REVISTA
RoTeiRo
AnO 3 // nÚmERO 28 // ABRIL DE 2014
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feRnAndo fReiRe
PReSidenTe dA CÂMARA MuniCiPAL de ViLA noVA dA BARQuinhA feSTAS S. JoSé
CARnAVAL
BeLeZA feMininA
REVISTA É RIBATEJO // Editorial
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editorial Num ano, a Igreja começou a mudar. Francisco mudou a forma de ser Papa. No seu primeiro ano de Pontificado algumas das frases que proferiu causaram estranheza no mundo católico. “Como eu gostaria de uma Igreja pobre, para os pobres.”; “É importante intensificar o diálogo entre as várias religiões e estou a pensar em particular no diálogo com o Islão.”; “Se uma pessoa é homossexual e procura Deus, quem sou eu para julgá-la?”, foram algumas delas. Os católicos estavam habituados ao ar sisudo e de “poucos amigos” de Bento XVI e de repente sentiram que estavam mais próximos do Papa. Sentem uma ligação deveras especial. Com as suas palavras simples na saudação aos fiéis, quando tinha acabado de ser eleito Papa, a multidão rendeu-se. Francisco despoja-se de pompa, reduz ao mínimo as insígnias pontifícias, recusa viver no “palácio”. É desta forma que se apresenta aos fiéis. Com a sua simplicidade, Francisco captou a esperança dos milhões de pessoas que haviam perdido toda a esperança na Igreja. A sua popularidade é enorme. Francisco não tocou só os católicos mas quase todo o mundo. Até os países mais ricos o aplaude, apesar de os acusar de egoísmo. Com uma modéstia pessoal, Francisco tornou-se rapidamente num símbolo global de compaixão e de humildade. Já deixou crianças andarem no “Papa mobile”, já colocou cabritos aos ombros e já se assumiu como fã de futebol. O Papa é, sem sombra de dúvidas, uma das personalidades mais populares do mundo: tem quase quatro milhões se seguidores no Twitter, está no topo dos nomes mais procurados na internet e até há uma revista italiana que lhe é exclusivamente dedicada. Apesar disto, Francisco recusa ser visto como uma estrela, não se cansando de repetir e mostrar que quer ser apenas uma pessoa normal. No dia do seu primeiro “aniversário” enquanto líder da Igreja Católica, Francisco escreveu no seu Twitter uma mensagem simples: “Por favor, rezem por mim.” Será que o próximo Papa vai seguir as pisadas de Francisco? Fica a dúvida!
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04 CARnAVAL 14 deSPoRTo 18 inAuGuRAçÃo 20 feSTiVAL 22 enTReViSTA 27 RoTeiRo 33 BeLeZA feMininA 39 feSTAS S. JoSé 42 CoRRidA de ToiRoS
REVISTA É RIBATEJO // Índice
ÍnDICE
F o t o d a C a p a : A l b e r t o S i l va REVISTA É RIBATEJO
Revista É Ribatejo Revista Mensal Online Ano 3 - N. 28 - Abril de 2014 Morada: Rua Dr. Nuno Guilherme Nunes Godinho 2080-562 Fazendas de Almeirim
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO geral@eribatejo.pt Telefone 243 599465 R. Dr. Guilherme Nunes Godinho,260 2080-562 Fazendas de Almeirim
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REVISTA É RIBATEJO // Carnaval
Carnaval de Benfica do Ribatejo não deixa ninguém ficar mal
Nos dias 2 e 4 de Março decorreram os habituais corsos carnavalescos na vila de Benfica do Ribatejo. O desfile, organizado pela Junta de Freguesia de Benfica do Ribatejo e pelos “Amigos da Galhofa”, contou com a presença de cerca de 200 figurantes e 14 carros alegóricos. A entrada foi gratuita, como acontece anualmente. Devido aos custos elevados, foi feito um peditório pelos foliões para que possam ajudar a organização a que o Carnaval possa acontecer ano após ano. Apesar do frio que se fez sentir, ninguém arredou pé e a população ficou animada com os carros alegóricos feitos pela organização, pelos “Amigos da Galhofa” e pelos participantes do cortejo. Considerado por muitos como “o melhor Carnaval de sempre em Benfica do Ribatejo”, muitos foram os temas representados nos carros alegóricos. As mulheres da Nazaré, aula de Zumba, Geladaria Garrett, Mickey House foram alguns deles. Também a festa brava não foi esquecida e num dos carros representaram a Praça de Toiros de Santa Marta, onde os forcados não foram esquecidos. vaniaclaudio@eribatejo.pt
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Fotos: Cristiana Silva
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REVISTA É RIBATEJO // Carnaval
Cartaxo deu as boas-vindas ao carnaval
A chuva não afetou o espírito carnavalesco, vivido com muita animação em várias iniciativas realizadas no concelho. Apesar da chuva e do frio que se fizeram sentir no passado fim de semana, o Carnaval não deixou de se festejar no concelho do Cartaxo. Depois das crianças e jovens terem dado as boas-vindas ao Carnaval na sexta-feira, no desfile organizado pela Câmara Municipal, várias associações e coletividades locais prepararam iniciativas no fim de semana para receber o Carnaval com muita animação e alegria. Na noite do dia 1 de março, os foliões fizeram a festa na cidade do Cartaxo, na Ereira, em Vila Chã de Ourique, em Pontével e Vale da Pedra. Numa iniciativa da tertúlia “Os Loucos Aficionados”, a festa foi feita ao som da música de Sérgio Gonçalves, no Pavilhão Muni-
cipal de Exposições, na segunda-feira à noite Os Loucos vão trazer os foliões para as ruas do Cartaxo, num desfile que promete muita diversão. Nessa mesma noite, na Ereira, a Casa do Povo recebeu um Baile de Carnaval, organizado pelo Rancho Folclórico local, que contou com animação do Dj Big Formiga. Em Vila Chã de Ourique também se dançou, numa noite dedicada à fantasia e à diversão. O Baile de Carnaval foi organizado pelo Centro Social Ouriquense, na sede da coletividade, e contou com uma recriação de cegadas e com a atuação dos Geração XXI. Em Pontével, foram os Quarentões 2014 a organizarem um baile de Carnaval, também na noite de sábado, no salão da Casa do Povo. O evento proporcionou muita animação e as receitas angariadas reverteram a favor da realização dos festejos anuais da freguesia.
