acção, o Rotary Club de Mafra contou com o apoio

para atenuar o sentimento de solidão, exclusão social e humana em que estas pessoas vivem, tendo alcançado um resultado bastante positivo, que se traduziu na sua reacção de gratidão: “Quando voltam? Obrigado pela vossa ajuda…. Gostamos de conversar e partilhar as nossas angús-

de várias empresas, nomeadamente: Creche Os Marujos; Pastelaria Basílica; Pastelaria Convento; Pastelaria Sol; Pastelaria Super Doce; Talho O Caseiro; Restaurante Convívio e Restaurante Paris, que contribuíram entregando os alimentos necessários à realização desta actividade.


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entrevista do governador ao Distrito 1970, antónio Vaz

“os rotários são cidadãos globais conectados pela amizade e dedicados a serviços comunitários” Há 15 anos no movimento rotário, António Vaz assume este ano o papel de Governador do Distrito 1970. Com ideias muito próprias, mas sempre fundamentadas nos sentimentos que o movem, António Vaz defende a essência do Rotary como base para mais um ano de dedicação ao próximo, serviços à comunidade e apoio a causas internacionais.


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Há quantos anos está em Rotary? Qual é a sua experiencia? Estou em Rotary há cerca de 15 anos. Foi uma história engraçada. A minha adesão ao Rotary ocorreu na sequência de um convite para fazer uma “palestra” no Rotary Club de Coimbra, logo eu que não gosto de palco nem de microfones. Porém, as minhas tentativas de recusa não tiveram sucesso. Assim, comecei a preparar uma apresentação relacionada com a minha actividade profissional que me tomou muitas horas de trabalho, como se fosse defender uma tese de mestrado. No dia aprazado, lá estava eu, e foi com agradável surpresa que reconheci naqueles ”génios e sábios de Coimbra”, pessoas genericamente maravilhosas de grande simplicidade e afec-

to. Passado algum tempo, o amigo que me tinha convidado para fazer a tal “palestra” informou-me: “António Vaz, você entrou em Rotary”. Obviamente que eu fiquei, mais uma vez, surpreso, quanto

entrei para o Movimento Rotário porque foi um espaço onde encontrei pessoas, de variados graus de conhecimento, culturas e credos que se respeitam entre si e no mesmo patamar humano mais não fosse porque eu não tinha solicitado tal nem tal me passaria pela cabeça e respondi que não aceitava, por várias razões de índole pessoal, profissional e familiar. Porém, com frequência, à quinta-feira, recebia um telefonema desse meu Amigo a informar-me que iria realizar-se mais uma reunião, de companheirismo ou com palestra e a convidar-me para tomar um café e participar, a que eu, algumas vezes acedia. Aos pouco, fui percebendo o que faziam, como faziam e percebendo que eram pessoas de bem, com mais ou menos conhecimento em áreas muito diversas e que dedicavam um pouco do seu tempo a fazer bem, o “bem”. Acabei por aderir! Desde então, o Rotary passou a ser mais um compromisso na minha vida. Acrescentei mais um pequeno pilar à estrutura que suporta as nossas vidas. À vertente familiar, profissional e social, adicionei mais uma – um pouco de tempo para o Rotary. O que destaca do movimento e dos últimos anos enquanto rotário? Entrei para o Movimento Rotário porque foi um espaço onde encontrei pessoas, de variados graus de conhecimento, culturas e credos que se respeitam entre si e no mesmo patamar humano, discutindo entre si e defendendo diversos pontos de vista, davam as mãos, cultivavam a amizade e tinham um objectivo comum – o objectivo que todas as pessoas de bem procuram – uma sociedade mais equilibrada, mais justa e mais humanizada.


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Num mundo onde, a maior parte das vezes, os valores são deixados de lado, e mesmo ignorados, precisamos de manter viva a chama de Rotary, as boas regras de conduta, a solidariedade, o fortalecimento dos valores humanos, o espírito e o ideal de servir que animaram Paul Harris, e ao qual ele dedicou toda a sua vida. O Rotary, está a acompanhar a evolução da sociedade. Como disse Paul Harris, o nosso fundador, o Rotary tem que ser evolucionário, sempre, e revolucionário algumas vezes. E o Rotary tem vindo a concretizar isso através das suas permanentes actualizações de normas e procedimentos, sem perder, nem adulterar o “fio condutor”, que é a essência da sua existência e o faz seguir em frente, a caminho do seu 111º Aniversário. O que podem os Rotários do seu Distrito esperar do novo Governador neste novo ano? Podem esperar toda a dedicação, disponibilidade e empenho para trabalhar com os Clubes, procurado melhorar todos os dias a dinâmica do Distrito, servindo a Comunidade, local e internacional, através deste fantástico Movimento que é o Rotary. Numa palavra, servir! Gostaria que todos soubessem, os nossos Clubes e as comunidades onde existem Clubes rotários, que

podem contar connosco, com o Governador e com a sua Equipa Distrital para os ajudar a “ajudar” quem mais precisa. Afinal, servir, é o nosso principal compromisso quando aceitamos aderir a Rotary. Assumimos um compromisso com o Mundo. Os Clubes têm que ser espaços para companheirismo, para reflexão, mas sobretudo de acção. Nas minhas primeiras visitas aos Clubes tenho encontrado um Distrito desperto para as necessidades prementes de fortalecimento dos Clubes, das suas acções e das suas intervenções, fruto do trabalho dinâmico que tem vindo a ser seguido pelos meus antecessores. Acredito que podemos fazer mais e melhor se criarmos sinergias nas comunidades, entidades públicas e privadas e o com o tecido empresarial do Distrito que são os agentes que intervêm de forma pro - activa e interventiva na sociedade. A crise não pode continuar a servir de desculpa para a falta de iniciativa. O esforço será, com certeza, maior. Mas esse, é também um desafio que deve servir de motivação, e, é em alturas de crise que nós devemos redobrar as nossas energias para a maior solidariedade que a comunidade nos pede e o Rotary tem que estar à altura das expectativas que ela espera de nós fazendo

o que os rotários sabem fazer bem: “dar de si, antes de pensar em si”. Se queremos “ser um presente para o mundo”, como nos pede o nosso Presidente de R.I., temos que ser imaginativos e ser capazes de ultrapassar as dificuldades reais e/ou imaginárias doando-nos ao mundo, de acordo com as nossas capacidades, maiores ou menores, mas, muitas vezes, até com aquilo que nos faz falta. O que destaca do plano de actividades para este ano? Qual é a sua prioridade? Julgo que à semelhança de todos, quando aceitamos esta missão de liderar o Distrito por um ano, partimos com o coração pleno de emoção e uma enorme quantidade de sonhos. Temos que parar um pouco para reflectir e planear, com realismo, e conscientes das dificuldades que são mais do que as que imaginamos. Os objectivos e metas foram definidos em tempo oportuno para este Ano Rotário, foram transmitidas aos Clubes que são onde a obra se concretiza, e é com eles que vou ter que trabalhar, conjugando esforços com a Equipa e Comissões Distritais, que também dedicam todo o seu esforço e estão sempre disponíveis para irem ao encontro dos Clubes e dos seus problemas. Querermos forcar-nos em

fortalecer o movimento com novos membros, pessoas que, com a sua diversidade potenciam a massa crítica, contribuem para a realização de acções e projectos que sensibilizam e ajudam. Queremos participar numa sociedade mais humana, com rotários e não rotários, pessoas individuais ou empresas, que contribuam para a Fundação de Rotary International, estando assim, a ajudar quem precisa em qualquer parte do Mundo e, desta forma, contribuírem para a verdadeira imagem

urge mobilizar boas vontades e cativar mais gente para o nosso Movimento de Rotary, onde as pessoas convivem mas onde o seu principal objectivo é o de fazer o bem no Mundo. Gostaria de destacar a importância que tem a Fundação de Rotary Internacional (Rotary Foundation) pois os seus parceiros e doadores reconhecem o trabalho que realiza fazendo uma clara gestão, onde se destaca que 92% das doações e contributos recebidos são aplicados directamente nos projectos humanitários, 6% na construção dos mesmos projectos e apenas 2% vão