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REVISTA É RIBATEJO // Carnaval
Chuva na Linhaceira não afasta foliões
Decorreu, de 1 a 4 de Março, mais uma edição do Carnaval nesta aldeia do concelho de Tomar. Apesar da chuva que se fez sentir, animação foi o que não faltou tanto às pessoas que desfilaram como a quem assistiu ao cortejo. O Carnaval manteve o espírito que o caracteriza que é a espontaneidade, a genuinidade e a entrega da população local. O primeiro passo para a organização pôr de pé mais um Carnaval da Linhaceira é na escolha da rainha do carnaval, iniciativa esta que já faz parte dos tradicionais festejos do concelho de Tomar. Este ano foi Cátia Alves a escolhida. Compete à rainha do carnaval a eleição do rei. No sábado, dia 1 de Março, pelas 22 horas decorreu o baile com o grupo musical PA.3, seguindo-se a apresentação do Rei e da Rainha do Carnaval. No dia seguinte, pelas 14.30 horas a população pôde assistir à actuação
da Fanfarra dos Bombeiros de Torres Novas – MOBIRITMO (Escola Luís Camões). Seguiu-se o corso de carnaval em que alguns dos carros alegóricos eram sobre o Circo, Star Wars, o Centro escolar da Linhaceira, tribo Zuloukos, a História do Capuchinho Vermelho ou até mesmo a Banana Bar com a presença dos bonecos Minions. À noite, pelas 22 horas, decorreu um baile com a actuação de Délio. Na noite do dia seguinte, pelas 22 horas, a actuação musical foi de Elizabete Serra, seguindo-se o 24º Concurso de fatos de papel. Na terça-feira, dia de Carnaval, a Grandiosa Porcalhada aconteceu pelas 15 horas. À noite, às 22 horas, Elsio Nunes animou a noite com a sua música. Os festejos do carnaval encerraram com a eleição do Melhor Mascarado. vaniaclaudio@eribatejo.pt
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Fotos: José Neves
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REVISTA É RIBATEJO // Carnaval
Quatro dias de folia em Marinhais
Os festejos do Carnaval começaram no sábado, dia 1 de Março. O corso nocturno desfilou pela Estrada Nacional 367, com vários carros alegóricos. A animação continuou a seguir ao desfile, com a actuação do Duo FS no pavilhão da comissão de festas. Durante o baile houve prémios para aquelas que foram consideradas as melhores máscaras. Também a entrega das coroas para os Reis do Carnaval foram efectuadas naquele espaço. Na tarde do dia seguinte, no Largo da República, actuou o grupo OS TYA. O desfile dos foliões começou às 15.20h. Animação e brincadeira não faltaram. Seguiram-se as actuações de Kris-Rosa e de Lilian Mariza. A animação continuou no pavilhão da comissão de festas com o Duo FS, tal como tinha acontecido na noite anterior. No dia 3 de Março a diversão aconteceu à noite no pavilhão das festas, com música do Duo Jorge Paulo e Susana. Os melhores
mascarados – cinco adultos e três crianças – receberam prémios. Na terça-feira de Carnaval, dia 4, a animação na vila começou pelas 14 horas com o grupo musical Black Velvet, seguindo-se o corso carnavalesco. O Papa Francisco, o Centro de Saúde e as personagens da Disney foram alguns dos temas representados nos carros alegóricos deste ano e que muito animaram a população que esteve presente. A festa de carnaval contou também com a presença do grupo musical Némanus, com AnaCris-Gil e a banda Bahia Folia. Para terminar a tarde de folia, pelas 18 horas, O Duo Jorge Paulo e Susana participou no baile no pavilhão das festas. O encerramento dos festejos de carnaval aconteceu no dia 5 de Março com o Enterro do Bacalhau, às 18 horas e com a Queima do Santo Entrudo, no Largo das Festas, pelas 23h30. vaniaclaudio@eribatejo.pt
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Carnaval de Samora Correia continua a cativar muitos foliões
O carnaval de Samora Correia é um evento que está presente na vida dos Samorenses, sendo considerada por muitos como a principal imagem de projeção do concelho de Benavente. Chegou ao fim mais uma edição do carnaval samorense, ano de 2014, que decorreu entre os dias 28 de Fevereiro e 05 de Março. A festa fez-se pelas ruas da cidade, naquele que é considerado por muitos como o melhor carnaval do Ribatejo. Mais uma vez está de parabéns a ARCAS (Associação Recreativa e Cultural Amigos de Samora), entidade organizadora dos festejos, que mesmo em tempos de crise manteve a tradição, e os desfiles não foram nada inferiores, comparados a anos anteriores. Este ano a Escola de Samba Carioca de Ovar, foi a convidada para animar as ruas durante o cortejo.
O desfile no domingo saiu à rua debaixo de chuva e vento, nada que desmoralizasse as centenas de foliões. Já na terça-feira de carnaval e com um dia solarengo, o desfile contou com a presença de Joana Dinis, da Casa dos Segredos 4, corsos carnavalescos, doze carros alegóricos e grupos de animação. Contudo, muitos são os populares que se associam à folia, maioritariamente mascarados, e que desfilam nos espaços livres entre os carros alegóricos e os grupos de desfile. Como é carnaval e ninguém leva a mal, a sátira política e social esteve presente, porque a vida são dois dias e o carnaval de Samora Correia são seis. Na quarta-feira de cinzas, decorreu o enterro do santo entrudo no Largo do Calvário, perante centenas de pessoas, mantendo-se assim a tradição. Para o ano há mais. Fotos e Texto : Hugo Clarimundo
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Andebol
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14º Torneio de Andebol da Vila de Benavente
Entre os dias 01 e 04 de Março decorreu no pavilhão Gimnodesportivo da Escola Secundária da Vila de Benavente mais um torneio de andebol, naquela que vai já na sua 14ª edição. Este ano, e tal como vem sendo hábito, estiveram presentes as melhores escolas de andebol a nível nacional, nos escalões masculinos de juvenis, iniciados, infantis e minis. Não é por isso de estranhar que alguns destes atletas enquadrem as diversas seleções nacionais dos escalões de formação, facto que atesta o nível e a qualidade deste torneio. Trata-se por isso de um torneio que hoje em dia é uma referência a nível nacional, dada a qualidade organizativa do mesmo, bem como a qualidade das equipas presentes. Entre elas estiveram Benfica, Sporting, Águas Santas, ABC Braga, Belenenses, 1º de Dezembro, Vitória FC e a equipa da casa ADC Benavente. Quem também marcou presença durante o torneio e ajudou a fazer a festa foi o muito público que se deslocou para ver e apoiar as equipas, sobretudo a equipa da casa. Centenas de pessoas passaram pelo pavilhão durante os quatro dias, o que deu obviamente um colorido especial à festa. Quanto à organização da competição ficou a cargo da ADCB (Associação Desportiva e Cultural de Benavente). hugoclarimundo@eribatejo.pt
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Classificações finais MINIS 1º - S.L. BENFICA 2º - A.D.C. BENAVENTE 3º - A.A. ÁGUAS SANTAS 4º - G.M. 1º DEZEMBRO INFANTIS 1º - C.C.R. ALTO MOINHO 2º - S.L. BENFICA 3º - ABC BRAGA 4º - A.D.C. BENAVENTE INICIADOS 1º - A.A. ÁGUAS SANTAS 2º - A.D.C. BENAVENTE 3º - VITÓRIA F.C. 4º - ABC BRAGA JUVENIS 1º - A.A. ÁGUAS SANTAS 2º - C.F. OS BELENENSES 3º - A.D.C. BENAVENTE 4º - ABC BRAGA
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Benfica e “Os Águias” de Alpiarça vencem prova de homenagem a Miguel Jourdan A primeira prova do campeonato nacional de clubes de triatlo, disputado em quatro etapas, aconteceu no passado dia 23 de Março, em Alpiarça. Desde o início do segmento de natação, o atleta individual Pedro Gaspar liderou a
prova até à saída da água, seguido de Tomás Azevedo do Kainágua e Pedro Mendes do SLB com uma vantagem de aproximadamente 10 segundos dos restantes atletas. A partida feminina, realizou-se sete minutos antes da partida masculina. A liderança pertenceu desde o início, com uma vantagem de 40 segundos, à atleta do Águias de Alpiarça Helena Carvalho, seguida de Melanie Santos do Alhandra e Andreia Ferrum do Águias de Alpiarça. Durante o segmento de ciclismo, prova disputada num percurso de duas voltas de 10 km, formou-se um pequeno grupo constituído pelos atletas do SLB João Pereira, Miguel Arraiolos e Pedro Mendes, do Águias de Alpiarça David Luís e Rui Tenrinho, do Kainágua Tomás Azevedo e o atleta individual Pedro Gaspar. Aproximadamente ao 12º km Pedro Gaspar e Rui Tenrinho conseguem distanciar-se deste grupo chegando à transição com uma vantagem de 20 segundos. Entretanto ao grupo anterior conseguiu juntar-se Bruno Pais. No género feminino, após a transição para o ciclismo, formou-se um grupo constituído por Andreia Ferrum e Sara Tenrinho do Águias de Alpiarça, Melanie Santos e Inês Pereira do Alhandra, Vera Vilaça do CFB e Ana Ramos do CAPGE. Este grupo chegaria ao parque transição para a corrida com uma vantagem de aproximadamente um minuto sobre o grupo perseguidor liderado por Ana Filipa Santos. O primeiro atleta a cortar a linha de meta foi João Pereira, seguido de Miguel Arraiolos e do atleta do Águias de Alpiarça David Luís. Nos vinte primeiros classificaram-se mais seis atletas do “Águias”: em 9º - Rafael Ribeiro, 10º - Duarte Marques, 11º lugar - Ricardo Calado, 13º - Filipe Azevedo, 17º - Rui Tenrinho e 18º - Ricardo Jorge. Classificaram-se 342 atletas. No género feminino, Ana Filipa Santos com uma excelente prestação na corrida, garantiu a vitória na geral individual. Em 4º lugar cortou a linha de meta a atleta Andreia Ferrum. Nas vinte primeiras atletas classificaram-se ainda Sara Tenrinho no 11º lugar, Eduarda Vidigueira no 15º lugar, Helena Carvalho no 16º e Alexandra Santos em 17º lugar. Todos os restantes atletas tiveram prestações igualmente positivas. Coletivamente o clube conquistou o primeiro lugar em femininos e o segundo lugar em masculinos.
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REVISTA É RIBATEJO // Inauguração
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Novo Pavilhão Desportivo inaugurado no Cartaxo Por ocasião das comemorações do 10.º aniversário do Agrupamento de Escolas Marcelino Mesquita do Cartaxo, foi inaugurado no dia 11 de Março o Pavilhão Desportivo da nova Escola Básica 2,3 Marcelino Mesquita, ao qual foi dado o nome do ciclista Marco Chagas, natural do concelho do Cartaxo. Várias iniciativas marcaram este dia de comemoração, que começou com o descerramento da placa da nova escola e com a visita às instalações deste estabelecimento de ensino, que começou a funcionar no início deste ano letivo. Após o descerramento da placa do novo Pavilhão, o ciclista foi recebido com fortes aplausos de alunos e professores, que para marcar o momento, fizeram uma demonstração de um vasto conjunto de modalidades. Pedro Magalhães Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, afirmou que
“10 anos depois, deparamo-nos com uma nova realidade, sobretudo ao nível da gestão das escolas, com um novo patamar de exigência e muitos desafios novos”. Por outro lado, reconheceu que “são muitos os problemas nas escolas” e que “grande parte deles são da responsabilidade da Câmara Municipal. Temos de assumir isso, mas a verdade é que a grave situação financeira que a autarquia atravessa impede-nos de dar a resposta que desejaríamos”, acrescentando que essas mesmas dificuldades “exigem de nós maior capacidade de trabalho”. Dirigindo-se a Marco Chagas, Pedro Magalhães Ribeiro reconheceu o seu importante palmarés desportivo, mas foram as suas qualidades humanas que decidiu realçar: “Hoje destaco essencialmente o homem humilde, trabalhador, com uma grande paixão pela sua terra e que tem esta nobreza de passar
os seus valores para os mais novos, através da formação desportiva. Todos nós partilhamos esta homenagem que hoje lhe é prestada, com a atribuição do seu nome ao pavilhão desta escola”, referiu. José Alberto Duarte, Director-Geral dos Estabelecimentos Escolares, começou por enaltecer as representações artísticas protagonizadas pelos alunos dos diferentes níveis de ensino. Afirmou ainda que o Agrupamento “pode contar com a Direcção Geral para continuar a trilhar o seu percurso” e, considerando a recente assinatura do Contrato de Autonomia, frisou que “é importante que esta nova realidade se vá construindo e seja partilhada por todos”. Jorge Tavares, director do Agrupamento de Escolas, destacou os anos em que foram alcançados resultados
acima das médias nacionais, prémios desportivos e participações de alunos em concursos nacionais, também com resultados muito satisfatórios. Para Jorge Tavares “este novo ano lectivo fica marcado pela vontade de ultrapassarmos barreiras e criarmos melhores condições de aprendizagem para os alunos e melhores condições de trabalho para o corpo docente e pessoal não docente”, afirmou, acrescentando que “o próximo ano surge-nos com grandes desafios” porque a avaliação externa por parte do Ministério da Educação e Ciência “exige que mostremos trabalho de qualidade”. Considerou ainda que a atribuição do nome de Marco Chagas ao Pavilhão Desportivo é uma “homenagem merecida a um homem que não é apenas do concelho, é de Portugal”.