para custos administrativos. A imagem de Rotary somos nós. Cada um de nós e todos em conjunto. Não para recebermos aplausos, mas para que as nossas comunidades e o mundo saibam que há pessoas que todos os dias se preocupam e procuram o bem-estar dos que precisam dos nossos efectivos serviços de forma singular e global. Para isso, urge mobilizar boas vontades e cativar mais gente para o nosso Movimento, que se predisponha a servir em causa nobre como considero a nossa. Somos cidadãos globais conectados pela amizade e dedicados a serviços comunitários. Citando mais uma vez Paul Harris: “Seja qual for o significado de Rotary para nós, para o mundo, ele será conhecido pelos resultados que alcançar”. Apelar ao compromisso, ao compromisso que assumimos quando aceitamos integrar Rotary. Apelar à grande capacidade que os rotários possuem para reforçarem o seu empenhamento na defesa das causas nobres que defendemos, transformando sonhos em realidades e, desta forma, contribuirmos para a humanização da sociedade e para a construção da paz no mundo.


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SETEMBRO

Educação Básica e Alfabetização

agenda

AGOSTO

Desenvolvimento e Expansão do Quadro Social

1

VOG D. 1960 – RC Castelo Branco;

2

Aniversário RC Estoi-Internacional; Aniversário do RC Caminha;

3

VOG D. 1960 – RC Albufeira;

4

Aniversário do RC S. Mamede de Infesta;

5

VOG D. 1970 – RC Monção e Valência;

6 7

Dia Internacional da Educação; VOG D. 1960 – RC Alcobaça; VOG D. 1970 – RC Caminha;

8

Dia Internacional da Alfabetização; Dia de Solidariedade das Cidades Património Mundial; VOG D. 1960 – RC Lisboa-Centenarium;

9 10

VOG D. 1960 – RC Lisboa-Olivais; VOG D. 1970 – RC Sever do Vouga;

11

Dia Nacional do Bombeiro Profissional;

12

Reunião Conselho de Administração da Fundação Rotária Portuguesa, em Coimbra; D. 1960 – Seminário de Desenvolvimento e Expansão do Quadro Social; D. 1960 – Seminário Distrital da Rotary Foundation – Clubes do Algarve; VOG D. 1970 – RC Lamego e RC Régua;

13

Dia do Programador;

14

VOG D. 1960 – RC Caldas da Rainha; Aniversário do RC Ponta Delgada;

15

Dia Internacional da Democracia; VOG D. 1960 – RC Abrantes; VOG D. 1970 – RC Maia;

16

Dia Internacional da Preservação da Camada de Ozono;

17

VOG D. 1960 – RC Loures; VOG D. 1970 – RC Guimarães;

18

Aniversário do RC Trofa;

19

D. 1960 – Seminário Intercâmbio – Clubes de Lisboa; D. 1970 – Seminário Imagem Pública, Quadro Social e Expansão;

1 2 3 4

Aniversário do RC Leiria - VOG D. 1970 – RC Leiria

5 6

Dia de Hiroshima (em memória das vítimas da primeira bomba atómica em Hiroshima, Japão 1945)

7

Dia Internacional da Cerveja

8 9

Dia Internacional dos Povos Indígenas;

10 11

1970 – RC Bragança

12

Dia Internacional da Juventude

20 21

Dia Internacional da Paz; Dia Mundial da Doença de Alzheimer; VOG D. 1960 – RC Portimão (almoço); RC Loulé (jantar);

22

Dia Europeu Sem Carros; VOG D. 1960 – RC Estoi Internacional (almoço); RC Faro (jantar); VOG D. 1970 – RC Montemor-o-Velho;

23

Início do Outono; Equinócio de Outono; VOG D. 1960 – RC Tavira; Aniversário do RC Santarém;

24

VOG D. 1960 – RC Palmela; VOG D. 1970 – RC Braga Norte; Aniversário do RC Braga Norte;

25

VOG D. 1960 – RC Bombarral;

26

Dia Europeu das Línguas; Dia do Ex-Fumador; D. 1960 – Seminário do Desenvolvimento e Expansão do Quadro Social; D. 1960 – Seminário da Rotary Foundation – Clubes Lisboa e Alentejo; VOG D. 1970 – RC Guarda;

25

27

Dia Mundial do Turismo;

26

28

VOG D. 1960 – RC Sintra; Aniversário do RC Lisboa-Benfica;