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óbidos
REVISTA É RIBATEJO // Festival
Zoo de Lisboa inspira a XII edição do Festival Internacional de Chocolate
A XII edição do Festival Internacional de Chocolate, em Óbidos, decorre de 14 de Março a 6 de Abril (sextas, sábados e domingos). O Jardim Zoológico de Lisboa, que comemora 130 anos, serviu de inspiração para a edição deste ano do evento. No Festival estão presentes esculturas únicas, que surpreendem, uma vez mais, o público que as visita. Estas verdadeiras obras artísticas em chocolate foram realizadas por profissionais da área alimentar, sob a coordenação dos “chefs” Vítor Nunes e Manuel Gomes. As esculturas que foram inspiradas no Jardim Zoológico de Lisboa e que podem ser visitadas são: o Externato do Planeta Terra, Para Além do Deserto, o Oásis de África, a Baía dos golfinhos, a savana africana, o Mundo dos primatas e os animais da Oceânia. Este ano, pela primeira vez, a organização proporciona um workshop de bombons em que os participantes aprendem a fazer os seus próprios doces. Para além desse workshop, vão existir passagens de modelos e exposição de “cake design” (na galeria da Casa do Pelourinho). Há também uma componente de produtos não alimentares, que vão desde produtos de cosmética até aos utensílios para trabalhar o chocolate. As duas primeiras passagens de modelos com chocolate terão lugar na Cerca do Castelo e a última na Praça de Santa Maria. O tema do primeiro
desfile de moda é “Rococó Lolita Collection by Kristine”. A colecção é inspirada nas sweet lolitas japonesas que vestem como bonecas e que são um ícone da cultura nipónica actual. Para os mais pequenos, a “Casa de Chocolate das Crianças” oferece actividades lúdicas e pedagógicas e uma cozinha para prepararem algumas receitas. Já os adultos podem frequentar cursos de culinária, em que o chocolate, claro está, é sempre o ingrediente -base, podem assistir a concursos para profissionais de pastelaria como o “Chocolatier do Ano” e ao “Concurso internacional das Receitas de Chocolate”. Algumas das actividades que também podem ser observadas no Festival são: contos animados, bodypainting, Terra do Açúcar e o Concurso de Montras em Chocolate. A edição deste ano do Festival conta também com uma programação cultural diversificada, onde os espectáculos serão de grande qualidade. Os visitantes ficam sempre satisfeitos quando percorrem o recinto do Festival, tanto pela qualidade das esculturas como pela diversidade de actividades. O preço dos bilhetes é de 5 euros para crianças (entre os 6 e os 11 anos), 6 euros para grupos com mais de 50 pessoas e de 7 euros para adultos (a partir dos 12 anos inclusive). vaniaclaudio@eribatejo.pt
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REVISTA É RIBATEJO // Entrevista
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“Somos um concelho diminuto mas não é por isso que não somos ambiciosos em termos culturais e é assim que queremos continuar a apostar na cultura e na arte”. entrevista
fernando freire
Presidente da Câmara Municipal de Vila nova da Barquinha
ER – Qual é o desafio principal proposto pelo Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade, com a Rede de Cidades e Vilas de Excelência? Pensa que a Câmara tem correspondido ao desafio? FF – Sim. O instituto ficou até altamente sensibilizado com a nova viragem de Vila Nova da Barquinha para o tema “Arte e Cultura”, uma aposta em termos nacionais pouco comum no nosso território e também no nosso país. ER – Que benefícios é que o Município poderá obter com a integração nesta rede de trabalho? FF – Os benefícios são, para já, das candidaturas que neste momento estão pendentes e que poderemos aqui analisar, muitos. A questão dos edifícios públicos, da ciclovia da Barquinha e do Entroncamento, dos percursos ribeirinhos de primeira fase e que têm a ver com a ligação de Vila Nova da Barquinha aos seus confinantes, ou seja, o acompanhamento ao parque de Vila Nova da Barquinha, poder fazer o percurso em ciclovia e pedonal ao próprio castelo, e do castelo até à foz do rio Zêzere na Constância, e depois também a questão da melhoria dos serviços, quer de transportes, quer de requalificação de edifícios. ER – Além de Vila Nova da Barquinha terão aderido dentro da região do Ribatejo outros municípios a este desafio? FF – No Ribatejo, aderiu apenas a Barquinha. Entendemos ser uma mais-valia, e é uma aposta do próprio município valorizar
as candidaturas no território e não apenas no município, porque entendemos que o que é bom para a Barquinha será bom para Torres Novas e será bom para Tomar. Havendo uma mais-valia no território, todos ganham. Neste momento temos tido reuniões com os concelhos vizinhos fora da nossa própria comunidade, como é o caso com o presidente da Câmara da Golegã, Rui Medinas, no sentido de projetos comuns que temos para o futuro. Quem está nos locais públicos deve ter uma visão estratégica, e dentro da visão estratégica tem que ter pareceres, conselhos técnicos que possam valer mais tarde para futuras candidaturas que possa fazer em certos fundos comunitários. ER – O projeto “Mercado das Artes” assume especial destaque nos temas “Vila de Regeneração e Vitalidade Urbana” e “Vila Turística”. Poderia elucidar-nos do que se trata? FF – O projeto “Mercado das Artes” está, neste momento, na primeira fase concluído, e tem a ver com um aspeto de requalificação da zona baixa ribeirinha da Vila Nova da Barquinha em termos patrimoniais, no que é exemplo, nomeadamente, a criação de um Posto de Turismo, a requalificação e melhoramento da oferta de serviços públicos como
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ER – No dia 22 de Novembro de 2013, o Município de Vila Nova da Barquinha assinalou a sua adesão à Rede de Cidades e Vilas de Excelência. Quais são as metas da Câmara Municipal com este desafio? FF – O desafio da adesão a esse projeto tem a ver essencialmente com o quadro 1420, ou seja, dos projetos que estamos a estudar, nomeadamente, os planos de acção e planos de estratégia para o próprio Município neste período de fundos comunitários que vai até 2022, saber o que é que a Barquinha poderá ser em 2020/2022 face àquilo que temos presentemente. É por isso que trabalhamos com quem domina esta temática no âmbito da regeneração urbana, no âmbito da mobilidade e no âmbito do turismo, pessoas que dominam estes temas, no sentido de valorizarmos o próprio território e a própria comunidade.
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é o próprio Centro Cultural, a adaptação do Edifício dos Paços do Concelho, a Galeria de Arte, no rés-do-chão, a criação do Centro de Estudos de Arte Contemporânea, onde neste momento estão a funcionar, com o Instituto Politécnico de Tomar, aulas de desenho, pintura, marionetes, teatro e vídeo onde temos elevada frequência. Posso dizer que neste momento temos cerca de 70 formandos diários, e também a construção de residências temporárias de artistas. Toda esta panóplia de investimento, quer nas artes, quer na própria requalificação urbana, fez uma primeira fase, a fase que culminou com a criação de esculturas contemporâneas ao ar livre em Almourol, sempre em parceria com a fundação EDP. Porque nestas coisas não podemos inventar, temos que entregar a quem percebe de arte e domina esta temática. Resultado desta aposta, foi possível requalificar na zona envolvente vários edifícios, nomeadamente, em termos de alojamento turístico, uma das lacunas que tínhamos, que relativamente a este ano vamos ter cerca de 77 camas disponíveis face a este investimento. Estamos a falar de investimentos privados que dinamizaram e que foram catalisados pelo próprio parque de esculturas. Este parque de esculturas tem outra aposta em termos de mercado de escultura, queremos também, e se os fundos comunitários nos permitirem, valorizar a ilha de Almourol, nomeadamente com a colocação de uma escultura na própria ilha, e também não nos queremos ficar pelas onze esculturas que neste momento temos no nosso parque. Somos um concelho diminuto, mas não é por isso que não somos ambiciosos em termos culturais, e é assim que queremos continuar a apostar na cultura e na arte. Temos noção que os tempos são difíceis, que a questão dos números pretende suplantar a questão da cultura e dos valores, mas é importante que tenhamos estas diretrizes, e esta diretriz em Vila Nova da Barquinha é arte, cultura, desenvolvimento do mercado das artes, e essencialmente, qualidade de vida, porque é isso que consegue atrair população ao nosso território. ER– Que temas são abordados nas esculturas contemporâneas que podemos observar no parque de esculturas da Vila Nova da Barquinha? FF – Posso começar com Carlos Nogueira, que criou uma escultura de uma casa quadrada com uma árvore lá dentro. Quem olhar para esta escultura, fazendo a sua in-
terpretação objectiva, verifica que há aqui uma realidade que é a realidade transversal ao próprio Ribatejo e à própria cultura avieira, os gaibéus, que se deslocavam da vila de Leiria para o nosso território em tempos em que o mar era agitado para virem fazer a sua pesca e que, de acordo com relatórios dos séculos XVII e XVIII, acabavam por ficar a fazer a sua sobrevivência no rio. É portanto, uma casa enquadrada dentro da temática do rio. Outro exemplo é a escultura de Pedro Cabrita Reis, a colocar mais objetivamente a nascente do próprio parque, e que imita o castelo de Almourol, transmitindo uma ideia de castelo em blocos de granito. Outro exem-
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plo, de Ângela Ferreira, inspirada nos mecanismos de rega dos campos do Ribatejo na atualidade, uma escultura muito interessante, que valoriza a água, e que tem uma vertente muito humanizada porque é ao mesmo tempo um baloiço e permite aos menores interagirem com ela. Cristina Ataíde terá também criado o “Rotter”, uma “armadilha” dos peixes do próprio rio. Há portanto aqui, por um lado, uma preocupação de deixar alguma autonomia ao artista, porque temos que dar liberdade artística aos escultores, mas também por outro lado, a preocupação de tentar ligar a arte ao território.
ER – Agora que se aproxima o 20.º ano consecutivo do Mês do Sável e da Lampreia, quais são as expectativas do Município? FF – Para já não são expectativas, são certezas. Para além do rio e do próprio peixe, é um evento do qual temos um reflexo muito otimista sobre esta temática. Primeiro, porque o peixe é do nosso rio, da nossa região, por outro lado, é um motivo para as pessoas passearem no parque, conhecerem o castelo. Depois, é um evento que está sempre a crescer porque quando as pessoas nos visitam pela segunda vez já trazem mais amigos, almoçam nos restaurantes e portanto também está aqui por trás um efeito económico mui-
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to positivo para a região. E é um evento que convida à partilha, ao convívio. ER – Fale-nos um pouco sobre o programa. FF – Neste momento avançámos com duas exposições a nível nacional, uma do Rui Sanches, que está a superar todas as visitas das edições anteriores, e outra que já temos exposta no Porto, em Coimbra e em Almada, que é o Território Comum. Há portanto, uma oferta cultural, que para além de se poder visitar o parque de esculturas, fazer um passeio de barco no rio e visitar o castelo, e toda uma envolvente natural e gastronómica que a aldeia proporciona numa vertente humana, que é a vertente do sabor e da gastronomia material e cultural. ER – Quais são os restaurantes aderentes? FF – São sete: o Almourol, em Tancos, a Carroça, em Limeiras, o Chico, na Praia do Ribatejo, o Stop, na Atalaia, e o Ribeirinho, o Soltejo e a Tasquinha da Adélia na Barquinha. Estes restaurantes também oferecem passeios de barco ao Castelo de Almourol. ER – Que iguarias é que poderemos encontrar à mesa dos restaurantes aderentes? FF – A Açorda de Sável, o Arroz de Lampreia e a Fataça na Telha são algumas dessas iguarias. No fundo procura-se pegar nos recursos do próprio rio e trazê-los para a nossa cozinha, que na sua arte e engenho tem a sua liberdade de confeção. julianapereira@eribatejo.pt
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Boa Mesa
Restaurante Almourol em Vila Nova da Barquinha Este mês cheira a peixe! E sabe porquê? Porque estamos no 20.º Mês do Sável e da Lampreia em Vila Nova da Barquinha, ora pois então! E como não podia deixar de ser, fomos à procura de boa mesa. Esta encontra-se em Tancos, freguesia do concelho de Vila Nova da Barquinha. É claro que nos estamos a referir ao Almourol, e não estamos a falar do castelo, mas sim de um dos restaurantes mais cobiçados da região: o restaurante Almourol – é um restaurante de cozinha tradicional portuguesa, dentro do regional. Sável, Lampreia, Enguia, Fataça, Carpa, Barbo, o difícil é escolher! O Sável e a Lampreia são os peixes reis que todos os anos por esta altura vêm animar a gastronomia e também regalar aqueles que fazem questão de os ter à mesa. A Açorda de Sável e o Arroz de Lampreia são as grandes especialidades da casa, e tanto a açorda, que acompanha o Sável, como o arroz de cabidela, que acompanha a Lampreia, são acompanhamentos sempre servidos em sepa-
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rado. Isto para agradar, como se costuma dizer, a gregos e troianos! Além destas iguarias, o Almourol também tem à sua disposição a Molhata de Lampreia a pedido, que é confecionada de forma semelhante à Molhata de Enguias. E se acha que ainda não encheu a barriga de enguias em Salvaterra de Magos, venha ao restaurante Almourol na Barquinha que também fica bem servido! Molhata de Enguias, Enguias Fritas e Espetada de Enguias são algumas das iguarias que o Sr. José, proprietário do Almourol, recomenda acompanhar com umas belas “Migas à Manuel Pescador de Riachos”. Outra especialidade é o Lombinho de Fataça com molho de azeite e coentros acompanhado com batata a murro e migas de couve. Está com dificuldade em escolher a especialidade? É fácil, traga os amigos e mande vir todas! Afinal, esta é uma festa que convida à partilha e ao convívio! E é claro que um bom copinho de vinho e dois dedos de conversa também ajudam à festa! E de vinhos percebe a casa, que todos os meses organiza jantares enogastronómicos com vinhos exclusivamente das quintas ribatejanas, isto para demonstrar a sua arte de preparar, produzir, harmonizar e evoluir com dois ingredientes: vinho e iguaria. O velho ditado diz que de manhã, coma como um rei, ao almoço, coma como um príncipe e à noite coma como um pobre, mas desta vez faça uma exceção à regra e jante como um rei, porque dias não são dias e a ementa é convidativa! Aperitivo com espumante seguidos de uma entrada, um
prato de peixe, um prato de carne e sobremesa, acompanhados com explicações técnicas e gastronómicas, e bons vinhos. O Almourol também se dedica à organização de casamentos, batizados, aniversários, eventos de cariz cultural, como jantares de poesia, passeios de canoa pelo Zêzere rumo ao Tejo ou ao Castelo de Almourol, a pé ou de bicicleta! Aproveite também este mês que o restaurante está a oferecer passeios de barco ao castelo! Rústico e acolhedor, com vista para o Tejo e com o castelo tão perto, uma gastronomia ímpar acompanhada dos nossos melhores vinhos e com uma excelente relação de qualidade/preço, o restaurante Almourol é uma visita obrigatória. Quer seguir de perto os eventos que decorrem no Almourol? Meta um gosto na página de facebook do “Almourol Restaurante”. Também recomendamos vivamente uma visita ao parque de esculturas contemporâneas de Vila Nova da Barquinha com esculturas de Joana Vasconcelos, Alberto Carneiro, Ângela Ferreira, entre muitos outros artistas tão conceituados no nosso país e lá fora. E se for acompanhado dos pequenos, visite também o Centro Integrado de Educação em Ciências na Escola Ciência Viva de Vila Nova da Barquinha, um conceito pioneiro em Portugal que tem como público-alvo os mais pequenos. O ideal é tirar o fim-de-semana, afinal, Vila Nova da Barquinha tem muito para oferecer! julianapereira@eribatejo.pt
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Boa Cama em Vila Nova da Barquinha
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Casa do Patriarca
Se gosta de viajar no tempo, a Casa do Patriarca é para si! Assim chamada para homenagear o segundo Cardeal Patriarca de Lisboa, o Patriarca D. José Manuel da Câmara, esta casa pertenceu a uma família nobre do século XVI, os condes da Atalaia, que viveram aqui durante várias gerações. A casa foi mais tarde comprada pelo Dr. António Zagallo Gomes Coelho em 1892, quando veio morar para a Atalaia com a sua família, sendo mais tarde vendida à família Oliveira, que a transformou em espaço de Turismo de Habitação. Parece que tudo está exactamente como sempre foi. Poltronas de veludo vermelho, grandes tapeçarias, antigos baús em madeira e até aquelas bacias que se usavam antigamente, a decorar os quartos, são exemplos da ostentação de grandeza de antigamente. A casa tem seis quartos equipados com aquecimento central, televisão, receção via satélite e casa de
banho privativa. Cada quarto tem um nome diferente, sendo a decoração de cada quarto alusiva aos respectivos temas. A sala de estar não tem televisão pois foi pensada para aqueles que procuram sopas e descanso. No átrio poderá encontrar um álbum de fotografias de quem por aqui passou, e também o testemunho de alguns hóspedes. No exterior da casa, há um recanto do jardim com uma pequena zona de plantas de estufa, e um tanque que eventualmente poderá utilizar para se refrescar um pouco. A casa ainda dispõe de um salão de festas com parque privativo e jardim no qual são organizados casamentos, batizados, noites de fado, entre outros eventos. Visite a Casa do Patriarca e disfrute de uma experiência autêntica. Afinal, a família Oliveira está lá para o receber, e muito bem! julianapereira@eribatejo.pt
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Ana Rita Cunha 22 Anos Santarém Técnica de unhas de gel 1,54 mt 54 kg olhos verdes Cabelo castanho 88-69-99
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O que te levou a fazer esta sessão fotográfica? - A minha paixão por fotografia e pela moda. Adoro fazer sessões fotográficas por isso decidi aproveitar. Gostaste da experiência? - Sim, gostei muito. Foi um dia bem passado. Qual a área que mais te agrada na fotografia: Moda, desfile ou publicidade? - Moda. A quem gostarias de arranjar as unhas? - Eu gosto de arranjar as unhas a toda a gente porque gosto muito do trabalho
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que faço. Gosto bastante da actriz portuguesa Rita Pereira e da apresentadora Cristina Ferreira por isso, teria todo o gosto de lhes arranjar as unhas. Cinema, Teatro ou Televisão? - Cinema, sem dúvida. Praia ou Campo? - Praia.