29

Dia Mundial do Coração; VOG D. 1960 – RC Évora; VOG D. 1970 – RC Barcelos;

30

VOG D. 1960 – RC Entroncamento; Aniversário do RC Curia-Bairrada;

13 14 15

Assunção de Nossa Senhora

16 17 18 19

Dia Mundial da Fotografia

20 21 22 23

Dia Internacional de Recordação do tráfico de escravos e sua abolição

24

27 28 29 30


12 | RotaRy em acção | nº 30 julho e agosto 2015

“casa da maria José” inaugurada em arouca

obra do escultor Fernando gaspar

marco Rotário inaugurado em oliveira de azeméis O Rotary Club de Oliveira Azeméis inaugurou no dia 11 de Julho um Marco Rotário na sua cidade, cerimónia na qual o Governador do Distrito 1970, António Vaz, fez questão de estar presente. O marco rotário é uma obra do escultor Fernando Gaspar, baseando-se na prova quadrupla do movimento rotário: “Toda a peça funciona como um enorme relógio solar simbólico; os ‘feixes’ tal como os ponteiros, geram a sombra que vai percorrendo diariamente o grande ‘mostrador’ com as 24 marcas do dia, lembrando o tempo, o voluntarismo e a disponibilidade para a acção”. A cerimónia contou ainda com a presença do presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Hermínio Loureiro. No seu discurso, o Governador do Distrito 1970, António Vaz, lembrou as ba-

Na freguesia de Tropêço, em Arouca, o Rotary Club inaugurou recentemente a Casa da Maria José, uma jovem adolescente que vivia em condições bastante precárias com a sua família. Maria José tem agora um quarto

totalmente novo e uma casa remodelada, projecto do Clube local em parceria com a Câmara Municipal. No primeiro dia em que usufruiu do seu quarto novo, Maria José recebeu a visita do Governador do Distrito 1970, António Vaz.

Para este projecto o Clube contou ainda com a colaboração de 30 pequenas empresas locais, que ofereceram material e mão-de-obra para este trabalho. Todas foram reconhecidas com a entrega de um diploma.

Rotary club das caldas das taipas apoia famílias carenciadas O Rotary Club de Caldas das Taipas tem em curso o projeto “MIMOS &MIMINHOS” que se destina a apoiar bebés de famílias carenciadas da comunidade local, até dois anos de idade. Este projeto consiste em criar um banco de produtos essenciais para os primeiros meses dos bebés recém-nascidos, assim como um conjunto de bens necessários nos primeiros dois anos de vida, e cuja preparação e implantação decorreu durante o ano rotário 2014-2015, e contou com o apoio da Fundação Rotária Portuguesa inserindo-se na ênfase: “Desenvolvimento económico e comunitário Combate à pobreza”.

Para o seu desenvolvimento, o clube contou com a colaboração de várias instituições e entidades locais: médicos dos Unidades de Saúde Familiares Duo Vida e Briteiros, professores, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogas, Cooperativa Castreja, Rede Social Soli d ‘ Ave, etc. Em conjunto, deram o seu contributo ajudando a identificar e sinalizar as famílias em situação de dificuldades económicas e suscetíveis de beneficiarem de apoio. Este projeto contou também com a colaboração do Centro Sociocultural e Desportivo Sande São Clemente, Instituição Particular de Solidariedade Social,

com a qual foi estabelecida uma parceria que, aproveitando a sua experiência e envolvência na comunidade, permite que a distribuição das ajudas se torne mais fácil e acessível para os beneficiários e assim, em conjunto, fazer com que este projeto permita atenuar as dificuldades económicas de algumas famílias. Na angariação dos fundos necessários ao financiamento deste projeto estiveram e estão envolvidas outras instituições sediadas na área das Caldas das Taipas, como o espetáculo organizado pelo clube rotário com o apoio do MAT (Movimento Art´stico das Taipas).