O que já visitaste em Portugal que mais gostaste? - Visitei as Berlengas e gostei muito. Ainda há alguma região que gostavas de conhecer? - Adorava conhecer a Madeira e os Açores.
Um CD? - Anselmo Ralph – A dor do Cupido.
Qual o destino de férias de sonho? - Paris e Roma.
Um Filme? - “A Melodia do Adeus”.
Quem levarias para uma ilha deserta? - Alguém especial.
Com o apoio de:
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REVISTA É RIBATEJO // Passatempo
passatempo
Descubra onde foi tirada esta foto e faça uma frase alusiva à localidade a que se refere e envie para geral@eribatejo.pt. O autor da melhor frase terá um jantar para duas pessoas no restaurante Taberna do Quinzena. (Não esqueça: envie nome completo, localidade e numero do B.I.)
Taberna do Quinzena I Encerra ao Domingo Rua Pedro Santarém 93-95 - Santarém T. 243 322 804 O passatempo da edição de Março foi ganho por Luis Filipe Pais Ferreira de Almeirim, com a seguinte frase:
“Fui com a esposa e os amigos a Salvaterra de Magos, ao festival da Enguia num belo dia.. E por fim não há nada melhor que passar o fim de tarde Neste belo jardim..”
santarém
Festas de São José atraíram milhares de pessoas
As tradicionais festas de São José, em Santarém, decorreram entre os dias 18 e 23 de Março, no Campo Infante da Câmara. O evento foi marcado, regra geral, por uma grande adesão de público, facto que demonstrou que os escalabitanos (e não só!) continuam a apoiar e acarinhar estes festejos. Um dos pontos altos do certame foi o concerto de David Antunes & The Midnight Band e Vanessa Silva, logo no dia de abertura. Além do tema “Não te quero mais”, que o grupo canta em parceria com a jovem lisboeta, ouviram-se ainda muitas versões de músicas de outros autores adaptadas ao estilo do talentoso conjunto liderado por David Antunes. No dia 19, quarta-feira, feriado em Santarém, o recinto voltou a ter uma assinalável afluência de público, especialmente para a garraiada, realizada às 15 horas, e para o espectáculo musical da fadista Teresa Tapadas, à noite. No dia seguinte o recinto verificou uma menor enchente, facto contrariado no dia 21, pois os Jim Dungo já observavam, do palco onde deram o seu concerto, milhares de pessoas a vibrar com as suas interpretações. Sábado, dia 22, fica marcado como o dia de maior sucesso da feira. Durante a tarde decorreu a primeira Corrida de Toiros da época na Monumental Celestino Graça. Contudo, a assistir às lides de Rui Salvador,
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Luís Rouxinol, Duarte Pinto e da amadora Mara Pimenta e às sortes dos amadores de Santarém e Montemor esteve pouco público, menos de meia praça. Tal facto não chegou para arrefecer o entusiasmo dos presentes, que gostaram particularmente da raça da jovem praticante das Fazendas de Almeirim, Mara Pimenta. À noite o concerto do grupo “Os Azeitonas” levou milhares de pessoas ao recinto, ansiosas por ouvir, entre outras músicas, os êxitos “Tonto de Ti” ou “Anda Comigo Ver os Aviões”. Para Luísa Violante, espectadora atenta e fã do grupo, o concerto “foi espectacular”. “A banda interage imenso com o público”, constatou, satisfeita e rendida à qualidade da banda portuense. A fechar as festas, no dia 23, realizou-se, em directo do recinto, a transmissão do programa da SIC “Portugal em Festa”. Para além das inúmeras actuações musicais e das caras famosas dos apresentadores (José Figueiras, Merche Romero, Cláudia Vieira, entre outros), o programa atraiu ainda as atenções
populares pela confecção de um pampilho, bolo típico da cidade, de cinco metros, que foi posteriormente distribuído pelos visitantes do evento. O recinto fechou às 23 horas e com ele mais uma edição das festas de São José. Nota ainda para a presença, durante todos os dias do certame, de inúmeros carrosséis para o público mais infantil, bem como para a realização de largadas de toiros, por volta da meia-noite, em praticamente todos os dias do evento e para o facto do recinto ter animação, feita por DJ’s, desde o final dos concertos até encerrar (às 4h da manhã no sábado e às 3h nos restantes dias). Para finalizar, apenas referir que a gastronomia e a cultura estiveram também presentes através do tradicional artesanato, da doçaria/ produtos regionais e das tasquinhas, onde se destacou a ginginha de Óbidos em copo de chocolate! Venha 2015 e mais uma edição das festas de São José! Vitor Madeira
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Tarde cinzenta…em Santarém Santarém, 22 de Março de 2014 – 16 Horas; Corrida à Portuguesa; Cavaleiros – Rui Salvador, Luís Rouxinol, Duarte Pinto e Mara Pimenta (Amadora); Grupos de Forcados Amadores de Santarém e de Montemor; 6 toiros de Prudêncio e 1 novilho-toiro de Passanha; Director de Corrida – Lourenço Luzio; Veterinário – Dr. João Nobre. Santarém viveu no dia 22 de Março, com pouco entusiasmo, a abertura da temporada escalabitana durante a qual se assinalam as Bodas de Ouro da sua Praça de Toiros Monumental “Celestino Graça”, registando-se uma escassa presença de público – talvez menos de ¼ da lotação da praça – e apreciando-se um espectáculo parco de motivos de interesse, para o que também contribuiu o frio e a reduzida bravura dos hastados. Enfim, muita contrariedade para uma corrida só! O cartel até estava bem composto, reunindo três cavaleiros com provas dadas, uma jovem cavaleira amadora precedida de boas referências, e dois dos mais valorosos grupos de forcados em acesa, e antiga, competição. Os toiros, anunciados como terroríficos, de facto, não fizeram jus ao nome, tinham idade, estavam medianamente apresentados e, em alguns casos, até evidenciavam condições de lide, mas não lograram estimular os
marialvas para melhor e mais profundo labor. Lourenço Luzio, assessorado tecnicamente pelo médico-veterinário Dr. João Nobre, dirigiu com acerto e elevada ponderação, quase não se fazendo notar, o que, à imagem do que ocorre com os árbitros de futebol, é muito bom sintoma. Rui Salvador comemora na presente temporada o trigésimo aniversário sobre a data da sua alternativa, sendo, por isso, um toureiro experiente e sabedor, atributos a que devemos juntar a honradez e a valentia. Luís Rouxinol é, por estilo próprio, um toureiro que empatiza facilmente com o público pelo dinamismo que empresta à sua função, alardeando imensas faculdades técnicas e artísticas, pelo que se impôs como um cavaleiro de grande categoria. Duarte Pinto é uma presença habitual em Santarém nas últimas temporadas, pelo que os aficionados escalabitanos têm acompanhado a sua progressão técnica e artística, que tem sido considerável. A jovem cavaleira Mara Pimenta não defraudou as expectativas, desenvolvendo uma lide agradável, dinâmica, mas sem precipitações nem correrias, e evidenciou convicção e pontaria na colocação da ferragem da ordem. Se os toiros de Prudêncio não saíram fáceis para o toureio a cavalo, para as pegas tam-
bém não foram nada cómodos, até porque o “peso da idade”, indiciador de apurado sentido e de rápida aprendizagem, também ditou as suas regras. De tal modo que apenas dois toiros foram pegados à primeira tentativa, embora ambos os Grupos tenham levado a carta a Garcia, honrando os seus pergaminhos. Pelos Amadores de Santarém, compostos por muita gente jovem, foram solistas João Vaz Freire, que consumou pega fácil ao primeiro intento, António Taurino, à terceira, fechando-se com determinação e bem ajudado, Ruben Giovety, à terceira, aguentan-
do violentos derrotes, e, a pegar o novilho de Passanha, António Goes, que consumou pega fácil ao segundo intento. Pelos Amadores de Montemor foram solistas António Vacas de Carvalho, Cabo do Grupo, que consumou a sua sorte apenas ao quarto intento, com ajudas carregadas, Manuel Dentinho, que se fechou eficazmente ao primeiro intento, e João Romão que realizou boa pega, à segunda tentativa. Assim foi esta corrida inaugural de uma temporada que se deseja festiva e importante, mau grado que os prenúncios não tenham sido de grande augúrio.
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Artigo de Opinião Ernestino Alves
Loucuras Será que está tudo louco? Apesar de já gasta, a frase, nunca como agora teve sentido mais demonstrativo da realidade dos factos. Na verdade, o quotidiano da “aldeia” (agora ao mundo chama-se aldeia global) é atacado pela massificação de actos demenciais que, num passado recente qualquer ser pensante se recusaria a admitir. A velocidade nanésica das transmissões permitem que à escala global tudo se saiba no exacto momento em que acontece e, a banalização de tantas desgraças torna desumanas as pessoas, que no fundo, são o alvo e vítimas de tanta mediatização. As redes sociais, pela Internet, permitem seleccionar “à la carte” os conteúdos de informação, mas estes não fogem à regra, bombardeando com lixo informativo do mesmo género e tipo daquele que nos é fornecido pelas televisões. Os gigantes da comunicação “à escala global” , apenas pretendem aumentar
as suas percentagens de audiências , o que lhes permitirá aumentar os lucros resultantes da publicidade e, para isso vale tudo, ou quase, mesmo até a publicação de noticias que sabem serão obrigados a desmentir no dia seguinte. A desumanização de conteúdos, as horas impróprias a que são emitidos, “permitindo o acesso a todas as faixas etárias” está a conduzir o mundo ao colapso moral e social . Será normal uma criança de treze anos atacar a mãe com uma faca, levando-a a ficar hospitalizada, só porque esta o proibiu de continuar a usar a “play station” devido aos maus resultados escolares motivados pelo excessivo uso desta? A massificação desta notícia em horário impróprio não levará outra ou outras crianças pelos mesmos ou outros motivos a agir de igual modo? Será normal que dois jovens tentem vender (morto ou vivo) um sobrinho ainda criança, para que lhe sejam retirados órgãos? Variando o preço em função de vivo ou morto? Não será este e outros actos fruto de uma banalização da violência potenciada pelos meios de comunicação social? Será normal que por dá cá aquela palha se saque de uma arma de fogo e se abata um semelhante como se de uma peça de caça se tratasse? Não será isto o resultado de conteúdos de sentido violento disponibilizados pelos meios áudio visuais até à exaustão, a qualquer hora e momento?
Estas e outras notícias são passadas sem o mínimo respeito pela hora e destinatários com tanta ênfase e frequência que transformam em heróis os autores de tão nefastos actos. Os redactores das agências noticiosas não estão preocupados com os efeitos potenciadores que causa num candidato a predador sexual a notícia de que o violador A ou B , violou duas dezenas de vítimas das quais matou cinco. Esta é uma notícia de impacto social, e como tal, deveria ser passada apenas como notícia, mas ao invés, será passada até à exaustão com imagens do monstro e comentários de familiares e vizinhos das vítimas, sem esquecer os correspondentes spots publicitários pelo meio. Esta mediatização dos acontecimentos transformam o monstro em herói, quando visto pela retina opaca de outro potencial predador. Contudo, (em modesta opinião) é possível que a solução efectiva para estes e outros flagelos propagadores da desgraça seria a educação a partir dos bancos da escola primária no sentido da rejeição deste tipo de informação, mas, como em tudo, é mais fácil dizer que fazer. Ainda assim se as sociedades vindouras não fizerem uma inversão destes valores, então a pergunta feita no início não se justificará, pois que, já estaremos todos loucos.