ses do movimento rotário: “Estamos aqui para inaugurar o Marco Rotário, e, estamos assim, a lembrar o grupo de Homens que, há 37 anos, se associava sob o lema de Paul Harris – Dar de Si Antes de Pensar em Si – e fundava o Rotary Club de Oliveira de Azeméis, dando assim início ao Movimento Rotário nesta cidade. Procuramos difundir neste marco o verdadeiro espírito rotário. A imagem do próprio Homem vestido apenas com os seus valores e construindo um mundo melhor. Um Homem com os pés bem assentes no chão, como sólida é a base que sustenta este Marco. Uma base sólida e bem acabada, sustentando um cidadão mais responsável, e actuante, que vem ao encontro do próximo e que se eleva entrelaçado pela força de servir”.


nº 30 julho e agosto 2015 | RotaRy em acção | 13

Palestra “energia Fantasma Livre-se dos desperdícios de energia na sua casa” O Rotary Club de Paredes recebeu, no dia 16 de Julho, a palestra “Energia Fantasma | Livre-se dos desperdícios de energia na sua casa”. A DECO encontra-se a implementar uma campanha informativa, apoiada pela ERSE (PPEC 2013/2014), que tem como objetivo informar e sensibilizar os consumidores para uma utilização eficiente da eletricidade, com vista à alteração de comportamentos que contribuam para a redução da fatura de energia elétrica. Na sessão de Informação realizada no Clube foi transmitida informação útil e dicas com vista à redução da fatura de energia elétrica. Foi dada particular importância aos desperdícios do stand-by e off-mode, (os chamados consumos fantasma) e também

aos restantes desperdícios relacionados com a utilização e escolha de equipamentos. A palestra abordou o uso responsável e eficiente de energia elétrica. Motivou os consumidores para a alteração de comportamentos de consumo de energia elétrica e promoveu comportamentos de consumo energeticamente eficientes junto dos consumidores. Ficou assinalada a importância da eletricidade no nosso quotidiano, o consumo e desperdício de eletricidade em Portugal, as consequências ambientais e económicas do desperdício energético residencial e o nosso contributo enquanto consumidores (a eficiência energética no sector residencial).

Rotários querem apoiar mais estudantes universitários O Rotary Club de Esposende vai aumentar o número de bolsas de estudo para alunos que queiram frequentar o ensino superior. Actualmente o Clube apoia 12 estudantes, mas quer aumentar este número. Sempre com o objec-

tivo de que o Rotary esteja presente e apoie as acções importantes para a sociedade, o novo presidente do Clube, Mariz Neiva, acredita ser possível apoiar ainda mais a comunidade, neste e noutras questões relevantes.

Rotaract Club de Famalicão

Jovens desenvolvem chocolates solidários O Rotaract Club de Vila Nova de Famalicão desenvolveu chocolates _made in_ Rotaract como forma de angariar fundos para a Bolsa Universitária de um jovem Famalicense. É um aluno com uma média de 19,7 valores e o seu sonho é frequentar o ensino superior no próximo ano letivo, mas a sua realidade não o permite. Tem 17 anos, é apaixonado pela matemática, pela física e pela astrofísica e escolheu o mestrado integrado em Engenharia Aeroespacial do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, o que irá acarretar despesas extras enquanto estiver a estudar.

Para apoiar as despesas de ensino deste jovem, o Rotaract de Famalicão desenvolveu chocolates com mensagens especiais e personalizáveis, que vendem por dois euros cada um. Quem comprar um chocolate fica ainda habilitado ao sorteio para um Voucher correspondente a uma noite no Meliã de Braga Hotel & Spa, cujo sorteio será a 12 de Setembro na VIII Festa de Associativismo e Juventude. Quem quiser comprar um ou mais chocolates só tem que enviar um email para rtc.famalicao@gmail. com e escolher a sua mensagem.


14 | RotaRy em acção | nº 30 julho e agosto 2015

Rotary clube de Vizela celebra protocolo com a Santa casa da misericórdia

campanha de recolha de material escolar O Rotaract Club do Porto está a organizar uma campanha de recolha de material escolar. O objectivos dos jovens é, neste regresso às aulas, em parceria com a Ajudaris, “encher

O Rotary Club de Vizela assinou um protocolo de colaboração com a Santa Casa da Misericórdia de Vizela no âmbito do projeto de desenvolvimento da Rede Local de Intervenção Social (RLIS). Este protocolo tem como objectivo a gestão do projeto, que é da responsabilidade da Santa Casa, com o apoio dos rotários de Vizela, no encaminha-

mento de utentes em risco de exclusão ou emergência social, com promoção dos serviços e atividades previstas no mesmo. Para Setembro o clube está a preparar a cerimónia de entrega dos prémios aos melhores alunos do concelho e uma palestra sobre um tema de identificação social. Ainda neste mês, decorrerá uma reunião

onde serão identificados os níveis de participação dos alunos da universidade Sénior e do Curso de Alfabetização, para se conhecerem as necessidades específicas desta componente de trabalho do Rotary Club de Vizela, em parceria com alunos e professores, de forma a preparar o novo ano escolar.

a mochila de quem mais precisa”. O Rotaract do Porto procura material escolar de todo o tipo: estojos, canetas, cadernos, lápis, tesouras, etc.

Palestra “Violência Doméstica Situação atual” O Rotary Club de Penafiel recebeu, no mês de Julho, a Palestra “Violência Doméstica - situação atual”. O Palestrante

convidado, Nuno Diogo, é 1º Sargento e chefe do NIAVE (Núcleo de Investigação de Apoio a Vitimas Especificas).


nº 30 julho e agosto 2015 | RotaRy em acção | 15

entrevista ao governador do Distrito 1960, Miguel Real Mendes

“todos os rotários têm a oportunidade com o seu exemplo, acção e palavra de tocar, melhor e transformar a vida de um ser humano” De que forma é que o Rotary surgiu na sua vida? Através de um amigo do meu pai, rotário de excepcionais qualidades humanas e que posteriormente, tive a honra e o privilégio de ser o meu padrinho em Rotary. Há quanto tempo é rotário e o que o levou a entrar em Rotary? Desde o ano de 2004 e no âmbito da conversa com o meu futuro padrinho, imediatamente me senti identificado com os valores e princípios intemporais e eternos do Rotary, bem como, o relevante e valioso trabalho que desenvolviam nas comunidades. O que significa, para si, a essência de ser rotário? Todos os rotários têm a oportunidade com o seu exemplo, acção e palavra de tocar, melhor e transformar a vida de um ser humano, tenho a certeza, que os rotários do D 1960 não vão desperdiçar essa oportunidade nas suas vidas. Qual a sua motivação e o espírito com que encara o cargo de Governador de Distrito? Acima de tudo, a possibilidade de servir de uma forma mais efectiva, produtiva e eficaz quer o D 1960, quer a sociedade portuguesa, nos seus diversos desafios sociais. Acredito que seremos recordamos, não por aquilo que fazemos por nós, mas sim por aquilo que fazemos pelos outros O que é que os rotários podem esperar do novo Governador do Distrito 1960? Trabalho, determinação e objectivos concretizados. Em termos de ação, quais serão as suas principais prioridades? Ter uma visão pressupõe necessariamente uma acção, mas acreditem, visão sem acção rotária representa um sonho e acção rotária sem visão estratégica constitui um pesadelo, pelo que, defini 5 prioridades para o nosso Distrito, a saber: - Retenção e aumento qualitativo do quadro social - Imagem Pública de Rotary - Serviços à Comunidade - Apoio aos clubes, para mim os clubes são a alma do Rotary e os seus companheiros materializam a essência dos princípios e valores do Rotary. - Formação Rotária, designadamente, com a implementação da figura do Instrutor de Clube. Traçando um perfil do Distrito 1960, especificamente dos clubes que o constituem, quais são os

seus pontos fortes e quais os que ainda necessitam de ser melhorados? Ao nível dos pontos fortes, destacaria 3 realidades, a saber: 1- O magnifico trabalho que cada clube rotário desenvolve a favor das suas comunidades, 2 - O sentido de companheirismo 3 - O progressivo melhoramento na divulgação dos nossos princípios, valores e trabalho junto da sociedade portuguesa. No que diz respeito, aos pontos que devem ser melhorados, destaco igualmente 3 realidades: 1 – Retenção e aumento qualitativo do quadro social, ou seja, o crescimento consubstanciado em pessoas com perfil e espirito rotário. 2- Excesso de informação rotária, em detrimento da aposta na formação rotária. 3 – Melhor articulação com as diversas instituições públicas e privadas da sociedade portuguesa. Um dos problemas que afetam os Clubes Rotários é a questão do Desenvolvimento do Quadro Social. Na sua opinião, qual deve ser a linha de atuação dos clubes para resolver este problema? Para resolvermos um desafio,