Artigo de Opinião Carlos Barros
Entre Muralhas Abril
Carta Aberta ao Senhor Presidente da Câmara de Santarém
Ex. Senhor Presidente da Câmara de Santarém, Dr. Ricardo Gonçalves, não vou trata-lo por tu. Como prometi também não vou falar de política neste espaço. Não vou tratar por tu para separar a amizade do trabalho, digamos assim (e com isto já escrevi quatro linhas e pouco disse). É apenas uma Carta Aberta. Nos últimos tempos tenho reparado nas redes sociais um revivalismo enorme de escalabitanos pelo passado de Santarém. Desde a página dos antigos alunos do Liceu de Santarém, aos antigos alunos da Escola Industrial, passando por uma página que eu desde o principio acarinhei e respeitei pela sua elegância e dignidade: Eu gosto de Santarém. A esta hora se está a ler esta missiva, deve estar a interrogar-se: O que quererá este «fulano». Já lá vamos. Penso que o nosso município não tem um arquivo fotográfico em condições. Deverá haver por aí espalhado por todo o lado um
espólio enorme que nos dará a perspetiva de quem eramos e quem somos, num registo de imagem. O resto - o passado que não conseguimos enxergar -, temos excelentes historiadores que o farão, não farei nenhuma inconfidência se falar do Professor Veríssimo Serrão. Não falo só de pelicula, falo dos postais ilustrados que se foram perdendo pelo tempo e que hoje pouco se veem à venda. Também eles fazem parte de uma história que gostava que os meus filhos conhecessem. Que soubessem como era a cidade em que o pai cresceu e como é hoje. Não questiono, nem quero, se hoje é melhor que ontem, se Santarém está melhor ou pior, questiono a memória de um povo que se orgulha silenciosamente da sua terra. Senhor Presidente, caro amigo Ricardo Gonçalves, quando vejo e sei que também vê o – Eu Gosto de Santarém, presumo que pense porque será que a edilidade não tem estas imagens todas reunidas, organizadas, e prontas para que os escalabitanos espalhados pelo Mundo as possam ver, partilhar e usar. Sei que não estamos em altura de loucuras, é verdade. Esta seria uma loucura bem-vinda e apreciada por todos. Quando vi a página Eu Gosto de Santarém pela primeira vez e vi o seu crescimento – Tem mais de sete mil e quinhentos seguidores – apercebi-me da enorme paixão de quem
a fazia, pela terra que amamos: Santarém. Lembreime de uma reportagem que fiz uma vez na Golegã, sobre o espólio fotográfico de Carlos Relvas, na altura o museu que hoje é a Casa- Estúdio Carlos Relvas, chovia lá dentro, a sua curadora, falava de um homem que tinha desaparecido há mais de 100 anos, com a paixão de uma amante. Descobri há pouco tempo que o autor do Eu gosto de Santarém, é alguém que nos seus tempos livres de desempregado, o faz com o gosto de mil homens. É de louvar, sei que ele não precisa de louvores, precisa de comer e viver, sobreviver é o que todos fazemos no dia-a-dia que nos vai aparecendo todas as manhãs. Esse alguém ensinou-me há muitas luas a gostar de música, de boa musica, mesmo mais novo que eu nunca se limitou a ser o mais novo, mas a ser aquele que aprendia mais com a vida mundana. Hoje ensina-nos com a sua paciência de quem anda a tentar sobreviver num mundo que se esquece daqueles que tem a paixão de fazer, a gostar de Santarém. Senhor Presidente, não lhe vou apresentar o Carlos Quintino, deixo-lhe um desafio, não haverá na edilidade um espaço onde caiba alguém que possa fazer a memória fotográfica da nossa cidade, sim de Santarém? Sem mais, um amigo seu, sempre ao dispor.
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REVISTA É RIBATEJO // Espaço do Leitor
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perguntámos aos nossos leitores... 1. O que acha da nova camisola oficial da Selecção Nacional? 2. Qual dos eventos Gastronómicos está a pensar visitar? Mês da Enguia em Salvaterra de Magos ou Mês do Sável e da Lampreia em V. N. da Barquinha? Sandra Pais 1.Gosto do design está muito bonito, o conjunto dá a ilusão de luminosidade, a abertura das riscas dá-me essa sensação. Muito bem conseguido. 2.Talvez o Mês da Enguia em Salvaterra de Magos, gosto mais deste prato. Guida Sousa 1.Gosto da cor. 2.Mês da enguia em Salvaterra.
no próximo mês... 1 – O que espera das Comemorações do 25 de Abril? 2 – O que achou do Programa das Festas de São José este ano? Envie a sua resposta para o email geral@eribatejo.pt
Um agente da ASAE vai a uma propriedade e diz ao dono, um velho agricultor: - “Preciso inspeccionar a sua propriedade. Há uma denúncia de plantação ilegal.” O agricultor diz: -”Ok, inspeccione o que quiser, mas não vá àquele campo ali.” E aponta para uma determinada área. O agente da ASAE diz indignado: - “O senhor sabe que tenho o poder da autoridade comigo?” E tira do bolso um crachá mostrando ao agricultor: - “Este crachá dá-me a autoridade de ir onde quero.... e entrar em qualquer propriedade. Não preciso pedir ou responder a nenhuma pergunta. Está claro? Fiz-me entender?” O agricultor, muito educado, pede desculpa e volta para o que estava a fazer. Poucos minutos depois, ouve uma gritaria e vê o agente de autoridade a correr para salvar e sua própria vida perseguido pelo Asdrúbal, o maior touro da quinta. A cada passo o touro vai chegando mais perto do agente, que parece que será apanhado antes de conseguir alcançar um lugar seguro. O agente está apavorado. O agricultor larga as ferramentas, corre para a cerca e grita com todas as forças de seus pulmões: - “O Crachá, mostre-lhe o CRACHÁ!” Não se pode pressionar os filhos nesta coisa das profissões!... Quando o Joãozinho era pequenino, queria ser bailarino e os seus pais desencorajaram-no, porque era coisa de maricas. Logo depois, o Joãozinho quis ser cabeleireiro, mas os seus pais não deixaram porque era coisa de maricas. Passado algum tempo quis ser estilista, mas os seus pais não permitiram porque era coisa de maricas. Agora, o Joãozinho cresceu, é maricas e não sabe fazer nada... Um casal de velhotes estava sentado à mesa. O marido, depois de beber um copo de vinho, disse: - Amo-te tanto que não sei se conseguia viver sem ti... A mulher pergunta: - Isso és tu a falar, ou o vinho? - Sou eu, a falar para o vinho. Dois alentejanos encontram-se e diz um para o outro: - Compadre, onde vai com esse carro de estrume? Responde o outro: - É para pôr nos morangos. Diz o primeiro: - Atão o compadre nunca experimentou com natas?
Agradecimento especial ao Prof. Vítor Henriques que nos tem enviado todos estes artigos
REVISTA É RIBATEJO // Rir é o melhor remédio
47 Encontram-se dois alentejanos e pergunta um deles: - Atão compadri, já conseguiu a carta de condução? Responde o outro: - Nam. Chumbê no exame... Pergunta o primeiro: - Como é que foi isso? - Ora, cheguê a uma rotunda onde tava um sinal a dizer 30! - E atão? - Dê 30 voltas à rotunda. - E depois? - Chumbê. - Atão porquê, contaste male?
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REVISTA É RIBATEJO // memórias
FEIRA DE AgRICuLTuRA –SAnTARÉm - 1982
mEmóRIAS
CIDáLIA mOREIRA – SAnTARÉm- 1983
mARC
CAPAS
COnCuRSO DE DAnçA-FAzEnDAS DE ALmEIR
REVISTA É RIBATEJO // Memórias
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Marchas Populares – Fazendas de Almeirim – 1983
capas 2013
eirim –1981
Concurso de dança-Fazendas de Almeirim –1981
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ADVOGADOS
Helena Seixas Jorge Paulo Ferreira Mendes Praรงa Lourenรงo de Carvalho 8-2ยบ (Antigo Parque das Laranjeiras) 2080-Almeirim Telefone 243593385 Tlm 938353555
REVISTA ร RIBATEJO // temรกtica
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