temos de previamente apurar e compreender as suas causas, motivações e fundamentos, que estão consubstanciados em 5 realidades: transferência por motivos pessoais ou profissionais para outro Distrito, falecimento do companheiro, conteúdo pouco apelativo e motivador de algumas reuniões rotárias, questões económico - financeiras do próprio companheiro e por último em alguns clubes rotários, o número diminuto de projectos e actividades sociais. Com vista à retenção e aumento qualitativo do quadro social no D 1960, caracterizado por uma média de idades de 55 anos e em que apenas 19,67% são mulheres, sugiro 5 soluções, a saber: 1 – Precisão do perfil de companheiro rotário, designadamente, uma focalização nas áreas da saúde, educação e líderes cívicos. 2 - Ex – participantes de programas de Rotary, Intercâmbio, Allumini e beneficiários de bolsas de estudo. 3 – Profissionais do ano e personalidades homenageados pelos clubes rotários. 4 – Transição equilibrada, harmoniosa e eficaz entre as realidades rotárias do Rotaryact e do Rotary. 5 – Ex- companheiros do clube

rotário, que em determinado período temporal saíram do clube, mas que continuam de espirito a ser verdadeiros e genuínos companheiros rotários. O lema do Presidente de RI, K. R. Ravindran, para este ano rotário é “Seja um Presente para o Mundo”. O que é que este lema significa para si e de que forma vai pô-lo em prática no seu mandato como Governador? Trata-se de um lema rotário extremamente feliz, bem conseguido e que seguramente será recordado em futuros anos rotários futuros, a exemplo do lema rotário eterno “ Dar de si antes de pensar em si” Um dos maiores estadistas de todos os tempos e igualmente nosso companheiro rotário, Winston Churchill, disse no âmbito de um discurso proferido no âmbito do período histórico da II Guerra Mundial e no seu tom assertivo, motivador e objectivo que “ o Exemplo é a escola da liderança”. Tenho a certeza que com o exemplo, trabalho e determinação dos diversos clubes rotários, que todos os companheiros do D 1960, serão um presente para o Mundo.


16 | RotaRy em acção | nº 30 julho e agosto 2015

VIII Congresso Internacional da síndroma de Cornélia de lange

última A CDLS World Federation organiza, de dois em dois anos, um congresso que reúne os principais especialistas mundiais desta doença rara. Este ano coube a Portugal a realização deste evento, sob a chancela da Raríssimas, e o Alto Patrocínio da Presidência da República e do Governo de Portugal. A síndrome de Cornélia de Lange é uma doença rara, multissistémica, caracterizada por uma face característica, défice intelectual de grau variável, atraso de crescimento grave com início antes do nascimento (segundo semestre), anomalias nas mãos e pés e, em alguns casos, várias malformações, com grave morbilidade. Periodicamente, os maiores especialistas mundiais reúnem-se com vista a discutir os últimos avanços sobre a doença e terapêuticas, num congresso que junta também famílias e doentes que, desta forma, têm a oportunidade de serem observados e informados sobre a evolução da patologia. Paula Brito e Costa, presidente da Raríssimas, membro da CDLS World Federation, e mãe de uma criança com a patologia é a anfitriã do congresso deste ano que se realizará entre 9 e 12 de setembro, em Lisboa. Em entrevista, revela-nos os pormenores deste evento, único no mundo.

“É importante que despertemos consciências”

Paula Brito e Costa, presidente da Raríssimas

Como surgiu o convite para a organização deste congresso? A Raríssimas, associação da qual sou presidente, faz parte da CDLS World Federation. Tudo começou quando o meu filho Marco, portador da síndrome, tinha cerca de cinco anos. Estamos a falar dos anos 80 onde a informação sobre a doença era escassa e os próprios médicos nunca tinham visto pessoalmente meninos com esta patologia. Após cinco anos de consultas e muitos médicos fui informada, através de pesquisa na internet, que existiria uma fundação mundial que tratava estes meninos, a Cdls Foundation, sediada nos EUA. Escrevi um fax a pedir ajuda e dois dias depois alguém me ligou. Do outro lado do Atlântico alguém me disse “Não estás sozinha”. Há mais meninos como o Marco e mais pais com as mesmas preocupações”. As lágrimas deslizaram pela minha cara. A partir daí, as reuniões e a minha associação a esta organização passaram a ser uma constante e, por isso, assim que surgiu o convite para que a reunião se realizasse este ano no nosso país, não hesitei. O Marco já partiu mas, no nosso país e pelo mundo fora existem muitos Marcos e mães que, como eu à época, ainda andam perdidas... Qual o programa deste congresso? O congresso é composto por uma componente científica e uma familiar, além da habitual reunião dos órgãos

de governação (Sicentific Advisory Committee e Counucil Leaders ). Dia 09 irá realizar-se a componente científica, na Universidade Católica Portuguesa em Lisboa, parceira da Raríssimas na organização. Aqui, além da presença da Primeira Dama Portuguesa, Dra. Maria Cavaco Silva, e dos representantes máximos da Ordem dos Médicos e Enfermeiros portuguesa, serão ouvidos cerca de duas dezenas de especialistas mundiais que discutirão as principais características e avanços desta doença rara, bem como serão debatidas as novas artes das doenças raras a nível europeu. Já no dia 11, em Tróia, as famílias irão reunir diretamente com os especialistas internacionais e poderão ter acesso a consultas da especialidade, de forma completamente gratuita. A Raríssimas assegura ainda a estas famílias um campo de férias para que os meninos se possam divertir, enquanto os pais assistem às diversas conferências. Que apoios foram dados para a logística deste congresso? Felizmente que a Raríssimas é uma IPSS reconhecida no nosso país. Por essa razão, são muitos os parceiros, quer institucionais, quer privados, que fizeram questão de se associar a este evento. Gostaria, no entanto, de salientar o particular apoio institucional da Presidência da República Portuguesa e de todo o governo do meu país que não quiseram deixar de estar ao nosso

doença e os meninos continuam a morrer vítimas das sequelas da mesma. É importante que despertemos consciências e que os órgãos decisores se reúnam em prol da causa não só da Cornélia mas de tantas doenças raras, de forma a que possamos, pelo menos, dar alguma qualidade de vida aos seus portadores. À semelhança do que se passou, por exemplo, com a Poliomielite, apoiada a sua erradicação pelo movimento rotário do qual orgulhosamente faço parte, que fez milhares de vítimas e que, está hoje, basicamente extinta, gostaríamos que, daqui a uns anos, se pudesse dizer o mesmo da Cornélia de Lange e de tantas outras doenças raras.

países e para muitos pais e crianças. Sendo uma doença rara, a realidade é que a síndroma de Cornélia de Lange afecta milhares de meninos em todo o mundo. Apesar de ter sido inicialmente descrita em 1933, a realidade é que ainda hoje, em pleno século XXI, não existe cura para esta

Como rotária que palavras gostaria de deixar aos seus Companheiros? Somos cerca de 1,3 milhões de Companheiros. Estamos unidos para criar mudanças positivas e duradouras nas nossas comunidades e no mundo , queremos dar de nós o melhor em prole dos que de nós mais precisam. O Rotary Club da Moita e outros Clubes Rotários do nosso País vão apoiar economicamente a vinda de crianças portadoras da doença rara Cor nélia de Langer à nossa Conferência, que de outro modo, por razões económicas, não poderiam participar neste evento. Estou certa que juntos conseguiremos eliminar mais este flagelo na saúde! Bem hajam!

lado neste importante evento que tanta diferença fará na vida dos meninos e dos seus pais, mas não conseguimos ainda reunir toda a verba necessária. Qual a importância deste congresso para os “Marcos” do Mundo? Como referi anteriormente, infelizmente o desconhecimento e a falta de apoios à investigação ainda continuam a ser um entrave em muitos

o Rotary Club da Moita e outros Clubes Rotários do nosso País vão apoiar economicamente a vinda de crianças portadoras da doença rara Cornélia de langer à nossa Conferência, que de outro modo, por razões económicas, não poderiam participar neste evento. estou certa que juntos conseguiremos eliminar mais este flagelo na saúde! Bem hajam!


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